Quando a coragem

encontra a generosidade.

Após participar de um programa da Universidade de Oregon em maio de 2014

e ter a chance de ir para New York para conhecer de perto algumas das mais

incríveis agências do mundo, voltei para o Brasil me perguntando: E agora,

como serão as agências daqui a 20 anos? Ou melhor, como líderes de agências

inspiradoras estão impulsionando novos caminhos? E por isso, desde então,

comecei a ler e pesquisar sobre movimentos inovadores em diferentes lugares

do mundo para descobrir quem estava iluminando mudanças.

I N T R O D U Ç Ã O P A P E L & C A N E T A

No entanto, na minha opinião, falar em futuro e em novas transformações na

indústria da propaganda, significa ressaltar valores que vão muito além de

coragem, paixão e criatividade. Portanto, muito mais do que encontrar alguém

super talentoso e com uma carreira memorável, eu queria encontrar pessoas

que tivessem dentro de si três importantes valores muito mais preciosos do que

qualquer Leão do Festival de Cannes: compaixão, humildade e generosidade.

E foi a partir desse pensamento que, após a fase de desk research, eu comecei

a enviar e-mails para cada profissional transformador e, caso ele aceitasse me

ajudar, compartilhando comigo sua visão de mundo mesmo sem nunca ter me

conhecido, esse já seria um sinal que eu precisava para acreditar que por trás

daquela carreira brilhante, existia um profissional conectado com um futuro

não apenas subversivo, mas acima de tudo sensível e voltado para o bem.

Agora eu convido você a se juntar a nós nessa jornada que representa uma

busca por um futuro melhor e mais criativo para as pessoas e o mundo.

André Chaves,

Conector no Papel&Caneta

Nove líderes que estão conduzindo diferentes

transformações em agências de lugares

distintos. Cada um de um jeito muito próprio

e especial, porém todos conectados em busca

de um único propósito: desafiar modelos do

passado para inventar o amanhã.

THEGAME

CHANGERS

Report elaborado em abril de 2015

Não estamos vivendo uma era de mudanças, mas sim uma mudança de era.

P A P E L & C A N E T AT H E G A M E C H A N G E R S

A Revolução Digital vem causando transformações profundas de sociedade, indústria e cultura. E por isso, estamos vivendo um momento de transição em que as ideias de gestão de negócios e liderança estão sendo desafiadas a se reinventarem diariamente. Portanto, agora mais do nunca, a lógica da Pós-Revolução Industrial está saindo de cena para dar lugar a uma nova forma de pensamento colaborativo, experimental e multidisciplinar.

Se até então acreditávamos que era possível separar razão e emoção, individual e coletivo, trabalho e diversão, agora estamos percebendo um movimento de reconexão orgânica e não-linear. E a partir de tudo isso, estão surgindo um infinidade de possibilidades que, além de expressarem novos modelos de trabalho e novas metodologias de pensamento, trazem à tona uma grande responsabilidade: superar paradigmas e crenças do passado para desbravar um caminho ainda inexplorado.

As mudanças ocorridas no último século foram intensificadas nas duas últimas décadas, principalmente no mundo das agências, um universo tão próximo de tudo que envolve criatividade, tecnologia e inovação. Por isso, se por 150 anos o modelo de J. Walter Thompson (JWT) foi bastante importante para chegarmos até aqui, parece claro que ele já não responde a essa nova realidade.

Hoje, com inúmeras variáveis, vivemos um novo tempo da indústria da propaganda na qual o conteúdo, a integração, a tecnologia digital, o poder das pessoas e o bem social coexistem ao mesmo tempo, e a consequência de tudo isso está no surgimento de agências que estão dando vida a novos movimentos que, apesar de serem independentes e cheios de coragem, revelam-se ainda complementares.

T H E G A M E C H A N G E R S P A P E L & C A N E T A

T H E G A M E C H A N G E R S P A P E L & C A N E T A

Em busca de uma agência do futuro, não encontramos apenas um exemplo, porém

alguns que, quando unidos, constroem novos caminhos poderosos e transformadores.

Em um mundo hiper-conectado conduzido por uma nova consciência cada vez mais híbrida, diferentes agências de realidades completamente distintas estão expressando novas formas de trabalho para inspirar suas equipes e seus clientes na busca pelo novo.

Se o assunto for inovação, podemos ver inúmeros lugares construindo áreas ou

novos negócios feitos especialmente para despertar esse mindset na sua rotina,

como por exemplo o Huge Labs (Huge), GSP Beta Group (Goodby Silverstein

& Partners), Dentsu Lab (Dentsu), Six Inc (Hakuhodo), Department of Makers

(RTO+P) e Shaper (DDB New Zealand).

E essas transformações são apenas o começo, pois pelo mundo afora tem

agência que uma vez por mês pára tudo só para fazer um ‘detox’ de tecnologia

e pensar em novas ideias no Offlining Day (DiMassimo Goldstein), outra que

está deixando de participar de premiações para investir suas verbas enviando

profissionais para se inspirarem em outros mercados (FoxP2 África do Sul) e até

mesmo uma agência que decidiu desenvolver uma loja virtual com o objetivo de

reinventar a tradição cultural russa (Vitamin Russia).

Além disso, tem lugar que não tem mais Diretores de Criação e nem

Departamento de Criação (Big Spaceship NY), tem também agência que criou

uma editora só para poder publicar livros de arte e de ficção desenvolvidos pela

sua própria equipe (KesselsKramer), e até mesmo uma que redefiniu seu próprio

nome de forma colaborativa através de um concurso (Tiny Rebellion).

GSP Beta Group > San Francisco DiMassimo Goldstein > New York

KesselsKramer > Amsterdam

T H E G A M E C H A N G E R S P A P E L & C A N E T A

Como uma luz que ilumina e dissemina novas transformações, juntos hoje eles revelam e amplificam para o mundo como são as agências do futuro.

No entanto, apesar desses projetos e ideias

serem interessantes e de alguma forma

despertarem uma postura de trabalho

mais orgânica, horizontal e experimental,

acreditamos que alguns lugares vem

iluminando novos caminhos de um jeito

mais intenso e surpreendente.

Isso porque existem agências que, além de terem um

propósito de marca muito corajoso e um líder desbravador

por trás de todo o processo, representam algum tipo de

movimento único em sua própria realidade que impulsiona

novas conexões. Movimento que ao surpreender com algo

novo, também inspira o coletivo, conectando profissionais

de todo o mundo a pensarem diferente e seguirem pelo

mesmo caminho.

T H E G A M E C H A N G E R S P A P E L & C A N E T A

E é exatamente aqui que surge cada um dos líderes transformadores que estão dando vida a esse report. >>>

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LOSANGELES NEW

YORK

BOULDERAMSTERDAM

SHANGHAI

TOKYO

SYDNEY

BUENOS AIRESSÃOPAULO

Cada mercado tem seu próprio ritmo de

mudanças de postura de trabalho e de

pensamento e, por isso, a realidade de

Tokyo não é mesma se compararmos com

Buenos Aires, assim como São Paulo tem

suas diferenças em relação à New York.

Porém, o mais incrível é perceber como

atualmente todos esses líderes estão

interligados.

Ou seja, por mais que cada lugar tenha seus próprios desafios

e particularidades, a partir do momento em que eles desafiam

velhas crenças e mobilizam novas transformações, surge um

nova rede composta por uma nova frequência que dissemina

de forma transversal novos modelos e inspirações pelo mundo

afora. É claro que, em um primeiro momento, parece que tudo

está acontecendo de forma isolada e pontual, afinal muitos

deles nem mesmo se conhecem.

No entanto, após meses pesquisando em busca de um modelo inovador, único e completo, no final das contas o que descobrimos é que uma agência do futuro não está presente em um único lugar, mas sim em diferentes partes do mundo através de diferentes líderes que ao catalisarem mudanças, acabam gerando uma onda de influência positiva, tornando-se referências como também co-criadores de novos movimentos - de modo que cada um beneficia o outro.

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Através da pluralidade de histórias de vida diferentes e carreiras distintas,

surgem características muito própriase especiais que se convergem.

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Com jeitos diferentes de olhar o mundo e

conduzir trabalhos, juntos eles dão vida a

múltiplas características que se convergem,

e ao mesmo tempo compõem um sistema

híbrido conduzido por uma nova noção de

sucesso que vai muito além de prêmios ou

simplesmente retorno financeiro.

Afinal, sendo desbravadores de um novo caminho, percebemos

que para todos eles uma das coisas mais importantes é que o

trabalho represente um elemento não apenas de realização,

mas principalmente de expressão.

Ou seja, não importa se um novo modelo de agência ou um novo

projeto vai ser desafiador ou difícil de ser colocado em prática.

O que vale é apostar e tentar, fazendo de um jeito novo,

recomeçando, experimentando, e acima de tudo acreditando

em suas próprias convicções. Mesmo que para isso seja preciso

abrir mão de uma carreira já consolidada em uma outra agência

ou deixar de lado um projeto já iniciado para simplesmente

começar outro do zero.

Corajosos, entusiastas, otimistas e pragmáticos, eles estão inventando o futuro, ao desafiar convenções e abrir portas para novas formas de trabalhar e pensar na indústria da propaganda.

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JOHN WINSOR

empowerment coletivo

JOHNNY VULKAN

apropriação tailor-made

FRED SALDANHA

cultura de inovação

MORIHIRO HARANOempreendedorismomulti-facetado

TIM CLAASSEN

atitudepró-social

ROB CAMPBELL

disruptorcomportamental

RALPH VAN DIJK

betasound

RULO GOWLAND

MARIA SCILEPPIecossistema inspirador

pensamentoexperimental

new york

boulder

tokyo los angeles

sao paulo

amsterdam

shanghai

sydney

buenos aires

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JOHN WINSOR

EmpowermentColetivo

Fundador e CEO da Victors&Spoils

Boulder, Colorado

P A P E L & C A N E T AT H E G A M E C H A N G E R S

Após ser VP/Diretor executivo de estratégia e comunicação

na Crispin, Porter + Bogusky ajudando a agência se tornar

uma das mais premiadas do mundo, em 2008 John decidiu

lançar a Victors&Spoils, a primeira agência do mundo

fundamentada em princípios de crowdsourcing.

E, por isso, por lá o desenvolvimento de um projeto envolve um time que estamos

acostumados a ver em uma agência convencional com Atendimento e Planejadores,

no entanto o trabalho criativo é totalmente ligado a uma rede global de freelancers e

pessoas comuns. Dessa forma, enquanto a agência busca ideias de múltiplas fontes

externas, a área interna de Criação se torna responsável por toda a curadoria e

direcionamento de caminhos.

O resultado é uma metodologia de trabalho aberta e co-criativa, onde a grande ideia

não vem apenas de redatores ou diretores de arte, mas sim de um grupo de pessoas

onde todos tem o poder de criar o futuro de uma marca. E um exemplo dessa forma

de pensamento que surge a partir do poder do coletivo já pode ser visto em vários

trabalhos da V&S, especialmente no filme ‘No Cages’ para Harley Davidson que

durante sua criação contou com a ajuda de Whit Hiler, um apaixonado pela marca.

www.victorsandspoils.com

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MORIHIRO HARANO

EmpreendedorismoMulti-facetado

Fundador da Mori Inc | Co-fundador da Party

Tokyo, Japão

P A P E L & C A N E T AT H E G A M E C H A N G E R S

Não tem como falar em inovação em agências da Ásia-Pacífico sem citar

Morihiro Harano, diretor criativo de Tokyo que em 2004 ajudou a Dentsu a

criar Drill Inc, a primeira boutique criativa não-tradicional do Japão. Um

movimento novo que pegou o mercado de surpresa e acabou inspirando

grandes agências como Dentsu e Hakuhodo a criarem novos negócios

similares dentro delas.

Em 2011 ele resolveu dar um novo passo e co-fundou a Party, um

laboratório criativo mais voltado para o universo digital que em apenas

um ano foi escolhido como Independent Agency of the Year no Spikes

Asia 2012. E o modelo de negócio da Party foi tão surpreendente que

em 2013 a Hakuhodo seguiu o mesmo caminho lançando Six Inc, e logo

após a Dentsu deu origem ao Dentsu Lab, uma nova operação do grupo

fundamentada em inovação digital.

Um ano após co-fundar Party, Morihiro quis ir além para se envolver mais e mais nos negócios de seus clientes.

E foi então que decidiu criar a Mori Inc (Mori significa floresta em

Japonês), uma boutique que vai muito além da publicidade, integrando

disciplinas como arquitetura, entretenimento e design. Isso porque, para

Morihiro o que vale é olhar e entender todo o ecossistema, e não apenas

as ‘árvores’ que estão à nossa frente.

mori-inc.jp

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Videoreel

TIM CLAASSEN

AtitudePró-social

Estrategista e Sócio da Lemz

Amsterdam, Holanda

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Se tem uma agência que atualmente está chamando a atenção do mundo com sua atitude pró-social, o nome dela é Lemz.

Fundada em 2000 em Amsterdam, a agência além de ter sido super premiada em 2014

em Cannes através do projeto Sweetie para a ONG Terre des Hommes [12 Golden Lions

e 1 Grand Prix for Good], ela também tem um modelo de negócio super interessante

que organiza seus 45 funcionários em três diferentes zonas, que mais se parecem

com três start-ups.

Isso porque cada zona possui seus próprios líderes e especialistas nas áreas de

operação, estratégia e criação, sendo que cada grupo tem suas próprias metas e

responsabilidades supervisionadas sempre por um Zone Manager. E é bacana saber

que esse modelo não surgiu à toa. Mas sim em 2008 a partir da percepção de que

a agência estava crescendo muito rápido, sendo que seus trabalhos não estavam

conseguindo serem executados da forma esperada.

E por isso, diante do desafio de voltar a elaborar projetos cada vez mais ambiciosos e

poderosos, a agência redesenhou sua própria metodologia de trabalho, como também

criou projetos internos para manter todas as zonas sempre conectadas e voltadas a

ideias que mudem a vida das pessoas, como o Sweetie. Hoje, após cinco anos de muita

experimentação e testes, podemos dizer que a Lemz não está apenas inventando um

caminho único e autêntico, mas acima de tudo mostrando como uma agência pode

ajudar a transformar o mundo.

lemz.net

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JOHNNY VULKAN

ApropriaçãoTailor-made

Sócio-fundador da Anomaly

New York, EUA

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Em 2004 surgiu uma agência em NY que chamou a atenção do mundo por muitos motivos, a começar pelo seu nome, Anomaly.

Em um pequeno escritório com apenas seis profissionais, surgia ali no meio da Broadway

uma agência independente que lutaria por muitas transformações, especialmente por

novos modelos de remuneração. Uma missão realmente corajosa se pararmos para

pensar em NY, um dos mercados mais competitivos do mundo.

Mas se tudo parecia uma tarefa quase impossível, tudo mudou a partir do momento em

que o seu primeiro cliente chegou, Coca-Cola. Por isso, hoje após 10 anos de muitas

conquistas e com cinco escritórios pelo mundo, ao invés de vender apenas campanhas,

a agência vende um completo pacote de serviços: design de produto, propaganda,

consultoria estratégica, licenças e patentes. E com tudo isso seu poder de barganha é

tão forte que, no final das contas, a agência se torna parte do produto do cliente.

De fato, hoje a Anomaly representa para o mundo como uma agência pode ir muito além

do fee para ajudar o cliente no que ele precisar, mas sem deixar de lado a noção de

parceria e cumplicidade no que se refere também a remuneração do seu próprio trabalho,

seja através de royalties, licenciamento ou participação em vendas.

E um bom exemplo disso pode ser visto em seu trabalho para Virgin America, onde após

redesenhar seus produtos – travesseiros, cobertores, bagagem e outros produtos que

podem ser adquiridos a bordo – o retorno surgiu através de um mix de honorários não

só por consultoria, mas também por porcentagem na venda dos produtos. www.anomaly.com

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FRED SALDANHA

Cultura deInovação

CCO da Isobar

São Paulo, Brasil

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Apesar de o Brasil ter profissionais super talentosos,

grandes agências e ser um dos países mais premiados em

Cannes, isso não quer dizer que a maioria das agências

brasileiras são inovadoras em relação ao jeito de inventar

novas metodologias de trabalho. No entanto, dentre alguns

exemplos nacionais que hoje estão buscando se reinventar,

existe uma agência que atualmente vem desafiando as

regras e iluminando algo admirável, a Isobar.

Porém, o mais bacana é que muito desse trabalho se deve ao Fred Saldanha, um dos

profissionais que ajudou a Ogilvy Brasil a se transformar em uma das agências mais

premiadas em Cannes nos últimos anos e que agora, como CCO da Isobar Brasil,

vem inspirando desde 2012 uma nova postura cada vez mais integrada e aberta a

novas formas de pensamento sobre como criar plataformas e novos produtos, e não

somente uma campanha.

E o mais incrível é que, após apenas dois anos de muito trabalho em equipe, o

primeiro sinal de mudança se concretizou e vem inspirando o mercado brasileiro.

Isso porque ano passado a Isobar Brasil conquistou de forma inédita em Cannes

o primeiro leão da América Latina e do país na categoria Innovation Lions com o

projeto ‘Fiat Live Store’.

http://www.isobar.com/br-en

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RALPH VAN DIJK

BetaSound

Fundador da Eardrum

Sydney, Australia

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Em um mundo cada vez mais digital, vemos a indústria da propaganda, especialmente

Cannes, tão envolvida com questões como “interatividade”, “tecnologia digital”, “real

time”, que às vezes nos perguntamos: Como o som irá desbravar novos caminhos no futuro

da comunicação? Como ele poderá ir muito além do rádio ou transformar a dinâmica das

emissoras, se reinventando e se integrando com novas possibilidades?

E por todos esses questionamentos sobre um caminho transformador e talvez ainda

desconhecido, se tem um profissional que vem iluminando novas respostas e inspirando

agências, marcas e emissoras do mundo inteiro a experimentarem ideias novas, colocando

o som no modo ‘beta’, é o Ralph, presidente do júri na categoria de Rádio em Cannes em

2013, e fundador da Eardrum, uma das agências especializadas em rádio mais premiadas

do mundo, que inclusive no ano passado, faturou 95 prêmios apenas com um comercial

criado para uma campanha da Impact BBDO (Dubai) > saiba mais.

Uma agência que tem seu escritório na Austrália e que, apesar de ser especializada em rádio e áudio, nos últimos anos vem redesenhando seu próprio modelo de negócio para incorporar mudanças, expandir suas qualidades e despertar um novo mindset, capaz de impulsionar movimentos para que emissoras reinventem seus próprios modelos - até então pouco flexíveis - e para que marcas possam ganhar ainda mais significado, conectando-se com o som através de novos formatos.

www.eardrum.com.au

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RULO GOWLAND

PensamentoExperimental

Diretor de Inovação na +Castro

Buenos Aires, Argentina

P A P E L & C A N E T AT H E G A M E C H A N G E R S

Também conhecida como “Buenos Aires’ miniature Silicon Valley” por causa de sua postura experimental e sua inventividade tecnológica, em 2010 surgiu a +Castro, uma agência de inovação que hoje é fonte de inspiração não apenas para a indústria criativa argentina, mas também para muitas agências e criativos da América do Sul que sonham em desbravar novos caminhos, trabalhando com inovação e tecnologia.

Através de um modelo de negócio formado por um time de 15 profissionais super

talentosos, a agência trabalha apenas com um cliente por vez. E algumas das marcas – que

sempre estão voltando – são Mondelez, Google, Disney e Danone. Como eles próprios se

definem, em seu time todos são How Experts, profissionais focados em como dar a vida a

ideias subversivas, e por isso ele acreditam no poder de ser ‘pequeno’, pois é exatamente

isso que dá flexibilidade e liberdade para customizar cada projeto da melhor forma possível.

Escolhida em 2014 como ‘Internacional Small Agency of the Year’ pela AdAge, hoje a

+Castro representa de uma forma muito corajosa o potencial criativo e experimental que

emerge da América Latina. Um potencial que, inclusive, já começa a inspirar jovens pelo

mundo afora, pois hoje a agência já co-cria projetos com a Hyper Island, seja trabalhando

junto com seus estudantes através de workshops ou compartilhando seu escritório para

que eles também tenham uma experiência trabalhando na +Castro.

www.castroinnovation.com

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ROB CAMPBELL

DisruptorComportamental

Head de Planejamento na W+K Shanghai

Shanghai, China

P A P E L & C A N E T AT H E G A M E C H A N G E R S

Ser subversivo na indústria da propaganda chinesa não é uma tarefa fácil. Afinal, para trazer à tona boas ideias, primeiro é preciso vendê-las a clientes que ainda estão se familiarizando com o fato de “serem criativos” e em segundo lugar é preciso conseguir aprovação da censura do governo. No entanto, nos últimos anos a revolução digital tem causado mudanças profundas na cultura chinesa, principalmente entre os jovens. E se tem uma agência que vem se aproveitando de movimentos emergentes para despertar mudanças, é a W+K Shanghai.

Isso porque, o caminho que a agência vem encontrando para se tornar cada mais

relevante é se apropriando de estratégias e pontos de vista que empurrem as pessoas

contra a cultura dominante e mainstream. Ou seja, o importante é entender as

mudanças que se espalham de forma orgânica por meio das mídias sociais para depois

lançar um ponto de vista cultural provocativo capaz de criar novos comportamentos, e

consequentemente uma nova cultura.

E dois casos interessantes que refletem muito essa postura de trabalho são as

campanhas “Love Noise” da Converse e “Find your greatness” da Nike, pois ambos

se infiltraram na cultura dominante despertando um novo frame de referência e

compartilhando ferramentas para que os jovens chineses fizessem suas próprias

manifestações, sem que nem mesmo o governo conseguisse impedi-los. www.wk.com/office/shanghai

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MARIA SCILEPPI

EcossistemaInspirador

Director da programa 72U da 72andSunny

Los Angeles, California

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Como as barreiras entre diversão e trabalho estão desaparecendo de uma vez por todas,

muitas agências estão criando novas metodologias e projetos de inspiração, capazes de

tornar o ambiente de trabalho ainda mais positivo e inspirador. E isso a gente vê muito, em

diferentes lugares. No entanto, enquanto a maioria das agências estão olhando apenas para

suas equipes e sua própria rotina, o que Maria e a 72andSunny vem fazendo em Los Angeles

vai além e, portanto, é surpreendente.

Isso porque através do 72U program, Maria e a 72andSunny abrem as portas da agência

durante três meses para que jovens de diferentes lugares do mundo possam aprender,

experimentar e co-criar juntos uma infinidade de caminhos criativos, sejam eles voltados

para o dia-a-dia da agência ou para tarefas que possam transformar de alguma forma L.A.

e a vida das pessoas.

No final das contas, o mais legal de perceber é que a agência não está pensando em ser inspiradora apenas em seu próprio ambiente. Trata-se na verdade de pensar no todo, em como ser transformador no ecossistema da sua realidade, criando conexões entre diferentes dimensões: o jovem que quer aprender de um jeito novo e experimental, o profissional da agência que irá se inspirar ao mesmo tempo em que compartilhará sua experiência e seus conhecimentos, e por fim, a cidade que se transformará por meio de iniciativas envolvendo arte, tecnologia e cultura.

www.72u.orgvimeo.com/72u

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72U em três minutos

Mais importante do que olhar para o presente e reconhecer onde estamos,

é olhar para o futuro e saber o que ainda podemos construir.

P A P E L & C A N E T AT H E G A M E C H A N G E R S

Após ler e pesquisar durante meses, a sensação de poder de alguma forma conectar movimentos distintos que todos esses líderes vem iluminando em diferentes partes do mundo é incrível. É algo que motiva, inspira e nos faz acreditar em um futuro melhor.

Portanto, hoje esse breve report não só representa

um sinal de reconhecimento por tudo que cada líder

já representa, mas também a certeza de que um novo

amanhã na indústria da propaganda pode ser co-criado

por nós, por você, e qualquer pessoa que use seu

próprio potencial criativo, conectando mente e coração,

coragem e generosidade, paixão e compaixão.

Afinal de contas, após tantas conversas, hoje temos

a certeza de que um líder transformador não é feito

apenas de talento, mas acima de tudo da vontade de

transformar sua própria realidade, ajudando pessoas

a fazerem mais e melhor.

Por fim, esperamos que tudo que pudemos compartilhar possa lhe trazer novas ideias e novos caminhos, pois muito mais surpreendente do que ver um game-changer dando vida a mudanças positivas, é imaginar o quanto todos nós juntos podemos construir, onde quer que estejamos.

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A M I G O S

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