projeto sócio educativo

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Tema: A Família Projeto Sócio- Educativo do Centro Social Caldas de Vizela (São Miguel) Creche Lar de Infância e Juventude Serviço de Apoio Domiciliário 1

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Page 1: Projeto sócio educativo

Tema: A Família

Projeto Sócio-Educativo

do

Centro Social Caldas de Vizela (São Miguel)

Creche

Lar de Infância e Juventude

Serviço de Apoio Domiciliário

De 2011 a 2014

1

Page 2: Projeto sócio educativo

ÍNDICE

I- Introdução………………………………………………………………………………………………………….3

II- Caracterização do meio envolvente……………………………………………………………………4

III- História da Instituição……………………………………………………………………………………….5

IV- Missão da Instituição………………………………………………………………………………………..9

V- Politica da Qualidade…………………………………………………………………………………………9

VI- Visão da Instituição………………………………………………………………………………….…….10

VII- Estratégias da Instituição………………………………………………………………….……..……10

VIII- Valores da Instituição………………………………………………………………………………..…10

IX – Caracterização da Instituição………………………………………………………………..………11

X- Fundamentação Teórica do Projecto Sócio-Educativo…………………………………..…25

XI- Objectivos do Projecto Sócio-Educativo………………………………………………….…….27

XII – Bibliografia…………………………………………………………………………………………….……28

2

Page 3: Projeto sócio educativo

I

Introdução

“O projeto não é uma simples representação do futuro, mas um futuro a construir, uma

ideia a transformar em ato”

Jean-Marie Barbier

Este Projeto Sócio-Educativo estabelece os princípios e as opções que moldam

o Projeto Pedagógico das salas da Creche, o Projeto Educativo do Lar de Infância e

Juventude e o Plano de Atividades e Desenvolvimento Pessoal do Serviço de Apoio

Domiciliário.

A realização deste Projeto Sócio-Educativo por parte do Centro Social Paroquial

de Caldas de Vizela (São Miguel) assenta na articulação com Regulamento Interno e os

critérios estabelecidos nos Manuais de Qualidade da Segurança Social, promovendo

uma filosofia de desenvolvimento desta Instituição.

A existência deste projeto demonstra perante a comunidade, uma prática que

corresponde às necessidades e anseios da mesma, enquanto satisfaz a realização

profissional dos que se envolvem na sua execução.

Neste projeto são pretendidas desenvolver ações que vão ao encontro das

necessidades identificadas, para aumentar a qualidade dos serviços da Instituição, no

sentido de melhorar a participação dos seus elementos de acordo com o espírito deste

3

Page 4: Projeto sócio educativo

Projeto Sócio-Educativo.

II Caraterização do Meio Envolvente

O concelho de Vizela, criado em 1998, pela Lei nº 63/98, localiza-se na região Norte,

na convergência do Minho e do Douro Litoral. Faz fronteira com os concelhos de Guimarães,

Felgueiras, Lousada e Santo Tirso. Administrativamente integra o Distrito de Braga, formado

por 14 municípios, e constitui-se como um dos oito concelhos que compõem a Sub-região do

Ave. Desde Abril de 2008 a Sub-região do Ave apresenta uma nova configuração com a

integração dos concelhos de Santo Tirso e Trofa na Área Metropolitana do Porto. De acordo

com a atual configuração, a NUT III Ave é constituída pelos concelhos de Cabeceiras de

Basto, Fafe, Guimarães, Mondim de Basto, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Vila Nova de

Famalicão e Vizela.

O Concelho de Vizela apresenta uma área total de 24,7 km2, dividida

administrativamente em 7 freguesias: Infias, Caldas de Vizela (S. Miguel), Caldas de Vizela (S.

João), Santa Eulália, Vizela (Santo Adrião), Tagilde e Vizela (S. Paio).

O território apresenta uma elevada densidade demográfica, encontrando-se a

população dispersa pela sua quase totalidade. A densidade populacional registada no

concelho de Vizela, de 991.0 hab/km2, é bastante superior à média da NUT III Ave, que se

situa nos 421.1 hab/km2. Nenhuma freguesia tem densidade inferior a 600 hab/km2. A

distribuição da população pelas sete freguesias que compõem o concelho revela que Caldas

de Vizela (S. Miguel) (27,8%) e Santa Eulália (23%) são as freguesias com maior número de

residentes, totalizando metade da população do concelho.

Mais recentemente, as estimativas do INE para 2008 apontavam para 24.477

habitantes residentes no concelho: 12.061 (49,7%) homens e 12.416 (51,1%) mulheres.

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Page 5: Projeto sócio educativo

Constata-se, assim, que desde 2001 o número de residentes no concelho terá aumentado

em cerca de 1.882 efectivos (8.3%).

A estrutura produtiva do concelho de Vizela é predominada pelos setores: terciário e

secundário. Em 2007, o setor terciário representava 78% das empresas com sede no

concelho predominando, de acordo com a Classificação Portuguesa de Actividades

Económicas (CAE), o “comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis

motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico”, com 37.9% (543 empresas).

O sector secundário é representado por 22.0%, num total de 403 empresas,

dominando a área têxtil e confecção, com 260 empresas (64.5%) no total da indústria

transformadora do concelho (na NUT III Ave esta representa 58.5% e a nível nacional

representa 18.2%). Segue-se a indústria do couro e de produtos do couro, com 47 empresas

classificadas (11,6%). As indústrias metalúrgicas de base e de produtos metálicos e a

indústria de pasta, de papel e cartão e seus artigos de edição e impressão assumem também

alguma relevância com 30 e 26 empresas classificadas, respectivamente. Em relação à

dimensão das empresas, predominam as micro-empresas. Em 2007, 92% das empresas com

sede no município tinham ao seu serviço menos de 10 trabalhadores.

Em 2001 os Censos davam conta que o concelho de Vizela possuía uma

população economicamente ativa de 12 360 indivíduos (6 529 Homens e 5 831

Mulheres), dos quais 11 752 (95.1%) encontravam-se empregados e 608 (4.9%)

desempregados.

Na atualidade, o concelho de Vizela tem vindo a apresentar níveis de

desemprego preocupantes, acima da média nacional. Para esta situação terão

contribuído sobretudo a fragilidade da estrutura produtiva e as baixas qualificações

escolares e profissionais da população ativa.

III - História da Instituição

A comunidade de São Miguel de Vizela teve desde sempre, presente, o aspeto

sócio-caricativo, merecendo especial atenção o apoio à criança e á terceira idade.

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Page 6: Projeto sócio educativo

Neste sentido, a comunidade fez um levantamento da existência da população

idosa e verificou que a solidão deprimia as pessoas, e deste modo adquiriram uma

carrinha, com a ajuda de pessoas generosas, para que os idosos se pudessem deslocar

e conviver mais entre eles e com a própria comunidade.

A partir de 1986 desenvolveram-se diferentes actividades de carácter cultural,

recreativo, animação e convívio onde os idosos começaram a participar em passeios de

Verão, eram acompanhados a consultas médicas e tratamentos. Além disso, foi

dedicado um domingo á terceira idade, geralmente no mês de Setembro, agrupando

as pessoas num convívio com participação na Eucaristia e almoço de confraternização.

Nalguns anos dedicou-se mais atenção á época de Natal, com a realização de uma

Ceia. Ainda hoje se celebra, integrado na Festa de S. Miguel, padroeiro da comunidade,

o dia do Idoso.

No entanto, sem esquecer o sector infantil, a comunidade formou uma equipa

de apoio à criança que tinha, inicialmente, como objetivo realizar várias festas para as

crianças, tais como: o Carnaval, o Natal e o Dia da Criança, sempre com atividades

culturais e recreativas, desde concursos literários, desenho, desporto, etc.

Através da realização destas ações verificou-se que, para a terceira idade era

necessário um apoio mais direto e que as crianças precisavam de ter os tempos livres

mais ocupados, surgindo o Serviço de Apoio Domiciliário e o C.A.T.L. (Centro

Actividades de Tempos Livres).

Em declaração no Diário da Republica, Nº 38, III Série a 14 de Fevereiro de

1990, página 2186, declarou-se o registo definitivo dos estatutos desta Instituição

como Instituição Particular de Solidariedade Social, reconhecida como pessoa colectiva

de utilidade pública, em conformidade com o disposto no estatuto aprovado pelo

Decreto-lei nº 119/83 de 25 de Fevereiro. Tendo sido a 7 de Julho de 1989 recebida

pelo Centro Regional de Segurança Social de Braga a participação a que se refere o

artigo 45.º do citado estatuto. O registo foi lavrado pela inscrição nº 70/89, a fl. 49 do

livro nº 4 das Fundações de Solidariedade Social.

Verificando-se que existiam idosos que necessitavam de um maior

acompanhamento ao longo do dia, criou-se o Centro de Dia e de Convívio, que

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Page 7: Projeto sócio educativo

funcionava das 9h00 às 17h00. O Centro de Dia proporcionava ao idoso todo o

acompanhamento, desde o transporte (quer de casa para o Centro, como do Centro

para casa), atividades recreativas e ainda o serviço de refeições (pequeno-almoço,

almoço e lanche). O Centro de Dia e de Convívio facultava aos idosos actividades

variadas, de forma a ocupar os seus tempos livres de uma maneira divertida e

saudável. Os idosos tinham a oportunidade de darem passeios a locais por eles

escolhidos, tais como: o Santuário do Sameiro e o Bom Jesus em Braga, a Penha em

Guimarães, entre outros. Tinham natação e ginástica uma vez por semana nas Termas

de Vizela, e na segunda quinzena de Julho iam para a praia juntamente com as

crianças, de forma a proporcionar um intercâmbio intergeracional, entre as crianças do

C.A.T.L. e os idosos do Centro de Dia e de Convívio.

Normalmente, quando os idosos começam a frequentar o Centro de Dia têm a

intenção de mais tarde serem integrados num Lar, situação que não se verificava nesta

Instituição. Os idosos eram muito apegados à sua residência e iam para o Centro de

Dia, apenas para não ficarem sozinhos em casa e passarem os seus tempos livres com

atividades lúdicas e recreativas.

Em Março de 1993, foram detectadas situações de pessoas em completo

isolamento. Então, criou-se um Mini-Lar para albergar permanentemente essas

pessoas idosas. Esta valência funcionou juntamente com o Centro de Dia e de Convívio

até Julho de 1999, mês em que os 15 utentes deste e do Mini-Lar transitaram para o

novo Lar da Santa Casa da Misericórdia de Vizela.

Relativamente ao C.A.T.L. que iniciou em 1989, com o acordo para 60 crianças,

tendo sido alterado para 120 crianças do 1º ciclo do ensino básico. Durante muitos

anos o C.A.T.L. funcionou em conformidade com a escola, com os horários duplos e

dando resposta das 07h30 até às 19h00 de acordo com as necessidades dos pais e

encarregados de educação. Durante 20 anos, esta resposta social proporcionou

actividades de carácter lúdico-pedagógicas e de animação sócio-cultural, bem como

actividades extra -curriculares como a natação, o karaté, o inglês, jazz infantil e

tecnologias de informação e comunicação. A ocupação dos tempos livres, durante as

férias escolares eram organizadas diversas atividades, como visitas a museus, idas á

7

Page 8: Projeto sócio educativo

piscina, espaços de lazer e recreio, idas á praia durante a segunda quinzena de Julho,

realização de festas de Natal, Carnaval e Final do Ano e exposições.

Com reforma legislativa em que alterou os horários do 1º ciclo, com a

concepção de escola a tempo inteiro, afetou automaticamente á diminuição de

crianças no C.A.T.L. e culminou no efetivo encerramento em Agosto de 2009.

A resposta social de Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) a funcionar desde

Julho de 1989 beneficiou no sentido de melhorar as condições existentes, o SAD em

2003/ 2005 do Programa de Apoio Integrado a Idosos (PAII), com vista a proporcionar

uma resposta social mais eficaz.

A Instituição contou também com no âmbito do Programa Ser Criança um

projeto de apoio a crianças em risco de 1995 a 1997, denominado “Amanhecer no

Vale de Vizela” que tinha como objectivo o acompanhamento de crianças e jovens

em risco de exclusão social e familiar; a realização de acções preventivas e

educativas para crianças e famílias como agentes do seu próprio projecto de

mudança e a execução de atividades promovendo condições para um

desenvolvimento equilibrado.

De 1998 a 1999, integrou-se num projeto de prevenção primária no âmbito do

Projecto Vida intitulado de “A minha Vida é a Vida do Outro”, que tinha como

objetivos orientar, acompanhar e sobretudo prevenir situações de toxicodependência,

alcoolismo, prostituição e situações de marginalidade.

A resposta social de Lar de Infância e Juventude iniciou a sua atividade em

Outubro de 1996, devido à necessidade de albergar 8 irmãos da comunidade por

motivo de abandonado e pobreza. Funcionou com os referidos irmãos até Julho de

1997, sendo nesta data aumentado com mais 3 irmãos de outra família próxima da

comunidade.

Desde Outubro de 2008 esta resposta social está integrada no Plano DOM –

Desafios, Oportunidades e Mudanças de âmbito nacional tendo como objectivo

principal a implementação de medidas de qualificação da rede de Lares de Infância e

Juventude, incentivadoras para uma melhoria contínua da promoção de direitos das

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Page 9: Projeto sócio educativo

crianças e jovens acolhidas em Lar, nomeadamente no que se refere à definição e

concretização, em tempo útil, de um projecto que promova a sua

desinstitucionalização, após um acolhimento que ainda prolongado, lhes deverá

garantir a aquisição de uma educação para a cidadania e, o mais possível, um sentido

de identidade, de autonomia e de segurança, promotor do seu desenvolvimento

integral. Neste âmbito de actuação estão aplicadas as seguintes medidas de

qualificação: o reforço das Equipas Pluridisciplinares e a qualificação da intervenção e

dos interventores.

A Creche é a mais recente resposta social com início em Dezembro de 2006,

através do Programa Operacional Emprego Formação e Desenvolvimento Social

(POEFDS) onde dá resposta a 33 crianças das 7h30 às 19h00. É um espaço que surge

como resposta às necessidades da comunidade, onde a criança é acolhida,

proporcionando o bem-estar e desenvolvimento integral das crianças num clima de

segurança afetiva e física, durante o afastamento parcial do seu meio familiar através

de um atendimento individualizado, promovendo um crescimento e desenvolvimento

harmonioso nos vários domínios psico-motor, afectivo, cognitivo social e lúdico.

IV

Missão da Instituição

O Centro Social Paroquial de Caldas de Vizela (São Miguel) tem como Missão

dar resposta às necessidades sociais e educativas, do meio em que está inserido,

contribuindo para o bem-estar dos clientes, através da prestação de serviços com

qualidade.

VPolítica da Qualidade

A Instituição define, implementa e controla o seu compromisso de satisfação

das necessidades e expectativas legítimas dos clientes e de outras entidades

interessadas. Para garantir a execução da Politica da Qualidade, a Instituição deve

controlar a conformidade dos processos. Para tal estamos em processo de

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Page 10: Projeto sócio educativo

implementação da qualidade, cujo objectivo se prende com a optimização de todos os

recursos e consequentemente melhoria na sustentabilidade da Instituiç

VI

Visão da Instituição

Assegurar uma prestação de serviços eficiente e eficaz, com profissionais

qualificados;

Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade, cumprindo os requisitos

estabelecidos pela Segurança Social;

Alargamento das respostas sociais mediante as necessidades da comunidade,

nomeadamente Centro de Alojamento Temporário;

VII

Estratégias da Instituição

Assegurar Formação adequada para todos os colaboradores da Instituição;

Aplicar os requisitos de qualidade dos Manuais da Segurança Social das

respostas sociais existentes;

Estabelecer contactos com empresas de consultadoria e Segurança Social para

a Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade;

Possuir uma ligação directa com a Rede Social do concelho;

Fomentar parcerias para colaboração e obtenção de um conhecimento real dos problemas sociais do concelho.

VIIIValores da Instituição

Solidariedade – Para com os que mais precisam, combater os fenómenos de

pobreza e todo o tipo de exclusão social.

Organização e Inovação – De acordo com a legislação em vigor, favorecer o

desenvolvimento de serviços e respostas de qualidade.

Trabalho – Para prestar um serviço de qualidade, direccionar os esforços para

as pessoas e para as suas necessidades.

Espírito de Equipa – Para se atingir um bem comum, trabalhar com base na

tolerância, na comunicação, na confiança, na responsabilidade e na

confidencialidade.

10

Page 11: Projeto sócio educativo

Respeito – Respeitar a individualidade e as especificidades de cada pessoa

envolvida.

IX

Caracterização da Instituição

É composta por uma Direcção e Concelho Fiscal.

Actualmente detém 25 colaboradores maioritariamente do sexo feminino.

11

Page 12: Projeto sócio educativo

É constituída pelos serviços da cozinha, lavandaria, limpeza, secretaria

transversais para a funcionalidade das respostas sociais de Creche, Lar de

Infância e Juventude e Serviço de Apoio Domiciliário. Os colaboradores estão

distribuídos da seguinte forma:

Creche

1 Coordenador/ Educador de Infância

1 Educador de Infância

3 Auxiliares de Educação

2 Ajudantes de Acção Educativa

Lar de Infância e Juventude

1 Coordenador/ Assistente Social

1 Psicólogo

1 Animador Sociocultural

1 Prefeito

1 Ajudante de Acção Educativa

Serviço de Apoio Domiciliário

1 Coordenador/ Assistente Social

3 Ajudantes de Acção Direta

2 Auxiliares de Serviços Gerais

Serviços de Limpeza, Higiene e Lavandaria

2 Auxiliares de Serviços Gerais

Serviço de Cozinha

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Page 13: Projeto sócio educativo

4 Cozinheiras

Serviço de Secretaria

1 Recepcionista

Habilitações Literárias dos Colaboradores

Anos de

escolaridade

Ano

Ano

Ano

12º

Ano

Licenciatura Mestrado

Nº de

Colaboradores

5 4 5 6 4 1

As habilitações literárias dos colaboradores acentuam ao nível do 12º ano e 9º

ano de escolaridade.

Quadro de Idades dos Colaboradores

Idades 20 - 30 31-40 41-50 +50

Nº de

Colaboradores

7 9 5 4

Quanto às idades assenta maioritariamente em colaboradores jovens, sendo a

faixa etária dos 31 aos 40 anos de idade.

Serviços de Secretaria

13

Page 14: Projeto sócio educativo

14

Page 15: Projeto sócio educativo

Creche - Capacidade para 33 crianças.

Proporcionar os melhores cuidados aos bebés e paralelamente responder às

exigências dos pais ou encarregados de educação é o objectivo principal desta

resposta social, mantendo sempre os requisitos legais em vigor. Assim assegura a

prestação dos seguintes serviços:

Berçário

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Page 16: Projeto sócio educativo

Promover o acolhimento, guarda, protecção, segurança e todos os cuidados

básicos necessários a crianças de idades compreendidas entre os 4 e os 36

meses;

Sala dos 1 anos

Proporcionar à criança um clima de

segurança afectiva e física, durante o

afastamento parcial do seu meio

familiar, através de um atendimento

individualizado;

Casas de banho e Fraudário

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Page 17: Projeto sócio educativo

Prestar os cuidados básicos de: alimentação, higiene, repouso e saúde, tendo em

conta as necessidades e interesses de cada criança, em articulação com a família;

Promover o favorecimento da formação e desenvolvimento equilibrado da criança,

através da promoção de aprendizagens diferenciadas e significativas;

Sala dos 2 anos

Estimular o desenvolvimento global da criança nas suas componentes emocional,

cognitiva, comunicacional, social e motora, através da implementação e

adequabilidade de práticas lúdico-

pedagógicas intencionais, estruturadas e

organizadas;

Refeitório

17

Page 18: Projeto sócio educativo

Colaborar de forma eficaz no

despiste precoce de

qualquer inadaptação ou

deficiência, assegurando o

seu encaminhamento

adequado;

Apoiar a criança em situação

de risco social.

A Creche realiza ainda actividades propostas no Projeto Pedagógico de sala e as

respetivas planificações semanais.

Manter a dinâmica com os bebés e pais no espaço na BEBETECA. Este espaço,

especialmente pensado para esta faixa etária, dispõe de mobiliário colorido e de uma

colecção de livros apropriada a este público.

Bebéteca

Almofadas, puffs, livros com cores, texturas e sons, permitem estimular, desde

cedo, o gosto pela leitura e pelo livro transformando-o num objecto do quotidiano dos

bebés.

18

Page 19: Projeto sócio educativo

Parque Infantil

19

Page 20: Projeto sócio educativo

Lar de Infância e Juventude - Capacidade para 11 crianças e jovens.

Presentemente esta resposta social denominada Casa de Jovens Novos

Horizontes, tem capacidade para 11 crianças e jovens em risco, oriundos da zona de

origem geográfica do distrito de Braga.

Acolhe crianças e jovens com idades compreendidas entre os 6 – 18 anos,

podendo permanecer até aos 21 anos de idade, com medida de promoção e

protecção “Acolhimento institucional”, aplicada pelos Tribunais e Comissões de

Protecção e Crianças e Jovens.

20

Page 21: Projeto sócio educativo

Norteia-se pela percussão de objectivos que visam uma educação integral da

criança/jovem que acolhe no seu seio:

Proporcionar às crianças/jovens a satisfação de todas as suas necessidades em

condições de vida tão aproximadas quanto possível à da estrutura familiar;

Garantir e promover o superior interesse da criança/ jovem;

Assegurar uma intervenção personalizada e conducente no desenvolvimento

pessoal, físico, intelectual e moral equilibrados que conduzem à inserção das

crianças/ jovens na comunidade;

21

Page 22: Projeto sócio educativo

Promover a participação activa das crianças/ jovens no seu projecto de vida

tendo em vista uma melhor orientação em todos os domínios da sua vida;

Promover sempre que possível a sua integração na família e na comunidade de

origem, em articulação com as entidades competentes, com vista à sua gradual

autonomização.

Serviço de Apoio Domiciliário – Capacidade para 29 utentes

Atualmente o Serviço de Apoio

Domiciliário, tem presentemente

29 utentes e desenvolve serviços

semanalmente das 08h00 às

21h00, estes serviços são

extensivos aos fins-de-semana e

feriados.

Nesta área dispomos presentemente de duas equipas no terreno que, diariamente

prestam no domicílio serviços de:

Alimentação servida a cada cliente de acordo com as suas necessidades;

22

Page 23: Projeto sócio educativo

Higiene Pessoal feita de acordo com as necessidades de cada cliente,

podendo ser realizada mais do que uma vez ao dia;

Tratamento de roupa de uso pessoal e do lar do cliente;

23

Page 24: Projeto sócio educativo

Limpeza habitacional levada a cabo uma vez por semana, sendo que

diariamente haverá o cuidado de a arejar e higienizar;

Apoio na ajuda da ministração de medicação feita de acordo com a prescrição

médica;

Acompanhamento e deslocações a consultas e tratamentos que são levadas a

cabo sempre que for preciso;

Atividades de animação, podendo participar os clientes sempre que o estado de

saúde o permita;

Acompanhamento psicossocial;

Disponibilização de informação facilitadora do acesso a serviços da comunidade

e outros apoios sociais.

Aqui importa destacar o papel que esta resposta social assume enquanto

serviço de aposta para o futuro, corroborado pelo número crescente de pessoas

24

Page 25: Projeto sócio educativo

que desejam permanecer no seu domicílio, continuando no seu meio habitual de

vida.

Optimizar os recursos, tendo em vista a melhoria dos serviços prestados, com a

consciência que no momento de optar pelos nossos serviços, os clientes e seus

familiares procuram a máxima qualidade.

Serviços de Cozinha

25

Page 26: Projeto sócio educativo

Serviços de Lavandaria

Veículos

X

Fundamentação Teórica do Projecto Sócio-Educativo

“ A Família” foi o tema escolhido pelas três respostas sociais Creche, Serviço de Apoio

Domiciliário e Lar de Infância e Juventude, para durante três anos, desenvolver atividades sócio-

educativas com as crianças, jovens e idosos.

26

Criança - Jovem - Idoso

Page 27: Projeto sócio educativo

A escolha do tema prende-se fundamentalmente em que a família é considerada o

elemento central no processo de socialização da criança (Maccoby, 1992).

Viver no seu núcleo familiar há uma aprendizagem de valores essenciais, onde se

forma no seu seio os primeiros hábitos e atitudes de partilha, respeito e convivência. A família é

por excelência, o lugar onde se vão construindo os valores de tudo quanto nos rodeia (Ribeiro,

2005).

Para o melhor e para o pior, ela ocupa um lugar de destaque nas nossas vidas,

continuando a apresentar-se como a unidade de base da sociedade. É nas famílias que nascemos

e crescemos, e delas esperamos que nos ajudem a crescer de forma saudável, o mais preparados

possível para lidarmos com as dificuldades, obstáculos e mesmo alegrias com que nos vamos

confrontando ao longo do trajecto de vida. Das famílias espera-se que cuidem internamente dos

seus membros, que os protejam para que desenvolvam de forma saudável, e que os preparem

para lidar com o mundo “lá fora” (Relvas, 1996 cit in Melo, 2010).

As alterações na estrutura familiar devem-se sobretudo às mudanças sociais,

produzidas na sociedade global, marcadas por modificações profundas no tecido social e familiar,

verificam-se sentimentos de incerteza, culpa, angústia e medo, em que a família vivencia

atualmente. Os pais vivem sob pressão de vária ordem: em muitos dos casos, com pouco tempo

disponível para cuidar quer dos seus filhos; os progenitores confrontam-se com problemas

crescentes, como a quebra de autoridade e a dificuldade na conciliação entre a vida profissional

e familiar; muitos são também os que não aprenderam com as suas famílias de origem a

capacidade de sentir empatia para com as necessidades das suas crianças (Ribeiro, 2003 cit in

Melo, 2010).

Em famílias multiproblemáticas ao nível da parentalidade quer a função vinculativa

quer a função socializadora dos pais estão perturbadas, desta forma, a nível interno familiar as

crianças ao nível da segurança básica, inteorizam modelos inseguros de vinculação que lhes

dificultam a verdadeira autonomização e a tranquila exploração do meio. Ao nível externo, as

27

Rede de Profissionais Família

Page 28: Projeto sócio educativo

crianças são deficientemente socializadas o que repercute a dois níveis: falta de protecção da

criança face ao meio de falta de normalização (potenciando uma posição de conflito com o

meio). Muitas vezes, os impulsos libidinais e impulsos agressivos destes pais flúem livremente

em relação aos filhos, sem o controlo das funções protectoras, possibilitando, assim, situações

de maus-tratos físicos que se inscrevem, frequentemente, num contexto de abandono e falta de

cuidados (Alarcão, 2002).

Paralelamente temos a questão do envelhecimento, com o aumento da população

idosa devido ao aumento da esperança de vida, em que acompanhar o idoso no seio da família, é

cada vez mais difícil pois, o estilo de vida actual contribui para a fragmentação da família nuclear,

isto é, dificulta a convivência entre pais e filhos (Pimentel, 2001).

A imagem do idoso na sociedade tem também vindo a sofrer profundas alterações.

Se antes o idoso era visto com respeito e o seu papel na sociedade era determinante, no

aconselhamento e decisão sobre matérias importantes, hoje em dia, numa sociedade onde a

produtividade e a atividade profissional são mais valorizadas e o envelhecimento é visto

exclusivamente como um conjunto de perdas de capacidades, o idoso é tido como um fardo

(http://primuscare.com/o-papel-da-familia-no-apoio-ao-idoso).

Em 1976 começou a elaboração de uma política, que ainda hoje se segue, de

prevenção e de manutenção das pessoas no seu domicílio o maior tempo possível. Esta é uma

resposta que contínua a expandir-se e se apresenta como a solução ideal para muitos problemas

dos idosos. Porque, para além da qualidade do serviço e de permitir ao idoso ficar mais tempo na

sua própria casa. O domicílio é visto como um espaço em que pessoas portadoras de doenças

crónicas e outras patologias, idosas ou não, podem viver com boa qualidade de vida e manter a

doença de forma estável.

Neste contexto as funções da família, é hoje partilhada por outras instituições

estatais e privadas, em diversos serviços de apoio.

Pois, estarão as famílias preparadas para cumprir com o seu papel e lidarem com os

desafios com que se deparam?

Desta forma, este projecto visa principalmente em colaborar comas famílias e

colmatando as suas dificuldades, preocupações e necessidades mediante as suas crianças, jovens

e idosos, sendo o principal objectivo a promoção de aprendizagens mútuas para melhor

educarmos as nossas crianças, orientar melhor os nossos jovens e cuidar melhor nos nossos

idosos.

28

Page 29: Projeto sócio educativo

XI

Objectivos do Projecto Sócio-Educativo

O principal objectivo do tema “A Família” deste Projecto Sócio-Educativo prende-se

fundamentalmente em aplicar as seguintes ações de atuação:

O diálogo entre a família e os profissionais de infância, juventude e terceira

idade, é o primordial procedimento que permite conhecer e compreender

melhor a criança, o jovem e o idoso. A troca de informação e o encontro no

dia-a-dia são indispensáveis para a articulação entre a família e os profissionais

da Instituição.

Criar um clima de relação aberta entre a família e os profissionais, construir um

espaço de confiança, condição essencial para uma ação educativa participada,

principalmente na construção no plano de intervenção individual de cada

criança, jovem e idoso.

Comunicar efetivamente com a família, promovendo reuniões e/ou

atendimento personalizado, ou no domicilio onde haja uma efetiva troca de

opiniões que permitam um melhor conhecimento dos contextos socio-

familiares das crianças, dos jovens e dos idosos. Pretende-se assim, constituir

importantes momentos de auto-formação com benefícios para melhorar a

prestação do serviço.

Realizar uma intervenção sistémica nos problemas das famílias multiproblemáticas

pois, não são situações muitas vezes fragmentadas mas, absolutamente interligadas.

Realização de convívios familiares em comemorações significativas realizadas na

Instituição.

29

Page 30: Projeto sócio educativo

Possibilitar momentos de reflexão para os familiares ou pessoas significativas dos

clientes que a Instituição presta serviços de Creche, Lar de Infância e Juventude e

Serviço de Apoio Domiciliário.

XII

Bibliografia

ALARCÃO, Madalena, (2002), (Des) Equilíbrios Familiares, Coimbra, Quarteto Editora.

RIBEIRO, O. Marisol Freitas Jesus, (2005), Avaliação do Envolvimento Parental no Novo

Programa de Intervenção, maior participação da família e maior contextualização da

intervenção dos técnicos, Universidade do Minho (Tese de Mestrado).

Melo, Ana, (2010), Em Busca do Tesouro das Famílias Intervenção familiar em

Prevenção, Gabinete de Atendimento à Família, 2ª edição.

http://primuscare.com/o-papel-da-familia-no-apoio-ao-idoso

Plano de Desenvolvimento Social de Vizela 2010/2015

Pimentel, Luísa (2001) O Lugar do idoso na Família – Contexto e trajectória,

Coimbra, Quarteto.

30