proposta de zoneamento e formas de avaliar ou minimizar os efeitos das inundações
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Trabalho de conclusão do Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Auditoria e Licenciamento Ambiental da Universidade da Região de Joinville – Univille – como requisito para obtenção do grau de Especialista, sob orientação do Professor Evandro Alves Machado.Alunos: André Rafael Possani, Cícero Ghizoni e Fábio KundeTRANSCRIPT
7/17/2019 Proposta de Zoneamento e Formas de Avaliar ou Minimizar os Efeitos das Inundações
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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE – UNIVILLE
PRÓ-REITORIA DA PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROPOSTA DE ZONEAMENTO E FORMAS DE AVALIAR OU MINIMIZAR OS
EFEITOS DAS INUNDAÇÕES
O CASO DA MICROBACIA DO RIO ÁGUAS VERMELHAS NO BAIRRO VILA NOVA
EM JOINVILLE – SC
ANDRÉ RAFAEL POSSANICÍCERO GHIZONI
FÁBIO KUNDE
PROFESSOR EVANDRO ALVES MACHADO
JOINVILLE – SC
2015
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ANDRÉ RAFAEL POSSANI
CÍCERO GHIZONI
FÁBIO KUNDE
PROPOSTA DE ZONEAMENTO E FORMAS DE AVALIAR OU MINIMIZAR
OS EFEITOS DAS INUNDAÇÕES
O CASO DA MICROBACIA DO RIO ÁGUAS VERMELHAS NO BAIRRO VILA
NOVA EM JOINVILLE – SC
Trabalho de conclusão do Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Auditoria eLicenciamento Ambiental da Universidadeda Região de Joinville – Univille – comorequisito para obtenção do grau de
Especialista, sob orientação do ProfessorEvandro Alves Machado
Joinville – SC
2015
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FOLHA DE APROVAÇÂO
Os alunos André Rafael Possani, Cícero Ghizoni e Fábio Kunde,
regularmente matriculados no Curso de Pós-Graduação lato sensu em Auditoria e
Licenciamento Ambiental apresentaram e defenderam o Trabalho de Conclusão de
Curso – Proposta de Zoneamento e Formas de Avaliar ou Minimizar os Efeitos das
Inundações: O Caso da Microbacia do Rio Águas Vermelhas no Bairro Vila Nova em
Joinville – SC, e obtiveram dos avaliadores o conceito final ______ tendo sido
considerados aprovados.
Joinville, ___ de ___________ de 2015
Professor orientador:
Professor avaliador:
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1Geólogo, Univille, [email protected]ógrafo, Univille, [email protected]ógrafo, Univille, [email protected] Sanitarista, Univille, [email protected]
PROPOSTA DE ZONEAMENTO E FORMAS DE AVALIAR OU MINIMIZAR
OS EFEITOS DAS INUNDAÇÕES
O CASO DA MICROBACIA DO RIO ÁGUAS VERMELHAS NO BAIRRO VILA
NOVA EM JOINVILLE – SC
André Rafael Possani1
Cícero Ghizoni2
Fábio Kunde3
Evandro Alves Machado4
Resumo: Com o crescente aumento da população no Bairro Vila Nova, a ocupaçãodas áreas inundáveis tornou-se normal, causando diversos problemas para a
sociedade onde muitas vezes não existem ferramentas necessárias nem aporte
técnico suficiente para viabilizar tal ocupação, diante disso esta proposta de
zoneamento baseia-se na análise histórica da ocupação da área e nas leis já
existentes e busca fornecer subsídios para a elaboração, planejamento e gestão
dessas áreas, visando a readequação das áreas já ocupadas e diminuição dos
impactos nas novas ocupações através de novas políticas de urbanização como acriação de reservatórios de água pluvial e limites para impermeabilização do solo.
Palavras-chave: Proposta. Gerenciamento. Áreas inundáveis. Rio Águas
Vermelhas. Zoneamento.
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1Geólogo, Univille, [email protected]ógrafo, Univille, [email protected]ógrafo, Univille, [email protected] Sanitarista, Univille, [email protected]
Abstract: With the increasing population in the neighborhood Vila Nova, the
occupation of the wetlands became normal, causing many problems for society
where often there are no tools necessary nor sufficient technical input to facilitate
such occupation, before it this zoning proposal is based on the historical analysis of
the occupation of the area and the existing laws and seeks to provide subsidy for the
development, planning and management of these areas in order to readjust the
already occupied areas and mitigation of impacts on new occupations through the
preparation of a proposal for the creation of rainwater reservoirs and limits for soil
sealing.
Keywords: Proposal. Management. Wetlands. Águas Vermelhas River. Zoning.
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Figura 2 - Detalhe da área de estudo com mancha de inundação de 2011 da PMJ
Fonte: SIMGeo
De acordo a CPRM (2011) toda a área plana é formada por depósitos
aluvionares, ou seja, está em área de planície de inundação o que por si só já
implica em maiores cuidados quanto à ocupação.
Historicamente o Bairro Vila Nova foi utilizado para a agricultura,
principalmente rizicultura. Posteriormente, com o avanço da área urbana, foi
convertendo-se em loteamentos com ocupações urbanas em boa parte bem próximo
ao rio, o qual sofreu diversas intervenções, inclusive desvio de seu leito natural e
inclusão do mesmo à drenagem urbana.
Por isso o objetivo deste trabalho é estudar o impacto da ocupação em áreas
inundáveis do Rio Águas Vermelhas propondo um zoneamento específico e elaborar
uma proposta para criação de zoneamento específico para áreas inundáveis.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O bairro Vila Nova, antes chamado Neudorf, foi criado em 1979 pela Lei 1681
de 10/09/79. As inundações na bacia do Rio Piraí são registradas desde 1852
(Prefeitura Municipal de Joinville, 2014, p. 39).
A área do Bairro Vila Nova é de 14,18 Km² e a evolução do tamanho da
população pode ser vista na Tabela 1.
Tabela 1 – Evolução do tamanho da população no bairro Vila Nova
Ano População
1980 2.437
1991 8.883
2000 15.695
2010 22.008
2013 23.362
Fonte: Prefeitura Municipal de Joinville (2014).
A área de estudo possui topografia plana e a geologia é composta por
depósitos aluviais (Figura 3) indicando que a área está em planície de inundação.
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Figura 3 – Mapa geológico
Fonte: CPRM (2011)
A legislação a nível federal que trata sobre inundações é a Lei Federal
6766/79, art. 3°.
Art. 3° Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos emzonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assimdefinidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal.[...]
Parágrafo único - Não será permitido o parcelamento do solo:I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas;
Já a nível estadual existe a Lei Estadual 14675/09 – Código Estadual do Meio
Ambiente, art. 245.
Art. 245. Nas áreas com possibilidade de subsidência, risco dedeslizamento, de erosão, de inundação ou de qualquer suscetibilidadegeotécnica deve o órgão licenciador exigir o competente estudo geotécnico para fins de ocupação, uso do solo e urbanização.
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2.1. Gestão de áreas inundáveis em Joinville
Muller et al. (2012) fez um levante histórico razoável das normas sobre o
zoneamento urbano em áreas inundáveis (Tabela 2).
Tabela 2 – Normas Legais até 1996
Ano Normas Legais1965 Plano Básico de Urbanismo1973 Plano Diretor1987 Plano de Estruturação Urbana1991 Criação do IPPUJ1996 Substituição das Legislações de 1973Fonte: Alterado de Muller et al. (2012)
A legislação vigente sobre inundações a nível municipal é a Lei Municipal
312/10 – Parcelamento de solo urbano, art. 21 (grifo nosso).
Art. 21 Setores Especiais (SE) são as áreas que, em função de programase/ou projetos de interesse público previsto, existência de característicasambientais ou da sua posição na estrutura urbana, requeiram um tratamentode uso e ocupação específico, caso a caso, de maneira diferenciada dasdemais zonas de uso e classificam-se em:[...]VII - Setor Especial de Controle de Ocupação de Várzeas (SE7) -compreende as áreas sujeitas à inundações, onde devem ocorrer
programas ou projetos governamentais, que por suas características,requeiram um regime de ocupação específico e está subdividido em:a) SE7a - compreende as áreas atingidas pelo rio do Braço (SE7 - "JardimSophia");b) SE7b - com preende as áreas ating idas pelo r io Águas Vermelhas(SE7 - "Jativoc a").[...] Art. 113 Não será permitido o parcelamento do solo em áreas onde ascondições geológicas, atestadas por profissionais dos setores competentesdo Executivo Municipal, não aconselhem edificações, em especial:[...]
II - nos terrenos alagadiços ou sujeitos a inundações, sem o exame ea anuência prévia do Executivo Municipal e antes de tomadas as
providências estabelecidas para assegurar o escoamento das águas, aimplantação dos lotes e arruamento fora das cotas históricas de enchentes.
2.1.1. Histórico de inundações
O Rio Águas Vermelhas possui histórico de inundações que remontam a 1852
e é frequente a sua ocorrência como pode-se ver na Tabela 3.
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Tabela 3 – Histórico de inundações no Rio Águas Vermelhas
Histórico de inundações do Rio Águas Vermelhas185219751985198719921993199419961998199920012002
200320062008
Fonte: Adaptado de Silveira & Kobiyama (2007) e Silveira et al. (2009)
Um bom exemplo de como a malha urbana evoluiu no Bairro Vila Nova são as
coberturas aerofotogramétricas de 1972, 1996 e 2010 (Figura 4). Percebe-se que a
urbanização cresceu a partir da Rua Quinze de Novembro.
Figura 4 – Análise multitemporal.
Fonte: Prefeitura Municipal de Joinville (1972, 1966 e 2010)
Os principais impactos dessa urbanização segundo modelo do CREA-PR/IAP,
cujos dados foram compilados para melhor se adaptar ao estudo, e corroborado porTUCCI (1997) são os demonstrados na Tabela 4.
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Tabela 4 – Impactos da urbanização
Impactos no meio físico – água Alteração da dinâmica do ambiente
Alteração da qualidade de água subterrânea Alteração da qualidade de água superficial
Alteração da quantidade de água subterrânea Alteração da quantidade de água superficial
Alteração do balanço hídrico Alteração do fluxo de recarga da água subterrânea
Alteração do nível do aquífero Alteração nos usos da água
Aumento do assoreamento das águas superficiaisPoluição por efluentes líquidos ou resíduos sólidosFonte: CREA/IAP
3. METODOLOGIA
Para melhor compreender a situação da área foi realizada uma revisão
bibliográfica focada no Bairro Vila Nova e no Rio Águas Vermelhas e uma análise
ortofotogramétrica multitemporal da expansão da malha urbana (PMJ 1972, 1996 e
2010) de onde foram tirados os dados para a análise.
Quanto à situação da gestão de inundação em Joinville, verificaram-se as
legislações específicas sobre o tema inundação abrangendo desde normas
nacionais até as normas municipais.
Na análise ortofotogramétrica multitemporal foi comparada a área aparente de
ocupação urbana nos anos indicados na Figura 4.
Os dados de população (Tabela 1) foram cruzados com os de inundação
(Tabela 3) gerando o Gráfico 1 e para fazer tal gráfico esses dados foram
interpolados para suprir as lacunas em períodos sem contagem da população. Ainterpolação foi calculada pela razão entre a diferença entre cada valor de população
e o número de anos no intervalo entre os valores de população, o resultado é
continuamente somado com o valor de população anterior até chegar ao próximo
valor conhecido de população.
O Gráfico 1 compara o crescimento da população (em azul) com eventos de
inundação (em laranja), apenas considerando esses dados é possível inferir que há
um aumento da frequência de inundações proporcionalmente ao aumento dapopulação.
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Gráfico 1 – Ocorrências de inundação do Rio Águas Vermelhas e aumento da população no Bairro
Vila Nova entre 1975 e 2009.
O Gráfico 2 foi produzido com dados da Estação Meteorológica Univille
(Univille) e percebe-se que mesmo com baixa precipitações como em 2003 ocorrem
eventos de inundações.
Gráfico 2 – Ocorrências de inundação do Rio Águas Vermelhas e dados de precipitação da Estação
Meteorológica Univille.
Para chegar a uma proposta de zoneamento foi realizada uma revisão
bibliográfica sobre as formas de evitar inundações, como evitar a impermeabilização
do solo e construir pequenos reservatórios de água pluvial.
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4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A expansão urbana na área de estudo (Figura 2) ocorreu em grande parte na
planície de inundação do Rio Águas Vermelhas, fato corroborado pela presença de
depósitos aluviais (Figura 3).
Ao traçar um paralelo entre o Gráfico 1, e a Figura 4 percebe-se que com a
expansão urbana dentro da planície de inundação a frequência de inundações
aumentou muito, ocorrendo, atualmente, quase um episódio por ano.
Esse aumento da frequência pode ser explicado pela própria posição
geográfica da área, pelo assoreamento do rio e sobretudo pela impermeabilização
do solo. Este último possui grande impacto na vazão do Rio Águas Vermelhas umavez que toda a água escoa diretamente para tal sem ficar retida no lençol freático,
isso é corroborado por CRUZ et al. (1998).
As normas Legais para ocupação dessas áreas são incompletas e vagas, por
exemplo a já citada Lei Federal 6766/79 que permite a ocupação destas áreas
condicionada a primeiramente garantir o escoamento das águas pluviais, entretanto
não é mencionado a questão do aumento de vazão dos cursos d’água próximos. Já
a Lei Estadual 14675/09 condiciona a ocupação a um projeto geotécnico, no entantonão apresenta diretriz alguma do que deve possuir tal projeto o qual é mais
conhecido por se tratar de estabilidade e mecânica do solo. Atualmente a legislação
que contempla estas informações de forma mais específica é a Lei Municipal 312/10
que criou um zoneamento especial para estas áreas e complementou a Lei Federal
6766/79 ao impor que a implantação dos lotes devem estar fora das cotas de
enchentes, no entanto este zoneamento não abrange todas as áreas sujeitas a
inundação e mais uma vez não é tratado do aumento de vazão dos rios próximos,
portanto é possível assumir que mesmo que respeitadas tais leis e instalando os
lotes acima da cota de inundação tal cota pode aumentar se o fator
impermeabilização do solo não for considerado.
Partindo da premissa que a impermeabilização do solo aumenta a vazão dos
cursos d’água pode-se inferir que, além de manter locais permeáveis, seria possível
construir pequenos reservatórios para conservar a água, seguindo um raciocínio
próximo a este CRUZ et al. (1998) chegou à conclusão que seria necessário
reservar cerca de 5 litros de água para cada metro quadrado e para uma
impermeabilização de 50% seria metade deste volume de água para a mesma área.
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Portanto com base nas informações levantadas e analisadas propõe-se que a
área em questão seja incluída dentro do zoneamento SE7-b e que dentro desse
zoneamento SE7 sejam incluídas as seguintes diretrizes:
a- Em imóveis com áreas impermeáveis entre 50% e 100% devem ser
construídos reservatórios de água pluvial na proporção de 5 litros para
cada metro quadrado;
b- Em imóveis com áreas impermeáveis de até 50% devem ser construídos
reservatórios de água pluvial na proporção de 2,5 litros para cada metro
quadrado;
c- Novas ocupações devem manter mais de 50% de área permeável.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Verificou-se que a frequência de inundações aumentou devido à urbanização
na planície de inundação e à impermeabilização do solo (Gráfico 1 e Figura 4) e de
acordo ao Gráfico 2 algumas inundações ocorreram com médias de precipitação
anuais baixas indicando que a urbanização tem influenciado mais que a
precipitação, além disso as políticas de uso e ocupação do solo não são eficazes na
liberação e ocupação desses locais assim como a fiscalização, por isso propõe-se
estender o zoneamento SE-7b para esta área e adicionar diretrizes que considerem
a impermeabilização do solo e a criação de reservatórios de água pluvial de forma a
reduzir o aporte de água no Rio Águas Vermelhas e consequentemente reduzir a
frequência de inundações além disso é importante estender essa discussão para
outros locais de características iguais. Com isso todos os impactos exibidos na
Tabela 4 podem ser minimizados.
REFERÊNCIAS
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CPRM – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Ministério de Minas e Energia.
Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral. Carta Geológica daFolha SG. 22-Z-B Joinville. 2011. Disponível em: <http://geobank.sa.cprm.gov.br/>. Acesso em: 17 abr. 2015.
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CREA-PR/IAP. Matriz de Impactos Ambientais. Disponível em:<http://creaweb.crea-pr.org.br/IAP/consultas/visualiza_empreendimento_publica.aspx?CODEMPREEND=81>. Acesso em 17 abr. 2015.
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MULLER, Cristiane Regina et al. A ocupação em Joinville/SC e o papel da gestãomunicipal para mitigação de danos causados por inundações. RBPD – RevistaBrasileira de Planejamento e Desenvolvimento, v. 1, n. 1, p. 23-39, jul./dez. 2012.
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