qualidade da Água do cÓrrego Água da cruz, no...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “Júlio de Mesquita Filho”
Campus Experimental de Ourinhos
MARCELO ANTONIO BOVOLENTA
QUALIDADE DA ÁGUA DO CÓRREGO ÁGUA DA CRUZ, NO
MUNICÍPIO DE CÂNDIDO MOTA-SP
OURINHOS
2015
MARCELO ANTONIO BOVOLENTA
QUALIDADE DA ÁGUA DO CÓRREGO ÁGUA DA CRUZ, NO
MUNICÍPIO DE CÂNDIDO MOTA-SP
Monografia apresentada a Unesp – Campus Experimental de Ourinhos, como requisito à obtenção do título de especialista em Gerenciamento de Recursos Hídricos e Planejamento Ambiental em Bacias Hidrográficas pela. Orientador: Prof.ª Dra. Renata Ribeiro de Araújo
OURINHOS
2015
FICHA CATALOGRÁFICA
BOVOLENTA, Marcelo Antonio
Qualidade da Água do córrego Água da Cruz, no Município de Cândido Mota-SP / Marcelo Antonio Bovolenta. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP – Ourinhos, 2015.
25p.
Orientadora: Drª. Renata Ribeiro de Araújo.
Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Estadual Paulista - UNESP.
1. Córrego Água da Cruz. 2. Resolução nº 357 Conama. 3. Qualidade da Água.
CDD: 660
Biblioteca UNESP
MARCELO ANTONIO BOVOLENTA
QUALIDADE DA ÁGUA DO CÓRREGO ÁGUA DA CRUZ, NO
MUNICÍPIO DE CÂNDIDO MOTA-SP
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do título de Especialista em Gerenciamento de Recursos Hídricos e Planejamento Ambiental em Bacias Hidrográficas pela Unesp – Campus Experimental de Ourinhos.
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Renata Ribeiro de Araújo.
Ourinhos, 18 de dezembro de 2015.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todos aqueles que acreditaram em minha capacidade; em especial aos meus pais Ladio e Maria Célia e minha irmã Ladiane.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus a cima de tudo, por ter me dado força para continuar a caminhada.
À professora Renata, pela orientação deste trabalho de conclusão de curso e pelo constante estímulo transmitido durante o trabalho.
Aos amigos e colegas de sala, que durante todo o curso ajudaram em minhas dificuldades.
Aos familiares, à minha mãe, meu pai e minha irmã que sempre me apoiaram e incentivaram durante todo o curso.
RESUMO
O Córrego Água da Cruz está localizado no município de Cândido Mota-SP, Sudoeste do estado de São Paulo nas coordenadas geográficas 22°49`09.19”S e 50°27`29.00”O. A bacia hidrográfica do córrego Água da Cruz apresenta pressão antrópica e é ocupada por atividades agrícolas, justificando-se assim a importância do estudo da qualidade da água. Neste estudo, foram analisados os parâmetros físico-químicos, pH, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, turbidez e temperatura, de cinco pontos do córrego Água da Cruz desde a nascente até a confluência com rio Água do Almoço, localizado no município de Cândido Mota, estado de São Paulo. O monitoramento da qualidade da água foi realizado três vezes com intervalo de dois meses entre uma análise e outra. Os resultados obtidos demonstraram a boa qualidade da água, pois estão de acordo com os padrões de qualidade para um corpo d`água Classe 2, conforme a da Resolução CONAMA nº357/05.
Palavras chave: Tributário Água da Cruz. Qualidade da água. Resolução Nº357
Conama
ABSTRACT
The Cruz Water Tax is located in rural areas, where it suffers human actions , and this exposed farming activities , thereby justifying the importance of the study of water quality. In this work, the physical and chemical parameters , pH were analyzed , electrical conductivity , dissolved oxygen, turbidity and temperature , five points of the Tax Water Cruz from the source to the confluence with river Lunch Water, located in the municipality of Cândido Mota , state of São Paulo. The monitoring of water quality was performed three times with an interval of two months between analysis and other . The results showed good water quality, since they are consistent with the conditions and Class 2 quality standards of Resolution 357 of CONAMA .
Keywords: Cruz Water. Tax Water Quality. CONAMA Resolution 357
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Exemplo de uma bacia hidrográfica ........................................................ 15
Figura 2 - Ilustração do método de ordenação dos canais ....................................... 16
Figura 3 - Comitês de Bacias Hidrográficas que abrangem as 22 UGRHIs do Estado
de São Paulo ............................................................................................................ 17
Figura 4 - Mapa de localização de Cândido Mota no estado de São Paulo ............. 26
Figura 5 – Mapa da localização da Bacia Hidrográfica do Médio Paranapanema ... 27
Figura 6 – Aquíferos aflorantes no Médio Paranapanema ....................................... 28
Figura 7 – Visualização do Tributário Água da Cruz na bacia hidrográfica médio
Paranapanema ......................................................................................................... 28
Figura 8 – Área de drenagem do Tributário Água da Cruz ........................................ 30
Figura 9 – Planialtimetria Municipal .......................................................................... 32
Figura 10 – Pontos de coleta de amostras ............................................................... 33
Figura 11 – Ponto nº 1 de amostragem ................................................................... 34
Figura 12 – Ponto nº 2 de amostragem, final de percurso canalizado ..................... 34
Figura 13 – Ponto nº 3 de amostragem, final a represa: bebedouro ........................ 35
Figura 14 – Ponto nº 4 de amostragem, final da represa, percurso do Tributário .... 35
Figura 15 – Ponto nº 5 de amostragem, junção percurso do bebedouro e do
Tributário Água da Cruz ........................................................................................... 36
Figura 16 – Condutividade elétrica no período analisado ........................................ 41
Figura 17 – Oxigênio dissolvido no período analisado ............................................. 42
Figura 18 – pH no período analisado ....................................................................... 42
Figura 19 – Temperatura no período analisado ....................................................... 43
Figura 20 – Turbidez no período analisado .............................................................. 43
Figura 21 – Vazão no período analisado .................................................................. 44
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Classificação das águas doces Resolução CONAMA n° 357/2005 ........ 24
Tabela 2 - Áreas de Preservação Permanente ......................................................... 31
Tabela 3 – Parâmetros físicos químicos CONAMA 357/2005 .................................. 39
Tabela 4 – Resultados de maio ................................................................................ 40
Tabela 5 – Resultados de julho ................................................................................ 40
Tabela 6 – Resultados de outubro ........................................................................... 41
Tabela 7 – Valores médios dos Pontos de análises ................................................. 44
Tabela 8 – Comparação entre a Resolução CONAMA 357 e análises ............... 46
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 12
2. OBJETIVO ................................................................................ .......................14
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 15
3.1 BACIA E MICROBACIA HIDROGRÁFICA ......................................................... 15
3.2 COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS ........................................................ 16
4. QUALIDADE DA ÁGUA ............................................................................... 19
5. CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS ................................................ 21
6. RESOLUÇÃO CONAMA 357/205 .............................................................. 24
7. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................... 26
7.1 ÁREA DE ESTUDO ............................................................................................. 26
7.2 CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS DA REGIÃO ............................................... 29
7.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO .......................................................................... 31
8. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO .............................................. 33
8.1 AMOSTRAGEM .................................................................................................. 33
8.2 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAL ................................................................ 36
8.2.1 Condutividade Elétrica ................................................................................. 37
8.2.2 Oxigênio Dissolvido...................................................................................... 37
8.2.3 pH ................................................................................................................... 37
8.2.4 Temperatura ................................................................................................. 37
8.2.5 Turbidez ........................................................................................................ 37
8.2.6 Vazão ............................................................................................................. 38
9. ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................. 39
10. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................ 40
11. CONCLUSÃO ............................................................................................... 47
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 48
12
1. INTRODUÇÃO
A qualidade da água é vulnerável às condições ambientais a qual está
exposta o que afeta a disponibilidade hídrica, portanto, a avaliação de parâmetros
físicos químicos torna-se necessária diante da preocupação com as condições
sanitárias da água a ser consumida, que na maioria das vezes, é necessário um
tratamento para torná-la potável e de excelente qualidade para ser utilizada com
segurança (JULIÃO, 2011).
Para garantir a adequada qualidade da água nos mananciais devem-se levar
em conta a intervenção humana no manejo do solo, tais como as atividades
econômicas situadas na microbacia, a agricultura, a preservação e implantação de
matas ciliares nas nascentes e na área de preservação permanente do rio.
A qualidade da água é resultante de fenômenos naturais e de ações
antrópicas, sendo função do uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica. A
interferência do homem é uma das maiores causas de alterações da qualidade da
água, seja ela realizada de forma concentrada, como no caso da geração de
efluentes domésticos ou industriais, ou de forma dispersa, como no caso da poluição
com defensivos e insumos agrícolas, contribuindo para incorporação de compostos
orgânicos nos cursos de água, alterando diretamente sua qualidade. Desse modo, a
forma de utilização e ocupação do solo reflete diretamente na qualidade das águas
de uma bacia hidrográfica (FARAGE, 2009).
Segundo Skorupa (2003), nas áreas de nascentes, a vegetação atua como
um amortecedor das chuvas, evitando o seu impacto direto sobre o solo e a sua
compactação. Permite, pois, juntamente com toda a massa de raízes das plantas,
que o solo permaneça poroso e capaz de absorver a água das chuvas, alimentando
os lençóis freáticos; por sua vez, evita que o escoamento superficial excessivo de
água carregue partículas de solo e resíduos tóxicos provenientes das atividades
agrícolas para o leito dos cursos d`água, os quais afetam a qualidade da água e
diminuem a vida útil dos reservatórios assoreando-os.
Tendo em vista estes fatores intervenientes na qualidade da água de uma
bacia hidrográfica, o trabalho estudou a qualidade da água de um córrego da
microbacia do Rio Queixada na cidade de Cândido Mota – SP, onde pode se
13
observar vários problemas, como a falta e má preservação da áreas de preservação
permanente, a canalização de uma parte do córrego e a exploração agrícola.
O Córrego Água da Cruz possui uma canalização em seu percurso resultante
de ação antrópica. E segundo Baldisserra et al.(2011) é necessário que se
estabeleçam estudos e parâmetros que permitam avaliar o impacto ambiental das
diversas atividades econômicas e sociais, que tem na água seu elemento central.
Entre estas, também a ocupação desordenada do solo, o desmatamento em área
declivosa ou próxima aos rios, a expansão da agricultura, a abertura de estradas, a
urbanização ou vários outros processos de transformação da paisagem, que alteram
a qualidade da água e a sua disponibilidade.
14
2. OBJETIVO
Avaliar as dimensões espaço-temporais da qualidade da água superficial do
córrego Água da Cruz, pertencente à microbacia do rio Queixada, no município de
Cândido Mota - SP.
15
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 BACIA E MICROBACIA HIDROGRÁFICA
De acordo com Barrella (2001), bacia hidrográfica é definida como um
conjunto de terras drenado por um rio e seus córregos que são cursos de águas
menores que desaguam em rios principais, formado nas regiões mais altas do relevo
por divisores de água, onde as águas das chuvas escoam superficialmente
formando os córregos e rios de áreas de maior altitude para áreas de menor altitude,
ou infiltram no solo para formação de nascentes e do lençol freático. A Figura 1
apresenta um croqui de uma bacia hidrográfica.
Figura 1-Exemplo de uma bacia hidrográfica (GLOSSÁRIO GEOLÓGICO, 2014).
Mello et al. (1994) explicam tomando como referencial uma seção transversal
de um rio, tem se uma bacia hidrográfica a área coletora de água proveniente da
precipitação que, escoando pela superfície do solo, atinge a seção considerada.
O conceito para micro bacias segundo Calijure et al. (2006) é que são áreas
formadas por canais de primeira e segunda ordem e, em alguns casos, de terceira
ordem, como uma bacia dentro de outra, devendo ser definida como base na
16
dinâmica dos processos hidrológicos, geomorfológicos e biológicos. As microbacias
são áreas frágeis e frequentemente ameaçadas por perturbações, nas quais as
escalas espacial, temporal e observacional são fundamentais.
As bacias hidrográficas são ordenadas pelos seus canais, os canais primários
(nascentes) são designados de 1° ordem. A junção de dois canais primários forma
um de 2ª ordem, e assim sucessivamente. A junção de um canal de uma dada
ordem a um canal de ordem superior não altera a ordem deste. Canais pequenos
geralmente de primeira ordem são designados córregos ou afluentes que desaguam
em outro rio, a ordem do canal à saída da bacia é também a ordem da mesma.Em
hidrologia florestal os estudos se concentram em bacias pequenas, microbacias, de
1ª a 3ª ou até 4ª ordens, as quais são comparáveis em tamanho aos
compartimentos ou talhões de manejo florestal (10 a 100 ha). Conforme pode ser
observado, a menor unidade geomorfológica que caracteriza a bacia hidrográfica é a
bacia de primeira ordem. As junções de duas microbacias primárias formam uma
microbacia maior, de segunda ordem, e assim sucessivamente, até a formação da
macrobacia hidrográfica, a bacia de um rio (LIMA, 1996). A figura 2 mostra o método
de ordenação dos canais.
Figura 2- Ilustração do método de ordenação dos canais de STHRALER (1957).
3.2 COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
As bacias hidrográficas também constituem ecossistemas adequados para
avaliação dos impactos causados pela atividade antrópica, que quando mal
17
manuseada podem acarretar riscos ao equilíbrio e à manutenção da quantidade e a
qualidade da água, uma vez que estas variáveis são relacionadas com o uso do solo
(FERNANDES et al 1994).
A diversidade de interesses em relação ao uso da água, a distribuição
desigual e o uso inadequado têm gerado conflitos e ameaçado a garantia desse
recurso para as gerações presentes e futuras. Reverter esse quadro e estabelecer
acordos entre os múltiplos usos demandam arranjos institucionais que permitem a
conciliação dos diferentes interesses e a construção coletiva das soluções foram os
principais aspectos levados em conta para criação dos Comitês de Bacias
Hidrográficas (CBH), fórum em que um grupo de pessoas se reúnem para discutir
sobre um interesse comum, o usa da água na bacia (ANA, 2011).
A adoção da bacia hidrográfica como unidade de planejamento é de aceitação
internacional, não apenas porque ela representa uma unidade física bem
caracterizada, tanto do ponto de vista de integração como da funcionalidade de seus
elementos, mas também porque toda área de terra, por menor que seja, se integra a
uma bacia (PISSARRA, 1998).Existem atualmente cerca de 190 comitês de bacias
hidrográficas estaduais em atuação no Brasil, no estado de São Paulo existem 20.
Como mostra a figura 3:
Figura 3- Comitês de Bacias Hidrográficas que abrangem as 22 UGRHIs do Estado de São Paulo (Fonte: DAEE, 2003).
18
Os usos múltiplos das águas, seja para abastecimento urbano, irrigação
agrícola, uso industrial, seja para geração de energia elétrica ou outros, podem ser
conhecidos, quantificados, medidos com exatidão e serem o objeto principal do
debate. Porém, a água também é necessária para manter a vida dos ecossistemas,
ou seja, os usos ambientais, não menos importantes, portanto, também precisam ser
considerados nessa discussão. Os interesses sobre os usos da água são bastante
distintos e condicionam um olhar particular do interessado. Pode-se imaginá-lo sob
várias perspectivas (ANA, 2011).
O suprimento de água doce de boa qualidade é essencial para o
desenvolvimento econômico, para a qualidade de vida das populações humanas e
para a sustentabilidade dos ciclos dos nutrientes no planeta (TUNDISI, 2003).
19
4. QUALIDADE DA ÁGUA
A água é um poderoso solvente, sua qualidade depende muito do solo e dos
componentes em sua volta por fazer parte de um ambiente dinâmico, o uso e
ocupação do solo esta diretamente envolvida na qualidade da água que é
caracterizada pela utilização intensiva de tecnologia, que envolve a mecanização e o
alto uso de insumos, como fertilizantes, herbicidas e inseticidas.
De uma maneira geral, as áreas que são utilizadas com agricultura intensiva
são de boa aptidão agrícola, de forma que a preparação das terras é menos
freqüente e, com isso, os problemas de poluição das águas causados pela erosão
hídrica ocorrem com menos intensidade quando se compara com o cultivo de áreas
de baixa aptidão agrícola. Nesses sistemas, o problema de erosão pode ocorrer
quando o manejo de solos é inadequado, devido principalmente ao preparo
excessivo do solo e à reposição insuficiente de carbono orgânico. Essas duas
condições favorecem a degradação física do solo, que tem como conseqüência o
aumento do deflúvio e, com isso, a contaminação das águas superficiais devido aos
sedimentos, nutrientes solúveis e particulados, dos agroquímicos que se encontram
adsorvidos aos sedimentos (MINELLA, 2002).
Pode-se dizer que a qualidade de uma determinada água é função do uso e
ocupação do solo na bacia hidrográfica. Tal se deve às condições naturais, porque
mesmo que a Bacia preserve as mesmas, a qualidade das águas é afetada pelo
escoamento superficial e pela infiltração no solo, resultantes da precipitação
atmosférica. A interferência do homem quer de uma forma concentrada, como na
geração de despejos domésticos ou industriais, quer de uma forma dispersa, como
na poluição de origem agrícola, tem uma implicação direta na qualidade da água
(GOELLNER, 2004).
Um fator de extrema importância que reflete na qualidade da água é a
vegetação que margeia as nascentes e cursos de água que também é fundamental
para a preservação ambiental e para a manutenção das fontes de água e da
biodiversidade. Dentre os benefícios proporcionados ao meio ambiente por esta
vegetação, tem merecido destaque o controle à erosão nas margens dos rios e
córregos; a redução dos efeitos de enchentes; filtragem de resíduos de produtos
químicos como agrotóxicos e fertilizantes; servir de habitat para diferentes espécies
20
animais contribuindo para a manutenção da biodiversidade da fauna local (CHAVES,
2009).
O solo deve ser gerenciado como uma área dinâmica e de alteração pelo
modo que é explorado, uns dos principais componentes de uma bacia, o solo tem
grande parcela para um bom gerenciamento, seu uso desordenado pode causar
algumas conseqüências, os principais exploradores nas áreas de agricultores devem
ter a ciências de um bom manejo, uma boa conservação do solo, pode oferecer
muitos benefícios, para a própria agricultura como também o ecossistema em um
todo. Os agricultores devem se empenhar ao máximo para manter a manutenção ou
recuperação das condições físicas, químicas e biológicas do solo, estabelecendo
critérios para o uso e manejo das terras, de forma a não comprometer sua
capacidade produtiva. Estas medidas visam proteger o solo, prevenindo-o dos
efeitos danosos da erosão aumentando a disponibilidade de água, de nutrientes e da
atividade biológica do solo, criando condições adequadas ao desenvolvimento das
plantas (PAIVA et al, 2012).
Quando substâncias ou impurezas, de origem orgânica ou inorgânica, estão
presentes em uma água, estas podem apresentar determinadas propriedades ou
características, que dependem de uma análise detalhada para se ter o
conhecimento e determinar ou escolher, por exemplo, o tratamento a que será
necessário submetê-la para abastecimento público, ou para avaliar os níveis de
poluição de massas de águas naturais (SOUSA, 2001).
As condições naturais afetam a qualidade da água, ao começar pelo ar, ao
incorporar na água o material que está em suspensão como partículas de areia,
pólens de plantas e gases. Em seguida, tem-se o escoamento superficial no qual
podem ser incorporadas partículas de solo (sólidos em suspensão) ou íons
provenientes da dissolução de rochas (sólidos dissolvidos). Neste caso tem uma
influência o uso e ocupação do solo. A interferência do homem esta associada às
suas ações sobre o meio, através da geração de resíduos domésticos e industriais,
de forma dispersa (como a aplicação de defensivos no solo) ou pontual é o caso de
lançamento de esgoto (CAVALCANTI, 2010).
O Córrego Água da Cruz esta localizado em uma área onde não há
lançamento de esgoto e nem resíduos industriais, uns dos principais fatores que
levou a avaliação das características físico químicas foi a canalização de uma parte
do córrego.
21
5. CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS
Diversas classes de compostos são agressivos ao ecossistemas podendo ser
quantificadas através do monitoramento de parâmetros físicos e químicos
(OLIVEIRA,2008).
• pH
• CONDUTIVIDADE
• TEMPERATURA
• OXIGÊNIO DISSOLVIDO
• TURBIDEZ
• REGIME DE VAZÃO
O pH influi em diversos equilíbrios químicos que ocorrem naturalmente ou em
processos unitários de tratamento de águas. A concentração do íon hidrogênio [H+] é
um parâmetro de qualidade muito importante das águas, é indicador do caráter
ácido, básico ou neutro de uma solução. Assim, alterações bruscas do pH de uma
água podem acarretar o desaparecimento de organismos vivos nela presentes.
A escala de pH é de 0 a 14 sendo que:
• águas ácidas, cujos valores do pH são menores do que 7;
• águas neutras, cujo valor do pH é igual a 7;
• águas alcalinas, cujos valores do pH são maiores do que 7.
O pH em rios varia conforme a hora do dia e com a profundidade, pois está
relacionado com a concentração de CO2. Este, por sua vez, reage com a água
produzindo o íon hidrogênio H+. Durante o dia, a remoção de CO2 pela fotossíntese
das plantas aquáticas causa elevação do pH, já que ocorre a diminuição da
produção do íon H+ devido à pouca quantidade de CO2 presente na água. Desta
forma, o pH mais alto geralmente ocorre à tarde. À noite, a fotossíntese cessa,
havendo acumulação de CO2 que, ao reagir com a água, libera íons H+, diminuindo
o pH. Assim, o menor valor de pH geralmente ocorre perto do amanhecer. A
quantidade de luz para a realização da fotossíntese diminui com a profundidade.
22
Desta forma, o pH também tende a declinar com o aumento da profundidade do rio
(ARAÚJO et al, 2007).
A condutividade elétrica é uma medida da capacidade de uma solução
aquosa de conduzir uma corrente elétrica devido à presença de íons, a unidade de
medida é µs/cm. Essa propriedade varia coma concentração total de substâncias
ionizadas dissolvidas na água, com a temperatura, com a mobilidade dos íons e com
as concentrações real e relativa de cada íon. Quando menor a condutividade, mais
pura é a solução (PINTO, 2007).
Não sendo definido na legislação do Brasil um limite superior tido como
aceitável. Porém, deve-se notar que oscilações na condutividade da água, ainda que
não causem dano imediato ao ser humano, indicam tanto uma possível
contaminação do meio aquático por efluentes industriais como o assoreamento
acelerado de rios por destruição da mata ciliar (LÔNDERO et al, 2011).
Temperatura é a medida da intensidade de calor expresso em uma
determinada escala. Uma das escalas mais usadas é grau Celsius (°C), sua principal
importância nas águas é que influência na velocidade das reações químicas, na
solubilidade de gases e também na proliferação de microorganismos ( PINTO,
2007).
Os valores dos parâmetros pH, condutividade elétrica e oxigênio dissolvido
são influenciados pela temperatura, sendo necessária a medição simultânea destes
parâmetros com a temperatura da água. As variações de temperatura dos cursos
d’água são sazonais e acompanham as flutuações do clima durante o ano. Nossas
águas superficiais têm uma temperatura na faixa de 4 a 30°C, um aumento nessas
temperaturas pode influenciar também na diminuição da densidade e da viscosidade
da água, facilitando a sedimentação de materiais em suspensão e na evasão de
substâncias orgânicas voláteis podendo causar maus odores (VIEIRA, 2010).
O oxigênio dissolvido (OD) refere-se ao oxigênio molecular (O2) dissolvido na
água. Sua concentração nos cursos d’águas depende de alguns fatores sazonais
tais como da temperatura, da pressão atmosférica, das atividades biológicas, das
características do percurso das águas como as corredeiras ou cachoeiras e de
interferências antrópicas, como lançamento de efluentes nos cursos d’água. A
unidade de OD utilizada é mg/L (SOUSA, 2001).
O oxigênio na água pode também ser produzido através da fotossíntese dos
organismos aquáticos fotossintetizantes. Este fenômeno ocorre em maior extensão
23
em águas poluídas ou, mais propriamente, em águas eutrofizadas, ou seja, aquelas
em que a decomposição dos compostos orgânicos lançados levou à liberação de
sais minerais no meio, especialmente os de nitrogênio e fósforo que são utilizados
como nutrientes pelas algas (PIVELI, 2006).
A turbidez é uma característica da água devida à presença de partículas
suspensas com tamanho, variando desde suspensões grosseiras aos colóides,
dependendo do grau de turbulência. A presença dessas partículas provoca a
dispersão e a absorção da luz, ou seja, a interferência à passagem de raios
luminosos através da amostra de medida dando a água uma aparência nebulosa,
esteticamente indesejável e potencialmente perigosa, podem também ser de varias
outras partículas inorgânicas e de esgoto que muitas vezes são lançados em cursos
d’água, a unidade da turbidez é NTU.
Alta turbidez reduz a fotossíntese de vegetação enraizada submersa e algas.
Esse desenvolvimento reduzido de plantas pode, por sua vez, suprimir a
produtividade de peixes. Logo, a turbidez pode influenciar nas comunidades
biológicas aquáticas. Além disso, afeta adversamente os usos domésticos, industrial
e recreacional de uma água (SCURACCHIO, 2010).
Os rios são sistemas abertos que sofrem influência do meio, o regime de
vazão deve ser monitorado em varias épocas, devido a seca e as enchentes o que
varia muito uma para outra, destaca-se a importância das dimensões espacial
(vertical, longitudinal e lateral) e temporal, devendo serem observadas mudanças
físicas, químicas e biológicas, processos hidrológicos e geomorfológicos,
ocasionados por fenômenos naturais ou por intervenção humana (MEDEIROS et al,
2010).
24
6. RESOLUÇÃO CONAMA 357/2005
Especificamente no Brasil, o Conselho Nacional de Meio Ambiente, por meio
da Resolução CONAMA 357, de 17 de março de 2005, estabeleceu condições de
qualidade para o enquadramento dos corpos hídricos em território nacional, de
acordo com os seus usos preponderantes, e para o lançamento de efluentes. Essa
resolução, como instrumento jurídico, fixou limites superiores ou inferiores (alguns
deles são apresentados na Tabela 1) para diversas variáveis em sistemas de água
doce, salobra e salina. Desde o início de sua vigência, o documento tem sido
analisado tecnicamente pela comunidade científica ( REIS, 2009).
A RESOLUÇÃO CONAMA nº 357 dispõe sobre a classificação de corpos de
água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, conforme a tabela 1.
Classes A Águas destinadas:
I - classe
especial
a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção;
b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e,
c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação
de proteção integral.
II - classe 1
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento
simplificado;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e
mergulho, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000;
d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que
se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de
película; e
e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
III -
classe 2
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento
convencional;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e
mergulho, conforme
Resolução CONAMA nº 274, de 2000;
d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins,
campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto;
25
e
e) à aqüicultura e à atividade de pesca.
IV - classe 3
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento
convencional ou avançado;
b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;
c) à pesca amadora;
d) à recreação de contato secundário; e
e) à dessedentação de animais.
V - classe 4
a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística.
Tabela 1. Classificação das águas doces Resolução CONAMA n° 357/2005.
Conforme alguns fatores químicos e físicos, a água mostra-se útil para
determinados fins. No que se refere à água doce, alguns fatores de concentração
iônica devem ser estabelecidos para que a água aplique-se a um determinado
padrão (SILVA, 2006).
26
7. MATERIAL E MÉTODOS
7.1 ÁREA DE ESTUDO
O córrego Água da Cruz, no município de Cândido Mota/SP pertence à
Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Médio Paranapanema (UGRHI-
17) que abrange uma área de 16.749 km2, agregando os córregos da margem
direita do curso médio do rio Paranapanema. A UGRHI-17 está apresentada na-
Figura 4.
Figura 4 – Mapa da localização da Bacia Hidrográfica do Médio Paranapanema
(In: CBH-MP, 2014).
A UGRHI-17 possui importantes sistemas aquíferos em seu território, sendo a
disponibilidade potencial de águas subterrâneas ou as reservas totais explotáveis da
ordem de 20,7 m3/s.
O córrego Água da Cruz se localiza no município de Cândido Mota-SP,
Sudoeste do estado de São Paulo (Figura 5) nas seguintes coordenadas geográficas
22°49`09.19”S e 50°27`29.00”O.
27
Figura 5 – Mapa de localização de Cândido Mota no estado de São Paulo (In:
ORTIZ, 2012, p. 54).
O município de Cândido Mota encontra-se na divisa do estado de São Paulo
com o Paraná separado pelo rio Paranapanema, onde esta área é muita rica tanto
na aptidão agrícola como em fontes de água.
A figura 6 demonstra detalhadamente a localização da microbacia do Rio
Queixada onde o córrego Água da Cruz deságua no rio Água do Almoço, que é um
rio de ordem secundária da microbacia do Rio Queixada na Bacia Hidrográfica do
Médio Paranapanema.
Sede:
Cândido Mota
28
Figura 6- Visualização do Córrego Água da Cruz na bacia hidrográfica médio Paranapanema ( Google earth, 2015)
O córrego em estudo possui uma área de drenagem no total de 4,72 Km², o
curso principal é de aproximadamente 3,2 km de extensão, que é desde a nascente
Água da Cruz até a foz na Água do Almoço, a o percurso canalizado é de
aproximadamente 1,1 km conforme a figura 7.
Figura 7- Área de drenagem do Córrego Água da Cruz ( Google earth, 2015)
córrego
Córrego
29
A área em que foi canalizado, segundo o proprietário, foi por motivos de
inundações em épocas chuvosas, afim de ter um melhor aproveitamento da área, o
proprietário tomou a iniciativa de canalizar esta água até a nascente Água da Cruz,
um percurso de 1,1 Km.
7.2 CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS DA REGIÃO
A terra na microbacia é classificada como Latossolo Vermelho Eutroférrico
(EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, 1999) roxo, solo fértil
que favorece a predominância da agricultura e pecuária, o clima é mesotérmico e o
bioma cerrado e mata atlântica.
A região está localizada em uma altitude média de 480 metros, o município
tem uma área de 59.000 hectares, com a temperatura média anual de 22°C,
precipitação média anual na faixa de 1.500 mm, fatores que confirmam a importante
para a continuidade da implantação e da preservação das áreas de preservação
permanente uma vez que exigida pelo código florestal, vem demonstrando melhora
nas condições climáticas da região.
Com a implantação do código florestal os agricultores tomaram ciência da
área de preservação permanente, que consistem em espaços territoriais legalmente
protegidos, ambientalmente frágeis e vulneráveis, podendo ser públicas ou privadas,
urbanas ou rurais, cobertas ou não por vegetação nativa. Conhecidas como APP´s,
a figura 8 indica a área de APP do córrego em estudo.
30
Figura 8- Área de Preservação Permanente (APP) no Córrego. Fonte: Google Earth Pro (2015).
A Área de Preservação Permanente (APP) do córrego Água da Cruz, possui
apenas 56% preservado da área total, o restante precisam ser recuperadas para
manutenção do corpo hídrico e enquadramento na legislação ambiental, visto que a
lei obriga a conservação da APP de acordo com o Código Florestal Tabela 2.
córrego
31
Largura do curso d’água Faixa de preservação
10 metros 30 metros
10 a 50 metros 50 metros
50 a 200 metros 100 metros
200 a 600 metros 200 metros
Superior a 600 metros 500 metros
Tabela 2 – Áreas de Preservação Permanente CÓDIGO FLORESTAL, 2015
O artigo 4º define as Áreas de Preservação Permanente em zonas rurais ou
urbanas, identificando as faixas marginais dos cursos d’água naturais perenes e
intermitentes, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, como
mostra a Tabela 2 (CÓDIGO FLORESTAL, 2015).
Os proprietários devem respeitar as APP´s com o uso adequados do solo afim
de que o emprego de outras culturas agrícolas não possa prejudica o
desenvolvimento da mesma, é o caso de um alto índice de agrotóxicos.
7.3 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
O córrego em estudo possui uma área com boa aptidão agrícola, por se tratar
de um solo argiloso e de boa qualidade, o uso de plantações como de soja e milho
são bem comuns na região, uma vez que com esse emprego de lavoura há uma
grande demanda no uso de agrotóxicos, porém não houve nenhum estudo que
demonstrou a contaminação do meio por este motivo. A figura 9 representa o uso e
ocupação do solo na área de drenagem do córrego.
32
Figura 9- Uso e ocupação do solo. Fonte: Google Earth Pro (2015).
A terra utilizada nestes cultivos, não é preparada, ou seja, é feito um plantio
direto que diminui o risco de erosão e conseqüentemente um possível assoreamento
do córrego, a lavoura de cana também vem sendo empregada na região, com
menos intensidade no uso de agrotóxicos e como plantio é feito pela própria
indústria sucroalcooleira a margem da APP`s são muito bem respeitadas.
córrego
33
8. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
8.1 AMOSTRAGEM
Foram monitorados cinco pontos do canal fluvial, entre o alto, o médio e o
baixo curso do Córrego Água da Cruz conforme a figura 10.
Figura 10- Pontos de amostragem. Fonte: Google Earth Pro (2015).
As variáveis pH, temperatura, turbidez, condutividade elétrica e oxigênio
dissolvido foram obtidas diretamente em campo por meio de aparelhos digitais
portáteis.
O ponto n° 1 localizou-se na nascente do Córrego Água da Cruz, nas
coordenadas: latitude 22°48`31.70” S e longitude 50°27`40.87” O.
A figura 11 apresenta o ponto n° 1:
córrego
34
Figura 11- Ponto n° 1 de amostragem, Nascente (Fonte: Bovolenta, 2015).
A nascente do córrrego apresenta deficiência na conservação da APP em
alguns trechos, já na água analisada observou a presença de muita matéria orgânica
proveniente da cana de açúcar ao redor.
O ponto n° 2 analisado é onde termina a canalização do córrego, nas
coordenadas: latitude 22°49`06.74” S e longitude 50°27`29.67” O. A figura 12 mostra
o ponto nº 2:
Figura 12- Ponto n° 2 de amostragem, final do percurso canalizado (Fonte :
Bovolenta, 2015)
35
O ponto n° 3 analisado é o final de uma represa, bebedouro para bovinos nas
coordenadas: latitude 22°49`23.27” S e longitude 50°27`22.41” O.
A figura 13 mostra o ponto n° 3 de análise
Figura 13- Ponto n° 3 de amostragem, Final da Represa: bebedouro (Fonte:
Bovolenta, 2015)
Área após a represa esta sem a APP e é utilizada como bebedouro para
bovinos, existe outra descarga da represa que é percurso do córrego.
O ponto n° 4 analisado após a represa, percurso do Córrego Água da Cruz,
nas coordenadas: latitude 22°49`24.81” S e longitude 50°27`21.55” O.
A figura 14 mostra o ponto n° 4 de análise
Figura 14- Ponto n° 4 de amostragem, Final da Represa, Percurso do Córrego
(Fonte: Bovolenta, 2015)
36
Área bem preservada, com pequenas quedas d’água o que favorece a
incorporação de oxigênio.
O ponto n° 5 analisado foi na junção do percurso do bebedouro e do percurso
Córrego Água da Cruz, após a represa, nas coordenadas: 22°49`26.35” S e
longitude 50°27`19.80” O.
A figura 15 mostra o ponto n° 5 de análise
Figura 15- Ponto n° 5 de amostragem, junção do percurso do bebedouro e do
percurso Córrego Água da Cruz (Fonte: Bovolenta , 2015)
8.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
As análises foram realizadas no mês de maio, julho e outubro de 2015.
Foram realizadas no total três visitas em campo. Após a coleta mensal dos
parâmetros físicos e químicos de qualidade de água, os mesmos foram analisados e
comparando-os com os limites estabelecidos pela resolução CONAMA 357/2005,
que caracteriza os corpos de águas.
Foram feitas as seguintes análises físico-químicos: pH, temperatura,
condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, turbidez e vazão com equipamentos
portáteis para analise em campo.
37
As metodologias utilizadas para a determinação dos parâmetros físico-
químicos seguiram as normas americanas da American Public Health Association
(APHA, 2012).
8.2.1 Condutividade Elétrica
A determinação da condutividade elétrica foi feita com a introdução do
eletrodo do condutivímetro diretamente no córrego a profundidade de
aproximadamente de 15 à 20 cm, aguardou-se a estabilização do equipamento e
realizou-se a leitura.
8.2.2 Oxigênio Dissolvido
O oxigênio dissolvido foi determinado com a introdução do eletrodo do
oxímetro diretamente no córrego a profundidade de aproximadamente de 15 à 20
cm, aguardou-se a estabilização do equipamento e realizou-se a leitura.
8.2.3 pH
A determinação do pH foi feita com a introdução do eletrodo do pHmetro
diretamente no córrego a profundidade de aproximadamente 15 à 20 cm, aguardou-
se a estabilização do equipamento e realizou-se a leitura.
8.2.4 Temperatura
A medida de temperatura foi obtida através da leitura no oxímetro.
8.2.5 Turbidez
A turbidez foi determinada com a coleta de 10 mL de água em uma cubeta e a
leitura foi realizada em um turbidímetro portátil no próprio local de coleta.
38
8.2.6 Vazão
Para o cálculo da vazão foi utilizado o método do flutuador segundo Palhares
et al (2007):
Vazão = (AxLxC)/T (m3/s) (Equação 1)
Onde:
A= média da área do rio (distância entre as margens multiplicada pela
profundidade do rio).
L= comprimento da área de medição (utilizado o comprimento de 1,0 m).
C= coeficiente ou fator de correção (0,8 para rios com fundo pedregoso ou 0,9
para rios com fundo barrento).
O coeficiente permite a correção devido ao fato de a água se deslocar mais
rápido na superfície do que na porção do fundo do rio. Multiplicando a velocidade da
superfície pelo coeficiente de correção ter-se-á uma melhor medida da velocidade
da água.
T= tempo, em segundos, que o flutuador leva para deslocar-se no
comprimento
39
9. ANÁLISE DOS RESULTADOS
Após as análises fisícos químicas, foram realizadas análises descritivas dos
dados com máximos e mínimos, e apresentação dos mesmos através de tabelas e
gráficos para a avaliação temporal e espacial dos resultados para cada tipo de
variável. Os resultados das variáveis limnológicas foram comparados com os
diferentes usos da terra para verificação se houve mudanças na qualidade da água
em relação aos diferentes usos da terra.
Além disso, os resultados das variáveis limnológicas foram comparados aos
valores de referência da Resolução Conama 357/2005, alterada pela Resolução
410/2009 e pela 430/2011, que dispõe sobre classificação dos corpos de água e
diretrizes ambientais para o seu enquadramento.
Alguns valores de qualidades físicos químicas que serão analisadas no
presente trabalho são mensurados na RESOLUÇÃO CONAMA 357/2005 conforme
a tabela 3.
Parâmetro
RESOLUÇÃO CONAMA 357/2005
Especial Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4
Temperatura - - - - -
Condutividade - - - - -
OD - ppm - Mín. 6 Mín. 5 Mín. 4 Mín. 2
pH - 6 - 9 6 - 9 6 - 9 6 - 9
Turbidez - UNT - Máx. 40 Máx. 100 Máx. 100 -
Tabela 3. Parâmetros físicos químicos CONAMA 357/2005
40
10. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos nas análises realizadas em de maio de 2015 estão
apresentados na Tabela 4.
Tabela 4 – Resultados de maio.
Pontos de análises
Condutividade Elétrica (µS/cm)
Oxigênio Dissolvido
(mg/L) pH
Temperatura (ºC)
Turbidez (NTU)
Vazão (L/s)
1 19 3,5 4,90 21,70 8,42 8,57
2 41 7 5,90 22,80 3,65 10
3 43 1,2 6,20 21,20 2,40 56,52
4 39 7,2 6,85 23,70 3,00 27,77
5 48 6 6,92 22,00 9,50 95,77
Média 38 4,98 6,15 22,28 5,39 39,73
Fonte: Bovolenta (2015).
Os resultados obtidos nas análises realizadas em julho de 2015 estão
apresentados na Tabela 5.
Tabela 5 – Resultados de julho.
Pontos de análises
Condutividade Elétrica (µS/cm)
Oxigênio Dissolvido
(mg/L) pH Temperatura
(ºC) Turbidez
(NTU) Vazão (L/s) 1 23 2,9 5,40 22,30 4,74 6
2 22 6,8 5,41 24,80 4,71 6,12
3 47 1,1 6,20 20,30 2,68 28,3
4 69 7,1 6,90 20,40 7,70 3,98
5 61 6,2 6,94 21,70 11,40 36,3
Média 44,4 4,82 6,17 21,90 6,25 16,14
Fonte: Bovolenta (2015).
Os resultados obtidos nas análises realizadas em outubro de 2015 estão apresentados na Tabela 6.
41
Tabela 6 – Resultados de outubro.
Pontos de análises
Condutividade Elétrica (µS/cm)
Oxigênio Dissolvido
(mg/L) pH Temperatura
(ºC) Turbidez
(NTU) Vazão (L/s) 1 18 2,1
6,10 21,80 3,86 14,92
2 38 6,8 6,60 22,70 2,83
16
3 45 1,5 6,90 23,00 2,75
7,13
4 50 8,6 6,80 22,50 10,20
56,7
5 53 7,3 7,02 22,60 15,80
200
Média 40,8 5,26 6,68 22,52 7,09 58,95
Fonte: Bovolenta (2015).
As figuras de 16 a 21, mostram a variação dos parâmetros no período
analisado.
A Figura 16 mostra a variação da condutividade elétrica no período analisado.
Figura 16 – Condutividade elétrica no período analisado
Fonte: Bovolenta (2015).
A figura 17 mostra a variação do oxigênio dissolvido no período analisado.
42
Figura 17 – Oxigênio dissolvido no período analisado
Fonte: Bovolenta (2015).
A figura 18 mostra a variação do oxigênio dissolvido no período analisado.
Figura 18 – pH no período analisado
Fonte: Bovolenta (2015).
A figura 19 mostra a variação de Temperatura no período analisado.
43
Figura 19 – Temperatura no período analisado
Fonte: Bovolenta (2015).
A figura 20 mostra a variação de Turbidez no período analisado.
Figura 20 – Turbidez no período analisado
Fonte: Bovolenta (2015).
44
A figura 21 mostra a variação de Vazão no período analisado.
Figura 21 – Vazão no período analisado
Fonte: Bovolenta (2015).
Dos parâmetros analisados, somente oxigênio dissolvido, pH e turbidez
possuem valores de referência na Resolução nº 357 de 17 de março de 2005 do
CONAMA para corpos d’água enquadrados na Classe 2.
Os valores médios dos parâmetros obtidos para os pontos de análises do
Córrego Água da Cruz estão na Tabela 7
Tabela 7 – Valores médios dos Pontos de análises
Parâmetro Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5
OD – ppm 2,83 6,87 1,4 7,63 6,5
pH 5,47 5,97 6,43 6,85 6,96
Turbidez - UNT 5,67 3,73 2,61 6,97 12,23
Fonte: Bovolenta (2015)
Segundo a Resolução nº357/05, os valores do parâmetro oxigênio dissolvido
devem ser maiores do que 5,0 mg/L para classe 2 . Este mínimo necessário não foi
alcançado encontrado na amostragem realizada no Ponto 1 – nascente nos meses
45
de maio, julho e outubro; portanto o Córrego Água da Cruz encontrou-se em não
conformidade com a resolução vigente nesta seção e nestes períodos.
O ponto 1 - nascente, que apresenta apresentou valores de parâmetros
limnológicos em não conformidade com a Resolução 357/05, existe um grande
volume de matéria orgânica; onde microorganismos aeróbicos atuam na sua
decomposição, o que consomem o oxigênio dissolvido, e à falta de qualquer
mecanismo que possibilite a reposição de oxigênio com rapidez é um fator que
prejudica o meio, já que a difusão, possível forma de reposição é um processo
lento.
O ponto 3 – localizado após uma represa, também apresentou valores dos
parâmetros limnológicos em não conformidade com a Resolução 357/05, a mesma
apresentou processo de eutrofização. Águas com boas elevadas quantidades de
nutrientes e favorecem o crescimentos de algas que habitam a superfície da água,
formando uma camada densa, impedindo a penetração da luminosidade. Esse fato
implica na redução da taxa fotossintética nas camadas inferiores, ocasionando o
déficit de oxigênio suficiente para atender a demanda respiratória dos organismos
aeróbios.
O pH e a turbidez encontravam-se em conformidade com a Resolução nº
357/05, tendo em vista que os resultados do pH mostraram valores entre a faixa de
6 a 9 e os resultados de turbidez não excederam o máximo definido pela Resolução
nº 357/05, que é de 100 NTU.
O ponto 2 é o final do percurso canalizado do córrego apresentou resultados
satisfatórios. Neste ponto há um maior turbilhonamento da água em razão da
hidráulica do canal fluvial e maior vazão. uma vez que, sofre bastante turbulência o
que segundo Ortega (2011) também foram observados que quanto maior a vazão,
maior será o turbilhonamento da água, acarretando num acréscimo das
concentrações de oxigênio dissolvido. Porém o impacto causado pela canalização é
muito maior, pois 1,1 km do córrego são canalizados.
A tabela 8 mostra esses parâmetros com a média dos pontos analisados nos
determinados meses de análises.
46
Tabela 8 – Comparação entre a Resolução CONAMA 357 e as análises
Parâmetro Maio Julho Outubro
Valores para um corpo d’água
Classe 2
OD - ppm 4,98 4,95 5,26 Mín. 5
pH 6,15 6,17 6,68 6-9 Turbidez – UNT 5,39 6,25 7,09 Máx. 100
Fonte: Bovolenta (2015).
O que evidencia a classificação do córrego Água da Cruz como classe 2, mais
com algumas observações, visto que estas variáveis estão muito próximos ao
limites,
O OD tem correlação mais alta com a temperatura do rio dos meses de verão
- janeiro, fevereiro e março -, quando a temperatura do rio são as mais altas
mostram maiores níveis de OD, acima de seis unidades (Pinho, 2001).
O presente trabalho demonstrou uma leve queda do OD no mês de julho,
devidos temperaturas mais baixa, período de inverno.
Para o pH não ha muita variação se tratando de águas naturais pois, pH de
um meio aquoso é resultante do equilíbrio ácido-base alcançado por diversos
compostos dissolvidos. Na maior parte das águas naturais, o pH é determinado pelo
sistema de equilíbrio gás carbônico-bicarbonato-carbonato (Funasa, 2001).
A turbidez o máximo exigido pela CONAMA 357/05 é de 100 UNT, porém o
encontrado foi de 7 UNT o que evidencia uma baixa turvação do córrego em estudo.
47
11. CONCLUSÃO Através das análises e resultados obtidos podemos concluir que a qualidade
da água do Córrego Água da Cruz está de acordo com os valores de referência da
Classe 2 da Resolução nº 357 do CONAMA para os parâmetros analisados .
Portanto, as águas do Córrego Água da Cruz podem ser destinadas ao
abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional; à proteção
das comunidades aquáticas; à recreação de contato primário, tais como natação,
esqui aquático e mergulho; à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques,
jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato
direto; e agricultura e à atividade de pesca.
48
REFERÊNCIAS
ANA, Agência nacional de Águas. CADERNOS DE CAPACITAÇÃO EM RECURSOS HÍDRICO. Vol. 1. Brasília – DF2011, Disponivel em : < http://www.ana.gov.br/bibliotecavirtual/arquivos/20120809150432_Volume_1.pdf > Acesso em: 7 de outubro de 2015.
ARAÚJO, Lígia Maria N. d. et al. ESTUDO DOS PRINCIPAIS PARÂMETROS INDICADORES DA QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO PARAÍBA DO SUL. XVII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos-SP, 2007. Disponivel em : < http://www.redevale.ita.br/isrhps/Artigo_modelo.PDF> Acesso em : 17 de agosto de 2015.
BALDISSERA Ivan Tadeu, ZAMPIERI Sergio Luiz, BAMPI Daiana. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA MICROBACIA TARUMANZINHO EM ÁGUAS FRIAS, SC, BRASIL. Revista de Ciências Ambientais , Canoas, v.5, n.2,2011, p. 5 a 14.
BRITO PELEGRINI, Núbia Natália, PATERNIANI, José E. S., PELEGRINI, Ronaldo. Água para consumo, um bem limitado. Disponível em: <http://www.emap.com.br/conteudo/biblioteca/monografias/LuizRodrigoGrochocki.pdf> Acesso em: 25 mar. 2015.
BARRELLA, W.; PETRERE-JR., M.; SMITH, W. S.; MONTAG, L. F. A. As Relações Entre as Matas Ciliares, os Rios e os Peixes. In: RODRIGUES, R. R; LEITÃO FILHO, H. F. (org.). Matas Ciliares: Conservação e Recuperação. São Paulo, Ed. Universidade de São Paulo, Fapesp, 2001.
CALIJURI, M.C.; BUBEL, A.P.M. Conceituação de Microbacias. In: LIMA, W de P.; ZAKIA, M.J.B. (Orgs.) As florestas plantadas e a água. Implementando o conceito da microbacia hidrográfica como unidade de planejamento. São Carlos: Ed. RiMA, 2006. 226p.
CAVALCANTI, DANIELLA DA SILVA PORTO. QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DA ÁGUA DA BACIA NO ALTO DO RIO PARANÁ/GO. Goiânia 2010. Disponivel em : < http://tede.biblioteca.ucg.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1010 > Acesso em: 19 de agosto de 2015.
CONAMA, RESOLUÇÃO No 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005, Publicada no DOU nº 053, de 18/03/2005, págs. 58-63. Disponivel em: < http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf> Acesso em: 1 de Setembro de 2015.
49
CHAVES, Adilar. IMPORTÂNCIA DA MATA CILIAR (LEGISLAÇÃO) NA PROTEÇÃO DOS CURSOS HÍDRICOS, ALTERNATIVAS PARA SUA VIABILIZAÇÃO EM PEQUENAS PROPRIEDADES RURAIS. Universidade de Passo Fundo Faculdade de Agronomia e Medicina veterinária programa de pós-graduação em Agronomia, 2009. Disponivel em : <http://www.sertao.ifrs.edu.br/site/midias/arquivos/20091114104033296revisao_m...pdf> Acesso em: 30 de julho de 2015.
DAEE Departamento de Água e Energia Elétrica,2003 Disponivel em : <http://www.daee.sp.gov.br/acervoepesquisa/perh/perh2000/figura4_2_1.htm> Acesso em 7 de outubro de 2015.
FUNASA. Apostila de Tratamento de Água I e II. São Paulo: CECAP-BSJ, 2001.Disponivel em <http://www.dominiopublico.gov.br/download/cp031492.pdf>
Acesso em: 27 de Janeiro de 2016.
FARAGE Jose de Alencar Pinto. Influência do uso e ocupação do solo na qualidade da água e capacidade autodepurativa do rio Pomba. Viscoça-MG 2009. Pos raduação engenharia agrícola. Disponivel em < http://www.gpqa.ufv.br/docs/mestrado/2009/Influencia%20do%20uso%20e%20da%20ocupacao%20do%20solo%20na%20qualidade%20da%20agua%20e%20capacidade%20autodepurativa%20do%20Rio%20Pomba.PDF> Acesso em 16 jun. 2015.
FERNANDES, M.R. e SILVA, J. C. Programa Estadual de Manejo de Sub-Bacias
Hidrográficas: Fundamentos e estratégias - Belo Horizonte: EMATERMG. 24p. 1994.
GOELLNER, Claud Universidade de Passo Fundo. Uso da água na agricultura. Passo Fundo, UPF, 2004. p.8, Ilus, tab. Disponivel em: <http://www.google.com.br/url?url=http://www.upf.br/coaju/index.php/informacoes/downloads/artigos%3Fdownload%3D739:Artigo&rct=j&frm=1&q=&esrc=s&sa=U&ved=0CBYQFjAAahUKEwiUqcrur4DHAhUKHZAKHQfVAYk&usg=AFQjCNGd4MSC0RFuHzymb5PwM1SEvtNBDw> Acesso em: 28 de julho de 2015.
GLOSSÁRIO GEOLÓGICO Disponível em <http://rusoares65.pbworks.com/w/page/73400696/Gloss%C3%A1rio%20geol%C3%B3gico%2011%C2%BAC%202014> Acesso em: 13 julh. 2015.
JULIÃO, FABIANA CRISTINA. Avaliação das condições microbiológicas e físico químicas da água de reservatório domiciliar e predial: importância da qualidade dessa água no contexto da saúde publica. 2011. Universidade de São Paulo , escola de enfermagem de Ribeirão Preto – SP.
50
LIMA,Walter de Paula. ANÁLISE FÍSICA DA BACIA HIDROGRÁFICA. 1996 Disponivel em: <http://www.leb.esalq.usp.br/disciplinas/Fernando/leb1440/Aula_1/Caracteristicas%20fisicas%20da%20bacia_foto%20piracicamirim.pdf > Acesso em: 24 de Setembro de 2015.
LÔNDERO, Eliana et al. ANÁLISE DA CONDUTIVIDADE ELÉTRICA DAS ÁGUAS DOS RIOS BUGRES E PARAGUAI. Engenharia de Alimentos – Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT. Disponivel em: <http://www.sovergs.com.br/site/higienistas/trabalhos/10474.pdf> Acesso em : 24 de agosto de 2015.
MEDEIROS, Paulo da Costa. Et al. Aspectos conceituais sobre o regime hidrológico para a definição do hidrograma ambiental. 1Universidade Federal de Campina Grande – UFCG-2010. Disponivel em: < http://www.google.com.br/url?url=http://www.ambi-agua.net/seer/index.php/ambi-agua/article/download/452/839&rct=j&frm=1&q=&esrc=s&sa=U&ved=0CBkQFjABahUKEwiovvLA8NPHAhVKkJAKHXDhBS8&usg=AFQjCNEXybSdqWOoUUswsmsiJvJEhUTEfQ> Acesso em: 31 de agosto de 2015.
MELLO, M.H.A.; PEDRO JUNIOR, M.J.; LOMBARDI NETO, F. Manula técnico de Manenjo e consrvação de solo e águas. Campinas: CATI, 1994.V.2.
Minella, Jean P. Qualidade da água em bacias hidrográficas rurais: um desafio atual para a sobrevivência futura. Agroecol. e Desenvol. Rur. Sustent. Porto Alegre, v.3, n.4, out/dez 2002. Disponivel em: <http://taquari.emater.tche.br/docs/agroeco/revista/ano3_n4/artigo2.pdf> Acesso em: 28 de julho de 2015.
ORTEGA, D.J.P. Avaliação dos efeitos das atividades antrópicas na bacia hidrográfica do Córrego do Ipê, município de Ilha Solteira – SP. 151 p. 2011. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil). – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Campus de Ilha Solteira, Ilha Solteira.
OLIVEIRA, Vanessa de Menezes, et al. AVALIAÇÕES FÍSICAS, QUÍMICAS E BIOLÓGICAS DA MICROBACIA DO CÓRREGO MODENEIS LIMEIRA –SP. Disponivel em: < file:///C:/Users/212487766/Downloads/EA-2008-114.pdf > Acesso em: 8 de Março de 2016.
PAIVA, Arlicélio. ARAÚJO, Quintino Reis MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA NA REGIÃO CACAUEIRA DA BAHIA ASPECTOS BÁSICOS. CEPLAC / Centro de Pesquisa do Cacau. UESC / Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais 2012. Disponível em: <http://www.ceplac.gov.br/radar/semfaz/soloeagua.htm> .Acesso em: 4 de agosto de 2015.
51
PIVELI, Roque Passos. CURSO: QUALIDADE DAS ÁGUAS E POLUIÇÃO: ASPECTOS FÍSICO-QUÍMICOS. 2006. Disponivel em: <http://www.incttmcocean.com.br/pdfs/Monografias/Mon_graduacao/27_Monografia-USP-Pereira-F-B-P-2012.pdf> Acesso em: 27 de agosto de 2015.
PINTO, FERNANDA DE REZENDE. Qualidade da água em propriedades rurais da microbacia hidrográfica do córrego rico. 2011. Universidade estadual paulista “Julio de mesquita filho” faculdade de ciências agrárias e veterinárias campus de Jaboticabal - SP.
PINHO, Acácia Gomes. ESTUDO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RIO CACHOEIRA –REGIÃO SUL DA BAHIA. Universidade Estadual de Santa Cruz Programa Regional de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, 2001. Disponivelem:< http://www.uesc.br/cursos/pos_graduacao/mestrado/mdrma/teses/dissertacao_acacia.pdf> Acesso em : 27 de Janeiro de 2016.
PINTO, Magda Cristina Ferreira. Manual Medição in loco:Temperatura, pH, Condutividade Elétrica e Oxigênio Dissolvido. Disponivel em: <http://www.cprm.gov.br/pgagem/manual_medicoes_T_%20pH_OD.pdf> Acesso em : 24 de agosto de 2015.
PISSARRA, T.C.T. Avaliação quantitativa das características geomórficas de microbacias hidrográficas de 1a ordem de magnitude em quatro posições do sistema de drenagem. 1998. 124 f. Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 1998.
REIS, J.A.T. & MENDONÇA, A.S.F. (2009). Análise técnica dos novos padrões brasileiros para amônia em efluentes e corpos d’água. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 14, n. 3, p. 353-362.
SCURACCHIO, Paola Andressa QUALIDADE DA ÁGUA UTILIZADA PARA CONSUMO EM ESCOLAS NO MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS - SP. Araraquara, 2010. Disponivel em: <http://www2.fcfar.unesp.br/Home/Pos graduacao/AlimentoseNutricao/PaolaAndressaScuracchioME.pdf> Acesso em: 31 de Agosto de 2015.
SCHUBART, HERBERT O. R. GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E GESTÃO DO USO DO SOLO. Desafios da Lei de Águas 1997. Disponível em < http://www.uff.br/cienciaambiental/biblioteca/rhidricos/parte3.pdf >. Acesso em 28 abril 2015.
52
SKORUPA Ladislau Araújo Áreas de Preservação Permanente e Desenvolvimento Sustentável, Jaguariúna, dezembro 2003. Disponivel em :< http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/recursos/Skorupa_areasID-GFiPs3p4lp.pdf > Acesso em: 11-jun. 2015.
SOUSA, Eduardo R. d. NOÇÕES SOBRE QUALIDADE DA ÁGUA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITECTURA SECÇÃO DE HIDRÁULICA E DOS RECURSOS HÍDRICOS E AMBIENTAIS LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL Lisboa, Setembro de 2001. Disponivel em: <https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/3779577242158/Nocoes_Qualidade_Agua_ERS.pdf>. Acesso em: 10 de agosto de 2015.
SIQUEIRA Gilmar W. Fabio APRILE, Antonio Miguel MIGUÉIS (2012, apoud TUNDISI, 2003). Diagnóstico da qualidade da água do rio Parauapebas (Pará – Brasil) vol. 42(3) 2012: 413 – 422. Disponivel em: < http://www.scielo.br/pdf/aa/v42n3/a14v42n3.pdf> Acesso em: 10 de agosto de 2015.
SILVA,Andre Luis Silva d. Resolução Nº 357 do CONAMA para a qualidade da água, 2006. Disponivel em: < http://www.infoescola.com/agua/resolucao-no-357-do-conama-para-a-qualidade-da-agua/> Acesso em: 9 de Março de 2016.
VIEIRA, Maurrem Ramon. Os principais parâmetros monitorados pelas sondas multiparâmetros são: pH, condutividade, temperatura, turbidez, clorofila ou cianobactérias e oxigênio dissolvido. 2010. Disponivel em: <http://www.agsolve.com.br/news_upload/file/Parametros%20da%20Qualidade%20da%20Agua.pdf> Acesso em: 27 de agosto de 2015.