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Publicação Oficial do CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS
Revista Edita
ISSN 2446-9149
Nº 20 – OUTUBRO DE 2015
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JOSÉ RENAN VASCONCELOS CALHEIROS FILHO
Governador do Estado de Alagoas JOSÉ LUCIANO BARBOSA DA SILVA
Vice-Governador JOSÉ LUCIANO BARBOSA DA SILVA
Secretário de Estado da Educação LAURA CRISTIANE DE SOUZA
Secretária Adjunta da Educação
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS
JAIRO JOSÉ CAMPOS DA COSTA
Presidente do Conselho
CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
BÁRBARA HELIODORA COSTA E SILVA
Presidente
HALLISSON OLIVEIRA CARDOSO
Vice-Presidente
ANA MÁRCIA CARDOSO FERREIRA CÍCERA FERREIRA DA SILVA
ESMERALDA MOURA JOSÉ CARLOS DOS SANTOS
JOSÉ CARLOS LUIZ KLEVERTON TENÓRIO DA SILVA
LÚCIA REGUEIRA LUCENA MARIA JOSÉ ALVES COSTA MURILO FIRMINO DA SILVA ODEVAL ANTERO DE LIMA
CÂMARA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
MARLY DO SOCORRO PEIXOTO VIDINHA
Presidente RITA DE CÁSSIA DOS DANTOS SILVA
Vice-Presidente LAVINÍA SUELY DORTA GALINDO EDNA LOPES DO NASCIMENTO
ELIEL DOS SANTOS DE CARVALHOKÁTIA LANÚZIA ALBUQUERQUE
ROBERT LINCOLN BARROS MELO
CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
MARIA ALBA CORREIA DA SILVA
Presidente
SARA JANE CERQUEIRA BEZERRA
Vice-Presidente ANA PAULA DA SILVA
CLÉBIO CORREIA DE ARAÚJO ELLISON BEZERRA DE LIMA
MARIA CRISTINA CÂMARA DE CASTRO THIAGO SOUZA SANTOS
SUPLENTES
JACKSON RIBEIRO DO NASCIMENTO LUIZ HENRIQUE DE OLIVEIRA CAVALCANTE
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MARIA CRISTINA ALVES SANTOS
Secretária Executiva
ASSESSORIA TÉCNICA
ADENISE DA COSTA ACIOLI ÂNGELA MÁRCIA DOS SANTOS
BÁRBARA HELIODORA COSTA E SILVA CLAYTON ROSAS E SILVA EDILENE VIEIRA DA SILVA
EDVALDO NENEU DA SILVA FLÁVIO LISBÔA MARTINS DA COSTA ÍRIS EDITH DA SILVA CAVALCANTE JIVANEIDE ARAÚJO SILVA COSTA
JOSÉ BENEDITO DA SILVA JOSÉ BERNALDINO ROCHA E SILVA
LAURA CERQUEIRA ÂNGELO LAURICERES BORBA FERREIRA LAVÍNIA SUELY DORTA GALINDO
LINDIZAY LOPES JATUBÁ MARIA APARECIDA QUEIROZ DE CARVALHO
MARIA PATRÍCIA PINTO SANTOS MARIZETE MARIA DE MELO SANTOS
MARLY DO SOCORRO PEIXOTO VIDINHA MARY SELMA DE OLIVEIRA RAMALHO MAURIZA ANTÔNIA DA SILVA CABRAL
NEZILDA DO NASCIMENTO SILVA PAUFERRO SARA JANE CERQUEIRA BEZERRA
TEREZINHA JOSÉ DA SILVA
OFICIAL DE APOIO TÉCNICO
RENILZA JARSEN DE MELO
AUXILIAR DE SERVIÇOS DIVERSOS VIGIA_____________
CHRISTIAN SOUZA SILVA CARLOS EDUARDO LOURENÇO DA SILVA GEOVÂNIO VITAL DA SILVA CARLOS HENRIQUE ANDRADE SILVA VIRGÍNIA DA SILVA MELO
ÓRGÃOS AUXILIARES DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS
SUPERINTENDÊNCIA DO SISTEMA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO (SUPERVISÃO DE ORIENTAÇÃO E INSPEÇÃO ESCOLAR)
SUPERINTENDÊNCIA DA REDE ESTADUAL DE ENSINO (SUPERVISÃO DE DOCUMENTAÇÃO E VIDA ESCOLAR)
GERÊNCIAS REGIONAIS DE EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO EDITORIAL DA REVISTA EDITA
EDVALDO NENEU DA SILVA LAURICERES BORBA FERREIRA MARIA PATRÍCIA PINTO SANTOS
SARA JANE BEZERRA CERQUEIRA
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APRESENTAÇÃO
No momento em que o Conselho Estadual de Educação de Alagoas – CEE/AL completa seus 53
anos de História, temos muito orgulho de presidir essa egrégia corte legislativa da nossa educação que, ao
longo de todo esse tempo, muito contribuiu, sobretudo, na construção de marcos legais que espelhem os
profundos desafios que precisamos superar para tirar Alagoas dos piores indicadores educacionais do
Brasil.
Neste sentido, não nos sentimos co-participantes da indústria da atrofia, da miséria generalizada, do
processo de coisificação e exploração das pessoas, bem como da efetiva realidade da escola e dos
modelos impostos pelos mantenedores de nossas escolas, seja ele o Governo Federal, o Estado, os
Municípios e até mesmo a iniciativa privada.
Ao contrário, ao longo dessa História de mais de meio século de tradição, respeitando as limitações
tempo-espaço e as questões singulares que perpassam a cultura alagoana, o CEE/AL, talvez, tenha sido
um dos poucos espaços institucionais que tem saído na vanguarda, estabelecido uma política de intimidade
com a sociedade, através das diversas audiências públicas realizadas e promovido o grande debate em
torno de nossos indicadores que carregamos nas estatísticas nacionais e temos contribuído para a
minimização dos nossos problemas, se posicionando contra a barbárie, o preconceito, a discriminação, bem
como todo tipo de prática que tire do cidadão alagoano, nossa razão de ser e existir, o direito de acesso a
uma educação de qualidade e de viver plenamente a vida.
Tal realidade, como sabemos, foi construída e fomentada há anos para atender aos interesses de
alguns poucos que mantêm as suas hegemonias fraldadas no grande capital que exclui e dizima várias
gerações de alagoanos há anos. É chegado o momento de mudarmos esse cenário de caos e, para tanto, a
sociedade precisa acompanhar e nos ajudar a perseguir o nosso objetivo de promover uma educação plena
e de qualidade para todos.
Chega de exclusão e de violência! Chega de derrama de sangue de jovens negros e pobres! Chega
de tanta violência contra a mulher, contra os idosos, contra os homossexuais, contra as nossas crianças e
adolescentes! Chega de analfabetos! Chega! O tempo urge e já passou o momento de desconstruirmos os
nossos indicadores e de mudarmos, definitivamente, os rumos da nossa História. A quem interessa todo
esse cenário de guerra que Alagoas vive? Que a resposta a esse questionamento renasça do fundo de
nossas consciências e reflitamos, ao colocarmos as nossas cabeças no travesseiro, a serviço de quem e de
que caminham as nossas práticas? Isso porque não existe neutralidade. Todas as nossas ações e gestos
são marcados por uma posição ideológica, claramente marcada. E, novamente, perguntamos: estamos a
serviço de quem?
Compreendemos, mais do que nunca, todos os desafios que precisamos percorrer e não são
poucos. Agradecemos, por fim, do fundo de nosso coração, a contribuição de todos os conselheiros e
assessores, a todos os homens e mulheres de bem que, junto conosco, têm engrossado o cordão daqueles
que sonham, que não se venderam à lógica do grande capital, que acreditam na utopia, no sonho e na
construção de um mundo justo, igual, fraterno que, indubitavelmente, passa pela educação de nosso povo.
Acreditamos na transparência como premissa para a edificação de um serviço público de qualidade.
Por isso, apresentamos a Edição de nº 20/2015 da Revista Edita, estreitando ainda mais a relação entre o
CEE/AL e a sociedade. Em 2015, o CEE/AL efetivou mais uma conquista no quesito qualidade da
informação, quando recebeu o número de ISSN 2446-9149 para a publicação impressa, CD-rom ou on-
line da Revista EDITA.
Viva Alagoas!
Viva o Conselho Estadual de Educação de Alagoas!
Viva os dez alagoanos, nobres homens e mulheres, que estão sendo reconhecidos e agraciados
com a Comenda do Mérito Educativo Alagoano por contribuírem, ao longo de suas vidas, com a construção
de uma educação de qualidade!
Vamos em frente... Um beijo no coração de todos...
Muito obrigado!
Maceió das Alagoas, em outubro de 2015.
PROF. JAIRO JOSÉ CAMPOS DA COSTA
Conselheiro Presidente do CEE/AL
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................04 2. UMA EXPLICAÇÃO SE IMPÕE..................................................................................................................06 3. AD PERPETUAM RERUM MEMORIAM.....................................................................................................07 4. AGRACIADOS COM A COMEMDA DO MÉRITO EDUCATIVO ALAGOANO 2015.................................08 5. CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS: UM PERMANENTE DIÁLOGO NO
PROCESSO DE NORMATIZAÇÃO EDUCACIONAL..................................................................................17 6. CARTA ABERTA DE MACEIÓ - XLIV PLENÁRIA DO FNCE...................................................................25 7. DISCURSO DE ABERTURA DA XLIV REUNIÃO PLENÁRIA DO FNCE.................................................27 8. ATOS NORMATIVOS GERAIS...................................................................................................................30 9. SÚMULAS DE PROCESSOS DISCUTIDOS E APROVADOS NO PERÍODO DE
OUTUBRO DE 2014 A OUTUBRO DE 2015..............................................................................................71
9.1. CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA..................................................................................................72 9.2. CÂMARA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL...................................................................................100 9.3. CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR...........................................................................................110
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UMA EXPLICAÇÃO SE IMPÕE...
Tem sido bastante frequente uma pergunta a nós do Conselho Estadual de Educação sobre a razão
do nome EDITA para esta revista, bem como o que a expressão significará para quem o lê. Na verdade, a
pergunta deveria ter um desdobramento no sentido de se saber qual seria a forma estritamente correta de
pronúncia do termo. Essa curiosidade, que é plenamente justificável, incide também sobre a denominação
do órgão oficial utilizado pelo CNE para coligir e divulgar seus Atos Normativos. Referimo-nos à revista
DOCUMENTA que, embora sugira mais diretamente o caráter de encerrar em seu interior documentos, faz
o nome soar estranho pela forma como está escrito. Esse nome, como o de nossa revista, na verdade
remonta a um tempo em que a erudição clássica fazia escola nos nossos conselhos, graças, sobretudo, à
condição ou origem clerical de muitos de seus membros, aliada à forte vinculação das coisas do direito à
origem romana.
Partindo-se do mais simples para o mais complexo na explicação que se faz necessária, vamos
edificar nosso embasamento subsidiados pelo nome DOCUMENTA. Trata-se de termo tirado diretamente
do latim, no conteúdo e na forma: o vocábulo original, no caso da documentação da revista do CNE, é
“documentem”, termo no singular que quer dizer, segundo o dicionário Latino Português de Francisco
Torrinha (Gráficos reunidos, Ltda. Porto, 2a. Edição, p. 268), entre outras acepções, “aviso, ensinamento,
documento, prova”. Quando o termo é passado para o plural, no intuito de significar “avisos,
ensinamentos, documentos, provas” e mantém a natureza do que no latim se chama nominativo, que é a
forma usada pelo termo isolado ou na posição de sujeito, ele adquire a forma DOCUMENTA, já que o
gênero e a declinação a que pertence assim o exigem.
Explicação em muitos pontos semelhante poderíamos utilizar para a nossa EDITA. Sua origem,
também diretamente do latim – na verdade um termo genuinamente latino – vem do verbo “edere”, que
significa “publicar, declarar, anunciar, fazer ver”, e cujo particípio passado é “editus, edita, editum”,
conforme o gênero seja, respectivamente, masculino, feminino ou neutro, significando “publicado (a),
declarado (a), anunciado (a), exibido (a)” e que, no gênero neutro, se desdobra, quando no plural, no
termo edita (orum), substantivo plural, cujo sentido estrito é “ordens emanadas de uma autoridade e por
ela publicadas”. Sendo assim, o nome do órgão oficial do CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE
ALAGOAS quer dizer “publicações, anúncios públicos de todos os atos normativos – todos os
ordenamentos - praticados pela Instituição e dela emanados”.
Quanto à pronúncia exata do nome EDITA, ficamos numa encruzilhada: se o pronunciarmos usando
as normas da Língua Portuguesa, ele soará paroxítono, pois a regra de acentuação gráfica nos libera para
tanto e, aliás, é assim que ele costuma ser pronunciado; se, porém, formos fiéis aos cânones do latim – ao
menos como registrado nos dicionários, já que se trata de uma língua morta – para o qual não existe acento
gráfico, pelo menos segundo Torrinha, já citado, considerando a forma como em seu dicionário está grafado
o termo EDITA, pela marcação da vogal “E” como longa, somente nos restaria a possibilidade de, em
Língua Portuguesa, pronunciá-lo como proparoxítona, como se tivesse um acento agudo no “E”.
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AD PERPERTUAM RERUM MEMORIAM...
Como feito nos números anteriores, registramos aqui os agraciados com a COMENDA DO MÉRITO
EDUCATIVO ALAGOANO – versões 2012-2014 – ao tempo em que apresentamos aqueles e aquelas que,
escolhidos pelo Pleno do CEE/AL, receberão neste ano de 2015, a mais alta honraria concedida pelo
Executivo a um educador que tenha contribuído de forma relevante para a educação em Alagoas.
A Distinção Honorífica, “Comenda do Mérito Educativo Alagoano”, foi criada pelo Decreto Nº. 1.867,
de 14 de maio de 2004. Esta Comenda é a condecoração máxima concedida pelo Estado, anualmente,
durante as comemorações do aniversário do Conselho Estadual de Educação, a 10 (dez) educadores/as,
cujos nomes tenham sido apresentados por, pelo menos 04 (quatro) Conselheiros e tenham sido
aprovados em sessão plenária do referido Conselho, com presença mínima de ⅔ (dois terços) dos seus
membros, através de voto secreto de, pelo menos, ⅔ (dois terços) dos Conselheiros presentes.
AGRACIADOS/AS COM A COMENDA DO MÉRITO EDUCATIVO ALAGOANO - 2012
BÁRBARA HELIODORA COSTA E SILVA ELIEL DOS SANTOS CARVALHO
HELI DA SILVA PACHECO LUIZ HENRIQUE DE OLIVEIRA CAVALCANTE
MAGDALENA REIS GUEDES MARIA ARAÚJO FEITOSA
MARIA JOSÉ FERREIRA DE MORAIS MARIA DE LOURDES SÁ
RICARDO SÉRGIO DOS SANTOS SANDRA LÚCIA DOS SANTOS LIRA
AGRACIADOS/AS COM A COMENDA DO MÉRITO EDUCATIVO ALAGOANO - 2013
ABDÍZIA MARIA ALVES BARROS ANTÔNIO DE OLIVEIRA SANTOS
ELZA MARIA DA SILVA FRANCISCO BARROS POTIGUAR
IÊDA BRITO DA SILVA JENILDE BENTO DO NASCIMENTO FREITAS
JOELINA ALVES CERQUEIRA MARIA DUARTE ARAÚJO
MARIA DA SALLETE SANTOS SÔNIA REIS DE LIMA SILVA
AGRACIADOS/AS COM A COMENDA DO MÉRITO EDUCATIVO ALAGOANO - 2014
DJALMICE MARIA GAMA CALADO
GECINALDO SOARES DE QUEIROZ (Xukuru-Kariri) CÉLIA MARGARIDA DE SOUZA CAVALCANTE (In memoriam)
MARIA APARECIDA BATISTA DE OLIVEIRA CELINA MARIA COSTA LACET
EURICO DE BARROS LÔBO FILHO CLÉBIO CORREIA DE ARAÚJO
LÚCIA REGUEIRA LUCENA MATHILDE ARANHA FALCÃO
LUITGARDE OLIVEIRA CAVALCANTI BARROS
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EDUCADORES/AS AGRACIADOS/AS
COM A COMENDA DO
MÉRITO EDUCATIVO
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BIOGRAFIAS: COMENDADORES E COMENDADEIRAS DE 2015
ANTÔNIA DE LIMA GAZZANÉO nascida na cidade de Porto da Folha/SE,
no dia 10/07/1924, filha de Benedito de Oliveira Lima e Ana Maria Pereira
Lima. Mudou-se para o Município de Pacatuba/SE, quando tinha 03 anos de
idade, onde cursou o ensino primário, na Escola Municipal daquela cidade.
Em seguida, por necessidade das atividades de seu genitor, mudou-se para a
cidade de PENEDO/AL, quando tinha 14 anos de idade, onde continuou seus
estudos, concluindo o Ensino Fundamental no Colégio Ruy Barbosa, daquele
município.
Prosseguindo seus estudos, estudou na Escola Normal Rural, de
Penedo, obtendo o título de professora. Iniciou na docência logo após sua
formação, no ano de 1943, com cerca de 23 anos, inicialmente como
professora interina, sendo depois aprovada em concurso público para o cargo
de Professora Catedrática, quando defendeu tese perante a banca examinadora, acerca do Rio São
Francisco.
Exerceu a docência apenas na cidade de Penedo/AL, na cátedra de Geografia Geral do Brasil,
sempre no Colégio Estadual José da Silva Peixoto (antigo Colégio Normal de Penedo), sendo professora de
várias gerações, já que exerceu suas atividades de docência por mais de 40 anos. Dedicou-se inteiramente
à Escola Pública, onde também educou seus filhos.
Seus conhecimentos em Geografia Geral e Geografia de Alagoas, contribuíram para a formação da
juventude Penedense e de cidades circunvizinhas, pela sua dedicação ao Magistério no Colégio Estadual
José da Silva Peixoto.
No ano de 2008, por iniciativa do Prefeito de Penedo/AL, foi agraciada com a comenda José da
Silva Peixoto, pelos relevantes serviços prestados à comunidade Penedense, notadamente pelo exercício
de sua atividade docente. Residiu em Penedo/AL até o ano de 2008, mudando seu domicílio para
Maceió/AL, cidade onde reside atualmente. Pelo compromisso dispensado à educação alagoana, especialmente à população de Penedo/AL, o Conselho Estadual de Educação de Alagoas, concede a Comenda do Mérito Educativo Alagoano 2015 à Professora Antônia de Lima Gazzanéo.
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DEUSDETH BARBOSA DA SILVA nasceu em 19 de agosto de 1937, no
Município de Murici em Alagoas. Filha de Manoel Barbosa de Lima e Cecília
Acioly de Lima. Aos sete anos de idade, sua família mudou-se para a cidade de
Palmeira dos Índios, onde nasceram seus três irmãos. Permaneceu em
Palmeira dos Índios até aos 20 anos de idade, quando casou-se com Guido
Gonzaga da Silva, que em seguida formou-se em Odontologia e, mudaram-se
para Arapiraca, onde ele passou a exercer a sua profissão de odontólogo, e
mais tarde tiveram dois filhos.
Neste contexto, Dona Deusdeth começou a projetar o seu olhar para a
educação e, chegando em Arapiraca, iniciou sua docência em Geografia, no
Colégio Bom Conselho. Mais tarde, prestou concurso para a Secretaria
Municipal de Educação, foi aprovada para lecionar nas séries iniciais e, em seguida, convidada a assumir a
direção da Escola Hugo Lima.
Também prestou concurso para a Secretaria Estadual de Educação, onde assumiu a direção da
Escola Antônio Cezário, situada no Povoado São José.
Exerceu a função de Orientadora Educacional da Escola Estadual Costa Rego, em Arapiraca/AL.
Posteriormente, prestou novo concurso para a Secretaria de Educação do Estado de Alagoas, desta vez,
para lecionar as disciplinas Geografia e História, sendo lotada no Colégio Estadual Humberto Mendes, na
cidade de Palmeira dos Índios.
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Por possuir Pedagogia em Orientação Educacional, solicitou remoção da Cidade de Palmeira dos
Índios, concentrando a sua carga horária, no Colégio Quintella Cavalcante, em Arapiraca, onde passou a
trabalhar com as turmas do Curso Normal, lecionando e orientando os alunos para o estágio.
Diante de sua formação e dedicação constante ao Magistério alagoano, foi convidada a fazer parte
do quadro de professores da Faculdade de formação de Professores de Arapiraca (FFPA), onde passou a
lecionar no Curso de Estudos Sociais e Ciências. Esta Faculdade, pioneira no interior do Estado de Alagoas
a oferecer Ensino Superior noturno, contribuiu para a formação continuada de professores que
necessitavam de graduação, bem como para os estudantes da região que ingressaram no Ensino Superior
sem a necessidade de deslocamento de Arapiraca para Maceió ou outros Centros de Formação.
Esta Faculdade inicialmente era Privada. Os alunos por sentirem dificuldades em custear os seus
estudos, mobilizaram-se com os professores, no intuito de sensibilizar a população e, principalmente aos
órgãos públicos, em absorvê-la, com o propósito de estadualizá-la. Neste contexto, a Professora Deusdeth
foi escolhida pela comunidade estudantil e eleita democraticamente a primeira Presidente da Fundação
Universidade Estadual de Alagoas (FUNESA), sendo empossada pelo Governador em 29 de junho de 1990.
Vários anos se passaram e Dona Deusdeth firme e forte à frente da FUNESA, no entanto, seu
sonho de fundar e criar o seu próprio estabelecimento de ensino, fez com que ela se desligasse da
FUNESA, onde realizou o seu sonho e fundou a Escola Santa Cecília, ofertando Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio e Educação Profissional, ofertando o Curso Técnico em Secretaria Escolar,
proporcionando assim, à população de toda a Região a possibilidade de possuir uma formação de
qualidade.
Mais tarde, criou o Instituto de Ensino Superior Santa Cecília (IESC), ofertando Cursos de
Graduação (Direito, Pedagogia e Serviço Social) e Pós-Graduação, proporcionando à população daquela
Região acesso ao Ensino Superior, evitando deslocamentos dos alunos para Maceió ou outros centros.
Vale ressaltar que até os dias atuais, a Escola Santa Cecília e o Instituto de Ensino Superior Santa
Cecília (IESC), estão em plena atividade, proporcionando um ensino de referência, na cidade de Arapiraca,
sob a batuta de Dona Deusdeth. Por toda sua contribuição, compromisso e desenvolvimento de ações educacionais, o Conselho Estadual de Educação de Alagoas concede à Professora Deusdeth Barbosa da Silva a Comenda do Mérito Educativo Alagoano 2015
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DULCINÉA BEZERRA nasceu em Maceió no dia 05 de maio de 1946,
filha de José Fagundes Bezerra e Anália Bezerra.
Estudou o antigo primário, no Grupo Escolar Torquato Cabral em
Capela e o antigo ginasial no Ginásio santo Antônio em Bebedouro, fez o curso
normal no Instituto de Educação, concluindo seus estudos em 17/12/1966.
Em 17 de maio de 1967 realizou o seu grande sonho, ser professora,
sendo contratada pela Secretaria Estadual de Educação para lecionar em Murici
no Grupo Escolar Osman Loureiro. No ano 1970 foi aprovada no concurso do
Estado, sendo transferida para lecionar na Escola Padre Pinho em Bebedouro,
na Cidade de Menores Humberto Mendes em Maceió.
Licenciada em pedagogia com habilitação em Orientação educacional,
exerceu a função de Orientadora na Escola Estadual Theonilo Gama no Bairro do Jacintinho.
Em 07/04/1980 foi convidada para participar da criação da Equipe Intermediária de Orientação
Educacional da 1ª Coordenadoria Regional de Ensino e em 16/05/1998 foi designada para responder pela
administração da Escola Dr. Rodriguez de Melo.
No ano de 1999 foi convidada para participar da comissão para reestruturação do CEAGB/CEPA.
Com a implantação da gestão democrática educacional, foi membro da Equipe de gestão na CRE 15ª
Coordenadoria, dando suporte nas escolas aos conselheiros escolares e aos diretores, inclusive
organizando toda a estrutura para a eleição dos mesmos. Fez parte da comissão intermediária de avaliação
para o desempenho do servidor da educação estadual, embora não tenha sido implantada no estado.
Trabalhou como técnica na Equipe Pedagógica e como responsável pela análise das Prestações de contas
das Unidades de Ensino da 15ª CRE. Coordenou a Unidade Regional de Gestão de Desenvolvimento de
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Pessoas realizando a lotação de servidores em todas as Unidades de Ensino que compõem o Complexo
Educacional.
Aposentou-se no ano de 2013, com 46 anos e quatro meses de Serviço Público Estadual. Ainda,
disposta a continuar colaborando com a melhoria da educação, no período de junho de 2014 a julho de
2015 trabalhou como Orientadora Pedagógica do PRONATEC (Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego), perfazendo assim um total de 47 anos e quatro meses trabalhando na educação.
Em todo o percurso da vida profissional, enfrentou os desafios, sempre fazendo tudo com
dinamismo, competência, responsabilidade e acima de tudo com amor, afinal, esta é a profissão que
sempre sonhou.
Por toda sua contribuição, compromisso e desenvolvimento de ações educacionais, o Conselho
Estadual de Educação de Alagoas concede à Professora Dulcinéa Bezerra a Comenda do Mérito Educativo
Alagoano 2015.
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FLAUDÍZIO BARBOSA DOS SANTOS (In Memoriam), natural de
Batalha/AL com natalício em 16 de setembro de 1948. Formou-se em
Estudos Sociais em 1975 e logo em seguida complementou seus estudos em
História. Fez Pós-graduação em Teoria e Metodologia da História (UFPB) e
Formação de Professores na ação docente (UFAL).
Flaudízio Barbosa, professor da Universidade Estadual de Alagoas, foi
o primeiro presidente nomeado pelo governador após o processo de
estadualização da UNEAL, no período de 1991 a 1997.
Foi Vice-prefeito de Arapiraca no primeiro mandato de Severino Leão,
além de Secretário Municipal de Urbanismo e Professor da Rede Estadual de
Ensino e fundador e integrante da Câmara Júnior da cidade. Também
ocupou cargos na política além de ocupar cadeira no Conselho Estadual de Educação, mais precisamente
na Câmara de Educação Superior. Flaudízio Barbosa teve participação ativa em todos os movimentos
culturais de Arapiraca nos últimos 30 anos, sendo também coordenador da Convenção da instituição em
nível nacional.
Sua luta era constante, em prol da educação, sempre criando novos cursos na IES, com sua
organização colaborou para a transformação da FUNEC no que hoje é a UNEAL. Toda comunidade
acadêmica testemunhou seus passos buscando as melhorias para a instituição. Foi muito ousado para, criar
cursos e expandir a instituição. Sua gestão foi marcada pelo processo de interiorização da UNEAL.
Professor Flaudízio faleceu em 26 de julho de 2014. A Câmara de Vereadores de Arapiraca lhe
prestou homenagem pelo trabalho realizado ao longo dos anos como educador.
Por tudo isso, o Professor Flaudízio é merecedor da Comenda do Mérito Educativo Alagoano 2015
concedida pelo Conselho Estadual de Educação de Alagoas.
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JOSÉ MEDEIROS (In Memoriam) nasceu em Traipu/AL aos 25/07/1930
e faleceu em Maceió/AL aos 12/05/2015). Foi Secretário de Estado, deputado
estadual, professor, médico, dentista e escritor.
Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina de Alagoas em
1957 e em Odontologia pela Faculdade de Odontologia da UFAL em 1967.
Realizou diversos cursos de especialização, entre os quais: Curso de Didática,
promovido pela Faculdade de Odontologia, da UFAL; Cursos de Hematologia
Clínica e Psicopatológica; Curso de Radiologia Dentária; e Curso de Didática
do Ensino Superior.
Nas legislaturas 1983-1986 e 1987-1990 foi Deputado Estadual e
presidiu a comissão constituinte que elaborou a Constituição Estadual (1989).
Foi gestor da pasta das Secretarias de Estado dos Negócios da Educação e Cultura e dos Negócios da
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Saúde e Serviço Social.
Lecionou como Professor titular de Microbiologia e Imunologia na Faculdade de Odontologia e do
Instituto de Ciências Biológicas da UFAL, tendo sido, entre 1970 e 1974, diretor deste Instituto, além de Pró-
reitor para assuntos estudantis e culturais da referida instituição.
De 1954 a 1957, foi professor de Higiene e Puericultura da Escola Profissional - Princesa Isabel. De
1958 a 1962, atuou como médico do Departamento Estadual de Saúde, como também, a partir de 1961, do
Serviço Médico Municipal, da Prefeitura Municipal de Maceió, entre outras instituições onde realizou suas
atividades profissionais. Foi Membro do IHGAL, empossado, em 25/04/1975, na cadeira 33, da qual é
patrono Mário dos Wanderley. Foi Diretor do Sanatório General Severiano da Fonseca e do Hospital de
Pronto-Socorro de Maceió.
Foi Presidente das Fundações Governador Lamenha Filho e de Amparo à Pesquisa do Estado de
Alagoas (FAPEAL) e Presidente do Conselho Municipal de Cultura.
Exímio escritor, publicou várias obras e foi sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de
Alagoas, da Academia Maceioense de Letras, da Academia de Letras e Artes do Nordeste Brasileiro e da
Academia de Letras e Artes dos Magistrados. Foi coordenador do jornal das entidades médicas.
Pelo reconhecimento do seu trabalho na cultura, saúde e educação, várias comendas lhe foram
concedidas.
Por suas contribuições à pesquisa e ao ensino da saúde em nosso estado, o Conselho Estadual de
Educação de Alagoas concede ao Professor José Medeiros (In memoriam) a Comenda do Mérito Educativo
Alagoano 2015.
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LUCI SOUZA DE MENESES nascida em 08 de julho de 1963 no sítio
Panelas (Terras Indígenas) do município de Palmeira dos Índios-AL, filha de
Manoel Mendes de Meneses e Alice Souza de Meneses, numa família com 11
irmãos.
Iniciou seus estudos com 8 anos de idade, terminando o Magistério
em 1983, dando continuidade no Centro de Estudos Superior de Maceió,
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Maceió. Fez o curso de
Pedagogia - Administração Escolar, concluído em 30/08/1999 e em seguida
fez Pós-Graduação “Lato Sensu” em Inspeção Escolar no período 01/03/2003
a 04/10/2003. Atualmente está cursando Mestrado em Ciências da Educação,
com linha de pesquisa em Sociologia da Educação, na Universidade
Autônoma Del Sur (UNASUR).
Em 2002 recebeu o convite dos parentes de Aldeia na Fazenda Canto para lecionar na Escola
Estadual Indígena Pajé Miguel Selestino da Silva, devido à necessidade dos parentes e o anseio de os
vínculos com suas raízes indígenas. Assim, abraçou a luta por uma Educação Escolar Indígena de
qualidade.
Alguns desafios teve que enfrentar nessa nova etapa da vida: de primeira se deparou com uma
retomada de terras na região, se constituindo a primeira ação pedagógica, pois tinha que dar aula no
movimento de retomada: nome dado à reconquista das terras pelos povos originários.
Como segunda grande ação: foi indicada para ser gestora da escola indígena, por ser única
professora do quadro efetivo bem como pelo destaque nas ações desenvolvidas em prol da escola e em
especial, ser participante de todos os movimentos indígenas como: retomadas de terra, luta por saúde, e
efetiva participação no ritual religioso indígena denominado Ouricuri.
Em 2003, professores e profissionais de educação, sentiram a necessidade de se organizar criando
a Associação dos Professores Indígenas de Alagoas (APIAL), onde houve eleição a nível de Estado e foi
eleita a presidente do Conselho Fiscal. Quando as comunidades discutiam a nova eleição para diretoria da
APIAL, a professora Luci. Por seu envolvimento e articulação, foi convidada para ser candidata.
Também atuou fazendo parte do Fórum Permanente de Educação Escolar Indígena de Alagoas, e
atualmente ainda continua como membro da comunidade indígena Xukuru-Kariri na fazenda Canto em
Palmeira dos Índios. Devido a sua atuação, participou como delegada representando os povos Indígenas do
Estado de Alagoas na Conferência Nacional de Educação em 2014.
Quando gestora da Escola Estadual Indígena Miguel Selestino, em fevereiro de 2013, enfrentou
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uma situação difícil sobre a infraestrutura da escola, visto que desde o ano de 2002 a reforma da mesma foi
paralisada, mesmo assim as aulas prosseguiram com muita precariedade.
Em 2009 o prédio ficou danificado, e com o desafio de assegurar aula para 200 alunos indígenas, a
Professora Luci mobilizou pais, alunos, lideranças e parceiros dos povos indígenas. Neste período a escola
passou por graves e precárias situações, onde se fez necessário retirar os alunos para um galpão
improvisado, mal estruturado, com espaço mínimo, com professores (monitores) sem contrato, além da
carência dos demais funcionários como merendeira, vigia e pessoal de serviços gerais.
A escola passou por um verdadeiro caos, que contribuía em nada para a aprendizagem dos alunos,
devido o galpão ter as salas divididas apenas por cortinas de TNT, outras turmas em ranchos de taipas
cedidos pelos pais das crianças bem como embaixo de árvores. Todos utilizava banheiros e uma cozinha
improvisada, sendo assim, em assembleia, a diretora, professores, pais, alunos, lideranças indígenas e os
parceiros decidiram ocupar a Secretaria de Estado da Educação para buscar uma solução para a situação,
permanecendo na SEE até o problema ser solucionado.
Este período durou três dias, onde foi acordado por ambas as partes, a reforma da escola, o
concurso seletivo para professores (monitores) e a contratação de outros funcionários (vigia, merendeira e
serviços gerais) para a escola Pajé Miguel Selestino e demais escolas das outras comunidades indígenas
da região.
Nesse momento, a Escola recebeu o apoio da mídia televisiva que apoiando a causa levou a
matéria sobre o assunto para o programa Fantástico (Rede Globo), bem como apoio de outros sindicatos.
Ademais toda essa articulação foi feita com recurso próprio e dos parceiros.
Ressalta-se ainda que mesmo os 200 alunos assistindo aula em uma retomada de terra, o
calendário letivo não foi prejudicado e que atualmente, tendo-se concluído a reforma do prédio em 2014, a
escola funciona com todas as modalidades e etapas da educação básica.
No decorrer da gestão a Professora Luci lutou junto à comunidade indígena conseguindo implantar
as modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental Fase II (6º ao 9º ano), Educação de Jovens e
Adultos do 1º e 2º segmentos e em 2015, o Ensino Médio Regular e de EJA. Ressalta-se que, devido à
necessidade das mães agricultoras, foi implantada uma Creche que funciona com 32 alunos de 0 a 3 anos,
da qual faz parte como professora por ser concursada pelo Município de Palmeira dos Índios.
A Professora Luci completou 30 anos de atividades educacionais junto ao alunado indígena e não
indígena das Redes Pública Estadual e Municipal de Palmeira dos Índios/AL. Prestes a se aposentar,
expressa sentimentos de gratidão a Deus por ter percorrido um caminho cheio de espinhos, onde afirma:
“entreguei a minha vida, sob lágrimas, a esse Deus amoroso, e me tornei um espelho para meus
familiares/parentes indígenas. Ainda sonho em concluir meu mestrado e fazer o doutorado continuando a
luta em defesa da Educação Escolar Indígena de Alagoas.”
Nesse sentido, seu trabalho, luta e compromisso na defesa dos interesses coletivos dos povos
indígenas, especificamente no tocante à educação escolar indígena de qualidade, justificam o recebimento
da Comenda do Mérito Educativo Alagoano 2015, concedida pelo Conselho Estadual de Educação de
Alagoas à Professora Luci Souza de Meneses.
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MARIA DAS GRAÇAS MARINHO DE ALMEIDA, sertaneja, nascida na cidade de Patos-PB. Cursou o Ensino Normal em Patos/PB, e depois Geografia na UFPB. Na década de 60 do século XX atuou no movimento estudantil e resistiu à ditadura militar. Após seu casamento morou em São Paulo, e por fim veio instalar-se em Alagoas, mais precisamente em União dos Palmares.
Em União dos Palmares atuou na Rede Estadual de Ensino,
vivenciando a escola em todas as suas dimensões, atuou como Diretora
Adjunta e em seguida na Coordenadoria Regional de Ensino, onde foi
Assessora Pedagógica e coordenadora do Programa de Formação de
Professores em Educação a Distância e também atuou junto à Escola Normal
na construção de seu Referencial Curricular na década de 90.
A partir de 1995 a Professora Graça Marinho passou a integrar os quadros do Centro de Educação
da UFAL, onde atua nos cursos de graduação de Pedagogia e Licenciatura de Geografia com Metodologia
de Ensino Sociais e Saberes e Metodologias de Geografia, e em cursos de especialização Lato-sensu. Na
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área de gestão educacional foi Chefe do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino, Coordenadora
do Núcleo de Educação a Distância, Vice-Diretora e Diretora do Centro de Educação da UFAL. Foi também
Conselheira do Conselho Estadual de Educação.
A Professora Graça Marinho aprofundou sua pesquisa e produção de conhecimento na área de
formação de professores e na EaD. Realizou seu Mestrado na UFPB e o doutorado na UFPE nesta área de
conhecimento, com a dissertação Educação a Distância: Uma alternativa para a Formação de Professores?
(2000), e a tese O Texto Didático Escrito para a Educação a Distância: Um estudo acerca dos Fundamentos
e Estratégias de Elaboração (2009).
Atuando no ensino, na pesquisa e na extensão, foi pioneira na implantação da Educação a
Distância em Alagoas e no país. A partir da demanda identificada nas ações de extensão universitária, a
formação de professores para as Redes Municipais de Ensino foi tratada com relevância no CEDU e para
atendê-la foi criado o curso de Pedagogia EaD, em 1998, este curso foi o segundo a ser credenciado no
país.
Este pioneirismo antecipou em uma década a interiorização da UFAL e contribuiu para a redução do
índice de professores não titulados das redes públicas de Alagoas, especialmente as municipais que
mantiveram convênios com a Universidade para assegurar a formação de seu quadro docente, após a
implantação do FUNDEF.
A Professora Graça Marinho traz a marca do compromisso político e social em sua vida acadêmica,
partícipe das ações de democratização do acesso à Educação Superior Pública em Alagoas, da luta por sua
qualidade social, especialmente na formação dos professores das redes públicas da educação básica -
Graduação e Pós-graduação - e na defesa da gestão democrática em toda a educação pública. É também
reconhecida como excelente gestora pública educacional, com estilo democrático, que fomenta a
participação, promove mediações e articulações, e lidera em torno de projetos coletivos e de interesse
público.
Por sua trajetória de educadora crítica, engajada nas lutas pela educação pública, gratuita, de
qualidade, por sua coragem, pioneirismo, capacidade de liderança e em reconhecimento à contribuição
dada à educação de Alagoas, a professora Graça Marinho é merecedora da Comenda do Mérito Educativo
Alagoano 2015
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MARIA DE FÁTIMA DE OLIVEIRA SANTOS nasceu no Município de
Água Branca, sertão de Alagoas, em 27 de fevereiro de 1950. Estudou no
antigo Grupo Escolar Domingos Moeda e no Colégio Cenecista Barão de
Água Branca, ambos localizados na cidade de Água Branca. Em 1967, ao
concluir o 2º Grau, se tornou professora habilitada, momento em que também
assinou seu primeiro contrato, iniciando sua vida profissional no Magistério
Público Alagoano. Surgia, em pleno período de Ditadura Militar, uma
professora com desejos de lutar por uma educação igualitária e de qualidade
que atendesse aos filhos da terra, passou então a ministrar aulas em uma
escola municipal da zona rural, no Povoado Verdão, atualmente pertencente
ao Município de Pariconha, enfrentando e superando todo tipo de
dificuldades, permaneceu lá por cinco anos e depois mudou para outra escola localizada no Povoado
Várzea do Pico, também na zona rural de Água Branca.
Em 1975 assumiu uma cadeira de professora no Colégio Cenecista Barão de Água Branca, no qual
havia estudado e se formado no Curso de Magistério.
Em 1980, quando da abertura política, da luta por uma sociedade democrática, foi aprovada em
concurso público para professora da Rede Estadual de Ensino de Alagoas, dando início a uma nova etapa
de sua vida profissional, na Escola Estadual Monsenhor Sebastião Alves Bezerra, na qual atuou como
professora da disciplina Língua Portuguesa até se aposentar, no ano de 1993. Entretanto, continuou sua
trajetória, sempre em sala de aula, pela rede CNEC, no já mencionado Colégio Barão de Água Branca.
Determinada em continuar atuando no magistério, em 1998 logrou êxito no concurso público
municipal para professores, realizado em seu município, sendo classificada em primeiro lugar nesse
certame, sendo nomeada, assumiu as suas atividades docentes numa escola rural no Povoado Boqueirão,
onde trabalhou por cinco anos e em seguida foi transferida para a sede do município onde trabalha até a
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presente data, na Escola Municipal de Educação Básica Professor José Gomes Lima.
A atuação da professora Maria de Fátima na educação foi especialmente construída no ensino de
Língua Portuguesa, sua verdadeira paixão! Paixão esta que a levou a cursar e se diplomar em Letras, em
2004, pela Faculdade de Letras de Arco Verde, localizada no município de mesmo nome, Estado de
Pernambuco, distante cerca de 100 km das terras aguabranquenses.
É por reconhecer essa incansável trajetória, de luta, de militância e de dedicação imensurável ao
trabalho, percorrida sempre no “chão da sala de aula”, ao logo de 48 anos ininterruptos, que a Professora
Maria de Fátima de Oliveira Santos é merecedora da maior honraria concedida aos membros do Magistério
de Alagoas, a Comenda do Mérito Educativo Alagoano 2015.
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PAULO JOSÉ LOUREIRO SANTOS LIMA dedicou-se exclusivamente à área educacional no Sistema Estadual e na Rede Privada de ensino, até os dias atuais.
Em 1961 foi Professor de Matemática e Estatística do Instituto de
Educação, no Curso de Formação de Professores para o Ensino Primário;
Professor de Matemática do Ginásio Pio X; Professor de Matemática do Colégio
de São José e Membro da Comissão Examinadora de Matemática nos Exames
de Admissão do Ginásio Pio X.
Foi Professor Catedrático, cadeira de Matemática, do Quadro do Poder
Executivo; Presidente do Setor Local do Prado da Campanha Nacional de
Educandários Gratuitos; Professor de Matemática do Ginásio Pio X; Membro da
Comissão Examinadora de Matemática dos Cursos de Admissão, do Colégio Sagrada Família (1962 a
1970); Fundador e Coordenador do Clube de Matemática, do Curso Primário do Educandário Sagrada
Família (1962 a 1968); Presidente do Departamento de Matemática do Instituto de Educação (1962 a 1965)
e Vice Diretor do Colégio Sagrada Família (1962 a 1972).
Secretariou o Diretório Acadêmico da Faculdade de Ciências Econômicas da UFAL e presidiu o
Conselho Fiscal do setor local da Campanha Nacional de Educandários Gratuitos.
Em 1966 foi Professor Catedrático, por concurso, de Matemática, do Instituto de Educação;
Professor Secundário, do Quadro do Poder Executivo, de Matemática, no Colégio Estadual Moreira e Silva
(1966 a 1968) e Assistente do Comitê encarregado da atualização do Programa de Matemática para as
escolas normais do Estado de Alagoas.
Atuou como Membro da Banca Examinadora do Conselho de Provas e Títulos para o Cargo de
Professor Catedrático da 1ª Cadeira de Matemática, do Colégio Estadual Moreira e Silva e Professor da
Universidade Federal de Alagoas, no Curso de Ciências Econômicas (1967 até a aposentadoria).
No ano de 1970 foi Membro da Comissão para a elaboração do Anti-Projeto de Regimento do
Conselho de Coordenação do Ensino e Pesquisa do CEPA (1970 a 1974); Membro Efetivo do Conselho do
CEPA (1970 a 1974) e da Comissão Fiscalizadora do Concurso Vestibular da UFAL. Em 1971 fez parte da
Comissão Examinadora para seleção de Professores, do PEMEM, na área de Matemática; Presidente da
Comissão de Legislação e Normas (1971 a 1973); membro da Comissão de Elaboração do Programa e
Prova de estatística para o IPASEAL; Membro da Comissão para elaborar o Anti-Projeto de Normas
Regimentais e Reforma Geral do Currículo do Curso Colegial Normal do Instituto de Educação; Vice-
Presidente do Conselho de Coordenação e Pesquisa do CEPA e Representante do Departamento de
Economia da UFAL.
Dirigiu a Faculdade de Economia da UFAL e foi Membro da Comissão Especial para Examinar o
Currículo Mínimo do Curso de Graduação em Economia da UFAL. Foi Presidente da Comissão
Examinadora no Concurso para Auxiliar de Ensino de Economia Brasileira, da UFAL e Diretor do Colégio
Sagrada Família e atuou como Secretário do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Alagoas.
Ano 1973 foi Membro da Equipe de Diretores, Currículo e Programas da Secretaria de Educação e
Cultura de Alagoas e da Comissão de Inquérito Administrativo da UFAL. Foi Presidente do Conselho
Estadual de Educação de Alagoas (1973 a 1974).
Em 1975 foi Vice-Diretor da Faculdade de Economia e Administração da UFAL; Tesoureiro do
Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Alagoas (1975 a 1978). No ano 1977 foi Suplente do
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Conselho Coordenador de Ensino e Pesquisa da UFAL (1977 a 1979).
No ano 1981 foi Assessor Especial da Secretaria de Educação e Cultura, em Projetos Educacionais
e Culturais. Presidiu a Comissão de Avaliação do Estatuto do Magistério do Sistema Estadual de Ensino.
Atualmente é Assessor Pedagógico, Assessor da Presidência e Ouvidor Geral do CESMAC.
Pela contribuição acadêmica dispensada à qualificação da Educação Básica e Superior, o Conselho
Estadual de Educação concede ao Professor Paulo José Loureiro Santos Lima, a Comenda do Mérito
Educativo Alagoano 2015.
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TEREZINHA DE JESUS OLIVEIRA CARDOSO nasceu em 07 de
janeiro de 1951, em São Miguel dos Campos/AL, filha de José Severo Oliveira
e de Maria Esterlina Oliveira Campos.
A menina, filha de pais humildes, adotou um propósito em sua vida que era
dedicar-se ao trabalho educacional, no Estado de Alagoas. Perseverante em
seus objetivos cursou o Magistério a nível médio e adentrou ao Ensino
Superior, formando-se em Letras (Português/Francês) em 1981, pela UFAL.
Neste ínterim, lecionou em várias escolas particulares as séries iniciais
e, em 1982, ingressou no Serviço Público Municipal, por Concurso Público,
onde lecionou com afinco as disciplinas Português e Francês. Em 1985,
ingressou no Serviço Público Estadual, através de Concurso Público, onde
também passou a lecionar as disciplinas: Português e Francês. Em 1992 se graduou em Pedagogia pelo
CESMAC.
Em meados de 1974 fundou o Educandário Santa Tereza, hoje, Colégio Santa Tereza, que oferta
Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
41 anos de efetivo trabalho na Rede Municipal, Estadual e Privada possibilitou à Professora
Terezinha conhecer e contribuir efetivamente com a educação alagoana. Vale ressaltar que até os dias
atuais ela exerce com muito amor e dedicação a sua profissão com abnegação, pois fez da educação o seu
ideal de vida e seu compromisso profissional.
Por sua dedicação à Educação Alagoana, a Professora Terezinha de Jesus Oliveira Cardoso é
merecedora da Comenda do Mérito Educativo Alagoano 2015.
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CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS: UM PERMANENTE DIÁLOGO NO PROCESSO DE NORMATIZAÇÃO EDUCACIONAL
Sara Jane Cerqueira Bezerra 1
Jairo José Campos da Costa 2
Luiz Henrique de Oliveira Cavalcante 3
Bárbara Heliodora Costa e Silva
4
Marly do Socorro Peixoto Vidinha 5
RESUMO:
O presente artigo se constitui de um relato das várias experiências do Conselho Estadual de Educação de
Alagoas em normatizar temáticas relacionadas aos direitos humanos advindas de demandas da sociedade
civil. Neste processo são resgatadas informações sobre o histórico do CEE/AL tendo como base a
legislação educacional nacional e a implantação do princípio do diálogo e da escuta pedagógica do
Conselho com a sociedade civil objetivando um processo de construção coletiva de atos normativos no
estado de Alagoas. Portanto o trabalho foca nos Pareceres e Resoluções Estaduais aprovados a partir do
ano de 2010 a 2014, tratando especificamente dos seguintes temas: inclusão do nome social de travestis e
transexuais nos documentos escolares, da Educação para as relações Étnico–Raciais, da Educação no
Sistema Prisional e da Educação do Campo.
Palavras-chave: Educação; Participação; Legislação.
INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como objetivo relatar a experiência do Conselho Estadual de Educação de
Alagoas – CEE/AL no processo de normatização da educação estadual no que diz respeito a temas
relacionados aos direitos humanos, a saber: Inclusão do nome social de travestis e transexuais nos
documentos escolares, Educação para as relações Étnico–Raciais, Educação no Sistema Prisional e
Educação do Campo.
Esta ação deriva inicialmente das várias atribuições do Conselho, conferidas pela Constituição do
Estado de Alagoas; pelos Decretos Estaduais nº 1.790/2004 e nº 1.820/2004; e das competências descritas
nos incisos IV e V do Art. 10 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, tendo em vista
seu papel de órgão normativo do Sistema Estadual de Ensino de Alagoas.
Ao longo do texto, serão resgatadas informações sobre o histórico do CEE/AL tendo como base a
legislação educacional e a implantação do princípio do diálogo e da escuta pedagógica do Conselho com a
sociedade civil objetivando um processo de construção coletiva de atos normativos no estado de Alagoas.
1. CEE/AL: Colegiado de diálogo e normatização
Em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 5692/61 priorizou a organização dos sistemas estaduais de ensino. A partir de então, os Estados passaram a constituir seus Conselhos Estaduais de Educação, para que pudessem não depender mais exclusivamente do Conselho Federal de Educação, dependência esta que tornavam morosos os encaminhamentos em torno das necessidades locais. Desta
1 Mestra em Educação do Campo (UFRB), Especialista em Metodologia do Ensino Superior (UFAL). Especialista em Educação do Campo (UFAL) e
Pedagoga (UFAL). Professora e Coordenadora Estadual do Procampo/UNEAL. Conselheira do CEE/AL. E-mail: [email protected] 2 Mestre em Letras UFPB e licenciado em Letras Vernáculas (UERN). Reitor da Universidade Estadual de Alagoas e Presidente do CEE/AL. E-mail:
3 Graduada em Química pela Universidade Federal do Ceará. Diretora Pedagógica do Colégio Galileu e Conselheira do CEE/AL. E-mail: [email protected]
4 Especialista em Psicologia do Desenvolvimento (FEJAL/UFRJ), Pedagogo (UFAL) e Graduado em Administração Empresarial (FEJAL).
Conselheiro Suplente do CEE/AL. E-mail: [email protected] 5 Doutoranda em Ciências da Educação (Universidade Nacional de CUYO/ARG), Especialista em Inspeção Educacional (UFAL) e Pedagoga
(UFAL). Coordenadora Estadual da UNCME/AL, Presidente do Conselho Municipal de Educação de Messias/AL, Vice-presidente da ASISEAL e
Conselheira do CEE/AL. E-mail: [email protected]
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forma, de acordo com a referida LDB, no seu Art. 10, os Conselhos Estaduais passaram a ter autonomia nas decisões acerca dos problemas existentes e das necessidades de seus estados considerando as peculiaridades de cada região, tendo como base os encaminhamentos decididos pelos próprios membros:
Os Conselhos Estaduais de Educação, organizados pelas leis estaduais, que se constituíram com membros nomeados pela autoridade competente, incluindo representantes dos diversos graus de ensino e do magistério oficial e particular, de notório saber e experiência, em matéria de educação, exercerão as atribuições que esta lei lhes consigna. (BRASIL, 1961)
Portanto, com a determinação de cada estado criar os seus próprios sistemas de ensino e
respectivos conselhos, em 28 de dezembro de 1962 foi criado em Alagoas, o Conselho Estadual de
Educação, pela Lei Estadual Nº 2.511/1962.
Após 22 anos de existência, em 1984, o Conselho Estadual de Educação de Alagoas foi
reformulado pela Lei estadual de nº 4531/84. Porém, somente no ano de 1989 é instituída uma nova
organização para o CEE/AL, com uma configuração democrática conforme determina a Constituição do
Estado de Alagoas, definindo assim sua nova composição:
Art. 203. O Conselho Estadual de Educação, de cuja composição participarão, proporcionalmente, representantes das instituições e dos professores das redes pública e particular de ensino, em todos os níveis, bem assim dos pais dos educandos e dos órgãos de representação dos estudantes expedirá as normas gerais disciplinadoras do ensino nos sistemas oficial e privado e procederá à interpretação, na esfera administrativa, da legislação específica.. (ALAGOAS, 1989)
Ainda sob a égide da Constituição Estadual, o CEE/AL configura-se como órgão colegiado,
garantido em seu atual Regimento Interno:
Art. 1º - O Conselho Estadual de Educação de Alagoas – CEE/AL, órgão colegiado, criado pela Constituição Estadual de Alagoas, integrante da Secretaria de Estado da Educação – SEE, e representativo da sociedade na gestão democrática do ensino público e privado, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino, com atribuições normativas, deliberativas, consultivas, fiscalizadoras e de assessoramento aos Titulares das Pastas da Secretaria de Estado da Educação e da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, de forma a assegurar a participação da sociedade no aperfeiçoamento da educação estadual. (ALAGOAS, 2001)
Após esse importante período, só em 21 de dezembro de 2000, o CEE/AL iniciaria uma nova fase
em sua existência, assumindo, enfim, o seu papel frente à sociedade, anulando o caráter burocrático e
cartorial e trazendo para dentro a participação da sociedade, respeitando o princípio do diálogo, ao tempo
em que buscava exercitar a escuta pedagógica.
Com base na Constituição de 1988, a educação deve ser pautada na justiça social, na promoção da
igualdade para todos/as os/as cidadãos e cidadãs brasileiros (as), encarando-os (as) como sujeitos de
direitos. Os direitos humanos sociais nascem da necessidade de obrigar o Estado a assumir uma postura
intervencionista e promotora da igualdade entre os cidadãos – em oposição à concepção negativa de
Estado Liberal que prestigia, exclusivamente, os direitos individuais de liberdade – de forma a fornecer certo
número de serviços para diminuir as desigualdades econômicas e sociais, permitir a participação de todos
no bem-estar social e na divisão das riquezas, e promover a justiça. Conforme Ortiz (2004) emerge o
Estado Social, um agente promotor, dotado de um poder único capaz de atenuar as diferenças sociais, de
melhorar a qualidade de vida dos indivíduos e de promover o desenvolvimento da sociedade mediante a
adoção de políticas públicas de promoção social e de acesso a garantias básicas como a saúde, a
educação, a habitação e a proteção do trabalho.
Nessa perspectiva, a educação deve proporcionar tanto o estudo crítico e científico das causas da
desigualdade da sociedade, quanto promover no espaço educativo e institucional a construção de novas
relações sociais, a partir da formação de valores, atitudes, habilidades e competências voltadas para a
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constituição de sujeitos sociais democráticos, tolerantes, solidários, que rejeitem práticas discriminatórias e
preconceituosas.
Assim, o CEE, buscando cumprir sua função social, implantou o princípio do diálogo e da escuta
pedagógica realizando um trabalho de construção coletiva de marcos regulatórios, através da instituição de
comissões de trabalho e realização de audiências públicas sobre temas demandadas socialmente que
visam o enfrentamento das várias causas e faces das desigualdades, buscando a promoção da igualdade
educacional e social.
2. Sistematizando o processo de construção coletiva
Segundo SOUZA, 1997, a atividade sistematizadora permite aos sujeitos de uma ação social se
apropriarem de sua própria experiência pela construção do sentido de sua vivência. Nessa perspectiva, a
sistematização é uma forma metodológica de elaboração do conhecimento, transformando-se em mais do
que organização de dados. Torna-se um conjunto de práticas e conceitos que propiciam a reflexão e a
reelaboração do pensamento, a partir do conhecimento da realidade.
A passar por um processo de sistematização, os sujeitos e/ou as instituições são envolvidos e
transformados: suas práticas, seus valores passam por mudanças e este momento de análise e
interpretação desempenha um papel significativo no desencadeamento e na orientação dessas mudanças
(FALKEMBACH, 2000).
Ao sistematizar, não só se atenta aos acontecimentos, mas também às interpretações que os
sujeitos têm sobre eles. Cria-se um espaço para que essas interpretações sejam discutidas, compartilhadas
e confrontadas (HOLLYDAY, 1996).
O grande ganho está na possibilidade dos sujeitos se tornarem protagonistas da própria história
dando a sua voz para a formulação de um novo texto com as demandas sociais.
É essencial a participação dos movimentos negros e povos indígenas para o reconhecimento de seu protagonismo, e valorização de sua posição de sujeitos históricos que contam sua própria história, e não são apenas objetos de estudos sobre os quais de constroem discursos. Sujeitos que assumem com a própria voz a construção de um novo texto na sociedade brasileira: a igualdade de direitos e oportunidades, que ao mesmo tempo valoriza e respeita a diversidade e a diferença, para superar as desigualdades e discriminações. (ALAGOAS, 2010, pg. 17)
Com vistas a este protagonismo e buscando a construção de um novo texto na sociedade brasileira
é que o Conselho, em um processo de diálogo, escuta pedagógica e sistematização e, tendo como
referência normativa a Resolução nº 001/2002 CEE/AL que trata de orientações sobre a realização de
audiências públicas, nos anos de 2010 e 2014, aprovou quatro marcos regulatórios estaduais que tratam
especificamente da Inclusão do nome social de travestis e transexuais, educação para relações Étnico-
Raciais, educação no Sistema Prisional e Educação do Campo.
Vale ressaltar que este processo de diálogo e atendimento às demandas sociais permanece
instituído no Conselho, visto que atualmente, outras comissões estão em andamento de seus trabalhos de
forma coletiva e participativa.
2.1. Resolução nº 53/2010 CEE/AL - Inclusão de nome social de travestis e transexuais em documentos escolares
A Associação Pró- Vida LGBT, Organização não governamental, sem fins lucrativos que tem como
objetivo promover a cidadania e defender os direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais
(LGBT), visando à promoção a cidadania de travestis e transexuais em idade escolar, bem como, cumprir as
recomendações da 1ª Conferência Nacional da Educação Básica por meio do Ofício 005/2009, de 28 de
janeiro de 2009, solicitou a Secretaria de Educação e do Esporte, medidas para garantir a inclusão do nome
social das travestis e transexuais nos registros escolares (livro de chamadas, cadernetas escolares,
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históricos, certificados, declarações e demais registros escolares).
Diversidade Sexual [...] 3- Rever e implantar diretrizes, legislações e medidas administrativas para os sistemas de ensino promoverem a cultura do reconhecimento da diversidade de gênero, identidade de gênero e orientação sexual no cotidiano escolar” (BRASIL, 2010. p. 41)
A solicitação fora protocolada pela SEE/AL sob o número 18002546/2009, e recebida em
13/02/2009 pela assessoria do gabinete, sendo encaminhada através de despacho emitido pela Secretária
Adjunta da Educação Estadual, que através da SUGEB/SEE/AL em 16/02/2009, encaminhou para este
Conselho solicitando análise e posicionamento do Conselho Estadual de Educação, CEE/AL, sobre o pleito
formulado pela Associação Pró- Vida LGBT. O referido processo foi protocolado em 25/09/2009 pelo
CEE/AL recebendo o nº 451/2009 e distribuído para a CEB-CEE/AL em 07/10/2009 para análise e emissão
de parecer.
A Organização não Governamental LGBT vêm pleiteando no Brasil e em diferentes países do
mundo, políticas de reconhecimento de seus direitos civis, sociais e políticos e atuando em áreas como
saúde, educação e justiça, sobretudo na sensibilização e interpelação de órgãos estatais para
implementação de políticas públicas de inclusão social da comunidade LGBT com base na Constituição
Federal:
Art 5º - todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros a aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I-homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta constituição: (...) Art 205- A educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 206- O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e de coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV- gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais. (BRASIL, 1988)
A homofobia, enquanto uma prática social de discriminação e violência contra a população LGBT
produz efeitos sobre toda a sociedade brasileira. Pesquisa realizada pela UNESCO (CASTRO,
ABRAMOVAY e SILVA, 2004), revela que a homofobia incide nas trajetórias educacionais e formativas e
nas possibilidades de inserção social de milhões de jovens LGBT’s. Além disso, a homofobia tende a privar
cada um/a desses/as jovens de direitos mais básicos, por meio de mecanismos e processos perversos.
Neste contexto a educação não pode deixar de cumprir com sua função social, através dos
processos educacionais, de conscientizar cidadãos e cidadãs, de seus direitos civis, sociais e políticos na
perspectiva de garantir com equidade o seu pleno desenvolvimento. Assim sendo, educação e escola
devem nortear os processos de inclusão dos grupos sociais minoritários, comprometendo-se com a
diversidade como referencial no processo de inclusão.
Diante do exposto no processo e no diálogo realizado através de audiências públicas, o CEE/AL, no
ano de 2010 foi favorável à inserção do nome social além do nome civil, nos documentos internos do
estabelecimento de ensino no Sistema Estadual de ensino de Alagoas (ficha de matrícula, ficha individual,
pasta individual, diário de classe) nos termos do Parecer nº 115/2010 CEE/AL, a partir da manifestação por
escrito do/a interessado/a, que deverá acompanhar sua ficha individual, ficando excluídos o diploma e o
histórico escolar. Portanto, vale destacar as recomendações contidas para todo o Sistema Estadual:
1- as Unidades de Ensino Públicas ou Privadas assegurem o acompanhamento às travestis e transexuais em sua trajetória escolar a fim de que sejam garantidas as condições de permanência destes/as estudantes na escola;
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2- que todas as unidades de ensino mantenham programa de combate a homofobia, em suas atividades escolares como forma de contribuir para por fim às muitas formas de discriminação e preconceito por orientação sexual e identidade de gênero ainda persistente em nosso estado. (ALAGOAS, 2010)
2. 2. Resolução nº 82/2010 CEE/AL - Educação para as Relações Étnico-Raciais
O tema Educação das Relações Étnico-raciais, e Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Afro-
alagoana, Africana e Indígena têm sido tratados em um conjunto de vários instrumentos legais a nível
nacional. Diante disso, o Conselho Estadual de Educação de Alagoas instituiu uma Comissão por meio da
Indicação nº 01/2010 CEE/AL com o objetivo de estudar o tema, propor a convocação de Audiências
Públicas, receber as contribuições da sociedade civil e sistematizar uma minuta de regulamentação para o
Sistema Estadual de Ensino de Alagoas.
O Parecer nº 359/2010 e a Resolução nº 82/2010 foram discutidas em três Audiências Públicas no
estado, mais especificamente nas cidades de Arapiraca (em 25/10/10), em Maceió, forma realizadas duas
audiências, sendo em 04/11/10 voltada à escuta dos povos indígenas de Alagoas e outra (16/11/10) com a
participação do Fórum de Educação Indígena e do Fórum Alagoano de Educação e Diversidade Étnico
Racial, da FUNAI, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, da UNCME – União Nacional dos Conselhos
Municipais de Educação, Secção de Alagoas, das representações das Coordenadorias de Ensino e de
vários municípios. Seu objetivo foi consolidar as lutas dos afro-descendentes e povos indígenas, para que a
diversidade étnico-racial seja incorporada às práticas escolares a partir dos princípios da tolerância, respeito
e valorização do protagonismo desses povos e culturas na formação social brasileira, nordestina e
alagoana.
Como esta temática era bastante especial e estávamos no mês de novembro, o CEE deslocou a
reunião do Pleno Ordinário para a cidade de União dos Palmares, berço da liberdade, fazendo assim honras
ao movimento de consciência negra e transformando-se num marco neste Conselho.
A escola alagoana, ao incluir em seu currículo o conhecimento histórico sobre os povos negros e
povos indígenas, além dos tradicionais conteúdos sobre a contribuição dos europeus, amplia a
compreensão sobre a formação de nossa sociedade, contribui para uma auto-valorização de sua população
e a construção da sua auto-estima, para a formação de cidadãos/ãs conscientes de seu pertencimento
étnico-racial, de seus direitos, inclusive o de valorização de suas identidades culturais.
2.3. Resolução nº 02/2014 CEE/AL - Educação no Sistema Prisional
Em nível nacional, a questão da oferta de educação nos sistemas prisionais brasileiros tem
preocupado diversos segmentos sociais que buscam implantar e/ou melhorar essa modalidade de
educação, de modo que ela ofereça a qualidade que se propõe e os resultados que se espera.
No Sistema Prisional a responsabilidade pela oferta de educação foi direcionada á Secretaria
Estadual de Educação e do Esporte, que por meio do Departamento de Educação de Jovens e Adultos,
acompanhou o processo educativo. Isso a passos lentos sem uma equipe qualificada para este
atendimento. Podemos até afirmar que a oferta educacional nos presídios alagoanos sempre foi
descontínua e fora de um contexto de educação formal. Isto fica evidenciado ao se refletir que ao longo da
história desse sistema não se constituiu um quadro técnico pedagógico efetivo para desenvolver as ações
educacionais.
Desse modo, as ações desenvolvidas no âmbito do referido sistema também estão ligadas á oferta
dos diversos programas pontuais oferecidos pelo governo federal. Durante muito tempo a educação para os
apenados se resumiu á preparação para exames supletivos onde os professores eram os próprios
reeducandos que, naquele momento, passavam por uma seleção interna e recebiam capacitação da
Secretaria de Educação por meio do setor responsável pela EJA. Assim, foi neste modelo de atendimento
que a Secretaria de Educação desenvolveu, de forma muito fragilizada, as ações educacionais para os
aprisionados do sistema prisional alagoano.
Para regulamentação da educação no sistema prisional, em março de 2013, foi instituída uma
comissão que trataria desta demanda e, desse modo, o Estado de Alagoas, publicou no Diário Oficial de 21
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de maio de 2013, a nomeação de uma Comissão de Educação nas Prisões, composta por Conselheiros e
Técnicos Assessores integrantes das Câmaras de Educação Básica, Profissional e Superior do Conselho
Estadual de Educação com os objetivos de fazer um estudo da minuta do Plano Estadual de Educação nas
Prisões de Alagoas; promover cronograma de reuniões, seminários e audiências públicas para
colher sugestões e debates com os diversos segmentos da sociedade civil, universidades, conselhos e
secretarias de educação, e com os diversos atores do poder público e privado interessados
no tema; oferecer ao Pleno do CEE minuta de Resolução para debate público e posterior
aprovação.
Vale ressaltar que a criação da Comissão foi feita em conformidade com a Resolução nº 02/2010 do
Conselho Nacional de Educação, que define as responsabilidades do Estado e da sociedade para garantir o
direito à educação para jovens e adultos nos estabelecimentos penais. Também foi levada em consideração
a Resolução nº 03/2009 do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, que estabelece as
Diretrizes Nacionais para a oferta de educação nos estabelecimentos penais.
Após a elaboração de um plano de trabalho, foram realizadas quatro reuniões ampliadas da
Comissão com representantes da Secretaria de Estado da Educação e da Superintendência Geral de
Administração Penitenciária com o objetivo de apresentar e analisar as minutas, bem como receber as
contribuições que ampliassem as questões evidenciadas nos referidos documentos.
Assim, no dia 18 de dezembro de 2013, foi realizada uma Audiência Pública, nas dependências do
Centro de Formação de Professores, no CEPA, contando com a participação de uma diversidade de
representações de entidades atuantes no Sistema Prisional, como de outros parceiros que contribuíram
com a finalização dos documentos em tela.
Após sistematização das proposições apresentadas na referida audiência, este documento foi
encaminhado a todas as Câmaras deste Conselho (Câmara de Educação Básica/CEB, de Educação
Profissional/CEP e de Educação Superior/CES) que tiveram a oportunidade também de estudá-los antes
da apreciação no Pleno.
Por fim, com as contribuições recebidas durante todo o processo de construção coletiva deste
trabalho, foi possível elaborar e aprovar no Pleno Ordinário do Conselho do dia 25 de março de 2014 o
Parecer nº 029/2014 e a Resolução Estadual sobre Educação no Sistema Prisional de Alagoas nº 02/2014,
que tiveram como princípios norteadores o atendimento à demanda estadual com base na legislação
vigente, possibilitando assim a regulamentação e implantação de uma política urgente e necessária
de educação no sistema prisional de Alagoas.
2.4. Resolução nº 040/2014 CEE/AL - Educação do Campo
A demanda da regulamentação da Educação do Campo foi apresentada ao Conselho através da
abertura de um processo, de em 25 de fevereiro de 2014, cuja interessada é a Coordenação Colegiada do
Fórum Estadual Permanente de Educação do Campo de Alagoas (FEPEC/AL). O FEPEC/AL foi criado e
oficializado através da publicação da Portaria no Diário Oficial do Estado no dia 12 de janeiro de 2005 se
constituindo, até os dias atuais, num fórum que busca o fortalecimento da luta pela educação do campo no
Estado.
O requerente solicita a instituição, em caráter emergencial, de uma Comissão interna, com a missão
de regulamentar a Educação do Campo no estado de Alagoas, atendendo ao que está previsto na
legislação nacional e garantido no Plano Estadual de Educação e Cartas de Alagoas (2004 e 2012).
Conforme planejado junto com o FEPEC, foram realizadas audiências públicas contando com um público
bem diversificado, com comprovada atuação no campo, em que podemos contar com representantes de
estudantes da educação básica e superior do campo (Procampo - UNEAL), representantes de secretarias
municipais e estadual de educação, representantes dos diversos movimentos sociais e sindicais do campo
entre outras participações.
A metodologia utilizada nas audiências consistiu na contextualização da trajetória dos trabalhos da
Comissão e da leitura compartilhada do documento base elaborado pela comissão de Educação do
Campo, recebendo assim as contribuições (propostas de esclarecimento, acréscimo ou supressão) ao texto.
Por fim, em novembro de 2014 a Comissão de Educação do Campo do CEE/AL sistematizou todas
as propostas apresentadas e concluiu Parecer nº 313/2014 e Resolução nº 04/2014 que dispõe sobre a
regulamentação da oferta de Educação do Campo no Sistema Estadual de Educação de Alagoas.
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Considerações Finais
Em sendo os conselhos, a partir de uma visão ampliada, órgãos colegiados de tomadas de
decisões, percebidos nas sociedades com formas de organização diversas, o Conselho Estadual de
Educação de Alagoas permanece no cumprimento da missão de normatizar a educação no sistema
estadual de ensino através de um permanente diálogo e escuta pedagógica com a sociedade civil. Suas
funções normativas, consultivas, deliberativas e mobilizadoras buscam a garantia de uma educação de
qualidade social, cumprindo assim os dispositivos legais constitucionais brasileiros.
Destaca-se também que, além dos trabalhos desenvolvidos pelas comissões instituídas, outras
demandas são atendidas no sentido de responder a solicitações emanadas por cidadãos interessados e por
mantenedores de estabelecimentos de ensino a exemplo de credenciamentos, autorizações de cursos, e
outros. Portanto podemos inferir que a dinâmica do Conselho Estadual de Educação de Alagoas, enquanto
mediador entre sociedade e governo, tem sido percebida como importante abertura de espaço público de
participação da sociedade civil, fortalecendo a ampliação do processo de decisões democráticas.
Destarte, novos desafios estão sempre postos ao CEE estando atualmente em efetivo trabalho
várias comissões que estão dialogando com a sociedade em demandas de grande importância como:
Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos, Educação Profissional, e o próprio Plano Estadual de
Educação de Alagoas entre outras.
Referências
ABRAMOVAY, M.; CASTRO, M. G. ; SILVA, L. B. Juventudes e Sexualidades. Brasília: UNESCO – Brasil, 2004.
ALAGOAS, Constituição do Estado de Alagoas, 1989. Disponível em: http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70455/CE_Alagoas.pdf?sequence=10
ALAGOAS, Regimento Interno do Conselho Estadual de Educação de Alagoas, 2001. Disponível em: http://cee.al.gov.br/legislacao/regimento-interno-do-cee/Regimento%20Interno%20do%20CEE.pdf
ALAGOAS, Parecer nº 115/2010 e Resolução nº 53/2010 que dispõe sobre a Inclusão de nome social de travestis e transexuais. 2010. Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/diarios/8058833/pg-13-executivo-diario-oficial-do-estado-de-alagoas-doeal-de-13-09-2010
ALAGOAS, Parecer nº 359/2010 e a Resolução nº 82/2010 que estabelece normas complementares para a Educação das Relações Étnico-Raciais. 2011. Disponível em: http://cee.al.gov.br/legislacao
ALAGOAS, Parecer nº 029/2014 e a Resolução Estadual nº 02/2014 sobre Educação no Sistema Prisional de Alagoas. Disponível em: http://cee.al.gov.br/legislacao
ALAGOAS, Parecer nº 313/2014 e Resolução nº 04/2014 que dispõe sobre a regulamentação da oferta de Educação do Campo no Sistema Estadual de Educação de Alagoas. 2014. Disponível em: http://cee.al.gov.br/legislacao
BRASIL, Lei Nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961 que fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4024.htm
BRASIL, CONAE Documento Final, 2010. Disponível em:
FALKEMBACH, E. M. F. Sistematização... Juntando cacos, construindo vitrais. Ijuí: Ed. UNJUÍ, 1995. (Cadernos UNJUÍ, 23).
FALKEMBACH, Elza. Sistematização...de qual falamos? In: CUT: Formação de formadores para educação profissional: a experiência da CUT 2000.
FUMAGALLI, D.; SANTOS, J. M. P.; BASUALDO, M. E. (Org.). O que é sistematização? Uma pergunta, diversas respostas. São Paulo: CUT Brasil, 2000.
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HOLLIDAY, O. J. Para sistematizar experiências. João Pessoa: Ed. UFPB, 1996.
ORTIZ, Maria Elena Rodriguez. Justiça Social: uma questão de direito. DP&A Editora, Rio de Janeiro, 2004.
SOUZA, J. F. Sistematização da experiência por seus próprios sujeitos. Tópicos Educacionais, Recife, v. 15, n. 1/3, 1997.
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CARTA ABERTA DE MACEIÓ - XLIV PLENÁRIA DO FNCE6
Reuniram-se em Maceió Conselheiros de Educação de 22 Estados de nossa federação, formando
a plenária do Fórum Nacional de Conselhos Estaduais, que ocorreu no período de 07 a 09 de junho de
2015, com o objetivo de discutir a construção do Sistema Nacional de Educação e debater outros temas
relevantes para o desenvolvimento da Educação Nacional.
A temática do Sistema Nacional de Educação, que permeia a pauta de debates deste colegiado nos
últimos seis anos constitui a maior preocupação deste Fórum, no sentido de se buscar consensos e
propostas com relação às grandes polêmicas que se colocam em torno da garantia do direito à educação e
de condicionantes para que essa garantia seja real e efetiva.
Enquanto normatizadores e componentes importantes dos Sistemas Estaduais de Educação,
devemos estar atentos aos movimentos e tendências que se formam em torno das propostas que estão se
construindo para os planos de educação e para configuração do Sistema Nacional de Educação brasileiro.
Nesse sentido, em continuidade à discussão sobre a construção do Sistema Nacional de Educação,
representantes da SASE/MEC convidados por este Fórum expuseram a posição do Ministério da Educação
acerca dessa construção, enquanto reafirmaram a importância dos Conselhos de Educação na definição
dos novos rumos da educação brasileira. Contudo, muitos questionamentos surgiram. Os Conselheiros
foram instalados a analisar o documento oficial que será disponibilizado pelo MEC sobre o tema, com vistas
à discussão da matéria e a superação dos desafios à construção do Sistema Nacional de Educação.
Precisamos rever e reconstruir nossos paradigmas, zelar pelo cumprimento das normas federativas
e pelo respeito às autonomias conquistadas, pelo fortalecimento das políticas estaduais, e, principalmente
liderar as políticas dos municípios de seu território.
A operação do SNE se dará pela participação e pactuação a partir das responsabilidades
assumidas diretamente pelas competências das Secretarias e Conselhos de Educação , Estaduais e
Municipais, articuladas que garantam a unidade de ações sem exclusões e um padrão de qualidade que
dignifique a educação nacional em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino.
É nosso grande desafio participar ativa e atentamente da construção do SNE no vislumbre de um
conjunto articulado e unificado de normas comuns para todo o território nacional, garantindo-se a autonomia
dos entes federados , buscando assegurar uma educação de qualidade para o Brasil, para os brasileiros.
Nossas ações devem ser concretizadas por via da participação nos grandes debates nacionais, que
serão definidores de aspectos estruturantes do SNE como:
custo aluno qualidade inicial;
base nacional comum que norteará os currículos;
parâmetros de qualidade na formação de professores, suas carreiras e condições de trabalho;
singularidades regionais;
arranjos educacionais, regime de colaboração e outras tantas instigantes temáticas.
Nosso protagonismo foi exercitado nos Fóruns de Educação Nacional, Estaduais e Municipais,
inicialmente no planejamento e execução das Conferências e na tarefa de apoiar e subsidiar os estados e
os municípios na elaboração, validação e aprovação de seus planos de educação. Agora devemos
monitorar esse trabalho e contribuir para a construção do SNE.
Vamos arregaçar as mangas em nossos Conselhos em todos os Estados, porque nós podemos
fazer a diferença. Vamos liderar esse processo!
Maceió, 09 de junho de 2015.
Jairo José Campos da Costa - Presidente do CEE/AL
Francisca Batista da Silva - Presidente do CEE/RO
Maria Ieda Nogueira - Presidente do CEE/PE
Maria Ester Galvão Carvalho - Presidente do CEE/GO
Eliana Maria Mendonça Sampaio - Presidente do CEE/PI - Vice Presidente do FNCE - Nordeste
Antônio Ponciono Bezerra - Representante do CEE/SE
José Linhares Ponte - Presidente do CEE/CE
Cicinato Mendes da Silva - Presidente do CEE/TO
Cecília Maria Martins Farias - Presidente do CEE/RS - Vice Presidente do FNCE - Sul
Carlos Alberto Caetano - Presidente do CEE/MT
6 Carta de Intenções elaborada pela Plenária da XLIV Reunião do FNCE, em Maceió/AL, 06 a 09/06/2015.
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Elisete Silva Machado - Presidente do CEE/AC
Marluza de Moura Balarini - Presidente do CEE/ES
Iolanda Portela - Representante do CEE/MA
Janine Marta Coelho Rodrigues - Presidente do CEE/PB
Oscar Alves - Presidente do CEE/PR
Ilma de Araújo Xaud - Presidente do CEE/RR - Vice Presidente do FNCE - Norte
Vera de Fátima Paula Antunes - Presidente do CEE/MS - Vice Presidente do FNCE - Centro Oeste
Francisco José Carbonari - Presidente do CEE/SP - Vice Presidente do FNCE - Sudeste
Eunice Bezerra de Paula - Presidente do CEE/AP
Maria do Socorro Ferreira - Presidente do CEE/RN
Suely Melo de Castro Menezes - Presidente do CEE/PA - Presidente do FNCE
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DISCURSO DE ABERTURA DA XLIV REUNIÃO PLENÁRIA DO FNCE7
EU INTITULEI O MEU TEXTO DE ODE AO EXÉRCITO DO CONHECIMENTO
É motivo de orgulho para Alagoas, terra de Lêdo Ivo, Breno Acyole, Jorge de Lima, Graciliano
Ramos, Pontes de Miranda, Zumbi dos Palmares, Calabar, Djavan, Jogadora de Futebol Marta, Marechal
Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto e tantos outros homens e mulheres que contribuíram com a
construção de nosso país, recebê-los aqui. Orgulho-me e fico cheio de vaidade por ser um dos
protagonistas deste momento histórico, ao lado de meus pares, Conselheiros Estaduais de Educação do
Estado de Alagoas e servidores públicos que assessoram essa egrégia casa, que tanto tem contribuído com
a Educação em nosso Estado. Assim, como uma singela homenagem a vocês que dedicaram um
pouquinho dos seus preciosos tempos a esta terra, gostaria de tecer algumas linhas iniciais a partir de uma
viagem pelo universo da arte, mais precisamente a poesia, ao lado da educação, a minha grande razão de
existir. Conversar com vocês através da fala de tantos poetas que contribuíram e contribuem para um outro
pensar, para uma nova forma de ler e compreender o mundo, com toda a sua complexidade. Na verdade,
um convite a compor, comigo, um exército do conhecimento.
Quero tranquilizar aos mais conservadores que hoje, diferentemente da forma como faço minhas
análises, ao refletir sobre a educação e seus desafios em Alagoas e no Brasil, trarei toda a minha reflexão
de forma bem leve e num tom que chamei de por uma geografia poética da educação brasileira,
sintetizando o meu incômodo com algumas coisas que eu considero danosas à construção de uma
educação pública, gratuita e de qualidade para o conjunto da República Federativa do Brasil.
Estive contando meus anos, a partir do contato com a poesia do paulista Mário de Andrade8, e
descobri que “terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora”. Nesse sentido,
creio ter mais passado do que futuro. Sinto-me, acreditem, “como aquele menino que recebeu uma bacia de
cerejas”. As primeiras ele devorou, diz Andrade, displicente. Mas, ao perceber que estava perto do fim,
passou a roer o caroço. Da mesma forma, tenho estado na luta diária por uma melhor educação como se
fosse a última cereja do balde. Sem desejar que a ela – a cereja - acabe.
O tempo urge. E, como diria Mário, “já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir
assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar
melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Sem muitas cerejas na bacia, quero
viver ao lado de gente humana, muito humana” e convido vocês a me seguirem. É preciso criar um exército
de pensadores. De pessoas que contribuam, de fato, para uma sociedade melhor. Afinal, como diria o
catarinense Cruz e Sousa9, “aqueles que atravessam no silêncio escuro a vida” tornam-se mais simples e
puros.
No poema Não Há Vagas, o maranhense Ferreira Gullar nos convida a pensar a beleza do poema
frente às condições materiais de existência. Muito me angustia concordar com ele que “o preço do feijão
não cabe no poema”, que “o preço do arroz não cabe no poema”. Que nunca caberá no poema o gás, a luz,
o telefone, a sonegação do leite, da carne, do açúcar, e do pão. Doi n’alma dar-lhe razão em dizer que “o
funcionário público não cabe no poema com seu salário de fome; sua vida fechada em arquivos”. E que
“não cabe no poema o operário que esmerila seu dia de aço e carvão nas oficinas escuras”. Tudo isso
“porque o poema, senhores, está fechado: não há vagas”. Alie-se ao desemprego, tão bem denunciado por
Gullar, a denúncia do deserdar das terras ameríndias dos seus verdadeiros donos. O tocantinense Pedro
Tierra o faz muito bem quando, numa belíssima construção poética10
descreve o que éramos e o que
tínhamos.
Eu era a Terra livre,
eu era a Água limpa,
eu era o Vento puro,
fecundos de abundância
repletos de cantigas.
7 Discurso de abertura da XLIV Plenária do FNCE em Maceió/AL, proferido pelo Presidente do CEE/AL. 8 O Valioso Tempo dos Maduros 9 Vida Obscura 10 Ameríndia Morte e Vida
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Eu fazia um caminho cada vez que passava.
Era a Terra o caminho.
O caminho era o Homem.
Eu era a Terra inteira,
eu era o Homem Livre.
Como a árvore ferida, diria o amazonense Álvaro Maia, “ante a constelação do céu florindo em lume
temos, ó árvore, o mesmo ideal e a mesma sina”11
. Por isso acredito, concordando com ele, que na luta,
junto ao povo, mesmo sangrando o peito inerme12
, tenho uma sensação divina que a acha13
há de sangrar a
escuridão. Não quero ser o personagem da poesia do pernambucano Manuel Bandeira14
ao propor ir
embora pra Passárgada, tão somente por ser amigo do rei. Quero estar aqui e contribuir para a mudança
histórica. Afinal, “a vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa” como nos ensina o gaúcho Mário
Quintana15
.
Mas, para rir da orquestra irônica estridente ou da ronda fantástica da serpente que faz doudas16
espirais e que no chão resvala, para resgatar o Navio Negreiro, do baiano Castro Alves, é preciso que se
faça mais. Muito mais. Não se pode mais continuar reproduzindo um modelo de educação cujo corolário é a
reprodução das relações de mercado. Assim, os convido, amigos, à construção de uma educação
emancipatória que não se compre nem se venda. Afinal, “só a ignorância aceita e a indiferença tolera o
reinado das mediocridades”, como diria o cearense José de Alencar.
Superada essa etapa
Creio que será permitido guardar uma leve tristeza,
E também uma lembrança boa;
Que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades;
Nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo
Nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego;
E um indefinível remorso;
E um recôndito despeito.
Isso para citar o capixaba Rubem Braga17
. Afinal, não sou, como diria o paraibano Suassuna, um
otimista, nem pessimista. Pois o primeiro é ingênuo e o segundo amargo. Prefiro ser, como ele, Ó saudoso
Ariano!, um realista esperançoso. Mas... nem sempre fui assim.
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Uso esta poesia para citar a carioca Cecília Meireles18
, que enxerga nos arautos do tempo as
mudanças a que estamos submetidos. Mas, também, para dizer que é preciso ler na palma das mãos as
linhas da vida: cruzadas, sinuosas, que interferem em nosso destino como poetizou a goiana Cora
11 Árvore Ferida 12 Desarmado 13 Arma antiga com a forma de machado. 14 Vou-me Embora pra Pasárgada 15 O Tempo 16 Doidas 17 Despedida 18 Retratos
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Coralina19
. Mais que isso, é preciso lamentar como a potiguar, minha conterrânea, Auta de Souza, como o
piauiense Antônio Francisco da Costa e Silva. Mas é preciso perdoar erros imperdoáveis, para citar o
rondoniense Augusto Branco20
. E, a poesia liberta, é o que diz o mato-grossense Vagner Braz21
. A poesia é,
assim, necessária, para citar o poeta sergipe/alagoano, meu amigo de magistério, Jeová Santana.
É preciso reconhecer, também, a contribuição de novos poetas à formação desse nosso exército
como o brasiliense Wélcio de Toledo e sua ideologia anarquista, do sul-mato-grossense Guimarães Rocha,
do paraense Alonso Rocha, do roraimense Eliakin Rufino ou mesmo do polêmico paranaense Paulo
Leminski. É preciso convocar a todos. Não espere apenas por Deus que enviou seu filho para nos remir do
cativeiro, pois o mundo ainda é cativo. Pense como o sergipano Tobias Barreto22
para quem reis são
sempre reis até provar o duro freio. Aceite o convite. Junte-se a nós. Afinal, nos lembra o acreano Mário de
Oliveira, na voragem do tempo, a vida passa como tenuíssima fumaça23
”. É preciso gozá-la da melhor e
mais justa maneira em venturas e glórias.
Sendo assim, não fique no casulo. Se for para voar que voe. Não perca a vida à toa como diria o
amapaense Inácio Sena. Afinal, “[...] para sair do casulo basta um pulo. O resto é com o vento, as asas e o
momento”. Mas, em tempos de guerra, não basta ter exército. É preciso, sobretudo, armas. Uma delas é o
conhecimento. Entretanto, minha luta anda viúva de outras lutas. Minhas forças, carece de outras forças.
Por isso conclamo ao enfrentamento, à construção de uma nova escola, de um novo sistema de ensino, a
uma revolução no processo ensino-aprendizagem, pra todos. Afinal, como dizia o alagoano Lêdo Ivo, em
Primeira Lição, foi na escola que Ivo viu a uva e aprendeu a ler. Foi nela que Ivo viu a greve e nela que Ivo
viu o povo. E é com o povo que quero estar.
Obrigado ao Governador Renan Filho e ao vice governador e Secretário de Estado da Educação,
José Luciano Barbosa, obrigado aos conselheiros alagoanos na pessoa da Conselheira Sara, obrigado aos
assessores na pessoa da Secretária Executiva a Profa. Cristina Alves, obrigado ao SINTEAL, na pessoa da
nossa presidenta Consuêlo, obrigado a ASISEAL, na pessoa da Profa. Rosinha, obrigado a Casa da
Indústria, ao CESMAC, na pessoa do Prof. Douglas Apratto, a FENEN, na pessoa da Profa. Bárbara
Heliodora, ao Deputado Estadual Marcelo Vitor e a UNCME na pessoa da presidenta Alagoas, Profa.
Vidinha. Obrigado, obrigado, obrigado...
Finalizo, pois, citando o mineiro Drummond que ao escrever Cortar o Tempo nos convidou a
acreditar que o tempo vale a esperança, que a renovação virá. Que outro modelo de sociedade é possível,
pois o atual modelo não é irreversível.
Cortar o tempo
Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra
diante vai ser diferente.
Obrigado!
Maceió-Alagoas, 07 de junho de 2015.
JAIRO JOSÉ CAMPOS DA COSTA
Presidente do CEE/AL
19 Meu Destino 20 Vida 21 Os Poetas 22 Ignorabimus 23 Epicurismo
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ATOS NORMATIVOS
GERAIS
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1. Processo N° 1800 011280/2014 SEE/AL e nº 483/2014 CEE/AL. Interessado: Superintendência de
Gestão do Sistema Estadual de Educação. Assunto: Emissão de parecer acerca de certificação de
conclusão do Ensino Médio ou Declaração de Proficiência com base nos resultados do exame nacional do
Ensino Médio - ENEM. Conselheira Relatora: Maria José Alves Costa. Parecer nº 331/2014.
I – RELATÓRIO
A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte de Alagoas, por meio da Superintendência de
Gestão do Sistema Estadual de Educação – SEE/AL, Memo nº 205/2014 – SEE/SUGES, solicita
providências ao Conselho Estadual de Educação, quanto à elaboração de Parecer e Resolução para a
Certificação de Conclusão do Ensino Médio, com base nos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio
– ENEM 2014.
II - MÉRITO
A certificação de Conclusão do Ensino Médio que toma como base os resultados do Exame
Nacional do Ensino Médio – ENEM, destina -se às pessoas que não concluíram o Ensino Médio, em idade
própria , inclusive às pessoas privadas de liberdade e jovens que estão fora do sistema escolar. Tal
certificação fundamenta-se no Art. 37 da Sessão V da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –
LDB - Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996 bem como na Portaria nº 179, de 28 de abril de 2014, do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira .
Para obter o certificado de conclusão do Ensino Médio ou a declaração parcial de proficiência, o
participante deverá atender aos requisitos de:
I – indicar a pretensão de utilizar os resultados de desempenho no exame para fins de
certificação de conclusão do Ensino Médio, no ato da inscrição, bem como a Instituição Certificadora;
II – possuir no mínimo 18 (dezoito) anos completos na data da primeira prova de cada edição
do Exame;
III – atingir o mínimo de 450 (quatrocentos e cinquenta) pontos em cada uma das áreas de
conhecimento do Exame;
IV – atingir o mínimo de 500 (quinhentos) pontos na redação.
No ato da inscrição, ao solicitar a certificação do Ensino Médio com base nos resultados do
ENEM, o participante encontra oportunidade para o reconhecimento, a validação do conhecimento e
competências que já possui, de acordo com o que dispõe a LDB, no Art. 38, § 2º da Sessão V. Importa
ressaltar que para obter a certificação, o participante não precisa apresentar Histórico Escolar ou Certificado
de Conclusão do Ensino Fundamental, em função da flexibilidade posta na LDB, particularmente no Art. 24,
Inciso II, e realçado no Parecer nº 11 da Câmara de Educação Básica – CEB do Conselho Nacional de
Educação – CNE, aprovado em 10 de maio de 2000 e homologado pelo MEC em 07/06/2000, que discorre
sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a EJA quando expressa que o ensino fundamental não é
condição absoluta de possibilidades de ingresso no ensino médio.
Vale destacar que para efeito de certificação de conclusão do Nível de Ensino Médio, é
permitido o aproveitamento das declarações parciais de proficiência obtidas nas edições do ENEM desde
2009, nas aplicações do ENCCEJA nível Médio Nacional até 2008 e em todas as edições do ENCCEJA
nível Médio realizadas no exterior. Isto é decorrente de que a Matriz de referência do ENEM foi concebida a
partir de matriz do ENCCEJA, ambas configuradas em temas, competências e habilidades nas diferentes
áreas do conhecimento e os pontos de certificação são equivalentes, mesmo que expressos em escalas
distintas.
No caráter de Instituição Certificadora, mediante adesão ao ENEM, a Secretaria de Estado
da Educação de Alagoas está autorizada a emitir os documentos referentes ao processo de certificação dos
participantes aprovados no Exame desde que tenha sido indicada no ato da inscrição como Instituição
Certificadora.
Em consonância ao parágrafo único do Art. 6º da Resolução CNE/CEB nº 3 de 15 de junho
de 2010 que institui as Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos " O direito dos
menores emancipados para os atos da vida civil não se aplica para o da prestação de exames supletivos e,
assim sendo, os participantes emancipados não poderão solicitar a certificação por meio do ENEM".
Entende-se, por fim que, pelo caráter do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM constar de
edição/realização anual, que as considerações aqui dispostas devam doravante em todas as edições do
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ENEM serem observadas e cumpridas pela Instituição Certificadora – Secretaria de Estado da Educação e
do Esporte, cabendo a esta também observar e cumprir as alterações/atualizações publicadas pela portaria
do INEP em cada ano.
III - VOTO DA RELATORA
Ante o exposto, somos de parecer que:
1 – A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte – SEE emita a Certificação de
Conclusão do Ensino Médio ou Declaração de Proficiência com base nos resultados do Exame Nacional do
ensino Médio -ENEM 2014 para os participantes requerentes.
2 – Terá direito à Certificação ou Declaração de Proficiência através do Exame Nacional de
Ensino Médio – ENEM, aqueles que:
a. Não concluíram o Ensino Médio e, tiverem completos 18 anos na data da primeira prova
de cada edição do Exame Nacional de Ensino Médio – ENEM, inclusive os privados de liberdade e que
estão fora do sistema escolar e regular;
b. Tiverem atingidos nota mínima de 450 ( quatrocentos e cinquenta) pontos em cada área
de conhecimento do exame;
c. Tiverem atingido o mínimo de 500 (quinhentos) pontos na prova de redação do exame;
d. Tiverem indicado, no ato de inscrição do ENEM, o pleito à certificação pelo mesmo na
Secretaria de Estado da Educação e do Esporte de Alagoas;
e. Tiverem solicitado a certificação após o resultado do ENEM desde que atendam ao
estabelecido nas alíneas a, b e c.
3 – A Certificação ou Declaração de Proficiência através do Exame Nacional de Ensino
Médio – ENEM não se aplica aos menores emancipados para os atos da vida civil.
4 – A SEE/AL deverá emitir os procedimentos complementares para a certificação em
conformidade com as orientações do guia de Certificação – Exame Nacional do Ensino Médio – 2014.
5 - Doravante, em todas as edições do ENEM, as considerações aqui dispostas neste
Parecer devem ser observadas e cumpridas pela Instituição Certificadora – Secretaria de Estado da
Educação e do Esporte, cabendo a esta, também observar e cumprir, em cada ano, as
alterações/atualizações publicadas pela Portaria do INEP.
É o parecer S.M.J.
Maceió, 25/11/2014.
CONSª. MARIA JOSÉ ALVES COSTA
Conselheira Relatora
IV – CONCLUSÃO DA CÂMARA
A Câmara de Educação Básica acompanha o Voto da Relatora.
Maceió/AL, 25/11/2014.
CONSª. ANA MÁRCIA CARDOSO FERREIRA
Presidente da CEB/CEE-AL
V - DECISÃO DA PLENÁRIA
O Conselho Estadual de Educação de Alagoas, em Sessão Plenária realizada em 25 de Novembro
de 2014, no Auditório do Gabinete da SEE/AL, em Maceió-AL, aprova o Parecer Nº 331/2014 da Câmara de
Educação Básica.
CONSª ANA MÁRCIA FERREIRA CARDOSO
Presidente da Sessão Plenária do CEE/AL
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* RESOLUÇÃO Nº 41/2014 – CEE/AL
EMENTA: Norma Complementar que dispõe sobre a Certificação de Conclusão do Ensino Médio ou
Declaração de Proficiência com base nos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM.
O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS, no uso de suas atribuições que lhe confere a
legislação em vigor, considerando o que consta no Processo 1800 011280/2014 - SEE/Al e nº 483/2014 -
CEE/Al, e a deliberação do Pleno de 25/11/2014.
RESOLVE:
Art. 1º – A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte – SEE emita a Certificação de Conclusão do
Ensino Médio ou Declaração de Proficiência com base nos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio
– ENEM/2014 para participantes requerentes;
Art. 2º – Terá direito à Certificação ou Declaração de Proficiência através do Exame Nacional de Ensino
Médio – ENEM, aqueles que:
a. Não concluíram o Ensino Médio e, tiverem completos 18 anos na data da primeira prova de cada edição
do Exame Nacional de Ensino Médio – ENEM, inclusive os privados de liberdade e que estão fora do
Sistema Escolar e regular;
b. Tiverem atingidos nota mínima de 450 (quatrocentos e cinquenta) pontos em cada área do conhecimento
do exame;
c. Tiverem atingido o mínimo de 500 (quinhentos) pontos na prova de redação do exame;
d. Tiverem indicado, no ato de inscrição do ENEM, o pleito à Certificação pelo mesmo na Secretaria de
Estado da Educação e do Esporte de Alagoas;
e. Tiverem indicado no ato da inscrição que pretende utilizar os resultados de desempenho no exame para
fins de Certificação da Conclusão do Ensino Médio, bem como a Instituição Certificadora.
Art. 3º – A Certificação ou Declaração de Proficiência através do Exame Nacional de Ensino Médio – ENEM
não se aplica aos menores emancipados para atos de vida civil.
Art. 4º – A SEE/AL deverá emitir os procedimentos complementares para a certificação em conformidade
com as orientações do guia de Certificação – Exame Nacional do Ensino Médio – 2014;
Art. 5º – Doravante, em todas as edições do ENEM, as considerações aqui dispostas nesta Resolução
devem ser observadas e cumpridas pela Instituição Certificadora – Secretaria de Estado da Educação e do
Esporte,cabendo a esta, também observar e cumprir, em cada ano, as alterações/atualizações publicadas
pela Portaria do INEP.
Art. 6º – Esta Resolução entra em vigor a partir da data de sua homologação revogadas as disposições
em contrário.
Maceió, 25/11/2014.
CONSª ANA MÁRCIA CARDOSO FERREIRA
Presidente da Sessão Plenária do CEE/AL
________________________________________________________________________________________
_
2. Processo Nº 1800-011346/2014 SEE/AL e 516/2014 CEE/AL. Interessado: Superintendência de Gestão
da Rede Estadual de Ensino da SEE/AL. Assunto: Solicita Análise e Parecer. Conselheiras Relatoras:
Bárbara Heliodora Costa e Silva e Sara Jane Cerqueira Bezerra. Parecer nº 070/2015-CEE/AL.
I - RELATÓRIO
Em 19 de setembro de 2014 a Sra. Maridalva Santos Passos Campos, Superintendente de Gestão
da Rede Estadual de Ensino da Secretaria de Estado da Educação de Alagoas - SUGER-SEE/AL, solicita o
posicionamento deste órgão sobre a certificação que concede o direito aos alunos/as que cursaram o
Programa Projovem Campo - Saberes da Terra/ Edição 2008 a prosseguirem nos estudos.
O Projovem Campo - Saberes da Terra/Edição 2008 é um programa do Governo Federal conforme
estabelece a Lei nº 11.692/2008, que, através da Resolução CD/FNDE nº 21, de 26 de maio de 2008, tem
por objetivo possibilitar aos jovens agricultores familiares na faixa etária de 18 a 29 anos de idade, excluídos
do sistema formal de ensino, a oportunidade de concluírem o Ensino Fundamental na modalidade Educação
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de Jovens e Adultos, integrado à qualificação profissional. Este foi estruturado em 02 (dois) anos, distribuído
em 2.400 horas, sendo 1.800 horas presenciais referentes às ações pedagógicas do tempo - escola e 600
horas não presenciais correspondentes ao tempo - comunidade.
Segundo informações da SUGER/SEE, em Alagoas, o programa foi desenvolvido entre os anos de
2010 a 2012 em 09 turmas com o quantitativo entre 20 a 35 estudantes distribuídas em quatro
Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) através de seus respectivos municípios, a saber:
3ª CRE - Cacimbinhas, Estrela de Alagoas, Igaci, Maribondo e Palmeira dos Índios;
4ª CRE - Atalaia;
10ª CRE - Campestre;
11ª CRE - Água Branca.
Conforme documento de abertura do processo, as turmas da referida Edição, encerraram suas
atividades, concluindo o curso com sucesso em agosto de 2012 com 241 estudantes dos 348 matriculados
inicialmente.
Em 26 de novembro de 2014 o processo chegou ao CEE/AL e foi despachado à Câmara de
Educação Básica - CEB-CEE/AL em dezembro do mesmo ano. Tendo em vista o período de recesso do
Conselho, o mesmo só foi analisado em março de 2015 por estas Relatoras.
Faz junta ao Processo nº 516/2014 CEE/AL os seguintes documentos:
Resolução/CD/FNDE nº 21, de 26 de maio de 2008;
Memorando nº 187/2014 da 3ª CRE com Atas de Resultados Finais das turmas nas
respectivas escolas;
Memorando nº 74/2014 da 4ª CRE com Atas de Resultados Finais das turmas nas
respectivas escolas;
Memorando nº 106/2014 da 10ª CRE com Atas de Resultados Finais das turmas nas
respectivas escolas;
Memorando nº 120/2014 da 11ª CRE com Atas de Resultados Finais das turmas nas
respectivas escolas;
Após análise do processo por esta relatoria, foram baixadas diligências e, por conseguinte,
apensados documentos referentes às diligências solicitadas.
II - DO MÉRITO
O Projovem Campo - Saberes da Terra tem como objetivo desenvolver políticas públicas de Educação do
Campo e de Juventude que oportunizem a jovens agricultores (as) familiares, excluídos do sistema formal
de ensino, a elevação de escolaridade em Ensino Fundamental com qualificação profissional inicial,
respeitadas as características, necessidades e pluralidade de gênero, étnico-racial, cultural, geracional,
política, econômica e produtivas dos povos do campo. Suas ações são destacadas principalmente por
promover a elevação de escolaridade em Ensino Fundamental, integrada a qualificação social e profissional
inicial para educandos.
Nesse sentido, em consulta a Lei nº 11.692/2008, que dispõe sobre o Programa Nacional de
Inclusão de Jovens – Projovem, são estudantes do Projovem Campo,
Art.15. (…) jovens com idade entre 18 (dezoito) e 29 (vinte e nove) anos, residentes no
campo, que saibam ler e escrever, que não tenham concluído o ensino fundamental e que
cumpram os requisitos previstos no art. 3º da Lei nº 11.326/2016.
Ainda consta na referida Lei que,
Parágrafo único - O acompanhamento da frequência escolar relacionada ao benefício
previsto no inciso III do caput do art. 2º desta Lei considerará 75% (setenta e cinco por
cento) de frequência, em conformidade com o previsto no inciso VI do caput do art. 24 da
Lei no
9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Assim, tendo em vista a análise da fundamentação legal que deve respaldar as ações educacionais
do ProJovem no âmbito do Sistema de Ensino de Alagoas, podemos destacar os seguintes dispositivos
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legais:
Art. 208, Inciso VIII da C.F 1988;
Art. 24, Inciso VII e Art. 32 §4º e Art. 81 da LDB 9.394/96;
Art. 14 e 15 da Lei nº 11.692, de 10 de junho de 2008, que dispõe sobre o Programa
Nacional de Inclusão de Jovens – Projovem;
Arts. 1º e 4º da Resolução nº 51/2002 – CEE/AL.
Vale ressaltar que, não será objeto de análise desta relatoria a utilização dos recursos
disponibilizados para o referido programa informado na folha nº 53 deste processo, no valor de R$
1.680.000,00 (um milhão, seiscentos e oitenta mil reais), sendo o uso e a prestação de contas de inteira
responsabilidade da Secretaria de Estado da Educação de Alagoas. Portanto, o objeto de análise desta
relatoria será especificamente toda operacionalização das questões pedagógicas.
Nesse sentido, visando compreender a operacionalização do referido programa em Alagoas, foi
baixada diligência de nº 012/2015 CEE/AL à Superintendência de Gestão da Rede Estadual de Ensino da
SEE/AL onde solicitava cópia autenticada de Termo de Cooperação Técnica celebrado entre a SEE/AL e o
MEC para oferta do Projovem Campo – Saberes da Terra Edição 2008. Tendo em vista o não atendimento
a contento à primeira diligência, este Conselho manteve contato com a Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) do Ministério da Educação que coordena o programa a
nível nacional, onde obtivemos as informações enviadas pela Secretaria na ocasião da submissão do
projeto para aprovação, contidas nas folhas nº 49 a 126 deste processo.
Contudo, na análise dos documentos vindos da SECADI/MEC referentes à implantação do Projeto
em Alagoas destaca-se a informação contida no Projeto Pedagógico do curso enviado que o processo de
certificação no Estado, da Edição 2008, seria feito pelo Núcleo de Certificação instituído na Diretoria de
Educação de Jovens e Adultos (DEJA) da SEE (fls. nº 79 e 80), sendo que, este setor não mais existe no
organograma da Secretaria, não sinalizando, portanto, quem cumpriria tal atribuição a partir de então.
Com o mesmo intuito de dirimir dúvidas sobre o processo de implantação do programa no Estado,
desde seu início até sua finalização, foram encaminhadas Diligências de nº 013/2015, nº 014/2015, nº
015/2015 e nº 016/2015 às quatro Coordenadorias Regionais de Ensino onde o programa foi desenvolvido
(3ª CRE - Cacimbinhas, Estrela de Alagoas, Igaci, Maribondo e P. dos Índios; 4ª CRE - Atalaia; 10ª CRE -
Campestre; 11ª CRE - Água Branca), solicitando matriz curricular de cada etapa, relatório operacional,
calendários, histórico, atas finais de resultados finais entre outros.
Assim, com base no arcabouço legal do Programa Projovem Campo – Saberes da Terra Edição
2008, mediante a apresentação de informações obtidas nas diligências e reuniões com a equipe técnica das
CRES neste Conselho datadas de 29 de abril e 27 de maio do ano em curso, que tinham por objetivo
esclarecer por parte de cada CRE as diferentes especificidades na operacionalização do mesmo, foi
observado que a certificação dos alunos matriculados no Programa se resguardava no Projeto Base –
documento orientador da SECADI/MEC - considerando inclusive a necessidade de autorização das
respectivas escolas que o ofertam.
Segundo relatórios operacionais e Atas de resultados finais vindas das Coordenadorias Regionais
de Ensino que desenvolveram o referido programa, foram matriculados 348 jovens agricultores familiares na
faixa etária de 18 a 29 anos de idade, excluídos do sistema formal de ensino, tendo na oportunidade 127
(cento e vinte e sete) estudantes concluintes do Ensino Fundamental na modalidade Educação de Jovens e
Adultos, integrado à qualificação profissional.
O curso foi estruturado em 02 (dois) anos, distribuído em 2.400 horas, sendo 1.800 horas
presenciais referentes às ações pedagógicas do tempo - escola e 600 horas não presenciais
correspondentes ao tempo – comunidade caracterizando assim o regime da alternância. Vale ressaltar que
as atividades do Tempo-Comunidade foram desenvolvidas em todas as Coordenadorias Regionais de
Ensino em pequenas propriedades nas áreas rurais dos municípios já mencionados, incluindo também o
Centro de Formação Zumbi dos Palmares do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST/AL) em
Atalaia.
Vale ressaltar que a Pedagogia da Alternância utilizada nas ações pedagógicas do Projovem Campo
Edição 2008, é regulamentada nacionalmente pelo Parecer CNE/CEB Nº 01/2006 do Conselho Nacional de
Educação datado de 01/2/2006 quanto à duração do ano letivo. No que diz respeito à alternância, pode-se
afirmar que esta estratégia metodológica integra os períodos vivenciados no tempo – escola (escola ou
espaço de formação) e no meio sócio-profissional (família/comunidade), considerando-o como dias e horas
letivos atividades.
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Segundo Queiroz (2004) é possível encontrar três tipos de alternância, sendo que em Alagoas a
mais utilizada foi a associativa que, “(...) ocorre uma associação entre a formação geral e a formação
profissional, verificando-se portanto a existência da relação entre a atividade escolar e a atividade
profissional, mas ainda como uma simples adição”. (BRASIL. 2006)
Todavia, apesar do êxito do Projovem Campo - Saberes da Terra/Edição 2008 em Alagoas,
percebe-se, contudo que, mais uma vez, a realização de um programa para a modalidade Educação de
Jovens e Adultos (EJA) com qualificação profissional não atendeu às normas estabelecidas, principalmente
no que se refere às escolas que ofertam o referido programa que não tem autorização para funcionar dentro
do sistema.
Entretanto, a inexistência hoje do referido setor que deveria certificar o programa na organização da
SEE apresentado no projeto enviado ao Ministério da Educação, bem como o atendimento às diligências
por parte das Coordenadorias de Ensino e escolas executoras e, sobretudo pelo princípio de que ao aluno
não pode ser imputada a responsabilidade pelo prejuízo da irregularidade da oferta, em detrimento de
prosseguir estudos em outra etapa de sua escolarização, somos de parecer que sejam certificados em
ensino fundamental modalidade EJA com qualificação profissional, os 127 alunos/as registrados/as com
aprovação exitosa nas atas de resultados finais das escolas estaduais apensadas a este processo com
direito a prosseguir seus estudos contidas nas fls. 259, 260, 275, 277, 292, 291, 306, 307, 318, 342, 343 e
383, conforme discriminado abaixo:
Tabela 01 – Número de estudantes para certificação
CRE ESCOLAS TOTAL DE
ESTUDANTES
3ª E. E. Nova Jersey – 13 estudantes
E.E. Maria Amélia – 28 estudantes
E. E. Muniz Facão - 07 estudantes
E. E. Luiz Duarte – 10 estudantes
58
4ª E. E. Torquarto Cabral 19
10ª E. E. José Ribeiro Caminha 39
11ª E. E. Domingos Moeda 11
Total de estudantes concluintes para certificação 127
Fonte: Atas de resultados finais vindos da CREs
III – VOTO DA RELATORIA
Mediante o exposto, a análise nos permite concluir pela validação dos estudos ofertados no
Programa Projovem Campo - Saberes da Terra/ Edição 2008 – Ensino Fundamental EJA – 4ª e 5ª Etapas
com Qualificação Profissional Inicial em Produção Rural Familiar conforme definido no Projeto Base nos
seguintes termos:
1. Certificar com Qualificação Profissional Inicial em Produção Rural Familiar os estudos dos
127 (cento e vinte e sete) estudantes que concluíram a 2ª fase (4ª e 5ª etapas) da EJA/ Projovem
Campo Edição 2008, de acordo com o registro das Atas de Resultados Finais apensadas ao
processo;
2. Determinar que os estudantes que concluíram apenas a 4ª Etapa de Ensino Fundamental
de EJA no programa poderão se matricular em escolas que ofertam a referida modalidade para
conclusão de seus estudos;
3. Determinar que a certificação dos estudantes concluintes seja realizada pelas escolas
estaduais que ofertaram o Programa Projovem Campo - Saberes da Terra/ Edição 2008 nos termos
deste Parecer conforme definido:
a) 3ª CRE: E. E. Nova Jersey (13 estudantes), E.E. Maria Amélia (28 estudantes), E. E.
Muniz Facão (07 estudantes), E. E. Luiz Duarte (10 estudantes);
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b) 4ª CRE: E. E. Torquarto Cabral (19 estudantes)
c) 10ª CRE: E. E. José Ribeiro Caminha (39 estudantes)
d) 11ª CRE: E. E. Domingos Moeda (11 estudantes)
4. Definir que sejam encaminhadas informações a respeito deste processo ao gestor da
Secretaria de Estado da Educação de Alagoas, visando que as próximas edições deste Programa
no Estado de Alagoas, sejam realizadas e ofertadas atendendo aos dispositivos legais e Projeto
Base para oferta dos mesmos, sob pena de não serem autorizadas por este Conselho.
Esse é o nosso parecer, SMJ.
Maceió/AL, 11 de agosto de 2015.
COMISSÃO ESPECIAL
CONSª BÁRBARA HELIODORA COSTA E SILVA
Conselheira Relatora CEB/CEE-AL
CONSª SARA JANE CERQUEIRA BEZERRA
Conselheira Relatora CES/CEE-AL
IV – DECISÃO DA CÂMARA
A Câmara de Educação Básica acompanha o voto da relatoria.
Maceió/AL, 11 de agosto de 2015.
CONSª BÁRBARA HELIODORA COSTA E SILVA
Presidente da CEB/CEE-AL
V - CONCLUSÃO DO PLENÁRIO
O Plenário do Conselho Estadual de Educação de Alagoas, em sessão realizada nesta data, aprova
o Parecer nº 070/2015- Comissão Especial-CEE/AL.
Maceió/AL, em 11 de agosto de 2015.
CONS. JAIRO JOSÉ CAMPOS DA COSTA
Presidente do CEE/AL
* RESOLUÇÃO Nº 20/2015 – CEE/AL.
EMENTA: Dispõe sobre a certificação dos alunos que cursaram o Programa Projovem Campo-Saberes da
Terra/Edição 2008 – Ensino Fundamental EJA – 4ª e 5ª etapas com Qualificação Profissional e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS, no uso das atribuições que
lhe confere a legislação em vigor, e em conformidade com o Parecer nº 070/2015 – Comissão Especial-
CEE/AL, aprovado em Plenária de 11 de agosto de 2015,
RESOLVE:
Art. 1º. Certificar com Qualificação Profissional Inicial em Produção Rural Familiar, os estudos dos 127
(cento e vinte e sete) estudantes que concluíram a 2ª fase (4ª e 5ª etapas) da EJA/ Projovem Campo Edição
2008, de acordo com o registro das Atas de Resultados Finais.
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Art. 2º. Determinar que os estudantes que concluíram apenas a 4ª Etapa de Ensino Fundamental de EJA no
programa, poderão se matricular em escolas que ofertam a referida modalidade para conclusão de seus
estudos.
Art. 3º. Determinar que a certificação dos estudantes concluintes seja realizada pelas escolas estaduais que
ofertaram o Programa Projovem Campo - Saberes da Terra/ Edição 2008 nos termos do Parecer nº
070/2015, conforme definido:
a) 3ª CRE: E. E. Nova Jersey (13 estudantes), E.E. Maria Amélia (28 estudantes), E. E. Muniz
Facão (07 estudantes), E. E. Luiz Duarte (10 estudantes);
b) 4ª CRE: E. E. Torquarto Cabral (19 estudantes)
c) 10ª CRE: E. E. José Ribeiro Caminha (39 estudantes)
d) 11ª CRE: E. E. Domingos Moeda (11 estudantes)
Art. 4º. Definir que sejam encaminhadas informações a respeito deste processo ao gestor da Secretaria de
Estado da Educação de Alagoas, visando que as próximas edições deste Programa no Estado de Alagoas,
sejam realizadas e ofertadas atendendo aos dispositivos legais e Projeto Base para oferta dos mesmos, sob
pena de não serem autorizadas por este Conselho.
Art. 5º. Esta resolução entra em vigor na data de sua homologação, revogadas as disposições em
contrário.
Maceió/AL, em 11 de agosto de 2015.
CONS. JAIRO JOSÉ CAMPOS DA COSTA
Presidente do CEE/AL
________________________________________________________________________________
3. Processo nº 113/2014 CEE/AL. Interessado: Conselho Estadual de Educação de Alagoas. Assunto: Dispõe sobre a regulamentação da oferta de Educação do Campo no Sistema. Estadual de Educação de Alagoas. Conselheiros Relatores: Luiz Henrique de Oliveira / Sara Jane Bezerra Cerqueira. Parecer nº 313/2014 CEE/AL.
I. RELATÓRIO
1. COMPOSIÇÃO DO PROCESSO
Este processo de nº 113/2014 - CEE/AL foi aberto no Conselho Estadual de Educação, em 25 de
fevereiro de 2014, cuja interessada é a Coordenação Colegiada do Fórum Estadual Permanente de
Educação do Campo de Alagoas (FEPEC/AL), na pessoa do Sr. José Raildo Vicente Ferreira. O FEPEC/AL
foi criado e oficializado através da publicação da Portaria no Diário Oficial do Estado no dia 12 de janeiro de
2005 se constituindo, até os dias atuais fórum que busca o fortalecimento da luta pela educação do campo
no Estado.
O requerente solicita a indicação de dois conselheiros e um assessor técnico pedagógico deste
Conselho, para participar efetivamente das reuniões ordinárias deste Fórum, bem como, a instituição, em
caráter emergencial, de uma Comissão interna, com a missão de regulamentar a Educação do Campo no
estado de Alagoas, atendendo ao que está previsto na legislação nacional e garantido no Plano Estadual de
Educação e Cartas de Alagoas (2004 e 2012).
Parte-se do princípio que a Educação do Campo é um compromisso e, partindo dessa premissa, as
organizações que compõem o FEPEC/AL em oficina realizada no último dia 11 de abril de 2013 retomaram
a luta pelo cumprimento das definições contidas no PEE/AL e a agenda de reuniões com o Conselho
Estadual de Educação e com a Secretaria de Educação do Estado, visando, entre outras ações, à
regulamentação estadual das Diretrizes Operacionais de Educação do Campo através de um ato normativo,
justificando assim, a abertura deste processo.
Compõem este processo os seguintes documentos:
Ofício de abertura datado de 10 de fevereiro de 2014;
Cópia do e-mail do FEPEC/AL enviado ao CEE/AL em 20/02/2014;
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Cópia da Carta de Alagoas de setembro de 2004;
Cópia da Carta de Alagoas de junho de 2012;
Cópia do Capítulo de Educação do Campo do Plano Estadual de Educação de Alagoas;
Cópia do Marco Normativo da Educação do Campo no Brasil.
Após a instituição da Comissão de Educação do Campo no Pleno Ordinário de 25 de fevereiro de
2014, e consequente Indicação de nº 06/201424
, publicada no Diário Oficial do Estado de Alagoas, em 11 de
abril do ano em curso, os Conselheiros Luiz Henrique de Oliveira Cavalcante e Sara Jane Cerqueira
Bezerra se organizaram para buscar apoio para a ampliação da mesma.
Durante a 74ª Reunião Ordinária do FEPEC/AL realizada na Universidade Estadual de Alagoas
(UNEAL), Campus I – Arapiraca, no dia 02 de abril do ano em curso, os referidos Conselheiros
apresentaram os objetivos da Comissão, bem como, a proposta de ampliação da mesma, com a
participação de representantes do FEPEC/AL, para o atendimento ao pleito. Desta forma, a partir do final de
abril, os trabalhos foram iniciados, tendo reuniões quinzenais de estudo da Comissão do CEE e encontros
da Comissão Ampliada25
.
Na reunião ampliada da Comissão de Educação do Campo de 16 de julho de 2014, e referendada
na reunião ordinária do FEPEC/AL, ficou planejada a realização de 03 (três) audiências públicas no Estado,
conforme cronograma a seguir:
Figura 1 – Cronograma de Audiências Públicas
Data LOCAL/ENVOLVIDOS
15/08/2014 UNEAL/Campus I - Arapiraca – participação dos
municípios do Agreste
20/08/2014 UNEAL/Campus V - Santana do Ipanema - participação
dos municípios do médio e alto sertão.
26/08/2014 FETAG/Maceió (Centro Social) – participação dos
municípios do Litoral Norte, Litoral Sul, Zona da Mata
Alagoana e região metropolitana.
Conforme planejado junto com o FEPEC, foram realizadas audiências públicas contando com um
público bem diversificado, com comprovada atuação no campo, em que podemos contar com
representantes de estudantes da educação básica e superior do campo (Procampo – UNEAL),
representantes de secretarias municipais e estadual de educação, representantes dos diversos movimentos
sociais e sindicais do campo entre outras participações. A metodologia utilizada nas audiências consistiu na
contextualização da trajetória dos trabalhos da Comissão e da leitura compartilhada do documento base
elaborado pela comissão de Educação do Campo, recebendo assim as contribuições (propostas de
esclarecimento, acréscimo ou supressão) ao texto.
Por fim, a Comissão de Educação do Campo do CEE/AL sistematizou todas as propostas
apresentadas e concluiu o documento final que dispõe sobre a regulamentação da oferta de Educação do
Campo no Sistema Estadual de Educação de Alagoas.
2. BREVE HISTÓRICO DA ESCOLA DO CAMPO NO BRASIL E EM ALAGOAS
Desde o início da colonização do Brasil, a educação das classes populares não tem sido uma
preocupação dos governos, sendo a educação rural tratada como um simples apêndice da educação
urbana. A educação do povo, de uma maneira geral, é considerada um privilégio, esteve e (ainda) está
voltada para os interesses da classe dominante, em atendimento às elites.
No início da colonização, os jesuítas, com o intuito missionário e evangelizador de levar a religião
24 Composição da Comissão do CEE/AL: Conselheiros - Luis Henrique de Oliveira Cavalcante, Sara Jane Cerqueira Bezerra e Assessoria Técnica
Pedagógica do Conselho - Ângela Márcia dos Santos e Mª Aparecida Queiroz de Carvalho. 25 Da composição da Comissão Ampliada, fizeram parte: representante da Câmara de Educação Básica - CEE - Esmeralda Moura; representante do
FEPEC/AL - José Raildo Ferreira; representante do MST/AL - Luana Pommé da Silva, e representantes da UFAL Campus Maceió - Ana Maria
Vergne de Morais e Sandra Lúcia Lira.
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aos “gentios” e salvaguardar os interesses da coroa portuguesa, trouxeram, para o Brasil, a educação
católica, própria da sua realidade, nos moldes da escola tradicional, importada da Metrópole, sem que
houvesse uma preocupação em preservar os valores culturais aqui existentes. Esta educação tinha por
objetivo converter as populações do novo continente à fé cristã, torná-las súditas dos soberanos cristãos,
incorporá-las culturalmente à cultura europeia, considerada superior pelos missionários. Em alguns
momentos esses objetivos da Companhia de Jesus chocaram-se com os objetivos mercantis da Coroa, e o
que aconteceu foi a dizimação de várias nações indígenas e a invasão das missões jesuíticas para
escravizar os índios, contribuindo para descaracterizar a cultura dos que teimavam em “ficar vivos”, prática
comum em todo período colonial.
A colonização instalou uma sociedade fundamentada na grande propriedade latifundiária, na força
de trabalho dos africanos e indígenas escravizados, no monocultivo e no extrativismo, e na produção
voltada para exportação, controlada pelo monopólio comercial português. Nesta sociedade apenas uma
parte da elite latifundiária se educava: apenas os filhos homens dos senhores de terras e escravos que
eram preparados para as funções de comando da produção privada e do aparelho estatal colonial.
No séc. XIX são ampliadas as opções de formação letrada, com a chegada da Família Real
portuguesa em 1808 e após a transição que leva à declaração de Independência, em 1822. Essa ampliação
das instituições educacionais é lenta, sempre voltada para os filhos da elite latifundiária, e nos centros
urbanos acessível, apenas para as camadas médias.
Na época do império, a Igreja Católica, através das congregações religiosas, continuou a
demonstrar preocupação com a educação, instalando escolas de ensino médio para as classes médias do
meio urbano, mas o meio rural continuou sempre relegado ao abandono, pois apenas a elite latifundiária
tinha acesso às escolas, e, para isso, os jovens deslocavam-se para as capitais das províncias, para a
Corte ou para a Europa.
Na velha república (1889 a 1930), continua a não haver preocupação em desenvolver uma
educação para o meio rural, sendo esta ignorada pelas autoridades competentes. Nessa época – início do
processo de industrialização, nas primeiras décadas de 1900 –, consolida-se a visão urbano-industrial,
começando a aparecer os movimentos migratórios do campo para a cidade, e a chegada de imigrantes
europeus e asiáticos nas regiões sudeste e sul do país.
Como em todo processo urbano-industrial, também no Brasil há um estímulo ao êxodo-rural com a
política nacional desenvolvimentista de Vargas. A partir da década de 50 do séc. XX, o crescimento
populacional do país se dá com maior intensidade nas cidades e o êxodo rural contribui para a inversão da
relação rural X urbano na composição da população.
No contexto do pós-II Guerra Mundial e da nova divisão geopolítica internacional, inclusive com a
Guerra Fria, aumenta a influência norte-americana nos aspectos econômicos e culturais na América Latina.
O papel da educação começa a ser enfatizado no aspecto da formação da força de trabalho, e a
transferência das tecnologias criadas no período da guerra para o complexo produtivo industrial exige uma
mudança nos sistemas educativos, tanto na educação básica propedêutica como na educação
profissionalizante. Assim, a escola básica brasileira que até o início do séc. XX não se preocupava em
formar mão-de-obra, porque os trabalhadores não se escolarizavam, foi sendo modificada. A partir da
década de 30, o sistema educacional incorporou a necessidade de formar a força de trabalho urbano-
industrial, nas décadas seguintes, passou a incorporar a necessidade de modernização técnica da produção
rural.
No período 1945 a 1964, destaca-se a criação da Comissão Brasileiro-Americana de Educação das
Populações Rurais (CBAR), sob a orientação dos Estados Unidos, destinada à implantação de projetos
educacionais na zona rural, aparecendo, nessa época, as Missões Rurais, de inspiração e financiamento
americanos, sob o patrocínio da American Internacional Association for Economic and Social Development
(AIA) e a educação de adultos, visando erradicar o analfabetismo.
Em 1948, foi criada, em Minas Gerais, a Associação de Crédito e Assistência Rural (ACAR) (depois
EMATER), embrião da Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural (ABCAR), criada em 1956, para
coordenar programas de extensão rural e captar recursos técnicos financeiros.
Os programas de extensão rural atuavam como um movimento ideológico, sob a orientação dos
EUA e com os objetivos de combater a carência, a subnutrição, a ignorância, principalmente no meio rural,
buscando a organização comunitária do homem do campo, mas sempre submetidos à dependência e à
vontade dos grupos hegemônicos no poder, por isso a forma de produzir tradicional e a cultura camponesa
foram qualificados como atrasados e improdutivos. Esse processo está vinculado à expansão da Revolução
Verde: tecnificação e submissão da agricultura ao processo industrial, com a transferência das tecnologias
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de guerra para a produção agrícola (tanques transformados em tratores, armas químicas transformadas em
agrotóxicos, etc). Assim, a educação rural passa a ter o papel de criar o espaço propício à modernização
técnica do campo.
Ainda nessa época, em 1952, são criados a Campanha Nacional de Educação Rural e o Serviço
Social Rural destinados à preparação de técnicos para a educação de base rural e programas de melhoria
de vida do rurícola, mas sempre a serviço da ideologia do sistema capitalista. Em geral, esses programas e
projetos de formação técnica destituíam de valor o saber-fazer dos/as e trabalhadores/as rurais e forçavam
a incorporação – por eles e elas – de um saber e de uma técnica que, muito distantes de sua realidade, não
conseguiam articular com o que vinham fazendo, com as suas formas próprias de lidar com a terra, de
trabalhar, de viver. Esse “personagem” construído socialmente a partir de certas perspectivas sobre o
homem e a mulher do campo foi, ao longo de décadas, reinventado pela literatura, bastando tomar como
exemplo a figura emblemática do Jeca Tatu, de Monteiro Lobato, bem como, uma certa visão sobre o
campo e o rural como “naturalmente” geradores de miséria e “carência”, eternizados nas belas canções
entoadas pelo inesquecível Luiz Gonzaga. Em ambos os casos, tratava-se de ir consolidando uma
identidade nacional, que justificava a necessidade dos “milagrosos” programas e projetos importados pelos
governos brasileiros, pois a mistificação da modernização e tecnificação levavam à crença de que tudo que
vinha da cultura urbano-industrial era bom, representava progresso, avanço.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 4.024/1961, deixou nas mãos dos municípios
a estrutura e organização do ensino fundamental, omitindo-se com relação à escola rural, que, devido à
falta de condições objetivas de funcionamento, iniciou um processo de deterioração, submetendo-se aos
interesses urbanos.
Segundo LUNAS/ROCHA (2009, p.17),
A partir da década de 60 os movimentos sociais e sindicais começaram a lutar de forma
mais incisiva contra a lógica excludente historicamente existente no Brasil de uma
educação como direito de poucos, enquanto que a maioria do povo brasileiro estava fora do
acesso a este direito fundamental. O campo tornou-se importante referência de diferentes
lutas e iniciativas de educação popular (educação política, formação de lideranças,
alfabetização, formação sindical e comunitária), nas quais os movimentos sociais e
sindicais organizados buscavam estimular e recriar uma compreensão de classe
organizada, assim como desenvolver o sentimento de pertencimento desses povos a seus
territórios e comunidades, articulados na luta pelo acesso e posse da terra, pela garantia de
políticas de moradia, emprego e renda, saúde integral pública e gratuita, Educação do
Campo, transporte, lazer, entre outras a essas articuladas.
No contexto da efervescência democrática do final da década de 50 e início da década de 60, no
Brasil, os segmentos populares e parte da intelectualidade brasileira engajam-se nas lutas por reformas no
país, as chamadas “reformas de base”: reforma agrária, reforma educacional entre outras levantaram o
debate, e os movimentos camponeses, e o movimento estudantil realizaram grandes manifestações e
mobilizações. Nos campos e nas cidades, o debate democrático sobre qual modelo de desenvolvimento o
país precisava levantava polêmicas e colocava em confronto os interesses antagônicos. Nessa época, são
criados os Centros Populares de Cultura (CPC), de orientação de esquerda e o Movimento de Educação de
Base (MEB), da Igreja Católica, ambos com influência marcante de Paulo Freire, que se destinavam à
alfabetização de adultos e à educação popular e educação pelo rádio, trabalhando com o homem e a
mulher do campo (Ligas Camponesas), sindicatos de trabalhadores/as rurais, numa tentativa de diminuir o
analfabetismo, lutando pela reforma agrária e pela justiça social no campo.
A fim de barrar essa onda de “subversão”, vinda do campo e das classes populares, foram
assinados convênios assistenciais/educativos entre o Brasil/EUA, surgindo a Aliança para o Progresso, que
objetivava “trazer desenvolvimento” para o Brasil e livrar da subversão cubana que rondava o país. Esse
programa, de caráter meramente assistencial e paternalista, não levava a nenhuma transformação social
profunda, contribuindo para o país ficar mais dependente dos Estados Unidos, numa tentativa de anestesiar
as consciências que despertavam para a luta por justiça social.
Seria interessante realçar aqui, a importância do trabalho de Paulo Freire em educação popular,
que se constitui um marco da educação brasileira. Infelizmente, a ditadura militar, implantada a partir do
golpe de 64, interrompeu este trabalho, impedindo que milhares de homens e mulheres das periferias das
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cidades e do campo, fossem alfabetizados com consciência de sua realidade e de seus direitos,
condenados, historicamente, ao analfabetismo.
De 1964 a 1985, período da ditadura militar, foi quando se intensificou mais o êxodo rural,
principalmente para os grandes centros urbanos, levado pela onda desenvolvimentista preconizada pelos
militares, que aportou no Brasil do “ame-o ou deixe-o”, ocorrendo assim o fenômeno da urbanização
acelerada, esvaziando, cada vez mais, o campo. Se observarmos os dados divulgados pelo IBGE a respeito
da evolução da população por situação de residência, vamos ver que até os anos 50 mais de 60% da
população brasileira vivia nas áreas consideradas rurais. Já nos anos 70 essa situação se inverte e
passamos a ter 60% da população brasileira vivendo em áreas caracterizadas pelo IBGE como urbanas.
Nesta fase, consolidou-se o modelo de dependência econômica aos países do bloco capitalista.
O estado de Alagoas com população de aproximadamente 3.120.922 habitante e densidade
demográfica de 112,39, é a 16ª unidade federativa menos populosa do país, segundo o Censo 2010. Com
área de 27.767,661 km², com 102 municípios, tem como capital a cidade de Maceió. O estado é
oficialmente subdividido em três mesorregiões (Leste Alagoano, Agreste e Sertão Alagoano). No ano de
2013 a estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) apresentou um crescimento de 3,3%, índice acima da
média nacional, cuja estimativa foi de 2,3%.Tem a agricultura, o extrativismo, a pecuária, a indústria e o
turismo como principais atividades econômicas e, ao longo dos anos, mantém o pior Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil — 0,63.
Com a Lei nº 5.692/71, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o homem/mulher do meio rural
continuaram sendo ignorados em sua realidade sócio-cultural, uma vez que a referida lei não incorporou as
exigências do processo escolar rural de uma política educacional específica. Para atender ao princípio da
descentralização, defendido pela lei, o ensino rural foi induzido à municipalização.
(...) em Alagoas, o período de crescimento mais nítido de sua oferta escolar ocorreu a partir
da ditadura militar, sob a égide da Lei 5.692/71, de cunho municipalizante. Naquele período
tivemos uma maior integração produtiva da economia nordestina à economia nacional,
demandando modernização. Por isso, o governo federal investiu na expansão da rede
escolar, induzindo um processo de repasse de responsabilidades aos municípios, ainda
tendo a instância estadual como coordenadora do sistema. Nas décadas de 1980/90 o
governo federal passou a lidar diretamente com os municípios, financiando principalmente a
construção de prédios escolares através do FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento do
Ensino - que administra os recursos do Salário-Educação, quota federal. Tal processo
ocorreu sem nenhum planejamento de rede, mas ao sabor das negociações políticas entre
Prefeitos e MEC, mediadas pelos parlamentares da bancada federal que ocuparam esse
espaço através da atuação direta ou de escritórios especializados em projetos padronizados
e “lobies”. No caso de Alagoas, extremamente dependente dos recursos federais e das
políticas a eles subjacentes, recrudesceu o processo de municipalização, que preferimos
chamar de “prefeiturização” , isto é, a responsabilização das prefeituras pelo serviço
público, com ausência de responsabilidades dos demais entes federados (...) (LIRA, 2001).
O I Plano Nacional de Desenvolvimento e o Plano Setorial de Educação Cultura e Desportos
(PSECD) -1975/79 e 1980/85-, assumiu a educação como um fator econômico, com a finalidade de formar
mão-de-obra mais qualificada para a expansão econômica, período em que a tendência pedagógica
adotada foi a tecnicista. Com este Plano foram criados novos projetos no MEC como o PRONASEC, o
EDURURAL e o MOBRAL, sempre voltados para os interesses das classes detentoras do poder.
O PSECD, voltado para os setores de baixa renda, pretendia reduzir as desigualdades sociais das
periferias urbanas e meio rural, levando o ensino fundamental ao campo, mas sem uma preocupação com
os problemas da educação do campo, tais como: professor leigo, adequação curricular, estrutura física,
entre outros, visando quebrar ou atenuar as tensões existentes. No entanto, tem que se levar em
consideração que tais problemas não são inerentes à realidade campesina, mas construídos historicamente
pelo descompromisso com a educação do campo.
Segundo Leite (2000), o PRONASEC foi criado através das proposições contidas no III Plano
Setorial de Educação, Cultura e Desporto (PSECD), e tinha como principal proposição a expansão do
ensino fundamental no campo, a melhoria do nível de vida e de ensino e a redução da evasão e da
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repetência escolar, além da redistribuição equitativa dos benefícios sociais.
O EDURURAL, financiado pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD),
criado para o Nordeste, atuou entre 1980 a 1985, objetivando a ampliação das condições de escolaridade
do povo nordestino, mediante melhoria da rede física e dos recursos materiais e humanos disponíveis. No
entanto, no fundo mesmo, o que queria era diminuir tensões sociais no campo, evitando assim, o
aparecimento de focos de subversão.
O Programa do MOBRAL, que também atuava no campo, visava alfabetizar e promover o aumento
e aceleração da produção, sem a preocupação de buscar soluções para os problemas sociais do campo,
passando apenas ensinamentos mínimos necessários para garantia do modelo capitalista-dependente e
dos elementos básicos de segurança nacional. O saldo desse programa é negativo e o analfabetismo não
foi erradicado no país até os dias de hoje.
Para Alagoas temos a seguinte análise sobre a expansão da escolaridade básica:
Essa expansão desordenada da rede escolar (municipal) foi realizada sem o menor
planejamento, sem articulação com a rede estadual de ensino, seguindo apenas os critérios
políticos imediatistas. Sequer se perguntou, à época, que impacto haveria nas despesas
com custeio dos prédios, salários de professores, material de consumo, etc. Inaugurar
escolas nas sedes das fazendas de correligionários políticos e dar emprego de professora a
alguém por eles indicada, fez parte do comportamento dos dirigentes municipais. Afinal, de
tão antiga, esta prática lhes parecia ”natural”.(...)
Os municípios alagoanos, até a década de 90 do século XX, assumiram o maior número de
matrículas de Educação Infantil e Ensino Fundamental e um alto percentual de matrículas
do Ensino Médio, apesar de possuírem a menor parcela dos recursos públicos disponíveis
para a Educação (...)
Portanto, não se pode falar, em Alagoas, que houve um processo de descentralização ou
democratização do ensino, mas um abandono por parte da rede estadual e uma sobrecarga
das redes municipais, que passaram a realizar uma oferta de baixíssima qualidade: com
professores não titulados, recebendo salários abaixo do salário-mínimo (em 95% dos
municípios até 1997) e atrasados, com classes predominantemente multisseriadas, escolas
isoladas, unidocentes, sem infra-estrutura básica, com altas taxas de reprovação,
repetência e abandono. (LIRA, 2001)
O que se tem observado, ao longo da história da educação brasileira, é que a educação do povo e,
mais ainda na realidade rural, nunca foi prioridade dos governos, sendo sempre negada. Mesmo quando ela
acontece, sempre existe como pano de fundo, o estar a serviço da classe dominante e do sistema
capitalista internacional. À maioria da classe trabalhadora é negado o direito de vivenciar a cidadania,
porque sempre são excluídos do processo sócio-político, recebendo os “pacotes” já prontos, sem opinar
sobre nada. Para a classe trabalhadora, apenas as “sobras” da burguesia, um conhecimento voltado para
inserção do indivíduo no mercado de trabalho em posição subalterna, um conhecimento alienado, imposto
de cima para baixo, fora da realidade; uma educação preventiva, asséptica, que possa servir de consolo a
quem já não dispõe de muita coisa, a não ser o direito de se conformar, mesmo porque muitos não têm
consciência clara de seus direitos. Nesta escala hierárquica o campo também é submetido ao poder
econômico urbano-industrial; para as escolas do campo as carteiras velhas das escolas urbanas, a
merenda que sobrou da cidade, quando sobra, a transferência da professora que votou contra o político que
se elegeu, como castigo; a indiferença dos governos e sua falta de vontade política em buscar soluções
para os desafios/problemas do campo; a carência de políticas públicas voltadas para essa educação.
Conforme LUNAS/ROCHA (op. cit, p.19),
A plena promoção da cidadania entre as populações rurais e o próprio incremento de
capacidade produtiva dos agricultores familiares demanda políticas educacionais
adequadas ao desenvolvimento sustentável do meio rural. É impossível pensar em
mudanças se não se altera a situação educacional de precariedade que ainda existe no
campo, tais como:
altos níveis de analfabetismo e fechamento das escolas nas pequenas
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comunidades;
nucleação de escolas sem critérios e sem diálogo com as comunidades;
ausência de escolas que asseguram a continuidade de estudo dos povos do campo
(especialmente os jovens) no próprio campo, para além das séries iniciais do Ensino
Fundamental;
dificuldade de acesso dos/as trabalhadores/as a informações necessárias ao
desenvolvimento de novas tecnologias de produção e comercialização.
A Lei 9.394/96, na sua feitura inicial, foi diferente, contou com muita participação da sociedade civil,
e muita pressão do movimento social. As classes populares, sindicatos de professores e outras instituições,
como igrejas, partidos políticos, associações, grupos e movimentos organizados discutiram e opinaram
sobre a nova lei. Entretanto, depois de longo período de debate e de construção de uma LDB cidadã, ou
que atendesse aos interesses, pelo menos em parte, das classes populares, o relatório aprovado na
Comissão de Educação e Cultura (relator Jorge Hage) ao chegar na Comissão de Justiça, da Câmara
Federal, foi submetido a uma nova relatoria (Ângela Amin) e rediscutido e os pontos mais polêmicos – a
criação do sistema nacional de educação, a gestão democrática e o financiamento foram alterados. Por
outro lado, o Senado deu tramitação ao projeto do então senador Darcy Ribeiro assessorado por técnicos
do governo federal, acirrando polêmicas. O texto final da LDB recuou em muitos aspectos das propostas
mais democráticas e, apesar de apresentar alguns avanços, não tocou nos pontos fundamentais que
poderiam levar a uma mudança substancial na educação e, consequentemente, na realidade. Na verdade,
não é interesse dos governos e parlamentares conservadores adotar princípios e institucionalizar posturas
que possam contrariar o capital internacional ou “subverter” a ordem vigente “já consolidada” de nossa
história.
De acordo com LEITE (1999, p. 54),
A atual Lei de Diretrizes e Bases promove a desvinculação da escola rural dos meios e da
performance escolar urbana, exigindo para a primeira um planejamento interligado à vida
rural e de certo modo desurbanizado. Porém, não estão explicitamente colocados, na nova
LDB, os princípios e as bases de uma política educacional para as populações campesinas.
Alguns avanços superficiais podem ser observados na nova lei, tais como: adequação do calendário
escolar às especificidades de cada região, adaptação do currículo à zona rural com base numa visão
ecológica, mas enaltecendo sempre o papel da municipalização e apontando para a criação de sistemas de
educação, sem que, ainda, muitos municípios estejam preparados para tal.
Resumindo, Leite nos aponta, com muita propriedade, alguns pontos que precisam ser refletidos
sobre a realidade da escola do meio rural, a saber:
(…) desvalorização da sua cultura com forte infiltração da cultura urbana; presença do
professor leigo, clientelismo político, baixo índice salarial; distâncias entre locais de
moradia/trabalho/escola; distanciamento dos pais em relação à escola; currículo
inadequado, estruturação didático-metodológica deficiente, desrespeito à sazonalidade da
produção, ausência de orientação técnica e acompanhamento pedagógico, bem como de
material de apoio escolar; instalações precárias, finalmente, ausência de recursos
financeiros, humanos e materiais. (LEITE op. cit. p. 55 e 56).
Segundo Fernandes,
Historicamente, o conceito educação rural esteve associado a uma educação precária,
atrasada, com pouca qualidade e poucos recursos. Tinha como pano de fundo um espaço
rural visto como inferior, arcaico. Os tímidos programas que ocorreram no Brasil para a
educação rural foram pensados e elaborados sem seus sujeitos, sem sua participação, mas
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prontos para eles. FERNANDES (2006, p. 3).
Diante dessa trajetória com tantos desafios, e a partir das experiências concretas de processos
educativos vividos no seu interior, os movimentos sociais do campo passam a se organizar e a pautar a
demanda por uma educação do campo que respeite a identidade de classe e cultural dos camponeses. A
percepção de um projeto de desenvolvimento, que está em curso, vinculado ao agronegócio, em detrimento
de um desenvolvimento sustentável baseado em matrizes agroecológicas de produção e de
desenvolvimento do ser humano, em todas as suas dimensões, no próprio local onde vive, impulsiona uma
articulação por uma educação do campo por parte dos próprios sujeitos envolvidos.
Assim, segundo FERNANDES (2006, p. 3) com o crescimento das lutas sociais no campo, passa a
ser forjado o paradigma da educação do campo de forma sistemática:
A ideia de Educação do Campo nasceu em julho de 1997, quando da realização do
Encontro Nacional de Educadoras e Educadores da Reforma Agrária – ENERA, no campus
da Universidade de Brasília - UnB, promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra – MST, em parceria com a própria UnB, o Fundo das Nações Unidas para a
Infância – UNICEF, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura –
UNESCO e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. No processo de
construção dessa ideia, foram realizados estudos e pesquisas a respeito das diferentes
realidades do campo. A partir dessa práxis, começamos a cunhar o conceito de Educação
do Campo. Esse processo começou com a I Conferência Nacional Por Uma Educação
Básica do Campo, realizada em 1998. Com a realização da II Conferência Nacional Por
Uma Educação do Campo, em 2004, já estamos vivenciando uma nova fase na construção
deste paradigma.
Nesse período, em termos legais, alguns avanços em relação ao direito à educação do campo são
conquistados, abrindo possibilidade para que os próprios sujeitos pudessem realizar suas experiências. Em
1997 é instituído o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA. É importante
resgatar que Segundo Caldart (2008) há uma diferença entre educação no e do campo. Nesse sentido,
educação NO campo, refere-se ao direito que os sujeitos do campo têm de estudar no local onde vive e
educação DO campo sinaliza para uma educação com os sujeitos e vinculada à cultura e as suas
necessidades humanas e sociais.
Em seguida, a Resolução nº 1, de 03 de abril de 2002, da Câmara de Educação Básica do
Conselho Nacional de Educação e sua Câmara de Educação Básica, instituiu as Diretrizes Operacionais
para a Educação Básica nas Escolas do Campo e a Resolução Nº 2, de 28 de abril de 2008, que estabelece
diretrizes complementares, normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de
atendimento da Educação Básica do Campo.
Contudo, a Resolução nº 04, de 13 de julho de 2010 define a Educação do Campo como
modalidade, indo no sentido contrário ao que os movimentos sociais têm defendido desde sempre, por
entender a Educação do Campo como uma especificidade presente em todas as modalidades de ensino,
com um leque de realidades específicas, com interesses diversos dentro da pluralidade e multiculturalidade
da realidade brasileira como um todo.
Em 4 de novembro de 2010, o Decreto nº 7.352, da Presidência da República, dispõe sobre a
política de educação do campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA), e
aponta um norte nesta direção, tornando a educação do campo uma política pública.
O mais recente dispositivo legal foi promulgado em 27 de março de 2014, a Lei nº 12.960/2014 que
altera a atual LDBEN (no
9.394, de 20 de dezembro de 1996), acrescentando um parágrafo que estabelece
as diretrizes e bases da educação nacional, para fazer constar a exigência de manifestação de órgão
normativo do sistema de ensino para o fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas. Este
último surge em consequência da aceleração do fechamento das escolas do campo nessas primeiras
décadas do séc. XXI, fenômeno mais uma vez denunciado pelas universidades, movimentos sociais e
organizações correlatas. Entre 2003 e 2012, foram fechadas 50% das escolas do campo no estado do
Ceará, e 32% das escolas do campo em Alagoas, Piauí e Rio Grande do Norte. Este fato é fruto tanto da
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mudança demográfica como da política de nucleação de escolas, obrigando, em diversos casos, os alunos
a se deslocarem para a cidade ou abandonarem os seus estudos, e da própria desvalorização com que os
municípios e estados lidam com as escolas do campo.
Portanto, apesar de diversos dispositivos legais, há ainda muitos desafios na implementação da
política para a Educação do Campo. Nas últimas décadas, vários programas foram realizados na tentativa
de dirimir tantos problemas. Como já citado, a alfabetização de jovens, adultos e idosos se mantém como
tema de reflexão da sociedade brasileira. Além dos já citados, surgiu ainda em 1997 o programa
Alfabetização Solidária, também fracassado na erradicação do analfabetismo em Alagoas.
Na mesma linha surgiram outros programas, como o Programa Brasil Alfabetizado em 2003, vigente
até os dias de hoje, funcionando como programa no estilo de campanhas assistenciais e compensatórias
que não envolvem os sujeitos no processo do conhecimento e não têm, portanto, potencial para, de fato
respeitar a identidade dos povos do campo e erradicar o analfabetismo.
Há ainda, programas pontuais como o MOVA BRASIL, em parceria com empresas que visam
cumprir com a sua “responsabilidade social”. Por outro lado, as experiências dos movimentos sociais, por
exemplo: a Campanha de Alfabetização, a partir do método cubano “Sim, eu posso!” funcionaram e ainda
resistem em alguns assentamentos e acampamentos. No entanto, sem o apoio dos municípios na
contratação dos professores, a realidade continua desafiadora. No meio rural, o índice de analfabetismo
chega de 40% a 50% em alguns municípios alagoanos.
Em contraposição aos programas em curso implementados sem discussão junto aos movimentos
sociais desde a sua concepção, o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) surge
em 1997 a partir da união entre o MST e as Universidades. Em Alagoas pautando a Pedagogia da
Alternância, o programa se inicia em 1998 atendendo à Educação de Jovens e Adultos em assentamentos
da reforma agrária estendendo-se até 2003.
Assim, apesar do cenário durante e após a ditadura, em nível nacional, algumas experiências
pedagógicas como a Pedagogia da Alternância e a Escola Itinerante estão sendo desenvolvidas através dos
movimentos sociais do campo e necessitam de um maior apoio, devido a sua inovação e atuação exitosa.
No Brasil, a denominada Pedagogia da Alternância foi introduzida, em 1969, no estado do Espírito
Santo através do Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo (MEPES) se expandindo
rapidamente através das ações educativas da educação jesuítica. Segundo marco regulatório desta
pedagogia (BRASIL, 2006), no Espírito Santo e em mais quinze estados brasileiros, a alternância mais
efetiva é a que associa meios de vida sócio-profissional e escolar em uma unidade de tempos formativos.
Para a Pedagogia da Alternância, a vida no campo também é espaço de aprendizagem. Essa estratégia
metodológica é caracterizada por alternar períodos no espaço escolar (tempo-escola) com períodos na
comunidade onde o estudante está inserido, considerando que estes espaços diferenciados contribuem
para o desenvolvimento do processo de formação. Segundo Gimonet (2007), a Alternância baseia-se em
pilares como formação integral, desenvolvimento do meio e associação local. O Conselho Nacional de
Educação em 1º de fevereiro de 2006, aprova o Parecer CNE/ CEB n. 01/2006 que dispõe sobre dias letivos
para a aplicação da Pedagogia de Alternância nos Centros Familiares de Formação por Alternância
(CEFFA), regulamentando assim a Pedagogia da Alternância no Brasil.
Podemos citar dois exemplos de experiências de Alternância em Alagoas. O primeiro, em 2011,
quando as primeiras turmas do Programa Pró-Jovem Campo - Saberes da Terra do governo federal em
articulação com o governo estadual. A turma organizada pelo MST em Atalaia funcionou em regime de
alternância em etapas de 15, 20, 30 e 40 dias, alternando o tempo escola em que ficavam internos no
Centro de Formação Zumbi dos Palmares/Atalaia e no restante do tempo em que desenvolviam as
atividades práticas de acordo com o que foi trabalhado na escola, no chamado Tempo - Comunidade.
Dessa maneira os trabalhadores puderam optar e adequar o calendário escolar com o calendário da
agricultura local, período em que a maioria dos agricultores/as está em atividade na roça e motivo da
evasão dos estudantes do campo.
Um segundo exemplo de alternância, ocorre com a implantação do curso de Licenciatura em
Educação do Campo (Procampo), desenvolvido pela Uneal, onde são alternadas atividades realizadas na
Universidade, denominadas Tempo-Escola e nas comunidades rurais, conhecidas por Tempo-Comunidade.
A Pedagogia da Alternância em Alagoas encontra alguns obstáculos diante da estrutura pré-estabelecida de
organização dos sistemas de educação e o pouco conhecimento dos gestores acerca de seu
reconhecimento pela legislação vigente. Após o 4º período, a turma será dividida pelas duas áreas de
concentração: Línguas, Artes e suas Literaturas e Ciências da Vida, da Natureza e Matemática, tendo como
eixo central a educação do campo. Destaca-se a necessidade de regularizar este curso na Uneal, isto que a
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turma tem tido inúmeros prejuízos com as grandes demoras no repasse dos recursos, chegando a ter
períodos de quatro a oito meses de interrupção.
No que se refere à Escola Itinerante, segundo o Referencial para Elaboração do Projeto Político-
Pedagógico – Escolas Itinerantes em Alagoas, elaborado pelo PROER – SEE/AL em 2006: “Escola
Itinerante” foi o nome escolhido pelo MST, por significar que esta escola acompanha o itinerário do
acampamento até o momento em que as famílias acampadas chegam à conquista da terra. O nome
Itinerante “significa também uma postura pedagógica de caminhar junto com os movimentos sociais, o que
sinaliza um grande avanço no sentido de afinidade entre os processos formais de escolarização, as
vivências e práticas educativas do movimento social organizado.” (CAMINI, 2009). A Escola Itinerante
acompanha o deslocamento das famílias Sem Terra em situação de itinerância pela desapropriação das
terras improdutivas e implantação do assentamento, enquanto estão acampados. Dessa forma, resgata a
dignidade e garante o direito à educação às crianças, jovens e adultos acampados, tendo como princípio
básico a democratização da gestão escolar, que se materializa na participação da comunidade, na gestão
administrativo-financeira e na direção coletiva dos processos pedagógicos, de forma dinâmica e
organizada.
Em Alagoas, a Escola Itinerante foi implantada em 2006 e foi se desenvolvendo com êxito
pedagógico. No entanto, o debate político financeiro na estrutura de estado inviabilizou a continuidade de
alguns convênios firmados com os movimentos sociais do campo. A Comissão Pastoral da Terra (CPT), a
duras penas, num tenso debate com a SEE/AL vem mantendo oito salas de aula da Escola Itinerante em
cinco acampamentos. Vale ressaltar que, em um encontro realizado entre representantes da SEE/AL e a
CPT, foi recentemente instituída a Comissão Intersetorial para a implementação e implantação do Projeto
Escola Itinerante na Rede Pública de Ensino do Estado de Alagoas através da Portaria nº 1.507/2014 –
SEE/AL, de 4 de junho de 2014.
Uma demanda que precisa ser considerada e atendida é a realidade de sala multisseriada. Classes
Multisseriadas são caracterizadas pela oferta simultânea de várias séries ou ano escolar numa mesma
turma, com regência/responsabilidade de um/a único/a professor/a. Segundo o Censo Escolar/2013, o
Brasil conta com cerca de 88.261 turmas multisseriadas. Apesar de ter este número expressivo, ainda há
uma grande invisibilidade de estudos e pesquisas a este respeito.
Nas últimas décadas, tem-se estimulado a política de extinção dessas turmas, através de ações de
nucleação e do aumento da oferta de transporte escolar. Dados desse mesmo censo, denunciam que
44.599 estabelecimentos de ensino foram fechados. Em Alagoas, os dados também chamam à atenção. O
Censo Escolar de 2013 indica que, no período de 2003 a 2012, 795 escolas foram fechadas nos campos
alagoanos. A maioria dessas escolas fechadas é constituída de pequenas unidades escolares que atendiam
a alunos das comunidades ao seu entorno e se organizavam a partir do modelo de classes multisseriadas.
Alguns estudos realizados acerca do processo de nucleação de escolas do campo no Brasil têm
refletido a respeito da maneira como esse processo vem se dando, quase sempre, sem nenhuma consulta
às comunidades rurais; desconsiderando os impactos socioculturais do fechamento de escolas e do
consequente deslocamento de crianças e adolescentes do campo para escolas urbanas, considerando,
preponderantemente, critérios financeiros e administrativos, em detrimento de uma análise mais
aprofundada a respeito, que considere as vantagens e desvantagens sociais e pedagógicas desse
procedimento feito de forma indiscriminada e arbitrária. Os referidos estudos ainda sugerem que há uma
necessidade de mais reflexão sistematizada acerca dos limites e potencialidades pedagógicas das classes
multisseriadas. Em geral, temos visto argumentos que apontam a classe multisseriada como um “modelo”
de organização escolar-didática que, por si, leva ao fracasso escolar. No entanto, tais escolas e turmas
exigem uma especificidade na formação docente; no manejo das relações em sala de aula (dos alunos
entre si, dos alunos com os professores e dos alunos com os saberes diversos); na seleção e uso de
materiais didáticos específicos para esse desenho escolar; além da atenção necessária na relação da
escola com a comunidade.
O respeito a essas especificidades, pelo que se sabe, ainda não teve lugar na História da Educação
do Campo no Brasil. Isso leva a questionamentos se as “mazelas” apontadas historicamente como
próprias/inerentes do “modelo” multisseriado são, efetivamente, próprias dele ou reflexos da ausência de
políticas que atendam a essas especificidades. Essa realidade tem se agravado devido à ausência de
políticas públicas voltadas para esse contexto. As únicas iniciativas de caráter nacional destinadas a estas
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classes foi o Programa Escola Ativa26
, desenvolvido entre 1997-2012.
Em 2013, o Movimento de Trabalhadores Sem Terra (MST) estimulou, à nível nacional a campanha:
“Fechar Escola é Crime!”, pois mais de 24 mil escolas do campo foram fechadas em uma realidade onde a
maioria das escolas que existem estão em condições precárias. Assim, o MST, a partir da luta pela terra,
tem demonstrado o potencial de organização quando alia esses direitos fundamentais a um projeto popular
dos/as trabalhadores/as. É nossa responsabilidade dar visibilidade a essas questões e construir lutas que
visem à garantia desses direitos básicos. Essa campanha tem o objetivo de defender a educação pública
como um direito de todos/as trabalhadores/as. Para que isso se concretize, é importante mobilizar
comunidades, movimentos sociais, sindicatos, enfim toda a sociedade para se indignar quando uma escola
for fechada e lutar para mudar esta realidade.
3. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A REALIDADE NO MEIO RURAL
A alta concentração de terra e renda no Brasil e em especial em Alagoas, a monocultura da cana de
açúcar ou eucalipto em grandes extensões de terra ou a mineração, dominadas por uma minoria
reproduzem as desigualdades históricas e a escolha por um projeto de desenvolvimento vinculado ao
agronegócio em detrimento do ser humano.
A realidade do meio rural, principalmente nas regiões do nordeste, salvo algumas poucas exceções,
apresenta um quadro de abandono, por parte das autoridades competentes. Esse abandono pode ser
constatado, em todas as dimensões, desde os graves problemas de infra-estrutura, até a ausência de
informações. A falta de condições dignas como: água, energia elétrica, estradas e transporte; assistência
hospitalar e médico-odontológica; escola de qualidade; moradia; falta de terra para o trabalho e linhas de
financiamento da produção, entre outros pontos, evidenciam a falta de uma política agrícola e agrária com
vistas ao desenvolvimento social e não apenas ao crescimento econômico.
No caso específico de Alagoas, nos últimos anos, tem ocorrido a falência de algumas usinas, maior
fonte de renda do Estado, devido, em parte, à baixa produtividade da monocultura canavieira e a problemas
climáticos de falta de chuva, mas, principalmente, à mundialização da economia, à transnacionalização do
capital e à mecanização da agroindústria em outras regiões do país, que têm interferido na qualidade de
vida dos povos do campo. Por outro lado, a falta de pesquisa no campo, de implantação de outras fontes
alternativas de geração de renda, de trabalho digno, de emprego de recursos tecnológicos, gerou a
indigência social em todas as regiões geográficas do Estado e acelerou a expulsão do homem/mulher do
campo para as grandes cidades.
Em todo o Estado de Alagoas, o latifúndio inviabiliza a manutenção da população no campo,
tornando - o para o trabalhador rural que, por falta da posse da terra, trabalha “alugado”, ou “de meia”, ou
como “arrendatário de uma safra”, ou simplesmente diarista, o que não deixa de ser uma forma de
subemprego e semi-escravidão, quase sempre ganhando um salário vil. Essa realidade fica evidente na
falta de respeito aos direitos de cidadania, como por exemplo: muitos trabalham sem carteira profissional
assinada e, consequentemente, não têm direito a 13º, férias remuneradas, 1/3 de férias e outros direitos
sociais. Ademais, vêm demonstrar a ausência das políticas públicas para assegurar os direitos sociais,
como consequência, os indicadores sociais no campo são os piores: as altas taxas de mortalidade infantil,
as condições físicas de subnutrição crônica, a miséria endêmica, ignorância institucionalizada e os baixos
indicadores educacionais (analfabetismo, evasão, repetência, distorção idade-série) que nos têm
acompanhado por todos esses anos.
Além da pressão do latifúndio que tem como seu par contraditório a propriedade familiar
minifundista, sem espaço e recursos naturais suficientes para manutenção da família e estímulo à sucessão
familiar, observou-se, ao longo do tempo, o descaso e omissão dos governos municipais, estaduais e
federal na busca de soluções ou formas alternativas de superação para esses tão graves problemas do
campo, o que tem contribuído para a expulsão do/a homem/mulher do meio rural para a cidade, onde é
marginalizado/a e se marginaliza, passando a viver quase sempre pior do que estava no campo. As
políticas públicas, durante décadas, tiveram um viés urbanizador e não investiram no campo, pressupondo
o seu esvaziamento populacional.
26. Programa Escola Ativa foi extinto e se transformou no Programa Escola da Terra formalmente instituído pela Portaria Ministerial nº 579 de 2 de
julho de 2013. Este programa, embora tenha sido incluído como uma ação do PRONACAMPO – Programa Nacional de Educação do Campo,
criado em 2012, até o presente momento não se concretizou.
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É nesse cenário, que surgem, há quatro décadas, movimentos sociais organizados em luta pela
terra. Em Alagoas, são diversas as organizações que resistem e propõem projetos de assentamentos da
reforma agrária com o objetivo de proporcionar a produção de alimentos saudáveis, respeitando a cultura e
buscando a garantia de direitos como educação, saúde, lazer, trabalho entre outros. No entanto, o alcance
desses projetos é ainda pequeno, considerando a população do campo e a população que daí já foi
expulsa.
O que se tem constatado, ao longo de todos esses anos, é a falta de vontade política para resolver
os problemas sócio-econômicos com competência e presteza da maioria dos gestores públicos,
preocupados, cada vez mais, em implantar a indústria da seca, lucrativa e operante para eles, buscando
soluções paliativas, anestesiantes, indignas e humilhantes do tipo: cesta de alimento, frentes de trabalho,
construindo relações personalistas, de troca de favores, desrespeitando a coisa pública e os direitos
conquistados pelos cidadãos brasileiros.
O cenário conformado em virtude dessas práticas é o mesmo utilizado como argumento em
propagandas eleitorais como o combate à miséria, às condições indignas de vida, à marginalização social
pelos políticos que, em época de eleição, elegem como pontos de honra a serem atacados: a melhoria da
saúde, a educação de qualidade, a diminuição do desemprego e, consequentemente, melhoria nas
condições de trabalho, além de alardear a sua probidade administrativa, a ordem, a segurança e o respeito
aos direito do cidadão. No entanto, sabe-se que essas melhorias propugnadas nem saem das palavras,
nem do papel, nem atendem aos interesses das classes populares, mas vem para ajudar a garantir votos e
vitória eleitorais e não para trazer benefício para o povo. Verifica-se também, fruto da corrupção e da
impunidade que, quase sempre, os recursos públicos não são usados de forma correta, o que cria um
círculo vicioso, pois esses recursos, no dizer de FERREIRA (2000, p. 21), deveriam ser usados para:
... melhorar as condições de vida dos pobres, assim como impedir a selvageria de um
sistema econômico intrinsecamente perverso, depende de decisões políticas, tomadas por
aqueles que administram esses recursos e legislam regulamentando as atividades de
produção e consumo. Ou seja, a chave das mudanças que seriam necessárias está na raiz
política da exclusão, nas mãos dos políticos que tomam essas decisões.
Por outro lado, a educação oferecida ao meio rural, de um modo geral, não atende aos interesses e
reais necessidades dos sujeitos do campo. Além de a escola do meio rural ser, quase sempre, mais carente
que a sua respectiva escola na cidade, trabalha-se, no meio rural, um currículo igual ao da cidade,
normalmente aligeirado, que pouco ou nada diz de sua vida, do seu “que-fazer”, da superação de limites, do
seu modus vivendi, de seus sonhos, esperanças e utopias. Retornando a FERREIRA (op. cit. p. 20),
Mas, dois terços da população brasileira é constituída por ‘cidadãos pela metade’: devem
cumprir todos os seus deveres e todos os seus direitos são assegurados pela Constituição;
porém, esses mesmos direitos são permanentemente desrespeitados, inclusive porque
nossos ‘meios cidadãos’ não têm consciência de que são portadores desses direitos e não
chegam a reivindicar que sejam respeitados. O Brasil é, por isso, fundamentalmente, um
país de excluídos: mais de cem milhões sofrem cotidianamente um verdadeiro massacre,
no atendimento às suas necessidades de alimentação, de saúde, de educação, de trabalho,
de moradia, para ficarmos no essencial.
Na verdade, como diz ARROYO (1991, p. 12), “A negação do saber interessou sempre à burguesia
que vem submetendo o operariado ao máximo de exploração e de embrutecimento. Interessou ao Estado
excludente que prefere súditos ignorantes e submissos”.
O que se tem constatado, ao longo de todos esses anos, a bem da verdade, é que possuímos duas
escolas, independentemente de ser rural ou não: uma que serve à classe detentora do poder, que deve
formar a elite dominante; outra, quando existe, que se encarrega das classes populares, para ensinar aos
filhos/as dos/as trabalhadores/as a serem “bons” eleitores, alguns rudimentos, a título de verniz, preparando
a mão-de-obra de que as empresas precisam.
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Em se tratando de escola rural, a situação torna-se ainda mais grave, em virtude de ela ter que
“macaquear” a realidade da cidade, adaptando-se a ela, sem se preocupar em buscar outras formas
alternativas de ensinar/aprender que ajudem à superação das desigualdades, nem em novas formas de
abordagens que privilegiem o campo, a sua realidade e o respeito à identidade e ao desenvolvimento dos
sujeitos no local onde vivem, trabalham e produzem a sua cultura, tendo seus direitos respeitados e
propiciando e formação de uma consciência social crítica, através de um trabalho digno e produtivo.
A educação, de um modo geral, está voltada para os interesses do capital internacional, a quem tem
servido durante todos esses anos, não preparando o indivíduo para a cidadania, para que ele seja um
sujeito de direitos; apenas prepara uns poucos para atender aos interesses do mercado. Por isso se fala
nessa pedagogia como a pedagogia da exclusão, como afirma FERREIRA (op. cit. p. 21):
Na verdade, a exclusão tem raízes culturais, econômicas e políticas. As culturas estão na
cabeça das pessoas, acostumadas com o país dividido em dois, com o autoritarismo das
elites e com a aceitação da pobreza pelos oprimidos. Em nossa cultura, a miséria está
banalizada, convive-se com situações inaceitáveis, as favelas se incorporam à paisagem,
evitam-se os moradores de rua sem se indignar com sua redução a trapos humanos.
No entanto, os altos índices de exclusão social que configuram o fracasso da escola, através da
evasão e da repetência, não são inerentes à escola em si, mas, conforme BRANDÃO, (1991, p. 128), “as
dificuldades fundamentais na trajetória escolar da criança pobre estão mais do lado de fora do que do lado
de dentro da sala de aula”.
Especificamente, quando falamos em escola no campo, existe a idéia, para alguns, de que o
rurícola não precisa de muita coisa para sobreviver, mesmo com toda a tecnologia rural vivida nos dias de
hoje e as exigências que o “progresso” requer. Essa escola, então, conforma-se em oferecer um ensino de
segunda categoria, que sirva apenas para ensinar as primeiras letras e fazer as primeiras contas. Afinal, há
quem pense, que quem mora no meio rural não tem mesmo muito que aprender, devendo-se satisfazer com
o pouco que é dado. No máximo, deve-se contentar em assinar o nome, ser um “bom” eleitor, apertando no
botãozinho certo, ter a enxada por caneta e o chão por caderno e pronto.
A escola está completamente desvinculada do trabalho do ser humano, ou seja, do trabalho como
essência do ser humano e, por isso, de seu princípio educativo. A desvalorização do trabalho com a terra e
a água, característicos dos povos do campo, é a tônica dos projetos políticos pedagógicos e das práticas
pedagógicas, ocorrendo ainda a invisibilização do trabalho do agricultor, por exemplo, que produz a maior
riqueza do ser humano: o alimento.
Quando tratado na escola, o tema trabalho, geralmente, aborda uma perspectiva de valorização das
grandes usinas, mineração, da monocultura (produção de eucalipto ou cana de açúcar) e do agronegócio
como sinônimos de desenvolvimento. Os livros didáticos ainda têm esse viés de desvalorizar a produção da
agricultura familiar e valorizar a tecnificação das grandes plantações das propriedades de monocultivo, que
utilizam insumos agroquímicos, transgenia e adotam procedimentos da organização industrial. Essa linha,
em nada contribui com o fortalecimento da identidade dos povos campesinos e dos/as alunos/as, filhos/as
de trabalhadores/as do campo, não respeita sua cultura e tradição, atuando inclusive, na formação de
valores contrários aos seus próprios interesses de harmonia com a natureza. E, principalmente, estimulam o
êxodo rural.
Sem tocar na essência da estrutura escolar, o que se aponta hoje, como alternativa para diminuir a
exclusão social e o fracasso escolar é a aceleração da aprendizagem27. Um recurso que deveria valorizar
os saberes da vida prática do estudante, resgatar o que já construiu e o que está em processo, mas o que
se tem observado, é que esse procedimento tem sido empregado apenas para reduzir o número de alunos
repetentes e em defasagem idade-série, aprovando-os sem um maior acompanhamento pedagógico e sem
compromisso com sua aprendizagem, objetivando reduzir custos e elevar os índices de aprovação. Nesses
casos, está-se tratando o problema de modo superficial. De nada, ou muito pouco, adianta tratar os efeitos,
quando as causas ficam para trás engessadas, encaliçadas e encobertas. O que se precisa é de soluções
que levem em conta todos os alunos, em todos os seus saberes e em todas as suas dimensões de sujeito-
27. Aceleração da aprendizagem consiste em programas em que o estudante defasado e repetente é atendido de forma especial na escola, podendo
concluir uma ou mais de uma série em um período especial, diferente do da escola regular.
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cidadão e não, apenas, que eles sejam um depósito de ensino. Se não se muda a prática pedagógica, as
concepções e práticas do professor, a estrutura seriada, seletiva e excludente da escola pública do campo
ou não, vai fabricar, a cada ano, novos alunos defasados.
A bem da verdade, a utopia28 colocada em termos de escola pública, independentemente de ela
ser urbana ou rural, até mesmo para justificar os investimentos utilizados, é que ela não seja uma escola
qualquer, mas uma escola de qualidade social, democrática e participativa na mais pura expressão da
palavra, universalizada e que atenda aos interesses das classes populares. Contudo, essa é uma luta onde
estão em confronto interesses de classes antagônicas, em que a maioria sempre tem perdido para a
minoria, dona do poder.
Citando ARROYO (op. cit. p. 14 e 19):
Resta saber se agora teremos o direito de propor e de lutar por um tipo de democracia e de
escola que atenda aos interesses das classes trabalhadoras ou teremos que aceitar a
democracia e a escola como valores universais. Assim como, nas décadas anteriores nos
impuseram a crença no desenvolvimento (capitalista) e na escola que lhe era conveniente,
tentam agora nos impor a crença na democracia (liberal) e na escola que lhe convêm.
[...] A invasão da escola pelo povo, sua expulsão precoce, seu péssimo aproveitamento
alarmou alguns, incomodou a muitos. Ensaiaram-se experiências e propostas diversas de
escola para o povo durante essas décadas. A pouca escolarização dada aos filhos do povo
não foi a mesma dada aos filhos das camadas dirigentes. Foi outra, qualitativamente
diferente, feita de ensaios e experimentos. Foi e é uma escola para subalternos, para
condenados ao trabalho desqualificado.
A escola a ser construída é aquela que atenda a um projeto educativo que contribua para que as
classes populares possam sair do marasmo a que foram e estão submetidas em todos esses anos da nossa
história e que possam conquistar, como fruto plantado e colhido de suas mãos, participativamente, a
promoção humana – o direito de ter uma escola que possibilite o acesso ao conhecimento científico e aos
bens culturais historicamente produzidos.
4. A EDUCAÇÃO RURAL/DO CAMPO EM ALAGOAS
A Educação no Campo em Alagoas ocorre desde que comunidades, povoados, assentados,
ribeirinhos, pescadores, quilombolas, indígenas, têm acesso à educação, seja por sua auto organização,
seja através das escolas públicas.
No entanto no que concerne ao Estado, é a partir de 1999 que, de forma concreta, a então
Secretaria Executiva de Educação do Estado inicia um debate sobre a Educação do Campo, após ter
enviado dois representantes para participar da I Conferência Nacional Por uma Educação Básica do
Campo, realizada na cidade de Luziânia, Goiás, no ano de 1998, a partir de uma parceria entre o
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Universidade de Brasília (UNB), Fundo das Nações
Unidas para a Infância (UNICEF), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(UNESCO) Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Conferência esta considerada um marco,
pois consolida o reconhecimento do campo enquanto espaço de vida e de sujeitos que reivindicam sua
autonomia e emancipação.
Neste mesmo período, há a aprovação do PRONERA nacionalmente que passa a existir em
Alagoas no ano de 1998 com a parceria entre INCRA/ UFAL/ MST, por meio do Projeto de Educação e
Capacitação de Jovens e Adultos nas Áreas de Assentamento da Reforma Agrária em Alagoas (PROJERAL
I). O PROJERAL I iniciou com 55 salas de alfabetização em 20 assentamentos distribuídos em 8
municípios. O projeto atendeu 1.224 jovens e adultos do MST. Surge então a necessidade de continuidade
desse projeto sendo encaminhado o PROJERAL II, no final de 1999 e com a aprovação e liberação de
verbas apenas no fim do ano de 2000. O projeto deu inicio à formação de educadores ofertando o 1°
Segmento do Ensino Fundamental de Jovens e Adultos da Reforma Agrária. Atendeu 1.101 jovens e
28 Utopia é tratada aqui como algo a ser buscado, no sentido dinâmico de Paulo Freire e não como algo impossível, estático.
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adultos de 53 turmas em 12 municípios.
O Projeral III iniciou-se em 2003 com o objetivo de dar continuidade às turmas de alfabetização e à
formação dos educadores. Para continuar a formação dos educadores e dar início à escolarização dos
jovens e adultos, elaborou-se o PROJERAL IV. Conforme a LDB para atuar na escolarização na EJA, o
critério de formação para atuação do educador é a certificação em Magistério, sendo assim o projeto teve
dois objetivos gerais: a formação dos educadores em nível de magistério e a escolarização de jovens e
adultos das áreas de assentamento.
O retorno a Alagoas da I Conferência marca o início da caminhada no estado e, em 1999, a
SEE/AL, respaldada na LDBEN, art. 28, inciso I, II e III, iniciou outra experiência piloto, com o projeto
Círculos de Educação e Cultura no Semi-Árido Alagoano “educação para a vida” com o objetivo de melhorar
a qualidade da educação no processo de desenvolvimento da região do semi-árido.
Com a reestruturação da Secretaria de Educação (Lei nº 6.202, de 21/12/2002) foi criado o Projeto
de Educação Rural (PROER), visando contribuir com a coordenação e assessoramento às escolas situadas
na área rural.
Neste período de reestruturação da equipe, em 2003, dá-se o início a um trabalho de
reconhecimento e ampliação das ações do PROER, realizando ações significativas em 2003. Portanto, para
a equipe de Educação Rural, foi gratificante, pois foram realizadas ações pedagógicas, além de se iniciar
uma caminhada de articulação com movimentos sociais e organismos governamentais e não
governamentais comprometidos com a causa campesina, especificamente em se tratando de Educação.
Assim, o ano de 2004, foi fortalecido com a ampliação de uma rede de educadores/as preocupados/as e
prontos/as para juntos/as firmar a caminhada em busca da construção de uma política de educação de
qualidade, para o povo do campo alagoano.
Com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 e o Plano Nacional de
Educação, Lei nº 10.172/2001, os Estados deveriam iniciar o processo de articulação para elaboração de
seus planos decenais. Em Alagoas, entre os anos de 2003 a 2005 foi deflagrado o processo de construção
coletiva do Plano Estadual de Educação (PEE/AL). Após a definição do Comitê Gestor, por insistência de
representantes do Programa de Assessoramento Técnico-Pedagógico aos Municípios Alagoanos
(PROMUAL), e pressões dos setores interessados também foi criado o Sub Comitê Temático de Educação
do Campo, com ampla participação dos movimentos sociais e universidades, o que culminou num capítulo
com metas e objetivos específicos sobre o tema. Esta demanda surge, principalmente, por conta das
seguintes situações: a necessidade de visibilidade desta demanda, o grande número de escolas rurais no
Estado e a ausência de políticas públicas para estas populações.
Vale ressaltar a importância do PEE/AL para a educação do campo, uma vez que devido a
pressões dos setores interessados, foi criado um Sub Comitê Temático específico da Educação do Campo,
com ampla participação dos movimentos sociais e universidades, o que culminou num capitulo com metas e
objetivos específicos no Plano. Essa demanda surge principalmente por conta das seguintes situações: a
necessidade de visibilidade desta demanda, o grande número de escolas rurais no Estado e a ausência de
políticas públicas para essas populações.
Apesar da grande mobilização, o processo de aprovação e elaboração do PEE levou ainda algum
tempo para ser concluído. Com a inviabilização do Congresso Constituinte Escolar, em fins de 2003,
segundo o Secretário de Educação da época por problemas de ordem financeira, os trabalhos do Comitê
Gestor e dos Sub-Comitês Temáticos do CEE/AL diminuíram o ritmo de seus trabalhos para viabilizar a
participação e finalização do ante-projeto do PEE/AL. Em 2004 o Comitê Gestor, através de suas
lideranças, retomou os trabalhos de construção do referido Plano. Após todas as revisões ao longo do ano
de 2005, em 22 de setembro de 2005, o Plano foi entregue solenemente ao Secretário de Educação, e, no
final do mesmo ano, dia 15 de dezembro de 2005, foi entregue também solenemente ao representante do
Executivo, o Vice-Governador, e por fim, o Executivo encaminhou o PEE/AL ao Legislativo, no dia 08 de
março de 2006, sendo o mesmo promulgado em 03 de agosto de 2006.
Após nove anos de aprovação pelo Poder Legislativo da Lei que criou o Plano Estadual de
Educação de Alagoas e apesar da mobilização em torno de sua elaboração, da constatação de problemas
muito graves relacionados à educação do campo, que demandariam uma atenção urgente num estado
eminentemente agrário, o PEE não saiu do papel e os desafios permanecem: crianças, jovens e adultos do
campo continuam não tendo seu direito à educação respeitados. A gestão da educação estadual no período
2007-2014 ignorou o PEE/AL.
Em meio a esta conjuntura, necessário se faz ressaltar o empenho das escolas públicas de Alagoas
que apesar de todo descaso com a educação os indicadores educacionais de Alagoas melhoraram no
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ensino fundamental, continuando estacionado no ensino médio, como se observa nos resultados do IDEB:
Tabela 1 – Dados IDEB de Alagoas
ALAGOAS Ideb Observado
Etapas EB 2005 2007 2009 2011 2013
4a série/ 5
o ano EF 2.5 3.3 3.7 3.8 4.1
8a série/ 9
o ano EF 2.4 2.7 2.9 2.9 3.1
3a série EM 3.0 2.9 3.1 2.9 3.0
Fonte: INEP/2014 disponível em http://ideb.inep.gov.br/resultado
Conforme se encontra definido no Plano Nacional de Educação, cabe a esse PEE/AL também a
máxima de que os objetivos e as metas nele definidos “somente poderão ser alcançados se ele for
concebido e acolhido como Plano de Estado, mais do que Plano de Governo e, por isso, assumido como
um compromisso da sociedade para consigo mesma” (BRASIL, 2001).
As lutas dos movimentos sociais do campo conquistaram novas políticas públicas para a agricultura
familiar que passou a ser reconhecida como uma nova categoria em legislação de 2006, englobando
camponeses tradicionais, assentados de reforma agrária, povos das florestas, ribeirinhos, comunidades
indígenas, quilombolas, com o reconhecimento da diversidade do campo brasileiro. Essas novas políticas
públicas abrangem acesso à terra, assistência técnica e extensão rural, crédito, seguro, e apoio à
comercialização e organização produtiva. Construídas nesse processo de luta estão conectadas com a
continuidade das ações do Movimento Nacional por uma Educação do Campo.
Esse movimento, com apoio do Ministério da Educação, conseguiu realizar seminários estaduais no
período de 2004-2005, como espaços de socialização das Diretrizes Operacionais, de diálogo e escuta.
Resultantes deste processo foram criados, nos Estados e Distrito Federal, Fóruns ou Comitês Estaduais de
Educação do Campo como espaço interinstitucional de interlocução permanente entre o Estado e a
sociedade civil, com o propósito de formular, debater e contribuir no processo de elaboração de propostas
de políticas públicas. Nesses espaços de diálogo permanente, participam representantes de Movimentos
Sociais e Sindicais do Campo, organizações não governamentais, Instituições Públicas de Ensino Superior,
representantes de Secretarias de Educação dos vários estados e municípios brasileiros.
Em Alagoas, o Fórum Estadual Permanente de Educação do Campo (FEPEC/AL) foi criado e
oficializado pós realização do Seminário Estadual de Educação do Campo em Maceió em setembro de
2004, que contou com a participação de aproximadamente 300 educadores de escolas públicas e
representação dos mais variados movimentos e organizações sociais do campo alagoano e com a
participação de representante do MEC. Através da publicação da Portaria no Diário Oficial do Estado no dia
12 de janeiro de 2005 ele foi instituído e, até os dias de hoje consiste num espaço de diálogo permanente
onde, as instituições parceiras coletivamente dão continuidade ao fortalecimento da luta pela educação do
campo no Estado. O FEPEC/AL tem promovido inúmeros debates sobre as questões relativas aos
problemas, soluções, experiências e às especificidades da Educação do Campo no Estado de Alagoas.
Várias ações vêm sendo desenvolvidas devido à crença e coragem dos articuladores das mesmas,
podendo ser destacadas as seguintes ações em Alagoas:
1. RECASA – Rede de Educação Contextualizada do Agreste e Semi-Árido Alagoano que se constitui
numa rede articulada de desenvolvimento de ações de formação continuada para educadores/as de
escolas rurais em aproximadamente 26 municípios do Estado localizados no agreste e semiárido
alagoano.
2. PROCAMPO/UNEAL – Curso de Licenciatura em Educação do Campo desenvolvido em parceria
com o MEC/SECADI/FNDE e a Universidade Estadual de Alagoas, tendo como matriculados/as 60
professores/as da rede pública municipal e educadores/as de movimentos sociais do campo
alagoano.
3. ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO CAMPO/UFAL– curso em parceria com a Universidade
Aberta do Brasil – UAB, oferecido a educadores, visando a um aperfeiçoamento e aprofundamento
nas questões campesinas. A primeira turma já concluiu e uma nova turma está em desenvolvimento
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com um grande diferencial, em quatro pólos distintos, a saber: Maceió, Arapiraca, Palmeira dos
Índios e Santana do Ipanema.
4. FORMAÇÕES CONTINUADAS PARA EDUCADORES/AS DE MOVIMENTOS SOCIAIS –
Movimentos como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra - MST e Movimento dos
Trabalhadores do Campo – MTC, tem seus programas de formação continuadas específicas para
os educadores que atuam em suas áreas.
5. EXPERIÊNCIAS ISOLADAS MUNICIPAIS – Municípios como Igací, Estrela de Alagoas, Palmeira
dos Índios, Pão de Açúcar, Ouro Branco entre outros, desenvolvem experiências pedagógicas de
formação continuada e educação contextualizada para educadores do campo.
6. ESCOLA ITINERANTE – Em 2006, fruto da mobilização dos movimentos sociais de luta pela
reforma agrária, foi implantada em Alagoas a Escola Itinerante, em atendimento ao direito à
educação das crianças e jovens em situação de acampamento, sem endereço fixo. A Escola
acompanha o acampamento onde ele estiver e é reconhecida pelo Estado.
7. ESPECIALIZAÇÃO EM RESIDÊNCIA AGRÁRIA- Extensão Rural – UFAL, Campus Arapiraca,
também fruto de articulações dos Movimentos Sociais da Reforma Agrária, Universidades Federais
e o PRONERA, teve início em 2014 e tem como público profissionais, das áreas da educação,
assistência social e ciências agrárias que atuam em assentamentos da reforma agrária e
comunidades de agricultores familiares.
8. TERRITÓRIOS DA REFORMA AGRÁRIA LIVRES DE ANALFABETISMO – Projeto iniciado em
2014 através do PRONERA, em parceria com o Movimento de Educação de Base - MEB,
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST e Comissão Pastoral da Terra - CPT para
alfabetização e escolarização no ensino fundamental em assentamentos e acampamentos da
reforma agrária de Alagoas.
9. ESCOLA AGRÍCOLA SÃO FRANCISCO DE ASSIS - em Junqueiro, que atende adolescentes e
jovens do ensino fundamental com qualificação profissional para atuarem no campo.
10. CURSO DE AGROECOLOGIA – para jovens via IFAL, AAGRA entre outras instituições.
11. FORMAÇÃO POLÍTICA E EDUCACIONAL via Federação dos Trabalhadores da Agricultura –
FETAG – CONTAG.
Desde sua criação, o FEPEC/AL tem como objetivo geral proporcionar o debate sobre questões
relativas aos problemas, soluções, experiências e as especificidades da Educação do Campo, a fim de que
a sociedade se conscientize da necessidade de uma escola voltada para este/a estudante, observando o
cumprimento das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo (Resolução
CNE/CEB nº 1 de 01 de abril de 2002). Destarte, visando atingir esta meta, traçou alguns objetivos
específicos que, ao longo dos últimos anos, vem impulsionando a caminhada do Fórum, a saber:
a. Propor, fiscalizar e avaliar a execução das ações planejadas para escolas do campo;
b. Atuar e estimular a participação da sociedade civil organizada e da comunidade no
processo de discussão e planejamento das ações educacionais;
c. Articular outras organizações da sociedade para elaboração de propostas educacionais e
fortalecimento da participação da sociedade nas políticas públicas para educação do
campo;
d. Propor políticas públicas para a Educação do campo. (ALAGOAS, 2005).
Assim, o FEPEC/AL, ao longo de sua caminhada, vem buscando estratégias diversificadas para
cumprir suas metas no que diz respeito à educação do campo nos espaços formais e não formais de
ensino-aprendizagem, intensificando sua luta com vistas a instituir e fortalecer um novo olhar de sociedade,
pautada na equidade social, na cultura de paz e na edificação de uma sociedade inspirada na
democratização do acesso à terra e ao conhecimento para que, de fato, seja construída uma terra sem
males, ancorada nos sabores e saberes do povo campesino, visando à emancipação humana e à
humanização das relações sociais.
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II. DO MÉRITO
A educação escolar que ocorre na zona rural envolve questões muito amplas e abrangentes
relativas ao modelo de desenvolvimento do país e à política e à economia rurais, ao uso e manejo dos
recursos naturais e meio ambiente onde se conflitam as práticas preservacionistas com as práticas
predatórias e a falta de sustentabilidade da intervenção humana; à oferta de trabalho e geração de renda;
às novas tecnologias e seus impactos na produção e cultura, que envolvem as políticas públicas para o
campo e aspectos que contribuem para a melhoria das condições de vida da população. Esse contexto
interfere no currículo e nos processos de organização dos tempos e espaços escolares onde devem ser
considerados o respeito ao modus vivendi, à sua cultura e à sua história. Ademais, outros pontos
importantes nessa educação dizem respeito ao seu caráter conceitual intrínseco, à sua área de abrangência
que merecem também ser considerados.
Resumindo o que nos afirma SILV A (2009, p. 82),
...quando falamos em campo estamos nos referindo a um espaço heterogêneo,
economicamente diverso, multicultural, com participação de diversos movimentos sociais e
uma diversidade de sujeitos concretos que se movimentam dentro de determinadas
condições sociais de existência de um dado tempo histórico.
Levando em conta que essa educação tem uma natureza própria e ocorre numa realidade
específica, mas diversificada e heterogênea, pois, conforme PEE/AL, torna-se necessário ter a
compreensão de que ela deve disponibilizar meios que facultem ao aluno do campo uma educação de
qualidade social, “igual”29 à ofertada nas cidades, garantindo-lhe o acesso ao conhecimento universal,
historicamente produzido e aos bens culturais, sem agredir as características próprias de sua vivência, sem
podá-lo no seu crescimento profissional e como pessoa, oportunizando a possibilidade de optar a se fixar na
terra ou viver na cidade. (ALAGOAS, 2006)
Resgatando o Decreto nº 7.352/10, que dispõe sobre a política de Educação do Campo e o
Programa Nacional de Educação e Reforma Agrária – PRONERA – estabelece, em seu Art. 1º, § 1º, que se
entende por:
I – populações do campo: os agricultores familiares, os extrativistas, os pescadores
artesanais, os ribeirinhos, os assentados e acampados da reforma agrária, os/as
trabalhadores/as assalariados rurais, os quilombolas, os caiçaras, os povos da floresta, os
caboclos e outros que produzam suas condições materiais de existência a partir do trabalho
no meio rural; e
II – escola do campo: aquela situada em área rural, conforme definida pela Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou aquela situada em área urbana,
desde que atenda predominantemente a populações do campo. (BRASIL, 2010).
De todo modo, o que se constata é que o indivíduo que vive no campo, independente do espaço
que ocupe, difere daquele que vive na cidade, principalmente no que se refere às suas interrelações e
intercâmbios com o próprio meio, com o mundo do trabalho, que lhe faculta determinadas informações mais
objetivas e próximas do cotidiano real em que vive, ou seja, um maior contato com a natureza.
Por outro lado, no que se refere à área de abrangência, pode-se observar que, em algumas
realidades, o estudante da maioria das cidades, e até de escolas da periferia consideradas citadinas,
encontra-se mais próximo da vivência do campo do que da realidade urbana. Em Alagoas apenas 25 dos
102 municípios estão acima de 25.000 habitantes (Censo 2010), e a grande maioria tem na economia rural
a sua base de sustentação. Logo, o vínculo da maior parte da população é com a vida do campo, e até
mesmo na periferia da capital, esse vínculo é importante, pois tanto nas margens lagunares e litorâneas há
29 Refere-se a condições ideais para o funcionamento de uma escola pública, como um direito subjetivo de cada cidadão garantido na
Constituição Federal de 1988. Isso não significa dizer que as escolas urbanas públicas, hoje, tenham esta qualidade.
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uma população de pescadores e catadores de crustáceos, como a área rural da capital tem produção
agrícola.
As reflexões feitas até aqui ganham um sentido mais amplo e complexo, se levarmos em conta que
alguns estudos, tais como os realizados por VEIGA (2003) e CARNEIRO (1997) têm indicado que o Brasil é
um país muito mais rural do que, em geral, os dados oficiais nos permitem ver. Os autores, em seus
estudos, têm argumentado que os critérios até hoje considerados válidos para classificar os espaços como
rurais ou urbanos, são os definidos pelo IBGE30
, critérios estes que são os mesmos usados desde os anos
40 e que partem de uma perspectiva restritiva de caracterização/classificação dos espaços. Um dos
problemas apontados por tais estudos se refere ao fato de que essa definição dos espaços depende da
perspectiva, do arbítrio de cada gestor municipal, uma vez que é por Lei Municipal que essa classificação é
feita. Não raras vezes, no Brasil, esses gestores priorizam aspectos administrativos e fiscais em detrimento
de aspectos mais subjetivos que envolvem, por exemplo, critérios como diferenças ambientais (contato mais
direto com a natureza); tipo de atividade econômica preponderante (se a atividade é desenvolvida ao ar livre
e envolvendo espécies animais e vegetais vivas); tamanho das comunidades rurais; densidade da
população, até critérios mais complexos de diferenciação, tais como os aspectos relacionados à
estratificação e diferenciação social e à qualidade da interação social (nos espaços rurais as relações
sociais tenderiam a ser mais estreitas e duradouras).
O IBGE, em sua classificação, corrobora com essa compreensão, ao definir o rural a partir do
espaço urbano, enquanto espaço externo aos perímetros urbanos e vincula esses espaços rurais à
inexistência de certos equipamentos e estruturas. De acordo com os autores anteriormente citados, essa
classificação pode ser questionada também, porque, no Brasil, toda sede de município é considerada como
espaço urbano. Essa perspectiva força uma “urbanização” de muitos municípios pequenos Brasil afora e no
estado de Alagoas também. De acordo com Veiga (2003) das 5.507 sedes de município (dados referentes
aos anos 2000) mais de 3 mil delas tinham uma população abaixo de 10 mil habitantes, sendo as mesmas,
no entanto – de forma semelhante a muitos núcleos urbanos que formam as regiões metropolitanas –
tipificadas como cidades. Essa tendência “urbanizadora” dos espaços ou de compreensão dos mesmos
acaba definindo uma “invisibilidade” dos espaços rurais e dos campesinos. Em consequência, podemos nos
perguntar que sentido faria pensar políticas públicas específicas para um espaço “rural” que não existe?
Que sequer aparece? No entanto, essa “invisibilidade”, mais que uma condição “natural” tem sido
determinada por essa forma de compreender os espaços. Pode-se ainda refletir a respeito dos impactos
dessa perspectiva para os sujeitos do campo no Brasil e em Alagoas. Se essa perspectiva vem
beneficiando alguém ou algum grupo social, por certo não serão os sujeitos do campo os beneficiários
desse processo de urbanização.
No atual momento histórico de mundo globalizado e de economia internacionalizada, torna-se
necessário que se aprofundem as políticas públicas e se ampliem ações objetivas e concretas que
possibilitem a todos condições dignas de bem-estar social, tais como: democratização da propriedade da
terra, pesquisa agropecuária e agroecológica, assistência técnica e extensão rural, crédito adequado à
propriedade familiar, segurança alimentar por meio da preservação das sementes crioulas e da
biodiversidade, segurança hídrica com recuperação das bacias hidrográficas e acesso às técnicas e meios
de irrigação, conservação dos solos, meios de comunicação, política de crédito, seguro e preços mínimos,
saúde pública, transporte, logística de acesso aos mercados interno e externo, saúde, moradia, geração de
emprego e renda, acesso aos recursos tecnológicos e inovação, lazer, cultura. Nesse sentido, a educação
deve promover o acesso ao conhecimento historicamente produzido e aos bens culturais para a promoção
do desenvolvimento sustentável.
O que se pode afirmar de um modo geral é que quando a escola do campo é extinta e o estudante é
obrigado a estudar na área urbana, se está tirando ou expulsando a pessoa do campo, do seu lócus, e isto
significa uma agressão à sua história de vida, desfigurando-a em sua cidadania, negando-lhe o que tem de
mais precioso – a cumplicidade com a terra, da qual tira o sustento. No entanto, como resgate de sua
cidadania, a Educação do Campo deve facultar ao ser humano a possibilidade real de abertura de
horizontes, possibilitando o acesso ao conhecimento científico que irá permitir a construção do
desenvolvimento rural sustentável, nas perspectivas ambiental, social e cultural.
Ao longo da história, a educação no campo sempre foi uma imitação da escola urbana, no que se
refere aos conteúdos e às metodologias, mas de forma aligeirada e simplista. Em alguns momentos, serviu
30 As reflexões em torno dos critérios do IBGE para definição dos espaços rurais e urbanos, verificar no sitio web:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/entorno/default_entorno.shtm.
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para adequar a demanda de mão de obra ou manter a desigualdade no acesso ao conhecimento. Num país
originalmente agrícola e agrário, essa educação tem passado ao largo das cartas constitucionais e, quase
sempre, apresenta uma qualidade inferior a das escolas urbanas, como também, currículos, calendários
escolares, livro didático e orientação didático-metodológica e pedagógica são os mesmos da escola
citadina, sem respeitar as características de cada realidade campesina, principalmente com relação à
contextualização e sustentabilidade.
Assim, pensar uma educação do campo e no campo de qualidade social significa o resgate de um
débito que foi contraído desde a invasão portuguesa, significando, também, o respeito ao homem e a
mulher rural em sua diversidade, entregue à sua própria sorte, enfrentando graves e seculares problemas
sociais como: analfabetismo, reprovação e evasão, mortalidade infantil, desemprego, doenças do
subdesenvolvimento, êxodo rural, fome, miséria, exploração e dominação por parte da classe dominante e
todas as consequências que a subvida oferece.
Segundo SILVA (op. cit. p. 74):
A Educação do Campo é entendida como processo de formação e emancipação humana,
envolvendo: ações formais: escolarização desenvolvida pelo sistema escolar público nas
esferas federal, estadual, municipal e comunitária; ações não formais: formação política,
sindical, técnica, produtiva, religiosa, cultural desenvolvida por instituições governamentais
de extensão rural, assistência técnica¸ pesquisa e por órgãos não governamentais da
sociedade civil; ações informais: as que se desenvolvem na família, na comunidade, nas
manifestações culturais, nos meios de comunicação, no trabalho, muitas vezes
espontâneas, vindas não só de organizações, mas, sobretudo, de pessoas, que na vida
cotidiana promovem ações educativas. (Grifos da autora).
Nesse aspecto, a educação tem um sentido muito mais amplo do que se possa imaginar, maior que
a escola em si, sendo a escolarização apenas um espaço de organização rumo à emancipação, pois se
trata de sujeitos históricos, situados num mundo. Ainda citando SILVA (op. cit. p. 78):
Assim, a Educação do Campo é maior que a escola, pois está presente no movimento e na
organização do povo. Embora a escolarização seja importante, ela é apenas um dos
tempos e espaços da formação humana, não é toda a educação... Educação é mais do que
escola. Portanto, precisamos extrapolar os limites da escola para não correr o risco de nos
fechar em discussões didáticas em desconhecimento de que os saberes escolares são
saberes sociais, produzidos nas relações sociais, e que não podem perder a referência com
a realidade onde são elaborados. Por isso, o diálogo da escola com os movimentos sociais
torna-se algo fundamental para a construção do paradigma da Educação do Campo em
nosso País.
Foi a luta organizada desses movimentos sociais agrários que contribuiu para as mudanças que
vieram a ocorrer na legislação no que se refere à Educação do Campo, tais como as suas Diretrizes
Operacionais, o Decreto nº 7352/2010, a própria Constituição Federal de 1988 e demais dispositivos legais.
Com as conquistas dos movimentos do campo foram criadas novas políticas públicas para
valorização da agricultura familiar, em contraponto às históricas políticas que atendiam apenas à agricultura
latifundiária patronal dominante. A agricultura familiar é responsável pela quase totalidade dos alimentos
consumidos no mercado interno brasileiro. Por outro lado, as conquistas conseguidas pelos movimentos
sociais, no sentido de assentamentos produtivos, via produção agroecológica, têm contribuído para uma
nova noção de ruralidade que interfere também na educação ofertada. Portanto, considerando a realidade
atual, essa educação escolar deve atuar visando ações voltadas para o desenvolvimento sustentável e os
critérios de sustentabilidade: social, econômica, cultural, ambiental, ecológica e territorial. (SACHS, 2000).
Em 2008, durante a I Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (I
CNDRSS), foi aprovada a Política de Desenvolvimento do Brasil Rural (PDBR), sistematizada pelo
Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (CONDRAF). Este documento se constitui num
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produto elaborado através dos debates acumulados ao longo dos dez anos de existência deste Conselho.
Essa política de desenvolvimento consiste num conjunto de estratégias e ações capazes de contribuir para
a afirmação de um novo papel para o rural, na estratégia do desenvolvimento nacional e a consolidação de
uma vida digna às populações que optaram por trabalhar e viver nas áreas rurais do país. Conforme
documento base,
A construção da PDBR configura-se em um importante acontecimento na história do Estado
brasileiro, pois demarca um divisor de águas em relação à concepção dominante de rural,
associada exclusivamente à dimensão agrícola e concebida como resíduo do urbano. Na
visão tradicional, o desenvolvimento rural é percebido como a garantia de aumento da
produção agrícola à exportação de produtos primários, sem medir as consequências e os
impactos desse crescimento para a conservação da biodiversidade e a convivência com os
biomas, a soberania e segurança alimentar e nutricional, a preservação de uma diversidade
de modos de vida e de (re)produção de cultura. A PDBR apoia-se numa nova concepção do
rural brasileiro, abordando seus três atributos básicos e simultâneos: espaço de produção,
espaço de relação com a natureza e espaço de (re)produção de modos de vida
diferenciados. (BRASIL, PNDBR/2010. p. 08).
Assim, a Política Desenvolvimento do Brasil Rural tem quatro temas orientadores das diretrizes
estratégicas, a saber: potencialização da diversidade e da multifuncionalidade dos espaços rurais;
dinamização econômica, inovações tecnológicas e sustentabilidade; qualidade de vida com inclusão social e
igualdade de oportunidades e fortalecimento do Estado, protagonismo dos atores e gestão social. (BRASIL,
PNDBR/2010. p. 34-35)
Neste sentido, o trabalho precisa ser visto como a maneira como o sujeito do campo produz a
existência, como forma de transformação da natureza e do ser humano (SILVA op. cit. p. 87). E a cultura
como tudo o que o homem produz ao longo de sua história. Estes são elementos de grande importância no
processo pedagógico, pois além da educação ser um processo de produção e de socialização da cultura, é
um instrumento para o seu desenvolvimento que não pode ser desconsiderado.
Um aspecto muito importante refere-se à valorização do/a trabalhador/a da educação que, quase
sempre, encontra-se desmotivado e com baixa auto-estima em virtude de vários fatores: baixos salários,
ambientes físicos precários, escolas desvinculadas de suas comunidades e desvalorizadas, falta de
incentivo ao trabalho do magistério, necessidade de formação inicial e continuada, entre outros, enfim, há
necessidade de uma política de valorização profissional desses/as trabalhadores/as. No que tange aos
docentes, muitos não estão preparados para o trabalho pedagógico na zona rural, com suas
especificidades, pois os cursos de formação de professores não tratam da temática do campo, em sua
maioria, e veiculam uma prática pedagógica urbanizada e urbanizante. Outros pontos referem-se as
condições de infraestura das escolas do campo, o fato de muitas estarem distantes da comunidade, além
de problemas de espaço físico e material didático e falta de acompanhamento pedagógico.
Fruto dessa reflexão hoje está sendo ofertado o curso específico de Licenciatura em Educação do
Campo, por várias instituições públicas de ensino superior. Inicialmente era oferecido através do Programa
de Apoio às Licenciaturas em Educação do Campo - Procampo em parcerias e convênios com o Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) com interveniência da Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização. Diversidade e Inclusão (SECADI/MEC). Em 2010 as Universidade Públicas
criaram 33 (trinta e três) cursos de Licenciatura em Educação do Campo e em 2013 foram criados mais 40
(quarenta) novos cursos cujo objetivo é formar educadores para atuar na docência nos anos finais do
ensino fundamental e ensino médio nas escolas rurais visando ampliar a ofertado da educação básica e a
permanência no campo recebendo recursos para oferta anual de vagas.
Em todo o Brasil um outro grande desafio está sendo posto em relação a esta formação. Por se
tratar de uma formação inovadora, por área de conhecimento, visto que é uma formação que não se detém
a uma disciplina específica, mas a uma atuação integrada nos anos finais do ensino fundamental e todo o
ensino médio, necessário se faz legalizar esta docência por área de conhecimento, para que os concursos
públicos possam incluir em seus editais esta nova demanda.
Ressalta-se ainda a necessidade de uma gestão democrática compartilhada, transparente e
descentralizada do sistema educacional, onde os interesses coletivos sobrepujem os interesses individuais,
garantindo que as decisões sejam tomadas coletivamente, com a participação de todos os envolvidos no
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processo – desde o planejamento à avaliação das atividades da escola nos aspectos administrativos,
pedagógicos e financeiros.
No que se refere ao currículo, segundo Silva (2009), este consiste num conjunto de práticas que
são desenvolvidas de forma planejada pelo coletivo da escola. Desse modo, devemos realçar a sua
construção coletiva, a sua temporalidade e a abertura real de sua adaptação às especificidades de cada
realidade trabalhada, optando pelas diversas formas de abordagens (temas, blocos temáticos, eixos
geradores, regime da alternância) numa visão inter e multidisciplinar, respeitando os tempos e espaços
educativos em função da sazonalidade de cada realidade, possibilitando o diálogo das ciências com a
realidade dos educandos, por exemplo, através do ensino da agroecologia como parte do currículo.
A atual LDBEN, em seu artigo 23, apresenta formas diversificadas de atuação na escola,
independente de ela ser uni ou multisseriada, mostrando outras alternativas de trabalhar a escola, no
enfrentamento das dificuldades cotidianas, possibilitando a utilização, de modo mais racional, dos tempos e
espaços da educação.
As classes multisseriadas, continuam a existir nas pequenas cidades e na zona rural,
principalmente, com o esvaziamento do campo e, representam, muitas vezes, a única escola da
comunidade. Os pesquisadores dessa escola apontam que o “erro” não está nessa escola em si, mas na
forma como é conduzida, pois muitos professores não estão preparados para lidar com ela, não havendo
formação continuada específica. Uma das vantagens apresentadas, com base no conceito de zona de
desenvolvimento proximal31
de Vigotsky, é que a classe multisseriada reproduz, com mais efetividade, as
relações sociais da realidade onde está inserida, possibilitando o interagir com o diferente, a troca de
experiência e a ajuda mútua. Aqueles que discordam das classes multisseriadas apontam a baixa qualidade
do ensino e a dificuldade que professores/as encontram trabalhando com tantos planejamentos, além da
sua heterogeneidade. Vale frisar que essa tão decantada homogeneidade escolar não existe nem nas
classes unisseriadas. Para enfrentar esse desafio que se impõe ao professor de turmas multisseriadas,
torna-se imprescindível o entrosamento escola-comunidade, uma formação específica do professor para
aprender a trabalhar com essa realidade, condições materiais adequadas, vontade interior por parte de
professores/as e gestores escolares, e, acima de tudo, compromisso ético e político dos gestores municipais
com as comunidades rurais e com a educação do campo.
Conforme sinalizado até aqui, associada a essa discussão sobre as especificidades da Educação
do Campo está à reflexão sobre as escolas e classes multisseriadas e o processo de nucleação de escolas
do campo. Embora não sejam aspectos obrigatoriamente relacionados, é possível afirmar que muitos dos
argumentos em defesa do fechamento de escolas do campo (uma das etapas do processo mais amplo de
nucleação de escolas) acabam por se dirigir a esse perfil ou “modelo” de escola, uma vez que – em geral –
as escolas multisseriadas são escolas unidocentes de uma sala somente e que o processo de nucleação
quase sempre envolve escolas nesse perfil, escolas estas que, uma vez fechadas, têm seus alunos/as
enviados(as) para uma outra escola polo/escola núcleo.
Até a aprovação da Resolução nº 2 de abril de 2008, reforçada pela recente aprovação da Lei
12.960, de março de 2014 - o fechamento de escolas do campo no Brasil vem sendo feito de forma
arbitrária, indiscriminada e sem participação das comunidades rurais por gestões e governanças
ineficientes. Esse amparo legal busca normatizar em que condições, se necessário, as escolas do campo
podem ser Nucleadas. Na base da definição de orientações comuns que sirvam de referência para todo o
território nacional (ainda que as especificidades de cada realidade devam ser levadas em conta) está a
compreensão, como princípio, da defesa do direito de acesso à escola, perto do local onde vivem (segundo
ECA e Constituição Federal) as crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos quer sejam do campo ou
da cidade. Essa defesa tem que ser fortalecida, re-afirmada cotidianamente, o que exige que
campesinos/as, gestores de escolas, gestores municipais conheçam a matriz legal que fundamenta a
Educação do Campo.
É necessário compreender, então, que a primeira defesa é por escola no campo (não qualquer
escola, mas uma escola do campo), isto porque é em seu contexto que as novas gerações (em relação com
as demais gerações e com seu entorno) vão construir suas identidades e vão construir vínculos com esse
contexto, de forma que possam não somente compreender e transformar a si mesmos – também com a
contribuição do processo educativo escolar – mas também conhecer, compreender e transformar seu
contexto, sua realidade. Os processos de fechamento de escolas do campo e de nucleação no sentido
31. A Zona de Desenvolvimento Proximal é o limite entre aquilo que o indivíduo pode fazer sozinho (Nível de Desenvolvimento Real) e o que ele só
pode fazer com ajuda de outra(s) pessoa(s) (Nível de Desenvolvimento Potencial), defendida na teoria de Vigotsky.
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campo-cidade têm, cotidianamente, desrespeitado esse princípio do direito de acesso à escola em sua
própria comunidade, bem como o que está definido pela matriz legal que fundamenta a Educação do
Campo.
Se considerar os dados do Censo Escolar de 2013 referentes ao Nordeste e Alagoas, vamos ver
que do total dos mais de 72 mil estabelecimentos escolares do Nordeste, 64,42% são estabelecimentos que
têm de uma a cinco salas. Em Alagoas, dos mais de três mil estabelecimentos de ensino, 60,68% são
escolas de uma a cinco salas. Com base nestes dados, podemos inferir – pelo modelo de escola mais
comum nos campos brasileiros – que a maioria deles se refere a escolas localizadas em zonas rurais e que,
muito provavelmente, sejam escolas multisseriadas. Esse é, justamente, o perfil de escolas que tem sido
mais frequentemente fechado, extinto. Os dados do Censo informam que, no Brasil, a média de fechamento
de escolas no campo, observando-se os anos de 2009 a 2013, tem sido de três mil escolas a cada ano. Em
Alagoas, os dados do censo de 2013 indicam que, entre os anos de 2012 a 2013 houve o fechamento de
795 escolas do campo. É preciso que, enquanto sociedade organizada e na qualidade de educadores e
educadoras que somos, estejamos munidos das informações sobre os direitos que temos e dos deveres do
Estado com relação à educação. Dessa forma, poderemos melhor lutar pela defesa desses direitos e exigir
de forma mais competente e fundamentada que os deveres do Estado sejam cumpridos.
Considerando o quadro do Ensino Médio no campo, podemos traçar um perfil representado pelo
número de escolas existentes. Segundo dados do Censo Escolar 2013, das 194 escolas do sistema
estadual de ensino que atendem a este nível, apenas 19 estão situadas na zona rural, atendendo 13
municípios dos 102 que compõem o estado alagoano. Além disso, desse total de escolas em atividade, 45
estão situadas em Maceió e 12 em Arapiraca, o que significa que em dados gerais, pelo menos um terço
dos municípios possuem apenas uma escola de Ensino Médio, e em torno de 90% dos municípios as únicas
escolas de ensino médio estão situadas na cidade.
Quando consideramos os dados referentes ao número de matriculas no ensino médio (Censo
Escolar 2013) também fica mais clara a dificuldade no acesso da população que vive no campo: de um total
de 119.418 matrículas, apenas 5.088 são em escolas da zona rural, ou seja 4,2% do total, enquanto a
proporção entre a população com idade entre 15 e 19 anos do campo e da cidade é de 29,1% residentes no
campo, segundo dados do Censo de 2010. O que não necessariamente significa que os alunos do campo
não estejam estudando, mas que uma parte considerável se desloca para a cidade e provavelmente, uma
outra parte abandone a escola. Em termos de Educação Profissional ou ensino médio integrado à educação
profissional, não há nenhuma matrícula, uma vez que não existem instituições no campo que ofereçam essa
modalidade.
Mesmo representando um terço dos jovens entre 15 a 19 anos (Censo 2010), os estudantes do
campo estão em uma realidade de baixa densidade demográfica e dispersos, o que justifica para a maioria
dos gestores a quase inexistência de escolas de ensino médio no campo. Nesse sentido, as propostas de
reorganização das turmas e de adequação do currículo, calendário escolar, número de alunos e até
propostas pedagógicas de caráter experimental seriam bem vindas no esforço de garantir a permanência do
jovem na escola, em sintonia com os interesses de sua cultura, trabalho e seu modo de vida.
A população do campo, na realidade alagoana, representa um terço da população do Estado, isso
sem considerar que muitos municípios de pequeno porte têm seu perímetro urbano definido sem levar em
conta as atividades produtivas e culturais vinculadas à terra dos sujeitos que lá vivem. Conforme já
mencionado anteriormente, essa classificação dos espaços em rurais e urbanos, da forma como vem sendo
feita pelo IBGE há mais de setenta anos, carece de revisão, que permita dar visibilidade aos espaços rurais
em suas especificidades e características próprias e não em comparação com os espaços urbanos. Assim,
a negação do direito a uma escola pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada, no campo e do
campo na realidade alagoana, representa a negação à boa parte da população da efetivação de seu direito
à educação.
III - VOTO DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO
Considerando ser a educação um direito público subjetivo e dever do Estado, devendo ser
garantida a todo e qualquer cidadão;
Considerando o disposto nos Planos Nacional e Estadual de Educação sobre a educação do
campo;
Considerando as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica e a legislação vigente
de educação vigente;
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Considerando a necessidade de normatizar esta oferta, respeitando a natureza da educação no
campo face as suas especificidades e peculiaridades;
Considerando a importância de fortalecer a educação inclusiva e a valorização do campo como
espaço diversificado, heterogêneo e multicultural;
Considerando as inovações tecnológicas e a modernização do campo influenciando e interferindo
no mundo do trabalho;
Considerando o anseio da sociedade civil, através das manifestações e contribuições provenientes
de representantes de organizações não governamentais e movimentos sociais apresentados em audiências
públicas.
Somos de parecer favorável que:
1. Sejam estabelecidos na forma deste Parecer, as diretrizes, princípios e normas a serem observados no
processo de elaboração, desenvolvimento e avaliação da política e dos projetos institucionais para a
Educação Básica nas Escolas do Campo que compõem o Sistema Estadual de Educação do Estado de
Alagoas.
2. A identidade da escola do campo seja definida pelas especificidades e peculiaridades de sua própria
natureza: pelo modus vivendi de suas populações, seus saberes, sua cultura, suas crenças e sua história
que precisam ser respeitados e considerados na sua operacionalização, o que está disposto no Art. 1º, § 1º,
incisos I e II e § 2º, do Decreto nº 7.352, de 04 de novembro de 2010.
3. A Educação Básica nas Escolas do/no Campo em suas etapas e modalidades, deva atender às
especificidades e peculiaridades da realidade campesina, no que diz respeito à sua heterogeneidade e
diversidade: sócio-econômica, étnico-racial, cultural, política, religiosa, ambiental, de gênero, bem como às
inovações tecnológicas no mundo do trabalho, considerando, na elaboração de seu projeto político-
pedagógico e de sua proposta curricular, o compromisso com o desenvolvimento rural sustentável,
adotando, entre outros, os princípios pedagógicos da contextualização e interdisciplinaridade.
4. O Estado e os municípios devam estabelecem formas de colaboração entre si, objetivando a
universalização, a democratização e a qualidade social da Educação Básica e suas modalidades, a serem
ofertadas para as populações do campo, conforme definido neste Parecer e os demais dispositivos legais
vigentes.
5. A política educacional para o campo seja organizada com base nos princípios democráticos, para
construção da universalização e qualidade social, respeitando as questões relativas à diversidade em suas
diferentes dimensões e aos princípios legais que regem a educação brasileira, visando à realização de
estudos e experiências voltados para o mundo do trabalho e para o desenvolvimento sustentável em suas
múltiplas dimensões: social, política, econômica, cultural e ambiental na construção de uma sociedade
economicamente justa e ecologicamente sustentável, respeitando as suas singularidades.
Face ao exposto, a Comissão de Educação do Campo apresenta às Câmaras de Educação Básica,
de Educação Profissional e de Educação Superior do Conselho Estadual de Educação de Alagoas o Projeto
de Resolução Estadual de Educação do Campo que regulamentará a Educação do Campo no Sistema
Estadual de Ensino de Alagoas.
É o nosso Parecer, S.M.J.
Maceió, 22 de setembro de 2014.
Comissão do CEE/AL:
Luis Henrique de O. Cavalcante - Cons. CEB/CEE
Sara Jane Cerqueira Bezerra - Consª CEB/CEE
Ângela Márcia- Assessoria Técnica Pedagógica
CEE/CEB
Mª Aparecida de Carvalho - Assessoria Técnica
Pedagógica CEE/CEB
Comissão Ampliada:
Esmeralda Moura - Consª CEB/CEE
José Raildo Ferreira - FEPEC/AL
Luana Pommé da Silva - MST/AL
Ana Mª Vergne Morais - CEDU/UFAL
Sandra Lúcia Lira. - CEDU/UFAL
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LUIZ HENRIQUE DE OLIVEIRA CAVALCANTE
Conselheiro Relator Presidente da Comissão – CEB/CEE
SARA JANE CERQUEIRA BEZERRA
Conselheira Relatora Vice-Presidente da Comissão – CES/CEE
IV - DECISÃO DAS CÂMARAS
As Câmaras de Educação Básica, de Educação Profissional e de Educação Superior acompanham
o Voto da Comissão de Educação do Campo com as contribuições propostas nas Audiências Públicas,
realizadas em 15, 20 e 26 de agosto de 2014, e submete à apreciação do Pleno deste Colegiado o Projeto
de Resolução em anexo.
Maceió/AL, 20 de outubro de 2014.
CONSª ANA MÁRCIA CARDOSO FERREIRA
Presidente da Câmara de Educação Básica/CEE/AL
CONSª MARLI MARLY SOCORRO PEIXOTO VIDINHA
Presidente da Câmara de Educação Profissional/CEE/AL
CONSª MARIA CRISTINA CÂMARA DE CASTRO
Presidente da Câmara de Educação Superior/CEE/AL
V. DECISÃO DO PLENO
O Plenário do Conselho Estadual de Educação de Alagoas, em Sessão realizada nesta data,
aprovou o Parecer 0313/2014 - CEE/AL e a o Projeto de Resolução de Educação do Campo nº 040/2014
CEE/AL.
SALA DAS SESSÕES CÔNEGO TEÓFANES BARROS DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE
ALAGOAS, em Maceió/AL, 11 de novembro de 2014.
JAIRO JOSÉ CAMPOS DA COSTA
Presidente do Conselho Estadual de Educação de Alagoas
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REFERÊNCIAS
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________, Panorama da Educação do Campo. Brasília-DF: INEP-MEC, 2007.
_________, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.
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Diário Oficial, Brasília, DF – 2008.
________, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.
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* RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 040/2014 – CEE/AL
EMENTA: Dispõe sobre a regulamentação da oferta de Educação do Campo no Sistema Estadual de Educação de Alagoas e dá outras providências correlatas.
O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS, no uso de suas atribuições legais e considerando ser a educação um direito público subjetivo e dever do Estado, devendo ser garantida a todo e qualquer cidadão, respeitando a natureza da Educação no Campo, face as suas especificidades e peculiaridades; a importância de fortalecer a educação inclusiva e a valorização do campo como espaço diversificado, heterogêneo e multicultural; e o anseio da sociedade civil, através das manifestações e contribuições provenientes de representantes de organizações não governamentais e movimentos sociais apresentados em audiências públicas: com base na Constituição Federal de 1988; tendo em vista o disposto na LDBEN nº 9394/1996, alterada pela Lei nº 12.960/2014, bem como nas Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, Resolução nº 001/2002-CNE/CEB, nas Diretrizes Complementares para a Educação do Campo, Resolução CNE/CEN nº 02/2008, e no Decreto nº 7.352/2010 que institui a política pública de Educação do Campo no Brasil, assim como no Plano Estadual de Educação de Alagoas, Lei nº 6.757/2006, e mediante o Parecer nº 313/2014-CEE/AL, aprovado por decisão da Plenária de 11 de novembro de 2014.
RESOLVE:
Art. 1º. Estabelecer as diretrizes, princípios e normas a serem observados no processo de elaboração, desenvolvimento e avaliação da política e dos projetos institucionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, que compõem o Sistema Estadual de Educação do Estado de Alagoas.
§ 1º - Entende-se por populações do campo e escolas do campo o que está disposto no Art. 1º, § 1º, incisos I e II e § 2º, do Decreto nº 7.352, de 04 de novembro de 2010.
§ 2º- A identidade da escola do campo define-se pelas especificidades e peculiaridades de sua própria natureza: pelo modus vivendi de suas populações, seus saberes, sua cultura, suas crenças e sua história que precisam ser respeitados e considerados na sua operacionalização.
§ 3º - A Educação Básica do Campo considerará, na elaboração de seu projeto político-pedagógico e de sua proposta curricular, o compromisso com o desenvolvimento rural sustentável, adotando, entre outros, os princípios pedagógicos da contextualização e interdisciplinaridade.
§ 4º – A Educação Básica nas Escolas do/no Campo em suas etapas e modalidades, deve atender às especificidades e peculiaridades da realidade campesina, no que diz respeito à sua heterogeneidade e diversidade: sócio-econômica, étnico-racial, cultural, política, religiosa, ambiental, de gênero, bem como às inovações tecnológicas no mundo do trabalho.
§ 5º - O Estado e os municípios estabelecerão formas de colaboração entre si, objetivando a universalização, a democratização e a qualidade social da Educação Básica e suas modalidades, a serem ofertadas para as populações do campo.
§ 6º - A política educacional para o campo será organizada com base nos princípios democráticos, para construção da universalização e qualidade social, e respeitando as questões relativas à diversidade em suas diferentes dimensões e aos princípios legais que regem a educação brasileira, visando à realização de estudos e experiências voltados para o mundo do trabalho e para o desenvolvimento sustentável em suas múltiplas dimensões - social, politico, econômico, cultural, ambiental - na construção de uma sociedade economicamente justa e ecologicamente sustentável, respeitando as suas singularidades.
Art. 2º. A educação básica nas escolas do campo, nos termos desta Resolução, compreende: a Educação Infantil, o Ensino Fundamental, o Ensino Médio, a Educação Profissional e Técnica de nível médio, integrada ou não ao Ensino Médio e à Educação de Jovens e Adultos, a Educação Especial (pessoas com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades ou superdotação), Educação Escolar Indígena e Educação Escolar Quilombola e será garantida, atendendo o que determina a legislação em vigor.
Parágrafo Único: Os cursos técnicos de nível médio, voltados para as questões do campo fazem parte da educação básica para estudantes do campo e, portanto, precisam incluir essa especificidade em suas ações de formação.
Art.3º. O Projeto Político-Pedagógico das Escolas do Campo, será elaborado pelas instituições escolares, com a participação de organizações representativas da população campesina, sejam de natureza produtiva, comunitária ou cultural.
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§ 1º - O referido PPP, no que concerne à gestão democrática, reafirmará a importância de estabelecer relações da escola com a comunidade, movimentos sociais, órgãos normativos e demais setores da sociedade, afirmando a identidade campesina da escola.
§ 2º - A organização curricular das escolas do campo levará em conta a base nacional comum e a parte diversificada e deverá considerar as diversidades e especificidades locais, em todas as suas dimensões.
§ 3º - A organização das ementas, programas e conteúdos curriculares das escolas do campo priorizará a apresentação metodológica por meio de atividades e projetos que propiciem ao estudante a vivência de conhecimentos científicos que contribuam para que compreenda o meio em que vive e possa realizar intervenções que visem:
I. O equilíbrio ambiental, a solidariedade social e a democracia política.
II. A contextualização de todas as áreas do conhecimento ao ambiente em que a escola está inserida.
III. O planejamento de projetos e atividades com a participação das famílias e comunidade, por meio de metodologias participativas - diagnóstico rural participativo e planejamento participativo.
§ 4º - A Parte Diversificada dos currículos dos anos iniciais do Ensino Fundamental consistirá, preferencialmente de projetos e atividades que articulem e contextualize, de forma pluridisciplinar e mutltidimensional, o conjunto de saberes científicos e populares, com vistas à formação humana com pleno desenvolvimento das potencialidades dos educandos, valorização de sua cultura e comunidade e fortalecimento de sua autoestima, formação para cidadania e construção de conhecimentos significativos.
§ 5º - A Parte Diversificada dos currículos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio também priorizará projetos e atividades articuladoras e contextualizadoras, aprofundando conhecimentos e direcionando-se para o fortalecimento do protagonismo juvenil na comunidade, estimulando a sua organização solidária, produtiva e cultural, e a efetiva colaboração dos adolescentes e jovens no processo de desenvolvimento rural sustentável do seu território.
§ 6º - No planejamento das escolas do campo, multisseriadas ou não, observar-se-á, a flexibilização do calendário escolar e as peculiaridades de tempo e espaço da comunidade rural. Estas escolhas serão efetuadas com a participação da comunidade, e observarão o cumprimento da legislação no que se refere ao total de dias letivos e horas-aula, podendo o ano letivo ser estruturado independente do ano civil.
Art. 4º. Deverá ser implementada uma gratificação de difícil acesso e transporte para os trabalhadores da educação que atuem nas escolas do campo, quando estes não morarem na comunidade rural.
§ 1º - Os municípios deverão priorizar, para o atendimento das escolas do campo, a realização de concursos públicos específicos para os cargos/funções de docência e de gestão, nestas instituições escolares, considerando o critério de zoneamento para distribuição das vagas, de modo a evitar que os/as professores/as concursados/as tenham que percorrer grandes distâncias para trabalhar.
§ 2º - Deverá ser ofertada, aos educadores, gestores, técnicos, pessoal administrativo e de apoio, que atuem nas escolas do campo, formação inicial e continuada que levem em consideração as especificidades e peculiaridades dos sujeitos do campo, com estudo dos múltiplos aspectos da realidade campesina, especialmente a realidade alagoana e nordestina, contemplando:
I. Estudos ambientais, de técnicas preservacionistas e agroecológicas: biomas e sua biodiversidade, bacias hidrográficas, ciclos climáticos, ciclos vitais do solo; técnicas e manejos de conservação dos solos, das águas, da biodiversidade, produção de alimentos limpos, sistemas produtivos da agricultura familiar, equilíbrio energético, equilíbrio ambiental, dando especial destaque ao estudo dos biomas existentes em Alagoas.
II. Estudos da questão agrária, da economia rural, da história da formação social e histórica da sociedade, em particular das formas de ocupação do espaço e de intervenção humana na paisagem: lutas sociais do campo, políticas públicas, reforma agrária, formas de organização solidária da cultura dos povos do campo, economia solidária, associativismo, cooperativismo e infraestrutura produtiva no campo.
III. Estudos das tradições culturais e artísticas regionais e locais e todas as formas de conhecimento e produção de saberes no meio popular com suportes das áreas de antropologia, sociologia e artes.
IV. Estudos dos fundamentos da educação, das didáticas e metodologias inclusive formação específica para a organização curricular e metodológica das classes multisseriadas e da Pedagogia da Alternância.
V. Estudos das metodologias participativas para o diagnóstico e planejamento participativo envolvendo a comunidade rural, família, escola e demais áreas de políticas públicas.
§ 3º - As Instituições de Ensino Superior Públicas do Sistema Estadual de Educação devem implantar cursos regulares de Licenciatura em Educação do Campo e Pedagogia da Terra, voltados especificamente
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para a formação inicial de educadores para a docência na Educação Básica nas escolas do campo, bem como cursos de formação continuada de aperfeiçoamento, pós-graduação latu sensu e stricto sensu com linhas de pesquisa específicas à questão do campo (agrária) em todas as grandes áreas de formação e, devem ainda desenvolver programas de pesquisa e extensão sobre a temática em questão.
§ 4º - Os demais cursos regulares de graduação (licenciaturas e bacharelados) e tecnológicos das Instituições de Ensino Superior Públicas do Sistema Estadual de Educação deverão promover ações de ensino, pesquisa e extensão que propiciem vivências pedagógicas de estudo, discussão, acompanhamentos pedagógicos, voltadas para a contextualização da formação de educadores e técnicos para atenderem às necessidades de educação dos sujeitos do campo e à promoção do desenvolvimento sustentável.
Art. 5º. As instituições escolares deverão praticar a gestão democrática e garantir a sua autonomia, o funcionamento efetivo dos Conselhos Escolares e de Classe, com a participação do coletivo na gestão e planejamento escolares, sua organização, acompanhamento e avaliação institucional.
Art. 6º. O processo de nucleação de classes isoladas/escolas localizadas na zona rural será operacionalizado através de deslocamentos intracampo, evitando-se o deslocamento do campo para a cidade. A necessidade de nucleação será atestada a partir de consulta às comunidades envolvidas, através de reuniões (assembleias ou plenárias), respeitando o disposto no ECA e na Lei nº 12.960/2014.
§ 1º - A nucleação de que trata este item poderá ocorrer nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio e suas modalidades, dentre elas a Educação de Jovens e Adultos e a Educação Profissional/Técnica, a partir do posicionamento das comunidades escolares e do entorno envolvidas.
§ 2º - A Educação Infantil e os anos iniciais do Ensino Fundamental deverão ser ofertados nas próprias comunidades rurais evitando-se o deslocamento de crianças menores de 10 anos da proximidade de suas moradias.
§ 3º - Os anos iniciais do Ensino Fundamental, excepcionalmente, poderão ser ofertados em escolas nucleadas, com deslocamento intracampo dos alunos, não podendo ultrapassar a quilometragem de distância da comunidade - escola, segundo a legislação vigente e o Estatuto da Criança e do Adolescente -ECA.
§ 4º - Em situações excepcionais em que o deslocamento infantil ocorrer, o transporte escolar deverá ter profissionais da educação treinados para acompanhar as crianças, as medidas de segurança deverão ser reforçadas, e o Conselho Tutelar responsável deverá fiscalizar as condições desse deslocamento.
Art.7º. São admitidas como forma de organização a redução no número de alunos por professor e/ou a formação de classes multisseriadas, o regime de alternância ou outras formas de organização, utilizando-se a flexibilidade pedagógica, conforme necessidades e condições operacionais das instituições de ensino, ouvida a comunidade onde a unidade escolar estiver situada.
§ 1º - Em nenhuma hipótese serão agrupadas em uma mesma turma crianças na faixa etária da Educação Infantil (zero a cinco anos) com crianças do Ensino Fundamental, conforme Diretrizes Complementares de Educação do Campo, Resolução 02/2008 CEB/CNE.
§ 2º - Conforme a Resolução 08/2007 CEB-CEE/AL a organização das classes nos anos iniciais do Ensino Fundamental, deve respeitar o critério da idade, admitindo-se a organização bianual: crianças entre seis e oito anos e crianças entre oito e dez anos em uma mesma classe multiseriada.
Art. 8º Quando as unidades escolares adotarem o regime de alternância regular de períodos de estudo: tempo-aula e tempo comunidade, levarão em consideração o tempo, o espaço e a flexibilidade e assegurarão o acompanhamento efetivo do professor, previstos no Art. 23, da Lei 9.394/96 e no Parecer 01/2006 CNE que trata dos dias letivos para a aplicação da Pedagogia de Alternância.
Parágrafo Único: O tempo-escola representa as atividades desenvolvidas na unidade escolar. E o tempo-comunidade representa as atividades desenvolvidas fora do ambiente escolar, através de atividades planejadas, orientadas, acompanhadas e avaliadas pelos professores, compreendendo também as atividades voltadas para a qualificação profissional, quando for o caso.
Art. 9º. Em caso de Comunidades Acampadas, as etapas e os níveis de ensino em todas as modalidades poderão funcionar em sistema de Itinerância, desde que, em acordo com a comunidade. As Escolas Itinerantes deverão estar vinculadas a uma Escola Base – Unidade de Ensino – podendo ser integrantes de sistema estadual ou municipal atendendo às normas deste Parecer.
Art. 10. Quando for detectada a total impossibilidade de funcionamento, o fechamento de escolas do campo será precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de ensino, que considerará a justificativa apresentada pelo órgão competente, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidade escolar, conforme a Lei nº 12.960/2014.
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§ 1º - As instituições pertencentes aos sistemas municipais de ensino criados em lei devem recorrer ao respectivo Conselho Municipal de Educação.
§ 2º - As instituições pertencentes aos Sistema Estadual de Ensino (estaduais ou municipais) devem remeter ao Conselho Estadual de Educação, pelo menos três meses antes do início do período letivo, requerimento com a devida justificativa acompanhado do relatório de consultas realizadas junto às comunidades atingidas pelo encerramento da unidade escolar.
Art. 11. Conforme estabelecido no Plano Estadual de Educação, Lei nº 6.757/2006, os municípios deverão dispor de um setor/equipe específica para organizar o processo de formação continuada e acompanhamento pedagógico das escolas do campo. Esta equipe deve ser formada, preferencialmente, com profissionais da educação que já realizaram etapas de formação inicial ou continuada na área.
Parágrafo Único: As escolas do campo em suas diversas formas de organização e funcionamento (núcleos, unidades de ensino, extensões, escolas/salas multisseriadas entre outros) deverão ter assistência técnico-pedagógica e acompanhamento específicos e efetivos, feitos pelos órgãos competentes, no sentido de garantir uma educação de qualidade social, que atenda às necessidades de sua demanda.
Art. 12. As escolas devem dispor de condições dignas de funcionamento, considerando as condições físicas, materiais e humanas, além de multimeios condizentes com as suas necessidades operacionais, a saber: acervo bibliográfico na forma da lei, recursos audiovisuais, equipamentos tecnológicos, áreas de lazer, entre outros, respeitando-se os padrões mínimos já estabelecidos em lei.
Parágrafo Único: As instituições escolares poderão adotar a escola de tempo integral, garantindo o seu mantenedor, as condições de funcionamento e, neste caso, adequarão seu Projeto Político-Pedagógico para atender esta nova forma de organização.
Art. 13. Os órgãos executivos do Sistema Estadual de Educação devem estabelecer termos de cooperação técnica com as entidades prestadoras de serviços de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural) integrantes do SIATER (Sistema Nacional de ATER) e ainda com respectivas instituições públicas municipais e estadual para suporte técnico às escolas do campo, no processo de desenvolvimento de projetos pedagógicos vinculados aos objetivos comunitários.
Parágrafo Único: A equipe técnica de ATER colaborará com as equipes das unidades escolares, atuando de forma conjunta na comunidade, por meio de metodologias participativas, para que as escolas do campo sejam espaços dinâmicos de projetos e práticas voltadas ao desenvolvimento rural sustentável, à agroecologia, à recuperação ambiental, à economia solidária, à promoção da segurança hídrica, alimentar, energética.
Art. 14. O financiamento da educação nas escolas do campo será feito através de recursos públicos vinculados à manutenção e desenvolvimento do ensino, respeitando o que determina a legislação vigente, observando as suas especificidades.
§ 1º - Escolas públicas de educação básica das áreas rurais receberão recursos do Ministério da Educação para manutenção de instalações, pagamento de mão de obra e aquisição de mobiliário escolar através do Programa Dinheiro Direto na Escola do Campo – PDDE Campo, segundo Resolução nº 32 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), além de outros recursos para construção de novas escolas rurais.
§ 2º - As redes públicas de ensino – municipais e estadual – assegurarão que as próprias escolas do campo administrem seus recursos do PDDE, assegurando a autonomia necessária ao Conselho Escolar e gestor da Unidade Executora (UEX), as eleições regulares e a participação democrática da comunidade local em todo o processo.
Art. 15. O transporte escolar, quando indispensável, deverá atender às normas do Código Nacional de Trânsito e poderá ser realizado através do regime de colaboração Estado-Município ou em regime consorciado Município-Município, em conformidade com a Lei nº 10.709/03, que define as responsabilidades dos gestores municipais e estaduais com a oferta do Transporte Escolar.
Parágrafo Único: Durante o percurso do transporte escolar, os estudantes de todas as etapas da educação básica deverão ser acompanhados por um profissional responsável por esta atividade.
Art. 16. O Plano Estadual de Educação de Alagoas e os respectivos Planos Municipais de Educação do Estado deverão incluir objetivos e metas para a Educação do Campo, baseando-se no previsto no Plano Nacional de Educação, considerando a legislação vigente e os documentos de referência em todas as ações relacionadas à Educação do Campo no Estado.
Art. 17. O Sistema Estadual de Educação de Alagoas, incluindo a rede estadual e os Sistemas Municipais desenvolverão amplo processo de colaboração para a oferta da Educação do Campo, organizando e otimizando os meios disponíveis, a saber:
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I. Matrícula unificada da rede pública em cada município com planejamento participativo prévio de prédios, professores e transporte escolar para atender à demanda social.
II. Cooperação pedagógica entre as equipes das redes públicas para o acompanhamento pedagógico das escolas e participação em processos de desenvolvimento rural sustentável;
III. Articulação entre as equipes gestoras da educação pública e as equipes dos demais serviços e políticas públicas, para desenvolver ações coordenadas nas escolas do campo nas áreas de saúde, saneamento, assistência e seguridade social, proteção da infância e adolescência, meio-ambiente, economia solidária, cooperativismo e associativismo, desenvolvimento territorial sustentável e demais políticas públicas voltadas para o campo.
Art. 18. As escolas integrantes do Sistema Estadual de Educação de Alagoas deverão iniciar de imediato o processo de implantação das disposições desta Resolução, devendo num período de quatro anos, contados a partir da data de publicação, funcionarem em consonância com os seus dispositivos.
Art. 19. Esta Resolução entra em vigor na data de sua homologação revogadas as disposições em contrário.
Maceió, 11 de novembro de 2014.
JAIRO JOSÉ CAMPOS DA COSTA
Presidente do Conselho Estadual de Educação de Alagoas
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SÚMULAS DE PROCESSOS
DISCUTIDOS E DELIBERADOS outubro/2014 - outubro/2015
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CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA-CEB
1. CREDENCIAMENTO, AUTORIZAÇÃO E
RECONHECIMENTO.
1.1. Processos nº 1800-10684/2008 SEE/AL - n°
174/2008 CEE/AL. Interessado: Ensino
Fundamental Silva LTDA- ME. Assunto: Solicita
a renovação do credenciamento da instituição
para oferta da Educação Básica e
reconhecimento do Ensino Fundamental – 1º ao
5º ano, da Escola Amigos do ABC, Maceió –
Alagoas. Conselheira Relatora: Lúcia Regueira
Lucena. Parecer nº 324/2014. Conclusão:
Diante do exposto, e em conformidade com a
Resolução Nº 51/2002 CEE/AL e a Resolução Nº
08/2007 CEE/AL, somos de Parecer que:
1. Seja renovado o credenciamento da Escola
Amigos do ABC de Maceió/AL, mantido por
Ensino Fundamental Silva LTDA-ME, para ofertar
a Educação Básica, por 10 (dez) anos; 2. Seja
reconhecido o Ensino Fundamental - 1º ao 5º ano
por 4 (quatro) anos; 3. Sejam aprovados o
Regimento Escolar, Proposta Pedagógica e
Matrizes Curriculares; e 4. Sejam validados os
estudos anteriormente realizados no Ensino
Fundamental do 1º ao 5º ano da Escola Amigos
do ABC. (Maceió,18/11/2014).
* RESOLUÇÃO nº 42/2014 – CEE/AL.
EMENTA: Concede a renovação do
credenciamento da instituição para oferta da
Educação Básica e reconhecimento do Ensino
Fundamental -1º ao 5º ano, da Escola Amigos do
ABC, mantido pela Ensino Fundamental Silva
LTDA-ME, em Maceió- Alagoas, e dá outras
providências.
O PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DO
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE
ALAGOAS, no uso de suas atribuições, de
conformidade com o Parecer N° 324/2014 - CEB-
CEE/AL, aprovado na Sessão Plenária Ordinária
de 25/11/2014,
RESOLVE:
Art. 1º - Conceder a renovação do
credenciamento da instituição da Escola Amigos
do ABC de Maceió- Alagoas, mantido pela Maria
Zilda da Silva, por 10 (dez) anos;
Art. 2º- Conceder o reconhecimento do Ensino
Fundamental - 1º ao 5º ano, por 4 (quatro ) anos;
Art. 3º - Aprovar o Regimento Escolar, Proposta
Pedagógica e Matrizes Curriculares;
Art. 4º - Validar os estudos anteriormente
realizados no Ensino Fundamental- 1° ao 5° ano
da Escola Amigos do ABC.
Art. 5º - Esta Resolução entra em vigor após sua
homologação, salvo às disposições em contrário.
Maceió-AL, 25 /11/2014.
CONSª ANA MÁRCIA CARDOSO FERREIRA
Presidente da Sessão Plenária do CEE/AL
1.2. Processos nº 1800-22131/2009 SEE/AL e
Nº 429/2010 CEE/AL. Interessado: Colégio
Pedro Morais LTDA. Assunto: Solicita o
credenciamento da instituição para oferta da
Educação Básica e autorização para o Ensino
Fundamental – 1º ao 9º ano, da Escola Pedro
Morais, Maceió/AL. Conselheira Relatora:
Esmeralda Moura. Parecer nº 330/2014.
Conclusão: Diante do exposto e com base na
LDB Nº 9394/96 e nas Resoluções Nº 51/2002
Nº 08/2007 CEE/AL, somos de parecer que: I-
Seja concedido o credenciamento da Escola
Pedro Morais localizada a Rua A 15, Nº 155,
Conjunto Benedito Bentes e mantida pelo Colégio
Pedro Morais LTDA, em Maceió/Alagoas, para a
oferta da Educação Básica, por dez (10) anos; II-
Seja concedida a autorização do Ensino
Fundamental – 1º ao 9º ano por dois (02) anos a
referida instituição de ensino; III- Sejam
validados os estudos realizados anteriormente no
Ensino Fundamental – 1º ao 9º ano; IV-
Determinar à entidade mantenedora da Escola
Pedro Morais que apresente a 1ª CRE-SEE/AL no
prazo de trinta (30) dias a contar da publicação
deste parecer: a) O Regimento Escolar e a
Proposta Pedagógica conforme preceitua a LDB
Nº 9394/96 e as Resoluções Nº 51/2002 e Nº
08/2007 CEE/AL. Atentando ainda para a
sequência da numeração dos artigos e as
denominações dos títulos e capítulos no
CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Processos analisados e aprovados no período de outubro de 2014 a outubro de 2015.
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Regimento e a correlação dos dois documentos;
b) As Matrizes Curriculares conforme preceitua a
Resolução Nº 7 DE 14 de dezembro de 2010 do
Conselho Nacional de Educação- CNE, que fixa
as Diretrizes Curriculares para o Ensino
Fundamental de nove anos; V - O não
cumprimento da determinação no prazo acima
constante, invalidará as concessões dos incisos I
a III.
* RESOLUÇÃO Nº. 48/2014 – CEE/AL
EMENTA: Concede o credenciamento da
instituição para oferta da Educação Básica e
autorização do Ensino Fundamental - 1º ao 9º
ano da ESCOLA PEDRO MORAIS, mantida pelo
Colégio Pedro Morais LTDA e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL
DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS, no uso de suas
atribuições, de conformidade com o Parecer N°
330/2014 CEB-CE/AL, aprovado no Pleno
ordinário de 25/11/2014.
RESOLVE:
Art. 1º— Conceder o credenciamento da Escola
Pedro Morais, localizada à Rua A 15, Nº 155,
Conjunto Benedito Bentes e mantida pelo Colégio
Pedro Morais LTDA, em Maceió/Alagoas, para a
oferta da Educação Básica, por dez (10) anos;
Art. 2° — Conceder a autorização do Ensino
Fundamental - 1º ao 9º ano, por 02 (dois) anos da
referida instituição de ensino;
Art. 3° — Validar os estudos anteriormente
realizados no Ensino Fundamental – 1º ao 9º ano
Art. 4° — Determinar à entidade mantenedora da
Escola Pedro Morais que apresente à 1ª CRE-
SEE/AL, no prazo de trinta (30) dias a contar da
publicação do parecer Nº330/2014 CEB-SEE/AL:
a) O Regimento Escolar e a Proposta
Pedagógica conforme preceitua a LDB Nº
9394/96 e as Resoluções Nº 51/2002 e Nº
08/2007 CEE/AL. Atentando ainda para a
sequência da numeração dos artigos e as
denominações dos títulos e capítulos no
regimento e a correlação dos dois documentos;
b) As Matrizes Curriculares conforme
preceitua a Resolução Nº 7 de 14 de dezembro
de 2010 do Conselho Nacional de Educação -
CNE, que fixa as Diretrizes Curriculares para o
Ensino Fundamental de nove anos.
Art. 5° O não cumprimento da determinação no
prazo acima constante invalidará as concessões
dos incisos I a III.
Art. 6° — Esta Resolução entra em vigor a partir
da sua homologação, salvo disposições em
contrário.
Maceió-AL, 27/11/2014.
CONSª ANA MÁRCIA CARDOSO FERREIRA
Presidente da Sessão Plenária do CEE/AL
1.3. Processos nº 1800 005911-8/2005 SEE/AL -
Nº 495/2010 CEE/AL. Interessado: Centro
Educacional Santa Terezinha - CEST. Assunto:
Solicita a renovação do Credenciamento da
instituição e o reconhecimento para o Ensino
Fundamental – 1º ao 5º ano, do Centro
Educacional Santa Terezinha, em Maceió - Al.
Conselheira Relatora: Maria José Alves Costa.
Parecer nº 89/2015 CEB-CEE/AL. Conclusão:
Diante do exposto e com base no atendimento
aos preceitos legais, somos de parecer que:
I - Seja concedida a renovação do
Credenciamento ao Centro
Educacional Santa Terezinha, em
Maceió - Al, mantida pelo Centro
Educacional Santa Terezinha -
CEST, por 10 (dez) anos;
II - Seja concedido o
Reconhecimento para o Ensino
Fundamental – 1º ao 5º ano por 04
(quatro) anos;
III - Sejam validados os estudos
realizados anteriormente do Ensino
Fundamental do 1º ao 5º ano;
V - Sejam aprovados o Regimento
Escolar, a Proposta Pedagógica e a
Matriz Curricular. É o parecer, S.M.J.
(Maceió, 22/09/2015).
*RESOLUÇÃO nº 24/2015 – CEE/AL
EMENTA: Concede a renovação do
Credenciamento da Instituição Centro
Educacional Santa Terezinha e o
reconhecimento do Ensino Fundamental do 1º ao
5º ano, mantida pelo Centro Educacional Santa
Terezinha - CEST, em Maceió, Alagoas, e dá
outras providências.
O PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL
DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS, no uso de suas
atribuições, de conformidade com o Parecer N°
89/2015 - CEB-CEE/AL, aprovado na Sessão
Plenária ordinária de 29/09/2015,
RESOLVE:
Art. 1º - Conceder a renovação do
Credenciamento ao Centro Educacional Santa
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Terezinha, em Maceió - Al, mantida pelo Centro
Educacional Santa Terezinha - CEST, por 10
(dez) anos;
Art. 2º - Conceder o Reconhecimento para o
Ensino Fundamental – 1º ao 5º ano por 04
(quatro) anos;
Art. 3º - validar os estudos realizados
anteriormente do Ensino Fundamental do 1º ao 5º
ano;
Art. 4º - Aprovar o Regimento Escolar, a Proposta
Pedagógica e a Matriz Curricular;
Art. 5º - Esta Resolução entra em vigor após sua
homologação, salvo as
disposições em contrário.
Maceió, 06 de outubro de 2015.
CONSº JAIRO JOSÉ CAMPOS DA COSTA
Presidente do CEE/AL
1.4. Processos nº 149/2015 CEE/AL
Interessado: Serviço Social da Indústria - SESI.
Assunto: Solicitação de alteração na
denominação da Escola SESI, em Maceió/AL.
Conselheiro Relator:. Hallisson Oliveira
Cardoso Parecer nº. 61 /2015. Conclusão:
Diante da análise do processo e conforme
Resolução Nº 51/2002 somos favoráveis que:
1. Seja declarada a alteração na denominação da
Escola SESI, localizada à Rua General Hermes,
487, Centro, Maceió/AL e mantida pelo Serviço
Social da Indústria, para Escola SESI de
Educação Básica Industrial Abelardo Lopes;
2. Seja determinado ao representante legal da
instituição que proceda com a alteração do nome
da escola e do CNPJ, em todos os documentos
escolares, inclusive, no Regimento Escolar e
Proposta Pedagógica, no prazo máximo, de trinta
(30) dias a contar da publicação deste parecer,
encaminhando a 1ª coordenadoria Regional de
Ensino – CRE, cópias da documentação alterada,
para que se proceda com a verificação do
atendimento ao determinado e posterior
arquivamento no processo de regularização
escolar. É o parecer, S.M.J. (Maceió,
07/07/2015).
*RESOLUÇÃO Nº 06/2015 – CEE/AL
EMENTA: Declara a alteração na denominação
da Escola SESI, mantida pelo Serviço Social da
Indústria em Maceió - Alagoas e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL
DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS, no uso de suas
atribuições, de conformidade com o Parecer N°
61/2015 CEB-CEE/AL, aprovado no Pleno
Ordinário de 28/07/2015.
RESOLVE:
Art.1º - Declarar a alteração na denominação da
Escola SESI, localizada à Rua General Hermes,
487, Centro e mantida pelo Serviço Social da
Indústria, para Escola SESI de Educação Básica
Industrial Abelardo Lopes;
Art. 2° - Determinar ao representante legal da
instituição que proceda com a alteração do nome
da escola e do CNPJ, em todos os documentos
escolares, inclusive, no Regimento Escolar e
Proposta Pedagógica, no prazo máximo, de trinta
dias a contar da publicação do parecer Nº
61/2015 CEB-CEE/AL, encaminhando a 1ª
Coordenadoria Regional de Ensino – CRE, cópias
da documentação alterada, para que se proceda
com a verificação do atendimento ao determinado
e posterior arquivamento no processo de
regularização escolar.
Art. 3° - Esta Resolução entra em vigor a partir
de sua homologação, salvo as disposições em
contrário.
Maceió-AL, 04 /08/2015.
CONSª ANA MÁRCIA CARDOSO FERREIRA
Presidente da Sessão Plenária do CEE/AL
2. ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES
ESCOLARES E VALIDAÇÃO DOS ESTUDOS
2.1. Processos nº 1800002229/2012 SEE/AL e
Nº 50/2012 CEE/AL. Interessado: Zilda Velozo
de Andrade. Assunto: Solicita o encerramento
das atividades escolares e validação dos estudos
realizados no período de 1998 a 2003, no Ensino
Fundamental – 1ª a 8ª série e do Ensino Médio –
1º ao 3º ano, sem habilitação profissional do
Colégio Sagrado Coração de Maria em
Maceió/AL. Conselheiro Relator: Hallisson
Oliveira Cardoso. Parecer nº 329/2014.
Conclusão: Diante do exposto e com base na
legislação vigente, somos de parecer que: I- Seja
declarada a extinção do Colégio Sagrado
Coração de Maria, localizado à Rua Cônego
Costa, 3863, Bebedouro, mantido por Zilda
Velozo de Andrade, em Maceió/Alagoas; II-
Sejam validados os estudos ofertados, pela
instituição em tela, no Ensino Fundamental – 1ª a
8ª série e no Ensino Médio- 1º ao 3º ano, sem
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habilitação profissional, no período de 1998 a
2003; e III- Seja determinado à entidade
mantenedora do Colégio Sagrado Coração de
Maria, que organize todo o acervo documental,
depositando-o na 1ª CRE-SEE/AL, para que se
mantenha o registro da vida escolar dos alunos a
qualquer tempo. (Maceió, 19/11/2014).
* RESOLUÇÃO Nº 47/2014 – CEE/AL
EMENTA: Declara a extinção das atividades
escolares e concede validação dos estudos
ofertados no Ensino Fundamental, da 1ª a 8ª
série e no Ensino Médio, 1ª a 3ª, série, sem
habilitação profissional, no período de 1998 a
2003, do COLÉGIO SAGRADO CORAÇÃO DE
MARIA, mantido por Zilda Velozo de Andrade e
dá outras providências.
O PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL
DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS, no uso de suas
atribuições, de conformidade com o Parecer N°
329/2014 CEB-CEE/AL, aprovado no Pleno
Ordinário de 25/11/2014.
RESOLVE:
Art.1º - Declarar a extinção do Colégio Sagrado
Coração de Maria, localizado à Rua Cônego
Costa, 3863, Bebedouro, mantido por Zilda
Velozo de Andrade, em Maceió/Alagoas;
Art. 2° - Validar os estudos ofertados pela
instituição em tela, no Ensino Fundamental – 1ª a
8ª série e no Ensino Médio – 1ª à 3ª série, sem
habilitação profissional, no período de 1998 a
2003;
Art. 3° - Determinar à entidade mantenedora do
colégio Sagrado Coração de Maria, que organize
todo o acervo documental, depositando-o na 1ª
CRE-SEE/AL, para que se mantenha o registro
da vida escolar dos alunos a qualquer tempo.
Art. 4° - Esta Resolução entra em vigor a partir
de sua homologação, salvo as disposições em
contrário.
Maceió-AL, 27 /11/2014.
JAIRO JOSÉ CAMPOS DA COSTA
Presidente do CEE/AL
2.2. Processos 1800003406/2012 SEE/AL e Nº
111/2012 -CEE/AL Interessado: Vera Lúcia
Ferreira da Silva ME. Assunto: Solicitação de
encerramento das atividades da Escola de Ensino
Fundamental Raio de Luz, em Penedo/AL.
Conselheiro Relator:. Hallisson Oliveira
Cardoso. Parecer nº. 66/2015. Conclusão:
Diante da análise do processo e conforme
relatório da visita “ in loco” somos favoráveis que:
1- Seja declarado o encerramento das atividades
da Escola de Ensino Fundamental Raio de Luz,
localizada à Rua João Ramalho, 1018, Santa
Luzia, Penedo/AL e mantida por Vera Lúcia
Ferreira da Silva ME, em Penedo /AL;
2- Sejam validados os estudos ofertados pela
Escola de Ensino Fundamental Raio de Luz, no
Ensino Fundamental – 1º ao 4º ano, no período
de 2006 a 2009;
3-Seja determinado à mantenedora da instituição
em tela, que deposite todo o acervo documental
da instituição devidamente organizado, na 9ª
Coordenadoria Regional de Ensino - CRE, no
prazo de 30 (trinta) dias a contar da publicação
deste parecer, para que se garanta a expedição
de documentos escolares dos seus alunos a
qualquer tempo.
4- Proceda-se com o arquivamento do processo
Nº 5688-0/2008 SEE/AL e Nº 519/2010 CEE/AL,
solicitando credenciamento da instituição para
oferta da Educação Básica e autorização para o
Ensino Fundamental- 1º ao 5º ano que se
encontra tramitando neste conselho. É o parecer,
S.M.J. (Maceió, 07/07/2015).
*RESOLUÇÃO Nº 07/2015 – CEE/AL
EMENTA: Declara a extinção das atividades
escolares e concede validação dos estudos
ofertados no Ensino Fundamental, do 1º ao 4º
ano, no período de 2006 a 2009, da ESCOLA DE
ENSINO FUNDAMENTAL RAIO DE LUZ,
mantida por Vera Lúcia Ferreira da Silva – ME,
em Penedo - Alagoas e dá outras providências.
O PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL
DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS, no uso de suas
atribuições, de conformidade com o Parecer N°
66/2015 CEB-CEE/AL, aprovado no Pleno
Ordinário de 28/07/2015.
RESOLVE:
Art.1º - Declarar a extinção da Escola de Ensino
Fundamental Raio de Luz, localizada à Rua João
Ramalho, 1018, Santa Luzia, mantida por Vera
Lúcia Ferreira da Silva ME, em Penedo/Alagoas;
Art.2° - Validar os estudos ofertados pela
instituição em tela, no Ensino Fundamental – 1º
ao 4º ano, no período de 2006 a 2009;
Art.3° - Determinar à entidade mantenedora da
instituição em tela, que organize todo o acervo
documental, depositando-o na 9ª CRE-SEE/AL,
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no prazo de 30(trinta) dias a contar da publicação
do Parecer Nº 66/2015CEB- CEE/AL para que se
garanta a expedição de documentos escolares
dos seus alunos a qualquer tempo.
Art.4°- Determinar que se proceda com o
arquivamento do processo Nº 5688-02008
SEE/AL e Nº 519/2010 CEE/AL, solicitando
credenciamento da instituição para oferta da
Educação Básica e autorização para o Ensino
Fundamental – 1º ao 5º ano que se encontra
tramitando no CEE/AL;
Art.5° - Esta Resolução entra em vigor a partir de
sua homologação, salvo as disposições em
contrário.
Maceió-AL, 04 /08/2015
CONSª ANA MÁRCIA CARDOSO FERREIRA
Presidente da Sessão Plenária do CEE/AL
2.3. Processos 1800011268/2014 SEE/AL e Nº
138/2015-CEE/AL Interessado: Maria Alcina
Lopes Idalino Assunto: Solicitação de
encerramento das atividades da Escola São José,
em Penedo/AL. Conselheiro Relator: Hallisson
Oliveira Cardoso. Parecer nº 68/2015.
Conclusão: Diante da análise do processo e
conforme relatório da visita “ in loco” somos
favoráveis que:
1- Seja declarado o encerramento das atividades
da Escola São José, localizada à Rua João
Pessoa, 35, Centro, Penedo/AL e mantida por
Maria Alcina Lopes Idalino, em Penedo /AL;
2- Sejam validados os estudos ofertados pela
Escola São José, no Ensino Fundamental – 1º ao
9º ano, no período de 1993 a 2012 e no Ensino
Médio – 1º ao 3º ano, sem habilitação
profissional, nos anos de 2001 e 2002;
3-Seja determinado à mantenedora da instituição
em tela, que deposite todo o acervo documental
da instituição devidamente organizado, na 9ª
Coordenadoria Regional de Ensino - CRE, no
prazo de 30 (trinta) dias a contar da publicação
deste parecer, para que se garanta a expedição
de documentos escolares dos seus alunos a
qualquer tempo. É o parecer, S.M.J. (Maceió,
18/08/2015).
* RESOLUÇÃO Nº 19 /2015 – CEE/AL
EMENTA: Declara a extinção das atividades
escolares e concede validação dos estudos
ofertados no Ensino Fundamental, do 1º ao 9º
ano, no período de 1993 a 2012 e no Ensino
Médio, 1ª a 3ª série, sem habilitação profissional,
nos anos de 2001 a 2002, da ESCOLA SÃO
JOSÉ, mantida por Maria Alcina Lopes Idalino,
em Penedo-Alagoas, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL
DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS, no uso de suas
atribuições, de conformidade com o Parecer N°
68/2015 CEB-CEE/AL, aprovado no Pleno
Ordinário de 25/08/2015.
RESOLVE:
Art.1º - Declarar a extinção da Escola São José,
localizada à Rua João Pessoa, 35, Centro, em
Penedo/Alagoas e mantida por Maria Alcina
Lopes Idalino;
Art.2° - Validar os estudos ofertados pela
instituição em tela, no Ensino Fundamental – 1º
ao 9º ano, no período de 1993 a 2012 e no
Ensino Médio – 1ª a 3ª série, sem habilitação
profissional, nos anos de 2001 e 2002;
Art.3° - Determinar à entidade mantenedora da
Escola São José, que deposite todo o acervo
documental da instituição devidamente
organizado, na 9ª Coordenadoria Regional de
Ensino – CRE, no prazo de 30 (trinta) dias a
contar da publicação do Parecer 68/2015 CEB-
CEE/AL, para que se garanta a expedição de
documentos escolares dos seus alunos a
qualquer tempo;
Art.4° - Esta Resolução entra em vigor a partir de
sua homologação, salvo as disposições em
contrário.
Maceió-AL, 31/08/2015
CONSª ANA MÁRCIA CARDOSO FERREIRA
Presidente da Sessão Plenária do CEE/AL
3. EQUIVALÊNCIA DE ESTUDOS
3.1. Processos nº 1800 012179/2014 SEE/AL e
584/2014 CEE/AL. Interessado: Luiz Carlos dos
Santos Amorim – Laisy Amorim Farias de
Almeida. Assunto: Equivalência de Estudos no
Exterior. Conselheiro Relator: Hallisson Oliveira
Cardoso. Parecer nº 21/2015. Conclusão:
Deliberamos pela equivalência de estudos
realizados no exterior, no 3º ano de Ensino
Médio, da estudante Laisy Amorim Farias de
Almeida, podendo esta dá continuidade aos seus
estudos em nosso país. (Maceió, 07/04/2015).
3.2. Processos nº 1800 013385/2014 SEE/AL e
33/2015 CEE/AL. Interessado: Thais Elizabeth
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Pane Vieira. Assunto: Equivalência de Estudos
no Exterior. Conselheira Relatora: Ana Márcia
Cardoso Ferreira. Parecer nº 36/2015.
Conclusão: Apesar de não haver tradução para
Língua Portuguesa de alguns períodos cursados
pela estudante no exterior, a mesma concluiu a 1ª
série do Ensino Médio com promoção para o ano
seguinte, desta forma deliberamos pela
equivalência de estudos realizados no exterior, na
1ª série de Ensino Médio, da estudante Thais
Elizabeth Pane Vieira, podendo esta dá
continuidade aos seus estudos na 2ª série do
Ensino Médio em nosso país. (Maceió,
30/06/2015).
3.3. Processos nº 1800 012424/2014 SEE/AL e
583/2014 CEE/AL. Interessado: Vanderleia
Antonia Guaris Costa – Emilly Guaris Costa.
Assunto: Equivalência de Estudos Realizados no
Exterior. Conselheira Relatora: Hallisson
Oliveira Cardoso. Parecer nº 20/2015.
Conclusão: Frente ao exposto deliberamos pela
equivalência de estudos realizados na escola
estrangeira, no 3º ano do Ensino Médio, pela
estudante Emilly Guaris Costa, podendo esta dá
continuidade aos seus estudos em nosso país.
(Maceió, 05/05/2015).
3.4. Processos nº 013006/2014 SEE/AL e
590/2014 CEE/AL. Interessado: Cláudia Rejane
Araújo Cavalcante - Vanessa Araújo Cavalcante.
Assunto: Equivalência de Estudos realizados no
exterior Conselheiro Relator: Murilo Firmino da
Silva. Parecer nº 15/2015. Conclusão:
Considerando que a documentação expedida
pela escola estrangeira não vir revestida das
formalidades consulares e que a estudante é
menor de idade, determinamos que: 1. A
estudante Vanessa Araújo Cavalcante seja
submetida a exames de reclassificação na escola
que a acolher; 2. Os exames de reclassificação
deverão atender as determinações legais que
são: banca examinadora, assentamento dos
resultados em ficha individual e arquivamento à
pasta individual do estudante; 3. Os resultados
dos exames ao qual a estudante for submetido
deverão constar em Ata Especial; 4. Este Parecer
deve ser arquivado para que possa legitimar as
anotações que constarão no Histórico Escolar da
estudante. Este é o nosso Parecer S.M.J.
(10/02/2015).
3.5. Processos nº 000281/2014 SEE/AL e
505/2014 CEE/AL. Interessado: Aleksandro
Alves dos Santos - Júlio César Vieira de Lima.
Assunto: Equivalência de Estudos realizados no
exterior. Conselheiro Relator: Hallisson Oliveira
Cardoso. Parecer nº 16/2015. Conclusão:
Considerando que a documentação expedida
pela escola estrangeira não vir revestida das
formalidades consulares e que a estudante é
menor de idade, determinamos que: 1. O
estudante Júlio César Vieira de Lima seja
submetido aos exames de reclassificação na
escola que a acolher; 2. Os exames de
reclassificação deverão atender as determinações
legais que são: banca examinadora,
assentamento dos resultados em ficha individual
e arquivamento à pasta individual do estudante;
3. Os resultados dos exames ao qual a estudante
for submetido deverão constar em Ata Especial;
4. Este Parecer deve ser arquivado para que
possa legitimar as anotações que constarão no
Histórico Escolar da estudante. Este é o nosso
Parecer S.M.J. (10/02/2015).
3.6. Processos nº 011984/2014 SEE/AL e
569/2014 CEE/AL. Interessado: Lucélia
Salustiano dos Santos - Rafael Silva Santos.
Assunto: Equivalência de Estudos realizados no
exterior. Conselheiro Relator: Hallisson Oliveira
Cardoso. Parecer nº 17/2015. Conclusão:
Considerando que a documentação expedida
pela escola estrangeira não vir revestida das
formalidades consulares e que a estudante é
menor de idade, determinamos que: 1. O
estudante Rafael Silva Santos seja submetido aos
exames de reclassificação na escola que a
acolher; 2. Os exames de reclassificação deverão
atender as determinações legais que são: banca
examinadora, assentamento dos resultados em
ficha individual e arquivamento à pasta individual
do estudante; 3. Os resultados dos exames ao
qual a estudante for submetido deverão constar
em Ata Especial; 4. Este Parecer deve ser
arquivado para que possa legitimar as anotações
que constarão no Histórico Escolar da estudante.
Este é o nosso Parecer S.M.J. (10/02/2015).
3.7. Processos nº 1800 012424/2014 SEE/AL e
583/2014 CEE/AL. Interessado: Vanderleia
Antônia Guaris Costa - Emilly Guaris Costa.
Assunto: Equivalência de Estudos realizados no
exterior. Conselheiro Relator: Hallisson Oliveira
Cardoso. Parecer nº 20/2015. Conclusão:
Frente ao exposto deliberamos pela equivalência
de estudos realizados na escola estrangeira, no
3° ano do Ensino Médio, pela estudante Emilly
Guaris Costa, podendo dá continuidade aos seus
estudos em nosso país. Este é o nosso Parecer
S.M.J. (05/05/2015).
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3.8. Processos nº 02179/2014 SEE/AL e
584/2014 CEE/AL. Interessado: Luiz Carlos dos
Santos Amorim - Laisy Amorim Farias de Almeida.
Assunto: Equivalência de Estudos realizados no
exterior. Conselheiro Relator: Hallisson Oliveira
Cardoso. Parecer nº 21/2015. Conclusão:
Deliberamos pela equivalência de estudos
realizados no exterior, no 3° ano de Ensino
Médio, da estudante Laisy Amorim Farias de
Almeida, podendo esta dá continuidade aos seus
estudos em nosso país. Este é o nosso Parecer
S.M.J. (05/05/2015).
3.9. Processos nº 013134/2014 SEE/AL e
29/2015 CEE/AL. Interessado: Lucyhane
Medeiros de Holanda Cavalcante - Lucas Ítalo de
Holanda Cavalcante. Assunto: Equivalência de
Estudos realizados no exterior. Conselheiro
Relator: Hallisson Oliveira Cardoso. Parecer nº
29/2015. Conclusão: Frente ao acima exposto
deliberamos pela equivalência de estudos no 9°
ano do Ensino Fundamental, podendo Lucas
Ítalo de Holanda Cavalcante dá continuidade
aos seus estudos na 1ª série do Ensino Médio em
qualquer instituição de ensino em nosso país.
Este é o nosso Parecer S.M.J. (05/05/2015).
3.10. Processos nº 012891/2014 SEE/AL e
32/2015 CEE/AL. Interessado: Cristiane Magda
de Oliveira Bertho Pereira - Luis Arthur de Oliveira
Bertho Pereira. Assunto: Equivalência de
Estudos realizados no exterior. Conselheiro
Relator: Hallisson Oliveira Cardoso. Parecer nº
22/2015. Conclusão: Deliberamos pela
equivalência de estudos realizados no exterior, no
2° ano de Ensino Médio, podendo o estudante
Luis Arthur de Oliveira Bertho Pereira dá
continuidade aos seus estudos no 3° ano do
Ensino Médio em nosso país. Este é o nosso
Parecer S.M.J. (05/05/2015).
3.11. Processos nº 13390/2014 SEE/AL e
62/2015 CEE/AL. Interessado: Vânia Brandão
de Britto - Beatriz Brandão de Britto Barbosa
Leão. Assunto: Equivalência de Estudos
realizados no exterior. Conselheiro Relator:
Hallisson Oliveira Cardoso. Parecer nº 23/2015.
Conclusão: Deliberamos pela equivalência de
estudos realizados no exterior por Beatriz
Brandão de Britto Barbosa Leão.no 3° ano de
Ensino Médio, podendo a estudante dá
continuidade aos seus estudos em nosso país.
Este é o nosso Parecer S.M.J. (05/05/2015).
3.12. Processos nº 1800 000188/2015 SEE/AL e
63/2015 CEE/AL. Interessado: Stefanne
Germane Dimonte - Franco Rocco Dimonte.
Assunto: Equivalência de Estudos realizados no
exterior. Conselheiro Relator: Hallisson Oliveira
Cardoso. Parecer nº 24/2015. Conclusão:
Fundamentados na Resolução n° 08/2007 CEB-
CEE/AL, deliberamos pelo encaminhamento do
estudante a qualquer instituição de ensino em
nosso país no 2° do Ensino Fundamental. Este é
o nosso Parecer S.M.J. (05/05/2015).
3.13. Processos nº 000212/2015 SEE/AL e
30/2015 CEE/AL. Interessado: Semhia
Bomansour - Beatriz Ristau Bomansour da
Rocha. Assunto: Equivalência de Estudos
realizados no exterior. Conselheiro Relator:
Hallisson Oliveira Cardoso. Parecer nº 30/2015.
Conclusão: Deliberamos pela equivalência de
estudos realizados no exterior, no 2° ano de
Ensino Médio por Beatriz Ristau Bomansour da
Rocha, podendo a dá continuidade aos seus
estudos em nosso país no 3° ano do Ensino
Médio. Este é o nosso Parecer S.M.J.
(05/05/2015).
3.14. Processos nº 1800 004299/2015 SEE/AL e
125/2014 CEE/AL. Interessado: Wolney Ramos
Soares - Laila Fontan Soares. Assunto:
Equivalência de Estudos realizados no exterior.
Conselheira Relatora: Ana Márcia Cardoso
Ferreira. Parecer nº 34/2015. Conclusão:
Cumpridas todas as determinações legais,
deliberamos pela equivalência de estudos
realizados nos exterior de Laila Fontan Soares
na 2ª série do Ensino Médio, podendo a
estudante dá continuidade a seus estudos na 3ª
série do Ensino Médio no Brasil. Este é o nosso
Parecer S.M.J. (30/06/2015).
3.15. Processos nº 1800 003279/2014 SEE/AL e
126/2014 CEE/AL. Interessado: Alexandre
Campos Rull - Elmer Fabrício Morales Jara.
Assunto: Equivalência de Estudos realizados no
exterior. Conselheira Relatora: Ana Márcia
Cardoso Ferreira. Parecer nº 35/2015.
Conclusão: Cumpridas todas as determinações
legais, deliberamos pela revalidação de
Certificados de conclusão de estudos realizados
nos exterior de Elmer Fabrício Morales Jara,
podendo o mesmo dá continuidade a seus
estudos no Brasil. Este é o nosso Parecer S.M.J.
(30/06/2015).
3.16. Processos nº 1800 001404/2014 SEE/AL e
137/2014 CEE/AL. Interessado: Piermaria Rosso
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Di San Secondo. Assunto: Equivalência de
Estudos realizados no exterior. Conselheira
Relatora: Ana Márcia Cardoso Ferreira. Parecer
nº 33/2015. Conclusão: Cumpridas todas as
determinações legais, deliberamos pela
convalidação do Certificado de conclusão do
Ensino Médio, de Piermaria Rosso Di San
Secondo, realizados nos exterior. Este é o nosso
Parecer S.M.J. (30/06/2015).
3.17. Processos nº 1800 013385/2014 SEE/AL e
33/2015 CEE/AL. Interessado: Thais Elizabeth
Pane Vieira. Assunto: Equivalência de Estudos
no Exterior. Conselheira Relatora: Ana Márcia
Cardoso Ferreira. Parecer nº 36/2015.
Conclusão: Deliberamos pela equivalência de
estudos realizados no exterior, na 1ª série de
Ensino Médio, da estudante Thais Elizabeth Pane
Vieira, podendo esta dá continuidade aos seus
estudos na 2ª série do Ensino Médio em nosso
país.Este é o nosso Parecer. S.M.J. (30/06/2015).
3.18. Processos nº 1800 001216/2013 SEE/AL e
142/2013 CEE/AL. Interessado: Stefanne
Germane Dimonte. Assunto: Equivalência de
Estudos realizados no exterior. Conselheira
Relatora: Ana Márcia Cardoso Ferreira. Parecer
nº 37/2015. Conclusão: Pelo exposto somos de
Parecer pela Equivalência dos Estudos realizados
por Stefanne Germane Dimonte , na Scuola
Statale Don Milani - Dessano, Milão, Itália,
estando a estudante apta a prosseguir seus
estudos no Ensino Médio. Este é o nosso Parecer
S.M.J. (07/07/2015).
3.19. Processos nº 1800 006474/2015 SEE/AL e
153/2015 CEE/AL. Interessado: Lourival José
dos Santos. Assunto: Equivalência de Estudos
realizados no exterior. Conselheira Relatora:
Bárbara Heliodora Costa e Silva. Parecer nº
75/2015. Conclusão: Pelo exposto somos de
Parecer que o aluno Alejandro Rodrigo Nardella
dê continuidade aos seus estudos em nosso país,
no 5° ano do Ensino Fundamental no Sistema
Educacional do Brasil. Este é o nosso Parecer
S.M.J. (18/08/2015).
3.20. Processos nº 1800 004789/2015 SEE/AL e
142/2015 CEE/AL. Interessado: Edgard Norões
Rodrigues da Matta. Assunto: Equivalência de
Estudos realizados no exterior. Conselheira
Relatora: Bárbara Heliodora Costa e Silva.
Parecer nº 77/2015. Conclusão: Somos de
Parecer que sejam homologados os estudos para
conclusão da 2ª série do Ensino Médio,
realizados no exterior pelo aluno Guilherme
Lopes da Matta, e que o mesmo prossiga com
seus estudos em nosso país, no 3° ano do Ensino
Médio no Sistema Educacional do Brasil. Este é o
nosso Parecer S.M.J. (18/08/2015).
3.21. Processos nº 1800 005570/2015 SEE/AL e
141/2015 CEE/AL. Interessado: Roberta Lins de
Albuquerque. Assunto: Equivalência de Estudos
realizados no exterior. Conselheira Relatora:
Bárbara Heliodora Costa e Silva. Parecer nº
85/2015. Conclusão: Somos de Parecer que
sejam homologados os estudos para conclusão
da 2ª série do Ensino Médio, realizados no
exterior pela aluna Maria Eduarda Lins de
Albuquerque Nonô, e que a mesma prossiga
com seus estudos em nosso país, no 3° ano do
Ensino Médio no Sistema Educacional do Brasil.
Este é o nosso Parecer S.M.J. (18/08/2015).
3.22. Processos nº 1800 005513/2015 SEE/AL e
140/2015 CEE/AL. Interessado: Carlos Filipe
Inácio de Melo. Assunto: Equivalência de
Estudos realizados no exterior. Conselheira
Relatora: Bárbara Heliodora Costa e Silva.
Parecer nº 81/2015. Conclusão: Somos de
Parecer que a aluna Raquel Fieis de Melo dê
continuidade aos seus estudos em nosso país, no
7° ano do Ensino Fundamental do Sistema
Educacional do Brasil. Este é o nosso Parecer
S.M.J. (18/08/2015).
3.23. Processos nº 1800 005578/2015 SEE/AL e
154/2015 CEE/AL. Interessado: Cristina Amaro
Viana Meireles. Assunto: Equivalência de
Estudos realizados no exterior. Conselheira
Relatora: Bárbara Heliodora Costa e Silva.
Parecer nº 82/2015. Conclusão: Considerando
que não fora cumprida a formalidade consular
que atesta a autenticidade da documentação
escolar expedida pelo Collège Jules Romains,
Paris, França retornem-se os autos para o setor
responsável, NURGSEE- URADE/SEE, da 1ª
Coordenadoria de Ensino SEE/AL, para que junto
a interessada, solicite que seja apensado ao
processo em tela, documento, que informe sobre
a autenticidade exigida para que seja
regularizada a equivalência de estudos solicitada
pela Srª Cristina Amaro Viana Meireles. Cumprida
a exigência o NURGSEE- URADE/SEE, da 1ª
Coordenadoria de Ensino SEE/AL, deverá
retornar ao CEE/AL o referido processo para que
se proceda a conclusão da solicitação de
equivalência de estudos de ALINE VIANA DIAS.
Este é o nosso Parecer S.M.J. (18/08/2015).
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3.24. Processos nº 1800 005514/2015 SEE/AL e
149/2015 CEE/AL. Interessado: Carlos Filipe
Inácio de Melo. Assunto: Equivalência de
Estudos realizados no exterior. Conselheira
Relatora: Bárbara Heliodora Costa e Silva.
Parecer nº 80/2015. Conclusão: Somos de
Parecer que o estudante João Pedro Fiéis de
Mello tenha seus estudos validados pelo Sistema
Educacional Brasileiro e, que o mesmo possa
prossegui-los na 2ª série do Ensino Médio, em
nosso país. Este é o nosso Parecer S.M.J.
(18/09/2015).
3.25. Processos nº 1800 007207/2015 SEE/AL e
165/2015 CEE/AL. Interessado: Cinara Luzan
Silva Gama. Assunto: Equivalência de Estudos
realizados no exterior por Paulo Jorge Gama
Kugelmas. Conselheira Relatora: Bárbara
Heliodora Costa e Silva. Parecer nº 84/2015.
Conclusão: Somos de Parecer que sejam
homologados os estudos de equivalência de
Paulo Jorge Gama Kugelmas à conclusão da 3ª
série do Ensino Médio do Sistema Educacional
brasileiro, na Polo High School, Missouri, Estados
Unidos da América, no ano letivo de 2014/2015,
assegurando ao estudante prosseguir seus
estudos em nível superior em nosso país.. Este é
o nosso Parecer S.M.J. (18/09/2015).
3.26. Processos nº 1800 004733/2015 SEE/AL e
139/2015 CEE/AL. Interessado: Arthur Henrique
Brêda. Assunto: Equivalência de Estudos
realizados no exterior por Beatriz Fernandes
Brêda. Conselheira Relatora: Bárbara Heliodora
Costa e Silva. Parecer nº 79/2015. Conclusão:
Somos de Parecer que sejam homologados para
conclusão da 2ª série do Ensino Médio,
realizados no exterior pela aluna BEATRIZ
FERNANDES BRÊDA, e que a mesma prossiga
com seus estudos em nosso país, no 3° ano do
Ensino Médio do Sistema Educacional Brasileiro.
Este é o nosso Parecer S.M.J. (22/09/2015).
3.27. Processos nº 1800 006901/2015 SEE/AL e
164/2015 CEE/AL. Interessado: Maria Júlia
Gadelha Xavier Martins. Assunto: Equivalência
de Estudos realizados no exterior. Conselheira
Relatora: Bárbara Heliodora Costa e Silva.
Parecer nº 101/2015. Conclusão: Somos de
Parecer que sejam homologados os estudos para
conclusão da 3ª série do Ensino Médio,
realizados no exterior pela aluna MARIA Júlia
Gadelha Xavier Martins, e que a mesma
prossiga com seus estudos em nosso país, no
Ensino Superior do Sistema Educacional
Brasileiro. Este é o nosso Parecer S.M.J.
(22/09/2015).
3.28. Processos nº 1800 000205/2015 SEE/AL e
64/2015 CEE/AL. Interessado: Cláudia Padilha
Barbosa Pinaud Calheiros. Assunto:
Equivalência de Estudos realizados no exterior.
Conselheiro Relator: Hallisson Oliveira Cardoso.
Parecer nº 103/2015. Conclusão: Deliberamos
pela equivalência de estudos realizados no
exterior pelo estudante Mathews Barbosa
Pinaud Calheiros no 2° ano do Ensino Médio,
estando apto a dá continuidade aos seus estudos
no 3° ano do Ensino Médio em qualquer
instituição de ensino em nosso país. Este é o
nosso Parecer S.M.J. (01/10/2015).
3.29. Processos nº 1800 007356/2015 SEE/AL e
109/2015 CEE/AL. Interessado: Kristine Serejo
Medeiros Pinaud Calheiros - Karolinne Serejo
Medeiros Pinaud Calheiros. Assunto:
Equivalência de Estudos realizados no exterior.
Conselheiro Relator: Hallisson Oliveira Cardoso.
Parecer nº 109/2015 CEB-CEE/AL. Conclusão:
Deliberamos pela equivalência de estudos
realizados no exterior pela estudante no 3° ano
do Ensino Médio, estando Karolinne Serejo
Medeiros Pinaud Calheiros apta a continuar seus
estudos em qualquer instituição de ensino em
nosso país. Este é o nosso Parecer S.M.J.
(06/10/2015).
3.30. Processos nº 1800 007582/2015 SEE/AL e
110/2015 CEE/AL. Interessado: Sérgio
Wanderley Persiano - Sônia Wanderley da Silva
Persiano. Assunto: Equivalência de Estudos
realizados no exterior. Conselheira Relatora:
Cícera Ferreira da Silva. Parecer nº 110/2015.
Conclusão: Deliberamos pela equivalência de
estudos realizados no exterior pelo estudante
Mathews Barbosa Pinaud Calheiros no 2° ano
do Ensino Médio, estando Sônia Wanderley da
Silva Persiano apta a dá continuidade aos seus
estudos no 3° ano do Ensino Médio em qualquer
instituição de ensino em nosso país. Este é o
nosso Parecer S.M.J. (06/10/2015).
3.31. Processos nº 1800 007992/2015 SEE/AL e
200/2015 CEE/AL. Interessado: Mônica Ferreira
de Brito. Assunto: Equivalência de Estudos
realizados no exterior. Conselheiro Relator:
Hallisson Oliveira Cardoso. Parecer nº 115/2015.
Conclusão: Deliberamos pela equivalência de
estudos realizados no exterior, no 1° ano de
Ensino Médio, pela estudante Mônica Ferreira de
Brito, estando apta a prosseguir com seus
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estudos no 2° ano do Ensino Médio em nosso
país. Este é o nosso Parecer S.M.J. (20/10/2015)
3.32. Processos nº 1800 008211/2015 SEE/AL e
206/2015 CEE/AL. Interessado: Eliane Cristina
Soares Rocha de Lima - Órion Soares Rocha de
Lima. Assunto: Equivalência de Estudos
realizados no exterior. Conselheira Relatora:
Cícera Ferreira da Silva. Parecer nº 116/2015.
Conclusão: Considerando que a documentação
expedida pela escola estrangeira não vir revestida
das formalidades consulares e que o estudante
cursou apenas o 1° ano correspondente ao 1°
ano do Ensino Fundamental no Sistema
Educacional Brasileiro, determinamos que: 1. O
estudante Órion Soares Rocha de Lima seja
submetido a exames de reclassificação na escola
que o acolher; 2. Os exames de reclassificação
deverão atender as determinações contidas no
Parecer n° 145/2013 CEB-CEE/AL que são:
Banca examinadora, assentamento dos
resultados em ficha individual e arquivamento à
pasta individual do estudante; 3. Os resultados
dos Exames deverão constar em Ata Especial; 4.
Este Parecer deve ser arquivado para que possa
legitimar as anotações que constarão no Histórico
Escolar do estudante. Este é o nosso Parecer
S.M.J. (20/10/2015)
3.33. Processos nº 1800 007548/2015 SEE/AL e
185/2015/2015 CEE/AL. Interessado: Ana Luiza
Suruagy Nogueira. Assunto: Equivalência de
Estudos realizados no exterior. Conselheira
Relatora: Cícera Ferreira da Silva. Parecer nº
111/2015. Conclusão: Frente ao acima exposto
deliberamos pela equivalência de estudos
realizados no exterior pela estudante no 2ª série
do Ensino Médio, estando Ana Luzia Suruagy
Nogueira apta a dá continuidade aos seus
estudos na 3ª série do Ensino Médio em
qualquer instituição de ensino em nosso país.Este
é o nosso Parecer. S.M.J. (20/10/2015).
3.34. Processos nº N°1800 004568/2015
SEDUC/AL e 132/2015 CEE/AL. Interessado: :
Laryce Nogueira Buyrs – Anita Maria Nogueira
Sarmento. Assunto: Equivalência de Estudos
realizados no exterior. Conselheira Relatora:
Cícera Ferreira da Silva. Parecer nº 114/2015.
Conclusão: Frente ao acima exposto
deliberamos pela equivalência de estudos
realizados no exterior pela estudante no 2º ano
do Ensino Médio, estando Anita Maria Nogueira
Sarmento apta a dá continuidade aos seus
estudos no 3º série do Ensino Médio em
qualquer instituição de ensino em nosso país.Este
é o nosso Parecer. S.M.J. (20/10/2015).
4. REGULARIZAÇÃO DE VIDA ESCOLAR
4.1. Processos nº 1800 002232/2015 e Nº
76/2015 CEE/AL. Interessado: José Edmilson
Lacerda Júnior. Assunto: Regularização de Vida
Escolar. Conselheira Relatora: Cícera Ferreira
da Silva. Parecer nº 31/2015. Conclusão: O
Instituto Federal de Alagoas é parte integrante do
Sistema Federal de Ensino, portanto o Conselho
Estadual de Educação de Alagoas não tem
competência para julgar o caso em tela.
Indeferimos desta forma o pleito de José
Edmilson Lacerda Júnior. (Maceió, 22/09/2015).
4.2. Processos nº 519/2014 CEE/AL.
Interessado: Francisco de Assis do Nascimento.
Assunto: Regularização de Vida Escolar.
Conselheira Relatora: Bárbara Heliodora Costa
e Silva. Parecer nº 001/2015. Conclusão: Com
base nos preceitos legais: Resolução n° 18/2002
CEE/AL, o Parecer n° 144/2013 CEB-CEE/AL e a
Resolução n° 18/2013 CEE/AL, deliberamos pelo
deferimento do pleito formulado por Francisco de
Assis do Nascimento podendo o requerente se
submeter aos Exames Supletivos Especiais, nos
componente curriculares Matemática, Química e
Arte em quaisquer dos Centros de Educação de
Jovens e Adultos - CEJA de Alagoas. É o Parecer
S.M.J (09/12/2014).
4.3. Processos nº 378/2014 CEE/AL.
Interessado: Otto Alex Lima. Assunto:
Regularização de Vida Escolar. Conselheiro
Relator: Hallisson Oliveira Cardoso. Parecer nº
14/2015. Conclusão: Diante do exposto,
deliberamos por deferir o pleito, podendo Otto
Alex Lima, ser submetido aos Exames Supletivos
Especiais nos componentes: Matemática, Física e
Química. É o Parecer S.M.J (10/02/2015).
4.4. Processos nº 568/2014 CEE/AL.
Interessado: Cleiva Eugênia Ferreira de Lima.
Assunto: Regularização de Vida Escolar.
Conselheira Relatora: Bárbara Heliodora Costa
e Silva. Parecer nº 028/2015. Conclusão: Com
base nos preceitos legais: Resolução n° 18/2002
CEE/AL, o Parecer n° 144/2013 CEB-CEE/AL e a
Resolução n° 18/2013 CEE/AL, deliberamos pelo
deferimento podendo a requerente podendo a
requerente Cleiva Eugênia Ferreira de Lima
submeter-se aos Exames Supletivos Especiais,
nos componente curriculares de Matemática e
Química em quaisquer dos Centros de Educação
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de Jovens e Adultos - CEJA de Alagoas. É o
Parecer S.M.J (10/04/2015).
4.5. Processos nº 318/2013 CEE/AL.
Interessado: Arthur Araújo Lima Pontes.
Assunto: Regularização de Vida Escolar.
Conselheira Relatora: Maria José Alves Costa.
Parecer nº 046/2015. Conclusão: Determinamos
que: 1- Seja considerado que houve avanço no
processo escolar do aluno Arthur Araújo Lima
Pontes, em específico, nas séries de conclusão
da etapa do ensino médio; 2- A Escola Municipal
Mário Soares Palmeira, em Palmeira dos
Índios/AL, na qual o aluno matriculou-se para
cursar a 2ª série do ensino médio, realize estudo
de pasta do citado aluno referente à 1ª série do
ensino médio, tendo em vista que, com
encerramento da unidade cenecista, a referida
escola municipal deu continuidade às atividades,
por meio do processo de municipalização do
ensino; 3- A Escola Municipal Mário Soares
Palmeira proceda com a expedição do Histórico
Escolar de Arthur Araújo Lima Pontes contendo
os registros dos estudos cursados na 1ª e 2ª
séries do ensino médio; 4- Concluídos os
procedimentos acima descritos, a Escola
Estadual Ana Lins, em São Miguel dos
Campos/AL, deve emitir o Histórico Escolar do
estudante, fazendo os devidos registros no
espaço destinado a observação, fundamentando
o que consta no Histórico escolar com o número
deste Parecer; 5- O Histórico Escolar deve ser
chancelado pela 2ª Coordenadoria Regional de
Educação a qual a referida escola faz parte; 6- A
Escola Estadual Ana Lins deve arquivar este
parecer (parecer n° 046/2015 CEB-CEE/AL) na
pasta individual do aluno, a fim de legitimar e
salvaguardar a observação que deverá constar no
Histórico Escolar do mesmo. É o Parecer S.M.J
(19/05/2015).
4.6. Processos nº 1800 002232/2015 e CEE/AL
Nº 76/2015. Interessado: José Edmilson Lacerda
Júnior. Assunto: Regularização de Vida Escolar.
Conselheira Relatora: Cícera Ferreira da Silva.
Parecer nº 31/2015. Conclusão: Indeferimos
desta forma o pleito de José Edmilson Lacerda
Júnior. É o Parecer S.M.J. (19/05/2015).
4.7. Processos nº 1800 004404/2015 SEE/AL e
123/2015 CEE/AL. Interessado: Johnnatan
Endryw de Melo Silva. Assunto: Regularização
de Vida Escolar. Conselheira Relatora: Cícera
Ferreira da Silva. Parecer nº 38/2015.
Conclusão: Somos de parecer que: 1- Johnnatan
Endryw de Melo Silva, concluiu o Ensino Médio,
Educação Básica, contudo, sem concluir o curso
Técnico em Rede de Computadores; 2- O
Histórico escolar do requerente seja emitido pela
Escola Estadual Monselhor Clóvis Duarte de
Barros, União dos palmares/AL e chancelado pela
7ª CRE É o Parecer S.M.J. (07/07/2015).
4.8. Processos nº 172/2015 CEE/AL.
Interessado: Edna Santana dos Santos.
Assunto: Regularização de Vida Escolar.
Conselheira Relatora: Bárbara Heliodora Costa
e Silva. Parecer nº 078/2015. Conclusão: Somos
de parecer que a aluna Edna Santana dos
Santos, tem direitos de colar grau na Faculdade
Pitágoras, pois seu Histórico Escolar é válido em
todo território nacional, atestado pela secretaria
de estado de Educação de Alagoas, através da 1ª
Coordenadoria Regional de Educação - Núcleo
de Gestão do Sistema Estadual de Educação.
(Maceió, 01/09/2015).
4.9. Processos nº 95/2015 CEE/AL.
Interessado: Neide Nonato Rocha. Assunto:
Regularização de Vida Escolar. Conselheiro
Relator: Hallisson Oliveira Cardoso. Parecer nº
108/2015. Conclusão: Deliberamos que 1- O
pleito seja indeferido por não se enquadrar nos
preceitos estabelecidos pelas Res. n° 18/2002
CEE/AL e 18/2013 CEE/AL, em que a requerente
só poderá solicitar Exames Especiais em apenas
três (03) componentes curriculares; 2- A
requerente busque junto ao Ministério Público o
cumprimento dos preceitos estabelecidos na Res.
N° 18/2002 CEE/AL para que tenha seus direitos
garantidos pelo poder público. É o Parecer,
S.M.J. (06/10/2015)
4.10. Processos nº 76/2015 CEE/AL.
Interessado: Eliel Ferreira da Silva. Assunto:
Regularização de Vida Escolar. Conselheira
Relatora: Bárbara Heliodora Costa e Silva.
Parecer nº 76/2015. Conclusão: Somos de
parecer que, o histórico escolar do Sr. Eliel
Ferreira da Silva, seja chancelado para que seus
estudos sejam validados e lhe assegure a
formação comum indispensável para o exercício
da cidadania e forneça meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores. É o Parecer,
S.M.J. (18/09/2015).
5. PROCESSOS DE VALIDAÇÃO DE ESTUDOS
5.1. Processos nº 490/2014 CEE/AL.
Interessado: Secretaria Municipal de Dois
Riachos/Al. Assunto: Solicita Validação de
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Estudos dos Alunos das Escolas Públicas
Municipais de Dois Riachos/Al. Conselheira
Relatora: Lúcia Regueira Lucena. Parecer nº
059/2015. Conclusão: Considerando que: o que
preconiza a Resolução CEE/Al nº 51/2002, arts.
1º, 52 e parágrafo único, in verbis,
Art. 1º - O funcionamento de instituição de
ensino de educação básica integrante do Sistema
Estadual de Ensino de Alagoas dependerá de
credenciamento e autorização para oferta de
etapas e modalidades de cursos por parte do
Conselho Estadual de Educação, concedidos nos
termos da presente Resolução.
Art. 52º - Os documentos expedidos por
instituições de ensino em situação irregular não
tem validade escolar, não dando direitos a
prosseguimento de estudos e não conferido grau
de escolarização.
Parágrafo Único – os prejuízos causados
aos alunos em virtude de irregularidades
cometidas pela instituição de ensino são de
exclusiva responsabilidade da entidade
mantenedora e de seus dirigentes que
responderão judicial e administrativamente pelas
ações praticadas.
O Conselho Estadual de Educação por
meio da Câmara de Educação Básica e desta
Relatora, pelo exposto, com base nos
documentos e análise do Processo CEE/Al nº
490/2014 e considerando o Parecer CEB-CEE/AL
nº 127/2013 e Resolução CEE/AL nº 028/2013,
com os quais foram garantidos a Validação de
Estudos dos Alunos das Escolas Municipais até o
ano de 2012.
E, ainda, nos mesmos documentos foram
solicitados ao município os processos de
credenciamento e autorização das escolas, em
um prazo de 06 meses a partir da homologação
da Validação.
Resolve,
I - Indeferir o pleito solicitado pelo
Secretário de Educação do Município de Dois
Riachos.
II - Determinar que o mantenedor do
município proceda com a abertura dos processos
das suas respectivas escolas, nos termos da
Resolução CEE/Al nº 51/2002, em um prazo de
30dias úteis a partir da homologação da
Resolução pela Secretaria de Estado da
Educação, ressaltando que o não cumprimento
dessa determinação os mantenedores serão
responsabilizados, com denúncia junto ao
Ministério Público. Essa medida busca evitar
reincidências dos mantenedores que não
cumpriram o disposto na Resolução de Validação
de Estudos nº 028/2013, venha protocolizar
novos processos com solicitação de validação de
estudos tendo em vista o tempo decorrido.
III – Recomendar ao município no que
couber, que envie ao Conselho Estadual de
Educação, as cópias dos números dos
protocolos, que porventura já tenha efetivado nos
termos da Resolução CEE/Al nº 51/2002 e
Resolução CEE/Al nº 028/2013 para que assim,
futura solicitação posso ser eventualmente
atendida nos termos da legislação vigente. É o
parecer, S.M.J. (14/07/2014).
* RESOLUÇÃO Nº 008/2015 – CEE/AL
EMENTA: Regularização de Vida Escolar dos
alunos das Escolas Públicas Municipais de Dois
Riachos.
O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE
ALAGOAS, no uso de suas atribuições que lhe
confere a legislação em vigor, com base no
Parecer CEB-CEE/Al nº 059/2015, tendo em vista
o que consta no Processo CEE/Al nº 490/2014 e
a deliberação do Pleno de 28/07/2015.
RESOLVE:
Art. 1º - Indeferir o pleito solicitado pelo
Secretário de Educação do Município de Dois
Riachos.
Art. 2º - Determinar que o mantenedor do
município proceda com a abertura dos processos
das suas respectivas escolas, nos termos da
Resolução CEE/Al nº 51/2002, em um prazo de
30dias úteis a partir da homologação da
Resolução pela Secretaria de Estado da
Educação, ressaltando que o não cumprimento
dessa determinação os mantenedores serão
responsabilizados, com denúncia junto ao
Ministério Público. Essa medida busca evitar
reincidências dos mantenedores que não
cumpriram o disposto na Resolução de Validação
de Estudos nº 028/2013, venha protocolizar
novos processos com solicitação de validação de
estudos tendo em vista o tempo decorrido.
Art. 3º– Recomendar ao município no que
couber, que envie ao Conselho Estadual de
Educação, as cópias dos números dos
protocolos, que porventura já tenha efetivado nos
termos da Resolução CEE/Al nº 51/2002 e
Resolução CEE/Al nº 028/2013 para que assim,
futura solicitação posso ser eventualmente
atendida nos termos da legislação vigente.
Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor a partir da
data de sua homologação revogadas as
disposições em contrário.
Maceió, 28/07/2014
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5.2. Processos nº 549/2014 CEE/AL.
Interessado: Secretaria Municipal de Novo
Lino/Al. Assunto: Solicita Validação de Estudos
dos Alunos das Escolas Públicas Municipais de
Novo Lino/Al. Conselheira Relatora: Lúcia
Regueira Lucena. Parecer nº 041/2015.
Conclusão: Considerando que:
1- As Escolas Públicas Municipais são
instituições criadas pelo Poder Público
Municipal, cujo processo é
administrado pelo Poder Executivo,
com anuência do Poder Legislativo e
por meio de atos legais;
2- A Educação é dever constitucional do
Estado e da Família, cabendo a esta
encaminhar os filhos menores,
obrigatoriamente a partir dos quatro
anos de idade, às instituições
escolares que o Poder Público tem o
dever de ofertar;
3- A Constituição Federal, a LDB – Lei nº
9394/96 e o PEE – Lei nº 6757/2006,
apontam para a universalização da
Educação Básica;
4- As instituições públicas de ensino são
obrigadas, por lei, a contratar docentes
por meio de concurso público de
provas e títulos, nos quais são aferidas
a proficiência na área de estudos e a
habilitação legal dos docentes;
Diante do exposto, considerando ainda
interesse público maior dos alunos em garantir
seus direitos constitucionais de cidadãos. A
relatora propõe ao pleno/CEE/AL:
1 - Validar os estudos nas etapas de Educação
Básica: Ensino Fundamental anos iniciais e finais,
Educação de Jovens e Adultos - EJA
Alfabetização, realizados até o ano letivo de
2014, nas Escolas Públicas das Redes Municipais
de Ensino de Novo Lino/Al, conforme lista anexa;
2 - Determinar que as Unidades Escolares
da Rede Municipal de Ensino de Novo
Lino/Al que encaminhem de imediato, atas
de resultados finais de todos os períodos
letivos/etapas da Educação Básica
ofertadas, até o ano letivo de 2014, ao setor
responsável pela Inspeção Educacional da
12ª CRE. Cabendo a este conferir a
execução dos componentes curriculares
obrigatórios, conforme Art. 15 da Resolução
CEB-CNE nº 07/2010, da carga horária e
dias letivos mínimos exigidos pela legislação
nacional vigente e atestará tal regularidade
por meio de autenticação que tornará válidos
os documentos escolares emitidos pela
Unidade Escolar.
3 – Determinar aos Diretores das Escolas
Públicas Municipais de Novo Lino/Al que
dêem entrada aos processos de
regularização das unidades de Educação
Básica e Educação de Jovens e Adultos -
EJA Alfabetização pelo qual é responsável
até seis meses após a data de publicação da
portaria, nos termos da Resolução CEE/AL
nº 51/2002 e atendendo às determinações
da Resolução CEE/AL nº 08/2007. O não
atendimento do citado prazo implicará em
denúncia dos responsáveis junto ao
Ministério Público.
4 - O descumprimento das exigências
mínimas da legislação nacional vigente
impedirá a citada validação dos documentos
escolares.
5 - Quando verificada irregularidade na
Rede Municipal de Ensino Novo Lino/Al, o
(a) Secretário (a) de Educação Municipal
deve ser notificado (a) pelo setor da
inspeção 12ª CRE, quanto ao
descumprimento da legislação vigente e lhe
será concedido um prazo de 30 dias, para
entregar na referida CRE, as matrizes
curriculares com o respectivo formulário
anexo da Resolução nº 25/2003 CEE/AL,
das etapas de ensino ofertadas e o
calendário letivo do ano em curso, de todas,
as escolas da Rede. O não cumprimento no
prazo implicará em denúncia junto ao
Ministério Público.
6 – Em caso de ser impossível validar os
documentos escolares pelo exposto
acima, os alunos serão submetidos ao
seguinte processo:
a) Alunos transferidos de
instituições que funcionaram
sem credenciamento e/ou
autorização nas etapas de
ensino no Sistema Estadual
serão submetidos à
reclassificação nos termos do
Art. 23, §1º e Art. 24, inciso II,
alínea b da LDB, e mediante
Parecer CEE/AL nº 145/2013 e
Resolução CEE/AL nº
034/2013.
7 - Os concluintes do 9º ano do Ensino
Fundamental que não tenham prosseguido seus
estudos e que apresentem irregularidade com sua
vida escolar, serão encaminhados para uma
Unidade Escolar autorizada para um processo
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avaliativo e assim terem a certificação do Ensino
Fundamental;
8 – Fica determinado o prazo de 06 meses a
partir da data de publicação da Portaria de
homologação deste Parecer para que os
Diretores/as das Escolas Públicas Municipais
deem entrada ao processo de regularização das
Unidades Escolares nos Termos das legislações
vigentes.
9 – Adequar à denominação das Unidades
Escolares nos termos da Resolução vigente. É
Parecer, S.M.J. Maceió, 14/07/2015.
ANEXO DO PARECER CEB-CEE/AL
Nº 041/2015
RELAÇÃO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE
NOVO LINO/AL
1 – EMEB MÁRIO GOMES DE BARROS
2 – EMEB MARIA ANGÉLICA DIAS
3 – EMEB JOSÉ AMBRÓSIO
4 – EMEB EMÍLIO DE SOUZA
5 – EMEB ALFREDO SOARES DA SILVA
6 – EMEB CORONEL JOSÉ PESSOA DE
QUEIROZ
7– EMEB VEREADOR AURELIANO
CAVALCANTE B. DE MELO
8 – EMEB MARIA DE LOURDES DA SILVA
9 – EMEB DURVAL GUIMARAES S. NETO
10 – EMEB VEREADOR LOURIVAL NOBERTO
LINS
11 – EMEB MARECHAL RONDON
12 – EMEB RUI BARBOSA
13 – EMEB SANTA ANA
14 – EMEB TERESINHA PESSOA DE QUEIROZ
15 – EMEB VEREADOR JÂNIO SOARES DA
SILVA
16 – EMEB ANTONIO CARLOS DA SILVA
*RESOLUÇÃO Nº 009/2015 – CEE/AL
EMENTA: Regularização de Vida Escolar dos
alunos das Escolas Públicas Municipais de Novo
Lino.
O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE
ALAGOAS, no uso de suas atribuições que lhe
confere a legislação em vigor, com base no
Parecer CEB-CEE/Al nº 041/2015, tendo em vista
o que consta no Processo CEE/Al nº 549/2014 e
a deliberação do Pleno de 01/07/2014.
RESOLVE:
Art.1º - Validar os estudos nas etapas de
Educação Básica: Ensino Fundamental anos
iniciais e finais, Educação de Jovens e Adultos -
EJA Alfabetização, realizados até o ano letivo de
2014, nas Escolas Públicas das Redes Municipais
de Ensino de Novo Lino/Al, conforme lista anexa;
Art. 2º - Determinar que as Unidades Escolares
da Rede Municipal de Ensino de Novo Lino/Al que
encaminhem de imediato, atas de resultados
finais de todos os períodos letivos/etapas da
Educação Básica ofertadas, até o ano letivo de
2014, ao setor responsável pela Inspeção
Educacional da 12ª CRE. Cabendo a este conferir
a execução dos componentes curriculares
obrigatórios, conforme Art. 15 da Resolução CEB-
CNE nº 07/2010, da carga horária e dias letivos
mínimos exigidos pela legislação nacional vigente
e atestará tal regularidade por meio de
autenticação que tornará válidos os documentos
escolares emitidos pela Unidade Escolar.
Art. 3º - Determinar aos Diretores das Escolas
Públicas Municipais de Novo Lino/Al que deem
entrada aos processos de regularização das
unidades de Educação Básica e Educação de
Jovens e Adultos - EJA Alfabetização pelo qual é
responsável até seis meses após a data de
publicação da portaria, nos termos da Resolução
CEE/AL nº 51/2002 e atendendo às
determinações da Resolução CEE/AL nº 08/2007.
O não atendimento do citado prazo implicará em
denúncia dos responsáveis junto ao Ministério
Público.
Art. 4º - O descumprimento das exigências
mínimas da legislação nacional vigente impedirá
a citada validação dos documentos escolares.
Art. 5º - Quando verificada irregularidade na
Rede Municipal de Ensino Novo Lino/Al, o (a)
Secretário (a) de Educação Municipal deve ser
notificado (a) pelo setor da inspeção 12ª CRE,
quanto ao descumprimento da legislação vigente
e lhe será concedido um prazo de 30 dias, para
entregar na referida CRE, as matrizes curriculares
com o respectivo formulário anexo da Resolução
nº 25/2003 CEE/AL, das etapas de ensino
ofertadas e o calendário letivo do ano em curso,
de todas, as escolas da Rede. O não
cumprimento no prazo implicará em denúncia
junto ao Ministério Público.
Art. 6º - Em caso de ser impossível validar os
documentos escolares pelo exposto acima, os
alunos serão submetidos ao seguinte processo:
b) Alunos transferidos de
instituições que funcionaram
sem credenciamento e/ou
autorização nas etapas de
ensino no Sistema Estadual
serão submetidos à
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reclassificação nos termos do
Art. 23, §1º e Art. 24, inciso II,
alínea b da LDB, e mediante
Parecer CEE/AL nº 145/2013 e
Resolução CEE/AL nº
034/2013.
Art. 7º - Os concluintes do 9º ano do Ensino
Fundamental que não tenham prosseguido seus
estudos e que apresentem irregularidade com sua
vida escolar, serão encaminhados para uma
Unidade Escolar autorizada para um processo
avaliativo e assim terem a certificação do Ensino
Fundamental;
Art. 8º - Fica determinado o prazo de 06 meses a
partir da data de publicação da Portaria de
homologação deste Parecer para que os
Diretores/as das Escolas Públicas Municipais
deem entrada ao processo de regularização das
Unidades Escolares nos Termos das legislações
vigentes.
Art. 9º - Adequar à denominação das Unidades
Escolares nos termos da Resolução vigente.
Art. 10º - Esta Resolução entra em vigor a partir
da data de sua homologação revogadas as
disposições em contrário.
Maceió, 28/07/2015
CONSº JAIRO JOSÉ CAMPOS DA COSTA
Presidente CEE/AL
ANEXO À RESOLUÇÃO Nº009/2015 - CEE/AL
RELAÇÃO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE
NOVO LINO/AL
1 – EMEB MÁRIO GOMES DE BARROS
2 – EMEB MARIA ANGÉLICA DIAS
3 – EMEB JOSÉ AMBRÓSIO
4 – EMEB EMÍLIO DE SOUZA
5 – EMEB ALFREDO SOARES DA SILVA
6 – EMEB CORONEL JOSÉ PESSOA DE
QUEIROZ
7-EMEB VEREADOR AURELIANO
CAVALCANTE B. DE MELO
8 – EMEB MARIA DE LOURDES DA SILVA
9 – EMEB DURVAL GUIMARAES S. NETO
10 – EMEB VEREADOR LOURIVAL NOBERTO
LINS
11 – EMEB MARECHAL RONDON
12 – EMEB RUI BARBOSA
13 – EMEB SANTA ANA
14 – EMEB TERESINHA PESSOA DE QUEIROZ
15 – EMEB VEREADOR JÂNIO SOARES DA
SILVA
16 – EMEB ANTONIO CARLOS DA SILVA
5.3. Processos nº 499/2014 CEE/AL.
Interessado: Secretaria Municipal de Educação
de Olho D'Água Grande/Al. Assunto: Solicita
Validação de Estudos dos Alunos das Escolas
Públicas Municipais de Olho D'Água Grande/AL.
Conselheira Relatora: Lúcia Regueira Lucena.
Parecer nº 328/2014 CEB-CEE/AL. Conclusão:
Considerando que:
5- As Escolas Públicas Municipais são
instituições criadas pelo Poder Público
Municipal, cujo processo é
administrado pelo Poder Executivo,
com anuência do Poder Legislativo e
por meio de atos legais;
6- A Educação é dever constitucional do
Estado e da Família, cabendo a esta
encaminhar os filhos menores,
obrigatoriamente a partir dos quatro
anos de idade, às instituições
escolares que o Poder Público tem o
dever de ofertar;
7- A Constituição Federal, a LDB – Lei nº
9394/96 e o PEE – Lei nº 6757/2006,
apontam para a universalização da
Educação Básica;
8- As instituições públicas de ensino são
obrigadas, por lei, a contratar docentes
por meio de concurso público de
provas e títulos, nos quais são aferidas
a proficiência na área de estudos e a
habilitação legal dos docentes;
Diante do exposto, considerando ainda
interesse público maior dos alunos em garantir
seus direitos constitucionais de cidadãos. A
relatora propõe ao pleno/CEE/AL:
1 - Validar os estudos nas etapas de
Educação Básica: Ensino Fundamental anos
iniciais e finais e Educação de Jovens e
Adultos - EJA - 1º e 2º Segmentos,
realizados até o ano letivo de 2013, nas
Escolas Públicas das Redes Municipais de
Ensino de Olho D'Água Grande/Al, conforme
lista anexa;
2- Determinar que as Unidades Escolares da
Rede Municipal de Ensino de Olho D'Água
Grande/Al que encaminhem de imediato,
atas de resultados finais de todos os
períodos letivos/etapas da Educação Básica
ofertadas, até o ano letivo de 2013, ao setor
responsável pela Inspeção Educacional da
9ª CRE. Cabendo a este conferir a execução
dos componentes curriculares obrigatórios,
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conforme Art. 15 da Resolução CEB-CNE nº
07/2010, da carga horária e dias letivos
mínimos exigidos pela legislação nacional
vigente e atestará tal regularidade por meio
de autenticação que tornará válidos os
documentos escolares emitidos pela
Unidade Escolar.
4 – Fica determinado o prazo de 06 meses
a partir da data de publicação da Portaria de
homologação deste Parecer para os
Diretores das Escolas Públicas Municipais
de Olho D'Água Grande/Al que dêem
entrada aos processos de regularização das
unidades de Educação Básica pelo qual é
responsável, nos termos da Resolução
CEE/AL nº 51/2002 e demais legislações
vigentes.
4 - O descumprimento das exigências
mínimas da legislação nacional vigente
impedirá a citada validação dos documentos
escolares.
7 - Quando verificada irregularidade na
Rede Municipal de Ensino (a) Secretário (a)
de Educação Municipal deve ser notificado
(a) pelo setor da inspeção 9ª CRE, quanto ao
descumprimento da legislação vigente e lhe
será concedido um prazo de 30 dias, para
entregar na referida CRE, as matrizes
curriculares com o respectivo formulário
anexo da Resolução nº 25/2003 CEE/AL,
das etapas de ensino ofertadas e o
calendário letivo do ano em curso, de todas,
as escolas da Rede. O não cumprimento no
prazo implicará em denúncia junto ao
Ministério Público.
8 – Em caso de ser impossível validar os
documentos escolares pelo exposto
acima, os alunos serão submetidos ao
seguinte processo:
c) Alunos transferidos de
instituições que funcionaram
sem credenciamento e/ou
autorização nas etapas de
ensino no Sistema Estadual
serão submetidos à
reclassificação nos termos do
Art. 23, §1º e Art. 24, inciso II,
alínea b da LDB, e mediante
Parecer CEE/AL nº 145/2013 e
Resolução CEE/AL nº
034/2013.
7 - Os concluintes do 9º ano do Ensino
Fundamental que não tenham prosseguido
seus estudos e que apresentem
irregularidade com sua vida escolar, serão
encaminhados para uma Unidade Escolar
autorizada para um processo avaliativo e
assim terem a certificação do Ensino
Fundamental;
8 – Fica determinado o prazo de 06 meses a
partir da data de publicação da Portaria de
homologação deste Parecer para que os
Diretores/as das Escolas Públicas Municipais
deem entrada ao processo de regularização
das Unidades Escolares nos Termos das
legislações vigentes.
9 – Adequar à denominação das Unidades
Escolares nos termos da Resolução vigente.
(É o parecer, S.M.J. (25/11/2014).
* RESOLUÇÃO Nº 044/2014 – CEE/AL
EMENTA: Regularização de Vida Escolar dos
alunos das Escolas Públicas Municipais de Olho
D'Água Grande/Al
O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE
ALAGOAS, no uso de suas atribuições que lhe
confere a legislação em vigor, com base no
Parecer CEB-CEE/AL nº328/2014, tendo em vista
o que consta no Processo CEE/AL nº499/2014 e
a deliberação do Pleno de 25/11/2014.
RESOLVE:
Art.1º - Validar os estudos nas etapas de
Educação Básica: Ensino Fundamental anos
iniciais e finais e Educação de Jovens e Adultos -
EJA - 1º e 2º Segmentos, realizados até o ano
letivo de 2013, nas Escolas Públicas das Redes
Municipais de Ensino de Olho D'Água Grande/Al,
conforme lista anexa;
Art. 2º - Determinar que as Unidades Escolares
da Rede Municipal de Ensino de Olho D'Água
Grande que encaminhem de imediato, atas de
resultados finais de todos os períodos
letivos/etapas da Educação Básica ofertadas, até
o ano letivo de 2013, ao setor responsável pela
Inspeção Educacional da 9ª CRE.
Art. 3º - Cabendo a este conferir a execução dos
componentes curriculares obrigatórios, conforme
Art. 15 da Resolução CEB-CNE nº 07/2010, da
carga horária e dias letivos mínimos exigidos pela
legislação nacional vigente e atestará tal
regularidade por meio de autenticação que
tornará válidos os documentos escolares emitidos
pela Unidade Escolar.
Art. 4º - Fica determinado o prazo de 06 meses a
partir da data de publicação da Portaria de
homologação deste Parecer para os Diretores
das Escolas Públicas Municipais de Olho D'Água
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Grande/Al que deem entrada aos processos de
regularização das unidades de Educação Básica
pelo qual é responsável, nos termos da
Resolução CEE/AL nº 51/2002 e demais
legislações vigentes. O descumprimento das
exigências mínimas da legislação nacional
vigente impedirá a citada validação dos
documentos escolares.
Art. 5º - Quando verificada irregularidade na
Rede Municipal de Ensino Olho D'Água Grande, o
(a) Secretário (a) de Educação Municipal deve ser
notificado (a) pelo setor da inspeção 9ª CRE,
quanto ao descumprimento da legislação vigente
e lhe será concedido um prazo de 30 dias, para
entregar na referida CRE, as matrizes curriculares
com o respectivo formulário anexo da Resolução
nº 25/2003 CEE/AL, das etapas de ensino
ofertadas e o calendário letivo do ano em curso,
de todas, as escolas da Rede. O não
cumprimento no prazo implicará em denúncia
junto ao Ministério Público.
Art. 6º - Em caso de ser impossível validar os
documentos escolares pelo exposto acima, os
alunos serão submetidos ao seguinte processo:
a) Alunos transferidos de
instituições que funcionaram
sem credenciamento e/ou
autorização nas etapas de
ensino no Sistema Estadual
serão submetidos à
reclassificação nos termos do
Art. 23, §1º e Art. 24, inciso II,
alínea b da LDB, e mediante
Parecer CEE/AL nº 145/2013 e
Resolução CEE/AL nº
034/2013.
Art. 7º - Os concluintes do 9º ano do Ensino
Fundamental que não tenham prosseguido seus
estudos e que apresentem irregularidade com sua
vida escolar, serão encaminhados para uma
Unidade Escolar autorizada para um processo
avaliativo e assim terem a certificação do Ensino
Fundamental;
Art. 8º - Fica determinado o prazo de 06 meses a
partir da data de publicação da Portaria de
homologação deste Parecer para que os
Diretores/as das Escolas Públicas Municipais
deem entrada ao processo de regularização das
Unidades Escolares nos Termos das legislações
vigentes.
Art 9º - Adequar à denominação das Unidades
Escolares nos termos da Resolução vigente.
Art. 10º – Esta Resolução entra em vigor a partir
da data de sua homologação revogadas as
disposições em contrário.
Maceió, 25/11/2014.
CONSª ANA MÁRCIA CARDOSO FERREIRA
Presidente da Sessão
5.4. Processos nº 489/2014 CEE/AL.
Interessado: Secretaria Municipal de Educação
de Olho D'água das Flores/AL. Assunto: Solicita
Validação de Estudos dos Alunos das Escolas
Públicas Municipais de Olho D'água das
Flores/AL. Conselheira Relatora: Maria José
Alves Costa. Parecer nº 56/2015. Conclusão:
Considerando que: O que preconiza a
Resolução CEE/Al nº 51/2002, arts. 1º, 52 e
parágrafo único, in verbis,
Art. 1º - O funcionamento de instituição de
ensino de educação básica integrante do Sistema
Estadual de Ensino de Alagoas dependerá de
credenciamento e autorização para oferta de
etapas e modalidades de cursos por parte do
Conselho Estadual de Educação, concedidos nos
termos da presente Resolução.
Art. 52º - Os documentos expedidos por
instituições de ensino em situação irregular não
tem validade escolar, não dando direitos a
prosseguimento de estudos e não conferido grau
de escolarização.
Parágrafo Único – os prejuízos causados
aos alunos em virtude de irregularidades
cometidas pela instituição de ensino são de
exclusiva responsabilidade da entidade
mantenedora e de seus dirigentes que
responderão judicial e administrativamente pelas
ações praticadas.
O Conselho Estadual de Educação por
meio da Câmara de Educação Básica e desta
Relatora, pelo exposto, com base nos
documentos e análise do Processo CEE/Al nº
489/2014 e considerando o Parecer CEB-CEE/AL
nº 58/2012 e Resolução CEE/AL nº 10/2012, com
os quais foram garantidos a Validação de Estudos
dos Alunos das Escolas Municipais até o ano de
2011.
E, ainda, nos mesmos documentos foram
solicitados ao município os processos de
credenciamento e autorização das escolas, em
um prazo de 06 meses a partir da homologação
da Validação.
Resolve,
I - Indeferir o pleito solicitado pelo
Secretário de Educação do Município de Olho
D’Água das Flores.
II - Determinar que o mantenedor do
município proceda com a abertura dos processos
das suas respectivas escolas, nos termos da
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Resolução CEE/Al nº 51/2002, em um prazo de
30 dias úteis a partir da homologação da
Resolução pela Secretaria de Estado da
Educação, ressaltando que o não cumprimento
dessa determinação os mantenedores serão
responsabilizados, com denúncia junto ao
Ministério Público. Essa medida busca evitar
reincidências dos mantenedores que não
cumpriram o disposto na Resolução de Validação
de Estudos nº 10/2012, venha protocolizar novos
processos com solicitação de validação de
estudos tendo em vista o tempo decorrido.
III – Recomendar ao município no que
couber, que envie ao Conselho Estadual de
Educação, as cópias dos números dos
protocolos, que porventura já tenha efetivado nos
termos da Resolução CEE/Al nº 51/2002 e
Resolução CEE/Al nº 10/2012 para que assim,
futura solicitação posso ser eventualmente
atendida nos termos da legislação vigente.
É Parecer, S.M.J. (Maceió, 14/07/2015).
* RESOLUÇÃO Nº 010/2015 – CEE/AL
EMENTA: Regularização de Vida Escolar dos
alunos das Escolas Públicas Municipais de Olho
D’Água das Flores.
O CONESLHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE
ALAGOAS, no uso de suas atribuições que lhe
confere a legislação em vigor, com base no
Parecer CEB-CEE/Al nº 056/2015, tendo em vista
o que consta no Processo CEE/Al nº 489/2014 e
a deliberação do Pleno de 28/07/2015.
RESOLVE:
Art. 1º - Indeferir o pleito solicitado pelo
Secretário de Educação do Município de Olho
D’Água das Flores.
Art. 2º - Determinar que o mantenedor do
município proceda com a abertura dos processos
das suas respectivas escolas, nos termos da
Resolução CEE/Al nº 51/2002, em um prazo de
30 dias úteis a partir da homologação da
Resolução pela Secretaria de Estado da
Educação, ressaltando que o não cumprimento
dessa determinação os mantenedores serão
responsabilizados, com denúncia junto ao
Ministério Público. Essa medida busca evitar
reincidências dos mantenedores que não
cumpriram o disposto na Resolução de Validação
de Estudos nº 10/2012, venha protocolizar novos
processos com solicitação de validação de
estudos tendo em vista o tempo decorrido.
Art. 3º– Recomendar ao município no que
couber, que envie ao Conselho Estadual de
Educação, as cópias dos números dos
protocolos, que porventura já tenha efetivado nos
termos da Resolução CEE/Al nº 51/2002 e
Resolução CEE/Al nº 10/2012 para que assim,
futura solicitação posso ser eventualmente
atendida nos termos da legislação vigente.
Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor a partir da
data de sua homologação revogadas as
disposições em contrário.
Maceió, 28/07/201
5.5. Processos nº 306/2014 CEE/AL.
Interessado: Secretaria Municipal Pindoba/AL
Assunto: Solicita Validação de Estudos dos
Alunos das Escolas Públicas Municipais de
Pindoba/Al. Conselheira Relatora: Lúcia
Regueira Lucena. Parecer nº 269/2014.
Conclusão: Considerando que: 1- As Escolas
Públicas Municipais são instituições criadas pelo
Poder Público Municipal, cujo processo é
administrado pelo Poder Executivo, com anuência
do Poder Legislativo e por meio de atos legais; 2-
A Educação é dever constitucional do Estado e
da Família, cabendo a esta encaminhar os filhos
menores, obrigatoriamente a partir dos quatro
anos de idade, às instituições escolares que o
Poder Público tem o dever de ofertar; 3- A
Constituição Federal, a LDB – Lei nº 9394/96 e o
PEE – Lei nº 6757/2006, apontam para a
universalização da Educação Básica; 4- As
instituições públicas de ensino são obrigadas, por
lei, a contratar docentes por meio de concurso
público de provas e títulos, nos quais são aferidas
a proficiência na área de estudos e a habilitação
legal dos docentes;
Diante do exposto, considerando ainda
interesse público maior dos alunos em garantir
seus direitos constitucionais de cidadãos. A
relatora propõe ao pleno/CEE/AL:
1 - Validar os estudos nas etapas de
Educação Básica: Ensino Fundamental anos
iniciais e finais, realizados até o ano letivo de
2013, nas Escolas Públicas das Redes
Municipais de Ensino de Pindoba, conforme
lista anexa;
5 - Determinar que as Unidades Escolares
da Rede Municipal de Ensino de Pindoba/Al
que encaminhem de imediato, atas de
resultados finais de todos os períodos
letivos/etapas da Educação Básica
ofertadas, até o ano letivo de 2013, ao setor
responsável pela Inspeção Educacional da
4ª CRE. Cabendo a este conferir a execução
dos componentes curriculares obrigatórios,
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conforme Art. 15 da Resolução CEB-CNE nº
07/2010, da carga horária e dias letivos
mínimos exigidos pela legislação nacional
vigente e atestará tal regularidade por meio
de autenticação que tornará válidos os
documentos escolares emitidos pela
Unidade Escolar.
6 – Fica determinado o prazo de 06 meses
a partir da data de publicação da Portaria de
homologação deste Parecer para os
Diretores das Escolas Públicas Municipais
de Pindoba/Al que deem entrada aos
processos de regularização das unidades de
Educação Básica pelo qual é responsável,
nos termos da Resolução CEE/AL nº
51/2002 e demais legislações vigentes.
4 - O descumprimento das exigências
mínimas da legislação nacional vigente
impedirá a citada validação dos documentos
escolares.
9 - Quando verificada irregularidade na
Rede Municipal de Ensino (a) Secretário (a)
de Educação Municipal deve ser notificado
(a) pelo setor da inspeção 4ª CRE, quanto ao
descumprimento da legislação vigente e lhe
será concedido um prazo de 30 dias, para
entregar na referida CRE, as matrizes
curriculares com o respectivo formulário
anexo da Resolução nº 25/2003 CEE/AL,
das etapas de ensino ofertadas e o
calendário letivo do ano em curso, de todas,
as escolas da Rede. O não cumprimento no
prazo implicará em denúncia junto ao
Ministério Público.
10 – Em caso de ser impossível validar os
documentos escolares pelo exposto
acima, os alunos serão submetidos ao
seguinte processo:
b) Alunos transferidos de
instituições que funcionaram
sem credenciamento e/ou
autorização nas etapas de
ensino no Sistema Estadual
serão submetidos à
reclassificação nos termos do
Art. 23, §1º e Art. 24, inciso II,
alínea b da LDB, e mediante
Parecer CEE/AL nº 145/2013 e
Resolução CEE/AL nº
034/2013.
7 - Os concluintes do 9º ano do Ensino
Fundamental que não tenham prosseguido seus
estudos e que apresentem irregularidade com sua
vida escolar, serão encaminhados para uma
Unidade Escolar autorizada para um processo
avaliativo e assim terem a certificação do Ensino
Fundamental;
8 – Fica determinado o prazo de 06 meses a
partir da data de publicação da Portaria de
homologação deste Parecer para que os
Diretores/as das Escolas Públicas Municipais
deem entrada ao processo de regularização das
Unidades Escolares nos Termos das legislações
vigentes.
9 – Adequar à denominação das Unidades
Escolares nos termos da Resolução vigente. É o
parecer, S.M.J. (25/11/2014).
*RESOLUÇÃO Nº 043/2014 – CEE/AL
EMENTA: Regularização de Vida Escolar dos
alunos das Escolas Públicas Municipais de
Pindoba/Al
O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE
ALAGOAS, no uso de suas atribuições que lhe
confere a legislação em vigor, com base no
Parecer CEB-CEE/AL nº269/2014, tendo em vista
o que consta no Processo CEE/AL nº306/2014 e
a deliberação do Pleno de 25/11/2014.
RESOLVE:
Art.1º - Validar os estudos nas etapas de
Educação Básica: Ensino Fundamental anos
iniciais e finais, realizados até o ano letivo de
2013, nas Escolas Públicas das Redes Municipais
de Ensino de Pindoba, conforme lista anexa;
Art. 2º - Determinar que as Unidades Escolares
da Rede Municipal de Ensino de Pindoba que
encaminhem de imediato, atas de resultados
finais de todos os períodos letivos/etapas da
Educação Básica ofertadas, até o ano letivo de
2013, ao setor responsável pela Inspeção
Educacional da 4ª CRE.
Art. 3º - Cabendo a este conferir a execução dos
componentes curriculares obrigatórios, conforme
Art. 15 da Resolução CEB-CNE nº 07/2010, da
carga horária e dias letivos mínimos exigidos pela
legislação nacional vigente e atestará tal
regularidade por meio de autenticação que
tornará válidos os documentos escolares emitidos
pela Unidade Escolar.
Art. 4º - Fica determinado o prazo de 06 meses a
partir da data de publicação da Portaria de
homologação deste Parecer para os Diretores
das Escolas Públicas Municipais de Pindoba/Al
que deem entrada aos processos de
regularização das unidades de Educação Básica
pelo qual é responsável, nos termos da
Resolução CEE/AL nº 51/2002 e demais
legislações vigentes. O descumprimento das
91
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IS
SN
2
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6-9
149
exigências mínimas da legislação nacional
vigente impedirá a citada validação dos
documentos escolares.
Art. 5º - Quando verificada irregularidade na
Rede Municipal de Ensino Pindoba, o (a)
Secretário (a) de Educação Municipal deve ser
notificado (a) pelo setor da inspeção 4ª CRE,
quanto ao descumprimento da legislação vigente
e lhe será concedido um prazo de 30 dias, para
entregar na referida CRE, as matrizes curriculares
com o respectivo formulário anexo da Resolução
nº 25/2003 CEE/AL, das etapas de ensino
ofertadas e o calendário letivo do ano em curso,
de todas, as escolas da Rede. O não
cumprimento no prazo implicará em denúncia
junto ao Ministério Público.
Art. 6º - Em caso de ser impossível validar os
documentos escolares pelo exposto acima, os
alunos serão submetidos ao seguinte processo:
a) Alunos transferidos de
instituições que funcionaram
sem credenciamento e/ou
autorização nas etapas de
ensino no Sistema Estadual
serão submetidos à
reclassificação nos termos do
Art. 23, §1º e Art. 24, inciso II,
alínea b da LDB, e mediante
Parecer CEE/AL nº 145/2013 e
Resolução CEE/AL nº
034/2013.
Art. 7º - Os concluintes do 9º ano do Ensino
Fundamental que não tenham prosseguido seus
estudos e que apresentem irregularidade com sua
vida escolar, serão encaminhados para uma
Unidade Escolar autorizada para um processo
avaliativo e assim terem a certificação do Ensino
Fundamental;
Art. 8º - Fica determinado o prazo de 06 meses a
partir da data de publicação da Portaria de
homologação deste Parecer para que os
Diretores/as das Escolas Públicas Municipais
deem entrada ao processo de regularização das
Unidades Escolares nos Termos das legislações
vigentes.
Art 9º - Adequar à denominação das Unidades
Escolares nos termos da Resolução vigente.
Art. 10º – Esta Resolução entra em vigor a partir
da data de sua homologação revogadas as
disposições em contrário. (Maceió, 25/11/2014).
CONSª ANA MÁRCIA CARDOSO FERREIRA
Presidente da Sessão
5.6. Processos nº 375/2014306/2014 CEE/AL.
Interessado: Secretaria Municipal de Educação
de Taquarana/Al. Assunto: Solicita Validação de
Estudos dos Alunos das Escolas Públicas
Municipais de Taquarana/Al. Conselheira
Relatora: Lúcia Regueira Lucena. Parecer nº
327/2014. Conclusão: Considerando que:
1- As Escolas Públicas Municipais são
instituições criadas pelo Poder Público
Municipal, cujo processo é
administrado pelo Poder Executivo,
com anuência do Poder Legislativo e
por meio de atos legais;
2- A Educação é dever constitucional
do Estado e da Família, cabendo a
esta encaminhar os filhos menores,
obrigatoriamente a partir dos quatro
anos de idade, às instituições
escolares que o Poder Público tem o
dever de ofertar;
3- A Constituição Federal, a LDB – Lei
nº 9394/96 e o PEE – Lei nº
6757/2006, apontam para a
universalização da Educação Básica;
4- As instituições públicas de ensino
são obrigadas, por lei, a contratar
docentes por meio de concurso público
de provas e títulos, nos quais são
aferidas a proficiência na área de
estudos e a habilitação legal dos
docentes;
Diante do exposto, considerando ainda
interesse público maior dos alunos em garantir
seus direitos constitucionais de cidadãos. A
relatora propõe ao pleno/CEE/AL:
1 - Validar os estudos nas etapas de
Educação Básica: Ensino Fundamental anos
iniciais e finais e Educação de Jovens e
Adultos - EJA - 1º e 2º Segmentos,
realizados até o ano letivo de 2013, nas
Escolas Públicas das Redes Municipais de
Ensino de Taquarana/Al, conforme lista
anexa;
7 - Determinar que as Unidades Escolares
da Rede Municipal de Ensino de
Taquarana/Al que encaminhem de imediato,
atas de resultados finais de todos os
períodos letivos/etapas da Educação Básica
ofertadas, até o ano letivo de 2013, ao setor
responsável pela Inspeção Educacional da
5ª CRE. Cabendo a este conferir a execução
dos componentes curriculares obrigatórios,
conforme Art. 15 da Resolução CEB-CNE nº
07/2010, da carga horária e dias letivos
mínimos exigidos pela legislação nacional
vigente e atestará tal regularidade por meio
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de autenticação que tornará válidos os
documentos escolares emitidos pela
Unidade Escolar.
8 – Fica determinado o prazo de 06 meses
a partir da data de publicação da Portaria de
homologação deste Parecer para os
Diretores das Escolas Públicas Municipais
de Taquarana/Al que deem entrada aos
processos de regularização das unidades de
Educação Básica pelo qual é responsável,
nos termos da Resolução CEE/AL nº
51/2002 e demais legislações vigentes.
4 - O descumprimento das exigências
mínimas da legislação nacional vigente
impedirá a citada validação dos documentos
escolares.
11 - Quando verificada irregularidade na
Rede Municipal de Ensino (a) Secretário (a)
de Educação Municipal deve ser notificado
(a) pelo setor da inspeção 5ª CRE, quanto ao
descumprimento da legislação vigente e lhe
será concedido um prazo de 30 dias, para
entregar na referida CRE, as matrizes
curriculares com o respectivo formulário
anexo da Resolução nº 25/2003 CEE/AL,
das etapas de ensino ofertadas e o
calendário letivo do ano em curso, de todas,
as escolas da Rede. O não cumprimento no
prazo implicará em denúncia junto ao
Ministério Público.
12 – Em caso de ser impossível validar os
documentos escolares pelo exposto
acima, os alunos serão submetidos ao
seguinte processo:
c) Alunos transferidos de
instituições que funcionaram
sem credenciamento e/ou
autorização nas etapas de
ensino no Sistema Estadual
serão submetidos à
reclassificação nos termos do
Art. 23, §1º e Art. 24, inciso II,
alínea b da LDB, e mediante
Parecer CEE/AL nº 145/2013 e
Resolução CEE/AL nº
034/2013.
7 - Os concluintes do 9º ano do Ensino
Fundamental que não tenham prosseguido
seus estudos e que apresentem
irregularidade com sua vida escolar, serão
encaminhados para uma Unidade Escolar
autorizada para um processo avaliativo e
assim terem a certificação do Ensino
Fundamental;
8 – Fica determinado o prazo de 06 meses a
partir da data de publicação da Portaria de
homologação deste Parecer para que os
Diretores/as das Escolas Públicas Municipais
deem entrada ao processo de regularização
das Unidades Escolares nos Termos das
legislações vigentes.
9 – Adequar à denominação das Unidades
Escolares nos termos da Resolução vigente.
É o parecer, S.M.J. (25/11/2014).
* RESOLUÇÃO Nº 045/2014 – CEE/AL
EMENTA: Regularização de Vida Escolar dos
alunos das Escolas Públicas Municipais de
Taquarana/Al
O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE
ALAGOAS, no uso de suas atribuições que lhe
confere a legislação em vigor, com base no
Parecer CEB-CEE/AL nº327/2014, tendo em vista
o que consta no Processo CEE/AL nº375/2014 e
a deliberação do Pleno de 25/11/2014.
RESOLVE:
Art.1º - Validar os estudos nas etapas de
Educação Básica: Ensino Fundamental anos
iniciais e finais e Educação de Jovens e Adultos -
EJA - 1º e 2º Segmentos, realizados até o ano
letivo de 2013, nas Escolas Públicas das Redes
Municipais de Ensino de Taquarana/Al, conforme
lista anexa;
Art. 2º - Determinar que as Unidades Escolares
da Rede Municipal de Ensino de Taquarana que
encaminhem de imediato, atas de resultados
finais de todos os períodos letivos/etapas da
Educação Básica ofertadas, até o ano letivo de
2013, ao setor responsável pela Inspeção
Educacional da 5ª CRE.
Art. 3º - Cabendo a este conferir a execução dos
componentes curriculares obrigatórios, conforme
Art. 15 da Resolução CEB-CNE nº 07/2010, da
carga horária e dias letivos mínimos exigidos pela
legislação nacional vigente e atestará tal
regularidade por meio de autenticação que
tornará válidos os documentos escolares emitidos
pela Unidade Escolar.
Art. 4º - Fica determinado o prazo de 06 meses a
partir da data de publicação da Portaria de
homologação deste Parecer para os Diretores
das Escolas Públicas Municipais de Taquarana
que deem entrada aos processos de
regularização das unidades de Educação Básica
pelo qual é responsável, nos termos da
Resolução CEE/AL nº 51/2002 e demais
legislações vigentes. O descumprimento das
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exigências mínimas da legislação nacional
vigente impedirá a citada validação dos
documentos escolares.
Art. 5º - Quando verificada irregularidade na
Rede Municipal de Ensino Taquarana, o (a)
Secretário (a) de Educação Municipal deve ser
notificado (a) pelo setor da inspeção 5ª CRE,
quanto ao descumprimento da legislação vigente
e lhe será concedido um prazo de 30 dias, para
entregar na referida CRE, as matrizes curriculares
com o respectivo formulário anexo da Resolução
nº 25/2003 CEE/AL, das etapas de ensino
ofertadas e o calendário letivo do ano em curso,
de todas, as escolas da Rede. O não
cumprimento no prazo implicará em denúncia
junto ao Ministério Público.
Art. 6º - Em caso de ser impossível validar os
documentos escolares pelo exposto acima, os
alunos serão submetidos ao seguinte processo:
a) Alunos transferidos de
instituições que funcionaram
sem credenciamento e/ou
autorização nas etapas de
ensino no Sistema Estadual
serão submetidos à
reclassificação nos termos do
Art. 23, §1º e Art. 24, inciso II,
alínea b da LDB, e mediante
Parecer CEE/AL nº 145/2013 e
Resolução CEE/AL nº
034/2013.
Art. 7º - Os concluintes do 9º ano do Ensino
Fundamental que não tenham prosseguido seus
estudos e que apresentem irregularidade com sua
vida escolar, serão encaminhados para uma
Unidade Escolar autorizada para um processo
avaliativo e assim terem a certificação do Ensino
Fundamental;
Art. 8º - Fica determinado o prazo de 06 meses a
partir da data de publicação da Portaria de
homologação deste Parecer para que os
Diretores/as das Escolas Públicas Municipais
deem entrada ao processo de regularização das
Unidades Escolares nos Termos das legislações
vigentes.
Art 9º - Adequar à denominação das Unidades
Escolares nos termos da Resolução vigente.
Art. 10º – Esta Resolução entra em vigor a partir
da data de sua homologação revogadas as
disposições em contrário. (Maceió, 25/11/2014).
CONSª ANA MÁRCIA CARDOSO FERREIRA
Presidente da Sessão
ANEXO À RESOLUÇÃO Nº 045/2014 - CEE/AL
RELAÇÃO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE
TAQUARANA/AL
1. EM. ANTONIO MADEIRO
2. EM. BARÃO DO RIO BRANCO
3. EM. BERNADETE B. DE OLIVEIRA
4. EM. CRAVEIRO COSTA
5. EM. CRISTOVÃO COLOMBO
6. EM. DEP. ANTONIO FERREIRA
7. EM. DOM SEBASTIÃO LEME
8. EM. EDGAR TENÓRIO DE LIMA
9. EM. FLORIANO DE CASTRO
10. EM. JOAQUIM NABUCO
11. EM. MACHADO DE ASSIS
12. EM. MAR. DEODORO DA FONSECA
13. EM. MAR. FLORIANO PEIXOTO
14. EM. MARIA IRACI TEÓFILO DE CASTRO
15. EM. MENINO JESUS DE PRAGA
16. EM. MIGUEL G. DA COSTA
17. EM. MONS. EPITÁCIO RODRIGUES
18. EM. PRES.KENNEDY
19. EM. PROF. JOSÉ MEDEIROS
20. EM. PROF.LUIZ CARLOS
21. EM. PROFª DIVONETE C. DE
ALBUQUERQUE
22. EM. TENENTE TENÓRIO
23. EM. URSULINO BARBOSA
24. EM. BARÃO DO RIO BRANCO
25. EM. BERNADETE B. DE OLIVEIRA
26. EM. DUQUE DE CAXIAS
27. EM. JOSÉ MARQUES
28. EM. E CRECHE JÚLIA PALMEIRA
5.7. Processos nº 438/2014 CEE/AL.
Interessado: Secretaria Municipal de Poço das
Trincheiras/AL. Assunto: Solicita Validação de
Estudos dos Alunos das Escolas Públicas
Municipais de Poço das Trincheiras/AL.
Conselheira Relatora: Maria José Alves Costa.
Parecer nº 057/2015. Conclusão: Considerando
que: o que preconiza a Resolução CEE/AL nº
51/2002, arts. 1º, 52 e parágrafo único, in verbis,
Art. 1º - O funcionamento de instituição de
ensino de educação básica integrante do Sistema
Estadual de Ensino de Alagoas dependerá de
credenciamento e autorização para oferta de
etapas e modalidades de cursos por parte do
Conselho Estadual de Educação, concedidos nos
termos da presente Resolução.
Art. 52º - Os documentos expedidos por
instituições de ensino em situação irregular não
tem validade escolar, não dando direitos a
prosseguimento de estudos e não conferido grau
de escolarização.
Parágrafo Único – os prejuízos causados
aos alunos em virtude de irregularidades
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cometidas pela instituição de ensino são de
exclusiva responsabilidade da entidade
mantenedora e de seus dirigentes que
responderão judicial e administrativamente pelas
ações praticadas.
O Conselho Estadual de Educação por
meio da Câmara de Educação Básica e desta
Relatora, pelo exposto, com base nos
documentos e análise do Processo CEE/Al nº
438/2014 e considerando o Parecer CEB-CEE/AL
nº 193/2011 e Resolução CEE/AL nº 45/2011,
com os quais foram garantidos a Validação de
Estudos dos Alunos das Escolas Municipais até o
ano de 2010.
E, ainda, nos mesmos documentos foram
solicitados ao município os processos de
credenciamento e autorização das escolas, em
um prazo de 06 meses a partir da homologação
da Validação.
Resolve,
I - Indeferir o pleito solicitado pela
Secretária de Educação do Município de Poço
das Trincheiras.
II - Determinar que o mantenedor do
município proceda com a abertura dos processos
das suas respectivas escolas, nos termos da
Resolução CEE/Al nº 51/2002, em um prazo de
30 dias úteis a partir da homologação da
Resolução pela Secretaria de Estado da
Educação, ressaltando que o não cumprimento
dessa determinação os mantenedores serão
responsabilizados, com denúncia junto ao
Ministério Público. Essa medida busca evitar
reincidências dos mantenedores que não
cumpriram o disposto na Resolução de Validação
de Estudos nº 45/2011, venha protocolizar novos
processos com solicitação de validação de
estudos tendo em vista o tempo decorrido.
III – Recomendar ao município no que
couber, que envie ao Conselho Estadual de
Educação, as cópias dos números dos
protocolos, que porventura já tenha efetivado nos
termos da Resolução CEE/Al nº 51/2002 e
Resolução CEE/Al nº 45/2011 para que assim,
futura solicitação posso ser eventualmente
atendida nos termos da legislação vigente. É
Parecer, S.M.J. (14/07/2015)
*RESOLUÇÃO Nº 013/2015 – CEE/AL
EMENTA: Regularização de Vida Escolar dos
alunos das Escolas Públicas Municipais de Poço
das Trincheiras.
O CONESLHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE
ALAGOAS, no uso de suas atribuições que lhe
confere a legislação em vigor, com base no
Parecer CEB-CEE/Al nº 057/2015, tendo em vista
o que consta no Processo CEE/Al nº 438/2014 e
a deliberação do Pleno de 28/07/2015.
RESOLVE:
Art. 1º - Indeferir o pleito solicitado pela
Secretária de Educação do Município de Poço
das Trincheiras.
Art. 2º - Determinar que o mantenedor do
município proceda com a abertura dos processos
das suas respectivas escolas, nos termos da
Resolução CEE/Al nº 51/2002, em um prazo de
30 dias úteis a partir da homologação da
Resolução pela Secretaria de Estado da
Educação, ressaltando que o não cumprimento
dessa determinação os mantenedores serão
responsabilizados, com denúncia junto ao
Ministério Público. Essa medida busca evitar
reincidências dos mantenedores que não
cumpriram o disposto na Resolução de Validação
de Estudos nº 45/2011, venha protocolizar novos
processos com solicitação de validação de
estudos tendo em vista o tempo decorrido.
Art. 3º – Recomendar ao município no que
couber, que envie ao Conselho Estadual de
Educação, as cópias dos números dos
protocolos, que porventura já tenha efetivado nos
termos da Resolução CEE/Al nº 51/2002 e
Resolução CEE/Al nº 45/2011 para que assim,
futura solicitação posso ser eventualmente
atendida nos termos da legislação vigente.
Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor a partir da
data de sua homologação revogadas as
disposições em contrário. (Maceió, 28/07/2014).
CONSº JAIRO JOSÉ CAMPOS DA COSTA
Presidente CEE/AL
5.8. Processos nº 508/2014 CEE/AL.
Interessado: Secretaria Municipal de Olivença/Al.
Assunto: Solicita Validação de Estudos dos
Alunos das Escolas Públicas Municipais de
Olivença/Al. Conselheira Relatora: Maria José
Alves Costa. Parecer nº 053/2015. Conclusão:
Considerando que o que preconiza a Resolução
CEE/AL nº 51/2002, arts. 1º, 52 e parágrafo
único, in verbis,
Art. 1º - O funcionamento de instituição de
ensino de educação básica integrante do Sistema
Estadual de Ensino de Alagoas dependerá de
credenciamento e autorização para oferta de
etapas e modalidades de cursos por parte do
Conselho Estadual de Educação, concedidos nos
termos da presente Resolução.
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Art. 52º - Os documentos expedidos por
instituições de ensino em situação irregular não
tem validade escolar, não dando direitos a
prosseguimento de estudos e não conferido grau
de escolarização.
Parágrafo Único – os prejuízos causados
aos alunos em virtude de irregularidades
cometidas pela instituição de ensino são de
exclusiva responsabilidade da entidade
mantenedora e de seus dirigentes que
responderão judicial e administrativamente pelas
ações praticadas.
O Conselho Estadual de Educação por
meio da Câmara de Educação Básica e desta
Relatora, pelo exposto, com base nos
documentos e análise do Processo CEE/Al nº
508/2014 e considerando o Parecer CEB-CEE/AL
nº 59/2013 e Resolução CEE/AL nº 11/2013, com
os quais foram garantidos a Validação de Estudos
dos Alunos das Escolas Municipais até o ano de
2012.
E, ainda, nos mesmos documentos foram
solicitados ao município os processos de
credenciamento e autorização das escolas, em
um prazo de 06 meses a partir da homologação
da Validação.
Resolve,
I - Indeferir o pleito solicitado pela
Secretária de Educação do Município de
Olivença.
II - Determinar que o mantenedor do
município proceda com a abertura dos processos
das suas respectivas escolas, nos termos da
Resolução CEE/Al nº 51/2002, em um prazo de
30dias úteis a partir da homologação da
Resolução pela Secretaria de Estado da
Educação, ressaltando que o não cumprimento
dessa determinação os mantenedores serão
responsabilizados, com denúncia junto ao
Ministério Público. Essa medida busca evitar
reincidências dos mantenedores que não
cumpriram o disposto na Resolução de Validação
de Estudos nº 11/2013, venha protocolizar novos
processos com solicitação de validação de
estudos tendo em vista o tempo decorrido.
III – Recomendar ao município no que
couber, que envie ao Conselho Estadual de
Educação, as cópias dos números dos
protocolos, que porventura já tenha efetivado nos
termos da Resolução CEE/Al nº 51/2002 e
Resolução CEE/Al nº 11/2013 para que assim,
futura solicitação posso ser eventualmente
atendida nos termos da legislação vigente. É o
parecer, S.M.J. (27/07/2015).
*RESOLUÇÃO Nº 011/2015 – CEE/AL
EMENTA: Regularização de Vida Escolar dos
alunos das Escolas Públicas Municipais de
Olivença.
O CONESLHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE
ALAGOAS, no uso de suas atribuições que lhe
confere a legislação em vigor, com base no
Parecer CEB-CEE/Al nº 053/2015, tendo em vista
o que consta no Processo CEE/Al nº 508/2014 e
a deliberação do Pleno de 28/07/2015.
RESOLVE:
Art. 1º - Indeferir o pleito solicitado pela
Secretária de Educação do Município de
Olivença.
Art. 2º - Determinar que o mantenedor do
município proceda com a abertura dos processos
das suas respectivas escolas, nos termos da
Resolução CEE/Al nº 51/2002, em um prazo de
30dias úteis a partir da homologação da
Resolução pela Secretaria de Estado da
Educação, ressaltando que o não cumprimento
dessa determinação os mantenedores serão
responsabilizados, com denúncia junto ao
Ministério Público. Essa medida busca evitar
reincidências dos mantenedores que não
cumpriram o disposto na Resolução de Validação
de Estudos nº 11/2013, venha protocolizar novos
processos com solicitação de validação de
estudos tendo em vista o tempo decorrido.
Art. 3º – Recomendar ao município no que
couber, que envie ao Conselho Estadual de
Educação, as cópias dos números dos
protocolos, que porventura já tenha efetivado nos
termos da Resolução CEE/Al nº 51/2002 e
Resolução CEE/Al nº 11/2013 para que assim,
futura solicitação posso ser eventualmente
atendida nos termos da legislação vigente.
Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor a
partir da data de sua homologação revogadas as
disposições em contrário.
Maceió, 28/07/2014
5.9. Processos nº 548/2014 CEE/AL.
Interessado: Secretaria Municipal de
Maravilha/Al. Assunto: Solicita Validação de
Estudos dos Alunos das Escolas Públicas
Municipais de Maravilha/Al. Conselheira
Relatora: Maria José Alves Costa. Parecer nº
058/2015. Conclusão: Considerando que o que
preconiza a Resolução CEE/Al nº 51/2002, arts.
1º, 52 e parágrafo único, in verbis,
Art. 1º - O funcionamento de instituição de
ensino de educação básica integrante do Sistema
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__
IS
SN
2
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Estadual de Ensino de Alagoas dependerá de
credenciamento e autorização para oferta de
etapas e modalidades de cursos por parte do
Conselho Estadual de Educação, concedidos nos
termos da presente Resolução.
Art. 52º - Os documentos expedidos por
instituições de ensino em situação irregular não
tem validade escolar, não dando direitos a
prosseguimento de estudos e não conferido grau
de escolarização.
Parágrafo Único – os prejuízos causados
aos alunos em virtude de irregularidades
cometidas pela instituição de ensino são de
exclusiva responsabilidade da entidade
mantenedora e de seus dirigentes que
responderão judicial e administrativamente pelas
ações praticadas.
O Conselho Estadual de Educação por
meio da Câmara de Educação Básica e desta
Relatora, pelo exposto, com base nos
documentos e análise do Processo CEE/Al nº
548/2014 e considerando o Parecer CEB-CEE/AL
nº 191/2011 e Resolução CEE/AL nº 40/2011,
com os quais foram garantidos a Validação de
Estudos dos Alunos das Escolas Municipais até o
ano de 2010.
E, ainda, nos mesmos documentos foram
solicitados ao município os processos de
credenciamento e autorização das escolas, em
um prazo de 06 meses a partir da homologação
da Validação.
Resolve,
I - Indeferir o pleito solicitado pelo
Secretário de Educação do Município de
Maravilha.
II - Determinar que o mantenedor do
município proceda com a abertura dos processos
das suas respectivas escolas, nos termos da
Resolução CEE/Al nº 51/2002, em um prazo de
30 dias úteis a partir da homologação da
Resolução pela Secretaria de Estado da
Educação, ressaltando que o não cumprimento
dessa determinação os mantenedores serão
responsabilizados, com denúncia junto ao
Ministério Público. Essa medida busca evitar
reincidências dos mantenedores que não
cumpriram o disposto na Resolução de Validação
de Estudos nº 45/2011, venha protocolizar novos
processos com solicitação de validação de
estudos tendo em vista o tempo decorrido.
III – Recomendar ao município no que
couber, que envie ao Conselho Estadual de
Educação, as cópias dos números dos
protocolos, que porventura já tenha efetivado nos
termos da Resolução CEE/Al nº 51/2002 e
Resolução CEE/Al nº 40/2011 para que assim,
futura solicitação posso ser eventualmente
atendida nos termos da legislação vigente. É o
parecer, S.M.J. (27/07/2015).
*RESOLUÇÃO Nº 014/2015 – CEE/AL
EMENTA: Regularização de Vida Escolar dos
alunos das Escolas Públicas Municipais de
Maravilha.
O CONESLHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE
ALAGOAS, no uso de suas atribuições que lhe
confere a legislação em vigor, com base no
Parecer CEB-CEE/Al nº 058/2015, tendo em vista
o que consta no Processo CEE/Al nº 548/2014 e
a deliberação do Pleno de 28/07/2015.
RESOLVE:
Art.1º - Indeferir o pleito solicitado pelo
Secretário de Educação do Município de
Maravilha.
Art. 2º - Determinar que o mantenedor do
município proceda com a abertura dos processos
das suas respectivas escolas, nos termos da
Resolução CEE/Al nº 51/2002, em um prazo de
30 dias úteis a partir da homologação da
Resolução pela Secretaria de Estado da
Educação, ressaltando que o não cumprimento
dessa determinação os mantenedores serão
responsabilizados, com denúncia junto ao
Ministério Público. Essa medida busca evitar
reincidências dos mantenedores que não
cumpriram o disposto na Resolução de Validação
de Estudos nº 45/2011, venha protocolizar novos
processos com solicitação de validação de
estudos tendo em vista o tempo decorrido.
Art. 3º – Recomendar ao município no que
couber, que envie ao Conselho Estadual de
Educação, as cópias dos números dos
protocolos, que porventura já tenha efetivado nos
termos da Resolução CEE/Al nº 51/2002 e
Resolução CEE/Al nº 40/2011 para que assim,
futura solicitação posso ser eventualmente
atendida nos termos da legislação vigente.
Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor a partir da
data de sua homologação revogadas as
disposições em contrário.
Maceió, 28/07/2014
CONSº JAIRO JOSÉ CAMPOS DA COSTA
Presidente CEE/AL
5.10. Processos nº 491/2014 e 093/2015.
Interessado: Secretaria Municipal de São José
da Tapera/Al. Assunto: Solicita Validação de
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IS
SN
2
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6-9
149
Estudos dos Alunos das Escolas Públicas
Municipais de São José da Tapera /AL.
Conselheira Relatora: Maria José Alves Costa.
Parecer nº 054/2015. Conclusão: Considerando
que: o que preconiza a Resolução CEE/Al nº
51/2002, arts. 1º, 52 e parágrafo único, in verbis,
Art. 1º - O funcionamento de instituição de
ensino de educação básica integrante do Sistema
Estadual de Ensino de Alagoas dependerá de
credenciamento e autorização para oferta de
etapas e modalidades de cursos por parte do
Conselho Estadual de Educação, concedidos nos
termos da presente Resolução.
Art. 52º - Os documentos expedidos por
instituições de ensino em situação irregular não
tem validade escolar, não dando direitos a
prosseguimento de estudos e não conferido grau
de escolarização.
Parágrafo Único – os prejuízos causados
aos alunos em virtude de irregularidades
cometidas pela instituição de ensino são de
exclusiva responsabilidade da entidade
mantenedora e de seus dirigentes que
responderão judicial e administrativamente pelas
ações praticadas.
O Conselho Estadual de Educação por
meio da Câmara de Educação Básica e desta
Relatora, pelo exposto, com base nos
documentos e análise do Processo CEE/Al nº
491/2014 e 093/2015 e considerando o Parecer
CEB-CEE/AL nº 186/2011 e Resolução CEE/AL
nº 44/2011, com os quais foram garantidos a
Validação de Estudos dos Alunos das Escolas
Municipais até o ano de 2010.
E, ainda, nos mesmos documentos foram
solicitados ao município os processos de
credenciamento e autorização das escolas, em
um prazo de 06 meses a partir da homologação
da Validação.
Resolve,
I - Indeferir o pleito solicitado pelo
Secretário de Educação do Município de São
José da Tapera.
II - Determinar que o mantenedor do
município proceda com a abertura dos processos
das suas respectivas escolas, nos termos da
Resolução CEE/Al nº 51/2002, em um prazo de
30 dias úteis a partir da homologação da
Resolução pela Secretaria de Estado da
Educação, ressaltando que o não cumprimento
dessa determinação os mantenedores serão
responsabilizados, com denúncia junto ao
Ministério Público. Essa medida busca evitar
reincidências dos mantenedores que não
cumpriram o disposto na Resolução de Validação
de Estudos nº 44/2011, venha protocolizar novos
processos com solicitação de validação de
estudos tendo em vista o tempo decorrido.
III – Recomendar ao município no que
couber, que envie ao Conselho Estadual de
Educação, as cópias dos números dos
protocolos, que porventura já tenha efetivado nos
termos da Resolução CEE/Al nº 51/2002 e
Resolução CEE/Al nº 44/2011 para que assim,
futura solicitação posso ser eventualmente
atendida nos termos da legislação vigente. É
Parecer, S.M.J. (14/07/2015)
*RESOLUÇÃO Nº 015/2015 – CEE/AL
EMENTA: Regularização de Vida Escolar dos
alunos das Escolas Públicas Municipais de São
José da Tapera.
O CONESLHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE
ALAGOAS, no uso de suas atribuições que lhe
confere a legislação em vigor, com base no
Parecer CEB-CEE/Al nº 054/2015, tendo em vista
o que consta no Processo CEE/Al nº 491/2014 e
093/2015 e a deliberação do Pleno de
28/07/2015.
RESOLVE:
Art. 1º - I - Indeferir o pleito solicitado pelo
Secretário de Educação do Município de São
José da Tapera.
Art. 2º - Determinar que o mantenedor do
município proceda com a abertura dos processos
das suas respectivas escolas, nos termos da
Resolução CEE/Al nº 51/2002, em um prazo de
30 dias úteis a partir da homologação da
Resolução pela Secretaria de Estado da
Educação, ressaltando que o não cumprimento
dessa determinação os mantenedores serão
responsabilizados, com denúncia junto ao
Ministério Público. Essa medida busca evitar
reincidências dos mantenedores que não
cumpriram o disposto na Resolução de Validação
de Estudos nº 44/2011, venha protocolizar novos
processos com solicitação de validação de
estudos tendo em vista o tempo decorrido.
Art. 3º – Recomendar ao município no que
couber, que envie ao Conselho Estadual de
Educação, as cópias dos números dos
protocolos, que porventura já tenha efetivado nos
termos da Resolução CEE/Al nº 51/2002 e
Resolução CEE/Al nº 44/2011 para que assim,
futura solicitação posso ser eventualmente
atendida nos termos da legislação vigente.
Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor a partir da
data de sua homologação revogadas as
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disposições em contrário.
Maceió, 28/07/2014
5.11. Processos nº 439/2014 e 055/2015.
Interessado: Secretaria Municipal de Ouro
Branco/AL. Assunto: Solicita Validação de
Estudos dos Alunos das Escolas Públicas
Municipais de Ouro Branco/AL Conselheira
Relatora: Maria José Alves Costa. Parecer nº
055/2015. Conclusão: Considerando que: O
que preconiza a Resolução CEE/Al nº 51/2002,
arts. 1º, 52 e parágrafo único, in verbis,
Art. 1º - O funcionamento de instituição de
ensino de educação básica integrante do Sistema
Estadual de Ensino de Alagoas dependerá de
credenciamento e autorização para oferta de
etapas e modalidades de cursos por parte do
Conselho Estadual de Educação, concedidos nos
termos da presente Resolução.
Art. 52º - Os documentos expedidos por
instituições de ensino em situação irregular não
tem validade escolar, não dando direitos a
prosseguimento de estudos e não conferido grau
de escolarização.
Parágrafo Único – os prejuízos causados
aos alunos em virtude de irregularidades
cometidas pela instituição de ensino são de
exclusiva responsabilidade da entidade
mantenedora e de seus dirigentes que
responderão judicial e administrativamente pelas
ações praticadas.
O Conselho Estadual de Educação por
meio da Câmara de Educação Básica e desta
Relatora, pelo exposto, com base nos
documentos e análise do Processo CEE/Al nº
439/2014 e considerando o Parecer CEB-CEE/AL
nº 355/2010, Resolução CEE/AL nº 81/2010 e
Portaria SEE/AL nº 623/2011, com os quais foram
garantidos a Validação de Estudos dos Alunos
das Escolas Municipais até o ano de 2009.
E, ainda, nos mesmos documentos foram
solicitados ao município os processos de
credenciamento e autorização das escolas, em
um prazo de 06 meses a partir da homologação
da Validação.
Resolve,
I - Indeferir o pleito solicitado pela
Secretária de Educação do Município de Ouro
Branco.
II - Determinar que o mantenedor do
município proceda com a abertura dos processos
das suas respectivas escolas, nos termos da
Resolução CEE/Al nº 51/2002, em um prazo de
30dias úteis a partir da homologação da
Resolução pela Secretaria de Estado da
Educação, ressaltando que o não cumprimento
dessa determinação os mantenedores serão
responsabilizados, com denúncia junto ao
Ministério Público. Essa medida busca evitar
reincidências dos mantenedores que não
cumpriram o disposto na Portaria SEE/Al nº
623/2011, venha protocolizar novos processos
com solicitação de validação de estudos tendo
em vista o tempo decorrido.
III – Recomendar ao município no que
couber, que envie ao Conselho Estadual de
Educação, as cópias dos números dos
protocolos, que porventura já tenha efetivado nos
termos da Resolução CEE/Al nº 51/2002 e
Portaria SEE/Al nº 623/2011 para que assim,
futura solicitação posso ser eventualmente
atendida nos termos da legislação vigente.É
Parecer, S.M.J. (Maceió, 14/07/2015).
* RESOLUÇÃO Nº 012/2015 – CEE/AL
EMENTA: Regularização de Vida Escolar dos
alunos das Escolas Públicas Municipais de Ouro
Branco.
O CONESLHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE
ALAGOAS, no uso de suas atribuições que lhe
confere a legislação em vigor, com base no
Parecer CEB-CEE/Al nº 055/2015, tendo em vista
o que consta no Processo CEE/Al nº 439/2014 e
a deliberação do Pleno de 28/07/2015.
RESOLVE:
Art. 1º - Indeferir o pleito solicitado pela
Secretária de Educação do Município de Ouro
Branco.
Art. 2º- Determinar que o mantenedor do
município proceda com a abertura dos processos
das suas respectivas escolas, nos termos da
Resolução CEE/Al nº 51/2002, em um prazo de
30dias úteis a partir da homologação da
Resolução pela Secretaria de Estado da
Educação, ressaltando que o não cumprimento
dessa determinação os mantenedores serão
responsabilizados, com denúncia junto ao
Ministério Público. Essa medida busca evitar
reincidências dos mantenedores que não
cumpriram o disposto na Portaria SEE/Al nº
623/2011, venha protocolizar novos processos
com solicitação de validação de estudos tendo
em vista o tempo decorrido.
Art. 3º – Recomendar ao município no que
couber, que envie ao Conselho Estadual de
Educação, as cópias dos números dos
protocolos, que porventura já tenha efetivado nos
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termos da Resolução CEE/Al nº 51/2002 e
Portaria SEE/Al nº 623/2011 para que assim,
futura solicitação posso ser eventualmente
atendida nos termos da legislação vigente.
Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor a partir da
data da sua homologação revogadas as
disposições em contrário.
Maceió, 28/07/2014).
ASSESSORIA DA
CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
ÂNGELA MÁRCIA DOS SANTOS
BÁRBARA HELIODORA COSTA E SILVA
CLAYTON ROSAS E SILVA
EDILENE VIEIRA DA SILVA
IRIS EDITH DA SILVA CAVALCANTE
JOSÉ BERNALDINO ROCHA E SILVA
LAURA CERQUEIRA ÂNGELO
MARIA APARECIDA QUEIROZ DE CARVALHO
MARIZETE MARIA DE MELO SANTOS
TEREZINHA JOSÉ DA SILVA
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CÂMARA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL-CEP
1. CREDENCIAMENTO, AUTORIZAÇÃO E
RECONHECIMENTO.
1.1. Processo nº 007337/2014-SEE-AL e
270/2014-CEE/AL. Interessado: Núcleo de
Cultura Avançada Ltda – NCA, entidade
mantenedora da Escola Técnica Conexão Educar,
em Arapiraca/Alagoas. Assunto: Solicita
Credenciamento da Instituição de Ensino;
Autorização para funcionamento dos Cursos
Técnicos de Educação Profissional de Nível Médio
em Secretaria Escolar e em Edificações, na
modalidade presencial; e, Autorização para
funcionamento dos Cursos Técnicos de Educação
Profissional de Nível Médio em Secretaria Escolar,
pertencente ao Eixo Tecnológico:
Desenvolvimento Educacional e Social;
Edificações, Estradas, Administração,
Contabilidade, Marketing, Recursos Humanos e
Logística, na modalidade de Educação à
Distância, ofertados pela Escola Técnica Conexão
Educar, mantida pelo Núcleo de Cultura Avançada
Ltda - NCA, em Arapiraca/Alagoas. Conselheira
Relatora: Lavínia Suely Dorta Galindo. Parecer
nº: 063/2015. Conclusão: Após análise e
constatação que a Escola Técnica Conexão
Educar, localizada em Arapiraca/Alagoas, mantida
pelo Núcleo de Cultura Avançada Ltda – NCA
atendeu na integra as diligências baixadas e todos
os dispositivos legais, acima mencionados no item
da fundamentação, somos de parecer favorável ao
que se segue:1). Credenciar, pelo período de 10
(dez) anos, a Escola Técnica Conexão Educar,
localizada na Av. Deputada Ceci Cunha, nº 201,
Alto do Cruzeiro, Arapiraca/AL, mantida pela
Empresa NCA-Núcleo de Cultura Avançada Ltda-
EPP – CNPJ Nº 01.344.350/0001-38. 2.) Autorizar,
pelo período de 02 (dois) anos, a oferta dos
Cursos de Educação Profissional Técnica de Nível
Médio: Técnico em Secretaria Escolar e Técnico
em Edificações, na modalidade presencial, da
Escola Técnica Conexão Educar, em Arapiraca/AL.
3.) Autorizar, pelo período de 02 (dois) anos, a
oferta dos Cursos de Educação Profissional
Técnica de Nível Médio: Técnico em Secretaria
Escolar, Técnico em Edificações, Técnico em
Estradas, Técnico em Administração, Técnico em
Contabilidade, Técnico em Marketing, Técnico em
Recursos Humanos e, Técnico em Logística, na
modalidade de Educação à Distância, da Escola
Técnica Conexão Educar, em Arapiraca/AL.
4.)Aprovar o Projeto Político Pedagógico, o
Regimento Escolar e os Planos dos Cursos
citados neste Parecer. 5.) Determinar aos
dirigentes da Escola Técnica Conexão Educar a
preparação das Atas de Resultados Finais dos
cursos citados neste Parecer para, ao final de
cada período letivo, depositá-las no Setor de
Inspeção Educacional da Gerência Regional de
Educação, na qual se encontre instalada a
mencionada unidade escolar. 6.) Recomendar aos
dirigentes da Escola Técnica Conexão Educar
inserir no SISTEC/MEC os dados da Unidade
Escolar e dos Cursos Técnicos mencionados
neste Parecer, bem como os dados dos alunos
dos citados cursos, para fins de divulgação e
validade nacional de certificados e diplomas.
Resolução Nº 21/2015-CEE/Al, DE 25/08/2015.
(Maceió, 25/08/2015).
1.2. Processo nº 1800-011485/2011-SEE/AL e
193/2012-CEE/AL (com juntada do Processo
nºs 1800-003607/2015-SEE/AL e 109/2015-
CEE/AL). Interessado: Teixeira & Araújo Eventos
e Cursos Ltda. Assunto: Reconhecimento dos
Cursos de Educação Profissional Técnica de Nível
Médio, na modalidade de Educação à Distância, a
saber: Auxiliar e Técnico em Enfermagem, Auxiliar
e Técnico em Saúde Bucal, Técnico em Análises
Clínicas, Técnico em Farmácia, Técnico em
Nutrição e Dietética, e Técnico em Meio Ambiente,
pertencentes ao Eixo Tecnológico Ambiente e
Saúde; e, Técnico em Segurança do Trabalho,
pertencente ao Eixo Tecnológico Segurança;
Autorização para os Cursos de Educação
Profissional Técnica de Nível Médio: Técnico em
Agente Comunitário de Saúde, Técnico em
Vigilância em Saúde, Técnico em Estética, Técnico
em Prótese Dentária, Técnico em Gerência em
Saúde, Técnico em Biotecnologia, Técnico em
Equipamentos Biomédicos, Técnico em
Imobilizações Ortopédicas, Técnico em
Radiologia, Técnico em Imagem Pessoal, Técnico
em Reabilitação de Dependentes Químicos,
Técnico em Qualidade, Técnico em Transações
Imobiliárias, Técnico em Vendas, Técnico em
Comércio Exterior, Técnico em Recursos
CÂMARA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Processos analisados e aprovados no período de outubro de 2014 a outubro de 2015.
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Humanos, Técnico em Logística, Técnico em
Turismo, Técnico em Restaurante e Bar, Técnico
em Hospedagem, Técnico em Eventos, Técnico
em Modelagem do Vestuário, Técnico em Petróleo
e Gás, Técnico em Construção Naval, Técnico em
Açúcar e Álcool, Técnico em Técnico Multimeios
Didáticos, Técnico em Infraestrutura Escolar,
Técnico em Alimentação Escolar, Técnico em
Secretaria Escolar, Técnico em Eletrônica, Técnico
em Eletrotécnica, Técnico em Mecânica, Técnico
em Refrigeração e Climatização, Técnico em
Soldagem, Técnico em Edificações, Técnico em
Informática, Técnico em Mineração, Técnico em
Agronegócio, Técnico em Agricultura, e Técnico
em Rádio e Televisão, na modalidade de
Educação à Distância; e Autorização para os
Cursos de Educação Profissional Técnica de Nível
Médio: Técnico em Enfermagem, Técnico em
Saúde Bucal, Técnico em Análises Clínicas,
Técnico em Nutrição e Dietética, Técnico em
Farmácia, Técnico em Meio Ambiente; e Técnico
em Segurança do Trabalho, na modalidade
presencial, ofertados pela Escola Residência
Saúde. Conselheira Relatora: Lavínia Suely
Dorta Galindo. Parecer nº 064/2015. Conclusão:
Após análise e constatação que a Escola
Residência Saúde, mantida por Teixeira & Araújo
Eventos e Cursos Ltda, atendeu na integra as
diligências baixadas e todos os dispositivos legais,
acima mencionados, somos de parecer favorável
ao que se segue: 1. Autorizar, pelo período de 02
(dois) anos, a oferta dos Cursos de Educação
Profissional Técnica de Nível Médio: Técnico em
Agente Comunitário de Saúde, Técnico em
Vigilância em Saúde, Técnico em Estética,
Técnico em Prótese Dentária, Técnico em
Gerência de Saúde, Técnico em Biotecnologia,
Técnico em Equipamentos Biomédicos, Técnico
em Imobilizações Ortopédicas, Técnico em
Radiologia, Técnico em Imagem Pessoal, Técnico
em Reabilitação de Dependentes Químicos,
Técnico em Qualidade, Técnico em Transações
Imobiliárias, Técnico em Vendas, Técnico em
Comércio Exterior, Técnico em Recursos
Humanos, Técnico em Logística, Técnico em Guia
de Turismo, Técnico em Serviços de Restaurante
e Bar, Técnico em Hospedagem, Técnico em
Eventos, Técnico em Modelagem do Vestuário,
Técnico em Petróleo e Gás, Técnico em
Construção Naval, Técnico em Açúcar e Álcool,
Técnico em Multimeios Didáticos, Técnico em
Infraestrutura Escolar, Técnico em Alimentação
Escolar, Técnico em Secretaria Escolar, Técnico
em Eletrônica, Técnico em Eletrotécnica, Técnico
em Mecânica, Técnico em Refrigeração e
Climatização, Técnico em Soldagem, Técnico em
Edificações, Técnico em Informática, Técnico em
Mineração, Técnico em Agronegócio, Técnico em
Agricultura, e Técnico em Rádio e Televisão, na
modalidade de Educação à Distância, na Escola
Residência Saúde, Localizada na Av. Durval de
Góis Monteiro, 8443-B, Jardim Petrópolis,
Tabuleiro do Martins- Maceió/Alagoas, mantidos
por Teixeira & Araújo Eventos e Cursos Ltda–
CNPJ: 08.018.817/0001-07. 2. Autorizar, pelo
período de 02 (dois) anos, a oferta dos Cursos de
Educação Profissional Técnica de Nível Médio:
Técnico em Enfermagem, Técnico em Saúde
Bucal, Técnico em Análises Clínicas, Técnico em
Nutrição e Dietética, Técnico em Farmácia,
Técnico em Meio Ambiente, e Técnico em
Segurança do Trabalho, na modalidade
presencial, na Escola Residência Saúde,
Localizada na Av. Durval de Góis Monteiro, 8443-
B, Jardim Petrópolis, Tabuleiro do Martins-
Maceió/Alagoas, mantidos por Teixeira & Araújo
Eventos e Cursos Ltda – CNPJ: 08.018.817/0001-
07. 3. Aprovar o Projeto Político Pedagógico, o
Regimento Escolar e os Planos dos Cursos
citados neste Parecer. 4. Validar os estudos
realizados anteriormente com aproveitamento
pelos alunos regularmente matriculados nos
cursos citados neste Parecer, ofertados pela
Escola Residência Saúde. 5. Determinar aos
dirigentes da Escola Residência Saúde à
preparação das Atas de Resultados Finais dos
Cursos citados neste Parecer, para, ao final de
cada período letivo, depositá-las no Setor de
Inspeção Educacional da Gerência Regional de
Educação, na qual se encontre instalada a
mencionada unidade escolar. 6. Recomendar aos
dirigentes da Escola Residência Saúde inserir no
SISTEC/MEC os dados da Unidade Escolar e dos
Cursos mencionados neste Parecer, bem como os
dados dos alunos dos citados cursos, para fins de
divulgação e validade nacional de certificados e
diplomas. 7. Aprovar a juntada do Processo
Administrativo nº 1800-003607/2015-SEE/AL e nº
109/2015-CEE/AL ao Processo nº 1800-
011485/2011-SEE/AL e nº 193/2012-CEE/AL, da
Escola Residência Saúde, por tratarem de mesmo
assunto e mantenedor. Resolução nº 023/2015 -
CEE/AL, de 25/08/2015. (Maceió, 25/08/2015).
1.3. Processo nº: 1800-9975/2009-SEE/AL e
513/2010-CEE/AL (com juntada dos Processos
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SN
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nºs 1800-9973/2009-SEE/AL e 520/2010-
CEE/AL;1800-011354/2012. SEE/AL 487/2014-
CEE/AL). Interessado: Centro de Ensino
Profissionalizante de Alagoas Ltda-ME. Assunto:
Renovação de Credenciamento da Instituição de
Ensino; Reconhecimento do Curso Técnico em
Enfermagem; Autorização para funcionamento do
Curso Técnico em Segurança do Trabalho; e
Autorização para funcionamento dos Cursos de
Especialização Técnica de Nível Médio:
Enfermagem do Trabalho e Instrumentação
Cirúrgica, na modalidade presencial, no Centro de
Ensino Profissionalizante de Alagoas, localizado
nos municípios de Arapiraca/AL e Palmeira dos
Índios/AL. Regularização de Vida Escolar.
Conselheira Relatora: Lavínia Suely Dorta
Galindo. Parecer nº 65/2015. Conclusão: Diante
do exposto e, considerando que houve
atendimento das diligências números21/22 e
23/2015, CEP/CEE-AL, referentes aos processos
acima identificados, somos favoráveis ao que se
segue: 1. Renovar, pelo período de 10 (dez) anos,
o Credenciamento do CEPROAL - Centro de
Ensino Profissionalizante de Alagoas, localizado
na Avenida Deputado Medeiros Neto, nº 51, São
Cristóvão, em Palmeira dos Índios/AL e na Rua
São Francisco, nº 861, Centro, em Arapiraca/AL.
2. Renovar, pelo período de 04 (quatro) anos,o
Reconhecimento do Curso Técnico em
Enfermagem, modalidade presencial, ofertado
pelo CEPROAL - Centro de Ensino
Profissionalizante de Alagoas, nos municípios de
Palmeira dos Índios/AL e Arapiraca/AL. 3.
Autorizar, pelo período de 02 (dois) anos, a oferta
do Curso Técnico em Segurança do Trabalho, na
modalidade presencial, pelo CEPROAL -Centro de
Ensino Profissionalizante de Alagoas, nos
municípios de Palmeira dos Índios/AL e
Arapiraca/AL. 4. Autorizar, pelo período de 02
(dois) anos, a oferta dos Cursos de Especialização
Técnica de Nível Médio: Enfermagem do Trabalho
e Instrumentação Cirúrgica, modalidade
presencial, pelo CEPROAL - Centro de Ensino
Profissionalizante de Alagoas, em Palmeira dos
Índios/AL e em Arapiraca/AL. 5. Aprovar o Projeto
Político Pedagógico, o Regimento Escolar e os
Planos dos Cursos citados neste Parecer.6.
Validar os estudos realizados com aproveitamento,
pelos alunos regularmente matriculados nos
cursos citados neste Parecer, ofertados
anteriormente pelo Centro de Ensino
Profissionalizante de Alagoas, nos municípios de
Palmeira dos Índios/AL e Arapiraca/AL. 7.
Determinar aos dirigentes do CEPROAL - Centro
de Ensino Profissionalizante de Alagoas à
preparação das Atas de Resultados Finais dos
Cursos citados neste Parecer, para, ao final de
cada período letivo, depositá-las no Setor de
Inspeção Educacional da Gerência Regional de
Educação, na qual se encontre instalada a
mencionada unidade escolar. 8. Recomendar aos
dirigentes do CEPROAL - Centro de Ensino
Profissionalizante de Alagoas inserir no
SISTEC/MEC os dados das Unidades Escolares e
dos Cursos mencionados neste Parecer, bem
como os dados dos alunos dos citados cursos,
para fins de divulgação e validade nacional de
certificados e diplomas. 9. Transferir a SEDE da
Unidade CEPROAL, situada na Av. Brasil, 129 –
Poço, Maceió/AL, para a Unidade CEPROAL de
Arapiraca/AL, localizada na Rua São Francisco, nº
861, Centro, em Arapiraca/AL. 10. Atribuir a
Unidade CEPROAL de Arapiraca/AL, a
competência de certificar os alunos concluintes
dos Cursos de Educação Profissional Técnica de
Nível Médio ofertados nas Unidades Escolares de
Maceió/AL, de Palmeira dos Índios/AL e de
Arapiraca/AL. 11. Aprovar a mudança da
mantenedora do CEPROAL - Centro de Ensino
Profissionalizante de Alagoas, atualmente sob a
responsabilidade da Senhora Maria Graciene
Alves Silva. 12. Aprovar a juntada dos Processos
Administrativos nºs 1800-9973/2009-SEE/AL e
520/2010-CEE/AL; nºs1800-9975/2009-SEE/AL e
513/2010-CEE/AL; e, nºs1800-011354/2012-
SEE/AL e 487/2014-CEE/AL, do CEPROAL -
Centro de Ensino Profissionalizante de Alagoas
Ltda-ME, por tratarem da mesma matéria e de
única mantenedora. Resolução nº 22/2015
CEE/AL de 25/08/2015. (Maceió, 25/08/2014).
1.4. Processo nº 343/2014-CEE/AL. Interessado:
Teixeira & Araujo Eventos e Cursos Ltda,
mantenedora da Escola Residência Saúde.
Assunto: solicita autorização para instalação de
Pólos de Apoio Presencial fora do Estado de
Alagoas, de acordo com a orientação dada no
Parecer CEE/SP nº 145/2014, publicado no Diário
Oficial do Estado de São Paulo, em 08/05/2014.
Conselheiras Relatoras: Lavínia Suely Dorta
Galindo e Marly do Socorro Peixoto Vidinha.
Parecer nº 308/2014. Conclusão: Considerando
que a escola possui Credenciamento da Instituição
de Ensino, Autorização e Reconhecimento dos
seguintes Cursos de Educação Profissional
Técnica de Nível Médio: Auxiliar e Técnico em
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Enfermagem; Auxiliar e Técnico em Saúde Bucal;
Técnico em Análises Clínicas; Técnico em
Farmácia,; Técnico em Nutrição e Dietética;
Técnico em Meio Ambiente; Técnico em
Segurança do Trabalho na modalidade a distância;
Considerando que o Projeto Político Pedagógico
e o regimento escolar apresentados pela escola,
contemplam a intenção de expandir suas
atividades educacionais a outros entes federais,
por intermédio de abertura de pólos de
atendimento presencial; Considerando que a
escola está legalmente constituída e com seus
atos normativos em plena vigência, motivos pelos
quais dão amplo amparo legal pela que a mesma
certifiquem seus alunos, sem causar nenhum dano
a estes; Considerando que o decreto nº
5.622/2005 contempla esta possibilidade em seu
Art. 6º in Verbis: art 6º os convênios e os acordos
de cooperação celebrados para fins de oferta de
cursos ou programas a distância entre instituição
de ensino brasileiras, devidamente credenciadas,
e suas similares estrangeiras, deveram ser
breviamente submetido à análise e homologação
pelo órgão normativo do respectivo sistema de
ensino, para que os diplomas e certificados
emitidos tenham validades nacional.
Considerando que o §2º do art 8º, da deliberação
CNE/CEB 41/2002, é clara quando dispõe: “os
sistemas de ensino da nova territorialidade
supervisionaram, na forma da lei, as instituições,
os cursos e as ações realizadas em seus
territórios por entidade credenciada por outro
Sistema”. Considerando que o §3º do art 8º, da
deliberação CNE/CEB 41/2002, atribui total
responsabilidade pela certificação a escola
originária da pretensão, quando diz:” a instituição
originalmente credenciada será sempre
responsável pela atos que levam a certificação dos
alunos”; Considerando a legislação federal e as
normatizações estaduais, adotadas por cada
Conselho Estadual de Educação, dentro de sua
autonomia, e este, concedendo os pleitos de
instituição de ensino de sua localidade e de
outras, recomendamos que haja acompanhamento
dos pólos de atendimento presencial instalados
em seu território, conforme dispõem as legislações
citadas e/ou outras locais existentes; e,
Considerando que cada Conselho Estadual de
Educação, possui sua autonomia e competência
cabendo conceder ou nao a solicitação de
instituição de Ensino da própria territorialidade e
de outros entes federados. Somos favoráveis ao
pleito formulado pela Escola Residência Saúde,
localizada na avenida Durval de Góes Monteiro,
8443-B, Bairro Jardim Petrópolis, Maceió/Alagoas,
possuidora de Atos Normativos vigentes que
amparam a Instituição de Ensino, bem como os
seus cursos, que já foram Reconhecidos, através
do parecer nº 159/2013-CEE/Al e Resolução
20/2003 do CEE/Al e da portaria 795/2013 da
CEE/Al, desde que a requerente tome a seguintes
providências diante dos outros Conselhos
Estaduais de Educação, nos diversos entes
federados existente em nosso país a saber : a)
após o pleito para abertura de Pólo Presencial de
Ensino em outras Unidades da Federação , a
requerente deve solicitá-la ao Conselho Estadual
da nova territorialidade pleiteada e indicar o local
do funcionamento do pólo pretendido, bem como
atender a legislação nacional e as normas
emanadas dos Conselhos Estaduais de
Educação, do(s) estados pleiteados ; b) comunicar
através de documentos oficiais ao CEE/Al os pólos
de atendimento presencial instalados em outros
estados. Recomendamos ao CEE/Al que
encaminhe cópia desse parecer a Escola Técnica
Residência saúde com sede em Maceió para
reconhecimento. (Maceió, 25/11/2014).
1.5. Processo nº 204/2015-CEE/AL. Interessado:
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de
Alagoas – UNCISAL, mantenedora da Escola
Técnica de Saúde Professora Valéria Hora.
Assunto: Solicita autorização para iniciar as
matrículas nos Cursos de Educação Técnica
Profissional de Nível Médio em Hemoterapia e
Radiologia, da Escola Técnica de Saúde
Professora Valéria Hora, localizada em
Maceió/Alagoas. Conselheira Relatora: Lavínia
Suely Dorta Galindo. Parecer nº 117/2015.
Conclusão: Considerando, tratar-se de Instituição
devidamente Credenciada e autorizada a
funcionar com vários Cursos de Educação Técnica
Profissional de Nível Médio, em nossa Capital;
Considerando, que existem dois processos em
tramitação, já acima mencionados, que tramitam
desde o início de 2014, na Secretaria de
Educação e, posteriormente, no Conselho
Estadual de Educação, na Câmara de Educação
Profissional, solicitando autorização para
funcionamento dos Cursos de Educação Técnica
Profissional de Nível Médio em Hemoterapia e
Radiologia;Considerando, tratar-se de cursos que
são financiados por meio de convênio com o
Ministério da Saúde; Considerando, que estes
recursos são destinados aos Cursos Técnicos de
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Hemoterapia e Radiologia, da Escola Técnica de
Saúde Professora Valéria HORA-ETSAL, que
formarão servidores do Sistema Único de Saúde -
SUS e da Saúde Pública; Considerando, que o
não início das matrículas destes cursos, acarretará
a devolução dos recursos ao Ministério da Saúde,
prejudicando enormemente o Estado de Alagoas,
que através da ETSAL, não poderá ofertar os
cursos em tela;Considerando, que a ETSAL
preocupa-se com a “ampliação da participação nas
ações que buscam a melhoria da qualidade na
prestação de ensino-serviço do SUS”; Diante das
considerações feitas, somos de Parecer favorável,
que a Escola Técnica de Saúde Professora Valéria
HORA-ETSAL, inicie as matrículas dos Cursos de
Educação Técnica Profissional de Nível Médio em
Hemoterapia e Radiologia, proporcionando aos
egressos, oportunidades de qualificação
profissional, para melhor servir a sociedade
alagoana. (Maceió, 27/10/2015).
1.6. Processo nº 6565/2015- UNCISAL e
118/2015-CEE/AL. Interessado: Universidade
Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas -
UNCISAL. Assunto: Solicita prorrogação de prazo
para a apresentação do documento Auto de
Vistoria do Corpo de Bombeiro(AVCB).
Conselheiro Relator: Eliel dos Santos de
Carvalho. Parecer nº 062/2015. Conclusão:
Considerando a suplicância de dilatação de prazo
proposta pelo requerente, face a importância do
funcionamento da instituição para a sociedade
alagoana, como se constata nas folhas 02 e03
dos presentes autos, e diante da existência das
jurisprudências: Resolução CNE/CES nº 4/2011;
Deliberação nº 11/2005-CEE/PR e Resolução nº
89/2009-CEE/Al, evoluam-se os presentes autos
ao crivo superior do Egrégio Conselho Pleno para
decidir sobre a prorrogação retro solicitada.
(Maceió, 16/06/2015).
2. REGULARIZAÇÃO DE VIDA ESCOLAR
2.1. Processo nº 424/2014-CEE/AL. Interessado:
Joésia Juvercina Alves. Assunto: Regularização
de Vida Escolar. Conselheiro Relator:
Conselheiro Robert Lincoln de Barros Melo.
Parecer nº 298/2014. Conclusão: Autorizamos a
Inspetoria Técnica da 10ª Coordenadoria Regional
de Educação, em Porto Calvo/AL, proceder a
autenticação do Histórico Escolar de conclusão do
2º Grau – Habilitação: Magistério de 1ª a 4ª séries
do Ensino de 1º Grau, da Senhora Joésia
Juvercina Alves, emitido pela Escola Estadual
Nossa Senhora da Glória, bem como dos seus
correspondentes Certificado e Diploma,
escrevendo neles o número deste Parecer.
(Maceió, 04//11/2014).
2.2. Processo nº 425/2014-CEE/AL. Interessado:
Thayane Priscila de Souza Mota. Assunto:
Regularização de Vida Escolar. Conselheiro
Relator: Robert Lincoln de Barros Melo. Parecer
nº 299/2014. Conclusão: Autorizamos a
Inspetoria Técnica da 10ª Coordenadoria Regional
de Educação, em Porto Calvo/AL, proceder a
autenticação do Histórico Escolar de conclusão do
2º Grau – Habilitação: Magistério de 1ª a 4ª séries
do Ensino de 1º Grau, da Senhora Thayane
Priscila de Souza Mota, emitido pela Escola
Estadual Nossa Senhora da Glória, bem como dos
seus correspondentes Certificado e Diploma,
escrevendo neles o número deste Parecer.
(Maceió, 04/11/2014).
2.3. Processo nº 441/2014-CEE/AL. Interessado:
José Olival do Nascimento. Assunto:
Regularização de Vida Escolar. Conselheira
Relatora: Marly do Socorro Peixoto Vidinha.
Parecer nº 300/2014. Conclusão: Autorizamos a
Inspetoria Educacional da 10ª Coordenadoria
Regional de Educação, em Porto Calvo/AL,
proceder a autenticação do Histórico Escolar de
conclusão do 2º Grau - Habilitação: Magistério de
1ª a 4ª séries do Ensino de 1º Grau, da Sr José
Olival do Nascimento, emitido pela Escola
Estadual Nossa Senhora da Apresentação, bem
como dos seus correspondentes Certificado e
Diploma, escrevendo neles o número deste
Parecer. (Maceió, 18/11/2014).
2.4. Processo nº 208/2014-CEE/AL. Interessado:
José Cícero de Melo Correia. Assunto:
Regularização de Vida Escolar. Conselheira
Relatora: Rita de Cássia dos Santos Silva.
Parecer nº 303/2014. Conclusão: Autorizamos a
Inspetoria Técnica da 2ª Coordenadoria Regional
de Educação, em São Miguel dos Campos/AL,
proceder a autenticação do Histórico Escolar de
conclusão do 2º Grau – Habilitação: Magistério de
1ª a 4ª séries do Ensino de 1º Grau, do Sr. José
Cícero de Melo Correia , emitido pela Escola
Municipal Rui Palmeira, bem como dos seus
correspondentes Certificado e Diploma,
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escrevendo neles o número deste Parecer.
(Maceió, 04/11/2014).
2.5. Processo nº 477/2014-CEE/AL. Interessado:
Gilvaneide Monteiro da Silva. Assunto:
Regularização de Vida Escolar. Conselheira
Relatora: Marly do Socorro Peixoto Vidinha.
Parecer nº: 306/2014. Conclusão: Autorizamos a
Inspetoria Educacional da 10ª Coordenadoria
Regional de Educação, em Porto Calvo/AL,
proceder a autenticação do Histórico Escolar de
conclusão do 2º Grau - Habilitação: Magistério de
1ª a 4ª séries do Ensino de 1º Grau, da Srª
Gilvaneide Monteiro da Silva, emitido pela Escola
Estadual Nossa Senhora da Apresentação, bem
como dos seus correspondentes Certificado e
Diploma, escrevendo neles o número deste
Parecer. (Maceió, 18/11/2014).
2.6. Processo nº 478/2014-CEE/AL. Interessado:
Anaziza Rodrigues da Silva. Assunto:
Regularização de Vida Escolar. Conselheira
Relatora: Marly do Socorro Peixoto Vidinha.
Parecer nº 307/2014. Conclusão: Autorizamos a
Inspetoria Educacional da 10ª Coordenadoria
Regional de Educação, em Porto Calvo/AL,
proceder a autenticação do Histórico Escolar de
conclusão do 2º Grau - Habilitação: Magistério de
1ª a 4ª séries do Ensino de 1º Grau, da Srª
Anaziza Rodrigues da Silva, emitido pela Escola
Estadual Nossa Senhora da Apresentação, bem
como dos seus correspondentes Certificado e
Diploma, escrevendo neles o número deste
Parecer. (Maceió, 18/11/2014).
2.7. Processo nº 498/2014-CEE/AL. Interessado:
Aletúcia da Silva Santos. Assunto: Regularização
de Vida Escolar. Conselheira Relatora: Marly do
Socorro Peixoto Vidinha. Parecer nº 309/2014.
Conclusão: Autorizamos a Inspetoria Educacional
da 10ª Coordenadoria Regional de Educação, em
Porto Calvo/AL, proceder a autenticação do
Histórico Escolar de conclusão do 2º Grau -
Habilitação: Magistério de 1ª a 4ª séries do Ensino
de 1º Grau, da Sra. Aletúcia da Silva Santos,
emitido pela Escola Estadual Nossa Senhora da
Apresentação, localizada no município de Porto
Calvo, bem como dos seus correspondentes
Certificado e Diploma, escrevendo neles o número
deste Parecer. (Maceió, 02/12/2014).
2.8. Processo nº 498/2014-CEE/AL. Interessado:
Amara Kely Maciel de Melo. Assunto:
Regularização de Vida Escolar. Conselheira
Relatora: Marly do Socorro Peixoto Vidinha.
Parecer nº 311/2014. Conclusão: Autorizamos a
Inspetoria Educacional da 10ª Coordenadoria
Regional de Educação, em Porto Calvo/AL,
proceder a autenticação do Histórico Escolar de
conclusão do 2º Grau - Habilitação: Magistério de
1ª a 4ª séries do Ensino de 1º Grau, da Sra.
Amara Kely Maciel de Melo, emitido pela Escola
Estadual Nossa Senhora da Apresentação,
localizada no município de Porto Calvo, bem como
dos seus correspondentes Certificado e Diploma,
escrevendo neles o número deste Parecer.
(Maceió, 02/12/2014).
2.9. Processo nº 480/2014-CEE/AL. Interessado:
Marilda Euzébio Rufino. Assunto: Regularização
de Vida Escolar. Conselheiro Relator: Robert
Lincoln Barros Melo Parecer nº 312/2014.
Conclusão: Autorizamos a Inspeção Educacional
da 12ª Coordenadoria Regional de Educação, em
Rio Largo/AL, proceder a autenticação do Histórico
Escolar de conclusão do Curso 2º Grau -
Habilitação: Magistério de 1ª a 4ª séries do Ensino
de 1º Grau,, da senhora Marilda Euzébio Rufino,
emitido pelo Colégio Judith Paiva, localizado no
Município de Rio Largo/AL, bem como dos seus
correspondentes Certificado e Diploma,
inscrevendo neles o número deste Parecer.
(Maceió, 02/12/2014).
2.10. Processo nº 571/2014-CEE/AL.
Interessado: Maria das Dores Tenório Ferreira.
Assunto: Regularização de Vida Escolar.
Conselheira Relatora: Edna Maria Lopes do
Nascimento. Parecer nº 03/2015. Conclusão:
Autorizamos a Inspetoria educacional da 2ª
Coordenadoria Regional de Educação, em São
Miguel dos Campos/AL, proceder a autenticação
do Histórico Escolar de conclusão do 2º Grau –
Habilitação: Magistério de 1ª a 4ª séries do Ensino
de 1º Grau, da Senhora Maria das Dores Tenório
Ferreira , emitido pela Escola Estadual Ana Lins,
bem como dos seus correspondentes Certificado e
Diploma, escrevendo neles o número deste
Parecer. (Maceió, 03/02/2015).
2.11. Processo nº 555/2014-CEE/AL.
Interessado: Adenilza Maria Pereira da Silva.
Assunto: Regularização de Vida Escolar.
Conselheira Relatora: Edna Maria Lopes do
Nascimento. Parecer nº 04/2015. Conclusão:
Autorizamos a Inspetoria Educacional da 12ª
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Coordenadoria regional de Educação, em Rio
Largo/AL, proceder a autenticação do Histórico
Escolar de conclusão do Curso de Técnico em
Contabilidade, do requerente, Adenilza Maria
Pereira da Silva, emitido pela Escola de 1º e 2º
Graus Antônio Celestino Lins, localizada no
Município de Joaquim Gomes, Alagoas, bem como
dos seus correspondentes certificado e diploma,
escrevendo neles o número deste Parecer.
(Maceió, 10/02/2015).
2.12. Processo nº 556/2014-CEE/AL.
Interessado: Fabiana Buarque de Omena Moura.
Assunto: Regularização de Vida Escolar.
Conselheira Relatora: Edna Maria Lopes do
Nascimento. Parecer nº 05/2015. Conclusão:
Autorizamos a Inspetoria Educacional da 12ª
Coordenadoria regional de Educação, em Rio
Largo/AL, proceder a autenticação do Histórico
Escolar de conclusão do Curso 2º Grau -
Habilitação: Magistério de 1ª a 4ª séries do Ensino
de 1º Grau,, da senhora, Fabiana Buarque de
Omena Moura., emitido pela Escola de 1º e 2º
Graus Antônio Celestino Lins, localizada no
Município de Joaquim Gomes, Alagoas, bem como
dos seus correspondentes certificado e diploma,
escrevendo neles o número deste Parecer.
(Maceió, 10/02/2015).
2.13. Processo nº 557/2014-CEE/AL.
Interessado: Antônio Augusto de Freitas Filho.
Assunto: Regularização de Vida Escolar.
Conselheira Relatora: Edna Maria Lopes do
Nascimento. Parecer nº 06/2015. Conclusão:
Autorizamos a Inspetoria Educacional da 12ª
Coordenadoria regional de Educação, em Rio
Largo/AL, proceder a autenticação do Histórico
Escolar de conclusão do Curso de Técnico em
Contabilidade, do requerente, Antônio Augusto de
Freitas Filho., emitido pela Escola de 1º e 2º Graus
Antônio Celestino Lins, localizada no Município de
Joaquim Gomes, Alagoas, bem como dos seus
correspondentes certificado e diploma, escrevendo
neles o número deste Parecer. (Maceió,
10/02/2014).
2.14. Processo nº 558/2014-CEE/AL.
Interessado: Arnaldo Araújo Fragoso da Silva .
Assunto: Regularização de Vida Escolar.
Conselheira Relatora: Marly do Socorro Peixoto
Vidinha. Parecer nº 07/2015. Conclusão:
Autorizamos a Inspetoria Educacional da 12ª
Coordenadoria regional de Educação, em Rio
Largo/AL, proceder a autenticação do Histórico
Escolar de conclusão do Curso de Técnico em
Contabilidade, do requerente, Arnaldo Araújo
Fragoso da Silva, emitido pela Escola de 1º e 2º
Graus Antônio Celestino Lins, localizada no
Município de Joaquim Gomes, Alagoas, bem como
dos seus correspondentes certificado e diploma,
escrevendo neles o número deste Parecer.
(Maceió, 10/02/2015).
2.15. Processo nº 559/2014-CEE/AL.
Interessado: Humberto José Araujo Fragoso.
Assunto: Regularização de Vida Escolar.
Conselheira Relatora: Kátia Lanúsia
Albuquerque. Parecer nº 08/2015. Conclusão:
Autorizamos a Inspetoria Educacional da 12ª
Coordenadoria regional de Educação, em Rio
Largo/AL, proceder a autenticação do Histórico
Escolar de conclusão do Curso de Técnico em
Contabilidade, do requerente, Humberto José
Araujo Fragoso, emitido pela Escola de 1º e 2º
Graus Antônio Celestino Lins, localizada no
Município de Joaquim Gomes, Alagoas, bem como
dos seus correspondentes certificado e diploma,
escrevendo neles o número deste Parecer.
(Maceió, 10/02/2015).
2.16. Processo nº 560/2014-CEE/AL.
Interessado: Josiane Maria Araujo Amorim.
Assunto: Regularização de Vida Escolar.
Conselheira Relatoria: Kátia Lanúsia
Albuquerque. Parecer nº 09/2015. Conclusão:
Autorizamos a Inspetoria Educacional da 12ª
Coordenadoria regional de Educação, em Rio
Largo/AL, proceder a autenticação do Histórico
Escolar de conclusão do Curso de Técnico em
Contabilidade, do requerente, Josiane Maria
Araujo Amorim., emitido pela Escola de 1º e 2º
Graus Antônio Celestino Lins, localizada no
Município de Joaquim Gomes, Alagoas, bem como
dos seus correspondentes certificado e diploma,
escrevendo neles o número deste Parecer.
(Maceió, 10/02/2015).
2.17. Processo nº 561/2014-CEE/AL.
Interessado: Marta Belkice Pereira Batista.
Assunto: Regularização de Vida Escolar.
Conselheira Relatora: Kátia Lanúsia
Albuquerque. Parecer nº 10/2015. Conclusão:
Autorizamos a Inspetoria Educacional da 12ª
Coordenadoria regional de Educação, em Rio
Largo/AL, proceder a autenticação do Histórico
Escolar de conclusão do Curso de Técnico em
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Contabilidade, do requerente, Marta Belkice
Pereira Batista, emitido pela Escola de 1º e 2º
Graus Antônio Celestino Lins, localizada no
Município de Joaquim Gomes, Alagoas, bem como
dos seus correspondentes certificado e diploma,
escrevendo neles o número deste Parecer.
(Maceió, 10/02/2015).
2.18. Processo nº 573/2014-CEE/AL.
Interessado: Marliete dos Santos. Assunto:
Regularização de Vida Escolar. Conselheira
Relatora: Edna Maria Lopes do Nascimento.
Parecer nº 27/2015. Conclusão: Autorizamos a
Inspetoria educacional da 2ª Coordenadoria
Regional de Educação, em São Miguel dos
Campos/AL, proceder a autenticação do Histórico
Escolar de conclusão do 2º Grau – Habilitação:
Magistério de 1ª a 4ª séries do Ensino de 1º Grau,
da Senhora Marliete dos Santos, emitido pela
Escola Estadual Ana Lins, bem como dos seus
correspondentes Certificado e Diploma,
escrevendo neles o número deste Parecer.
(Maceió, 10/02/2015).
2.19. Processo nº 66/2015-CEE/AL. Interessado:
Elúzia Maria da Silva Ataíde. Assunto:
Regularização de Vida Escolar. Conselheiro
Relator: Eliel dos Santos de Carvalho. Parecer nº
43/2015. Conclusão: Autorizamos a Inspetoria
Escolar da 12ª Coordenadoria Regional de
Educação, em Rio Largo/AL, proceder a
autenticação do Histórico Escolar de conclusão do
Curso de 2º Grau – Habilitação: Magistério de 1ª a
4ª séries do Ensino de 1º Grau, da Senhora Elúzia
Maria da Silva Ataíde. emitido pelo Colégio
Municipal Judith Paiva, bem como dos seus
correspondentes certificado e diploma,
inscrevendo neles o número deste Parecer.
(Maceió, 12/05/2015).
2.20. Processo nº 196/2013-CEE/AL.
Interessado: Gilda Maria Oliveira de Almeida.
Assunto: Regularização de Vida Escolar de
Rosiane Oliveira de Almeida. Conselheira
Relatora: Lavínia Suely Dorta Galindo. Parecer nº
50/2015. Conclusão: Consideramos necessário o
envio das Resoluções 51/2002 do CEE/Al e
10/2014 do CEE/AL, bem como da Portaria nº
1510/2014 da SEE/Al, à Srª Gilda Maria Oliveira
de Almeida para que a mesma os envie a sua irmã
Rosiane Oliveira de Almeida para junto ao COREN
de Minas Gerais solicitar os registros de seus
diplomas, emitido pelo Centro de preparação
Profissional Santa Barbara, localizado no
município de Arapiraca, estado de Alagoas.
(Maceió, 02/06/2015).
2.21. Processo nº 213/2015-CEE/AL.
Interessado: Amara Maria Marques. Assunto:
Regularização de Vida Escolar. Conselheira
Relatora: Marly do Socorro Peixoto Vidinha.
Parecer nº 112/2015. Conclusão: Autorizamos a
Inspetoria Técnica da 10ª Coordenadoria Regional
de Educação, em Porto Calvo/AL, proceder a
autenticação do Histórico Escolar de conclusão do
2º Grau – Habilitação: Magistério de 1ª a 4ª séries
do Ensino de 1º Grau, da Senhora Amara Maria
Marques., emitido pela Escola Estadual Nossa
Senhora da Apresentação, bem como dos seus
correspondentes Certificado e Diploma,
escrevendo neles o número deste Parecer.
(Maceió, 20/10/2014).
2.22. Processo nº 215/2015-CEE/AL.
Interessado: Vilma Maria Alves Cabral. Assunto:
Regularização de Vida Escolar. Conselheira
Relatora: Marly do Socorro Peixoto Vidinha.
Parecer nº 113/2015. Conclusão: Autorizamos a
Inspetoria Técnica da 10ª Coordenadoria Regional
de Educação, em Porto Calvo/AL, proceder a
autenticação do Histórico Escolar de conclusão do
2º Grau – Habilitação: Magistério de 1ª a 4ª séries
do Ensino de 1º Grau, da Senhora Vilma Maria
Alves Cabral, emitido pela Escola Estadual Nossa
Senhora da Apresentação, bem como dos seus
correspondentes Certificado e Diploma,
escrevendo neles o número deste Parecer.
(Maceió, 21/10/2014).
3. EQUIVALÊNCIA DE ESTUDOS
3.1. Processo nº 011852/2012-SEE/AL e
264/2013-CEE/AL. Interessado: Erick Daniel do
Nascimento Júnior. Assunto: Equivalência de
Estudos secundários com formação profissional
realizado na Argentina. Conselheira Relatora:
Marly do Socorro Peixoto Vidinha. Parecer nº
304/2014. Conclusão: Reconhecemos os estudos
realizados pelo Sr Erick Daniel do Nascimento em
curso secundário, com formação profissional em
Bachiller em Economia y Gestion de las
Organizaciones - Modalidade a Distancia, cursado
no Instituto Dr Mariano Moreno, com sede na
Cidade de Buenos Aires, na Argentina, como
equivalentes aos estudos de mesmo nível
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ministrados no Sistema Brasileiro de Ensino;
orientem o Sr. Erick Daniel do Nascimento, caso
seja do seu interesse se dirija ao Instituto Federal
de Alagoas-Ifal, para pleitear a revalidação de
seus documentos escolares nos termos do
Parecer CNE/CEB/Nº 18/2002 e seja
encaminhado o processo em tela ao Núcleo
Regional de Gestão e Sistema estadual de
educação da 1ª Coordenadoria de Educação, em
Maceió-Alagoas para as providências cabíveis.
(Maceió, 18/11/2014).
3.2. Processo nº 010788/2013-SEE/AL e
434/2013-CEE/AL. Interessado: Nuno Filipe
Pereira Ribeiro. Assunto: Equivalência de
Estudos secundários realizados em Portugal.
Conselheira Relatora: Marly do Socorro Peixoto
Vidinha. Parecer nº 305/2014. Conclusão:
Reconhecemos os estudos realizados pelo Sr
Nuno Filipe Pereira Ribeiro. em curso secundário –
nível III – Qualificação profissional, cursados no
Centro Social de Enmesinde, na Cidade do Porto,
Portugal, como equivalentes aos estudos de nível
médio ministrado no Sistema Brasileiro de Ensino;
e que orientem Sr Nuno Filipe Pereira Ribeiro.
caso seja do seu interesse se dirija ao Instituto
Federal de Alagoas - IFAL, para pleitear a
revalidação de seus documentos escolares nos
termos do Parecer CNE/CEB/Nº 18/2002 e seja
encaminhado o processo em tela ao Núcleo
Regional de Gestão e Sistema estadual de
educação da 1ª Coordenadoria de Educação, em
Maceió-Alagoas para as providências. (Maceió,
18/11/2014).
3.3. Processo nº 9614/2012-SEE/AL e 227/2012-
CEE/AL. Interessado: Emanuele Giancola.
Assunto: Equivalência de Estudos de Marcos
Giancola. Conselheira Relatora: Lavínia Suely
Dorta Galindo. Parecer nº 49/2015. Conclusão:
Reconhecemos os estudos realizados pelo Sr
Marcos Giancola, no Curso Operatore Elettronico,
Cursado no Istituo de Formácion Profesional Per
L'Industria e L'Artigionato, Ipsia di Monza, “Via San
Cesario”, cidade de Lequile, Provincia de LE,
como equivalente aos estudos de nível ministrado
ao Sistema Brasileiro de Ensino; que o senhor
Marcos Giancola se for de seu interesse se dirija
ao Instituto Federal de Alagoas- Ifal, para pleitear
a revalidação de seus documentos escolares nos
termos do Parecer CNE/CEB/Nº 18/2002 e seja
encaminhado o processo em tela ao Núcleo
Regional de Gestão e Sistema estadual de
educação da 1ª Coordenadoria de Educação, em
Maceió-Alagoas para as providências cabíveis.
(Maceió, 02/06/2015).
4. CONSULTA
4.1. Processo nº 539/2014-CEE/AL. Interessado:
Secretaria de estado da educação e do Esporte.
Assunto: Solicita análise e parecer técnico da
Minuta de Portaria que estabelece modelos de
Matrizes Curriculares de Referência dos Cursos de
Educação Profissional e Tecnológica, no âmbito
da Rede Estadual de Ensino. Conselheiro/a
Relator/a: Edna Maria Lopes do Nascimento, Eliel
dos Santos de Carvalho, Lavínia Suely Dorta
Galindo e Marly do Socorro Peixoto Vidinha.
Parecer nº 344/2014. Conclusão: Somos
favoráveis a Minuta de Portaria da Secretaria de
Estado da Educação e do Esporte, com
aprovação, em caráter excepcional, das Matrizes
Curriculares de Referencias dos Cursos de
educação Profissional da REDE Estadual de
Ensino, diante das retificações sugeridas no corpo
deste Parecer, reiteradas no anexo. (Maceió,
11/12/2014).
4.2. Processo nº 073/2015-CEE/AL. Interessado:
Secretaria de Estado da educação/Coordenação
do Programa Bolsa Formação – PRONATEC.
Assunto: Consulta pertinente ao Programa Bolsa
Formação - PRONATEC da Rede Estadual de
Ensino. Conselheiro Relator: Eliel dos Santos de
Carvalho. Parecer nº 47/2015. Conclusão:
Recomendamos encaminhar cópia deste parecer
ao interessado para que o mesmo possa tome
ciência. (Maceió, 26/05/2015).
5. ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES
ESCOLARES
5.1. Processo nº 3615/15SEE/AL e 92/2015-
CEE/AL. Interessado: Wilany Felix Barbosa ,
Coordenadora da 5ª CRE, em Arapiraca.
Assunto: Remoção do Arquivo do Instituto São
Mateus, localizado em Arapiraca, para a 5ª CRE
devido o encerramento das atividades da escola.
Conselheira Relatora: Lavínia Suely Dorta
Galindo. Parecer nº 51/2015. Conclusão:
Recomendamos a 5ª CRE que encaminhe ao
CEE/Al as providências solicitadas ao responsável
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legal pelo Instituto São Mateus, à época, que até
a presente data não foram atendidas, para que
possamos tomar conhecimento e adotar as
medidas cabíveis; caso estas providências
solicitadas digam respeito ao envio do acervo pelo
responsável legal Instituto São Mateus, de acordo
com o §7º, art 20 da Resolução nº 52/2006 do
CEE/Al, que até a presente data não ocorreu, que
esta coordenadoria encaminhe o ofício ao referido
estabelecimento de ensino, solicitando o acervo,
em atendimento aos pleitos formulados por ele,
inclusive mencionando que a responsabilidade do
envio é da escola e não de retirada pela Inspeção
Educacional ou Coordenadoria. (Maceió,
02/06/2015).
5.2. Processo nº 1513/2015 da SEE/AL e
77/2015-CEE/AL. Interessado: Francisco
Custódio Filho, advogado e procurador de Alves
de Oliveira e Cia Ltda, mantenedora do Instituto
São Mateus. Assunto: Remoção do Arquivo do
Instituto São Mateus, localizado em Arapiraca,
para a 5ª CRE devido o encerramento das
atividades da escola. Conselheira Relatora:
Lavínia Suely Dorta Galindo. Parecer nº 52/2015.
Conclusão: Recomendamos ao responsável legal
que encaminhe ao CEE/Al a Portaria da SEE/Al
que concedeu a Renovação do Reconhecimento
do Curso Técnico em Enfermagem, em
atendimento ao artigo 3º da Resolução nº 52/2006
do CEE/Al; encaminhe oficialmente ao CEE/Al a
data/ ano de encerramento das atividades
escolares, bem como informe as turmas
concluintes, e se os alunos receberam suas
certificações; e estando em total legalidade quanto
os prazos exigidos pela Resolução Nº 51/2002, do
que diz respeito as renovações de solicitação de
credenciamento da Instituição de ensino e do
curso ofertado, documentos escolares, e
atendimento da diligência da 5ª CRE que
encaminha a mesma todo o acervo escolar, para
que essa possa tomar suas providências cabíveis
no âmbito de sua competência. (Maceió,
02/06/2015).
ASSESSORIA DA
CÂMARA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
JIVANEIDE ARAÚJO SILVA COSTA
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
LAVÍNIA SUELY DORTA GALINDO
MARLY DO SOCORRO PEIXOTO VIDINHA
MAURIZA ANTÔNIA DA SILVA CABRAL
NEZILDA DO NASCIMENTO SILVA PAUFERRO
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ED
ITA
Nº
20
__
__
__
IS
SN
2
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CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR-CES
1. CONSULTA
1.1. Processo nº 402/2014-CEE/AL. Interessado: Thiago Alisson Medeiros de Lima. Assunto: Consulta
sobre a aplicação da Lei Estadual nº 7.613/2014. Conselheira Relatora: Maria Cristina Câmara de Castro.
Parecer nº 268/2014. Conclusão: Conforme legislação educacional vigente, para ter validade no Brasil, o
diploma concedido por estudos realizados no exterior deve ser submetido ao reconhecimento por
universidade brasileira que possua curso de pós-graduação avaliado e reconhecido pela Capes. O curso
deve ser na mesma área do conhecimento e em nível de titulação equivalente ou superior (art. 48, da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação – LDBEN nº 9394/96). Por força de lei, mesmo os diplomas de mestre e
doutor provenientes dos países que integram o MERCOSUL, estão sujeitos ao reconhecimento. O acordo de
admissão de títulos acadêmicos, Decreto Nº 5.518, de 23 de agosto de 2005, não substitui a Lei maior,
portanto, não dispensam da revalidação/reconhecimento (Art.48,§ 3º, da LDBEN) os títulos de pós-graduação
conferidos em razão de estudos feitos nos demais países membros do MERCOSUL. O Acordo para
Admissão de Títulos e Graus Universitários para o Exercício de Atividades Acadêmicas nos Estados Partes
do MERCOSUL, promulgado pelo Decreto nº 5.518, de 2005, instituiu a admissão de estrangeiros em
atividades de pesquisa no país, como bem explicita o Parecer CNE/CES nº 106, de 2007, o qual, homologado
pelo Ministro de Estado, deve ser rigorosamente cumprido por todas as instituições de ensino superior. A
Resolução do Conselho Nacional de Educação - CNE/CES nº 3, de 1º de fevereiro de 2011, que dispõe
sobre o reconhecimento de títulos de pós-graduação stricto sensu, mestrado e doutorado, obtidos nos
Estados partes do MERCOSUL, estabelece, em seu Artigo 7° que “a validade nacional do título universitário
de mestrado e doutorado obtido por brasileiros nos estados Partes do MERCOSUL exige reconhecimento
conforme a legislação vigente” ( Lei 9.394/96 – LDB). No sentido oposto ao das expectativas de quem
acreditava que curso de mestrado e de doutorado feitos no exterior teriam admissão automática no Brasil, o
Superior Tribunal de Justiça vem decidindo justamente o contrário. Esse tipo de certificado, obtido nos países
que integram o Mercosul por brasileiro, deve necessariamente passar por um processo de revalidação
juntamente às universidades públicas. Vale destacar que, uma decisão recente da 2ª Turma do STJ, por
exemplo, leva em conta que o diploma, para ser aceito, tem que seguir o rito previsto pela Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, a Lei 9.394, de 1996. Neste sentido, a Lei Estadual nº 7.613, de 16 de abril de
2014, deverá ser cumprida, no que não confrontar a legislação federal no tocante ao assunto a que se refere,
devendo ser regulamentada, conforme definido em seu Artigo 8º “o Poder Executivo regulamentará esta Lei,
no que for necessário á sua aplicação, no prazo de cento e oitenta dias a partir da data de sua publicação”.
Em virtude do exposto, recomendamos que seja dada ciência ao requerente, do inteiro teor deste Parecer.
ASSESSORIA DA
CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
ADENIZE COSTA ACIOLI
LINDIZAY LOPES JATUBÁ
MARY SELMA DE OLIVEIRA RAMALHO
SARA JANE CERQUEIRA BEZERRA
CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
Processos analisados e aprovados no período de outubro de 2014 a outubro de 2015.