projeto revisao nde.doc 22 de abril.doc sem marcas revisao nde.doc... · base da identidade do...
TRANSCRIPT
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE PEDAGOGIA • I – Identificação:
• Data do Reconhecimento: 23/01/64
• Denominação: Curso de Pedagogia
• Modalidade : Licenciatura
• Ano de início do funcionamento do Curso: 1959
• Data do Reconhecimento: 23/01/64
• Duração :
� mínimo de 07 (sete) semestres; � proposto de 08 (oito) semestres � máximo de 12 (doze) semestres;
• Regime Acadêmico : seriado semestral
• Turnos : matutino e noturno
• Número de vagas: 80(oitenta), sendo 40(quarenta) para o turno matutino e
40(quarenta) para o turno noturno.
II – Endereços
Instituição : Universidade Federal de Uberlândia, Av. João Naves de Ávila , nº 2166,
Bairro: Santa Mônica, Uberlândia-MG
Unidade Acadêmica : Faculdade de Educação/FACED, Bloco G, sala lG120
Curso de Pedagogia : Faculdade de Educação/FACED, Bloco G, 1G125
III – Apresentação
O Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia ora apresentado resulta de
discussões, estudos, reflexões e sínteses construídas pelo Colegiado de Curso e pela
Comissão de Avaliação Curricular da qual participaram professores e alunos.
2
O Núcleo Docente Estruturante - NDE do Curso de Pedagogia, dentre outras
frentes de trabalho, vem desenvolvendo estudos, avaliações e análises com vistas a
formulação de proposta de reorganização do Projeto Pedagógico deste curso. Nos
anos de 2012 e 2013 diferentes fatores dificultaram esse trabalho e impossibilitaram
que ele ocorresse de modo mais sistemático e permanente. Apesar disso, a partir de
2013 o NDE conseguiu se reorganizar e conduziu seus trabalhos em três direções:
a) tabular, analisar e discutir os resultados de avaliações realizadas nos anos
de 2008 e 2009;
b) integrar os NDE dos Cursos de Pedagogia: presencial e a distância e
c) definir encaminhamentos quanto à avaliação do curso.
Ao mesmo tempo o NDE realizou no seu âmbito estudos e discussões sobre
alguns aspectos pertinentes aos fundamentos do Projeto Pedagógico do Curso, em
especial, no que se refere aos princípios, objetivos, perfil do egresso e eixos
estruturantes. Estes estudos e discussões, ao lado das avaliações mais recentes que
se realizaram, evidenciaram que estes aspectos se mostram atuais, pertinentes e em
consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Pedagogia,
ao mesmo tempo em que foram referendadas nas avaliações internas em que
participaram o corpo docente e discente do curso.
Por sua vez, quanto à execução-implementação do PPC foram objeto de
discussão no NDE dois aspectos importantes. O primeiro diz respeito ao
funcionamento do curso e o segundo refere-se à sua matriz curricular. Foi possível,
com estas discussões, identificar alguns pontos a serem considerados num processo
de reorganização do Projeto Pedagógico do curso, especialmente em relação a:
� Regime de desenvolvimento do curso: anual ou semestral;
� Horário de funcionamento do curso, com destaque para o horário do curso
noturno
� Carga horária total do curso;
� Carga horária dos componentes de prática educativa
� Localização de algumas disciplinas no fluxo curricular do curso
Em torno destes aspectos algumas questões foram se apresentando de modo
mais sistemático:
� É necessário e possível diminuir a carga horária total do curso?
3
� Qual o melhor regime para desenvolvimento do curso: no regime anual ou
semestral? Com ingresso anual ou semestral?
� E quanto ao horário de funcionamento do curso, com 4 ou com 5 aulas diárias?
Seria possível prever aulas aos sábados? No caso de 5 aulas diárias, este horário
seria para o turno diurno e noturno? Ou no caso do noturno seriam previstas aulas
aos sábados?
� A duração do curso deve ser 4 anos ou de 5 anos? Ou se organizaria para o
mesmo curso dois fluxos curriculares distintos, um para o turno diurno com previsão
de 4 anos e outro para o turno noturno com previsão de 5 anos?
� No que se refere à incorporação de novos temas e conteúdos no currículo,
como por exemplo, arte e educação; educação ambiental; educação em direitos
humanos; tecnologias da informação e comunicação e educação; arte, ludicidade e
educação; corpo e educação, qual a melhor forma de fazê-lo? Por meio de tratamento
transversal e interdisciplinar ou por meio da ampliação do leque de disciplinas
obrigatórias que venham a abordar temas dessa natureza? Ou por meio do
incremento de componentes curriculares optativos ao lado de um tratamento
transversal e interdisciplinar de tais temas?
� No caso de ampliação de tempo destinado ao tratamento de temas e
conhecimentos que já são abordados em componentes curriculares que já existem no
currículo do curso, como por exemplo, metodologia do ensino de literatura;
metodologia do ensino geografia separada da história, qual a melhor maneira de fazê-
lo?
� Como, ao mesmo tempo, ampliar o campo teórico das questões abordadas e
estudadas do currículo do curso e diminuir a carga horária total nesse currículo?
Ao lado destas questões o NDE sempre considerou que neste trabalho de
avaliação e revisão curricular será necessário formular propostas ponderando o
quadro docente da FACED, uma vez que não estão previstas para a Faculdade novas
vagas no cargo do magistério superior, assim como pela trajetória institucional da
UFU uma reforma curricular não deve ser definida e implantada condicionada à
ampliação do corpo docente do curso.
A partir de elementos como esses o NDE do curso de Pedagogia ao longo do
ano de 2014 perseguiu os seguintes objetivos:
• compreender com clareza todos os ordenamentos legais (MEC e UFU) que
impactam a formação de docentes e a dinâmica dos cursos de Pedagogia;
4
• conhecer e divulgar o texto do Projeto Pedagógico do Curso atual;
• analisar dados de avaliações do Curso Pedagogia UFU que permitam localizar
problemas, recursos e obstáculos;
• formular propostas para reformulação do Projeto Pedagógico do Curso com
base nos problemas, recursos e obstáculos considerados nas avaliações internas e a
contribuição dos diversos segmentos da FACED.
Orientado por estes objetivos foi definida uma agenda de trabalho em torno dos
seguintes aspectos:
� aprofundamento estudos e discussões em tornos das questões mais presentes
como:
◦ vantagens-desvantagens; avanços-retrocessos com a transformação do curso
de regime anual para regime semestral;
◦ funcionamento do curso em regime semestral: periodicidade de ingresso e
oferta de disciplinas;
◦ tratamento da dimensão teórica e prática da formação do pedagogo ao longo
do curso;
◦ equilíbrio entre reforma curricular e capacidade de trabalho instalada na
FACED em seu quadro docente.
� continuidade ao trabalho de formulação de proposta(s) de reorganização
curricular;
� apresentar e realizar avaliação do curso junto ao corpo docente e discente;
� desencadear junto aos Núcleos da FACED um trabalho de atualização das
fichas de disciplina do curso;
� definição e encaminhamentos para avaliação interinstitucional das turmas
ofertadas no Curso de Pedagogia – modalidade a distância, a partir da avaliação
realizada pelo respectivo Colegiado;
� encaminhamento de estudos e discussões quanto à oferta de nova turma
Curso de Pedagogia – modalidade a distância, a partir da avaliação interinstitucional.
Na implementação desta agenda de trabalho as principais ações desenvolvidas
foram:
� Quanto a compreensão dos princípios e diretrizes de ordenamentos legais
nacionais e institucionais relativos a construção de Projetos Pedagógicos do curso de
Pedagogia:
5
a. Realização de estudos sobre princípios e diretrizes de ordenamentos legais do
MEC e da UFU quanto a construção de Projetos Pedagógicos de cursos de Pedagogia - PPC
I. Diretrizes Curriculares para os cursos de Pedagogia do Conselho Nacional de
Educação;
II. Normas de Graduação UFU, Resolução 15/2011
III. Resolução CONGRAD – 2/2004 que dispõe sobre a elaboração e ou
reformulação de Projetos Pedagógicos de Cursos de Graduação de acordo com as novas
diretrizes curriculares nacionais instituídas pela Resolução CNE/CES Nº 3, de 7 de novembro
de 2001.
IV. Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio
obrigatório;
V. Resolução 24/2012 CONGRAD/ UFU – que dispõe sobre o estágio na UFU;
VI. Resolução 01/2013 – Colegiado de Pedagogia – normas para Estágio
Supervisionado I e II do curso de Pedagogia;
VII. Resolução 03/2005/CONGRAD aprovou o Projeto Institucional de Formação e
Desenvolvimento do Profissional da Educação;
� Estudo e análise do Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia da
FACED/UFU em vigor;
� Discussão do acumulado das avaliações já realizadas do atual PPC (comissão interna,
ENADE, NDE):
a. análise dos estudos das avaliações anteriores;
b. análise comparativa entre as avaliações anteriores e a última avaliação
c. aplicação e discussão de resultados da avaliação do ano letivo de 2013.
� Definição de elementos a serem considerados no processo de reformulação:
a. levantamento de problemas a partir dos resultados das avaliações;
b. identificação dos problemas a serem enfrentados ou considerados na
reformulação do PPC;
c. levantamento de recursos e obstáculos;
d. estratégias de ação.
� Definição de princípios orientadores do processo e do perfil do egresso;
� Definição de diretrizes para organização curricular. Todo este trabalho culminou na sistematização de algumas diretrizes orientadoras a
serem consideradas no processo de atualização e revisão do Projeto Pedagógico do Curso
de Pedagogia sintetizadas a seguir.
6
IV - Histórico
O Projeto do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Uberlândia
(UFU), em vigor, foi implantado em 1987, a partir de significativa reformulação
curricular debatida desde 1983, no interior do contexto mais amplo de
aprofundamento do debate nacional sobre a formação do profissional da educação.
Esse debate tomou corpo ao longo dos anos de 1980, tendo sua gênese no
I Seminário de Educação Brasileira, ocorrido na Universidade Estadual de Campinas
no ano de 1978. Nos anos que se seguiram realizaram-se as Conferências Brasileiras
de Educação, promovidas pela Associação Nacional de Educação (ANDE), a
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) e o
Centro de Estudos Educação e Sociedade (CEDES). No que se refere
especificamente à formação do educador, as discussões aprofundaram-se a partir da
criação do Comitê Nacional, que em seguida transformou-se em Comissão Nacional
de Reformulação dos Cursos de Formação do Educador (Conarcfe), que em 1990
transformou-se na Associação Nacional pela Formação do Profissional da Educação
(ANFOPE).
Ao longo desse período alguns elementos se firmaram como centrais na
concepção sobre a formação do profissional da educação; tais elementos são
sintetizados por Brzezinski (1992 : 80-81) da seguinte forma: “a) a docência como
base da identidade do profissional da educação; b) a teoria e a prática como núcleo
integrador da formação do educador; c) a formulação da Base Comum Nacional dos
cursos como uma “concepção básica de formação do educador” e definida por “um
corpo de conhecimento fundamental”, que não se concretiza somente em um
currículo mínimo ou em um elenco de disciplinas; d) o trabalho interdisciplinar e a
iniciação científica no campo da pesquisa propiciados pela estruturação dos cursos;
e) a prática social global como ponto de partida e de chegada da prática educativa”.
O debate sobre a formação do pedagogo neste momento assentou-se em
algumas preocupações, dentre as quais destacam-se: a fragmentação, hierarquização
e burocratização do trabalho escolar; a fragmentação de conhecimentos na formação
dos especialistas em educação; a pulverização de disciplinas no currículo, uma vez
que a estrutura curricular anterior contava com aproximadamente sessenta
disciplinas; a relação teoria e prática ao longo do currículo; a redefinição da relação
professor-aluno, a partir da compreensão de que professor e alunos precisam ser
7
educados. Esses estudos e análises culminaram na elaboração de uma reforma
curricular do Curso: Projeto Plano de Curso da Habilitações em Pedagogia e agrupou
as disciplinas do currículo em grupos temáticos 1. Nas mudanças introduzidas no
referido Projeto de Curso, as diretrizes do curso e o perfil pretendido para o egresso
visavam:
� superação de um modelo de formação marcada pela fragmentação
traduzida na formação do chamado especialista em educação (orientador
educacional, supervisor escolar, administrados escolar, inspetor escolar), dissociada
da formação do docente das séries iniciais do Ensino Fundamental, da Educação
Infantil e do Magistérios das Matérias Pedagógicas do Ensino Médio;
� definição da docência como a base da formação do profissional da
educação no Curso de Pedagogia da UFU;
� compromisso com a formação do profissional da educação, pedagogo,
capaz de ter não só uma visão do todo na escola mas também uma ação no todo
dessa escola;
� trabalho acadêmico no curso, inclusive o processo ensino-
aprendizagem, norteado pelo esforço coletivo no sentido da superação da dicotomia
entre conteúdo e método, entre teoria e prática.
Neste momento, optou-se pela estrutura de currículo anual em que as
disciplinas são organizadas em séries, substituindo o regime de créditos semestrais
em vigor até então.
No debate educacional empreendido ao longo dos anos de 1980 e parte
dos 1990 evidenciou-se os prejuízos decorrentes da implantação do regime semestral
e de créditos, que levou a uma fragmentação e pulverização das disciplinas e
conteúdos curriculares, a um tratamento superficial nos conteúdos de cada disciplina,
haja vista o curto espaço de tempo compreendido em um semestre; a uma maior
1 Grupo Temático I. Compreensão da sociedade e do homem do ponto de vista geral: Sociologia; Filosofia; Métodos e Técnicas de Pesquisa; Grupo Temático II. Compreensão da educação escolar do ponto de vista da sociedade e do homem: História da Educação; Psicologia da Educação; Sociologia da Educação; Educação e Saúde; Filosofia da Educação; Grupo Temático III. Compreensão da organização escolar como mediação da prática social: Estrutura e Funcionamento do Ensino de 1º e 2º graus; Currículos e Programas; Didática; Grupo Temático IV. Compreensão da prática pedagógica do ponto de vista das habilitações: Comuns a todas habilitações - Princípios e Métodos de Alfabetização; Seminários de Educação; Planejamento Curricular na Pré-Escola; MAGISTÉRIO (1ª À 4ª série e Disciplinas Pedagógicas do 2º grau) - Didática e Metodologia de Português; de Matemática; de Ciências e de Estudos Sociais; Fundamentos da Linguagem e Prática de Ensino; MAGISTÉRIO (PRÉ-ESCOLA) - Organização e Funcionamento da Pré-Escola; Princípios e Métodos da Educação Pré-Escolar; Psicologia da Pré-Escola; Expressão Lúdica na Pré-Escola; Prática de Ensino; PEDAGOGO (Orientação Educacional; Supervisão; Administração; Inspeção Escolar) - Princípios e Métodos de Orientação Educacional; Supervisão; Administração e Inspeção Escolar; Didática e Metodologia de Português; de Matemática; de Ciências e de Estudos Sociais; Estágio Supervisionado; Grupo Temático V. Disciplinas Obrigatórias por Lei: Estudos de Problemas Brasileiros; Educação Física; Grupo Temático VI. Disciplinas de enriquecimento do currículo: Educação de Adultos; Estatística; Português/Produção de Textos
8
dispersão dos alunos, uma vez que gerava um fluxo curricular inconstante ao longo
da formação e dificultava sensivelmente a organização política dos estudantes e,
ainda, a uma crescente burocratização do trabalho administrativo na organização do
curso. Outro problema sério trazido pelo regime semestral e de créditos era o
distanciamento na relação professor-aluno, que dificultava para o professor o
conhecimento de seus alunos, o que dificultava também a realização da avaliação
desses alunos.
Em 1992, os trabalhos realizados por uma Comissão Emergencial de Avaliação
Curricular2 resultaram em alguns ajustes que não alterou a concepção de formação
do pedagogo presente no Projeto de Curso de 1986. Esses ajustes objetivaram
resolver, basicamente, três problemas identificados na estrutura curricular: a
desvinculação entre a formação da Pré-Escola e do Magistério e do Pedagogo
constituída por estruturas curriculares distintas; a separação do currículo em dois
blocos distintos de disciplinas: na 1ª e 2ª série concentravam-se os fundamentos da
educação e na 3ª e 4ª série as disciplinas de instrumentalização; a separação das
disciplinas de didática e metodologia de ensino de conteúdos específicos entre as
habilitações do magistério e do pedagogo.
Em 1996 novas avaliações3 foram realizadas e novos ajustes foram
promovidos de modo a alcançar melhoria na integração entre as estruturas
curriculares de cada habilitação do curso, uma vez que a formação docente estava
sendo colocada como base da formação do pedagogo. Também era preciso viabilizar
uma organização curricular que propiciasse maior flexibilidade e redução no tempo de
duração do turno noturno na formação do aluno.
No mesmo período em que o Curso de Pedagogia da UFU promovia esses
últimos ajustes, em âmbito nacional, era promulgada a lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (Lei Nº. 9.394/96). A partir dessa LDB, várias alterações
ocorreram na educação superior e na formação do profissional da educação que
incluía nova regulamentação pelo Conselho Nacional de Educação.
Das medidas adotadas destaca-se a publicação do Decreto 3276/99, que
definiu, dentre outros aspectos, que a formação do professor, inclusive a formação do
professor para educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental, poderia
2 Participaram dessa Comissão as professoras: Graça Aparecida Cicillini, Elfrida Félix, Helenice Camargos Viana, Marisa Lomônaco, Olga Teixeira Damis, Raul Scher, Selva Guimarães Fonseca, Vera Lúcia Abrão. 3 Estiveram a frente desse trabalho as professoras Conceição Maria da Cunha, Luzia Marivalda, Olga Teixeira Damis, Helenice Camargos Viana e o professor Guilherme de Oliveira Saramago.
9
ocorrer somente nos Institutos Superiores de Educação, o que foi revertido devido,
principalmente, à reação organizada dos educadores por meio de entidades como
ANPED, ANFOPE, ANPAE (Associação Nacional de Política e Administração da
Educação) e de outros fóruns, como Fórum Nacional dos Diretores de Faculdades de
Educação (FORUNDIR) e do Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública. Mas
além dessa medida, ao longo dos últimos anos, outros atos normativos foram
editados no campo da formação dos profissionais da educação.
Dentre esses atos destacam-se: Parecer CNE/CP n.º 53/99, aprovado em 28
de janeiro de 1999, que trata das diretrizes gerais para os Institutos Superiores de
Educação; Resolução CNE/CEB nº 2, de 19 de abril de 1999, que institui as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Formação de Docentes da Educação Infantil e dos anos
iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade Normal; Resolução
CNE/CP nº. 01, de 30 de setembro de 1999, que dispõe sobre os institutos superiores
de educação; Parecer CP 115/99, de 10 de agosto de 1999, que dispõe sobre os
institutos superiores de educação; Parecer CNE/CP nº 9/2001, aprovado em 8 de
maio de 2001, que trata das diretrizes curriculares para a formação inicial de
professores da educação básica em cursos de nível superior; Parecer CNE/CP nº
21/2001, aprovado em 6 de agosto de 2001, que dispõe sobre a duração e carga
horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível
superior, curso de licenciatura, de graduação plena; Parecer CNE/CP nº 27/2001,
aprovado em 2 de outubro de 2001, que dá nova redação ao Parecer CNE/CP
9/2001, que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de
Professores da Educação Básica, em Cursos de Nível Superior; Parecer CNE/CP nº
28/2001, aprovado em 2 de outubro de 2001, que dá nova redação ao Parecer
CNE/CP 21/2001, que estabelece a duração e a carga horária dos cursos de
Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior; Resolução
CNE/CP Nº. 01, de 18 de fevereiro de 2002, que institui diretrizes curriculares
nacionais para a formação de professores da Educação Básica, em nível superior,
nos cursos de licenciatura, de graduação plena; Resolução CNE/CP Nº. 2, de 19 de
fevereiro de 2002, que institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura,
de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível
superior.
Em 1997, esse Conselho desencadeou o processo para definir as novas
diretrizes curriculares para os cursos de graduação em nível superior.
10
Em 1999, a Comissão de Especialistas de Ensino de Pedagogia MEC/SESu,
propôs ao CNE as novas diretrizes curriculares para o Curso Pedagogia e definiu o
seguinte perfil para o egresso:
profissional habilitado a atuar no ensino, na organização e gestão de sistemas, unidades e projetos educacionais e na produção e difusão do conhecimento em diversas áreas da educação, tendo a docência como base obrigatória de sua formação e identidade profissionais
Sobre as áreas de atuação do pedagogo, o documento propõe: • docência na educação infantil, nas séries iniciais do ensino fundamental
e nas disciplinas da formação pedagógica do nível médio Indica, ainda, que o pedagogo poderá atuar: • na organização de sistemas, unidades, projetos e experiências
educacionais escolares e não-escolares
• na produção e difusão do conhecimento científico e tecnológico do campo educacional
• nas áreas emergentes do campo educacional
Em 2002, como resultado de novo trabalho da Comissão de Especialistas
de Pedagogia, em conjunto com a Comissão de Especialistas de Formação de
Professores-SeSU/MEC, foi reafirmada a proposta da Comissão de 1999 definindo
como áreas de atuação do Pedagogo:
1. Docência na Educação Infantil, nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental ( nas diversas modalidades, tais como escolarização de crianças, jovens e adultos; Educação Especial; Educação Indígena ) e nas disciplinas pedagógicas para a formação de professores ( conteúdos específicos da docência e do processo de ensino e aprendizagem em diferentes âmbitos: Curso Normal em nível médio e superior, programas especiais de formação pedagógica, programas de educação continuada, etc) destaca-se que a atuação do pedagogo em nível superior- Normal Superior e Licenciaturas, supõe a necessária qualificação profissional em nível de pós-graduação. 2. Gestão educacional, entendida como a organização do trabalho pedagógico em termos de planejamento, coordenação, acompanhamento e avaliação nos sistemas de ensino e nos processos educativos formais e não formais; 3. Produção e difusão do conhecimento científico e tecnológico do campo educacional; 4. Atuação docente/técnica em áreas emergentes no campo educacional, em função dos avanços teóricos e tecnológicos.
11
Ao mesmo tempo em que no cenário educacional mais amplo se discutiam
diretrizes e propostas de formação do profissional da educação, inclusive do
pedagogo, a UFU passava por momento de significativas mudanças na estrutura de
organização e na dinâmica de funcionamento, resultado da aprovação e implantação
de seu novo Estatuto e Regimento Geral. De acordo com tal mudança o Curso de
Pedagogia, que era vinculado a dois Departamentos – Fundamentos da Educação e
Princípios e Organização da Prática Pedagógica - passou a integrar a Faculdade de
Educação, criada a partir de janeiro de 2000 como uma das Unidades Acadêmicas da
UFU. Além desse curso a então recém-criada Faculdade de Educação integrou,
também, o Programa de Pós-Graduação em Educação.
Em 1998, a Coordenação do Curso de Pedagogia constituiu um primeiro
grupo de trabalho para iniciar o processo de avaliação de seu projeto acadêmico. Já
naquele momento, foram desenvolvidas várias ações com vistas a avaliação
curricular, como por exemplo, atualização das Fichas de Disciplina do Curso,
discussão sobre a sistemática de oferecimento de disciplinas optativas e revisão das
normas de funcionamento do mesmo.
Ao longo do ano de 2000 as discussões se aprofundaram e, em janeiro de
2001, foi constituída nova Comissão de Avaliação e Revisão Curricular4, com a
finalidade de promover estudos sobre o atual projeto acadêmico do Curso, analisar a
pertinência da proposta de formação acadêmica nele delineada e iniciar um processo
de reformulação, visando atender as novas demandas colocadas para a formação do
pedagogo.
Como decorrência dos estudos e análises desenvolvidas nesse momento,
algumas mudanças foram implementadas no currículo do Curso, ao longo dos anos
de 2001 e 2002, com vistas a possibilitar seu aprimoramento, mesmo sem a intenção
de proceder alterações substantivas no Projeto Acadêmico em vigor. Dentre essas
ações destacam-se: reflexões sobre as dificuldades e as possibilidades para
promover efetiva articulação entre teoria e prática ao longo da formação; elaboração,
implementação e avaliação do Projeto de Prática Pedagógica, integrando as
4 Ao longo desses anos fizeram parte da Comissão os seguintes professores e alunos: Profa. Edna Mariana Machado, Profa. Elfrida Felix de Sousa Gomide; Profa. Geovana Ferreira Melo Moura, Profa. Helenice Camargos Viana, Profa. Lázara Cristina da Silva, Profa. Luzia Marivalda Barreiro da Costa (Valda), Profa. Marcelo Soares Pereira da Silva, Profa. Maria Veranilda Soares Mota, Profa. Myrtes Dias da Cunha, Profa. Olga Teixeira Damis, Profa. Robson Luiz de França, Profa. Valéria Aparecida Dias Lacerda de Resende, Profa. Vanessa T. Bueno Campos, Profa. Vera Lúcia Abrão Borges, alunas Andréia Cristina R. Rodrigues, Zeli Alvim de Oliveira, Paola Leal de Oliveira e Cláudia Aparecida Morais Mariano.
12
disciplinas de cada série do Curso; avaliação e definição de novas diretrizes para as
disciplinas optativas Monografia 1 e 2 e Pesquisa em Educação1 e 2; redefinição de
política de oferecimento e criação de novas disciplinas optativas; regulamentação do
funcionamento das disciplinas de Prática de Ensino e de Estágio Supervisionado.
Ao mesmo tempo, e em diferentes momentos, após a aprovação da Lei n.
9.394/96 que define as diretrizes e bases da educação nacional, ocorreram, no âmbito
do Curso, estudos e debates, envolvendo o conjunto dos docentes e alunos, sobre as
novas implicações na formação do pedagogo e a definição de Diretrizes Curriculares
para o Curso de Pedagogia em processo de definição no CNE.
Os Seminários Regionais sobre a Formação do Educador promovidos pelo
Curso de Pedagogia e pela FACED, nos últimos dez anos, especialmente a partir da
aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), tiveram
contemplados a temática da formação do profissional da educação, em diferentes
atividades - minicursos, palestras, conferências, mesas-redondas.
No III Seminário Regional sobre a Formação do Educador, em 1996,
ocorreram, um mini curso - A formação de professores no projeto da nova LDB - e
duas palestras - A formação e atuação dos especialistas em educação e A
Prática Pedagógica e Formação do Educador: desafios da atualidade; no IV
Seminário Regional, em 1997, foram realizadas duas conferências: Perspectivas de
formação do educador na nova LDB e A formação do educador no curso de
Pedagogia frente a atual configuração sócio-política; no VI Seminário Regional
sobre a Formação do Educador: elementos para repensar a prática pedagógica, em
1999, foi realizada uma mesa redonda com o tema: Os Institutos Superiores de
Educação e as novas diretrizes curriculares: perspectivas para a formação do
profissional da educação; no VII Seminário Regional, em 2.000, ocorreu uma mesa
redonda sobre Políticas e modelos institucionais de formação do profissional da
educação e uma palestra sobre Impactos das novas diretrizes nas propostas
curriculares dos cursos de formação dos profissionais da educação. No VIII
Seminário Regional, em 2.002, foi realizada a conferência: A Formação do Cientista
da Educação e o Curso de Pedagogia; e as palestras O lugar da docência na
formação do pedagogo, A Contribuição da ANFOPE no Debate e A proposta da
prática pedagógica nas diretrizes curriculares para a formação do educador;
também em 2002, no I Congresso Nacional de Educação – Formação de professores:
história, política e desafios, ocorreram duas conferências com os temas: Formação
13
de professores na Atualidade e Formação de Professores: campo de pesquisa e
de atuação profissional; uma mesa redonda: Políticas Públicas e Formação
Docente; e um seminário temático: A Formação Docente no Brasil: história e
Política. Em 2003, no I Seminário de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado nos
Cursos de Formação de Professores, ocorreu a conferência: Organização do
Estágio e Prática de Ensino frente as novas diretrizes para a formação de
professores.
No mesmo ano, no IX Seminário Regional sobre a formação do Educador foi
realizada uma conferência com o tema - Propostas Curriculares e Formação do
Profissional de Educação: caminhos em construção – e uma mesa redonda
reuniu várias Instituições regionais para debater o tema - Reformas Curriculares:
experiências. Em 2004, no II Congresso Nacional de Educação – Práticas Docentes,
História e Política Educacional /FACED – foi realizada uma mesa redonda com o
tema: Formação de Professores.
Em 2005, na II Semana Acadêmica realizada pela UFU, a temática foi
abordada em duas mesas redondas com os títulos: Proposta de Diretrizes
Curriculares para o Curso de Pedagogia e; Projeto Institucional de Formação de
Professores na UFU.
Em 2002, foram realizadas reuniões de Curso com a finalidade de debater
temas relativos à formação do pedagogo como, por exemplo, Concepções de
Competência e Flexibilização na Organização Curricular do Curso de Pedagogia e;
Reformulação Curricular: tendências e diretrizes sobre a formação do pedagogo.
Neste mesmo ano foi também realizado um Seminário para alunos e professores do
Curso com o objetivo apresentar e discutir os fundamentos e a proposta curricular em
processo de elaboração pela Comissão de Avaliação e Revisão Curricular.
Em seguida, uma primeira síntese da atual proposta foi apresentada e discutida
durante o VIII Seminário Regional sobre a Formação do Educador, realizado de 02 a
04 de abril de 2002, na UFU. Posteriormente, novamente, em reuniões do Curso de
Pedagogia realizadas em 29 de maio, 10 de julho e 16 de outubro de 2003, essa
síntese foi objeto de análise por parte de professores e de alunos. Também, ao longo
do ano de 2004, em diferentes momentos, a Comissão de Reformulação Curricular e
o Colegiado de Curso continuaram seus estudos no sentido de ajustar a proposta
inicial aos diferentes momentos de avaliações e às sugestões encaminhadas.
14
Neste momento, em nível institucional, também, ocorriam discussões no
sentido de regulamentar as reformulações curriculares dos Cursos de Graduação que
contribuíram para reforçar o debate. Em 29 de abril de 2004 foi aprovada Resolução
nº 02/2004/CONGRAD/UFU que definiu as diretrizes para a elaboração e/ou
reformulação do projeto pedagógico dos Cursos de Graduação.
Em 30 de março de 2005, foi aprovada a Resolução nº 03/2005/CONSUN que
regulamentou o Projeto Institucional de Formação e Desenvolvimento do Profissional
da Educação. Da elaboração desta última, participaram, de forma sistemática,
professores que constituíam o Colegiado de Curso e a Comissão de Avaliação e
Revisão Curricular do Curso de Pedagogia.
V- DIRETRIZES ORIENTADORAS PARA O PROCESSO DE REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE PEDAGOGIA
No processo de revisão e atualização do Projeto Pedagógico do
Curso de Pedagogia um aspecto importante de se ter presente refere-se às
orientações emanadas dos atos normativos que fundamentam a organização dos
currículos na educação superior em geral e nos cursos de Pedagogia em específico.
Nesse sentido, além das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia
e demais diretrizes curriculares do CNE pertinentes à educação das relações étnico-
raciais e indígenas, educação especial, educação ambiental, educação em direitos
humanos; há que se considerar, também, nas normas institucionais no âmbito da UFU
que tratam da organização dos currículos de graduação em geral, bem como, de
modo mais específico, aquelas normas referentes aos currículos dos cursos de
formação de professores.
5.1 - Elementos postos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia
As DCN para o Curso de Pedagogia explicitam a finalidade da formação inicial a
ser desenvolvida nesse curso nos seguintes termos:
Art. 2º As Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia aplicam-se à formação inicial para o exercício da docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, e em cursos de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. § 1º Compreende-se a docência como ação educativa e processo pedagógico metódico e intencional, construído em relações sociais, étnico-raciais e produtivas, as quais influenciam conceitos, princípios e
15
objetivos da Pedagogia, desenvolvendo-se na articulação entre conhecimentos científicos e culturais, valores éticos e estéticos inerentes a processos de aprendizagem, de socialização e de construção do conhecimento, no âmbito do diálogo entre diferentes visões de mundo. § 2º O curso de Pedagogia, por meio de estudos teórico-práticos, investigação e reflexão crítica, propiciará: I - o planejamento, execução e avaliação de atividades educativas; II - a aplicação ao campo da educação, de contribuições, entre outras, de conhecimentos como o filosófico, o histórico, o antropológico, o ambiental-ecológico, o psicológico, o linguístico, o sociológico, o político, o econômico, o cultural.
Em seguida, quanto ao repertório de informações que devem ser consideradas na
formação profissional e acadêmica a ser desenvolvida no curso de Pedagogia, as
DCN preveem que:
Art. 3º O estudante de Pedagogia trabalhará com um repertório de informações e habilidades composto por pluralidade de conhecimentos teóricos e práticos, cuja consolidação será proporcionada no exercício da profissão, fundamentando-se em princípios de interdisciplinaridade, contextualização, democratização, pertinência e relevância social, ética e sensibilidade afetiva e estética. Parágrafo único. Para a formação do licenciado em Pedagogia é central: I - o conhecimento da escola como organização complexa que tem a função de promover a educação para e na cidadania; II - a pesquisa, a análise e a aplicação dos resultados de investigações de interesse da área educacional; III - a participação na gestão de processos educativos e na organização e funcionamento de sistemas e instituições de ensino.
Ainda de acordo com as DCN para o Curso de Pedagogia, este deve destinar-se
à formação do seguinte profissional:
Art. 4º O curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. Parágrafo único. As atividades docentes também compreendem participação na organização e gestão de sistemas e instituições de ensino, englobando: I - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de tarefas próprias do setor da Educação; II - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de projetos e experiências educativas não-escolares; III - produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico do campo educacional, em contextos escolares e não-escolares.
16
Estes elementos iniciais destacados as partir das DCN para o Curso de
Pedagogia evidenciam que, por um lado, mostram-se pertinentes aquelas avaliações
que consideram atualizadas as definições quanto ao perfil do egresso previsto no
Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia da UFU em vigor, e nesse sentido, não
haveria muito a se alterar.
Por outro lado, estes mesmos elementos colocam em evidência a
complexidade do campo e processo formativo a ser desenvolvido no curso de
Pedagogia, uma vez que além de contemplar aspectos específicos do campo do
exercício magistério, também precisam voltar-se para a formação no campo do
planejamento, execução e avaliação de outras tarefas concernentes ao campo da
educação, escolar e não escolar; ao lado da formação para a pesquisa, comprometida
com a produção e difusão do conhecimento científico.
Frente a essa complexidade, o Projeto Pedagógico de cada curso delimitará
com clareza as opções institucionais que serão perseguidas ao longo da formação
acadêmico-profissional que se realizará, com a clareza de que esta complexidade
somente pode ser adequadamente abordada e trabalhada ao longo do curso no
diálogo e articulação de diferentes campos de conhecimentos filosófico, histórico,
antropológico, ambiental-ecológico, psicológico, linguístico, sociológico, político,
econômico, cultural, dentre outros.
Esse tratamento teórico ao longo do curso, por sua vez, possibilitará trabalhar a
formação para o exercício do magistério no contexto da formação para a docência,
Isso porque a concepção de docência expressa nas DCN para o Curso de Pedagogia
ultrapassa em muito aquelas visões que tentar reduzir esta docência aos processos
específicos de organização do ensino que culminam no ato de ministrar aulas. A
docência deve ser apreendida e trabalhada enquanto como “ação educativa e
processo pedagógico metódico e intencional”, que pode se desenvolver em diferentes
espaços e que deve ser compreendida de maneira contextualizada.
5.2- Elementos postos pelas normas institucionais no âmbito da UFU
No que se refere às normas institucionais, no âmbito da UFU, a Resolução nº
07/2004/CONGRAD estabelece os seguintes princípios orientadores para
organização dos Projetos Pedagógicos dos cursos:
Art. 7o. Os princípios que orientam os projetos pedagógicos são:
17
I – contextualização expressa na apresentação e discussão dos conhecimentos de forma crítica e historicamente situada; II – indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão de modo a desenvolver atitudes investigativas e instigadoras da participação do graduando no desenvolvimento do conhecimento e da sociedade como um todo; III – interdisciplinaridade evidenciada na articulação entre as atividades que compõem a proposta curricular, evitando-se a pulverização e a fragmentação de conteúdos; IV – flexibilidade de organização expressa na adoção de diferentes atividades acadêmicas, levando-se em conta as especificidades de cada curso, como forma de favorecer a dinamicidade do Projeto Pedagógico e o atendimento às expectativas e interesses dos alunos; V – rigoroso trato teórico-prático, histórico e metodológico no processo de elaboração e socialização dos conhecimentos; VI – ética como uma referência capaz de imprimir identidade e orientar as ações educativas; e VII – avaliação como prática de re-significações na forma de organização do trabalho docente e de aperfeiçoamento do Projeto Pedagógico do curso.
Complementarmente, a Resolução 03/2005/CONGRAD aprovou o Projeto
Institucional de Formação e Desenvolvimento do Profissional da Educação. Nela
foram definidos os seguintes princípios adicionais
• Articulação teoria-prática pedagógica Esse princípio orienta a Instituição para a compreensão de que as especificidades dos conteúdos de cada área do conhecimento e as especificidades da prática pedagógica formam um conjunto integrado e necessário à formação do profissional da educação. Adotar esse princípio significa conceber a articulação como um eixo fundamental do processo formativo. Trata-se de valorizar a teoria e a prática pedagógica, interligando-as no decorrer do curso de formação. Os estudos teóricos relativos aos diferentes conteúdos transpõem-se para o âmbito pedagógico, dando realce àquilo que, nos espaços educativos, se constituirão como ferramentas para a intervenção docente. A experiência ou a prática pedagógica, desenvolvida ao longo do processo de formação profissional, deve, nesse sentido, possibilitar ao futuro professor a compreensão da complexidade dos processos educativos e deve auxiliá-lo, também, na reflexão sobre alternativas para as questões que se apresentarem como problemáticas, podendo, inclusive, constituírem-se como objetos de investigação científica. A prática é o objeto de investigação permanente do professor, durante sua formação e na ação profissional. Deste modo, a articulação entre teoria e prática pedagógica, proposta para os cursos de formação dos profissionais da educação na UFU, não se refere a uma mera justaposição em uma grade curricular, mas se expressa pela forma como as atividades acadêmicas envolvidas se coordenam entre si, orientando a dinâmica do processo de formação do professor. A adoção desse princípio exige, pois, uma nova forma de organização curricular.
18
• Articulação entre Formação Inicial e Continuada, Bacharelado e Licenciatura, Universidade e Escola Básica e outras instâncias educativas Este princípio leva-nos a considerar que, tanto a formação inicial quanto a formação continuada constituem, juntas, a idéia de um processo, um percurso ou uma trajetória de vida pessoal e profissional, cuja construção é contínua e permanente. O caráter de continuidade que une as duas modalidades de formação, certamente, serve não só para nos orientar para uma sólida formação inicial desenvolvida nos âmbitos científico, cultural, social e pedagógico, mas também chama nossa atenção para o desenvolvimento teórico-prático do professor que se encontra em pleno exercício da profissão. Outra relação importante, presente nesse princípio, é aquela que procura permanente integração entre o Bacharelado e a Licenciatura. Assegurar esta articulação significa mais do que apresentar uma estrutura curricular que compartilha disciplinas ou cargas horárias entre as duas modalidades; significa a implementação da idéia de que os futuros professores, além de elaborar um entendimento sólido sobre a prática docente e sobre a teoria pedagógica, precisam não só dominar o campo de conhecimentos das disciplinas que irão ministrar, mas também suas relações com outras áreas do conhecimento humano, tendo em vista o objetivo final que é a formação do professor-pesquisador. Vale ressaltar que, para propiciar esta formação é necessário lançar este sujeito no caminho da investigação, da interrogação, da invenção e da descoberta por meio do incentivo à realização de trabalhos de iniciação científica, pela organização de grupos de pesquisa, voltados, também, para a análise de temas pedagógicos ou educacionais. E por fim, a aproximação entre a Universidade, a Escola Básica e outras instâncias educativas é mais uma preocupação que deve estar presente na formação do profissional da educação. Se reconhecermos a escola e outras instâncias educativas como responsáveis pela formação do cidadão e do trabalhador, não é possível desconsiderar que, também essas instâncias participam do processo formativo. Assim, essa articulação necessita ser confirmada por meio de planejamentos conjuntos e convênios interpartes. (UFU, Projeto Institucional de Formação e Desenvolvimento do Profissional da Educação, p. 18-19)
Como se depreende, os princípios definidos nas diretrizes institucionais são
precisos. Todavia, o desafio que se coloca é o de dar efetividade no processo de
organização e desenvolvimento curricular dos cursos de graduação na instituição.
Essa efetividade, por sua vez, deverá estar traduzida tanto no Projeto Pedagógico
propriamente dita, quanto também, e, principalmente, no processo de implementação
e desenvolvimento deste currículo nas práticas educativas e nos saberes mobilizados
por professores e alunos ao longo da formação realizada.
São tarefas que certamente exigirão um trabalho permanente de auto avaliação,
individual e institucional; de articulação entre os docentes do curso; de participação
19
dos estudantes; de trabalho colaborativo e coletivo de professores e alunos ao longo
de toda a formação.
5.3 - Alguns aspectos a serem considerados na organização do fluxo curricular do curso de Pedagogia da UFU
Orientados por estas diretrizes e princípios e considerando os estudos,
avaliações e análises desenvolvidas até o momento, o NDE do Curso de Pedagogia
apresenta alguns aspectos de caráter mais geral e organizacional a serem
considerados na sistematização de uma proposta de reformulação da organização do
fluxo curricular deste curso:
a) As alterações curriculares no curso que vierem a ser propostas precisam
ter como referência o corpo docente existente na Faculdade de Educação e demais
Unidades Acadêmicas da UFU, uma vez que, nesse momento a reforma curricular
não pode ser concebida e/ou implantada condicionada à ampliação ou diminuição do
corpo docente lotado na FACED e, quando for o caso, também nas demais Unidades
Acadêmicas da Instituição.
b) Os componentes curriculares precisam considerar três eixos básicos de
desenvolvimento da formação profissional-acadêmico a ser desenvolvida:
conhecimento e pesquisa; formação docente; gestão educacional. Estes eixos
serão organizados de modo a permitir que o acadêmico tenha oportunidade de
vivenciar, logo no 1º semestre do curso, estudos que potencializem sua inserção
profissional e investigativa no campo da educação. Ao lado destes eixos, seria
oportuno que fossem definidos eixos articuladores de caráter anual que serem
perseguidos pelos componentes curriculares organizados semestralmente. Assim,
eixos articuladores contribuirão para que o curso, organizado em regime semestral,
mantenha uma integração crescente. Nesse sentido, poderiam ser definidos os
seguintes eixos articuladores anuais:
� 1º ano do curso (1º e 2º semestre): Educação na universidade: A
produção do conhecimento acadêmico científico e as funções da universidade;
� 2º ano do curso (1º e 2º semestre): Docência: lugares, tempos e
espaços – Educação Infantil
� 3º ano do curso (1º e 2º semestre): Docência: lugares, tempos e
espaços – Séries Iniciais do Ensino Fundamental
20
� 4º ano do curso (1º e 2º semestre): Docência: gestão e organização dos
sistemas educacionais
c) É importante que, além da indicação/definição dos componentes
curriculares em cada período e respectivas cargas horárias, sejam discutidos de
maneira mais articulada e ampliada os principais temas/conteúdos que deverão ser
considerados na organização das Fichas de Disciplina destes componentes. Nesse
sentido, o NDE considera necessário haver a sistematização de algumas linhas gerais
em torno dos componentes que vierem a ser propostos, de caráter preliminar,
referenciada na trajetória institucional do próprio curso e no desenvolvimento dos
diferentes campos de conhecimento que informam sobre o curso.
d) Na indicação/definição dos temas/conteúdos dos diferentes componentes
curriculares, além dos eixos básicos de desenvolvimento da formação alguns
aspectos tratados de maneira transversal e interdisciplinar ao longo do curso, em
especial aqueles relativos a: educação inclusiva (relações étnico-raciais e indígenas,
pessoas com deficiência); educação ambiental; educação em direitos humanos;
ludicidade; arte; corpo; movimento; gênero; sexualidade; tecnologias e educação.
Essa perspectiva possibilitará assegurar uma sólida formação teórica em torno destes
aspectos, sem que isso implique um inchaço do currículo e/ou sua fragmentação e um
número muito grande de disciplinas, que certamente, teriam cargas horárias
reduzidas. Além disso, estes aspectos poderão receber tratamento teórico mais
específico para aprofundamento em componentes curriculares optativos, além de
outras atividades curriculares como Trabalhos de Conclusão de Curso, monografias,
projetos de iniciação científica e iniciação à docência, dentre outros.
e) Deseja-se buscar uma abertura crescente destinada à carga horária de
disciplinas optativas que permitam ao acadêmico em sua formação inicial
linhas/temas que se mostrem mais instigantes, assim como estudos em questões
mais específicas em sua formação. Além disso, a perspectiva de uma organização
curricular mais flexível e aberta, capaz de incorporar demandas mais imediatas postas
pela sociedade em geral, pela educação em particular e pelos próprios discentes e
docentes do curso, implica a ampliação de componentes curriculares desta natureza.
f) A carga horária dos componentes curriculares precisa ser concebida
considerando, além do tempo necessário para um adequado desenvolvimento dos
conteúdos básicos pertinentes à um curso em nível de graduação, também o cuidado
21
de se evitar uma distribuição de carga horária que implique grande fragmentação de
disciplinas no curso e ao longo da semana de aulas.
g) Ao longo do curso algumas disciplinas poderão prever uma carga horária
destinada a atividades práticas diretamente vinculada à respectiva disciplina e sob a
responsabilidade do professor dessa disciplina. Nesses casos, no fluxo curricular e na
Ficha de Disciplina estariam especificadas a total de carga horária teórica e o total de
carga horária prática da disciplina que prever essa situação. O desenvolvimento
destas atividades práticas na(s) disciplina(s) que vierem a contemplar carga horária
teórica e carga horária prática, precisa ser tomado de modo a, por um lado, evitar a
sobreposição do caráter prático sobre o caráter teórico da disciplina, o que poderia
conduzir a uma sobrecarga de carga prática no curso em relação à carga teórica. Por
outro lado, para se evitar o prolongamento da duração do curso, a carga horária
destinada a estas atividades práticas precisará ter sua previsão de realização em
turno contrário ao destinado à parte teórica das disciplinas que o aluno cursa. Nesse
sentido, essas atividades poderiam ser organizadas na direção de orientar e induzir o
aluno a ter contatos iniciais e mais específicos com as realidades que envolvem os
respectivos campos disciplinares de componentes que tiverem carga horária teórica e
carga horária prática.
h) No caso dos componentes de Estágio Supervisionado, a carga horária
destinada às atividades de campo, também terão sua previsão de realização em turno
contrário ao destinado à parte teórica das disciplinas que o aluno cursa.
i) Considera-se pertinente manter a duração do curso em quatro anos, com
ingresso de duas turmas por ano, sendo uma no turno da manhã (matutino) e outra no
turno da noite (noturno). A carga horária diária de aulas, tanto no turno matutino
quanto turno noturno, de 20 aulas semanais, o que implica 4 aulas por dia. Nesse
sentido, se observará na definição da carga horária dos componentes curriculares, de
cada semestre do curso, uma distribuição tal que, ao mesmo tempo possibilite um
adequado tratamento teórico dos conteúdos das disciplinas, também evite a
organização de horários desiguais ao longo da semana, como ocorre atualmente com
aquelas disciplinas de 4 aulas semanais e que se veem obrigadas a estar previsto no
horário do curso 3 aulas em um dia e 1 aula em outro dia da semana. Como se
depreende, estas indicações implicarão que o curso poderá ter sua carga horária total
reduzida das atuais 3590 horas para algo próximo do mínimo previsto nas DCN para
22
o Curso de Pedagogia, ou seja, 3200, o que impactará na carga horária dos diferentes
componentes curriculares.
j) Considera-se pertinente que o curso seja organizado com os componentes
curriculares definidos e organizados semestralmente, ingresso e matrícula dos alunos
em um dos turnos específicos (matutino ou noturno), de modo que o curso não se
caracterize como curso de regime integral. Quanto ao ingresso, este seria anual em
cada turno (matutino e noturno), com a previsão de 40 vagas por turno. A distribuição
de carga horária nos horários extra turno, precisam ser pensadas e distribuídas
cuidadosamente, para não configurar modificação no regime de oferta do curso de
matutino e noturno, para o integral.
k) A carga horária dos componentes curriculares disciplinares será calculada
considerando-se 18 semanas letivas com aulas com duração de 50 minutos, uma vez
que este é o padrão atualmente utilizado pela UFU.
VI - Princípios Norteadores
O Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de
Uberlândia se organizará a partir e em torno dos seguintes pressupostos e princípios
fundamentais:
� a docência, como base de formação do pedagogo, é aqui concebida
como ato educativo institucional e processo complexo, histórico e culturalmente
situado. Não se reduz ao ato de ministrar aulas, sendo compreendida para além de
sua dimensão meramente técnica, utilitária, instrumental. Essa concepção de
docência exige do pedagogo a capacidade de compreender de forma crítica e criativa
os processos sociais, culturais, políticos e econômicos que permeiam e definem a
educação, a escola, o aluno, o processo de ensino aprendizagem, enfim, os
processos formativos que ocorrem na sociedade;
� será desenvolvida, também, a formação inicial do pedagogo para atuar
em diferentes setores que implicam no trabalho pedagógico, escolar e não escolar.
Ou seja, o Curso de Pedagogia forma o profissional para trabalhar no ensino, no
planejamento, na administração, na coordenação, na supervisão, na inspeção e na
orientação educacional de sistemas, unidades e projetos educacionais e na produção
e difusão do conhecimento, em diversas áreas da educação, rompendo-se com os
modelos fragmentados de formação, centrados em habilitações profissionais. Buscar-
se-á romper com modelos de formação que se definem a partir da dicotomia entre
23
conteúdo e forma, entre saber didático e saber específico, entre bacharelado e
licenciatura;
� sólida formação teórica e interdisciplinar, sobre o fenômeno educativo,
de modo a possibilitar ao graduando, por um lado, compreender as bases históricas,
políticas, sociais e culturais de seu campo de formação e atuação e, por outro lado,
apropriar-se do processo de trabalho pedagógico a partir de uma análise crítica da
sociedade e da realidade educacional brasileira, visando a uma atuação consciente
nessa realidade;
� trabalho interdisciplinar que reside na concepção de que o processo de
conhecimento não se desenvolve em campos fechados, isolados e estáticos;
� trabalho coletivo e gestão democrática como princípio de qualquer
organização curricular, em contextos escolares e não-escolares, e aponta para uma
nova maneira de compreender o currículo e sua operacionalização e o nos remete ao
campo das relações e práticas que se constroem e se desenvolvem no cotidiano dos
processos formativos;
� compromisso social, ético, político e técnico do profissional da educação
frente a sociedade, que se traduz na formação de um profissional historicamente
situado, que deverá estar preparado para compreender e agir na sociedade em que
se situa; um profissional capaz de fazer uma análise política da educação e das lutas
históricas dos educadores, articulando-as com movimentos sociais mais amplos;
� permanente articulação entre formação teórica desenvolvida e realidade
educacional vivenciada, a partir da compreensão de que a unidade teoria e prática
ocorre numa abordagem da relação de interdependência e de mútua determinação
entre ambas. A teoria, com efeito, é reelaborada a partir da prática, sendo que a
validade da teoria é verificada pela própria prática;
� a pesquisa como princípio formativo e epistemológico eixo da
organização do currículo e que demarca a discussão sobre as contribuições das
várias modalidades de pesquisa na prática de um professor/pedagogo e de como é
possível trabalhar ou fortalecer tais modalidades de investigação durante todo o
período da graduação a partir da articulação entre ensino-pesquisa-extensão;
� flexibilidade curricular, compreendida como a capacidade e possibilidade
do currículo dialogar com os limites e os novos campos de saberes, de modo a fazer
frente às demandas da sociedade quanto à educação, em especial a educação
desenvolvida nas escolas públicas;
24
� atualização constante dos conhecimentos e da formação inicial
desenvolvida na graduação, por meio da articulação entre a formação inicial e a
formação continuada do profissional da educação e da avaliação permanente dos
processos de formação.
VI - Caracterização do Egresso:
O Projeto Pedagógico proposto para o Curso de Pedagogia tem como base
a caracterização do profissional egresso da UFU, definida nas Orientações Gerais
para Elaboração de Projetos pedagógicos de Cursos de Graduação,
UFU/PROGRAD/DIREN, 2.005, e na Resolução nº 03/2005, UFU/CONSUN, de
30/03/2005. Visando a formação do estudante de pedagogia com características e
possibilidades específicas para desempenhar um trabalho de educação
sistemática em âmbito escolar e não escolar propõe-se desenvolver:
• autonomia intelectual, que o capacite a desenvolver uma visão histórico-social
de educação e de sociedade, necessária ao exercício da docência e da gestão
democrática, como um profissional da educação crítico, criativo e ético, capaz de
compreender e intervir na realidade e transforma-la;
• capacidade para estabelecer relações solidárias, cooperativas e coletivas de
modo a propiciar condições visando a integração comunidade, escola, família;
• possibilidade de produzir, sistematizar e socializar conhecimentos e tecnologias
buscando compreender as novas demandas e os novos desafios colocadas à
educação escolar e não escolar e à sociedade;
• capacidade para compreender e trabalhar as necessidades educativas de
grupos sociais e comunidades com relação a problemas socioeconômicos, culturais,
políticos e organizativos, além de preocupar-se em conservar o equilíbrio do
ambiente;
• investir no próprio desenvolvimento profissional e exercer a prática da
formação continuada no sentido de contribuir para o desenvolvimento e a inovação
das formas sistemáticas de educação escolar e não escolar;
• conscientizar-se de seu papel de agente social, papel esse fundamentado em
princípios éticos e comprometidos com a formação de cidadãos críticos, reflexivos e
participativos.
25
Ao final do Curso de Pedagogia o profissional estará capacitado a:
• atuar em atividades educacionais destinadas ao atendimento à infância de zero
a seis anos;
• ministrar aulas na Educação Infantil e nos primeiros anos do Ensino
Fundamental;
• ministrar aulas das disciplinas pedagógicas nos cursos de formação de
professores da Educação Básica;
• atuar nas funções estabelecidas pelo artigo 64 da Lei 9394/96 (Diretrizes e
Bases da Educação Nacional);
• gerenciar programas e projetos educacionais realizados em espaços escolares
e não-escolares;
• atuar na gestão e avaliação de projetos educativos;
• produzir reflexão teórica a partir das práticas pedagógicas em diferentes
contextos;
• avaliar e implementar as políticas educacionais em espaços escolares;
• desenvolver atividades de ensino e pesquisa articuladas ao contexto social,
pautando sua conduta em princípios éticos, políticos econômicos e sociais;
• (re) construir conhecimentos através da prática pedagógica, articulando teoria e
prática;
• atuar nos processos de inovação das práticas pedagógicas escolares e não
escolares considerando os impactos das novas tecnologias.
Além disso, o egresso deverá estar capacitado também a:
• compreender de forma ampla e consistente o fenômeno e a prática educativa
que se dá em diferentes âmbitos e especialidades;
• compreender o processo de construção do conhecimento em seu contexto
social e cultural;
• identificar problemas socioculturais e educacionais propondo respostas
criativas às questões da qualidade do ensino e medidas que visem superar a
exclusão social;
• compreender e valorizar as diferentes linguagens manifestas nas sociedades
contemporâneas e sua função na produção do conhecimento;
26
• compreender e valorizar os diferentes padrões e produções culturais existentes
na sociedade contemporânea;
• apreender a dinâmica cultural e atuar em relação ao conjunto de significados
que a constituem;
• atuar com pessoas que possuem necessidades especiais, em diferentes níveis
da organização escolar, de modo a assegurar seus direitos de cidadania;
• atuar com jovens e adultos defasados em seu processo de escolarização;
• estabelecer diálogo entre a área educacional e as demais áreas do
conhecimento;
• articular ensino e pesquisa na produção do conhecimento e da prática
pedagógica;
• dominar processos e meios de comunicação em suas relações com os
problemas educacionais;
• desenvolver metodologias de ensino alternativas com materiais pedagógicos
que considerem a utilização das tecnologias da informação e da comunicação;
• comprometer-se com uma ética de atuação profissional e com a organização
democrática da vida em sociedade;
• articular a atividade educacional com diferentes formas de gestão educacional,
na organização do trabalho pedagógico escolar, no planejamento, execução e
avaliação de propostas pedagógicas da escola;
• elaborar o projeto pedagógico, sintetizando as atividades de ensino e
administração, caracterizadas por categorias como: planejamento, organização,
coordenação, avaliação e valores comuns (solidariedade, cooperação,
responsabilidade e compromisso).
VII - Objetivos
A partir do perfil profissional, o Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia está
estruturado a partir dos seguintes objetivos:
• formar profissionais na área de Pedagogia, legalmente habilitados para o
exercício profissional em instituições públicas ou privadas de educação escolar e não
escolar;
• credenciar profissionais aptos ao desenvolvimento da pesquisa em educação,
na produção e difusão do conhecimento científico e tecnológico;
27
• credenciar profissionais para atuar na docência da Educação Infantil, dos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental e das disciplinas pedagógicas para a formação de
professores, na educação especial, na educação de jovens e adultos, e em outras
áreas emergentes no campo sócio educacional;
• credenciar profissionais para atuar na organização de sistemas, unidades,
projetos e experiências educativas (planejamento, administração, coordenação,
supervisão, inspeção e orientação educacional) do campo educacional em contextos
escolares e não escolares;
• formar profissionais capazes de: questionar a realidade, formular problemas e
buscar soluções, utilizando-se do pensamento lógico, da criatividade e da análise
crítica; compreender a sua atuação profissional como o exercício de cidadania
consciente e crítica;
• compreender, de forma ampla e consciente, o processo educativo,
considerando as características das diferentes realidades e níveis de especialidades
em que se processam.
• desenvolver a compreensão sobre o contexto da realidade social da escola
brasileira (seus valores, representações, história e práticas institucionais) de modo a
poder assumir uma postura crítica e responsável pela transformação dessa realidade,
contribuindo para o desenvolvimento de novas formas de interação e de trabalho
escolar;
• estabelecer e vivenciar processos de teoria e prática, de ação-reflexão-ação ao
longo do Curso, tomando a prática educativa como objeto de reflexão, de modo a criar
soluções apropriadas aos desafios específicos que enfrenta;
• desenvolver e avaliar projetos políticos pedagógicos, de ensino e de
aprendizagem, estimulando ações coletivas na escola, de modo a caracterizar nova
concepção de trabalho educativo;
• desenvolver metodologias e projetos de ensino e de gestão educacional, tendo
por fundamento a abordagem interdisciplinar, a gestão democrática, o trabalho
coletivo, dentre outros.
VIII- Campo de Atuação do Pedagogo
O Projeto Acadêmico do Curso de Pedagogia da UFU ora proposto, ao
reconhecer os mais diversos campos de atuação do pedagogo, tem a clareza de que
28
a educação formal e escolar, ainda é o lócus privilegiado de inserção desse
profissional. Com essa compreensão, e ao renovar seu compromisso com a
construção de uma escola pública de qualidade, que atenda aos interesses dos
setores mais amplos da nossa sociedade, define as seguintes áreas de atuação
profissional prioritárias para o seu egresso:
a) Docência na Educação Infantil, nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
e nas disciplinas pedagógicas para a formação de professores. Poderá atuar,
também, na educação especial, na educação de jovens e adultos, na educação no/do
campo, na educação indígena, na educação em remanescentes de quilombos ou em
organizações não-escolares públicas ou privadas, e outras áreas emergentes no
campo sócio educacional;
b) Gestão Educacional, entendida numa perspectiva democrática, que
integre as diversas atuações e funções do trabalho pedagógico e dos processos
educativos, especialmente no que se refere ao planejamento, à administração, à
coordenação, ao acompanhamento, à supervisão, à inspeção, à orientação
educacional e à avaliação em contextos escolares e não-escolares e nos sistemas de
ensino e ao estudo e participação na formulação, implementação e avaliação de
políticas públicas na área de educação;
c) Produção e difusão do conhecimento do campo educacional, entendidos
como desenvolvimento da capacidade investigativa e da produção do conhecimento,
tendo a prática educativa escolar e não escolar como objeto de estudos e de
intervenção sistemática.
IX – Estrutura Curricular
De acordo com o Projeto Institucional de Formação e Desenvolvimento do
Profissional da Educação da UFU, regulamentado pela Resolução n.
003/2005/CONSUN, aprovada em 30 de março de 2005, os componentes curriculares
dos Cursos de Licenciatura da UFU estão estruturados em três Núcleos de Formação,
a saber:
• Núcleo de Formação Específica
• Núcleo de Formação Pedagógica
• Núcleo de Formação Acadêmico-Científico-Cultural
29
Considerando a especificidade própria da Pedagogia como campo de saber
que tem como objeto de estudos, de ensino, de pesquisa e de extensão a prática
educativa que se desenvolve em diferentes instâncias sociais, a organização
curricular aqui proposta toma o trabalho pedagógico, desenvolvido em contextos
escolares e não-escolares, como objeto e conteúdo específico de reflexão, de análise
e de síntese, para a formação e atuação do pedagogo.
A partir dessa especificidade, no currículo proposto para o Curso de
Pedagogia, não será possível conceber o Núcleo de Formação Específica
desvinculado do Núcleo de Formação Pedagógica. Pois, o conteúdo da formação
específica que compõe o primeiro Núcleo se define também nas disciplinas e
conteúdos do Núcleo de Formação Pedagógica. Da mesma forma, as disciplinas e
conteúdos que integram o Núcleo de Formação Pedagógica se constituem em
conhecimentos específicos da formação do pedagogo.
Dessa maneira, especificamente, para o Curso de Pedagogia, propõe-se uma
estrutura curricular que integra, em um único Núcleo, os conteúdos relativos aos
conhecimentos específicos e aqueles relativos aos conhecimentos pedagógicos. O
currículo do Curso será estruturado, portanto, em uma base comum de formação do
pedagogo constituindo-se, simultaneamente, ao longo do curso, em campo de
estudos, de ensino, de pesquisa, de extensão e de práticas educativas.
Os componentes curriculares consideram quatro eixos básicos de
desenvolvimento da formação profissional-acadêmico a ser desenvolvida: Educação
na universidade - A produção do conhecimento acadêmico científico e as funções da
universidade; Docência: lugares, tempos e espaços – Educação Infantil; Docência:
lugares, tempos e espaços – Séries Iniciais do Ensino Fundamental; Docência: gestão
e organização dos sistemas educacionais. Estes eixos serão organizados de modo a
permitir que o acadêmico tenha oportunidade de vivenciar, logo no 1º semestre do
curso, estudos que potencializam sua inserção profissional e investigativa no campo
da educação. Ao lado destes eixos, seria oportuno que fossem definidos eixos
articuladores de caráter anual que seriam perseguidos pelos componentes
curriculares organizados semestralmente. Assim, eixos articuladores contribuirão para
que o curso, mesmo organizado em regime semestral, mantenha uma integração
crescente.
Nesse sentido, poderiam ser definidos os seguintes eixos articuladores anuais:
30
� 1º ano do curso (1º e 2º semestre): Educação na universidade: A
produção do conhecimento acadêmico científico e as funções da universidade;
� 2º ano do curso (1º e 2º semestre): Docência: lugares, tempos e
espaços – Educação Infantil;
� 3º ano do curso (1º e 2º semestre): Docência: lugares, tempos e
espaços – Séries Iniciais do Ensino Fundamental;
� 4º ano do curso (1º e 2º semestre): Docência: gestão e organização dos
sistemas educacionais.
A indicação/definição dos componentes curriculares em cada período e
respectivas cargas horárias, são organizados de maneira mais articulada e ampliada
os principais temas/conteúdos que deverão ser considerados na organização das
Fichas de Disciplina destes componentes.
Nesse sentido, é necessário haver a sistematização algumas linhas gerais em
torno dos componentes que vierem a ser propostos, de caráter preliminar,
referenciada na trajetória institucional do próprio curso e no desenvolvimento dos
diferentes campos de conhecimento que informam sobre o curso.
Na indicação/definição dos temas/conteúdos dos diferentes componentes
curriculares, além dos eixos básicos de desenvolvimento da formação alguns
aspectos tratados de maneira transversal e interdisciplinar ao longo do curso, em
especial aqueles relativos a: educação inclusiva (relações étnico-raciais e indígenas,
pessoas com deficiência); educação ambiental; educação em direitos humanos;
ludicidade; arte; corpo; movimento; gênero; sexualidade; tecnologias e educação.
Essa perspectiva possibilitará assegurar uma sólida formação teórica em torno destes
aspectos, sem que isso implique um inchaço do currículo e/ou sua fragmentação e um
número muito grande de disciplinas, que certamente, teriam cargas horárias
reduzidas. Além disso, estes aspectos poderão receber tratamento teórico mais
específico para aprofundamento em componentes curriculares optativos, além de
outras atividades curriculares como Trabalhos de Conclusão de Curso, monografias,
projetos de iniciação científica e iniciação à docência, dentre outros.
Deseja-se buscar uma abertura crescente destinada à carga horária de
disciplinas optativas que permitam ao acadêmico em sua formação inicial
linhas/temas que se mostrem mais instigantes, assim como estudos em questões
mais específicas em sua formação. Além disso, a perspectiva de uma organização
curricular mais flexível e aberta, capaz de incorporar demandas mais imediatas postas
31
pela sociedade em geral, pela educação em particular e pelos próprios discentes e
docentes do curso, implica a ampliação de componentes curriculares desta natureza.
Ao longo do curso algumas disciplinas poderão prever uma carga horária
destinada a atividades práticas diretamente vinculada à respectiva disciplina e sob a
responsabilidade do professor dessa disciplina. Nesses casos, no fluxo curricular e na
Ficha de Disciplina estariam especificadas a total de carga horária teórica e o total de
carga horária prática da disciplina que prever essa situação.
O desenvolvimento destas atividades práticas na(s) disciplina(s) que vierem a
contemplar carga horária teórica e carga horária prática, precisa ser tomado de modo
a, por um lado, evitar a sobreposição do caráter prático sobre o caráter teórico da
disciplina, o que poderia conduzir a uma sobrecarga de carga prática no curso em
relação à carga teórica. Por outro lado, para se evitar o prolongamento da duração do
curso, a carga horária destinada a estas atividades práticas precisará ter sua previsão
de realização em turno contrário ao destinado à parte teórica das disciplinas que o
aluno cursa. Nesse sentido, essas atividades poderiam ser organizadas na direção de
orientar e induzir o aluno a ter contatos iniciais e mais específicos com as realidades
que envolvem os respectivos campos disciplinares de componentes que tiverem
carga horária teórica e carga horária prática.
No caso dos componentes de Estágio Supervisionado, a carga horária
destinada às atividades de campo, também, terão sua previsão de realização em
turno contrário ao destinado à parte teórica das disciplinas que o aluno cursa.
A duração do curso em oito semestres, com ingresso de duas turmas por ano,
sendo uma no turno da manhã (matutino) e outra no turno da noite (noturno). A carga
horária diária de aulas, tanto no turno matutino quanto turno noturno, de 20 aulas
semanais, o que implica 04 aulas por dia.
O curso será organizado com os componentes curriculares definidos e
organizados semestralmente, ingresso e matrícula dos alunos em um dos turnos
específicos (matutino ou noturno), de modo que o curso não se caracterize como
curso de regime integral. Quanto ao ingresso, será anual em cada turno (matutino e
noturno), com a previsão de 40 vagas por turno. A distribuição de carga horária nos
horários extra turno, será distribuída cuidadosamente, para não configurar
modificação no regime de oferta do curso de matutino e noturno, para o integral.
32
A carga horária dos componentes curriculares disciplinares será calculada
considerando-se 100 dias letivos por semestre, com aulas com duração de 50
minutos, uma vez que este é o padrão atualmente utilizado pela UFU.
A estrutura curricular proposta será constituída das seguintes disciplinas:
NÚCLEO DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA E DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA
Per
íod
o
Componentes Curriculares
CH Teóric
a sema-
nal
CH Prátic
a sema-
nal
Teóri-ca
PIPE CH Prática sema-
nal
1º P
erío
do
Projeto Integrado de Prática Educativa I (PIPE I)
2 2 30 30
Filosofia 4 60
História da Educação 4 60
Sociologia e Educação 4 60
Didática I 4 60
Introdução à Pedagogia 2 30
2º P
erío
do
Projeto Integrado de Prática Educativa II (PIPE II)
2 2 30 30
Filosofia e educação I 4 60
Historia da Educação e de Instituições no Brasil
2 1 30
15
Psicologia e Educação I 4 60
Didática II 4 1 60
15
Pedagogia no Brasil 4 1 60 15
3º P
erío
do
Projeto Integrado de Prática Educativa III (PIPE III)
2 2 30 30
Filosofia e Educação II 2 1 30
15
Psicologia e Educação II 4 1 60
15
Educação Infantil I 4 60
Didática III 4 60 15
Optativa I 4 60
4º P
erío
do
Projeto Integrado de Prática Educativa IV (PIPE IV)
2 2 30 30
Seminário de Prática Educativa 0 0 20
Psicologia e Educação III 4 60
33
NÚCLEO DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA E DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA P
erío
do
s
Componentes Curriculares
CH Teóric
a sema-
nal
CH Prátic
a sema-
nal
Teóri-ca
PIPE CH Prática sema-
nal
4º P
erío
do
Educação Infantil II 2 2 30
30
Currículos E Organização do Trabalho Pedagógico Escolar
4 60
15
Princípios e Métodos de Alfabetização I 4 60
Metodol. Do Ens. História e Geografia 4 60
5º P
erío
do
Estágio Supervisionado I 2 30
Princípios e Métodos de Alfabetização II 2 2 30 30
Metodologia do Ensino de História 2 2 30 30
Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa I
4 60
Teorias da organização do trabalho Escolar
4 60
Metodologia do Ensino de Matemática I 4 60
Optativa II 2 30
6º P
erío
do
Estágio Supervisionado II 2 30
Políticas e Gestão da Educação I 4 60
Metodologia do Ensino de Matemática II 2 2 30
30
Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa II
2 2 30
30
Metodologia do Ensino de Ciências I 4 60
Metodologia do ensino de Geografia 2 2 30 30
Optativa III 4 60
7º P
erío
do
Estágio Supervisionado III 2 30
Educação especial 4 2 60 30
Metodologia do Ensino de Ciências II 2 2 30
30
Gestão do Trabalho Escolar 4 60
Política e Gestão II 2 30
34
NÚCLEO DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA E DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA P
erío
do
s
Componentes Curriculares
CH Teóric
a sema-
nal
CH Prátic
a sema-
nal
Teóri-ca
PIPE CH Prática sema-
nal
7º P
erío
do
Optativa IV 2 30
Optativa V 4 60
TCC I
60
8º P
erío
do
Estágio Supervisionado IV 2 30
Libras 4 2 60 30
Educação de Jovens e Adultos (EJA) 4 1 60 15
Gestão de sistemas de ensino 4 1 60 15
Sociedade, Trabalho e Educação 4 60
Optativa VI 2 30
TCC II 60
Total
2400 140 525
NÚCLEO DE FORMAÇÃO ACADÊMICO-CIENTÍFICO-CULTURAL COMPONENTES CURRICULARES
CARGA HORÁRIA Total
Atividades Acadêmicas Complementares 210 h
Para atender ao estabelecido na Resolução 03/2005 do CONSUN/UFU segue o
quadro abaixo:
35
NÚCLEOS
FORMAÇÃO ESPECÍFICA FORMAÇÃO
PEDAGÓGICA
FORMAÇÃO ACADÊMICO-
CIENTÍFICO-CULTURAL
• Educação de Jovens e Adultos • Educação Especial • Educação Infantil I e II • Filosofia • Filosofia da Educação • História da Educação I e II • Princípios e Métodos de Alfabetização I e II • .Pedagogia no Brasil • Teorias da organização do trabalho Escolar • Gestão do Trabalho Escolar • Sociedade, Trabalho e Educação • Sociologia da Educação • Gestão de sistemas de ensino • Disciplinas Optativas I, II, III • TCC I e II
• Estágio Supervisionado I,II,III e IV; • Metodologia do Ensino de Ciências I e II • Metodologia do Ensino de História I e II • Metodologia do Ensino de • Geografia I e II • Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa I e II • Metodologia do Ensino de Matemática I e II • Didática I e II • Projeto Integrado de Prática Educativa I, II, III e IV (PIPE I, II, III, IV) • Psicologia da Educação I e II • Seminário de Prática Educativa • Currículo e Culturas Escolares II e II • Disciplinas Optativas IV, V e VI • Disciplina optativa, IV, V e VI
• Atividades Acadêmicas Complementares
9.1. Núcleo de Formação Específica e de Formação Pedagógica
Os princípios que nortearam a definição dos Projetos Pedagógicos dos Cursos
de Graduação da UFU, a especificidade da Pedagogia, as definições do perfil do
egresso e do campo de atuação do pedagogo, tomam o trabalho pedagógico como
objeto específico de estudo. Também esses princípios implicaram na decisão de que,
no projeto pedagógico do Curso de Pedagogia, a pesquisa, a extensão e a prática
36
pedagógica sejam tomadas como atividade fundamental e pressuposto do Núcleo de
Formação Específica e de Formação Pedagógica.
Na dinâmica curricular, a articulação entre as disciplinas que constituem o
conteúdo específico e o conteúdo pedagógico do Curso, requer que se permita
compreender, analisar, elaborar sínteses e vivenciar experiências sobre a docência, a
gestão educacional, a produção e a difusão do conhecimento como objeto de estudos
e de atuação profissional do pedagogo.
Assim, em cada série e, ao longo do Curso de Pedagogia proposto, buscou-se
criar espaços para a abordagem do fenômeno educativo e da prática pedagógica
permitindo, ao futuro pedagogo, compreender, analisar e sistematizar experiências
sobre a realidade educacional, objeto de sua atuação profissional. Por um lado,
enquanto processo e produto social, essa realidade educacional não se explica por si
mesma e exige que seja abordada enquanto processo histórico, sociológico,
psicológico, filosófico, político, dentre outras. Por outro lado, buscou-se, também,
identificar os meios para agir, planejar, desenvolver e avaliar educacionalmente esta
realidade.
Nos quatro primeiros semestres o Projeto Integrado da Prática Educativa (PIPE
I, II, III e IV) será desenvolvido integradamente com as disciplinas que proporcionarão
o contato do aluno com conhecimento.
Assim, a pesquisa e a prática pedagógica constituem-se em elementos
nucleadores com a função de garantirem a integração horizontal e vertical do
currículo, possibilitando ao aluno sistematizar o diagnóstico, a reflexão, o
redimensionamento e a intervenção na prática educativa a ser desenvolvida pelo
pedagogo.
9.1.1 Projeto de Prática Educativa (PIPE I, II, III e IV), Seminário de Prática
Educativa e Estágio Supervisionado I, II, III e IV.
O Projeto de Prática Educativa (PIPE I, II, III e IV), o Seminário de Prática
Educativa e o Estágio Supervisionado I, II, III e IV serão desenvolvidos em articulação
com as demais disciplinas do Núcleo de Formação Pedagógica e de Formação
Específica de modo a assegurar a concretização das três dimensões da prática
pedagógica na formação do pedagogo.
37
A pesquisa e a prática pedagógica como elementos da estrutura curricular
integrarão os componentes curriculares Projeto Integrado de Prática Educativa (PIPE
I, II, III e IV) e o Estágio Supervisionado (ES I, II, III e IV).
O planejamento, o desenvolvimento, a orientação e a avaliação do Projeto de
Prática Educativa I, II, III e IV (PIPE I, II, III e IV), na 1ª e de 2ª séries,
respectivamente, ficará a cargo de uma equipe de professores da Faculdade de
Educação (FACED).
Caberá ao colegiado do Curso de Pedagogia, regulamentar a implementação
do PIPE, definindo como ocorrerá a articulação em cada uma das disciplinas do
Núcleo de Formação Pedagógica e de Formação Específica com o Projeto Integrado
de Prática Educativa I, II, III e IV (PIPE I, II, III e IV) por meio de resolução específica.
• Projeto de Prática Educativa I (PIPE I)
Objetivos:
� Iniciar o processo de formação para pesquisa em educação;
� Possibilitar ao aluno do 1o semestre um primeiro momento de aproximação
sistematizada e orientada em diferentes práticas educativas, escolares e não
escolares, objeto de atuação do pedagogo;
� Mapear e reconhecer campos de atuação do pedagogo.
O PIPE I buscará assegurar ao aluno ingressante a iniciação investigativa e
a reflexão sobre a prática pedagógica do ponto de vista dos conhecimentos científicos
que se constituem em disciplinas do 1º semestre do Curso. Neste momento, o aluno
terá um primeiro contato com os diferentes campos de atuação do pedagogo: a
escola de educação básica; a educação infantil; os anos iniciais do Ensino
Fundamental; a educação profissional; a educação de jovens e adultos; as empresas;
sindicatos, movimentos sociais; centros de formação tecnológica; instituições de
ensino superior; Superintendências de Ensino; Secretarias de Educação, dentre
outros. Neste momento o aluno deve construir um mapeamento da prática educativa
que ocorre em contextos escolares e não escolares e, ao final do ano, deverá
apresentar um trabalho acadêmico, síntese das atividades e estudos vivenciados ao
longo do PIPE I.
• Projeto de Prática Educativa II, III e IV (PIPE II, III e IV)
38
Objetivos:
� Dar continuidade ao processo de formação para pesquisa em educação;
� Possibilitar ao aluno do 2º, 3º e 4º semestres optar pelo aprofundamento
em, pelo menos, dois diferentes campos de atuação do pedagogo na prática escolar e
não escolar;
� Elaborar estudos de caso e/ou estudos exploratórios a partir de
experiências de pratica educativa escolar não escolar.
O PIPE II, III e IV deve assegurar o aprofundamento de estudos e o
desenvolvimento de experiências de pesquisa em educação nos campos de atuação
do pedagogo em continuidade ao mapeamento desenvolvido no semestre anterior.
Nesta etapa, o aluno deve optar pelo aprofundamento de estudos e de experiências
de educação escolar e não escolar, elaborando estudos de caso e/ou estudos
exploratórios sistematizados num trabalho acadêmico apresentado ao final do período
letivo.
• Seminário de Prática Educativa
O desenvolvimento das atividades do PIPE I, II, III e IV culminarão no
Seminário de Prática Educativa realizado por professores e alunos do 4o semestre do
Curso. Contando com carga horária de 20 horas, esse Seminário será um momento
privilegiado de síntese parcial e de integração entre as disciplinas, o PIPE I e II, III e
IV, desenvolvidos nos quatro primeiros semestres e o Estágio Supervisionado I, II, III
e IV, futura atividade dos semestres seguintes. O acadêmico deverá apresentar um
relatório das atividades em que tenha participado durante o Seminário de Prática
Educativa.
• Estágios Supervisionados I, II, III e IV
Os Estágios Supervisionados serão organizados e desenvolvidos em
continuidade e integração aos PIPEs. As atividades planejadas, desenvolvidas e
avaliadas pelos alunos constituir-se-ão em possibilidades para a elaboração de
sínteses significativas fundamentadas em reflexões e análises construídas ao longo
da formação. São espaço curricular privilegiado para o diagnóstico e o
desenvolvimento de atividades de intervenção na escola e para o aprofundamento
teórico-prático das experiências de iniciação profissional.
39
Os Estágios Supervisionados têm como objetivos:
� Gradual vivência de experiências e de domínio de conhecimentos em
contato com o contexto de educação escolar;
� Intervenções planejadas e orientadas e acompanhadas na escola;
� Prática profissional de docência e de gestão educacional nas áreas de
atuação do pedagogo, segundo o que estabelece o artigo 64 da Lei 9.394/96;
� Oportunidade de formação para a pesquisa;
� Compreensão sobre o trabalho profissional do pedagogo e sua
importância no processo educativo escolar;
� Discussão e atualização de conhecimentos relativos a área de formação
e de atuação do pedagogo na escola.
O Estágio Supervisionado I e II privilegiarão atividades teórico-práticas e
possibilitará: a construção de diagnóstico da instituição escolar e de seu contexto;
gradativa inserção e participação em projetos e ações desenvolvidas pela escola,
tanto no âmbito dos processos de ensino quanto nas dimensões relativas à gestão
educacional; aprofundamento teórico na compreensão e análise da(s) realidade(s)
vivenciada(s). Ao final do Estágio o aluno deverá elaborar um relatório de atividades
circunstanciado, constituído pela descrição e pela reflexão das experiências e
atividades desenvolvidas.
O Estágio Supervisionado III e IV, em continuidade ao Estágio
Supervisionado I e II, privilegiarão a prática profissional na docência e na gestão
educacional no âmbito dos processos de ensino e nas dimensões relativas ao
planejamento, e/ou administração, e/ou supervisão, e/ou inspeção e/ou orientação
educacional. Será realizado por meio da elaboração e do desenvolvimento de projetos
de intervenção em continuidade ao diagnóstico realizado na escola campo onde foi
realizado o diagnóstico no Estágio Supervisionado 1. Tendo a pesquisa como
fundamento, este momento, também, se constitui em espaço de aprofundamento de
estudos sobre o trabalho do pedagogo. Ao final dos Estágios Supervisionados, o
acadêmico deve apresentar relatório conclusivo e circunstanciado por análise e
reflexão sobre as experiências e as atividades vivenciadas ao longo do processo de
formação inicial.
Os trabalhos de organização, desenvolvimento, orientação,
acompanhamento e avaliação das atividades de Estágio Supervisionado serão
conduzidos por uma equipe de professores, respectivamente, nos 5º, 6º ,7º e 8º
40
períodos do curso. Os Estágios devem constituírem-se, ao mesmo tempo, em
continuidade dos PIPEs e em articulação as demais disciplinas do currículo.
Cabe aos professores de Estágio Supervisionado:
1. desenvolver estudos e atividades de aprofundamento teórico e de
integração com as demais disciplinas do currículo;
2. definir as Instituições para o desenvolvimento das atividades de campo;
3. orientar e acompanhar, sistematicamente, em média 10(dez) alunos;
definir, com os estagiários e com os profissionais da Instituição, as atividades a serem
desenvolvidas nos campos de estágio;
4. contribuir com o estagiário no aprofundamento de conhecimentos
sistematizados no decorrer de sua formação, a partir da realidade e das experiências
vivenciadas;
5. proceder a avaliação sistemática dos alunos, com a colaboração dos
profissionais do campo de Estágio e do próprio estagiário, com base em critérios,
procedimentos e instrumentos previamente definidos;
6. orientar a elaboração do relatório final de Estágio;
7. controlar de frequência dos alunos nas atividades de campo.
Cabe ao estagiário:
a) organizar sua disponibilidade de tempo para desenvolver as atividades
definidas pelos professores da disciplina;
b) preparar e realizar as atividades de Estágio previamente definidas;
organizar o registro pessoal das atividades desenvolvidas;
c) comparecer à instituição onde desenvolve as atividades de estágio nos
dias e horários previamente fixados;
d) observar as normas e regulamentos da instituição em que estagia;
e) não divulgar, para terceiros, dados observados ou informações
fornecidas pela Instituição de estágio;
f) discutir com o professor de Estágio as dificuldades encontradas;
g) realizar auto avaliação permanente do trabalho desenvolvido, tendo em
vista o constante aprimoramento das atividades de Estágio;
41
h) elaborar e apresentar os relatórios e demais trabalhos acadêmicos
solicitados.
O Estágio Supervisionado será avaliado por meio de relatório de atividades
circunstanciado e da apreciação do desempenho do estagiário nas atividades
desenvolvidas, admitindo-se, inclusive, a participação dos profissionais da escola
campo que acompanharam o estagiário. Os demais procedimentos, instrumentos e
critérios de avaliação serão especificados no Plano de Curso das disciplinas de
Estágio Supervisionado.
No desenvolvimento do currículo serão, ainda, observados:
• para o desenvolvimento das atividades de campo relativas aos PIPEs e
ao Estágio Supervisionados, o aluno deverá apresentar disponibilidade de horário
distinto do turno em que se encontra matriculado;
• o Colegiado do Curso definirá em Resolução específica as demais
normas e diretrizes para o PIPEs e os Estágio Supervisionado;
• para aprovação no PIPEs e nos Estágios Supervisionados, será exigido
100% de frequência, nas atividades de campo, quando couber, e, o mínimo de 75%
nas atividades teóricas, bem como nota mínima de 60 pontos.
• Os parâmetros de avaliação a serem observados nas disciplinas que
constituem os Núcleos de Formação Específica e de Formação Pedagógica deverão
assegurar que:
a) os aspectos qualitativos e técnicos sejam igualmente considerados;
b) o ato de avaliar seja compreendido como um processo contínuo e
permanente com função diagnóstica;
c) o processo avaliativo esteja aliado ao desenvolvimento pleno do
estudante em suas múltiplas dimensões (humana, cognitiva, artística, política, ética
etc.);
d) a tarefa de avaliar leve em consideração o processo e as condições do
aprendizado dos estudantes;
e) a avaliação constitua-se num dos componentes do processo de ensinar
e de aprender (Resolução 003/2005/CONSUN);
f) 75% de frequência e nota mínima de 60 pontos.
42
9. 2. Núcleo de Formação Acadêmico-Científico-Cultural
Esse Núcleo visa a possibilitar ao aluno do Curso de Pedagogia uma
complementação de sua formação inicial, tanto no âmbito do conhecimento de
diferentes áreas de saber do pedagogo e em campos emergentes da área da
educação, quanto no âmbito de sua preparação ética, estética e humanística,
conduzindo a um aprofundamento teórico em temáticas específicas no campo da
Pedagogia e dos processos educativos em contextos escolares e não-escolares. As
210 horas de atividades previstas nesse Núcleo têm importante função de assegurar,
também, permanente flexibilização e atualização curricular, conforme os princípios
delineados no presente Projeto Pedagógico.
Compreende por Atividades complementares o conjunto de atividades
envolvendo o planejamento e o desenvolvimento progressivo do Trabalho de Curso,
atividades de monitoria, de iniciação científica e de extensão, diretamente orientadas
por membro do corpo docente da instituição de educação superior decorrentes ou
articuladas às disciplinas, áreas de conhecimentos, seminários, eventos científico-
culturais, estudos curriculares, estágios curriculares não obrigatórios. As atividades
serão programadas, limitadas de acordo com sua natureza visando ampliar as
possibilidades de experiências dos acadêmicos do curso;
Caberá ao acadêmico do Curso de Pedagogia apresentar anualmente os
comprovantes das atividades complementares realizadas para que seja contabilizada
a fim de integralização das mesmas em seu currículo.
Para cumprimento das 210 horas obrigatórias do Núcleo de Formação
Acadêmico-Científico-Cultural o aluno poderá optar dentre as seguintes atividades:
1) disciplinas optativas (mínimo de 60 horas);
2) disciplinas facultativas;
3) participação em projetos e/ou atividades especiais de ensino;
4) participação em projetos e/ou atividades de pesquisa;
5) participação em projetos e/ou atividades de extensão;
6) participação em eventos científico- culturais, artísticos;
7) participação em grupo de estudos de temas específicos, orientado por
docente;
8) participação em concursos, com premiação;
9) atividades de leitura orientada;
43
10) participação em grupos institucionais de pesquisa e/ou de extensão;
11) atuação em experiências educativas em contextos não-escolares;
12) visitas orientadas a centros de excelência em área específica;
13) exercício da atividade de monitoria de disciplinas e em eventos
científicos-culturais;
14) representação estudantil;
15) atividades acadêmicas à distância;
As disciplinas optativas oferecidas no Curso de pedagogia são: (os núcleos
poderão propor disciplinas)
• Análise de Dados em Educação • Concepções de Criança na Modernidade • Corpo e Educação • Educação Ambiental • Educação e Saúde • Educação e Sexualidade • Expressão Lúdica • Introdução à Educação a Distância • Introdução à Informática na Educação • Linguagem, Saber e Processos de Arte Educação • Imaginário da Criança e Linguagens • Mudança Social, Trabalho e Educação • Pensamento Pedagógico Brasileiro • Construção do Discurso Escrito • Racismo e Educação: desafios para a formação docente • Tópicos Básicos em Pedagogia Empresarial • Tópicos em Psicopedagogia
O Colegiado de Curso definirá, em Resolução específica, as modalidades e a
respectiva carga horária das atividades acadêmicas complementares que constituirão
o Núcleo de Formação Acadêmico-Científico-Cultural. 75% da carga horária prevista
para essas Atividades devem ser cumpridas até a 3a série do Curso.
X - Trabalho de Conclusão de Curso
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é uma atividade acadêmica
individual e orientada por um docente, obrigatória, que desenvolve um tema
específico de modo sistemático, não necessariamente inédito, registrado por escrito
ou por meio de diferentes linguagens, de modo a revelar reflexão, interpretação e
rigor técnico-científico.
44
O TCC no Curso de Pedagogia terá por objetivos:
I. estimular a capacidade investigativa e produtiva do graduando;
II. contribuir para a formação básica, profissional, científica, artística e
sociopolítica do graduando; e
III. sistematizar reflexões de natureza teórica a partir de saberes e
conhecimentos trabalhados na formação realizada no curso.
O TCC no Curso de Pedagogia poderá ser estruturado nas seguintes
modalidades: relato circunstanciado de experiência pedagógica desenvolvida na
formação realizada ao longo do Curso; trabalho acadêmico de natureza monográfica;
e memorial.
Entende-se, por relato circunstanciado, texto reflexivo com problematização
teórica de experiência pedagógica desenvolvida ao longo do curso e acompanhada
de revisão bibliográfica e rigor científico. O trabalho acadêmico de natureza
monográfica pode ser apresentado na forma de artigo de divulgação científica, ou
monografia, ou resenha crítica.
Nos termos deste projeto pedagógico entende-se, por memorial, trabalho
reflexivo sobre o processo de formação, podendo ser expresso em diferentes
linguagens.
O Colegiado, ouvido o NDE do Curso de Pedagogia, poderá definir outras
modalidades de TCC.
Os Trabalhos de Conclusão de Curso, terão 120 horas, divididos em dois,
sendo 60 horas para cada um. Serão avaliados por seus respectivos professores
orientadores, podendo, exceto monografia, ser submetido a banca avaliadora, a
critério do orientador. A Monografia para ser considerada como Trabalho de
Conclusão de Curso deverá ser submetida a banca avaliadora.
A orientação do TCC será referendada pelo Colegiado do Curso, podendo ser
exercida por docentes com qualificação mínima de especialista. Os orientadores
podem ser: Docentes da Faculdade de Educação; Docentes de outras Unidades
Acadêmicas da UFU; Docentes de outras instituições de ensino.
A orientação de TCC realizada por docente de outra instituição de ensino
superior não será remunerada, nem cria vínculo empregatício com a UFU. Nestes
casos, será expedida certificação de orientação para os orientadores e de Conclusão
de TCC para os acadêmicos.
45
Caberá ao acadêmico do Curso de Pedagogia:
a) definir a modalidade de trabalho de Curso que pretende realizar.
b) matricular-se em TCC I e TCC II informar junto à Secretaria do Curso a
modalidade de Trabalho de Conclusão de Curso que irá realizar, bem como o aceite
do professor orientador, indicando o nome, titulação e a instituição de vinculação do
mesmo.
XI – ARTICULAÇÃO DAS ATIVIDADES DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
A articulação entre ensino, pesquisa e extensão acontecerá desde o início do
curso, pois se fundamenta no pressuposto de um projeto de formação cujas
atividades curriculares tendem a ultrapassar a tradição meramente disciplinar. Tal
pressuposto se faz a partir da compreensão da prática como parte inerente, integrante
e constituinte do projeto educativo sistêmico comprometido com a perspectiva crítica
e criativa na qual a pesquisa é tomada como atitude formativa cotidiana. Desta forma,
como princípio cientifico e educativo no qual a articulação entre ensino, pesquisa e
extensão precisa estar presente, como elemento fundante, na própria concepção de
prática educativa prevista na organização do Projeto Pedagógico do curso.
A capacidade de compreender o processo de produção do conhecimento por
meio da dimensão investigativa e a abertura ao meio externo é um compromisso da
Universidade pública e encontra-se estabelecido no Projeto Pedagógico do curso.
Neste sentido, a extensão é entendida como espaço peculiar da formação, na
qual o acadêmico do curso possui a oportunidade de contribuir com a sociedade,
principalmente no campo educacional, compartilhando a aprendizagem desenvolvida
no curso, envolvendo-se em atividades de extensão durante o curso. O colegiado de
curso, em regulamentação destas, nas atividades complementares, procurará
oferecer destaque/valorização equivalente as atividades de pesquisa e ensino.
XII – Flexibilização curricular.
A Flexibilização curricular decorre da necessidade de haver compreensão e
reconhecimento da individualidade e especificidade dos acadêmicos do Curso. Trata-
se de promover uma fluidez e amplitude curricular de maneira a aproveitar e valorizar
no currículo:
46
a) a diferença de condições pessoais para o estabelecimento do percurso
de formação;
b) a utilização da modalidade do ensino à distância;
c) a incorporação de experiências extracurriculares creditadas na
formação;
d) a flexibilização na oferta de condições diferentes para a realização do
percurso formativo, tanto no tocante aos tempos curriculares, como aos
conhecimentos específicos priorizados.
Assim, no tocante aos conhecimentos específicos, a flexibilização ocorrerá por
meio das atividades complementares e disciplinas optativas que permitirão aos
acadêmicos do curso, escolherem e realizarem percursos formativos diferentes.
Para tanto os acadêmicos poderão realizar até 06 (seis) disciplinas optativas
em uma área específica definindo um percurso formativo distinto. Poderá ainda, neste
sentido, cursar até 03 (três) disciplinas de, no mínimo, 30 horas, em outros cursos,
com temáticas da área escolhida.
No tocante ao tempo curricular, o acadêmico, poderá realizar até 04 (quatro)
disciplinas fora do turno de seu curso, para assim concluir o curso em um tempo
inferior ao tempo estabelecido e ou mesmo, adequar a condições específicas de cada
um.
XIII - Apoio ao discente
O apoio ao discente ocorrerá sempre que necessário atendendo as suas
especificidades. Quando as necessidades forem pedagógicas relacionadas as
dificuldades para aprendizagem dos conteúdos curriculares, os docentes do curso
serão motivados a desenvolverem projetos para contribuir com a aprendizagem dos
acadêmicos do Curso, envolvendo estudantes e docentes de outras licenciaturas.
Ainda, nestes casos, buscar-se-á o apoio dos Programas e Projetos desenvolvidas na
instituição para tal finalidade.
Quando as questões forem relacionadas aos aspectos psicológicos, sociais,
econômicos e de saúde, serão encaminhados e ao setor de apoio aos discentes da
Universidade.
Para os discentes público da educação especial, serão oferecidos todos os
recursos de acessibilidade das quais estes possuem direito e necessidades
específicos, buscado o apoio do setor de acessibilidade da UFU, para tanto, o
47
Atendimento educacional especializado acontecerá em parceria com o Centro de
Ensino, Pesquisa, Extensão e Atendimento em Educação Especial.
XIII Tutoria - monitoria
O curso irá participar de todos os projetos de monitoria oferecidos pela
Universidade, de forma a possibilitar aos acadêmicos do curso a aprender com a
experiência de monitoria a conviver com os profissionais do curso, das áreas nas
quais possuem maior afinidade, ampliando as condições formativas, tanto na troca de
experiências, como na participação de atividades condizentes com a docência, campo
formativo no qual exercerão a profissão.
Poderá ser desenvolvido a tutoria, para os acadêmicos com dificuldades
específicas com apoio de colegas com elevado desempenho acadêmico.
XIV - TICs - concepção e uso no curso As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) serão consideradas
como tecnologias e instrumentos habituais para reunir, organizar, compartilhar, e
trabalhar, produzir e divulgar a informação, sendo ainda, utilizada as atividades de
comunicação entre as pessoas, nos aspectos individuais e coletivos mediante ao uso
de computadores e redes de computadores interconectados.
O uso das TICs no cotidiano formativo torna-se relevante como mecanismo
propulsor da construção do conhecimento geral, específico e pedagógico. Logo,
pretende-se que está esteja presente em todo o percurso formativo do acadêmico do
curso de Pedagogia, pois a sua utilização durante a formação, a torna próxima do
profissional, sinalizando para seu emprego no ambiente escolar, como forma
alternativa de mediação pedagógica, o que irá contribuir com a promoção do trabalho
pedagógico em decorrência da versatilidade de linguagens envolvidas na sua
aplicação.
Desta forma, no curso poderão ser usadas para integrar vários conteúdos,
ensinando, revisando, corrigindo e redimensionando conhecimentos, por meio do
usando de diferentes possibilidades de representações e sentidos a serem explorados
para a compreensão dos variados estilos de aprendizagem e ensino.
A utilização cotidiano de estes instrumentos trazem para o espaço formativo a
possibilidade de experiências educativas marcadas com movimentos, cores, sons,
48
emoções, relacionamentos com pessoas e dados concretos e abstratos, criando
potencialidades diversas que permitem que o ensino e a aprendizagem se constitua
por meio de outras abordagens.
Não há como, na atualidade, se negar o espaço que as TICs possuem na
sociedade, portanto, no curso buscar-se-á utilizar-se destas como canais potenciais
para a formação. Assim, será dinamizado o uso do computador, da Internet, das
plataformas de ensino e de laboratórios de ensino e aprendizagem tendo-se a
perspectiva de que envolver as novas tecnologias educacionais no processo formativo
do curso.
XV - Integração com as redes públicas de ensino
A integração entre o curso e as redes públicas ocorrerá o tempo todo, em
virtude das atividades práticas e teóricas do curso. No campo teórico, ocorrerá por
meio de abertura para que profissionais da rede pública possam participar de eventos,
palestras, oficinas, etc., oferecidas pelo curso.
No campo da prática ocorrerá por meio das atividades práticas desenvolvidas
ao logo do curso nos seus componentes curriculares, sendo os Projetos Integrados de
Práticas Educativas e os Estágios os pontos mais fortes desta relação.
XVI - Articulação com NDE
O NDE do curso será sempre envolvido nas atividades de acompanhamento e
avaliação do curso. Haverá uma parceria permanente deste com o Colegiado de
Curso.
XVII- Metodologia de implementação do presente Projeto Pedagógico
O novo currículo do curso apresentado por este projeto terá sua
implantação regulamentada pelo colegiado de curso que definirá a forma mais
adequada de institui-la.
No entanto é importante destacar que da pesquisa e da prática pedagógica
desdobra-se todo o desenvolvimento curricular. Tomados em três 3 (três) dimensões,
esses elementos se complementam e buscam concretizar, ao longo do curso, a
articulação teoria e prática, o ensino-pesquisa-extensão, o trabalho coletivo e
interdisciplinar. Serão suas finalidades propiciar que o aluno vivencie ao longo da
formação:
49
a) a aproximação à realidade socioeconômica, ao objeto de conhecimento
e ao campo de atuação do pedagogo – nessa dimensão a pesquisa e a prática
pedagógica se constituirão em instrumento de aproximação e de interação do aluno
com a prática educativa objeto da atuação profissional do pedagogo, possibilitando,
ao mesmo tempo, a interlocução com os demais referenciais teóricos-epistemológicos
do currículo. Essa aproximação será desenvolvida em diferentes níveis de
complexidade, de modo a permitir que o aluno, ao mesmo tempo, participe de
projetos integrados que favoreçam a aproximação e o contato direto com a realidade
da educação escolar e não-escolar e apreenda informações e conhecimentos
basilares da formação e da constituição do espaço de atuação do pedagogo;
b) a iniciação à pesquisa - nessa segunda dimensão considera-se que a
formação do pedagogo não se desvincula da pesquisa. A reflexão sobre a realidade
observada gera problematizações e projetos de pesquisa, programas de estudo,
entendidos como formas de iniciação à pesquisa em educação;
c) a iniciação profissional - destaca-se nessa dimensão o estágio destinado à
iniciação profissional, devendo ocorrer junto às escolas no desenvolvimento de
projetos de intervenção na prática educativa escolar.
A partir desses elementos nucleadores desenvolver-se-á a articulação entre
teoria e prática, entre conteúdos específicos e conteúdos pedagógicos da formação
previstos para cada série, encontrando-se os subsídios para superar os desafios
identificados no cotidiano da atuação profissional do pedagogo.
Considerando a proposta de estrutura curricular seriada anual, as disciplinas
definidas para cada série serão desenvolvidas no sentido de garantir, por meio da
pesquisa e da prática pedagógica, a articulação entre a abordagem histórica,
sociológica, psicológica, filosófica, política, etc., da educação e a abordagem dos
meios que se constituem em prática profissional do pedagogo. Ou seja, buscou-se
criar a possibilidade de estabelecer e vivenciar processos de ação-reflexão-ação ao
longo do Curso de Pedagogia, entendendo que a prática não se restringe ao fazer
propriamente dito, mas constitui-se essencialmente em atividade de reflexão que é
enriquecida pela teoria que lhe fornece sustentação, permitindo-se, ao mesmo tempo,
o diálogo com os conhecimentos sistematizados e a troca de experiências entre
estudantes, professores e os profissionais que atuam no campo da educação escolar
e não escolar.
50
Tal forma de ação, por sua vez, supõe o domínio de conhecimentos científicos
sobre o conteúdo que se constitui em objeto de atuação profissional: a docência, a
gestão educacional e a produção e difusão do conhecimento.
XVIII - Avaliação da Aprendizagem e Avaliação do Curso
O processo de avaliação da aprendizagem e de avaliação do Projeto
Pedagógico do Curso de Pedagogia estará pautado nas seguintes premissas:
• o processo avaliativo não se constitui em atividade meramente objetiva,
imparcial e técnica, simples verificação de resultados do desempenho do estudante
e da implementação e do desenvolvimento do currículo;
• a forma de avaliar expressa uma visão de escola, de educação e de
sociedade e seus instrumentos devem ser selecionados em consonância com os
objetivos propostos;
• a avaliação será colocada a serviço da educação e da formação do
pedagogo de maneira a diagnosticar os avanços e os desafios do processo de
concretização dos objetivos propostos no presente Projeto Pedagógico;
• as práticas avaliativas do Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia e
da aprendizagem estarão pautadas no processo de avaliação formativa, visando o
acompanhamento e desenvolvimento de ambas as práticas;
• a avaliação será encarada como processo de leitura sistemática da
realidade, possibilitando tomada de consciência da situação, por meio da
interpretação das informações no sentido de oferecer subsídios para intervenção e
possível mudança da realidade avaliada.
1. Avaliação da Aprendizagem
• Para cada disciplina serão distribuídos 100 (cem) pontos, em números inteiros.
Para ser aprovado, o aluno deve alcançar o mínimo de 60 (sessenta) pontos na soma
das notas e 75% (setenta e cinco por cento) de frequência às aulas.
• Nas atividades práticas serão exigidas a frequência de 100% para aprovação;
• O plano de avaliação é parte integrante do Plano de Ensino e deve ser
apresentado, pelo professor, ao Colegiado de Curso, para aprovação, após discussão
com a turma, até 30(trinta) dias após o início do ano letivo.
51
2. Avaliação do Curso
Com o objetivo de acompanhar o processo de implantação e de
desenvolvimento deste projeto de reformulação de Curso, nos quatro primeiros
anos de sua implantação, será realizada anualmente um processo de avaliação
sistemática envolvendo todos os segmentos que dele participam: coordenação,
docentes, técnico administrativos e discentes.
Após esses primeiros quatro anos, a avaliação será realizada a cada dois
anos. Será organizado pelo NDE e Colegiado do Curso de Pedagogia o
acompanhamento do egresso, inclusive através da utilização de fichas cadastrais
que contenham dados essenciais sobre a sua atuação profissional e a contribuição
do curso na sua formação. Neste processo de avaliação do curso serão
considerados os indicadores da qualidade de formação do pedagogo.
XIX - Critérios para distribuição das disciplinas ao longo da estrutura curricular
A distribuição dos componentes curriculares, ao longo da estrutura de
formação do pedagogo aqui apresentada buscou, fundamentalmente, garantir
equilíbrio e a articulação de carga horária e de número de disciplinas em cada série e
ao longo do Curso. A organização proposta resultou dos seguintes critérios:
• a pesquisa, a prática pedagógica e o estágio supervisionado serão elementos
nucleadores do currículo, visando garantir que ao longo do curso sejam articulados
abordagens teórico-práticas sobre a ação educativa.
• as disciplinas de ciências da educação – Filosofia da Educação, História da
Educação, Psicologia da Educação, Sociologia da Educação – e a pesquisa e a
prática pedagógica buscam garantir que uma sólida formação teórica de bases
históricas, políticas, filosóficas, sociológicas e culturais seja articulada ao fazer da
prática educativa;
• as disciplinas que tratam especificamente de estudos relativos às metodologias
de ensino serão distribuídas ao longo das três primeiras séries, buscando contribuir
para desenvolver uma concepção de docência para além de sua dimensão
meramente técnica, utilitária, instrumental que reduz o ensino aos processos relativos
52
ao ato de ministrar aulas, demarcando um caminho de articulação entre pesquisa e a
prática educativa;
• as disciplinas que abordam o trabalho do pedagogo na educação escolar e não
escolar, distribuídas nas três últimas séries têm a docência como base e visam
ampliar a formação para além da sala de aula, no planejamento, na administração, na
coordenação, na supervisão e na orientação educacional de sistemas, unidades e
projetos educacionais e na produção e difusão do conhecimento, em diversas áreas
da educação.
QUADRO SÍNTESE Período Componentes Curriculares
CH Teórica sema-
nal
CH Prática sema-
nal
Teóri-ca
PIPE CH Prátic
a sema-nal
Prática de
Estágio
Eixo
1º Sem. CH/s 20
Projeto Integrado de Prática Educativa I (PIPE I)
2 2 30 30 PIPE
Filosofia 4 60
F
História da Educação 4 60 F
Sociologia e Educação 4 60 F
Didática I 4 60 D
Introdução à Pedagogia 2 30 G
2º Sem. CH/s 20
Projeto Integrado de Prática Educativa II (PIPE II)
2 2 30 30 PIPE
Filosofia e educação I 4 60 F
Historia da Educação e de Instituições no Brasil
2 1 30
15 F
Psicologia e Educação I 4 60
F
Didática II 4 1 60
15 D
Pedagogia no Brasil 4 1 60 15 G
3º Sem. CH/s 20
Projeto Integrado de Prática Educativa III (PIPE III)
2 2 30 30 PIPE
Filosofia e Educação II 2 1 30
15 F
Psicologia e Educação II 4 1 60
15 F
Educação Infantil I 4 60 D
Didática III 4 60 15 D
53
4º Sem. CH/s 20
Projeto Integrado de Prática Educativa IV (PIPE IV)
2 2 30 30 PIPE
Seminário de Prática Educativa 0 0 20 PIPE
Psicologia e Educação III 4 60
F
Educação Infantil II 2 2 30
30 D
Currículos E Organização do Trabalho Pedagógico Escolar
4 60
15 G
Princípios e Métodos de Alfabetização I
4 60 D
Metodol. Do Ens. História e Geografia
4 60
D
O
5º Sem. CH/s 20
Estágio Supervisionado I 2 30 90 E
Princípios e Métodos de Alfabetização II
2 2 30 30 D
Metodologia do Ensino de História
2 2 30 30 D
Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa I
4 60 D
Teorias da organização do trabalho Escolar
4 60 G
Metodologia do Ensino de Matemática I
4 60 D
Optativa II 2 30 O
6º Sem. 20
Estágio Supervisionado II 2 30 90 E
Políticas e Gestão da Educação I
4 60 G
Metodologia do Ensino de Matemática II
2 2 30
30 D
Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa II
2 2 30
30 D
Metodologia do Ensino de Ciências I
4 60 D
Metodologia do ensino de Geografia
2 2 30 30 D
Optativa III 4 60 O
7º Sem. CH/s 20
Estágio Supervisionado III 2 30 90 E
Educação especial 4 2 60 30 D
Metodologia do Ensino de Ciências II
2 2 30
30 D
Gestão do Trabalho Escolar 4 60
G
Política e Gestão II 2 30
G
Optativa IV 2 30
O
Optativa V 4 60 O
54
TCC I
60
8º Sem. CH/s 20
Estágio Supervisionado IV 2 30 90 E
Libras 4 2 60 30 D
Educação de Jovens e Adultos (EJA)
4 1 60 15 D
Gestão de sistemas de ensino 4 1 60 15 G
Sociedade, Trabalho e Educação
4 60 G
Optativa VI 2 30 O
TCC II
60
Total
2400 140 525 360 3425
Resumo dos Componentes Curriculares.
Resumo por componente curricular
CH TEO
% CH teórica
por eixo
CH PRT
e PIPE
% CH prática
por eixo
% / CH total por eixo
T
% / CH total por eixo
P
CH Total
% total por eixo
Formação em fundamentos 480 19% 60 3% 15% 1% 540 15% Formação para docência 930 37% 315 36% 28% 10% 1245 37% Formação para gestão 510 20% 30 2% 16% 1% 540 16% PIPE + Seminário de Prática 120 5% 140 16% 4% 4% 260 8% Estágio Supervisionado 120 5% 360 40% 4% 11% 480 14% Atividades Complementares 210 10% 210 4% Optativas 240 10% 0% 7% 0% 240 7% TCC 120 5% 120
Total Geral 2610 100% 1.025 100% 73% 27% 3635 100%
Componentes Curriculares Núcleo de Formação Acadêmico-Científico-Cultural
CH Semanal
CH Anual
Atividades Acadêmicas Complementares - 210h TOTAL 02 h 210 h
O curso será organizado em regime semestral, distribuído em oito semestres. A
carga horária diária, para os alunos do matutino e do noturno, será de 20 horas/aulas
55
semanais, com 4 horas/aula diárias, tanto para o turno matutino quanto para o turno
noturno.
A integralização curricular será de no mínimo 07(sete), no máximo de 12(doze)
semestres e proposto de 08(oito) semestres, perfazendo um total de 3.635 horas.
Na integralização curricular, a carga horária de 210h referentes ao Núcleo de
Formação Acadêmico-Científico-Cultural será cumprida ao longo do curso, sendo que
pelo menos 75% até a o sexto período do curso.
Síntese geral quanto à carga horária:
• Núcleo de Formação Específica e Núcleo de Formação Pedagógica:
Total de 3.425 horas, sendo 525h destinadas à Pesquisa, Prática
Pedagógica e Estágio Supervisionado;
• Núcleo de Formação Acadêmico-Científico-Cultural - 210 horas
• Total Geral do Curso de Pedagogia: 3635 horas.
XII - Referências Bibliográficas
ANFOPE Documentos Finais do VI, IX, X Encontros Nacionais da Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação. Belo Horizonte, 1992, 1998, 2000.
________ Boletim Anfope. Ano VII, nº 15, dez. 2001.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. In: Diário Oficial da União, 23 dez.1996. Brasília, 1996.
BRZEZINSKI, I.. Trajetória do movimento para as reformulações curriculares dos cursos de formação de professor de educação: do Comitê (1983) à ANFOPE (1992). Em Aberto, ano XI, n. 54, p. 75-86, abr. jun. 1999.
____________.A formação e a carreira de profissionais da educação na LDB 9.394/96: possibilidades e perplexidades. In: BRZEZINSKI, I. (org.) LDB Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. SP, Cortez, 1997.
____________. Pedagogia, pedagogos e formação de professores. Campinas, SP, Papirus, 1996.
CHAGAS, V. Formação do Magistério – Novo Sistema. SP, Atlas, 1976.
ELLIOT, J. Recolocando a pesquisa-ação em seu lugar original e próprio. In: GERALDI, C. M. G. G; FIORENTINI, D. P Elisabete M. de A (orgs.). Cartografias do Trabalho Docente: professor(a)-pesquisador(a). Campinas: Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil, 1998, p. 137-152.
FAZENDA, I. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 9. ed. Campinas, SP, Papirus, 1994.
56
FREITAS, H. C. L. A reforma do Ensino Superior no campo da formação dos profissionais da Educação básica: As Políticas educacionais e o movimento dos educadores. Educação & Sociedade, nº 68, ano XX, jun. 1999. Número Especial.
LENOIR, Y. Didática e interdisciplinaridade: uma complementaridade necessária e incontornável. In: FAZENDA, I. Didática e Interdisciplinaridade. Campinas, SP, Papirus, 1998, p. 45-75.
LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos, para quê? 2. ed, SP, Cortez, 1999.
NÓVOA, A. (coord). Os professores e sua formação. 3. ed. Lisboa, Portugal, Dom Quixote, 1997.
________ (org.). Profissão Professor. 2. ed, Porto, Portugal, Porto Editora, 1995.
PEREIRA, E. M. de A; GERALDI, C. M. G; FIORENTINI, D. (orgs). Cartografias do trabalho docente: professor(a) pesquisador(a). Campinas, SP, Mercado de Letras, Associação de Leitura do Brasil –ALB, 1998.
PIMENTA, S. G. (coord). Pedagogia, ciências da educação. SP, Cortez, 1999.
PERRENOUD, P; PAQUAY, L; ALTET, M; CHARLIET. (orgs.). Formando professores profissionais: quais estratégias? Quais competências? 2. ed. Porto Alegre, Artes Médicas, 2001.
SCHNETZLER, R. P. Prefácio. In: GERALDI, C. M; FIORENTINI, D; PEREIRA, E. M. de A (orgs.). Cartografias do Trabalho Docente: professor(a)-pesquisador(a). Campinas, SP, Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil, 1998, p. 7-10.
SILVA, C. S. B. da. Curso de Pedagogia no Brasil: história e identidade. Campinas, SP, Autores Associados, 1999.
VAZQUEZ, A S. Filosofia da Práxis. Trad. Luiz Fernando Cardoso. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1977.
VILLA, F. G. O professor em face das mudanças culturais e sociais. In: VEIGA, I. P. A (org.). Caminhos da Profissionalização do Magistério. Campinas, SP, Papirus, 1998, p. 27-47.
ZEICHNER, K. M. Para além da divisão entre professor pesquisador e pesquisador acadêmico. In: GERALDI, C. M; FIORENTINI, D; PEREIRA, E. M. de A (orgs.). Cartografias do Trabalho Docente: professor(a)-pesquisador(a). Campinas: Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil, 1998, p. 207-236.