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RELATÓRIO FINAL – ANA ISABEL CRUZ RODRIGUES DA COSTA CARVALHO
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6.º Ano do Mestrado Integrado em Medicina
NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas
Universidade NOVA de Lisboa
Ano Letivo 2015/2016
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO Unidade Curricular – ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE
ANA ISABEL CRUZ RODRIGUES DA COSTA CARVALHO Aluna nº 2009111
RELATÓRIO FINAL – ANA ISABEL CRUZ RODRIGUES DA COSTA CARVALHO
ÍNDICE
Página
Introdução 1
Objetivos 1
Elementos Representativos do Estágio 2
Saúde Mental 2
Medicina Geral e Familiar 2
Pediatria 3
Ginecologia e Obstetrícia 3
Cirurgia 4
Medicina Interna 4
Unidade Opcional: Estágios Clínicos Opcionais 5
Preparação para a Prática Clínica: Integração de Conhecimentos 5
Atividades Extracurriculares 5
Reflexão Crítica Final 7
Anexos 9
RELATÓRIO FINAL – ANA ISABEL CRUZ RODRIGUES DA COSTA CARVALHO
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INTRODUÇÃO
O Mestrado Integrado em Medicina (MIM) na NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas
consiste em seis anos compostos por um ciclo básico de três anos, que corresponde à licenciatura em
Ciências Básicas da Saúde e três anos clínicos que conferem o grau de Mestre em Medicina. O 6º ano é
constituído por estágios parcelares, tutorados. Enquanto ano profissionalizante é o ano por excelência para
fazer a integração na atividade profissional das áreas nucleares da Medicina com ganho de autonomia
através do aperfeiçoamento de gestos diagnósticos, técnicos e terapêuticos e do desenvolvimento de
competências na relação médico-doente, assim como na relação com os colegas. Para além disto, a
preocupação pela formação contínua e atualização dos avanços na investigação e comunicação científica é
essencial na atividade médica pelo que a assistência a congressos ou simpósios é um complemento na
formação que se vê necessária neste ano profissionalizante.
O presente relatório tem por fim sintetizar e apreciar as atividades desenvolvidas ao longo do Estágio
Profissionalizante do 6º ano do MIM, analisando o cumprimento dos objetivos pessoais estabelecidos. A sua
organização compreende cinco secções – Introdução, onde são explicadas as diversas partes do relatório e
o fio condutor do mesmo; Objetivos, onde estabeleço as metas gerais que me propus alcançar no início do
ano letivo; Elementos Representativos do Estágio, nos quais descrevo os estágios parcelares, por ordem
cronológica, fazendo referência aos objetivos, atividades e trabalhos desenvolvidos, bem como tutores,
locais de cada estágio e Atividades extracurriculares, explicitando o benefício que trouxeram à minha
formação; Reflexão Crítica Final, que corresponde a uma análise global, destacando os aspetos mais
relevantes do presente ano e restante percurso académico e procurando avaliar o grau de cumprimento dos
objetivos propostos. Finalmente, em Anexo, junto os comprovativos de atividades extracurriculares que
considero mais relevantes no meu percurso académico.
OBJETIVOS
O documento “O Licenciado Médico em Portugal” resume de forma clara o propósito do MIM,
nomeadamente quando refere expressamente que “A finalidade da educação médica pré-graduada é ajudar
o estudante médico a adquirir uma base de conhecimentos sólida e coerente, associada a um adequado
conjunto de valores, atitudes e aptidões que lhe permita tornar-se um médico fortemente empenhado nas
bases científicas da arte da Medicina, nos princípios éticos, na abordagem humanista que constituiu o
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fundamento da prática médica e no aperfeiçoamento ao longo da vida das suas próprias capacidades de
modo a promover a saúde e o bem-estar das comunidades que servem.”
De forma a completar com sucesso a minha formação pré-graduada, estabeleci os seguintes objetivos
gerais para o 6º ano: rever, consolidar e ampliar o conhecimento teórico e aplicá-lo na prática médica;
aperfeiçoar a realização de anamnese, exame objetivo e procedimentos práticos; ser capaz de estabelecer
uma boa relação médico-doente, reforçando o conhecimento de que a comunicação depende de cada
doente, do seu contexto pessoal, familiar e socioeconómico; tornar-me mais autónoma na abordagem ao
doente; ter a humildade de reconhecer as minhas capacidades e limitações e recorrer ao auxílio de terceiros
mais experientes e, por fim, integrar-me nos diferentes serviços, hospitais e equipas de trabalho, bem como
nos sistemas informáticos de apoio ao médico.
DESCRIÇÃO SUMÁRIA DOS ESTÁGIOS PARCELARES SAÚDE MENTAL (14 de setembro a 9 de outubro de 2015)
O estágio parcelar de Saúde Mental pode ser dividido em três componentes: uma componente teórico-
prática decorrida na Faculdade de Ciências Médicas, sob a orientação do Professor Doutor Miguel Xavier;
um projeto de investigação inserido no departamento de Saúde Mental, com o intuito de desenvolver
técnicas de revisão sistemática; e ainda, uma componente prática que teve lugar no Serviço de Psiquiatria
do Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, coordenado pela Prof. Dra. Teresa Maia, integrando a
Equipa do Hospital sob a tutela do Dr. João Carlos Melo. O estágio prático consistiu maioritariamente em
sessões de psicoterapia de grupo do Hospital de Dia, e também na passagem pelo Serviço de Urgência
(SU) e reuniões/sessões clínicas do serviço. Gostaria ainda de salientar que este estágio permitiu o contacto
com uma especialidade muito pouco explorada anteriormente, o que me permitiu solidificar conhecimentos
de Psiquiatria, que se revelaram bastante úteis noutras áreas da medicina, tais como na Medicina Interna,
Medicina Geral e Familiar e Pediatria. Por último, valorizo também as aulas teórico-práticas lecionadas pelo
Professor Doutor Miguel Xavier, como oportunidade de revisão e consolidação da abordagem às patologias
psiquiátricas em contexto de urgência, bem como a realização da revisão sistemática, cujo tema era “Uso e
Implementação de Guidelines na área da Psiquiatria em Portugal e no resto da Europa”.
MEDICINA GERAL E FAMILIAR (12 de outubro a 6 de novembro de 2015)
Este estágio, sob a regência da Professora Doutora Isabel Santos, foi realizado na Unidade de Saúde
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Familiar Conchas, no Lumiar, sob a orientação da Dra. Ana Cebolais. Como objetivos deste estágio
destaco: desenvolver abordagem diagnóstica, terapêutica e preventiva das patologias mais frequentes da
comunidade e compreender a multiplicidade de papéis desempenhados pelo médico de família,
consolidando competências para estabelecer uma relação médico-doente sólida. Ao longo do estágio, pude
realizar consultas com autonomia parcial, colher histórias clínicas, observar doentes e elaborar hipóteses de
diagnóstico e planos terapêuticos, posteriormente discutidos com a assistente. Pude também participar em
diferentes consultas de doença aguda, inter-substituição, saúde de adultos, consultas especializadas de
seguimento de Diabetes e Hipertensão, saúde infantil, planeamento familiar e consultas domiciliárias.
Durante o estágio (concretamente a 30 de Outubro de 2015) tive a oportunidade de participar num Dia
Formativo, no seguimento do Dia do Idoso, que foi de extrema utilidade dado o envelhecimento progressivo
da população portuguesa.
PEDIATRIA (9 de novembro a 4 de dezembro de 2015)
Este estágio foi realizado no Hospital Dona Estefânia (HDE), sob a regência do Professor Doutor Luís
Varandas e orientação da Dra. Raquel Maia, tendo decorrido durante quatro semanas. Os objetivos
consistiam no conhecimento das principais patologias que afetam as crianças e adolescentes (desde a
abordagem ao tratamento mais adequado a cada uma delas), no treino de aptidões de comunicação
interpessoal em contexto pediátrico, nomeadamente com a criança nos diferentes grupos etários e com os
seus pais, e ainda no treino da abordagem ao recém-nascido. As atividades foram desenvolvidas na
Enfermaria de Hematologia Pediátrica do HDE, no SU e nas Consultas de Pediatria (Pediatria Geral e
Hematologia Pediátrica). No seminário realizado no final do estágio, apresentei um caso clínico intitulado
“Tiques nas Crianças”, juntamente com os colegas Luísa Leal da Costa, Gonçalo Cruz e Gonçalo Vaz Pinto.
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA (7 de dezembro de 2015 a 15 de janeiro de 2016)
Este estágio, sob a regência da Dra. Teresa Ventura, foi realizado na Maternidade Dr. Alfredo da Costa e no
HDE, sendo que nas primeiras duas semanas estive em Ginecologia com a Dra. Joana Faria e nas duas
semanas seguintes em Obstetrícia com a Dra. Filipa Alpendre.Como objetivos fundamentais defini o
aperfeiçoamento da relação médico-doente, tendo em conta as particularidades da especialidade e da sua
população-alvo, o desenvolvimento de autonomia na realização de procedimentos como colheita de história
clínica dirigida, realização de exame ginecológico e obstétrico, assim como a aquisição de mais
conhecimentos sobre o desenvolvimento normal de uma gravidez e da patologia ginecológica e materno-
fetal. As atividades foram desenvolvidas nas Enfermarias de Ginecologia, Medicina Materno Fetal e
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Puerpério, no Bloco Operatório, no SU e nas Consultas de Obstetrícia (Alto Risco) e Ginecologia Geral. No
final do estágio, apresentei uma revisão teórica sobre “Prolapso de Órgãos Pélvicos”.
CIRURGIA (25 de Janeiro a 18 de Março de 2016)
O estágio de cirurgia, sob a regência do Professor Doutor Rui Maio, está dividido em duas partes – um
componente teórico-prático decorrido na primeira semana no Hospital Beatriz Ângelo e um componente
prático em Cirurgia Geral, que teve lugar no Hospital das Forças Armadas (HFAR) – Pólo de Lisboa, sob a
tutela do Major Médico Bruno Ferreira. Assumi como principais objetivos a aquisição de conhecimentos e o
aperfeiçoamento de aptidões, comportamentos e atitudes na abordagem do doente cirúrgico, propondo-me
em particular a melhorar o procedimento técnico de sutura e condições de assepsia. Acompanhei o trabalho
da equipa que se dividia entre a Consulta, Enfermaria, Bloco Operatório, Pequena Cirurgia e SU. Assisti
ainda às Sessões Clínicas do Hospital, às reuniões multidisciplinares e participei nas visitas médicas
semanais. Gostaria ainda de destacar a grande autonomia que me foi dada ao longo do estágio. Tive
possibilidade de realizar alguns procedimentos básicos como a limpeza, sutura, anestesia e desinfeção de
feridas, bem como a drenagem de abcessos. No âmbito dos cuidados de enfermagem realizei punções
venosas e arteriais e pensos pós-operatórios, retirei pontos de sutura, agrafes e drenos. Além de assistir a
diversas cirurgias por laparotomia ou laparoscopia, tive a oportunidade de participar como primeira ajudante
em 3 delas, realizar 2 algaliações, 2 entubações, e ainda, participar em 4 das pequenas cirurgias a que
assisti. No Mini Congresso de Cirurgia Geral expus, em conjunto com os meus colegas João Mendes, Luísa
Leal da Costa, Ricardo Gomes e Sara Almeida, um trabalho que incidiu sobre o caso de um doente jovem
com colelitíase e respetivas complicações, submetido a colecistectomia, tendo-se intitulado o mesmo “Mais
vale prevenir do que remediar”.
MEDICINA INTERNA (28 de Março a 20 de Maio de 2016)
O estágio de Medicina, sob a regência do Professor Doutor Fernando Nolasco e orientação da Dra. Teresa
Bernardo, decorreu no Serviço de Medicina II do Hospital Curry Cabral.Os objetivos do estágio consistiam
na aplicação prática dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso, estimulando o desenvolvimento do
raciocínio clínico na abordagem do doente (colheita e organização da história clínica e exame objetivo), na
elaboração de hipóteses de diagnóstico, na proposta de exames complementares de diagnóstico (ECD) e
sua interpretação, e ainda na formulação de diagnóstico e de propostas terapêuticas. Tinha também como
finalidade a aquisição de autonomia progressiva e a integração numa equipa médica como elemento
indispensável ao seu bom funcionamento.Ao longo de oito semanas participei em atividades no contexto
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de Enfermaria e SU e estive presente em atividades formativas do departamento hospitalar, tais como
sessões clínicas, visitas médicas e Journal Clubs. Juntamente com os restantes colegas de 6º ano
presentes no serviço, apresentei uma revisão teórica sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica. Participei
ainda nos seminários realizados semanalmente na Faculdade e nas aulas teórico-práticas lecionadas por
médicos do serviço. Finalmente, a presença de alunos do 3º ano no serviço, fez-me deparar com uma nova
realidade – a de ter colegas mais novos a quem podia, dentro de determinados limites, dar alguma
orientação. Sendo o ensino da medicina altamente dependente da transmissão de conhecimento dos mais
velhos para os mais novos, considero ter feito um esforço no sentido de integrar e informar os colegas,
acreditando ter havido um benefício para ambas as partes envolvidas.
UNIDADE OPCIONAL – ESTÁGIOS CLÍNICOS OPCIONAIS
O estágio, sob a regência do Professor Doutor José Delgado Alves, decorreu no Hospital CUF Infante
Santo, orientado pelo Professor Doutor João Paço, Diretor do Serviço de Otorrinolaringologia (ORL). O
estágio opcional tem como objetivo disponibilizar um período de formação avançada na especialidade
escolhida e aquisição de experiência clínica relevante na mesma. Esta escolha foi motivada, não só por ter
gostado bastante do contato que havia tido no 4º ano, como também por considerar uma especialidade
variada na sua atividade clinica e na patologia que abrange que, por sua vez, é muito prevalente na
população em geral. Foi um estágio completo e preenchido com a permanência no Bloco Operatório duas
vezes por semana e participação em consultas gerais de ORL, mas também de várias vertentes mais
específicas, nomeadamente Vertigem e Cirurgia Estética da Face.
PREPARAÇÃO PARA A PRÁTICA CLÍNICA – INTEGRAÇÃO DE CONHECIMENTOS (PPC)
A Unidade Curricular de PPC, sob a regência do Professor Doutor Roberto Palma dos Reis, decorreu
durante o segundo semestre consistindo em aulas teóricas sobre temas gerais em Medicina, abordados
segundo o ponto de vista de diferentes especialidades, que tinham como finalidade o desenvolvimento do
raciocínio clínico por parte dos alunos, assim como a elaboração de planos de abordagem terapêutica
adequados. A interação promovida tem, incontornavelmente, um papel importante na aproximação dos
alunos à prática clínica futura. A avaliação consistiu numa prova escrita de perguntas de escolha múltipla no
final do semestre.
ATIVIDADES EXTRACURRICULARES
Gostaria ainda de mencionar outras atividades que considero terem sido fundamentais para a minha
formação ao longo do presente ano letivo. Começando por referir que, durante o mês de Agosto de 2015,
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realizei um estágio observacional no Serviço de Oncologia Médica do Guy’s & St. Thomas’ Hospital em
Londres, que me permitiu não só um contacto mais próximo com uma especialidade do meu particular
interesse, como também entender algumas diferenças inerentes à prática clínica em países distintos.
Seguidamente, fiz parte da iMed Crew do “iMed Conference® 7.0” (17-20 setembro, 2015), ajudando na
logística necessária ao correto funcionamento do referido congresso e ainda na receção e
acompanhamento dos oradores do mesmo.
Participei, ainda, em várias jornadas, conferências, simpósios e workshops, nomeadamente:
• “Hipertensão Arterial e Insuficiência Cardíaca” – Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa –
23 outubro, 2015.
• “OPEN DAY da Unidade de Mama” do Centro Clínico Champalimaud – 23 Outubro, 2015.
• “Primeiras Jornadas Saúde Solidária” organizadas pela Associação VOXLisboa – 24 de outubro, 2015.
• No âmbito das Jornadas Saúde Solidária anteriormente mencionadas – Workshops: “Conversa
diagnóstica e terapêutica na rua.” e “Realidade e estratégias relacionais.”
• Champalimaud Cancer Symposium: “1st Champalimaud Pancreas Meeting: New Challenges in Early
Diagnosis and Management of Pancreatic Cancer” – 27 e 28 de novembro, 2015.
• Ciclo de Workshops da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Médicas (AEFCM):
“Arbovírus – A Lei do Mosquito” – 29 de Março, 2016.
• Projeto MarcaMundos (AEFCM): Rastreios no Centro Comercial Colombo – 30 de Maio, 2016.
A nível extracurricular destaco a integração do projeto de voluntariado Explica Misto, do qual fiz parte ao
longo dos últimos quatro anos, que tem como finalidade apoiar a nível académico jovens do Centro
Universitário Padre António Vieira (CUPAV) – Paróquia do Lumiar. Neste contexto dei explicações de
Biologia, Matemática e Inglês a vários alunos do ensino secundário. Tive ainda um papel ativo em termos de
formação cívica e religiosa católica, tendo sido animadora de um Grupo de Vida Cristã, também este ligado
ao CUPAV, com jovens de idades compreendidas entre os 15 e os 17 anos. Ambos os projetos foram de
extrema importância para o meu desenvolvimento biopsicossocial, assim como de capacidades
organizativas, uma vez que nestas funções tive de fixar objetivos claros e atingíveis, conjugar esforços e
vontades com os restantes animadores, manter o meu empenho e motivação, mesmo perante as maiores
dificuldades e pude organizar com sucesso diversas atividades formativas e eventos de caráter lúdico para
os referidos jovens.
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REFLEXÃO CRÍTICA FINAL
O 6º ano, como ano profissionalizante, oferece a oportunidade única de colocar o aluno na eminência da
prática clínica autónoma. Foi-me possível enfrentar novas situações e alcançar os objetivos gerais e
específicos a que me propus, através dos diferentes contributos proporcionados por cada um dos estágios.
Estas competências, pilares da prática médica, foram adquiridas sob a supervisão de tutores que,
concedendo-me alguma responsabilidade e liberdade na execução autónoma e sempre com máxima
segurança para o doente, me permitiram reconhecer humildemente o papel do “erro” e da sua resolução na
formação contínua da atividade médica e no aperfeiçoamento de aptidões clínicas.
De forma particular, o estágio de Saúde Mental, contribuiu não só para a minha maturidade clínica, mas
também pessoal e humana. De facto, proporcionou-me uma experiência de grande crescimento pessoal,
principalmente no modo bastante mais natural como passei a encarar a doença mental e os seus
portadores. Apercebi-me que, de facto, o estigma ainda é grande, mesmo entre os próprios estudantes de
Medicina e, como tal, este estágio torna-se precioso para combater o mesmo. Outro aspeto muito
importante foi o alerta de que, para além da doença mental, os doentes podem também ter patologia
orgânica, que não deve ser imediatamente posta de parte, mas sim corretamente investigada. Por sua vez,
em Medicina Geral e Familiar (MGF), através do largo espectro de intervenção médica ao nível dos
cuidados de saúde primária contactei com diversas patologias, aprimorei a minha consciência para a
vigilância de saúde e alcancei um novo objetivo que era conhecer em consulta vários membros de uma
mesma família, de diferentes gerações, com o intuito de ter uma visão integradora do seu contexto
biopsicossocial. Gostava de reforçar a importância do meu estágio para conhecimento da realidade
portuguesa, uma vez que não realizei a Unidade Curricular de MGF do 5º ano em Portugal, mas sim em
Barcelona durante o meu programa de Erasmus na Universitat Internacional de Catalunya (ver Anexo 10).
Presenciei inúmeras diferenças entre Portugal e Espanha, nomeadamente a diversidade de doentes, visto
que no sistema de saúde espanhol a Saúde Materna, Planeamento Familiar e Saúde Infantil não se
encontram entre as funções dos médicos especialistas em MGF. Tendo em conta que este mês foi o único
contacto que tive com a especialidade em Portugal, sinto que ainda me falta uma grande evolução em
relação à autonomia que posso adquirir numa USF ou Centro de Saúde; tudo farei para colmatar estas
lacunas durante o Internato do Ano Comum. Relativamente a Pediatria, durante o estágio, tive oportunidade
de assistir às suas diversas patologias e formas de abordagem, o que me permitiu adquirir um leque variado
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de conhecimentos e uma visão global da dimensão e abrangência da mesma. O desenvolvimento da
empatia e relações interpessoais foram um importante contributo para a minha maturação emocional.
O estágio de Ginecologia e Obstetrícia excedeu largamente as minhas expetativas, revelando-se muito útil
como fonte de informação e experiência numa das especialidades que poderá vir a ser a minha vocação
profissional, fornecendo-me uma vasta gama da patologia típica tratada nestes serviços, assim como um
contacto realista num hospital de referência quase exclusivamente dedicado a esta área. Em Cirurgia, por
ser um estágio mais longo, primei o estabelecimento de uma relação mais forte com o tutor e com a equipa.
Esta atitude refletiu-se numa grande progressão do ponto de vista técnico, por ter participado como ajudante
em diversas intervenções no decorrer do estágio e por ter tido autonomia no seguimento de doentes
internados. Acho ainda importante ressalvar o facto de, por se tratar de um hospital com dimensões mais
reduzidas, ao ter realizado o estágio no HFAR, estive perante uma realidade bem diferente em termos de
cooperação entre as várias especialidades. Considero que o estágio de Medicina foi um dos mais bem
conseguidos durante este ano, tendo verificado uma evolução significativa durante as 8 semanas da sua
duração. Ao longo deste período fui integrada não só como aluna, mas como o membro mais novo da
equipa, com responsabilidades crescentes e apoio por parte de todos os profissionais de saúde, que
sempre se mostraram disponíveis para me ajudar perante alguma dificuldade e, por isso, aqui fica o meu
sincero agradecimento e reconhecimento.
Concluo o 6º ano, consciente de que a minha compreensão do indivíduo doente será sempre limitada por
não estar no seu lugar e que por isso, para além da aquisição dos gestos e atitudes inerentes à minha
prática profissional e da necessidade de solidificar a minha formação através da atualização científica, devo
procurar contextualizar a minha atuação, com um sentido ético e moral sempre presente.
Chegado o final, relembro nostalgicamente o caminho que percorri nesta faculdade, que desde cedo se
tornou uma segunda casa e me possibilitou a concretização de um sonho antigo – ser médica. Foi nesta
casa, que orgulhosamente cresci e me tornei numa pessoa melhor, em grande parte, graças às pessoas
que comigo se cruzaram ao longo destes anos e, por isso mesmo, termino com um agradecimento especial
a todos os professores, colegas e orientadores de estágio, familiares e amigos, com quem tive o privilégio
de contactar e que certamente ajudaram a moldar aquilo que sou hoje e a médica que serei amanhã.
“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco
de nós”. Antoine de Saint-Exupéry (Escritor francês, 1900-1944).
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ANEXOS
Anexo 1: Certificado Estágio observacional no Serviço de Oncologia Médica do Guy’s & St. Thomas’
Hospital em Londres
Anexo 2: Certificado iMed Crew do “iMed Conference® 7.0”
Anexo 3: Certificado Hipertensão Arterial e Insuficiência Cardíaca
Anexo 4: Certificado “OPEN DAY da Unidade de Mama” do Centro Clínico Champalimaud
Anexo 5: Certificado “Primeiras Jornadas Saúde Solidária” organizadas pela Associação VOXLisboa
Anexo 6: Certificado Workshops: “Conversa diagnóstica e terapêutica na rua.” e “Realidade e
estratégias relacionais.”
Anexo 7: Certificado Champalimaud Cancer Symposium: “1st Champalimaud Pancreas Meeting: New
Challenges in Early Diagnosis and Management of Pancreatic Cancer”
Anexo 8: Certificado “Arbovírus – A Lei do Mosquito”
Anexo 9: Certificado Projeto MarcaMundos (AEFCM): Rastreios
Anexo 10: Programa de mobilidade Erasmus – Boletim de Creditações
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Anexo 1: Certificado Estágio observacional no Serviço de Oncologia Médica do Guy’s & St. Thomas’
Hospital em Londres
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Anexo 2: Certificado iMed Crew do “iMed Conference® 7.0”
Isabel Rodrigues Carvalho
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Anexo 3: Certificado Hipertensão Arterial e Insuficiência Cardíaca
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Anexo 4: Certificado “OPEN DAY da Unidade de Mama” do Centro Clínico Champalimaud
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Anexo 5: Certificado “Primeiras Jornadas Saúde Solidária” organizadas pela Associação VOXLisboa
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Anexo 6: Certificado Workshops: “Conversa diagnóstica e terapêutica na rua.” e “Realidade e
estratégias relacionais.”
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Anexo 7: Certificado Champalimaud Cancer Symposium: “1st Champalimaud Pancreas Meeting: New
Challenges in Early Diagnosis and Management of Pancreatic Cancer”
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Anexo 8: Certificado “Arbovírus – A Lei do Mosquito”
27/05/16, 00:07Certificados — AEFCM - Associação de Estudantes da NOVA Medical School・UpStudents
Página 1 de 2https://aefcm.upstudents.pt/certificates/view/URAPL
Arbovírus - A Lei doMosquito — Certificado de Participação
DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DE CERTIFICADO
EMITIDO POR:
NOME
ATIVIDADES FREQUENTADAS DATA DESCRIÇÃO
Arbovírus - A Lei doMosquito
29/03/16, 17:00 Zika, dengue, febre amarela, vírus doNilo Ocidental, Chikungunya... Estalista de arbovírus (vírus transmitidospor artrópodes) poderia continuar,tal e qual o contínuo e irritante
AEFCM - Associação de Estudantes da NOVA Medical
School
Campo Mártires da Pátria, 130
1169-056 Lisboa
Ana Isabel Cruz Rodrigues da Costa Carvalho
13493175 URAPL
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Anexo 9: Certificado Projeto MarcaMundos (AEFCM): Rastreios
08/06/16, 08:38Certificados — AEFCM - Associação de Estudantes da NOVA Medical School・UpStudents
Página 1 de 2https://aefcm.upstudents.pt/certificates/view/DQIQG
MarcaMundos | Rastreios CCColombo — Certificado de Participação
DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DE CERTIFICADO
EMITIDO POR:
NOME
ATIVIDADES FREQUENTADAS DATA DESCRIÇÃO
MarcaMundos | RastreiosCC Colombo
30/05/16, 10:00 MARCAMUNDOS | RASTREIOSMÉDICOS 30 e 31 MAIO | CCCOLOMBO A AEFCM certifica que oestudante participou nos RASTREIOSMÉDICOS organizados pelo Projeto
AEFCM - Associação de Estudantes da NOVA Medical
School
Campo Mártires da Pátria, 130
1169-056 Lisboa
Ana Isabel Cruz Rodrigues da Costa Carvalho
13493175 DQIQG
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Anexo 10: Programa de mobilidade Erasmus – Boletim de Creditações