quimica - organica ii reação de adicao
TRANSCRIPT
Química Orgânica II
Profa. Viviane S. LoboUTFPR / campus ToledoTecnologia em Processos Químicos2º período
QO II - Aula 03
= Reação de Adição =
2
Introdução
A reação de ADIÇÃO ocorre com a quebra da ligação π para a formação de 2 ligações σ.
Apenas compostos com, pelo menos, 1 ligação π pode sofrer reação de adição: alcenos, alcinos e carbonilados.
QO II – Reação de Adição
3
Introdução
Há dois mecanismos diferentes para reações de adição, dependendo do tipo de reagente:
- Reação Eletrofílica a Carbono Insaturado
- Reação Nucleofílica em Compostos Carbonílicos
QO II – Reação de Adição
4
Reação Eletrofílica a Carbono Insaturado
Reação Eletrofílica a Carbono InsaturadoMecanismo geral:
QO II – Reação de Adição
E NuE
Nu-
Nu
E
+ Lento
+ +
5
Reação Eletrofílica a Carbono Insaturado
Observações:
- Não ocorre com anéis aromáticos, pois perderia a aromaticidade;É um mecanismo de 2a ordem, formando um
carbocátion como intermediário;- Quanto mais estável for o intermediário, mais favorável da reação ocorrer;
QO II – Reação de Adição
6
Reação Eletrofílica a Carbono Insaturado
Observações:- Para formar um intermediário mais estável:
. o eletrófilo entra no carbono primário (menos substituído – mais hidrogenado: Regra de Markovnikov);
. pode ocorrer rearranjo:
QO II – Reação de Adição
E+E Nu
E
+
carbocátioncinético
carbocátiontermodinâmico
7
Reação Eletrofílica a Carbono Insaturado
Regra de Markovnikov
QO II – Reação de Adição
H
H
H
CH3
BrBr+ HBr +
2-bromo-propano 1-bromo-propanomuito pouco
O átomo de H é ligado ao átomo de C da ligação dupla que tenha o maior número de átomos de H.
8
Reação Eletrofílica a Carbono Insaturado
Regra de Markovnikov
QO II – Reação de Adição
H
H
CH3
CH3
BrBr+ HBr +
2-bromo-2-metil-propano 1-bromo-2-metil-propanomuito pouco
A reação é regiosseletiva, pois há a formação de um produto majoritário ou a formação de um único produto.
9
Reação Eletrofílica a Carbono Insaturado
Estabilidade relativa de carbocátion
QO II – Reação de Adição
10
Reação Eletrofílica a Carbono Insaturado
Estabilidade relativa de carbocátion
QO II – Reação de Adição
11
Reação Eletrofílica a Carbono Insaturado
Estabilidade relativa de carbocátion
QO II – Reação de Adição
O cátion t-butílico é formado mais rapidamente por ser mais estável...
12
Reação Eletrofílica a Carbono Insaturado
Rearranjo de carbocátion:
QO II – Reação de Adição
13
Reação Eletrofílica a Carbono Insaturado
Rearranjo ⇒ Regra de Anti-Markovnikov:
QO II – Reação de Adição
H
H
H
NCH3
CH3 CH3
H I H
H
H
NCH3
CH3 CH3
H
H
H
NCH3
CH3 CH3
HH I
H
H
NCH3
CH3 CH3
HH
I
+ lento ++
NÃO OCORRE
rearranjo
+
+
+
O eletrófilo entra no carbono mais substituído...
14
Reação Eletrofílica a Carbono Insaturado
MECANISMO x ENERGIA:
A reação ocorre em 2 etapas:- 1a etapa: ataque do nucleófilo (elétrons da ligação π) ao eletrófilo ⇒ ETAPA LENTA: etapa de maior energia → há formação de um carbocátion intermediário;- 2a etapa: ataque do nucleófilo (base) ao carbocátion ⇒ ETAPA RÁPIDA.
QO II – Reação de Adição
15
Reação Eletrofílica a Carbono Insaturado
MECANISMO x ENERGIA:
QO II – Reação de Adição
16
Reação Eletrofílica a Carbono Insaturado
MECANISMO x ENERGIA:
Seguindoa regra de Markovnikov
QO II – Reação de Adição
17
Reação Eletrofílica a Carbono Insaturado
MECANISMO x ENERGIA:
QO II – Reação de Adição
18
Reação Eletrofílica a Carbono Insaturado
MECANISMO x ENERGIA:Seguindo a regra de Markovnikov
QO II – Reação de Adição
19
Reação Eletrofílica a Carbono InsaturadoObservações:- Os alcenos são mais reativos do que os alcinos, pois o intermediário formado é mais estável...
QO II – Reação de Adição
E Nu
E Nu-
lento
+
carbocátionvinílico
(menos estável)
+
20
Reação Eletrofílica a Carbono Insaturado
ADIÇÃO AOS ALCENOS:
QO II – Reação de Adição
H 2H
H
H X H
X
H OSO3H H
OSO3H
H OH H
OH
X X X
X
ALCENOS
alcano
haleto de hidrogêniohaleto de alquila
hidrogeno sulfatoácido sulfúrico
água
HA (catalisador) álcool
halogêniodialoalcano
21
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
HIDROGENAÇÃO DE ALCENOS:
Os alcenos reagem com hidrogênio na presença de uma variedade de catalisadores metálicos para adicionar um átomo de hidrogênio a cada átomo de carbono da ligação dupla...
QO II – Reação de Adição
22
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
- Catálise heterogênea = platina, paládio, ródio ou níquel finamente divididos;
- Catálise homogênea = complexos de ródio e rutênio ou catalisador de Wilkinson (mais conhecido - Rh[(C6H5)3P]3Cl )
QO II – Reação de Adição
23
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
Uso – indústria de alimentos = conversão de óleos vegetais líquidos em gorduras semi-sólidas para a produção de margarinas e gorduras sólidas.
QO II – Reação de Adição
24
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
Reação geral:
QO II – Reação de Adição
Solventes mais utilizados: MeOH, EtOH, AcOH e AcOEt.
25
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
Mecanismo:
O catalisador heterogêneo da hidrogenação envolve metais depositados em uma superfície de carbono (carvão).O gás hidrogênio adsorve-se ao metal através de uma reação química onde os elétrons desemparelhados na superfície do metal se emparelham com os elétrons do hidrogênio e ligam o hidrogênio à superfície.
QO II – Reação de Adição
26
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
QO II – Reação de Adição
Os dois átomos de hidrogênio são adicionados no mesmo lado da molécula.
27
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
QO II – Reação de Adição
Reação exotérmica.
Sem catalisador e à temperatura ambiente, não ocorre a hidrogenação devido à alta energia de ativação.
28
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
Observações: Adição sin x anti...- Adição sin – as partes dos reagentes que estão sendo adicionados entram do mesmo lado...
QO II – Reação de Adição
29
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosADIÇÃO DE HALETOS DE HIDROGÊNIO A ALCENOS:
QO II – Reação de Adição
30
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosMecanismo:
QO II – Reação de Adição
1a etapa
2a etapa
31
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
QO II – Reação de Adição
X
+ HX *
Forma um centro estereogêneo → forma para de enantiômeros em quantidades diferentes???
⇓NÃO
32
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosO carbocátion formado na 1a etapa da reação de adição é aquiral (possui plano de simetria)...
⇓A reação na 2a etapa provavelmente ocorre igualmente nas duas faces (a reação que leva a cada enantiômero ocorre na mesma velocidade)...
⇓Mistura racêmica
QO II – Reação de Adição
33
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
QO II – Reação de Adição
X H H+ X
EtX
HMe
EtX
MeH
+
carbocátionaquiral
(S)
(R)
50%
50%
34
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
QO II – Reação de Adição
35
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosADIÇÃO DE ÁCIDO SULFÚRICO
Alcenos tratados com ácido sulfúrico concentrado frio dissolvem-se porque reagem através da adição para formar sulfatos hidrogeno de alquila.
QO II – Reação de Adição
36
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
Mecanismo: é uma reação regiosseletiva, seguindo a regra de Markovnikov
⇓há formação do carbocátion mais estável
na 1a etapa
QO II – Reação de Adição
37
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosMecanismo:
QO II – Reação de Adição
H O S O HO
O
H
O S O HO
O
H
HO3SO
+
alceno ácido sulfúricofrio
1a etapa
+
carbocátion
+-
íon hidrogenosulfato
2a etapa
hidrogeno sulfatode alquila
38
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
A partir dos hidrogeno sulfatos de alquila podem ser hidrolisados a álcoois através do seu aquecimento com água.
QO II – Reação de Adição
OSO3H OHH2SO4
frio
H2O
calor+ H2SO4
39
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosADIÇÃO DE ÁGUA - HIDRATAÇÃO
Quando a água é adicionada a um alceno, nenhuma reação ocorre porque não há eletrófilopresente para dar início à reação de adição do nucleófilo ao carbocátion.A ligação O-H da água é muito forte (é tb um ácido forte) para permitir que a água se comporte como um elétrofilo para essa reação.
QO II – Reação de Adição
40
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
QO II – Reação de Adição
+ H2O não ocorre
41
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
Para que ocorra a adição de água à ligação dupla de um alceno, a reação deve ser catalisada por ácido, sendo um método de preparação de álcoois de massa molecular baixa, mas de grande uso industrial.
QO II – Reação de Adição
42
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
Ácidos mais comuns = soluções aquosas diluídas de ácido sulfúrico, ácido clorídrico e ácido fosfórico.
Os ácidos são fortes (H2SO4 – pKa=-5; HCl –pKa=-7), dissociando-se facilmente em solução aquosa, formando um íon hidrônio e fornecendo um eletrófilo.
H2SO4 + H2O H3O+ + HSO4-
QO II – Reação de Adição
43
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
Reação geral:
QO II – Reação de Adição
OH
H+ H2O
H3O+
44
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
O mecanismo geralmente é regiosseletivo, seguindo a regra de Markovnikov.
⇓Não produz álcool primário, exceto no caso de hidratação de eteno.
QO II – Reação de Adição
45
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
H3O+H
OH+ HOH
25oC
QO II – Reação de Adição
H
H
H
H
H
OH+ HOH
H3PO4
300oC
46
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosMecanismo
1a etapa: lenta ⇒ adição de Markovnikov →carbocátion mais estável
QO II – Reação de Adição
H O HH
HO HH
++
lenta++
47
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosMecanismo
2a etapa: rápida ⇒ formação do álcool protonado
QO II – Reação de Adição
O HH
O
H
H
rápida++
+
48
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosMecanismo
3a etapa: rápida ⇒ formação da água protonada
QO II – Reação de Adição
O
H
HOH
HOH
OH
HHrápida+
+ ++
49
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosREAÇÃO DE ADIÇÃO DE ÁLCOOL
Os álcoois reagem com alcenos da mesma maneira e mecanismo que a água, também requer a catálise de um ácido.O produto da reação é um éter.
QO II – Reação de Adição
H+
H
OR
+ ROH
50
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosObservação:
A reação de hidratação de alceno (ácido diluído, baixa T) é o inverso da reação de desidratação de álcool.Entretanto a desidratação ocorre melhor com ácido sulfúrico concentrado, tendo baixa concentração de água. A água pode ser retirada do meio durante a desidratação de álcool utilizando altas temperaturas.
QO II – Reação de Adição
51
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosADIÇÃO DE HALOGÊNIO – Br2 e Cl2Os alcenos reagem com cloro e bromo em solventes não-nucleofílicos para formar dialetos vicinais.
Cl2
Cl
Cl
+-9 oC
(100% rd)
QO II – Reação de Adição
Br2
CCl4
Br
Br
+-5 oC
(95% rd)trans
+ cis
52
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosMecanismo: mecanismo iônico
1a etapa: os elétrons expostos da ligação π do alceno atacam o halogênio.
⇓a ligação Br-Br se polariza, enfraquecendo (mesmo já sendo fraca) e se quebrando heteroliticamente...
Não forma carbocátion!!!
QO II – Reação de Adição
53
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos1a etapa:
QO II – Reação de Adição
Br
Br
Br
Br
δ+
δ−
+
+
íon bromônio
íon brometo
O íon bromônio (Br+) está a 2 átomos de C através de 2 pares de elétrons: 1 par da ligação p do alceno e o outro par do átomo de bromo (elétrons não-compartilhados).
54
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos
2a etapa: o íon brometo ataca o lado de trás de um dos átomos de carbono do íon bromônio.
⇓Adição anti
↓Ataque nucleofílico (SN2): abertura do anel →formação do vic-dibrometo
QO II – Reação de Adição
55
Reação Eletrofílica – Adição a Alcenos2a etapa:
QO II – Reação de Adição
Br
Br
Br
Br
+
+
íon bromônio
íon brometo
vic-brometo
O mecanismo para a adição de Cl2 e I2 aos alcenos são similares, envolvendo a formação do anel e a sua quebra, formando respectivos íons halônios.
56
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosObservação:
As reações de alcenos com Br2 e Cl2 são geralmente efetuadas misturando o alceno e o halogênio em um solvente inerte, como o diclorometano (H2CCl2), que facilmente dissolve os dois reagentes, mas não participa da reação.
QO II – Reação de Adição
57
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosObservação:
Se a halogenação de um alceno é realizada em solução aquosa, o produto principal da reação total não é um vic-dialeto e sim um halo álcool (haloidrina).
QO II – Reação de Adição
X2 OH2
OH X X XHX+ + + +
X = Cl ou Br haloidrina(principal)
vic-dialeto(minoritário)
58
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosMecanismo – halogenação em meio aquoso:1a etapa:
QO II – Reação de Adição
X
X
X
X
δ+
δ−
+
+
íon halônio
íon haleto
59
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosMecanismo – halogenação em meio aquoso:2a e 3a etapas:
QO II – Reação de Adição
X
O+
HH
X
O HH
OH
H
X
OH
H3O+
+
íon halônio
+
haloidrinaprotonada
+
haloidrina
60
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosTRABALHO – Reações de adição em
Alcenos:
1. ESTABILIDADE TERMODINÂMICA x ESTABILIDADE CINÉTICA – definição? gráficos???
2. VELOCIDADE DE REAÇÃO – como calcular? do que depende????
QO II – Reação de Adição
61
Reação Eletrofílica a Carbono InsaturadoADIÇÃO AOS ALCINOS
Com uma nuvem de elétrons que envolve completamente a ligação σ, um alcino é uma molécula rica em elétrons.
⇓Alcino = nucleófilo → reage com eletrófilo
⇓Alcinos sofrem reações de adição
eletrofílica
QO II – Reação de Adição
62
Reação Eletrofílica – Adição a AlcinosAlcinos sofrem reações de adição eletrofílica:
Os mesmos reagentes que se adicionam a alcenos também o fazem a alcinos...
A adição de eletrofílica a um alcino terminal também é uma reação regiosseletiva...
QO II – Reação de Adição
63
Reação Eletrofílica – Adição a AlcinosEntretanto, as reações de adição de alcinospossuem uma característica que os alcenosnão têm: devido ao fato de o produto de adição de um reagente eletrofílico a um alcinoser um alceno, uma segunda reação de adição pode acontecer...
QO II – Reação de Adição
Cl
H
Cl
H
Cl
H
HCl HCl
64
Reação Eletrofílica – Adição a AlcinosAlcino é menos reativo do que alceno...
⇓a reatividade depende da estabilidade do reagente e da estabilidade do estado de transição
↓O intermediário formado quando um
próton se adiciona a um alcino é um cátion vinílico, enquanto com alceno é um cátion
alquila...
QO II – Reação de Adição
65
Reação Eletrofílica – Adição a Alcinos
cátion vinílico tem carga positiva sobre um carbono vinílico (carbono sp – mais
eletronegativo do que sp2 ⇒ suporta menos a carga positiva )...
⇓é menos estável do que o cátion alquila
similarmente substituído...
QO II – Reação de Adição
66
Reação Eletrofílica – Adição a AlcinosREAÇÃO DE ADIÇÃO DE HALETO DE HIDROGÊNIO
1a etapa: H+ eletrofílico se adiciona ao alcino↓
Se o alcino for terminal, H+ se ligará ao C sp ligado ao H ⇒ cátion vinílico secundário é mais estável do que o cátion vinílico primário...
QO II – Reação de Adição
67
Reação Eletrofílica – Adição a Alcinos
QO II – Reação de Adição
H H
H
Br H
H
Br
H
H
HH
1-butino
HBr
++
2-bromo-buteno
+
cátion vinílicosecundário
+
cátion vinílicoprimário
68
Reação Eletrofílica – Adição a Alcinos
Mesmo que a reação possa ser interrompida após a adição de 1 equivalente do haleto, uma segunda reação de adição ocorrerá se um excesso de haleto de hidrogênio estiver presente...
↓O produto formado será um dialeto geminal(2 átomos de halogênio no mesmo carbono)
QO II – Reação de Adição
69
Reação Eletrofílica – Adição a Alcinos
HH
H
BrH
H
Br
H
Br
1-butino
HBr
2-bromo-buteno
HBr
2,2-dibromo-butano
dialeto geminal
QO II – Reação de Adição
H
H
Br
HH
H
Br
H+
+
carbocátion formado pela adição do eletrófiloao C sp2 ligado com maior número de H
70
Reação Eletrofílica – Adição a AlcinosREAÇÃO DE ADIÇÃO DE HALOGÊNIO
Os halogênios Cl2 e Br2 também podem ser adicionados ao alcino.Na presença de excesso de halogênio pode ocorrer a segunda adição.Normalmente o solvente da reação de adição éCH2Cl2.
QO II – Reação de Adição
71
Reação Eletrofílica – Adição a Alcinos
QO II – Reação de Adição
Cl2
CH2Cl2 Cl
ClCl2
CH2Cl2 Cl
ClCl
Cl
pent-2-ino 2,3-dicloro-but-2-eno 2,2,3,3-tetracloro-butano
HBr2
CH2Cl2 Br
Br
H
Br2
CH2Cl2 Br
BrBr
BrH
propino 1,2-dibromo-propeno 1,1,2,2-tetrabromo-propano
72
Reação Eletrofílica – Adição a AlcinosREAÇÃO DE ADIÇÃO DE ÁGUA
Os alcinos também sofrem adição de água catalisada por ácido...
⇓Produto = enol
QO II – Reação de Adição
73
Reação Eletrofílica – Adição a AlcinosEnol = tem uma ligação dupla C=C e um grupo OH ligado a um dos C sp2.
↓Enol sofre rapidamente um rearranjo
formando uma cetona.⇓
Tautômeros ceto-enol = são isômeros que estão em rápido equilíbrio em solução → o
tautômero ceto predomina no equilíbrio por ser mais estável do que o enol...
QO II – Reação de Adição
74
Reação Eletrofílica – Adição a Alcinos
QO II – Reação de Adição
H2SO4
OH
H
O
HH
+ H2O
enol cetona
RR'
OH
H
RR'
O
HH
tautômero enol tautômero ceto
Tautomerização
75
Reação Eletrofílica – Adição a Alcinos
A adição de água a um alcino interno (não-terminal) que possui o mesmo grupo ligado a cada um dos C sp forma uma única cetonacomo produto...Se os dois grupos não são idênticos, são formadas 2 cetonas, pois o próton pode ser adicionado a qualquer um dos C sp...
QO II – Reação de Adição
76
Reação Eletrofílica – Adição a Alcinos
QO II – Reação de Adição
O
O
O
+ H2OH2SO4
+ H2OH2SO4
+
Os alcinos terminais são menos reativos do que os alcinos internos perante a adição da água.Pode ser usado íon mercúrio (Hg+) como catalisador.
77
Reação Eletrofílica – Adição a AlcinosREAÇÃO DE ADIÇÃO DE HIDROGÊNIO
O hidrogênio se liga a um alcino na presença de um catalisador metálico como Pd, Pt ou Ni da mesma forma que se liga a um alceno.Dificilmente a reação é interrompida no produto alceno porque o H se liga rapidamente a ele na presença dos catalisadores metálicos eficientes...
QO II – Reação de Adição
78
Reação Eletrofílica – Adição a Alcinos
O produto da reação entre H2 e um alcinosempre será um ALCANO...
QO II – Reação de Adição
H2
Pt/C
H2
Pt/C
ALCINO ALCENO ALCANO
79
Reação Eletrofílica – Adição a Alcinos
Mas a reação pode ser interrompida no produto ALCENO se for usado um catalisador metálico “envenenado” (parcialmente desativado)...
⇓catalisador mais usado nesse caso é o catalisador de Lindlar...
QO II – Reação de Adição
80
Reação Eletrofílica – Adição a Alcinos
catalisador de Lindlar⇓
Preparado pela precipitação de Pd em carbonato de cálcio e tratado com acetato de chumbo(II) e quinolina...
↓Modifica a superfície do Pd, tornando-o mais efetivo na catálise da adição de H2 a uma ligação tripla...
O
O
2Pb
2+
acetato de chumbo (II)
QO II – Reação de Adição
Nquinolina
81
Reação Eletrofílica – Adição a Alcinos
Devido ao fato do alcino ocupar a mesma superfície do catalisador metálico de onde são liberados os H para a ligação tripla... ocorre somente uma adição sin de H...
⇓adição sin de H para um alcino interno
forma um alceno cis...
QO II – Reação de Adição
HH+ H2
catalisador deLindlar
alcino alceno cis
82
Reação Eletrofílica – Adição a Alcinos
Os alcinos internos podem ser transformados em alcenos trans ao se usar Na (ou Li) em amônia líquida (NH3)...
↓O Na ou Li reage mais rápido com ligações triplas do que com ligação duplas...A amônia (PE = -33oC) é um gás à temp. ambiente, por isso é transformada para o estado líquido utilizando uma mistura de gelo seco/acetona (PE = -78oC)...
QO II – Reação de Adição
83
Reação Eletrofílica – Adição a Alcinos
H
HNa ou Li
NH3 (liq)
-78oC alceno trans
QO II – Reação de Adição
C C
H NH2 C
H -NH2
C
H
H NH2
H
H
-NH2
+ Na.
ânion radical + Na+
radical vinílico
+
Na.
+ Na+
ânion vinílico
+
alceno trans
84
Reação Eletrofílica – Adição a Alcinos
Observações:
Ânion radical = uma espécie com carga negativa e um elétron desemparelhado → éuma base tão forte que pode remover um próton da amônia...
↓Resultado = Radical vinílico
QO II – Reação de Adição
85
Reação Eletrofílica – Adição a Alcinos
Ânion vinílico = cis ou trans → as configurações estão em equilíbrio, mas favorece a configuração trans por ser mais estável
↓Os grupos volumosos (alquilas) estão
afastados...
QO II – Reação de Adição
-CH3
CH3H
CH3 CH3
H
ânion vinílico trans ânion vinílico cis
....-
86
Reação Eletrofílica – Adição a AlcenosTRABALHO – Reações de adição em
Dienos:
1. DIENOS ISOLADOS???
2. DIENOS CONJUGADOS???
QO II – Reação de Adição