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PROPRIEDADES DE ARMAZENAGEM DE HIDROGÊNIO DA LIGA Mg - 8% p. Zr
PROCESSADA POR MELT-SPINNING E LAMINAÇÃO A FRIO
R.B. Strozi (a); D. R. Leiva (b); T.T. Ishikawa (b); A. M. Jorge Jr (b); W.J. Botta (b).
(a) Programa de Pós Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais – (PPG-
CEM - UFSCar) (b) Departamento de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de São
Carlos (DEMa-UFSCar)
Departamento de Engenharia de Materiais, Universidade Federal de São Carlos, Via Washington Luiz, km 235, São Carlos 13565-905, SP, Brasil.
Email: [email protected]
RESUMO
A viabilização do H2 como vetor energético está associada à superação de alguns
desafios tecnológicos, como o desenvolvimento de formas seguras e efetivas para
sua armazenagem. O magnésio é considerado um candidato promissor em
aplicações de armazenagem de hidrogênio, devido, entre outros fatores, ao seu
baixo custo relativo e elevada capacidade gravimétrica, (7,6% p.). Neste trabalho,
são comparadas as cinéticas de ativação (primeira absorção e dessorção de
hidrogênio) da liga Mg - 8% p. Zr processada por duas rotas distintas, (i) solidificação
rápida em forno melt-spinning e (ii) laminação a frio. A caracterização estrutural das
amostras foi realizada usando as técnicas de difração de raios-X e microscopia
eletrônica. As propriedades de armazenamento de hidrogênio foram medidas
usando um aparato volumétrico. A amostra laminada apresentou melhor cinética de
ativação quando comparada à outra rota. Esta melhora foi atribuída a presença de
textura cristalográfica em (002), a modificação na morfologia de superfície e a
melhor distribuição do aditivo pela superfície do material.
Palavras-Chave: armazenagem de hidrogênio; solidificação rápida; laminação a frio;
ligas Mg-Zr.
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INTRODUÇÃO
A utilização do hidrogênio como vetor energético pode ser muito atrativa, pois
ele possui elevado poder calorífico e tem como subproduto a água. A viabilização do
H2 como vetor de energia, entretanto, está associada à superação de diversos
desafios tecnológicos, como o desenvolvimento de soluções para sua armazenagem
de maneira segura e energeticamente eficaz. Em contrapartida aos métodos
tradicionais de armazenagem de hidrogênio no estado gasoso ou líquido, o uso de
hidretos metálicos constitui uma alternativa atrativa para armazenagem no estado
sólido na forma de hidretos metálicos, isto porque, em geral, estes sistemas tendem
a ser mais seguros e possuírem capacidades volumétricas superiores. O magnésio,
por ser considerado barato, de grande abundância na natureza e formar o hidreto
metálico de maior capacidade gravimétrica (aproximadamente 7,6% p.) (1), é
colocado como um dos materiais mais promissores para aplicações de
armazenamento de H2. Embora o magnésio possua alta capacidade gravimétrica, as
temperaturas de absorção/dessorção são consideradas altas, cerca de 300 ºC para
absorção e 400 ºC para a dessorção (2), características estas que o habilita como um
ótimo candidato para aplicações estacionárias.
Em ligas de magnésio, o uso de metais de transição como aditivos pode
apresentar melhoras significativas na cinética de absorção/dessorção de hidrogênio.
Diferentes aditivos podem ter diferentes funcionalidades, atuando na termodinâmica
do sistema (3), e/ou na cinética de transformação de fase, como agentes nucleantes
na absorção ou dessorção (4,5). O zircônio possui baixa solubilidade em magnésio,
menos que 1% at. a uma temperatura aproximada de 650 ˚C (6). Esta baixa
solubilidade implica em uma enorme dificuldade para a formação do intermetálico
MgZr. A princípio, tal imiscibilidade é uma característica positiva, uma vez que
garante que o catalisador permanecerá separado da matriz, podendo assim, exercer
sua função catalítica. Em atmosfera de hidrogênio, sob condições termodinâmicas
adequadas, a exemplo do magnésio, o zircônio também se transforma em um
hidreto, que em condições de trabalho comuns para o magnésio, é bastante estável
(7). Embora a difusividade de hidrogênio no hidreto de zircônio seja inferior ao metal
puro, o coeficiente de difusividade em ZrH2 é da ordem de 10-13 m2/s a temperatura
ambiente (8), mesma ordem de grandeza do magnésio metálico de estrutura
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hexagonal compacta (9). O coeficiente de difusividade de hidrogênio em MgH2 é
sensivelmente inferior ao do ZrH2, dando uma indicação que o ZrH2 pode servir como
uma espécie de sítio de transferência de hidrogênio pelo material, ao menos em
relação ao hidreto de magnésio.
Por outro lado, a combinação de características microestruturais como uma
elevada relação de área superficial/volume (10), refino microestrutural (11), introdução
de textura cristalográfica (12) podem apresentar efeitos benéficos nas propriedades
de absorção e dessorção de hidrogênio. Rotas de processamento baseadas em
deformação plástica severa vem sendo estudadas de forma a obter produção em
tempos curtos, com baixo custo energético, amostras com microestrutura refinada e
boa dispersão de aditivos, porém, ainda com área superficial específica reduzida e,
portanto, mais resistentes ao ar (13, 14). Dentre as possíveis rotas de processamento
baseadas em deformação plástica, se destaca a laminação a frio (da sigla em inglês,
CR - cold rolling), técnica capaz de introduzir textura cristalográfica do tipo fibra em
(002) (12, 15). O aumento deste tipo de textura pode trazer efeitos benéficos tanto na
ativação quanto na cinética de absorção/dessorção, isto está relacionado à presença
de uma maior quantidade de sítios de baixa energia na superfície, que favorecem a
formação de hidretos. Estes também serão orientados, de tal forma a melhorar a
taxa de difusão de hidrogênio da superfície para a matriz, além de reduzir o tempo
de incubação nos primeiros ciclos de absorção (12).
A solidificação rápida em forno melt-spinning (da sigla em inglês, MS) pode
apresentar melhoras significativas nas propriedades de absorção/dessorção devido
ao refino de grão obtido. A modificação da superfície de fitas fabricadas por melt-
spinning utilizando trabalho a frio, também pode contribuir para melhorias nestas
propriedades (11, 16), uma vez que existe a possibilidade de combinar aspectos como
refino microestrutural, textura cristalográfica, redução da relação área
superficial/volume e a quebra de óxidos superficiais.
A ativação, compreendida aqui como o primeiro ciclo de absorção/dessorção
de hidrogênio pelo material, geralmente é a etapa mais custosa, tanto
energeticamente, quanto em tempo. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi
avaliar a ativação da liga Mg - 8% p. Zr, processada por melt-spinning e laminação a
frio. Para tal, comparou-se algumas características microestruturais como tamanho
de grão, morfologia de superfície, dispersão de aditivo pela superfície do material e
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textura cristalográfica, relacionando-as aos respectivos comportamentos de
ativação.
MATERIAIS E MÉTODOS
Os experimentos foram feitos utilizando magnésio em pó da marca Alfa Aesar
99,8%, <200 mesh e zircônio Aldrich Chem. Co. >100 mesh. Objetivando obter uma
mistura mecânica entre os componentes, inicialmente se realizou moagem mecânica
em atmosfera inerte de argônio em um moinho do tipo planetário Fritsch –
Pulverissete 6, com relação bolas/material de 20:1, utilizando rotação de 400 rpm,
durante quatro horas.
O pó obtido foi compactado em uma prensa mecânica manual em matriz de
aço carbono, a fim de produzir um corpo cilíndrico e homogêneo que atenda às
solicitações para posterior fusão. A pastilha consolidada foi processada em forno de
indução do tipo melt-spinning da marca Edmund Bühler com velocidade de rotação
de aproximadamente 40 m/s, pressão de injeção de 400 mbar e distância entre o
cadinho e a roda de 0,5 mm. Devido à sua alta taxa de resfriamento,
aproximadamente 106 °C/s, este tipo de processamento é considerado de
solidificação rápida. O produto obtido é constituído de fitas longas e delgadas, com
espessura aproximada de 80 µm (Figura (1A)).
Em outra rota de processamento, o material moído foi laminado a frio em
atmosfera ambiente em um equipamento horizontal duo-reversível da marca FENN,
Modelo: 55DC02-02AS. A este pó foram aplicados 12 passes de laminação entre
duas chapas de aço carbono. Durante o processamento, houve consolidação do
material, formando uma massa metálica fina com espessura de aproximadamente
100 µm, que foi cortada em tiras, conforme mostrado na figura (1B).
Figura 1: Materiais obtidos após o processamento. Solidificação rápida em forno do tipo melt-spininng (A) e laminação a frio (B)
(B) (A)
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A caracterização estrutural do material foi feita com o auxílio de um
difratômetro de raios-X Rigaku equipado com monocromador de grafite para
radiação Cu-Kα, operando a 40 kV e 40 mA. As imagens de microscopia eletrônica
de varredura foram feitas com um MEV-Inspect S50 – FEI, equipado com detector
de microanálise Apollo – EDAX e detector de difração de elétrons retroespalhados
(da sigla em inglês, EBSD). Os dados adquiridos com o EBSD foram tratados com o
auxílio do software OIM Analysis 5.3.
As medidas cinéticas de absorção e dessorção foram feitas utilizando um
aparato volumétrico do tipo Sievert de fabricação própria. As condições de trabalho
impostas foram baseadas na equação de Van’t Hoff, 350 ˚C e 20 Bar para absorção
e 350 ˚C e 0,1 Bar para a dessorção, condições termodinâmicas deslocadas do
equilíbrio, permitindo que aconteçam as reações de formação e decomposição dos
hidretos (7).
Devido à reatividade dos materiais ao interagirem com o ar, as amostras não
ficaram expostas ao ambiente durante longos prazos (t > 1h). Para tal, uma glovebox
MBRAUM equipada com sistema de purificação de gases e atmosfera protetiva de
argônio foi utilizada. O equipamento mantém a atmosfera de argônio controlada com
concentrações de H2O e O2 abaixo de 0,1 ppm.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A figura (2) traz o primeiro ciclo de absorção e dessorção do material como
processado pelas diferentes rotas. Durante a primeira absorção, verifica-se que a
amostra processada a frio tem desempenho sensivelmente superior ao da amostra
solidificada, conforme apresentado na figura (2A). Nela é possível notar que a
amostra proveniente do MS apresentou longo tempo de incubação, com
aproximadamente 19 horas antes do início da absorção. Já o material laminado foi
extremamente rápido, tendo incubação praticamente inexistente, desempenho
superior ao magnésio puro laminado (11).
O comportamento da primeira dessorção está indicado na figura (2B). Para a
rota MS, o desempenho apresentado é significativamente superior ao do magnésio
puro, reduzindo o tempo para finalização do processo em pouco mais de 5 minutos,
contra os 60 minutos apresentados para o Mg (11). Embora a dessorção da amostra
laminada tenha sido inferior à rota fundida, quando comparada ao sistema magnésio
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puro laminado (17), é possível notar que a dessorção ocorre em menores tempos.
Estes são indicativos que o zircônio pode atuar positivamente na cinética de
dessorção.
Figura 2: Ativação do sistema Mg - 8% p. Zr, processada por MS e CR. Absorção 1 (A) e dessorção 1 (B)
Um dos fatores que influenciam fortemente na cinética de absorção e
dessorção de hidrogênio pelo material é a distribuição do tamanho médio de grão.
Para a análise da distribuição de tamanho de grão do material antes da ativação, foi
utilizada a técnica de EBSD. A distribuição do tamanho médio de grão está
apresentada na figura (3). O tamanho médio de grão para as amostras de melt-
spinning e laminação a frio não apresentaram grandes discrepâncias, medindo
respectivamente 7,3 e 6,8 µm. O fator tamanho de grão poderia ser fundamental
para explicar as diferenças na cinética, principalmente na primeira absorção,
entretanto, essa pequena diferença de aproximadamente 0,5 µm sugere que este
não é o fator dominante na ativação neste caso.
Figura 3: Distribuição do diâmetro médio de grão para as rotas de solidificação rápida (MS) e laminação a frio (CR).
(A) (B)
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Outra característica que influencia sensivelmente a cinética de ativação do
material é a relação área superficial / volume da amostra (10). A morfologia de
superfície foi investigada através de imagens de elétrons secundários obtidas por
microscopia eletrônica de varredura. A micrografia da superfície da amostra
processada por melt-spinning, exibida na figura (4A), apresenta morfologia com
pouca rugosidade, apenas algumas marcas de roda advindas da solidificação.
Entretanto, não há indícios de trincas ou porosidade aparentes. Em contrapartida, a
morfologia apresentada pela amostra laminada (fig.(4B)) é razoavelmente diferente,
com regiões rugosas como a destacada em vermelho e trincas aparentes, fatores
estes que podem facilitar a absorção, uma vez que diminuem o caminho médio que
o hidrogênio precisa percorrer para acessar as regiões mais internas do material.
Figura 4: Imagens produzidas por elétrons secundários em microscopia eletrônica de varredura. Solidificação rápida (A) e Laminação a frio (B).
Investigou-se também a distribuição do aditivo pela superfície do material, esta
que pode alterar sensivelmente a cinética de ativação em ligas à base de magnésio.
De acordo com Pozzo (3), quando na superfície do material, o zircônio facilita a
dissociação da molécula de H2 para posterior difusão, o que favorece a absorção de
hidrogênio. Neste sentido, analisando as micrografias apresentadas na figura (5),
vemos que a rota laminada apresenta melhor dispersão do aditivo pela superfície do
material. Conforme exibido na figura (2A), a primeira absorção da rota laminada
apresentou melhor desempenho que a amostra fundida. Esta aparente melhora no
desempenho acompanha a melhoria na dispersão do aditivo pela superfície do
material, indicando uma possível relação entre os fatores.
(A) (B)
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Figura 5: Micrografias feitas por MEV-BSE. Superfície da fita produzida por solidificação rápida (A) e superfície do bulk produzido por laminação a frio (B).
A figura (6) apresenta os padrões de difração de raios-X para ambas as rotas
de processamento. A título de comparação, também foi realizada a DRX do
magnésio como recebido. Visando avaliar a textura cristalográfica, cada difratograma
foi normalizado em relação ao seu próprio pico. Tanto o magnésio, quanto zircônio,
possuem simetria hexagonal (P63/mmc, No. 194) com parâmetros de rede
razoavelmente semelhantes (18, 19), desta forma é impossível observar picos de
difração distintos.
Figura 6: Padrões de difração de raios-X: Magnésio como recebido; após a solidificação rápida (MS); Após laminação a frio (CR)
(A) (B)
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Comparando os difratogramas, é possível notar forte textura do tipo fibra em
(002) para a amostra laminada. Entretanto, um estudo mais detalhado da textura
cristalográfica na região do magnésio foi feito utilizando EBSD.
Figura 7: Imagem de pólo da projeção de [0001] feita por EBSD. Melt-spinning (A) e laminação a frio (B).
A exemplo do DRX, a figura de pólo da amostra laminada, exibida na figura (7),
apresenta textura preferencial na direção [0001], efeito este bem atenuado na
amostra processada por solidificação rápida. Este tipo de comportamento também
pode trazer grandes benefícios à ativação, principalmente na primeira absorção.
CONCLUSÕES
Neste trabalho, mostrou-se que a relação entre a rota de processamento e o
aditivo modifica sensivelmente a ativação do sistema. A priori, ambas as rotas não
apresentaram diferenças significativas na distribuição do tamanho médio de grão.
O bom desempenho no primeiro ciclo de absorção da amostra laminada quando
comparada à rota processada por solidificação rápida, pode estar associado a algumas
características estruturais, como a morfologia de superfície mais rugosa e irregular,
aumentando a relação área superficial/volume, a melhor dispersão do aditivo pela
superfície, o que facilita da dissociação do H2 pela superfície e a presença de textura
(A) (B)
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cristalográfica do tipo fibra em (002). O longo período de incubação apresentado pela
amostra produzida por melt-spinning ainda carece de estudos.
A cinética de dessorção para ambas as amostras apresentaram desempenho
superior ao magnésio puro, indicando que o zircônio exerce influência positiva nesta
etapa, principalmente para a amostra processada por melt-spinning. Entretanto, os
mecanismos que envolvem esta etapa ainda estão sendo estudados.
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos a FAPESP - pelo financiamento da pesquisa através do projeto
TEMÁTICO - processo N.: 2013/05987-8.
PROPERTIES OF HYDROGEN STORAGE OF THE ALLOY Mg – 8% wt. Zr
PROCESSED BY MELT-SPINNING AND COLD ROLLING
ABSTRACT
The feasibility of H2 as an energy carrier is associated with the overcoming of some
technological challenges, such as the development of safe and effective means for
its storage. Magnesium is considered a promising candidate for hydrogen storage
applications, due to its relative low cost and high gravimetric capacity of 7.6% wt. In
the present study, the activation kinetics are compared (first hydrogen absorption and
desorption) of the alloy Mg – 8% wt. Zr processed by two different routes, (i) rapid
solidification in melt-spinning furnace and (ii) cold rolling. The structural
characterization of the samples was done using the X-ray diffraction and scanning
electron microscopy techniques. The hydrogen storage properties were measured
using a volumetric apparatus. The cold rolled sample showed better activation
kinetics as compared to the other route, especially in the first absorption. This
improvement was attributed to the presence of crystallographic texture in (002) and
the changes in the surface morphology and the better distribuition of additive through
the material surface.
Keywords: Hydrogen Storage; Rapid Solidification; Cold Rolling, Mg-Zr Alloys.
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