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PROTECÇÃO SUPERFICIAL DO BETÃO. INFLUÊNCIA DA BASE NO
COMPORTAMENTO DE PRODUTOS DE IMPREGNAÇÃO
Beatriz Simões Guerreiro Monteiro Lopes
Dissertação para a obtenção do Grau de Mestre em
Engenharia Civil
Júri
Presidente: Professor Doutor Augusto Martins Gomes
Orientador: Doutora Maria Paula Marques da Costa Rodrigues
Orientador: Professor Doutor João Pedro Ramôa Ribeiro Correia
Vogal: Professor Doutor Fernando António Baptista Branco
Julho 2011
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
Universidade Técnica de Lisboa
Dissertação elaborada ao abrigo do protocolo IST-DECivil e LNEC.
i
RESUMO
A durabilidade de elementos de estruturas de betão armado pode ser definida como a capacidade
desses elementos manter um desempenho mínimo num determinado período de tempo, sob influência
de agentes agressivos. O betão armado apresenta uma boa durabilidade, no entanto, os agentes
naturais interagem com as estruturas, provocando o seu envelhecimento, levando a uma diminuição do
seu desempenho estrutural, estético ou funcional. Assim, a protecção de estruturas de betão armado
contra os agentes agressivos é um parâmetro de grande relevância, e que tem vindo a ser investigado,
com o intuito de impedir o aparecimento de anomalias, que depois conduzam a fenómenos de
degradação das mesmas.
A presente dissertação foca-se na protecção superficial de estruturas de betão, mais concretamente,
recorrendo-se à utilização de produtos de impregnação. O objectivo do estudo realizado consistiu em
avaliar a aplicabilidade e o efeito daqueles produtos na alteração do desempenho do betão em que são
aplicados, de acordo com a norma EN 1504 “Produtos e Sistemas para Protecção e Reparação de
Estruturas de Betão”, que apresenta procedimentos e exigências para este tipo de intervenções.
Para tal, foi realizada uma campanha experimental, na qual se produziram dois tipos de betão com
razões água/cimento (a/c) diferentes (MC0,40 e C0,70), cuja superfície foi preparada através de
diferentes técnicas, de forma a obterem-se diferentes rugosidades superficiais. Os processos de
preparação superficial escolhidos foram o jacto de água a 160 bar e o martelo de agulhas.
Seguidamente, foram seleccionados 3 tipos de produtos de protecção superficial de naturezas distintas
(silicatos, resinas de bases de solventes e de base aquosa) para posterior avaliação do seu efeito após
aplicação nos diferentes tipos de betões (com diferentes rugosidades superficiais). De acordo com a
norma EN 1504-2, foram avaliados os seguintes parâmetros: absorção capilar, resistência à abrasão,
resistência ao impacto, adesão do produto ao substrato (ensaio de pull-off) e profundidade de
penetração do produto no substrato.
O trabalho experimental realizado permitiu concluir que a aplicação de produtos de impregnação
melhorou de forma notória, o desempenho do betão, no que concerne à absorção capilar de água e à
resistência à abrasão. Relativamente aos restantes ensaios de avaliação de desempenho (ensaio de
resistência ao impacto, ensaio de pull-off) concluiu-se que a aplicação dos produtos não introduziu
mudanças significativas relativamente ao betão sem tratamento, o que pode ser explicado pelo facto da
penetração dos produtos ter sido muito reduzida. Por outro lado, foi também possível concluir que a
rugosidade do substrato influencia o comportamento dos produtos, mas de forma diferente conforme o
parâmetro em estudo. Relativamente aos dois tipos de betão, o betão com razão a/c de 0,40 apresenta
um comportamento superior em comparação com o betão com razão a/c de 0,70.
PALAVRAS CHAVE:
Betão; Produtos de Impregnação; Durabilidade; Rugosidade do substrato.
ii
iii
ABSTRACT
The durability of a concrete structural element can be defined as the ability of such element to maintain
a minimum performance during a given period of time under the influence of aggressive agents.
Reinforced concrete has a good durability; however, the natural agents interact with the structures,
causing their aging and leading to a reduction of their structural, aesthetic or functional performances.
Thus, the protection of concrete structures against aggressive agents is an important parameter, which
has been investigated in order to prevent the appearance of defects and degradation of concrete
structures.
This work focuses on the surface protection of concrete structures, more specifically, by using
impregnation products. Thus, an experimental investigation was carried out in order to study in further
depth the effect in concrete performance when using impregnation products, in accordance with EN
1504 Standard "Products and Systems for Protection and Repair of Concrete Structures," which specifies
procedures and requirements for such interventions.
In order to accomplish these purposes, two different types of concrete were produced with different
water/cement (w/c) ratios (MC0,40 e C0,70), and their surfaces were prepared by two different
techniques - mechanical abrasion using a water jet of 160 bar and a needle scaler -, in order to obtain
different surface roughnesses. Subsequently, three types of surface protection products of different
natures (silicates and solvent-based and water-based resins) were selected and applied in different
types of concrete (with different w/c ratios and surface roughnesses). According to EN 1504-2, the
following parameters were assessed to evaluate the influence of both products and surface preparation
techniques: water absorption, abrasion resistance, impact resistance, adhesion of the product to the
substrate (pull-off test)and penetration depth of the product (inside the substrate).
The overall findings of this study show that the application of impregnation products improved the
performance of concrete in terms of capillary water absorption and abrasion resistance. For the
remaining tests (impact resistance and pull-off test), the application of the impregnation products did
not introduce significant changes when compared to the concrete without treatment, which may stem
from the fact that the penetration of the products was very limited. On the other hand, it was also
possible to conclude that the roughness of the substrate influences the performance of the products,
but differently according to the parameter under study. For both types of concrete, the concrete
with the a/c ratio of 0.40 presents a superior performance when compared to the concrete with the
a/c ratio of 0.70, for all parameters studied.
KEY-WORDS:
Concrete; Impregnation Products; Durability; Substrate roughness.
iv
v
AGRADECIMENTOS
A realização desta dissertação deve-se a vários meses de trabalho, sendo que apenas foi
possível graças à contribuição valiosa de algumas pessoas a quem quero prestar os meus
agradecimentos.
Ao Professor Doutor João Correia, orientador científico desta dissertação, expresso o meu
agradecimento pela disponibilidade revelada ao longo de todo este trabalho e também pelos
conhecimentos, conselhos e sugestões valiosos que enriqueceram este trabalho.
À Engenheira Paula Rodrigues, co-orientadora desta dissertação, pela ajuda prestada na
campanha experimental e na análise dos resultados e pelos conhecimentos sobre o assunto,
uma vez que sem eles a realização deste trabalho não seria possível.
Aos bolseiros do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), Carla Branco e Ruben da
Rocha, pela preciosa ajuda durante toda a campanha experimental, sem a qual a concretização
deste trabalho não teria sido possível.
Ao Professor Pedro Paulo pela ajuda na realização do ensaio de avaliação da rugosidade e por
me ter disponibilizado todo o material necessário à sua concretização, assim como os
conhecimentos necessários.
Aos técnicos do Laboratório de Ensaios de Betões e Cimentos do LNEC pela execução das lajes
de betão utilizadas na campanha experimental.
Às empresas CHRYSO e BIU pela cortesia em cederem os produtos necessários à realização
desta campanha experimental.
À minha família pelo incentivo e ajuda ao longo de todo o meu percurso académico, em
especial à minha mãe pela revisão ortográfica da dissertação.
Ao Daniel pela ajuda prestada no transporte de material utilizado na realização dos ensaios e
no auxílio com a utilização de software.
Por fim, a todos os meus amigos que contribuíram de forma directa ou indirecta para a
realização deste trabalho.
vi
vii
ÍNDICE
RESUMO ......................................................................................................................................... i
ABSTRACT .................................................................................................................................... iii
AGRADECIMENTOS ....................................................................................................................... v
ÍNDICE .......................................................................................................................................... vii
ÍNDICE DE FIGURAS....................................................................................................................... xi
ÍNDICE DE QUADROS ................................................................................................................... xv
ABREVIATURAS .......................................................................................................................... xvii
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1
1.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS .............................................................................................. 1
1.2. OBJECTIVOS DA DISSERTAÇÃO ..................................................................................... 2
1.3. METODOLOGIA E ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO .................................................. 2
2. ESTADO DA ARTE .................................................................................................................. 5
2.1. EFEITO DAS ACÇÕES AMBIENTAIS NA DEGRADAÇÃO DE ESTRUTURAS DE BETÃO
ARMADO. ...................................................................................................................................... 5
2.2. CAUSAS DE DEGRADAÇÃO DO BETÃO ......................................................................... 6
2.2.1. Causas estruturais................................................................................................. 6
2.2.2. Causas físicas ........................................................................................................ 6
2.2.2.1. Desgaste superficial - abrasão e erosão…………………………………………………………9
2.2.2.2. Acção gelo/degelo………………………………………………………………………………………10
2.2.3. Causas químicas .................................................................................................... 9
2.2.3.1. Acção de sulfatos………………………………………………………………………………………..11
2.2.3.2. Acção de ácidos…………………………………………………………………………………………..12
2.2.3.3. Reacção álcalis-sílica……………………………………………………………………………………12
2.2.3.4. Corrosão de armaduras……………………………………………………………………………….13
2.3. ANOMALIAS EM ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO ................................................. 15
2.4. PROTECÇÃO E REPARAÇÃO DE ESTRUTURAS DE BETÃO........................................... 17
2.4.1. A norma EN 1504 ................................................................................................ 17
2.4.2. Métodos de protecção superficial ..................................................................... 21
2.4.2.1. Revestimentos superficiais………………………………………………………………………….25
2.4.2.2. Impregnantes hidrófugos………………………………………….…………………………………28
viii
2.4.2.3. Impregnantes………………………………………………………………………………………………36
2.4.3. Aplicação do sistema de protecção superficial.................................................. 38
2.4.3.1. Preparação do substrato……………………………………………………………………………..40
2.4.3.2. Condições de aplicação……………………………………………………………………………….42
2.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 40
3. CAMPANHA EXPERIMENTAL .............................................................................................. 43
3.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 43
3.2. PLANIFICAÇÃO DA CAMPANHA EXPERIMENTAL ....................................................... 43
3.2.1. 1ª Fase da campanha .......................................................................................... 43
3.2.2. 2ª Fase da campanha .......................................................................................... 44
3.2.3. 3ª Fase da campanha .......................................................................................... 44
3.3. PRODUÇÃO E PREPARAÇÃO DOS PROVETES ............................................................. 45
3.3.1. Execução de lajes de betão ................................................................................ 45
3.3.2. Tratamentos superficiais .................................................................................... 46
3.3.3. Corte das lajes de betão ..................................................................................... 47
3.3.4. Estabilização do teor em humidade ................................................................... 49
3.3.4.1. Procedimento……………………………………………………………………………………………..51
3.3.4.2. Análise de resultados………………………………………………………………………………….51
3.4. CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTOS ........................................................................... 51
3.4.1. Determinação da massa volúmica ..................................................................... 53
3.4.2. Determinação do teor em matérias não voláteis .............................................. 56
3.4.3. Espectrofotometria de Infravermelhos com transformada de Fourier (FTIR) . 58
3.5. APLICAÇÃO DOS PRODUTOS ...................................................................................... 60
3.6. AVALIAÇÃO DA RUGOSIDADE .................................................................................... 61
3.6.1. Textura superficial – método do perfil .............................................................. 61
3.6.2. Determinação do índice de rugosidade ............................................................. 62
3.7. ENSAIOS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS PRODUTOS ................................... 63
3.7.1. Introdução ........................................................................................................... 63
3.7.2. Ensaio de absorção capilar ................................................................................. 64
3.7.2.1. Geometria dos provetes……………………………………………………………………………..66
3.7.2.2. Procedimento………………………………………………………………………………………….....66
3.7.2.3. Análise de resultados………………………………………………………………………………….68
ix
3.7.3. Ensaio da resistência à abrasão ......................................................................... 67
3.7.3.1. Geometria dos provetes……………………………………………………………………………..69
3.7.3.2. Procedimento……………………………………………………………………………………………..70
3.7.3.3. Análise de resultados………………………………………………………………………………….71
3.7.4. Ensaio da resistência ao impacto ....................................................................... 70
3.7.4.1. Geometria de provetes……………………………………………………………………………….72
3.7.4.2. Procedimento……………………………………………………………………………………………..72
3.7.4.3. Análise de resultados………………………………………………………………………………….73
3.7.5. Ensaio de pull-off ................................................................................................ 72
3.7.5.1. Geometria dos provetes……………………………………………………………………………..74
3.7.5.2. Procedimento……………………………………………………………………………………………..75
3.7.6. Ensaio da penetração ......................................................................................... 74
3.7.6.1. Geometria dos provetes……………………………………………………………………………..76
3.7.6.2. Procedimento……………………………………………………………………………………………..76
3.7.6.3. Análise de resultados………………………………………………………………………………….78
4. ANÁLISE DE RESULTADOS ................................................................................................... 77
4.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 77
4.2. PROPRIEDADES DOS BETÕES ..................................................................................... 77
4.2.1. Propriedades mecânicas ..................................................................................... 77
4.2.2. Teor em humidade ............................................................................................. 79
4.3. CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTOS ........................................................................... 80
4.3.1. Determinação da massa volúmica ..................................................................... 80
4.3.2. Determinação do teor em matérias não voláteis .............................................. 80
4.3.3. Espectros de absorção no infravermelho .......................................................... 81
4.4. CONSUMOS NA APLICAÇÃO DOS PRODUTOS ........................................................... 83
4.4.1. Resultados gerais e efeito do tipo de betão .............................................................. 83
4.4.2. Efeito do tipo de preparação de superfície ....................................................... 87
4.5. AVALIAÇÃO DA RUGOSIDADE .................................................................................... 91
4.5.1. Moldes de plasticina ........................................................................................... 91
4.5.2. Ensaio de espalhamento de areia ...................................................................... 92
4.5.3. Comparação dos métodos .................................................................................. 93
x
4.6. DESEMPENHO DOS PRODUTOS ................................................................................. 94
4.6.1. Absorção capilar de água ................................................................................... 94
4.6.1.1. Resultados das diferentes rugosidades de acordo com cada tipo de
produto………………………………………………………………………………………………………………………………….98
4.6.1.2. Comparação dos diferentes produtos de acordo com a rugosidade………….100
4.6.2. Resistência à abrasão ....................................................................................... 100
4.6.3. Resistência ao impacto ..................................................................................... 104
4.6.4. Avaliação da adesão entre o produto e o substrato através do ensaio de pull-off ........................ 109
4.6.5. Penetração ........................................................................................................ 116
4.7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 116
5. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS ............................................................ 119
5.1. CONCLUSÕES............................................................................................................. 119
5.2. PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTOS FUTUROS .................................................... 120
ANEXO A……………………………………………………….……………………………………………………………..………127
ANEXO B………………………………………………………………………………..…………………………………………….135
ANEXO C……………………………………………………………………………………………………………………………….141
ANEXO D…..………………………………………………………………………………………………………………………….145
ANEXO E……………………………………………………………………………………………………………………………….159
ANEXO F……………………………………………………………………………………………………………………………….163
xi
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 2.1 – Causas de degradação de estruturas de betão armado. .......................................................... 6
Figura 2.2 – Abrasão em pavimento derivada de tráfego automóvel. ......................................................... 7
Figura 2.3 - Desgaste de estrutura de betão devido à acção da erosão. ...................................................... 8
Figura 2.4 - Fissuração de estrutura de betão devido à acção do gelo/degelo. ........................................... 8
Figura 2.5 - Desagregação do betão devido a ataques de sulfatos. ............................................................. 9
Figura 2.6 – Desagregação do betão devido a ataques de ácidos. ............................................................. 10
Figura 2.7 - Fissuração de estrutura de betão devido à reacção álcalis-sílica. ........................................... 11
Figura 2.8 - Processo de corrosão das armaduras. ..................................................................................... 11
Figura 2.9 – Ensaio com fenoftaleína para determinar a profundidade de carbonatação. ....................... 13
Figura 2.10 - Exemplo de estrutura de betão armado afectada pelo fenómeno da corrosão de
armaduras. ......................................................................................................................................... 13
Figura 2.11 - Exemplo de estrutura de betão armado afectada pelo fenómeno da corrosão de
armaduras. ......................................................................................................................................... 13
Figura 2.12 – Mecanismos de transporte de iões cloreto em estruturas de betão armado. ..................... 15
Figura 2.13 - Descasque do betão devido à concentração excessiva de armaduras num pilar de betão
armado............................................................................................................................................... 16
Figura 2.14 – Fluxograma de escolha de tratamento superficial. .............................................................. 22
Figura 2.15 - Relações entre os “princípios” e os métodos de protecção a adoptar. ................................ 23
Figura 2.16 – Representação esquemática de um revestimento superficial. ............................................ 24
Figura 2.17 – Representação esquemática de um impregnante hidrófugo. .............................................. 27
Figura 2.18 – Estrutura química de silanos (a) e siloxanos (b). .................................................................. 28
Figura 2.19 – Reacção entre siloxanos e o substrato de betão. ................................................................. 28
Figura 2.20 – Funcionamento de um produto hidrófugo. .......................................................................... 29
Figura 2.21 – Ensaio de absorção de água, adaptado de. .......................................................................... 31
Figura 2.22 – Ensaio de absorção e evaporação, adaptado de. ................................................................. 31
Figura 2.23 – Ensaio de absorção capilar a vários sistemas de protecção superficial. ............................... 32
Figura 2.24 – Representação esquemática de um impregnante com preenchimento total e parcial. ...... 34
Figura 2.25 – Estrutura química do polímero epoxi. .................................................................................. 36
Figura 2.26 – Resultados do ensaio de absorção de água para as diferentes concentrações de silicatos. 37
Figura 2.27 – Resultados do ensaio de resistência à abrasão para as diferentes concentrações de
silicatos. ............................................................................................................................................. 38
Figura 3.1 a) e b) – Aplicação de jacto de água nas lajes de betão. ........................................................... 46
Figura 3.2 a) e b) – Aplicação do martelo de agulhas nas lajes de betão. .................................................. 47
Figura 3. 3 – Serra diamantada utilizada no corte das lajes de betão ........................................................ 48
Figura 3.4 - Imersão dos provetes em água. .............................................................................................. 50
Figura 3.5 - Colocação dos provetes na estufa. .......................................................................................... 50
Figura 3.6 - Arrefecimento dos provetes no excicador. ............................................................................. 50
Figura 3.7 – Utilização do humidímetro para a leitura do teor em humidade superficial. ........................ 51
Figura 3.8 – Produto P3 e componentes A e B dos produtos P1 e P2 em banho de água. ........................ 54
Figura 3.9 – Temperatura constante do banho de água. ........................................................................... 54
Figura 3.10 – Mistura dos componentes A e B do produto P1. .................................................................. 54
Figura 3.11 – Mistura dos componentes A e B do produto P2. .................................................................. 54
Figura 3.12 – Pesagem da massa dos pincómetros. ................................................................................... 55
Figura 3.13 – Colocação dos produtos nos picnómetros. .......................................................................... 55
Figura 3.14 – Limpeza do excesso de líquido dos picnómetros. ................................................................ 56
xii
Figura 3.15 – Pesagem da massa dos picnómetros+produtos. .................................................................. 56
Figura 3.16 - Pesagem das cápsulas. .......................................................................................................... 57
Figura 3.17 - Pesagem das cápsulas. .......................................................................................................... 57
Figura 3.18 - Colocação das cápsulas com as amostras na estufa. ............................................................ 57
Figura 3.19 - Arrefecimento das cápsulas no excicador. ............................................................................ 57
Figura 3.20 - Pesagem das cápsulas com as amostras após o arrefecimento. ........................................... 57
Figura 3.21 – Aparelho que utiliza feixe de energia contendo o espectro infravermelho. ........................ 59
Figura 3.22 – Aplicação do produto P1 e P2 directamente na “janela”. .................................................... 59
Figura 3.23 – Secagem do produto P3 em papel teflon. ............................................................................ 59
Figura 3.24 – Aplicação do produto utilizando uma trincha. ..................................................................... 61
Figura 3.25 – Condicionamento dos provetes durante o processo de secagem. ....................................... 61
Figura 3.26 – Molde de plasticina............................................................................................................... 62
Figura 3.27 – Prensagem do molde de plasticina na superfície de betão. ................................................. 62
Figura 3.28 – Disposição da areia na superfície do provete de betão. ....................................................... 63
Figura 3.29 – Espalhamento da areia na superfície do provete com recurso a um disco. ......................... 63
Figura 3.30 – Icosit K101 N da SIKA. ........................................................................................................... 65
Figura 3.31 – Aplicação do selante. ............................................................................................................ 65
Figura 3.32 – Condicionamento dos provetes. ........................................................................................... 65
Figura 3.33 – Imersão dos provetes em água potável. ............................................................................... 66
Figura 3.34 – Pesagem dos provetes após a imersão em água. ................................................................. 66
Figura 3.35 – Execução dos furos nos provetes destinados ao ensaio de resistência à abrasão. .............. 68
Figura 3.36 – Abrasímetro de Taber. .......................................................................................................... 68
Figura 3.37 – Colocação do provete no equipamento abrasímetro de Taber. ........................................... 68
Figura 3.38 – Rodas abrasivas H22 e massas de 1000 g acopladas ao equipamento. ............................... 69
Figura 3.39 – Ensaio de impacto de uma esfera de grande diâmetro. ....................................................... 71
Figura 3.40 – Medição do diâmetro de impacto com recurso a uma craveira. .......................................... 72
Figura 3.41 – Medição da profundidade do local de impacto com recurso a um medidor de espessuras.
........................................................................................................................................................... 72
Figura 3.42 – Encaixe do equipamento de pull-off no parafuso da pastilha. ............................................. 73
Figura 3.43 – Rotação da manivela que possibilita a aplicação de força de tracção. ................................. 73
Figura 3.44 – Prensa utilizada para criar uma abertura no provete de betão............................................ 74
Figura 3.45 – Superfície da fractura borrifada com água. .......................................................................... 75
Figura 3.46 – Medição da profundidade de penetração do produto com um comparador de fissuras. ... 75
Figura 4.1 – Resultados do ensaio de resistência à compressão (fc) e à tracção por compressão diametral
(fct). ................................................................................................................................................... 78
Figura 4.2 – P1 – componente A (base solvente) ....................................................................................... 81
Figura 4.3 – P1 – componente B ................................................................................................................. 82
Figura 4.4 – P2 - componente A ................................................................................................................. 82
Figura 4.5 – P2 - componente B (base aquosa) .......................................................................................... 83
Figura 4.6 – P3 ............................................................................................................................................ 83
Figura 4.7 – Massa de produto P1 aplicada nos diferentes tipos de provetes. .......................................... 85
Figura 4.8 - Massa de produto P2 aplicada nos diferentes tipos de provetes. .......................................... 86
Figura 4.9 – Massa de produto P3 aplicada nos diferentes tipos de provetes. .......................................... 87
Figura 4.10 – Massa de produto P1 aplicada nos diferentes tipos de provetes. ........................................ 88
Figura 4.11 – Massa de produto P2 aplicada nos diferentes provetes. ..................................................... 89
Figura 4.12 – Massa de produto P3 aplicada nos diversos tipos de provetes. ........................................... 90
Figura 4.13 – Índice de rugosidade superficial obtido através da análise de moldes de plasticina. .......... 91
Figura 4.14 – Índice de rugosidade superficial obtido através do ensaio de espalhamento de areia. ...... 92
xiii
Figura 4.15 – Comparação entre os dois métodos de avaliação da rugosidade. ....................................... 93
Figura 4.16 – Exemplo de uma curva de velocidade de transmissão de água líquida................................ 94
Figura 4.17 – Velocidade de transmissão de água líquida do B1.SP........................................................... 96
Figura 4.18 – Velocidade de transmissão de água líquida do B2.SP........................................................... 96
Figura 4.19 – Velocidade de transmissão de água líquida do B1.P1. ......................................................... 97
Figura 4.20 – Velocidade de transmissão de água líquida do B2.P1. ......................................................... 97
Figura 4.21 – Velocidade de transmissão de água líquida do B1.P2. ......................................................... 97
Figura 4.22 – Velocidade de transmissão de água líquida do B2.P2. ......................................................... 97
Figura 4.23 – Velocidade de transmissão de água líquida do B1.P3. ......................................................... 98
Figura 4.24 – Velocidade de transmissão de água líquida do B2.P3. ......................................................... 98
Figura 4.25 – Velocidade de transmissão de água líquida do B1.R0. ......................................................... 99
Figura 4.26 – Velocidade de transmissão de água líquida do B2.R0. ......................................................... 99
Figura 4.27 – Velocidade de transmissão de água líquida do B1.R1. ......................................................... 99
Figura 4.28 – Velocidade de transmissão de água líquida do B2.R1. ......................................................... 99
Figura 4.29 – Velocidade de transmissão de água líquida do B1.R2. ....................................................... 100
Figura 4.30 – Velocidade de transmissão de água líquida do B2.R2. ....................................................... 100
Figura 4.31 – Melhoria da resistência à perda de massa por abrasão em provetes do tipo B1............... 101
Figura 4.32 - Resultados do ensaio de abrasão para o betão do tipo B2. ................................................ 103
Figura 4.33 – Zona de impacto num provete do tipo B1. ......................................................................... 104
Figura 4.34 – Zona de impacto num provete do tipo B2. ......................................................................... 104
Figura 4.35 – Comparação dos diâmetros da zona de impacto das diferentes rugosidades, para o B1. . 106
Figura 4.36 – Comparação dos diâmetros da zona de impacto das diferentes rugosidades, para o B2. . 108
Figura 4.37 – Tipos de rotura que podem ser visualizados no ensaio. ..................................................... 109
Figura 4.38 – Rotura pelo betão (A). ........................................................................................................ 110
Figura 4.39 – Rotura pela cola (Y). ............................................................................................................ 110
Figura 4.40 – Rotura pela interface entre a camada de produto e a superfície de betão (A/B). ............. 110
Figura 4.41 – Resultados do ensaio de pull-off para o betão do tipo B1. ................................................. 112
Figura 4.42 – Resultados do ensaio de pull-off para o betão do tipo B2.................................................. 114
xiv
xv
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 2.1 – Anomalias de durabilidade e causas mais comuns. ............................................................. 16
Quadro 2.2 - Métodos de protecção/reparação de anomalias referentes ao betão. ................................ 20
Quadro 2.3 - Métodos de protecção/reparação de anomalias referentes à corrosão de armaduras. ...... 21
Quadro 2.4 – Revestimentos superficiais recomendados tendo em conta as condições de serviço. ........ 26
Quadro 3.1 – Ensaios realizados ao longo da 2ª fase experimental. .......................................................... 44
Quadro 3.2 – Composição do betão tipo B1 (MC0,40). .............................................................................. 45
Quadro 3.3 – Composição do betão tipo B2 (C0,70). ................................................................................. 45
Quadro 3.4 – Dimensões dos provetes referentes aos diferentes ensaios. ............................................... 48
Quadro 3.5 – Gama de valores de humidade no humidímetro. ................................................................. 51
Quadro 3.6 – Resumo das características do produto P1 .......................................................................... 52
Quadro 3.7 – Resumo das características do produto P2 .......................................................................... 53
Quadro 3.8 – Resumo das características do produto P3 .......................................................................... 53
Quadro 3.9 - Proporções necessárias para se efectuarem as misturas dos produtos P1 e P2................... 55
Quadro 3.10 – Rendimentos necessários para a aplicação dos produtos. ................................................. 60
Quadro 3.11 – Número, dimensões e figura exemplificativa dos provetes utilizados no ensaio de
absorção capilar. ................................................................................................................................ 64
Quadro 3.12 – Número, dimensões e figura exemplificativa dos provetes utilizados no ensaio de
resistência à abrasão. ........................................................................................................................ 67
Quadro 3.13 – Número, dimensões e figura exemplificativa dos provetes utilizados no ensaio de
resistência ao impacto. ...................................................................................................................... 70
Quadro 3.14 – Número, dimensões e figura exemplificativa dos provetes utilizados no ensaio do pull-off.
........................................................................................................................................................... 72
Quadro 4.1 – Parâmetros relativos aos provetes cúbicos usados no ensaio de resistência à compressão.
.................................................................................................................................................................... 77
Quadro 4.2 – Parâmetros relativos aos provetes cilindricos ensaio de resistência à tracção por
compressão diametral. ............................................................................................................................... 78
Quadro 4.3 – Classificação dos valores obtidos através da utilização do humidímetro. ........................... 79
Quadro 4.4 – Resultados da estabilização da humidade dos provetes do tipo B1. ................................... 79
Quadro 4.5 – Resultados da estabilização da humidade dos provetes do tipo B2. ................................... 79
Quadro 4.6 – Resultados do ensaio de determinação da massa volúmica dos produtos. ......................... 80
Quadro 4.7 – Resultados do ensaio para a determinação do teor em matéria não volátil. ...................... 81
Quadro 4.8 – Massa aplicada de produto P1. ............................................................................................ 84
Quadro 4.9 – Massa aplicada de produto P2. ............................................................................................ 85
Quadro 4.10 – Massa aplicada de produto P3. .......................................................................................... 86
Quadro 4.11 – Índice de rugosidade superficial obtido através da análise de moldes de plasticina. ........ 91
Quadro 4.12 – Índice de rugosidade superficial obtido através do ensaio de espalhamento de areia. .... 92
Quadro 4.13 – Resultados do coeficiente de absorção capilar para os diferentes provetes. .................... 95
Quadro 4.14 – Resultados do ensaio de abrasão para o betão do tipo B1. ............................................. 101
Quadro 4.15 – Resultados do ensaio de abrasão para o betão do tipo B2. ............................................. 103
Quadro 4.16 – Resultados do ensaio de pull-off para o betão do tipo B1. .............................................. 111
Quadro 4.17 - Resultados do ensaio de pull-off para o betão do tipo B2. ............................................... 113
xvi
xvii
ABREVIATURAS
B1 – betão MC0,40.
B2 – betão C0,70.
SP – provete sem qualquer de produto de impregnação.
P1 – provete com aplicação de produto de resina epóxida com base de solventes.
P2 – provete com aplicação de produto de resina epóxida com base aquosa.
P3 – provete com aplicação de produto à base de silicatos.
R0 – provete com superfície regular, não tratada
R1 – provete com superfície preparada com jacto de água.
R2 – provete com superfície preparada com martelo de agulhas.
xviii
INTRODUÇÃO
1
1. INTRODUÇÃO
1.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
A utilização do betão armado na indústria da construção civil cresceu exponencialmente a
partir do início do século XX, especialmente para atender às grandes necessidades de
construção no pós-guerra. No entanto, a partir da segunda metade do século XX, a indústria da
construção começou a confrontar-se com o aumento dos danos causados em estruturas de
betão armado, bem como os acréscimos dos custos necessários para repará-las.
A durabilidade de estruturas de betão armado pode ser definida como a capacidade de um
edifício, componente, estrutura ou produto manter um desempenho mínimo num
determinado período de tempo, sob influência de agentes agressivos [1]. O betão armado
apresenta uma boa durabilidade, no entanto, os agentes naturais interagem com as
estruturas, provocando o seu envelhecimento, levando a uma diminuição do seu desempenho
estrutural, estético ou funcional.
Em Portugal, as estruturas de betão armado começaram a ser edificadas de forma
generalizada nos anos 60, representando, actualmente, mais de 45% do parque habitacional
edificado e grande parte das obras de arte e estruturas industriais existentes. Hoje em dia,
mais de 20% dos edifícios com estruturas de betão armado apresentam necessidade de
reparações médias a grandes, tornando-se urgente a reparação destas estruturas [2].
Como se pode verificar, a protecção de estruturas de betão armado contra os agentes
agressivos é um parâmetro de grande relevância, e que tem vindo a ser investigado com o
intuito de impedir o aparecimento de anomalias, que depois conduzam a fenómenos de
degradação das mesmas. No entanto, a protecção de estruturas de betão armado é um campo
de investigação muito vasto, existindo, hoje em dia, muitos tipos de sistemas que contribuem
para este fim. Com este intuito, foi recentemente publicada a norma EN 1504 “Produtos e
Sistemas para Protecção e Reparação de Estruturas de Betão” *1+, que apresenta
procedimentos e exigências para este tipo de intervenções.
A presente dissertação foca-se na protecção superficial de estruturas de betão, mais
concretamente recorrendo-se à utilização de produtos de impregnação, como silicatos e
resinas. Em particular, foi realizado um estudo experimental sobre produtos de impregnação e
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
2
a sua aplicabilidade e desempenho em função das características do betão em que são
aplicados.
1.2. OBJECTIVOS DA DISSERTAÇÃO
A presente dissertação pretende contribuir para o aprofundamento do conhecimento relativo
à protecção superficial de betões, por meio de produtos impregnantes, utilizados com o
objectivo de melhorar a durabilidade de estruturas de betão armado e aumentar a sua vida
útil. Os objectivos desta dissertação consistiram na avaliação do comportamento de sistemas
de protecção superficial de betão à base de produtos impregnantes e no estudo da influência
do substrato no seu comportamento, nomeadamente, o efeito do tipo de betão e da
rugosidade do suporte no desempenho daqueles produtos.
Para tal, foi realizada uma campanha experimental, na qual se produziram dois tipos de betão
com razões água/cimento diferentes (MC0,40 e C0,70), cuja superfície foi modificada por
acções mecânicas, de forma a obterem-se diferentes rugosidades superficiais. Os processos de
modificação superficial escolhidos foram o jacto de água a 160 bar e o martelo de agulhas.
Seguidamente, foram seleccionados 3 tipos de produtos de protecção superficial de naturezas
distintas para posterior avaliação do seu comportamento após aplicação nos dois betões com
diferentes rugosidades superficiais. De acordo com a norma EN 1504-2, foram avaliados os
seguintes parâmetros de desempenho: absorção capilar [3], resistência à abrasão [4],
resistência ao impacto [5], adesão do produto ao substrato (ensaio de pull-off) [6] e
profundidade de penetração do produto no substrato [1].
É importante salientar que o objectivo último da dissertação foi estabelecer os
comportamentos dos diferentes produtos estudados face às diferentes acções e, por outro
lado, evidenciar a influência do estado de preparação do substrato e das suas características
no comportamento dos produtos nele aplicados.
1.3. METODOLOGIA E ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO
A metodologia utilizada para a realização do presente trabalho de investigação assentou,
numa primeira fase, na recolha de informação através de várias bases de dados de artigos
científicos e técnicos nacionais e internacionais. Esta pesquisa bibliográfica teve como
objectivo a aquisição de conhecimentos gerais sobre protecção superficial de betões e,
INTRODUÇÃO
3
também, a obtenção de informação sobre os ensaios a realizar ao longo da campanha
experimental e proceder às necessárias adaptações.
Na segunda etapa, elaborou-se o plano de ensaios, com base em normas europeias, contendo
todas as acções a realizar durante a campanha experimental, bem como as adaptações
realizadas ao caso em estudo. Assim, foram definidos todos os detalhes dos ensaios,
monitorização dos resultados, recursos e quantidades de materiais necessários.
Depois da planificação, seguiu-se a etapa de execução da campanha experimental, que se
dividiu em 3 fases. A primeira fase correspondeu à preparação de todo o material necessário à
realização dos ensaios, ou seja, a execução das lajes de betão, o tratamento da superfície do
betão, o corte das lajes de betão, a estabilização da humidade do betão, a caracterização e a
aplicação dos produtos de protecção superficial. A segunda fase da campanha experimental
destinou-se à avaliação quantitativa e qualitativa da rugosidade superficial dos provetes de
betão através de dois métodos: o ensaio de espalhamento de areia [7] e a execução de moldes
de plasticina para posterior avaliação da rugosidade. Por fim, a terceira fase da campanha
consistiu na realização dos ensaios preconizados na norma EN 1504-2 [1], de forma a avaliar o
comportamento dos sistemas de protecção superficial à absorção capilar de água [3], abrasão
[4], impacto [5], penetração no substrato [1] e adesão ao substrato [6]. O comportamento dos
sistemas de protecção foi avaliado para diferentes tipos de betão e com rugosidades
superficiais também variáveis.
Por fim, os resultados dos vários ensaios realizados nas 3 fases da campanha foram analisados,
tratados e comparados, de forma a poder obter-se um comportamento padrão para cada
produto e evidenciar a influência que o substrato e o tipo de betão têm no desempenho dos
produtos.
Na última etapa, concretizou-se todo o trabalho realizado durante a campanha experimental.
As informações recolhidas e todas as análises, discussões e conclusões foram compiladas e
apresentadas na forma de uma dissertação, dividida em 5 capítulos, conforme se apresenta de
seguida:
Capítulo 1 – este capítulo consiste numa introdução ao tema abordado ao longo da
dissertação, apresentando-se algumas considerações gerais sobre durabilidade e
protecção superficial de betões. São definidos os objectivos da dissertação e a
metodologia utilizada para a sua elaboração.
Capítulo 2 – o segundo capítulo destina-se à apresentação da informação obtida na
pesquisa bibliográfica realizada a nível nacional e internacional. Apresentam-se
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
4
também resultados de várias campanhas experimentais efectuadas por outros
investigadores e cujos resultados possam ser pertinentes para posterior comparação
com os obtidos no presente estudo.
Capítulo 3 – neste capítulo apresentam-se as diferentes fases da campanha
experimental, bem como a descrição dos diferentes ensaios realizados e informações
sobre a posterior apreciação dos resultados obtidos.
Capítulo 4 – este capítulo destina-se à apresentação, avaliação e comparação dos
resultados obtidos nos vários ensaios e à definição das diferentes combinações de
parâmetros estudados. Para além disso, procede-se à confrontação dos resultados
obtidos com estudos de outros investigadores.
Capítulo 5 – por fim, este capítulo destina-se à apresentação das principais conclusões
do estudo realizado e indicam-se sugestões para desenvolvimentos futuros.
ESTADO DA ARTE
5
2. ESTADO DA ARTE
Neste capítulo, pretende-se apresentar, de forma sucinta, resultados obtidos noutras
investigações relativas à aplicação de produtos de protecção superficial.
Num primeiro ponto, são brevemente apresentados os principais factores de degradação de
estruturas de betão, assim como as anomalias deles resultantes. De seguida, são expostos os
métodos de protecção de estruturas de betão armado, de acordo com a norma EN 1504 [1] e
são ainda focados aspectos genéricos relativos à aplicação dos sistemas de protecção no
betão.
Finalmente, são salientados os aspectos considerados mais pertinentes para a realização da
campanha experimental e posterior análise e discussão dos resultados.
2.1. EFEITO DAS ACÇÕES AMBIENTAIS NA DEGRADAÇÃO DE
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO
Ao longo do período de vida de útil das estruturas de betão armado existem diversos factores
que provocam a degradação das mesmas. Deste modo, para além do projecto estrutural, é
cada vez mais importante a existência de um projecto de durabilidade rigoroso, o qual abranja
os efeitos de degradação dos agentes que possam existir no meio ambiente em que a
estrutura de betão será inserida. É também importante conceber as estruturas de uma forma
flexível, permitindo a substituição dos componentes degradados e, por último, devem ser
criadas as condições de acesso à estrutura para que possam ser calendarizadas inspecções e
operações de manutenção e limpeza [8].
Segundo Dhir et al. [9], as principais causas de degradação de estruturas de betão, assentam
em erros de projecto (50%), de construção e manutenção (40%) e deficiências nos materiais
(10%). Por outro lado, é de extrema importância a consideração dos agentes ambientais aos
quais as estruturas de betão estarão expostas, uma vez que serão factores determinantes para
a durabilidade das mesmas. No entanto, existem diversos motivos, que se prendem com
problemas em obra, de que são exemplo a má colocação do betão em obra ou condições de
cura inadequadas, que provocam a degradação de estruturas de betão. Por fim, é também
relevante referir que a utilização de constituintes do betão contaminados ou reactivos pode
provocar reacções que levam à degradação do betão.
A degradação de estruturas de betão é originada pela degradação do próprio betão ou devido
à corrosão das armaduras, sendo a segunda causa a mais frequente e difícil de solucionar. A
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
6
Figura 2.1 apresenta, resumidamente, as causas de degradação de estruturas de betão
armado.
Figura 2.1 – Causas de degradação de estruturas de betão armado [12].
Os factores que provocam anomalias no betão com mais relevância para o conteúdo do
presente trabalho são os ataques estruturais e físicos.
2.2. CAUSAS DE DEGRADAÇÃO DO BETÃO
2.2.1. Causas estruturais
As causas de degradação de origem estrutural incluem cargas excessivas na estrutura,
assentamentos das fundações, explosões ou vibrações [12].
Estas acções podem ou não estar abrangidas nos cálculos de projecto e conduzem
eventualmente a anomalias como fendilhação, fragmentação e desagregação do betão, ou
deslocamentos e deformações excessivas da estrutura.
2.2.2. Causas físicas
A degradação do betão pode também ser causada por acções de origem de física, tais como
ciclos gelo-degelo, acções térmicas, cristalização de sais, erosão, abrasão ou retracção
plástica [12]. As anomalias que resultam das causas de origem física são essencialmente a
ESTADO DA ARTE
7
fissuração e a fragmentação do betão que, mais tarde, se podem tornar ou conduzir a
anomalias mais graves.
2.2.2.1. Desgaste superficial – abrasão e erosão
A causa de origem física com maior relevância no âmbito deste estudo é a abrasão, tendo a
resistência a este agente sido uma das características ensaiadas. A abrasão caracteriza-se pelo
efeito repetido de uma acção de fricção que causa a degradação da superfície de betão. O
efeito provocado por esta acção no betão poderá ser progressivo, mas mais intenso em alguns
locais, o que poderá levar à fissuração e fragmentação do mesmo. Esta acção ocorre
frequentemente nos pisos de garagens, devido à fricção imposta pelo tráfego de automóveis
(Figura 2.2) [2].
Figura 2.2 – Abrasão em pavimento derivada de tráfego automóvel [13].
Outro fenómeno que origina o desgaste superficial do betão é a erosão que resulta da acção
de agentes dinâmicos externos, como o vento, a água, o ar e os seres vivos, e que vai
provocando a perda progressiva de material (Figura 2.3). A gravidade deste fenómeno
depende do tipo de agente erosivo, bem como da sua intensidade.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
8
Figura 2.3 - Desgaste de estrutura de betão devido à acção da erosão [14].
2.2.2.2. Acção gelo/degelo
Os ciclos gelo/degelo são também um mecanismo de deterioração do betão, que ocorre
geralmente em países que possuem um clima frio. Este fenómeno ocorre quando a água se
aloja nos poros do betão e, ao atingir o ponto de solidificação (< 0˚) aumenta cerca de 8% o
seu volume. Deste modo, caso não exista espaço suficiente, a expansão da água causa tensões
no betão, forçando as paredes dos poros a deformar. Estes ciclos, ao longo dos anos,
conduzem à fendilhação e desagregação progressivas da estrutura de betão (Figura 2.4).
Figura 2.4 - Fissuração de estrutura de betão devido à acção do gelo/degelo [15].
ESTADO DA ARTE
9
2.2.3. Causas químicas
As acções químicas que podem provocar a degradação de betão são a reacção álcalis-agregado
e a acção de agentes agressivos tais como água, sulfatos, sais e soluções ácidas. Anomalias
como fissuração, fragmentação, desagregação, delaminação e coloração do betão podem ser
causadas por acções de origem química [12].
2.2.3.1. Acção de sulfatos
As anomalias causadas por ataques de sulfatos ocorrem devido à reacção entre sulfatos em
solução e a pasta de cimento hidratada. Este fenómeno pode seguir dois caminhos distintos:
por um lado, pode levar à expansão do betão, devido à reacção entre os sulfatos e os
aluminatos de cálcio, o que vai originar a fissuração do betão e, consequentemente, facilitar a
penetração de substâncias agressivas que levam à desagregação do betão; por outro lado,
pode ocorrer uma perda progressiva de resistência devido à decomposição dos produtos
hidratados da pasta de cimento, o que conduz, de igual modo, à desagregação do betão
(Figura 2.5) [16].
Figura 2.5 - Desagregação do betão devido a ataques de sulfatos [17].
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
10
2.2.3.2. Acção de ácidos
O processo de ataque de ácidos ocorre devido à alcalinidade da pasta de cimento (e dos
agregados calcários), que não lhe confere resistência a este tipo de ataques. Deste modo, os
compostos de cálcio transformam-se em sais de cálcio solúveis, o que provoca a decomposição
da pasta de cimento, como se pode observar na Figura 2.6 [16].
Figura 2.6 – Desagregação do betão devido a ataques de ácidos [17].
2.2.3.3. Reacção álcalis-sílica
A reacção álcalis-agregado ocorre devido, entre outros factores, ao ingresso de água na
estrutura, sendo as mais prejudiciais as que ocorrem com agregados siliciosos (por exemplo,
calcedónia ou opala), caso do viaduto Duarte Pacheco em Lisboa. Nestes casos, origina-se um
composto expansivo que se deposita na superfície dos agregados. O processo dá-se devido à
presença de hidróxidos alcalinos na solução dos poros de betão que atacam a sílica reactiva
presente nos agregados, de acordo com a seguinte reacção expressa pela equação 2.2:
(2.2)
Com efeito, as reacções descritas dão origem a um gel silicato alcalino, que tem a capacidade
de absorver uma considerável quantidade de água, o que vai provocar aumento de volume do
ESTADO DA ARTE
11
gel em questão, bem como tensões internas no betão, que levam à fissuração do mesmo
(Figura 2.7), à perda de características mecânicas e, eventualmente, à sua delaminação [16].
Figura 2.7 - Fissuração de estrutura de betão devido à reacção álcalis-sílica [18].
2.2.3.4. Corrosão de armaduras
A corrosão e consequente exposição de armaduras é um dos processos mais recorrentes em
betão e ocorre quando o pH do betão de recobrimento, junto às armaduras, diminui para
valores inferiores a 9 ou quando a concentração de iões cloreto atinge valores superiores ao
teor crítico de cloretos. Na Figura 2.8 pode observar-se um resumo do processo de corrosão de
armaduras.
Figura 2.8 - Processo de corrosão das armaduras [19].
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
12
Carbonatação
A carbonatação é um fenómeno que ocorre devido à existência de dióxido de carbono no ar,
que reage com o hidróxido de cálcio, Ca(OH)2 (elemento que dá origem à elevada alcalinidade
do betão (pH≈13) e que se forma por hidratação do cimento). Esta reacção (dióxido de
carbono com hidróxido de cálcio) origina carbonato de cálcio, CaCO3, de acordo com a
seguinte equação [12]:
(2.3)
O dióxido de carbono penetra no betão por difusão, iniciando-se a reacção de carbonatação na
superfície do mesmo. No entanto, esta reacção vai progredindo para o interior do betão,
sendo a velocidade de progressão dependente de vários factores, nomeadamente os seguintes
[11]:
Das características do próprio betão, tais como a porosidade (relação água/cimento), a
conexão entre os poros, a cura (cuidados e tempo) e o grau de hidratação;
Do meio envolvente, ou seja, a humidade relativa, o teor em dióxido de carbono e a
temperatura.
Seguidamente, a película de óxidos e hidróxidos (película passiva), que está presente na sua
superfície das armaduras em condições de pH elevado, despassiva-se e na presença de
humidade e oxigénio inicia-se o processo de corrosão. Este processo desencadeia várias
consequências prejudiciais para o betão, tais como as seguintes: redução da secção efectiva do
varão e, consequentemente, da resistência da peça; redução da aderência aço/betão;
diminuição da ductilidade do aço; fendilhação do betão devido às tensões resultantes da
expansão de material resultante da corrosão, o que, em última análise, levará ao descasque do
betão (Figura 2.8) [20]. Uma vez que o dióxido de carbono é um dos constituintes da
atmosfera, a maior parte das estruturas de betão são potencialmente afectadas pela
carbonatação e consequente corrosão. Para se avaliar a profundidade de carbonatação,
recorre-se ao ensaio de fenolftaleína, que consiste em projectar fenolftaleína numa superfície
recém fracturada de betão e, no caso de este mudar para uma coloração carmim, significa que
não se encontra carbonatado, como se pode verificar na Figura 2.9.
ESTADO DA ARTE
13
Figura 2.9 – Ensaio com fenoftaleína para determinar a profundidade de carbonatação [21].
Nas Figura 2.10 e Figura 2.11 ilustram-se exemplos de estruturas de betão deterioradas pelo
processo de carbonatação.
Figura 2.10 - Exemplo de estrutura de betão armado
afectada pelo fenómeno da corrosão de armaduras [22].
Figura 2.11 - Exemplo de estrutura de betão
armado afectada pelo fenómeno da corrosão de armaduras [22].
Pode-se então concluir que as condições óptimas para evitar o fenómeno da carbonatação são
as que conduzem a uma menor porosidade e maior densificação da camada de betão de
recobrimento, sendo as mais importantes as seguintes:
Reduzida razão água/cimento;
Adequada granulometria dos inertes;
Boas condições de compactação e de cura;
Utilização de adições que confira melhores propriedades ao betão.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
14
Com estas condições, o fenómeno da carbonatação dar-se-ia apenas à superfície e os poros e
microfissuras obstruídos pelo carbonato de cálcio precipitado iriam impedir a posterior
penetração de mais dióxido de carbono [12]. Como se poderá observar em 2.5.2.1., os
revestimentos por pintura constituem uma boa solução de prevenção no que respeita ao
fenómeno da carbonatação.
Iões cloreto
Os agentes que provocam corrosão de armaduras podem ter origem interna ou externa. Nos
primeiros, estão incluídos constituintes contaminados do betão e adjuvantes ou adições,
enquanto nos segundos se encontram sais, nomeadamente os iões cloreto. Uma das maiores
preocupações na protecção das estruturas de betão armado é a acção dos cloretos, uma vez
que estes provocam a corrosão de armaduras, processo difícil de travar. A presença de iões
cloreto nas estruturas de betão, segundo o ACI 222 R [23], pode ser originada de diferentes
modos:
Proximidade de ambientes marinhos;
Introdução deliberada no betão, como constituinte de um acelerador de presa;
Utilização de constituintes contaminados no fabrico do betão (por exemplo, areia do
mar);
Utilização de sais descongelantes.
O transporte destes iões numa estrutura de betão pode ser feito através dos seguintes
mecanismos [12], ilustrados na Figura 2.12:
Por difusão nas zonas atmosféricas, ou em áreas atingidas pelos salpicos de água ou
em estruturas em zonas de marés;
Por absorção capilar em zonas de marés;
Por difusão e permeabilidade em zonas submersas.
ESTADO DA ARTE
15
Figura 2.12 – Mecanismos de transporte de iões cloreto em estruturas de betão armado [12].
A entrada de cloretos nas estruturas de betão torna-se prejudicial ao atingir o teor crítico,
cerca de 0,4 % da massa de cimento [24], a partir do qual ocorre a despassivação do aço das
armaduras. A velocidade com que o limite do teor crítico pode ser atingido depende de alguns
factores, nomeadamente dos seguintes [25]:
Porosidade do betão de recobrimento;
Tipo de cimento e sua dosagem;
Temperatura;
Presença de inibidores de corrosão.
Contudo, a acção dos iões cloreto não foi considerada relevante para o objectivo deste
trabalho, por sugestão da norma EN 1504-2.
2.3. ANOMALIAS EM ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO
As anomalias mais comuns em estruturas de betão armado que se inserem no âmbito do
presente trabalho são relativas a questões de durabilidade. No Quadro 2.1 apresentam-se
resumidamente as anomalias principais, assim como as causas mais comuns [20].
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
16
Anomalias Causas
Exposição/ Corrosão de armaduras
Cloretos
Carbonatação
Fissuração
Corrosão de armaduras
Ciclos gelo/degelo
Ataque de álcalis
Impacto
Desagregação
Ataque de sulfatos
Ataque de ácidos
Ciclos gelo/degelo
Erosão
Descasque
Corrosão de armaduras
Ciclos gelo/degelo
Ataque de sulfatos
Ataque de álcalis
Concentração excessiva de armaduras Quadro 2.1 – Anomalias de durabilidade e causas mais comuns.
As causas apresentadas foram descritas nos pontos anteriores excepto a concentração
excessiva de armaduras, que ocorre mais frequentemente em pilares, e pode provocar a
corrosão generalizada das armaduras, devido ao facto de deixar de existir uma camada de
recobrimento. De facto, esta situação conduz ao descasque do betão e, em última análise, a
graves anomalias estruturais, que podem colocar em causa a segurança da estrutura (Figura
2.13).
Figura 2.13 - Descasque do betão devido à concentração excessiva de armaduras num pilar de betão armado [19].
ESTADO DA ARTE
17
2.5. PROTECÇÃO E REPARAÇÃO DE ESTRUTURAS DE BETÃO
2.5.1. A norma EN 1504
Como se verificou no ponto anterior, existem diversos factores, predominantemente de
natureza externa, que afectam o betão e conduzem à sua deterioração, justificando a
necessidade de fornecer uma protecção suplementar às estruturas de betão, especialmente
quando estas estão expostas a ambientes agressivos [26]. Desta forma, a norma EN 1504 [1]
prevê vários sistemas de protecção superficial que podem funcionar como medida preventiva
ou como um modo de reduzir os processos de deterioração já iniciados. Assim, de acordo com
a norma, existem vários produtos e processos para os diferentes tipos de betão e de exposição
ambiental. A parte 9 da referida norma diz respeito às opções, factores, requisitos e princípios
a considerar na escolha do método de intervenção mais eficaz para a estrutura em questão.
As opções base a considerar, de acordo com a referida norma, são as seguintes:
a) Não agir durante um certo tempo;
b) Reanalisar a capacidade estrutural e, possivelmente, aceitar a inadequação da
estrutura para a sua função;
c) Prever e reduzir possíveis deteriorações, sem melhoria da estrutura;
d) Melhorar, reforçar ou reabilitar total ou parcialmente a estrutura;
e) Reconstruir total ou parcialmente a estrutura;
f) Demolir total ou parcialmente a estrutura.
Relativamente aos factores a considerar para a escolha dos produtos a utilizar, na norma
referida são apresentados os seguintes:
a) O uso, tempo de vida útil de projecto da estrutura de betão;
b) As características requeridas para o correcto desempenho da estrutura;
c) O desempenho a longo prazo provável da protecção e da reparação;
d) A disponibilidade de oportunidades para protecção, reparação e monitorização
adicionais;
e) O número e o custo de ciclos de reparação aceitáveis da estrutura durante o seu
tempo de vida útil;
f) O custo e financiamento das opções de protecção e reparação alternativas,
incluindo custos futuros de manutenção e acesso;
g) Propriedades e possíveis métodos de preparação do substrato existente;
h) A estética da estrutura intervencionada.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
18
Existem outros factores a ter em conta relativos à higiene e segurança, tais como as
consequências de um possível colapso da estrutura e o impacto que as operações de
reparação podem ter nos ocupantes ou utilizadores da estrutura. Os factores estruturais a ter
em atenção são a possibilidade/necessidade de alterações dinâmicas ou de diferentes acções a
actuar na estrutura depois da intervenção, as diferentes cargas a actuar na estrutura durante a
intervenção e a possibilidade de futura inspecção ou manutenção. Por fim, realçam-se os
aspectos ambientais, como a possível mudança do ambiente ao qual o betão será exposto e a
necessidade de protecção do betão face à acção de agentes tais como o tempo, a poluição, o
ambiente marítimo, entre outros.
Durante a intervenção, a escolha de métodos de protecção e reparação para estruturas de
betão deve respeitar os seguintes requisitos, previstos na norma:
a) Ser apropriada para o tipo, causa ou combinação de causas e extensão de
defeitos;
b) Ser apropriada para as condições de serviço futuras;
c) Ser apropriada para a opção de protecção e reparação para a qual for escolhida;
d) Cumprir os princípios presentes na parte 9 da presente norma;
e) Recorrer à utilização de sistemas e produtos que estejam de acordo com as
especificações da norma EN1504 [1] ou qualquer outra norma relevante.
Seguidamente, apresentam-se os princípios de protecção e reparação de estruturas de betão
armado, que se baseiam em leis químicas e físicas que permitem a prevenção ou estabilização
dos processos de deterioração química e física no betão ou na superfície do aço das
armaduras. Os princípios contidos nesta norma dividem-se em 2 grupos: problemas no betão e
problemas de corrosão de armaduras. Deste modo, os princípios referentes a anomalias no
betão são os seguintes:
Princípio 1 – Protecção contra o ingresso, ou seja, redução do ou protecção contra o
ingresso de agentes desfavoráveis;
Princípio 2 – Controlo da humidade, ou seja, ajuste e manutenção da humidade
contida no betão dentro de um certo intervalo de valores;
ESTADO DA ARTE
19
Princípio 3 – Reparação do betão, ou seja, reparação do betão de um elemento de
uma estrutura de betão para a sua função e forma inicial ou substituição de uma parte
da estrutura;
Princípio 4 – Reforço estrutural, ou seja, aumento da capacidade de carga do
elemento da estrutura de betão;
Princípio 5 – Resistência física, ou seja, aumento da resistência aos ataques físicos e
mecânicos;
Princípio 6 – Resistência química, ou seja, aumento da resistência superficial do betão
aos ataques químicos.
Quanto aos princípios a ter em conta para a reparação de estruturas degradadas devido à
corrosão de armaduras, a norma indica os seguintes:
Princípio 7 – Preservação ou restauro da passivação, ou seja, introdução de condições
químicas para que a superfície de reforço seja mantida ou regresse a uma condição
passiva;
Princípio 8 – Aumento da resistividade;
Princípio 9 – Controlo catódico, ou seja, criação de condições em que as potenciais
áreas catódicas do reforço são impossibilitadas de conduzir uma reacção anódica;
Princípio 10 – Protecção catódica;
Princípio 11 – Controlo das áreas anódicas, ou seja, criação de condições em que as
potenciais áreas anódicas de reforço são impossibilitadas de participar na reacção de
corrosão.
A norma EN1504-9 [1] prevê também métodos de reparação e protecção de acordo com os
princípios enumerados anteriormente, constituindo por esta razão um manual de importância
considerável no processo de selecção do sistema de protecção/reparação de uma estrutura de
betão. No Quadro 2.2 apresentam-se os métodos de protecção e reparação, de acordo com os
objectivos a alcançar em estruturas de betão, estando sublinhado os sistemas de protecção
superficial inseridos na parte 2 na referida norma.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
20
Príncipio Método de protecção e reparação apropriado
An
om
alia
s n
o b
etão
1
Impregnação
Revestimento superficial com ou sem capacidade de suportar movimento de fendas
Cobertura local de fendas
Injecção de fendas
Transformação de fendas em juntas
Montagem de painéis externos
Aplicação de membranas
2
Impregnação hidrofóbica
Revestimento superficial
Protecção física ou camada de recobrimento
Tratamento electroquímico
3
Aplicação de argamassa à mão
Aplicação de uma nova betonagem
Betão ou argamassa projectados
Substituição de elementos
4
Adição ou substituição de armaduras internas ou externas
Fixação de armaduras em furos existentes ou a realizar
Fixação de chapas
Adição de argamassa ou betão
Injecção de fendas, poros ou interstícios
Enchimento de fendas, poros ou interstícios
Pré tensão ou pós-tensão
5 Camada de recobrimento ou revestimento
Impregnação
6 Camada de recobrimento ou revestimento
Impregnação
Quadro 2.2 - Métodos de protecção/reparação de anomalias referentes ao betão.
No Quadro 2.3 apresentam-se os métodos e princípios de actuação mais apropriados de
protecção e reparação quando existe corrosão das armaduras, estando sublinhados os
sistemas de protecção superficial contemplados na parte 2 da referida norma.
ESTADO DA ARTE
21
Príncipio Método de reparação apropriado
Co
rro
são
das
arm
adu
ras
7
Aumento da cobertura para reforço adicional com argamassa de cimento ou betão
Substituição de betão carbonatado ou contaminado
Realcalinização electroquímica de betão carbonatado
Realcalinização de betão carbonatado por difusão
Extracção electroquímica de cloretos do betão
8 Limitação do teor de humidade através de tratamentos de
superfície, revestimentos ou protecções físicas
9 Limitação do teor em oxigénio através de saturação do
betão ou revestimento superficial
10 Aplicação de potencial eléctrico
11
Pintura de reforço com tintas que contenham pigmentos activos
Pintura de reforço com tintas que funcionam como barreiras
Aplicação de inibidores de corrosão
Quadro 2.3 - Métodos de protecção/reparação de anomalias referentes à corrosão de armaduras.
O processo de escolha do método de protecção não é linear. É necessário ter em conta vários
factores e a correcta identificação das condições de serviço que, actualmente, constitui um dos
aspectos mais relevantes na avaliação dos mecanismos de deterioração do betão.
Deste modo, as orientações contidas na norma em estudo são fulcrais para estabelecer uma
relação entre a degradação existente e o método mais eficiente para se realizar a intervenção.
2.5.2. Métodos de protecção superficial
Os métodos de protecção de estruturas de betão que serão aprofundados neste capítulo estão
abrangidos pela parte dois da norma EN1504 [1] e são os que utilizam produtos impregnantes,
impregnantes hidrofóbicos e revestimentos superficiais.
De acordo com vários estudos levados a cabo com o objectivo de determinar as vantagens e
desvantagens destes produtos, foram estabelecidos vários factores que se devem considerar,
no caso da aplicação de produtos de protecção superficial. Deste modo, os factores a ter em
conta, de acordo com Basheer et al. [27], são os seguintes:
Processos de transporte no substrato intervencionado;
Durabilidade do substrato intervencionado;
Durabilidade dos tratamentos de superfície;
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
22
Influência das propriedades do substrato;
Requisitos de engenharia;
Requisitos económicos;
Desempenho em serviço.
Construção nova
Caracterizar ambientes de serviço correntes e futuros
Substrato deteriorado
Caracterizar ambientes de serviço correntes e futuros
Estabelecer causa e extensão da deterioração
A integridade estrutural está comprometida
O tratamento superficial abranda a deterioração ou previne que a integridade
estrutural não seja comprometida
Substituir parte da estrutura ou executar uma reparação estrutural
Os materiais estruturais necessitam de protecção adicional?
Não agir
Caracterizar a superfície do substrato e seleccionar o método de limpeza mais apropriado
Rever os requisitos de desempenho para o tratamento superficial
Seleccionar um tratamento superficial ou uma membrana quimicamente resistente, conforme o mais
apropriado
A solução é de baixo custo (incluindo requisitos de manutenção)?
Aplicar tratamento superficial
Não
Sim
Não
Não
Não
Sim
Sim
Sim
Figura 2.14 – Fluxograma de escolha de tratamento superficial, adaptado de [28].
ESTADO DA ARTE
23
A partir da necessidade de cumprir os factores apresentados, Shields et al. [28] criaram um
fluxograma (Figura 2.16) que pretende auxiliar a escolha do sistema de protecção mais
adequado tanto para novas construções como para reabilitação de construções mais antigas.
Este fluxograma pode ser útil na escolha de um sistema de protecção superficial, mas tem por
base a premissa de que o desempenho de um tratamento é diferente da sua durabilidade, ou
seja, os tratamentos podem conferir protecção, todavia não serem necessariamente duráveis
e vice-versa.
Por outro lado, a aplicação destes sistemas deve obedecer aos princípios referidos
anteriormente, o que leva a uma correspondência entre os problemas a solucionar (princípios)
e o tipo de produto a utilizar. A Figura 2.15 ilustra as relações entre os princípios e os métodos
abrangidos pela norma.
Figura 2.15 - Relações entre os “princípios” e os métodos de protecção a adoptar.
2.5.2.1. Revestimentos superficiais
Com o objectivo de criar uma protecção suplementar para a superfície do betão,
especialmente quando este está exposto a ambientes agressivos, este sistema, que consiste
num revestimento superficial, pode ser uma boa solução. A norma define um revestimento
superficial como um tratamento para betão que produz uma camada de protecção contínua na
sua superfície. A Figura 2.16 ilustra este último tipo de tratamento [1].
•Impregnante hidrofóbico;
•Impregnante;
•Revestimento superficial;
Princípio 1 - Protecção contra o ingresso
•Impregnante hidrofóbico;
•Revestimento superficial;
Princípio 2 - Controlo da humidade
•Revestimento superficial;
•Impregnante;
Princípio 5 -Resistência física
•Revestimento superficial;Princípio 6 -
Resistência Química
•Impregnante hidrófugo;
•Revestimento superficial.
Princípio 8 - Aumento da resistividade
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
24
Figura 2.16 – Representação esquemática de um revestimento superficial [1].
De modo a classificar o desempenho dos revestimentos superficiais, para se obterem
informações sobre o produto mais apropriado a utilizar nos diferentes casos, existem várias
características a serem testadas, sendo as seguintes as mais relevantes:
Resistência à abrasão – é um dado importante na avaliação da resistência física
que se pode obter com a aplicação deste tipo de sistema (princípio 5);
Permeabilidade ao dióxido de carbono – é uma característica que indica o
desempenho do produto na protecção contra o ingresso (princípio 1);
Permeabilidade ao vapor de água – esta informação é necessária para avaliar a
eficiência do revestimento na protecção contra o ingresso (princípio 1) e no
controlo da humidade (princípio 2);
Absorção capilar e permeabilidade à água – a avaliação destas características
constitui um factor relevante para a definição da eficiência do sistema à
protecção contra o ingresso (princípio 1), controlo da humidade (princípio 2),
resistência física (princípio 5) e aumento da resistividade (princípio 8);
Resistência a ataques químicos – este parâmetro avalia a resistência do
revestimento aos ataques químicos (princípio 6);
Resistência ao impacto – a resistência ao impacto de um revestimento faculta
informações sobre a resistência física (princípio 5);
Adesão – ensaio do pull-off – por último, o ensaio do pull-off proporciona dados
relevantes para a avaliação da protecção contra o ingresso (princípio 1),
controlo da humidade (princípio 2), resistência física (princípio 5), resistência
química (princípio 6) e aumento da resistividade (princípio 8).
Os revestimentos superficiais de betão dividem-se em três grupos fundamentais: (i) por
pintura, (ii) de ligantes minerais e (iii) mistos e também as membranas [12].
ESTADO DA ARTE
25
Os revestimentos por pintura formam um sistema de protecção em resultado da aplicação de,
no mínimo, uma demão de produto de pintura, de que resultam espessuras que variam entre
100 µm e 1 mm, dependendo do teor em sólidos. Os ligantes podem ser de vários tipos, tais
como poliuretano, borracha clorada, acrílicos, vinílicos, epóxidicos, betuminosos, à base de
cimento, entre outros. Com efeito, devido aos diferentes tipos de ligante e também às
diferenças de formulação do produto, a durabilidade e o nível de protecção deste sistema é
muito variável [12]. Uma das características fundamentais do substrato, no caso da aplicação
deste tipo de protecção superficial, é o estado de preparação ser o mais adequado. De facto,
os poros do betão não devem ter mais que 0,1 mm, uma vez que este tipo de sistema pode
não ter capacidade para cobri-los, logo, o substrato deve ser o menos poroso possível [29].
Os revestimentos de ligantes minerais e mistos são formulados com um elevado teor de cargas
inertes e podem conter polímeros em quantidades variáveis, atingindo espessuras de 5 mm.
Este sistema de protecção garante, usualmente, boa resistência à acção da radiação
ultravioleta.
As membranas são materiais que podem ser de origem betuminosa ou polimérica e formam
um revestimento de espessura superior a 3 mm. Este tipo de protecção é utilizado em
condições de serviço rigorosas, sendo a sua formulação relacionada com a especificidade da
acção a que será sujeita.
Já foram realizados diversos estudos e campanhas experimentais com o objectivo de definir
qual o revestimento mais eficiente para diferentes condições. Almusallam et al. [26] levaram a
cabo um estudo no qual foram testados cinco tipos de revestimentos superficiais na tentativa
de avaliar o desempenho dos mesmos e definir qual o mais eficaz, dependendo das condições
de serviço. Os ensaios realizados foram a permeabilidade aos cloretos, a resistência química, a
difusão de cloretos e a absorção de água e os resultados obtidos em cada ensaio permitiram
estabelecer uma ordem de eficácia para cada condição de serviço, como se apresenta no
Quadro 2.4.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
26
Condição de Serviço Revestimento recomendado por ordem
decrescente de preferência
Ataque químico resinas epóxidas, poliuretanos, acrílicos
Presença de cloretos poliuretanos, borrachas cloradas, resinas
epóxidas
Presença de água resinas epóxidas, borrachas cloradas, acrílicos
Quadro 2.4 – Revestimentos superficiais recomendados tendo em conta as condições de serviço.
Face ao exposto, pode-se então inferir que os revestimentos superficiais apresentados no
quadro anterior poderão ser os mais eficientes para as condições de serviço consideradas, que
incluem as mais comuns nos ambientes a que as estruturas de betão estão expostas.
Um estudo que compara revestimentos de base cimentícia com resinas epóxidas [30] revela
que as resinas conferem uma protecção mais eficaz. Contudo, no que respeita ao controlo da
fendilhação, o revestimento à base de cimento revelou um comportamento melhor. Se se
relacionarem os revestimentos à base de resinas epóxidas com os acrílicos conclui-se que os
primeiros apresentam uma adesão ao suporte melhor, uma permeabilidade ao ingresso de
água mais reduzido, uma melhor capacidade de suportar fendas e resistência aos ataques
químicos e, ainda, que ambos os revestimentos diminuem a difusão de dióxido de carbono no
betão [31].
Deste modo, os revestimentos superficiais podem ser uma boa solução para a protecção
superficial do betão. No entanto, como já evidenciado anteriormente, a escolha do
revestimento a utilizar prende-se com a identificação correcta das condições de serviço da
estrutura de betão, bem como os agentes ambientais a que a mesma está exposta. Na
tentativa de mitigar os efeitos nefastos que estes agentes possam ter na estrutura, é
importante efectuar uma escolha correcta do tipo de revestimento e realizar manutenções
frequentes.
2.5.2.2. Impregnantes hidrófugos
Os impregnantes hidrófugos constituem um tratamento para betão que produz uma superfície
que repele a água, provocando um revestimento interno dos poros e capilaridades. Neste
ESTADO DA ARTE
27
caso, não se introduz película e não há praticamente mudanças na estética da superfície, como
se ilustra na Figura 2.17 [1].
Figura 2.17 – Representação esquemática de um impregnante hidrófugo [1].
As características que se enumeram seguidamente fornecem informações importantes para a
avaliação da adequabilidade do produto ao problema que se pretende solucionar.
Profundidade de penetração – a execução deste ensaio permite obter dados
relevantes que indicam o comportamento do produto na protecção ao ingresso
(princípio 1), controlo da humidade (princípio 2) e aumento da resistividade
(princípio 8);
Absorção capilar e resistência ao teste de álcalis para impregnantes
hidrofóbicos – estes dados são importantes para avaliar a eficiência do
impregnante face à protecção ao ingresso (princípio 1), controlo da humidade
(princípio 2) e aumento da resistividade (princípio 8);
Taxa de secagem para impregnantes hidrofóbicos – este ensaio avalia os
mesmos princípios referidos nos pontos anteriores (princípio 1, 2 e 8).
Os produtos hidrófugos utilizados actualmente são organosilícicos e podem dividir-se em
quatro categorias: silanos, siloxanos oligoméricos, siloxanos poliméricos e resinas de silicone.
As diferenças entre os vários compostos são, essencialmente, à dimensão das moléculas
(Figura 2.18), a reactividade e a solubilidade em água e nos solventes orgânicos. A
penetrabilidade destes compostos no betão está directamente relacionada com a dimensão
das moléculas de cada composto. Por exemplo, os silanos, sendo monómeros, conseguem
penetrar mesmo em substratos mais densos [29].
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
28
Figura 2.18 – Estrutura química de silanos (a) e siloxanos (b) [29].
Por outro lado, o comportamento destes compostos também pode depender das reacções
químicas que conseguem estabelecer com materiais que contêm sílica ou alumina. No caso dos
siloxanos, pequenas cadeias de átomos de silício, aos quais estão ligados grupos alcoxi
(orgânicos), reagem com os silicatos do betão, formando uma aderência estável, como se pode
verificar na Figura 2.19 [29].
Figura 2.19 – Reacção entre siloxanos e o substrato de betão [29].
Como referido anteriormente, este tipo de compostos reage quimicamente com os silicatos
presentes no betão produzindo uma barreira que repele a água e a infiltração de agentes
agressivos, permitindo a passagem do vapor de água e, geralmente, a passagem de gases [32].
A hidrorepelência dos impregnantes hidrófugos está relacionada com as forças capilares, que
são determinadas pela tensão superficial do líquido, o ângulo de contacto entre o líquido, os
poros e o raio destes últimos. Um ângulo de contacto menor que 90˚ indica atracção molecular
ESTADO DA ARTE
29
entre o líquido e o substrato, ou seja, uma gota humedece a superfície, tendo a tendência de
se espalhar, sendo absorvida. Por outro lado, se não existir atracção molecular entre o
substrato e o líquido, então, o ângulo de contacto é maior que 90˚, a gota permanece esférica
e não é absorvida [33]. Deste modo, pode-se afirmar que a o modo de funcionamento de um
produto hidrofóbico segue este princípio, como se pode verificar na Figura 2.20.
Figura 2.20 – Funcionamento de um produto hidrófugo [33].
Através da pesquisa efectuada sobre impregnantes hidrófugos, pode concluir-se que os
aspectos estudados por outros autores são essencialmente a penetração de cloretos, o
ingresso de água (difusão de vapor de água, absorção), o desempenho face aos ciclos
gelo/degelo, a reacção álcalis e a difusão de dióxido de carbono (carbonatação).
Penetração de cloretos
Um dos estudos levados a cabo sobre este tipo de sistema de protecção do betão é o efeito de
produtos à base de silanos, aplicados na superfície e também incorporados na própria mistura
de betão, conferindo em ambos os casos características hidrofóbicas [34]. O objectivo desta
campanha experimental foi estudar o comportamento de betões hidrofóbicos em ambientes
de cloretos, no que respeita à corrosão do aço. Concluiu-se, deste modo, que no caso de
estruturas de betão expostas a cloretos, este tipo de produto é uma boa solução, uma vez que
se cria uma barreira que diminui a absorção de água e o ingresso de cloretos, prevenindo a
corrosão de armaduras.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
30
Noutro estudo realizado com o intuito de analisar o comportamento de agentes
hidrófugos [35], nomeadamente silanos e siloxanos, concluiu-se que, no que diz respeito à
penetração de cloretos, nenhum dos produtos impede definitivamente o ingresso dos iões
cloreto. No entanto, os silanos têm um comportamento melhor que os siloxanos, uma vez que
os primeiros apenas atrasam a entrada de cloretos enquanto os segundos atrasam e minoram
o ingresso.
Por outro lado, a partir de ensaios executados com silanos e siloxanos isolados e combinados
com acrílicos [36], concluiu-se que os resultados dos produtos isolados são satisfatórios, no
que diz respeito ao ingresso de cloretos, mas a combinação de silanos ou siloxanos com
acrílicos origina teores de entrada de cloretos muito menores. Este tipo de situação ocorre
porque se uma das camadas se deteriorar a outra camada ainda está intacta para proteger o
betão, o que dá origem a resultados mais satisfatórios a longo prazo.
Existem outros estudos que corroboram o exposto anteriormente, ou seja, os impregnantes
hidrófugos diminuem a penetração de cloretos, uma vez que diminuem a entrada de água que
possa conter iões cloreto.
Ingresso de água
O principal objectivo da utilização de sistemas de impregnação hidrófuga é a redução da
capacidade de absorção de água do betão, uma vez que é através desta que os sais prejudiciais
se infiltram. Desta forma, vários investigadores realizaram ensaios em laboratório para testar a
eficácia dos produtos de impregnação hidrófuga ao ingresso de água. As conclusões a que
chegaram são bastante favoráveis, uma vez que houve uma redução visível da entrada de água
nos betões.
Através das informações reportadas nos vários estudos, pode verificar-se que foram
conduzidos estudos de absorção e evaporação de água em provetes de betão. Os provetes
foram colocados em água, absorvendo-a por capilaridade até atingirem a saturação,
seguidamente os provetes são secos em dissecadores de modo a que a água evapore. Conclui-
se que os silanos são os produtos que têm melhores resultados, no que diz respeito à absorção
de água (Figura 2.21) e à evaporação da mesma (Figura 2.22) [37].
ESTADO DA ARTE
31
Figura 2.21 – Ensaio de absorção de água, adaptado de [37].
Figura 2.22 – Ensaio de absorção e evaporação, adaptado de [37].
Por outro lado, como já foi referido anteriormente, a existência de um sistema de duas
camadas de protecção superficial provou ser mais eficiente do que apenas uma [36], como se
verifica na Figura 2.25, que mostra a absorção de água ao longo do tempo para os seguintes
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
32
produtos: A – silano/siloxano diluído em água; B – silano/siloxano diluído em solvente; C –
acrílico diluído em solvente; D- revestimento de poliuretano.
Figura 2.23 – Ensaio de absorção capilar a vários sistemas de protecção superficial, adaptado de [36].
Ciclos gelo/degelo
O comportamento de betão protegido com impregnantes hidrófugos face à acção dos ciclos
gelo-degelo foi investigado por Basheer e Cleland [38], que utilizaram combinações de silanos
e siloxanos. Os betões ensaiados foram fabricados com razões água/cimento diferentes e
mantidos em três condições com diferentes teores de humidade. Em todos os regimes e
combinações de variáveis, os impregnantes hidrófugos provaram melhorar a resistência aos
ciclos gelo/degelo. Contudo, concluiu-se que a resistência superficial do betão está
directamente relacionada com a razão água/cimento, ou seja, quanto maior for esta razão
mais poros e portanto mais fissuras se desenvolverão. Por outro lado, a resistência está
também relacionada com a profundidade de penetração do produto, pois quanto maior for a
profundidade maior será a resistência alcançada.
ESTADO DA ARTE
33
Reacção álcalis-sílica
A protecção de estruturas de betão contra a reacção álcalis-sílica pode ser conseguida pela
utilização de agentes hidrofóbicos, mantendo o betão seco o suficiente de forma a inibir os
processos de deterioração. No entanto, esta hipótese foi apenas estudada em laboratório [39],
não havendo evidência da eficiência desta solução em estruturas reais. Nos ensaios
laboratoriais, concluiu-se que existem muitas dificuldades na utilização deste tipo de sistema
em estruturas reais, uma vez que o microclima na vizinhança da estrutura pode ser variável e a
penetração de humidade pode-se dar através de outras partes da própria estrutura. Por outro
lado, muitos dos impregnantes hidrófugos que oferecem uma excelente protecção contra o
ingresso de água líquida, têm pouca resistência no que diz respeito à transmissão de vapor de
água. Deste modo, para a protecção do betão, relativamente a esta reacção, os resultados em
laboratório são dificilmente extrapoláveis para condições de serviço reais.
Difusão de dióxido de carbono
A difusão de dióxido de carbono é um fenómeno que provoca inicialmente a reacção de
carbonatação na superfície do betão, mas que, durante a vida útil, avança para o interior do
betão, podendo levar à corrosão de armaduras. No Reino Unido, foram realizados ensaios com
o intuito de quantificar a taxa de difusão de dióxido de carbono em provetes não tratados e
tratados com silanos e siloxanos [35]. A partir deste estudo, pode-se inferir que o melhor tipo
de produto para o controlo do ingresso e difusão de dióxido de carbono é o dos siloxanos, uma
vez que possuem um efeito bloqueador de poros melhor que os silanos, que apenas revestem
os poros do betão. No entanto, é importante referir que os siloxanos não formam uma camada
contínua como a dos revestimentos [35].
Em suma, os impregnantes hidrófugos constituem uma boa solução no que diz respeito à
protecção superficial do betão. Contudo, a escolha do sistema deve depender directamente da
finalidade para que é requisitada e é também preciso ter em conta qual o ambiente a que a
estrutura de betão está exposta, de modo a escolher correctamente as características do
produto a aplicar. Os silanos e siloxanos são os compostos mais utilizados na resolução de
problemas de ingresso de água no betão e apresentam bons resultados em todos os estudos
realizados, sendo que a utilização de um sistema com mais do que um tipo de produto parece
ser a decisão mais acertada. Pode-se concluir, deste modo, que o comportamento dos
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
34
impregnantes hidrófugos depende de vários factores que devem ser analisados
separadamente e em conjunto de forma a determinar qual a solução mais eficiente para cada
caso.
2.5.2.3. Impregnantes
A norma EN1504 define impregnantes como um tratamento para betão que reduz a
porosidade e reforça a superfície de uma estrutura, sendo os poros total ou parcialmente
preenchidos, como se ilustra na Figura 2.24 a) e b).
a)
b)
Figura 2.24 – Representação esquemática de um impregnante com preenchimento total e parcial [1].
Segundo a mesma norma, as características enumeradas seguidamente fornecem informações
relevantes para a avaliação do comportamento dos produtos de protecção impregnantes:
Absorção capilar e permeabilidade à água – através deste ensaio obtêm-se
dados relevantes para avaliar o comportamento de produtos impregnantes em
relação à protecção contra o ingresso (princípio 1) e resistência física (princípio
5);
Profundidade de penetração – esta característica influencia o comportamento
do produto na protecção contra o ingresso (princípio 1) e resistência física
(princípio 5);
Resistência à abrasão – o ensaio da resistência abrasão fornece resultados que
permitem analisar a eficiência do impregnante no aumento da resistência física
(princípio 5);
Resistência ao impacto – este ensaio fornece resultados para avaliar o
comportamento do produto de impregnação em relação à resistência física
(princípio 5);
ESTADO DA ARTE
35
Força de adesão pelo pull-off – por último, a força de adesão do produto de
impregnação ao substrato permite concluir acerca da resistência física (princípio
5) do sistema de protecção.
Estes produtos, também conhecidos como bloqueadores de poros, geralmente podem ter
duas origens diferentes: ou são compostos à base de silicatos (silicatos de sódio ou
fluorossilicatos) ou à base de resinas sintéticas (epoxídicas ou acrílicas). No entanto, existem
poucas publicações técnicas e científicas sobre este tipo de protecção superficial.
Relativamente ao primeiro tipo de produto de impregnação (os impregnantes à base de
silicatos) o mais utilizado é o silicato de sódio. Teoricamente, este tipo de composto reage com
o substrato, formando cristais que se depositam nos poros. Com efeito, existem três princípios
acerca da acção dos silicatos de sódio sobre o betão [29]:
Precipitação do SiO2 nos poros;
Formação de um gel expansivo, dentro dos poros, similar ao formado na reacção
álcalis-sílica;
Reacção dos silicatos com o hidróxido de cálcio presente nos poros formando silicato
de cálcio hidratado.
O último princípio é o mais aceite actualmente. Teoricamente, os silicatos penetram nos poros
superficiais reagindo com o hidróxido de cálcio presente no cimento, formando C-S-H, segundo
a seguinte reacção [40]:
(2.4)
Deste modo, nos casos em que o betão está carbonatado, esta reacção não ocorre, uma vez
que o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) já reagiu com o dióxido de carbono (CO2), originando
carbonato de cálcio (CaCO3). Assim, a utilização deste produto em estruturas mais antigas
torna-se um problema, havendo investigadores que afirmam que este sistema deve ser
utilizado em betão novo e com aplicações repetidas para que a protecção contra o ingresso de
água seja eficiente [41].
Os impregnantes à base de resinas sintéticas (epóxidas, poliuretanos ou metacrilatos)
endurecem por reacção química no interior dos poros e capilares, criando um efeito
bloqueador. As resinas epóxidas são as mais utilizadas na construção civil e foram as estudadas
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
36
ao longo da campanha experimental apresentada neste trabalho. A resina epóxida é um
polímero termoendurecível que se mistura com agentes endurecedores (Figura 2.25).
Figura 2.25 – Estrutura química do polímero epoxi. [42]
Alguns produtos podem conter mais componentes, como cargas, pigmentos, aceleradores,
emulsionantes ou estabilizantes [43].
Existem vários sistemas de aplicação de resinas epóxidas como revestimentos/selantes, mas as
utilizadas neste trabalho correspondem a sistema de dois componentes (resina+endurecedor)
que são diluídos a cerca de 20-30% de sólidos em solventes voláteis, de modo a produzir
soluções com baixa viscosidade que conseguem penetrar e reforçar a superfície de betão. As
principais características que este tipo de produto confere ao betão é a melhoria da resistência
à abrasão e, embora de forma pouco significativa, a melhoria da resistência aos ciclos
gelo/degelo. Contudo, este tipo de resinas pode escurecer a superfície a curto prazo, caso
esteja exposta a radiação UV, de forma mais permanente [44].
A pesquisa bibliográfica realizada mostrou que ainda não foram conduzidas muitas
investigações sobre produtos impregnantes (silicatos ou resinas), pelo que é difícil estabelecer,
de forma fiável, o comportamento destes, tanto a nível mecânico como no aspecto da
durabilidade. No entanto, foram executados alguns estudos no que diz respeito ao
comportamento de impregnações de acrílicos (PMMA) em argamassas, pelo que se pode fazer
uma comparação, por aproximação, a betões. Neste estudo foram efectuados ensaios de
resistência à flexão e compressão, testes de ultra-sons e ensaios de durabilidade como
absorção de água, resistência química a ácido clorídrico, exposição a ambientes marinhos e
ciclos gelo/degelo [45]. Os resultados de todos os ensaios corresponderam a melhorias em
relação aos provetes sem tratamento superficial, pelo que os ensaios realizados em provetes
de betão deverão conduzir a efeitos semelhantes, sobretudo no que diz respeito à
durabilidade, à resistência a agentes agressivos e ao desenvolvimento de anomalias [45].
ESTADO DA ARTE
37
Thompson et al. [40] também realizaram um estudo com o objectivo de caracterizar o
comportamento de silicatos que actuam como selantes no betão. Assim, foram testados
provetes de dois tipos, blocos de pavimento comercial e betão produzido em laboratório, aos
quais foram aplicados produtos de silicatos de sódio. Foram realizados ensaios de absorção de
água, resistência à abrasão, permeabilidade de cloretos e foi elaborada uma caracterização da
morfologia superficial dos provetes tratados e não tratados. Nesse estudo conclui-se que,
relativamente à absorção de água, os provetes tratados apresentam uma taxa de absorção
inferior aos provetes não tratados. Por outro lado, neste ensaio foram testadas várias
concentrações de silicato, tendo-se verificado que quanto maior for a concentração de silicato,
menor é a absorção (Figura 2.26).
Figura 2.26 – Resultados do ensaio de absorção de água para as diferentes concentrações de silicatos, adaptado de [40].
Quanto ao ensaio de resistência à abrasão, pode-se verificar através da Figura 2.27 que o
coeficiente de abrasão é inferior nos provetes tratados, quando comparado com os provetes
não tratados.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
38
Figura 2.27 – Resultados do ensaio de resistência à abrasão para as diferentes concentrações de silicatos, adaptado de [40].
Nas Figura 2.26 e Figura 2.27 a legenda tem o seguinte significado: N – silicato com 37,6% de
sólidos; OW – 38,6% de sólidos; os números representam o rácio de silicatos para água ( 1/1
corresponde a 1 parte de silicato para 1 de água).
No que diz respeito à permeabilidade aos iões cloreto, concluiu-se que a aplicação dos
produtos melhora esta característica nos diferentes betões e para diferentes concentrações de
silicatos [40].
Por fim, através de uma observação da superfície dos provetes pôde-se concluir que os
provetes tratados apresentam uma superfície mais lisa e macia, enquanto que os não tratados
apresentam uma superfície rugosa e áspera [40].
2.5.3. Aplicação do sistema de protecção superficial
2.5.3.1. Preparação do substrato
O estado da superfície na qual se aplica um sistema de protecção é um factor relevante no que
diz respeito ao comportamento do mesmo. De facto, é crucial excluir uma grande parte de
factores que podem ser adversos à aplicação do sistema de protecção superficial, para que a
aderência entre o sistema e a superfície seja favorável, com o objectivo de criar um isolamento
do betão em relação ao meio ambiente.
ESTADO DA ARTE
39
De acordo com Hurley [39] e Rodrigues [12], os factores adversos existentes na superfície que
podem influenciar o comportamento da aplicação são os seguintes:
Presença de contaminações – a existência de agentes descofrantes e membranas de
cura que não sejam conciliáveis com o sistema de protecção a utilizar pode ser um
factor adverso para a aderência do sistema ao substrato;
Existência de materiais pulverulentos não aderentes – os materiais pulverulentos são
essencialmente a leitada do betão mais jovem, poeiras, eflorescências, sais e
poluentes industriais. Estes factores devem ser retirados de forma a melhorar a
aderência entre o sistema de protecção e a superfície;
Textura da superfície – a textura da superfície é, de igual modo, um factor importante
para a aderência entre o sistema de protecção e o substrato, na medida em que, uma
superfície demasiado lisa ou vidrada é prejudicial para a união dos mesmos;
Grau de humidade – excepto os casos em que os sistemas de protecção possam ser
aplicados em superfícies húmidas, a presença de humidade no betão aquando da
aplicação do produto pode ser prejudicial para a aderência entre ambos;
Defeitos na superfície – no caso de um substrato fissurado ou demasiado poroso, deve
proceder-se a uma reparação prévia, para que a aplicação do sistema de protecção
resulte numa barreira contínua e sem defeitos.
Assim sendo, a superfície deverá ser sujeita a uma preparação de forma a melhorar o
comportamento dos sistemas de protecção. A preparação da superfície pode passar por uma
limpeza, para a qual existem diversas técnicas, conforme a severidade da anomalia. De acordo
com Hurley [31], as principais técnicas são as seguintes:
Lavagem da superfície com detergente emulsionante e, se necessário, biocidas;
Limpeza com água a baixa pressão;
Limpeza com vapor de água;
Escovagem manual ou com recurso a equipamento próprio para o efeito;
Utilização de jacto abrasivo seco ou húmido;
Nivelamento ou escarificação da superfície (discos rotativos);
Utilização de jacto de água com alta pressão (100-300 bar);
Fresagem da superfície.
Por outro lado, a durabilidade do betão só é possível de atingir com o sistema de protecção
superficial se a camada do sistema for contínua e sem defeitos. Deste modo, é por vezes
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
40
necessário, preencher e nivelar alguns poros presentes na superfície de betão. Para tal, podem
ser aplicados alguns tipos de argamassas de cimento, polímeros ou algumas resinas epóxidas
[39].
2.5.3.2. Condições de aplicação
Existem diversos factores relacionados com a preparação dos produtos e condições ambientais
no momento da aplicação que podem influenciar o comportamento do sistema de protecção a
longo prazo.
Relativamente à preparação dos produtos e sua aplicação, o método de aplicação, a mistura e
diluição dos produtos, os tempos de secagem entre demãos e os rendimentos deverão estar
de acordo com o recomendado pelo fabricante, para que o comportamento do produto seja o
melhor possível.
Quanto às condições ambientais no momento de aplicação, a humidade do suporte é um
factor relevante, uma vez que o suporte deverá estar seco na altura de aplicação, de forma a
evitar problemas de aderência, destacamento ou empolamento do produto. A aplicação do
produto, excepto nos casos em que os produtos são formulados para aplicação em superfícies
húmidas, deve ser feita num suporte com um teor em humidade inferior a 5 % [46]. Por outro
lado, devem também ser respeitadas as indicações dos fabricantes em relação à temperatura e
humidade ambiente.
2.6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como já foi referido anteriormente, a selecção de um tipo de produto ou sistema de protecção
superficial não é simples, uma vez que mais que um produto pode satisfazer um determinado
requisito. Por outro lado, a selecção do produto deve também ser feita recorrendo-se à
avaliação de vários factores, como a facilidade de aplicação, considerações económicas,
durabilidade e assistência técnica do fabricante. É, então, fulcral a análise de todas as variantes
para tomar a melhor decisão, referindo-se de seguida os factores mais importantes a
considerar [12] [27]:
Substrato original:
Material de construção;
ESTADO DA ARTE
41
Construção nova ou reabilitação;
Condições da estrutura;
Presença de outro tipo de revestimento ou sistema de protecção;
Contaminação da superfície.
Condições ambientais:
Atmosférico, marinho;
Presença de humidade;
Temperatura;
Presença de químicos agressivos.
Facilidade de aplicação:
Método de aplicação (trincha, impregnação, rolo, etc.);
Tempo de vida útil;
Exigências do estado do substrato;
Exigências de condições ambientais;
Riscos de toxicidade ou inflamabilidade.
Considerações económicas:
Custo inicial dos produtos (cálculo das quantidades necessárias conforme os
rendimentos);
Custo inicial da preparação da base, aplicação e acessibilidade (montagem de
andaimes, aluguer de equipamento, etc.);
Intervalo de repintura (durabilidade do sistema de protecção);
Facilidade de repintura.
Durabilidade:
Utilização de produtos de comportamento em serviço já conhecido, de forma
a maximizar os intervalos de repintura.
A análise da durabilidade do sistema ou produto em relação a todos os
factores a que possa estar submetido: adesão entre produto e substrato,
resistência aos UV, resistência à água, resistência química, resistência ao
impacto, elasticidade, dureza da película, resistência à abrasão, entre outros.
Assistência técnica:
Facilidade de reposição de stocks;
Fichas técnicas dos produtos;
Garantias de durabilidade;
Apoio na execução da obra.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
42
Os sistemas de protecção têm bastante potencial para melhorar o comportamento e a
durabilidade das estruturas de betão. Contudo, é necessário conhecer o comportamento de
cada sistema a longo prazo, antes da sua aplicação na estrutura. Por outro lado, é importante
que haja uma monitorização contínua da estrutura de modo a que os problemas sejam
detectados e reparados. Pode-se também concluir que as investigações e dados existentes
encontram-se dispersos, ou seja, ainda não existe um sistema que uniformize a escolha do
sistema de protecção a utilizar, pelo que os vários factores acima referidos devem ser
ponderados conjuntamente.
CAMPANHA EXPERIMENTAL
43
3. CAMPANHA EXPERIMENTAL
3.1. INTRODUÇÃO
O objectivo da campanha experimental foi avaliar o comportamento de produtos de
impregnação face a diferentes condições da base, nomeadamente a sua rugosidade. Para tal,
desenvolveu-se uma campanha experimental, composta por ensaios definidos na norma
EN 1504 [1], em três condições de rugosidade diferentes. Sinteticamente, as três condições de
rugosidade testadas foram as seguintes:
Superfície de betão sem qualquer tipo de tratamento, ou seja, rugosidade normal –
R0;
Superfície de betão submetida a um tratamento superficial, utilizando um jacto de
água de 160 bar – R1;
Superfície de betão submetida a um tratamento superficial, utilizando um martelo
de agulhas – R2.
É também importante referir que em todos provetes a humidade relativa foi estabilizada nos
valores de (5±0,5)%, de acordo com a norma EN 13580 [47].
Este capítulo destina-se a descrever e ilustrar as diferentes fases da campanha experimental,
com especial atenção para os ensaios realizados. Os ensaios são descritos na sua totalidade,
uma vez que, apesar de terem sido utilizadas as normas aplicáveis para o efeito, foi necessária
para alguns casos uma adaptação dos procedimentos sugeridos pelas normas.
3.2. PLANIFICAÇÃO DA CAMPANHA EXPERIMENTAL
3.2.1. 1ª Fase da campanha
Esta fase destinou-se à preparação de todo o material necessário à realização dos ensaios a
realizar na 3ª fase da campanha experimental. Deste modo, esta fase foi constituída pelas
seguintes etapas:
Execução das lajes de betão;
Tratamento das superfícies;
Corte das lajes de betão;
Estabilização do teor em humidade dos provetes;
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
44
Determinação da massa volúmica dos diferentes produtos de impregnação;
Determinação do teor em matérias voláteis dos diferentes produtos de
impregnação;
Aplicação dos produtos de impregnação.
Após a aplicação dos produtos de impregnação, seguiu-se um período de 7 dias de secagem
findo o qual foi possível iniciar-se a 3ª fase da campanha experimental.
3.2.2. 2ª Fase da campanha
A segunda fase da campanha teve o objectivo de avaliar qualitativa e quantitativamente a
rugosidade das superfícies de betão, às quais foram aplicadas diferentes tratamentos.
Deste modo, foram utilizados dois métodos de avaliação:
Método indicado na norma EN 1766 [7] – Determinação do índice de
rugosidade, através do ensaio de espalhamento da areia na superfície;
Execução de moldes de plasticina, os quais foram depois analisados, através do
software Buildings Life [48].
3.2.3. 3ª Fase da campanha
Esta fase destinou-se à definição dos ensaios a realizar e às adaptações efectuadas às
recomendações definidas pelas normas (Quadro 3.1).
3ª Fase da
Campanha
Experimental
Ensaio Norma base
Determinação da permeabilidade à água EN 1062-3 [3]
Determinação da resistência à abrasão EN ISO 5470-1 [4]
Determinação da resistência ao impacto ISO 6272-1 [5]
Medição da resistência de ligação pelo método de pull-off EN 1542 [6]
Medição da profundidade de penetração do produto EN1504-2 [1]
Quadro 3.1 – Ensaios realizados ao longo da 3ª fase experimental.
CAMPANHA EXPERIMENTAL
45
Estes ensaios foram realizados em betões no estado endurecido, e após a aplicação e secagem
dos produtos de protecção. As alterações efectuadas nos ensaios, em relação ao descrito na
norma, serão descritas de forma mais aprofundada no subcapítulo 3.7.
3.3. PRODUÇÃO E PREPARAÇÃO DOS PROVETES
3.3.1. Execução de lajes de betão
As lajes de betão, de 30cmx30cmx4cm, foram executadas pelo Laboratório Nacional de
Engenharia Civil, tendo-se produzido dois tipos de betão, de acordo com a norma EN 1766 [7],
com razões água/cimento (a/c) diferentes, um com uma razão a/c de 0,40 (B1) e o outro de
0,70 (B2). O cimento utilizado foi do Tipo I, classe 42,5 R da Secil. As composições dos dois
betões apresentam-se nos Quadro 3.2 e Quadro 3.3.
Componentes Composição (kg/m3)
Brita 1 850
Areia 900
Cimento 455
Água 182
Razão água/cimento 0,40
Quadro 3.2 – Composição do betão tipo B1 (MC0,40).
Componentes Composição (kg/m3)
Brita 20 mm 400
Brita 1 600
Areia 900
Cimento 260
Água 182
Razão água/cimento 0,70
Quadro 3.3 – Composição do betão tipo B2 (C0,70).
Por fim, foram realizados ensaios de resistência à compressão e à tracção por compressão
diametral aos 28 dias, de acordo com as normas NP EN 12390 partes 3 e 6 [49],
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
46
respectivamente. É importante realçar que os provetes foram mantidos em câmara de cura a
uma temperatura de (20±2)˚C e humidade relativa de 95%, desde a data de fabrico até ao
ensaio.
3.3.2. Tratamentos superficiais
Com o objectivo de se obterem os três tipos de rugosidade descritos anteriormente, foram
efectuados tratamentos de superfície para modificar a rugosidade das lajes de betão, os quais
se descrevem seguidamente:
Jacto de água (R1)
Para este efeito, foi alugada uma máquina de jacto de água com uma pressão de
160 bar, o que permitiu que a camada superficial das lajes de betão fosse removida,
desobstruindo-se a maioria dos poros. Nas lajes constituídas por betão do tipo MC0,40,
o número de passagens com jacto de água foi maior, uma vez que a razão a/c era
menor, e por isso, o betão era mais compacto e resistente. A Figura 3.1 a) e b) é
ilustrativa do processo em questão.
a)
b)
Figura 3.1 a) e b) – Aplicação de jacto de água nas lajes de betão.
Martelo de agulhas (R2)
Para se obter outro tipo de rugosidade, foi utilizado um martelo de agulhas de forma
superficial devido à potência deste equipamento. Deste modo, obteve-se uma
rugosidade mais acentuada, relativamente às lajes tratadas com jacto de água. Na Figura
CAMPANHA EXPERIMENTAL
47
3.2 pode-se visualizar o processo de tratamento das lajes de betão, recorrendo-se ao
martelo de agulhas.
a)
b)
Figura 3.2 a) e b) – Aplicação do martelo de agulhas nas lajes de betão.
Durante o processo de selecção dos métodos de tratamento das superfícies a utilizar, foi
também considerado o uso de jacto de água e areia. Porém, uma vez que os resultados
obtidos a partir da aplicação de jacto de água foram suficientemente abrasivos, decidiu-se que
esse procedimento não seria pertinente.
Além destes dois tipos de rugosidade, alguns provetes não foram submetidos a qualquer tipo
de tratamento, com o objectivo de fornecerem resultados de referência para a comparação
com as rugosidades R1 e R2. Assim sendo, estes provetes foram denominados de R0, ou seja,
rugosidade de referência.
Por fim, é importante salientar que estes tratamentos superficiais foram efectuados no
Laboratório de Construção, do Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura (DECivil) do
Instituto Superior Técnico (IST).
3.3.3. Corte das lajes de betão
Com o intuito de se obterem os provetes necessários para os diferentes ensaios com as
dimensões apropriadas, foi essencial proceder-se ao corte das lajes de betão. De facto, cada
ensaio carece de provetes com dimensões diferentes, como se pode verificar no Quadro 3.4.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
48
Ensaio Dimensões
Absorção capilar
Largura: 7 cm
Comprimento: 7 cm
Altura: 4 cm
Resistência à abrasão
Largura: 11 cm
Comprimento: 11 cm
Altura: 1 cm
Resistência ao impacto
Largura: 7 cm
Comprimento: 10 cm
Altura: 4 cm
Ensaio de pull-off
Largura: 14.5 cm
Comprimento: 14.5 (R0) ou 29 cm (R1 e R2)
Altura: 4 cm
Quadro 3.4 – Dimensões dos provetes referentes aos diferentes ensaios.
Para o efeito, foi utilizada uma serra diamantada e os provetes foram cortados na direcção
transversal e longitudinal (caso dos provetes para o ensaio de resistência à abrasão). De forma
a direccionar a serra, foram desenhadas na superfície das lajes as dimensões dos provetes
(Figura 3.3 a) e b)).
a)
b)
Figura 3. 3 – Serra diamantada utilizada no corte das lajes de betão
CAMPANHA EXPERIMENTAL
49
3.3.4. Estabilização do teor em humidade
No processo de avaliação do comportamento do betão ao longo dos ensaios a realizar foi
importante estabilizar o teor em humidade, para que os resultados fossem congruentes. Para
o efeito, foram seguidas as directrizes da norma EN 13580 [47], embora tenham sido
efectuadas algumas alterações à norma, de forma a adaptá-la ao estudo em curso.
3.3.4.1. Procedimento
Deste modo, em primeiro lugar, foram escolhidos três provetes de cada tipo de betão e
ensaio, os quais foram colocados num recipiente com água de modo a ficarem saturados,
como se pode verificar na Figura 3.4.
De seguida, com papel absorvente, retirou-se o excesso de água superficial, pesaram-se os
provetes na balança (Wssd) e foram colocados numa estufa a 105°C durante 7 dias (Figura 3.5).
Os restantes provetes (excepto os três que foram retirados com o objectivo de serem
saturados com água) foram também pesados (Wssd) e colocados numa sala condicionada a
(21±2)° e uma humidade relativa de (60±10)% durante 7 dias. Findo este período, os provetes
colocados na estufa foram arrefecidos num excicador (Figura 3.6) contento sílica gel durante
2 horas e foram pesados novamente (Wod). Os provetes condicionados na sala foram também
pesados mais uma vez (Wt).
3.3.4.2. Análise de resultados
Com os dados obtidos nestas medições foi possível calcular o teor de humidade estimado em
cada provete, a partir das seguintes equações:
Teor em humidade da superfície seca (Mssd) – esta equação permite obter o
teor em humidade dos provetes que foram colocados na estufa:
, em percentagem por peso (3.1)
Peso seco estimado (W’od) – com esta fórmula, pode-se obter o peso seco
estimado dos provetes que foram condicionados na sala,
, em gramas (3.2)
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
50
em que Mm é a média do teor em humidade da superfície seca dos três provetes
colocados na estufa.
Teor em humidade estimado (M’t) – por fim, pode-se obter o teor em
humidade estimado de todos os provetes que tem de estar compreendido no
intervalo (5±0,5)%:
, em percentagem por peso (3.3)
É importante realçar que este processo de pesagem foi repetido durante 7 dias, até que os
provetes atingissem teores em humidade no intervalo referido. Uma das adaptações ao
descrito na norma foi o facto de os provetes terem sido colocados na estufa todos os dias, para
se poder aferir que estavam completamente secos.
Figura 3.4 - Imersão dos provetes em água.
Figura 3.5 - Colocação dos provetes na estufa.
Figura 3.6 - Arrefecimento dos provetes no excicador.
CAMPANHA EXPERIMENTAL
51
Por outro lado, foi também utilizado outro método para quantificar a humidade superficial, um
humidímetro da marca PROTIMETER. O equipamento foi utilizado no modo Search e o método
para quantificar a humidade consistiu em aproximar o humidímetro da superfície de betão,
formando um ângulo entre 20˚ a 50˚ com a mesma até que a humidade superficial fosse
registada (Figura 3.7).
Figura 3.7 – Utilização do humidímetro para a leitura do teor em humidade superficial.
No quadro 3.5 é possível observar a escala de valores de humidade indicados pelo
humidímetro.
Classificação “Dry” (seco) “At rysk” (em risco) “Wet” (húmido)
Gama de valores 0-169 170-200 201-1000
Quadro 3.5 – Gama de valores de humidade no humidímetro.
3.4. CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTOS
Para a obtenção dos produtos necessários para a realização da campanha experimental, foram
contactadas as empresas BIU e CHRYSO que, gentilmente, cederam três produtos com
diferentes componentes químicos. Os produtos1 utilizados foram os seguintes:
1 As fichas técnicas correspondentes a cada produto referido podem ser consultadas no anexo A
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
52
Produto P1 – Epóxi de impregnação, que é “um produto impregnante incolor à base
de resinas epóxidas e um endurecedor Mannich, contendo solventes, para proteger
os materiais de construção porosos contra todos os tipos de agressão, tornando-os
antipoeirentos, estanques e anti-ácidos”.
Produto P2 – “é um ligante líquido à base de resinas epoxy e um endurecedor isento
de solventes e em base aquosa.”.
Produto P3 – Endurecedor de superfície, que é “um aditivo endurecedor de
superfície para betão e argamassas (…) penetra por impregnação e actua segundo
dois modos de acção:
Reforço da estrutura cristalina, pela formação de compostos minerais de grande
dureza, depois da reacção com os elementos básicos livres do suporte;
Aumento da impermeabilização, por penetração de uma resina de polímero nos
poros do suporte.”.
No Quadro 3.6 são apresentadas as características gerais do epóxido de impregnação (P1).
Produto Características
P1
Massa volúmica: ± 0,9 kg/dm3
Resistência à temperatura: +70˚C
Resistência química: ácidos, álcalis, gasolina, óleos e gorduras
Cor: transparente
Pot-life: ± 60 min (a 20˚C)
Ponto de inflamabilidade: 21˚C
Tempo de endurecimento
Táctil: após 4 horas
Pisar: após 8 horas
Total: 36 horas
Quadro 3.6 – Resumo das características do produto P1.
CAMPANHA EXPERIMENTAL
53
As características técnicas do produto P2, podem ser consultadas no Quadro 3.7.
Produto Características
P2
Massa volúmica: ± 1,0 kg/dm3
Aderência
Betão: superior à coesão interna do material
a colar
Aço: aprox. 5 MPa
Resistência à temperatura: +70˚C
Resistência química: ácidos gordos, alcalis, gasolina, óleos, gorduras,
solventes, ar salino, etc.
Cor: amarelo ou cinzento
Pot-life: ± 60 a 90 min. (a 20˚C)
Tempo de endurecimento: 6 a 12 horas
Tempo de endurecimento total: 1 a 5 dias
Quadro 3.7 – Resumo das características do produto P2.
Por fim, os parâmetros reproduzidos da ficha técnica do produto P3, são apresentados no
Quadro 3.8.
Produto Características
P3
Natureza: líquido
Cor: branco leitoso
Massa volúmica: 1,07±0,02 kg/dm3
pH: 11±1
Ponto de congelação: -2˚C
Quadro 3.8 – Resumo das características do produto P3.
3.4.1. Determinação da massa volúmica
A massa volúmica dos produtos utilizados é um dado importante para a sua caracterização e
também para o cálculo da quantidade de produto que é necessário aplicar. Deste modo, as
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
54
massas volúmicas dos três produtos foram determinadas de acordo com a norma ISO 2811-1
[50].
Para o efeito, colocou-se o produto P3 e os componentes dos produtos P1 e P2 e os
picnómetros num banho de água (Figura 3.8), à temperatura de (23±0,5)°C, durante 30
minutos, para que a temperatura de equilíbrio fosse atingida. É importante realçar que a
temperatura durante todo o ensaio foi constante (Figura 3.9), uma vez que o seu efeito na
massa volúmica pode influenciar as propriedades de enchimento do picnómetro.
Figura 3.8 – Produto P3 e componentes A e B dos
produtos P1 e P2 em banho de água.
Figura 3.9 – Temperatura constante do banho de água.
De seguida, foram efectuadas as misturas dos componentes relativos aos produtos P1 e P2,
para que pudesse ser calculada a massa volúmica da mistura (Figura 3.10 e Figura 3.11).
Figura 3.10 – Mistura dos componentes A e B do
produto P1.
Figura 3.11 – Mistura dos componentes A e B do
produto P2.
CAMPANHA EXPERIMENTAL
55
As proporções necessárias para cada mistura são indicadas no Quadro 3.9.
Produto Componentes Proporção
P1
A 3.3
B 1
P2
A 1
B 2
Quadro 3.9 - Proporções necessárias para se efectuarem as misturas dos produtos P1 e P2.
Depois do banho de água e da execução das misturas, a massa dos picnómetros foi pesada
(m1), como se ilustra na Figura 3.12, e os volumes correspondentes foram registados (Vt).
Seguidamente, encheram-se os picnómetros com os produtos em ensaio (Figura 3.13),
colocando-se a tampa na posição correcta, e limpou-se o excesso de líquido no exterior do
picnómetro (Figura 3.14).
Depois, a massa do picnómetro com o produto foi registada (m2), etapa ilustrada na Figura
3.15, o que permitiu o cálculo da massa volúmica dos produtos, através da seguinte equação:
, em gramas por mililitro. (3.4)
Figura 3.12 – Pesagem da massa dos pincómetros.
Figura 3.13 – Colocação dos produtos nos
picnómetros.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
56
Figura 3.14 – Limpeza do excesso de líquido dos
picnómetros.
Figura 3.15 – Pesagem da massa dos
picnómetros+produtos.
3.4.2. Determinação do teor em matérias não voláteis
O ensaio utilizado para a determinação do teor em matérias não voláteis é importante para a
caracterização dos produtos em estudo, uma vez que fornece resultados sobre a quantidade
de material que evapora nas condições especificadas no ensaio. O ensaio em questão foi
realizado de acordo com a norma NP EN ISO 3251 [51].
Para este ensaio, foram aproveitadas as misturas executadas para a determinação da massa
volúmica. Foram utilizadas 6 cápsulas de alumínio (2 para cada produto), as quais foram
pesadas (C), como se pode observar na Figura 3.16. Depois, os três produtos em estudo foram
colocados e pesados (Figura 3.17) numa quantidade de aproximadamente 1 grama (m1).
Seguidamente, as amostras foram colocadas na estufa, a uma temperatura de 105˚C, durante
1 hora (Figura 3.18). Estas condições foram escolhidas de acordo com o anexo A da norma
referida, considerando-se que os produtos se aproximam de tintas de secagem ao ar e a
resinas de polisacionato. O facto de os três produtos serem colocados na estufa à mesma
temperatura e durante o mesmo período de tempo teve também o objectivo de uniformizar as
condições de ensaio para as três amostras. Após terminar o período tempo referido, os
produtos foram retirados da estufa e colocados no excicador, de modo a arrefecerem durante
30 minutos (Figura 3.19). Findo este período, as cápsulas foram pesadas mais uma vez (C2),
como se ilustra na Figura 3.20.
CAMPANHA EXPERIMENTAL
57
Figura 3.16 - Pesagem das cápsulas.
Figura 3.17 - Pesagem das cápsulas.
Figura 3.18 - Colocação das
cápsulas com as amostras na
estufa.
Figura 3.19 - Arrefecimento das
cápsulas no excicador.
Figura 3.20 - Pesagem das cápsulas
com as amostras após o
arrefecimento.
O registo das massas ao longo do ensaio permitiu calcular os teores de matérias voláteis e não
voláteis a partir das seguintes equações:
Resíduo
(em gramas) (3.5)
Teor de matérias voláteis (TMV)
(em percentagem) (3.6)
Teor de matérias não voláteis (TMNV)
(em percentagem) (3.7)
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
58
3.4.3. ESPECTROFOTOMETRIA DE INFRAVERMELHOS COM TRANSFORMADA DE
FOURIER (FTIR)
A espectrofotometria de infravermelhos é uma técnica que fornece indicações importantes
acerca dos grupos moleculares presentes num dado material. Com efeito, quando a radiação
infravermelha incide nas moléculas, parte da radiação é absorvida, dependendo do
comprimento de onda, e convertida em energia vibracional. As vibrações moleculares originam
bandas de absorção na parte da região infravermelha e existem quatro modos vibracionais:
modo de elongação, modo tesoura, modo baloiço e modo meneio, vibrando os últimos dois
sempre no mesmo número de onda. Os modos de vibração dependem essencialmente das
massas atómicas dos átomos, ligações atómicas e geometria espacial.
A absorção de energia por parte dos diferentes grupos moleculares é identificável através de
picos presentes no espectro de absorvância em função do número de onda. A intensidade e
largura dos picos de absorvância dependem do tipo de grupos e do grau de desordem da
estrutura do material.
Esta técnica foi utilizada para a identificação das moléculas presentes nos produtos de
impregnação utilizados neste estudo, constituindo, deste modo, um ensaio de identificação.
Para a identificação dos constituintes, foi utilizado um aparelho que utiliza um feixe de
energia, como se verifica na Figura 3.21, contendo todo o espectro infravermelho. O feixe é
dividido em dois, sendo metade reflectida num espelho móvel a alta velocidade, modificando
o percurso óptico do feixe, enquanto a outra metade é reflectida num espelho fixo.
Seguidamente, os feixes são recombinados, com o objectivo de criar interferências destrutivas
e construtivas, a partir das quais se obtém um espectro de interferências. Por fim, aplicam-se
transformadas de Fourier à variação do espectro de interferências no tempo, obtendo-se o
espectro final de absorvância em função do número de onda [52].
CAMPANHA EXPERIMENTAL
59
Figura 3.21 – Aparelho que utiliza feixe de energia contendo o espectro infravermelho.
Deste modo, os produtos P1 e P2 foram espalhados directamente numa “janela” à qual é
aplicado directamente o feixe de energia, como se pode visualizar na Figura 3.22. O produto 3,
foi colocado numa folha de teflon para secar e, seguidamente, foi dissolvido em tetracloreto e
espalhado numa “janela”, sendo-lhe também aplicado o feixe de energia (Figura 3.23).
Figura 3.22 – Aplicação do produto P1 e P2 directamente na “janela”.
Figura 3.23 – Secagem do produto P3 em papel teflon.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
60
3.5. APLICAÇÃO DOS PRODUTOS
A fase de aplicação dos produtos no betão constituiu uma das fases mais importantes no
presente estudo.
Para uma correcta aplicação, é necessário que o substrato esteja limpo e isento de poeiras,
gorduras ou qualquer outro elemento que possa prejudicar a aderência entre o produto e o
betão. Por outro lado, é também indispensável calcular as quantidades de produto que devem
ser aplicadas, de acordo com as fichas técnicas. Para este efeito, foram considerados os
rendimentos apropriados para cada produto apresentados no Quadro 3.10.
Produto Rendimento
(ficha técnica)
Massa volúmica
(kg/dm3)
Rendimento
(m2/L)
P1 150 a 250 cc/m2 1.010 5 a 6.67
P2 250 g/m2 1.066 4.262
P3 5 a 10 m2/L 1.069 5 a 10
Quadro 3.10 – Rendimentos necessários para a aplicação dos produtos.
Sabendo o rendimento, a massa volúmica () e a área de superfície onde será aplicado o
produto (A), é possível determinar a massa de produto a aplicar por superfície de provete (m),
através da seguinte equação:
(em grama) (3.8)
Por outro lado, foi decidido que o método de aplicação de todos os produtos seria através de
uma trincha, de forma a uniformizar todo o processo, apesar de na ficha técnica do produto P1
ser sugerido o uso de rolos largos. Na Figura 3.24 é possível observar-se a aplicação dos
produtos, conforme o método supracitado e na Figura 3.25 o condicionamento dos provetes,
durante 7 dias, numa sala própria para o efeito.
CAMPANHA EXPERIMENTAL
61
Figura 3.24 – Aplicação do produto utilizando uma trincha.
Figura 3.25 – Condicionamento dos provetes durante o processo de secagem.
3.6. AVALIAÇÃO DA RUGOSIDADE
Ao longo deste trabalho, foi estudado o comportamento dos diferentes produtos de
impregnação face a 3 tipos de rugosidade. Deste modo, foi fulcral avaliar qualitativa e
quantitativamente a rugosidade obtida, a partir de cada tratamento de superfície. Assim
sendo, foram utilizados dois métodos alternativos para se poderem comparar os diferentes
resultados:
Determinação da textura de rugosidade pelo método do perfil ISO 4287 [53];
Determinação do índice de rugosidade através da EN 1766 [7].
3.6.1. Textura superficial – método do perfil
O ensaio utilizado para avaliar a rugosidade da superfície de betão foi desenvolvido no
Instituto Superior Técnico e consiste na aplicação de um software (Buildings Life) [48], que
calcula índices de rugosidade média, amplitudes máximas e mínimas. As normas que estiveram
na base do desenvolvimento do software mencionado são a ISO 4287 [53] e a ISO 8503-5 [54].
O ensaio desenvolvido iniciou-se com a execução de moldes de plasticina, de dimensões
4x4 cm, que serviram para “imprimir” a superfície de betão, uma vez que aquele é um material
moldável. A impressão da plasticina formou o negativo da superfície de betão. Seguidamente,
a plasticina foi cortada cuidadosamente com um x-acto, o que permitiu o seu destacamento do
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
62
molde. Desta forma, foi então possível obter vários perfis da superfície, tal como é ilustrado
nas Figura 3.26 e Figura 3.27.
Figura 3.26 – Molde de plasticina.
Figura 3.27 – Prensagem do molde de plasticina na superfície de betão.
Depois, o perfil foi desenhado com uma mina e digitalizado, utilizando o software DigitizIt, o
qual detecta as coordenadas da curva do perfil desenhada que são essenciais para utilizar
finalmente a plataforma Buildings Life. Deste modo, esta plataforma permitiu recriar o perfil
da superfície e calcular a rugosidade média associada.
Para se obterem resultados com utilidade, foram executados três moldes para cada caso, o
que permitiu, deste modo, calcular a média e o desvio-padrão do índice de rugosidade de cada
tipo de betão e tratamento superficial.
3.6.2. Determinação do índice de rugosidade
Este ensaio foi executado de acordo com a norma EN 1766 [7], cujas recomendações sugerem
a utilização do método de espalhamento de areia na superfície de betão.
De acordo com a norma indicada, o volume de areia a utilizar deverá variar entre 5 e 25 ml
(conforme a área da superfície dos provetes a ensaiar). Contudo, uma vez que os provetes
disponíveis para o ensaio possuíam uma área menor que a sugerida na norma, foi utilizado um
volume de 2,5 ml, para provetes de 29 cm de comprimento e 14,5 cm de largura, e 1,25 ml,
para provetes de 14,5 cm de lado.
CAMPANHA EXPERIMENTAL
63
Deste modo, os volumes de areia foram medidos e colocados na superfície dos provetes, como
se pode visualizar na Figura 3.28. De seguida, utilizando um disco próprio para o efeito foram
efectuados movimentos rotativos e circulares, sem exercer pressão, de forma a espalhar a
areia na superfície do provete, como se pode observar na Figura 3.29.
Figura 3.28 – Disposição da areia na superfície do
provete de betão.
Figura 3.29 – Espalhamento da areia na superfície do
provete com recurso a um disco.
Por fim, confirmou-se que a configuração da areia na superfície do provete era circular e,
recorrendo-se a uma craveira, foi medido o diâmetro do círculo de areia.
Para se obter o índice de rugosidade, foi necessário utilizar a seguinte equação,
(3.9)
em que,
V – volume de areia utilizado (ml);
d – diâmetro médio do círculo de areia (mm).
3.7. ENSAIOS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS PRODUTOS
3.7.1. INTRODUÇÃO
Na 3ª fase da campanha experimental, foram realizados os ensaios indicados na norma EN
1504-2 [1].
A fase de preparação dos provetes iniciou-se com a determinação do número de provetes
necessários para a realização dos cinco ensaios, com as dimensões mais correctas para o
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
64
efeito. As normas referentes a cada ensaio sugerem um número e dimensões de provetes que
nem sempre foram adoptados devido a limitações de material.
3.7.2. ENSAIO DE ABSORÇÃO CAPILAR
O ensaio para avaliar a permeabilidade à água dos três produtos de impregnação foi
executado de acordo com a norma EN 1062 - 3 [3] e desenrolou-se em 2 fases:
Preparação dos provetes – selagem;
Imersão dos provetes em água.
3.7.2.1. Geometria dos provetes
No ensaio da absorção capilar, o número e dimensões de provetes sugeridos pela norma e os
adoptados para o ensaio, são os apresentados no Quadro 3.11.
Número de
provetes Dimensões Figura
Norma 3 Área de superfície: 200 cm2
Altura: 2,5 cm
Ensaios 3
Comprimento: 7 cm
Largura: 7 cm
Altura: 4 cm
Quadro 3.11 – Número, dimensões e figura exemplificativa dos provetes utilizados no ensaio de absorção capilar.
3.7.2.2. Procedimento
Na primeira fase do processo, os provetes foram selados com recurso a um ligante epóxido
estrutural de dois componentes, Icosit K101 N da SIKA, representado na Figura 3.30. Os
provetes foram revestidos com duas camadas do ligante para se assegurar que a selagem era o
mais estanque possível. A aplicação do produto foi executada com recurso a uma trincha
(Figura 3.31).
CAMPANHA EXPERIMENTAL
65
Figura 3.30 – Icosit K101 N da SIKA.
Figura 3.31 – Aplicação do selante.
Os provetes foram posteriormente colocados numa sala de condicionamento para que o
selante secasse, como se verifica na Figura 3.32.
Figura 3.32 – Condicionamento dos provetes.
A segunda fase do ensaio relativo à absorção capilar consistiu na imersão das amostras em
água potável. O procedimento iniciou-se com a pesagem dos provetes e sua colocação num
recipiente, contendo água potável até 1 cm acima da face do provete em contacto com a água
(Figura 3.33 a) e b)). A temperatura da água situou-se no intervalo (23±2)°C, de acordo com o
imposto na norma.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
66
a) b)
Figura 3.33 – Imersão dos provetes em água potável.
Os provetes foram retirados da água e a sua superfície foi seca com papel absorvente para
serem posteriormente pesados depois de 1h, 2h, 3h, 6h, 24h, 30h, 48h e de 2 em 2 dias até a
maioria atingir o ponto de saturação, como se pode verificar na Figura 3.34.
Figura 3.34 – Pesagem dos provetes após a imersão em água.
3.7.2.3. Análise de resultados
Utilizando os valores dos pesos registados foi possível construir a curva de velocidade de
transmissão de água líquida em função da raiz quadrada do tempo (h), sendo a transmissão de
água calculada a partir do aumento de massa (em kg), dividido pela área de superfície do
provete (em m2). O coeficiente de velocidade de transmissão de água líquida (w) foi calculado
através do declive na zona linear da curva de velocidade de transmissão de água líquida.
CAMPANHA EXPERIMENTAL
67
3.7.3. Ensaio da resistência à abrasão
No intuito de se proceder à avaliação e comparação da resistência à abrasão do betão com e
sem aplicação de produtos de protecção superficial, este ensaio foi realizado com recurso ao
abrasímetro de Taber, segundo a norma EN ISO 5470-1 [4].
3.7.3.1. Geometria dos provetes
O número e dimensões dos provetes a utilizar neste ensaio são apresentados no Quadro 3.12.
As diferenças dos números e dimensões dos provetes entre o sugerido na norma e o escolhido
para a realização do ensaio, devem-se ao facto da norma em questão ser direccionada para
tecidos revestidos a borracha ou plástico, daí a necessidade de se efectuarem algumas
modificações ao sugerido na norma.
Número Dimensões Figura
Norma 6
Fatias de 1 cm, obtidas a
partir de cubos de 10 cm de
aresta
Ensaios 2
Comprimento: 11 cm
Largura: 11 cm
Altura: 1 cm
Quadro 3.12 – Número, dimensões e figura exemplificativa dos provetes utilizados no ensaio de resistência à abrasão.
Tendo em conta que o substrato utilizado foi betão e a norma se aplica a tecidos revestidos a
borracha ou plástico, houve a necessidade de se implementar algumas alterações. Assim
sendo, os provetes utilizados tiveram uma forma geométrica diferente da utilizada na norma,
ou seja, para o ensaio foram escolhidos provetes de secção quadrada, com as dimensões
11x11x1 [cm], aos quais foram cortados os cantos, permitindo que rodassem livremente.
Foram efectuados furos de 8 mm de diâmetro nos provetes para permitir o seu encaixe na
máquina abrasiva (Figura 3.35).
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
68
Figura 3.35 – Execução dos furos nos provetes destinados ao ensaio de resistência à abrasão.
3.7.3.2. Procedimento
Os provetes foram colados ao tabuleiro da máquina com fita-cola de face dupla para
acompanhar as rotações do abrasímetro de Taber (Figura 3.36 e Figura 3.37).
Figura 3.36 – Abrasímetro de Taber. Figura 3.37 – Colocação do provete no equipamento
abrasímetro de Taber.
De seguida, e de acordo com a norma EN 1504-2 [1], foram utilizadas rodas abrasivas do tipo
H22, tendo sido acoplada à máquina de ensaio uma carga de 1000 g (Figura 3.38).
CAMPANHA EXPERIMENTAL
69
Figura 3.38 – Rodas abrasivas H22 e massas de 1000 g acopladas ao equipamento.
De acordo com a norma referida, seria necessário efectuar 1000 ciclos para cada provete mas,
após o término de 100 ciclos, foi observado que o produto já tinha desaparecido na maioria
dos provetes. Deste modo, foi decidido realizar apenas 300 ciclos, uma vez que os restantes
700 iriam corresponder a valores de resistência à abrasão do betão, não tendo interesse para o
estudo em questão, que se limita ao comportamento dos produtos de impregnação.
Assim, o ensaio consistiu na pesagem inicial dos provetes com aproximação de 0,001 g, na
realização de 100 ciclos no abrasímetro, seguido de nova pesagem. Este processo repetiu-se
três vezes perfazendo 300 ciclos. Finalmente, foram efectuados os cálculos de percentagem de
massa perdida ao longo dos ciclos com o objectivo de analisar e comparar os diferentes tipos
de provetes.
3.7.3.3. Apreciação dos resultados
De acordo com a norma EN 1504-2 [1], a perda de massa por abrasão dos betões deverá
melhorar aproximadamente 30%, devido à aplicação do produto de impregnação.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
70
3.7.4. Ensaio da resistência ao impacto
Com o objectivo de avaliar a resistência ao impacto antes e após a aplicação dos produtos em
estudo, foi realizado o ensaio apresentado na norma EN ISO 6272-1 [5].
3.7.4.1. Geometria dos provetes
No caso da resistência ao impacto, o número e dimensões de provetes não são mencionados
na norma referida, tendo-se optado por realizar 3 ensaios por cada provete, sendo as
dimensões de cada um apresentadas no Quadro 3.13.
Número Dimensões Figura
Norma - -
Ensaios 3
Comprimento: 10 cm
Largura: 7 cm
Altura: 4 cm
Quadro 3.13 – Número, dimensões e figura exemplificativa dos provetes utilizados no ensaio de resistência ao impacto.
3.7.4.2. Procedimento
De acordo com a norma em questão, foi utilizado um aparelho de queda de massa e as
correspondentes massas primária e secundária, perfazendo um total de 1973.36 g, com uma
esfera de 20 mm de diâmetro. Foi decidido realizar o exame com uma carga correspondente à
classe 2 (10 Nm), de acordo com a norma EN 1504-2 [1], uma vez que foram executados testes
para as classes 1 e 3 e o último (classe 3) provocou a fractura das amostras de betão. Deste
modo, determinou-se a altura de queda da massa através da equação 3.10.
(3.10)
CAMPANHA EXPERIMENTAL
71
em que,
Ep – energia potencial (Nm);
m – massa;
g – aceleração da gravidade;
h – altura de queda.
Concluiu-se que, para uma massa de 1973.36 g, a altura de queda das massas (primária e
secundária) deveria ser de 51.7 cm, como se pode observar nas Figura 3.39 a) e b).
a) b) Figura 3.39 – Ensaio de impacto de uma esfera de grande diâmetro.
3.7.4.3. Análise de resultados
Após a queda das massas estar concluída, os locais de impacto foram examinados, recorrendo-
se a uma lupa. Seguidamente, mediram-se os diâmetros das cavidades com uma craveira
(Figura 3.40) e a profundidade com recurso a um medidor de espessuras (Figura 3.41). Deste
modo, foi possível comparar e analisar quantitativamente o comportamento do betão com e
sem produto de protecção superficial.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
72
Figura 3.40 – Medição do diâmetro de impacto com recurso a uma craveira.
Figura 3.41 – Medição da profundidade do local de impacto com recurso a um medidor de espessuras.
3.7.5. Ensaio de pull-off
O ensaio de pull-off, que consistiu na avaliação da força de adesão entre o substrato e a
camada protectora aplicada, foi realizado segundo a norma EN 1542 [6].
3.7.5.1. Geometria dos provetes
No ensaio de adesão entre o produto e o substrato através do método do pull-off o número
de pastilhas utilizadas para a quantificação deste parâmetro e as dimensões dos provetes são
os indicados no Quadro 3.14.
Número Dimensões Figura
Norma 5
Comprimento: 30 cm;
Largura: 30 cm;
Altura: 10 cm;
Ensaios 3
Comprimento: 29 e 14,5 cm;
Largura: 14,5 cm;
Altura: 4 cm;
Quadro 3.14 – Número, dimensões e figura exemplificativa dos provetes utilizados no ensaio do pull-off.
CAMPANHA EXPERIMENTAL
73
3.7.5.2. Procedimento
O ensaio iniciou-se com a realização de carotes na superfície do betão com uma profundidade
de 10 mm e diâmetro de 50 mm, utilizando-se para o efeito uma caroteadora.
De seguida, foram coladas pastilhas metálicas, com um diâmetro de 50 mm, à superfície da
carote, nas quais foi depois acoplado o equipamento de pull-off.
Por fim, foi realizado o ensaio de tracção que consistiu na ligação da pastilha colada ao
equipamento de pull-off através de um parafuso (Figura 3.42). Seguidamente, rodou-se a
manivela do equipamento que aplicou um incremento de força de tracção contínuo até se
atingir a rotura entre a pastilha e a superfície (Figura 3.43).
Figura 3.42 – Encaixe do equipamento de pull-off no parafuso da pastilha.
Figura 3.43 – Rotação da manivela que possibilita a aplicação de força de tracção.
Finalmente, registou-se a força de tracção necessária para a separação da pastilha e foi feita a
classificação do tipo de rotura de acordo com a norma EN 1542 [6], tendo em conta a seguinte
fórmula:
em que,
σ – tensão;
Fmax – força máxima de tracção;
Apastilha – área da pastilha metálica.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
74
3.7.6. Ensaio da penetração
Para realizar o ensaio de penetração do produto no substrato, foi seguida a sugestão
apresentada na norma EN 1504-2 [1], uma vez que não existe nenhuma norma específica para
o efeito.
3.7.6.1. Geometria dos provetes
Para determinar a profundidade de penetração do produto no betão, a norma EN 1504 [1]
sugere a utilização de cubos de 100 mm de aresta, executando-se seguidamente um corte na
secção para se avaliar a profundidade com que o produto penetrou. No caso deste estudo,
optou-se por utilizar os provetes destinados ao ensaio de pull-off.
3.7.6.2. Procedimento
Para se realizar o ensaio de penentração, foi necessário criar uma abertura (dividir o provete
em duas partes) no substrato de betão, ao qual foi aplicado o produto de impregnação, tendo
sido utilizada uma prensa para o efeito (Figura 3.44).
Figura 3.44 – Prensa utilizada para criar uma abertura no provete de betão.
CAMPANHA EXPERIMENTAL
75
De seguida, a superfície da fractura foi borrifada com água, similarmente ao teste de
profundidade de carbonatação no qual se utiliza fenoftaleína, como se pode visualizar na
Figura 3.45.
Figura 3.45 – Superfície da fractura borrifada com água.
Por fim, a profundidade de penetração do produto correspondeu à zona seca da superfície
fracturada, tendo esta sido medida recorrendo-se a um comparador de fissuras (Figura 3.46).
Figura 3.46 – Medição da profundidade de penetração do produto com um comparador de fissuras.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
76
3.7.6.3. Análise de resultados
De acordo com a norma 1504-2 [1], a profundidade de penetração do produto deve ser
superior a 5 mm.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
77
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
4.1. INTRODUÇÃO
Neste capítulo apresentam-se os resultados obtidos nos ensaios realizados na campanha
experimental, cujos procedimentos foram descritos no capítulo 3. Por outro lado, será também
realizada uma análise comparativa dos ensaios, correlacionando-os com as variáveis de
controlo, ou seja, os dois tipos de betão (B1 e B2), com razões água cimento de 0,40 e 0,70
respectivamente e as três rugosidades (R0, R1 e R2), que correspondem à rugosidade inicial
(sem preparação), à preparação com jacto de água e à preparação com martelo de agulhas,
respectivamente.
4.2. PROPRIEDADES DOS BETÕES
4.2.1. Propriedades mecânicas
A execução das lajes de betão seguiu a metodologia e directrizes apresentadas na norma EN
1766, sendo que os resultados apresentados correspondem aos ensaios de resistência à
compressão (NP EN 12390-3) e resistência à tracção por compressão diametral (NP EN 12390-
6), efectuados em cubos e cilindros (respectivamente) confeccionados ao mesmo tempo que
as lajes [49]. As datas de fabrico e ensaio, dimensões, massas e massas volúmicas dos vários
provetes utilizados para o ensaio de resistência à compressão e tracção por compressão
diametral encontram-se listados nos Quadro 4.1. e 4.2.
Tipo de
betão ID
Data Dimensões
(mm)
Massa
(kg)
Massa
volúmica
(kg/m3) Fabrico Ensaio
B1
1MC(0,40) 2009-09-10 2009-10-08 150x150x150 7.845 2320
2MC(0,40) 2009-09-10 2009-10-08 150x150x150 7.906 2340
3MC(0,40) 2009-09-15 2009-10-13 150x150x150 7.852 2330
4MC(0,40) 2009-09-15 2009-10-13 150x150x150 7.852 2330
B2
1C(0,70) 2009-09-23 2009-10-21 150x150x150 7.874 2330
2C(0,70) 2009-09-23 2009-10-21 150x150x150 7.868 2330
3C(0,70) 2009-10-26 2009-11-23 150x150x150 7.905 2330
4C(0,70) 2009-10-26 2009-11-23 150x150x150 7.888 2320
Quadro 4.1 – Parâmetros relativos aos provetes cúbicos utilizados no ensaio de resistência à compressão.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
78
Tipo de
betão ID
Data Massa
(kg)
Dimensões (mm)
Fabrico Ensaio Diâmetro Altura
B1
1MC (0,40) 2009-09-10 2009-10-08 12.260 150 300
2MC (0,40) 2009-09-10 2009-10-08 12.330 150 300
1MC (0,40) 2009-09-15 2009-10-13 12.244 150 300
B2 1C (0,70) 2009-09-15 2009-10-21 12.334 150 300
1C (0,70) 2009-10-26 2009-11-23 12.334 150 301
Quadro 4.2 – Parâmetros relativos aos provetes cilindricos ensaio de resistência à tracção por compressão diametral.
Os resultados do ensaio de resistência à compressão (fc) são superiores para os betões com
razão a/c inferiores, sendo a média de 56,25 MPa para os betões do tipo B1 e 33,08 MPa para
os do tipo B2, como se pode verificar na Figura 4.1. Esta diferença é expectável, uma vez que o
cimento é o componente que confere resistência mecânica aos betões, e a presença de maior
quantidade de água leva ao aparecimento de mais vazios por evaporação, conduzindo a uma
menor resistência mecânica. Por outro lado, os valores para cada tipo de betão são
semelhantes entre si, não havendo uma grande dispersão nos resultados.
Quanto aos resultados do ensaio de resistência à tracção por compressão diametral (fct), as
razões das diferenças entre os dois tipos de betão são as mesmas, sendo que a tensão de
rotura para os betões do tipo B1 é de 4,22 MPa e do tipo B2 de 2,93 MPa, como se pode
verificar na Figura 4.1.
Figura 4.1 – Resultados do ensaio de resistência à compressão (fc) e à tracção por compressão diametral (fct).
2,5
3
3,5
4
4,5
5
5,5
6
25
30
35
40
45
50
55
60
B1 B2
fct
[MP
a]
fc [
MP
a]
fc
fct
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
79
4.2.2. Teor em humidade
A estabilização do teor em humidade é uma fase importante para se iniciarem os ensaios, uma
vez que diferenças no teor de humidade podem influenciar o desempenho dos produtos
aplicados. De acordo com a norma EN 1504-2 [1], os provetes devem ser ensaiados com um
teor em humidade de (5±0,5)%.
Nesta secção apresentam-se os teores em humidade avaliados segundo a norma EN13580 [47]
e os resultados obtidos através do humidímetro, que quantifica a humidade superficial dos
provetes, sendo que a escala de valores e a sua classificação podem ser consultadas no Quadro
4.3.
Classificação “Dry” (seco) “At rysk” (em risco) “Wet” (húmido)
Gama de valores 0 – 169 170 – 200 201 – 1000
Quadro 4.3 – Classificação dos valores obtidos através da utilização do humidímetro.
Os resultados da estabilização de humidade nos vários tipos de provetes apresentam-se nos
Quadro 4.4 e Quadro 4.5, em que R0, R1 e R2 correspondem às diferentes rugosidades
analisadas (sem tratamento, jacto de água e martelo de agulhas, respectivamente), em termos
de teor de humidade calculado e valor do humidímetro2.
Ensaio Dimensões
[mm]
R0 R1 R2
%HR Humidímetro %HR Humidímetro %HR Humidímetro
Absorção 70x70x40 5,25 170 5,05 166 5,03 164
Abrasão 110x110x10 5,37 152 5,10 150 5,05 155
Impacto 100x70x40 5,50 153 5,36 146 5,36 143
Pull-off 290x145x40 5,52 163
290x290x40 5,16 177 5,40 176
Quadro 4.4 – Resultados da estabilização da humidade dos provetes do tipo B1.
Ensaio Dimensões
[mm]
R0 R1 R2
%HR Humidímetro %HR Humidímetro %HR Humidímetro
Absorção 70x70x40 5,43 156 5,32 146 5,28 134
Abrasão 110x110x10 5,37 130 5,03 125 4,91 123
Impacto 100x70x40 5,39 137 4,93 140 4,97 132
Pull-off 290x145x40 4,92 155
290x290x40 4,72 174 4,55 169
Quadro 4.5 – Resultados da estabilização da humidade dos provetes do tipo B2.
2 Os quadros completos podem ser consultados no anexo B.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
80
Deste modo, como se pode observar, todos os provetes possuem um teor em humidade
situado no intervalo referido, que foi alcançado ao fim de 10 dias de pesagens. Quanto à
humidade superficial de todos os provetes, pode ser classificada como “dry” (seco), resultados
coincidentes com a humidade dos provetes obtida através do processo descrito na norma EN
13580 [47].
4.3. CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTOS
4.3.1. Determinação da massa volúmica
Os resultados do ensaio para a determinação da massa volúmica dos produtos utilizados na
campanha experimental apresentam-se no Quadro 4.6, podendo-se concluir que os valores
obtidos são próximos das massas volúmicas apresentadas nas fichas técnicas e muito
semelhantes entre si.
Amostra m1 (g) Vt (mL) Picnómetro +produto (g)
Massa volúmica (g/ml)
Massa volúmica (g/ml) (fichas
técnicas)
P1 49.17 100.43 150.59 1.01 ±0.9
P2 222.10 50.12 275.50 1.07 ±1.0
P3 272.38 100.37 379.66 1.07 1.07±0.02
Quadro 4.6 – Resultados do ensaio de determinação da massa volúmica dos produtos.
4.3.2. Determinação do teor em matérias não voláteis
O teor em matéria não volátil de um produto não é uma quantidade absoluta, dependendo da
temperatura e do tempo de aquecimento. Os valores do teor em matérias não voláteis
exprimem a percentagem de resíduo obtido por evaporação, ou seja, o resíduo de produto
que se mantém após a secagem do mesmo. No Quadro 4.7 apresentam-se os valores dos
teores em matérias voláteis e não voláteis dos três produtos ensaiados.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
81
Identificação do produto
Cápsula (g) ( C )
Cápsula+Produto (g) (C1)
Produto (g)
Cápsula +resíduo (g) (C2)
Resíduo (g)
Voláteis (%)
Não voláteis
(%)
P1 3.5830 4.5863 1.0033 4.2112 0.6282 37.39 62.61
3.6354 4.6428 1.0074 4.2622 0.6268 37.78 62.22
P2 3.6312 4.6344 1.0032 4.1516 0.5204 48.13 51.87
3.6018 4.6017 0.9999 4.1229 0.5211 47.88 52.12
P3 3.6257 4.6298 1.0041 3.9767 0.3510 65.04 34.96
3.6075 4.6072 0.9997 3.9586 0.3511 64.88 35.12
Quadro 4.7 – Resultados do ensaio para a determinação do teor em matéria não volátil.
Pode concluir-se que o produto P3 é o que apresenta maior volatilidade, seguido do produto
P2, finalmente, do produto P1.
4.3.3. Espectros de absorção no infravermelho
Os espectros de absorção no Infravermelho (IV) são apresentados na Figura 4.2 a Figura 4.6,
bem como a identificação da constituição de cada produto.
O produto P1 de base solvente é constituído por dois componentes (A e B). Através do ensaio
de infravermelhos e da comparação do espectro IV obtido com os espectros disponíveis na
biblioteca de espectros, conclui-se que o componente A é um produto à base de aminas
aromáticas, podendo observar-se o espectro correspondente na Figura 4.2.
Figura 4.2 – P1 – componente A (base solvente)
0 ,10
0 ,15
0 ,20
0 ,25
0 ,30
0 ,35
0 ,40
0 ,45
0 ,50
0 ,55
0 ,60
0 ,65
0 ,70
0 ,75
Ab
s
500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
cm -1
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
82
O componente B do produto P1 foi identificado como sendo um produto à base de um pré-
polímero epoxídico (bisfenol-A e epicloridrina) e o seu espectro é apresentado na Figura 4.3.
Figura 4.3 – P1 – componente B
O produto P2, de base aquosa, é também um produto de dois componentes (A e B). O
espectro do componente A pode ser visualizado na Figura 4.4 e foi identificado como sendo
um produto à base de um pré-polímero epoxídico (bisfenol-A e epicloridrina).
Figura 4.4 – P2 - componente A
O componente B do produto P2 é um produto à base de aminas aromáticas e o espectro
correspondente pode ser visualizado na Figura 4.5.
0 ,10
0 ,15
0 ,20
0 ,25
0 ,30
0 ,35
0 ,40
0 ,45
0 ,50
0 ,55
0 ,60
0 ,65
0 ,70
0 ,75
0 ,80
0 ,85
Ab
s
500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
cm -1
0 ,10
0 ,15
0 ,20
0 ,25
0 ,30
0 ,35
0 ,40
0 ,45
0 ,50
0 ,55
0 ,60
0 ,65
0 ,70
0 ,75
0 ,80
0 ,85
0 ,90
0 ,95
1 ,00
1 ,05
Ab
s
500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
cm -1
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
83
Figura 4.5 – P2 - componente B (base aquosa)
O produto P3 é um produto mono-componente e foi identificado como sendo um produto à
base de um polímero acrílico e de silicatos. O seu espectro pode ser observado na Figura 4.6.
Figura 4.6 – P3
4.4. CONSUMOS NA APLICAÇÃO DOS PRODUTOS
4.4.1. Resultados gerais e efeito do tipo de betão
Os resultados referentes ao rendimento aplicado de cada produto nos diferentes provetes
para os dois tipos de betão (B1 e B2) são listados no Quadro 4.8 a Quadro 4.10 e ilustrados na
Figura 4.7 a Figura 4.9.
0 ,12
0 ,14
0 ,16
0 ,18
0 ,20
0 ,22
0 ,24
0 ,26
0 ,28
0 ,30
0 ,32
0 ,34
0 ,36
0 ,38
Ab
s
500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
cm -1
0 ,2
0 ,3
0 ,4
0 ,5
0 ,6
0 ,7
0 ,8
0 ,9
1 ,0
1 ,1
1 ,2
1 ,3
1 ,4
1 ,5
Ab
s
500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
cm -1
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
84
Os quadros incluem duas colunas relativas ao rendimento a aplicar nos provetes. A primeira
coluna diz respeito à quantidade de produto (em kg/m2) a aplicar por sugestão do fabricante,
ou seja, apresenta-se o intervalo no qual deverá estar compreendida o rendimento de produto
aplicado, que foi calculado com base nos rendimentos presentes na ficha técnica de cada
produto. A segunda coluna relaciona-se com o rendimento aplicado em cada provete (em
média) durante o ensaio. Por outro lado, relativamente ao ensaio de pull-off, existem dois
intervalos para cada tipo de betão, uma vez que neste ensaio existem provetes com dois tipos
de geometria diferentes.
As quantidades de produto aplicadas em cada provete foram obtidas através dos rendimentos
apresentados nas fichas técnicas. Deste modo, foi calculado um intervalo de massas a aplicar
em função do rendimento, através da seguinte fórmula:
(4.1)
Provete Comp.
(m) Larg. (m)
Área (m
2)
Rendimento sugerido (g/m
2)
Rendimento aplicado (média) (g/m
2)
Desvio Padrão
Ensaio
mín. máx.
B1 0,110 0,110 0,012 151,500 252,893 166,942 22,585 Abrasão
B2 0,110 0,110 0,012 151,500 252,893 183,747 30,704
B1 0,070 0,070 0,005 151,500 252,893 143,628 33,964 Absorção
B2 0,070 0,070 0,005 151,500 252,893 145,397 20,932
B1 0,100 0,070 0,007 151,500 252,893 167,143 11,429 Impacto
B2 0,100 0,070 0,007 151,500 252,893 205,238 54,890
B1 0,145 0,145 0,021 151,500 252,893 91,653 - Pull-off 1
B2 0,145 0,145 0,021 151,500 252,893 106,587 -
B1 0,290 0,145 0,042 151,500 252,893 131,391 19,843 Pull-off 2
B2 0,290 0,145 0,042 151,500 252,893 153,710 27,225
Quadro 4.8 – Rendimento aplicado de produto P1.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
85
Figura 4.7 – Rendimento de produto P1 aplicado nos diferentes tipos de provetes.
Provete Comp.
(m) Larg. (m)
Área (m
2)
Rendimento sugerido (g/m
2)
Rendimento aplicado (média) (g/m
2)
Desvio Padrão
Ensaio
mín. máx.
B1 0,110 0,110 0,012 106,600 250,413 261,157 11,699 Abrasão
B2 0,110 0,110 0,012 106,600 250,413 277,961 20,383
B1 0,070 0,070 0,005 106,600 250,413 167,483 21,427 Absorção
B2 0,070 0,070 0,005 106,600 250,413 202,177 36,253
B1 0,100 0,070 0,007 106,600 250,413 269,048 57,327 Impacto
B2 0,100 0,070 0,007 106,600 250,413 274,286 12,372
B1 0,145 0,145 0,021 106,600 250,413 106,540 - Pull-off 1
B2 0,145 0,145 0,021 106,600 250,413 82,045 -
B1 0,290 0,145 0,042 106,600 250,413 100,618 2,152 Pull-off 2
B2 0,290 0,145 0,042 106,600 250,413 133,448 30,016
Quadro 4.9 – Rendimento aplicado de produto P2.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
86
Figura 4.8 - Rendimento de produto P2 aplicado nos diferentes tipos de provetes.
Provete Comp.
(m) Larg. (m)
Área (m2)
Rendimento sugerido (g/m
2)
Rendimento aplicado (média) (g/m
2)
Desvio Padrão
Ensaio
mín. máx.
B1 0.110 0.110 0.012 106.900 213.800 138.292 16.385 Abrasão
B2 0.110 0.110 0.012 106.900 213.800 139.669 19.620
B1 0.070 0.070 0.005 106.900 213.800 130.204 28.361 Absorção
B2 0.070 0.070 0.005 106.900 213.800 163.878 36.462
B1 0.100 0.070 0.007 106.900 213.800 182.857 66.960 Impacto
B2 0.100 0.070 0.007 106.900 213.800 209.524 9.512
B1 0.145 0.145 0.021 106.900 213.800 102.687 - Pull-off 1
B2 0.145 0.145 0.021 106.900 213.800 78.193 -
B1 0.290 0.145 0.042 106.900 213.800 85.660 37.533 Pull-off 2
B2 0.290 0.145 0.042 106.900 213.800 122.461 34.119
Quadro 4.10 – Rendimento aplicado de produto P3.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
87
Figura 4.9 – Rendimento de produto P3 aplicado nos diferentes tipos de provetes.
Como se pode verificar no Quadro 4.8 a Quadro 4.10 as quantidades de produto foram
respeitadas, excepto em alguns casos pontuais. Como se pode observar no anexo C,
comparando as quantidades aplicadas nos diferentes betões e rugosidades, pode concluir-se
que a quantidade é superior para B2 (C0,70), o que é expectável, uma vez que o betão B2 tem
uma razão água/cimento superior ao betão B1, o que o torna mais poroso.
4.4.2. Efeito do tipo de preparação de superfície
Os resultados referentes à quantidade aplicada de cada produto nos diferentes provetes para
as três rugosidades são apresentados no Quadro 4.11 a Quadro 4.13 e na Figura 4.10 a
Figura 4.12. A organização dos quadros e das figuras é idêntica à da secção anterior e o
método de cálculo dos rendimentos é também igual.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
88
Provete Comp.
(m) Larg. (m)
Área (m
2)
Rendimento sugerido (g/m
2)
Rendimento aplicado (média) (g/m
2)
Desvio Padrão
Ensaio
mín. máx.
R0 0.110 0.110 0.012 151.500 252.893 170.661 28.361
Abrasão R1 0.110 0.110 0.012 151.500 252.893 190.496 36.014
R2 0.110 0.110 0.012 151.500 252.893 164.876 10.995
R0 0.070 0.070 0.005 151.500 252.893 130.272 22.035
Absorção R1 0.070 0.070 0.005 151.500 252.893 141.497 24.202
R2 0.070 0.070 0.005 151.500 252.893 161.769 31.793
R0 0.100 0.070 0.007 151.500 252.893 171.429 -
Impacto R1 0.100 0.070 0.007 151.500 252.893 212.143 -
R2 0.100 0.070 0.007 151.500 252.893 175.000 -
R0 0.145 0.145 0.021 151.500 252.893 99.120 -
Pull-off R1 0.290 0.145 0.042 151.500 252.893 139.941 -
R2 0.290 0.145 0.042 151.500 252.893 145.161 -
Quadro 4.11 – Rendimento aplicado de produto P1
Figura 4.10 – Rendimento de produto P1 aplicado nos diferentes tipos de provetes.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
89
Provete Comp.
(m) Larg. (m)
Área (m
2)
Rendimento sugerido (g/m
2)
Rendimento aplicado (média) (g/m
2)
Desvio Padrão
Ensaio
mín. máx.
R0 0.110 0.110 0.012 106.600 250.413 266.529 17.473
Abrasão R1 0.110 0.110 0.012 106.600 250.413 260.537 17.063
R2 0.110 0.110 0.012 106.600 250.413 281.612 17.089
R0 0.070 0.070 0.005 106.600 250.413 167.415 25.128
Absorção R1 0.070 0.070 0.005 106.600 250.413 200.850 32.538
R2 0.070 0.070 0.005 106.600 250.413 186.224 39.451
R0 0.100 0.070 0.007 106.600 250.413 242.143 -
Impacto R1 0.100 0.070 0.007 106.600 250.413 281.429 -
R2 0.100 0.070 0.007 106.600 250.413 291.429 -
R0 0.145 0.145 0.021 106.600 250.413 94.293 -
Pull-off R1 0.290 0.145 0.042 106.600 250.413 107.182 -
R2 0.290 0.145 0.042 106.600 250.413 126.885 -
Quadro 4.12 – Rendimento aplicado de produto P2
Figura 4.11 – Rendimento de produto P2 aplicado nos diferentes provetes.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
90
Provete Comp.
(m) Larg. (m)
Área (m
2)
Rendimento sugerido (g/m
2)
Rendimento aplicado (média) (kg/m
2)
Desvio Padrão
Ensaio
mín. máx.
R0 0.110 0.110 0.012 106.900 213.800 129.339 18.037
Abrasão R1 0.110 0.110 0.012 106.900 213.800 135.950 16.944
R2 0.110 0.110 0.012 106.900 213.800 151.653 11.322
R0 0.070 0.070 0.005 106.900 213.800 138.571 38.275
Absorção R1 0.070 0.070 0.005 106.900 213.800 142.279 19.868
R2 0.070 0.070 0.005 106.900 213.800 160.272 47.451
R0 0.100 0.070 0.007 106.900 213.800 173.571 -
Impacto R1 0.100 0.070 0.007 106.900 213.800 178.571 -
R2 0.100 0.070 0.007 106.900 213.800 236.429 -
R0 0.145 0.145 0.021 106.900 213.800 90.440 -
Pull-off R1 0.290 0.145 0.042 106.900 213.800 78.728 -
R2 0.290 0.145 0.042 106.900 213.800 129.394 -
Quadro 4.13 – Rendimento aplicado de produto P3.
Figura 4. 12 – Rendimento de produto P3 aplicado nos diversos tipos de provetes.
De acordo com os gráficos e figuras apresentados pode concluir-se que as quantidades de
produto foram respeitadas, excepto em alguns casos isolados. Pode também concluir-se que a
quantidade de produto aplicada aumenta gradualmente de acordo com a rugosidade
(R0<R1<R2), o que seria de esperar, uma vez que quanto maior for a rugosidade maior será a
porosidade, e, consequentemente, maior a quantidade de produto que será absorvida.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
91
4.5. AVALIAÇÃO DA RUGOSIDADE
4.5.1. Moldes de plasticina
O método utilizado para a avaliação da rugosidade superficial dos provetes de betão fornece
um índice de rugosidade com maior precisão que o ensaio de espalhamento da areia,
apresentado na secção 4.5.2. Os resultados obtidos através da utilização da plataforma
BuildingsLife [48] são apresentados no Quadro 4.14 e na Figura 4.133.
Provete Índice de rugosidade [mm] Desvio Padrão [mm]
B1.R0 0.014 0.003
B1.R1 0.020 0.008
B1.R2 0.022 0.003
B2.R0 0.017 0.006
B2.R1 0.024 0.013
B2.R2 0.027 0.005
Quadro 4.14 – Índice de rugosidade superficial obtido através da análise de moldes de plasticina.
Figura 4.13 – Índice de rugosidade superficial obtido através da análise de moldes de plasticina.
Após a observação dos resultados, e como era esperado, pode concluir-se que o betão com
índice de rugosidade superior é o B2 para todas as rugosidades, uma vez que tem uma razão
a/c superior. Por isso, possui uma porosidade mais elevada devido ao número de vazios que
ocorrem depois da evaporação da água, durante o endurecimento do betão. Por outro lado,
3 Os quadros completos podem ser consultados no anexo C.
0,000
0,005
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
0,035
0,040
R0 R1 R2
Índ
ice
de
ru
gosi
dad
e [
mm
]
B1
B2
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
92
chegou-se à conclusão que a rugosidade mais acentuada é a R2, obtida através do martelo de
agulhas, quando comparada com a R0 (betão de referência) e a R1 (jacto de água). Este
resultado pode ser explicado devido à potência do martelo de agulhas ser superior à do jacto
de água, logo a superfície tratada com este método possui uma rugosidade mais acentuada.
4.5.2. Ensaio de espalhamento de areia
O ensaio de espalhamento da areia sobre a superfície fornece um índice de rugosidade da
superfície do betão. Os resultados obtidos através das equações apresentadas no capítulo
anterior, podem ser visualizados no Quadro 4.15 e na Figura 4.144.
Provete Índice de rugosidade [mm] Desvio Padrão [mm]
B1.R0 0.096 0.003
B1.R1 0.154 0.001
B1.R2 0.164 0.008
B2.R0 0.133 0.007
B2.R1 0.181 0.006
B2.R2 0.207 0.020
Quadro 4.15 – Índice de rugosidade superficial obtido através do ensaio de espalhamento de areia.
Figura 4.14 – Índice de rugosidade superficial obtido através do ensaio de espalhamento de areia.
4 Os quadros completos podem ser consultados no anexo D.
,000
,050
,100
,150
,200
,250
R0 R1 R2
Índ
ice
de
ru
gosi
dad
e [
mm
]
B1
B2
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
93
Os resultados deste ensaio são consistentes com os do ensaio anterior, como seria de esperar.
A explicação dos resultados em relação às diferenças observadas entre os dois tipos de betão e
as diferentes rugosidades é também a mesma.
4.5.3. Comparação dos métodos
Como se pode verificar através das Figura 4.13 e Figura 4.14, os dois métodos revelam a
mesma tendência, como se pode confirmar na Figura 4.15.
Figura 4.15 – Comparação entre os dois métodos de avaliação da rugosidade.
As diferenças entre os dois métodos devem-se aos procedimentos utilizados para a obtenção
dos resultados, ou seja, o ensaio de espalhamento da areia é apenas um método qualitativo
para comparar diferentes superfícies e que depende de muitas variáveis, estando sujeito a
erros durante o espalhamento da areia sobre a superfície. Por outro lado, o procedimento que
recorre a moldes de plasticina é relativamente mais preciso, uma vez que se utiliza o perfil da
superfície e, através de um software, se calculam as áreas acima e abaixo da linha média desse
perfil, obtendo-se, deste modo, o índice de rugosidade da superfície.
Por outro lado, a dispersão de resultados foi superior no método dos moldes de plasticina, em
comparação com o método do espalhamento da areia, como se pode verificar no Quadro 4.14
e Quadro 4.15 através dos resultados do desvio padrão.
0,010
0,012
0,014
0,016
0,018
0,020
0,022
0,024
0,026
0,028
0,030
0,050 0,100 0,150 0,200 0,250Mé
tod
o d
os
mo
lde
s d
e p
last
icin
a [m
m]
Método da areia [mm]
B1
B2
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
94
4.6. DESEMPENHO DOS PRODUTOS
Nesta secção apresentam-se e discutem-se os resultados relativos ao desempenho dos
produtos, no que diz respeito às seguintes propriedades: i) absorção capilar de água,
ii) resistência à abrasão, iii) resistência ao impacto, iv) adesão entre o produto e o substrato
através do ensaio de pull-off e v) penetração do produto no substrato.
4.6.1. Absorção capilar de água
Através dos valores de pesos registados ao longo de aproximadamente 40 dias, foi possível
construir as curvas de velocidade de transmissão líquida em função da raiz quadrada do tempo
em horas. A título exemplificativo, na Figura 4.16 a curva obtida para o provete B2.R1.SP.
Figura 4.16 – Exemplo de uma curva de velocidade de transmissão de água líquida.
Através da curva, calculou-se o respectivo declive do troço linear da curva, que corresponde ao
coeficiente de transmissão de água líquida (w) desse provete, bem como a percentagem de
diminuição de absorção de água relativamente aos provetes aos quais não foram aplicados os
produtos (SP), cuja variável se representou por R. Os resultados obtidos são apresentados no
Quadro 4.165.
5 Os quadros completos podem ser consultados no anexo D.
,00
,500
1,00
1,500
2,00
2,500
3,00
3,500
4,00
,000 5,000 10,000 15,000 20,000 25,000
m/A
[kg
/m2]
t1/2 [h0,5]
B2.R1.SP
B2.R1.SP
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
95
Identificação
w [kg/m2.h0,5]
B1 B2
média desvio padrão
R (%) média desvio padrão
R (%)
R0.SP 0.066 0.002 - 0.262 0.011 -
R0.P1 0.047 0.006 29.3 0.095 0.021 63.9
R0.P2 0.057 0.009 14.3 0.044 0.020 83.0
R0.P3 0.062 0.004 6.8 0.210 0.019 19.7
R1.SP 0.113 - - 0.363 - -
R1.P1 0.032 0.010 71.6 0.055 0.027 84.8
R1.P2 0.027 0.008 76.3 0.095 0.037 73.9
R1.P3 0.047 0.003 58.8 0.265 0.071 27.0
R2.SP 0.214 - - 0.801 - -
R2.P1 0.007 0.002 96.5 0.065 0.009 91.9
R2.P2 0.014 0.007 93.5 0.103 0.039 87.1
R2.P3 0.057 0.009 73.5 0.255 0.011 68.2
Quadro 4.16 – Resultados do coeficiente de absorção capilar para os diferentes provetes.
Através da observação do quadro pode concluir-se que para a maior rugosidade (R2) os
resultados foram os mais elevados no que diz respeito à percentagem de diminuição da
absorção de água (R). Note-se que essa absorção é muito elevada nos provetes sem produto
(SP) e com rugosidade R2. Pode também observar-se que o produto P3 não apresenta
características tão eficientes de bloqueio ao ingresso de água, como os produtos P1 e P2. Esta
conclusão pode ser explicada pelo facto de o produto P3 ser um produto à base de silicatos, ou
seja, reage com a superfície do betão formando cristais nos poros do mesmo. Por outro lado,
tanto o produto P1 como o produto P2 são produtos que formam um filme na superfície do
betão, tendo, deste modo, características mais propícias para a protecção contra o ingresso de
água, quando aplicados na superfície do betão.
Nas subsecções seguintes são apresentados os gráficos da velocidade de transmissão da água
líquida de duas formas distintas. Primeiramente, apresentam-se os resultados das diferentes
rugosidades (R0, R1 e R2) para cada produto aplicado (SP, P1, P2 e P3). De seguida,
apresentam-se os resultados dos três produtos para cada tipo de rugosidade.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
96
4.6.1.1. Efeito das diferentes rugosidades para cada tipo de produto
Nas Figura 4.17 e Figura 4.18, apresenta-se a variação da absorção de água (dividida pela área
de cada provete) com a raiz do tempo, para provetes sem nenhum produto aplicado. Pode
concluir-se que nestes provetes a velocidade de absorção de água líquida aumenta com a
rugosidade (wR2 > wR1 > wR0) e com a relação a/c do betão (wB2 > wB1). Estes resultados são
expectáveis tendo em conta a porosidade dos provetes, que aumenta com a rugosidade e é
maior na composição B2 devido à sua maior relação a/c.
Figura 4.17 – Velocidade de transmissão de água líquida do B1.SP.
Figura 4.18 – Velocidade de transmissão de água líquida do B2.SP.
No caso dos provetes aos quais foram aplicados os produtos P1 e P2, pode-se verificar nas
Figura 4.19 a Figura 4.22 que a velocidade de transmissão de água líquida é consideravelmente
inferior, quando comparada com os provetes sem aplicação de produto. Por outro lado, pode
também observar-se que, em geral, nos provetes com aplicação de produtos em que as
superfícies possuem maior rugosidade (R1 e R2) foram obtidas velocidades de transmissão de
água líquida menores. Este facto pode ser explicado, uma vez que, com a alteração da
rugosidade superficial, a camada de “leitada” do betão é removida e o produto penetrará de
forma mais eficiente no suporte. Assim, a acção do produto como barreira à entrada de água é
mais eficaz nos provetes com preparação superficial. A excepção a este comportamento é o
provete B2.P2 em que, para uma rugosidade R2, se obtiveram velocidades de absorção
superiores às dos provetes cuja superfície não foi preparada.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
0 10 20 30
m/A
[kg
/m2 ]
t 1/2[h0,5]
R0 R1 R2
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
0 10 20 30
m/A
[kg/
m2]
t 1/2[h0,5]
R0 R1 R2
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
97
Figura 4.19 – Velocidade de transmissão de água líquida do B1.P1.
Figura 4.20 – Velocidade de transmissão de água líquida do B2.P1.
Figura 4.21 – Velocidade de transmissão de água líquida do B1.P2.
Figura 4.22 – Velocidade de transmissão de água líquida do B2.P2.
Por último, as Figura 4.23 e Figura 4.24 representam as curvas da velocidade de transmissão
de água líquida dos provetes aos quais foi aplicado o produto P3. Este produto apresenta
resultados relativamente inferiores, quando comparado com os produtos P1 e P2, mas
superiores quando comparado com provetes sem tratamento. Relativamente à composição
B1, as diferentes rugosidades apresentam resultados muito similares, enquanto que no caso
da composição B2, a rugosidade R0 tem resultados melhores, seguida das rugosidades R1 e R2,
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
0 10 20 30
m/A
[kg/
m2 ]
t1/2 [h0,5]
R0 R1 R2
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
0 10 20 30
m/A
[kg/
m2 ]
t 1/2[h0,5]
R0 R1 R2
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
0 10 20 30
m/A
[kg/
m2 ]
t 1/2[h0,5]
R0 R1 R2
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
0 10 20 30
m/A
[kg/
m2]
t 1/2[h0,5]
R0 R1 R2
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
98
devido à reacção do produto com a superfície do betão, podendo, deste modo, concluir-se que
a rugosidade não parece afectar a actuação do produto P3.
Figura 4.23 – Velocidade de transmissão de água líquida do B1.P3.
Figura 4.24 – Velocidade de transmissão de água líquida do B2.P3.
4.6.1.2. Efeito dos diferentes produtos para cada tipo de rugosidade
Da Figura 4.25 à Figura 4.30 pode observar-se que para todas as rugosidades, o desempenho
relativo dos produtos foi idêntico. Pode concluir-se que o produto que revelou o
comportamento mais ineficaz na protecção do betão contra o ingresso de água foi o produto
P3, uma vez que apresenta em todos os gráficos um declive da curva de velocidade de
transmissão de água líquida superior aos outros produtos e não muito diferente dos provetes
sem tratamento. Este facto deve-se à natureza do produto ser de silicatos, como já foi
explicado anteriormente. Relativamente aos outros dois produtos (P1 e P2), o comportamento
de ambos é muito similar, sendo que o melhor desempenho do produto P1 pode ser explicado
por dar origem a uma película mais impermeável à água do que no caso do produto P2. Este
último produto, sendo de base aquosa, eventualmente será mais afectado pela presença de
água.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
0 10 20 30
m/A
[kg
/m2]
t1/2 [h0,5]
R0 R1 R2
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
0 10 20 30
m/A
[kg/
m2 ]
t1/2 [h0,5]
R0 R1 R2
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
99
Figura 4.25 – Velocidade de transmissão de água líquida do B1.R0.
Figura 4.26 – Velocidade de transmissão de água líquida do B2.R0.
Figura 4.27 – Velocidade de transmissão de água líquida do B1.R1.
Figura 4.28 – Velocidade de transmissão de água líquida do B2.R1.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
0 10 20 30
m/A
[kg/
m2]
t1/2 [h0,5]
SP P1 P2 P3
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
0 10 20 30
m/A
[kg/
m2 ]
t1/2 [h0,5]
SP P1 P2 P3
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
0 10 20 30
m/A
[kg/
m2]
t1/2 [h0,5]
SP P1 P2 P3
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
0 10 20 30 40
m/A
[kg/
m2]
t1/2 [h0,5]SP P1 P2 P3
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
100
Figura 4.29 – Velocidade de transmissão de água líquida do B1.R2.
Figura 4.30 – Velocidade de transmissão de água líquida do B2.R2.
4.6.2. Resistência à abrasão
Na apreciação dos resultados do ensaio de resistência à abrasão foi utilizado o critério
sugerido na norma EN1504-2 [1], segundo o qual, após a aplicação dos produtos, a resistência
à abrasão deverá melhorar cerca de 30% em relação ao provete de referência (provete ao qual
não foi aplicado produto) e após 1000 ciclos no abrasímetro de Taber.
No Quadro 4.17 e na Figura 4.31 apresentam-se os resultados relativos ao ensaio de abrasão
dos provetes do tipo B1, após 300 ciclos no abrasímetro de Taber, uma vez que findos os 300
ciclos a camada de produto já tinha desaparecido por completo. No Quadro 4.17, Mi é a massa
inicial de cada provete, M300 é a massa de cada provete após 300 ciclos no abrasímetro de
Taber, Mi-M300 é a diferença entre a massa inicial e a massa após 300 ciclos, a média
representa a média das diferenças dos dois provetes de cada tipo, e por fim, o valor de R em
percentagem representa a melhoria da resistência à perda de massa por abrasão em relação
ao provete de referência (sem produto aplicado).
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
0 10 20 30
m/A
[kg/
m2 ]
t1/2 [h0,5]
SP P1 P2 P3
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
0 10 20 30 40
m/A
[kg/
m2]
t1/2 [h0,5]
SP P1 P2 P3
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
101
Provete Mi (g) M300 (g) Mi-M300 (g) Média (g) R (%)
B1.R0.SP1.1 395.95 393.16 2.80 3.01 -
B1.R0.SP1.2 386.50 383.28 3.22
B1.R1.SP 369.88 365.87 4.01 4.01 -
B1.R2.SP 393.90 389.97 3.93 3.93 -
B1.R0.P1.1 385.54 383.62 1.92 1.57 48.0
B1.R0.P1.2 370.12 368.90 1.22
B1.R0.P2.1 406.29 405.60 0.69 1.27 57.7
B1.R0.P2.2 371.93 370.07 1.86
B1.R0.P3.1 417.34 414.96 2.38 2.62 13.1
B1.R0.P3.2 370.42 367.57 2.85
B1.R1.P1.1 388.86 386.36 2.50 2.39 40.5
B1.R1.P1.2 366.52 364.25 2.27
B1.R1.P2.1 352.84 351.87 0.97 1.98 50.6
B1.R1.P2.2 358.77 355.78 3.00
B1.R1.P3.1 401.98 398.52 3.46 3.62 9.7
B1.R1.P3.2 382.58 378.79 3.79
B1.R2.P1.1 381.47 378.57 2.91 2.50 36.5
B1.R2.P1.2 399.63 397.54 2.09
B1.R2.P2.1 338.82 336.94 1.88 2.19 44.4
B1.R2.P2.2 349.42 346.93 2.49
B1.R2.P3.1 381.89 377.93 3.96 3.66 6.9
B1.R2.P3.2 380.26 376.90 3.37
Quadro 4.17 – Resultados do ensaio de abrasão para o betão do tipo B1.
Figura 4.31 – Melhoria da resistência à perda de massa por abrasão em provetes do tipo B1.
0
10
20
30
40
50
60
70
P1 P2 P3
R[%
] R0
R1
R2
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
102
Como se pode verificar no Quadro 4.18 e na Figura 4.32, os resultados demonstram que os
produtos P1 e P2 apresentam desempenhos semelhantes, sendo o do produto P2 ligeiramente
superior, e que o produto P3 revelou um desempenho bastante inferior. Este resultado pode
ser explicado através da natureza dos produtos, ou seja, o produto P1 é uma resina epoxídica
de base solvente e o produto P2 é uma resina epoxídica de base aquosa. Ambos os produtos
actuam na superfície do betão formando uma camada em filme, o que explica os resultados
superiores relativamente ao produto P3, uma vez que a camada superficial é mais eficiente na
protecção contra abrasão. O produto P3 sendo um produto mono-componente, à base de
acrílicos e silicatos, como já foi referido, actua no betão formando cristais nos poros da
superfície do betão. Deste modo, não forma um filme na superfície do betão, logo existe uma
área maior sem protecção, quando comparado com os produtos P1 e P2. É também
importante evidenciar que o produto P3, ao contrário dos produtos P1 e P2, não conferiu uma
melhoria de 30% em relação à perda de massa, como impõe a norma.
Relativamente às três rugosidades estudadas, através da análise dos resultados apresentados,
pode concluir-se que a rugosidade R0 apresenta resultados superiores com todos os produtos,
seguida da rugosidade R1 e da rugosidade R2 (R0>R1>R2). Estes resultados ocorreram devido à
existência da “leitada” superficial do betão com rugosidade R0 que, nos casos dos produtos P1
e P2, permitiu a formação de uma película com maior continuidade e espessura do que nas
superfícies de maior rugosidade (R1 e R2), nas quais os produtos terão penetrado mais. Estes
resultados estão também de acordo com a avaliação da rugosidade efectuada anteriormente,
ou seja, a rugosidade R0 é a menor, seguida da rugosidade R1 e depois da rugosidade R2.
Deste modo, pode-se concluir que quanto maior for a rugosidade, menor será a eficiência dos
produtos em melhorar a resistência à abrasão.
No Quadro 4.18 e na Figura 4.32 apresentam-se os resultados referentes ao ensaio de abrasão
efectuado nos provetes de betão do tipo B2. As colunas deste quadro correspondem aos
mesmo indicadores que os do quadro 4.14.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
103
Provete Mi (g) M300 (g) Mi-M300 (g) Média (g) R (%)
B2.R0.SP1.1 392.68 388.76 3.92 4.36 -
B2.R0.SP1.2 369.31 364.51 4.80
B2.R1.SP 373.54 369.62 3.92 3.92 -
B2.R2.SP 375.29 372.46 2.83 2.83 -
B2.R0.P1.1 361.68 359.21 2.47 2.58 40.8
B2.R0.P1.2 376.40 373.71 2.69
B2.R0.P2.1 359.44 356.67 2.77 2.62 39.9
B2.R0.P2.2 364.38 361.91 2.47
B2.R0.P3.1 383.66 379.54 4.12 4.06 6.9
B2.R0.P3.2 377.06 373.07 3.99
B2.R1.P1.1 383.65 380.95 2.70 2.71 30.9
B2.R1.P1.2 336.86 334.14 2.72
B2.R1.P2.1 342.12 339.60 2.52 2.58 34.2
B2.R1.P2.2 371.92 369.27 2.65
B2.R1.P3.1 366.84 362.61 4.23 3.72 5.2
B2.R1.P3.2 353.42 350.21 3.21
B2.R2.P1.1 373.32 370.85 2.47 2.20 22.2
B2.R2.P1.2 377.95 376.02 1.93
B2.R2.P2.1 360.14 358.28 1.86 2.09 26.0
B2.R2.P2.2 358.54 356.22 2.32
B2.R2.P3.1 385.89 382.74 3.15 2.78 1.6
B2.R2.P3.2 375.08 372.66 2.42
Quadro 4.18 – Resultados do ensaio de abrasão para o betão do tipo B2.
Figura 4.32 - Resultados do ensaio de abrasão para o betão do tipo B2.
Os resultados obtidos neste tipo de betão são semelhantes aos obtidos no betão do tipo B1.
Os produtos P1 e P2 revelaram um desempenho semelhante e superior ao do produto P3,
sendo as razões que conduzem a estes resultados as mesmas referidas anteriormente. As
,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
P1 P2 P3
R[%
] R0
R1
R2
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
104
diferentes rugosidades também apresentam resultados semelhantes aos já referidos para o
betão B1 e a explicação para a obtenção destes resultados é idêntica à apresentada
anteriormente.
É também de realçar que os valores obtidos para o betão B2 são inferiores aos do betão B1
devido à natureza dos dois betões que possuem razões a/c diferentes. O betão do tipo B1
contém uma razão a/c inferior à do betão do tipo B2, logo é menos poroso e apresenta
resistência mecânica superior à do betão do tipo B2 (como se pode verificar em 4.2.). Assim, os
resultados superiores para o betão do tipo B1 são expectáveis6.
4.6.3. Resistência ao impacto
O ensaio de resistência ao impacto foi efectuado com base no procedimento referente à classe
II, ou seja, o provete foi atingido com uma energia potencial de 10 Nm e não houve rotura do
provete. Por outro lado, de modo a classificar e obter uma comparação entre as diferentes
rugosidades e betões foi avaliado o diâmetro da zona de impacto. Nas Figura 4.33 e Figura 4.34
podem observar-se exemplos de zonas de impacto nos betões do tipo B1 e B2,
respectivamente.
Figura 4.33 – Zona de impacto num provete do tipo B1.
Figura 4.34 – Zona de impacto num provete do tipo B2.
Para a quantificação dos diâmetros das zonas de impacto foi utilizada uma craveira e foram
feitas medições em três direcções. Os resultados obtidos para os betões B1 e B2 são
apresentados nas Figura 4.35 e Figura 4.36 e nos Quadro 4.19 e Quadro 4.20.
6 Os quadros completos referentes aos resultados destes ensaios podem ser consultados no anexo E.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
105
Provete Diâmetro Média Média - Diâmetro Mín/Max7
B1.R0.SP.1 4.07
4.70
0.63
B1.R0.SP.2 5.07 -
B1.R0.SP.3 4.96 0.37
B1.R1.SP.1 5.85
5.89
0.84
B1.R1.SP.2 6.78 -
B1.R1.SP.3 5.06 0.89
B1.R2.SP.1 5.01
5.67
0.66
B1.R2.SP.2 6.01 -
B1.R2.SP.3 5.99 0.34
B1.R0.P1.1 5.05
6.08
1.03
B1.R0.P1.2 6.73 -
B1.R0.P1.3 6.46 0.65
B1.R1.P1.1 5.56
5.75
0.37
B1.R1.P1.2 5.38 -
B1.R1.P1.3 6.32 0.57
B1.R2.P1.1 6.54
6.25
0.55
B1.R2.P1.2 6.51 -
B1.R2.P1.3 5.70 0.29
B1.R0.P2.1 5.46
5.42
0.03
B1.R0.P2.2 5.39 -
B1.R0.P2.3 5.41 0.04
B1.R1.P2.1 5.62
5.80
0.18
B1.R1.P2.2 5.74 -
B1.R1.P2.3 6.05 0.25
B1.R2.P2.1 5.46
5.44
0.07
B1.R2.P2.2 5.37 -
B1.R2.P2.3 5.49 0.05
B1.R0.P3.1 5.16
5.10
0.13
B1.R0.P3.2 5.17 -
B1.R0.P3.3 4.97 0.07
B1.R1.P3.1 4.99
5.54
0.55
B1.R1.P3.2 5.43 -
B1.R1.P3.3 6.21 0.67
B1.R2.P3.1 5.72
5.68
0.14
B1.R2.P3.2 5.79 -
B1.R2.P3.3 5.54 0.11
Quadro 4.19 - Comparação dos diâmetros da zona de impacto das diferentes rugosidades, para o B1.
7 A diferença mínima está representada a vermelho e a máxima a verde.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
106
Figura 4.35 – Comparação dos diâmetros da zona de impacto das diferentes rugosidades, para o B1.
No caso do betão do tipo B1, não se verificaram melhorias significativas em relação ao
diâmetro da zona de impacto para nenhum dos produtos aplicados. No caso dos provetes aos
quais não foi aplicado qualquer tipo de produto (SP), os que resistiram melhor ao impacto
foram os correspondentes à rugosidade R0 (sem tratamento superficial), uma vez que os
mesmos ainda possuem a “leitada” superficial do betão, e por isso terão sido mais resistentes
a choques sofridos. Relativamente às rugosidades R1 e R2 (com preparação superficial) a
diferença não é estatisticamente significativa, embora o diâmetro médio das zonas de impacto
da rugosidade R1 seja superior ao da rugosidade R2. Por outro lado, foram ensaiados provetes
aos quais foram aplicados produtos de protecção superficial (P1, P2 e P3). No primeiro caso
(P1), não existem diferenças significativas entre os vários tipos de rugosidade, concluindo-se
também que o produto P1 não conferiu uma melhoria de desempenho no que diz respeito à
resistência ao impacto. Quanto ao segundo e terceiro produtos (P2 e P3), estes, de um modo
geral, diminuíram ligeiramente o diâmetro de impacto em relação aos provetes SP e P1, pelo
que se pode concluir que ambos os produtos melhoraram, ainda que muito ligeiramente, a
resistência ao impacto para as superfícies com rugosidades R1 e R2.
,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
SP P1 P2 P3
Diâ
me
tro
[m
m]
R0
R1
R2
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
107
Provete Diâmetro Média Média - Diâmetro
mín/Max8
B2.R0.SP.1 6.47
6.46
0.02
B2.R0.SP.2 6.44 -
B2.R0.SP.3 6.47 0.01
B2.R1.SP.1 7.21
7.49
0.27
B2.R1.SP.2 7.45 -
B2.R1.SP.3 7.79 0.31
B2.R2.SP.1 7.22
7.35
0.30
B2.R2.SP.2 7.78 -
B2.R2.SP.3 7.05 0.43
B2.R0.P1.1 6.36
6.65
0.29
B2.R0.P1.2 6.71 -
B2.R0.P1.3 6.89 0.24
B2.R1.P1.1 7.38
7.36
0.05
B2.R1.P1.2 7.39 -
B2.R1.P1.3 7.31 0.03
B2.R2.P1.1 6.68
6.93
0.25
B2.R2.P1.2 6.75 -
B2.R2.P1.3 7.35 0.43
B2.R0.P2.1 5.39
5.12
0.56
B2.R0.P2.2 4.56 -
B2.R0.P2.3 5.42 0.30
B2.R1.P2.1 5.26
6.32
1.06
B2.R1.P2.2 6.62 -
B2.R1.P2.3 7.09 0.77
B2.R2.P2.1 6.89
6.33
0.38
B2.R2.P2.2 6.16 -
B2.R2.P2.3 5.95 0.56
B2.R0.P3.1 6.24
6.06
0.33
B2.R0.P3.2 6.20 -
B2.R0.P3.3 5.73 0.18
B2.R1.P3.1 5.51
5.95
0.43
B2.R1.P3.2 6.30 -
B2.R1.P3.3 6.03 0.36
B2.R2.P3.1 5.91
6.05
0.54
B2.R2.P3.2 6.73 -
B2.R2.P3.3 5.50 0.68
Quadro 4.20 - Comparação dos diâmetros da zona de impacto das diferentes rugosidades, para o B2.
8 A diferença mínima está representada a vermelho e a máxima a verde.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
108
Figura 4.36 – Comparação dos diâmetros da zona de impacto das diferentes rugosidades, para o B2.
O comportamento em relação ao impacto do betão B2 é qualitativamente semelhante ao do
betão B1, como se pode verificar na Figura 4.36. Os provetes sem aplicação de produtos de
protecção superficial revelaram um comportamento geralmente inferior em relação àqueles
em que foram aplicados os diferentes tipos de produtos. De seguida, os provetes nos quais foi
aplicado o produto P1 revelaram uma melhoria pouco significativa em relação aos sem
produto. Por fim, os provetes aos quais foram aplicados os produtos P2 e P3 mostraram um
comportamento geralmente idêntico entre si e superior aos dois tipos anteriores. Por outro
lado, se se compararem as diferentes rugosidades para os diferentes tipos de produtos, pode-
se concluir que os provetes sem preparação superficial (R0) apresentaram um melhor
desempenho do que os restantes devido à existência da “leitada” superficial do betão. As
preparações com jacto de água e martelo de agulhas (R1 e R2, respectivamente) apresentaram
diferenças relativas praticamente desprezáveis relativamente ao seu comportamento face ao
choque.
Finalmente, comparando os dois tipos de betão, pode-se concluir que o betão com razão a/c
mais elevada (B2) revelou um comportamento inferior, como se pode verificar pelas
,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
SP P1 P2 P3
Diâ
me
tro
[m
m]
R0
R1
R2
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
109
dimensões do diâmetro da zona de impacto da esfera, ou seja, o diâmetro para as zonas de
impacto no betão B2 foi em média superior em 2 mm, quando comparado como o betão B19.
4.6.4. Avaliação da adesão entre o produto e o substrato através do ensaio de pull-off
Para a avaliação dos resultados da adesão através do ensaio pull-off foram avaliados dois
parâmetros: a tensão última e a forma de arrancamento da pastilha. A classificação do tipo de
arrancamento que ocorre foi obtida de acordo com a norma EN 1542 [6], por inspecção visual.
Na Figura 4.37 podem ser observados os diversos tipos de rotura que podem ocorrer durante
o ensaio: rotura entre a cola e a pastilha (Y/Z), rotura entre o betão e a camada de produto
(A/B), rotura pela cola (Y), rotura pela camada do produto (B) e rotura pelo betão (A).
Figura 4.37 – Tipos de rotura que podem ser visualizados no ensaio.
Na Figura 4.38 a Figura 4.40 podem observar-se exemplos dos diferentes tipos de rotura que
ocorreram durante a realização do ensaio.
9 Os quadros completos podem ser consultados no anexo F.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
110
Figura 4.38 – Rotura pelo betão (A).
Figura 4.39 – Rotura pela cola (Y).
Figura 4.40 – Rotura pela interface entre a camada de produto e a superfície de betão (A/B).
No Quadro 4.21 apresentam-se os resultados obtidos neste ensaio e na Figura 4.41 é possível
visualizar-se a comparação dos resultados correspondentes aos diferentes tipos de produtos e
rugosidades para o betão do tipo B1. No Quadro 4.21 estão assinalados a amarelo os provetes
nos quais ocorreram problemas de colagem. Estes valores foram excluídos no cálculo da
média, desvio padrão e coeficiente de variação da tensão de rotura. Como se pode verificar,
ocorreram problemas de colagem da pastilha ao substrato num número considerável de
provetes o que pode ter ocorrido devido à qualidade da cola não ser a mais adequada para o
estudo em causa. Nas Figura 4.41 e Figura 4.42 estes provetes estão assinalados a cor mais
clara e nos Quadro 4.21 e Quadro 4.22 estão assinalados a cor-de-rosa.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
111
Provete Força (kN)
Tensão (MPa)
Média (MPa) Desvio padrão (MPa)
Coef. variação
(%) Classificação
B1.R0.SP.1 9.02 4.59
4.44 0.13 3.04
A
B1.R0.SP.2 8.64 4.40 A:Y/Z=95%:5%
B1.R0.SP.3 8.51 4.33 A:Y/Z=60%:40%
B1.R1.SP.1 4.64 2.36
2.81 - -
A:Y/Z=20%:80%
B1.R1.SP.2 5.27 2.68 A:Y/Z=90%:10%
B1.R1.SP.3 5.78 2.94 A
B1.R2.SP.1 5.65 2.88
3.15 - -
A:Y/Z=90%:10%
B1.R2.SP.2 4.07 2.07 A:Y/Z=50%:50%
B1.R2.SP.3 6.73 3.43 A:Y/Z=95%:5%
B1.R0.P1.1 5.84 2.97
3.17 0.17 5.38
A/B:Y/Z=98%:2%
B1.R0.P1.2 6.42 3.27 A/B:Y/Z=70%:30%
B1.R0.P1.3 6.42 3.27 A/B:Y/Z=95%:5%
B1.R1.P1.1 2.83 1.44
3.43 - -
A/B:Y/Z=75%:25%
B1.R1.P1.2 6.75 3.44 A
B1.R1.P1.3 4.89 2.49 A/B:Y/Z=15%:85%
B1.R1.P1.4 6.73 3.43 A
B1.R2.P1.1 6.35 3.23
4.30 - -
A/B:Y/Z=30%:70%
B1.R2.P1.2 8.45 4.30 A
B1.R2.P1.3 7.02 3.58 A:A/B:Y/Z=10%:10%:80%
B1.R2.P1.4 -
B1.R0.P2.1 4.57 2.33
2.51 0.81 32.16
A/B:Y/Z=90%:10%
B1.R0.P2.2 3.56 1.81 A/B
B1.R0.P2.3 6.67 3.40 A/B:Y/Z=98%:2%
B1.R1.P2.1 8.64 4.40
4.62 0.44 9.48
A
B1.R1.P2.2 9.85 5.02 A
B1.R1.P2.3 8.07 4.11 A/B:Y/Z=80%:20%
B1.R1.P2.4 9.72 4.95 A
B1.R2.P2.1 7.24 3.69
3.45 0.36 10.35
A/B
B1.R2.P2.2 5.97 3.04 A/B:Y/Z=60%:40%
B1.R2.P2.3 4.57 2.33 A/B:Y/Z=30%:70%
B1.R2.P2.4 7.12 3.63 A/B
B1.R0.P3.1 6.42 3.27
3.18 - -
A/B
B1.R0.P3.2 4.64 2.36 A/B:Y/Z=60%:40%
B1.R0.P3.3 6.08 3.10 A/B:Y/Z=95%:5%
B1.R1.P3.1 4.76 2.42
2.90 0.84 28.94
A/B
B1.R1.P3.2 5.40 2.75 A/B:Y/Z=10%:90%
B1.R1.P3.3 8.00 4.07 A
B1.R1.P3.4 4.32 2.20 A/B
B1.R2.P3.1 4.89 2.49
3.39 0.82 24.05
A/B:Y/Z=98%:2%
B1.R2.P3.2 6.35 3.23 A/B
B1.R2.P3.3 6.61 3.37 A/B
B1.R2.P3.4 8.77 4.47 A
Quadro 4.21 – Resultados do ensaio de pull-off para o betão do tipo B1.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
112
Figura 4.41 – Resultados do ensaio de pull-off para o betão do tipo B1.
Através da observação do Quadro 4.21 e da Figura 4.41 pode-se concluir que relativamente à
rugosidade inicial (R0), os produtos não apresentam uma aderência satisfatória ao substrato
de betão, uma vez que os valores de tensão de arrancamento da pastilha são inferiores aos
resultados de provetes sem produto aplicado. Este facto pode ser explicado uma vez que a
leitada superior tem uma rugosidade menor, como já foi comprovado por ensaios anteriores,
não permitindo uma adesão tão eficaz do produto à superfície, o que se observa nos três
produtos. Relativamente aos provetes cuja superfície foi tratada com jacto de água (R1),
observa-se um aumento dos valores de tensão de aderência em relação aos provetes com
rugosidade R0. Pode-se também visualizar que o produto que apresenta melhor
comportamento é o produto P2, apresentando valores mais elevados e melhor modo de
rotura, ou seja, em todos os provetes a rotura ocorreu pelo betão, o que significa que o
produto teve uma boa adesão ao substrato. Quanto à rugosidade R2 (martelo de agulhas),
ocorreu também um ligeiro aumento dos valores da tensão de rotura, quando comparado com
os valores da rugosidade R0, embora com menos significado do que na rugosidade R1. No
entanto, ocorreram problemas de colagem e uma dispersão de valores significativa, pelo que
não se pode concluir com muita certeza o comportamento deste tipo de rugosidade no que diz
respeito à adesão. Pode-se então concluir que a rugosidade R1 (jacto de água) apresentou
resultados melhores relativamente à melhoria da adesão entre o produto e o substrato, no
que diz respeito à tensão de rotura e, consequentemente, ao modo de rotura.
Por outro lado, analisando os resultados referentes aos diferentes produtos pode concluir-se
que o produto que apresenta melhores resultados, ou seja, tensões de rotura mais elevadas e
consequentemente melhor aderência ao suporte é o produto P2 (resina de base aquosa),
,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
SP P1 P2 P3
Tensão [M
Pa]
B1 R0
R0
R0
R1
R1
R1
R1
R2
R2
R2
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
113
seguido do produto P1 (resina de base de solventes) e finalmente do produto P3 (produto à
base de silicatos). É de salientar que face à dispersão de resultados, a significância estatística
destas conclusões é limitada.
Provete Força (kN)
Tensão (MPa)
Média (MPa) Desvio padrão (MPa)
Coef. variação
(%) Classificação
B2.R0.SP.1 4.45 2.27
1.97 0.25 12.83
A
B2.R0.SP.2 3.56 1.81 A
B2.R0.SP.3 3.62 1.84 A
B2.R1.SP.1 1.33 0.68
1.44 - -
A:Y/Z=30%:70%
B2.R1.SP.2 3.18 1.62 A:Y/Z=70%:30%
B2.R1.SP.3 2.48 1.26 A
B2.R2.SP.1 4.32 2.20
2.33 0.18 7.88
A
B2.R2.SP.2 2.80 1.43 Y/Z
B2.R2.SP.3 4.83 2.46 A
B2.R0.P1.1 2.54 1.29
2.06 - -
A/B:Y/Z=70%:30%
B2.R0.P1.2 3.75 1.91 A/B:Y/Z=50%:50%
B2.R0.P1.3 5.53 2.82 A/B
B2.R1.P1.1 7.12 3.63
3.60 0.07 1.92
A/B
B2.R1.P1.2 7.18 3.66 A/B
B2.R1.P1.3 3.05 1.55 A/B:Y/Z=90%:10%
B2.R1.P1.4 6.92 3.52 A
B2.R2.P1.1 2.73 1.39
2.32 0.55 23.07
A/B:Y/Z=30%:70%
B2.R2.P1.2 5.78 2.94 A
B2.R2.P1.3 3.75 1.91 A/B:Y/Z=90%:10%
B2.R2.P1.4 4.13 2.10 A/B:Y/Z=60%:40%
B2.R0.P2.1 2.73 1.39
1.39 0.03 2.38
A/B:Y/Z=98%:2%
B2.R0.P2.2 2.67 1.36 A/B
B2.R0.P2.3 2.80 1.43 A/B:Y/Z=98%:2%
B2.R1.P2.1 4.51 2.30
2.79 0.47 16.84
A/B:Y/Z=95%:5%
B2.R1.P2.2 5.40 2.75 A/B:Y/Z=90%:10%
B2.R1.P2.3 6.73 3.43 A/B:Y/Z=98%:2%
B2.R1.P2.4 5.27 2.68 A/B:Y/Z=80%:20%
B2.R2.P2.1 5.02 2.56
2.40 0.77 32.14
A/B:Y/Z=90%:10%
B2.R2.P2.2 2.80 1.43 A/B:Y/Z=80%:20%
B2.R2.P2.3 4.57 2.33 A/B:Y/Z=95%:5%
B2.R2.P2.4 6.48 3.30 A/B:Y/Z=98%:2%
B2.R0.P3.1 2.92 1.49
1.16 0.34 29.18
A/B:Y/Z=98%:2%
B2.R0.P3.2 2.35 1.20 A/B:Y/Z=95%:5%
B2.R0.P3.3 1.59 0.81 A/B:Y/Z=98%:2%
B2.R1.P3.1 3.68 1.87
2.29 0.71 30.82
A/B:Y/Z=80%:20%
B2.R1.P3.2 6.48 3.30 A/B
B2.R1.P3.3 3.43 1.75 A/B:Y/Z=80%:20%
B2.R1.P3.4 4.38 2.23 A/B:Y/Z=80%:20%
B2.R2.P3.1 4.83 2.46
2.01 0.39 19.63
A/B:Y/Z=95%:5%
B2.R2.P3.2 2.35 1.20 A/B:Y/Z=40%:60%
B2.R2.P3.3 3.43 1.75 A/B:Y/Z=80%:20%
B2.R2.P3.4 3.56 1.81 A/B:Y/Z=95%:5%
Quadro 4.22 - Resultados do ensaio de pull-off para o betão do tipo B2.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
114
Figura 4.42 – Resultados do ensaio de pull-off para o betão do tipo B2.
No Quadro 4.22 e na Figura 4.42 podem ser observados os resultados da adesão por ensaio de
pull-off nos provetes de betão do tipo B2. Através da análise dos valores da tensão de rotura
pode-se concluir que a adesão entre os diferentes produtos e o substrato nos betões cuja
superfície não foi tratada (R0) é fraca, uma vez que os valores da tensão de rotura são
inferiores aos dos provetes que não têm produto. Este facto já fora verificado nos betões do
tipo B1 e a razão para esta ocorrência é a mesma. A rugosidade que apresentou um
comportamento superior no que diz respeito à aderência entre o produto e o substrato foi
novamente a R1 (jacto de água), como se pode verificar na Figura 4.42: para esta rugosidade
os valores da tensão de rotura são superiores para todos os produtos, quando comparados
com os provetes sem produto aplicado. A rugosidade que resulta do tratamento com martelo
de agulhas (R2) apresenta resultados ligeiramente superiores, quando comparados com os
resultados dos provetes sem produto aplicado, mas inferiores aos obtidos com a rugosidade
R1.
Por outro lado, relativamente aos diferentes produtos, pode concluir-se, por análise dos
diferentes resultados, que o produto que apresenta melhores resultados, ou seja, que melhor
aderiu ao suporte para todos os tipos de rugosidade é o produto P1 (resina de base solvente),
seguido do produto P2 (resina de base aquosa) e, finalmente, do produto P3 (produto à base
de silicatos).
Por fim, é importante o desempenho dos dois tipos de betão (B1 e B2), pelo que se pode
concluir, através da observação das Figura 4.41 e Figura 4.42, que a força de tracção e
,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
SP P1 P2 P3
Tensão [M
Pa]
B2R0
R0
R0
R1
R1
R1
R1
R2
R2
R2
R2
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
115
consequente tensão é superior para os provetes de betão do tipo B1, em comparação com os
provetes de betão do tipo B2. Esta diferença era esperada, uma vez que nos ensaios de
resistência à tracção (4.2.1.) foram tiradas as mesmas conclusões. Este facto deve-se ao facto
do betão do tipo B1 ter uma razão água/cimento inferior ao betão do tipo B2, o que lhe
confere maior compacidade e resistência mecânica.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
116
4.6.5. Penetração
O ensaio de penetração sugerido pela norma EN 1504-2 [1] foi realizado de acordo com as
directivas nela incluídas. Através da análise visual dos provetes borrifados com água verificou-
se que os produtos P1 e P2 não penetraram no substrato, formando apenas um filme
superficial, para ambos os tipos de betão (B1 e B2) e para os três tipos de rugosidade (R0, R1 e
R2). Quanto o produto P3, embora não formando película, não penetrou de forma mensurável
no betão, para os três tipos de rugosidade. Os resultados esperados, de acordo com a
norma [1], deveriam ter sido superiores a 5 mm. A norma sugere que os produtos sejam
aplicados com os rendimentos sugeridos pelo fabricante, o que ocorreu no caso deste estudo.
A impossibilidade de conseguir-se a penetração exigida pela norma está relacionada com as
características dos produtos estudados: dois deles (P1 e P2) formam uma película à superfície
do betão, não penetrando em profundidade e o terceiro (P3) possui provavelmente uma
viscosidade que impede a penetração ou a quantidade aplicada (embora de acordo com a
recomendação do fabricante) não foi suficiente.
4.7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a análise dos resultados dos ensaios realizados durante a campanha experimental
apresenta-se um resumo de todas as conclusões a que se chegaram durante o presente
estudo.
No que diz respeito ao desempenho dos betões, nomeadamente a sua resistência mecânica
concluiu-se que o betão do tipo B1 apresentou um comportamento superior devido à sua
própria composição, especialmente devido à razão água/cimento ser inferior, o que confere
uma maior compacidade ao betão.
Quanto aos três tipos de rugosidade, concluiu-se que a rugosidade R0 (sem tratamento
superficial) apresenta um índice de rugosidade menor, seguida da rugosidade R1 (com
tratamento de jacto de água) e finalmente da rugosidade R2 (com tratamento de martelo de
agulhas).
Relativamente à absorção capilar de água, concluiu-se que a velocidade de transmissão de
água líquida no betão em que foram aplicados os produtos vai diminuindo com o aumento da
rugosidade, em comparação com provetes aos quais não foi aplicado qualquer tipo de
produto. Neste ensaio foi também possível verificar que os produtos com melhor desempenho
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
117
são os produtos P1 e P2 e o tipo de betão que revela melhor comportamento é o B1 (MC0,40),
uma vez que possui uma porosidade menor.
Em relação ao ensaio de resistência à abrasão, os provetes de rugosidade R0 apresentaram um
desempenho superior, em comparação com as rugosidades R1 e R2. Por outro lado, os
produtos P1 e P2 revelaram resultados superiores relativamente ao produto P3.
Os resultados do ensaio de resistência ao impacto revelaram que a aplicação dos produtos de
impregnação não modifica de forma significativa o comportamento ao choque do betão.
No que diz respeito ao ensaio de avaliação da adesão entre o produto e o substrato, verificou-
se que as rugosidades R1 e R2 apresentaram resultados superiores, os produtos P1 e P2
(resinas) demonstraram um desempenho superior e o betão do tipo B1 apresentou uma
resistência à tracção também superior.
Quanto ao ensaio de penetração, os requisitos sugeridos na norma [1] não foram cumpridos,
uma vez que os produtos não penetraram no substrato, o que pode ter ocorrido por diversos
factores.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
118
CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS
119
5. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS
5.1. CONCLUSÕES
Com o levantamento da bibliografia necessária à realização deste estudo ficou perceptível a
existência de dispersão relativamente à informação sobre o comportamento de produtos
impregnantes. Por outro lado, a durabilidade na construção tornou-se uma preocupação no
desenvolvimento dos projectos de estruturas de betão armado, pelo que a aplicação de
produtos de protecção superficial poderá ser uma solução para mitigar a necessidade de
reparação das estruturas. Assim, desenvolveu-se a presente dissertação no âmbito de estudar
a influência da base, particularmente a sua rugosidade, no desempenho de diferentes
produtos de impregnação, de acordo com a norma EN 1504-2 [1].
Relativamente à absorção capilar de água, pode concluir-se que para rugosidades superiores a
velocidade de transmissão de água líquida é inferior, por comparação com os provetes nos
quais não foram aplicados produtos impregnantes. Por outro lado, pode também concluir-se
que os produtos com melhor desempenho são as resinas (P1 e P2) e com o pior desempenho é
o produto à base de silicatos (P3). Por fim, é importante realçar que o betão do tipo B1 (razão
a/c de 0,40) apresentou melhores resultados no que diz respeito à velocidade de transmissão
de água líquida que o betão do tipo B2 (a/c de 0,70), como seria de esperar.
No que diz respeito ao ensaio de resistência à abrasão, as resinas (P1 e P2) apresentam o
melhor desempenho e o produto à base de silicatos (P3) revela um comportamento bastante
inferior. Em relação às diferentes rugosidades, verifica-se que a rugosidade R0 conduz a
desempenhos superiores para todos os produtos.
Quanto ao ensaio de resistência ao impacto, em que foi quantificado o diâmetro da zona de
impacto de uma esfera, concluiu-se que a aplicação dos produtos de impregnação não altera
de forma significativa o comportamento dos betões.
Em relação ao ensaio de avaliação da adesão entre o produto e o substrato, pôde concluir-se
que as rugosidades que apresentaram melhores resultados para ambos os betões (B1 e B2)
foram as rugosidades R1 e R2 e que os produtos com desempenho superior foram as resinas
(P1 e P2). No entanto, é importante referir que ao longo deste ensaio existiram problemas de
colagem, pelo que se conclui que a cola utilizada não terá sido a mais eficaz.
Quanto ao ensaio de penetração, este não cumpriu os objectivos preconizados na norma
1504-2 [1] (penetração de 5 mm). Pode concluir-se que tal não ocorreu devido à natureza dos
três produtos, ou seja, os produtos P1 e P2 sendo resinas, formam uma película à superfície do
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
120
betão, não penetrando em profundidade, enquanto o produto P3, à base de silicatos, possui
uma viscosidade que impede a penetração ou talvez a quantidade aplicada não tenha sido
suficiente para ser detectada em profundidade.
Relativamente à influência da base no desempenho dos produtos podem obter-se duas
conclusões fundamentais. Primeiro, no que diz respeito à rugosidade, pode concluir-se que a
influencia o comportamento dos produtos, mas de forma diferente, consoante o o tipo de
parâmetro em estudo. No caso da absorção capilar de água a rugosidade mais acentuada (R2)
permite uma actuação mais eficaz do produto, enquanto no caso da abrasão a rugosidade R0 é
a que obtém resultados superiores. Deste modo, não é possível estabelecer conclusões sobre
o tipo de rugosidade mais eficaz, de uma forma geral. Em segundo lugar, em relação aos dois
tipos de betão B1 e B2 pode concluir-se que, de maneira geral, o betão com melhor
desempenho é o betão do tipo B1, com uma relação a/c menor (0,40), uma vez que a
quantidade de água é menor, relativamente ao cimento, o que confere uma maior resistência
e compacidade, conduzindo a desempenhos superiores em todos os ensaios.
Por fim, quanto aos três tipos de produtos estudados, conclui-se que o comportamento das
resinas (P1 e P2) apresenta resultados superiores para todos os parâmetros estudados,
excepto no caso dos ensaios em que a aplicação dos produtos não introduziu diferenças
significativas no comportamento do betão (ensaio de resistência ao impacto e penetração do
produto).
5.2. PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTOS FUTUROS
A protecção de estruturas de betão armado contra os agentes agressivos ou certas acções
mecânicas é um aspecto de grande importância, especialmente com o objectivo de evitar o
aparecimento de anomalias que conduzem à degradação das estruturas. A realização do
presente trabalho permitiu aprofundar conhecimentos sobre o comportamento de produtos
impregnantes, nomeadamente a sua aplicabilidade e desempenho em estruturas de betão
armado. Por outro lado, permitiu compilar informação existente noutros estudos colmatando-
a com outros aspectos do comportamento dos produtos no substrato de betão estudados ao
longo deste trabalho, de acordo com a norma 1504-2 [1].
Neste sentido, julga-se importante desenvolver futuramente os seguintes temas:
CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS
121
avaliar a influência do teor em humidade do substrato no desempenho dos produtos
de impregnação, relativamente aos parâmetros estudados neste trabalho;
avaliar a influência da quantidade de produto aplicado no comportamento dos
produtos;
avaliar a influência do número de demãos de produto aplicado, especialmente no
parâmetro da estanqueidade, ou seja, no ensaio de absorção capilar;
investigar a influência da aplicação do produto no aumento da resistência química das
superfícies de betão;
estudar o comportamento dos produtos, relativamente à sua resistência aos sais em
ambientes marinhos;
analisar a resistência ao fogo dos produtos de impregnação.
avaliar a durabilidade dos produtos aplicados para diferentes condições de exposição
típicas de aplicações da engenharia civil.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
122
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
123
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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or to fill external voids; Part 7: Reinforcement corrosion prevention; Part 8: Quality control and
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Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
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127
ANEXO A ESTABILIZAÇÃO DO TEOR EM HUMIDADE
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
128
ANEXO A – ESTABILIZAÇÃO DO TEOR EM HUMIDADE
129
ENSAIO DE ABSORÇÃO CAPILAR
Provete Wssd (g) Wt (g) Wod (g) Mssd (%) Mm (%) W'od (g) M't (%) Média Humid. Média
B1.R0.T 478.81
452.21 5.88
5.96
0
B1.R1.T 452.92 427.94 5.84 20
B1.R2.T 469.65 442.38 6.16 10
B1.R0.SP.1 475.44 472.38
448.70 5.28
5.25
180
170.167
B1.R0.SP.2 464.34 461.46 438.21 5.30 168
B1.R0.SP.3 444.84 442.10 419.81 5.31 137
B1.R0.P1.1 493.61 490.17 465.84 5.22 180
B1.R0.P1.2 469.49 466.02 443.08 5.18 169
B1.R0.P1.3 476.30 473.04 449.50 5.24 184
B1.R0.P2.1 500.42 497.13 472.27 5.27 183
B1.R0.P2.2 505.91 502.41 477.45 5.23 179
B1.R0.P2.3 492.86 489.23 465.13 5.18 145
B1.R0.P3.1 448.78 446.03 423.53 5.31 166
B1.R0.P3.2 499.05 495.53 470.97 5.21 174
B1.R0.P3.3 435.15 432.42 410.67 5.29 177
B1.R1.P1.1 488.55 485.10 461.06 5.21
5.05
162
164.778
B1.R1.P1.2 406.45 402.78 383.58 5.00 176
B1.R1.P1.3 419.69 416.21 396.08 5.08 161
B1.R1.P2.1 401.57 397.96 378.98 5.01 163
B1.R1.P2.2 418.78 414.99 395.22 5.00 165
B1.R1.P2.3 434.35 430.74 409.91 5.08 170
B1.R1.P3.1 422.55 418.60 398.78 4.97 154
B1.R1.P3.2 412.16 408.42 388.97 5.00 167
B1.R1.P3.3 417.03 413.48 393.57 5.06 165
B1.R2.P1.1 435.46 431.52 410.96 5.00
5.03
165
163.778
B1.R2.P1.2 437.57 434.21 412.95 5.15 160
B1.R2.P1.3 435.95 432.00 411.43 5.00 158
B1.R2.P2.1 443.00 439.36 418.07 5.09 165
B1.R2.P2.2 458.70 454.67 432.89 5.03 148
B1.R2.P2.3 415.63 411.74 392.25 4.97 183
B1.R2.P3.1 439.68 435.65 414.94 4.99 148
B1.R2.P3.2 437.55 433.66 412.93 5.02 170
B1.R2.P3.3 425.26 421.36 401.33 4.99 177
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
130
Provete Wssd (g) Wt (g) Wod (g) Mssd (%) Mm (%) W'od (g) M't (%) Média Humid. Média
B2.R0.T 414.81
389.95 6.38
6.37
9
B2.R1.T 408.50 384.37 6.28 0
B2.R2.T 464.67 436.46 6.46 5
B2.R0.SP.1 410.54 406.54
385.94 5.34
5.43
161
156
B2.R0.SP.2 402.83 398.74 378.69 5.29 167
B2.R0.SP.3 435.17 431.43 409.10 5.46 160
B2.R0.P1.1 354.96 352.05 333.69 5.50 135
B2.R0.P1.2 373.69 370.58 351.30 5.49 157
B2.R0.P1.3 394.75 391.40 371.10 5.47 138
B2.R0.P2.1 389.13 386.12 365.81 5.55 157
B2.R0.P2.2 408.72 405.14 384.23 5.44 160
B2.R0.P2.3 403.75 399.74 379.56 5.32 151
B2.R0.P3.1 421.37 417.18 396.12 5.32 164
B2.R0.P3.2 369.27 366.31 347.15 5.52 149
B2.R0.P3.3 430.34 426.46 404.56 5.41 177
B2.R1.P1.1 399.15 396.05 375.24 5.55
5.32
128
146
B2.R1.P1.2 461.21 455.64 433.58 5.09 157
B2.R1.P1.3 375.29 372.28 352.80 5.52 138
B2.R1.P2.1 417.28 413.33 392.28 5.36 150
B2.R1.P2.2 421.98 417.70 396.70 5.29 143
B2.R1.P2.3 356.95 353.33 335.57 5.29 154
B2.R1.P3.1 371.38 367.80 349.13 5.35 144
B2.R1.P3.2 366.34 362.28 344.39 5.19 146
B2.R1.P3.3 407.81 403.40 383.38 5.22 154
B2.R2.P1.1 460.86 456.75 433.25 5.42
5.28
131
134
B2.R2.P1.2 462.81 458.54 435.08 5.39 144
B2.R2.P1.3 433.13 428.62 407.18 5.27 145
B2.R2.P2.1 450.47 445.84 423.48 5.28 122
B2.R2.P2.2 446.15 441.13 419.42 5.17 127
B2.R2.P2.3 437.68 432.80 411.46 5.18 116
B2.R2.P3.1 440.18 435.78 413.80 5.31 147
B2.R2.P3.2 450.58 445.86 423.59 5.26 143
B2.R2.P3.3 458.33 453.54 430.87 5.26 129
ANEXO A – ESTABILIZAÇÃO DO TEOR EM HUMIDADE
131
ENSAIO DE RESISTÊNCIA À ABRASÃO
Provete Wssd (g) Wt (g) Wod (g) Mssd (%) Mm (%) W'od (g) M't (%) Média Humid. Média
B1.R0.T 455.74
428.05 6.47
6.74
10
B1.R1.T 424.61 397.77 6.75 8
B1.R2.T 456.06 426.19 7.01 10
B1.R0.SP.1 452.55 447.33
423.97 5.51
5.37
155
152
B1.R0.SP.2 440.31 434.23 412.50 5.27 156
B1.R0.P1.1 444.05 438.13 416.00 5.32 156
B1.R0.P1.2 419.38 413.76 392.89 5.31 149
B1.R0.P2.1 477.51 471.95 447.35 5.50 155
B1.R0.P2.2 449.44 443.79 421.05 5.40 151
B1.R0.P3.1 488.76 482.59 457.89 5.39 148
B1.R0.P3.2 435.30 429.17 407.81 5.24 147
B1.R1.P1.1 446.19 440.09 418.00 5.28
5.10
154
150
B1.R1.P1.2 433.65 427.75 406.26 5.29 148
B1.R1.P2.1 420.70 413.30 394.13 4.86 140
B1.R1.P2.2 443.27 436.00 415.27 4.99 146
B1.R1.P3.1 464.63 457.35 435.29 5.07 159
B1.R1.P3.2 436.63 430.02 409.05 5.13 154
B1.R2.P1.1 443.58 437.49 415.56 5.28
5.05
152
155
B1.R2.P1.2 465.75 458.10 436.33 4.99 160
B1.R2.P2.1 421.68 414.59 395.05 4.95 153
B1.R2.P2.2 431.81 425.01 404.53 5.06 152
B1.R2.P3.1 438.09 431.46 410.41 5.13 158
B1.R2.P3.2 440.55 433.03 412.72 4.92 150
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
132
Provete Wssd (g) Wt (g) Wod (g) Mssd (%) Mm (%) W'od (g) M't (%) Média Humid Média
B2.R0.T 428.85
400.47 7.08
7.23
0
B2.R1.T 433.64 404.14 7.30 5
B2.R2.T 431.57 402.20 7.30 0
B2.R0.SP.1 443.84 437.54
413.92 5.71
5.37
132
130
B2.R0.SP.2 426.86 418.85 398.08 5.22 130
B2.R0.P1.1 428.97 421.04 400.05 5.25 124
B2.R0.P1.2 440.89 433.13 411.17 5.34 133
B2.R0.P2.1 432.36 424.94 403.22 5.39 132
B2.R0.P2.2 438.96 431.67 409.37 5.45 124
B2.R0.P3.1 442.11 434.37 412.30 5.35 130
B2.R0.P3.2 427.84 420.00 399.00 5.26 135
B2.R1.P1.1 452.01 444.64 421.54 5.48
5.03
130
125
B2.R1.P1.2 408.98 401.02 381.41 5.14 130
B2.R1.P2.1 418.00 408.10 389.82 4.69 134
B2.R1.P2.2 453.77 443.39 423.18 4.77 123
B2.R1.P3.1 418.78 410.25 390.55 5.04 118
B2.R1.P3.2 407.01 398.70 379.57 5.04 116
B2.R2.P1.1 446.35 438.51 416.26 5.35
4.91
116
123
B2.R2.P1.2 445.81 436.13 415.76 4.90 128
B2.R2.P2.1 417.59 409.69 389.43 5.20 119
B2.R2.P2.2 417.90 407.16 389.72 4.47 131
B2.R2.P3.1 440.63 430.84 410.93 4.84 121
B2.R2.P3.2 428.82 418.80 399.91 4.72 101
ANEXO A – ESTABILIZAÇÃO DO TEOR EM HUMIDADE
133
ENSAIO DE RESISTÊNCIA AO IMPACTO
Provete Wssd (g) Wt (g) Wod (g) Mssd (%) Mm (%) W'od (g) M't (%) Média Humid Média
B1.R0.T 681.02
642.28 6.03
6.22
0
B1.R1.T 701.95 661.21 6.16 0
B1.R2.T 636.41 597.74 6.47 10
B1.R0.SP 685.69 681.16
645.53 5.52
5.50
158
153 B1.R0.P1 664.89 660.23 625.95 5.48 154
B1.R0.P2 663.81 659.17 624.93 5.48 151
B1.R0.P3 620.65 616.69 584.30 5.54 147
B1.R1.P1 685.29 680.12 645.16 5.42
5.36
131
146 B1.R1.P2 665.63 660.08 626.65 5.34 152
B1.R1.P3 681.06 675.36 641.17 5.33 156
B1.R2.P1 644.19 639.18 606.46 5.39
5.36
147
143 B1.R2.P2 616.99 611.86 580.86 5.34 130
B1.R2.P3 607.33 602.42 571.76 5.36 152
Provete Wssd (g) Wt (g) Wod (g) Mssd (%) Mm (%) W'od (g) M't (%) Média Humid Média
B2.R0.T 626.88
589.08 6.42
6.31
0
B2.R1.T 638.61 601.42 6.18 0
B2.R2.T 649.58 610.97 6.32 0
B2.R0.SP 616.38 610.74
579.81 5.33
5.39
145
137 B2.R0.P1 670.88 664.92 631.08 5.36 148
B2.R0.P2 504.06 500.53 474.16 5.56 121
B2.R0.P3 620.55 614.59 583.74 5.29 132
B2.R1.P1 610.37 603.53 574.16 5.12
4.93
131
140 B2.R1.P2 640.89 632.11 602.87 4.85 146
B2.R1.P3 664.35 655.15 624.94 4.83 143
B2.R2.P1 617.54 609.04 580.90 4.84
4.97
139
132 B2.R2.P2 634.39 626.38 596.75 4.96 136
B2.R2.P3 660.11 652.71 620.95 5.11 122
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
134
ENSAIO DE PULL-OFF
Provete Wssd (g) Wt (g) Wod (g) Mssd (%) Mm (%) W'od (g) M't (%) Média Humid Média
B1.R0.T 2294.98
2165.63 5.97
6.21
0
B1.R1.T 2101.56 1974.83 6.42 0
B1.R2.T 2015.97 1897.50 6.24 0
B1.R0.SP 2319.40 2304.67
2183.76 5.54
5.52
165
163 B1.R0.P1 2280.70 2265.81 2147.33 5.52 162
B1.R0.P2 2254.87 2240.07 2123.01 5.51 161
B1.R0.P3 2280.83 2265.80 2147.45 5.51 162
B1.R1.P1 4073.90 4039.86 3835.66 5.32
5.16
185
177 B1.R1.P2 3970.28 3926.84 3738.10 5.05 172
B1.R1.P3 3883.17 3842.76 3656.08 5.11 175
B1.R2.P1 4120.42 4089.51 3879.46 5.41
5.40
170
176 B1.R2.P2 3901.05 3872.95 3672.92 5.45 180
B1.R2.P3 3799.73 3769.07 3577.52 5.35 179
Provete Wssd (g) Wt (g) Wod (g) Mssd (%) Mm (%) W'od (g) M't (%) Média Humid Média
B2.R0.T 2049.88
1930.49 6.18
6.25
0
B2.R1.T 2228.07 2097.65 6.22 0
B2.R2.T 2130.29 2002.96 6.36 0
B2.R0.SP 2078.86 2051.89
1956.52 4.87
4.92
158
155 B2.R0.P1 1899.11 1877.40 1787.35 5.04 156
B2.R0.P2 2101.04 2073.31 1977.39 4.85 154
B2.R0.P3 2067.55 2041.86 1945.87 4.93 151
B2.R1.P1 4333.84 4285.64 4078.79 5.07
4.72
183
174 B2.R1.P2 3718.66 3657.73 3499.82 4.51 166
B2.R1.P3 3835.69 3775.59 3609.96 4.59 174
B2.R2.P1 4122.61 4073.86 3879.99 5.00
4.55
165
169 B2.R2.P2 4219.19 4146.79 3970.89 4.43 173
B2.R2.P3 4127.40 4048.95 3884.50 4.23 168
135
ANEXO B CONSUMOS NA APLICAÇÃO DOS PRODUTOS
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
136
ANEXO B – CONSUMOS NA APLICAÇÃO DOS PRODUTOS
137
P1
Provete Comp (cm)
Larg (cm)
Área (m
2)
Rendimento (massa) (g)
Massa aplicada (g)
Ensaio m0 m1
m1-m0
B1.R0.P1.1 11.00 11.00 0.01 1.83 2.44 433.95 435.76 1.81 Abrasão
B1.R0.P1.2 11.00 11.00 0.01 1.83 2.44 409.87 412.43 2.56 Abrasão
B1.R1.P1.1 11.00 11.00 0.01 1.83 2.44 436.17 438.19 2.02 Abrasão
B1.R1.P1.2 11.00 11.00 0.01 1.83 2.44 423.03 424.96 1.93 Abrasão
B1.R2.P1.1 11.00 11.00 0.01 1.83 2.44 433.12 435.00 1.88 Abrasão
B1.R2.P1.2 11.00 11.00 0.01 1.83 2.44 453.80 455.72 1.92 Abrasão
B2.R0.P1.1 11.00 11.00 0.01 1.83 2.44 417.86 419.89 2.03 Abrasão
B2.R0.P1.2 11.00 11.00 0.01 1.83 2.44 429.90 431.76 1.86 Abrasão
B2.R1.P1.1 11.00 11.00 0.01 1.83 2.44 441.51 443.89 2.38 Abrasão
B2.R1.P1.2 11.00 11.00 0.01 1.83 2.44 397.66 400.55 2.89 Abrasão
B2.R2.P1.1 11.00 11.00 0.01 1.83 2.44 435.81 437.99 2.18 Abrasão
B2.R2.P1.2 11.00 11.00 0.01 1.83 2.44 433.20 435.20 2.00 Abrasão
Média
2.12
B1.R0.P1.1 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 411.46 410.79 0.67 Absorção
B1.R0.P1.2 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 411.97 411.51 0.46 Absorção
B1.R0.P1.3 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 412.64 412.02 0.62 Absorção
B1.R1.P1.1 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 413.38 412.72 0.66 Absorção
B1.R1.P1.2 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 414.02 413.41 0.61 Absorção
B1.R1.P1.3 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 414.78 414.05 0.73 Absorção
B1.R2.P1.1 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 415.93 414.88 1.05 Absorção
B1.R2.P1.2 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 416.89 416.00 0.89 Absorção
B1.R2.P1.3 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 417.53 416.90 0.63 Absorção
B2.R0.P1.1 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 404.67 403.88 0.79 Absorção
B2.R0.P1.2 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 405.38 404.70 0.68 Absorção
B2.R0.P1.3 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 405.99 405.38 0.61 Absorção
B2.R1.P1.1 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 406.92 406.01 0.91 Absorção
B2.R1.P1.2 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 407.63 406.95 0.68 Absorção
B2.R1.P1.3 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 408.29 407.72 0.58 Absorção
B2.R2.P1.1 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 409.03 408.35 0.68 Absorção
B2.R2.P1.2 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 409.77 409.03 0.74 Absorção
B2.R2.P1.3 7.00 7.00 0.00 0.74 0.99 410.56 409.80 0.76 Absorção
Média
0.71
B1.R0.P1 10.00 7.00 0.01 1.06 1.41 657.12 658.29 1.17 Impacto
B1.R1.P1 10.00 7.00 0.01 1.06 1.41 676.92 678.01 1.09 Impacto
B1.R2.P1 10.00 7.00 0.01 1.06 1.41 635.99 637.24 1.25 Impacto
B2.R0.P1 10.00 7.00 0.01 1.06 1.41 662.54 663.77 1.23 Impacto
B2.R1.P1 10.00 7.00 0.01 1.06 1.41 601.10 602.98 1.88 Impacto
B2.R2.P1 10.00 7.00 0.01 1.06 1.41 606.48 607.68 1.20 Impacto
Média
1.30
B1.R0.P1 14.50 14.50 0.02 3.19 4.25 441.20 439.27 1.93 Pull-off
B1.R1.P1 29.00 14.50 0.04 6.37 8.49 447.91 441.80 6.11 Pull-off
B1.R2.P1 29.00 14.50 0.04 6.37 8.49 453.03 448.09 4.94 Pull-off
B2.R0.P1 14.50 14.50 0.02 3.19 4.25 426.22 423.98 2.24 Pull-off
B2.R1.P1 29.00 14.50 0.04 6.37 8.49 431.90 426.25 5.65 Pull-off
B2.R2.P1 29.00 14.50 0.04 6.37 8.49 439.22 431.94 7.27 Pull-off
Média (14.5)
2.08
Média (29) 5.99
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
138
P2
Provete Comp(cm) Larg(cm) Área, m2 Rendimento (massa) (g)
Massa aplicada (g) Ensaio
m0 m1 m1-m0
B1.R0.P2.1 11.00 11.00 0.01 1.29 2.58 467.60 470.63 3.03 Abrasão
B1.R0.P2.2 11.00 11.00 0.01 1.29 2.58 439.64 443.00 3.36 Abrasão
B1.R1.P2.1 11.00 11.00 0.01 1.29 2.58 410.01 413.09 3.08 Abrasão
B1.R1.P2.2 11.00 11.00 0.01 1.29 2.58 431.92 434.94 3.02 Abrasão
B1.R2.P2.1 11.00 11.00 0.01 1.29 2.58 410.54 413.72 3.18 Abrasão
B1.R2.P2.2 11.00 11.00 0.01 1.29 2.58 420.53 423.82 3.29 Abrasão
B2.R0.P2.1 11.00 11.00 0.01 1.29 2.58 421.56 425.01 3.45 Abrasão
B2.R0.P2.2 11.00 11.00 0.01 1.29 2.58 428.41 431.47 3.06 Abrasão
B2.R1.P2.1 11.00 11.00 0.01 1.29 2.58 404.91 407.96 3.05 Abrasão
B2.R1.P2.2 11.00 11.00 0.01 1.29 2.58 440.14 443.60 3.46 Abrasão
B2.R2.P2.1 11.00 11.00 0.01 1.29 2.58 407.33 410.95 3.62 Abrasão
B2.R2.P2.2 11.00 11.00 0.01 1.29 2.58 404.55 408.09 3.54 Abrasão
Média
3.26
B1.R0.P2.1 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 414.06 413.16 0.89 Absorção
B1.R0.P2.2 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 414.77 414.06 0.71 Absorção
B1.R0.P2.3 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 415.63 414.78 0.85 Absorção
B1.R1.P2.1 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 416.69 415.65 1.03 Absorção
B1.R1.P2.2 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 417.58 416.70 0.88 Absorção
B1.R1.P2.3 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 418.35 417.60 0.76 Absorção
B1.R2.P2.1 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 419.19 418.39 0.80 Absorção
B1.R2.P2.2 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 419.97 419.20 0.77 Absorção
B1.R2.P2.3 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 420.69 420.00 0.70 Absorção
B2.R0.P2.1 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 405.08 404.07 1.01 Absorção
B2.R0.P2.2 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 405.87 405.08 0.79 Absorção
B2.R0.P2.3 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 406.55 405.88 0.67 Absorção
B2.R1.P2.1 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 407.74 406.56 1.18 Absorção
B2.R1.P2.2 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 408.68 407.75 0.93 Absorção
B2.R1.P2.3 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 409.81 408.68 1.13 Absorção
B2.R2.P2.1 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 410.92 409.84 1.09 Absorção
B2.R2.P2.2 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 412.12 410.93 1.19 Absorção
B2.R2.P2.3 7.00 7.00 0.00 0.52 1.04 413.07 412.14 0.93 Absorção
Média
0.91
B1.R0.P2 10.00 7.00 0.01 0.75 1.49 655.92 657.34 1.42 Impacto
B1.R1.P2 10.00 7.00 0.01 0.75 1.49 656.74 658.86 2.12 Impacto
B1.R2.P2 10.00 7.00 0.01 0.75 1.49 608.68 610.79 2.11 Impacto
B2.R0.P2 10.00 7.00 0.01 0.75 1.49 498.96 500.93 1.97 Impacto
B2.R1.P2 10.00 7.00 0.01 0.75 1.49 629.18 631.00 1.82 Impacto
B2.R2.P2 10.00 7.00 0.01 0.75 1.49 623.74 625.71 1.97 Impacto
Média
1.90
B1.R0.P2 14.50 14.50 0.02 2.24 4.48 447.16 444.92 2.24 Pull-off
B1.R1.P2 29.00 14.50 0.04 4.48 8.97 451.47 447.18 4.30 Pull-off
B1.R2.P2 29.00 14.50 0.04 4.48 8.97 455.67 451.50 4.17 Pull-off
B2.R0.P2 14.50 14.50 0.02 2.24 4.48 433.56 431.84 1.73 Pull-off
B2.R1.P2 29.00 14.50 0.04 4.48 8.97 438.31 433.59 4.72 Pull-off
B2.R2.P2 29.00 14.50 0.04 4.48 8.97 444.90 438.40 6.50 Pull-off
Média (14.5)
1.98
Média (29) 4.92
ANEXO B – CONSUMOS NA APLICAÇÃO DOS PRODUTOS
139
P3
Provete Comp(cm) Larg(cm) Área, m2 Rendimento (massa) (g)
Massa aplicada (g) Ensaio
m0 m1 m1-m0
B1.R0.P3.1 11.00 11.00 0.01 1.29 2.59 478.33 480.05 1.72 Abrasão
B1.R0.P3.2 11.00 11.00 0.01 1.29 2.59 425.16 426.69 1.53 Abrasão
B1.R1.P3.1 11.00 11.00 0.01 1.29 2.59 453.16 454.53 1.37 Abrasão
B1.R1.P3.2 11.00 11.00 0.01 1.29 2.59 425.60 427.46 1.86 Abrasão
B1.R2.P3.1 11.00 11.00 0.01 1.29 2.59 427.31 429.20 1.89 Abrasão
B1.R2.P3.2 11.00 11.00 0.01 1.29 2.59 429.03 430.70 1.67 Abrasão
B2.R0.P13.1 11.00 11.00 0.01 1.29 2.59 430.97 432.71 1.74 Abrasão
B2.R0.P3.2 11.00 11.00 0.01 1.29 2.59 417.04 418.31 1.27 Abrasão
B2.R1.P3.1 11.00 11.00 0.01 1.29 2.59 407.49 409.13 1.64 Abrasão
B2.R1.P3.2 11.00 11.00 0.01 1.29 2.59 396.08 397.79 1.71 Abrasão
B2.R2.P3.1 11.00 11.00 0.01 1.29 2.59 427.91 429.90 1.99 Abrasão
B2.R2.P3.2 11.00 11.00 0.01 1.29 2.59 415.82 417.61 1.79 Abrasão
Média
1.68
B1.R0.P3.1 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 449.23 448.45 0.78 Absorção
B1.R0.P3.2 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 449.95 449.24 0.71 Absorção
B1.R0.P3.3 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 450.36 449.96 0.41 Absorção
B1.R1.P3.1 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 450.97 450.38 0.59 Absorção
B1.R1.P3.2 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 451.68 450.99 0.69 Absorção
B1.R1.P3.3 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 452.47 451.69 0.79 Absorção
B1.R2.P3.1 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 453.24 452.52 0.72 Absorção
B1.R2.P3.2 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 453.89 453.25 0.64 Absorção
B1.R2.P3.3 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 454.35 453.92 0.43 Absorção
B2.R0.P3.1 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 441.64 441.02 0.62 Absorção
B2.R0.P3.2 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 442.62 441.65 0.96 Absorção
B2.R0.P3.3 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 443.22 442.62 0.60 Absorção
B2.R1.P3.1 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 443.85 443.24 0.61 Absorção
B2.R1.P3.2 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 444.70 443.87 0.84 Absorção
B2.R1.P3.3 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 445.38 444.71 0.67 Absorção
B2.R2.P3.1 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 446.34 445.40 0.94 Absorção
B2.R2.P3.2 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 447.28 446.35 0.93 Absorção
B2.R2.P3.3 7.00 7.00 0.00 0.52 1.05 448.35 447.29 1.06 Absorção
Média
0.72
B1.R0.P3 10.00 7.00 0.01 0.75 1.50 614.08 615.00 0.92 Impacto
B1.R1.P3 10.00 7.00 0.01 0.75 1.50 671.99 673.10 1.11 Impacto
B1.R2.P3 10.00 7.00 0.01 0.75 1.50 599.52 601.33 1.81 Impacto
B2.R0.P3 10.00 7.00 0.01 0.75 1.50 612.49 614.00 1.51 Impacto
B2.R1.P3 10.00 7.00 0.01 0.75 1.50 652.28 653.67 1.39 Impacto
B2.R2.P3 10.00 7.00 0.01 0.75 1.50 650.07 651.57 1.50 Impacto
Média
1.37
B1.R0.P3 14.50 14.50 0.02 2.25 4.50 448.57 446.41 2.16 Pull-off
B1.R1.P3 29.00 14.50 0.04 4.50 8.99 451.10 448.61 2.49 Pull-off
B1.R2.P3 29.00 14.50 0.04 4.50 8.99 455.87 451.15 4.72 Pull-off
B2.R0.P3 14.50 14.50 0.02 2.25 4.50 435.13 433.49 1.64 Pull-off
B2.R1.P3 29.00 14.50 0.04 4.50 8.99 439.30 435.16 4.14 Pull-off
B2.R2.P3 29.00 14.50 0.04 4.50 8.99 446.36 440.19 6.16 Pull-off
Média (14,5)
1.90
Média(29) 4.38
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
140
141
ANEXO C ÍNDICE DE RUGOSIDADE
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
142
ANEXO C – ÍNDICE DE RUGOSIDADE
143
ENSAIO DE ESPALHAMENTO DA AREIA
Provete Teste Diâmetro [mm] Média [mm]
Volume [ml] Coeficiente Índice de
rugosidade [mm] Média [mm]
B1.R0
1
124
130.67 1.25 1590 0.093
0.096
131
137
2
130
127.33 1.25 1590 0.098 125
127
3
120
128.00 1.25 1590 0.097 132
132
B2.R0
1
109
106.33 1.25 1590 0.141
0.133
115
95
2
116
110.33 1.25 1590 0.131 115
100
3
107
111.67 1.25 1590 0.128 115
113
B1.R1
1
140
144.33 2.5 3180 0.153
0.154
145
148
2
139
143.00 2.5 3180 0.156 148
142
3
140
144.00 2.5 3180 0.153 145
147
B2.R1
1
135
132.33 2.5 3180 0.182
0.181
133
129
2
135
135.00 2.5 3180 0.174 136
134
3
125
130.33 2.5 3180 0.187 132
134
B1.R2
1
145
142.67 2.5 3180 0.156
0.164
146
137
2
135
136.00 2.5 3180 0.172 136
137
3
137
139.67 2.5 3180 0.163 146
136
B2.R2
1
118
117.33 2.5 3180 0.231
0.207
119
115
2
119
128.00 2.5 3180 0.194 140
125
3
132
127.00 2.5 3180 0.197 125
124
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
144
ENSAIO DE ESPALHAMENTO DA AREIA
Provete Teste Ra [mm] Média [mm] Provete Teste Ra [mm] Média [mm]
B1.R0
1.1 0.009
0.014 B2.R0
1.1 0.024
0.017
1.2 0.018 1.2 0.015
2.1 0.013 2.1 0.010
2.2 0.013 2.2 0.011
3.1 0.014 3.1 0.019
3.2 0.017 3.2 0.025
B1.R1
1.1 0.029
0.020 B2.R1
1.1 0.017
0.024
1.2 0.018 1.2 0.034
2.1 0.009 2.1 0.029
2.2 0.013 2.2 0.011
3.1 0.025 3.1 0.010
3.2 0.026 3.2 0.040
B1.R2
1.1 0.026
0.022 B2.R2
1.1 0.019
0.027
1.2 0.023 1.2 0.026
2.1 0.025 2.1 0.035
2.2 0.019 2.2 0.028
3.1 0.022 3.1 0.029
3.2 0.019 3.2 0.023
145
ANEXO D ENSAIO DE ABSORÇÃO CAPILAR
146
ANEXO D – ENSAIO DE ABSORÇÃO CAPILAR
147
R0.SP B1.R0.SP1 B1.R0.SP2 B1.R0.SP3 B2.R0.SP1 B2.R0.SP2 B2.R0.SP3
nº horas t1/2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
0.00 0.000 485.31 0.00 0.00 474.26 0.00 0.00 453.12 0.00 0.00 420.00 0.00 0.00 411.94 0.00 0.00 443.02 0.00 0.00
1.00 1.000 485.86 0.00 0.11 474.99 0.00 0.15 453.66 0.00 0.11 423.35 0.00 0.68 413.95 0.00 0.41 444.31 0.00 0.26
2.00 1.414 485.98 0.00 0.14 475.13 0.00 0.18 453.73 0.00 0.12 424.24 0.00 0.87 414.54 0.00 0.53 444.60 0.00 0.32
3.00 1.732 486.09 0.00 0.16 475.33 0.00 0.22 453.83 0.00 0.14 424.89 0.00 1.00 415.04 0.00 0.63 444.86 0.00 0.38
6.00 2.449 486.22 0.00 0.19 475.56 0.00 0.27 453.99 0.00 0.18 426.06 0.01 1.24 416.02 0.00 0.83 445.50 0.00 0.51
24.00 4.899 486.81 0.00 0.31 476.29 0.00 0.41 454.48 0.00 0.28 429.49 0.01 1.94 419.33 0.01 1.51 447.75 0.00 0.97
30.00 5.477 486.90 0.00 0.32 476.43 0.00 0.44 454.61 0.00 0.30 430.07 0.01 2.06 420.05 0.01 1.66 448.38 0.01 1.09
47.17 6.868 487.27 0.00 0.40 476.85 0.00 0.53 455.03 0.00 0.39 431.58 0.01 2.36 421.95 0.01 2.04 450.22 0.01 1.47
96.00 9.798 488.17 0.00 0.58 477.82 0.00 0.73 456.00 0.00 0.59 433.88 0.01 2.83 425.49 0.01 2.77 454.33 0.01 2.31
120.00 10.954 488.50 0.00 0.65 478.16 0.00 0.80 456.35 0.00 0.66 434.39 0.01 2.94 426.32 0.01 2.93 455.90 0.01 2.63
144.00 12.000 488.81 0.00 0.71 478.51 0.00 0.87 456.71 0.00 0.73 434.78 0.01 3.02 426.79 0.01 3.03 457.13 0.01 2.88
168.00 12.961 489.12 0.00 0.78 478.82 0.00 0.93 457.02 0.00 0.80 435.01 0.02 3.06 427.02 0.02 3.08 457.91 0.01 3.04
192.00 13.856 489.40 0.00 0.83 479.11 0.00 0.99 457.32 0.00 0.86 435.23 0.02 3.11 427.21 0.02 3.12 458.44 0.02 3.15
314.67 17.739 490.70 0.01 1.10 480.47 0.01 1.27 458.65 0.01 1.13 435.68 0.02 3.20 427.49 0.02 3.17 459.31 0.02 3.32
362.67 19.044 491.13 0.01 1.19 480.94 0.01 1.36 459.08 0.01 1.22 435.82 0.02 3.23 427.58 0.02 3.19 459.47 0.02 3.36
434.67 20.849 491.73 0.01 1.31 481.61 0.01 1.50 459.71 0.01 1.34 435.93 0.02 3.25 427.69 0.02 3.21 459.60 0.02 3.38
482.67 21.970 492.10 0.01 1.39 482.01 0.01 1.58 460.06 0.01 1.42 436.03 0.02 3.27 427.77 0.02 3.23 459.69 0.02 3.40
530.67 23.036 492.41 0.01 1.45 482.34 0.01 1.65 460.37 0.01 1.48 436.09 0.02 3.28 427.83 0.02 3.24 459.75 0.02 3.41
602.67 24.549 492.86 0.01 1.54 482.79 0.01 1.74 460.74 0.01 1.56 436.10 0.02 3.29 427.83 0.02 3.24 459.79 0.02 3.42
674.67 25.974 493.29 0.01 1.63 483.17 0.01 1.82 461.09 0.01 1.63 436.18 0.02 3.30 427.89 0.02 3.26 459.82 0.02 3.43
770.67 27.761 493.74 0.01 1.72 483.52 0.01 1.89 461.39 0.01 1.69 436.19 0.02 3.30 427.92 0.02 3.26 459.84 0.02 3.43
842.67 29.029 494.04 0.01 1.78 483.73 0.01 1.93 461.62 0.01 1.73 436.21 0.02 3.31 427.93 0.02 3.26 459.89 0.02 3.44
938.67 30.638 494.45 0.01 1.87 484.05 0.01 2.00 461.86 0.01 1.78 436.32 0.02 3.33 428.02 0.02 3.28 459.98 0.02 3.46
w24 0.06
w6 0.07
w24 0.07
w1 0.25
w1 0.27
w24 0.27
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
0.99
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
148
R1.SP B1.R1.SP B2.R1.SP
nº horas t1/2
m, g m, kg m/A, kg.m-2
m, g m, kg m/A, kg.m-2
0.00 0.00 447.91 0.00 0.00 401.92 0.00 0.00
1.00 1.00 449.23 0.00 0.27 404.39 0.00 0.50
2.00 1.41 450.34 0.00 0.50 405.57 0.00 0.74
3.00 1.73 450.91 0.00 0.61 406.37 0.00 0.91
6.00 2.45 451.39 0.00 0.71 407.83 0.01 1.21
24.00 4.90 453.95 0.01 1.23 411.87 0.01 2.03
28.00 5.29 454.28 0.01 1.30 412.21 0.01 2.10
96.00 9.80 457.28 0.01 1.91 414.92 0.01 2.65
120.00 10.95 457.92 0.01 2.04 415.44 0.01 2.76
168.00 12.96 458.98 0.01 2.26 416.23 0.01 2.92
192.00 13.86 459.44 0.01 2.35 416.56 0.01 2.99
264.00 16.25 460.61 0.01 2.59 417.32 0.02 3.14
333.83 18.27 461.63 0.01 2.80 417.89 0.02 3.26
432.50 20.80 462.73 0.01 3.02 418.54 0.02 3.39
w24 0.11
w1 0.36
Correlação 1.00
Correlação 1.00
ANEXO D – ENSAIO DE ABSORÇÃO CAPILAR
149
R2.SP B1.R2.SP B2.R2.SP
nº horas t1/2
m, g m, kg m/A, kg.m-2
m, g m, kg m/A, kg.m-2
0.00 0.00 459.97 0.00 0.00 454.55 0.00 0.00
1.00 1.00 462.23 0.00 0.46 459.51 0.00 1.01
2.00 1.41 463.39 0.00 0.70 462.00 0.01 1.52
3.00 1.73 464.17 0.00 0.86 463.77 0.01 1.88
6.00 2.45 466.03 0.01 1.24 464.61 0.01 2.05
24.00 4.90 470.19 0.01 2.09 474.49 0.02 4.07
28.00 5.29 470.68 0.01 2.19 474.65 0.02 4.10
96.00 9.80 474.68 0.01 3.00 475.52 0.02 4.28
120.00 10.95 475.44 0.02 3.16 475.62 0.02 4.30
168.00 12.96 476.62 0.02 3.50 475.80 0.02 4.36
192.00 13.86 477.10 0.02 3.74 475.93 0.02 4.41
264.00 16.25 478.32 0.02 3.94 476.18 0.02 4.44
333.83 18.27 479.29 0.02 3.94 476.32 0.02 4.51
432.50 20.80 480.30 0.02 4.15 476.63 0.02 4.51
w24 0.21
w1 0.80
Correlação 0.98
Correlação 0.99
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
150
R0.P1 B1.R0.P1.1 B1.R0.P1.2 B1.R0.P1.3 B2.R0.P1.1 B2.R0.P1.2 B2.R0.P1.3
nº horas
t1/2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
0.00 0.00 502.14 0.00 0.00 481.17 0.00 0.00 485.91 0.00 0.00 364.59 0.00 0.00 381.69 0.00 0.00 401.63 0.00 0.00
1.00 1.00 502.34 0.00 0.04 481.33 0.00 0.03 486.12 0.00 0.04 364.75 0.00 0.03 381.89 0.00 0.04 401.87 0.00 0.05
2.00 1.41 502.35 0.00 0.04 481.41 0.00 0.05 486.14 0.00 0.05 364.75 0.00 0.03 381.89 0.00 0.04 401.92 0.00 0.06
3.00 1.73 502.33 0.00 0.04 481.45 0.00 0.06 486.19 0.00 0.06 364.80 0.00 0.04 381.92 0.00 0.05 401.96 0.00 0.07
6.00 2.45 502.44 0.00 0.06 481.54 0.00 0.08 486.25 0.00 0.07 364.87 0.00 0.06 381.99 0.00 0.06 402.10 0.00 0.10
24.00 4.90 502.65 0.00 0.10 481.91 0.00 0.15 486.37 0.00 0.09 365.13 0.00 0.11 382.30 0.00 0.12 402.59 0.00 0.20
30.00 5.48 502.73 0.00 0.12 481.99 0.00 0.17 486.49 0.00 0.12 365.20 0.00 0.12 382.35 0.00 0.13 402.70 0.00 0.22
47.17 6.87 502.87 0.00 0.15 482.22 0.00 0.21 486.61 0.00 0.14 365.41 0.00 0.17 382.61 0.00 0.19 403.11 0.00 0.30
96.00 9.80 503.27 0.00 0.23 482.83 0.00 0.34 487.12 0.00 0.25 366.18 0.00 0.32 383.39 0.00 0.35 404.14 0.00 0.51
120.00 10.95 503.45 0.00 0.27 483.06 0.00 0.39 487.32 0.00 0.29 366.56 0.00 0.40 383.68 0.00 0.41 404.62 0.00 0.61
144.00 12.00 503.63 0.00 0.30 483.31 0.00 0.44 487.53 0.00 0.33 366.97 0.00 0.49 383.99 0.00 0.47 405.07 0.00 0.70
168.00 12.96 503.82 0.00 0.34 483.53 0.00 0.48 487.80 0.00 0.39 367.35 0.00 0.56 384.23 0.00 0.52 405.52 0.00 0.79
192.00 13.86 504.00 0.00 0.38 483.76 0.00 0.53 487.92 0.00 0.41 367.78 0.00 0.65 384.56 0.00 0.59 406.02 0.00 0.90
314.67 17.74 504.88 0.00 0.56 484.86 0.00 0.75 488.84 0.00 0.60 369.80 0.01 1.06 385.97 0.00 0.87 408.25 0.01 1.35
362.67 19.04 505.19 0.00 0.62 485.22 0.00 0.83 489.12 0.00 0.66 370.54 0.01 1.21 386.61 0.00 1.00 409.06 0.01 1.52
434.67 20.85 505.65 0.00 0.72 485.78 0.00 0.94 489.56 0.00 0.74 371.52 0.01 1.41 387.43 0.01 1.17 410.05 0.01 1.72
482.67 21.97 505.93 0.00 0.77 486.12 0.00 1.01 489.80 0.00 0.79 372.13 0.01 1.54 388.03 0.01 1.29 410.62 0.01 1.83
530.67 23.04 506.18 0.00 0.82 486.42 0.01 1.07 490.01 0.00 0.84 372.65 0.01 1.64 388.49 0.01 1.39 411.10 0.01 1.93
602.67 24.55 506.50 0.00 0.89 486.80 0.01 1.15 490.26 0.00 0.89 373.29 0.01 1.78 389.10 0.01 1.51 411.73 0.01 2.06
674.67 25.97 506.82 0.00 0.96 487.24 0.01 1.24 490.53 0.00 0.94 373.86 0.01 1.89 389.71 0.01 1.64 412.27 0.01 2.17
770.67 27.76 507.11 0.00 1.01 487.65 0.01 1.32 490.72 0.00 0.98 374.45 0.01 2.01 390.38 0.01 1.77 412.82 0.01 2.28
842.67 29.03 507.31 0.01 1.06 487.93 0.01 1.38 490.82 0.00 1.00 374.88 0.01 2.10 390.82 0.01 1.86 413.15 0.01 2.35
938.67 30.64 507.58 0.01 1.11 488.32 0.01 1.46 491.01 0.01 1.04 375.32 0.01 2.19 391.34 0.01 1.97 413.56 0.01 2.43
w47 0.04
w47 0.05
w47 0.04
w96 0.10
w96 0.07
w96 0.11
Correlação
0.99
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
ANEXO D – ENSAIO DE ABSORÇÃO CAPILAR
151
R1.P1 B1.R1.P1.1 B1.R1.P1.2 B1.R1.P1.3 B2.R1.P1.1 B2.R1.P1.2 B2.R1.P1.3
nº horas
t1/2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
0.00 0.00 499.82 0.00 0.00 414.86 0.00 0.00 426.26 0.00 0.00 411.79 0.00 0.00 470.30 0.00 0.00 383.31 0.00 0.00
1.00 1.00 500.01 0.00 0.04 414.93 0.00 0.01 426.30 0.00 0.01 411.97 0.00 0.04 470.52 0.00 0.04 383.56 0.00 0.05
2.00 1.41 500.02 0.00 0.04 414.95 0.00 0.02 426.35 0.00 0.02 411.99 0.00 0.04 470.52 0.00 0.04 383.56 0.00 0.05
3.00 1.73 500.04 0.00 0.04 415.03 0.00 0.03 426.36 0.00 0.02 411.99 0.00 0.04 470.62 0.00 0.07 383.57 0.00 0.05
6.00 2.45 500.15 0.00 0.07 415.06 0.00 0.04 426.42 0.00 0.03 412.00 0.00 0.04 470.64 0.00 0.07 383.68 0.00 0.08
24.00 4.90 500.37 0.00 0.11 415.14 0.00 0.06 426.48 0.00 0.04 412.13 0.00 0.07 470.99 0.00 0.14 383.99 0.00 0.14
30.00 5.48 500.41 0.00 0.12 415.17 0.00 0.06 426.48 0.00 0.04 412.13 0.00 0.07 471.09 0.00 0.16 384.08 0.00 0.16
47.17 6.87 500.57 0.00 0.15 415.25 0.00 0.08 426.56 0.00 0.06 412.18 0.00 0.08 471.32 0.00 0.21 384.30 0.00 0.20
96.00 9.80 500.97 0.00 0.23 415.60 0.00 0.15 426.67 0.00 0.08 412.56 0.00 0.16 472.19 0.00 0.39 384.97 0.00 0.34
120.00 10.95 501.16 0.00 0.27 415.70 0.00 0.17 426.72 0.00 0.09 412.65 0.00 0.18 472.56 0.00 0.46 385.22 0.00 0.39
144.00 12.00 501.33 0.00 0.31 415.86 0.00 0.20 426.75 0.00 0.10 412.80 0.00 0.21 472.92 0.00 0.53 385.48 0.00 0.44
168.00 12.96 501.49 0.00 0.34 415.97 0.00 0.23 426.78 0.00 0.11 412.87 0.00 0.22 473.27 0.00 0.61 385.69 0.00 0.49
192.00 13.86 501.68 0.00 0.38 416.10 0.00 0.25 426.82 0.00 0.11 413.06 0.00 0.26 473.67 0.00 0.69 385.94 0.00 0.54
314.67 17.74 502.46 0.00 0.54 416.56 0.00 0.35 427.00 0.00 0.15 413.58 0.00 0.37 475.51 0.01 1.06 387.03 0.00 0.76
362.67 19.04 502.74 0.00 0.60 416.72 0.00 0.38 427.06 0.00 0.16 413.95 0.00 0.44 476.21 0.01 1.21 387.51 0.00 0.86
434.67 20.85 503.13 0.00 0.68 416.90 0.00 0.42 427.15 0.00 0.18 414.48 0.00 0.55 477.09 0.01 1.39 388.10 0.00 0.98
482.67 21.97 503.35 0.00 0.72 417.00 0.00 0.44 427.21 0.00 0.19 414.77 0.00 0.61 477.65 0.01 1.50 388.42 0.01 1.04
530.67 23.04 503.55 0.00 0.76 417.09 0.00 0.46 427.27 0.00 0.21 414.98 0.00 0.65 478.16 0.01 1.60 388.72 0.01 1.10
602.67 24.55 503.85 0.00 0.82 417.19 0.00 0.48 427.36 0.00 0.22 415.18 0.00 0.69 478.73 0.01 1.72 389.04 0.01 1.17
674.67 25.97 504.10 0.00 0.87 417.33 0.00 0.50 427.44 0.00 0.24 415.48 0.00 0.75 479.43 0.01 1.86 389.40 0.01 1.24
770.67 27.76 504.34 0.00 0.92 417.38 0.00 0.51 427.51 0.00 0.26 415.70 0.00 0.80 480.17 0.01 2.01 389.80 0.01 1.32
842.67 29.03 504.52 0.00 0.96 417.42 0.00 0.52 427.53 0.00 0.26 415.93 0.00 0.84 480.81 0.01 2.14 390.18 0.01 1.40
938.67 30.64 504.77 0.00 1.01 417.54 0.00 0.55 427.65 0.00 0.28 416.13 0.00 0.89 481.52 0.01 2.29 391.00 0.01 1.57
w96 0.04
w47 0.02
w47 0.01
w47 0.03
w47 0.08
w47 0.05
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
0.99
Correlação
0.99
Correlação
1.00
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
152
R2.P1 B1.R2.P1.1 B1.R2.P1.2 B1.R2.P1.3 B2.R2.P1.1 B2.R2.P1.2 B2.R2.P1.3
nº horas
t1/2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
0.00 0.00 445.17 0.00 0.00 447.74 0.00 0.00 445.16 0.00 0.00 469.31 0.00 0.00 470.96 0.00 0.00 440.62 0.00 0.00
1.00 1.00 445.26 0.00 0.02 447.87 0.00 0.03 445.25 0.00 0.02 469.61 0.00 0.06 471.31 0.00 0.07 441.02 0.00 0.08
2.00 1.41 445.30 0.00 0.03 447.88 0.00 0.03 445.26 0.00 0.02 469.73 0.00 0.09 471.45 0.00 0.10 441.04 0.00 0.09
3.00 1.73 445.30 0.00 0.03 447.90 0.00 0.03 445.28 0.00 0.02 469.75 0.00 0.09 471.51 0.00 0.11 441.12 0.00 0.10
6.00 2.45 445.31 0.00 0.03 447.91 0.00 0.03 445.29 0.00 0.03 470.01 0.00 0.14 471.72 0.00 0.16 441.36 0.00 0.15
24.00 4.90 445.32 0.00 0.03 447.91 0.00 0.03 445.32 0.00 0.03 470.78 0.00 0.30 472.48 0.00 0.31 442.26 0.00 0.33
30.00 5.48 445.32 0.00 0.03 447.93 0.00 0.04 445.32 0.00 0.03 470.93 0.00 0.33 472.62 0.00 0.34 442.43 0.00 0.37
47.17 6.87 445.32 0.00 0.03 447.93 0.00 0.04 445.34 0.00 0.04 471.39 0.00 0.42 472.99 0.00 0.41 442.86 0.00 0.46
96.00 9.80 445.39 0.00 0.04 448.01 0.00 0.06 445.46 0.00 0.06 472.44 0.00 0.64 473.78 0.00 0.58 443.94 0.00 0.68
120.00 10.95 445.40 0.00 0.05 448.05 0.00 0.06 445.51 0.00 0.07 472.83 0.00 0.72 474.09 0.00 0.64 444.37 0.00 0.77
144.00 12.00 445.43 0.00 0.05 448.10 0.00 0.07 445.58 0.00 0.09 473.19 0.00 0.79 474.35 0.00 0.69 444.65 0.00 0.82
168.00 12.96 445.46 0.00 0.06 448.13 0.00 0.08 445.61 0.00 0.09 473.55 0.00 0.87 474.59 0.00 0.74 444.92 0.00 0.88
192.00 13.86 445.51 0.00 0.07 448.20 0.00 0.09 445.68 0.00 0.11 473.90 0.00 0.94 474.84 0.00 0.79 445.22 0.00 0.94
314.67 17.74 445.58 0.00 0.08 448.30 0.00 0.11 445.81 0.00 0.13 475.39 0.01 1.24 475.89 0.00 1.01 446.48 0.01 1.20
362.67 19.04 445.62 0.00 0.09 448.39 0.00 0.13 445.91 0.00 0.15 475.88 0.01 1.34 476.23 0.01 1.08 447.01 0.01 1.30
434.67 20.85 445.72 0.00 0.11 448.50 0.00 0.16 446.03 0.00 0.18 476.53 0.01 1.47 476.71 0.01 1.17 447.75 0.01 1.46
482.67 21.97 445.76 0.00 0.12 448.55 0.00 0.17 446.09 0.00 0.19 476.94 0.01 1.56 477.05 0.01 1.24 448.18 0.01 1.54
530.67 23.04 445.81 0.00 0.13 448.58 0.00 0.17 446.14 0.00 0.20 477.33 0.01 1.64 477.30 0.01 1.29 448.52 0.01 1.61
602.67 24.55 445.84 0.00 0.14 448.65 0.00 0.19 446.21 0.00 0.21 477.79 0.01 1.73 477.64 0.01 1.36 448.94 0.01 1.70
674.67 25.97 445.89 0.00 0.15 448.73 0.00 0.20 446.29 0.00 0.23 478.28 0.01 1.83 478.02 0.01 1.44 449.37 0.01 1.79
770.67 27.76 445.92 0.00 0.15 448.79 0.00 0.21 446.36 0.00 0.24 478.87 0.01 1.95 478.51 0.01 1.54 449.88 0.01 1.89
842.67 29.03 445.95 0.00 0.16 448.81 0.00 0.22 446.42 0.00 0.26 479.32 0.01 2.04 478.90 0.01 1.62 450.25 0.01 1.97
938.67 30.64 446.03 0.00 0.18 448.91 0.00 0.24 446.52 0.00 0.28 479.79 0.01 2.14 479.28 0.01 1.70 450.66 0.01 2.05
w47 0.01
w47 0.01
w47 0.01
w3 0.07
w6 0.05
w3 0.07
Correlação
0.99
Correlação
0.99
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
ANEXO D – ENSAIO DE ABSORÇÃO CAPILAR
153
R0.P2 B1.R0.P2.1 B1.R0.P2.2 B1.R0.P2.3 B2.R0.P2.1 B2.R0.P2.2 B2.R0.P2.3
nº horas
t1/2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
0.00 0.00 510.00 0.00 0.00 514.55 0.00 0.00 503.10 0.00 0.00 396.59 0.00 0.00 415.87 0.00 0.00 414.48 0.00 0.00
1.00 1.00 510.28 0.00 0.06 514.81 0.00 0.05 503.27 0.00 0.03 397.11 0.00 0.11 416.10 0.00 0.05 414.71 0.00 0.05
2.00 1.41 510.28 0.00 0.06 514.83 0.00 0.06 503.31 0.00 0.04 397.19 0.00 0.12 416.11 0.00 0.05 414.71 0.00 0.05
3.00 1.73 510.30 0.00 0.06 514.93 0.00 0.08 503.32 0.00 0.04 397.27 0.00 0.14 416.13 0.00 0.05 414.73 0.00 0.05
6.00 2.45 510.40 0.00 0.08 515.04 0.00 0.10 503.39 0.00 0.06 397.59 0.00 0.20 416.15 0.00 0.06 414.84 0.00 0.07
24.00 4.90 510.64 0.00 0.13 515.30 0.00 0.15 503.62 0.00 0.11 398.58 0.00 0.41 416.41 0.00 0.11 415.09 0.00 0.12
30.00 5.48 510.70 0.00 0.14 515.39 0.00 0.17 503.64 0.00 0.11 398.81 0.00 0.45 416.45 0.00 0.12 415.16 0.00 0.14
47.17 6.87 510.86 0.00 0.18 515.63 0.00 0.22 503.77 0.00 0.14 399.63 0.00 0.62 416.62 0.00 0.15 415.39 0.00 0.19
96.00 9.80 511.43 0.00 0.29 516.33 0.00 0.36 504.22 0.00 0.23 401.93 0.01 1.09 417.04 0.00 0.24 416.10 0.00 0.33
120.00 10.95 511.72 0.00 0.35 516.61 0.00 0.42 504.41 0.00 0.27 403.04 0.01 1.32 417.17 0.00 0.27 416.34 0.00 0.38
144.00 12.00 512.01 0.00 0.41 516.92 0.00 0.48 504.62 0.00 0.31 404.11 0.01 1.53 417.30 0.00 0.29 416.63 0.00 0.44
168.00 12.96 512.28 0.00 0.47 517.20 0.00 0.54 504.82 0.00 0.35 405.11 0.01 1.74 417.41 0.00 0.31 416.84 0.00 0.48
192.00 13.86 512.56 0.00 0.52 517.50 0.00 0.60 505.06 0.00 0.40 406.05 0.01 1.93 417.57 0.00 0.35 417.08 0.00 0.53
314.67 17.74 513.66 0.00 0.75 518.78 0.00 0.86 505.95 0.00 0.58 409.12 0.01 2.56 418.16 0.00 0.47 418.23 0.00 0.77
362.67 19.04 514.30 0.00 0.88 519.25 0.00 0.96 506.34 0.00 0.66 409.73 0.01 2.68 418.48 0.00 0.53 418.75 0.00 0.87
434.67 20.85 514.92 0.00 1.00 519.86 0.01 1.08 506.81 0.00 0.76 410.34 0.01 2.81 418.85 0.00 0.61 419.43 0.00 1.01
482.67 21.97 515.30 0.01 1.08 520.22 0.01 1.16 507.14 0.00 0.82 410.67 0.01 2.87 419.10 0.00 0.66 419.82 0.01 1.09
530.67 23.04 515.61 0.01 1.14 520.53 0.01 1.22 507.39 0.00 0.88 410.91 0.01 2.92 419.29 0.00 0.70 420.16 0.01 1.16
602.67 24.55 516.09 0.01 1.24 520.98 0.01 1.31 507.75 0.00 0.95 411.10 0.01 2.96 419.52 0.00 0.74 420.56 0.01 1.24
674.67 25.97 516.51 0.01 1.33 521.36 0.01 1.39 508.10 0.01 1.02 411.32 0.01 3.01 419.81 0.00 0.80 421.03 0.01 1.34
770.67 27.76 517.03 0.01 1.43 521.81 0.01 1.48 508.50 0.01 1.10 411.47 0.01 3.04 420.09 0.00 0.86 421.49 0.01 1.43
842.67 29.03 517.39 0.01 1.51 522.16 0.01 1.55 508.83 0.01 1.17 411.55 0.01 3.05 420.25 0.00 0.89 421.82 0.01 1.50
938.67 30.64 517.85 0.01 1.60 522.50 0.01 1.62 509.21 0.01 1.25 411.67 0.02 3.08 420.48 0.00 0.94 422.21 0.01 1.58
w96 0.06
w47 0.06
w96 0.05
w47 0.17
w47 0.03
w96 0.06
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
154
R1.P2 B1.R1.P2.1 B1.R1.P2.2 B1.R1.P2.3 B2.R1.P2.1 B2.R1.P2.2 B2.R1.P2.3
nº horas
t1/2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
0.00 0.00 411.20 0.00 0.00 426.68 0.00 0.00 443.95 0.00 0.00 425.95 0.00 0.00 430.24 0.00 0.00 364.66 0.00 0.00
1.00 1.00 411.28 0.00 0.02 426.81 0.00 0.03 444.15 0.00 0.04 426.31 0.00 0.07 430.41 0.00 0.03 364.87 0.00 0.04
2.00 1.41 411.33 0.00 0.03 426.83 0.00 0.03 444.16 0.00 0.04 426.37 0.00 0.09 430.52 0.00 0.06 364.94 0.00 0.06
3.00 1.73 411.35 0.00 0.03 426.84 0.00 0.03 444.18 0.00 0.05 426.43 0.00 0.10 430.61 0.00 0.08 364.98 0.00 0.07
6.00 2.45 411.41 0.00 0.04 426.94 0.00 0.05 444.19 0.00 0.05 426.64 0.00 0.14 430.75 0.00 0.10 365.11 0.00 0.09
24.00 4.90 411.53 0.00 0.07 427.07 0.00 0.08 444.38 0.00 0.09 427.54 0.00 0.32 431.31 0.00 0.22 365.38 0.00 0.15
30.00 5.48 411.56 0.00 0.07 427.11 0.00 0.09 444.45 0.00 0.10 427.75 0.00 0.37 431.47 0.00 0.25 365.46 0.00 0.16
47.17 6.87 411.61 0.00 0.08 427.19 0.00 0.10 444.58 0.00 0.13 428.44 0.00 0.51 432.03 0.00 0.37 365.81 0.00 0.23
96.00 9.80 411.85 0.00 0.13 427.43 0.00 0.15 445.04 0.00 0.22 430.43 0.00 0.91 433.14 0.00 0.59 366.48 0.00 0.37
120.00 10.95 411.94 0.00 0.15 427.51 0.00 0.17 445.22 0.00 0.26 431.07 0.01 1.04 433.63 0.00 0.69 366.76 0.00 0.43
144.00 12.00 412.05 0.00 0.17 427.63 0.00 0.19 445.42 0.00 0.30 431.76 0.01 1.19 434.11 0.00 0.79 367.03 0.00 0.48
168.00 12.96 412.17 0.00 0.20 427.73 0.00 0.21 445.60 0.00 0.34 432.38 0.01 1.31 434.60 0.00 0.89 367.30 0.00 0.54
192.00 13.86 412.28 0.00 0.22 427.84 0.00 0.24 445.77 0.00 0.37 433.00 0.01 1.44 435.07 0.00 0.99 367.58 0.00 0.60
314.67 17.74 412.72 0.00 0.31 428.29 0.00 0.33 446.49 0.00 0.52 435.37 0.01 1.92 436.88 0.01 1.36 368.72 0.00 0.83
362.67 19.04 412.90 0.00 0.35 428.47 0.00 0.37 446.72 0.00 0.57 436.29 0.01 2.11 437.52 0.01 1.49 369.29 0.00 0.94
434.67 20.85 413.14 0.00 0.40 428.75 0.00 0.42 447.02 0.00 0.63 437.39 0.01 2.33 438.42 0.01 1.67 369.99 0.01 1.09
482.67 21.97 413.25 0.00 0.42 428.88 0.00 0.45 447.22 0.00 0.67 438.00 0.01 2.46 438.94 0.01 1.78 370.33 0.01 1.16
530.67 23.04 413.37 0.00 0.44 429.00 0.00 0.47 447.38 0.00 0.70 438.49 0.01 2.56 439.45 0.01 1.88 370.73 0.01 1.24
602.67 24.55 413.53 0.00 0.48 429.16 0.00 0.51 447.59 0.00 0.74 439.16 0.01 2.70 440.03 0.01 2.00 371.18 0.01 1.33
674.67 25.97 413.63 0.00 0.50 429.30 0.00 0.53 447.77 0.00 0.78 439.70 0.01 2.81 440.63 0.01 2.12 371.64 0.01 1.42
770.67 27.76 413.69 0.00 0.51 429.45 0.00 0.57 447.98 0.00 0.82 440.22 0.01 2.91 441.28 0.01 2.25 372.14 0.01 1.53
842.67 29.03 413.75 0.00 0.52 429.54 0.00 0.58 448.11 0.00 0.85 440.62 0.01 2.99 441.73 0.01 2.34 372.49 0.01 1.60
938.67 30.64 413.85 0.00 0.54 429.72 0.00 0.62 448.27 0.00 0.88 440.98 0.02 3.07 442.25 0.01 2.45 372.90 0.01 1.68
w47 0.02
w47 0.02
w47 0.04
w47 0.13
w96 0.10
w30 0.06
Correlação
1.00
Correlação
0.99
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
ANEXO D – ENSAIO DE ABSORÇÃO CAPILAR
155
R2.P2 B1.R2.P2.1 B1.R2.P2.2 B1.R2.P2.3 B2.R2.P2.1 B2.R2.P2.2 B2.R2.P2.3
nº horas
t1/2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
0.00 0.00 450.79 0.00 0.00 465.36 0.00 0.00 423.41 0.00 0.00 457.37 0.00 0.00 452.67 0.00 0.00 445.32 0.00 0.00
1.00 1.00 450.92 0.00 0.03 465.54 0.00 0.04 423.51 0.00 0.02 457.83 0.00 0.09 452.97 0.00 0.06 445.76 0.00 0.09
2.00 1.41 450.95 0.00 0.03 465.55 0.00 0.04 423.53 0.00 0.02 457.88 0.00 0.10 453.08 0.00 0.08 446.01 0.00 0.14
3.00 1.73 450.97 0.00 0.04 465.62 0.00 0.05 423.53 0.00 0.02 457.99 0.00 0.13 453.04 0.00 0.08 446.18 0.00 0.18
6.00 2.45 450.97 0.00 0.04 465.70 0.00 0.07 423.55 0.00 0.03 458.15 0.00 0.16 453.14 0.00 0.10 446.60 0.00 0.26
24.00 4.90 451.04 0.00 0.05 465.84 0.00 0.10 423.55 0.00 0.03 459.60 0.00 0.46 453.63 0.00 0.20 448.02 0.00 0.55
30.00 5.48 451.08 0.00 0.06 465.93 0.00 0.12 423.59 0.00 0.04 459.91 0.00 0.52 453.65 0.00 0.20 448.35 0.00 0.62
47.17 6.87 451.09 0.00 0.06 466.00 0.00 0.13 423.63 0.00 0.04 460.55 0.00 0.65 453.86 0.00 0.24 449.18 0.00 0.79
96.00 9.80 451.20 0.00 0.08 466.27 0.00 0.19 423.74 0.00 0.07 461.83 0.00 0.91 454.41 0.00 0.36 451.02 0.01 1.16
120.00 10.95 451.25 0.00 0.09 466.37 0.00 0.21 423.78 0.00 0.08 462.49 0.01 1.04 454.54 0.00 0.38 451.76 0.01 1.31
144.00 12.00 451.31 0.00 0.11 466.50 0.00 0.23 423.82 0.00 0.08 463.07 0.01 1.16 454.67 0.00 0.41 452.39 0.01 1.44
168.00 12.96 451.35 0.00 0.11 466.60 0.00 0.25 423.88 0.00 0.10 463.63 0.01 1.28 454.79 0.00 0.43 452.99 0.01 1.57
192.00 13.86 451.41 0.00 0.13 466.74 0.00 0.28 423.95 0.00 0.11 464.16 0.01 1.39 455.06 0.00 0.49 453.54 0.01 1.68
314.67 17.74 451.63 0.00 0.17 467.15 0.00 0.37 424.10 0.00 0.14 466.66 0.01 1.90 456.08 0.00 0.70 456.19 0.01 2.22
362.67 19.04 451.69 0.00 0.18 467.30 0.00 0.40 424.17 0.00 0.16 467.51 0.01 2.07 456.70 0.00 0.82 456.99 0.01 2.38
434.67 20.85 451.82 0.00 0.21 467.52 0.00 0.44 424.27 0.00 0.18 468.58 0.01 2.29 457.28 0.00 0.94 457.82 0.01 2.55
482.67 21.97 451.87 0.00 0.22 467.66 0.00 0.47 424.31 0.00 0.18 469.17 0.01 2.41 457.60 0.00 1.01 458.34 0.01 2.66
530.67 23.04 451.94 0.00 0.23 467.81 0.00 0.50 424.40 0.00 0.20 469.65 0.01 2.51 457.88 0.01 1.06 458.80 0.01 2.75
602.67 24.55 452.01 0.00 0.25 467.99 0.00 0.54 424.48 0.00 0.22 470.28 0.01 2.63 458.26 0.01 1.14 459.23 0.01 2.84
674.67 25.97 452.07 0.00 0.26 468.16 0.00 0.57 424.55 0.00 0.23 470.85 0.01 2.75 458.54 0.01 1.20 459.64 0.01 2.92
770.67 27.76 452.15 0.00 0.28 468.32 0.00 0.60 424.56 0.00 0.23 471.54 0.01 2.89 458.85 0.01 1.26 460.20 0.01 3.04
842.67 29.03 452.22 0.00 0.29 468.50 0.00 0.64 424.68 0.00 0.26 472.02 0.01 2.99 459.04 0.01 1.30 460.48 0.02 3.09
938.67 30.64 452.34 0.00 0.32 468.73 0.00 0.69 424.74 0.00 0.27 472.47 0.02 3.08 459.26 0.01 1.34 461.06 0.02 3.21
w47 0.01
w47 0.02
w47 0.01
w96 0.13
w144 0.06
w3 0.13
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
0.99
Correlação
1.00
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
156
R0.P3 B1.R0.P3.1 B1.R0.P3.2 B1.R0.P3.3 B2.R0.P3.1 B2.R0.P3.2 B2.R0.P3.3
nº horas
t1/2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
0.00 0.00 458.78 0.00 0.00 508.02 0.00 0.00 443.60 0.00 0.00 427.19 0.00 0.00 375.96 0.00 0.00 437.10 0.00 0.00
1.00 1.00 459.22 0.00 0.09 508.41 0.00 0.08 444.07 0.00 0.10 428.01 0.00 0.17 376.63 0.00 0.14 437.94 0.00 0.17
2.00 1.41 459.26 0.00 0.10 508.43 0.00 0.08 444.10 0.00 0.10 428.25 0.00 0.22 376.83 0.00 0.18 438.14 0.00 0.21
3.00 1.73 459.31 0.00 0.11 508.57 0.00 0.11 444.19 0.00 0.12 428.31 0.00 0.23 376.93 0.00 0.20 438.18 0.00 0.22
6.00 2.45 459.38 0.00 0.12 508.64 0.00 0.13 444.32 0.00 0.15 428.74 0.00 0.32 377.26 0.00 0.27 438.55 0.00 0.30
24.00 4.90 459.69 0.00 0.19 509.12 0.00 0.22 444.77 0.00 0.24 429.98 0.00 0.57 378.49 0.00 0.52 439.90 0.00 0.57
30.00 5.48 459.76 0.00 0.20 509.22 0.00 0.24 444.89 0.00 0.26 430.30 0.00 0.63 378.84 0.00 0.59 440.28 0.00 0.65
47.17 6.87 460.00 0.00 0.25 509.58 0.00 0.32 445.23 0.00 0.33 431.30 0.00 0.84 379.83 0.00 0.79 441.48 0.00 0.89
96.00 9.80 460.62 0.00 0.38 510.46 0.00 0.50 446.07 0.00 0.50 433.95 0.01 1.38 382.50 0.01 1.33 444.58 0.01 1.53
120.00 10.95 460.88 0.00 0.43 510.81 0.00 0.57 446.38 0.00 0.57 435.16 0.01 1.63 383.64 0.01 1.57 445.92 0.01 1.80
144.00 12.00 461.14 0.00 0.48 511.18 0.00 0.64 446.71 0.00 0.63 436.30 0.01 1.86 384.69 0.01 1.78 447.17 0.01 2.06
168.00 12.96 461.41 0.00 0.54 511.49 0.00 0.71 446.97 0.00 0.69 437.44 0.01 2.09 385.63 0.01 1.97 448.31 0.01 2.29
192.00 13.86 461.68 0.00 0.59 511.79 0.00 0.77 447.26 0.00 0.75 438.42 0.01 2.29 386.49 0.01 2.15 449.37 0.01 2.50
314.67 17.74 462.90 0.00 0.84 513.03 0.01 1.02 448.32 0.00 0.96 441.99 0.01 3.02 389.02 0.01 2.67 452.47 0.02 3.14
362.67 19.04 463.35 0.00 0.93 513.52 0.01 1.12 448.73 0.01 1.05 442.72 0.02 3.17 389.54 0.01 2.77 453.00 0.02 3.24
434.67 20.85 463.91 0.01 1.05 514.09 0.01 1.24 449.23 0.01 1.15 443.29 0.02 3.29 390.00 0.01 2.87 453.44 0.02 3.33
482.67 21.97 464.31 0.01 1.13 514.40 0.01 1.30 449.53 0.01 1.21 443.52 0.02 3.33 390.19 0.01 2.90 453.61 0.02 3.37
530.67 23.04 464.58 0.01 1.18 514.74 0.01 1.37 449.78 0.01 1.26 443.71 0.02 3.37 390.36 0.01 2.94 453.77 0.02 3.40
602.67 24.55 465.02 0.01 1.27 515.16 0.01 1.46 450.13 0.01 1.33 443.81 0.02 3.39 390.47 0.01 2.96 453.89 0.02 3.43
674.67 25.97 465.45 0.01 1.36 515.57 0.01 1.54 450.46 0.01 1.40 443.96 0.02 3.42 390.56 0.01 2.98 453.99 0.02 3.45
770.67 27.76 465.91 0.01 1.46 516.05 0.01 1.64 450.78 0.01 1.47 444.09 0.02 3.45 390.63 0.01 2.99 454.07 0.02 3.46
842.67 29.03 466.28 0.01 1.53 516.44 0.01 1.72 451.06 0.01 1.52 444.09 0.02 3.45 390.65 0.01 3.00 454.13 0.02 3.48
938.67 30.64 466.70 0.01 1.62 516.84 0.01 1.80 451.32 0.01 1.58 444.19 0.02 3.47 390.75 0.01 3.02 454.22 0.02 3.49
w96 0.06
w47 0.07
w96 0.06
w47 0.20
w47 0.20
w47 0.23
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
ANEXO D – ENSAIO DE ABSORÇÃO CAPILAR
157
R1.P3 B1.R1.P3.1 B1.R1.P3.2 B1.R1.P3.3 B2.R1.P3.1 B2.R1.P3.2 B2.R1.P3.3
nº horas
t1/2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
0.00 0.00 429.42 0.00 0.00 420.93 0.00 0.00 424.67 0.00 0.00 378.67 0.00 0.00 372.93 0.00 0.00 415.49 0.00 0.00
1.00 1.00 430.01 0.00 0.12 421.31 0.00 0.08 425.02 0.00 0.07 380.88 0.00 0.45 375.42 0.00 0.51 416.94 0.00 0.30
2.00 1.41 430.07 0.00 0.13 421.41 0.00 0.10 425.15 0.00 0.10 381.64 0.00 0.61 376.30 0.00 0.69 417.43 0.00 0.40
3.00 1.73 430.20 0.00 0.16 421.50 0.00 0.12 425.31 0.00 0.13 382.02 0.00 0.68 376.70 0.00 0.77 417.61 0.00 0.43
6.00 2.45 430.35 0.00 0.19 421.61 0.00 0.14 425.32 0.00 0.13 383.04 0.00 0.89 378.01 0.01 1.04 418.30 0.00 0.57
24.00 4.90 430.88 0.00 0.30 422.08 0.00 0.23 425.74 0.00 0.22 386.67 0.01 1.63 381.92 0.01 1.83 420.77 0.01 1.08
30.00 5.48 431.00 0.00 0.32 422.21 0.00 0.26 425.88 0.00 0.25 387.50 0.01 1.80 382.64 0.01 1.98 421.29 0.01 1.18
47.17 6.87 431.42 0.00 0.41 422.53 0.00 0.33 426.17 0.00 0.31 389.29 0.01 2.17 384.20 0.01 2.30 422.46 0.01 1.42
96.00 9.80 432.14 0.00 0.56 423.27 0.00 0.48 426.88 0.00 0.45 392.05 0.01 2.73 386.24 0.01 2.72 425.49 0.01 2.04
120.00 10.95 432.42 0.00 0.61 423.56 0.00 0.54 427.13 0.00 0.50 392.65 0.01 2.85 386.64 0.01 2.80 426.53 0.01 2.25
144.00 12.00 432.69 0.00 0.67 423.85 0.00 0.60 427.48 0.00 0.57 393.07 0.01 2.94 386.91 0.01 2.85 427.32 0.01 2.41
168.00 12.96 432.92 0.00 0.71 424.12 0.00 0.65 427.61 0.00 0.60 393.36 0.01 3.00 387.08 0.01 2.89 427.96 0.01 2.54
192.00 13.86 433.16 0.00 0.76 424.36 0.00 0.70 427.81 0.00 0.64 393.55 0.01 3.04 387.25 0.01 2.92 428.52 0.01 2.66
314.67 17.74 433.80 0.00 0.89 425.26 0.00 0.88 428.60 0.00 0.80 394.06 0.02 3.14 387.65 0.01 3.00 430.21 0.01 3.00
362.67 19.04 434.10 0.00 0.96 425.60 0.00 0.95 428.91 0.00 0.87 394.16 0.02 3.16 387.71 0.01 3.02 430.60 0.02 3.08
434.67 20.85 434.45 0.01 1.03 425.98 0.01 1.03 429.33 0.00 0.95 394.27 0.02 3.18 387.81 0.01 3.04 431.04 0.02 3.17
482.67 21.97 434.65 0.01 1.07 426.21 0.01 1.08 429.56 0.00 1.00 394.34 0.02 3.20 387.87 0.01 3.05 431.28 0.02 3.22
530.67 23.04 434.79 0.01 1.10 426.38 0.01 1.11 429.71 0.01 1.03 394.41 0.02 3.21 387.95 0.02 3.07 431.51 0.02 3.27
602.67 24.55 435.10 0.01 1.16 426.62 0.01 1.16 429.97 0.01 1.08 394.41 0.02 3.21 387.97 0.02 3.07 431.62 0.02 3.29
674.67 25.97 435.32 0.01 1.20 426.85 0.01 1.21 430.22 0.01 1.13 394.46 0.02 3.22 388.00 0.02 3.08 431.77 0.02 3.32
770.67 27.76 435.50 0.01 1.24 427.10 0.01 1.26 430.42 0.01 1.17 394.47 0.02 3.22 388.02 0.02 3.08 431.91 0.02 3.35
842.67 29.03 435.81 0.01 1.30 427.32 0.01 1.30 430.65 0.01 1.22 394.48 0.02 3.23 388.09 0.02 3.09 432.01 0.02 3.37
938.67 30.64 436.02 0.01 1.35 427.55 0.01 1.35 430.91 0.01 1.27 394.48 0.02 3.23 388.12 0.02 3.10 432.10 0.02 3.39
w47 0.04
w6 0.05
w6 0.05
w0 0.28
w0 0.33
w30 0.19
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
0.99
Correlação
0.99
Correlação
1.00
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
158
R2.P3 B1.R2.P3.1 B1.R2.P3.2 B1.R2.P3.3 B2.R2.P3.1 B2.R2.P3.2 B2.R2.P3.3
nº horas
t1/2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
m, g m, kg m/A,
kg.m-2
m, g m, kg
m/A, kg.m
-2
0.00 0.00 446.58 0.00 0.00 445.19 0.00 0.00 433.15 0.00 0.00 446.46 0.00 0.00 458.34 0.00 0.00 464.28 0.00 0.00
1.00 1.00 446.99 0.00 0.08 445.62 0.00 0.09 433.57 0.00 0.09 447.64 0.00 0.24 460.23 0.00 0.39 466.28 0.00 0.41
2.00 1.41 447.05 0.00 0.10 445.74 0.00 0.11 433.66 0.00 0.10 448.04 0.00 0.32 460.78 0.00 0.50 466.86 0.00 0.53
3.00 1.73 447.13 0.00 0.11 445.80 0.00 0.12 433.77 0.00 0.13 448.27 0.00 0.37 461.14 0.00 0.57 467.22 0.00 0.60
6.00 2.45 447.30 0.00 0.15 445.98 0.00 0.16 433.88 0.00 0.15 448.74 0.00 0.47 462.05 0.00 0.76 468.09 0.00 0.78
24.00 4.90 447.87 0.00 0.26 446.61 0.00 0.29 434.42 0.00 0.26 450.76 0.00 0.88 465.39 0.01 1.44 471.44 0.01 1.46
30.00 5.48 448.02 0.00 0.29 446.76 0.00 0.32 434.57 0.00 0.29 451.31 0.00 0.99 466.21 0.01 1.61 472.16 0.01 1.61
47.17 6.87 448.50 0.00 0.39 447.11 0.00 0.39 434.92 0.00 0.36 452.83 0.01 1.30 467.88 0.01 1.95 474.02 0.01 1.99
96.00 9.80 449.48 0.00 0.59 447.87 0.00 0.55 435.69 0.00 0.52 456.54 0.01 2.06 471.72 0.01 2.73 477.92 0.01 2.78
120.00 10.95 449.86 0.00 0.67 448.16 0.00 0.61 435.97 0.00 0.58 457.99 0.01 2.35 473.02 0.01 3.00 479.55 0.02 3.12
144.00 12.00 450.23 0.00 0.74 448.44 0.00 0.66 436.24 0.00 0.63 459.29 0.01 2.62 474.03 0.02 3.20 480.77 0.02 3.37
168.00 12.96 450.55 0.00 0.81 448.68 0.00 0.71 436.48 0.00 0.68 460.36 0.01 2.84 474.85 0.02 3.37 481.58 0.02 3.53
192.00 13.86 450.86 0.00 0.87 448.91 0.00 0.76 436.70 0.00 0.72 461.20 0.01 3.01 474.98 0.02 3.40 482.09 0.02 3.63
314.67 17.74 452.16 0.01 1.14 449.87 0.00 0.96 437.63 0.00 0.91 463.30 0.02 3.44 476.88 0.02 3.78 482.79 0.02 3.78
362.67 19.04 452.61 0.01 1.23 450.21 0.01 1.02 437.98 0.00 0.99 463.60 0.02 3.50 477.16 0.02 3.84 483.00 0.02 3.82
434.67 20.85 453.21 0.01 1.35 450.67 0.01 1.12 438.43 0.01 1.08 463.78 0.02 3.53 477.41 0.02 3.89 483.13 0.02 3.85
482.67 21.97 453.58 0.01 1.43 450.96 0.01 1.18 438.68 0.01 1.13 463.89 0.02 3.56 477.50 0.02 3.91 483.18 0.02 3.86
530.67 23.04 453.89 0.01 1.49 451.21 0.01 1.23 438.96 0.01 1.19 463.97 0.02 3.57 477.62 0.02 3.93 483.26 0.02 3.87
602.67 24.55 454.35 0.01 1.59 451.54 0.01 1.30 439.31 0.01 1.26 464.03 0.02 3.59 477.63 0.02 3.94 483.30 0.02 3.88
674.67 25.97 454.78 0.01 1.67 451.87 0.01 1.36 439.66 0.01 1.33 464.08 0.02 3.60 477.72 0.02 3.96 483.25 0.02 3.87
770.67 27.76 455.25 0.01 1.77 452.25 0.01 1.44 440.07 0.01 1.41 464.10 0.02 3.60 477.72 0.02 3.96 483.33 0.02 3.89
842.67 29.03 455.61 0.01 1.84 452.54 0.01 1.50 440.43 0.01 1.49 464.11 0.02 3.60 477.72 0.02 3.96 483.33 0.02 3.89
938.67 30.64 456.02 0.01 1.93 452.94 0.01 1.58 440.86 0.01 1.57 464.21 0.02 3.62 477.80 0.02 3.97 483.38 0.02 3.90
w6 0.07
w6 0.05
w6 0.05
w30 0.25
w6 0.25
w1 0.27
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
Correlação
1.00
159
ANEXO E ENSAIO DE RESISTÊNCIA À ABRASÃO
160
ANEXO E – ENSAIO DE RESISTÊNCIA À ABRASÃO
161
Provete M100 (g) Mi-M100 (g) Média R% M200 (g) Mi-M200 (g) Média R% M300 (g) Mi-M300 (g) Média (g) Desvio Padrão (g) R (%)
B1.R0.SP1.1 395.38 0.57 0.52
394.92 1.03 0.91
393.16 2.80 3.01 0.30
B1.R0.SP1.2 386.02 0.48 385.72 0.78 383.28 3.22
B1.R1.SP 369.39 0.49 0.49 369.11 0.78 0.78 365.87 4.01 4.01 -
B1.R2.SP 393.42 0.48 0.48 393.20 0.70 0.70 389.97 3.93 3.93 -
B1.R0.P1.1 385.41 0.12 0.11 78.55
385.14 0.40 0.40 56.32
383.62 1.92 1.57 0.49 47.96
B1.R0.P1.2 370.01 0.10 369.72 0.39 368.90 1.22
B1.R0.P2.1 406.15 0.14 0.11 79.69
405.99 0.30 0.27 70.57
405.60 0.69 1.27 0.83 57.72
B1.R0.P2.2 371.85 0.08 371.69 0.24 370.07 1.86
B1.R0.P3.1 417.17 0.17 0.25 51.38
416.81 0.53 0.72 20.32
414.96 2.38 2.62 0.33 13.09
B1.R0.P3.2 370.07 0.34 369.50 0.92 367.57 2.85
B1.R1.P1.1 388.61 0.25 0.23 53.26
388.34 0.52 0.50 35.89
386.36 2.50 2.39 0.17 40.54
B1.R1.P1.2 366.31 0.21 366.04 0.48 364.25 2.27
B1.R1.P2.1 352.73 0.11 0.10 78.92
352.53 0.31 0.31 60.24
351.87 0.97 1.98 1.43 50.61
B1.R1.P2.2 358.68 0.10 358.46 0.31 355.78 3.00
B1.R1.P3.1 401.66 0.32 0.33 32.89
401.18 0.79 0.85 7.79
398.52 3.46 3.62 0.24 9.71
B1.R1.P3.2 382.24 0.34 381.67 0.91 378.79 3.79
B1.R2.P1.1 381.29 0.18 0.15 68.05
380.96 0.51 0.51 27.63
378.57 2.91 2.50 0.58 36.47
B1.R2.P1.2 399.50 0.13 399.12 0.51 397.54 2.09
B1.R2.P2.1 338.72 0.11 0.12 75.00
338.37 0.45 0.46 35.23
336.94 1.88 2.19 0.43 44.43
B1.R2.P2.2 349.29 0.13 348.96 0.46 346.93 2.49
B1.R2.P3.1 381.57 0.32 0.29 40.46
380.72 1.17 1.07 5.06
377.93 3.96 3.66 0.42 6.85
B1.R2.P3.2 380.01 0.25 379.30 0.97 376.90 3.37
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
162
Provete M100
(g) Mi-M100 (g)
Média (g)
R (%) M200 (g) Mi-M200 (g) Média
(g) R (%) M300 (g) Mi-M300 (g) Média (g) Desvio Padrão (g) R (%)
B2.R0.SP1.1 391.668 1.011 1.092
390.941 1.738 2.018
388.76 3.92 4.36 0.62
B2.R0.SP1.2 368.133 1.172 367.007 2.298 364.51 4.80
B2.R1.SP 372.690 0.854 0.854 372.191 1.353 1.353 369.62 3.92 3.92 -
B2.R2.SP 374.236 1.054 1.054 373.732 1.558 1.558 372.46 2.83 2.83 -
B2.R0.P1.1 361.365 0.315 0.287 73.752
360.222 1.458 1.589 21.259
359.21 2.47 2.58 0.16 40.77
B2.R0.P1.2 376.143 0.258 374.681 1.720 373.71 2.69
B2.R0.P2.1 359.228 0.214 0.204 81.310
357.739 1.703 1.573 22.052
356.67 2.77 2.62 0.22 39.88
B2.R0.P2.2 364.183 0.194 362.934 1.443 361.91 2.47
B2.R0.P3.1 382.949 0.711 0.775 28.997
380.868 2.792 3.062 3.05
379.54 4.12 4.06 0.09 6.92
B2.R0.P3.2 376.222 0.839 373.729 3.332 373.07 3.99
B2.R1.P1.1 383.384 0.268 0.248 70.960
381.995 1.657 1.628 19.326
380.95 2.70 2.71 0.01 30.94
B2.R1.P1.2 336.630 0.228 335.259 1.599 334.14 2.72
B2.R1.P2.1 341.984 0.132 0.156 81.733
340.675 1.441 1.516 24.851
339.60 2.52 2.58 0.09 34.19
B2.R1.P2.2 371.739 0.180 370.327 1.592 369.27 2.65
B2.R1.P3.1 366.083 0.753 0.676 20.902
363.278 3.558 3.212 2.57
362.61 4.23 3.72 0.72 5.22
B2.R1.P3.2 352.824 0.598 350.557 2.865 350.21 3.21
B2.R2.P1.1 372.928 0.388 0.385 63.425
370.751 2.565 2.540 13.86
370.85 2.47 2.20 0.38 22.21
B2.R2.P1.2 377.571 0.383 375.439 2.515 376.02 1.93
B2.R2.P2.1 359.979 0.165 0.169 84.013
358.487 1.657 1.892 6.2686
358.28 1.86 2.09 0.32 26.03
B2.R2.P2.2 358.368 0.172 356.414 2.126 356.22 2.32
B2.R2.P3.1 385.379 0.511 0.511 51.518
383.022 2.868 2.842 0.19
382.74 3.15 2.78 0.52 1.57
B2.R2.P3.2 374.566 0.511 372.261 2.816 372.66 2.42
163
ANEXO F ENSAIO DE RESISTÊNCIA AO IMPACTO
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
164
ANEXO F – ENSAIO DE RESISTÊNCIA AO IMPACTO
165
DIÂMETRO DO LOCAL DE IMPACTO – B110
Provete Diâmetro Média 1 Média 2 Média2 – Média1
mín/máx
B1.R0.SP.1
4.31
4.07
4.70
0.63 3.44
4.46
B1.R0.SP.2
5.21
5.07 4.84
0.37
5.15
B1.R0.SP.3
4.92
4.96 4.99
4.97
B1.R1.SP.1
5.98
5.85
5.89
0.84 5.84
5.72
B1.R1.SP.2
6.61
6.78 6.88
0.89
6.85
B1.R1.SP.3
5.11
5.06 5.32
4.74
B1.R2.SP.1
4.85
5.01
5.67
0.66 5.16
5.02
B1.R2.SP.2
6.1
6.01 6.31
0.34
5.63
B1.R2.SP.3
6.31
5.99 5.58
6.09
10
A diferença mínima está representada a vermelho e a máxima a verde.
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
166
Provete Diâmetro Média 1 Média 2 Média2 – Média1
mín/máx
B1.R0.P1.1
4.65
5.05
6.08
1.03 5.35
5.14
B1.R0.P1.2
6.76
6.73 6.37
0.65
7.05
B1.R0.P1.3
6.07
6.46 6.78
6.52
B1.R1.P1.1
5.32
5.56
5.75
0.37 5.71
5.66
B1.R1.P1.2
5.17
5.38 5.54
0.57
5.43
B1.R1.P1.3
6.03
6.32 6.52
6.41
B1.R2.P1.1
5.68
6.54
6.25
0.55 7.35
6.59
B1.R2.P1.2
6.28
6.51 6.48
0.29
6.78
B1.R2.P1.3
5.47
5.70 5.63
6.01
ANEXO F – ENSAIO DE RESISTÊNCIA AO IMPACTO
167
Provete Diâmetro Média 1 Média 2 Média2 – Média1
mín/máx
B1.R0.P2.1
5.31
5.46
5.42
0.03 5.33
5.75
B1.R0.P2.2
5.45
5.39 5.57
0.04
5.14
B1.R0.P2.3
5.86
5.41 5.36
5.02
B1.R1.P2.1
5.48
5.62
5.80
0.18 5.74
5.64
B1.R1.P2.2
5.9
5.74 5.79
0.25
5.53
B1.R1.P2.3
5.81
6.05 6.08
6.26
B1.R2.P2.1
4.98
5.46
5.44
0.07 5.86
5.55
B1.R2.P2.2
4.89
5.37 5.99
0.05
5.24
B1.R2.P2.3
5.13
5.49 5.36
5.99
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
168
Provete Diâmetro Média 1 Média 2 Média2 – Média 1
mín/máx
B1.R0.P3.1
5.23
5.16
5.10
0.13 4.92
5.32
B1.R0.P3.2
5.02
5.17 5.43
0.07
5.05
B1.R0.P3.3
4.75
4.97 5.11
5.06
B1.R1.P3.1
4.58
4.99
5.54
0.55 5.15
5.24
B1.R1.P3.2
5.6
5.43 5.4
0.67
5.28
B1.R1.P3.3
6.14
6.21 6.38
6.11
B1.R2.P3.1
5.54
5.72
5.68
0.14 6.01
5.6
B1.R2.P3.2
5.51
5.79 5.98
0.11
5.87
B1.R2.P3.3
5.61
5.54 5.31
5.7
ANEXO F – ENSAIO DE RESISTÊNCIA AO IMPACTO
169
DIÂMETRO DO LOCAL DE IMPACTO – B2
Provete Diâmetro Média 1 Média 2 Média2 – Média1
mín/máx
B2.R0.SP.1
6.43
6.47
6.46
0.02 6.65
6.34
B2.R0.SP.2
7.64
6.44 5.64
0.01
6.05
B2.R0.SP.3
7.45
6.47 6.13
5.83
B2.R1.SP.1
7.41
7.21
7.49
0.27 7.16
7.07
B2.R1.SP.2
7.86
7.45 7.32
0.31
7.18
B2.R1.SP.3
6.69
7.79 8.86
7.83
B2.R2.SP.1
6.77
7.22
7.35
0.30 7.58
7.32
B2.R2.SP.2
7.63
7.78 8.12
0.43
7.59
B2.R2.SP.3
7.61
7.05 6.55
6.99
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
170
Provete Diâmetro Média 1 Média 2 Média2 – Média1
mín/máx
B2.R0.P1.1
5.95
6.36
6.65
0.29 6.7
6.43
B2.R0.P1.2
6.58
6.71 6.6
0.24
6.94
B2.R0.P1.3
7.17
6.89 6.64
6.85
B2.R1.P1.1
7.51
7.38
7.36
0.05 7.25
7.38
B2.R1.P1.2
7.63
7.39 7.3
0.03
7.25
B2.R1.P1.3
7.64
7.31 7.27
7.03
B2.R2.P1.1
6.23
6.68
6.93
0.25 6.7
7.11
B2.R2.P1.2
6.24
6.75 6.99
0.43
7.02
B2.R2.P1.3
7.3
7.35 7.53
7.23
ANEXO F – ENSAIO DE RESISTÊNCIA AO IMPACTO
171
Provete Diâmetro Média 1 Média 2 Média2 – Média1
mín/máx
B2.R0.P2.1
5.88
5.39
5.12
0.56 5.25
5.03
B2.R0.P2.2
4.41
4.56 4.76
0.30
4.52
B2.R0.P2.3
4.98
5.42 5.31
5.97
B2.R1.P2.1
5.7
5.26
6.32
1.06 4.49
5.59
B2.R1.P2.2
6.55
6.62 6.85
0.77
6.45
B2.R1.P2.3
7.51
7.09 6.73
7.02
B2.R2.P2.1
6.7
6.89
6.33
0.38 6.95
7.03
B2.R2.P2.2
6.36
6.16 6.01
0.56
6.1
B2.R2.P2.3
5.89
5.95 6.4
5.56
Protecção superficial do betão. Influência da base no comportamento de produtos de impregnação.
172
Provete Diâmetro Média 1 Média 2 Média2-Média1
mín/máx
B2.R0.P3.1
6.21
6.24
6.06
0.33 6.07
6.44
B2.R0.P3.2
5.88
6.20 6.28
0.18
6.44
B2.R0.P3.3
5.59
5.73 5.78
5.81
B2.R1.P3.1
5.42
5.51
5.95
0.43 5.34
5.78
B2.R1.P3.2
5.98
6.30 6.23
0.36
6.7
B2.R1.P3.3
6.01
6.03 6.13
5.94
B2.R2.P3.1
6.5
5.91
6.05
0.54 5.54
5.7
B2.R2.P3.2
6.88
6.73 6.76
0.68
6.54
B2.R2.P3.3
5.52
5.50 5.44
5.55