propriedade agroecológica (direito agrário)
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Propriedade AgroecológicaBrenda EngelkeHelíssia Coimbra
Letícia SilvaRafaella PomboVitória Abreu
1. Introdução ao Tema• O direito agrário pode ser definido como o ramo jurídico que regula as
relações agrárias através da observância interdisciplinar da relação homem terra produção sociedade.
• O direito ambiental consegue ser designado como uma área de conhecimento que estuda as interações do homem com a natureza e os mecanismos legais para a proteção do meio ambiente.
• O direito agrário relaciona – se com o direito ambiental porque são irmãos gêmeos. A própria Constituição Federal de 1988 determina que a função social tem como um dos requisitos a exploração racional e adequada da terra (BORGES, 2009).
2. Desenvolvimento Sustentável• As ciências agro – ambientais firmam que a propriedade não se destina
apenas para produção, mas deve respeitar a natureza na condição imposta sine qua non, ou seja, sem o qual não pode ser.
• Todos têm direito a um meio ambiente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo – se ao poder público e à coletividade o dever de defendê – lo e preservá – lo para as presentes e futuras gerações. (Artigo 225, Constituição Federal de 1988)
• As demais legislações vigentes, apesar das peculiaridades, vem unindo – se de forma propositiva para formar um conjunto de amparo à produção sustentável, visando possibilitar a benquerença através da reforma agrária.
Ilustrando o Ponto
3. Reforma Agrária• O movimento pode ser considerado como um conjunto de medidas que
visam promover uma melhor distribuição da terra, mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim de atender os princípios da justiça social e do aumento da produtividade (MARQUES, 2007).
• De forma transitória e peculiar as características de cada país, o Estado intervém nas propriedades privadas visando a tributação e extinção dos minifúndios e latifúndios. As políticas agrícolas eficientes contam com a participação ativa de militâncias e pequenos agricultores.
• É criado o Fundo Nacional de Reforma Agrária, destinado a fornecer os meios necessários para o financiamento da reforma agrária e dos órgãos incumbidos da sua execução. (Artigo 27, Lei 4504 de 1964)
Fotografando a Questão
4. Agricultura Familiar• A terra é explorada por pequenos proprietários rurais, tendo como mão –
de – obra essencial o núcleo familiar. Toda a produção ocorre de forma organizada com a sociedade, cultura, economia e características ambientais, objetivando a subsistência caseira e das comunidades.
• Este modelo é o garantidor da alimentação de 70% dos brasileiros, respondendo por 38% do valor bruto da produção agropecuária. Além disso, considerando o número de estabelecimentos rurais, consegue empregar 3 vezes mais que a agricultura não – familiar.
• Os alimentos tradicionais são preservados e a propriedade é cuidada com ferramentas e técnicas não – biodegradáveis, conseguindo, assim, a proteção da agro – biodiversidade, bem como o favorecimento de uma alimentação balanceada e acessível para todos.
Exemplificando o Tópico
5. Posse Agroecológica• A posse, em sua primariedade, era representada pelo título de propriedade,
mas com as novas diretrizes só é considerado proprietário quem torna a terra fértil, preserva os recursos naturais e gera emprego e renda, com total respeito a dignidade humana.
• Os primórdios da legislação agro – ambiental fomentavam unicamente o ideal de distribuição fundiária pautado nas necessidades de dirimir – se os conflitos agrários, dando a cada família um lote individual de terra. A nova face jurídico – alternativa, porém, vem humanizando tal prática.
• Dessa forma, obtém – se a sapiência de tratar os iguais de maneira igual e os desiguais de maneira desigual na medida de suas desigualdades. Logo, os apossamentos das comunidades tidas como vulneráveis passaram a ser revistos, reconhecidos e regularizados (JUBILUT, 2013).
5.1 Continuação• Na posse agroecológica o ter é muito mais que um título representativo, visto
que só pode se possuir algo através da interatividade. Portanto, este novo modelo é a somatória dos espaços familiares e de uso comum da terra, que são eles: casa, roça e mata.
• Por casa entende – se a moradia, onde realizam – se atividades domésticas e alguns preparos para a produção em pequenos espaços que interligam – se com os ambientes externos.
• A roça configura um recinto familiar onde desenvolvem – se os ofícios agrícolas, que via de regra são de subsistência, distinguindo – se da produção extrativista.
• Em zonas de mata encontram – se a fauna e a flora. Nos matagais desenvolvem – se os trabalhos extrativistas, como a coleta de frutos, pesca, caça, exploração de látex e madeira, todos moldados na gestão ambiental.
6. Referências1) BORGES, Antônio. Curso Completo de Direito Agrário. 3ª edição. São Paulo
– Leme: Editora EDIJUR, 2009.2) MARQUES, Benedito. Direito Agrário Brasileiro. 7ª edição. São Paulo:
Editora Atlas, 2007.3) JUBILUT, Liliana. Direito à Diferença. 1ª edição. São Paulo: Editora Saraiva,
2013.
Propriedade AgroecológicaBrenda EngelkeHelíssia Coimbra
Letícia SilvaRafaella PomboVitória Abreu