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Programação
e
Resumos Comunicações de Pesquisa
(distribuídos por dia/hora, GT e Sala)
Atenção Qualquer problema na Inclusão de Resumos Aceitos, favor dirigir-se à Secretaria do Evento
(providenciaremos a devida inclusão na Programação dos GT´s e Anais do Evento)
XI Seminário do Trabalho O FUTURO DO TRABALHO NO SÉCULO XXI
De 4 a 8 de junho de 2018 Local: Anfiteatro I/UNESP-Marília
Promoção:
www.editorapraxis.com.br
Apoio:
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Dia 4 de junho de 2018 - Segunda-Feira
Tarde
15:00 h
Pré-Abertura
Projeto Tela Crítica
Filme: “O valor de um homem”, de Stéphane Brizé (2016) Debate
Coordenação de Mesa: Dr. Bruno Chapadeiro Ribeiro (RET)
José Ricardo Ramalho (UFRJ)
Cláudia Nogueira (UNIFESP)
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18:00 h
Abertura
Mostra CineTrabalho
(Labour Film Festival) O Maior Festival de Filmes sobre o Mundo do Trabalho da América Latina
Coordenação-geral: Prof. Dr. Giovanni Alves (UNESP)
Curadoria: Elson Menegazzo
(A exibição dos filmes da Mostra ocorrerá sempre a partir das 18 horas
-de 04 a 08/06)
Local: Sala 64
Leia
Programação Completa
Guia de Filmes
(Em Anexo no Final deste livreto digital)
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Noite
19:30 h
Abertura
Lançamento de Livros
Outros livros a serem lançados:
"Assédio Moral: Saúde do Trabalhador e Ações Sindicais", de Arthur Lobato (Instituto RTM)
"Dicionário de Saúde e Segurança do Trabalhador", de René Mendes (Proteção)
"A Rebeldia do Precariado", de Ruy Braga (Boitempo editorial)
“Reforma e Crise Política no Brasil: Os conflitos de classe nos governos do PT”, de Armando Boito
(Editora Unesp/Unicamp)
Lançamento Extraordinário:
“A Enciclopédia do Golpe” (Projeto editorial Praxis, 2017/2018)
Organizadores
(Volume 1):
Giovanni Alves, Mirian Gonçalves, Maria Luiza Quaresma Tonelli
e Wilson Ramos Filho
(Volume 2)
Giovanni Alves, Maria Inês Nassif, Miguel do Rosário
e Wilson Ramos Filho
Abertura do Evento Dia 4 de junho de 2018
19:30 h Apresentação
Coordcnador da RET Diretor FFC
Chefe do DSA Coordenador PPGCS
Palestra de Abertura Coordenação de Mesa: Dr. Marcelo Totti (UNESP)
O Futuro do Trabalho no Brasil "O Privilegio da Servidão: A explosão do novo proletariado da era digital"
Ricardo Antunes (UNICAMP)
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Dia 5 de junho de 2018 - Terça-Feira Jornada de Ciências Sociais
Uma homenagem a Ricardo Antunes
Manhã
9:00-12:00 h Mesa I
A Rebeldia do Trabalho Coordenação de Mesa: Dra. Vera Navarro (USP)
Ariovaldo Santos (UEL) Sávio Cavalcante (UNICAMP)
Edilson Graciolli (UFU)
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Tarde 14:30-17 horas
Mesa II Adeus ao Trabalho?
Exibição do video-documentário "Ricardo" (direção: Giovanni Alves, Praxis Vídeo/Projeto CineTrabalho)
Local: Anfiteatro I Apresentação
Giovanni Alves (UNESP/RET) Geraldo Augusto Pinto (UFTPR)
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Noite 19:30 – 23:00 h
Mesa III Os sentidos do trabalho
Coordenação de Mesa: Dr. Renan Araújo (UNESPAR/RET)
Simone Wolff (UEL) Adrián Sotelo Valencia (UNAM)
Giovanni Alves (UNESP-RET)
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6 de junho de 2018 - Quarta-Feira
Fórum Trabalho e Saúde
Manhã 9:00-12:00 h
Mesa I – Fórum Trabalho e Saúde Trabalho e Adoecimentos laborais no Brasil Neoliberal
Coordenação de Mesa: Dr. André Vizzaccaro (UEL) Roberto Heloani (UNICAMP)
Renata Papareli (PUC-SP) Fábio de Oliveira (USP)
Arthur Lobato (SITRAMG)
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Tarde 14:00-16:00 h
Sessão de Comunicações
16:00-19:00 h Mini-Curso
AS DIMENSÕES DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASIL O desmonte da CLT (A Reforma Trabalhista de Michel Temer)
(Carla Rita Bracchi ) Local: Anfiteatro I
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Noite 19:30 – 23:00 h
Mesa II – Fórum Trabalho e Saúde Trabalho e Saúde no Brasil hoje
Coordenação de Mesa: Dr. Bruno Chapadeiro Ribeiro (RET) João dos Reis (UFSCar)
René Mendes (Médico do Trabalho/ABRASTT) Vera Navarro (USP)
Francisco Alves (UFSCar)
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7 de junho de 2018 - Quinta-Feira
Manhã
9:00-12:00 h Economia e Sociedade no Brasil
Coordenação de Mesa: Dr. José Meneleu Neto (UECE/RET) Dari Krein (UNICAMP)
Armando Boito (UNICAMP) Humberto Marcial Fonseca(Instituto Declatra)
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Tarde 14:00-16:00 h
Sessão de Comunicações
16:00-19:00 h Mini-Curso
AS DIMENSÕES DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASIL Trabalho e Saúde Mental no Brasil - I
(Petilda Vazquez) Local: Anfiteatro I
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Noite 19:30-23:00 h
Perspectivas da Crise do Capitalismo Global Coordenação de Mesa: Dr. Marcelo Totti (UNESP)
Francisco Corsi (UNESP) Adrián Valencia (UAM-México)
Xabier Montoro (UCM-Espanha)
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8 de junho de 2018 - Sexta-Feira
Manhã
9:00-12:00 h Trabalho, ofensiva neoliberal e sindicalismo
Coordenação de Mesa: Dr. Helder Molina (UERJ/RET) Andreia Galvão (UNICAMP)
Ruy Braga (USP) Paula Lenguita (CEIL/CONICET)
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Tarde 14:00-16:00 h
Sessão de Comunicações
16:00-19:00 h
Mini-Curso AS DIMENSÕES DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASIL
Trabalho e Saúde Mental no Brasil - II (Ana Celeste Casulo)
Local: Anfiteatro I
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Noite 19:30-22:30 h
Mesa de Conjuntura Perspectivas da luta de classe no Brasil
Coordenação de Mesa: Giovanni Alves (UNESP/RET) Helder Molina (UERJ/RET)
Anderson Deo (UNESP) José Menelu Neto (UECE/RET)
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MINI-CURSO ESPECIAL
AS DIMENSÕES DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASIL
(DÉCADA DE 2010)
Certificação de 9 horas/aula
Das 16 às 19 horas (*)
Brinde: Livro sobre o Tema do Curso que será entregue aos Inscritos no Mini-Curso!
Módulos:
Quarta-feira I - O desmonte da CLT (A Reforma Trabalhista de Michel Temer)
(Carla Rita Bracchi e Luzimar B.F. Jr.) (3 horas-aula)
Quinta-feira II - Trabalho e saúde mental no Brasil do século XXI
(Petilda Sanchez Vazquez) – (3 horas-aula)
Sexta-feira III - Trabalho e saúde mental no Brasil do século XXI
(Ana Celeste Casulo) (3 horas/aula)
(*) Aqueles que tiverem que apresentar Trabalhos nas Sessões de Comunicações devem estar liberados até as 16 h para assistirem o Mini-Curso
Resumos Cronograma, Composição dos Grupos de Trabalho (GT) e Salas das
Apresentações de Pesquisa no Prédio de Atividades Didáticas da FFC-UNESP-
Marília
ATENÇÃO:
Os nomes que estão em negrito tem direito a Certificado
Os Anais do Evento deverá ser publicado na semana do dia 4 de junho de 2018,
incluindo os Trabalhos Completos previamente enviados.
caso haja problemas com não-inclusão de Trabalhos Completos, iremos
providenciar de imediato a necessária inclusão sem pejuizo da publicação;
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Dia 06/06/2018 – Quarta-Feira
GT – Trabalho, Economia e Sociedade - Sala 41
GESTÃO DE PESSOAS DO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL: REFLEXÕES SOBRE O TRABALHO
DO ASSISTENTE SOCIAL
Rosália Vargas Campanha (UFRS)
Orientador: Dra. TATIANA REIDEL (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Resumo
No presente estudo será abordado o trabalho do assistente social na gestão de pessoas do serviço público
municipal. O ponto de partida se dá a partir das inquietações acerca de como a profissão vem atuando no
contexto das relações trabalhistas, atendendo as diversas demandas do servidor público que se apresentam
nos espaços públicos. Busca-se uma reflexão crítica sobre o trabalho do assistente social, em tempos de
ostensiva neoliberal, com objetivo de analisar suas competências, atribuições, desafios e perspectivas para
consolidação do projeto ético-político profissional. O procedimento metodológico desta produção é
orientado pelo método materialista histórico dialético, a partir de revisão bibliográfica e análise documental
por meio de decretos, leis, regulamentos, regimentos internos e relatórios. Evidencia-se em tempos de
precarização e flexibilização do trabalho que muitos são os desafios postos para classe trabalhadora, ao
trabalhador assistente social sinaliza-se o necessário fortalecimento coletivo, o seu reconhecimento
enquanto classe, em constante atenção para a não reprodução de intervenções conservadoras, imediatistas,
pragmáticas e focalistas. Compreende-se a necessidade de evidenciar as determinações diretas, bem como
os entraves dados por conta da insuficiência de políticas de atendimento e atenção à saúde do servidor
público.
NEODESENVOLVIMENTISMO E AGRONEGÓCIO NO BRASIL: EXPANSÃO, DEGRADAÇÃO E
SUPEREXPLORAÇÃO DO TRABALHO
Adriano Pereira Santos
Instituto de Ciências Humanas e Letras – Universidade Federal de Alfenas
Resumo:
O presente trabalho busca analisar algumas consequências sociais da recente expansão do agronegócio
canavieiro no Brasil e seu novo padrão de acumulação, promovido pelos governos neodesenvolvimentistas
de Lula e Dilma. Tal padrão, marcado pela reprimarização da economia, vem se estruturando não apenas
na automação industrial e na engenharia genética, típicas da Revolução Verde, mas principalmente, na
reprodução de condições precárias de trabalho, que intensificam as formas arcaicas e deletérias de
superexploração do trabalhador e degradação do meio ambiente. Por meio de uma análise crítica das
relações entre agronegócio e neodesenvolvimentismo, problematizando as condições de vida, trabalho e
saúde dos assalariados rurais da cana na atualidade, destaca-se que os governos petistas de Lula e Dilma
avivaram a sanha do capital, pondo em movimento as engrenagens do “moinho satânico” do agronegócio
canavieiro no Brasil.
SEGURIDADE SOCIAL E NEOLIBERALISMO: UM ESTUDO DA EFETIVAÇÃO DO DIREITO
PREVIDENCIÁRIO NO BRASIL
Bruna Bueno
Graduanda em Serviço Social pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais – UNESP, Campus de
Franca (SP);
Agência Financiadora: processo no 2017/26153-9, Fundação de Amparo e Apoio à Pesquisa do Estado de
São Paulo (FAPESP).
E-mail: [email protected]
Resumo:
Este estudo se propõe a analisar a efetivação do direito previdenciário estatal brasileiro no contexto político,
econômico e social do país em tempos de neoliberalismo. Entende-se que a hegemonia deste ideário vem
provocando profundas mudanças que incidem diretamente nos direitos da classe trabalhadora e provocam
a desregulamentação da relação capital e trabalho, pelo Estado. Observa-se que a política previdenciária
vem sendo afetada sobremaneira nesse processo, alvo de constantes reformas orientadas ao ajuste fiscal e
à criação de mercados de capitais. Assim, este trabalho objetiva discutir o direito previdenciário sob a égide
do ideário neoliberal, contextualizando-o na conjuntura de crise do capital e supremacia do mercado
financeiro. O método de estudo que direciona a investigação é o Materialismo Histórico Dialético de Marx,
assim a pesquisa orienta-se por uma leitura crítica e adota uma perspectiva histórica, dialética e de
totalidade. A investigação será realizada mediante estudos bibliográficos e documentais onde serão
analisados, além de documentos legislativos, documentos e dados, do período de 2003 a 2017, que retratem
a execução orçamentária da política de previdência social.
EXPLORAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO NAS PLANTAÇÕES DE ALGODÃO NO NOROESTE DO
ESTADO DO PARANÁ
Flávio Ribeiro de Lima
Mestre em Geografia Pela Universidade Federal do Paraná
Membro do grupo de estudos Mundo do Trabalho e suas Metamorfoses
Resumo
A cultura do algodão é uma das mais importantes culturas agrícolas contemporâneas. Estima-se que ela
seja realizada em cerca de 2,5% da terra arável do mundo, tornando-se uma das culturas mais significativas
em termos de uso da terra. Sua produção demanda numerosos contingentes de trabalhadores que em
diferentes espaços, são submetidos a realidades laborativas degradantes. Se tomarmos as cifras da produção
de algodão no Brasil, veremos que há muito tempo, a ausência de direitos trabalhistas ocupam lugar de
destaque na produção dessa cultura em território nacional, e graças a importância atribuída à economia
algodoeira em todo o mundo (em diferentes temporalidades), as relações de trabalho têm se tornado ainda
mais extenuantes no século XXI, fazendo com que a exploração da força de trabalho nesse modalidade se
tornasse um traço marcante. São essas condições que têm submetido os trabalhadores que cultivam algodão
que tentaremos abordar em nosso trabalho. Em linhas gerais, pretendemos apresentar um panorama geral
da exploração da força de trabalho nos moldes dos espaços rurais do Noroeste do estado do Paraná,
descrevendo as paisagens geográficas das plantações de algodão, os processos e as transformações, bem
como as trajetórias de exploração da força de trabalho dos trabalhadores das plantações de algodão na
referida região.
GT Trabalho e Politicas Educacionais I - Sala 43
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO BRASIL: DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS OU
PRÁXIS?
Darlene Novacov Bogatschov
Universidade Estadual de Maringá
Gesilaine Mucio Ferreira
Universidade Estadual de Maringá
Resumo
Este trabalho, de cunho bibliográfico, objetiva refletir a respeito da influência das pedagogias do aprender
a aprender na formação dos professores como produto das condições econômicas e políticas capitalistas
contemporâneas em detrimento de uma formação docente voltada para a emancipação humana e social. A
análise desta questão fundamentou-se em autores como José Carlos Libâneo, Newton Duarte, Selma
Garrido Pimenta e Acácia Kuenzer. As pedagogias do aprender a aprender propalam a formação do docente
para o conhecimento tácito e o desenvolvimento de habilidades e competências menosprezando o
conhecimento científico. Todavia, entende-se que a formação de professores deve ter seu fundamento na
práxis social, pois esta direciona para a criticidade e emancipação do sujeito no sentido de o professor ser
considerado autor na e para a prática social. A apropriação do saber científico pelos professores possibilita
a compreensão crítica da totalidade histórica e, por conseguinte, a formação de sujeitos capazes de
promover mudanças dentro e fora da escola rumo à transformação social e a superação do capitalismo.
A GESTÃO ADMINISTRATIVA DA ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA NA CONTEMPORANEIDADE
Gesilaine Mucio Ferreira
Universidade Estadual de Maringá
Darlene Novacov Bogatschov
Universidade Estadual de Maringá
Resumo
Este trabalho visa refletir sobre a gestão administrativa da escola pública brasileira contemporânea a partir
da indissociabilidade entre o aspecto pedagógico e o administrativo e da gestão democrática como princípio
do ensino público. A análise considera as relações entre educação, sistema produtivo e Estado, marcadas
por antagonismos e correlação de forças no sentido da reprodução ou transformação social. Assim, investiga
os vínculos da gestão escolar com as reformas econômicas e políticas gestadas pelo capitalismo na
atualidade e suas contradições, fundamentando-se em autores como Luiz. F. Dourado, Vitor H. Paro, Lalo
W. Minto, Ricardo Antunes, Giovanni Alves e István Mészáros. Um dos desafios da gestão escolar é a
superação da dicotomia entre a atividade administrativa e a pedagógica uma vez que o foco da escola é a
aprendizagem do aluno. Também requer a efetivação de uma gestão escolar democrática (processo coletivo
de tomadas de decisões) em oposição ao modelo de gestão gerencial que reproduz a sociabilidade gerada
pela produção flexível e pelas políticas neoliberais no país. A unidade da gestão administrativa e a
pedagógica na escola, na perspectiva democrática, é uma das condições para a socialização de um saber
científico que permita aos alunos refletir criticamente sobre a realidade social a fim de transformá-la.
UM TEMPO DE MUDANÇAS: TRABALHO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO
SUPERIOR NO FINAL DO SÉCULO XX E LIMIAR DO SÉCULO XXI
Vânia Amaral da Rocha – UFU
E-mail: [email protected]
Resumo:
O presente artigo é parte da pesquisa realizada na dissertação de mestrado defendida pela autora, no
Programa de Pós-Graduação em Educação da FACED-UFU. Buscou apreender a dinâmica das mudanças
sociais, políticas e econômicas no final do século XX e limiar do século XXI, e seus desdobramentos nas
políticas educacionais brasileiras, em especial, na educação superior. Nesta análise, discutiu-se as novas
tendências no âmbito da organização do trabalho, da produção e do papel do Estado, face os desafios da
globalização econômica e das práticas neoliberais. Procurou evidenciar os ajustes político-econômicos em
nível nacional, especialmente, a partir da segunda metade da década de 1990, nos governos de FHC. Os
elementos aqui destacados ajudam a afirmar a historicidade do objeto de pesquisa, na medida em que situam
as relações entre o contexto sócio-político-econômico e educacional mais amplo e o objeto de estudo
analisado.
DILEMAS DO ANTROPOCENO: CONTRIBUIÇÕES DA PERSPECTIVA ECOLÓGICA PARA O
TRABALHO E A EDUCAÇÃO.
Douglas G. N. de Oliveira;
Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Filosofia e Ciências(UNESP-FFC),
e-mail: [email protected];
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).
Resumo
O debate ecológico tem muito a contribuir ao meio científico, tecnológico e educacional, pois apresenta
uma análise preocupada não somente com os métodos e resultados do processo produtivo, mediadas pelo
trabalho, mas também com o sentido em que este se manifesta. Desta forma, apresentaremos duas vertentes
do pensamento ecológico que apresentam contribuições significativas da crítica à economia clássica,
pautada pela problemática do crescimento irrefletido e a produção destrutiva. A primeira linha teórica a ser
utilizada é a de viés marxista, em que Karl Marx e Fredrich Engels são os principais contribuidores, de
significativa relevância no debate político–filosófico contemporâneo, em que a partir de uma análise
profunda da realidade histórica do desenvolvimento capitalista descrevem algumas das maiores
contradições presentes no seu modo de conceber, e consequentemente operar sobre a Natureza.
Posteriormente, elucidaremos as implicações colocadas por Nicholas Georgescu-Roegen a cerca da
epistemologia econômica ortodoxa, ou neoclássica, em que segundo o pensamento do autor realizam um
tratamento da temática ambiental a partir de pressupostos facilmente contestados. Os elementos utilizados
para realizar esta crítica estão fundamentados especialmente a partir da física termodinâmica e a biologia,
que identificam elementos incoerentes na cadeia argumentativa dos economistas.
CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO DE JOSÉ CARLOS MARIÁTEGUI
Marcela Andresa Semeghini Pereira (Doutorado-UNESP)
Resumo
A presente pesquisa apresentou as principais contribuições à educação do intelectual e jornalista peruano
José Carlos Mariátegui. Inicialmente fez-se uma breve cronologia de sua vida, posteriormente apresentou-
se o contexto da América Latina entre os anos de 1918 a 1923, quando iniciou os escritos e a militância na
educação. Explicitou um interesse enfático com a educação dos trabalhadores, não apenas pela construção
de uma democracia andina, mas também como meio de proporcionar uma ação consciente das massas
populares na luta pelo socialismo. Mariátegui também destacou que a aprendizagem é um processo para
toda a vida, portanto a formação integral do indivíduo não se alcança nos primeiros anos de vida, o aprender
pessoal apenas se esgota no final da vida. Referente ao método informou-se as três ideias pedagógicas
centrais no tipo de educação não formal proposta pelo Amauta que são a estratégia pedagógica da
conversação, rol mediador do docente e prática da contradição cognitiva. O autor nos faz refletir sobre o
que implementar para criar uma escola que faça com que o conhecimento chegue até os
trabalhadores/proletário, camponeses, pobres, negros etc, sendo um dos maiores desafios dos profissionais
da educação hodierna. A orientação teórico-metodológica destes apontamentos compreendeu o
materialismo histórico dialético, estabelecendo uma conexão com o conhecimento teórico e a realidade
histórica objetiva.
AS CONTRADIÇÕES DO COOPERATIVISMO DE ENSINO: UM ESTUDO DE CASO NA
COOPERATIVA DE ENSINO DE RIO VERDE – GO ENTRE OS ANOS 2011 E 2015.
Marcelo Augusto de Lacerda Borges
E-mail: [email protected]
Orientadora: Fabiane Santana Previtali – Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Programa de Pós-
graduação em Educação (PPGED).
E-mail: [email protected]
Resumo
A Cooperativa de Ensino da cidade de Rio Verde – GO (COOPEN) foi cotejada, nesse trabalho, entre os
anos de 2011 e 2015, no intento de desvelar as suas contradições institucionais, tendo em vista que se
manifestaram paradoxos entre os princípios/valores cooperativistas defendidos pela escola em comparação
à concretude da sua prática educacional voltada para a execução da lógica privatista do mercado. Este
resumo indicativo esclarece que – pelo viés metodológico do materialismo histórico e dialético – a noção
de “contradição” que foi aqui utilizada, buscou demonstrar a incongruência entre o que foi propalado
formalmente pela cooperativa de ensino (a sua aparência) e o que se efetivou como sua prática educativa
propriamente dita (a sua essência). Nesse objetivo de revelar suas antinomias institucionais, foi realizado
um “estudo de caso” sobre a COOPEN, utilizando da perspectiva analítica qualitativa amparada na
realização da pesquisa documental e de entrevistas semiestruturadas.
GT Trabalho e Politicas Educacionais II - Sala 56
O TRABALHO DOCENTE ENQUANTO ESPAÇO E TEMPO DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO
ESCOLAR NA NOVA HEGEMONIA DO CAPITAL: ELEMENTOS PARA UMA REFLEXÃO CRÍTICA
Maria da Penha Feitosa
DINTER UFU/UFPI
Resumo
Neste artigo nos propomos avaliar o trabalho docente enquanto espaço e tempo de produção de
conhecimento na sociedade capitalista, analisando especificamente como o ideário neoliberal e as
condições de trabalho tem influenciado a produção do conhecimento no contexto da nova hegemonia do
capital. Trata-se de um estudo bibliográfico de caráter exploratório orientado na concepção metodológica
do materialismo histórico e dialético, a partir do qual serão discutidas categorias como trabalho, trabalho
produtivo e trabalho improdutivo e conhecimento escolar, em diálogo com Marx e Engels, Duarte, Saviane,
Mészáros, Oliveira e outros. O que importa refletir é sobre o que resulta do trabalho docente imerso em
condições materiais e ideológicas impostas pelos discursos e reformas educacionais neoliberais e quais
implicações dessas condições na produção de conhecimento para a formação humana enquanto objetivo
primeiro da prática educativa. São questões que estarão presentes nesta reflexão, sem a pretensão de esgotar
a temática, nem de abarcar todos os elementos em se tratando de um tema tão abrangente e complexo. A
partir da bibliografia pesquisada, observamos que no atual estágio de desenvolvimento das forças
produtivas no capitalismo, as transformações no mundo do trabalho estendem-se ao trabalho docente, que
vem sendo submetido de diversas maneiras aos imperativos do capital nos espaços e tempos em que ocorre.
Ao absorver os discursos gerenciais na lógica empresarial, produz-se no meio escolar e acadêmico um
conhecimento que reforça os discursos do ideário neoliberal, consequentemente a sua prática, o que nos
coloca diante de um forte imperativo, que é aliar forças na criação de alternativas para o enfrentamento dos
desafios que perpassam o trabalho docente na atualidade para a produção de conhecimentos que
revolucionem a visão de mundo e de sociedade superando o pensamento fragmentado e alienado do
mercado.
DESENVOLVIMENTO TARDIO E A NOVA DEGRADAÇÃO DO TRABALHO: OS SIGNIFICADOS SOCIAIS
DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO NO BRASIL
Renan Araújo (UNESPAR)
Resumo:
Após seis meses da ruptura do processo democrático consubstanciado no impeachment da presidenta Dilma
Rousseff, sancionou-se a Lei Nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017 (BRASIL, 2017a), que versa sobre a
reforma do Ensino Médio no Brasil. A queda do governo eleito tem como significado político e econômico
o esgotamento de uma plataforma social timidamente inclusiva. Revelou também os limites de uma frente
multipartidária de perfil predominantemente fisiológico, cujo esfacelamento provocou a debacle das
perspectivas conciliatórias petistas com base no reformismo fraco e no pacto conservador, conforme
asseverou André Singer.
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO SÉCULO XXI: O COTEJO DE EXPERIÊNCIAS PARA A
REPRODUÇÃO AMPLIADA DO CAPITAL
Kléberson Pierre Cardoso de Jesus (Universidade de Brasília – UnB)
E-mail: [email protected]
Resumo:
Este trabalho trata da relação indispensável entre Trabalho e Educação no processo de reprodução do
sistema capitalista. Para isso, procura situar as mutações do mundo trabalho demonstrando seu processo
evolutivo a partir do modelo fordista/taylorista até o modelo japonês, Toyotismo, cujas bases de
acumulação estão no plano da acumulação flexível do capital. A partir deste último, explana-se o processo
de formulação de políticas públicas para a qualificação profissional da classe trabalhadora no século XXI,
especialmente no período denominado neo-desenvolvimentista, para assim demonstrar as contradições
precípuas da execução de programas e projetos governamentais de profissionalização a exemplo do
PRONATEC e do Projeto de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica -EPT, e
daí reflete a famigerada contrarreforma do Ensino Médio como avanço do retrocesso da conquista de
direitos e sobretudo como estratégia intensificada da reprodução ampliada do capital.
GT Trabalho e Politicas Educacionais III - Sala 58
RELIGIÃO E DEMONIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO OESTE
PAULISTA (2000 – 2016)
Carlos Eduardo Marotta Peters
Resumo:
Em 1999, ingressei no magistério público. Atuei em uma escola estadual da cidade de Penápolis – SP até o
final da primeira década do século XXI. Em minha carreira de docente e pesquisador, procurei analisar
como profissionais do ensino selecionavam conteúdos, metodologias e até mesmo valores morais a serem
inseridos no processo de ensino-aprendizagem. No decorrer do tempo, percebi que tais escolhas evocavam
como inspiração os em princípios liberais-democráticos, expressos nos parâmetros curriculares e
construídos com base em certo conceito de cidadania. Contudo, a noção de cidadania dos profissionais do
ensino era – e ainda é - polissêmica. Minhas pesquisas levaram à conclusão que parte significativa dos
docentes produzia uma ação pedagógica calcada em conteúdos e valores referentes às suas crenças
religiosas. Muitos deles legitimavam seu proselitismo a partir da menção à liberdade de culto garantida pela
Constituição de 1988.
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES E A EDUCAÇÃO DO CAMPO: UMA ANÁLISE DO
MATERIAL DE FORMAÇÃO OFERTADO PELA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO
PARANÁ
Ezilda Franco Pellim
Mestre em Ensino e Professora Pedagoga da Rede Estadual de Educação do Paraná. Participante do
Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação da Diversidade do Campo (GEPEDIC).
E-mail [email protected]
Gislene Aparecida dos Santos Guedes
Professora pedagoga da Rede Estadual de Educação do Paraná.
E-mail: [email protected]
Elias Canuto Brandão
Doutor em Sociologia; Docente do Colegiado de Pedagogia e do Mestrado em Ensino Interdisciplinar da
Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR-Campus Paranavaí.
Coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas da Educação e Diversidade do Campo (GEPEDIC).
E-mail: [email protected]
Resumo:
O artigo realiza uma análise de materiais disponíveis no portal da Secretaria de Estado da Educação do
Paraná, a respeito da formação continuada de professores para o atendimento aos estudantes do campo,
sustentado em produções científicas de diversos autores que defendem a Educação do Campo, com olhar
para o sujeito do campo. Para o feito, partiu-se da realidade de inserção de parte dos autores em uma escola
nucleada, situada na área urbana do município de Nova Olímpia-PR, escola esta que recebe e atende
estudantes procedentes da área rural, ou filhos de trabalhadores do campo que residem na cidade. Como
metodologia, utilizaremos análises bibliográficas com um olhar crítico sobre os materiais, discutindo se os
mesmos consideram a realidade e as peculiaridades dos povos do campo, para além do que os materiais de
formação continuada orientam. Qual é a perspectiva de educação do campo implícita nos materiais
pedagógicos que o Estado tem destinado para estudo nas semanas pedagógicas? Investigar-se-á em que
medida as formações ofertadas têm atendido as necessidades dos docentes, bem como dos estudantes do
campo, visando contribuir com o repensar pedagógico dos professores que trabalham em sala, com
estudantes provenientes do campo.
PRONATEC: FALTA DE MATERIALIDADE DO DISCURSO
JACQUELINE OLIVEIRA LIMA ZAGO
Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Doutoranda do PPGED/UFU [email protected]
ROBSON LUIZ DE FRANÇA
Universidade Federal de Uberlândia, Professor Orientador no PPGED/UFU [email protected]
Resumo:
Este trabalho, que é parte da pesquisa de doutorado, desenvolvida no âmbito da linha Trabalho, Sociedade
e Educação, da Faculdade de Educação, da Universidade Federal de Uberlândia, pretende abordar as
mediações existentes entre trabalho, educação e formação humana no contexto de mundialização do capital
e reestruturação produtiva. O objeto em foco é a criação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego – Pronatec em 2011 pelo executivo federal a partir do reposicionamento da Educação
Profissional como política central do governo do Partido dos Trabalhadores – PT entre 2011 e 2016,
especialmente, como proposta de acesso ao trabalho e emprego. Esse trabalho utiliza do método do
materialismo histórico dialético e utilizará a pesquisa bibliográfica e documental. Partimos da premissa que
ao que nos parece a política da implementação do Pronatec se apresenta contraditória, com estratégicas que
buscam desobrigar o Estado em relação a esta modalidade de ensino, assumindo o papel de indutor das
políticas educacionais e responsabilizando terceiros pela sua oferta pública.
GT SINDICALISMO, MOVIMENTOS SOCIAIS E FORMAS DE
RESISTENCIAS - SALA 45
GOVERNO LULA E OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO ÂMBITO DO ESTADO CAPITALISTA
Maria Angélica Paraizo
Programa de Pós-Graduação em Ciência Política – UNICAMP
Resumo:
O presente trabalho buscará analisar, sumariamente, a relação estabelecida pelo governo Lula com as
classes sociais brasileiras, destacando o vínculo existente com os movimentos sociais. Interpreta-se, aqui,
o vínculo entre o PT e os movimentos sociais – com destaque para o movimento sindical e o MST – como
resultante de uma conjuntura de lutas e reivindicações populares que foram condensadas e agregadas pelo
partido em sua origem. É sabido que Lula buscou conduzir a política de “conciliação” de classes
antagônicas, fato irrealizável no âmbito do Estado capitalista. Deste modo, embora o governo Lula tenha
cumprido a função geral do Estado, ao organizar politicamente o bloco no poder brasileiro e desorganizar
politicamente as classes populares (Poulantzas, 1977), não houve total alienamento para as reivindicações
econômicas dos trabalhadores, de modo que certos interesses imediatos destes setores foram contemplados.
Todavia, muitos dos representantes dos movimentos sociais citados estavam agora atrelados ao Estado
capitalista, direta ou indiretamente. Ademais, os interesses econômicos dos setores populares foram
contemplados em conformidade aos interesses políticos das classes dominantes.
TRAGÉDIA ANUNCIADA E PRIMEIROS PREJUÍZOS DA CONTRARREFORMA TRABALHISTA DO
GOVERNO TEMER
Neivion Sérgio Lopes de Sousa Júnior
Resumo:
Apresentaremos um estudo sobre a contrarreforma trabalhista a partir da lei 13.467/17, suas alterações na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), as primeiras consequências para a classe trabalhadora brasileira,
e os vícios embutidos na nova redação dada à consolidação trabalhista. Também iremos relatar, a partir da
lei 13.467/2018, a destruição de medidas protetivas aos trabalhadores e consequentemente a desfiguração
do direito do trabalho. Ainda enunciaremos as novas formas de precarização do trabalho que foram
incorporadas à CLT na contrarreforma trabalhista do Governo Temer.
GT – TRABALHO, TECNOLOGIA E REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA -
Sala 51
A INFLUÊNCIA DO IDEÁRIO NORTE-AMERICANO NA CONSTITUIÇÃO DA “NOVA”
MORFOLOGIA DO CAPITALISMO GLOBAL
César Alexandre dos Santos
Doutorando em Ciências Sociais – UNESP – Marília – SP
Resumo:
A partir da análise da “nova” morfologia do capitalismo atual, resultado da recente globalização que
reorientou as ações governamentais de Estados Nacionais, esse artigo se propõe a analisar de que forma
esse processo foi influenciado pelo ideário norte-americano ao longo do século XX e início do século XXI.
Procuraremos apreender num primeiro momento, como se deu a evolução desse processo desde a
independência dos Estados Unidos em 1776, passando pela expansão de sua zona de influência, primeiro
por toda América e posteriormente pelo mundo. Analisaremos como as guerras e a criação de organismos
internacionais do capitalismo foram utilizados no processo de determinação da hegemonia estadunidense
sobre as demais nações. Hegemonia que não se restringiu apenas aos aspectos bélico e econômico, mas
também se tornou ideológica e cultural. Desenvolvida no bojo das mudanças implementadas pelo
capitalismo e de cariz neoliberal, atuaram tanto na macroestrutura como as subjetividades humanas da
contemporaneidade, afetando especialmente o mundo do trabalho.
O TRABALHO EM TEMPOS DE ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL: DA POROSIDADE PARA O
PARADIGMA DA ELIMINAÇÃO DOS DESPERDÍCIOS
Danielle Viana Lugo Pereira
Universidade Federal da Paraíba
Resumo
O objetivo desta reflexão teórica é analisar o trabalho na fase atual do capitalismo no século XXI, período
histórico marcado pelo aprofundamento do antagonismo da relação capital/trabalho. Para tanto, abordamos
os conteúdos essenciais presente nas recentes mutações no mundo do trabalho e nas suas incidências para
a classe trabalhadora, considerando a acumulação flexível como traço central da análise. Nessa esteira,
identificamos que as recentes mutações do mundo do trabalho são marcadas, ao mesmo tempo, pelas
combinações de resquícios de elementos do velho sistema de organização e gestão de trabalho que, em
alguma medida, encontra-se em conformidade com o novo padrão flexível. Portanto, concluímos que uma
das principais consequências para o futuro do trabalho no século XXI vem sendo o desmonte dos direitos
trabalhistas em larga escala.
MIGRAÇÃO E TRABALHO: IMPLICAÇÕES A PARTIR DA IMPLANTAÇÃO DA SUZANO PAPEL E
CELULOSE EM IMPERATRIZ – MA
Daniely Lima Silva
Bolsista de Iniciação Científica na Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão –
UEMASUL
E-mail: [email protected]
Dr. Allison Bezerra Oliveira
Professor na Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão – UEMASUL
E-mail: [email protected]
Resumo:
Discute-se, nesse artigo, o papel que a migração laboral apresentada no contexto desenvolvimentista que
permeia no processo de implantação da Suzano Papel e Celulose em Imperatriz no período de 2008- 2015,
evidenciando os movimentos populacionais e sua função como modificador na estrutura social e econômica
regional. Assim, procura-se analisar como a migração acaba se tronando uma ferramenta dentro do sistema
capitalista, fortalecendo o modo de produção industrial local. Nesse contexto, fora realizada uma análise
de dados, acerca do desenvolvimento populacional existente na microrregião de Imperatriz, utilizando
dados disponibilizados na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho (PDET) e do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). Ademais, foram utilizados recortes temporais, para compreender as
diferenças regionais e desigualdades socioeconômicas como motivo determinante na movimentação, tipo e
direção dos fluxos migratórios laborais. Como resultados adquiridos, observam-se que os deslocamentos
populacionais com novas características e a exclusão de grandes grupos da população no mercado de
trabalho. Assim no transcorrer desse artigo, trataremos sobre os grandes fluxos migratórios existentes
perante a implantação do empreendimento fabril e identificamos as possíveis alterações na estrutura
socioeconômica atreladas a esse migrante em contexto regional.
TRABALHO, REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E A IDEOLOGIA DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Romildo de Castro Araújo
Universidade Federal de Uberlândia
Dr.Robson Luiz de França
Universidade Federal de Uberlândia
Drª. Fabiane Santana Previtalli
Universidade Federal de Uberlândia
Resumo
Este texto tem como objetivo realizar uma breve discussão sobre como a formação profissional tem sido
construída como ideologia no contexto da reestruturação produtiva. Partimos da seguinte pergunta: como
a formação profissional é transformada numa ideologia a serviço dos interesses do capital? Trabalho e
ideologia serão as principais categorias utilizadas concebidas na ótica marxista. A metodologia se consistiu
de uma revisão bibliográfica de textos que tratam do tema. O aporte teórico se fundamenta nas obras de
Marx (2010, 2011, 2016), Braverman (1987), Antunes (2017), Previtalli (2009, 2010), Lucena (2004),
França (2017), entre outros. Concluímos que, no contexto da reestruturação produtiva, o capital tem o
interesse de formar uma força de trabalho com vista a um trabalhador polivalente e multifuncional, manter
melhor controle, impor a intensidade necessária à produção flexível e combater as resistências por parte
dos trabalhadores. Além da promoção da desqualificação dos trabalhadores, a educação profissional
ofertada segue a lógica da formação flexível. A noção de empregabilidade surge no contexto da
reestruturação produtiva e da teoria do capital humano como justificativa para crise estrutural e um maior
nível de exploração do capital sobre os trabalhadores.
NÃO PENSE EM CRISE, TRABALHE: A BANCADA EVANGÉLICA E A CLASSE TRABALHADORA
NAS REFORMAS “TEMERÁRIAS”
Yuri Rodrigues da Cunha (Doutorando PPGCS, UNESP, Marília [email protected])
Orientadora: Angélica Lovatto (DCPE-UNESP, [email protected])
Resumo
No presente resumo propomos, a partir do desenvolvimento de nossa pesquisa de doutorado, demonstrar o
papel da bancada evangélica durante o golpe parlamentar que depôs a presidenta Dilma Rousseff, a partir
dos encaminhamentos e reformas propostas pelo novo governo no que tange diretamente o mundo do
trabalho e a classe trabalhadora. Partimos do pressuposto que, em virtude do transcurso do golpe
parlamentar, a conjuntura nacional a partir de 2016 se alterou de maneira significativa com relação ao
período anterior, ao lulo-petismo. Assim, compreender a nova forma da configuração capital x trabalho,
pressupõe tanto levar em consideração a conjuntura anterior, seus limites e as razões de suas modificações,
como também, o novo cenário e quais as forças e interesses sociais estão por trás da forma como os agentes
políticos se colocam em meio a esse processo. Portanto, para avaliar a nova conjuntura devemos analisar
os desdobramentos do novo governo a partir de algumas de suas reformas: 1) PEC 55/16, que estipula um
teto de 20 anos para gastos públicos (congelamento de investimentos pelo Estado); 2) Lei nº13.467/17
(Reforma trabalhista) e PL 4.302/1998 (terceirização irrestrita) e, 3) PEC 287/16 (Reforma da Previdência).
A nosso ver, estas além de serem os carros chefes do novo governo, deixam evidentes como o novo bloco
no poder compreende a correlação capital x trabalho ao adotar medidas que favorecem, inextricavelmente,
as frações das classes burguesas.
GT – TRABALHO E TEORIAS SOCIAIS - SALA 55
A TEORIA DA REIFICACAO EM LUKÁCS NO LIVRO “HISTORIA E CONSCIÊNCIA DE CLASSE”
Matteo Bifone
Pós-graduando em Ciências Sócias na UNESP - Campus de Marilia
Resumo:
O presente trabalho procura analisar o conceito de reificaçao bem como descrito pelo autor no ensaio “A
reificação e a consciência do proletariado”, definir a sua colocação política-histórica e o seu
desenvolvimento.
CRÍTICA MARXISTA AO COOPERATIVISMO: ELEMENTOS PARA A DISCUSSÃO SOBRE
TRABALHO ASSOCIADO
Bárbara Cristhinny Gomes Zeferino.
Doutoranda em Educação – Universidade Federal do Ceará.
e-mail: [email protected]
Bolsista da Agência financiadora - Capes. Resumo
Este artigo apresenta uma análise crítica do cooperativismo tanto nos seus fundamentos teóricos quanto na
sua prática. Apoiados na perspectiva marxiana, partimos do pressuposto ontológico, de que o trabalho é o
fundamento de toda e qualquer forma de sociabilidade. Iniciamos assim a abordagem da questão, para
assinalarmos quais os limites reais do cooperativismo para a superação da sociedade regida pelo capital e
quais as premissas e o fundamento da sociedade emancipada. Sem, no entanto, deixarmos de ponderar a
importância do cooperativismo para a organização dos trabalhadores e dos movimentos sociais pela
sobrevivência e pela resistência às ofensivas do capital e até na luta por transformações sociais.
TRABALHO E GLOBALIZAÇÃO NUMA PERSPECTIVA DO MUNDO DA VIDA ADAPTADO AO
SISTEMA
Luís César Alves Moreira Filho, doutorando na Unesp – Marília.
E-mail: [email protected]
DR. ALUÍSIO ALMEIDA SCHUMACHER, Unesp – Marília.
Resumo:
O presente trabalho fará uma releitura de Karl Marx a partir do livro I de O Capital junto ao Habermas, em
especial, em Para a reconstrução do materialismo histórico (1976) com outras obras, cuja reconstrução
buscará uma aplicação atual de ambos os autores. A racionalidade social está na capacidade de superar as
crises, consoante a isso, as contradições implicam na busca da solução efetiva das divergências num
processo que deve incluir a comunicação dentro da capacidade de se adaptar ou alterar o sistema, desde a
perspectiva antropocêntrica em que a responsabilidade social se faz presente à humanidade. Neste sentido
o mundo da vida não só reproduz o sistema simbólico como através da razão comunicativa permite
evolução, o qual induz as famílias numa perspectiva filogenética que remetem às imagens místicas de
mundo, imagens de mundo fechadas e imagens de mundo abertas, sem excluir de forma concomitante a
ontogênese em pré-convencional, convencional e pós-convencional. O fato de existir no mundo da vida
uma relação concomitante entre ontogênese e filogênese não implica ser paralelo, afinal a ontogênese
depende da filogênese, com isso o mundo da vida será avaliado em relação ao sistema junto à consciência
de classe.
OS MANUSCRITOS ECONÔMICO-FILOSÓFICOS, DE KARL MARX: A TEORIA DA ALIENAÇÃO E DO
ESTRANHAMENTO
Juliana Munhoz Moreno da Fonte – UNESP (MARÍLIA)
Resumo:
Opção comunista e identificação do proletariado como sujeito revolucionário: eis o fim do primeiro
semestre de Karl Marx, em 1844, residido em Paris. O desenvolvimento teórico-prático que o autor alcança
nesse período marca a complexa dialética que determina a inflexão de seu desenvolvimento intelectual a
partir do ano de 1844. Assim, Os Manuscritos Econômico-Filosóficos, podem ser considerados a expressão
máxima do desenvolvimento ídeo-político pertencentes aos processos vivenciados por Marx no referido
período.
Dia 07/06/2018, Quinta-feira
GT – TRABALHO E POLITICAS EDUCACIONAIS - SALA 41
EM DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA: DEMOCRACIA E EDUCAÇÃO EM FLORESTAN FERNANDES
Julio Hideyshi Okumura
Henrique Tahan Novaes
Resumo
O presente artigo tem como objetivo analisar os principais debates sobre o tema educação, nas décadas de
1950 e 1960, segundo a perspectiva de Florestan Fernandes. O autor encabeça nesse momento, por meio
de palestras, debates, discursos e manifestações, o movimento Em Defesa da Escola Pública. Nesse recorte,
para buscarmos compreender suas proposições e debates, elencamos três pontos que permeiam seus
pensamentos: 1º) em ternos sociológico, influenciado pela ciência de Karl Mannheim, Florestan
preconizava a aplicação da ciência para a formação do cidadão de postura democrática, participante de um
momento de desenvolvimento industrial e tecnológico 2º) em questões práticas/pedagógicas, o autor
propunha que as relações entre professor e aluno fossem constituídas e vivenciadas de forma democrática
e 3º) em questões políticas, que a verba pública fosse destinada somente para o custeio e desenvolvimento
da escola pública. Para dar mais sentido aos pontos elencados, no primeiro momento do texto, abordaremos
resumidamente sobre a sua trajetória de vida e formação. Não buscamos fechar respostas, pelo contrário,
entendemos que a leitura do autor, mesmo ao passar de praticamente 60 anos, certamente nos oferecerá
reflexões atualíssimas sobre a educação brasileira e seus dilemas.
FUTURO DOS INSTITUTOS FEDERAIS: UMA ANALISE DO AMBIENTE DE TRABALHO NOS INSTITUTOS FEDERAIS E
SEUS REFLEXOS NA FORMAÇÃO DOS ALUNOS
Liliane Regina Santos Costa
Sylvania Cavalcante de Sá
Áureo Viegas Mendonça
Resumo
Os Institutos Federais nascem de um Projeto Nacional baseada na soberania nacional, democracia e
inclusão social, voltada para o ensino profissional e tecnológico no Brasil. Resultante de uma intensa
transformação em números de instituições e em qualidade através do fortalecimento do tripé: ensino,
pesquisa e extensão. Os resultados da expansão do Institutos Federais são a expansão de matrículas, maior
oferta de cursos, interiorização dos Campi, desenvolvimento local, além da óbvia ampliação de
oportunidades para milhares de estudantes todos os anos em todo o país. Entretanto, mudanças no cenário
político externo, estão redirecionando vários aspectos na vida dos recém-formados Institutos Federais e dos
vários já consolidados de ordem orçamentário, financeira, trabalhadores da instituição, política e
educacional. Esse cenário vem trazendo incertezas e perdas trabalhistas que afetam a qualidade do trabalho
dos servidores dos Institutos Federais. Daí a necessidade da presente discussão.
O DISCURSO DO TRABALHO EM LIVROS DIDÁTICOS DE ESPANHOL: UMA RELAÇÃO ENTRE
LÍNGUA, SUJEITO, SENTIDO E IDEOLOGIA
Luciana de Carvalho - Unicamp
Resumo
Nas condições sócio-históricas da Mundialização do capital, o trabalho - caracterizado pelo novo complexo
da reestruturação produtiva, em sua forma flexível - tem como base de sustentação uma nova ideologia de
intensificação do controle e de manipulação da força-que-vive-do-trabalho (cf. Antunes, 2009), implicando
em uma maior subsunção do trabalhador aos valores da organização e às forças produtivas do capital. Desse
modo, apresentamos neste texto um recorte de nossa tese de doutorado, que tem como objetivo refletir
sobre o discurso do/sobre o trabalho em livros didáticos de espanhol (LDs), direcionados ao ensino-
aprendizagem dessa língua a falantes brasileiros, inseridos no espaço enunciativo (cf. Guimarães, 2002)
das relações empresariais. Situando-nos no campo teórico-metodológico da Análise de Discurso francesa,
em sua relação com a História das Ideias Linguísticas, analisamos especificamente as imagens de língua e
de sujeito nesses LDs, em circulação no mercado editorial brasileiro, a partir de 1990. Sustentamos a
hipótese de que esse período é marcado por uma intensa produção e diversificação de títulos para o trabalho,
como efeito da ampliação do “espaço de enunciação” (cf. Guimarães, 2002) do espanhol no mundo e,
sobretudo no Brasil.
UM TEMPO DE MUDANÇAS: TRABALHO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO
SUPERIOR NO FINAL DO SÉCULO XX E LIMIAR DO SÉCULO XXI
Vânia Amaral da Rocha – UFU
Resumo:
O presente artigo é parte da pesquisa realizada na dissertação de mestrado defendida pela autora, no
Programa de Pós-Graduação em Educação da FACED-UFU. Buscou apreender a dinâmica das mudanças
sociais, políticas e econômicas no final do século XX e limiar do século XXI, e seus desdobramentos nas
políticas educacionais brasileiras, em especial, na educação superior. Nesta análise, discutiu-se as novas
tendências no âmbito da organização do trabalho, da produção e do papel do Estado, face os desafios da
globalização econômica e das práticas neoliberais. Procurou evidenciar os ajustes político-econômicos em
nível nacional, especialmente, a partir da segunda metade da década de 1990, nos governos de FHC. Os
elementos aqui destacados ajudam a afirmar a historicidade do objeto de pesquisa, na medida em que situam
as relações entre o contexto sócio-político-econômico e educacional mais amplo e o objeto de estudo
analisado.
AS NOVAS EXIGÊNCIAS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO TRABALHADOR PORTUÁRIO
AVULSO (TPA) NO ÂMBITO DA REFORMA PORTUÁRIA BRASILEIRA
Luceli Gomes da Silva, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade, linha de
pesquisa Tecnologia e Trabalho da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus
Curitiba – PR. [email protected].
ORIENTADOR:
MÁRIO LOPES AMORIM, UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ (UTFPR),
CAMPUS CURITIBA - PR. [email protected]
Resumo:
O presente estudo tem por objetivo investigar as novas exigências de formação profissional correlatos aos
trabalhadores portuários avulsos (TPA’s) do porto de Paranaguá, litoral do Paraná, após a reforma portuária
brasileira, apoiada pela promulgação da Lei n°8.630 de 1993 e da sua reedição, a Lei n°12.815 de 2013,
ambas conhecidas como Leis de Modernização dos Portos. Nesse contexto, visando responder às mudanças
macroeconômicas do comércio marítimo e do Custo Brasil, houve o entendimento político-econômico que
se fazia necessário não só modernizar a infraestrutura portuária, mas também as relações de trabalho, bem
como qualificar a força de trabalho avulsa aos novos métodos de manuseio de cargas das operações
portuários, implementados com a introdução das inovações tecnológicas logísticas. A Lei 8.630/93
estabeleceu a criação do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), que tem a incumbência, via convênio
com a Capitania dos Portos da região, de ofertar os cursos do Programa de Ensino Profissional Marítimo
para portuários (PREPOM). A metodologia é qualitativa e se apoia nos referenciais do materialismo
histórico-dialético, nos marcos legais que dizem modernizar o sistema portuário brasileiro, em fontes junto
ao OGMO/PR e material pedagógico dos cursos do PREPOM.
GT – TRABALHO, ECONOMIA E SOCIEDADE - SALA 43
PUNIÇÃO DA MISÉRIA: CONTROLE SOCIAL NO ESTADO NEOLIBERAL BRASILEIRO
Pedro Endrigo Trejo de Oliveira
Universidade Estadual Paulista(UNESP)
Resumo
As presentes reflexões possuem o fito de entender a relação entre os mecanismos do mercado de trabalho
e do sistema penal, ambos inseridos em contexto neoliberal no Brasil, uma vez que, o crescimento da
população encarcerada é notório. No Brasil, os dados coletados em Junho de 2017, por uma pesquisa,
desenvolvida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE),
mostrou que de Junho de 2016 a Junho de 2017, a taxa de desemprego entre jovens aumentou em quase
todas as regiões pesquisadas. O crescimento das taxas de desemprego caminha lado a lado com o
acirramento da violência e, logo, do aumento da população encarcerada brasileira. Segundo o Departamento
Penitenciário Nacional (DEPEN), o Brasil possui a 4º maior população carcerária do mundo. Deste modo,
nos debruçaremos sobre os dispositivos que o Estado faz uso para controlar e reprimir pobres, mas também
desvelando como a situação de pobreza vem sendo usada, para legitimar a manutenção e expansão de um
macro-aparato repressivo estatal, voltado não somente para criminosos violentos, mas para esta população
empobrecida. Não coincidentemente é essa população que, atualmente, encontra-se preponderantemente
fora do mercado de trabalho formal e excluída das políticas sociais do Estado.
CONDIÇÕES DE TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL:
UMA ANÁLISE SOBRE A REGIÃO DE PARANAVAÍ/PR
Thaís Gaspar Mendes da Silva, UNESPAR/Paranavaí,
Priscila Semzezem, UNESPAR/Paranavaí,
Resumo
Este trabalho objetiva apresentar resultados de pesquisas que versam sobre “As condições de trabalho do
assistente social na Proteção Social Básica e Especial da assistência social: uma análise nos 29 municípios
de abrangência do Escritório Regional de Paranavaí - Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social do
Estado do Paraná”. Trata-se de uma pesquisa com duração de dois anos, composta por várias etapas:
pesquisa bibliográfica, documental, pesquisa de campo - por meio de aplicação de questionários com
perguntas abertas e fechadas, tabulação e análise de dados. Os resultados permitiram a construção de um
panorama sobre as condições de trabalho dos assistentes sociais inseridos na política de assistência na
região de Paranavaí, demonstrando elementos que caracterizam conquistas e desafios de forma
contraditório na construção da política de assistência social, tanto em âmbito nacional, como na
particularidade regional. Identificou-se que nos municípios da região efetivou-se em partes dispositivos da
NOB-RH/SUAS (2006) em relação as condições de trabalho dos assistentes sociais. As considerações finais
apontam como fundamental a necessidade de se colocar em pauta o debate sobre as condições de trabalho
na região que devem ser discutidas e articuladas de forma coletiva entre os profissionais do SUAS.
IDEOLOGIAS GEOGRÁFICAS E A PRODUÇÃO CAPITALISTA DO ESPAÇO NA MICRORREGIÃO
DE TRÊS LAGOAS (MS): REPRESENTAÇÕES E ESTRATÉGIAS DE AUTOLEGITIMAÇÃO DA FIBRIA
Joser Cleyton Neves
Graduando em licenciatura em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Integrante do Projeto de Pesquisa “Produção capitalista do espaço, ideologias geográficas e resistências
socioespaciais contemporâneas”
Prof. Dr. Thiago Araújo Santos
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Coordenador do Projeto de Pesquisa “Produção capitalista do espaço, ideologias geográficas e
resistências socioespaciais contemporâneas”
Resumo:
O presente trabalho pretende, ainda que em fase inicial de estudos, entender as relações estratégicas de
autolegitimação da indústria de celulose FIBRIA dentro da microrregião de Três Lagoas, em conjunto com
o Estado, a mídia e a sociedade. Com base no conceito de Ideologias Geográficas e no aporte teórico
marxista, partiremos do entendimento do Estado como coadjuvante na consolidação de representações
sociais da/sobre a empresa, e da mídia como principal veículo de legitimação desse processo. O percurso
metodológico visa identificar e analisar vídeos institucionais do canal “Fibria Brasil” no YouTube, bem
como reportagens em jornais e telejornais sobre Três Lagoas que repercutam efeitos da presença da
empresa. Alguns resultados já podem ser destacados previamente: mobilização de uma narrativa que
evidencia uma suposta irreversibilidade e naturalidade dos processos sociais em curso, afirmação de um
protagonismo empresarial em ações sociais e ambientais, consideração dos interesses particulares da
empresa como interesses universais. Tais indicações sugerem a perspectiva de consolidação de um
“consentimento ativo” que resulta na objetivação de um projeto específico de produção do espaço urbano
e agrário.
CONSTRUINDO TERRITÓRIOS ECONÔMICO FEMINISTAS NO SERTÃO DO PAJEÚ EM
PERNAMBUCO
MÔNICA VILAÇA DA SILVA, mestranda do PPGS UFPB – João Pessoa.
MÓNICA LOURDES FRANCH GUTIÉRREZ, Professora Doutora do PPGS UFPB – João Pessoa.
Resumo:
Este trabalho propõe-se a refletir as práticas de trabalho e de organização econômica das mulheres que
constroem a Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú no semiárido pernambucano. Esta rede, formada em
2005, hoje reúne 36 grupos produtivos compostos apenas por mulheres que atuam na agricultura familiar,
no artesanato, no beneficiamento de alimentos, na costura, além da comercialização coletiva e organização
de fundo rotativo solidário próprio. Estas mulheres reivindicam como referências para sua organização o
feminismo, a economia solidária e a agroecologia, o que as têm levado a uma experiência de ação política
e organizativa no semiárido que problematiza as experiências de organização econômica e de trabalho neste
território. Assim, considerando a economia solidária como contexto destas práticas, a análise toma como
referência a economia feminista e a ética dos cuidados para discutir como a experiência de trabalho e
organização econômica desta mulheres contribui para refletir quanto aos sentidos da invisibilização das
mulheres na economia, dos valores subjacentes ao trabalho produtivo quanto a racionalidade, ao egoísmo
e a exploração do meio ambiente, e que se sustentam com a atribuição às mulheres de aspectos centrais
para a manutenção e reprodução da vida.
PANORAMA DA REALIDADE DOS MUNICÍPIOS DA AMUNPAR: REFLEXÕES SOBRE TRABALHO
PARA JUVENTUDE
ALANA ALVES DOS REIS PIM (Universidade Estadual do Paraná- UNESPAR Campus Paranavaí)
E-mail: [email protected]
ANDRESSA SEIXAS (Universidade Estadual do Paraná- UNESPAR Campus Paranavaí)
E-mail: [email protected]
NATHIELLI CHRISTINA DOS SANTOS (Universidade Estadual do Paraná- UNESPAR Campus
Paranavaí)
E-mail: [email protected]
TEONE MARIA RIOS DE SOUZA RODRIGUES ASSUNÇÃO (Universidade Estadual do Paraná -
UNESPAR Campus de Paranavaí)
Grupo de Pesquisa CNPQ – Economia do Trabalho, Educação e Desenvolvimento Regional –
Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR – Campus de Paranavaí.
Resumo
Este estudo foi realizado a partir dos dados coletados para um Projeto de pesquisa em andamento na
Universidade Estadual do Paraná – Campus de Paranavaí, denominado “Juventude, Educação e Trabalho:
A identidade, trajetória e expectativa dos jovens trabalhadores em municípios da Região da Associação dos
Municípios do Noroeste do Paraná – AMUMPAR.”O objetivo para este trabalho é, apresentar a realidade
dos municípios desta região no que diz respeito a população, ao número de jovens, o número de indústrias,
bem como o IDHM - Índice de Desenvolvimento Humano. É uma pesquisa exploratória bibliográfica e
documental. Logo, identifica-se que os municípios da AMUNPAR possuem uma quantidade expressiva de
indústrias nos diversos gêneros, as quais necessitam da força de trabalho jovem.
ANÁLISE DO PROGRAMA DE GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA NO BRASIL (PROGER).
Eduardo Augusto Rodrigues Barros
Resumo
Este trabalho se propõe analisar o Programa de Emprego Geração e Renda do Governo Federal (PROGER)
capital de giro e investimento, por meio do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador
(CODEFAT). Investigando-se por meio dele o tensionamento dos representantes sindicais, Governo e
Empresas na gestão dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) do Ministério do Trabalho
(MTb). Procura-se assim, analisar se as disputas tendenciam para a garantia de direitos aos trabalhadores
sobrantes e precarizados em forma de programas e políticas públicas, considerando a tendência para o
trabalho atípico e flexível contemporâneo, bem como as políticas neoliberais e o capitalismo dependente
no qual o Brasil está situado. Busca-se analisar os recursos do FAT e como esses são destinados por meio
de depósitos em Instituições Financeiras Oficiais Federais (IFOF’s), ao PROGER, por meio da aprovação
do CODEFAT.
PRINCÍPIOS E PRÁTICAS DA GESTÃO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA COMO SUBSÍDIO PARA O
ENSINO DA ADMINISTRAÇÃO: BUSCA POR PRESSUPOSTOS
Gustavo Bigetti Guergoletto (Instituto Federal do Paraná – IFPR)
Renata Peres Barbosa (Universidade Federal do Paraná-UFPR)
Resumo
Frente às condições sociais desiguais na contemporaneidade, orientadas por projetos societários pautados
pela lógica do sistema capitalista global e excludente, entendemos que o modo de produção se desenvolve
em meio a contradições, que muitas vezes apresentam as próprias lacunas para a sua superação. Nesse
sentido, este trabalho tem por objetivo refletir acerca das possibilidades de se pensar práticas
emancipatórios no ensino de administração, a partir das contradições do próprio sistema, para além da
lógica do regime de acumulação flexível. Apresentamos aqui a proposta de análise das organizações
pautadas nos princípios da economia solidária, bem como a análise das potencialidades do ensino técnico
integrado numa perspectiva de formação integral, entendendo que ambos podem aliarem-se enquanto
práticas comprometidas com a transformação social que permitam uma leitura ampla e contextualizada da
realidade social. Pretende-se, desse modo, analisar os princípios da gestão da economia solidária como
subsídio para o ensino da administração visando à formação de indivíduos sob uma ótica não restrita ao
modelo liberal, mas com capacidade crítica acerca da sociedade em que está inscrito. Trata-se de um estudo
bibliográfico.
GT TRABALHO, TECNOLOGIA E REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA -
SALA 51
TRABALHO E REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA NO CAPITALISMO DO SÉCULO XX E
IMPLICAÇÕES PARA O SÉCULO XXI
Geraldo do Nascimento Carvalho
Marcelo Soares Pereira Silva
Fabiane Santana Previtali
Resumo:
Este texto resulta de estudos da disciplina Trabalho, Sociedade e Educação, no âmbito do Programa de Pós-
Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia e atende a requisito de natureza avaliativa.
Tem como objetivo discutir trabalho e reestruturação produtiva no capitalismo do século XX e implicações
para o século XXI. Constitui estudo teóricobibliográfico, sustentado no suporte teórico metodológico do
materialismo histórico e dialético e referenciado em autores como Marx (2014); Engels (1985); Braverman
(1977); Mészáros (1996 e 2011); Antunes (2011), dentre outros. Além da introdução, que discute o conceito
de trabalho, o texto conta com dois trópicos e a conclusão: 1) O trabalho e a classe trabalhadora na fase das
transformações técnico-científicas de base taylor-fordista; 2) Trabalho, reestruturação produtiva neoliberal
e acumulação flexível. Ao final, conclui que as transformações no trabalho, visando sua adequação às
sucessivas mudanças nos processos de reorganização do processo de produção e reprodução do capital no
século XX, beiram os limites da subsunção real do trabalho ao capital e da natureza humana, especialmente
na fase monopolista do capitalismo neoliberal globalizado, revelando crescente precarização do trabalho
total.
O SERVIÇO SOCIAL E A RACIONALIDADE GERENCIAL: INVESTIGANDO O TRABALHO DO
ASSISTENTE SOCIAL EM ESPAÇOS SÓCIO OCUPACIONAIS REESTRUTURADOS.
Karla Fernanda Valle, Assistente Social do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ)
e Professora Substituta da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(ESS/UFRJ),
e-mail: [email protected]
Janete Luzia Leite, Professora Associada da Escola de Serviço Social (graduação e pós-graduação) da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Estudos sobre
Políticas Públicas, "Questão Social” e Serviço Social (NUPEQUESS/UFRJ - Diretório dos Grupos de
Pesquisa CNPq),
e-mail: [email protected].
Resumo
O nosso estudo busca identificar os impactos da racionalidade gerencial sobre o trabalho do assistente social
em espaços sócio-ocupacionais reestruturados forjados pelo aguçamento da Crise do Capital e pela reforma
neoliberal do Estado capitaneada pelos organismos multilaterais (FMI e BM). Partimos da premissa de que
os “fetiches da gestão” reforçam a subalternidade profissional e catalisam a perda da já relativa autonomia
do assistente social por influência dos modismos gerenciais que facilitam uma renovação daquilo que há
de mais conservador na profissão (tutela, ajuda psicossocial e higienismo, etc.), aumentando o hiato entre
a intencionalidade progressista da categoria profissional e os meios práticos-objetivos para a sua
concretização. O nosso referencial teórico-metodológico situa-se na perspectiva marxiana e, portanto,
recorreremos a pensadores vinculados teoria social crítica como Karl Marx e György Lukács e, nesse
mesmo sentido, nos basearemos em autores que analisam a correlação entre mundo do trabalho
contemporâneo (sob a égide do capital manipulatório) e a reforma gerencial do Estado, a exemplo de
Giovanni Alves, Cláudio Gurgel e Vincent de Gualejac. Por fim, a nossa pesquisa de campo em andamento
investiga o judiciário trabalhista carioca na condição de expressão particular de uma instituição pública
reestruturada. Palavras-chave: Assistente social. Gerencialismo. Reforma neoliberal do Estado.
MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO: CONSIDERAÇÕES ACERCA DO TRABALHO DO
ASSISTENTE SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE
Fabiana Silva Costa (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri-UFVJM)
Dr. Fernando Leitão Rocha Junior (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri-UFVJM)
Resumo:
As transformações ocorridas no sistema produtivo nas últimas quatro décadas alteraram de maneira
significativa a organização das empresas que mudaram seus modelos organizacionais para adaptarem-se às
novas condições impostas pelo capital. Esta pesquisa tem como objeto de estudo as transformações
ocorridas no mundo do trabalho e as implicações para o trabalho do assistente social na contemporaneidade.
Versará ainda acerca de alguns aspectos que compõe o processo de flexibilização do trabalho na sociedade
capitalista. No que se refere à organização do trabalho, a crise dos modelos pautados nas práticas
tayloristas/fordistas de organização e sua substituição por novos modelos organizacionais baseados na
integração e polivalência de tarefas executadas pelos trabalhadores. Nesta linha de raciocínio, as atividades
laborativas do assistente social a nosso juízo são utilizadas para um “incremento” para a reprodução
ampliada do capital. Embora estejam alocados na esfera do setor de “serviços”, o trabalho dos assistentes
sociais, especialmente aqueles inseridos na iniciativa privada, são de relevância para o capital. O processo
metodológico a ser utilizado neste trabalho é baseado em pesquisa bibliográfica e documental de teóricos
da teoria social de Marx, bem como, na tradição marxista.
REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E MERCADO DE TRABALHO: ALTERAÇÕES NO PERFIL
PROFISSIONAL A PARTIR DA IMPLANTAÇÃO DA UNIDADE FABRIL DA SUZANO PAPEL E
CELULOSE EM IMPERATRIZ – MA
Maria da Conceição Mesquita Leal
Bolsista de Iniciação Científica na Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão –
UEMASUL
E-mail: [email protected]
Dr. Allison Bezerra Oliveira
Professor na Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão – UEMASUL
E-mail: [email protected]
Resumo:
O presente artigo, tem como objetivo principal, discutir alguns dos processos de reestruturação produtiva e
trabalho, desencadeadas a partir da implantação da unidade fabril da Suzano Papel e celulose no município
de Imperatriz, localizada no estado do Maranhão. Os processos desencadeados pelas consecutivas
reestruturações produtivas no segmento industrial vem acompanhadas de profundas transformações no
mercado de trabalho, tais mudanças implicam em generalizadas alterações nos perfis profissionais, no
mercado de trabalho propriamente dito, no surgimento de novos segmentos profissionais além da criação
de um padrão de busca de capacitação profissional para a inclusão em novas áreas que surgem. Buscou-se
verificar a partir de dados secundários na RAIS/MTE instituições de ensino locais, a visualização das
mudanças ocorridas no mercado de trabalho de Imperatriz para atender a inserção da nova logística
industrial e os vários segmentos envolvidos atraídos pelas novas formas existentes do local de estudo. Os
resultados apresentados sugerem que: a reestruturação produtiva ocorrida no município de Imperatriz
mediante a implantação da unidade fabril tem proporcionado consigo expressiva reestruturação no mercado
de trabalho através da inserção de novos cursos técnicos profissionalizantes e cursos superiores para atender
as recentes demandas do setor secundário.
CONSELHOS DE FÁBRICA E PODER OPERÁRIO
Marília Gabriella Machado (UNESP/FFC)
Resumo:
Antonio Gramsci é um organizador da cultura socialista e um militante de grande importância do
movimento operário turinês durante o século XX. Inserido no Partido Socialista Italiano (PSI)
provavelmente desde meados de 1913, o jovem sardo busca analisar eventos e fatos importantes da Itália.
Gramsci percorre um trajeto até se tornar um comunista, e suas influências teóricas vão de Benedetto Croce,
Rosa Luxemburg, Georges Sorel e Lenin. Com o cenário marcado pela guerra imperialista e pela convulsão
da revolução russa, Gramsci se aproxima cada vez mais do movimento operário italiano e concebe
importantes análises sobre seu contexto histórico. Dessa maneira, esse texto tem como objetivo delimitar o
ambiente teórico e político do jovem sardo e demonstrar a importância dos Conselhos enquanto nova forma
de organização do proletariado
GT PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO, CAPITALISMO E CLASSES SOCIAIS
- SALA 58
ESTRATÉGIAS ESPACIAIS E PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NAS REDES DE COMÉCIO
VAREJISTA DE FORTALEZA
Francisco Wémerson Nobre do Nascimento (Universidade Federal do Ceara - UFC)
José Meneleu Neto (Universidade Estadual do Ceará - UECE)
Resumo:
O processo de reestruturação do capital comercial no Brasil se aprofundou ao longo das primeiras décadas
do séc. XXI, seguindo as tendências derivadas da globalização econômica, dentre as quais se destacam a
financeirização e a oligopolização do varejo, com a formação de grandes redes em escala nacional. Partindo
desses pressupostos, o foco da investigação se volta para a compreensão das correlações dialéticas entre as
formas espaciais da concorrência oligopolista e as condições de trabalho dos comerciários. Na medida em
que os fluxos de comércio tendem a se concentrar nas grandes redes nacionais, envolvendo crescente
financeização na realização da mais-valia, um conjunto de mutações no “chão de loja” passam a fazer parte
do cotidiano dos trabalhadores. As inovações impactam não só os processos de trabalho, mas o próprio
perfil do trabalhador comerciário. O deslocamento do foco sistêmico da acumulação para redução do tempo
de realização tem levado os comerciários ao adestramento e à subordinação que capturam sua subjetividade,
estressando e precarizando sua condição existencial.
PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO POR MEIO DO ESTÁGIO: O ESTÁGIO NOS CURSOS DAS
CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DA UNESPAR CAMPUS DE PARANAVAÍ.
Givaldo Alves da Silva – Unespar/Paranavaí
Maria Inez Barboza Marques – Unespar/Paranavaí
Piedra dos Santos Roza – Unespar/Paranavaí
Resumo:
Dentro do processo de combinação de reestruturação produtiva do capital com políticas neoliberais que
levam à redução dos custos de produção, no Brasil ̶¬ em função de uma legislação permissiva ̶¬ , o estágio
tem se tornado um meio recorrente de exploração da força-de-trabalho de jovens estudantes. No intento de
compreender essa realidade nos cursos da área das Ciências Sociais Aplicadas da Unespar/Campus
Paranavaí foi feita uma investigação junto a uma parcela de jovens que desenvolve estágio remunerado.
Para tanto, os(as) estagiários(as) responderam a um questionário elaborado e disponibilizado na plataforma
Google Forms. Dentre os resultados obtidos, alguns dados chamam a atenção: Somente 40,6% dos
respondentes entendem que suas atividades de estágio correspondem ao que é aprendido em sala de aula,
62,3% interpretam a função de estagiário, na prática, não difere daquela que é exercida por empregados e
49,3% dos estudantes não estão contentes com a condição de estagiário.
AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO E OS REBATIMENTOS NA POPULAÇÃO EM
SITUAÇÃO DE RUA NA CIDADE DE FRANCA – SP
Graziela Donizetti dos Reis (Programa de Pós-Graduação em Serviço social da Faculdade de Ciências
Humanas e Sociais, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- Campus de Franca).
COAUTOR:
Dr Gustavo José de Toledo Pedroso (Programa de Pós-Graduação em Serviço social da Faculdade de
Ciências Humanas e Sociais, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- Campus de
Franca).
Resumo
O trabalho apresentará uma reflexão sobre a população em situação de rua na cidade de Franca-SP. Desse
modo, espera-se que a sua elaboração contribua para o debate e a pesquisa sobre a realidade dos sujeitos
estudados. O ensaio teórico pretende trazer uma discussão sobre as transformações que ocorreram no
mundo do trabalho e os rebatimentos na população em situação de rua. O recorte temporal escolhido é o
período de 2010 a 2017 na cidade de Franca - SP, porém haverá o resgate de alguns momentos históricos
com o intuito de enriquecer a discussão. A pesquisa bibliográfica, documental e empírica contribuirá para
a compreensão das relações entre as transformações no mundo do trabalho e os reflexos na população em
situação de rua. O referencial teórico metodológico que será utilizado para desenvolver o estudo, será da
área do Serviço Social, mas priorizaremos as referências relacionadas ao mundo do trabalho, ressaltamos
que para a compreensão das contradições envoltas no tema, recorremos a literatura marxiana e marxista.
GT TRABALHO E SAUDE DO TRABALHADOR I - SALA 56
O PERFIL DE MORBIMORTALIDADE DE TRABALHADORES RURAIS CANAVIEIROS NO BRASIL
Cassiano Ricardo Rumin – FFCLRP/USP – Email: [email protected]
Vera Lucia Navarro – FFCLRP/USP – Email:[email protected]
Resumo:
Esta pesquisa objetivou caracterizar os impactos da reestruturação produtiva na saúde dos trabalhadores
rurais canavieiros. O levantamento de dados foi realizado na Base de Dados Históricos de Acidentes do
Trabalho (2009-2015) e no Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho (2013-2015). Os postos de
trabalho foram reduzidos de 200mil (2009) para 135mil (2015). A cada 100mil trabalhadores, a
reabilitação cresceu de 71 casos (2009) para 147 casos (2015); a incapacidade permanente evoluiu de
11,3 registros (2009) para 18,7 registros (2015). Entre 2013 e 2015 a incidência de acidentes foi reduzida
de 25‰ para 15‰. A acidentalidade entre 16 e 34 anos atingiu 50% dos trabalhadores. A cada 100mil
trabalhadores: a incidência de doença ocupacional passou de 12 casos (2013) para 24 casos (2015); a
letalidade cresceu de 3,4 registros (2013) para 7 registros (2015); a mortalidade era de 8,5 casos (2013) e
foi elevada para 11 casos (2015). O desemprego, a gravidade dos acidentes, o crescimento da
incapacidade permanente e da mortalidade, indicam que houve degradação do processo de trabalho e da
saúde dos trabalhadores rurais. A alta acidentalidade e a ampliação das doenças e da letalidade,
caracterizam um perfil de morbimortalidade que prejudicaria a aposentadoria por tempo de serviço.
O DESEMPENHO CANSADO
Aline Cristina Domingues (UNESP-Graduação de Ciencias Sociais)
Profª Dra. Maria Valéria Barbosa (UNESP)
Resumo
O presente artigo busca discutir a dimensão do trabalho na contemporaneidade, tendo como ponto de partida
a reportagem da Folha de São Paulo que relata o suicídio de um jovem estudante da pós-graduação.
Agregamos esta discussão ao debate sobre a “sociedade de desempenho” de um sistema capitalista onde as
nuanças presentes no cansaço crônico da atual era pós-moderna, são as expressões mais forte de um
processo complexo de exploração e competitividade. Partindo da reportagem, faremos uma revisão
bibliográfica de autores como Camus (1989), Jeppe (2013) e em destaque, Byung-Chul Han (2015).
Compreendemos que ao tratar de tema tão polêmico é necessário extremo cuidado e respeito, além de,
buscar alternativas para que evitemos mais casos, por meio, do exame de diversas perspectivas, por isso,
nos propomos a fazer uma analise sociológica das condições de um estudante que de inúmeras formas é
essencialmente um trabalhador explorado. Portanto, a Universidade deve deixar de lado a incorporação da
lógica nefasta do produtivismo exacerbado e a cobrança intensificada por desempenho, pois a escolha pela
manutenção ou implantação de tal sistema exploratório tem se mostrado demasiadamente prejudicial a toda
a comunidade acadêmica em especial, os alunos que estão na linha de frente e são os mais fragilizados e
indefesos; e nos quais acabam recaindo a cobrança por um desempenho altíssimo, podendo leva-los a
situações extremas, como o suicídio.
A EDUCAÇÃO SUPERIOR NO CONTEXTO DOS GOVERNOS FHC (1995-2002), LULA (2003-2010):
PRIVATIZAÇÃO E MERCANTILIZAÇÃO
Araré de Carvalho Júnior – UNESP/UNIFEB
Resumo
A LDB de 1996 foi o marco para as transformações que marcaram, nos anos seguintes, o ensino superior
brasileiro. A privatização, mercantilização e diferenciação foram os eixos que nortearam o processo da
crescente participação do setor privado na oferta de ensino superior no Brasil. Alinhadas com os
organismos internacionais, as leis e decretos que seguiram foram dando forma a um ensino superior com
predominância do setor privado. Os governos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva
tiveram mais continuidades do que rupturas no processo de mercantilização do ensino superior. Com a
criação de fontes financiadoras para os alunos e a oferta de bolsas, foram responsáveis por transferências
de grandes volumes de capital para instituições privadas de educação superior. O presente artigo pretende
mostrar dados e conjecturas que esclarecem como o setor privado se tornou, a partir dos anos de 1990,
responsável por cerca de 76% das matrículas no ensino superior no Brasil
IMPACTOS DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NA SAÚDE MENTAL DOS TRABALHADORES
PÚBLICOS: O CASO DA SECRETARIA DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE
Elionara de Souza Ribeiro (SINDSEP-SP) ([email protected]);
Carolina de Moura Grando (SINDSEP-SP) ([email protected])
ORIENTADORA
RENATA PAPARELLI (PUC-SP) ([email protected])
Resumo
O presente trabalho procurou investigar os impactos na saúde mental dos agentes públicos diante dos
contínuos e crescentes processos de sucateamento de seus serviços. Baseia-se no estudo de caso da
Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), na qual realizaram-se, em parceria do Sindicato dos
Trabalhadores da Administração Pública e Autarquias do Município de São Paulo (SINDSEP-SP) com a
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), grupos e entrevistas para levantamento da
situação de saúde nos Departamentos de Gestão Descentralizadas (DGDs). Pauta-se na teoria do desgaste
mental relacionado ao trabalho de Seligmann-Silva. O estudo identificou como principais elementos
produtores de desgaste mental na SVMA: as condições materiais precárias de trabalho; o impedimento
organizacional do trabalho e as relações violentas de trabalho. Como elemento protetivo da saúde mental
dos trabalhadores, identificou-se a importância da solidariedade.
O PROCESSO DE TRABALHO DAS “AMARRADORAS” DO PORTO SANTISTA E AS IMPLICAÇÕES
À SAÚDE DAS TRABALHADORAS
Claudia Maria França Mazzei Nogueira (Universidade Federal de São Paulo)
Marina Coutinho de Carvalho Pereira (Universidade Federal de São Paulo)
Resumo
O presente trabalho é parte integrante de tese de doutorado tendo como objeto o estudo do processo de
trabalho e seus reflexos à saúde das trabalhadoras auxiliares portuárias conhecidas como “amarradoras” da
CODESP (Companhia Docas do Estado de São Paulo) do porto santista diante das implicações da divisão
sexual do trabalho assalariado neste setor e as transformações que vem ocorrendo no mundo do trabalho,
prioritariamente ao que tange o referido porto no século XXI – período este onde ocorre o aumento da
inserção da força de trabalho feminina. Utilizou-se como método o materialismo histórico dialético e
pautou-se a pesquisa em bibliografias sobre o tema, artigos de jornais, sites, bem como nos dados colhidos
em observações e entrevistas de campo. Como resultados pudemos constatar que a operação de atracação
e desatracação é um espaço com predisposição a adoecimento e acidentes apresentando riscos à saúde
das(os) trabalhadoras(es), espaço esse que continua provocando desgaste físico e mental. A pesquisa
confirmou que os possíveis agravos à saúde das “amarradoras” são inerentes a fatores relacionados ao cargo
ocupado e à forma de organização do trabalho.
SAÚDE E DOENÇA DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA CURTUMEIRA
Bárbara Oliveira Rosa, Discente do Doutorado em Psicologia (FFCLRP/USP)
E-mail: [email protected]
(Projeto de pesquisa “Trabalho e saúde: de que adoecem os trabalhadores de curtume”) VERA LÚCI
NAVARRO, Prof. Doutora em Sociologia (FFCLRP/USP)
E-mail: [email protected]
Resumo
As mudanças no mundo do trabalho que se aceleraram nas últimas décadas têm promovido intensificação
do ritmo, cobranças de metas e maior controle sobre o trabalho e os trabalhadores, fatores que agravam as
condições de trabalho e consequentemente a saúde dos trabalhadores, em geral, e de modo particular a de
trabalhadores de curtumes. O estudo tem por objetivo conhecer de que adoecem os trabalhadores da
indústria curtumeira do município de Franca/SP. A pesquisa em andamento é embasada teórica e
metodologicamente no materialismo histórico dialético. Até o momento foram entrevistados 10
trabalhadores de um total de 20 previstos. O roteiro de entrevista é focado na trajetória profissional e nas
condições de trabalho. Além das entrevistas também serão realizadas observação sistematizada do processo
de trabalho, registro fotográfico e consulta a documentos. Os dados obtidos até o momento revelam
aspectos da organização do trabalho, das condições e relações de trabalho as quais estão submetidos os
trabalhadores curtumeiros. Revelam aspectos sobre as cargas físicas, mecânicas, químicas, biológicas e
psicológicas presentes no ambiente de trabalho que podem estar afetando a saúde dos trabalhadores.
GT TRABALHO E SAUDE DO TRABALHADOR II - SALA 59
SAÚDE DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO: RELAÇÕES COM O AMBIENTE DE
ATUAÇÃO PROFISSIONAL E O SENTIDO DO TRABALHO.
Carlos E. Cervilieri – Mestrando do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. E-mail
VERA LÚCIA NAVARRO. – Professora Associada do Departamento de Psicologia da Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. E-mail [email protected]
Resumo:
Com a atual perda da razão social do trabalho, deixa de existir o sentido para aqueles que o realizam. O
objetivo principal da pesquisa é estabelecer relações entre os problemas de saúde relatados pelos
profissionais e sua atividade laboral. A pesquisa está dividida em duas etapas, na primeira já concluída, foi
realizada revisão bibliográfica da produção científica abordando a questão do trabalho e a saúde dos
professores no período de 2012 a 2017, para a revisão foi utilizada as bases de dados: SciELO, PsycINFO
e Biblioteca Digital de teses da USP somando o total de 9.037 publicações. A segunda etapa, em andamento,
são entrevistas com 20 professores da rede pública estadual pertencentes ao município de Ribeirão Preto
(SP). As entrevistas estão sendo realizadas a partir de roteiro com questões abertas e fechadas em duas
escolas coparticipantes. A primeira etapa, já concluída, revela o aumento no número de adoecimentos e
afastamentos dos professores de sua atividade de trabalho no período de 2015 a 2017. Só na rede estadual
de ensino do Estado de São Paulo em 2016 foram 372 licenças por dia, sendo 27% dos afastamentos por
transtorno mental.
SAÚDE DO TRABALHADOR: ENTRE A AUTONOMIA E O ADOECIMENTO
Fagner Firmo de Souza Santos (membro Grupo Mundos do Trabalho e suas metamorfoses)
E-mail: [email protected]
Resumo
A saúde do trabalhador é uma das questões mais caras à Sociologia do Trabalho, que se propõe a analisar
as transformações na forma de ser da classe trabalhadora. Nela estão contidas questões como a
intensificação do trabalho, a análise dos perfis de adoecimento correspondente aos diferentes processos
adotados na produção, circulação e realização das mercadorias. O que podemos notar em inúmeros estudos
feitos sobre o tema é que nas ultimas décadas houve mudanças no perfil de adoecimento, bem como nos
agentes causadores de acidentes de trabalho. Em linhas gerais podemos notar que antes predominavam as
formas tangíveis de doenças, vinculadas a ambientes de trabalho ainda mais hostis que os de hoje. A
tangibilidade dessas doenças se traduziam nos danos irreparáveis que esses ambientes (incluindo aí não só
as instalações prediais dos locais de trabalho, mas também os maquinários) causavam e que podiam ser
facilmente notados, ou facilmente diagnosticados. São exemplos desse perfil: a surdez, a perda de visão,
mutilação de membros do corpo, eletrocussão, esmagamento, contaminação por agentes químicos ou
biológicos. Já hoje, o perfil predominante se caracteriza pela intangibilidade. São doenças, portanto, difíceis
de notar e trazem algumas dificuldades em serem diagnosticadas
OS INDICADORES DO PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PROFISSIONAL: UMA ANÁLISE
INTERPRETATIVA
Flávia Xavier de Carvalho
[email protected] – UEPG
Keity Ayumi Akimura
[email protected] – UNESPAR Campo Mourão
Resumo
O Programa de Reabilitação Profissional (RP) é um serviço prestado pelo Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) que, em sua dimensão social, visa promover o potencial laborativo residual de trabalhadores
que foram acometidos por doenças ou acidentes do trabalho e de pessoas com deficiência. Considerando a
relevância e ainda restrita visibilidade desta temática no âmbito das políticas públicas, este artigo apresenta
um levantamento quantitativo do Programa de Reabilitação Profissional executado pela Gerência Executiva
do INSS de Maringá no período de 2013 a 2017, com a finalidade de apreender a dinâmica operativa do
programa. Utiliza-se como metodologia a revisão bibliográfica, a pesquisa documental e a análise
quantitativa.
INTENSIFICAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE E SAÚDE NA PÓS-GRADUAÇÃO – UM ESTUDO NA
UFG
Joana Alice Ribeiro de Freitas, Universidade Federal de Goiás (UFG),
E-mail: [email protected]
VERA LUCIA NAVARRO, Universidade de São Paulo (USP),
E-mail: [email protected]
Resumo
Este trabalho tem por objetivo apresentar os desdobramentos observados na saúde de professores
vinculados à pós-graduação em relação às suas condições de trabalho. Para tanto, apoia-se em pesquisa de
doutorado que entrevistou professores vinculados a dois programas de pós-graduação avaliados com o
conceito seis da Capes, da Universidade Federal de Goiás, no triênio 2010-2012. Discute-se nesta pesquisa,
o fato de que a pós-graduação brasileira tem passado por significativas e rápidas mudanças ao longo dos
últimos vinte anos, reflexo, principalmente, das transformações ocorridas no ensino superior brasileiro e da
reforma do Estado brasileiro ocorrida na década de 1990. Ao longo destas últimas décadas, observou-se o
paulatino aumento das cobranças avaliativas feitas pelas agências de fomento, o que culminou na
intensificação do trabalho, inclusive como alternativa à precarização das condições de trabalho da
universidade pública. Considerando a ineliminável relação estabelecida entre condições de trabalho e seus
desdobramentos na saúde, problematizaram-se os desdobramentos que este cenário de rápidas mudanças
na pós-graduação tiveram na saúde do trabalhador docente vinculados à pós-graduação.
O TRABALHO INFORMAL E PRECÁRIO DOS GARIMPEIROS NA EXTRAÇÃO DO MINÉRIO CAULIM
NO MUNICÍPIO DE TENÓRIO-PB: UM ESTUDO SOBRE OS “HOMENS-TATUS”.
Moniele de Fátima Diniz, UEPB- Campus I
Patrícia Carla de Souza Rocha Delmiro, UEPB- Campus I
Waltimar Batista Rodrigues Lula, UEPB- Campus I
Resumo:
Entende-se por trabalho informal a categoria de trabalho que se desenvolve fora do âmbito do jurídico, que
não possui os benefícios sociais, pois não existe regulamentação da atividade por nenhum órgão competente
a controlar informações fiscais e trabalhistas deste tipo de trabalho. O que pode ser observado na atividade
de extração do minério caulim, é a existência do trabalhador informal que embora estando ausente de
vínculo legal e do usufruto de direitos trabalhistas, é em grande parte responsável pelo fornecimento às
empresas de beneficiamento do minério, desenvolvendo esta atividade em condições precárias de trabalho.
Nesse contexto, o objetivo geral deste artigo é analisar o perfil dos atores sociais envolvidos no trabalho de
exploração do caulim no município de Tenório–PB. Salienta-se a necessidade de compreender os malefícios
advindos desde tipo de atividade desenvolvida pelos “homens-tatus”, assim chamados os garimpeiros no
município de Tenório-PB. Embasado teoricamente por autores como Cacciamali, Noronha, entre outros,
concluímos que são trabalhadores de origens humilde, com baixos níveis de escolaridade e que devido à
falta de alternativas melhores de emprego, se submetem a este tipo de atividade degradante, sem muitas
expectativas, mas necessária na luta pela sobrevivência.
AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR E A (DES) PROTEÇÃO
DA FORÇA DE TRABALHO NO MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS-PA
ANDREA FERREIRA LIMA DA SILVA
Universidade Federal do Pará – UFPA. Grupo de Pesquisa Trabalho, Direitos Humanos e Seguridade
Social (TRADHUSS, UFPA). E-mail: <[email protected]>.
ADRIANA DE AZEVEDO MATHIS (ORIENTADORA)
Universidade Federal do Pará – UFPA. Líder do Grupo de Pesquisa Trabalho, Direitos Humanos e
Seguridade Social (TRADHUSS, UFPA). E-mail: <[email protected]>.
Resumo
Este trabalho teve como objetivo analisar a implementação e operacionalização das políticas públicas de
segurança e saúde do trabalhador no município de Parauapebas-PA. Para tanto, a pesquisa buscou estudar
a conjuntura política econômica global e nacional na contemporaneidade, realizar o resgate histórico da
instituição da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT) e da Política Nacional
de Segurança e Saúde do trabalho, bem como analisar as ações e intervenções das políticas em nível
nacional, estadual e municipal. Trata-se de um trabalho de pesquisa que contempla a formulação e execução
das ações em saúde do trabalhador, considerando os Formuladores, representados na pesquisa pelo membro
da OIT, empresa Vale S/A e sindicatos; os Executores, representados pelos gestores e trabalhadores dos
serviços de segurança e saúde do trabalhador; e os Beneficiários, representados pelos trabalhadores da
mineração. Conclui que a inoperância dessas políticas é determinada pela conjuntura política econômica
do Brasil, mas também pela conjuntura local, onde se observa a ampliação do “exército industrial de
reserva”, a primazia pela Saúde Suplementar, o (des) controle social dos gastos em saúde do trabalhador e
a atuação neocorporativista dos sindicatos.
GT TRABALHO. GENERO, INFANCIA E EDUCAÇÃO - SALA 60
TRABALHO E DESIGUALDADE DE GÊNERO EM NAVIOS DE CRUZEIRO MARÍTIMO
Angela Teberga de Paula
Vania Beatriz Merlotti Herédia
Resumo
As condições de trabalho em navios de cruzeiro marítimo ainda são pouco estudadas na academia do país.
A precarização do trabalho nesses navios alcança patamares espantosos, especialmente em razão das
jornadas exaustivas e restrição de locomoção dos trabalhadores. A partir desse contexto, esta pesquisa tem
como objetivo compreender uma das manifestações da precarização do trabalho nos navios, qual seja a
desigualdade de gênero no âmbito do trabalho dos cruzeiros turísticos, a partir da visão das tripulantes
mulheres. As principais fontes utilizadas para referencial teórico são: Antunes, Rosso, Davis e Biroli. Foram
entrevistadas 139 tripulantes, através da plataforma Google Formulários. Basicamente buscou-se mensurar
questões como divisão sexual do trabalho, diferenciação salarial e desigualdade hierárquica e de ascensão
profissional. Tem-se como principal resultado: apesar de diferentes manifestações de desigualdade de
gênero dentro dos navios (especialmente relacionada aos cargos, seguido de assédio sexual), a percepção
da maioria das entrevistadas é que a variável gênero não é a protagonista das discrepâncias, ao passo que a
nacionalidade é o que determinaria a divisão do trabalho dentro dos navios.
GÊNERO E A DUPLICIDADE DO TRABALHO FEMININO: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO SOBRE A DOMINAÇÃO-
EXPLORAÇÃO DA MULHER NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Maria Júlia Tavares Pereira – Universidade Federal de Alfenas
Adriano Pereira Santos – Universidade Federal de Alfenas
Resumo:
Este artigo tem por objetivo discutir a dupla dimensão do trabalho feminino – seus aspectos produtivos e
reprodutivos – na sociedade capitalista a partir de um estudo bibliográfico acerca das teorias críticas das
“relações sociais entre os sexos”. Nesse sentido, busca não apenas compreender e explicar o porquê as
estruturas de dominação-exploração da mulher e do trabalho feminino ainda se perpetuam, mas também
problematizar algumas perspectivas pós-estruturalistas adotadas na contemporaneidade ao tratar das
questões de gênero. Por meio de um amplo levantamento de dados acerca das desigualdades de gênero e
análise teórico-conceitual da bibliografia selecionada, a pesquisa, em andamento, pretende contribuir tanto
para uma análise sociológica das “relações sociais entre os sexos” quanto para uma leitura crítica das
relações de gênero na contemporaneidade. Para tanto, se apoia em estudos críticos de problemáticas
femininas na ordem sociorreprodutiva atual, ainda marcadas por relações de dominação-exploração
patriarcais e capitalistas.
MASTERCHEFAS: MULHERES NOS REALITY SHOWS CULINÁRIOS.
Bianca Briguglio (Programa de Doutorado em Ciências Sociais - IFCH/ Unicamp)
E-mail: [email protected]
Bolsista Capes
Resumo
Pretende-se analisar a participação feminina em um reality show culinário, considerando as relações de
gênero, classe e raça/ etnia. A proposta refere-se ao Programa Masterchef, transmitido semanalmente pela
Rede Bandeirantes de televisão. O artigo será estruturado a partir de uma descrição do programa, para em
seguida promover uma análise da dinâmica e dos participantes, a partir das relações sociais de gênero, raça
e sexo, conforme se expressam no programa, mas também como se dão antes e fora da participação no
reality, no “mundo real”. Considerando os contornos da divisão sexual do trabalho, que nesse caso se
expressa pela separação entre a cozinha profissional, masculina e dotada de prestígio, e a cozinha
doméstica, feminina e desvalorizada, serão mobilizados os conceitos de interseccionalidade e
consubstancialidade, entendendo que há pontos em que esses conceitos se aproximam e se afastam, para
analisar a forma como as mulheres se inserem nesse reality show, o mais popular no Brasil, como elas
reforçam ou recusam os estereótipos femininos, como se dão as relações com os participantes homens e
com os jurados.
Dia 08/06/2018, Sexta-feira
GT TRABALHO E POLITICAS EDUCACIONAIS - SALA 41
MOVIMENTOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO: UM OLHAR SOBRE O PROJETO DE CULTURA JOVENS
PESQUISADORES
Claudinei de Souza
Co-autora:
Dra Samila Bernardi do Vale
Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP
Resumo:
O presente trabalho aborda a relação entre Movimento Social e Educação, tendo como objetivo investigar
o papel formativo do Projeto de Cultura Jovens Pesquisadores no município de Pradópolis/SP. O projeto
acontece desde 2012 e tem como objetivo propor oficinas de artes às crianças e adolescentes da cidade,
fomentando a aproximação e participação da comunidade por meio de suas ações. Partimos da hipótese de
que esse tem sido um espaço formativo técnico mas também político, aproximando crianças e jovens no
debate e a práticas culturais. O trabalho tem sido realizado a partir de levantamento, análise bibliográfica e
pesquisa de campo. O primeiro capítulo consiste no resgate da história do Projeto de Cultura Jovens
Pesquisadores. Para tanto, tem sido realizadas entrevistas com seus membros, assim como, a observação e
levantamento do público atingido e das atividades oferecidas pelo coletivo. No segundo momento do
trabalho abordaremos a definição de Educação formal, não formal e informal e por último a relação entre
Movimento Social e Educação, para procurarmos entender a função do Projeto de Cultura Jovens
Pesquisadores.
O PROCESSO DE CRIAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA NO PERÍODO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
INGLESA
Cleissiane Aguido Gotardo (UNESPAR, Paranavaí /FA)
Neide de Almeida Lança Galvão Favaro (UNESPAR, Paranavaí)
Resumo:
Esta pesquisa analisa o processo de criação da escola pública no período da Revolução Industrial Inglesa,
explorando suas funções e relações com as demandas do trabalho. Com base no materialismo histórico e
numa abordagem qualitativa, apreende-se o processo de organização da escola pública na Inglaterra e as
funções atribuídas à mesma no âmbito das relações políticas, econômicas e sociais europeias dos séculos
XVIII e XIX. No período da Revolução Industrial consolidou-se o capitalismo como modo de produção
dominante e houve a ascensão da burguesia, afetando a classe trabalhadora em distintas dimensões. Apesar
disso, a industrialização dispensou a instrução escolar no início, tanto para o desenvolvimento da
maquinaria quanto para a preparação dos trabalhadores. Teóricos da economia política como Adam Smith
e Stuart Mill preconizaram a necessidade de criação da escola pública com a finalidade de elevar o nível
moral e cívico do trabalhador, atendendo às novas demandas oriundas do capital e contribuindo para a
manutenção das relações de classe que se estabeleciam. Avaliar as funções da escola pública em suas
origens, relacionando-as especificamente com as demandas do trabalho e do capital, pode subsidiar a
reflexão de suas funções e perspectivas atuais.
A ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA: ORIGENS E FUNÇÕES
Edlaine Anazar Marcolino (UNESPAR, Paranavaí, PIBIC/FA)
Neide de Almeida Lança Galvão Favaro (UNESPAR, Paranavaí)
Resumo:
Este artigo analisa o processo de implantação da escola pública no Brasil, apreendendo suas funções
históricas e relacionando-as com as demandas do trabalho. A partir de uma abordagem qualitativa, pautada
no materialismo histórico, resgata o contexto econômico e político que subsidiou a organização de uma
escola para todos no país. Investiga a estrutura educacional brasileira, do século XVI em diante, analisando
suas características e os debates que envolveram a questão de sua expansão para todos. Procede então à
verificação das medidas concretas efetivadas para a universalização da escola pública, que se concretizou
apenas na segunda metade do século XX, articuladas às exigências da organização do trabalho. A luta pela
escola pública, universal, gratuita, obrigatória e laica ocorreu no Brasil em um momento distinto dos países
europeus, tendo em vista as especificidades que marcaram o seu processo de desenvolvimento econômico,
desigual em relação aos países centrais, embora sintonizado com as demandas mundiais do capital. As
funções atribuídas à escola para todos vincularam-se em suas origens à formação cívica e moral, bem como
à criação de condições para a modernização e desenvolvimento do país. Sua compreensão histórica
contribui no debate acerca das funções da escola pública na atualidade brasileira, diante das contrarreformas
em andamento.
PRECARIZAÇÃO E INTENSIFICAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE NOS INSTITUTOS FEDERAIS
Elen de Fátima Lago Barros Costa (Instituto Federal do Maranhão/IFMA, Financiada pelo IFMA)
Maria Cristina dos Santos Bezerra (Universidade Federal de São Carlos)
Resumo
Ao analisarmos a história recente do Brasil, constata-se que os períodos dos dois mandatos do Governo
Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) são emblemáticos no que concerne ao contexto político-econômico,
ao paradigma educacional assumido e às reformas decorrentes deste novo modelo. Dentre outras ações,
ganhou centralidade a formulação da nova institucionalidade para a Educação Profissional e Tecnológica
(EPT), voltada para atender às exigências do novo ciclo da economia, assim como, uma grande parcela da
população que necessitava de qualificação profissional de nível técnico e superior. Respondendo a tais
demandas, o Governo Federal criou e expandiu uma nova rede de educação profissional e tecnológica
“singular e pluricurricular” - os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFET’s). Deste
modo, o objetivo deste trabalho é analisar a criação/expansão dos IFET’s, iniciada e consolidada no
Governo do Partido dos Trabalhadores (PT) e seus impactos na identidade, natureza e trabalho docente.
Deste modo, compreende-se que esta nova institucionalidade/identidade trouxe mudanças no
trabalho/carreira do professor no que diz respeito à forma de fazer ciência, no desenvolvimento de suas
atividades profissionais e na sua jornada de trabalho.
A AMPLIAÇÃO DA JORNADA ESCOLAR: MAPEAMENTO DAS TESES PUBLICADAS NO PORTAL
DA COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DA EDUCAÇÃO SUPERIOR-CAPES
NO PERÍODO DE 2007 A 2012
Natalia Balconi Endo - UEL - [email protected]
Orientadora: MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE- UEL [email protected]
Vinculado ao Projeto de Pesquisa: A ampliação da jornada escolar nas pesquisas em educação
desenvolvidas no período de 2007 a 2016: uma análise nos bancos de dados da CAPES e da ANPED.
Resumo
O artigo apresenta dados preliminares do projeto de iniciação científica que visa a levantar e organizar a
produção das pesquisas desenvolvidas sobre a ampliação da jornada escolar em teses que se encontram
disponibilizadas no portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal da Educação Superior - CAPES
no período de 2007 a 2012.A pesquisa procura responder a seguinte questão: Como tem sido apresentadas
nas pesquisas em educação, com foco na ampliação da jornada escolar, questões referentes à educação
integral, a escola de tempo integral, as atividades socioeducativas, a educação não formal, a inclusão social
e a qualidade do ensino? Numa perspectiva qualitativa, está sendo realizada uma pesquisa bibliográfica
com o mapeamento das teses desenvolvidas no período de 2007 – 2012. Busca-se organizar um banco de
dados da produção de teses e dissertações sobre a ampliação da jornada escolar no período informado. Esse
banco de dados permitirá o desenvolvimento de novas pesquisas e auxiliará pesquisadores que analisam o
tema.
MERCADO DE TRABALHO FORMAL EM CINEMA E AUDIOVISUAL
Ricardo Normanha Ribeiro de Almeida
IFCH/UNICAMP - Profa. Dra. Liliana Rolfsen Petrilli Segnini – IFCH/UNICAMP
Resumo:
O bom desempenho do audiovisual no Brasil, aponta para a ampliação da busca por mão de obra qualificada
para atuação nas mais diversas funções. O trabalho nos diferentes segmentos artísticos, e no cinema
especificamente, ainda é permeado por uma intensa idealização e está relacionado com a procura pela
satisfação pessoal e profissional. Por outro lado, a análise do mercado de trabalho em cinema informa a
existência de trajetórias de instabilidade e riscos, provocadas pela inconstância das produções, a falta de
financiamento e incentivos e pelo processo acentuado de desregulamentação das atividades de trabalho.
Neste sentido, este estudo tem como objetivo central compreender as características do trabalho em cinema
e audiovisual por meio da análise dos dados do mercado de trabalho formal neste campo, iluminados pelas
reflexões teóricas sobre o trabalho artístico inscrito nas indústrias culturais. Foram utilizados dados da
RAIS sistematizados pela ANCINE, compreendendo os vínculos de emprego no setor audiovisual entre
2007 e 2015. Entre os resultados da análise, pode-se ressaltar que a produção – elo da cadeia produtiva com
maior concentração de força de trabalho criativa e artística – apresenta forte processo de desvalorização
material.
GT TRABALHO, ECONOMIA E SOCIEDADE - SALA 43
A DINAMICA DO TRABALHO INFORMAL NO MUNICIPIO DE CAMPINA GRANDE – A CRISE DO
EMPREGO E O TRABALHO INFORMAL DE RUA
Patrícia Carla de Souza Rocha Delmiro (Universidade Estadual da Paraiba) [email protected];
PIBIC – CNPq
Moniele de Fátima Diniz (Universidade Estadual da Paraíba)
PIBIC- CNPq
WALTIMAR BATISTA RODRIGUES LULA – Universidade Estadual da Paraíba
[email protected]; PIBIC- CNPq
Resumo:
O aumento crescente da taxa de desemprego fez com que os indivíduos excluídos do mercado de trabalho
buscassem novos meios de sobreviver, e o trabalho informal se torna uma alternativa de renda. Em Campina
Grande- PB, o trabalho informal de rua tem se tornado cada vez mais constante, uma vez que as ruas centrais
da cidade estão sendo ocupadas por este tipo de trabalho. Sendo assim, a pesquisa tem como objetivo
apresentar uma análise de como a crise do emprego tem influenciado o trabalho informal nas ruas centrais
de Campina Grande. A metodologia adotada baseia-se na pesquisa bibliográfica que envolvem crise do
emprego e trabalho informal. A pesquisa de campo, que por sua vez, foi realizada a partir de coletas de
dados, formulários e entrevistas individuais. Busca-se verificar as variáveis econômicas, ideológicas e
culturais do trabalho informal. Os resultados mostram um panorama atual do trabalho informal em Campina
Grande, assim como, contribui com o aumento do número de estudos relacionados ao assunto.
REFORMA TRABALHISTA: Perspectivas do Serviço Social.
VIVIANE BALIEIRO FERNANDES (Universidade Estadual Paulista- Faculdade de Ciências
Humanas e Sociais)
E-mail: [email protected]
Membro do PRAPES- Práticas de Pesquisa: perspectivas contemporâneas/CNPQ.
ORIENTADOR
JOSIANI JULIÃO ALVES DE OLIVEIRA (Universidade Estadual Paulista- Faculdade de Ciências
Humanas e Sociais)
Resumo
O presente estudo tem como objetivo identificar a perspectiva do profissional do Serviço Social perante as
mudanças nas relações de trabalho trazidas pela Reforma Trabalhista. Por meio de pesquisa bibliográfica e
documental será traçada a linha de conquistas dos direitos trabalhistas a partir da era Vargas. Dois pontos
principais serão investigados: a flexibilização e o trabalho intermitente, visto que foi criada a nova figura
do trabalhador ultraflexível caracterizada pela disponibilidade do trabalhador a qualquer hora, ficando à
mercê da necessidade do patrão. Infere-se que a reforma estudada provocou uma metamorfose na proteção
ao trabalho, transformando a Consolidação das Leis do Trabalho em Consolidação das Leis do Livre
Comércio do Trabalho. Por fim serão apresentados os pontos principais de atuação do Assistente Social na
defesa do trabalhador nesta relação de trabalho contemporâneo.
A EXPRESSÃO DO CAPITALISMO DEPENDENTE NA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MATO
GROSSO
Viviani Sousa Barros (Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT)
e-mail: [email protected]
Lélica Elis Pereira de Lacerda (Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT)
e-mail: [email protected]
Resumo
O presente trabalho dedica-se a analisar o processo de formação do Estado brasileiro e mato-grossense a
partir das leituras dos teóricos que compreendem a América Latina como fornecedora de matéria prima
para os países de capitalismo central, sendo, portanto, países de capitalismo dependente. A partir dessa
perspectiva analisamos a formação do Estado de Mato Grosso e sua relação com o imperialismo norte-
americano que impõe o modelo do agronegócio ao Estado, sendo esse o modelo que configura a relação
capital-trabalho no campo e vem aprofundando a relação de dependência do Brasil em relação aos países
centrais na medida em que reforça a política agroexportadora. Para a realização da pesquisa foi adotado o
estudo bibliográfico, tendo como abordagem teórica o materialismo histórico dialético. Tal escolha
metodológica possibilitou realizarmos sucessivas aproximações com a realidade concreta de forma a
compreender criticamente os fatores determinantes da formação do Estado brasileiro e do agronegócio em
Mato Grosso.
GT SINDICALISMO, MOVIMENTOS SOCIAIS E FORMAS DE
RESISTENCIA - SALA 45
Joallan Cardim Rocha (Instituto Federal de Alagoas-IFAL)
E-mail: [email protected]
ORIENTADOR
JAIR BATISTA DA SILVA (Universidade Federal da Bahia)
E-mail: [email protected]
Resumo:
O presente artigo aborda a relação entre os trabalhadores mineiros e o governo Evo Morales entre os anos
2006 e 2014. Os trabalhadores mineiros, a partir de uma acumulação histórica prévia, recriadas através de
uma memória coletiva, presenciaram a partir do ano 2000, uma paulatina recuperação do seu protagonismo
capaz de projetar-se novamente na vida política nacional. Este processo de recuperação ou revitalização
coincidiu com a chegada à presidência do país do líder sindical, Evo Morales. Os conflitos protagonizados
pelos trabalhadores mineiros de Huanuni foram uma fonte permanente de instabilidade política e social
durante o governo Evo Morales. Destacaremos ao longo deste artigo, as tensões, dilemas, acordos e
negociações que envolveram esta complexa relação, marcada pelo binômio resistência/integração. A
memória, a história e as tradições reforçaram entre os mineiros, velhas identidades, crenças, costumes e
práticas políticas-sindicais que pareciam ter desaparecido. Para realizar este artigo apoiamo-nos em uma
ampla revisão bibliográfica e histórica, entrevistas como os próprios trabalhadores, análise de fontes
documentais e hemerografica, material iconográfico e áudio visual.
O SINDICALISMO DOCENTE NO CONTEXTO DAS REFORMAS NEOLIBERAIS
Alex Ricardo Bombarda ( Universidade Estadual Paulista Unesp- Marília)
Email : [email protected]
Resumo
No final dos anos de 1970, ocorreram no Brasil diversos movimentos grevistas que tiveram início com os
metalúrgicos da região do ABC paulista. Além dos metalúrgicos, os professores se integraram a esse
movimento que lutava pelo fim da ditadura militar e por melhores condições de trabalho e salário. Ao longo
da década de 1990, o governo do Estado de São Paulo implementou uma série de reformas neoliberais que
afetaram a rede estadual de educação e, também, o trabalho docente. Para os professores, o resultado foi a
precarização do seu trabalho ocorrida através da corrosão de direitos, política de bonificação com base em
resultados, divisão dos trabalhadores em várias categorias etc. Assim, o objetivo deste trabalho será analisar
o impacto dessas reformas em relação ao sindicalismo docente. Para promover essa proposta será
considerada a APEOESP e as principais mudanças ocorridas na rede estadual de educação do estado de São
Paulo com o intuito de verificar o impacto dessas medidas na atuação do sindicato. Quanto à metodologia
serão analisadas, além da bibliografia pertinente ao assunto, dados referentes ao número de sindicalizados
disponíveis e a ocorrência de greves entre os anos 2000 e 2017. A hipótese inicial é a de que essas reformas
prejudicaram a atuação sindical dos professores.Rumin
DA CLT ÀS TERCEIRIZAÇÕES: PROCESSOS, RETROCESSOS E PERDA DE DIREITOS DOS
TRABALHADORES
DOUGLAS IVAM ALVES
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE DO PARANÁ - UNICENTRO
[email protected] –Participante do Programa de Iniciação Científica (PROIC)
ANGELA MARIA MOURA COSTA PRATES
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE DO PARANÁ - UNICENTRO
[email protected] - Orientadora no Programa de Iniciação Científica (PROIC)
Resumo:
O presente artigo tem como objetivo analisar a nova lei das terceirizações e os impactos que poderá produzir
nas relações de trabalho e consequentemente nos direitos dos trabalhadores. Para isso, apoiado na
perspectiva crítica e no método do Materialismo Histórico Dialético, por meio de uma retomada histórica,
mostra-se a proteção social trabalhista que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) garante ao
trabalhador brasileiro. Em seguida, analisa-se o processo de reforma trabalhista como consequência das
recorrentes crises do sistema capitalista e seus desdobramentos no desmonte dos direitos dos trabalhadores
operado por mudanças no mundo do trabalho. Por fim, reflete-se acerca das novas determinações do
trabalho decorrentes das mudanças que a nova lei de terceirizações trará para as relações trabalhistas, como
se sucederam as principais reações das categorias profissionais em relação à lei das terceirizações e quais
condições de trabalho serão reservadas aos trabalhadores na história vindoura. Portanto, contra a exploração
de sua força de trabalho e flexibilização da proteção social, imperativos da ordem capitalista, resta ao
trabalhador resistir e lutar pela superação plena dessa ordem e construção de uma nova sociabilidade.
EXPRESSÃO DA CONSCIÊNCIA REAL COMO ELEMENTO DE DINAMIZAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
POSSÍVEL (Estudo de caso da fanpage do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro).
Luis Henrique do Nascimento Gonçalves
Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro [email protected]
ORIENTADOR: CARLOS FREDERICO B. LOUREIRO Universidade Federal do Rio de Janeiro
Resumo
O texto traz o relato da pesquisa netnográfica realizada em parceria com o Sindicato dos Comerciários do
Rio de Janeiro acerca das dinâmicas de consciência de classe na categoria durante sua campanha salarial
de 2016. Sob as perspectivas da Psicologia SócioHistórica foram definidas categorias de expressão de
consciência aplicáveis para este caso em específico. Buscouse verificar a frequência com que essas
categorias surgiam no recorte de 5.000 comentários na página da entidade no Facebook durante a campanha.
O relato e a vivência de ações sindicais do período pesquisado gerou um intenso e inédito debate com
milhares de trabalhadores entre si e com o sindicato. Entretanto, o processo mostrouse efêmero, incerto e
não se desdobrou na participação da categoria em atividades sindicais convencionais. Mas aponta para a
importância de espaços onde trabalhadores possam debater entre si suas relações de trabalho, ainda que
dentro dos limites da consciência real, como uma das formas do tensionamento dessa consciência até seus
limites possíveis.
GT TRABALHO, TECNOLOGIA E REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA - SALA 51
OS REBATIMENTOS DAS MUDANÇAS NO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA NO
TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL
Priscila Semzezem,
Resumo:
Este estudo é parte de uma pesquisa em andamento que objetiva compreender como as mudanças do modo
de produção capitalista repercutem sobre as relações e condições de trabalho dos assistentes sociais de
Paranavaí/ PR. O contexto atual é marcado pela crise do capitalismo monopolista, e este vem buscando
estratégias para superação através da adoção de políticas neoliberais e reestruturação do trabalho, tornando-
o flexível e precário. No Brasil, atualmente, diversas medidas normativas impactam sobre o trabalho e a
conquista dos direitos da classe trabalhadora: A Lei 13.467, aprovada em 2017 que adequa a legislação as
novas relações de trabalho – Reforma Trabalhista e o Projeto de Emenda Constitucional-PEC 287/2016 que
dispõe sobre alterações na previdência social. Sendo o assistente social um trabalhador, sofre com esses
rebatimentos, ou seja, essas refrações determinam o seu trabalho em suas condições e relações de trabalho.
Nesse sentido, este trabalho através de uma pesquisa bibliográfica qualitativa, tem o objetivo de
compreender os rebatimentos das mudanças no modo de produção capitalista recentes sobre as relações e
condições de trabalho dos assistentes sociais.
POLÍTICA PÚBLICA DE AUTONOMIA ECONÔMICA E EMPODERAMENTO FEMININO: Uma
análise da experiência do Programa Chapéu de Palha Mulher - PE
RAQUEL OLIVEIRA LINDÔSO (Doutoranda em Ciências Sociais da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp)
E-mail: [email protected]
Resumo
O foco deste trabalho é o Programa Chapéu de Palha Mulher no âmbito do Projeto de Formação de Rede
de Agentes de Políticas Públicas para Mulheres do estado de Pernambuco. A questão norteadora que orienta
este trabalho consiste na ideia de que a noção de empoderamento feminino, presente na política pública de
autonomia econômica, insere-se no contexto sociopolítico em que se dá o esvaziamento do conteúdo
transformador das relações de poder que são estruturadoras da ordem capitalista patriarcal. É nesse
contexto que pretendo situar o Programa Chapéu de Palha Mulher, como política estadual de promoção de
autonomia econômica feminina, que se qualifica como uma experiência exitosa e inovadora, mas,
paradoxalmente, implica na reprodução dos estereótipos de gênero, reforço da divisão sexual do trabalho e
estímulo ao empoderamento feminino numa perspectiva individualista e mercadológica.
TRABALHO, EDUCAÇÃO, HOMINIZAÇÃO: O DEVIR HISTÓRICO DO HOMEM
Vanderlei Amboni (Universidade Estadual do Paraná – Campus de Paranavaí)
E-mail: [email protected]
Resumo:
Este texto apresenta o trabalho como mediação entre o hominídeo e a natureza no processo de hominização
e materialidade do homem e, como consequência, a humanização do ser social homem no seu devir
histórico. Para tanto, partimos da premissa sob a qual só há ser histórico nos limites de trabalho, cuja
materialidade dá forma aos objetos e ao próprio homem. Neste sentido, o ato de comer, beber, vestir-se e
abrigar-se torna-se ato contínuo à vida material, na qual o homem necessita realizar diuturnamente para sua
reprodução biológica e social. Para darmos conta do nosso objeto, serão analisadas as obras de autores
materialistas, para quem o mundo humano é criação das relações mediadas pelo trabalho entre homem e
natureza. Ao criar o mundo humano, os homens criam também formas de produzir sua vida material
mediada pelas condições reais de sua existência, cuja expressão social se forma nas relações sociais de
produção, determinando o caráter efêmero das determinadas formações históricas de produção que o
homem criou ao longo de sua existência material.
CÓDIGO-INFORMAÇÃO E PROPRIEDADE INTELECTUAL: FORMAÇÃO DE VALOR E TRABALHO
IMATERIAL
Vinicius Aleixo Gerbasi
E-mail: [email protected]
Doutorando pela UNESP de Marília
Orientador: AGNALDO DOS SANTOS, UNESP- Marília, Departamento de Ciências Políticas e
Econômicas (DCPE)
Resumo
Atualmente a informação e o conhecimento, determinados pela colaboração em e cooperação dos
trabalhadores caracterizam-se como categoriais essenciais ao capitalismo contemporâneo. A Economia
Política marxista nos mostra que a informação e o conhecimento como insumos intangíveis são importantes
para a compreensão do capitalismo, além dos conceitos como mercadoria, subsunção do trabalho,
trabalhador produtivo e improdutivo e trabalhador complexo e capital constante. Este artigo discute a
apropriação do trabalho imaterial ou trabalho intelectual no âmbito das tecnologias de informação. A
mercantilização da informação e do conhecimento é um dos pressupostos da composição orgânica do
capital e da acumulação do capital. Assim, ela se realiza sobre as relações sociais dos trabalhadores, se
apropriando das dimensões informacionais e comunicacionais. A propriedade intelectual se define como
instrumento jurídico legitimador no contexto da criação dos programas de computadores, a exemplo das
patentes e direitos autorais, ou seja, da apropriação dos elementos intangíveis ligados a reprodução do
capital.
GT TRABALHO E TEORIAS SOCIAIS - SALA 55
A CONSTRUÇÃO IDEOLÓGICA DA FELICIDADE NA CONTEMPORANEIDADE.
Tiago Marques Evangelista da Silva
Faculdade de Filosofia e Ciências – Júlio de Mesquita Filho. Unesp – Campus Marília.
GIOVANNI ANTÔNIO PINTO ALVES
Faculdade de Filosofia e Ciências – Júlio de Mesquita Filho. Unesp – Campus Marília.
Resumo:
O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma investigação no desenvolvimento da construção
ideológica do conceito de felicidade na contemporaneidade e suas implicações na realidade social.
Conceituar e estabelecer parâmetros para a felicidade sempre foi um problema para a humanidade,
entretanto, o que é inegável é a tentativa constante de se criar modelos ideológicos que perpassam e se
transformam através dos séculos em inúmeras sociedades; com o modo de produção capitalista não é
diferente, há um esforço multidisciplinar que procura emoldurar à sua maneira tal conceito. Conhecer
historicamente como se iniciam, como sofrem mutações, como se desdobram e as consequências dos
intentos capitalistas para implantar e obter sucesso em seu modelo ideológico de felicidade é um bom
indicativo para analisar como está a saúde física e mental das sociedades que vivem sob a influência desse
modo de produção, visto que, esses esforços penetram em todas as classes sociais, no trabalho, nas formas
de sociabilidade e, consequentemente, na consciência.
EDUCAÇÃO, CONSCIÊNCIA E EMANCIPAÇÃO HUMANA
Caio Antunes – Universidade Federal de Goiás – [email protected]
Resumo
O trabalho constitui o ser humano. É por intermédio de sua atividade laborativa que os seres humanos
humanizam a natureza, a si próprios e asseguram não apenas a produção de sua existência material imediata,
mas também a reprodução mediada de sua vida social. A partir da relação de mediação que estabelecem
com a natureza, os seres humanos engendram também a necessidade da relação com outros seres humanos
e isto constitui um dos elementos fundamentais definidores do caráter social de sua condição – “desde
sempre os homens, na medida em que existem, têm necessidade uns dos outros e só puderam desenvolver
suas necessidades e capacidades estabelecendo relações entre si”. A complexificação, ou o
desenvolvimento histórico dos processos de trabalho engendra, dentre muitas outras coisas, a
complexificação das próprias relações que se estabelecem com outros seres humanos.
FRIEDRICH ENGELS E A CATEGORIA TRABALHO: APROXIMAÇÕES PRELIMINARES
Hiago Trindade (Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)/Universidade Federal
do Rio de Janeiro)
E-mail: [email protected]
Izabel Hemyly de Araújo Gomes (Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).
E-mail: [email protected]
Monitora da disciplina Trabalho e Sociabilidade
Jasleidy Lidilia Solorzano Villavicencio
Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
E-mail: [email protected]
Monitora da disciplina Trabalho e Sociabilidade
Resumo:
O texto que ora apresentamos ao público é fruto de uma revisão de literatura que intenta demonstrar o lugar
do trabalho no desenvolvimento do homem e da sociabilidade, tendo como parâmetro central (mas não
exclusivo) duas importantes contribuições teóricas de Friedrich Engels, quais sejam: “Sobre a importância
do trabalho para a transformação do macaco em homem” (2010 [1845]) e “A situação da classe trabalhadora
na Inglaterra” [1876]). A opção por estes dois textos não é ocasional. Ao contrário, entendemos que, por
meio deles, Engels apresenta subsídios teórico-metodológicos de grande valia para elucidar importantes
determinações sobre a categoria trabalho, oferecendo-nos, ao mesmo instante, balizas para traçar mediações
com os fenômenos que dinamizam a realidade hodierna – alguns dos quais, inclusive, ainda pouco
problematizados pelas ciências sociais. Nesse sentido, resgatamos os aportes intelectivos do autor para
defender a imprescindibilidade do trabalho no processo que leva ao afastamento progressivo do homem
enquanto ser natural e a sua consequente constituição enquanto ser social e, no mesmo movimento analítico,
buscamos situar como o surgimento do sistema fabril, mediante a consolidação do modo de produção
capitalista, conforma determinadas relações de trabalho que agravam as condições de vida e existência
daqueles que necessitam vender sua força de trabalho para sobreviver.
APROPRIAÇÃO TEÓRICO-IDEOLÓGICA DA TEORIA DO ESQUEMA DE PAPÉIS DE JACOB
MORENO NAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO
Rodrigo Moreira Vieira (Professor do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Pará - campus
Breves)
Doutor em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Unesp de Marília
E-mail: [email protected]
Resumo:
Este trabalho tem como objeto central a análise de como elementos da teoria do esquema de papéis de Jacob
Moreno foram apropriados nas relações de produção na durante a segunda metade do século XX. Em
pesquisa de doutorado sobre a presença da Psicologia e da sua relação com a Administração durante o
século passado, observou-se que houve a incorporação de conceitos e práticas de várias teorias psicológicas
no processo de constante reorganização/reprodução das relações de produção no modo de produção
capitalista. As Business e Psychology School estadunidenses ocuparam papel central nesse processo. Tal
fenômeno teve como um dos principais objetivos readequar prática e ideologicamente a relação entre
empregados e alta administração no campo das relações de trabalho. O objetivo do trabalho é revelar como
a teoria dos papéis de Moreno foi apropriada em meio a esse processo de domínio sobre a força de trabalho
no âmbito teórico-ideológico.
O TRABALHO NA SUA PERSPECTIVA HISTÓRIA: ELEMENTOS PARA O DEBATE NA
CONTEMPORANEIDADE BRASILEIRA
Ana Paula Machado (Universidade Estadual de Ponta Grossa, Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico – CNPQ
e-mail: [email protected])
Ana Paula Moreira (Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais Aplicadas da Universidade
Estadual de Ponta Grossa, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ, e-
mail: [email protected])
Karoline Dutra Szul (Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais Aplicadas da Universidade
Estadual de Ponta Grossa, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ e-
mail: [email protected])
ORIENTADORAS
Reidy Rolim de Moura (Universidade Estadual de Ponta Grossa, Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico – CNPQ, e-mail: [email protected])
Augusta Raiher Pelinski (Universidade Estadual de Ponta Grossa, Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ, e-mail: [email protected])
Resumo
Com o avanço do modo de produção capitalista sob a égide do modelo neoliberal, a discussão sobre a
categoria trabalho coloca-se fundamental na medida que constantemente, atacam-se diretos sociais
trabalhistas conquistados a partir da luta intensa da classe trabalhadora ao longo dos séculos XIX e XX. No
contexto brasileiro, principalmente a partir do golpe de 2016, onde os ideais de desmonte de direitos são
legitimados, como por exemplo a Reforma Trabalhista, que demonstra como o trabalho vem sendo
fragmentado e colocado sob forma de mercadoria, agudizando por sua vez a exploração do trabalhador e
ainda, que reforçam o posicionamento do Estado frente a esta questão. Assim, o objetivo deste trabalho é
discutir, a partir do método crítico dialético, como a categoria trabalho se constrói ao longo da história e de
que forma se pode apreendê-la no cenário brasileiro, considerando que a conjuntura atual nos coloca uma
nebulosa visão de futuro no que diz respeito aos direitos sociais e trabalhistas.
A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO E ANÁLISE DE CONJUNTURA: RELAÇÃO NECESSÁRIA
Karolinne Krízia da Silva Ferreira (Universidade Federal de Alagoas – UFAL)
Resumo:
O trabalho em tela versa sobre a problemática da produção do conhecimento e sua intrínseca relação com
as condições objetivas, uma vez que na imediaticidade da discussão sob o conhecimento este tende a ser
compreendido como mero resultado da ação subjetiva do ser social. Por via de consequência, esse tipo de
análise superficial conduz a anulação da objetividade social como elemento decisivo na produção do
conhecimento. Assim, o objetivo do trabalho consiste em elucidar uma base teórica que permita ao
leitor desmistificar o conhecimento – as teorias sociais – como resultado do ato singular da consciência do
sujeito e avançar criticamente no preciso sentido de compreender como a subjetividade e objetividade
embora distintas possuam íntima interlocução, onde a objetividade exerce momento predominante. A
pesquisa de base teórica realiza uma revisão bibliográfica, adotando como perspectiva teórica o método
histórico dialético, o qual viabiliza ao pesquisador as categorias primordiais a ser discutidas. Portanto, a
relevância do trabalho consiste em provocar inquietações e reflexões que impulsione o leitor a captura da
totalidade social, em que a subjetividade – conhecimento – do ser social possa ser apreendida como produto
da objetividade real.
GT PRECARIZAÇÃO DE TRABALHO CAPITALISMO E CLASSES SOCIAIS
- SALA 58
O NOVO JÁ NASCE VELHO: TRABALHO INTERMITENTE E A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO
BRASIL
Mariana Novaes da Silva
ALINE REGINA DAS NEVES
Resumo:
A reestruturação produtiva pós-fordista aponta para um novo modo de organização do trabalho, pautado na
flexibilização e na precarização do emprego e suas condições. No Brasil, especificamente a partir de 1990,
o impulso do neoliberalismo propiciou a mitigação do Estado Social, através da desconstrução do
ordenamento jurídico referente aos direitos sociais, especialmente os trabalhistas. Atendendo à mesma
lógica, a de condicionar os direitos trabalhistas às expectativas do capital, foi promulgada em 2017 a
“reforma” trabalhista (Lei n.13.467/2017). A Lei criou uma nova e precária forma de relação de emprego:
o trabalho intermitente. O objetivo desse estudo é analisar a constitucionalidade do contrato de trabalho
intermitente nos moldes da Lei n. 13.467/2017. Cuida-se de verificar a harmonização da nova figura jurídica
com as dimensões constitucionais de trabalho, cidadania e inclusão social. Utiliza-se o método dedutivo, a
partir de uma perspectiva histórico-dialética, com análise da legislação e revisão bibliográfica sobre o tema.
Ao fim da pesquisa, verificou-se que o contrato de trabalho intermitente é flagrantemente inconstitucional
e não busca realizar, no plano da relação de emprego, direitos humanos fundamentais.
O TRABALHO PRECÁRIO NA SOCIEDADE CAPITALISTA CONTEMPORANEA: Notas para Reflexão
Vera Lúcia Batista Gomes (Profa. do curso de Graduação e Pós-Graduação em Serviço Social – UFPA)
Leidiany Marques de Souza (Assistente social do Instituto Nacional de Seguridade Social –
INSS/Ananindeua-Pará)
Resumo
O presente trabalho é resultado de estudos e reflexões efetuadas sobre as transformações que vêm ocorrendo
no mundo do trabalho na sociedade capitalista contemporânea, objetivando aprofundar a compreensão do
objeto de estudo da pesquisa intitulado “Processo de Trabalho dos/das assistentes sociais que atuam na
Seguridade Social e seus rebatimentos na saúde dos/as assistentes sociais no Brasil”. Parte da compreensão
do trabalho como sendo uma mercadoria, no sentido marxiano, que possui um valor obtido pela venda da
força de trabalho daqueles que não detêm os meios de produção aos capitalistas, objetivando obter os meios
para a sua sobrevivência e, para tal se submetem às condições de trabalho precário. Segundo Alves (2013),
desde que a força de trabalho passou a ser subsumida pelo capital, característica da sociedade capitalista,
ao longo da história, novas formas de precarização do trabalho vão se apresentando. Sendo assim, tenta-se,
neste artigo problematizar quais são as particularidades da precarização do trabalho na sociedade
contemporânea. Quais são os rebatimentos dessas novas formas de trabalho para a saúde dos/as assistentes
sociais que atuam na área da seguridade social, em Belém e, as suas repercussões para a saúde dos mesmos,
considerando as novas formas de gestão da força de trabalho cada vez mais flexibilizadas e incertas, com
implicações na perda de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários.
TENDENCIAS DAS LUTAS SINDICAIS DIANTE A DEFORMA TRABALHISTA.
Alcides Pontes Remijo (Universidade Federal de Goiás)
Resumo:
A presente reflexão tem como objetivo expor a relação entre adoecimento dos trabalhadores, com a crítica
da economia política apontando a particularidade da formação sócia histórico do Brasil onde apontamos o
capitalismo dependente, cujo principal característica é a intensificação do trabalho, adensada em nossa
histórica a precarização estrutural do mundo do trabalho. Em nossa analise somente a classe trabalhadora
pode reverter esse quadro num movimento de classe-para-si, para tanto os sindicatos, deve ter uma atuação
orgânica junto a classe trabalhadora. As contradições internas do sindicalismo brasileiro se deve a formação
como sindicalismo de Estado. Diante do quadro atual apontaremos algumas alternativas de atuação dos
sindicatos frente de forma combativa.
A ORDEM CONSTITUCIONAL E A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Walkiria Martinez Heinrich Ferrer - Universidade de Marília – UNIMAR
E-mail: [email protected]
Resumo
O tema Reforma Trabalhista tem sido recorrente no cenário nacional, sobretudo no que diz respeito à
garantia dos princípios constitucionais, ou seja, a dignidade humana e o valor social do trabalho. As normas
emanadas da legislação federal destinam-se à satisfação e à garantia dos direitos dos trabalhadores,
contribuindo para a efetivação de seu valor social, colocando-o como um instrumento de concretização da
dignidade da pessoa humana. A partir do momento em que a legislação trabalhista altera princípios
constitucionais que maximizam benefícios aos trabalhadores, deixa de ser legítima. Fato observado no texto
da Reforma Trabalhista nº 13.467/2017, em vigor desde novembro de 2017, em que diversos artigos
afrontam diretamente princípios constitucionais. Tendo em vista atender a um recorte metodológico, o
presente texto prioriza a análise comparativa dos artigos da lei 13.467/2017 referentes ao denominado
“negociado sobre o legislado” e o “trabalho intermitente”, a fim de verificar possíveis inconsistências
referentes ao texto constitucional, que garantem a dignidade da pessoa humana e o valor social do trabalho.
Com base no método dedutivo, a pesquisa está pautada na investigação bibliográfica e documental.
GT ESTADO E POLITICAS PUBLICAS - SALA 59
A PRECARIZAÇÃO NO JUDICIÁRIO EM TEMPOS DE CRISE: UMA ANÁLISE DO TRABALHO DOS
ASSISTENTES SOCIAIS DO JUDICIÁRIO PAULISTA
Ana Paula Ferreira de Castro (Assistente Social- TJ/SP-Marília)
Resumo
As condições de trabalho, a qualidade de vida e saúde do trabalhador vem sofrendo modificações no
decorrer da história da sociedade brasileira, se degradando cada vez mais devido a crise do capital nas
últimas décadas e as transformações sociais, especialmente em decorrência do processo de precarização do
setor público no Brasil, que acomete diretamente os trabalhadores e manifesta seus reflexos na pessoa-que-
trabalha.
BREVE SÍNTESE ACERCA DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: A PARTIR DA ANÁLISE DA
ECONOMIA POLÍTICA, CAPITALISMO E RELAÇÕES DE TRABALHO
Camila Barbosa VIEIRA, UNESP-FRANCA, [email protected].
Isabelle Narduchi da SILVA, UNESP-FRANCA, [email protected]
Maria José Oliveira Lima, UNESP-FRANCA, [email protected] Caroline
Delefrate PEREIRA, UNESP- FRANCA, [email protected]
Resumo:
A história da classe trabalhadora sempre foi escrita com grandes lutas, seja no momento em que sai do
campo para ir à cidade, buscando uma vida melhor, ou seja, quando se estabelecem na cidade para enfrentar
uma situação de penúria. Mais de um século se passou e as expressões da Questão Social estão ainda hoje
presentes, com raízes latentes provando que o sistema capitalista a torna ainda mais destrutiva, mesmo com
a criação da Constituição Federal e todas as proteções sociais criadas, pois estas são atacadas por políticos
e patrões que exigem leis trabalhistas frágeis e desproteção social cada vez intensa. Este trabalho com
recorte na categoria teórica trabalho tem como objeto de estudo, uma breve análise histórica das relações
de trabalho no Brasil, a partir do olhar da economia política no bojo do sistema capitalista.
SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE: A IMPORTÂNCIA DA DIMENSÃO EDUCATIVA
NO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL
Antonio Inácio da Silva, UNESP/Franca,
Camila Barbosa Vieira, UNESP/Franca,
MARIA JOSÉ DE OLIVEIRA LIMA, UNESP/Franca, [email protected]
Resumo
O trabalho do assistente social demonstrou nos últimos 80 anos sua importância na nação brasileira, pois
ao transformar-se em uma profissão eminentemente interventiva e assumir o compromisso com a classe
trabalhadora tem contribuído nos inúmeros avanços junto à luta de classes. A resistência para a ampliação
do estado democrático de direito, como também na implementação de políticas públicas, tem evidenciado
que o seu papel eminentemente educativo vem auxiliando no fortalecimento das bases a partir do processo
de politização. Considerando ainda o contexto sociopolítico que se vivencia, de ofensiva neoliberal,
contexto este golpista, de afronta ao estado democrático de direito e “anti-direitos-sociais”, observa-se o
quão necessária é o fortalecimento desta concepção, enquanto parte fundamental para o enfrentamento das
expressões da questão social. Tendo como objeto deste estudo bibliográfico a dimensão educativa no
trabalho profissional do assistente social, a partir do materialismo histórico dialético, tendo enquanto
categorias de análise: Trabalho, Dimensão Educativa e Serviço Social Brasileiro.
O BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA (BPC) NO CONTEXTO NEOLIBERAL:
IMPACTOS NA REGULAMENTAÇÃO
Roberta Stopa (Instituto Nacional do Seguro Social – INSS)
Resumo:
O Benefício de Prestação Continuada (BPC), garantido pela Constituição Federal de 1988 (CF/88) e
regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) em 1993, foi um marco nos direitos das
pessoas com deficiência e das pessoas idosas, ainda mais por se tratar de um Benefício assistencial no valor
de um salário mínimo e sem necessidade de contribuição direta. Justamente por esses motivos e em um
contexto neoliberal, a regulamentação foi alvo de medidas que resultaram em uma concepção do BPC
descolada da garantia constitucional e com acesso focalizado. Atualmente estão mantidos mais de 4 milhões
de Benefícios, expressando sua importância e abrangência frente à intensificação do desmonte das políticas
públicas e da flexibilização do trabalho. Assim, este artigo tem como objetivo analisar os impactos do
neoliberalismo no processo de regulamentação do BPC e como as alterações que ocorreram ao longo dos
anos asseguraram avanços no alcance do Benefício, mas contraditoriamente acarretaram muitos
retrocessos. Esta análise é resultado de uma pesquisa documental e bibliográfica realizada com foco na
burocracia estatal, entendida como elemento necessário para a manutenção da exploração da força de
trabalho no sistema capitalista.
REFLEXÕES SOBRE FÓRUM DOS TRABALHADORES NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE
POÇOS DE CALDAS
Leila Aparecida dos Santos
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, da
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- Campus de Franca.
E-mail: [email protected]
ORIENTADOR
HELEN BARBOSA RAIZ ENGLER
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, da
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- Campus de Franca.
E-maill: [email protected]
Resumo:
Este trabalho consiste em desvelar se o espaço de participação denominado FÓRUM dos Trabalhadores do
SUAS/FMTSUAS-PC constitui-se num espaço de reflexão política ao trabalhador que executa a política
de assistência social no município de Poços de Caldas. Para isso, é necessário estudar a trajetória de
construção histórica da política de assistência social no Brasil; compreender a ação do trabalhador que
executa a política de assistência social dentro da categoria trabalho; entender o espaço do FMTSUAS-PC
como instância de participação prevista dentro do Controle Social da Política de Assistência Social. O
método é o materialismo-histórico dialético, que permite a apreensão das contradições do movimento
socioeconômico da sociedade. A pesquisa caracteriza-se como bibliográfica, documental e de campo sendo
que a abordagem é qualitativa. Dada a análise, pretende-se entender se a participação de trabalhadores do
SUAS no FMTSUAS-PC tem contribuído para a materialização do Projeto Ético Político Profissional do
Serviço Social, pois, entre esses trabalhadores figura-se o assistente social.
GT TRABALHO E SAUDE DO TRABALHADOR - SALA 61
DA PERDA DO EMPREGO À DEPRESSÃO: O IMPACTO NA VIDA DOS TRABALHADORES
Daniela Maria Maia Veríssimo
Rosilaine Aparecida dos Santos
Resumo:
O presente texto se dedica a uma temática atual e relevante pelo cenário de crise do capitalismo e por somar
como contribuição com conhecimentos na área de saúde do trabalhador e saúde mental. Busca-se
compreender o significado do trabalho para um trabalhador e qual o impacto da perda do trabalho sobre sua
subjetividade, atuando como um fator contributivo para o desenvolvimento da depressão. Para tanto, são
utilizadas como referências a Psicodinâmica do Trabalho e a Psicanálise para um desenvolvimento teórico
baseado nas reflexões motivadas pelas vivências no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador
Regional de Marília. Concluímos que o trabalho como componente da subjetividade ao ser perdido, faz do
indivíduo vítima de uma complexa trama social e a um processo de luto ou melancolia do seu modo de ser
e estar no mundo.
CONDIÇÕES LABORAIS E IMPACTOS NA SAÚDE DE TRABALHADORAS DOMÉSTICAS
REMUNERADAS: UMA SCOPING REVIEW
Mariana Donadon Caetano
Graduanda em Enfermagem; Universidade Federal do Triângulo Mineiro;
Email: [email protected]
Andreia Fabiana de Oliveira Alves,
Graduanda em Enfermagem; Universidade Federal do Triângulo Mineiro;
Email: [email protected]
Adrielle Rosália Candido de Morais
Graduanda em Enfermagem; Universidade Federal do Triângulo Mineiro;
Email: [email protected]
Tanyse Galon,
Professora Adjunta do Curso de Graduação em Enfermagem; Universidade Federal do Triângulo
Mineiro;
Email: [email protected]
Resumo:
O trabalho doméstico é uma das mais antigas formas de emprego para o contingente feminino em todo o
mundo. Entretanto, as trabalhadoras ainda enfrentam formas históricas de precarização, como sobrecarga
de trabalho, discriminação e adoecimento físico e mental. Objetivo: Identificar, a partir da literatura
científica, as condições laborais e impactos na saúde das trabalhadoras domésticas. Método: Foi realizada
uma scoping review segundo O’Malley e Arksey. A busca por estudos foi efetuada nas bases de dados
PubMed e BVS, incluindo-se artigos originais, publicados nos últimos 15 anos, em português, inglês ou
espanhol, a partir dos descritores domestic work, domestic service, paid domestic workers, housemaids e
occupational health. Foram selecionados 35 artigos. Resultados: Pesquisas sobre o tema foram
desenvolvidas no Brasil, Espanha, Estados Unidos, Canadá, África do Sul, Malawi, China, Filipinas,
Líbano, Irã, Bangladesh e Kuwait, com predomínio de estudos de abordagemquantitativa (19 artigos). As
pesquisas discutiram questões como violência e assédio moral/sexual no trabalho; riscos ocupacionais e
acidentes de trabalho; problemas respiratórios,estresse, ansiedade e depressão; percepções sobre direitos
laborais, impactos da informalidadee sindicalização das trabalhadoras. Conclusões: Torna-se fundamental
a criação, ampliação elegitimação de direitos voltados às trabalhadoras domésticas, com vistas à
valorização dosdireitos humanos e fundamentais no trabalho.
A PRIVATIZAÇÃO DA POLÍTICA DE SAÚDE E AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS ASSISTENTES SOCIAIS:
CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE OS IMPACTOS NA SAÚDE DOS TRABALHADORES.
Martha Fortuna Pereira Bastos (Programa de Pós Graduação em Serviço Social/UERJ)
E-mail: [email protected]
Resumo:
O presente trabalho constitui um esforço preliminar de reflexão e análise sobre os impactos da privatização
da Política de Saúde Pública no contexto atual da gestão das Organizações Sociais sobre as condições e
relações de trabalho dos assistentes sociais que atuam neste âmbito, sendo destacada a questão da relação
entre trabalho e saúde. Sabemos que, de uma forma geral, a categoria profissional do Serviço Social tem
convivido com a precarização dos vínculos empregatícios, a insegurança no trabalho, a polivalência de
funções, o assédio moral, o produtivismo, dentre outras situações impostas pela reestruturação produtiva
para a classe trabalhadora como um todo. Este panorama de trabalho tem se intensificado para os assistentes
sociais que atuam na prestação de serviços públicos, especialmente para àqueles que estão inseridos nas
políticas sociais, cuja ofensiva neoliberal tem investido na sua privatização, como a Política de Saúde do
estado do Rio de Janeiro, cuja gestão está submetida às Organizações Sociais.
ADOECIMENTO NO TRABALHO, A METAMORFOSE DO TRABALHADOR DO CAMPO NA CIDADE
E OS REFLEXOS DA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: O ESTUDO DE UMA FÁBRICA TÊXTIL NO
INTERIOR PAULISTA
Vitor Luiz Carvalho da Silva (Universidade Estadual Paulista - UNESP- Marília)
E-mail: [email protected]
Resumo:
A presente pesquisa busca analisar a relação entre reestruturação produtiva e adoecimento no trabalho
discutindo a condição dos trabalhadores de uma fábrica têxtil de Auriflama, interior de São Paulo. A
problemática estudada foi analisada a luz das condições de trabalho e saúde dos trabalhadores da fábrica
têxtil Ares Confecções, caracterizada pela reestruturação produtiva e a intensificação do trabalho. Assim,
o aumento do esforço e dos movimentos exigidos nessa atividade laboral, produz sofrimento físico e
psíquico. Para atingir tal escopo, realizamos entrevistas com os trabalhadores têxteis, as entrevistas foram
orientadas pela metodologia da história oral, utilizando, também, como base teórica na abordagem da
experiência e do cotidiano, os estudos de E. P. Thompson. Os dados apontam para uma mudança nas
relações sociais de produção e o estabelecimento de uma relação direta entre a reestruturação produtiva e o
esgotamento físico e mental dos trabalhadores.
AS REPERCURSSÕES DO SOFRIMENTO PSÍQUICO PARA A VIDA DO TRABALHADOR:
MANIFESTAÇÕES DE SOFRIMENTOS.
IRELLA BORGES DOS SANTOS BARBOSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA –
UFU)
ORIENTADOR: DR ROBSON LUIZ DE FRANÇA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
– UFU)
Resumo:
Partiu-se da análise sobre o caráter sociológico e do campo da psicologia psicodinâmica, com enfoque
psicanalítico, com vista a discutir a forma como o trabalho está organizado em nossa sociedade e seus
reflexos no sofrimento psíquico do trabalhador em geral. Buscou contribuir com o debate acerca das
repercussões de sofrimentos psíquicos na classe trabalhadora. A metodologia adotada foi a pesquisa
bibliográfica e documental em fontes primárias e secundárias. Para tanto, são utilizadas as categorias
Trabalho e Sofrimento Humano com fundamento teórico em Marx, Antunes, Arendt; Santos, Birman,
Brant, Braverman, Dejours, Foucault, Freud, Habermas, Cruxên, Lacan, Aranha e Cuéllar. Partiu-se da
premissa de que o sofrimento psíquico do trabalhador é um recorte dentro do imensurável universo do
mundo do trabalho. É um reflexo negativo do tipo de relação desumanizada que passa a existir entre os
indivíduos dentro de um sistema socioeconômico vigente em determinadas sociedades, em um determinado
tempo histórico e disseminado em organizações de trabalho no mundo todo.
TRABALHO E SAÚDE MENTAL: O ADOECIMENTO MENTAL DAS CLASSES TRABALHADORAS
João Weverton Diego Negreiros de Almeida
E-mail: [email protected]
DELÂNIO HORÁCIO DOS SANTOS (Universidade Católica de Pernambuco)
e-mail: [email protected]
Resumo:
O trabalho – enquanto fundante do ser social e criador de valores de uso – é levado à condição de subsunção
no modo de produção e reprodução capitalista. E, na contemporaneidade, passa por um processo de
fragmentação e complexificação resultante de determinantes histórico-econômicos que culminaram na
reestruturação produtiva e, logo, num novo modelo de acumulação, o flexível. Desta feita, o presente
trabalho, fruto do TCC de bacharelamento em Serviço Social na UNICAP, analisa a relação entre as
condições, relações e processos de trabalho e o adoecimento mental das classes trabalhadores. Adota-se o
materialismo histórico dialético enquanto método de análise e o levantamento de dados quanti-qualitativos,
através de teóricos contemporâneos que estudam o processo saúde-trabalho-adoecimento, como Antunes e
Alves e o estudo de categorias como desploretarização e subproletarização; captura da subjetividade e
outros; para fundamentar a pesquisa de caráter bibliográfico. Portanto, tal modelo de acumulação modifica
a esfera produtiva e as classes trabalhadoras em seus aspectos objetivo e subjetivo. Nesse último caso, o
mundo trabalho flexibilizado tem levado ao adoecimento mental os trabalhadores nele inseridos.
REFRAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA PARA A CLASSE TRABALHADORA: UMA
POSSÍVEL RELAÇÃO ENTRE DESEMPREGO E SUICÍDIO
Walter Araújo de Albuquerque (Universidade Federal de Alagoas - UFAL)
Resumo
O presente artigo versa contribuir para a desmistificação da relação do desemprego com o suicídio. Tal
relação não ocorre de forma linear ou transposta, mas através de um aprofundamento do processo de
alienação, quando o trabalho, sob os moldes do capital, perde seu sentido de potencializador das qualidades
verdadeiramente humanas e passa a ser exercido como expressão da exploração do homem sobre o homem,
objetivando a obtenção crescente de lucros para a reprodução e manutenção da sociabilidade capitalista.
Por meio deste arcabouço podemos desenvolver, mas de forma introdutória, um debate a cerca da relação
entre desemprego e suicídio.
CONDIÇÕES DE TRABALHO E PRÁTICAS SOCIAIS DE TRABALHADORAS: DO SOFRIMENTO À
RESISTÊNCIA
Thaís de Souza Lapa ([email protected])
Doutoranda em Ciências Sociais pela Unicamp com Bolsa CNPq
Resumo:
No marco de pesquisa doutoral sobre condições de trabalho, divisão sexual do trabalho e práticas sociais
de trabalhadoras/es nos setores eletroeletrônico e automotivo da indústria metalúrgica no Brasil, nos quais
a proporção de mulheres é quase oposta - elas sendo a maioria em eletroeletrônicos e minoria no setor
automotivo – proponho desenvolver nesta comunicação um debate sobre condições de trabalho e práticas
sociais ao mesmo tempo de sexo e de classe de trabalhadoras (KERGOAT). Com base em contribuições
sobretudo francófonas acerca da psicodinâmica e da divisão sexual do trabalho (HIRATA e KERGOAT;
MOLINER), procurarei desenvolver aspectos do debate teórico sobre sofrimento e a construção de «
estratégias coletivas de defesa » para as mulheres no trabalho. O texto é desenvolvido procurando identificar
e trabalhar conceitos heuristicamente úteis para a análise das condições de trabalho oriundos das teorias
acerca da psicodinâmica do trabalho e da sociologia das relações sociais de sexo, bem como recuperar parte
das contribuições mútuas entre estes dois campos teóricos.
SEGUNDA-FEIRA, 04 DE JUNHO
SESSÃO #01
18H00 ABERTURA
18H10 JUSTA CAUSABrasil2017 | Ficção | 2 minutos
AS DUAS FACES DA REALIDADEBrasil2018 | Ficção | 7 minutos
MULHERES DE FOGOBrasil2017 | Documentário | 13 minutos
NOVAS UNIDADESEspanha2016 | Ficção | 8 minutos
KAPITALISTISFrança, Bélgica2017 | Ficção | 14 minutos
> DEBATE
TERÇA-FEIRA, 05 DE JUNHO
SESSÃO #02
18H00 O FUNCIONÁRIO DO MÊSAlemanha2017 | Ficção | 12 minutos
163 DIAS. A GREVE DE BANDASEspanha2017 | Documentário | 68 minutos
> DEBATE
QUARTA-FEIRA, 06 DE JUNHO
SESSÃO #03
18H00 VERONA, A HISTÓRIA DO MASSACRE DE EVERETTEstados Unidos da America2017 | Documentário | 95 minutos
> DEBATE
QUINTA-FEIRA, 07 DE JUNHO
SESSÃO ESPECIAL
15H00 PERFILADOSEstados Unidos da América2016 | Documentário | 52 minutos
> DEBATE
Coordernação/debatedores:Edemir de Carvalho (UNESP)Ana Carolina Lirani Mazarini (UNESP)
SESSÃO #04
18H00 OUTRO FOGOBrasil2017 | Documentário | 21 minutos
OS HOMENS EM VIGÍLIAFrança2016 | Documentário | 80 minutos
> DEBATE
SEXTA-FEIRA, 08 DE JUNHO
SESSÃO #05
18H00 MAMA CHIFilipinas2017 | Documentário | 4 minutos
TOMASITOEspanha2017 | Ficção | 12 minutos
TARTARUSBrasil2016 | Ficção | 15 minutos
CINECLUBISMO NA BFBrasil2018 | Documentário | 21 minutos
> DEBATE
19H30 CERIMÔNIA DE ENTREGA DE PRÊMIOS
LOCAL
AUDITÓRIO 1 (SALA 64)UNESP – UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTAFaculdade de Filosofia e CiênciasAv. Hygino Muzzi Filho, 737Marília-SP17525-000
http://www.marilia.unesp.br
XI SEMINÁRIO DO TRABALHO – O Futuro do Trabalho no Século XXIMostra CineTrabalho (BILFF) Brazilian International Labour Film Festival
Segunda-feira, 04 de Junho
Terça-feira, 05 de Junho
Quarta-feira, 06 de Junho
Quinta-feira, 07 de Junho
Sexta-feira, 08 de Junho
Jornada de Ciências SociaisEstudos da Obra de Ricardo Antunes
9h – 12h
Mesa I - A Rebeldia do TrabalhoAriovaldo Santos (UEL)Sávio Cavalcante (UNICAMP)Edilson Graciolli (UFU)
Local: Anfiteatro I
Fórum Trabalho e Saúde
9h – 12h
Mesa I – Trabalho e Adoecimentos laborais no Brasil NeoliberalRoberto Heloani (UNICAMP)Renata Papareli (PUC-SP)Fábio de Oliveira (USP)Artur Lobato (SMTAEMG)
Local: Anfiteatro I
9h – 12h
Mesa - Economia e Sociedade no BrasilDari Krein (UNICAMP)Armando Boito (UNICAMP)Humberto Marcial Fonseca (Instituto Declatra)
Local: Anfiteatro I
9h – 12h
Mesa - Trabalho, ofensiva neoliberal e sindicalismoAndreia Galvão (UNICAMP)Ruy Braga (USP)Paula Lenguita (CIEL/CONICET – Argentina)
Local: Anfiteatro I
15h
Pré-AberturaProjeto Tela CríticaProjeção do Filme: “O valor de um homem”, de Stéphane Brizé (2016)
Debate:José Ricardo Ramalho (UFRJ)Cláudia Nogueira (UNIFESP)
Local: Anfiteatro I
14h30 - 17h
Mesa II - Adeus ao Trabalho?Exibição do video-documentário sobre Ricardo Antunes (direção: Giovanni Alves, Praxis Vídeo/Projeto CineTrabalho)Geraldo Augusto Pinto (UFTPR)
Local: Anfiteatro I
14h - 16hSessão de Comunicações
16h - 19hMini-CursoAS DIMENSÕES DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASILO desmonte da CLT (A Reforma Trabalhista de Michel Temer)(Carla Rita Bracchi)
Local: Anfiteatro I
14h - 16hSessão de Comunicações
16h - 19hMini-CursoAS DIMENSÕES DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASILTrabalho e Saúde Mental no Brasil -I(Petilda Vazquez)
Local: Anfiteatro I
14h - 16hSessão de Comunicações
16h - 19hMini-CursoAS DIMENSÕES DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASILTrabalho e Saúde Mental no Brasil -II(Ana Celeste Casulo)
Local: Anfiteatro I
18h
AberturaMostra CineTrabalho (Brazilian International Labour FilmFestival)
Giovanni Alves (UNESP), CoordenadorElson Menegazzo, Curador
Projeção dos Filmes:
JUSTA CAUSA Brasil2017 | Ficção | 2 minutos
AS DUAS FACES DA REALIDADEBrasil2018 | Ficção | 7 minutos
MULHERES DE FOGOBrasil2017 | Documentário | 13 minutos
NOVAS UNIDADESEspanha2016 | Ficção | 8 minutos
KAPITALISTISFrança, Bélgica2017 | Ficção | 14 minutos
> Debate
Local: Sala 64 – Auditório 1
18h
Mostra CineTrabalho (Brazilian International Labour FilmFestival)
Projeção dos Filmes:
O FUNCIONÁRIO DO MÊSAlemanha2017 | Ficção | 12 minutos
163 DIAS. A GREVE DE BANDASEspanha2017 | Documentário | 68 minutos
> Debate
Local: Sala 64 – Auditório 1
18h
Mostra CineTrabalho (Brazilian International Labour FilmFestival)
Projeção do Filme:
VERONA, A HISTÓRIA DO MASSACRE DE EVERETTEstados Unidos da America2017 | Documentário | 95 minutos
> Debate
Local: Sala 64 – Auditório 1
18h
Mostra CineTrabalho (Brazilian International Labour FilmFestival)
Projeção dos Filmes:
OUTRO FOGOBrasil2017 | Documentário | 21 minutos
OS HOMENS EM VIGÍLIAFrança2016 | Documentário | 80 minutos
> Debate
Local: Sala 64 – Auditório 1
15h - 17h
Mostra CineTrabalho (Brazilian International Labour FilmFestival)
Projeção do Filme:
PERFILADOSEstados Unidos da America2016 | Documentário | 52 minutos
> DebateEdemir de Carvalho (UNESP)Ana Carolina Lirani Mazarini (UNESP)
18h - 19h30
Mostra CineTrabalho (Brazilian International Labour FilmFestival)
Projeção dos Filmes:
MAMA CHIFilipinas2017 | Documentário | 4 minutos
TOMASITOEspanha2017 | Ficção | 12 minutos
TARTARUSBrasil2016 | Ficção | 15 minutos
CINECLUBISMO NA BFBrasil2018 | Documentário | 21 minutos
> Debate
> Cerimônia de Entrega de Prêmios
Local: Sala 64 – Auditório 1
19h30
AberturaLançamento de Livros
Apresentação:Diretor FFC/Coordenador RET/Chefe do DSA/Coordenador PPGCS
Palestra de Abertura"O Privilegio da Servidão: A explosão do novo proletariado da era digital"Ricardo Antunes (UNICAMP)
Local: Anfiteatro I
19h30 - 23h
Mesa III - Os sentidos do trabalhoJesus Ranieri (UNICAMP)Simone Wolff (UEL)Giovanni Alves (UNESP)
Local: Anfiteatro I
19h30 - 23h
Mesa II – Trabalho e Saúde no Brasil hojeJoão dos Reis (UFSCar)Vera Navarro (USP)Francisco Alves (UFSCar)Rene ́Mendes (ABRASST)
Local: Anfiteatro I
19h30 - 23h
Mesa - Perspectivas da Crise do Capitalismo GlobalFrancisco Corsi (UNESP)Adrián Valencia (UAM-México)Xabier Montoro (UCM-Espanha)
Local: Anfiteatro I
19h30 - 22h30h
Mesa de Conjuntura - Perspectivas da luta de classe no BrasilHelder Molina (UERJ)Anderson Deo (UNESP)Giovanni Alves (RET-UNESP)
Local: Anfiteatro I