psicologia do transito2

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Psicologia do Transito Psicologia do Transito Prof. Dra. Maria Sara de Lima Dias

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Page 1: Psicologia Do Transito2

Psicologia do TransitoPsicologia do TransitoProf. Dra. Maria Sara de Lima Dias

Page 2: Psicologia Do Transito2

O objeto stricto sensu da O objeto stricto sensu da psicologia do transitopsicologia do transitoA introdução do psicologo no

transito se deu pragmaticamente através do profissional no uso dos testes. Com a seleção de motoristas e candidatos a motoristas.

Antes de estudos sistemáticos sobre os processos psicologicos envolvidos no ato de dirigir.

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A amplitude da psicologia do A amplitude da psicologia do transitotransitoEm sentido restrido a Psicologia do

transito estuda o comportamento dos participantes do transito indistintamente não excluindo ninguém.

Todo mundo na sociedade moderna participa do transito, desde antes de nascer, até os idosos.

Em todos os níveis existem características específicas de comportamento.

Page 4: Psicologia Do Transito2

Alguns obstáculos para a Alguns obstáculos para a Psicologia do transitoPsicologia do transitoFatores que explicam o pouco

interesse dos psicologos:1. A participação no transito não é

vista como um trabalho em si, mas uma atividade rápida e intermediária, entre duas atividades importantes.

2. Participar do transito não produz nada de concreto, ou seja a distância percorrida não é percebida.

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3. O transito não produz algo de valor em si. Transporte é considerado prejuizo.

4. A psicologia do transito é identificada como psicotécnico, uma atividade muito rotineira de pouca criatividade e pouco rendosa.

5. Ainda não existe no Brasil nenhum cargo de Psicólogo do Transito nos órgãos de governo. No entanto exsitem possibilidades onde a psicologia do transito tem mais condições de se desenvolver:

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Junto a empresas maiores, com muitos motoristas que podem possibilitar observações sistemáticas.

Junto a departamentos ou companhias de engenharia do transito. Aqui à vantagem de uma infra-estrutura e de certa compreensão para o trabalho de pesquisa, ex. DER e DNERs

Nos departamentos de psicologia das universidades brasileiras, tanto governamentais quanto particulares.

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O psicologo do transito como novo profissional, terá de conquistar o seu espaço , mostrando que pesquisas psicologicas do transito podem fornecer dados importantes.

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Foi nos ultimos anos da década de cinquenta e sessenta que a Psicologia do Transito começou a desenvolver-se como

Traffic PsychologyVerkehrspsychologiePsychologishe VerkeerkundePsychologie de la ConduitePsychologie de la Circulation.

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Centros de pesquisaCentros de pesquisaInglaterraAlemanhaSuiçaFrança HolandaFinlandiaAustrália AustriaCanada Estados UnidosJapão

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No BrasilCongressos nacionais de

psicologia do transito.

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Processos Psicológicos Processos Psicológicos básicos do comportamento básicos do comportamento no transitono transitoTres condições para que se produzam

comportamentos adequados no transito:

1. Estimulos ou de situações que possam ser observadas e percebidas

2. Um organismo em condições de perceber e reagir aos estimulos

3. Uma aprendizagem prévia de sinais e das normas que devem ser seguidas para que este organismo saiba se comportar adequadamente no sistema do transito

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Dadas estas condições o homem pode construir sobre elas um comportamento adequado à situação do transito. Este comportamento é resultado de diversos fatores, conforme a escola psicologica, levam-se em conta mais fatores.

Consideramos aqui as analises do Behaviorismo restrito, do Behaviorismo mitigado e do Cognitivismo.

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Análise dos fatores dentro de Análise dos fatores dentro de um paradigma behaviorista um paradigma behaviorista restritorestritoConsiderado o ( estimulo) S ou a

situação como o fator determinante que provoca o comportamento, que é a resposta (R) aos vários estímulos do ambiente.

Coloca a resposta em total dependencia do estímulo.

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O estimulo ou situação_:SO estimulo ou situação_:SEm primeiro lugar temos os estimulos

do ambiente geral que alcançam nossos orgaos de sentido e são percebidos, mas não tem influencia direta sobre nosso comportamento ( o céu, as casas, árvores)

Em segundo lugar, há os estimulos do ambiente transito, dentre estes temos que escolher aqueles que são pertinentes à nossa tarefa de dirigir. Ex. O carro que vem a frente, que esta atras, etc.

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Em terceiro lugar os estimulos do proprio carro, o zumbido do motor, a posição dos indicadores de gasolina, de velocidade do pisca-pisca e as imagens dos retrovisores.

Por último os estímulos que provem do nosso proprio organismo, fadiga, informações cinestésicas e estatocinestésicas que denotam modificações no movimento geral do corpo que influenciam nosso estado de equilibrio físico. Sentir fome ou sede, dor de cabeça, etc.

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Todos esses estimulos passam pelos diversos canais que são os orgãos dos sentidos. Através da ação destes que os estimulos fisicos são transformados em impulsos nervosos, que agem sobre as diversas partes de nosso cerebro provocando a percepção ou ativam centros nervosos centrais provocando respostas : o comportamento.

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A resposta, a reação: RA resposta, a reação: RNos diversos comportamentos assim

provocados podemos distinguir:A) comportamentos gerais que nada tem a

ver diretamente com o transito, ex. Ligar uma musica.

B) mais importantes são os comportamentos que englobam as ações diretas ou indiretas ligadas à nossa situação dentro do transito e que devem corresponder às modificações no ambiente do transito

C) por fim, certos comportamentos individuais tem alguma finalidade, mas não ligada ao transito

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O paradigma do O paradigma do behaviorismo mitigadobehaviorismo mitigadoWoodworth era de opinião de que não

é somente o estimulo que provoca determinada resposta, mas que esta também é influenciada pelo organismo com toda a sua experiência e aprendizagem anterior. Num experimento R é chamado de variável dependente , pois depende de alguma forma do estimulo S que se chama variável independente. Entre os dois fatores está o organismo contendo diversas variáveis intervenientes , como o hábito, os condicionamentos, etc.

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O paradigma cognitivistaO paradigma cognitivistaPiaget, Neisser- psicologia cognitivaShannon e Weavet- estudos

relacionados com o desenvolvimento matematico da teoria da informação. Estes dois autores procuravam aplicar conceitos e medidas da teoria da comunicação em termos de informação , às ciências do comportamento.

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Tomada de informaçãoTomada de informaçãoTanto o motorista como o pedestre devem

estar atentos ou vigilantes em busca de estimulos que podem ser importantes para seu comportamento no transito.

Esta capacidade chama-se vigilancia ou atenção difusa e permite um estado de alerta para indícios de perigo.

Uma vez encontrados tais indicios, motorista e pedestre devem coloca-los em foco, usando a atenção concentrada.

Porém ao mesmo tempo que o motorista presta atenção num pedestre, ele deve estar atento ao carro que quer ultrapassar, usando para isso sua atenção distribuida.

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Na realidade, a atenção não é um processo à parte, mas uma qualidade da percepção, uma percepção mais consciente e dirigida, seja sobre o campo global, seja focalizando um ou mais pontos dentro deste campo. Assim podemos ter uma atenção difusa visual, auditiva, tátil, etc. Bem como uma atenção distribuida visual-auditiva, ou auditiva-tátil.

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Durante muito tempo a atenção foi considerada como processo simples de input de estimulos. Hoje em dia os estudos dos movimentos oculares mostram que a percepção só é possível atraves de um comportamento complexo e ágil dos globos oculares.

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Em primeiro lugar a detecção. Nesta fase observa-se a simples etimulação de um determinado orgão do sentido. EX. Luz

Segunda fase, processo de discriminação e diferenciação. Ex. Detalhes.

Terceira fase: avaliação do espaço, tempo e velocidade. Ex. Distancia ate esta luz

Quarta fase processo de identificação, saber se o estimulo é conhecido ou não ( representação mnemonica que temos) , identificação figurativa.

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O processamento da O processamento da informaçãoinformaçãoUma vez de posse da informação

perceptiva a partir dos estimulos, entramos na estapa de seu processamento, no qual podemos distinguir fases: a compreensão, a seleção funcional e a previsão.

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O processo de O processo de compreensãocompreensãoIdentificação significativa. Quer dizer não

vemos apenas a forma e a cor da placa, o desenho ou a mensagem escrita, mas também seu significado.

A compreensão da situação. Estou numa rua secundária e vou atravessar uma avenida com tráfego à direita e à esquerda. Para compreender bem esta situação devo saber que minha rua não é preferencial portanto que devo esperar no cruzamento até que apareça uma brecha razoável para atravessar a avenida sem arriscar a minha vida.

A avaliação esta ligada à tarefa perceptiva.

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O processo de seleção O processo de seleção funcionalfuncionalTambem esta ligado à

compreensão da situação.Estudos de Eklund verificaram

que a identificação correta de um sinal de transito apresentado rapidamente em um taquistoscopio depende de suas caracteristicas fisicas.

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Tanto a compreensão da situação quanto a seleção funcional se relacionam com o futuro e permitem ou estão em função de previsões que podem ser consideradas a terceira fase do processamento da informação.

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Tomada de decisãoTomada de decisãoElo entre a compreensão e a

açãoA) julgamentoB) rapidez de decisão.

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Reação, resposta ou Reação, resposta ou comportamento observável.comportamento observável.Dois tipos de reação:Do motorista diretamente sobre os

comandos do carro ( R.1) pisando no acelerados, ligando os comandos, girando o volante.

Do carro, em resposta à ação do motorista, é o que chamamos de comportamento do carro. O que o motorista na realidade quer é o comportamento do carro com o qual ele se identifica. Os comportamentos sobre os comandos são somente indiretos e intermediários.

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Feedback ou Feedback ou retroalimentaçãoretroalimentaçãoO motorista que observa o que o

carro faz e se o comportamento que provoca com suas ações sobre os comandos é adequado ou deve ser corrigido.

A percepção daquilo que o carro faz, ou feedback constitui nova tomada de informação que pode corrigir o seu rumo.

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Outros fatores psiquicosOutros fatores psiquicosFatores ligados à memoria, à

aprendizagem e por outro lado emoção, motivação, atitude e personalidade.

Há outros fatores que ligam parcialmente a avaliações emocionais, tais como a escala individual de valores, que gera atitudes em relação às pessoas e às situações.

Page 32: Psicologia Do Transito2

Disfunções nos processos-o Disfunções nos processos-o fator humano nos acidentesfator humano nos acidentesPelo menos 80% dos acidentes se

devem a fatores humanos.Estes fracassos do

comportamento no transito chamam a atenção da sociedade e demonstram com toda a sua clareza e periculosidade.

Em todo o acidente podemos dizer que aconteceu alguma coisa que era inesperada para as pessoas nele envolvidas.

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A relação da psicologia do transito com A relação da psicologia do transito com outras áreas da psicologia e com outras outras áreas da psicologia e com outras ciencias e profissões.ciencias e profissões.

Disciplinas psicológicas básicasPsicologia experimentalPsicofísica, psicologia sensorial e

psicofisiologiaPsicologia da percepção e da cogniçãoPsicologia da motivação e da emoçãoPsicologia da aprendizagem e memória

Page 34: Psicologia Do Transito2

A relação da psicologia do transito A relação da psicologia do transito com outras áreas da psicologia e com com outras áreas da psicologia e com outras ciências e profissõesoutras ciências e profissões

A psicologia do transito como psicologia aplicada, mantem contato com as areas da psicologia básica e especializada e com outras áreas da psicologia aplicada.

Page 35: Psicologia Do Transito2

A psicologia experimentalA psicologia experimentalFoi através do metodo

experimental que a psicologia moderna conquistou seu status de ciencia, a partir dos trabalhos de Wilhelm Wundt.

Quase todos os métodos que a psicologia descobriu e testou neste período de mais de cem anos podem