quinta lágrimas carolina

2
A Quinta das Lágrimas A Quinta das Lágrimas, em Coimbra, é um lugar onde a tradição situou a morte de D. Inês de Castro. Esta quinta das Lágrimas é, afinal, a Quinta de Pombal, de que há referências no século XIV e que estava chegada ao muro do Convento de Santa Clara. A rainha Santa Isabel comprou as duas nascentes de água que ali existem para abastecer o seu convento. O professor António de Vasconcelos identificou um arco gótico em pequenas dimensões e de traçado trecentista, como o de entrada de uma das minas. Esta Quinta foi propriedade do Mosteiro de Santa Cruz, passando depois para a Universidade. No século XIX foi adquirida por antepassados dos anteriores proprietários, pois hoje o palácio é um hotel. O novo palácio, bem como o arranjo da mata, a criação das ruínas fingidas neo-góticas e a melhoria do tanque da Fonte dos Amores ficou a dever-se a D. Miguel Osório Cabral. A velha Quinta só aparece chamada como ‘’das lágrimas’’ em 1730. A Fonte dos Amores está referenciada em documentos datados de apenas cinco anos após a morte de D. Inês (1355). Os versos de Camões que se seguem foram mandados colocar numa lápide, ainda hoje existente na Fonte dos Amores, pelo duque de Wellington. As filhas do Mondego, a mote escura Longo tempo chorando memoriaram E por memória eterna em fonte pura As lágrimas choradas transformaram O nome lhe puseram que ainda dura Dos amores de Inês que ali passaram Vede que fresca fonte rega as flores Que as Lágrimas são água e o nome amores.

Upload: ricardocostacruz

Post on 30-Jun-2015

419 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Quinta LáGrimas Carolina

A Quinta das Lágrimas

A Quinta das Lágrimas, em Coimbra, é um lugar onde a tradição situou a morte de D. Inês de Castro.Esta quinta das Lágrimas é, afinal, a Quinta de Pombal, de que há referências no século XIV e que estava chegada ao muro do Convento de Santa Clara. A rainha Santa Isabel comprou as duas nascentes de água que ali existem para abastecer o seu convento.O professor António de Vasconcelos identificou um arco gótico em pequenas dimensões e de traçado trecentista, como o de entrada de uma das minas. Esta Quinta foi propriedade do Mosteiro de Santa Cruz, passando depois para a Universidade. No século XIX foi adquirida por antepassados dos anteriores proprietários, pois hoje o palácio é um hotel.O novo palácio, bem como o arranjo da mata, a criação das ruínas fingidas neo-góticas e a melhoria do tanque da Fonte dos Amores ficou a dever-se a D. Miguel Osório Cabral. A velha Quinta só aparece chamada como ‘’das lágrimas’’ em 1730.A Fonte dos Amores está referenciada em documentos datados de apenas cinco anos após a morte de D. Inês (1355).

Os versos de Camões que se seguem foram mandados colocar numa lápide, ainda hoje existente na Fonte dos Amores, pelo duque de Wellington.

As filhas do Mondego, a mote escura Longo tempo chorando memoriaramE por memória eterna em fonte puraAs lágrimas choradas transformaram O nome lhe puseram que ainda duraDos amores de Inês que ali passaramVede que fresca fonte rega as floresQue as Lágrimas são água e o nome amores.

Carolina Neto, 6º B

Bibliografia:Guia para uma visita, Pedro Dias, Gráfica de CoimbraUma Aventura na Quinta das Lágrimas, Ana Mª Magalhães e Isabel Alçada, Caminhohttp://www.portugalvirtual.pt