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"Um homem só tem o direito de
olhar um outro de cima para
baixo para ajudá-lo a levantar-
se." (Gabriel Garcia Marquez)
Instituto Politécnico de Setúbal
Escola Superior de Saúde
Fisioterapia – Teoria e Prática II
Sara Alexandra Silva Rosado
Todos os seres humanos
nascem livres e iguais em
dignidade e direitos. (art.1,
Direitos humanos)
“O essencial é
invisível aos olhos”
Antoine de Saint
Exupéry
Proposta “Portugal
Acessível”
1
Instituto Politécnico de
Setúbal
Escola Superior de Saúde
Fisioterapia
Sara Alexandra Silva Rosado
16 de Abril de 2010
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Introdução
Ser acessível” implica sê-lo para todas as pessoas, portadoras ou não de alguma deficiência.
Isto significa que abrange pessoas sem deficiência, deficientes motores, cegos, surdos,
diabéticos, (…), ou seja, todas as pessoas. Mesmo que nos foquemos apenas na deficiência
motora, o conceito de acessibilidade varia de pessoa para pessoa, consoante o tipo e nível
de lesão. (Associação Salvador)
“A existência de barreiras no acesso ao meio físico edificado e às tecnologias da informação
e das comunicações representa um grave atentado à qualidade de vida dos cidadãos com
mobilidade condicionada ou com dificuldades sensoriais, pelo que a respectiva eliminação
contribuirá decisivamente para um maior reforço dos laços sociais, para uma maior
participação cívica de diversos segmentos populacionais e, consequentemente, para um
crescente aprofundamento da solidariedade entre os indivíduos num estado social de
direito." (Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade, 2007)
As barreiras físicas constituem uma forma de exclusão, que reflectem as contradições
contemporâneas, num tempo de luta pela superação de uma complexidade urbana, muitas
vezes subversiva, presa num rendilhado de fortes descontinuidades e oposições
urbanísticas. (Decreto-Lei nº163/2006)
Os hipermercados são edifícios públicos de venda de produtos para satisfação de
necessidades básicas como a higiene e a alimentação, como tal, depois de observar diversos
hipermercados seleccionei o hipermercado Modelo (Reguengos de Monsaraz) como um
local acessível a pessoas com mobilidade reduzida.
Antes de começar a elaborar a actividade pensei que realmente não tenho qualquer tipo de
condicionante na minha mobilidade e como tal achei necessário confrontar uma pessoa
paraplégica com algumas perguntas para ter uma melhor percepção sobre a acessibilidade
neste edifício.
O Decreto-Lei dá-nos medidas para que um espaço seja acessível, uma pessoa paraplégica
dá-nos a realidade do lado de lá, do lado de quem vive diariamente numa cadeira de rodas.
O Bruno é um rapaz que está paraplégico há 7 anos, tem 28 anos e é uma pessoa que se diz
totalmente autónoma. Sabendo disto e tendo uma relação próxima com ele decidi escolhê-
lo para responder a umas perguntas, visto que vai às compras sozinho e frequenta o
hipermercado. O Bruno considera o hipermercado bastante acessível, diz movimentar-se
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de forma autónoma e ter acesso a todos os serviços dentro do hipermercado. Partindo
deste principio decidi escolher o Modelo para elaborar a actividade.
No discurso do Bruno reparei num pormenor interessante, diz que o hipermercado é
acessível, no entanto, realça “O único problema são as pessoas que não têm nenhum
problema e estacionam no lugar de pessoas como eu mas em relação a isso não se pode
fazer nada”, fiquei sensibilizada com esta última frase porque mostra que realmente às
vezes tudo é acessível na arquitectura de um edifício mas o civismo e humanismo das
pessoas nem sempre correspondem.
Foi em todos estes pontos que me baseei para elaborar a actividade neste espaço. Segue-se
um conjunto de fotografias da minha autoria complementadas com informações retiradas
do decreto-lei nº163/2006 e o impacto que os regulamentos têm na vida de uma pessoa
com mobilidade reduzida.
Fig. 1 Hipermercado Modelo em
Reguengos de Monsaraz
Fig. 2 Símbolo do Modelo
localizado no acesso ao edifício
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Acesso ao edifício:
Oaacessoaaoaedifícioaéarealizadoadeaformaacontínuaaeacoerente, éaumapercursoaamplo
comaumapavimentoaemabomaestado,aouaseja,anãoaexistemaressaltosanoapiso,adesgaste
doamesmo,aeaaavegetaçãoanãoaimpedeadeaformaanenhumaaasapassagemadeapessoas
comamobilidadeareduzida.
Os pilares existentes impedem o estacionamento de veículos num sítio onde isso se
proporciona visto que se encontra próximo da porta principal de acesso ao
hipermercado, estes pilares impedem essas barreiras cívicas e, no entanto, encontram-
se a uma distância perfeitamente adequada à passagem desobstruída de uma pessoa em
cadeira de rodas, por exemplo.
Fig. 3 Passagem de peões
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Passagens de peões no acesso ao hipermercado:
- A altura do lancil em toda a largura da passagem de peões não é superior a 0,02m.
- O pavimento do passeio na zona adjacente é rampeado, com uma inclinação não superior a 8% na
direcção da passagem de peões e não superior a 10% na direcção do lancil do passeio ou caminho de
peões.
Não existem mudanças de nível, ou seja, o pavimento é plano,
todo construído ao mesmo nível. Não existem juntas nem frestas
no piso, revela-se um pavimento estável, durável e firme.
Existência de várias passagens para peões no
acesso ao hipermercado, todas elas são acessíveis,
o que facilita o acesso ao hipermercado, tornando-
se um acesso mais rápido e menos extenso.
Fig. 5 Passagem de peões
Fig. 6 Corredor de acesso à porta principal
Fig. 7 Diversidade de passadeiras
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Oapavimentoaacessível, asapassagensaparaapeõesaacessíveisaeaoafactoadeanãoaexistirem
escadasanemaqualqueratipoadeadesnívelasãoafactoresamuitoaimportantes para a autonomia
de uma pessoa com mobilidade condicionada, todosaestesafactoresatransmitem auto-
confiançaaparaaque uma pessoa nestas condições nãoasinta que as barreiras
arquitectónicasarestringemaaasuaaidaaaoahipermercado, nesteacaso.
Espaços para estacionamento de viaturas:
O número de lugares reservados para veículos em que um dos ocupantes seja uma pessoa
com mobilidade condicionada deve ser pelo menos de:
4) Quatro lugares em espaços de estacionamento com uma lotação compreendida entre 101
e 500 lugares.
Este estabelecimento comercial tem 6 lugares destinados a pessoas com
mobilidade reduzida e uma lotação compreendida entre o referido acima.
Os lugares de estacionamento reservados têm:
Uma largura de cerca de 2.5m; um comprimento útil
de cerca de 5m; estão localizados ao longo do
percurso acessível mais curto até à entrada/saída do
hipermercado (fig.8 e 9); estão preenchidos com uma
cor contrastante com a da restante superfície e são
reservados com o símbolo internacional de
acessibilidade (fig. 10)
Fig. 8 e Fig.9 Estacionamento de viaturas
Fig. 10 Símbolo Internacional de Acessibilidade no
estacionamento de viaturas
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Edifícios e estabelecimentos em geral:
Os edifícios e estabelecimentos devem ser dotados de pelo menos um percurso designado
de acessível, que proporcione o acesso seguro e confortável das pessoas com mobilidade
condicionada. (Decreto lei)
Nos edifícios e estabelecimentos podem não ter acesso através de um percurso acessível os
espaços para os quais existem alternativas acessíveis adjacentes e com condições idênticas
(balcão da carne e queijos)
À esquerda pode ver-se o estacionamento destinado a pessoas com
mobilidade reduzida, à direita a entrada/saída do hipermercado. Entre
estes dois componentes está uma passadeira acessível.
Fig. 11 Passagem de peões de
acesso à entrada principal do
hipermercado
Fig. 12 Passadeira entre o estacionamento de viaturas e a porta principal
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Átrios:
Do lado exterior das portas de acesso aos edifícios e estabelecimentos é possível inscrever
uma zona de manobra para rotação de 360º.
No átrios interior é possível inscrever uma zona de manobra para rotação de 360º, o
hipermercado possui um átrio muito espaçoso que dá acesso livre a todas as zonas
do mesmo e que permite fazer todo o tipo de manobras necessárias para a
deslocação por exemplo numa cadeira de rodas.
As portas de entrada e saída dos edifícios devem tem uma largura não inferior a 0,87 m.
Fig. 13 Entrada para o hipermercado que dá acesso ao
átrio
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Patamares, galerias e corredores
Os corredores são espaçosos possuem uma largura de cerca de 1.5m , o que permite uma
manobra de rotação de 360º ou a mudança de direcção de 180º em T.
O piso dos corredores é idêntico ao longo de todo o hipermercado o que proporciona uma
maior segurança e estabilidade na deslocação por parte de uma pessoa com mobilidade
reduzida. O piso apresenta uma superfície estável, durável, firme e contínua. Embora o
revestimento seja feito em azulejo este não possui juntas o que proporciona maior
segurança.
A livre circulação e espaço para manobras, no caso de uma pessoa em cadeira
de rodas, é um factor muito importante para que um local seja considerado
acessível. Esta livre circulação permite que uma pessoa em cadeira de rodas
possa fazer as suas compras de uma forma autónoma o que tem um impacto
positivo na qualidade de vida da pessoas não comprometendo a participação
social.
Fig. 14 e fig. 15 Corredores no interior do hipermercado
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Instalações sanitárias
- Constitui uma instalação sanitária específica para pessoas com mobilidade condicionada.
- Serve para o sexo masculino e para o sexo feminino.
-Está próxima das outras intalações sanitárias.
Sinalização que direcciona o utente para
uma instalação sanitária acessível com o
símbolo internacional de acessibilidade;
está localizado de modo a ser facilmente
visto, lido e entendido; e possui símbolos
que contrastam com o fundo.
Neste espaço localizam-se todas as instalações
sanitárias, sexo masculino e feminino e pessoas
com mobilidade reduzida.
Há uma preocupação em diminuir ao máximo o
número de portas de abertura e fecho manual,
como pode ser visto aqui nas instalações
sanitárias, isto é visível em todo o hipermercado.
Fig. 16 Sinalização das instalações sanitárias
Fig. 17 Sinalização que indica uma
instalação unisexo
Fig. 18 Entrada para todas as
instalações sanitárias
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As sanitas acessíveis devem satisfazer as seguintes condições:
- A altura do piso ao bordo superior do assento da sanita é de cerca de 0.45 m;
- Junto à sanita existem barras de apoio que são rebatíveis na vertical.
- O espaço interior tem dimensões de cerca de 1.6 m de largura por 1.7 m de comprimento;
- O lavatório acessível não interfere com a área de transferência para a sanita;
- No espaço que permanece livre é possível inscrever uma zona de manobra para rotação
de 180º.
As instalações sanitárias são sem dúvida uma das necessidades mais evidentes num
espaço que seja acessível, conseguir realizar de forma autónoma necessidades
fisiológicas que requerem privacidade tem sem dúvida um grande impacto na vida
de uma pessoa com mobilidade reduzida, essas necessidade são algo muito privado
e intimo e não as realizar de forma autónoma será uma actividade não realizada que
terá implicações na participação social.
Fig. 19 e Fig. 20 Demonstração das barras de apoio rebatíveis na vertical
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O lavatório:
- A altura do piso ao bordo superior do lavatório é de 0.8m;
- Sob o lavatório existe uma zona livre (largura >0.7m , uma altura > 0.65m e uma
profundidade > 0.5m)
- Sob o lavatório não existem elementos ou superfícies cortantes ou abrasivas, o lavatório
está totalmente desimpedido apresentando ainda uma barra de apoio visível na fig,x.
O espelho
- Inclinação regulável;
- Base inferior do espelho a
uma altura de cerca de 1m
- Base superior do espelho
encontra-se a um altura de cerca
de 1,80m.
Fig. 21 Lavatório
Fig. 22 Espelho
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Os controlos e mecanismos operáveis e acessórios dos aparelhos sanitários
- Ambos podem se operados por uma mão fechada,
- Oferecem uma resistência mínima e não requerem uma preensão firme nem rodar o
pulso;
- As torneiras são accionadas por alavanca,
A porta de acesso a instalações sanitárias abre para fora não obstruindo a zona livre dentro
da instalação.
Balcões e guinches de atendimento:
O balcão de atendimento cumpre as
normas abaixo descritas e tem uma
largura suficiente para a passagem por
exemplo de uma cadeira de rodas.
Fig. 23 Torneira Fig. 24 Botão para o
autoclismo
Fig. 25 Zona de pagamento
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Todas estas normas têm a função de fazer com que uma pessoa com mobilidade
condicionada consiga aceder aos diferentes serviços dentro do hipermercado de
forma autónoma e sem qualquer tipo de restrições arquitectónicas.
No hipermercado encontra-se um corredor só com os balcões de atendimento,
estes dividem-se em duas zonas. Uma que vende carne, fiambre e queijos e outra
que vende peixe. Na 1ª temos pelo menos um balcão, como vimos na imagem que
Está localizado junto a um percurso acessível,
Têm uma zona aberta ao público servindo para o atendimento com uma extensão
não inferior a 0.8m e uma altura ao piso compreendida entre 0.75m e 0.85m.
A 2ª zona de balcões cumpre em toda a sua extensão as condições referidas acima.
Fig. 26 Balcão das
carnes e queijos
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Telefones de uso público:
Algumas particularidades:
Está localizado junto a um percurso
acessível que permite a fácil
aproximação lateral e frontal;
Tem a ranhura para as moedas ou
para o cartão, bem como o painel de
marcação de números, a uma altura do
piso compreendida entre 1m e 1.3m;
localiza-se perto da porta de
entrada/saída.
Durante o percurso no hipermercado reparei
que a organização dos produtos nas
prateleiras era feita da forma vista na
imagem e questionei uma das chefes de
serviço sobre esta organização. Ela disse que
era uma distribuição por manchas que
permitia que todos os produtos estivessem
em todas as prateleiras.
Esta distribuição permite que uma pessoa
com mobilidade reduzida tenha acesso a
todos os produtos a diferentes alturas.
Fig. 27 Telefone público perto
da porta principal
Fig. 28 Disposição dos produtos nas prateleiras
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Nas imagens acima podemos ver vários instrumentos que podem ser utilizados pelos
clientes do hipermercado, todos estes instrumentos podem ser facilmente utilizados por
pessoas com mobilidade reduzida visto que estão a uma altura de compreendida entre 1m e
1.30m.
Estes carrinhos servem para pessoas em cadeira de rodas prenderem à cadeira de forma a colocarem
as suas compras na estrutura em ferro.
A explicação da forma de utilizar o carrinho é elaborada com o símbolo internacional de
acessibilidade.
Estes carrinhos estão localizados junto dos outros carrinhos utilizados por pessoas sem
condicionantes na mobilidade e localizam-se num percurso acessível, amplo e coerente.
Fig. 29, fig. 30 e fig. 31 Distâncias entre os diferentes utensílios e o chão.
Fig. 32 e fig. 33 Carrinhos para
colocar os produtos para
pessoas em cadeira de rodas
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Segundo o CIF, Incapacidade é um termo genérico para deficiências, limitações da
actividade e restrições na participação. Ele indica aspectos negativos da interacção entre um
individuo e os seus factores contextuais.
As barreiras arquitectónicas constituem um factor ambiental que tem um impacto na
participação social do indivíduo o que vai fazer com que exista uma interacção negativa
entre o indivíduo e os factores contextuais, essa interacção gera a incapacidade.
O impacto com uma condição de saúde diferente é diferente de acordo com diferentes
factores (religião, história pessoal, educação, suporte familiar) mas o impacto com essa
condição passa também pela existência de barreiras arquitectónicas.
Todas as pessoas têm um auto-conceito, ou seja, um conjunto de noções, pensamentos e
sentimentos que cada um possui acerca de si próprio. Este auto-conceito está na base da
auto-estima, ou seja, o sentimento positivo ou negativo que resulta da avaliação que o
sujeito faz de si próprio com a ajuda de juízos sociais que interiorizou a seu respeito.
Normalmente tendemos a comparar-nos com os outros, comparações negativas traduzem-
se numa subida da auto-estima e vice-versa.
Se uma pessoa com mobilidade reduzida ao comparar-se com outras percebe que
realmente não consegue aceder aos mesmos sítios, que não consegue ser autónoma, que
Individuo (condição de saúde)
Factores Contextuais
Incapacidade Interacção
negativa
Se a interacção entre a doença e os
factores contextuais for positiva
não haverá incapacidade.
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não realiza uma vida independente isto é um factor para que a sua auto-estima diminua e o
impacto com a condição de saúde seja negativo.
Edifícios como este minimizam esta situação, minimizam a probabilidade de impacto
negativo com uma condição de saúde.
Conclusão:
“Todo o ser humano tem direito à vida” e viver prende-se com o ser livre e ser livre é
“puder fazer”.
Infelizmente as barreiras cívicas são as mais difíceis de ultrapassar porque o civismo e o
bom senso não se ensina, não está escrito em decretos-lei, não há medidas para o ensinar,
há punições, sinais, há tudo isso mas de que servem se não há respeito por nada disso.
As barreiras têm um impacto muito forte na vida das pessoas com mobilidade reduzida
como já foi referido acima, esse impacto pode ser explicado com várias frases escritas em
livros, de autores conceituados mas o verdadeiro impacto é vivido por aqueles que todos os
dias têm que pensar no caminho que podem fazer e se podem fazer para chegar a um
determinado destino.
Este hipermercado por tudo o que já foi referido é um local acessível, um local onde as
pessoas com mobilidade reduzida podem aceder sem qualquer tipo de restrições o que é
bastante importante visto ser um sítio onde todas as pessoas vão com regularidade para ter
acesso a produtos de lazer, higiene, alimentação.
Por todos estes motivos penso que seja uma proposta a considerar para o projecto
“Portugal Acessível”.
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Bibliografia:
http://www.portugalacessivel.com/requisitos-para-ser-acessivel
http://www.inr.pt/content/1/4/decretolei
http://www.inr.pt/content/1/3/pnpa
http://www.inr.pt/content/1/55/que-cif
Abrunhosa, M & Leitão, M (2008), Psicologia B, Edições ASA
Toda a bibliografia utilizada se sustenta essencialmente no site do Instituto Nacional de
Reabilitação, através deste site consegui aceder ao decreto-lei e ao documento do CIF.
Tentei relacionar os vários documentos que eram disponíveis com o decreto-lei de forma a
suportar de forma mais eficaz o conteúdo desenvolvido.
O livro já tinha e se não o tivesse iria pesquisar noutro livro de psicologia que tivesse os
aspectos que queria focar, utilizei-o com vista a não fazer uma análise baseada só no
decreto-lei e nas medidas lá estabelecidas mas também focar o impacto na saúde mental e
também física que podem provocar certas situações.