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Projetos Acadêmicos de Pesquisa-Ação em Educação L. A. G. Senna
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O TEXTO TÉCNICO-CIENTÍFICO
O discurso científico, ou seja, a forma como se constrói
o texto científico, tem características muito particulares e, às
vezes, muito artificiais, quando comparadas ao discurso
cotidiano. Do mesmo modo que o pensamento científico
estruturado é um exercício, também o é seu relato no texto
científico. Tenha sempre em mente o fato de que o texto
científico não é uma redação ou um texto literário e sim, um
recurso empregado para informar ou instruir. Assim sendo...
Pense antes de tudo em
sua clareza e simplicidade
e não, em sua estética!
Confira a seguir alguns procedimentos que se devem
adotar na elaboração deste tipo de texto.
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O Registro
O texto científico só pode ser expresso no registro culto
oficial da língua portuguesa escrita, devendo-se zelar para que
a ortografia esteja correta e todas as regras de concordância e
regência verbo-nominal sejam respeitadas. Seu orientador tem
obrigação de lhe auxiliar nestes detalhes gramático-
ortográficos; portanto, não fique se censurando,
desnecessariamente, quanto a este tipo de coisa.
Os editores de texto corrigem automaticamente a ortografia, mas dãoalertas falhos sempre que desconhecem uma palavra (especialmentese composta). Além disso, os editores desprezam a ocorrência deerros, quando a palavra grafada de forma incorreta toma a forma deoutra palavra —por exemplo: homófonos como [seção] / [sessão] /[cessão], ou, simplesmente, coincidências, coma entre [garfo] / [grafo],[grifo] / [grilo], etc.
A regência verbo-nominal regula o uso das preposições emcomplementos de verbos ou nomes transitivos. Há casos em que atroca de preposições pode ocasionar sérios prejuízos para asignificação do texto, como no caso clássico de [vir ao encontro de](“estar em consonância com", ou “no interesse de”) e [vir de encontro a](“colidir contra“, ou “contradizer”, “contrariar”). Os editores de textoainda não estão habilitados a analisar este tipo de fato gramatical, poisse restringem tão somente à análise da forma física das palavras.
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Pessoa do discurso
Não se exige do texto científico, atualmente, uma
absoluta omissão da pessoa de quem o escreve, embora ainda
se privilegie o discurso impessoal. Contudo, não se pode
adotar, ora uma posição impessoal, ora uma posição pessoal,
ora um sujeito na primeira pessoa do singular, ora no plural.
Uma vez escolhida a forma como o autor vai se denunciar no
texto, deve-se respeitá-la até o final.
Exemplos e tipos de pessoas do discurso
Formas de sujeito impessoalForma clássica de expressão do autor, no texto científico, é sempre amais recomendável.
• Observou-se que a situação das crianças submetidas a experiênciasconcretas de vivência é mais favorável à construção deconhecimentos.
• Foi observado que a situação das crianças submetidas aexperiências concretas de vivência é mais favorável à construção deconhecimentos.
• O experimento permitiu a observação de que a situação dascrianças submetidas a experiências concretas de vivência é maisfavorável à construção de conhecimentos.
Sujeito em primeira pessoa do singularEmbora interpretada, às vezes, como presunçosa ou vaidosa, é muitobem-vinda, atualmente, quando usada de forma natural e nos momentosoportunos.
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• Eu observei que a situação das crianças submetidas a experiênciasconcretas de vivência é mais favorável à construção deconhecimentos. (Forma vaidosa...)
• Observei que a situação das crianças submetidas a experiênciasconcretas de vivência é mais favorável à construção deconhecimentos. (Forma um pouco menos vaidosa...)
• Pude observar que a situação das crianças submetidas aexperiências concretas de vivência é mais favorável à construção deconhecimentos. (Forma oportuna... esta alternativa pode ser usadaem concomitância com a forma clássica, em um trecho ou outro dotrabalho, quando se deseja enfatizar que se trata de umaconstatação pessoal, merecedora de destaque.)
Sujeito em primeira pessoa do pluralTido como muito pedante e anacrônico, atualmente.
• Nós observamos que a situação das crianças submetidas aexperiências concretas de vivência é mais favorável à construção deconhecimentos. (Evite usar isso, por favor...)
• Observamos que a situação das crianças submetidas a experiênciasconcretas de vivência é mais favorável à construção deconhecimentos. (Use isso apenas quando se desejar que, através daprimeira pessoa do plural se chegue a um tipo indeterminado desujeito.)
� A retórica frasal
As frases no texto técnico-científico não são reguladas
pela estilística do texto narrativo e sim, por uma estilística
própria, marcada pela redundância. Não se esqueça de que na
tradição acadêmica a oração é, em si, a expressão de uma
unidade do pensamento e, portanto, a preservação de sua
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estrutura sintática essencial é necessária em um texto que, em
principio, está o tempo todo relacionado com a expressão do
pensamento.
Portanto, mesmo que pareça uma perda de tempo ter
de expressar na frase um sujeito ou um complemento que
parecem estar evidentes no contexto, não os omita! Se for
possível suprimir a repetição de termos através do uso de
pronomes ou outras formas de substituição, faça isto; caso
contrário, repita o termo sem medo de estar sendo
redundante.
Exemplos:
“As estratégias de ensino vivencial têm sido arroladas no âmbito daEducação há décadas, mas existe hoje uma tendência a redefinir suafunção nos processos de ensino-aprendizagem, basicamente do modocomo nos esclarece ZEREZEU (1999). Para este” (supressão daredundância através do pronome), “tais estratégias” (repetiçãointencional) “vinham sendo tratadas ou como meros recursosmotivacionais ou como protótipos universais de experiênciasdesencadeadoras da construção de conhecimentos.
Resgatando a breve história do sujeito cognoscente de base sócio-interacionista, ZEREZEU (1999)” (repetição intencional, empregada paraevitar ambigüidade que provocaria o uso de um pronome cujo referenteestá no parágrafo anterior) “associa as estratégias de ensino vivencial”(idem) “aos recursos de construção de conhecimentos a partir do conceitode zona de desenvolvimento proximal.”
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O vocabulário
O vocabulário do texto-científico é, apesar de todo o
rigor exigido em sua elaboração, extremamente simples e
cotidiano.
Deve-se evitar, totalmente, o uso de sentido
metafórico, palavras ambíguas ou construções frasais que
desviem a atenção, do sentido geral do texto para o esforço de
interpretação. Só se deve inventar uma palavra nova na língua,
caso se esteja criando uma nova categoria científica que não se
deseje confundir com outras quaisquer que já sejam,
tradicionalmente, expressas por palavras previamente
conhecidas.
Quanto ao vocabulário, observe, também, que certos
substantivos são semanticamente transitivos e SEMPRE
devem vir acompanhados de um termo que lhes explique ou
complemente o sentido.
Portanto, use sempre o bom senso e não saia
inventando palavras ou estruturas que, até podem parecer
elegantes, mas não cabem no texto técnico-científico.
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Exemplos:
“O humano tende a buscar o repouso mental” – em lugar de “O serhumano tende a buscar o estado mental de repouso”[humano] é tipicamente um adjetivo e, por isso, seu referente deve sersempre expresso na frase.
A estranhice dos dados — em lugar de “A estranheza dos dados"[estranhice] é um neologismo; embora todo falante do Português vácompreender que se trata da mesma coisa que [estranheza], somente seaceitaria sua utilização, caso estivesse sendo intencionalmenteempregada para definir um determinado tipo de [estranheza] que, nocorpo do texto científico, fosse necessário distinguir.
“Os dados causaram distorções nos resultados, sem razão“ — em lugarde “Os dados causaram distorções nos resultados da análise, sem quese pudesse apontar a razão disto”Este é um dos casos mais típicos de especificidades do texto científico;na fala ou textos escritos informais, dificilmente alguém daria por falta docomplemento semântico do substantivo [resultados], ou, mesmo, daoração que se emprega apenas para introduzir a expressão [sem razão].
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A distribuição das informações
A distribuição das informações no texto científico deve
ser tratada com muito rigor. Em cada parágrafo, deve-se tratar
APENAS de um único assunto, podendo-se, todavia, alocar
vários temas interrelacionados. Se um assunto será abordado
em vários parágrafos específicos, é recomendável que se crie
um parágrafo introdutório que alerte o leitor para isto, seja
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denunciando o assunto a ser tratado, seja apresentando
previamente o tema de cada parágrafo subseqüente.
Todas as vezes em que seu texto mudar de assunto, não
basta mudar de parágrafo, é preciso avisar ao leitor que vai
haver uma mudança de tema no corpo do texto. Deve-se fazer
isto, ou através de um “gancho” no final do último parágrafo
relativo ao tema anterior, ou através de um parágrafo
introdutório, que apresente o novo tema.
Se os parágrafos regulam o fluxo básico de informações,
os capítulos, suas seções e subseções regulam o fluxo de temas
em seu trabalho. No texto técnico, a distribuição de temas em
seções e subseções é sempre muito bem-vinda, pois facilita,
posteriormente, a leitura.
Deve-se numerar todos os capítulos e, a partir destes,
todas as seções e subseções. O padrão utilizado para
identificar as partes do texto é o seguinte:
1-Título do Capítulo
1. 1- Primeira seção do capítulo1.1.1- Primeira subseção da seção1.1.2- Segunda subseção da seção
1.2-Segunda seção do capítulo1.2.1- Primeira subseção da seção1.2.2- Segunda subseção da seção
1.3 - Terceira seção do capítulo1.3.1- Primeira subseção da seção1.3.2- Segunda subseção da seção
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Todo capítulo ou seção se inicia com um parágrafo
introdutório, que explique o que será tratado e a razão pela
qual será tratado. Ao final do capítulo, deve-se apresentar um
parágrafo conclusivo, que comprove que se apresentou aquilo
que fora previsto na introdução. Quando se trata de uma
subseção muito pequena ou de evidente relação com a seção, a
introdução e a conclusão são desnecessárias.
Exemplos:
1-Título do Capítulo
Este capítulo tem por finalidade justificar o trabalho que ora se descreve, ressaltando,respectivamente os fatores X, Y e Z, cada um dos quais tratados como um dos problemas aserem levados em consideração no estudo dos processos educacionais.
1. 1- Primeira seção do capítulo
O fator X explica-se como um conjunto de variáveis de natureza sócio-cultural e [... ...]
1.1.1- Primeira subseção da seção
Um dos estudos mais consistentes sobre a influência do papel de X nos processoseducacionais nos é apresentado em ZEREZEU (1999), cuja leitura nos ensina que [... ...]
1.1.2- Segunda subseção da seção
Nos dias atuais, ZEZEREU (1999) sofre profundas críticas de pesquisadores que [... ...]
1.2- Segunda seção do capítulo
Os fatores Y e Z descrevem-se como partes de um mesmo fenômeno, que se pode definircomo [... ...]
1.2.1- Primeira subseção da seção
1.2.2- Segunda subseção da seção
1.3 – Sumarizando a relação entre X, Y e Z e a Educação
Como se observou X, Y e Z são, respectivamente, [... ...]
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As notações bibliográficas
Bibliografia e referências têm formas muito particulares
de apresentação nos textos científicos, pois são usadas, não
apenas como comprovação de declarações feitas no texto, mas,
também, como fontes complementares de consulta para os
leitores.
Os exemplos abaixo dão referência dos principais tipos
de notações bibliográficas empregadas no texto técnico-
científico.
• Referências internas, empregadas no corpo do texto:
Com base na classificação apresentada em Zerezeu (1999:456-7)podemos...
... poder-se-ia recorrer, então, à taxionomia de Verden (In: ZEREZEU,1999:444) para criticar... ...sendo, entretanto, prudente levar emconsideração as restrições levantadas por Tictac (In: Id.Ibd.: 445-6).
Em notas, usar apenas a seguinte notação:Cf. ZEREZEU (1999); pp: 367-400.
• Referências a autores no corpo do texto só devem ser
nominais, caso se refiram ao conjunto de sua obra. Caso se
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reportem a um trabalho isolado, deve-se usar a notação
SOBRENOME (ano de publicação). Havendo mais de uma
obra do mesmo autor em um só ano, deve-se indexá-las
com letras, seqüencialmente, na referência e na
bibliografia — SOBRENOME (1999a), SOBRENOME
(1999b) etc.
• Os quadros e gráficos, devem ser numerados e ter títulos.
Ao se reportar a um quadro no texto, refira-se a ele como
QUADRO 1, QUADRO 2 etc. Faça o mesmo com as figuras
(Fig. 1, Fig. 2, etc.)
• No corpo do texto, normalmente, são empregados dois
tipos de citação: direta e indireta. Na citação direta, se
transcreve, literalmente, o texto de outro autor; na
indireta, se reproduzem as idéias de um autor, sem
recorrer à transcrição literal do texto.
As citações diretas breves (até três linhas) devem ser
incluídas no próprio texto, entre aspas, e, de preferência,
utilizando-se “itálico”, para destacá-las:
Assim, nas escolas onde o livro-texto exerce hegemonia, “àfigura docente resta apenas o papel de certificar e registrar naficha acadêmica dos alunos a posse de determinados níveisculturais.” (SANTOMÉ, 1998, p.181)
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As citações com mais de três linhas devem figurar em
parágrafo(s) destacado(s) do texto corrido (com recuo na
margem esquerda, utilizando “itálico”):
Quanto à utilização de jornais em atividades escolares, Sennaafirma que...
“A leitura de jornais diariamente é uma obrigação daEscola, tendo em vista tratar-se, não somente de umaatividade formadora do hábito de leitura, como, esobretudo, de uma forma de expandir o universo cultural doaluno. Ademais, após a leitura comentada das notícias, ojornal se torna um fabuloso recurso gerador de atividades,que permitem ao aluno desenvolver o seu conhecimentosobre as partes de mundo e do próprio país, bem como acapacidade de interpretar a progressão de fatos narradosdurante um período de tempo e outros tantos temasrelevantes. (...). Quanto maior o conjunto de informaçõestrazidas pelo jornal, maior será sua utilidade, pois taisinformações (...) são responsáveis pela ampliação douniverso de mundo do aluno, gerando uma escolarizaçãodinâmica e sempre atual.” (1997, p. 89)
No caso de citação indireta, a fonte deverá ser citada no
próprio texto ou ao final do período, ou, ainda, em nota de
rodapé, sob forma de nota bibliográfica:
Segundo LUCKESI (2000, p. 92-95), ao invés de operarcom avaliação, para direcionar o aprendizado e odesenvolvimento do aluno, a escola tem se preocupadoapenas com a verificação da aprendizagem escolar, queimpõe aos educandos conseqüências negativas,principalmente, por seu aspecto classificatório.
ou...
Segundo Luckesi, ao invés de operar com avaliação, paradirecionar o aprendizado e o desenvolvimento do aluno, a
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escola tem se preocupado apenas com a verificação daaprendizagem escolar, que impõe aos educandosconseqüências negativas, principalmente, por seu aspectoclassificatório. (2000, p. 92-95).
• As notas bibliográficas, como se pode observar nos
exemplos acima, devem figurar no final da citação, ou em
nota de rodapé ou, ainda, no caso de citação indireta, no
próprio texto. Das notas bibliográficas devem constar: a
indicação do último sobrenome do autor, em caixa alta; o
ano de publicação da obra; e o número da(s) página(s)
onde a citação se encontra. Conforme o segundo exemplo
apresentado, quando o nome do autor citado aparecer no
texto, não é necessário repeti-lo na nota, a menos que se
opte pela utilização de nota de rodapé. É importante
observar, também, a pontuação a ser seguida.
• Para citar uma obra que não foi lida no original, mas citada
na obra de outro autor, na nota bibliográfica aparece a
palavra latina apud:
Em A importância do ato de ler, Paulo Freire afirma que“uma compreensão crítica do ato de ler não se esgotana decodificação pura da palavra escrita ou dalinguagem escrita, mas se antecipa e se alonga nainteligência do mundo.” (Apud GADOTTI, 1988, p. 33-4)
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• De modo a evitar repetir os dados de uma obra que já foi
citada anteriormente, deve-se usar a expressão Op. cit.:
Explanando os motivos do currículo integrado, Santomé afirmaque “Com um currículo assim concebido é possível verificar comclareza as implicações sociais da escolarização e doconhecimento promovidos pela instituição acadêmica.” (Op. cit.,p. 29)
• Quando citar a mesma obra, seguidamente, usar a
expressão Id.:
“A burguesia propõe-se ‘socializar o saber’ e não cumpre o quepromete porque, com a socialização do saber, teria quesocializar o capital, a renda, o status profissional, etc.”(GADOTTI, 1988, p. 134)
... [texto]
“O saber valorizado pela classe dominante, o saber produtivo, osaber julgado ‘universal’ por essa classe, não é necessariamenteo que beneficia as classes oprimidas.” (Id. p. 135)
• Quando citar a mesma obra e a mesma página, usar a
expressão Ibid.:
“O estabelecimento de ensino está centrado nos resultados dasprovas e exames.” (LUCKESI, 2000, p. 20)
... [texto]
“O sistema social se contenta com as notas obtidas nosexames.” (Ibid.)
A bibliografia tem um papel importante no texto
técnico-científico e deve ser tratada com muito cuidado. Existe
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um certo protocolo padrão para organização e apresentação da
bibliografia, cuja finalidade é a de assegurar ao leitor
facilidade para localizar as obras citadas e distingui-las umas
das outras. Embora a regra básica a ser seguida seja a do bom
senso, existe um conjunto de normas fixadas pela ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) que deve ser
seguido.
As referências bibliográficas consistem em uma relação,
em ordem alfabética pelo último sobrenome do autor, de todas
as obras que concorreram para a elaboração do projeto. Na
apresentação da bibliografia, os elementos indispensáveis, a
formatação e a pontuação exigida seguem o seguinte padrão:
ÚLTIMO SOBRENOME DO AUTOR EM MAIÚSCULA [vírgula] nome doautor por extenso ou abreviado [ponto] (ano depublicação entre parênteses) [ponto] título da obra,sublinhado (não sublinhar os espaços entre as palavrasnem os sinais diacríticos) [ponto] cidade de publicação[dois pontos] editora [ponto]
Existem inúmeras situações específicas de notações
bibliográficas, as quais devem ser levadas em consideração a
fim de que não se gerem custos de referência para os leitores
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do texto. Algumas destas situações encontram-se
exemplificadas a seguir.
Livros, teses, dissertações, monografias
e trabalhos científicos em geral
KAUFMAN, Ana Maria; RODRIGUEZ, Maria Helena. (1995). Escola, leitura eprodução de textos. Porto Alegre: Artes Médicas.
OLIVEIRA, Ezequiel Rodrigues de. (2001). A leitura da imagem na educaçãoformal. Orientador: Prof. Dr. Luiz Antonio Gomes Senna. UERJ/Faculdadede Educação. Dissertação (Mestrado em Educação).
MARTINS, M. C.; FREIRE, M.; DAVINI, J. et al. (1997). Avaliação e planejamento:a prática educativa em questão. Instrumentos Metodológicos II. SérieSeminários. São Paulo: Espaço Pedagógico.
CERQUETTI-ABERKANE, F.; BERDONNEAU, C. (1996). O ensino de matemáticana educação infantil. Tradução de: Eunice Gruman. Porto Alegre: ArtesMédicas, 1997.
LÉVY, Pierre. (1993). As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento naera da informática. Rio de Janeiro: Ed. 34. cap. 9: “A rede digital”.
MARSON, A. (1984). “Reflexões sobre o procedimento histórico”. In: SILVA, M. A.(org.). Repensando a história. Rio de Janeiro: Marco Zero.
Quando um mesmo autor for comum a dois ou mais
documentos, seu nome não se repete, devendo ser substituído
por um traço equivalente a, mais ou menos, 5 (cinco)
caracteres:
PIAGET, J. (1994). O juízo moral na criança. São Paulo: Summus.
_____. (1990). Epistemologia genética. São Paulo: Martins Fontes.
_____. (1978). A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar.
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Documentosoficiais
BRASIL. (1997). Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da EducaçãoFundamental. Parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF.
BRASIL. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes eBases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Ano CXXXIV, nº 248,23 dez. 96, p. 27833-27841.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96, de 20de dezembro de 1996.
FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. (1990). O cotidianoda pré-escola. Série Idéias, nº 7. São Paulo: FDE.
ENCICLOPÉDIA Barsa. (1979). 15 ed. Rio de Janeiro: Encyclopaedia Britannica.16v.
BERGMANN, K. (1990). “A história na reflexão didática”. Revista Brasileira deHistória. São Paulo: DNH, v. 9, n. 19. p. 29-42, set.89/fev.90
CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO 1. (1981). Anais... São Paulo:Cortez.
Trabalhos apresentados emCongressos, Simpósios, Conferências e Jornais
SENNA, Luiz Antonio Gomes. (2001). “O perfil do leitor contemporâneo”. In: ISeminário Internacional de Educação, jul./2001, Cianorte. Anais...Cianorte/PR: UEMaringá. p. 2286-2289.
DAPIEVE, Arthur. (2002). “Mulher de malandro: os infortúnios dos times do Rio”. OGlobo, Rio de Janeiro, 4 out. 2002. Segundo Caderno, p. 6.
MENDONÇA, Ricardo. (2002). “Onde estão os negros? De cada dez brasileirosque chegam ao topo da sociedade, nove são brancos”. Veja. São Paulo: Ed.Abril, ano 35, n. 48. p. 56-57. 4 dez. 2002.
No caso de entrevistas, deve-se citar os nomes do
entrevistado e do entrevistador e registrar que se trata de uma
entrevista:
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PASTORE, José. (2002). “Para sair da selva”. Veja. São Paulo: Ed. Abril, ano 35,n. 49. p. 13-15. 11 dez. 2002. Entrevista concedida a Mônica Weinberg.
Obras consideradas inéditas (palestras, escritos mimeografados, trabalhos escolares, notas de
aula, etc.)
CARVALHO, I. C. L. (1989). “Estratégia de marketing aplicada à área debiblioteconomia”. Palestra realizada no IJSN, em 29 out. 1989.
PEROTA, M. L. R. (1994). “Representação descritiva”. 55 f. Notas de aula. Local:data.
Documentos eletrônicos
Considera-se documento eletrônico o existente em
formato eletrônico acessível por computador. No caso de
documentos eletrônicos, além dos dados que identificam um
documento bibliográfico (autor, data de publicação, título,
edição, local de publicação e editor), as referências devem
conter elementos que determinem sua localização “virtual” e
formas de recuperação. O formato padrão é o seguinte:
Autor/editor. (Ano). Título (edição), [tipo de suporte: online (se
estiver na rede), cd-rom, disquete, etc.]. Produtor
(opcional). Disponibilidade e acesso (localização e forma
de acesso. Sempre precedidas da expressão
“Disponível”): [data de acesso]
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MICHAELS, Richard. (1996). “The megahit movies”. [Online].Disponível:http//www.megahitmovies.com/megahits.htm [17 abr. 1999].
GONÇALVES, Fernando et al. (1998). “Comunicação comunitária: dinamizandouma rede de serviços para adolescentes”. [CD-ROM]. Disponível: Intercom[set. 1998].
MICROSOFT CORPORATION. (1996). Neorealism. In: Cinemania. (1996). [CD-ROM]. Disponível: Microsoft Home [12 fev. 1998].
LAUB, M.; SIMÕES, E. (1999). O banquete de Veríssimo: os bastidores daentrevista e do segundo romance do autor gaúcho, que trata da gula. Bravoon line. [Online]. Jan. 99, 5 parágrafos. Disponível:http//www.uol.com.Br/bravo/9901/index.htm [17 abr. 1999].
SILVA, J. (17 maio 1999). Para entender a economia. Jornal da Tarde. [Online],3p. Disponível: http//jt.com.Br/. [17 maio 1999].
CINEBRASIL . [Online]. Rio de Janeiro: Cinema Brasil na Internet, 18 out. 1995[citado 17 abr. 1999]. Disponível na Internet: [email protected]
RAIZ PRODUÇÕES CINEMATOGRÁFICAS. Festival Cinema Ambiental. In:Cinebrasil. [Online]. Rio de Janeiro: Cinema Brasil na Internet, 18 out. 1995[citado 6 abr. 1999; 09:35:23]. Disponível na Internet:[email protected]