psicodiagnóstico - dsm-iv-tr e cid-10

51
MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS 4ª EDIÇÃO TEXTO REVISADO DSM-IV-TR Cláudio Drews Jr.

Upload: claudiodrews1737

Post on 20-Jun-2015

22.803 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Guia para facilitar a utilização do DSM-IV-TR e da CID-10

TRANSCRIPT

Page 1: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS

4ª EDIÇÃO TEXTO REVISADO

DSM-IV-TRCláudio Drews Jr.

Page 2: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

MANUALDIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICODE TRANSTORNOS MENTAIS

4ª EDIÇÃOTEXTO REVISADO

DSM-IV-TRUm Guia

Cláudio Drews Jr.

Page 3: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Avaliação Multiaxial

Sistema Multiaxial (p. 59)

• Eixo I Transtornos Clínicos

Outras Condições que Podem Ser Foco de Atenção Clínica

• Eixo II Transtornos da Personalidade

Retardo Mental

• Eixo III Condições Médicas Gerais

• Eixo IV Problemas Psicossociais e Ambientais

• Eixo V Avaliação Global do Funcionamento

Page 4: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Avaliação Multiaxial

Sistema Multiaxial para Crianças e Adolescentes

• Eixo I Transtornos Clínicos

Outras Condições que Podem Ser Foco de Atenção Clínica

• Eixo II (Transtorno de Conduta, no Eixo I)

Retardo Mental

• Eixo III Condições Médicas Gerais

• Eixo IV Problemas Psicossociais e Ambientais

• Eixo V Avaliação Global do Funcionamento da Criança (CGAS)

Page 5: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo ITranstornos Clínicos (p. 71-640)

Transtornos Geralmente Diagnosticados pela Primeira Vez na Infância ou na Adolescência (excluindo o Retardo Mental)Delirium, Demência, Transtornos Amnésticos e Outros Transtornos CognitivosTranstornos Mentais Devido a Uma Condição Médica GeralTranstornos Relacionados a SubstânciasEsquizofrenia e Outros Transtornos PsicóticosTranstornos do Humor

Transtornos de AnsiedadeTranstornos SomatoformesTranstornos FactíciosTranstornos DissociativosTranstornos Sexuais e da Identidade de GêneroTranstornos da AlimentaçãoTranstornos do SonoTranstornos do Controle dos Impulsos Não Classificados em Outro LocalTranstornos de Adaptação

Page 6: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo ITranstornos Clínicos (p. 71-640)

Alguns Especificadores e Subtipos

Esquizofrenia – p. 308, 316-20Transtornos do Humor – p. 402 Fobia Específica – p. 432-3Transtorno Conversivo – p. 477Transtorno Factício – p. 494

Existem muitos outros especificadores e subtipos para outros transtornos; sempre prestar atenção na existência de um especificador ou subtipo para o transtorno apontado.

Os subtipos são mutuamente excludentes e exaustivos em seu conjunto, já os especificadores indicam indivíduos que compartilham de certas características dentro do grupo, não pretendendo ser excludentes e exaustivos.

Page 7: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo I

Transtornos Clínicos (p. 71-640)

Esquizofrenia e Outros Transtornos Psicóticos

“Loucos, Malucos”

Transtornos de Ansiedade“Nervosos, Medrosos”

Transtornos de Humor“Complicados, Irritantes”

Transtornos SomatoformesTranstornos Factícios

“Hipocondríacos, Histéricos”

Transtornos Dissociativos“Perdidos”

Descrição popular para grupos de transtornos do DSM-IV-TR.

Page 8: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo IOutras Condições Que Podem Ser Foco de Atenção

Clínica (p. 683-93)

Fatores Psicológicos que Afetam a Condição Clínica

Transtornos dos Movimentos Induzidos por Medicamentos

Outros Transtornos Induzidos por Medicamentos

Problemas de Relacionamento

Problemas Relacionados a Abuso ou Negligência

Outras Condições que Podem Ser Foco de Atenção Clínica

Page 9: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo IIModelos Dimensionais Para Transtornos da

Personalidade (p. 645)

Big 5

Neuroticidade

Introversão vs. Extroversão

Fechamento vs. Abertura à Experiência

Antagonismo vs. Concordância

Conscienciosidade

DSM-IVTranstornos da Personalidade

Esquisito – Excêntrico

Dramático – Emotivo

Ansioso – Medroso

Page 10: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo IIModelos Dimensionais Para Transtornos da

Personalidade (p. 645)

DSM-IVTranstornos da Personalidade

Esquisito – Excêntrico ► “Loucos” ► Grupo A (p. 646-656)

Dramático – Emotivo ► “Maus” ► Grupo B (p. 656-670)

Ansioso – Medroso ► “Tristes” ► Grupo C (p. 671-681)

Page 11: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo IIGrupo A - “Loucos” (p. 646-56)

Transtorno da Personalidade ParanóideTranstorno da Personalidade EsquizóideTranstorno da Personalidade Esquizotípica

Grupo B – “Maus” (p. 656-70)Transtorno da Personalidade Anti-SocialTranstorno da Personalidade BorderlineTranstorno da Personalidade HistriônicaTranstorno da Personalidade Narcísica

Grupo C – “Tristes” (p. 671-81)Transtorno da Personalidade EsquivaTranstorno da Personalidade DependenteTranstorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva

---Transtorno da Personalidade S.O.E. (p. 681)

Page 12: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo IIICondições Médicas Gerais

CID-9-MC (p. 807-21)

Doenças Infecciosas e Parasitárias

Neoplasias

Doenças Endócrinas, Metabólicas, Nutricionais e Transtornos da Imunidade

Doenças do Sangue e Órgãos Hematopoiéticos

Doenças do Sistema Nervoso e Órgãos Sensoriais

Doenças do Sistema Circulatório, Respiratório, Digestivo e Geniturinário

Complicações da Gravidez, do Parto e do Pós-Parto

Doenças da Pele e do Tecido Subcutâneo

Doenças do Sistema Músculoesquelético e do Tecido Conjuntivo

Anomalias Congênitas

Condições Originadas no Período Perinatal

Sintomas, Sinais e Condições Mal-Definidas

Ferimentos e Envenenamento

Page 13: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo IVProblemas Psicossociais e Ambientais (p. 62-4)

Problemas com o Grupo Primário de Apoio

Problemas Relacionados ao Ambiente Social

Problemas Educacionais

Problemas Ocupacionais

Problemas de Moradia

Problemas Econômicos

Problemas com Acesso aos Serviços de Assistência à Saúde

Problemas Relacionados à Interação com o Sistema Judicial

Outros Problemas Psicossociais e Ambientais

Caso for o foco primário de atenção clínica, registrar também no Eixo I com um código extraído da seção Outras Condições que Podem Ser Foco de Atenção Clínica. (p. 683)

Page 14: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo V

Avaliação Global do FuncionamentoAGF / EAGFR / EAFSO (p. 64-6, 760-3)

O Eixo V serve para indicar o julgamento clínico do nível geral de funcionamento do paciente, sendo útil para planejar o encaminhamento a ser dado.

Escala de Avaliação Global do Funcionamento (p. 64-6)

Considera o funcionamento psicológico, social e ocupacional em um continuum hipotético de saúde – doença mental. Não devem ser consideradas as limitações funcionais de origem física.

GAFGlobal Assessment

of Functioning

Page 15: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo VAvaliação Global do Funcionamento

AGF / EAGFR / EAFSO (p. 64-6, 760-3)

Como indicar a pontuação na escala AGF (p. 64-6)

1. Iniciar no nível mais alto da escala e verificar se a severidade do sintoma OU o nível de funcionamento é pior do que aquele que é indicado.

2. Ir para o próximo nível até encontrar aquele que descreve melhor a severidade do sintoma OU o nível de funcionamento. Escolher o que for mais baixo/grave.

4. O nível imediatamente abaixo daquele escolhido deve conter exemplos tanto de sintomas mais severos quanto de funcionamento mais prejudicado do que aquele do paciente. Se AMBOS não estiverem presentes, um nível mais baixo deve ser escolhido.

5. Determinar o número específico dentro do nível selecionado.

Page 16: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo VAvaliação Global do Funcionamento

AGF / EAGFR / EAFSO (p. 64-6, 760-3)

Como determinar o número específico dentro do nível AGF (p. 64-6)

Em cada nível AGF (100, 90, 80, ...):

1. Escores 5 e superiores indicam que a sintomatologia e o nível de funcionamento são mais próximos ao próximo nível mais alto da escala.

2. Escores 4 e inferiores indicam que a sintomatologia e o nível de funcionamento são mais próximos ao próximo nível mais baixo da escala.

Exemplos: um escore AGF de 31 indica um funcionamento mais próximo ao nível 20; já um escore AGF de 68 indica um funcionamento mais próximo ao nível 70.

Page 17: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo VAvaliação Global do Funcionamento

AGF / EAGFR / EAFSO (p. 64-6, 760-3)

Significado clínico dos escores AGF (p. 64-6)

Escore AGF 1-30: tratamento intensivo / internação psiquiátrica.

Escore AGF 30-40: avaliar a necessidade de tratamento intensivo / internação psiquiátrica; em alguns casos a indicação é tratamento ambulatorial e psicoterapia.

Escore AGF 40-65: tratamento ambulatorial e psicoterapia.

Escore AGF 65-70: psicoterapia; avaliar a necessidade de atenção médica.

Escore AGF 70-100: na maioria destes casos não há necessidade de atenção médica.

Page 18: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo VAvaliação Global do Funcionamento

AGF / EAGFR / EAFSO (p. 64-6, 760-3)

Escala de Avaliação Global do Funcionamento Relacional (p. 760-1)

É usada para indicar um julgamento geral do funcionamento de uma família ou outro relacionamento duradouro em um continuum hipotético, indo desde funcionamento competente e favorável até um relacionamento perturbado e disfuncional. É análoga ao Eixo V (EAFSO). Avalia a capacidade da unidade funcional em satisfazer as necessidades afetivas e funcionais de seus membros nas seguintes áreas:

Resolução de Problemas

Organização

Clima Emocional

Page 19: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo VAvaliação Global do Funcionamento

AGF / EAGFR / EAFSO (p. 64-6, 760-3)

Escala de Avaliação do Funcionamento Social e Ocupacional (p. 762-3)

Considera os funcionamentos social e ocupacional em um continuum, indo desde funcionamento excelente até funcionamento amplamente prejudicado. Devem ser incluídos prejuízos devido a limitações físicas e a problemas mentais.

A fim de ser considerado o prejuízo deve ser uma consequência direta de problemas de saúde mental ou física, sendo que os efeitos de falta de oportunidades e outras condições ambientais não devem ser considerados.

Page 20: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo VAvaliação Global do Funcionamento da Criança

CGAS (Children Global Assessment Scale)

O CGAS deve ser codificado com base no pior nível de funcionamento emocional e comportamental do paciente nos últimos três meses, selecionando o nível mais baixo que descrever seu funcionamento em um continuum hipotético de saúde-doença. Os scores vão de 1, que indica o pior funcionamento, até 100, que é o melhor funcionamento possível. Níveis intermediários podem ser utilizados (e.g. 35, 58, 62...).

O funcionamento atual deve ser considerado, independente do tratamento ou prognóstico. Não devem ser considerados déficits funcionais físicos a não ser que estejam claramente relacionados ao funcionamento emocional.

Considerar como o paciente funciona nas seguintes áreas: (1) no lar, com a família; (2) na escola; (3) com amigos; (4) nas atividades de lazer. O score geral deve representar uma média destas quatro áreas.

Page 21: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo VAvaliação Global do Funcionamento da Criança

CGAS (Children Global Assessment Scale)

Período de tempo especificado: 1 mês

100-91 Indo muito bem

Funcionamento superior em todas as áreas (em casa, na escola, com os amigos, no lazer), envolvimento em diversas atividades e apresenta muitos interesses (hobbies, atividades extracurriculares, grupos organizados, etc). Indo bem na escola, amigável, confidente, não deixa as preocupações do dia a dia sairem do controle. Não apresenta sintomas.

90-81 Indo bem

Bom funcionamento em todas as áreas, seguro com a família, escola e com os amigos. Podem haver dificuldades transientes e preocupações do dia a dia que ocasionalmente saem do controle (e.g. ansiedade moderada associada com um exame importante, brigas ocasionais com primos ou amigos).

80-71 Normal - Com dificuldades menores

Não mais do que o menor déficit no funcionamento em casa, na escola ou com os amigos. Alguns distúrbios de comportamento ou estresse emocional podem estar presentes em resposta aos estressores da vida (e.g. divórcio dos pais, nascimento de um irmão, falecimentos) mas estes são breves e a interferência com o funcionamento é temporária. Tal criança é minimamente perturbadora aos outros e não é considerada problemática por aqueles que a conhecem.

Page 22: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo VAvaliação Global do Funcionamento da Criança

CGAS (Children Global Assessment Scale)

70-61 Alguns problemas - em apenas uma área

Alguma dificuldade em uma única área, mas funcionando bem no geral (e.g. atos antissociais esporádicos ou isolados, tais como furtos menores; dificuldades menores na escola, mudanças de humor de curta duração, medos e ansiedades que não levam a comportamentos de evitação grosseiros, dúvidas a cerca de si mesmo). Tem algumas relações interpessoais significativas. A maioria das pessoas que não conhecem bem esta criança não a consideram problemática, mas aqueles que a conhecem podem expressar preocupação.

60-51 Alguns problemas notáveis - em mais de uma área

Funcionamento variável, com dificuldades esporádicas ou sintomas em várias, mas não em todas, as áreas sociais. A perturbação seria evidente para aqueles que se deparassem com a criança em um setting disfuncional ou em má hora, mas não para aqueles que vissem a criança em outros settings mais estruturados.

50-41 Problemas óbvios - déficits moderados na maioria das áreas ou déficit severo em uma área

Grau moderado de interferência no funcionamento na maioria das áreas sociais ou debilidade severa no funcionamento em uma única área, tais como, por exemplo, preocupações e ruminações suicidas, evasão escolar, outras formas de ansiedade, rituais obsessivos, sintomas conversivos maiores, ataques de ansiedade frequentes, episódios de agressividade frequentes ou outros comportamentos antissociais. Há preservação de algumas relações sociais significativas.

Page 23: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo VAvaliação Global do Funcionamento da Criança

CGAS (Children Global Assessment Scale)

40-31 Problemas sérios - déficit maior em várias áreas ou incapaz de funcionar em uma área

Perturbações no lar, na escola, com os amigos ou na comunidade em geral. São exemplos disso, agressões persistentes sem instigação evidente, retraimento marcante ou isolamento devido ao humor ou perturbação do pensamento, tentativas de suicídio com clara intenção letal. Tal criança provavelmente irá necessitar de uma classe especial e/ou hospitalização ou terá de ser afastada da escola (embora este não seja critério suficiente para a inclusão nesta categoria).

30-21 Problemas severos - incapaz de funcionar em quase todas as situações

Não sai de casa, do quarto ou da cama durante todo o dia, não toma parte em atividades sociais ou apresenta grave cisão com a realidade ou grave distúrbio na comunicação (por exemplo, as vezes é incoerente ou inapropriado).

20-11 Muito severamente debilitado - supervisão considerável é necessária por segurança

Precisa de supervisão considerável para prevenir que machuque aos outros ou a si mesmo. Pode ser, por exemplo, frequentemente violento, tentativas de suicídio repetidas ou incapaz de manter a própria higiene ou grave distúrbio em todas as formas de comunicação. Graves anormalidades na comunicação verbal e gestual, marcante retraimento social, estupor,etc.

Page 24: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo VAvaliação Global do Funcionamento da Criança

CGAS (Children Global Assessment Scale)

10-1 Extremamente debilitado - supervisão constante é necessária por segurança

Precisa de supervisão constante (cuidados 24 horas) devido a agressividade severa ou comportamento autodestrutivo ou grave rompimento com a realidade. Anormalidades graves na comunicação, comunicação, afeto e/ou higiene pessoal.

Page 25: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Escala de Funcionamento Defensivo (p. 754-9)

I. Alto Nível Adaptativo• Afiliação• Altruísmo• Antecipação• Auto-afirmação• Auto-observação• Humor• Sublimação• Supressão

II. Nível das Inibições Mentais(formação de compromisso)

• Anulação• Deslocamento• Dissociação• Formação Reativa

• Intelectualização• Isolamento do Afeto• Repressão

III. Nível de Leve Distorção da Imagem

• Desvalorização• Idealização• Onipotência

IV. Nível da Negação• Negação• Projeção• Racionalização

Page 26: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Escala de Funcionamento Defensivo (p. 754-9)

V. Nível de Importante Distorção da Imagem

• Cisão da auto-imagem ou imagem alheia• Fantasia autista• Identificação projetiva

VI. Nível da Ação• Atuação (acting-out)• Agressividade passiva• Queixa com rejeição de ajuda• Retraimento apático

VII. Nível de Desregulação Defensiva

• Distorção psicótica• Negação psicótica• Projeção delirante

Page 27: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Formulários

Formulário de Relato de Avaliação Multiaxial (p. 68)

EIXO I:

__ __ __. __ ____Diagnóstico Principal_____ __ __. __ ___________________

__ __ __. __ ___________________

EIXO II:

__ __ __. __ ___________________

__ __ __. __ ___________________

EIXO III:

__ __ __. __ ___________________

__ __ __. __ ___________________

__ __ __. __ ___________________

EIXO IV:

EIXO V: __________/__/____

Pontuação Data

Formulário para Registro:Escala de Funcionamento

Defensivo (p. 756)

A. Defesas ou Estilos de Enfrentamento Atuais:

1. ____________________________________

2. ____________________________________

3. ____________________________________

4. ____________________________________

5. ____________________________________

6. ____________________________________

7. ____________________________________

B. Nível de Defesa Atualmente Predominante:

______________________________________

Page 28: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Formulários

Diagnóstico PrincipalNo contexto de internação, o diagnóstico principal é aquele que age como principal

condição pela qual o indivíduo foi internado.No contexto ambulatorial, o motivo da consulta – ou queixa principal – é o diagnóstico

principal.O diagnóstico principal deve encontrar-se a frente dos demais, que devem ser expostos

em ordem de importância dentro dos Eixos.

Diagnóstico ProvisórioPode ser utilizado quando todos os critérios para um determinado transtorno não foram

preenchidos, mas existe forte suspeita de que serão na medida que houver informações suficientes. Deve ser indicado entre parênteses logo após o transtorno (i.e. “(provisório)”).

Também pode ser utilizado quando o diagnóstico diferencial depende exclusivamente da duração do transtorno.

Page 29: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Formulários

DúvidasCaso existam dúvidas quanto a presença de causa(s) orgânica(s) que possam explicar

algum diagnóstico, anotar ao final do formulário.

Caso existam outros pontos de dúvida, anotar ao final do formulário.

Transtorno Psicótico S.O.E. e Transtorno da Personalidade S.O.E.

No caso de diagnóstico de Transtorno Psicótico S.O.E. ou Transtorno da Personalidade S.O.E., relatar critérios encontrados e fazer uma breve justificativa ao final do formulário.

Page 30: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Códigos Adicionais (p. 695)

Ver também em Outras Condições que Podem Ser Foco de Atenção Clínica (p. 683-93)

I. Diagnóstico Diferencial de Transtornos Mentais Causados por uma Condição Médica Geral (p. 698)

II. Diagnóstico Diferencial de Transtornos Induzidos por Substâncias (p. 700)

III. Diagnóstico Diferencial de Transtornos Psicóticos (p. 702)

IV. Diagnóstico Diferencial de Transtornos do Humor (p. 704)

V. Diagnóstico Diferencial de Transtornos de Ansiedade (p. 706)

VI. Diagnóstico Diferencial de Transtornos Somatoformes (p. 708)

Árvores de Decisão Para Diagnósticos Diferenciais (p. 697)

Page 31: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Glossários

Glossário de Termos Técnicos (p. 766-72)

Glossário de Mecanismos Específicos de Defesa e Estilos de Enfrentamento (p. 757-9)

Plano de Formulação Cultural e Glossário para Síndromes Ligadas à Cultura (p. 837-42)

Page 32: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

CID

-10

Classificaçãode Transtornos Mentaise de Comportamentoda CID-10

Cláudio Drews Jr.

Page 33: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

CID

-10

Classificaçãode Transtornos Mentaise de Comportamentoda CID-10

Cláudio Drews Jr.

Page 34: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Categorização dos Transtornos Mentais

Categoria Classificação Descrição

Transtorno mental orgânicoF0

F1

Transtorno mental orgânico

Usar substância psicoativa

Transtorno mental psicóticoF2

F3

Esquizofrenia

Transtorno de humor (afetivo)

Neurótico, estresse e transtorno da personalidade

F4

F5

F6

Transtorno neurótico

Transtorno psicofisiológico

Transtorno da personalidade

Infância, adolescência e transtorno do desenvolvimento

F7

F8

F9

Retardo mental

Transtorno do desenvolvimento

Transtornos da infância e da adolescência

Page 35: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Avaliação Multiaxial na CID-10

Sistema multiaxial para adultos na CID-10

Eixo I: Diagnóstico ClínicoCategorias da CID-10 para transtornos mentais e comportamentais (F00-F99). p. 21-283

Outras condições geralmente associadas com transtornos mentais ou comportamentais (A00-E90, G00-Y98). p. 284-298

Eixo II: WHODAS IIEscala de avaliação de deficiência da OMS (WHODAS – WHO Short Disability Assessment

Schedule).Link: http://www.who.int/icidh/whodas/

Eixo III: Z00-Z91Listagem e definições breves de categorias e códigos Z específicos. p. 298-302

Page 36: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo II: WHODAS II

A WHODAS II é uma ferramenta que permite traçar um perfil de funcionamento em seis domínios de atividades, assim como um score geral de deficiência. A informação obtida com o WHODAS II permite:

Identificar as necessidades

Escolher a melhor intervenção

Acompanhar o funcionamento ao longo do tempo Medir os resultados clínicos e a eficácia dos tratamentos Definir prioridades Alocar recursos

Page 37: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo II: WHODAS II

A WHODAS II foi desenvolvida para avaliar as limitações nas atividades e as restrições experienciadas pelo indivíduo independente do seu diagnóstico. Os domínios avaliados pelo instrumento incluem: Compreensão e comunicação Locomoção Cuidados próprios Relacionamento social Atividades diárias

Participação social

Page 38: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo II: WHODAS IIDefinição dos seis domínios avaliados pela WHODAS II

Cognição: avalia a comunicação e as atividades do pensamento, as áreas específicas avaliadas incluem concentração, memória, resolução de problemas, aprendizagem e comunicação.

Mobilidade: avalia atividades tais como permanecer em pé, mover-se no interior do lar, sair de casa e caminhar distâncias longas.

Autos-cuidados: avalia a higiene, vestimenta, alimentação e a capacidade de permanecer sozinho.

Relacionamento: avalia as interações com outras pessoas e as dificuldades que podem ser encontradas neste domínio da vida devido a problemas de saúde. Neste contexto, outras pessoas incluem aqueles conhecidos intimamente ou bem (i.e. a esposa ou companheira, membros da família ou amigos próximos) e desconhecidos.

Atividades diárias: avalia dificuldades nas atividades do dia a dia, tais como as responsabilidades domésticas, atividades de lazer, trabalho e acadêmicas.

Participação: avalia as dimensões sociais, tais como atividades na comunidade, barreiras e limitações no mundo que cerca o respondente, e problemas com outras questões, tais como manter a dignidade pessoal.

Page 39: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo II: WHODAS II

6 itens

5 itens

4 itens

5 itens

4 itens

4 itens

8 itens

D1: Cognição

D2: Mobilidade

D3: Autos-cuidados

D4: Relacionamento

D5(1): Atividades diárias

D5(2): Cuidados do lar

D6: Participação social

Fator Geralde

Deficiência

* Obs.: versão de 36 itens.

Page 40: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo II: WHODAS IIRelação do WHODAS II com o WHOQOL

A OMS desenvolveu tanto o WHODAS II quanto o WHOQOL. Conceitualmente, os construtos qualidade de vida e funcionamento podem ser tidos como intercambiáveis.

Porém, embora seus construtos sejam relacionados, o WHOQOL avalia a qualidade de vida (i.e. o sentimento de satisfação sobre a própria performance em um dado domínio da vida) e o WHODAS II busca avaliar o funcionamento (i.e. a performance objetiva em um dado domínio da vida).

Idealmente, os mesmos domínios da vida devem ser avaliados em ambos instrumentos.

Onde o WHODAS II pergunta ao indivíduo os "como você faz", o WHOQOL pergunta os "como você se sente".

Page 41: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo II: WHODAS IIPadronização das respostas

1) Grau de dificuldadePara o WHODAS II, ter dificuldade em alguma atividade significa:– Esforço aumentado– Desconforto ou dor– Lentificação– Mudanças na forma como a pessoa realiza a atividade

2) ...devido às condições de saúdePara a WHODAS II significa:– Doenças, deficiências ou outros problemas de saúde– Ferimentos– Problemas mentais ou emocionais– Problemas com álcool – Problemas com drogas

Page 42: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo II: WHODAS IIPadronização das respostas

3) ... nos últimos 30 diasAs respostas devem ser referentes aos últimos 30 dias. Se há variabilidade no grau

das dificuldades experienciadas nos últimos 30 dias, o respondente deve ser instruído a responder conforme o que percebe como sendo a média entre os dias ruins e os dias bons.

4) ... da forma como geralmente realizam a atividadeOs respondentes devem considerar os recursos que geralmente tem a disposição

para realizar as atividades.

5) Os itens que não podem ser avaliadosSe o respondente é incapaz ou esteve incapacitado de realizar alguma das

atividades nos últimos 30 dias, estas devem ser respondidas como "5" (extremo / não é capaz).

Page 43: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo II: WHODAS II

Avaliação Clínica da WHODAS II

Considerar as dificuldades relacionadas com problemas de saúde que o paciente tenha apresentado nos últimos 30 dias. Tais problemas incluem doenças e debilidades, de longa ou de curta duração, ferimentos, problemas emocionais ou mentais e problemas com álcool e drogas.

Dar uma nota de 1 a 5 para cada um dos domínios considerados pelo WHODAS II, considerando que:

1 = Nenhuma dificuldade;

2 = Dificuldade leve;

3 = Dificuldade moderada;

4 = Dificuldade severa;

5 = Dificuldade extrema / incapaz.

Page 44: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo II: WHODAS II

Avaliação Clínica da WHODAS II

Exemplo:

1. Cognição : 2

2. Mobilidade : 4

3. Autos-cuidados : 3

4. Relacionamento : 3

5. Atividades diárias : 4

6. Participação social : 4

No caso, é apresentado um paciente com a cognição rebaixada, com dificuldades severas de locomoção, relacionada ao contexto social onde dificuldades moderadas são enfrentadas. Sua condição o limita bastante nas suas atividades diárias, autos-cuidados e participação em seu contexto social.

Page 45: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo II: WHODAS IIAvaliação Clínica da WHODAS II

Apuração

Primeiro passo: Somar os scores de cada domínio.

Segundo passo: Converter o total em uma escala métrica de 0 à 100, onde 0 é nenhuma deficiência e 100 é deficiência total.

No caso do exemplo, a soma é 20, resultado que pode ser convertido em uma escala de 100 pela seguinte fórmula:

x = (y*10)/3

onde x é o resultado na escala de 100 e y é o resultado da soma dos seis domínios, de modo que (20*10)/3 = 66,6~ que pode ser indicado como WHODAS II: 67.

Page 46: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo II: WHODAS IIAvaliação Clínica da WHODAS II

Apuração do Questionário

Se o WHODAS II for avaliado por meio de aplicação de um dos questionários disponíveis para download na página da OMS, três passos devem ser tomados para a apuração.

Primeiro passo: Somar os scores das respostas em cada domínio.

Segundo passo: Somar os scores de cada domínio.

Segundo passo: Converter o total em uma escala métrica de 0 à 100, onde 0 é nenhuma deficiência e 100 é deficiência total.

Page 47: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo II: WHODAS IIAvaliação Clínica da WHODAS IISignificado dos Scores da WHODAS II

– De 0 à 20 : Nenhuma deficiência, ou deficiência baixa.– De 21 à 40 : Deficiência leve.– De 41 à 60 : Deficiência moderada.– De 61 à 80 : Deficiência severa.– De 81 à 100: Incapacidade severa.

Obs.: Esta interpretação não considera os achados estatísticos da OMS, apenas as respostas obtidas na entrevista. Na página da OMS também é possível obter os dados estatísticos da população geral e algoritmos para a correção computadorizada.

Page 48: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Avaliação Multiaxial na CID-10Sistema multiaxial para crianças e adolescentes na CID-10

Eixo I: Síndromes psiquiátricas e clínicasXX (nenhum diagnóstico nesta categoria), F84, F90-F98, F00-F09,F10-F19, F20-F29, F30-

F39, F40-F48, F50-F59, F60-69, F99.

Eixo II: Transtornos específicos do desenvolvimento psicológico:XX, F80-F83, F85-F89.

Eixo III: Nível intelectualXX, F70-F79 + especificador e, se disponível, escore do WAIS ou do WISC.

Eixo IV: Outras condições médicas da CID-10 frequentemente associadas a transtornos mentais e de comportamento.

Eixo V: Situações psicossociais anormais associadas Códigos Z ou codificação própria específica (00, 1.0...)

Eixo VI: Avaliação global de deficiência psicossocial (GAPD)

Page 49: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo VI (GAPD)Avaliação global de deficiência psicossocial

0 Funcionamento social superior/bom funcionamentoFuncionamento bom ou superior em todos os domínios sociais. Boas relações

interpessoais com a família, pares e adultos fora da família; lida de forma eficaz com todas as situações sociais encontradas; tem acesso a uma boa gama de atividades de laser e áreas de interesse.

1 Funcionamento social moderadoFuncionamento social moderado no geral, mas com pequenas dificuldades

passageiras em um ou dois domínios (não mais do que dois domínios). O funcionamento pode ou não ser superior em outros domínios.

2 Leve deficiência socialFuncionamento adequado na maioria dos domínios, mas com pequenas

dificuldades em um ou dois domínios (tais como dificuldades nas amizades, atividades sociais ou áreas de interesse limitadas, dificuldades com as relações familiares, baixa eficácia social ou dificuldades nas relações com adultos fora da família).

Page 50: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo VI (GAPD)Avaliação global de deficiência psicossocial

3 Deficiência social moderadaDeve apresentar deficiência moderada em pelo menos um ou dois domínios.

4 Deficiência social graveDeve apresentar deficiência grave em pelo menos um ou dois domínios (como

ausência marcante de amizades, incapacidade de lidar com situações sociais novas, incapacidade de ir à escola).

5 Deficiência social grave e pervasivaDeve apresentar deficiência grave na maioria dos domínios.

6 Incapaz de funcionar na maioria das áreasNecessita de supervisão ou cuidados dos outros para manter o funcionamento

diário, incapaz de cuidar-se sozinho.

Page 51: Psicodiagnóstico - DSM-IV-TR e CID-10

Eixo VI (GAPD)Avaliação global de deficiência psicossocial

7 Deficiência social gravíssima e pervasivaIncapaz de manter o mínimo de higiene pessoal ou necessita de supervisão

contínua para evitar perigos para si e para os outros, ou grave impedimento em todas as formas de comunicação.

8 Deficiência social profunda e pervasivaIncapacidade persistente de manter a higiene pessoal ou risco persistente de ferir a

si mesmo ou aos outros gravemente, ou total ausência de comunicação.