quebradas (aula 03 setembro 2013)

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Universidade das Quebradas Linguagem e Expressão

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Page 1: Quebradas   (aula 03 setembro 2013)

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Há muito trabalho pela frente no sentido de sedesconstruir esse imaginário em busca de umarepresentação literária e visual que se aproxime mais doreal da cultura e religião de matriz africana.A narrativa oral, escrita e a arte visual usadas comoelementos úteis à transformação desse imaginário.

Rogéria Reis

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Trechos de O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov, de Walter Benjamin.

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[1] São cada vez mais raras as pessoas quesabem narrar devidamente. Quando se pedenum grupo que alguém narre alguma coisa, oembaraço se generaliza. É como se estivéssemosprivados de uma faculdade que nos pareciasegura e inalienável: a faculdade deintercambiar experiências.

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[2] "Quem viaja tem muito que contar", diz opovo, e com isso imagina o narrador comoalguém que vem de longe. Mas tambémescutamos com prazer o homem que ganhouhonestamente sua vida sem sair do seu país eque conhece suas histórias e tradições.

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[6] Cada manhã recebemos notícias de todo omundo. E, no entanto, somos pobres emhistórias surpreendentes. A razão é que os fatosjá nos chegam acompanhados de explicações.Em outras palavras: quase nada do que aconteceestá a serviço da narrativa, e quase tudo está aserviço da informação.

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[8] Contar histórias sempre foi a arte de contá-las de novo, e ela se perde quando as históriasnão são mais conservadas. Ela se perde porqueninguém mais fia ou tece enquanto ouve ahistória. Quanto mais o ouvinte se esquece de simesmo, mais profundamente se grava nele oque é ouvido. Quando o ritmo do trabalho seapodera dele, ele escuta as histórias de talmaneira que adquire espontaneamente o domde narrá-las.

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[9] Os narradores gostam de começar suahistória com uma descrição das circunstânciasem que foram informados dos fatos que vãocontar a seguir, a menos que prefiram atribuiressa história a uma experiência autobiográfica.

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[10] Ora, é no momento da morte que o saber e asabedoria do homem e, sobretudo sua existência vivida– e é dessa substância que são feitas as histórias -assumem pela primeira vez uma forma transmissível.Assim como no interior do agonizante desfilaminúmeras imagens - visões de si mesmo, nas quais ele sehavia encontrado sem se dar conta disso -, assim oinesquecível aflora de repente em seus gestos e olhares,conferindo a tudo o que lhe diz respeito aquelaautoridade que mesmo um pobre-diabo possui aomorrer, para os vivos em seu redor. Na origem danarrativa está essa autoridade.

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A estrada da cultura, da arte, da educação está no âmago da viagem, ousamos percorrê-la?

José Orlando

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