qualidade em metrologia e saneamento e abastecimento de Água · objeto geral – desenvolver...

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Congresso2014 ENQUALAB_RESAG Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água São Paulo, 31 de outubro de 2014 Vigilância da Qualidade da Água em São Paulo Sérgio Valentim Foto: DAEE/SSRH

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Page 1: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

Congresso2014

ENQUALAB_RESAG

Qualidade em Metrologia e Saneamento e

Abastecimento de Água São Paulo, 31 de outubro de 2014

Vigilância da

Qualidade da Água

em São Paulo

Sérgio Valentim

Foto: DAEE/SSRH

Page 2: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

Vigilância Sanitária

trajetória histórica em São Paulo, que se traduz num perfil centrado na

• Exposição humana a fatores ambientais de risco à saúde;

• Regulamentação e intervenção em situações de risco à saúde;

• Regulação de atividades produtivas e de consumo;

• Diálogo interinstitucional e interlocução com o setor produtivo e com diferentes setores da sociedade;

• Ações norteadas pelos princípios da descentralização, pactuação entre gestores, regionalização,

fortalecimento do Sevisa, controle do risco sanitário, educação continuada.

Page 3: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

usuário (serviços de interesse à saúde)

Direitos do consumidor

cidadão (Meio ambiente)

Direitos civis e políticos

trabalhador (Ambientes de trabalho)

Direitos trabalhistas

consumidor (produtos de interesse à saúde)

Direitos do consumidor

Fatores de risco à

saúde

Vigilância de fatores de risco à saúde segundo condição do receptor

(abordagem ampliada do sujeito receptor do risco sanitário)

Caráter transformador da Vigilância

Vigilância Sanitária ampliada, integrada, empoderada, centrada no risco sanitário;

Atenta aos cenários de risco, ao território, às cadeias/processos produtivos;

Centrada nos diferentes status do indivíduo (consumidor, usuário, trabalhador, cidadão), nas

vulnerabilidades da coletividade, na evolução tecnológica de produtos e serviços.

Page 4: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

Poder de regulação

(negociação “empoderada”)

Vigilância Sanitária

em sociedades de massas

Grandes coletividades Contextos complexos Cenários dinâmicos

Intensa produção e consumo

COMPLEXO Que abrange ou encerra muitos elementos ou partes

Conjunto, tomado como um todo mais ou menos

coerente, cujos componentes funcionam entre si em numerosas relações de interdependência ou de

subordinação

Passível de ser encarado ou apreciado sob diversos ângulos ou pontos de vista

42 milhões de pessoas, 3 regiões metropolitanas

72% da população em 16% do território.

Movimentos recorrentes de expansão concentração/desconcentração

Qualificação/requalificação Estruturação/reestruturação

RMSP

20 milhões de pessoas em 8051 km²

6 milhões de domicílios

6 mil indústrias

6 milhões de automóveis

870 mil motocicletas

56 mil ônibus

38,9 milhões de MWh de energia elétrica

78 mil litros de água por segundo

Exemplos: 750mil inspeções do tabaco

400mil análises de água 2,6mil inspeções do amianto

200 inspeções usinas açúcar/alcool

Exemplos: Shell Vila Carioca Sabesp Guarujá

Usinas açúcar/alcool

Potencia

de abordagem

6mil técnicos no contexto do

SISTEMA ESTADUAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Ampla regulação de atividades econômicas (234 CNAE)

Uso incisivo e ponderado dos instrumentos legais de coerção, mediado por estatutos jurídicos e bases

democráticas da sociedade, situado no contexto político, social, econômico e técnico vigente.

Page 5: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

Qualidade dos procedimentos

de VISA

Recursos humanos

Informação

Organização da demanda/ pactuações

Recursos materiais

Métodos/Roteiros de inspeção

Relações interinstitucionais

Retaguarda laboratorial

Financiamento das ações

Estrutura normativa

Organização administrativa

descrição/relato do procedimento

Controle social

Transparência

Métodos/critérios De priorização

QUALIDADE Propriedade inerente a um objeto ou ser; Propriedade positiva de um objeto ou ser PROCEDIMENTO Modo de agir, de portar(-se); COMPORTAMENTO;

CONDUTA

Modo de fazer alguma coisa; MÉTODO; PROCESSO

FATOR

Qualquer elemento que concorra para um resultado

PADRÃO

objeto ou característica escolhidos como critério de avaliação

PROCEDIMENTOS FATORES

Page 6: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

Interações desequilibradas entre sociedade e natureza

Page 7: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

Tensões entre o arcaico e o moderno/ entre o local e o global

Page 8: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

Tensões entre progresso econômico e desenvolvimento sustentável

Page 9: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

Território Paulista

Processos intensivos de urbanização e industrialização

Ocupação irregular do espaço, implicando desequilíbrios de muitas

ordens RMSP – 47% da população paulista em 3,2% do território

Macrometrópole – 72% da população paulista em 16% do território

Influência direta sobre as relações de disponibilidade e demanda dos

recursos hídricos

Contextos diferenciados de produção e consumo de água

Complexos cenários de risco à saúde da população consumidora de água

Page 10: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

Figura 3.17 - Demanda total (superficial e subterrânea) em relação à Q95% - 2010. Fonte: SSRH/CRHi/DGRH, 2011.

47% da população do Estado vivendo em apenas 3,2% do território.

72% da população do Estado vivendo em apenas 16% do território.

Page 11: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

5363

8089 93 93 96

2011 7 7

44

56

4737

4

1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010

Urbana

Rural

Evolução da população urbana e rural no Estado de São Paulo

Fonte: Sabesp

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Page 13: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições
Page 14: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de

outras atribuições, nos termos da lei:

VI. fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o

controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e

águas para consumo humano;

Page 15: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

RESOLUÇÃO SS-45 DE 31 DE JANEIRO DE 1992

Institui o Programa de Vigilância da Qualidade da Água para o Consumo Humano

– PROÁGUA e aprova diretrizes para a sua implantação, no âmbito da Secretaria

da Saúde

Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária,

para melhoria das condições sanitárias dos sistemas de abastecimento de água,

seja pública ou individual, em todo o Estado de São Paulo.

1.1 – Objetivos Específicos

1.1.3 – avaliar o potencial de risco que as condições sanitárias dos sistemas de

abastecimento de água público ou individual oferecem a saúde da população (...)

Page 16: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

Matéria Prima Processo Produto Impacto

Mananciais Boas práticas de produção Qualidade Saúde/Doença

Promoção proteção recuperação da saúde

Uso e ocupação do solo Qualidade da água bruta

Relação disponibilidade/demanda

Captação Adução

Tratamento Reservação Distribuição

Padrões de potabilidade Doenças de transmissão hídrica

ABORDAGEM INTEGRAL DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Page 17: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

ÁGUA Água para

Frentes de trabalho

Consumidor (Produtos de interesse à saúde)

Direitos do consumidor

Usuário (serviços de interesse à saúde)

Direitos do consumidor

Cidadão (Meio ambiente)

Direitos civis e políticos

Trabalhador (Ambientes de trabalho)

Direitos trabalhistas

Água de rede pública e

soluções alternativas

Água para hemodiálise

Água envasada

Reuso de água Água para recreação

Água para processos

de produção

fator de risco

Receptor do risco

Receptor do risco

Receptor do risco

Receptor do risco

PPVISAT Canavieiros Portaria CVS 11/2011-água em

frentes de trabalho Comunicado CVS 36/2012

Caso de contaminação em Jurubatuba

Comunicado CVS 161/2006 -Envase de água da rede pública Contaminação de poços água mineral.

Eutrofização de mananciais (caso Guarapiranga) RDC 154/2004

Programa de Qualidade da Água para Diálise Monitoramento de Microcistina nos mananciais-Sociedade

Brasileira de Nefrologia

Reuso de Água para fins urbanos Resolução Conjunta SES/SMA/SERHS-7/2006

Deliberação CRH 145/2012-reúso de água não potável

Decreto 13.166/79 – piscina Qualidade das piscinas de uso coletivo em eventos de massa

Balneabilidade da água

Proágua- 400 mil análises anuais Projeto Fluoretação da Águas

Projeto Agrotóxicos na Água (PPSUS) Comunicado CVS-6/2011 – limpeza de caixa d’água

Resolução Conjunta SMA/SERHS/SES-3/2006 – soluções alternativas

Resolução SS-65/2004 – Proágua Moção CRH 08/2011 – soluções alternativas;

Plano Estadual de Recursos Hídricos

Page 18: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

MATÉRIA PRIMA PROCESSO PRODUTO IMPACTO Manancial sistema/solução alternativa potabilidade saúde/doença

1

2

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1

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1-1

1-2

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1-1-1

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2-1-2

2-2-2

2-1-1

2-1-2

ABORDAGEM INTEGRAL DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Em 1920, 500 mil habitantes sem nenhum esgoto tratado; em 2012,

42 milhões habitantes com 45% de esgoto tratado =

pressão atual sobre o meio ambiente quase 50

vezes superior a 1920.

Mais de 60% da carga orgânica gerada por 42 milhões de

paulistas chega sem qualquer redução aos rios e as praias do

Estado (1,3 milhão de DBO)

Dos 74 pontos monitorados pela Cetesb no ano de 2010, em corpos de água superficiais usados para abastecimento

publico, 40% deles se enquadraram como de

qualidade regular (20), ruim (9) ou péssima (1).

O Brasil é líder mundial no

uso de agrotóxicos.

Na safra 2010/2011, as

lavouras nacionais usaram

936 mil toneladas de

agrotóxicos. Foram 12 litros

de veneno por hectare de

soja, 23 litros or hectare de

cítricos, 28 litros por hectare

de algodão, 6 litros por

hectare de milho. O Globo, 28/8, Amanha, p. 22 a 28.

Em 1920, uma em cada cinco crianças nascidas no Estado de São Paulo morriam

antes de completar um ano de idade. Em 2011, a taxa de mortalidade infantil é

de 11,55 por mil nascidos vivos (uma morte para cada 87 crianças nascidas

vivas).

Manifestações da saúde e da

doença apresentam tendências

de difícil apreensão: “(...) a

natureza dos problemas de

saúde está mudando, assumindo

formas apenas parcialmente

antecipadas, e a ritmo

imprevisto” (WHO, 2008)

Visão esquemática de cenários de riscos à saúde

Page 19: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

ABORDAGEM INTEGRAL DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO NO ESTADO DE SÃO PAULO

2174 sistemas de

abastecimento público (SAA),

1682 fazendo uso de

mananciais subterrâneos, 492

superficiais

2012: 2,43 milhões de análises laboratoriais para controle de qualidade da água nos parâmetros básicos: coliformes totais, Escherichia coli, cor, turbidez, pH, cloro residual livre e íon fluoreto.

88.194 análises de controle de qualidade dos SAA em 2011 para os 87 parâmetros

de monitoramento semestral ou trimestral.

297 mil análises de vigilância dos parâmetros básicos.

MATÉRIA PRIMA PROCESSO PRODUTO IMPACTO Manancial sistema/solução alternativa potabilidade saúde/doença

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2-2-2

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Visão esquemática de cenários de riscos à saúde Em 1997 foram realizadas 25.000 análises, das quais

4.700 (19,8%) estavam fora do padrão; em 2011 foram

366.015 análises, das quais 14.915 (4,0%) estavam fora do padrão: aumento de mais

de 14 vezes no número absoluto de análises

realizadas com redução (em termos percentuais) de 5 vezes

no número de anômalos

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MATÉRIA PRIMA PROCESSO PRODUTO IMPACTO Manancial sistema/solução alternativa potabilidade saúde/doença

Cólera Febre tifóide Shiguelose Amebíase Infecções Intestinais Hepatite A Tracoma Leptospirose Esquistossomose...

Defeitos congênitos e desordens reprodutivas; Neoplasias; Desordens imunológicas; Insuficiências renais e hepáticas; Transtornos neurotóxicos...

“(...) a natureza dos problemas

de saúde está mudando,

assumindo formas apenas

parcialmente antecipadas, e a

ritmo imprevisto” (WHO, 2008)

Page 21: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

COPA 2014

AÇÕES ESTRATÉGICAS E ESTRUTURANTES DE VIGILÂNCIA

QUALIDADE DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO

1. Plano de Segurança da Água (PSA)

2. Comitê Integrado de Qualidade da Água para Consumo Humano

3. Sistema de Informação Proágua

4. Cooperação técnica com Agências Reguladoras de Saneamento do ESP

5. Soluções alternativas de água

6. Água de reuso

Page 22: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

I. Avaliar os contextos de exploração, uso e qualidade dos mananciais superficiais e subterrâneos, assim como

as tendências de disponibilidade e demanda dos recursos hídricos e seus reflexos na produção da água para

consumo da população paulista.

II. Propor, aprimorar, integrar, avaliar e acompanhar indicadores e sistemas de informações relativos ao assunto.

III. Propor, avaliar e revisar instrumentos normativos e procedimentos técnicos e administrativos integrados com o

propósito de garantir qualidade e disponibilidade de água destinada ao consumo humano.

IV. Subsidiar as Pastas no tocante a assuntos afetos à poluição, exploração de mananciais, gerenciamento de

recursos hídricos e produção da água potável que repercutam na qualidade e disponibilidade da água destinada ao

consumo humano e impliquem riscos à saúde pública.

Comitê Permanente para Gestão Integrada da Qualidade da Água destinada

ao Consumo Humano no Estado de São Paulo

ATRIBUIÇÕES

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PORTARIA CVS 23, DE 07 DE ABRIL DE 2014

VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO EM SITUAÇÕES DE ESTIAGEM

AÇÕES PREVENTIVAS DE SAÚDE PARA ESTIAGENS E EM EVENTUAIS

SITUAÇÕES DE RACIONAMENTO DE ÁGUA

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Artigo 13. Compete ao responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano:

XI – comunicar imediatamente à autoridade de saúde pública municipal e informar adequadamente à população a detecção de qualquer risco à saúde, ocasionado por anomalia operacional no sistema e solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano ou por não conformidade na qualidade

da água tratada, adotando-se as medidas previstas no art. 44 desta portaria; Artigo 26. Compete ao responsável pela operação do sistema de abastecimento de água para consumo

humano notificar à autoridade de saúde pública e informar à respectiva entidade reguladora e à população, identificando períodos e locais, sempre que houver:

I. Situações de emergência com potencial para atingir a segurança de pessoas e bens; II. Interrupção, pressão negativa ou intermitência no sistema de abastecimento;

III. Necessidade de realizar operação programada na rede de distribuição que possa submeter trechos a pressão negativa;

IV. Modificação ou melhorias de qualquer natureza nos sistemas de abastecimento; e V. Situações que possam oferecer risco à saúde.

Artigo 44. Sempre que forem identificas situações de risco à saúde, o responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água e as autoridades de saúde pública devem, em conjunto, elaborar um plano de ação e tomar medidas cabíveis, incluindo a eficaz comunicação à população, sem

prejuízo das providências imediatas para a correção da anormalidade. (grifos nossos).

Portaria Federal 2914/2011

Page 25: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

Alguns aspectos sobre o controle do risco sanitário em contextos de crise hídrica

Restrição do consumo Espontâneo/dirigido (educação, conscientização, benefícios) Forçado (interrupção do fornecimento, punições)

Page 26: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

Interrupção do abastecimento X

Impossibilidade de acesso à água Capacidade de:

1. reservar água 2. buscar soluções alternativas

3. reduzir consumo

Alguns aspectos sobre o controle do risco sanitário em contextos de crise hídrica

Page 27: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

Dessedentação

Higiene corporal Higiene e preparo de alimentos

Higiene da edificação Higiene de roupas e utensílios

Afastamento de excretas

Irrigação de vasos e jardins Recreação

Lavagem de outros bens

Essencial à vida

Importante para a Manutenção da saúde

dispensável

Irredutível

Sujeito a redução

ponderada

Passível de corte

Consumo Tipo de demanda Implicações à saúde

Alguns aspectos sobre o controle do risco sanitário em contextos de crise hídrica

Page 28: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

Populações vulneráveis Condição etária

(agrupamentos: asilos, creches, escolas infantis etc.)

Condição sócio-econômica (Baixa capacidade de reservação de água e de busca de soluções alternativas confiáveis)

Condição de saúde (agrupamentos: hospitais, unidades de hemodiálises, clínicas, UBS)

Condição geográfica (áreas altas, áreas distantes dos reservatórios, áreas sem coleta de esgoto, áreas com rede precarizada, áreas com substratos frágeis)

Alguns aspectos sobre o controle do risco sanitário em contextos de crise hídrica

Page 29: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

Cinco capacidades desejáveis dos SAA para minimizar riscos sanitários

1. Dominar manobras de corte e abastecimento 2. Planejar reduções justas e equânimes da oferta 3. Ofertar soluções alternativas de abastecimento

4. Manter a potabilidade da água em contextos de alteração da qualidade do manancial 5. Dialogar com consumidores e órgãos reguladores

Alguns aspectos sobre o controle do risco sanitário em contextos de crise hídrica

Page 30: Qualidade em Metrologia e Saneamento e Abastecimento de Água · Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, para melhoria das condições

CENTRO

SEMINÁRIOS ÁREAS CONTAMINADAS E SAÚDE Evento anual realizado desde 2002, o seminário é fruto da parceria do Centro de Vigilância Sanitária, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, com as faculdades de Saúde Pública e de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e com outras instituições de notória competência no tema. O seminário aborda sob diferentes perspectivas as relações entre as áreas contaminadas presentes no território paulista e os riscos à saúde da população. Nas suas doze versões, o evento já recebeu uma ampla gama de especialistas da universidade, dos órgãos públicos de regulação, da sociedade civil, de empresas e outras instituições vinculadas ao tema. Os seminários ocorrem tradicionalmente em dezembro, no auditório da Faculdade de Saúde Pública da USP, ou da de Medicina, para um público de 250 pessoas e é transmitido pela IPTV USP. Em 2014 será lançado um livro com artigos de uma ampla gama de especialistas que colaboraram nos seminários, apresentando um panorama geral de 13 anos de eventos.

SEMINÁRIOS ÁGUA E SAÚDE Os Seminários Água e Saúde, iniciativa conjunta do Centro de Vigilância Sanitária e da Faculdade de Saúde Pública da Universidade São Paulo (USP), firmam-se desde 2011 como fórum de excelência em São Paulo para divulgar e promover o debate relativo aos avanços e desafios que a sociedade obteve ou enfrenta no tocante à água que consome. O seminário é voltado a profissionais das diferentes esferas do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos órgãos de Meio Ambiente, de Saneamento e de Recursos Hídricos, estudantes e pesquisadores das universidades, representantes da sociedade civil, além de especialistas de outras instituições públicas e privadas que tenham interface com o tema. Os seminários ocorrem tradicionalmente em setembro, no auditório da Faculdade de Saúde Pública da USP para um público de 250 pessoas e é transmitido pela IPTV USP.

SEMINÁRIOS HOSPITAIS SAUDÁVEIS (SHS) O SHS é uma iniciativa do Centro de Vigilância Sanitária em parceria com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), o Hospital Sírio Libanês, a organização Projeto Hospitais Saudáveis (PHS) e a organização internacional Saúde Sem Dano (SSD). O evento tem o propósito de abordar de forma abrangente as questões de saúde e sustentabilidade ambiental, especialmente a partir da ótica dos serviços de assistência à saúde. O SHS ocorre anualmente desde 2008 para um público de profissionais de saúde de alto nível, envolvidos nas áreas de assistência à saúde, técnicos e gestores de serviços públicos e privados, de saúde pública e de vigilância sanitária. Participam profissionais de saúde e segurança do trabalho, controle de infecção hospitalar, gestão ambiental e consultoria, arquitetura e engenharia hospitalar, farmacêuticos, dentistas, biólogos, fornecedores de serviços hospitalares, além de professores e pesquisadores de diversas áreas. O evento ocorre tradicionalmente em setembro, no auditório do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para um público de 500 pessoas. Durante o evento, a Secretaria de Estado da Saúde promove a cerimônia de entrega do "Prêmio Amigo do Meio Ambiente”, em reconhecimento aos prestadores de serviços de saúde do SUS de todo o Brasil que desenvolvem iniciativas em sustentabilidade socioambiental.

OUTROS EVENTOS: SEMINÁRIO 120 ANOS DE LEGISLAÇÃO SANITÁRIA: AS MUITAS TRAJETÓRIAS DO DESENVOLVIMENTO PAULISTA (04 e 05 de novembro). Na oportunidade do registro de 120 anos do primeiro código sanitário paulista, o Centro de Vigilância Sanitária, as faculdades de Saúde Pública e de Medicina da USP e o Instituto de Estudos Avançados da USP se unem para promover evento que pretende pensar e debater a respeito de um momento crucial da história do desenvolvimento paulista, a transição dos séculos 19 e 20, quando as demandas sociais e econômicas emergentes passaram a exigir regulações públicas mais robustas para controle do risco sanitário e ambiental, cujos desdobramentos tanto influenciaram o arcabouço institucional hoje existente no estado. WORKSHOP ÁGUA E SAÚDE (14 e 15 de maio). Evento promovido pelo Centro de Vigilância Sanitária e Faculdade de Saúde Pública da USP, com apoio do Ministério de Saúde, da Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental (AIDIS), da Associação Paulista de Saúde Pública (APSP), dentre outros parceiros, que reúne 40 especialistas da academia e do serviço para discutir e elaborar estratégias conjuntas para garantir segurança da água para consumo humano no Estado de São Paulo.