proposta pedagÓgica curricular de geografia 1- … · 2012-02-10 · estabelecidas pelos homens na...
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Diretrizes Geografia
Professores de Geografia Colégio Santos Dumont, 2010.
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A ciência geográfica na sociedade contemporânea tem como objeto de estudo
o Espaço Geográfico e a Sociedade. Entendendo o espaço geográfico como: espaço
produzido, apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e
técnicos) e ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionadas e
estabelecidas pelos homens na produção e construção do espaço geográfico.
No decorrer do processo histórico mundial a ciência geográfica se desenvolve a
partir da expansão do Modo Capitalista de Produção. Primeiramente com HUMBOLD e
RITTER, séculos XVI e XVII (alemães), considerados os pais desta ciência, destacam
como objeto de estudo a contemplação da natureza (empirismo); para RATZEL, que
funda a Geografia Humana com a Antropogeografia, o progresso significa expandir o
território alemão; VIDAL DE LA BLACHE que fundou a escola francesa, enfatiza que o
progresso significa estar em contato com sociedades diferentes onde a ciência é neutra
incentivando o colonialismo Francês; HARTSHORNE (E.U.A), trabalha a Geografia Geral
e Regional (com uma visão sintética), e traz o debate para os E.U.A após década de 30.
Na década de 60 a transição do Capitalismo Comercial para o Monopolista gera crise da
Geografia Tradicional; DEMATEIS trabalha a Geografia Quantitativa através de métodos
matemáticos, expressão da corrente Pragmática amparada na sofisticação tecnológica e
abstração, onde a Geografia Teorética (quantitativa) é o suporte da Pragmática
(tecnologia) no Brasil. Contemporaneamente a vertente Crítica surge para superar a
ordem capitalista na década de 70, e suas maiores expressões neste engajamento social
são: YVES LACOSTE (francês), com a Geografia dos Estados e dos Professores e,
MILTON SANTOS (brasileiro), que tem uma concepção global desta ciência, com o
conceito de que “Produzir é produzir espaço (novas formas)” (MORAES, 1986).
A institucionalização da geografia no Brasil consolidou-se a partir da década de
1930 com pesquisas que procuravam compreender e descrever o território brasileiro para
atender os interesses políticos do estado, com objetivo de promover o nacionalismo
econômico. Esta lógica se aplicava não somente a ciência geográfica, mas a toda
sociedade brasileira, pois ressaltava a consolidação do estado nacional brasileiro,
principalmente nos períodos de governos autoritários, este modo de ensinar, conhecido
como Geografia Tradicional, prevaleceu até o final da década de 1970 e início dos anos
1980. Após o final da Segunda Guerra Mundial, com a eclosão da Guerra Fria, os
confrontos entre capitalismo e socialismo, desenvolvimento e subdesenvolvimento, a
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intensificação da degradação ambiental e da exploração dos recursos naturais, a
internacionalização da economia, as alterações nas relações de produção e consumo, as
desigualdades e injustiças entre pessoas, sociedades, originaram novos enfoques para
análise do espaço geográfico e reformulações no campo temático da Geografia. Desta
forma, o símbolo da renovação teórico-conceitual foi representado pela Geografia Crítica.
No entanto, o Golpe Militar, implantado no Brasil a partir de 1964, trouxe como principais
mudanças na área educacional a ênfase na orientação e formação profissional no ensino
universitário, 1º e 2º Graus, para formação de mão-de-obra, no intuito de suprir a
demanda que o surto industrial do milagre brasileiro geraria. Como principais reflexos no
Primeiro Grau os conteúdos de Geografia e História são reunidos formando a disciplina de
Estudos Sociais e, no Segundo Grau foram criadas as disciplinas de Organização Social e
Política do Brasil e Educação Moral e Cívica, excluindo do currículo as disciplinas de
Filosofia e Sociologia. De acordo com Penteado (1994) e Martins (2002), foi somente em
1986, com a resolução n° 6 do Conselho Federal de Educação, que houve a separação
das disciplinas de Geografia e História (DCE, 2008).
Com o fim da ditadura militar no Brasil a renovação do pensamento geográfico
fortalece a Geografia Crítica e o método dialético contrapondo-a a Geografia Tradicional e
o método positivista; a Geografia Teorética e o método positivista lógico; a Geografia da
Percepção e a Geografia Humanística pautadas na fenomenologia. No Paraná as
discussões sobre a Geografia Crítica na década de 1980 promovida nos cursos de
formação continuada e na reformulação curricular promovidos pela SEED deram origem
ao Currículo Básico para a Escola Pública (1990), repensando os conteúdos básicos das
disciplinas da pré-escola à 8ª série. Para o segundo grau foram produzidos documentos
intitulados, reestruturação do Ensino de Segundo Grau no Paraná. Entretanto, como a
geografia crítica propôs uma análise social, política e econômica do espaço geográfico
parte do movimento desta corrente filosófica acreditava que a superação da dicotomia
ente Geografia Física e Humana e da abordagem dicotômica dos conteúdos aconteceria
na escola, pelo abandono do ensino sobre a dinâmica da natureza. Desta forma, a
incorporação desta filosofia foi gradativa, sofrendo avanços e retrocessos neste período
(DCE, 2008).
Já a década de 1990 é marcada por reformas políticas e econômicas
vinculadas ao pensamento neoliberal e a política imposta pelas organizações financeiras
internacionais, como o Banco Mundial, que priorizando a Educação passou a vincular
empréstimos bancário a implantação de políticas sociais educacionais, que segundo
Frigotto (2000) demonstrava que a reestruturação produtiva do capitalismo exigia um
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trabalhador com formação para a qualidade total, onde cabia a escola formar
trabalhadores adaptados a era informacional, capaz de operar diversas máquinas,
trabalhar em equipe, utilizar o diálogo para mediar conflitos e tomar decisões coletivas. É
neste bojo que é aprovada a nova Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDBN
9394/96), a elaboração dos PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais) e as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, aprovadas em 1998 (DCE, 2008).
As principais críticas aos PCN’s concentraram-se no fato de que enfraqueceram
o papel da escola como espaço de conhecimento, a falta de crítica, ao ecletismo teórico e
a ênfase na abordagem dos temas transversais. Já os PCN’s de Geografia pecavam, na
vertente Tradicional, pois negligenciava a dimensão sensível de perceber o mundo e na
vertente Crítica de enfatizar a economia e fazer política militante (DCE, 2008).
No Paraná a ênfase aos temas transversais e ao neoliberalismo além do não
reconhecimento do Estado de sua responsabilidade vulgarizou os conceitos e
perspectivas analíticas do objeto de estudo da Geografia e o seu rigor teórico-conceitual
(OLIVEIRA, 1999 in DCE, 2008).
Foi a partir da retomada dos estudos das disciplinas de formação dos
professores, do estímulo a pesquisa, da participação em grupos de estudo e simpósios,
da retomada dos estudos teóricos e epistemológicos que a SEED/SUED definiu que os
temas transversais devem ser contemplados nos conteúdos curriculares da disciplina
matriz. Ocorre a partir de 2003 a construção coletiva das Diretrizes Curriculares Estaduais
que se apresentam como o principal documento norteador para um repensar da prática
pedagógica dos professores de Geografia, a partir de questões epistemológicas, teóricas
e metodológicas que estimulam a reflexão sobre esta disciplina e seu ensino ancorada
num suporte crítico que vincule o objeto da Geografia, seus conceitos, referenciais,
conteúdos de ensino e abordagens metodológicas aos determinantes sociais,
econômicos, políticos e culturais do atual contexto histórico (DCE, 2008).
Portanto, o espaço geográfico deve ser compreendido enquanto produto das
relações sociais, resultado da interação entre a dinâmica sociedade/natureza,
resignificada pela velocidade, complexidade e profundidade das transformações
provocadas pelo poder econômico, com uma concepção de totalidade em vários níveis de
escalas de análise.
Já que todos os acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial à
educação geográfica deve permitir a interação do sujeito com o meio na construção do
conhecimento conduzindo-o para que leia o espaço geográfico por meio da formação de
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conceitos construídos historicamente situando-o para que se posicione, interprete e
discorde a respeito de questões sobre o espaço geográfico de forma argumentativa.
A disciplina de Geografia tem como objetivo propiciar aos alunos tomar
decisões diante de situações concretas, recorrendo aos conhecimentos geográficos
demonstrando capacidade de percepção e estabelecendo relações com a vida cotidiana,
estabelecendo relações dos processos econômicos, sociais, políticos e culturais através
da teia de relações espaciais estabelecidas pelos homens na produção e (re)construção
do espaço geográfico.
Para Corrêa (2003), a Geografia como ciência social, tem como objeto de
estudo a sociedade que, no entanto, é objetivada via cinco conceitos-chave (espaço,
paisagem, lugar, região e território) que guardam entre si forte grau de ligação, pois todos
se referem à ação humana modelando a superfície terrestre. Estes conceitos são
fundamentais para o entendimento da dinâmica sócio - espacial a partir de uma
abordagem geográfica. Destacamos, ainda, que, para nós, sucintamente, o objeto de
estudo da Geografia é a formação do espaço geográfico. Evidentemente, para
compreendermos coerente o espaço, precisamos apreender a dinâmica social, que se
concretiza no espaço geográfico.
O espaço é um conceito chave da geografia.
Corrêa (2003) afirma que, é com a Geografia teórico-quantitativa, a partir de
1950, que o espaço aparece como um conceito-chave. Já na década de 70 com a
geografia crítica o espaço reaparece concebido “como lócus da reprodução das relações
sociais de produção, isto é, reprodução da sociedade”.
O espaço geográfico é resultado da dinâmica social, da reprodução das
relações sociais, de dominação e subordinação. Segundo Santos (1980), sua definição é
árdua, porque a tendência é mudar com o processo histórico, uma vez que o espaço
geográfico é também o espaço social, é a natureza modificada pelo homem através de
seu trabalho.
“O espaço deve ser considerado como um conjunto de relações realizadas
através de funções e de formas que se apresentam como testemunho de uma história
escrita por processos do passado e do presente”. Também afirma que, o espaço é, então,
um verdadeiro campo de forças cuja aceleração é desigual. O que explica porque a
evolução espacial não se faz de forma idêntica em todos os lugares.
Outro conceito fundamental na Geografia Humana brasileira é o de território.
Segundo Santos (1994), antes, era o Estado, afinal, que definia os lugares, o
território era o fundamento do Estado-Nação que, ao mesmo tempo o moldava. Hoje,
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quando vivemos uma dialética do mundo concreto, evoluímos da noção tornada antiga, de
Estado Territorial para a noção pós-moderna de transnacionalização do Território.
Ao analisar o conceito de território, Spósito (2004) afirma que o mesmo estava
“ausente das preocupações geográficas até recentemente, retorna com insistência na
última década do século XX, como elemento que condiciona as relações de produção”.
Entendendo o território como relação de exercício de poder, Raffestin (1993), afirma: “o
território é a prisão que os homens constroem para si”. Para Saquet (2004), “os territórios
são construídos espaço-temporalmente pelo exercício do poder. Desta forma podem ser
temporários ou permanentes e se efetivarem em diferentes escalas”.
Um dos elementos que legitimam a formação dos territórios é o poder
econômico, seja ele material ou imaterial. Desta forma, Raffestin (1993) nos afirma, temos
a construção de malhas, nós e redes, que dão vida ao território e mobilidade aos homens
que relacionam-se entre si, produzindo novas territorialidades.
Com o movimento da geografia crítica no Brasil, o conceito de paisagem foi,
aos poucos retomado e ressignificado.
O aspecto empírico herdado da geografia tradicional foi mantido entendendo a
paisagem como: “[...] O domínio do visível, aquilo que a vista abarca. Não formada
apenas de volume, mas também de cores, movimentos, odores, sons, etc” (SANTOS,
1988). Geograficamente, a paisagem é tudo aquilo que podemos perceber por meio de
nossos sentidos (audição, visão, olfato e tato), mas o que mais destaca é a visualização
da paisagem.
Em alguns casos, em sala de aula, costuma-se considerar como paisagem
somente os elementos naturais, tais como montanhas, rios, mares, florestas entre outros,
entretanto, paisagem também abrange as construções humanas como pontes, ruas,
edifícios, além das relações humanas como feiras, estádios de futebol, nesses casos
ocorre uma variação das paisagens, pois se trata de uma composição momentânea. Ou
seja, a paisagem constituída por um conjunto de elementos dinâmicos criados pela
natureza e pelo homem.
Os argumentos da globalização, da homogeneização dos espaços, exigiu uma
ressignificação do conceito de região para além da diferenciação de áreas, “[...] as regiões
são o suporte e a condição de relações globais” (SANTOS, 1994), ou ainda, “[...] nesta
nova relação espacial entre centros hegemônicos e as áreas sob suas influências tenham
surgido novas regiões”. (GOMES, 2003)
Santos (1988) nos afirma que, não há como considerar uma região autônoma,
estudá-la significa penetrar num mar de relações, formas, funções, organizações,
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estruturas, etc; com seus mais distintos níveis de interação e contradição. Além disso,
compreender uma região passa pelo entendimento do funcionamento da economia no
nível global. Esta, aparece como distintas formas da mundialização, quanto mais os
lugares se mundializam, mais se tornam singulares e específicos, paradoxalmente. “[...]
Enquanto os processos modernos de produção se espalham por todo o planeta, a
produção se especializa regionalmente”. A região torna-se importante categoria de
análise, importante para que se possa captar a maneira como uma mesma forma de
produzir se realiza em partes específicas do planeta ou dentro de um país, associando a
nova dinâmica às condições preexistentes. (SANTOS, 1988).
Na escola, a exploração do conceito de região deve ir além de uma abordagem
tradicional, de uma divisão regional cristalizada e imutável. A dinâmica das regiões atuais
é marcada por determinações políticas e econômicas que influenciam a particularizam os
espaços regionais. Sendo assim, região “[...] é a especificação de uma totalidade da qual
faz parte através de uma articulação que é ao mesmo tempo funcional e espacial”.
(CORRÊA, 1986)
O conceito de lugar é um dos mais ricos do atual período histórico.
O lugar é o espaço onde o particular, o histórico, o cultural e a identidade
permanecem presentes. Segundo Carlos (2007), o lugar é a base da vida e pode ser
analisado pela tríade habitante – identidade – lugar. As relações que os indivíduos
mantêm com os espaços habitados se exprimem todos os dias nos modos de uso, nas
condições mais banais. “[...] É o espaço possível de ser sentido, pensado e apropriado e
vivido através do corpo”.
Santos (1980), conceitua lugar como “porção discreta do espaço total
identificada por um nome”. O mesmo autor também afirma que, o lugar é a porção do
espaço apropriável para a vida, é o bairro, é a praça, é a rua, e nesse sentido poderíamos
afirmar que não seria jamais a metrópole ou mesmo a cidade latu sensu a menos que
seja a pequena vila ou cidade, aquela vivida/ conhecida/ reconhecida em todos os cantos.
Na qual, motoristas de ônibus, bilheteiros, são conhecidos e reconhecidos como parte da
comunidade, cumprimentados como tal, não como simples prestadores de serviço. As
casas comerciais são mais do que pontos de troca de mercadorias, são também pontos
de encontro.
Na atualidade, o lugar é considerado tanto como produto de uma dinâmica que
é única, ou seja, resultante de características históricas e culturais intrínsecas ao seu
processo de formação, quanto como uma expressão da globalidade. Neste sentido, o
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lugar se apresentaria como “o ponto de articulação entre a mundialidade em constituição
e o local, enquanto especificidade concreta e enquanto momento” (CARLOS, 2007).
Para Callai (2003), o ensino da geografia deve incorporar o estudo do território
como fundamental para que possa entender as relações que ocorrem entre os homens,
estruturadas num determinado tempo e espaço. Também afirma que no período das
séries iniciais do Ensino Fundamental, deve-se construir os conceitos básicos da área, e
que são básicos para a vida. “[...] São os conceitos de grupo, espaço e tempo que
permitem responder: Quem sou eu? Onde vivo? Com quem? Ao dar conta destas
perguntas, estamos definindo a nossa identidade, reconhecendo a nossa história,
identificando o espaço e o pertencimento ao mundo”.
A base conceitual que os geógrafos operam para tratar da relação sociedade-
natureza tem se alterado no transcorrer do tempo e com o avanço da produção científica.
Inicialmente, pode-se considerar que a preocupação dos geógrafos era a de tratar a
relação homem-natureza.
A natureza era considerada como externa ao homem, analisada como sendo o
conjunto dos elementos formadores da Terra (fogo, água, solo, ar). Por outro lado, o
homem era visto como um ser biológico na relação com a natureza, podendo-se
considerar como sendo uma forma de naturalização do homem (GONÇALVES, 2001).
Assim, os geógrafos tinham dificuldades em construir um método que propunha analisar a
unidade sociedade-natureza.
Atualmente, na perspectiva de estudar as dinâmicas que se estabelecem na
relação sociedade-natureza os geógrafos são confrontados a certos desafios, tais como:
identificar que a degradação ambiental no meio rural e urbano traz a marca de nossas
opções no passado, tanto do desconhecimento que se tinha das dinâmicas da natureza e
dos desdobramentos das intervenções sociais nessas dinâmicas, como no que se refere
ao cinismo e à ganância produtiva; reconhecer o grau de estabilidade e o potencial geo-
ecológico dos ambientes, isto é, os limites de tolerância que, quando ultrapassados
alteram sua dinâmica, tornando a degradação gerada irreversível em 25 anos, ao se
considerar o período de surgimento de uma nova geração; planejar o espaço de tal forma
que os ecossistemas artificiais produzidos pelas diversas formas de modernização da
agricultura, e que fornecem os recursos para a sociedade, possam funcionar sem
degradações ambientais, permitindo assim a continuidade do desenvolvimento dos
processos produtivos (VERDUM, 2005).
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Nesta proposta, cada conteúdo específico a ser abordado em sala de aula deve
estar conectado com as grandes linhas apresentadas pelos conteúdos estruturantes, de
modo a permitir ao aluno uma visão integrada da realidade.
Desta forma, ele perceberá que, em todos os aspectos, os fatos ocorrem de
forma integrada às ações humanas, desencadeando um processo com inúmeras
possibilidades de reações e rumos variados, cujos desdobramentos estão fortemente
inter-relacionados.
2- CONTEÚDOS
Para atender as demandas da nossa sociedade que se transforma muito
rapidamente e dar conta de compreender e explicar uma complexa rede de relações do
espaço geográfico nacional e mundial a Secretaria de Estado da Educação (SEED)
baseada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) propõe a criação das
Diretrizes Curriculares Estaduais que definem os conteúdos que estruturarão a Geografia
no Ensino Básico.
Na atual proposta de Orientações Curriculares, os Conteúdos Estruturantes da
Geografia no Ensino Básico dispõem-se da seguinte forma:
Objeto de Estudo – Espaço geográfico
Conceitos Geográficos – Sociedade, natureza, território, região, paisagem e lugar;
Conteúdos Estruturantes – A dimensão econômica do espaço geográfico.A dimensão
socioambiental do espaço geográfico. A dimensão cultural e demográfica do espaço
geográfico e a Dimensão geopolítica do espaço geográfico (DCE, 2008).
De forma que todos os conteúdos trabalhados deverão passar por estas quatro
vertentes.
Distribuídos da seguinte forma:
CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdos Básicos – Geografia 5ª. Série
Conteúdo
Estruturante
Conteúdos
Básicos
Conteúdos
Específicos
A Dimensão
Econômica do
Espaço Geográfico
1) Formação e transformação
das paisagens naturais e
culturais
2) Dinâmica da natureza e sua
1) a- trabalho humano e
emprego da tecnologia;
b- consumo e consumismo altera
as paisagens naturais e constrói
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A Dimensão
Socioambiental do
Espaço Geográfico
A Dinâmica Cultural
e Demográfica do
Espaço Geográfico
A Dimensão
Geopolítica do
Espaço Geográfico
alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e
produção
3) A formação, localização e
exploração dos recursos
naturais
4) A distribuição espacial das
atividades produtivas, a
transformação da paisagem, a
(re)organização do espaço
geográfico.
5) As relações entre campo e
a cidade na sociedade
capitalista
6) A mobilidade populacional e
as manifestações
socioespaciais da diversidade
cultural
7) A evolução demográfica, a
distribuição espacial da
população e os indicadores
estatísticos
8) As diversas regionalizações
do espaço geográfico
cultura do desperdício;
2) a- tecnologia e exploração da
natureza;
b- tecnologia e (re)produção do
espaço geográfico;
3) a- exploração dos recursos
naturais e mecanismos do
mercado econômico local e
global;
b- recursos naturais e
distribuição espacial da riqueza
pelo território;
4) a- divisão internacional do
trabalho e atividades produtivas;
b- transformação da paisagem e
das relações econômicas de
produção;
5) a- subordinação do campo a
cidade;
b- urbanização e exploração
excessiva dos recursos naturais;
6) a- fluxos migratórios e a
oferta de emprego;
b- diversidade cultural e
consumo do espaço;
7) a- evolução demográfica no
país e metropolização;
b- distribuição desigual da
população e das riquezas
naturais;
8) a- regionalizações do espaço
geográfico e geopolítica
contemporânea brasileira;
Conteúdos Básicos – Geografia 6ª. Série
Conteúdo Conteúdos Conteúdos
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1
0 Estruturante Básicos Específicos
A Dimensão
Econômica do
Espaço Geográfico
A Dimensão
Socioambiental do
Espaço Geográfico
A Dinâmica Cultural
e Demográficado
Espaço Geográfico
A Dimensão
Geopolítica do
Espaço Geográfico
1) A formação, mobilidade das
fronteiras e a reconfiguração
do território brasileiro.
2) A dinâmica da natureza e
sua alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e
produção.
3) As diversas regionalizações
do espaço brasileiro
4) A manifestação
socioespaciais da diversidade
cultural
5) A evolução demográfica da
população, sua distribuição
espacial e indicadores
estatísticos do populismo.
6) Movimentos migratórios e
suas motivações
7) O espaço rural e a
modernização da agricultura
8) O formação, o crescimento
das cidades, a dinâmica dos
espaços urbanos e a
urbanização
9) A distribuição espacial das
atividades produtivas, a
(re)organização do espaço
geográfico
10) A circulação de mão-de-
obra, das mercadorias e das
informações
1) a- organização espacial
brasileira e proteção do território
nacional;
b- ocupação do espaço e
apropriação das riquezas
naturais;
c- ormação território brasileiro
2) a- reorganização do espaço
brasileiro sob a influência do
estado;
b- integração nacional e
ocupação de vazios
demográficos;
3) a- tecnologia alterando as
relações de produção e
organização do espaço;
b- uso da tecnologia para
intensificar a exploração
econômica do espaço;
4) a- mudanças nos eixos de
desenvolvimento nacional;
b- organização espacial e ciclos
econômicos brasileiros;
5) a- empregabilidade e
mobilidade populacional;
b- diversidade cultural e
manifestações artísticas
contemporâneas;
6) a- índices de natalidade e
emancipação da mulher
brasileira;
b- distribuição espacial e
processo de formação das
fronteiras;
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1
1 7) a- emprego, desemprego,
urbanização e favelização nas
metrópoles;
b- migrações pendulares,
sazonais e internacionais e
estabilidade econômica
brasileira;
8) a- empobrecimento do homem
do campo e mecanização
agrícola;
b- agroindústria e mudanças nas
relações de trabalho no campo
brasileiro;
9) a- exclusão social e
segregação espacial;
b- movimentos sociais e
consumo do espaço;
10) a- metropolização e
hierarquia urbana;
b- urbanização e mudança de
função das cidades;
11) a- geopolítica de apropriação
dos recursos naturais e a
dimensão socioambiental;
12) a- fluxo de capitais e
mundialização da produção;
b- (re)organização dos espaços
locais em função dos fluxos
internacionais de capital.
Conteúdos Básicos – Geografia 7ª. Série
Conteúdo
Estruturante
Conteúdos
Básicos
Conteúdos
Específicos
1) As diversas regionalizações
do espaço mundial;
2) A formação, mobilidade das
1) a- indicadores econômicos e
sociais de desenvolvimento e
subdesenvolvimento como
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2 A Dimensão
Econômica do
Espaço Geográfico
A Dimensão
Socioambiental do
Espaço Geográfico
A Dinâmica Cultural
e Demográfica do
Espaço Geográfico
A Dimensão
Geopolíticado
Espaço Geográfico
fronteiras e a reconfiguração
dos territórios do continente
americano
3) A nova ordem mundial, os
territórios supranacionais e o
papel do Estado
4) O comércio em suas
implicações socioespaciais
5) A circulação de mão-de-
obra, do capital, das
mercadorias e informações
6) A distribuição espacial das
atividades produtivas, a
(re)organização do espaço
geográfico
7) As relações entre o campo
e acidade na sociedade
capitalista
8) O espaço rural e a
modernização da agricultura
9) A evolução demográfica da
população, sua distribuição
espacial e os indicadores
estatísticos
10) Os movimentos
migratórios e suas motivações
11) A mobilidade populacional
e as manifestações
socioespaciais da diversidade
cultural;
12) A formação, o localização,
exploração e utilização dos
recursos naturais
divisores do espaço mundial;
b- divisão espacial por critérios
naturais – os continentes;
2) a- geopolítica de apropriação
do espaço geográfico das
américas;
b- formação dos territórios e
reconfiguração das fronteiras do
continente americano;
3) a- constituição dos blocos
econômicos sob a nova ordem
mundial;
b- soberania nacional dos
estados no processo de
globalização econômica;
4) a- comércio mundial e a
política de subsídios;
b- implicações socioespaciais da
nova ordem mundial;
5) - fluxo de capitais e
mundialização da produção;
b- (re)organização dos espaços
locais em função dos fluxos
internacionais de capital.
6) a- geopolítica de apropriação
dos recursos naturais e a
dimensão socioambiental;
b- dimensão econômica da
distribuição espacial das
atividades produtivas;
7) a- subordinação do campo a
cidade;
b- urbanização e exploração
excessiva dos recursos naturais;
8) a- empobrecimento do homem
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3 do campo e mecanização
agrícola;
b- agroindústria e mudanças nas
relações de trabalho no campo
brasileiro;
9) a- índices de natalidade e
emancipação da mulher
brasileira;
b- distribuição espacial e
processo de formação das
fronteiras;
10) a- emprego, desemprego,
urbanização e favelização nas
metrópoles;
b- migrações pendulares,
sazonais e internacionais e
estabilidade econômica
brasileira;
11) a- empregabilidade e
mobilidade populacional;
b- diversidade cultural e
manifestações artísticas
contemporâneas;
12) a- exploração dos recursos
naturais e mecanismos do
mercado econômico local e
global;
b- recursos naturais e
distribuição espacial da riqueza
pelo território;
Conteúdos Básicos – Geografia 8ª. Série
Conteúdo
Estruturante
Conteúdos
Básicos
Conteúdos
Específicos
1) As diversas regionalizações
do espaço
1) ) a- indicadores econômicos e
sociais de desenvolvimento e
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A Dimensão
Econômica da
Produção do Espaço
A Dimensão
Socioambiental
A Dinâmica Cultural
e Demográfica
A Dimensão
Geopolítica
geográfico.
2) A nova ordem mundial, os
territórios supranacionais e o
papel do Estado
3) A revolução técnico-
científico-informacional e os
novos arranjos no espaço da
produção
4) O comércio mundial e as
implicações sócio espaciais.
5) A formação, mobilidade das
fronteiras e a reconfiguração
territórios.
6) A evolução demográfica da
população, sua distribuição
espacial e os indicadores
estatísticos
7) A mobilidade populacional e
as manifestações sócio
espaciais da diversidade
cultural
8) Os movimentos migratórios
mundiais e suas motivações.
9) A distribuição das atividades
produtivas, a transformação da
paisagem
e a (re)organização do espaço
geográfico
10) A dinâmica da natureza e
sua alteração pelo emprego de
tecnologias de
exploração e produção
11) O espaço em rede:
produção, transporte e
comunicações na atual
subdesenvolvimento como
divisores do espaço mundial;
b- divisão espacial por critérios
naturais – os continentes;
2) a- constituição dos blocos
econômicos sob a nova ordem
mundial;
b- soberania nacional dos
estados no processo de
globalização econômica;
3) a- Revolução técnico-científica informacional, produção, circulação de mercadorias, e consumo;
b- Territórios supranacionais e nova ordem mundial.
4) a- comércio mundial e a
política de subsídios;
b- implicações socioespaciais da
nova ordem mundial;
5) a- conflitos étnicos e religiosos na configuração do espaço mundial.
b- avanços tecnológicos na distribuição das atividades produtivas.
6) a- espacialização das desigualdades sociais evidenciadas nos indicadores sociais;
b- conflitos (étnicos e religiosos) na configuração do espaço mundial.
7) a- manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos na configuração do espaço geográfico.
8) a- Relações entre os índices demográficos e impactos culturais e demográficos;
b- Dinâmica populacional em
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5 configuração territorial diferentes países;
9) a- Circulação de mercadorias, mão-de-obra, capital e das informações;
b- transformação das paisagens, exploração dos recursos minerais e sua importância política, estratégica e econômica.
10) a- identidade com o espaço geográfico, na organização das atividades de exploração e produção;
b- Crescimento urbano e implicações socioambientais;
11) a- tecnologia alterando as
relações de produção e
organização do espaço;
b- uso da tecnologia para
intensificar a exploração
econômica do espaço;
12) a- organização das redes urbanas no contexto da globalização econômica;
b- a importância das comunicações e dos transportes na configuração do espaço geográfico atual.
Nesta proposta, cada conteúdo específico a ser abordado em sala de aula deve
estar conectado com as grandes linhas apresentadas pelos conteúdos estruturantes, de
modo a permitir ao aluno uma visão integrada da realidade.
Desta forma, ele perceberá que, em todos os aspectos, os fatos ocorrem de
forma integrada às ações humanas, desencadeando um processo com inúmeras
possibilidades de reações e rumos variados, cujos desdobramentos estão fortemente
inter-relacionados.
Conteúdos Estruturantes do Ensino Médio
Para atender as demandas da nossa sociedade que se transforma muito
rapidamente e dar conta de explicar uma complexa rede de relações do espaço
geográfico nacional e mundial a Secretaria de Estado da Educação (SEED) baseada na
Diretrizes Geografia
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6 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) propõe a criação das Diretrizes
Curriculares Estaduais que definem os conteúdos que estruturarão a Geografia no Ensino
Médio.
Sugestão de organização dos Conteúdos Básicos por série do Ensino Médio
Enfatiza-se que os conteúdos básicos recebem abordagens diversas a depender do
conteúdo estruturante a que se relaciona.
Conteúdos Básicos – Geografia 1ª. Série Ensino Médio
Conteúdo
Estruturante
Conteúdos
Básicos
Conteúdos
Específicos
A Dimensão
Econômica da
Produção do Espaço
A Dimensão
Socioambiental
A Dinâmica Cultural
e Demográfica
A Dimensão
Geopolítica
A formação e transformação
das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e
produção.
A distribuição espacial das
atividades produtivas e a (re)
organização do espaço
geográfico.
A formação, localização,
exploração e utilização dos
recursos naturais.
A transformação técnico-
científica-informacional e os
novos arranjos no espaço da
produção.
O espaço rural e a
modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção,
transporte e comunicação na
atual configuração territorial.
Formação, mobilidade das
fronteiras e a reconfiguração
dos territórios.
Leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia -mapas, tabelas, gráficos e imagens.
Formação natural e transformação das diferentes paisagens pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista.
Importância dos recursos naturais nas atividades produtivas.
Tecnologia e dinâmica da natureza.
Exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de energia.
Problemas ambientais globais, exploração e uso dos recursos naturais.
Atividades extrativistas para a produção de matérias primas e a organização espacial.
Manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos na configuração do espaço geográfico.
Ações internacionais para proteção dos recursos naturais.
Processo de formação dos recursos minerais e sua importância política, estratégica e econômica.
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7 O comércio e as implicações
sócio espaciais.
Avanços tecnológicos na distribuição das atividades produtivas.
Revolução técnico-científica informacional, produção, circulação de mercadorias, e consumo.
Guerras fiscais e reorganização espacial.
Tecnologia nas comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico.
Conteúdos Básicos – Geografia 2ª. Série Ensino Médio
Conteúdo
Estruturante
Conteúdos
Básicos
Conteúdos
Específicos
A Dimensão
Econômica da
Produção do Espaço
A Dimensão
Socioambiental
A Dinâmica Cultural
e Demográfica
A Dimensão
Geopolítica
As diversas regionalizações do
espaço geográfico.
O espaço rural e a
modernização da agricultura.
A circulação de mão-de-obra,
do capital, das mercadorias e
das informações.
As relações entre o campo e a
cidade na sociedade
capitalista.
A formação, o crescimento
das cidades, a dinâmica dos
espaços urbanos e a
urbanização recente.
Os movimentos migratórios e
suas motivações.
As manifestações sócio
espaciais da diversidade
cultural.
O comércio e as implicações
sócio espaciais.
Tecnologia e dinâmica da natureza.
Avanços tecnológicos na distribuição das atividades produtivas.
Revolução técnico-científica informacional, produção, circulação de mercadorias, e consumo.
Tecnologia nas comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico.
Novas tecnologias na produção industrial e agropecuária.
Concentração fundiária resultante do sistema produtivo agropecuário moderno.
Redes de comunicação e de informação nas cidades mundiais.
Circulação de mercadorias, mão-de-obra, capital e das informações
Expansão das fronteiras agrícolas, técnicas agrícolas e sua repercussão ambiental e social.
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8 Interdependência entre campo e
cidade.
Relações de trabalho no rural e urbano.
Processo de urbanização e atividades econômicas.
Processo de urbanização, áreas de segregação, espaços de consumo, lazer e a ocupação de áreas de risco.
Crescimento urbano e implicações socioambientais.
Conflitos étnicos e religiosos na configuração do espaço mundial.
Conteúdos Básicos – Geografia 3ª. Série Ensino Médio
Conteúdo
Estruturante
Conteúdos
Básicos
Conteúdos
Específicos
A Dimensão
Econômica da
Produção do Espaço
A Dimensão
Socioambiental
A Dinâmica Cultural
e Demográfica
A Dimensão
Geopolítica
A revolução técnico-científica-
informacional e os novos
arranjos no espaço da
produção.
A circulação de mão-de-obra,
do capital, das mercadorias e
das informações.
Formação, mobilidade das
fronteiras e a reconfiguração
dos territórios.
A transformação demográfica,
a distribuição espacial da
população e os indicadores
estatísticos.
Os movimentos migratórios e
suas motivações.
As manifestações sócio
espaciais da diversidade
cultural.
As diversas regionalizações do
Manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos na configuração do espaço geográfico.
Processo de formação dos recursos minerais e sua importância política, estratégica e econômica.
Avanços tecnológicos na distribuição das atividades produtivas.
Revolução técnico-científica informacional, produção, circulação de mercadorias, e consumo.
Circulação de mercadorias, mão-de-obra, capital e das informações
Crescimento urbano e implicações socioambientais.
Espaços de lazer, de trabalho, consumo e de produção.
Movimentos sociais na disputa do espaço urbano e rural.
Espacialização das desigualdades sociais
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9 espaço geográfico.
As implicações sócio espaciais
do processo de mundialização.
A nova ordem mundial, os
territórios supranacionais e o
papel do Estado.
evidenciadas nos indicadores sociais.
Relações entre os índices demográficos e as políticas de planejamento familiar.
Dinâmica populacional em diferentes países.
Impactos culturais e demográficos e o processo de expansão das fronteiras agrícolas.
Políticas migratórias internacionais
Identidade com o espaço geográfico, na organização das atividades sociais e produtivas.
Conflitos étnicos e religiosos na configuração do espaço mundial.
Ações protecionistas, abertura econômica, OMC
Organizações econômicas internacionais (FMI, Banco Mundial) e espaço geográfico mundial.
Regionalização do espaço mundial e blocos econômicos.
Territórios supranacionais e nova ordem mundial.
ONU e conflitos internacionais.
3- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A geografia que se propõe trabalhar terá uma concepção de totalidade,
articulada entre os conceitos e correntes filosóficas entendendo como agente produtor do
espaço o homem social, garantindo uma abordagem metodológica que relacione o local
com o regional, o nacional e o global, partindo sempre do que é mais familiar ao aluno.
Possibilitando a educação geográfica fazer frente aos desafios de promover um saber
contextualizado.
Compete ao professor de geografia no decorrer do processo ensino-
aprendizagem debater, propor, sistematizar, motivar e instrumentalizar o aluno para que
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0 este possa desenvolver suas potencialidades concernentes aos diversos saberes e
construir possibilidades de colaboração mútua agindo como cidadão crítico, protagonista
da sua realidade.
É neste bojo que se propõe estruturar e resignificar a ciência geográfica que
complexifica a realidade e simplifica ações perante as mudanças eminentes e urgentes da
sociedade. Neste contexto, as ferramentas que serão utilizadas para desemaranhar as
teias do cotidiano passam pela construção de pressupostos didático-metodológicos que
levem em conta as diferenças de opiniões e especificidades do local, através da reflexão
e investigação e, que conduzam a interdisciplinaridade e formação do cidadão. Cabendo
ao professor o papel de mediador do processo ensino-aprendizagem.
Transitam como poderosas ferramentas os recursos multimídia utilizados pelo
professor e pelos alunos, como: o retro-projetor, o livro didático, o quadro negro, o globo,
a produção de maquetes, a televisão, o vídeo-cassete, o DVD, o rádio, o jornal, as
revistas, os computadores, os cd’s room, a Internet, chats, teleconferências, fóruns,
debates, entre outros. Ainda, os trabalhos de campo e as atividades lúdicas que
imprimem um caráter informal à construção do conhecimento geográfico e favorecem a
aprendizagem aproximando o aluno do saber, pois é através da construção do
conhecimento que o aluno percebe o seu entorno e procura desvendá-lo através da
pesquisa.
4- AVALIAÇÃO
O processo avaliativo deve ser utilizado dialeticamente, como instrumento de
análise do processo ensino-aprendizagem, permitindo visualizar as fragilidades e
permitindo ao professor rever continuamente sua prática metodológica. Os instrumentos
de avaliação serão diversificados, fazendo uso da análise e interpretação de textos, fotos,
mapas, figuras, gráficos, tabelas e mapas; relatórios; pesquisas; seminários; construção
de mapas e maquetes, etc.
Para tanto é necessário que seja somativa, diagnóstica (no início dos temas
propostos) e formativa (rever resultados e superar dificuldades), onde a nota do aluno é
consequência natural da realização das atividades propostas para a sala de aula e nas
tarefas de casa.
A recuperação paralela acontecerá simultaneamente à aplicação dos
conteúdos propostos pela disciplina, onde o professor através das atividades
desenvolvidas diariamente, (como representação e análise do espaço, jogos de pergunta
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1 e resposta, produção de textos, interpretação de mapas e material gráfico) registrará as
dificuldades dos alunos e procurará saná-las através de atividades de retomada de
conteúdos.
Como critérios de avaliação para o Ensino Fundamental espera-se que os
alunos estabeleçam relações entre os objetos e pessoas; sejam capazes de formar os
conceitos geográficos: descrever paisagens; reconhecer lugares e reconhecer os atores
sociais que os constroem e modificam. O educando deve ser capaz de identificar a qual
região pertence e as conecções entre ela e os diferentes componentes do espaço
geográfico, correlacionando o território e as diferentes sociedades que as dominam e a
como a dialética entre natureza e sociedade interfere nesta territorialização.
Para o Ensino Médio espera-se que os alunos saibam interpretar os elementos
visíveis e invisíveis que compõem e organizam o espaço geográfico nas suas dimensões
econômica, politica, socioambiental, cultural e demográfica, para interferir na sociedade
em que vive como cidadão consciente de que suas atitudes repercutirão positiva ou
negativamente na organização do espaço produzido socialmente através do seu trabalho.
Desta forma, os critérios de avaliação respeitarão a construção diária do
processo ensino-aprendizagem que é um processo de intervenção contínua, diagnóstica e
processual, visando verificar em que medida os objetivos pedagógicos estão sendo
atingidos.
5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2 MARTINS, C.R.K. – O ensino de História do Paraná, na década de setenta: as legislações e o pioneirismo do estado nas reformas educacionais. História e ensino: Revista do Laboratório de Ensino de História/UEL. Londrina, n.8, p. 7-28, 2002. MORAES, A. C. R. – Geografia – Pequena história crítica, HUCITEC, 5ª ed. SP, 1986. OLIVEIRA, A.U. – Geografia e ensino: os parâmetros curriculares nacionais em discussão. In CARLOS, A.F.A e OLIVEIRA, A.U. (orgs). – Reforma no mundo da educação: parâmetros curriculares e geografia. SP: Contexto, 1999. PENTEADO, H.D. – Metodologia do ensino de história e geografia. SP: Cortez, 1994. RAFESTIN, C. – Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática. 1993. SANTOS, M. – Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec. 1980. ________. – Metamorfoses do espaço habitado.São Paulo: Hucitec. 1988. ________. – O Retorno do Território. In: SANTOS, M. SOUZA, M. A. A. SILVEIRA, M. L. (orgs.). Território Globalização e Fragmentação. São Paulo, Hucitec, 1994. p. 15-20. SAQUET, M. A. – O território: diferentes interpretações na literatura italiana. In: RIBAS, A.D.; SPOSITO, Eliseu S. e SAQUET, M.A. (orgs). Território e desenvolvimento: diferentes abordagens. Francisco Beltrão: UNIOESTE, 2004. SEED. – Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Ensino Fundamental – Geografia. Secretaria de Estado da Educação, Curitiba, 2008. SPÓSITO, E.S. Geografia e filosofia: Contribuição para o ensino do pensamento geográfico. São Paulo: UNESP, 2004. VEIGA, I.P.A. – Perspectivas para reflexão em torno do projeto político-pedagógico. In: VEIGA, I.P.A; RESENDE,L.M.G (orgs). – Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998. p. 9-32. VERDUM, R. – Os geógrafos frente às dinâmicas sócio-ambientais no Brasil. Revista do Departamento de Geografia. N 16, 2005, p. 91-94.