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1. (Uerj)
Coketown era uma cidade de tijolos vermelhos, ou melhor, de tijolos que seriam vermelhos se a fumaça e as cinzas permitissem, cidade de máquinas e de altas chaminés. Apresentava muitas ruas largas, todas iguais, e muitas ruazinhas ainda mais iguais, cheias de pessoas também muito iguais, pois todas saíam e entravam nas mesmas horas, andando com passo igual na mesma calçada, para fazer o mesmo trabalho, e para elas cada dia era parecido com o da véspera e com o dia seguinte.
CHARLES DICKENS
In: ENDERS, Armelle e outros. História em curso. Rio de Janeiro: FGV, 2008.
A Revolução Industrial provocou grandes mudanças em algumas cidades inglesas a partir de finais do século XVIII. A imagem de Birmingham, de 1886, e o fragmento do romance Tempos difíceis, publicado em 1854, apresentam sinais dessas transformações.
Apresente uma mudança causada pelo processo de industrialização nas cidades inglesas e uma de suas consequências para as condições de vida do operariado.
Resposta:
Uma das mudanças:
• expansão, diversificação e maior complexidade da paisagem urbana
• separação entre bairros operários, mais próximos das zonas de localização das indústrias, e bairros nobres, áreas de lazer e logradouros destinados à administração
• alteração do espaço natural decorrente da concentração industrial em áreas urbanas, causadora de efeitos poluentes e de degradação ambiental, associados tanto à aplicação dos progressos tecnológicos na mecanização da produção quanto aos processos de expansão e de concentração demográfica
• crescimento populacional decorrente da ampliação da demanda por mão de obra e alimentado por feixes migratórios originários das áreas rurais
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Uma das consequências:
• crescente divisão do trabalho
• padronização dos ritmos de vida
• exploração da mão de obra infantil e feminina
• crescimento dos índices de violência e criminalidade
Entre as consequências as Revolução Industrial, a intensificação do processo de urbanização da sociedade foi uma das mais significativas, porém as precárias condições de vida e trabalho a que foram submetidas as populações operárias geravam situações como as descritas no texto.
2. (Uel) Observe a imagem a seguir.
Explique o contexto histórico da Revolução Francesa destacando o posicionamento do autor da imagem quanto à Igreja Católica.
Resposta:
A Revolução Francesa, 1789-1799, foi uma Revolução realizada pelo Terceiro Estado (burguesia, pobres urbanos, camponeses) sob a liderança da burguesia inspirada no ideário Iluminista que se pautava principalmente nas ideias de liberdade e igualdade. Os pensadores do Iluminismo criticavam o Antigo Regime que consistia no Absolutismo e Mercantilismo. A França estava em grave crise econômica e financeira devido ao luxo da corte dos Bourbons instalada no Palácio de Versalhes, a ajuda aos EUA na guerra de independência, ao tratado feito com a Inglaterra que tanto prejudicou a indústria francesa, a crise na agricultura que impossibilitava o povo de obter o alimento básico. Enquanto isso, o Primeiro Estado composto pelo Clero e o Segundo Estado constituído pela nobreza possuíam privilégios como isenção tributária, pensões, entre outros. Somente o Terceiro Estado pagava impostos e mantinha o
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Estado. O voto era por estamento o que favorecia a manutenção dos privilégios. Neste cenário em que as estruturas política e econômica estavam saturadas é que propiciou a tão relevante Revolução Francesa.
3. (Fuvest) O problema agrário era portanto o fundamental no ano de 1789, e é fácil compreender por que a primeira escola sistematizada de economia do continente, os fisiocratas franceses, tomara como verdade o fato de que a terra, e o aluguel da terra, era a única fonte de renda líquida. E o ponto crucial do problema agrário era a relação entre os que cultivavam a terra e os que a possuíam, os que produziam sua riqueza e os que a acumulavam.
Eric Hobsbawm. A era das revoluções. 1789‐1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982, p. 29.
a) Caracterize o momento social e econômico por que a França passava no período a que se refere o texto.
b) Quais são as principais diferenças entre as propostas fisiocratas e as práticas mercantilistas anteriores a elas?
Resposta:
a) A França na segunda metade do século XVIII estava em profunda crise social e econômica. O país vivia o Antigo Regime, Absolutismo e Mercantilismo. Havia o Primeiro Estado, o Clero, o Segundo Estado, Nobreza e o Terceiro Estado constituído pela burguesia, camponeses, homens pobres da cidade, que, juntos, representavam 95% da população francesa. Os dois primeiros Estados não pagavam impostos e a nobreza ainda recebia pensões do Estado. Assim, somente o Terceiro estado pagava impostos mantendo o Estado. O voto era por estamento e cada Estado tinha direito a um voto. A burguesia apoiada em ideias Iluministas defendia o voto por cabeça e, não por estamento, considerando que o Terceiro Estado possuía maioria. Na economia, a França estava mergulhada em uma grave crise econômica e financeira devido aos gastos excessivos da corte, o apoio no processo de independência dos EUA e o tratado comercial entre Inglaterra e França que tanto prejudicou a burguesia francesa.
b) A política mercantilista caracterizava-se, entre outros, pelo intervencionismo estatal na economia através do protecionismo e pelo metalismo enquanto os fisiocratas defendiam a liberdade econômica através do laissez faire laissez passer e que a riqueza vem da terra, da agricultura.
4. (Fuvest) As guerras napoleônicas, entre o final do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX, tiveram consequências diretas muito importantes para diversas regiões do mundo. Mencione e explique uma delas, relativaa) ao leste da Europa;b) ao continente americano.
Resposta:
a) No leste da Europa, as guerras napoleônicas levaram os ideais de liberalismo e nacionalismo que auxiliaram na transformação dos regimes monárquicos existentes nesta região.
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b) No continente americano, as guerras napoleônicas influenciaram em especial a história do Brasil, que ao receber a corte portuguesa, fugindo das tropas napoleônicas, vai precipitar a transformação da vida na colônia, agora elevada à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves, o que lhe trouxe inúmeros privilégios que como colônia não conheceria.
5. (Ufpr) Em janeiro de 1808, D. João, Príncipe Regente do Império Português, expediu a seguinte Carta Régia:
“Eu, o Príncipe-Regente [...] atendendo à representação que fizestes subir à minha Real presença, [...] sou servido ordenar [...] o seguinte:
Primeiro – Que sejam admissíveis nos portos do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias, transportadas em navios estrangeiros das potências que se conservam em paz e harmonia com a minha Real Coroa [...]. Segundo – Que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos estrangeiros possam exportar para os portos que bem lhes parecer, a benefício do comércio e agricultura, que tanto desejo promover, todos e quaisquer gêneros e produções coloniais [...]. O que tudo assim fareis executar com o zelo e atividade que de vós espero.”
(Adaptado de Coleção das Leis do Brasil – 1808.)
Com base nesse documento e nos conhecimentos históricos, escreva um texto abordando as consequências dessas determinações de D. João sobre o pacto colonial.
Resposta:
As novas normas aprovadas por D. João VI após sua chegada ao Brasil determinaram a “abertura dos portos às nações amigas”, que, na prática, representou a ruptura do pacto colonial, uma vez que a essência deste era o monopólio metropolitano, que havia vigorado praticamente por trezentos anos. Essa medida favoreceu a burguesia industrial e mercantil da Inglaterra, único país industrializado e com capacidade para exportar para o Brasil e prejudicou a burguesia mercantil lusitana, que perdeu o controle absoluto sobre o mercado brasileiro.
6. (Uerj)
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Na história brasileira, a representação de Tiradentes, um dos protagonistas da Inconfidência Mineira (1788-1789), exemplifica um processo de transformação de alguns de seus personagens em heróis nacionais.Apresente duas propostas políticas da Inconfidência Mineira e justifique a transformação de Tiradentes em herói nacional, com a implantação da República no Brasil.
Resposta:
Duas das propostas:• defesa do ideal de República• defesa da liberdade dos colonos• crítica à opressão fiscal da metrópole portuguesa• defesa de ideais liberais iluministas, restrita aos interesses dos grandes proprietários• defesa do rompimento político com Portugal, restrita ao âmbito das capitanias das Minas
Gerais e do Rio de JaneiroLegitimar o novo regime como aquele que estava construindo de fato a autonomia e a soberania da nação.
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Resumo das questões selecionadas nesta atividade
Data de elaboração: 15/06/2014 às 12:24Nome do arquivo: 2ano carol n2
Legenda:Q/Prova = número da questão na provaQ/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro®
Q/prova Q/DB Grau/Dif. Matéria Fonte Tipo
1.............92650.......Média.............História..........Uerj/2010..............................Analítica 2.............128927.....Média.............História..........Uel/2014...............................Analítica 3.............129003.....Média.............História..........Fuvest/2014.........................Analítica 4.............123443.....Média.............História..........Fuvest/2013.........................Analítica 5.............102696.....Média.............História..........Ufpr/2011.............................Analítica 6.............122454.....Média.............História..........Uerj/2013..............................Analítica
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