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RAAI 2019
RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
15º CICLO
VOLUME 1
Relatório aprovado pela Resolução CPA Nº. 01/2020
___________________________________________________________________________
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Relatório de autoavaliação institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul:
15º Ciclo : 2019 / Comissão Própria de Avaliação ; Secretaria de Avaliação Institucional.
Porto Alegre : UFRGS, 2020.
2 v. : il., tabs.
ISBN 978-65-86766-00-4 (V.1)
ISBN 978-65-86232-06-6 (V.2)
1.UFRGS –Avaliação institucional.2. Educação superior. I. UFRGS. Secretaria de
Avaliação Institucional. II. UFRGS. Comissão Própria de Avaliação. III.RAAI 2019. IV.
Título.
CDU 378.4(047)
Catalogação-na-publicação: Biblioteca Central/UFRGS
ADMINISTRAÇÃO CENTRAL
Reitor: Rui Vicente Oppermann
Vice-Reitora: Jane Fraga Tutikian
Chefe de Gabinete: João Roberto Braga de Mello
Pró-Reitora de Coordenação Acadêmica: Jane Fraga Tutikian
Pró-Reitor de Graduação: Vladimir Pinheiro do Nascimento
Vice Pró-Reitora de Graduação: Arão da Silva Moraes
Pró-Reitor de Pós-Graduação: Celso Giannetti Loureiro Chaves
Vice Pró-Reitora de Pós-Graduação: Márcia Langeloh
Pró-Reitor de Pesquisa: Rafael Roesler
Vice Pró-Reitor de Pesquisa: Bruno Cassel Neto
Pró-Reitora de Extensão: Sandra de Fátima Batista de Deus
Vice Pró-Reitora de Extensão: Cláudia Porcellis Aristimunha
Pró-Reitor de Gestão de Pessoas: Maurício Viegas da Silva
Vice Pró-Reitora de Gestão de Pessoas: Vânia Cristina Santos Pereira
Pró-Reitor de Planejamento e Administração: Hélio Henkin
Vice Pró-Reitor de Planejamento e Administração: Luis Roberto da Silva Macedo
Pró-Reitora de Assuntos Estudantis: Suzi Alves Camey
Vice Pró-Reitor de Assuntos Estudantis: Élton Luís Bernardi Campanaro
Secretário de Educação a Distância: Lovois Miguel
Vice-Secretária de Educação a Distância: Laura Wunsch
Secretário de Desenvolvimento Tecnológico: José Luis Duarte Ribeiro
Secretário de Relações Internacionais: Nicolas Bruno Maillard
Vice-Secretária de Relações Internacionais: Emilse Maria Agostini Martini
Secretária de Avaliação Institucional: Cláudia Medianeira Cruz Rodrigues
Vice-Secretária de Avaliação Institucional: Ana Maria e Souza Braga
Secretário de Comunicação Social: André Iribure Rodrigues
Vice-Secretária de Comunicação Social: Édina da Rocha Ferreira
Superintendente de Infraestrutura: Edy Isaias Junior
Vice-Superintendente de Infraestrutura: Andrea Pinto Loguercio
Coordenadora de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas: Denise
Fagundes Jardim
Vice-Coordenador de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas:
Edilson Nabarro
Coordenador de Segurança: Daniel Augusto Pereira
Procurador Geral: Saulo Pinheiro de Queiroz
Auditor Interno: Celso Anversa
Presidente da Comissão Permanente de Seleção: Maria Adélia Pinhal de Carlos
Diretora da Biblioteca Central: Leticia Strehl
Diretor do Centro de Processamento de Dados: Hubert Ahlert
Ouvidora: Elisiane da Silva Szubert
RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL: 15º CICLO
VOLUME 1 – ADMINISTRAÇÃO CENTRAL
COORDENAÇÃO GERAL
Comissão Própria de Avaliação
Secretaria de Avaliação Institucional
COORDENAÇÃO DE EXECUÇÃO
Secretaria de Avaliação Institucional
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO
MEMBROS REGIMENTAIS
Presidente: Cláudia Medianeira Cruz Rodrigues
Vice-Presidente: Ana Maria e Souza Braga
REPRESENTANTES DOCENTES
Iana Gomes de Lima
Istefani Carísio de Paula
João Cesar Netto
Luciano Palmeiro Rodrigues
Mauro Roese
Soraya Tanure
REPRESENTANTES TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS
Alexandra Lorandi Macedo
Aline da Costa Pereira
Carla Maria Bastos dos Santos
Julian de Camargo Milone
REPRESENTANTES DISCENTES DA GRADUAÇÃO
Raiê Roca Antunes
Tirza Gabriela Drumond Ferreira
REPRESENTANTES DISCENTES DE PÓS-GRADUAÇÃO
Lara Ana dos Santos Cornélio
REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL OGANIZADA
Fernando Hagemann – Associação de Antigos Alunos da UFRGS
Ana Rita Berti Bagestan – Conselho Estadual de Educação do Estado do Rio Grande do Sul
SECRETARIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Secretária de Avaliação Institucional: Cláudia Medianeira Cruz Rodrigues
Vice-Secretária de Avaliação Institucional: Ana Maria e Souza Braga
Analista de Tecnologia da Informação: Jordário Reck Behenck
Assistentes em Administração: Manoela Guerra Leal; Ronise Dias Machado
Estatística: Giselle Spindler
Técnicos em Assuntos Educacionais: Amanda Medeiros Braga; Claudete Lampert Gruginskie;
Fernanda Brasil Mendes; Ida Maria De Oliveira; Nara Maria Emanuelli Magalhães
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Objetivos do Plano de Gestão ................................................................................... 46
Figura 2. Acompanhamento das ações – julho 2019 ................................................................ 47
Figura 3. Acompanhamento semestral das ações ..................................................................... 56
Figura 4. Acompanhamento das ações ..................................................................................... 57
Figura 5. Distribuição percentual da população de 15 anos ou mais de idade, por existência de
pelo menos uma das deficiências investigadas e nível de instrução - Brasil - 2010 .............. 102
Figura 6. Histórico dos atendimentos de tradução e interpretação do INCLUIR ................... 110
Figura 7. Recursos financeiros do período de 2010 a 2019, apurados até out de 2019, na base
de dados do SCONVGAB. ..................................................................................................... 124
Figura 8. Recurso financeiro e dimensão, período de 2010 a 2019, apurados até out de 2019, na
base de dados do SCONVGAB. ............................................................................................. 126
Figura 9. Quantidade de Interações, período de 2010 a 2019, apurados até out de 2019, na base
de dados do SCONVGAB. ..................................................................................................... 126
Figura 10. Quantidade de Interações Acadêmicas, incluindo Protocolo de
Cooperação/Intenções, com entidades públicas, privadas, abrangendo instituições
internacionais, sem repasse financeiro, assinados no ano de 2019, apurados até out de 2019.
................................................................................................................................................ 127
Figura 11. Interações Acadêmicas internacionais na UFRGS. ............................................... 129
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Programa Permanente de Qualificação em Avaliação Institucional – Cursos
oferecidos.................................................................................................................................. 40
Quadro 2. Resumo da Avaliação da SAI .................................................................................. 43
Quadro 3. Potencialidade e Fragilidades .................................................................................. 47
Quadro 4. Objetivos e Ações do PG 2016-2020 ...................................................................... 57
Quadro 5. Potencialidade e Fragilidades .................................................................................. 60
Quadro 6. Participantes em Eventos do Ecossistema Empreendedor ...................................... 64
Quadro 7. Resumo da Avaliação da SEDETEC ....................................................................... 76
Quadro 8. Resumo da Avaliação do Parque Zenit.................................................................... 83
Quadro 9. Resumo da Avaliação da PROREXT ...................................................................... 94
Quadro 10. Representação percentual da evolução dos dados das matrículas das pessoas com
deficiência, no ensino superior, período entre 2004 e 2014, comparativamente às matrículas
totais. Fonte INEP .................................................................................................................. 102
Quadro 11. Adaptação de Materiais - 2019 ............................................................................ 107
Quadro 12. Resumo da avaliação do INCLUIR ..................................................................... 112
Quadro 13. Potencialidade e Fragilidades - RELINTER ....................................................... 117
Quadro 14. Ações desencadeadas para atender ao PG - RELINTER .................................... 120
Quadro 15. Resumo da avaliação da RELINTER .................................................................. 121
Quadro 16. Resumo da Avaliação do Setor de Convênios ..................................................... 131
Quadro 17. Exemplos de evolução do IRAt em diferentes unidades comparando dados do marco
atual e do anterior. .................................................................................................................. 138
Quadro 18. Resumo da avaliação da AGA ............................................................................. 140
Quadro 19. Resumo da Avaliação do SPH ............................................................................. 148
Quadro 20. Resumo da Avaliação do Museu (PROREXT) ................................................... 153
Quadro 21. Resumo da avaliação da PROGRAD .................................................................. 188
Quadro 22. Resumo da avaliação da SEAD ........................................................................... 210
Quadro 23. Projetos de Pesquisa em Andamento no Colégio de Aplicação .......................... 218
Quadro 24. Participação na política de formação de professores do Governo Federal –
2018/2019 ............................................................................................................................... 224
Quadro 25. Nº de Docentes da Educação Básica e Técnica e Tecnológica na UFRGS por
Titulação ................................................................................................................................. 225
Quadro 26. Docentes da Educação Básica e Técnica e Tecnológica na UFRGS, por Carga
Horária .................................................................................................................................... 225
Quadro 27. Alunos Matriculados no Colégio de Aplicação, nos anos de 2014 - 2018 .......... 225
Quadro 28. Resumo da Avaliação do CAp............................................................................. 225
Quadro 29. Bolsas Concedidas - 2019.................................................................................... 231
Quadro 30. Atendimentos do Programa de Fomento - 2019 .................................................. 231
Quadro 31. Salão de Iniciação Científica - 2019 .................................................................... 232
Quadro 32. Salão UFRGS Jovem - 2019 ................................................................................ 232
Quadro 33. Programa de apoio à editoração de periódicos - 2019 ......................................... 232
Quadro 34. Nº de Grupos de Pesquisa - 2019 ........................................................................ 232
Quadro 35. Nº de Bolsistas Produtividade em Pesquisa - 2019 ............................................. 232
Quadro 36. Resumo da Avaliação da PROPESQ ................................................................... 234
Quadro 37. Números da Extensão 2019: atividades e envolvidos ......................................... 238
Quadro 38. Resumo da Avaliação da Extensão ...................................................................... 248
Quadro 39. Resumo da Avaliação da PROPG ....................................................................... 255
Quadro 40. Resumo da Avaliação do CLN ............................................................................ 263
Quadro 41. Resumo da avaliação da comunicação com a sociedade - SECOM .................... 279
Quadro 42. Resumo da Avaliação da Ouvidoria .................................................................... 286
Quadro 43. Resumo da Avaliação da Editora......................................................................... 292
Quadro 44. Nº de beneficiários por forma de ingresso 2018 .................................................. 296
Quadro 45. Resumo da avaliação da PRAE ........................................................................... 309
Quadro 46. Resumo da Avaliação da PROGESP ................................................................... 329
Quadro 47. Resumo da avaliação da CPPD ........................................................................... 338
Quadro 48. Objetivos e Ações do Plano de Gestão 2016-2020.............................................. 341
Quadro 49. Potencialidade e Fragilidades - Gabinete do Reitor ............................................ 343
Quadro 50. Objetivos e Ações do Plano de Gestão 2016-2020 - PROPLAN ........................ 345
Quadro 51. Potencialidade e Fragilidades - PROPLAN ........................................................ 348
Quadro 52. Execução Orçamentária Total ............................................................................. 350
Quadro 53. Execução Orçamentária Total – Fonte Tesouro
(Em R$ Valores Correntes) .................................................................................................... 351
Quadro 54. Evolução da Execução Orçamentária da UFRGS - Despesas Cobertas com Fonte
Arrecadação Própria (em R$) ................................................................................................. 351
Quadro 55. Execução Orçamentária Total – Proporções Fonte Tesouro/ Arrecadação Direta
(Receita Própria) ..................................................................................................................... 352
Quadro 56. Potencialidade e Fragilidades - PROPLAN ........................................................ 353
Quadro 57. Resumo da Avaliação do Parque Zenit – Eixo Infraestrutura Física ................... 357
Quadro 58. Resumo da Avaliação da SUINFRA ................................................................... 364
Quadro 59. Acervo bibliográfico do SBUFRGS por tipo de material em 2019 ..................... 367
Quadro 60. Transações de circulação, 2018-2019 .................................................................. 368
Quadro 61. Nº de usuários por categoria X Nº de transações de empréstimo, renovação e
reserva, 2019 ........................................................................................................................... 368
Quadro 62. Número de documentos incluídos, de acessos e de downloads no Lume, 2018-2019
................................................................................................................................................ 369
Quadro 63. Número de turmas e participantes em capacitações oferecidas por modalidade,
2018-2019 ............................................................................................................................... 370
Quadro 64. Resumo da Avaliação da Biblioteca Central ....................................................... 372
Quadro 65. Resumo da Avaliação do CPD ............................................................................ 386
Quadro 66. Resumo da Avaliação do CLN ............................................................................ 393
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AAA Authentication, Authorization and Accounting
ABEU Reunião Anual da Associação Brasileira das Editoras Universitárias
AFD Sistema de Gestão do Assentamento Funcional Digital
AGA Assessoria de Gestão Ambiental - UFRGS
AGAPAN Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural
AI Assessoria de Imprensa
AAME Acolhimento e Acompanhamento na Moradia Estudantil (AAME)
ANDIFES Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de
Ensino Superior
ANPROTEC Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos
Inovadores
AUDIN Auditoria Interna - UFRGS
AUGM Associação de Universidades do Grupo de Montevidéu
AULP Associação das Universidades de Língua Portuguesa
AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem
AVALIES Simpósio Avaliação da Educação Superior
BI Business Intelligence
BIE Bolsa de Iniciação ao Empreendedorismo
BIT Bolsa de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação
CAF Coordenadoria de Ações Afirmativas - UFRGS
CAMEXT Câmara de Extensão
CAMGRAD Câmara de Graduação
CAMPG Câmara de Pós-Graduação
CAp Colégio de Aplicação
CAPES Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CECLIMAR Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos
CEPE Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão
CEU Casa do Estudante Universitário
CGRC Comitê de Governança, Riscos e Controles
CGTIC Colégio de Gestores de Tecnologia da Informação e Comunicação das
IFES
CGU Controladoria-Geral da União
CIPAS Centro Interdisciplinar de Pesquisa e Atenção à Saúde
CITI Centro Integrado de Tecnologia da Informação - UFRGS
CLAA Comitê Local de Acompanhamento e Avaliação
CLN Campus Litoral Norte
CMPR Centro Multiusuário de Prototipação Rápida
CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
COBIT Control Objectives for Information and Related Technologies
COMGRAD Comissão de Graduação
CONAES Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior
CONCUR Conselho de Curadores - UFRGS
CONSUN Conselho Universitário - UFRGS
CONSUNI Conselho da Unidade
COORLICEN Coordenação de Licenciaturas
COORSAÚDE Coordenadoria da Saúde
COSAT Comissões de Saúde e Ambiente de Trabalho
CPA Comissão Própria de Avaliação
CPADS Comissão Permanente de Avaliação de Documentos Sigilosos
CPD Centro de Processamento de Dados
CPDIM Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Medicamentos
CPPD Comissão Permanente de Pessoal Docente
CRC Centro de Recondicionamento de Computadores
CSTI Catálogo de Serviços de Tecnologia da Informação da UFRGS
CV Concurso Vestibular
DAES Divisão de Avaliação da Educação Superior
DARE Departamento Administrativo e de Registro da Extensão
DCE Diretório Central dos Estudantes - UFRGS
DCGRAD Divisão dos Cursos de Graduação
DCPGrad Departamento de Cursos e Políticas da Graduação
DDC Departamento de Difusão Cultural
DECORDI Departamento de Consultoria em Registros Discentes
DEDS Departamento de Educação e Desenvolvimento Social
DEMADCPG Divisão de Estágios da Graduação
DERD Divisão de Emissão, Registro e Revalidação de Diploma
DGI Departamento de Gestão Integrada
DIDA Divisão de Documentação e Arquivo
DIG Divisão de Ingresso na Graduação
DIMA Divisão de Ingresso, Mobilidade e Acompanhamento
DIVA Divisão de Vida Acadêmica
DOI Digital Object Identifier
DOU Diário Oficial da União
DPCA Divisão de Planejamento e Controle de Aquisições
DPS Divisão de Promoção à Saúde
EaD Educação a Distância
EBTT Educação Básica, Técnica e Tecnológica
EDUFRGS Escola de Desenvolvimento de Servidores da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul
EJ Empresa Junior
EJA Educação de Jovens e Adultos
EMA Equipe Multiprofissional em Acessibilidade
ENADE Exame Nacional de Desempenho dos estudantes
ENEI Encontro Nacional de Estudantes Indígenas
ERER Educação para as Relações Étnico-Raciais
FABICO Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação - UFRGS
FACED Faculdade de Educação - UFRGS
FADERGS Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul
FAMED Faculdade de Medicina - UFRGS
FAPERGS Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul
FAUBAI Associação Brasileira de Educação Internacional
FCE Faculdade de Ciências Econômicas - UFRGS
FF Falta de Frequência
FINEP Financiadora de Estudos e Projetos – empresa fomentadora
FINOVA Feira de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico
FORPROEX Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de
Educação Superior Brasileira
GERTE Gerência de Serviço de Terceiros
GOUPF Mestrado em Gestão de Operações em Universidades Públicas Federais
GP Grupo de Processos
GT Grupo de Trabalho
HCPA Hospital de Clínicas Porto Alegre
IA Interações Acadêmicas
IACG Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICBS Instituto de Ciências Básicas da Saúde - UFRGS
ICTA Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos - UFRGS
IES Instituições de Ensino Superior
IFCH Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - UFRGS
IFES Instituições Federais de Ensino Superior
IFRS Instituto Federal do Rio Grande do Sul
IGC Índice Geral de Cursos
ILEA Instituto Latino-americano de Estudos Avançados
IMESF Instituto Municipal de Saúde da Família
INCLUIR Núcleo de Inclusão e Acessibilidade
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira
IPH Instituto de Pesquisas Hidráulicas
IRA Índice de Risco Ambiental
ITIL Infraestrutura de Tecnologia da Informação
JU Jornal da Universidade
LAI Lei de Acesso à Informação
LAIA Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais
LBI Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
LEOA Leituras Obrigatórias e Acessíveis
LIBRAS Língua Brasileira de Sinais
LUME Repositório Digital da UFRGS
MCONF Serviço de Webconferência
MCTIC Ministério de Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações
MEC Ministério da Educação
MOOC Massive Open Online Courses- Curso Online Aberto e Massivo
MPF Ministério Público Federal
NAD Núcleo de Assuntos Disciplinares
NAFSA Associação de Educadores Internacionais
NAN Núcleo de Assistência Nutricional
NAPEAD Núcleo de Apoio Pedagógico à Educação a Distância
NAU Núcleo de Avaliação da Unidade
NCE Núcleo de Comunicação Estratégica da SECOM
NDE Núcleo Docente Estruturante
NGD Núcleo de Gestão de Desempenho
NGQ Núcleo de Garantia da Qualidade
NIT Núcleos de Inovação Tecnológica
OCC Outras Despesas de Custeio e Capital
ONU Organização das Nações Unidas
PA Plano Anual
PAAP Programa de Atividades de Aperfeiçoamento Pedagógico
PAAQ Plano Anual de Aquisições
PAG Programa de Apoio à Graduação da UFRGS
PCCTAE Plano de Carreira dos Cargos dos Servidores Técnico Administrativos
em Educação
PCD Pessoa com Deficiência
PDI Plano de Desenvolvimento Institucional
PDP Plano de Desenvolvimento de Pessoas
PDSE Pós-Doutorado Sanduíche no Exterior
PDTI Plano Diretor de Tecnologia de Informação
PDU Plano de Desenvolvimento da Unidade
PEC-G Programa de Estudantes-Convênio de Graduação
PEG Programa Especial de Graduação
PET Programa de Educação Tutorial
PG Plano de Gestão
PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
PIBID Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
PIL Projeto Institucional Licenciaturas
PLAGEDER Bacharelado em Desenvolvimento Rural
PLI Programa de Licenciaturas Internacionais
PNAES Programa Nacional de Assistência Estudantil
PNDP Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoas
PNE Plano Nacional da Educação
PPC Projeto Pedagógico de Curso
PPCI Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndios
PPCTAE Plano de Carreira dos Servidores Técnico Administrativos em
Educação
PPG Programa de Pós-Graduação
PPI Ação Afirmativa de Pretos, Pardos e Indígenas (PPI)
PRAE Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis
PRINT Programa Institucional de Internacionalização
PROGESP Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas
PROGRAD Pró-Reitoria de Graduação
PRONAC Programa Nacional de Apoio à Cultura
PROPESQ Pró-Reitoria de Pesquisa
PROPG Pró-Reitoria de Pós-Graduação
PROPLAN Pró-Reitoria de Planejamento e Administração
PROREXT Pró-Reitoria de Extensão
PUCRS Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
RAAI Relatório de Autoavaliação Institucional
REAFRO Rede Brasil Afroempreendedor
REGINP Rede Gaúcha de Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológico
RELINTER Secretaria de Relações Internacionais
REMAM Rede de Museus e Acervos Museológicos da UFRGS
REUNI Reestruturação e Expansão das Universidades Federais
RNP Rede Nacional de Ensino e Pesquisa
RU Restaurante Universitário
SABI Catálogo das Bibliotecas da Universidade
SAI Secretaria de Avaliação Institucional
SBUFRGS Sistema de Bibliotecas UFRGS
SCONVGAB Setor de Convênios do Gabinete do Reitor
SEAD Secretaria de Educação a Distância
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SECOM Secretaria de Comunicação Social da UFRGS
SEDETEC Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico
SEI Sistema Eletrônico de Informações
SERES Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior
SEUR Seminário de Extensão Universitária da Região Sul
SGA Sistema de Gestão Ambiental
SIAPE Sistema Integrado de Administração de Pessoal
SIGEPE Sistema de Gestão de Pessoas
SINAES Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
SIORG Sistema de Informações Organizacionais do Governo Federal
SIPEC Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal
SiSU Sistema de Seleção Unificada
SPH Setor de Patrimônio Histórico
SUINFRA Superintendência de Infraestrutura
TAC Termo de Ajustamento de Conduta
TAE Técnico-administrativos em Educação
TCC Trabalho de Conclusão de Curso
TCU Tribunal de Contas da União
TED Termos de Execução Descentralizada
TI Tecnologia da Informação
TIC Tecnologias de Informação e Comunicação
TIM Taxa de Integralização Média
TRF4 Tribunal Regional Federal da 4ª Região
TUAUFRGS Central de Atendimento ao Aluno
UAB Universidade Aberta do Brasil
UC Unidade Curricular
UFBA Universidade Federal da Bahia
UFCSPA Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
UFMG Universidade Federal de Minas Gerais
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
UNIBO Universidade de Bolonha
UNIPAMPA Universidade Federal do Pampa
UNISINOS Universidade do Vale do Rio dos Sinos
UNIRIO Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 19
2. METODOLOGIA ................................................................................................................. 21
3. AVALIAÇÃO DOS EIXOS E DIMENSÕES INSTITUCIONAL ...................................... 23
3.1 Eixo 1 – Planejamento e Avaliação Institucional ........................................................... 23
3.1.1 Dimensão 8: Planejamento e Avaliação .................................................................. 23
3.1.1.1 SAI ........................................................................................................ 23
3.1.1.2 PROPLAN ............................................................................................ 46
3.2 Eixo 2 – Desenvolvimento Institucional ........................................................................ 49
3.2.1 Dimensão 1: Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional ............................ 49
3.2.1.1 Gabinete do Reitor ................................................................................ 49
3.2.2 Dimensão 3: Responsabilidade Social da Instituição .............................................. 62
3.2.2.1 SEDETEC ............................................................................................. 62
3.2.2.2 Parque Científico e Tecnológico Parque Zenit ..................................... 79
3.2.2.3 PROREXT ............................................................................................ 84
3.2.2.4 CAF ....................................................................................................... 96
3.2.2.5 Núcleo de Inclusão e Acessibilidade – INCLUIR (PROGESP) ......... 101
3.2.2.6 RELINTER ......................................................................................... 114
3.2.2.7 Setor de Convênios do Gabinete do Reitor ......................................... 123
3.2.2.8 AGA .................................................................................................... 133
3.2.2.9 SPH/SUINFRA ................................................................................... 143
3.2.2.10 Museu/PROREXT ............................................................................ 149
3.3 Eixo 3 – Políticas Acadêmicas ..................................................................................... 154
3.3.1 Dimensão 2: A política para Ensino, a Pesquisa, a Pós-Graduação e a Extensão . 154
3.3.1.1 Ensino de Graduação – PROGRAD ................................................... 154
3.3.1.2 Ensino a Distância – SEAD ................................................................ 202
3.3.1.3 Ensino Básico – Colégio de Aplicação (CAp) ................................... 214
3.3.1.4 Pesquisa – PROPESQ ......................................................................... 227
3.3.1.5 Extensão – PROREXT ....................................................................... 235
3.3.1.6 Pós-Graduação (Stricto e Lato Sensu) – PROPG ............................... 250
3.3.1.7 Campus Litoral Norte ......................................................................... 257
3.3.2 Dimensão 4: Comunicação com a Sociedade ........................................................ 266
3.3.2.1 SECOM ............................................................................................... 266
3.3.2.2 Ouvidoria ............................................................................................ 280
3.3.2.3 Editora ................................................................................................. 288
3.3.3 Dimensão 9: Política de Atendimento aos Discentes ............................................ 294
3.3.3.1 PRAE .................................................................................................. 294
3.4 Eixo 4 – Políticas de Gestão ......................................................................................... 311
3.4.1 Dimensão 5: Políticas de Pessoal .......................................................................... 311
3.4.1.1 Políticas de Pessoal, as Carreiras do Corpo Docente e do Corpo Técnico-
administrativo – PROGESP ....................................................................................... 311
3.4.1.2 Políticas de Acompanhamento da Carreira Docente – CPPD ............ 334
3.4.2 Dimensão 6: Organização e Gestão da Instituição ................................................ 339
3.4.2.1 Gabinete do Reitor .............................................................................. 339
3.4.2.2 PROPLAN .......................................................................................... 345
3.4.3 Dimensão 10: Sustentabilidade Financeira ........................................................... 349
3.4.3.1 PROPLAN .......................................................................................... 349
3.5 Eixo 5 – Infraestrutura Física ....................................................................................... 354
3.5.1 Dimensão 7: Infraestrutura Física.......................................................................... 354
3.5.1.1 Parque Científico e Tecnológico – Parque Zenit ................................ 354
3.5.1.2 SUINFRA ........................................................................................... 360
3.5.1.3 Biblioteca Central ............................................................................... 366
3.5.1.4 CPD ..................................................................................................... 374
3.5.1.5 Campus Litoral Norte ....................................................................... 389
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 396
5. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 398
19
1. INTRODUÇÃO
O objetivo do RAAI da UFRGS é apresentar as principais ações desenvolvidas em 2019
pela comunidade acadêmica, à luz dos eixos e dimensões do Sinaes, permitindo uma análise
crítica e contribuindo com a consolidação da cultura de avaliação institucional. O RAAI está
organizado em dois volumes. O Volume 1 apresenta o trabalho desenvolvido pelos órgãos da
Administração Central da Universidade, em perspectiva avaliativa frente aos eixos e dimensões
do Sinaes1. Esta mesma avaliação sob o ponto de vista das Unidades Acadêmicas é apresentada
no Volume 2, conforme o trabalho desenvolvido pelos NAUs.
O RAAI 2019 – Volume 1 da UFRGS refere-se ao Relatório de Autoavaliação
Institucional, conforme solicita a Nota Técnica INEP/DAES/CONAES, Nº 65, de outubro de
2014 e abrange as ações desenvolvidas pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) no referido
ano, bem como dos diversos Órgãos da Administração Central.
A construção do RAAI é um trabalho conjunto, fruto do esforço de diversas instâncias
da Instituição, sob coordenação da Secretaria de Avaliação Institucional (SAI) e supervisão da
CPA, a qual se organizou para realizar a análise dos relatórios de autoavaliação enviados pelos
Órgãos da Administração Central, por meio da construção de pareceres avaliativos. Destaca-se
o empenho dos Órgãos da Administração Central da Universidade na reunião dos dados, os
quais puderam promover uma reflexão descentralizada acerca dos resultados da UFRGS ao
longo do ano.
O PDI 2016-2026 prevê que todos os níveis do processo de gestão devem ser avaliados,
possibilitando a realização dos ajustes necessários e contribuindo assim com a melhoria
contínua da Instituição. A avaliação institucional deve estar alinhada com as diretrizes do
planejamento. O trabalho desenvolvido na CPA tem o propósito de auxiliar na qualificação das
práticas institucionais da Universidade.
O PDI 2016-2026 também prevê a consolidação de um Projeto Institucional de
Avaliação, que em 2019 continuou sendo pauta de trabalho da CPA. Tanto o trabalho de
construção do Projeto de Avaliação quanto outras iniciativas coordenadas pela SAI e pela CPA
1 Eixos/dimensões do SINAES: Eixo 1: Planejamento e Avaliação Institucional – Dimensão 8: Planejamento e
Avaliação; Eixo 2: Desenvolvimento Institucional – Dimensão 1: Missão e Plano de Desenvolvimento
Institucional, Dimensão 3: Responsabilidade Social da Instituição; Eixo 3: Políticas Acadêmicas – Dimensão 2:
Políticas para o Ensino, a Pesquisa e a Extensão, Dimensão 4: Comunicação com a Sociedade, Dimensão 9:
Política de Atendimento aos Discentes; Eixo 4: Políticas de Gestão – Dimensão 5: Políticas de Pessoal, Dimensão
6: Organização e Gestão da Instituição, Dimensão 10: Sustentabilidade Financeira; Eixo 5: Infraestrutura Física –
Dimensão 7: Infraestrutura Física
tem ganhado destaque não apenas internamente, mas também por parte de outras instituições
de educação superior.
É importante reportar ainda que, além do RAAI, existem outros documentos internos,
que trazem elementos avaliativos de importância para a compreensão do contexto institucional,
entre eles os relatórios anuais de gestão apresentados à CGU2, os quais também são baseados
em legislação específica. Estes documentos visam, sobretudo, tornar transparente para a
sociedade o cumprimento da missão, visão e objetivos da UFRGS, os quais tem como princípio
a busca pelo reconhecimento da Universidade que desenvolve educação superior com
excelência, transparência e compromisso social.
Diante do compromisso da UFRGS com o processo de autoavaliação institucional, este
Relatório busca sintetizar as principais ações levadas a efeito pela comunidade acadêmica na
perspectiva de subsidiar estratégias futuras, alinhados ao seu Plano de Desenvolvimento
Institucional 2016-2026 e ao Plano de Gestão 2016-2020.
2 Disponíveis em: <http://www.ufrgs.br/ufrgs/arquivos/relatorios-de-gestao>
21
2. METODOLOGIA
A metodologia para elaboração do RAAI foi definida pela SAI e pela CPA durante o
ano de 2019.
Para a confecção do RAAI 2019 – Volume 1, a SAI organizou reuniões de orientação
com os Órgãos da Administração Central, tais como Gabinete do Reitor, Pró-Reitorias,
Secretarias, Superintendências, entre outros, conforme a organização administrativa da
Instituição. A reunião de sensibilização teve como propósito possibilitar a construção coletiva
deste Relatório. Ainda como forma de orientação para a coleta e envio de dados, foram
elaborados documentos e roteiros disponibilizados de várias maneiras: presencialmente,
durante as reuniões já destacadas; por meio de correio eletrônico, com roteiros em anexo, e via
espaço virtual criado especificamente para o RAAI 2019, na Plataforma Moodle Colaboração
da UFRGS, a qual permite postagens e edições coletivas de textos.
As diversas instâncias que participaram da construção do RAAI 2019 foram orientadas
a organizar as informações atendendo à Nota Técnica INEP/DAES/CONAES, Nº 65, de
outubro de 2014, reagrupando as dez dimensões propostas pelo SINAES, em cinco Eixos, quais
sejam:
Eixo 1: Planejamento e Avaliação Institucional
Dimensão 8: Planejamento e Avaliação
Eixo 2: Desenvolvimento Institucional
Dimensão 1: Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional
Dimensão 3: Responsabilidade Social da Instituição
Eixo 3: Políticas Acadêmicas
Dimensão 2: Políticas para o Ensino, a Pesquisa e a Extensão
Dimensão 4: Comunicação com a Sociedade
Dimensão 9: Política de Atendimento aos Discentes
Eixo 4: Políticas de Gestão
Dimensão 5: Políticas de Pessoal
Dimensão 6: Organização e Gestão da Instituição
Dimensão 10: Sustentabilidade Financeira
Eixo 5: Infraestrutura Física
Dimensão 7: Infraestrutura Física
Sendo assim, o RAAI 2019 – Volume 1 apresenta, em sua macroestrutura, informações
por eixos/dimensões, organizadas pelos Órgãos da Administração Central da Universidade.
Cada Órgão elaborou um texto autoavaliativo, relatando as atividades desenvolvidas em 2019
nas respectivas dimensões e eixos do Sinaes. Esse relato foi desenvolvido cotejando a análise
do RAAI 2018, objetivando apontar fragilidades e potencialidades, identificar possíveis
pendências, motivos que podem ter ocasionado essas pendências, bem como possíveis soluções
de melhoria das fragilidades apontadas. Novamente, procurou-se realizar uma análise das
contribuições para o Plano de Gestão 2016-2020 e para o PDI 2016-2026. O objetivo foi criar
condições para uma maior aproximação entre os processos de avaliação e planejamento na
UFRGS.
Cada Órgão foi orientado, ainda, a construir um quadro-resumo que aponta os
itens/quesitos de avaliação, as fragilidades, as potencialidades e as ações e estratégias na busca
de melhorias. Nessa perspectiva, a CPA tem como objetivo realizar um estudo das
potencialidades, fragilidades e estratégias de melhoria no conjunto dos eixos e respectivas
dimensões institucionais. Os resultados deste trabalho fazem parte das apresentações realizadas
na Semana de Avaliação UFRGS, que acontece no mês de junho de cada ano.
A revisão geral dos textos enviados para compor o RAAI 2019 – Volume 1 foi realizada
pela CPA, que elaborou pareceres a respeito de cada relatório enviado pelos órgãos da
Administração Central. Os pareceres foram remetidos aos responsáveis, solicitando, quando
necessário, revisões e adequações. Os textos finais do RAAI 2019 – Volume 1 foram
homologados conforme Atas da CPA Nº. 1 e Nº. 2.
Dando sequência ao processo, a SAI trabalhou na revisão e formatação do RAAI 2019
– Volume 1, o qual foi aprovado através da RESOLUÇÃO Nº. 01/2020 da CPA e encaminhado
ao Ministério da Educação (MEC), conforme determina a Portaria N° 821, de 24 de agosto de
2009.
23
3. AVALIAÇÃO DOS EIXOS E DIMENSÕES INSTITUCIONAL
Neste capítulo apresentam-se os Eixos e respectivas Dimensões de Avaliação
Institucional, conforme a Nota Técnica INEP/DAES/CONAES Nº 65, de 09 outubro de 2014.
Os textos das respectivas dimensões foram construídos pelos órgãos da Administração Central
da UFRGS, sob orientação e revisão da CPA.
3.1 Eixo 1 – Planejamento e Avaliação Institucional
Para o Eixo 1 – Planejamento e Avaliação Institucional, os textos avaliativos foram
desenvolvidos pela SAI e pela PROPLAN.
3.1.1 Dimensão 8: Planejamento e Avaliação
A seguir, apresentam-se as análises crítico-reflexivas acerca do ano de 2019, na
perspectiva do planejamento e da avaliação institucional.
3.1.1.1 SAI
A legislação federal que implantou o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Superior), através da Lei 10.861/2004, prevê uma avaliação tripartite: autoavaliação
institucional, avaliação de Cursos através de Comissões externas, e avaliação do desempenho
de estudantes através de Exames como o Enade.
A mesma legislação estabelece que a avaliação institucional deve contar com a
estruturação de uma Comissão Própria de Avaliação, responsável por coordenar os processos
institucionais de avaliação da instituição, bem como pela sistematização e prestação das
informações solicitadas pelo INEP/MEC.
Na UFRGS, a organização da avaliação contou desde os anos 1990 com a existência de
estruturas descentralizadas em cada Unidade, denominadas Núcleos de Avaliação das Unidades
(NAUs). Quando a legislação determinou a criação de CPAs, a decisão local foi de manter os
NAUs, estabelecendo que à CPA cabem os processos macro de avaliação e aos Núcleos cabe o
trabalho das especificidades de cada Unidade. A Secretaria de Avaliação Institucional atua na
mediação e articulação entres essas instâncias, visando garantir o bom andamento e o
desenvolvimento da cultura de avaliação institucional.
Assim, a estrutura de avaliação na UFRGS é composta pela SAI, órgão da
Administração Central, responsável por coordenar e articular as diversas ações de avaliação,
autoavaliação e regulação desenvolvidas na Instituição; pela Comissão Própria de Avaliação
24
(CPA), responsável pelos processos de avaliação institucional, de sistematização e de prestação
das informações solicitadas INEP, conforme Regimento aprovado pelo CONSUN (Decisão
Nº184/2009); e pelos NAUs, responsáveis pela avaliação no âmbito das 29 unidades da
Universidade, abordando suas especificidades. A SAI, a CPA e os NAUs atuam conjuntamente
nos processos de avaliação institucional considerando as diretrizes do Sinaes.
No ano de 2019, cabe destaque a várias ações de avaliação institucional, entre as quais:
elaboração do RAAI 2018; realização da 5ª edição da Semana de Avaliação Institucional da
UFRGS; continuidade na implantação do Programa Permanente de Qualificação em Avaliação
Institucional; participação no Salão UFRGS 2019, na temática de Avaliação Institucional do
Salão de Ensino; realização de dois Fóruns dos NAUs; suporte e apoio às COMGRADs no
processo do Exame Nacional de Desempenho (Enade); suporte e apoio aos cursos de graduação
nos processos regulatórios, participação no AVALIES – Simpósio Avaliação da Educação
Superior.
O RAAI 2018 foi elaborado a partir de documentos encaminhados pelos órgãos da
Administração Central e dos NAUs. Como desafios para o processo de elaboração do RAAI
2019, a CPA destacou: maior vinculação do RAAI ao PG 2016-2020 e ao PDI UFRGS 2016-
2026 em nível institucional; e maior vinculação do RAAI dos NAUs com o planejamento das
unidades. Consolidou-se a alteração do prazo de entrega para 30 novembro, de modo a
possibilitar uma melhor avaliação dos textos pela CPA.
A Semana de Avaliação UFRGS, que foi instituída pela Decisão Nº 02/2015 da CPA,
realizou-se no ano de 2019, em sua quinta edição, no período de 24 a 28 de junho, com o tema
"Escutar para transformar". A programação geral contou com a apresentação e discussão dos
resultados de avaliação da Universidade, pela CPA, aos membros da Administração Central,
NAUs e Direções de Unidades. Foi proferida a palestra: “A experiência de avaliação
institucional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)”, pela Profª Viviane Santos
Birchal, Diretora de Avaliação Institucional e Presidente da CPA. Nas Unidades, houve
realização de 22 eventos na Semana de Avaliação pelos NAUs, que foram acompanhados pela
CPA em suas apresentações. Foram oferecidas à comunidade acadêmica atividades como:
reuniões com direção, chefias de departamento, conselho de unidade, discentes, seminários,
apresentação dos resultados gerais da avaliação interna 2018 e exposição de painéis.
O Salão UFRGS 2019 teve como tema “Universidade: presente!”, e contou com intensa
programação no período de 21 a 25 de outubro. A avaliação institucional esteve presente na
forma de temática do Salão de Ensino. Foram aprovados para apresentação 19 trabalhos que
25
versavam sobre experiência de avaliação institucional, os quais foram distribuídos em 2 sessões
de apresentação. Em relação ao ano anterior, verificou-se uma presença maior de bolsistas dos
NAUs relatando experiências de trabalho em avaliação. Entre os desafios para os próximos
anos destaca-se a necessidade de aperfeiçoamento nas formas de inscrição e seleção de
trabalhos na temática de avaliação.
A respeito de eventos externos, cabe destacar que a gestão da SAI esteve presente na
Reunião do Nucleo Disciplinario Evaluación Institucional, Planeamiento Estratégico y Gestión
Universitaria da Asociación de Universidades Grupo Montevideo (AUGM), como
representação da UFRGS, no período de 09 a 11/04. A SAI também esteve presente no
AVALIES – Simpósio Avaliação da Educação Superior, realizado em Salvador, Bahia, nos dias
10 e 11 de outubro, com a participação de duas servidoras e a gestão da SAI, que apresentaram
os seguintes trabalhos: “Cumprimento de Protocolos de Compromissos de Cursos a partir do
Sinaes: a experiência da UFRGS”, de autoria de Fernanda Brasil Mendes, Flávia Renata Pinto
Barbosa, Claudete Lampert Gruginskie, e Cláudia M. Cruz Rodrigues; “Índice Geral de Cursos:
um estudo sobre a mudança nos cálculos do IGC”, de autoria de Giselle Spindler e Cláudia M.
Cruz Rodrigues; “Avaliação e Participação Além do Sinaes: o papel dos NAUs na UFRGS”,
de autoria de Nara Maria Emanuelli Magalhães e Cláudia M. Cruz Rodrigues; “A utilização de
indicadores como apoio ao processo de Autoavaliação Institucional”, de autoria de Jordário
Reck Behenck, Giselle Spindler e Ricardo Augusto Cassel. A CPA UFRGS esteve presente no
III Encontro das CPAs do Rio Grande do Sul, ocorrido na Universidade Federal do Pampa
(UNIPAMPA), em Santana do Livramento, em novembro de 2019. Foi representada pelo Prof.
João Netto, que apresentou a autoavaliação da UFRGS e os atores envolvidos nos processos
avaliativos da universidade, destacando também o trabalho estatístico e a confiabilidade dos
dados para a realização de análises dos instrumentos próprios de avaliação, do relatório de
autoavaliação institucional anual, dos resultados de rankings, dos relatórios de avaliação de
cursos pelo INEP e resultados do Enade.
Quanto ao trabalho da CPA, no ano de 2019 foram realizadas 31 reuniões da gestão
2018/2019, incluindo as reuniões de trabalho e reuniões com comissões avaliadoras do MEC
para Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento de cursos de graduação. A Secretaria
Administrativa da SAI apoiou a elaboração, envio e publicação das atas e decisões,
agendamentos de salas, na comunicação para convocação de reuniões da comissão, dos grupos
de trabalho e reuniões de visita de avaliação externa do INEP/MEC. Manteve atualizado o site
da CPA e espaço virtual do Moodle Colaboração da CPA. Cabe destaque às Decisões aprovadas
26
durante o ano, no sentido de alterar o público-alvo do instrumento de avaliação da
infraestrutura, e normatizar os critérios utilizados na avaliação de desempenho didático docente,
e aperfeiçoamentos do instrumento de autoavaliação docente. Quanto aos desafios e
necessidades de melhoria, aponta-se a revisão do Regimento, que trata do tempo de mandato
da CPA e NAUs e atribuições dessas instâncias e da SAI; e a obtenção de espaço físico para as
reuniões da CPA, tendo em vista o aumento de suas atividades.
Em relação à estrutura organizacional da SAI, ressalta-se a articulação entre o
Departamento de Regulação, o Departamento de Avaliação, o setor de Autoavaliação e a
Secretaria Administrativa, garantindo a boa condução dos processos de avaliação institucional.
Foi parcialmente atendida a demanda por ampliação do quadro de servidores da SAI, em
especial no que se refere à Regulação. Com relação às fragilidades, continua a necessidade de
criação de um Departamento de Autoavaliação, para assumir de forma mais efetiva o
acompanhamento ao trabalho dos NAUs e da CPA; a ampliação da comunicação interna e
externa da SAI para simplificar, organizar e otimizar os conteúdos informativos.
Em 2019, a Secretaria Administrativa esteve comprometida em atender com eficiência
todas as atividades demandadas tanto pela gestão, departamentos, CPA, NAUs e público interno
e externo à Universidade. Manteve atualizado os sites da SAI, CPA e NAUs, incluindo
documentos, legislações e eventos relacionados aos processos avaliativos e regulatórios que
envolvam a temática da avaliação institucional (divulgação das visitas de avaliação na
universidade, fóruns e reuniões, ações do programa permanente em avaliação institucional,
entre outros). Pretende-se, em breve melhorar os sites, realizando uma mudança de plataforma,
migrando do formato Plone para o formato WordPress, o qual permite agilidade nas
atualizações, que são constantes no setor. Quanto a isso, as servidoras responsáveis estão
buscando qualificação via Escola de Desenvolvimento da UFRGS. A Secretaria trabalhou no
apoio ao Programa Permanente de Capacitação em Avaliação Institucional, na organização e
envio dos projetos à EDUFRGS, na divulgação dos Cursos via sites gerenciados pela SAI, na
divulgação específica aos NAUs, e no encaminhamento da avaliação das ações. A Secretaria
apoiou a realização da Semana de Avaliação UFRGS, organizando a divulgação junto à
comunidade interna e externa, elaborando convites aos palestrantes, reservando locais para a
realização das atividades e gestionando todas as demandas inerentes ao evento. Gerenciou a
organização da SAI pelo Sistema Eletrônico de Informação. Manteve-se na organização das
providências relativas à realização de viagens para os gestores e servidores da SAI (municipal,
regional ou nacional). Colaborou no planejamento, organização e execução da Sessão Temática
27
de Avaliação Institucional no Salão de Ensino. Contribuiu no compartilhamento de informações
e no apoio a servidores para a participação no Simpósio AVALIES 2019 da UFBA, e colaborou
na divulgação e confirmação de membros da CPA/UFGRS para a participação no Encontro das
CPAs.
Referente ao trabalho de apoio à CPA, a Secretaria colaborou na organização de
documentos (RAAI, atas, decisões, agendas de avaliação, legislações, entre outros) e espaços
físicos para realização das reuniões da CPA, que não possui um espaço físico próprio. Diante
disso, a Secretaria Administrativa tem envidado esforços para manter a realização das
atividades no prédio da Reitoria.
Referente aos NAUs, a Secretaria colaborou na organização e divulgação dos Fóruns
dos NAUs (ocorridos em abril e dezembro), e em outras demandas solicitadas pelos Núcleos.
Esta Secretaria atuou na solicitação constante de atualização das Portarias de composição dos
Núcleos, em parceria com o setor de autoavaliação, considerando a orientação da gestão de
garantir a legalidade e institucionalidade do trabalho dos NAUs. Gerenciou os processos
seletivos de bolsistas para os NAUs, contando com a publicação de 13 editais de bolsas da Pró-
Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), nas modalidades Aperfeiçoamento de Março e
Agosto. Apesar dos cortes de bolsas da PRAE que ocorreram em 2018, a SAI permaneceu em
2019 com o número de bolsas disponibilizadas no ano anterior, num total de 40 bolsas.
Considera-se positivo esse número, tendo em vista o contexto de redução orçamentária que a
Universidade vive. No entanto, ainda se nota a necessidade de haver mais recursos humanos
para auxiliar os NAUs em suas atividades, bem como o apoio para solicitação de recursos de
equipamentos de informática.
Processos de avaliação para fins de regulação
Durante o ano de 2019, o Departamento de Regulação da SAI coordenou, juntamente
com as unidades acadêmicas e os cursos envolvidos, diversas ações junto à comunidade
universitária para receber as visitas de avaliação externa referentes aos seguintes atos
autorizativos de cursos: Reconhecimento: Administração Pública e Social (conceito 4),
Desenvolvimento Rural (conceito 4), Educação do Campo (conceito 5) e Licenciatura em
Geografia do CLN (conceito 4). Renovação de Reconhecimento: Ciências Atuariais (conceito
4) e Dança (conceito 5). Destaca-se que a maior parte das visitas de avaliação ocorreram no
final do segundo semestre, e a demora na realização das mesmas motivou o envio de demanda
ao INEP.
28
Nos cursos avaliados, ressalta-se que as dimensões 1- Organização didático-pedagógica;
2 -Corpo Docente e 3 -Instalações físicas, foram, em geral, bem avaliadas. Destaca-se que a
dimensão mais bem avaliada, que obteve a maioria dos conceitos entre 4 e 5 foi a dimensão 2 -
Corpo Docente. O Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação (IACG), lançado em
outubro de 2017, cujas visitas de avaliação começaram a ocorrer em 2019, apresentou novas
demandas à Universidade, e o Departamento de Regulação trabalhou em conjunto com os
cursos para melhoria dos processos. Foram demandas do novo instrumento que deverão ser
tratadas nas instâncias competentes da Universidade:
• Indicador 2.3 - Atuação do coordenador de curso: nesse indicador exige-se do curso
um plano de ação a ser desenvolvido pelo coordenador de curso. A UFRGS não
tem em sua estrutura regimental a figura do coordenador de curso, e sim a de
coordenador de comissão de graduação (COMGRAD), sendo a sua constituição de
acordo com o regimento da unidade;
• Indicador 1.5 - Conteúdos curriculares: nesse indicador as demandas foram
relativas ao PPC (Projeto Pedagógico de Curso), que deve apresentar as políticas
de educação ambiental, de educação de direitos humanos e educação das relações
étnicos raciais, o ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena.
Alguns cursos avaliados não atendem esse indicador. Para preencher essa lacuna, o
departamento trabalhou com os cursos envolvidos no processo, instruindo-os sobre
a necessária reformulação, bem como o encaminhamento dos PPCs para as devidas
instâncias deliberativas;
• Indicador 3.6 - Bibliografia básica por Unidade Curricular (UC) e 3.7 Bibliografia
complementar por UC: ao Núcleo Docente Estruturante (NDE) foi dada a atribuição
de elaborar relatório de adequação referente às bibliografias básica e complementar.
As orientações do departamento foram no sentido de que os cursos busquem a
atualização bibliográfica e orientações junto à Biblioteca Central;
• Indicador 2.14 - Experiência do corpo de tutores em educação a distância: esse
indicador aponta para a necessidade de um tutor para as disciplinas EaD em cursos
presenciais. No caso da UFRGS não existe esse cargo, pois essas atividades são
exercidas pelos docentes da instituição. Dessa forma, a orientação ao Coordenador
da COMGRAD foi no sentido de explicitar o funcionamento da EaD na instituição;
• A necessidade de identificar claramente as disciplinas ofertadas na modalidade a
distância na matriz curricular do curso, indicando no PPC a metodologia a ser
29
utilizada nessas disciplinas, bem como o modelo adotado em relação a tutoria
(Portaria N. 1.428, de 28 de dezembro, de 2018), Indicadores 1.14, 1.15 e 1.17 do
IACG. A SAI participou de reuniões com a SEAD, PROGRAD e Câmara de
Graduação para tratar dessas questões, contribuindo no aprimoramento da
Normativa referente à oferta de EaD, em elaboração, e prestando orientações para
as COMGRADs;
• Os “Requisitos legais e normativos” são apresentados no Critério de Análise dos
Indicadores e não mais de modo específico. Esse ponto é de fundamental
importância porque exige que os PPCs dos cursos de graduação apresentem
claramente esses itens, que eram tratados anteriormente como “atende ou não
atende”.
Considerando as novas demandas sinalizadas pelo Instrumento de Avaliação de Cursos
de Graduação (2017), o Departamento de Regulação organizou uma série de reuniões com as
COMGRADs dos cursos a serem avaliados para atualização dos PPCs e capacitação à
comunidade acadêmica (em 01/11/2019).
A preparação e acompanhamento dessas visitas envolveram atividades como a
realização de reuniões com as COMGRADs, Direção das Unidades e Núcleos de Avaliação das
Unidades (NAUs), bem como a organização de documentos institucionais a serem apresentados
à comissão de avaliadores, entre os quais o PDI, PG, Estatuto, Regimento, RAAI e demais
documentos solicitados pelos avaliadores. As reuniões realizadas têm o objetivo de avaliar todo
o processo regulatório, desde a fase inicial até a visita in loco, buscando também sugestões para
aprimorar o trabalho da SAI.
Em relação aos processos regulatórios de cursos de graduação, destacam-se as seguintes
atividades: coordenação e orientação do preenchimento do Projeto Pedagógico de Curso - PPC
e Formulário Eletrônico de Avaliação - FE para Reconhecimento dos cursos de Licenciatura
em Geografia, Engenharia de Gestão de Energia, Engenharia de Serviços, Desenvolvimento
Regional; processos estes instruídos no novo modelo de instrumento avaliativo, disponibilizado
em outubro de 2017 pelo INEP/MEC. Ainda, foram prestadas orientações a diversas
COMGRADs em relação ao preenchimento dos projetos pedagógicos no portal do servidor da
UFRGS referentes aos processos do ciclo azul (Ano II).
Atendendo ao sistema de registro dos cursos de pós-graduação lato sensu estabelecido
pelo INEP/MEC, o departamento manteve atualizado o cadastro dos cursos de Especialização
da UFRGS.
30
O Departamento de Regulação segue trabalhando no aprimoramento dos fluxos de
processos (Autorização, Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento) no intuito de
melhor organizar as tarefas realizadas no setor, buscando delinear sua identidade e possibilitar
que no futuro outros servidores acompanhem as atividades da Regulação na UFRGS. Destaca-
se, neste processo, o registro e sistematização das reuniões de avaliação das visitas de avaliação,
a elaboração e disponibilização do Manual da Regulação e a atualização da página eletrônica
do Departamento, bem como a aproximação com outros setores que são envolvidos nos
processos que impactam a avaliação, como PROGRAD, SEAD e CAMGRAD (Câmara de
Graduação).
Como parte do programa de capacitação organizado pela SAI, o Departamento de
Regulação realizou uma capacitação externa com a seguinte temática: “Orientações para
preenchimento do formulário eletrônico de avaliação e preparação para visita in loco nos
processos autorizativos de cursos de graduação”. Essa capacitação foi aberta à comunidade
universitária e contribuiu por esclarecer dúvidas sobre o processo regulatório de cursos.
Com relação à participação em eventos, o Departamento participou da Semana de
Avaliação da UFRGS, bem como do 4º Simpósio de Avaliação da Educação Superior -
AVALIES, enviando o artigo “A experiência da UFRGS em relação ao cumprimento de
protocolos de compromissos de cursos a partir do Sinaes”.
Em relação à estrutura organizacional da SAI, faz-se necessário reforçar a presença do
Departamento de Regulação, articulado ao Departamento de Avaliação e ao setor de
Autoavaliação. Assim, a Regulação ocupa-se das comissões de avaliação externas relativas aos
processos regulatórios dos cursos. Os processos Regulatórios de Renovação de
Reconhecimento, em que se encontram a maioria dos cursos da UFRGS, estão vinculados aos
ciclos avaliativos do Sinaes, que pressupõe a participação de cursos por área de conhecimento
no exame Enade, atividade essa cujo acompanhamento é de responsabilidade do Departamento
de Avaliação. Isso requer um diálogo permanente entre Avaliação e Regulação. Outro aspecto
que demonstra a interação entre as atividades dos Departamentos é o fato de que o Relatório de
Autoavaliação da Instituição (RAAI) depositado no sistema e-MEC provém de informações
organizadas pelo Departamento de Avaliação, pelo setor de Autoavaliação e pela Secretaria
Administrativa. Este relatório compõe os documentos oficiais das visitas de avaliação de cursos,
utilizados pelo Departamento de Regulação. Ainda, sustentando a articulação entre Avaliação,
Autoavaliação e Regulação, a Universidade conta com os NAUs, como extensões avaliativas
da Comissão Própria de Avaliação (CPA) nas unidades acadêmicas, nos processos de visita de
31
avaliação in loco dos cursos de graduação. Também, durante as visitas de avaliação, o setor de
Autoavaliação dá suporte aos NAUs quanto às ações de preparação dos mesmos para o
processo.
Levando em conta processos e atividades desenvolvidas no ano de 2019, algumas
questões ainda configuram como fragilidades, assim como consta no RAAI de 2018: a
comunicação entre Regulação/UFRGS e o sistema e-MEC, tendo em vista que o canal de
comunicação disponibilizado pelo Ministério da Educação, o Fale Conosco, por vezes, não
atende com clareza, objetividade e rapidez às demandas enviadas por este Departamento,
proporcionando dificuldades na atualização de informações do cadastro de cursos e, em alguns
casos, a SERES/MEC solicita que a instituição encaminhe as demandas por meio de ofício,
acarretando morosidade ao processo.
Os processos de Renovação de Reconhecimento dos cursos pertencentes ao grupo Azul
do Enade, que ficaram sem conceito, por isso deveriam ter seus processos abertos, de ofício, no
mês abril de 2019, conforme instruiu Nota Técnica nº 52/2018. Porém, continuam aguardando
a abertura no sistema e-MEC.
No âmbito institucional, percebe-se a necessidade de que os Projetos Pedagógicos dos
Cursos (PPCs) estejam adequados às legislações internas, externas e Diretrizes Curriculares
Nacionais, levando em conta os atos autorizativos dos cursos, bem como a aprovação de todas
as instâncias da Universidade. Assim, é necessário trabalhar na perspectiva de uma cultura
institucional de atualização permanente dos PPCs.
Como fragilidade aponta-se, ainda, a necessidade de agilizar o trabalho de extração de
cópias dos documentos dos docentes para preparação às visitas de avaliação dos Cursos de
Graduação. Atualmente, o processo de extração de documentos digitalizados de cada docente é
lento, por ser feito manualmente, um documento por vez, impossibilitando a extração conjunta
dos documentos de cada docente. Há necessidade, portanto, de adequar o sistema
informatizado, de modo que este possibilite salvar em documento único (PDF) os comprovantes
da titulação do docente.
Em relação ao cadastro dos cursos de Especialização, considerando a necessidade de
atualização permanente dos dados, faz-se necessário um módulo no portal do servidor,
integrado com a PROPG, para atualização dos cursos de especialização no sistema e-MEC, de
modo a agilizar esse processo e evitar perdas de informações.
Processos de avaliação interna e externa
32
Ao longo do ano de 2019 buscou-se dar prosseguimento às ações de melhoria previstas
no Relatório de Autoavaliação de 2018. O Painel da Qualidade, criado em 2018, passou por
mudanças em razão dos recursos técnicos utilizados. O Painel foi disponibilizado ao público
externo em 2019 e representou um grande passo na divulgação dos resultados da avaliação
interna e externa da Universidade. O público poderá consultar os dados gerais, por curso de
graduação e por programa de pós-graduação. São disponibilizados também os resultados de
rankings nacionais e internacionais dos quais a Universidade e os cursos participam.
Importante salientar que existe um trabalho considerável realizado pela SAI em
parceria com o CPD. No ano de 2019 esse trabalho ficou fortalecido com a delegação de várias
atividades de desenvolvimento ao CPD, otimizando melhor o tempo do Departamento.
A tarefa de elaboração e revisão de indicadores teve importantes etapas realizados pelo
GT Projeto de Avaliação junto aos NAUs. Como resultado, uma ampla proposta de indicadores
de avaliação foi concebida, levando em conta boa parte da comunidade acadêmica.
Durante o período 2018-2019 foi realizada, na Universidade, a adequação das atividades
de trabalho em relação ao acompanhamento dos rankings nacionais e internacionais. O contato,
registro e envio das informações necessárias aos Rankings ficou a cargo da PROPLAN. Essa
alteração trouxe grande contribuição à UFRGS, pois centraliza o controle das informações na
Pró-Reitoria que detém grande parte das informações que são requisitadas pelos rankings. A
SAI continua mantendo as informações de resultados dos rankings, sendo responsável, também,
por elaborar relatórios avançados de análise para cada ranking.
Foram realizadas análises de resultados dos rankings nacionais e internacionais
divulgados em 2019. Essas análises contemplaram a comparação com edições anteriores e
outras universidades, evolução da UFRGS ao longo do tempo e identificação de indicadores
críticos para a melhoria do posicionamento em futuras edições dos rankings.
Estão em fase de construção vários relatórios detalhados sobre rankings internacionais
e nacionais, bem como relatórios com resultados detalhados sobre o Enade e CPC de Cursos.
Disponibilização dos Resultados de Avaliação
Ao longo do ano de 2019, o Departamento propôs uma ampla regulamentação dos
instrumentos de avaliação aplicados internamente na Universidade. Todas as regras que
envolvem a aplicação, funcionamento e disponibilização dos resultados foram discutidos e
aprovados pela CPA, contemplando alterações no formato de aplicação de alguns questionários.
33
Essa ação buscou proporcionar maior formalidade e legalidade aos processos de avaliação
internos.
O Painel de Avaliação, criado para dar suporte aos NAUs, necessitou de adequações em
virtude das alterações nos instrumentos de avaliação aplicados. Novos relatórios foram
desenvolvidos para apresentar resultados da avaliação qualitativa, de cursos presenciais e a
distância.
Um novo Relatório de Avaliação foi desenvolvido e disponibilizado aos docentes para
auxiliar no processo de progressão funcional. Esse relatório apresenta os resultados de avaliação
de forma resumida, com base no interstício de progressão, tornando mais ágil a obtenção dos
resultados de avaliação por parte do docente.
Enade
A cada ano novos recursos são utilizados para ampliar a comunicação de informações
importantes sobre o Enade às COMGRADs e alunos participantes. O sistema interno de apoio
ao Enade foi aprimorado para contemplar alterações determinadas pelo INEP, visando facilitar
o processo de inscrição, consulta e dispensa dos alunos. Vários ajustes foram realizados no
sentido de facilitar a gestão do exame por parte desta Secretaria. Foram atualizados, por parte
deste Departamento, dois manuais referentes ao Enade, um para as COMGRADs
(http://www.ufrgs.br/sai/avaliacao-externa/manual-enade-comgrads-2019) e outro para os
alunos participantes (http://www.ufrgs.br/sai/avaliacao-externa/manualEstudante2019), a fim
de sanar dúvidas e esclarecer o processo.
No ano de 2019, o Departamento de Avaliação fez uma revisão das informações sobre
Enade apresentadas nos diversos sistemas informatizados da Universidade. Novos formatos de
apresentação foram desenvolvidos para fornecer ao aluno, Comissões de Graduação, e demais
usuários maior agilidade e precisão nos dados referentes ao Enade.
Como resultado desse processo de melhoria contínua e da crescente integração no
trabalho da Secretaria junto com as COMGRADs, os alunos concluintes do Enade 2019 que
preencheram o questionário do estudante (requisito indispensável à regularidade do aluno)
totalizaram o percentual de 98,66% dos inscritos no exame.
No ano de 2019 o Departamento desenvolveu vários tipos de análises sobre o Enade,
contribuindo para que a instituição perceba ainda mais a importância do Exame e seu impacto
no Índice Geral de Cursos (IGC). Outros Relatórios novos elaborados foram sobre o
desempenho especifico de Cursos, analisando o CPC e seus respectivos insumos.
Novos instrumentos de avaliação
34
A CPA discutiu e aprovou a aplicação dos instrumentos de avaliação da infraestrutura e
a reformulação do instrumento de Autoavaliação docente. O Departamento de Avaliação fez o
desenvolvimento desses novos questionários em sistema informatizado e iniciou a aplicação
em dezembro de 2019.
Com relação às potencialidades e fragilidades do setor, é importante salientar que o
Departamento de Avaliação passou por uma importante reformulação do ano de 2019. Como
potencialidades, pode-se citar que, em conjunto com a gestão, foi produzido, no início do ano,
um documento com a formalização das atividades desempenhadas pelo setor. Algumas
atividades foram revistas e tarefas foram distribuídas a outros Departamentos e Comissões da
Universidade. Essa ação foi importante para tornar mais objetivas as atribuições e
responsabilidades de competência do Departamento.
Houve também uma ampliação do trabalho analítico dos resultados de avaliação,
qualificando a possibilidade de ações de melhoria por parte dos gestores (Administração
Central, gestão da SAI, Direções de Unidade, Coordenações de COMGRADs, Coordenações
de NAUs, entre outras instâncias).
Como fragilidade, pode-se citar que o mapeamento dos processos referenciado no ano
anterior continua sendo um ponto a melhorar. Poucos processos foram mapeados até o momento
e aqueles que foram mapeados ainda não obtiveram ações de melhoria. O excesso de demandas
diminui o tempo disponível para a realização dessa atividade. É importante retomar o
mapeamento de processos do setor, para que possíveis melhorias possam ser implementadas.
As demandas da SAI, CPA e NAUs foram atendidas dentro da disponibilidade.
Verificou-se que existem muitas demandas, principalmente por parte dos NAUs, para extração
de resultados de avaliações. Essas demandas geralmente ocupam tempo do Departamento de
Avaliação. É importante verificar a possibilidade de incorporar algumas extrações ao Painel de
Avaliação de acesso aos NAUs. Com isso, restaria mais tempo ao Departamento para atenção
a outras demandas.
Processos de autoavaliação, apoio aos NAUs e à CPA
Com a consolidação gradativa da avaliação institucional, o campo da autoavaliação tem
gerado crescente interesse e tem conhecido um incremento nos últimos anos. Considerando que
o desenvolvimento de processos de autoavaliação contribuem para a reflexão sobre
potencialidades e fragilidades institucionais, servindo de base para os gestores efetivarem ações
35
de melhoria e elaborarem planejamentos mais amplos, que incluam a possibilidade de
avaliações futuras, a Universidade tem investido nessa perspectiva.
Um setor da SAI atrelado diretamente à gestão tem se consolidado na construção desse
trabalho, desenvolvendo ações para um acompanhamento mais efetivo aos processos de
autoavaliação, entre as quais destacam-se, em 2019: a assessoria ao trabalho da CPA; o
acompanhamento da elaboração do RAAI pelos setores da Administração Central e NAUs; o
apoio mais efetivo aos NAUs, visando seu fortalecimento e estimulando um trabalho mais
integrado com a CPA e SAI; o apoio ao Fórum dos NAUs e à sua Coordenação; bem como o
reforço à participação dos NAUs em eventos como AVALIES - Simpósio Avaliação da
Educação Superior e Salão de Ensino, com a temática Avaliação Institucional.
Com o objetivo de melhorar os índices de participação da comunidade acadêmica na
resposta aos instrumentos de avaliação aprovados na CPA, é desenvolvido um trabalho de
acompanhamento sistemático junto aos NAUs sobre o preenchimento dos questionários por
parte dos alunos.
Quanto ao Relatório de Autoavaliação Institucional (RAAI), é realizado um trabalho de
orientação e acompanhamento de setores da Administração Central e NAUs na condução dos
processos de autoavaliação. Como resultado, obteve-se um alto número de relatórios dos NAUs
finalizados em 2018: entre os 29 relatórios de autoavaliação esperados no ano, foram entregues
26, chegando a um percentual de sucesso na ordem de 89,65%. Apenas os NAUs Letras, ICTA
e IPH não entregaram os relatórios. Já em 2019, houve participação nas reuniões de orientação
para elaboração do RAAI para os setores da Administração Central (1) e para os NAUs (2),
além de reuniões de orientação para sanar dúvidas, por solicitação, como foi o caso do NAU
ICBS (18/10) e AGA (29/11).
O apoio e suporte ao trabalho dos NAUs se dá em várias frentes, entre elas: estimular
os NAUs para a promoção de eventos de publicização dos resultados da avaliação,
especialmente em eventos como a Semana de Avaliação, Salão de Ensino, Seminários, Fóruns,
etc., bem como no AVALIES – Simpósio Avaliação da Educação Superior. O setor de
autoavaliação da SAI participou das atividades promovidas pelos NAUs na Semana de
Avaliação, acompanhando as seguintes atividades: NAU IPH (26/06); NAU Letras (27/06);
NAU FAMED (28/06); NAU Enfermagem (02/07); NAU Química (07/08).
No Salão de Ensino, em 2019, houve apresentações de 19 trabalhos dos NAUs,
representando um impacto bastante positivo no processo de autoavaliação institucional e
visibilidade para o trabalho dos NAUs. Trabalhou-se também no estímulo à participação dos
36
NAUs em eventos externos como o AVALIES – Simpósio Avaliação da Educação Superior,
que contou com a participação, além de servidores e gestão SAI, do NAU Odontologia, através
da representação e sua Coordenadora, profa. Eloá Rossoni, que apresentou o trabalho
“Avaliação Interna dos Cursos de Graduação da Faculdade de Odontologia da UFRGS, 2016 a
2018".
Na linha de orientar e estimular os NAUs para a publicização dos resultados de avaliação
interna e externa, foi organizada uma publicação intitulada “Cadernos de Avaliação: resultados
de avaliação no contexto dos NAUs”, que contém o histórico do surgimento do NAU e os
resultados de avaliação da Unidade. Em 2019 essa publicação teve início com um Projeto
Piloto, elaborado pelo NAU do Campus Litoral Norte. Para viabilizar essa publicação, foram
realizadas reuniões com o NAU CLN (14/03 e 23/08), e com o Núcleo de Comunicação
estratégica da SECOM, para definir a arte (13/09 e 21/11).
Objetivando uma melhor divulgação do trabalho de avaliação desenvolvido pelos
NAUs, outra ação tem sido estimulá-los a desenvolver e atualizar seus sites, de acordo com
orientações contidas no Manual dos NAUs, trabalho que tem avançado e obtido ótimas
respostas.
Outro objetivo importante para o fortalecimento da estrutura dos NAUs, é o reforço para
que sua atuação na Unidade esteja amparada legalmente. Para tanto, tem sido realizado um
trabalho constante, em parceria com a secretaria administrativa, de verificação e
acompanhamento das Portarias de funcionamento dos NAUs. Trata-se de um procedimento que
garante a oficialidade e legalidade do trabalho do NAU, e que envolve contato constante com
os mesmos, seja por meios eletrônicos e digitais, ou por telefone, visando garantir a atualização
das Portarias e registro dos membros pelo setor de Recursos Humanos da Unidade, de modo a
possibilitar o acesso do NAU ao Painel de Avaliação.
Foi realizado um diagnóstico sobre a situação de cada um dos NAUs, visando o
fortalecimento de suas estruturas, e chegou-se a um resultado sobre a necessidade de realizar
visitas aos mesmos nas Unidades. Foi elaborado um cronograma de visitas Internas da SAI aos
NAUs, que incluía, entre outros critérios, aquelas Unidades que receberiam em breve Visitas
Externas de Avaliação, realizada por Comissões enviadas pelo MEC/INEP, bem como aqueles
NAUs que estavam demonstrando dificuldades em seu trabalho.
Assim, foram realizadas visitas internas pela SAI aos NAUs das seguintes Unidades: no
Campus Centro, Escola de Administração (25/04), Instituto de Ciências Básicas da Saúde
(16/04), Faculdade de Direito (18/04); no Campus do Vale, Instituto de Geociências e Instituto
37
de Ciência e Tecnologia dos Alimentos (14/05), Instituto de Letras e Instituto de Pesquisas
Hidráulicas (16/05), Instituto de Biociências e Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
(24/05), totalizando 09 NAUs/Unidades. Foram observadas as condições de trabalho, atentando
para questões como: participação da equipe no trabalho, disponibilidade de Bolsista, existência
de local próprio para trabalho do NAU, construção do site de acordo com o Manual NAUs,
Portaria atualizada e registrada no sistema RH da Unidade, entrega do RAAI, existência de um
Plano Anual de Atividades, conhecimento do Planejamento Estratégico da Unidade ou PDI da
Unidade (quando existente), apoio/articulação com outras instâncias da Unidade para o trabalho
de avaliação, participação no CONSUNI, realização de análises de resultados de avaliação
(Painel, Enade, Relatório de Visitas Externas), elaboração de um Projeto de Avaliação para a
Unidade para o período de mandato (3 anos), promoção de eventos de avaliação (Semana de
Avaliação, Fóruns, Seminários ou outros), participação em eventos internos e externos de
avaliação (Fórum dos NAUs, AVALIES e outros).
O setor de Autoavaliação da SAI desenvolve também um trabalho integrado à
Regulação, auxiliando e orientando os NAUs na preparação para as visitas de avaliação
externas. Para tanto, participou de 06 (seis) reuniões preparatórias, auxiliando e orientando a
elaboração da apresentação a ser feita pelos NAUs para a CPA e avaliadores: NAU Escola de
Administração (29/03 e 15/10); NAU FCE (24/04); NAU CLN (26/04 e 08/10); NAU FABICO
(29/10).
Outras reuniões foram realizadas com os NAUs, tendo em vista o atendimento de suas
demandas: NAU FACED (17/04), NAU IGEO (04/07), NAU Química (05/07), para orientação
de equipes novas; NAU da FAMED (05/04, 29/11), sobre Instrumento Próprio de avaliação do
Internato de Medicina, considerando especificidades não previstas no Instrumento aprovado
pela CPA.
Para melhorar o funcionamento do Fórum dos NAUs, houve atuação em parceria com
a secretaria administrativa da SAI, auxiliando na organização do evento. Com esse objetivo,
foram realizadas reuniões preparatórias com a Coordenação do Fórum dos NAUs (28/03, 24/04,
12/09); foram elaborados os projetos de capacitação para a EDUFRGS; trabalhou-se no apoio
à divulgação da programação do evento; houve a colaboração no relatório de execução do
evento e na análise sobre a avaliação realizada pelos participantes no evento. Em 2019 foram
realizados dois Fóruns dos NAUs (29/04 e 05/12).
O setor de autoavaliação atua também no auxílio à gestão da SAI/CPA na elaboração
de documentos que envolvam avaliação institucional. Neste ano, houve colaboração na redação
38
do Projeto de Avaliação, com a participação em reuniões que refletiram coletivamente sobre o
documento (três reuniões com a gestão da SAI em julho 2019, mais uma reunião com membros
da CPA em 18/09); participação na redação do Histórico da avaliação, para ser atualizado na
página da SAI; elaboração de um texto síntese sobre a UFRGS para os Avaliadores Externos,
contendo o dimensionamento da instituição, número de Cursos de Graduação e Programas de
Pós-Graduação por Unidade.
A gestão da SAI tem focado na importância de publicizar os resultados da avaliação,
buscando fortalecer a temática da avaliação como um campo de conhecimento, de pesquisa.
Assim, o setor de autoavaliação atuou em apoio aos NAUs para publicação de trabalhos nos
eventos citados e esteve envolvido nesse campo de produção científica sobre avaliação,
elaborando artigo para ser apresentado no Avalies 2019, e trabalhando em artigos aceitos em
duas Revistas Qualis A1 na área de Avaliação: Revista Avaliação Campinas, São Paulo e
Revista Ensaio, da Unirio, Rio de Janeiro, colaborando assim para registrar o histórico e as
práticas de avaliação institucional na UFRGS.
Um dos desafios a serem enfrentados no próximo período é transformar este setor que
está tratando de autoavaliação em mais um departamento da SAI, tendo em vista a importância
que o processo de autoavaliação está refletindo na Universidade. Oportuno dizer que, além do
trabalho de autoavaliação da graduação, a pós-graduação está sendo desafiada, através de uma
nova ficha de avaliação proposta pela Capes, a pensar na questão da autoavaliação, como parte
da estrutura dos Programas de Pós-Graduação. Durante o ano de 2019 houve grande demanda
à SAI por parte dos Programas de Pós-Graduação, para auxiliá-los na resposta ao atendimento
dessa solicitação da Capes.
Na UFRGS, existe um instrumento de avaliação da Pós-Graduação, em vigor desde
2015-1. Ou seja, já existem dados organizados sobre a avaliação interna dos Programas de Pós-
Graduação. É preciso agora reavaliar e ver até que ponto esse instrumento e o banco de dados
com seus resultados atendem às exigências da Capes. Para tanto, o papel dos NAUs continuará
sendo fundamental.
Os NAUs têm contado com um importante recurso para desenvolver suas análises na
área de avaliação institucional, através do Painel de Avaliação, o qual concentra os resultados
da avaliação na forma de banco de dados organizados, com informações qualitativas e
quantitativas sobre os resultados da avaliação interna, obtidos a partir da resposta aos
instrumentos aprovados pela CPA. Através do Painel de Avaliação, os NAUs têm acesso aos
resultados da Avaliação das atividades de ensino ministradas. Tem-se os seguintes instrumentos
39
em vigência na UFRGS: Avaliação do Docente pelo Discente, Autoavaliação Docente,
Avaliação de Atividades EaD em Cursos presenciais; Avaliação de Cursos EaD, e Avaliação
da Pós-Graduação.
Está em construção pela CPA uma reflexão a respeito de um instrumento de avaliação
da Extensão, tendo em vista a normativa que exige a inserção da extensão nos currículos dos
cursos de graduação da Universidade.
Assim, acredita-se que cada vez mais o papel dos NAUs em relação à autoavaliação
deverá conhecer um maior desenvolvimento e especialização, pois a pós-graduação deverá
demandar trabalho: além do que exige a avaliação dos cursos de graduação, agora, a pós-
graduação também deverá ser acompanhada. Eis o desafio! Por isso, a criação este
departamento é de fundamental importância para a SAI e para a Universidade.
De forma geral, na perspectiva de retomada das potencialidades, fragilidades e
estratégias em busca de melhoria relativas ao ano anterior, cabe destacar os seguintes pontos
em relação ao ano de 2019: houve ampliação da produtividade no setor de autoavaliação, a
partir da redefinição de atribuições e vinculação direta à gestão; houve a ampliação das
estratégias de sensibilização para o desenvolvimento, pelos NAUs, de atividades de avaliação
alinhadas com a CPA, através das Visitas de avaliação internas; houve maior estímulo à
realização de atividades e participação dos NAUs na Semana de Avaliação UFRGS, no Salão
de Ensino (incluindo maior participação dos bolsistas dos NAUs) e no AVALIES; houve
significativa ampliação da produção científica sobre avaliação.
Ações do Plano de Gestão 2016-2020 e contribuições para o PDI 2016-2026
Quanto ao PG, a SAI é responsável por três ações: 1). Práticas de Avaliação; 2).
Acreditação; e 3). Egressos. A ação Acreditação aguarda a liberação de novos procedimentos
externos, especialmente através do sistema Arcu-Sul, do INEP/MEC, para continuidade. A
Ação Egressos está em fase de andamento. A Reitoria nomeou, em 2019, um GT de trabalho
que está tratando do assunto.
A ação de Práticas de Avaliação encontra-se em execução. No ano de 2019 houve o
aprimoramento de algumas etapas da ação, enquanto outras tiveram novo planejamento:
• Projeto de Avaliação Institucional da UFRGS: O projeto de avaliação da UFRGS,
devido a muitas demandas desta Secretaria, foi deixado para ser tratado com a nova
gestão da CPA, empossada em outubro de 2019. Muitos pontos ainda precisam ser
desenvolvidos e debatidos com a CPA e com os NAUs. Em 2020 este projeto deverá
ser encaminhado ao CONSUN, para manifestação,
40
• Organização e publicação dos resultados de avaliação: a SAI articulou a publicação
do RAAI 2018; e dos “Cadernos de Avaliação: resultados de avaliação no contexto
dos NAUs”, que iniciou em 2019 com o Projeto Piloto elaborado pelo NAU do
Campus Litoral Norte. Ambos os documentos se constituem de importantes
instrumentos de registro e publicização do desempenho da UFRGS nos processos
de avaliação interna e externa.
• Programa Permanente de Qualificação em Avaliação Institucional: criado em 2018
com o objetivo geral de auxiliar no fortalecimento da cultura de avaliação
institucional, por meio da oferta de um conjunto de atividades de caráter pontual
e/ou permanente que qualifiquem os diferentes sujeitos da comunidade acadêmica
para os processos e práticas avaliativos. Nesse sentido, a SAI, em conjunto com a
EDUFRGS, ofereceu um conjunto de ações, especialmente aos NAUs e CPA. A
Secretaria Administrativa auxiliou na elaboração e envio dos projetos dessas ações
para a Escola de Desenvolvimento de Servidores da UFRGS, envio dos relatórios
de execução, divulgação, lista de presença e da avaliação dos participantes das
atividades que foram ministradas. O Quadro a seguir traz os resultados das ações
de capacitação desenvolvidas no ano. A SAI trabalhou junto à EDURGS no sentido
de atender as demandas de participação dos bolsistas dos NAUs em algumas ações.
Quadro 1. Programa Permanente de Qualificação em Avaliação Institucional – Cursos
oferecidos Programa Permanente de Qualificação em Avaliação Institucional – Cursos oferecidos
Curso Data Vagas previstas Número de
participantes
Oficina de preparação para o Enade
2019 18/07
Duas vagas para cada
Comgrad participante do
Enade
53
SPSS para integrantes dos NAUs
16 a 30/09 18
Média de 15 pessoas
p/ encontro:
30/08: 15
16/09: 12
18/09: 18
23/09: 14
25/09: 16
Elaboração do Relatório de
Autoavaliação Institucional (RAAI)
UFRGS 2019 - Administração
Central
23/09 50 34
Elaboração do Relatório de
Autoavaliação Institucional (RAAI)
UFRGS 2019 – NAUs
Turma 1) 25/09
Turma 2) 01/10
100
47
Turma 1) 33
Turma 2) 14
Técnicas de análise qualitativa de
dados 18/10 25 24
41
Programa Permanente de Qualificação em Avaliação Institucional – Cursos oferecidos
Curso Data Vagas previstas Número de
participantes
Orientações para preenchimento do
formulário eletrônico de avaliação e
preparação para visita in loco nos
Processos autorizativos de cursos
de graduação.
1/11 25 29
Curso NVivo para integrantes dos
NAUs 22/11 18 15
Análise dos resultados do IGC,
CPC e Enade 10/12 100 17
• Definição e publicação dos indicadores de avaliação institucional: o processo de
construção do Projeto de Avaliação UFRGS, iniciado em 2018, deve oferecer
subsídios para que este trabalho se concretize em 2020.
• Organização e publicação dos resultados das avaliações externas: o Painel da
Qualidade, disponibilizado à comunidade acadêmica em dezembro de 2019
contempla uma série de resultados de avaliação da UFRGS. Entre eles, destaca-se:
desempenho nos rankings internacionais, desempenho nos indicadores do Sinaes
(Enade, CPC, IGC), desempenho nas avaliações in loco dos cursos de graduação,
desempenho na pós-graduação segundo indicadores da Capes, resultados da
avaliação interna. O desafio para o ano de 2020 é verificar as necessidades de
melhoria, a partir dos retornos dos usuários.
• Aperfeiçoar a coleta e discussão dos dados e das responsabilidades acerca dos
resultados de avaliação na graduação e na pós-graduação: esta etapa está em
andamento. No ano de 2019, assim como realizado em 2018, a partir da Semana de
Avaliação, a CPA realizou encontros para entrega de relatórios e discussão de
resultados com alguns órgãos da Administração Central. A PROPG, a PROGRAD
e a SEAD receberam relatórios setoriais, com dados de avaliação de estudantes e
professores sobre questões específicas de cada área. À Reitoria foi entregue um
relatório geral com os dados apresentados na Semana de Avaliação. As reuniões
foram bastante produtivas e esclarecedoras, contribuindo efetivamente para a
promoção da cultura de avaliação na Universidade, bem como para a discussão dos
dados e responsabilidades acerca dos resultados de avaliação.
• Integrar os resultados da avaliação com o planejamento anual do órgão: esta etapa
constitui-se de um desafio que começou a ser trabalhado na entrega do RAAI 2018.
A orientação de que as diversas unidades da UFRGS explicitem suas ações de modo
a construir uma reflexão crítica, relacionando-as com o PG, PDI e/ou Plano
42
Estratégico da Unidade é um passo importante, que tem sido estimulado
constantemente, e tem contribuído para alinhar ações institucionais.
O PDI 2016-2026 prevê que a avaliação institucional deverá estar em consoante com as
diretrizes do planejamento, analisando os indicadores de desempenho internos e externos
observando também o disposto na legislação vigente. Neste tocante, acredita-se que a CPA, a
SAI e os NAUs têm contribuído efetivamente, na medida que buscam a articulação com as
ações de planejamento em todos os níveis, realizam a coleta e análise de dados por meio de
processos como a avaliação docente e a avaliação discente, acompanham indicadores externos
como Enade, CPC, IGC e rankings internacionais. Como desafio, vislumbram-se, ainda, o
aperfeiçoamento do Projeto Institucional de Avaliação da UFRGS que deve ser encaminhado
pela CPA/SAI ao Conselho Universitário em 2020, assim como a contínua elaboração e revisão,
por parte da CPA, dos instrumentos de avaliação da Universidade, visando atender a Lei Federal
Nº 10.861 que institui o Sinaes.
43
Quadro 2. Resumo da Avaliação da SAI OBJETIVOS PDI O
QUE SE
RELACIONAM COM A
AÇÃO
ITENS -
ASPECTOS
/QUESITOS
POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA
DE MELHORIAS
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Apoio da SAI à
CPA na elaboração
do Relatório de
Autoavaliação
Institucional
Experiência na elaboração do
documento
Elaboração de pareceres pela CPA
Manutenção do cronograma de entrega
dos documentos para o mês de
novembro
Dificuldade dos NAUs e dos órgãos
da Adm. Central de seguir o
formato sugerido pela CPA/SAI
Aperfeiçoamento contínuo do trabalho de
elaboração e análise do RAAI pela CPA
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Promoção de
eventos internos
para difusão dos
resultados de
avaliação
Ampliação da participação do público-
alvo da Semana de Avaliação UFRGS
Temática específica de avaliação
institucional no Salão de Ensino do
Salão UFRGS
Entrega de relatórios setoriais e
institucionais pela CPA a órgãos
específicos
Participação de todos os NAUs e
gestores de unidades na Semana de
Avaliação UFRGS
Apresentação de trabalhos,
especialmente pelos bolsistas dos
NAUs, na temática Avaliação
Institucional do Salão de Ensino
Encaminhamentos dos resultados
de avaliação pela CPA com vistas à
tomada de decisão por órgãos
específicos
Ampliação das estratégias de sensibilização
para realização de atividades e participação
dos NAUs na Semana de Avaliação UFRGS
Ampliação de ações e eventos de
apresentação de resultados de avaliação
internos e externos
Sensibilização à participação dos bolsistas
dos NAUs para apresentação de trabalhos no
Salão de Ensino
Melhoria no processo de classificação de
trabalhos na temática Avaliação Institucional
do Salão de Ensino
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Atuação da SAI em
atividades e
processos de
trabalho da CPA
Dinâmica de reuniões e sistemática de
GTs
Assessoria da SAI para qualificação de
membros novos da CPA
Apoio da SAI na condução dos
trabalhos e efetivação das ações
Tempo de mandato dos membros
(Regimento)
Espaço físico para reuniões e
trabalho de GTs.
Visibilidade da CPA
Revisão do Regimento, que aborde a questão
do tempo de mandato, organização e
atribuições das instâncias (CPA, NAUs e
SAI)
Solicitação de espaço físico próprio para a
CPA
Ampliação de ações de visibilidade do
trabalho da CPA, especialmente junto aos
NAUs
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Processos de
trabalho de setores
da SAI
Articulação entre o Departamento de
Avaliação, Departamento de
Regulação, setor de Autoavaliação e
Secretaria Administrativa
Assessoria e apoio à CPA
Definição de atribuições,
reponsabilidades e metas por
Departamento e por setor
Conhecimento dos processos de
trabalho de toda a Secretaria
Comunicação interna em relação a
processos e fluxos de trabalho
Número de servidores
Apoio e suporte aos NAUs
Mapeamento de todos os processos de
trabalho
Melhoria na comunicação interna para
simplificar, organizar e otimizar as decisões
da gestão e processos de trabalho
Solicitação de ampliação do quadro de
servidores
Criação de um Departamento de
Autoavaliação
44
OBJETIVOS PDI O
QUE SE
RELACIONAM COM A
AÇÃO
ITENS -
ASPECTOS
/QUESITOS
POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA
DE MELHORIAS
Bom relacionamento e participação
entre os colaboradores da Secretaria
culminando na celeridade das respostas
às demandas solicitadas à SAI.
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Atuação em
processos de
avaliação para fins
de regulação
Apoio e suporte aos cursos de
graduação e demais instâncias das
unidades nos processos regulatórios
Processos de registro e sistematização
das reuniões de avaliação.
Elaboração do Manual da Regulação
Atualização permanente da legislação e
demais fluxos.
Atuação integrada com os demais
setores da SAI.
Comunicação entre
Regulação/UFRGS e o sistema e-
MEC
Cultura de atualização dos Projetos
Pedagógicos dos Cursos que
atendam os aspectos regulatórios
para renovação dos atos
autorizativos
Agilidade do trabalho de extração
de copias dos documentos dos
docentes para preparação às visitas
in loco
Atualização permanente dos dados
no cadastro de Especializações no
sistema e-MEC
Ampliação e mais eficiência nos canais de
comunicação com o MEC, para atendimento
imediato às demandas do Departamento de
Regulação
Aproximação com setores da UFRGS que
tratam de processos regulatórios para que os
processos cheguem ao Departamento de
Regulação de forma adequada
Adequação do sistema informatizado, de
modo a salvar em documento único (PDF) os
comprovantes de sua titulação
Criação de um módulo no portal do servidor,
integrado com a PROPG, para atualização
dos cursos de especialização no sistema e-
MEC
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Processos de
avaliação interna e
externa
Melhoria na comunicação e cooperação
entre SAI e COMGRADs refletindo-se
no aumento do percentual de
respondentes no Questionário do
Estudante do Enade 2019.
Excelente entrosamento entre
Secretarias e Pró-Reitorias da IES com
a SAI ocasionando melhorias e rapidez
na efetivação dos processos.
Parceria estabelecida entre CPD e SAI
acarreta um bom trabalho de
desenvolvimento e manutenção de
sistemas.
Crescente interesse da comunidade
acadêmica nas capacitações oferecidas
pela Secretaria em relação a avaliação
institucional.
Mapeamento e documentação dos
processos de trabalho.
Dificuldade no processo de
aplicação e liberação dos resultados
de avaliação.
Mapeamento de todos os processos de
trabalho envolvendo avaliação interna e
externa, a partir do qual possa ser proposta a
melhoria dos mesmos, buscando alcançar
maior agilidade na execução das atividades.
Aprimoramento no processo de avaliação e
de liberação dos resultados via sistema.
Analisar as informações divulgadas pelos
rankings, de modo a identificar
posicionamentos e consequências para a
instituição.
45
OBJETIVOS PDI O
QUE SE
RELACIONAM COM A
AÇÃO
ITENS -
ASPECTOS
/QUESITOS
POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA
DE MELHORIAS
Melhoria na definição institucional a
respeito do acompanhamento e
fornecimento de informações aos
rankings.
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Processos de
autoavaliação e
apoio aos NAUs
Promoção de atividades de formação
continuada aos NAUs por meio do
Programa Permanente de Capacitação
em Avaliação Institucional
Diálogo com os NAUs, tanto
individualmente quanto em nível de
Fórum.
Apoio aos NAUs com oferta de Editais
de Bolsas.
Visitas internas aos NAUs visando a
qualificação do trabalho em avaliação
Maior entrosamento do trabalho entre
NAUs e CPA.
Fortalecimento da parceria entre SAI,
CPA e Coordenação do Fórum NAUs.
Diferentes níveis de
desenvolvimento do trabalho de
avaliação realizado pelos NAUs
Integração no trabalho dos NAUs
com a direção e instâncias
decisórias da Unidade (Conselho,
Chefias Depto., COMGRADs, entre
outras).
Acesso aos dados e definição da
conduta quanto aos
encaminhamentos dos resultados de
avaliação que estão sob
responsabilidade do NAU.
Nivelamento entre as experiências de
trabalho dos NAUs, especialmente através de
ações articuladas entre SAI, CPA e Fórum
dos NAUs.
Criação de um Departamento de
Autoavaliação que tenha condições de
oferecer maior suporte e apoio aos NAUs.
Melhorar a divulgação e acompanhamento,
pelos NAUs, do processo de elaboração de
instrumentos de avaliação pela CPA.
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Ações do PG e
contribuições para o
PDI
Constituição do GT Projeto de
Avaliação pela CPA.
Criação e implantação do Programa
Permanente de Qualificação em
Avaliação Institucional.
Aperfeiçoamento da discussão dos
dados e responsabilidades acerca dos
resultados de avaliação na graduação e
pós-graduação.
Integração da avaliação com o
planejamento, tanto em nível
institucional quanto de unidade.
Execução do Plano de
Relacionamento com os Egressos.
Processos de Acreditação não
deflagrados pelo INEP/MEC
(Sistema Arcu-Sul).
Avaliação dos resultados preliminares do
Programa Permanente de Qualificação em
Avaliação Institucional, de modo a promover
melhorias.
Discussão e aprovação do Projeto de
Avaliação UFRGS.
Estudo de ações que melhorem a relação
entre avaliação e planejamento em todas as
instâncias institucionais.
46
3.1.1.2 PROPLAN
Atualmente, a gestão estratégica da Universidade é composta por três instrumentos de
planejamento: o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), o Plano de Gestão (PG) e os
Planos Anuais (PA) de cada órgão. O PDI é um planejamento de longo prazo (10 anos) e contém
os grandes objetivos estratégicos da Universidade. Já o PG desdobra os objetivos estratégicos
do PDI em objetivos para um período dos 4 anos de reitorado. O plano anual contém o
planejamento operacional de cada órgão da Universidade.
A Pró-Reitoria de Planejamento e Administração (PROPLAN) é o órgão responsável
pela definição do método de planejamento para a Universidade, bem como do seu
acompanhamento. Desta forma, em 2016, a PROPLAN conduziu a elaboração do PG 2016-
2020 e, a partir do ano seguinte, passou a realizar acompanhamento semestral das ações do
plano, com publicação anual dos resultados alcançados. O PG 2016-2020 contém 16 objetivos
agrupados nos 4 objetivos estratégicos do PDI 2016-2026, conforme apresentado na Figura 1.
Cada objetivo, por sua vez, foi desdobrado em ações.
Figura 1. Objetivos do Plano de Gestão
No início do ano de 2019 foram realizadas reuniões com os responsáveis pelas ações
para averiguar seu andamento e identificar as principais realizações do ano anterior. Os
responsáveis também preencheram a planilha de acompanhamento e colocaram as evidências
dos projetos na plataforma Moodle. A partir destas informações, foi elaborado o fechamento
do ano anterior. Os resultados anuais do PG estão disponíveis em http://www.ufrgs.br/ufrgs/a-
ufrgs/plano-de-gestao.
47
Em julho de 2019 foi realizado o acompanhamento semestral das ações, conforme
apresentado na Figura 2.
Figura 2. Acompanhamento das ações – julho 2019
Em relação ao acompanhamento realizado em setembro de 2018, verifica-se
crescimento do número de ações finalizadas (0 para 5) e redução de ações congeladas (10 para
8). A ocorrência de ações concluídas é compatível com a proximidade do encerramento PG,
que entra em seu último ano em 2020. Entre os fatores que contribuíram para o congelamento
ou atraso das ações destacam-se, fundamentalmente, os cortes orçamentários e, em alguns
casos, mudança de diretrizes.
Por estarem diretamente vinculados, ao executar e acompanhar as ações do PG, está se
fazendo o acompanhamento e a execução do PDI. Assim, a análise realizada para o PG pode
ser expandida para o PDI.
O Quadro 3 apresenta as potencialidades e fragilidades percebidas em 2018, as ações a
previstas para melhoria do trabalho e a situação em 2019.
Quadro 3. Potencialidade e Fragilidades ITEM POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES SITUAÇÃO 2019
Planejamento
estratégico das
Unidades
Acadêmicas
Interesse das Unidades
Acadêmicas em
aprimorar seu
planejamento
Instrumento atual é
operacional e
focado na avaliação
dos técnicos
administrativos
Desenvolver um
novo modelo e
instrumento de
planejamento para
as unidades (PDU)
Em desenvolvimento
Gestão de
Portfólio
O PG contém de forma
bem organizada as ações
planejadas para a
Universidade
O Plano não prevê
a priorização entre
as ações
Não há critérios
definidos
Estudar um
método para
definição das
prioridades
Não iniciado
48
Em 2018, identificou-se como principais necessidades deste eixo a melhoria do processo
de planejamento e da gestão de portfólio.
Em relação ao primeiro item, definiu-se a estrutura do novo instrumento para
planejamento das unidades, o PDU. Além do instrumento, será ofertado às unidades, uma
proposta de método para elaboração e acompanhamento do PDU que se está em
desenvolvimento. A previsão de lançamento do PDU é 2020. No mesmo contexto, a PROPLAN
também está revisando o método de elaboração e acompanhamento do PG para a próxima
edição do mesmo que ocorrerá em 2020.
Neste ano houve pouco avanço na criação do método para gestão de portfólio das ações
estratégicas da Universidade, pois o setor responsável pela ação, o Departamento de Gestão
Integrada (DGI/PROPLAN), sofreu redução significativa no seu quadro de pessoal,
impossibilitando o desenvolvimento do trabalho.
Por fim, uma maior vinculação entre o planejamento e a avaliação institucional continua
sendo necessária.
49
3.2 Eixo 2 – Desenvolvimento Institucional
O Eixo 2 – Desenvolvimento Institucional compreende as dimensões Missão e PDI e
Responsabilidade Social. Os textos avaliativos da dimensão Missão e PDI contaram com
contribuições do Gabinete do Reitor e da dimensão Responsabilidade Social com contribuições
da SEDETEC, Parque Zenit, PROREXT, CAF, PROGESP, RELINTER, Setor de Convênios,
AGA, SUINFRA (Setor De Patrimônio Histórico) e Museu.
3.2.1 Dimensão 1: Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional
O Gabinete do Reitor, a seguir, apresenta suas contribuições para a avaliação da
dimensão.
3.2.1.1 Gabinete do Reitor
Breve Histórico da Instituição
A história da UFRGS começa com a fundação da Escola de Farmácia e Química, em
1895 e, em seguida, da Escola de Engenharia. Assim iniciava também a educação superior no
Rio Grande do Sul. Ainda no século XIX, foram fundadas a Faculdade de Medicina de Porto
Alegre e a Faculdade de Direito que, em 1900, marcou o início dos cursos humanísticos no
Estado. Somente em 28 de novembro de 1934, através do Decreto 5.758, foi criada a
Universidade de Porto Alegre, com a finalidade precípua de “aperfeiçoar a educação intelectual,
moral e física das nossas gerações, e ministrar conhecimentos culturais e práticas que preparem
cidadãos úteis à Nação e à humanidade”. Com essa missão, nasce a primeira Instituição de nível
superior no Rio Grande do Sul, integrada incialmente pelas Escola de Engenharia, com os
Institutos de Astronomia, Eletrotécnica e Química Industrial; Faculdade de Medicina, com as
Escolas de Odontologia e Farmácia; Faculdade de Direito, com sua Escola de Comércio;
Faculdade de Agronomia e Veterinária; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e Instituto de
Belas Artes. Passou ao encargo do Estado na década de 1940. Em 1950, a Universidade foi
integrada ao sistema federal do ensino superior no país, criado pouco tempo antes.
O período de 1952 a 1964 foi de expansão física. Nesse período, várias faculdades
ganharam suas próprias sedes; foi construído o prédio da Reitoria (1957); e foram elaborados
os projetos para os campi, como o “Plano piloto da cidade universitária de Porto Alegre”, no
Vale da Agronomia. Houve também a criação de muitos cursos e reestruturação de outros; a
Faculdade de Filosofia ganhou o Colégio de Aplicação. Houve ainda uma importante mudança
de paradigma, pois a Universidade deixou de ser um estabelecimento tradicional, voltado ao
50
ensino, para dedicar-se também à produção de conhecimento como um dos objetivos da
formação acadêmica.
A partir de 1988, com a nova constituição, as universidades federais passaram por
mudanças importantes no sentido de democratização interna e de reinstituição da própria missão
da Universidade. O novo Estatuto, aprovado pela comunidade universitária em 1994, representa
uma síntese dessas mudanças, tendo, em seu Artigo 2º, o seguinte enunciado: “A UFRGS, como
Universidade Pública, é expressão da sociedade democrática e pluricultural, inspirada nos
ideais de liberdade, de respeito pela diferença, e de solidariedade, constituindo-se em instância
necessária de consciência crítica, na qual a coletividade possa repensar suas formas de vida e
suas organizações sociais, econômicas e políticas.”
Com a instituição do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das
Universidades Federais (REUNI), em 2007, com finalidade de adotar uma série de medidas
para retomar o crescimento do ensino superior público, proporcionando condições para que as
universidades federais promovessem a expansão física, acadêmica e pedagógica da rede federal
de educação superior, houve a possibilidade de uma série de realizações, como a criação de
novas vagas para ingresso por concurso vestibular e de novos cursos, a ampliação da pós-
graduação e a elevação do número de estudantes de mestrado e doutorado.
A aprovação do Programa de Ações Afirmativas pelo Conselho Universitário, ainda no
ano de 2007, possibilitou o ingresso, por reserva de vagas para todos os cursos de graduação da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, de candidatos egressos do Sistema
Público de Ensino e de candidatos egressos do Sistema Público autodeclarados pretos e pardos,
além de candidatos indígenas. Inicialmente, a partir de 2008, foram reservadas 30% das vagas
para candidatos de escola pública, sendo a metade delas destinadas a candidatos autodeclarados
negros, e cujo percentual atinge 50% reservas de vagas para o Concurso Vestibular de 2016. Já
no Concurso Vestibular - CV 2019, houve a implantação de cotas para Pessoas com Deficiência,
no qual contemplaram 25% das vagas referente ao percentual das vagas destinadas aos cotistas.
E em 2020, pela primeira vez o CV, ocorreu nos dois últimos finais de semana de novembro o
que foi visto muito positivamente pelos candidatos.
Com a inauguração do Campus Litoral Norte, em 2014, a UFRGS sedimentou o
conceito de expansão em áreas onde não existia ensino superior, contribuindo para o
desenvolvimento da região do litoral no norte do Estado, oportunizando formação superior de
alto nível, com oferta de ações plurais de ensino, pesquisa e extensão. A modalidade de ensino
oferecida inicialmente, o Bacharelado Interdisciplinar, BI, é uma nova opção pedagógica com
51
maior flexibilidade curricular e possibilidade de diálogo entre as disciplinas, que facilita as
escolhas dos estudantes por distintos percursos formativos. Regulada pelo Conselho Nacional
de Educação, esta modalidade visa dotar a universidade brasileira das condições fundamentais
para responder aos desafios do mundo do trabalho, das novas dinâmicas de desenvolvimento
do conhecimento e da cidadania do século 21.
Como Instituição dedicada à formação de pessoas, à geração e à socialização de
conhecimento e de saberes, a interação acadêmica com outras universidades,
independentemente do país de origem, tornou-se fundamental no século XXI. A economia do
conhecimento, um bem que não conhece fronteiras, tem nas universidades um ator fundamental.
Nos últimos anos, a UFRGS constitui o Campus Internacional, plataforma para o
desenvolvimento de ações integradas e estratégicas de internacionalização. A mobilidade
internacional atingiu números expressivos com o Programa Ciência sem Fronteiras, e a
visibilidade e o reconhecimento internacionais posicionam a UFRGS entre as dez melhores
América Latina e que merece cada vez mais atenção das Universidades de classe mundial. A
participação em redes de universidades com visão internacional, como o Grupo Coimbra de
Universidades Brasileiras, a Associação das Universidades de Grupo Montevideo (AUGM) e a
recém-formada Liga de Universidades dos BRICS, expressa a visão da Universidade e oferece
inúmeras oportunidades para a comunidade universitária. A UFRGS, ao longo dos últimos 5
anos, vem aumentando de forma contínua seu Índice Geral de Cursos (IGC) desde 2011 (4,28)
até o presente momento (4,35). O que a coloca como a melhor universidade federal do país!
Alinhada ao histórico da Universidade temos a sua missão com a finalidade de desenvolver a
educação superior com excelência e compromisso social, formando indivíduos, gerando
conhecimento filosófico, científico, artístico e tecnológico, capazes de promover
transformações na sociedade.
A UFRGS
A UFRGS, com sede em Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul, é uma
Instituição centenária, reconhecida nacional e internacionalmente. Sendo uma Instituição
pública a serviço da sociedade e comprometida com o futuro e com a consciência crítica,
respeita as diferenças, prioriza a experimentação e, principalmente, reafirma seu compromisso
com a educação e a produção do conhecimento, inspirada nos ideais de liberdade e
solidariedade.
A abrangência de atuação com cursos em todas as áreas do conhecimento, da educação
básica à pós-graduação; a qualificação do seu corpo docente, composto em sua maioria por
52
doutores; a atualização permanente da infraestrutura dos laboratórios e bibliotecas; o
incremento à assistência estudantil; e a priorização de sua inserção nacional e internacional são
políticas em constante desenvolvimento. Estes fatores, aliados à pesquisa, com reconhecidos
níveis de excelência, e a extensão, a qual proporciona diversificadas atividades à comunidade,
faz com que a UFRGS conquiste altos níveis em avaliações interna e externa. Por seus prédios
circulam, diariamente, mais de 30 mil pessoas em busca de um dos mais qualificados ensinos
do país.
A UFRGS, uma universidade pública, gratuita, academicamente qualificada, plural e
comprometida com o Brasil contemporâneo, acompanhando um crescente processo de
internacionalização, procura orientar suas ações administrativas em consonância com os
anseios da comunidade de docentes, técnico-administrativos e estudantes, com
responsabilidade social.
O Gabinete do Reitor, órgão de assessoramento ao Reitor e ao Vice-Reitor, tem como
atividade fim o atendimento da demanda institucional advinda da comunidade acadêmica e da
sociedade em geral, bem como a articulação com os diversos setores da Universidade.
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul é uma autarquia dotada de autonomia
didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial. A UFRGS estrutura-se,
essencialmente, em (i) Órgãos da Administração Superior; (ii) Hospital Universitário; (iii)
Unidades Universitárias; (iv) Institutos Especializados; (v) Centros de Estudos
Interdisciplinares; (vi) Campi fora de sede.
A Administração Superior é composta pelos três conselhos superiores - Conselho
Universitário (CONSUN), Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), Conselho de
Curadores (CONCUR) - e pela Reitoria. O CONSUN é o órgão máximo de função normativa,
deliberativa e de planejamento da Universidade, tendo como principais atribuições: estabelecer
diretrizes e supervisionar sua execução. Já o CEPE é um órgão técnico, com funções
deliberativa, normativa e consultiva sobre ensino, pesquisa e extensão. O CEPE é o órgão
responsável por estabelecer as normas gerais para a organização, funcionamento e avaliação
dos cursos de graduação e pós-graduação e das atividades de pesquisa e extensão. Por fim, o
CONCUR é órgão fiscalizador da gestão econômico-financeira, na forma da lei. A Reitoria é o
órgão executivo que coordena e supervisiona todas as atividades universitárias, sendo composto
pelo Gabinete do Reitor, pelas Pró-reitoras, Procuradoria Geral, e órgãos suplementares e de
apoio.
53
O Hospital Universitário da UFRGS é o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA),
constituído sob a forma de Empresa Pública dotada de personalidade jurídica de direito privado
com patrimônio próprio e autonomia administrativa.
As Unidades Universitárias destinam-se ao exercício das atividades de ensino, pesquisa
e extensão. São compostas por conselho próprio, direção (eleitos pela Unidade), departamentos,
comissões de graduação, de pós-graduação, de pesquisa e de extensão e por órgãos auxiliares.
Os docentes da carreira do magistério superior são lotados nos departamentos que coordenam
as disciplinas afins e são compostos por plenário, colegiado e chefia. Ainda no âmbito da
Unidade, os cursos de graduação são coordenados por comissões de graduação; cada curso de
pós-graduação tem um Conselho e é coordenado por uma Comissão de Pós-Graduação; as
comissões de pesquisa e extensão emitem parecer, acompanham e avaliam a execução de
planos, programas e projetos de pesquisa e extensão respectivamente.
Os Institutos Especializados destinam-se a cumprir objetivos especiais de ensino, de
pesquisa e de extensão que, por sua natureza, não estão contemplados nas Unidades
Universitárias. Já os Centros de Estudos Interdisciplinares destinam-se a reunir especialistas da
Universidade e externos a ela, com o objetivo de desenvolver novos programas de ensino, de
pesquisa ou de extensão, de caráter interdisciplinar. Os campi fora de sede são unidades
regionais da Universidade, instaladas em municípios diversos da abrangência geográfica do ato
de credenciamento da UFRGS em vigor, com organização administrativa e acadêmica próprias
e responsabilidade pela realização de atividades de ensino, de extensão, de pesquisa e de
inovação.
O Reitor é a autoridade superior da Universidade e seu representante legal em todos os
atos e efeitos judiciais ou extrajudiciais, que tem a função de administrar e representar a
Universidade, bem como, superintender todos os serviços da Reitoria. O Gabinete do Reitor
tem por finalidade prestar ao Reitor assistência técnica e administrativa. As pró-reitoras e
órgãos suplementares auxiliam o Reitor na função gerencial, formulando diagnósticos,
elaborando propostas e coordenando a execução das diretrizes da sua respectiva área de atuação.
Na área finalística tem-se Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD), Pró-Reitoria de Pós-
Graduação (PROPG), Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPESQ), Pró-Reitoria de Extensão
(PROREXT), Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), Parque Científico e Tecnológico,
Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico (SEDETEC) e SEAD. Já na área meio tem-se Pró-
Reitoria de Planejamento e Administração (PROPLAN), Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas
(PROGESP), Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), Superintendência de Infraestrutura
54
(SUINFRA), Centro de Processamento de Dados (CPD), SAI, Secretaria de Relações
Internacionais (RELINTER) e Secretaria de Comunicação Social (SECOM).
Com o auxílio da administração central, os objetivos acadêmicos, os de inovação e
tecnologia, os de impacto social e os de gestão são transformados em ações que são executadas
no decorrer desta gestão.
Dentro da estrutura apresentada, a PROPLAN é o órgão responsável pelo
desenvolvimento do modelo de gestão da Universidade. Neste sentido, a Pró-Reitoria tem
realizado diversas ações com o objetivo de promover o aprimoramento da gestão da UFRGS
através do desenvolvimento de métodos e ferramentas. Dentro da PROPLAN, o setor
responsável pelo desenvolvimento deste modelo de gestão é o Departamento de Gestão
Integrada (DGI).
O DGI atua na criação de um modelo integrado de gestão que contempla, formalmente,
as áreas de planejamento, gestão de processos e indicadores e análise de dados. Considerando
a característica evolutiva do modelo de gestão e à luz das principais práticas gerenciais, o
departamento tem desenvolvido atividades em outros temas a fim de atender os objetivos
contidos no PG 2016-2020 e no PDI 2016-2026. Desta forma, as áreas de governança, gestão
de riscos e gestão de projetos foram incorporadas ao trabalho do DGI em 2019.
O PDI
O PDI é uma determinação legal, expressa no Decreto nº 5.773, de 9 de maio 2006,
expedido pela Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República.
Este Decreto dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de
Instituições de Educação Superior (IES) e cursos superiores de graduação e sequenciais no
sistema federal de ensino.
A UFRGS, em seu segundo ciclo com processo de planejamento, mobilizou-se na
construção de um novo PDI, não somente para atender à exigência legal, mas principalmente
pela necessidade institucional de planejar-se e conquistar o lugar, mas também como
consequência da busca qualificada de um ideal há muito perseguido por esta Universidade que
tem uma trajetória de sucesso e de construção da excelência ao longo dos últimos anos. O PDI
contém a manifestação concreta da Universidade ao Governo Federal, sua mantenedora, aos
demais órgãos governamentais e, principalmente, à sociedade com relação à caminhada
projetada para o período estabelecido.
Devido à complexidade de uma universidade como a UFRGS, com seus processos
decisórios marcadamente democráticos, pautados pela tomada de decisões em colegiados (do
55
Colegiado do Departamento ao Conselho Universitário), tomou-se como máxima a de que, ao
construir o PDI, a Instituição estará apontando a direção na qual pretende caminhar, não
propriamente o caminho a ser trilhado. Ou seja, optou-se claramente por um PDI com caráter
estratégico e abrangente, entendendo-se que as decisões a respeito dos caminhos serão encargo
das administrações da Instituição e dos seus conselhos ao longo dos 11 anos.
Procedimentos de Avaliação do PDI
Procedimentos de avaliação são realizados para apoiar o monitoramento do efetivo
atingimento dos indicadores associados aos objetivos estratégicos. A avalição do PDI é uma
exigência da Lei do Sinaes e de órgãos orientadores e auditores. Além disto, a avalição deste
PDI é um requisito do processo formal de planejamento estratégico adotado, em conformidade
com os processos de governança pública.
A avaliação do atingimento dos objetivos estratégicos e de suas metas é periódica. Ela
é realizada através da observação e da análise de indicadores que são criados para cada objetivo
tático, relacionados aos objetivos estratégicos. Os indicadores estratégicos têm origem nos
objetivos táticos definidos nos Planos de Gestão da Administração Central e Unidades
Acadêmicas, derivados dos objetivos estratégicos do PDI. Há uma comissão, que é coordenada
pelo Reitor, com a finalidade de acompanhar as atividades que estão em andamento e verificar
se estas estão ocorrendo no prazo que foi estipulado. Já que, o PG 2016-2020, está estruturado
em consonância com as diretrizes do PDI da UFRGS para o período 2016-2026. A ferramenta
a ser utilizada é um sistema de BI (Business Intelligence) já existente na UFRGS, que contém
um painel de acompanhamento dos indicadores (dashboard) com várias visões de análise dos
objetivos estratégicos e dos objetivos e ações táticas derivadas.
A avaliação dos objetivos estratégicos do PDI, estabelecidos a partir de consulta pública,
será realizado na metade da sua vigência (Como definido no PDI,
http://www.ufrgs.br/pdi/PDI_2016a2026_UFRGS.pdf). O acompanhamento anual do
desenvolvimento do PDI se dá através do PG, aprovado em 2017 pelo CONSUN, onde as ações
estão alinhadas aos objetivos estratégicos definidos no PDI.
Conforme o Capítulo 3 do PG 2016-2020, http://www.ufrgs.br/ufrgs/a-ufrgs/plano-de-
gestao, a segunda fase do processo de planejamento é a execução e acompanhamento do
desenvolvimento do Plano a fim de verificar se os objetivos estão sendo alcançados.
O acompanhamento do Plano se dá através de planilhas com o detalhamento das
atividades em cada ação e indicadores com metas anuais. O preenchimento é de
responsabilidade de cada gestor da ação, sendo publicadas na plataforma Moodle Colaboração
56
da UFRGS. As metas são informadas no sistema de Planejamento Anual do órgão, e depois
apropriadas na planilha de monitoramento do PG.
No início do ano de 2019 foram realizadas reuniões com os responsáveis pelas ações
para averiguar seu andamento e identificar as principais realizações do ano anterior. Os
responsáveis também preencheram a planilha de acompanhamento e colocaram as evidências
dos projetos na plataforma Moodle. A partir destas informações, foi elaborado o fechamento
do ano anterior. Os resultados anuais do PG estão disponíveis em http://www.ufrgs.br/ufrgs/a-
ufrgs/plano-de-gestao.
Em julho de 2019 foi realizado o acompanhamento semestral das ações:
Figura 3. Acompanhamento semestral das ações
Em relação ao acompanhamento realizado em setembro de 2018, verifica-se
crescimento do número de ações finalizadas (0 para 5) e redução de ações congeladas (10 para
8). A ocorrência de ações concluídas é compatível com a proximidade do encerramento do PG,
que entra em seu último ano em 2020. Entre os fatores que contribuíram para o congelamento
ou atraso das ações destacam-se, fundamentalmente, os cortes orçamentários e, em alguns
casos, mudança de diretrizes. Por estarem diretamente vinculados, ao executar e acompanhar
as ações do PG, está se fazendo o acompanhamento e a execução do PDI. Assim, a análise
realizada para o PG pode ser expandida para o PDI.
57
Figura 4. Acompanhamento das ações
O Quadro 4 apresenta os objetivos e ações do PG 2016-2020 que são relacionados à
dimensão em avaliação.
Quadro 4. Objetivos e Ações do PG 2016-2020
Os resultados foram analisados de acordo com os objetivos do PG 2016- 2020, assim
saber:
No âmbito das ações 4.1.1 e 4.1.3, foi aprovada pelo Conselho Universitário a Política
de Governança, Gestão de Riscos e Controles da UFRGS em 29/11/2019 (Decisão nº
310/2019). A partir da oficina de julho/18, o Grupo de Trabalho – Gestão de Riscos realizou,
OBJETIVO PDI Objetivo PG Ação PG
ORGANIZACIONAIS
4.1 - Ampliar e
aperfeiçoar as práticas
de governança
institucional
4.1.1 - Estruturar a área de Governança Pública
4.1.3 - Estabelecer diretrizes e implementar a gestão de
riscos
4.1.4 - Estabelecer política e implementar governança de
aquisições de bens e serviços
4.2 - Desenvolver a
gestão organizacional
4.2.1 - Implementar a plataforma de divulgação de dados
Institucionais
4.2.2 - Implementar a gestão documental e preservação
digital
4.2.3 - Implantar a arquitetura de processos de negócio
4.2.4 - Implantar o Portal de Processos
4.2.5 - Criar um Escritório de Projetos
4.2.6 - Estabelecer diretrizes e implantar gerenciamento de
custos
58
em 2019, 12 reuniões por macroprocesso para identificar e refinar os riscos estratégicos. Após
as reuniões, o GT consolidou os riscos identificados, totalizando 65 riscos que foram avaliados
pelo Comitê de Governança, Riscos e Controles (CGRC) quanto às seguintes dimensões:
probabilidade de ocorrência, impacto e dificuldade de reação. Esta avaliação resultará nos riscos
prioritários da UFRGS que servirão de guia para a implantação dos Grupos de Processos (ação
4.2.3). Outra ação realizada pelo CGRC no ano foi o envolvimento na elaboração do Relatório
de Gestão 2018. Com o novo formato exigido pelo TCU, o de um relato integrado, o CGRC
definiu as diretrizes para elaboração do relatório, aprovando a versão final. O relatório de gestão
está disponível em http://www.ufrgs.br/ufrgs/a-ufrgs/relatorios.
As ações de melhoria prioritárias do processo de aquisições de bens e serviços (4.1.4)
estão sendo realizadas pelo Grupo de Processos de Suprimentos, que são (i) estabelecer
diretrizes para aquisições; (ii) definir papéis e atribuições da gestão de contratos; (iii) realizar
sensibilizações sobre planejamento de aquisições; e (iv) implantar medidas de controle após
interrupção contratual. Além disto, a DPCA (Divisão de Planejamento e Controle de
Aquisições) permanece realizando capacitações com foco na melhoria do processo e na
elaboração do PAAQ (plano anual de aquisições).
No escopo do Painel de Dados (4.2.1) foi lançado em 2019 o painel da pós-graduação e
da assistência estudantil: https://www1.ufrgs.br/paineldedados/. Os próximos painéis a serem
lançados são o da extensão e o da pesquisa & inovação.
Em março de 2018 foi estabelecido Grupo de Trabalho para proposição da Política de
Preservação Digital (4.2.2). Sob coordenação do Arquivo Central, o grupo se reuniu ao longo
de 2019 para estudar os conceitos de preservação digital e políticas de outras universidades para
poder propor a da UFRGS. Uma das definições do grupo é elaborar a política a partir dos riscos
identificados.
O Portal de Processos (4.2.4) encontra-se em fase de desenvolvimento. O portal terá três
módulos: repositório de processos, gestão de riscos e gestão do processo. O primeiro módulo a
ser lançado é o repositório que contém os processos modelados.
Considerando as dificuldades para a criação do Escritório de Projetos (4.2.5) – falta de
pessoal e estrutura – optou-se por não criar formalmente o mesmo. Nesta temática, o DGI está
criando o serviço “catálogo de serviços” no qual será o coordenador dos projetos de implantação
de cada catálogo.
59
Em relação ao gerenciamento de custos (4.2.6), houve mudança no escopo do projeto
onde as ações deverão ser executadas conforme as orientações de implantação do Sistema
Governamental:
I. Planejamento: (a) apoio e envolvimento da administração, (b) localização, (c)
constituição formal, (d) definição de perfil de equipe de custos, (e) parcerias
internas junto às demais áreas do órgão, (f) contato preliminar – sic, (g) buscar
benchmarking.
II. Estruturação: (a) conhecimento da estrutura, (b) identificação dos responsáveis, (c)
conhecimento dos processos, (d) sistema estruturantes, (e) sistemas internos do
órgão, (f) mapeamento dos elementos de custo, (g) segregação dos elementos de
custo.
III. Implantação: (a) definição do objeto de custos; (b) análise de viabilidade; (c)
sistema de acumulação, (d) sistema de custeio, (e) método de custeio, (f) plano de
implantação, (g) divulgação (h) capacitação, (i) execução, (j) conformidade.
IV. Gestão: (a) geração, (b) evidenciação, (c) gestão da informação, (d) tomada de
decisão, e (e) retroalimentação.
60
Quadro 5. Potencialidade e Fragilidades OBJETIVOS DO PDI ITEM POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES SITUAÇÃO
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
4.1.1 –
Governança
Desenvolvimento da liderança,
estratégia e controle
Composição do CRGC
Tempo de implantação do
modelo
Pouco conhecimento sobre o
modelo em implantação
Sempre que possível,
desenvolver atividades de
diferentes níveis de forma
simultânea
Criação de site com as
informações sobre governança
O site está em
desenvolvimento
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
4.1.3 – Riscos Preparar a Universidade para
tratar seus principais riscos,
eliminando-os ou reduzindo
seus impactos
Composição do GT-Riscos:
Auditoria e Engenharia de
Produção
A Universidade já trabalha a
gestão por processos
Não há analista de riscos no
quadro
Desenvolver equipes
multifuncionais
O DGI vem desenvolvendo
equipes multifuncionais,
entretanto, a falta de
servidores continua um
problema
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
4.1.4 –
Aquisições
Melhor organização das
aquisições gerando
economicidade
Boa recepção ao primeiro plano
de aquisições
Desenvolvimento do módulo de
cadastro de itens
Resistência à mudança
Estudo de outras alternativas
Realização de ações de
sensibilização (workshop,
notícias, etc.)
O módulo de cadastro foi
desenvolvido. As
sensibilizações estão em
andamento (prática constante).
Novo desafio: estrutura
organizacional não adequada
ao processo – novo forma está
em estudo
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
4.2.1 – Painel Procura por informações da
Universidade por diferentes
públicos
Tempo de desenvolvimento Mudança da estratégia de
desenvolvimento: contratação
de bolsista
A mudança foi implementada
e o painel está evoluindo
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
4.2.2 –
Preservação
Digital
Correta preservação da memória
da Universidade, garantindo o
acesso à informação
Complexidade do tema Formação de grupo
multidisciplinar com parceria
do curso de Arquivologia
Em andamento
61
OBJETIVOS DO PDI ITEM POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES SITUAÇÃO
comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
O risco de não preservar as
informações foi considerado
estratégico
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
4.2.3 –
Arquitetura de
Processos
Entendimento da estrutura de
processos, permitindo a
transformação e melhoria
coordenada da Universidade
Tamanho da equipe (não há
analista de processos para todos
os GPs)
Implantação gradual dos GPs
conforme priorização dos
riscos
Tamanho da equipe continua
sendo problema visto que a
mesma reduziu
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
4.2.4 – Portal
de Processos
Armazenamento e divulgação
dos diagramas de processos
elaborados pelo Escritório de
Processos e pelos servidores das
unidades
Mudança nas regras de
publicação web do Bizagi
Estudo de alternativas Em andamento. Tanto o tempo
para desenvolvimento como
para definição da forma de
publicação tornaram-se
fragilidades.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
4.2.5 –
Escritório de
Projetos
Melhorar a organização e a
gestão dos projetos estratégicos
Falta de pessoal
Cultura
Desenvolver equipes
multifuncionais
Promover ações de
sensibilização
Parado. Não há pessoal.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
4.2.6 - Custos Auxiliar a tomada de decisão Não há metodologia de custos
definida ou indicada para
Universidade
Estudar e propor metodologia
para a UFRGS
Projeto foi readequado às
etapas propostas pela STN.
62
3.2.2 Dimensão 3: Responsabilidade Social da Instituição
A dimensão da Responsabilidade Social apresenta-se, neste Relatório, na perspectiva do
desenvolvimento econômico e social, das questões voltadas à ciência e tecnologia, da inclusão
social, da defesa do meio ambiente, do patrimônio cultural e da memória cultural.
3.2.2.1 SEDETEC
A Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico (SEDETEC) tem como principal
objetivo fornecer à sociedade as condições necessárias à valorização e transferência do
conhecimento científico e tecnológico gerado pela UFRGS. Com este propósito, promove a
interação da Universidade com a sociedade, estimulando e apoiando as atividades de
desenvolvimento tecnológico, empreendedorismo e inovação.
Para pôr em prática e facilitar a interação da Universidade com a sociedade, a SEDETEC
realizou até novembro de em 2019 diversas ações nas áreas de Propriedade Intelectual,
Aproximação Universidade-Sociedade, Interações Universidade-Sociedade,
Empreendedorismo, Comunicação e Bolsas de Iniciação Tecnológica UFRGS.
Propriedade Intelectual
No apoio à proteção da propriedade intelectual resultantes da pesquisa desenvolvida por
pesquisadores, alunos e técnicos da UFRGS, envolvendo depósitos de patentes, modelos de
utilidade, registros de desenho industrial, marcas, softwares e novas espécies vegetais, a
SEDETEC tem a responsabilidade institucional de fornecer suporte a essas iniciativas e
encaminhar as solicitações de registro aos órgãos competentes do país e do exterior. No
desenvolvimento desta atividade, a SEDETEC realiza, também, a busca em bancos de patentes
nacionais e internacionais, visando identificar o estado da técnica e confirmar a novidade das
pesquisas desenvolvidas pela comunidade universitária.
No ano de 2019, foram realizados até o momento (Nov/2019) 70 depósitos e registros.
Deste número total, 44 referem-se a depósitos de patentes no Brasil, 1 no exterior e 3 PCT, e
de registros tem-se 01 marca, 15 desenhos industriais e 10 programas de computador.
Adicionalmente, no ano de 2019 foram concedidas 23 patentes depositadas anteriormente,
sendo 21 no Brasil e 2 no exterior.
Os números de depósitos e registros em 2019 são similares àqueles observado em 2018,
considerando que o ano ainda não acabou. Como estes números são determinados pela demanda
dos pesquisadores, estima-se que fatores externos, que influenciam o volume de depósitos e
registros, mantiveram-se estáveis.
63
Programa de Empreendedorismo
Em sua estrutura, a SEDETEC conta com o Programa de Empreendedorismo, que tem
como propósito trabalhar na formação de competências empreendedoras na geração de novos
negócios de impacto e na formação de pessoas capazes de ser agentes de mudança no
ecossistema de inovação. Através da concepção e execução de atividades, auxilia o público no
processo de transformação empreendedora, desde o autoconhecimento até a incubação de um
negócio de impacto. Além disto, apoia atividades de ensino, pesquisa e extensão realizadas
pelos demais atores do Ecossistema de Empreendedorismo e Inovação da UFRGS.
O Programa realiza quatro grandes ações de extensão durante o ano – Despertar
Empreendedor, AproximaTec, Winter School e Maratona de Empreendedorismo. Além destas,
a partir de 2019 vem realizando uma quinta ação, vinculada à pesquisa e ensino, que é a
formação dos bolsistas de iniciação empreendedora, bem como ações pontuais com algumas
incubadoras da UFRGS e com o público afro empreendedor. A continuidade e aprimoramento
destas ações é decorrente, principalmente, de parcerias internas e externas à Universidade, bem
como de benchmarking realizado com organizações brasileiras e internacionais. O impacto das
ações oportuniza o crescimento constante das parcerias e o reconhecimento do trabalho
realizado pela equipe do Programa.
Em 2019, a SEDETEC realizou 30 eventos na área de empreendedorismo, totalizando
3.293 participantes. Destes, o Programa coordenou 6 grandes ações. No primeiro semestre
foram realizadas: (1) evento de lançamento do ano de empreendedorismo, com uma palestra
com o ex-jogador Tinga, alcançando um público de 354 pessoas no Salão de Atos da UFRGS;
(2) Despertar Empreendedor, onde 44 participantes tiveram uma experiência vivencial de
empreendedorismo dividida em 4 encontros e (3) AproximaTec, onde 10 pesquisadores e 30
participantes conectaram-se para formar potenciais times empreendedores para trabalhar em
tecnologias patenteadas. No segundo semestre foram realizadas: (1) Winter School, onde 14
pesquisadores se conectaram com 40 participantes para transformar suas pesquisas científicas
em modelos de negócios; (2) Maratona de Empreendedorismo, onde 19 projetos de negócios,
num total de 52 participantes, transformaram seus projetos em empresas; (3) Formação das
Bolsas de Iniciação Empreendedora, onde 63 alunos de graduação estão desenvolvendo 21
ideias de negócio ao longo de 12 meses; (4) Despertar Empreendedor, onde 42 participantes
tiveram uma experiência vivencial de empreendedorismo dividida em 4 encontros; (5) Startup
Day Afro, onde 25 participantes desenvolveram 4 soluções para o desafio “como melhorar a
saúde da população negra”; (6) Oficina de Criatividade e Inovação e Oficina de Pitch,
64
ministradas pelo palestrante internacional Alberto Levy, alcançando um público de 42 pessoas;
(7) Pitch Day da Maratona de Empreendedorismo, onde 16 projetos da Maratona foram
apresentados para a comunidade.
Em relação ao Ecossistema de Empreendedorismo e Inovação da UFRGS, até novembro
de 2019 foram realizadas 80 atividades vinculadas aos temas empreendedorismo e inovação,
num total de 8.501 participantes. Com foco no ensino, o número de disciplinas de graduação e
pós-graduação que abordam o empreendedorismo realizadas em 2019 foram 26, totalizando
817 alunos.
Quadro 6. Participantes em Eventos do Ecossistema Empreendedor
EVENTO 2017 2018 2019
Maratona de Empreendedorismo 40 50 52
Despertar Empreendedor 85 63 86
Winter School 65 65 54
Eventos do Ecossistema Empreendedor 3.850 7.021 8.501
Disciplina Graduação 515 528 772
Disciplina Pós-graduação 24 134 45
As ações de empreendedorismo e inovação fortalecem e aprimoram a formação
acadêmica dos alunos e ampliam suas conexões com o mercado, oportunizando a construção
de um caminho empreendedor ao longo do processo. No decorrer dos últimos anos, as
atividades vêm sendo aprimoradas, conscientizando estudantes e professores para a formação
empreendedora, reforçando o slogan da UFRGS plural e inovadora.
Aproximação Universidade-Sociedade
Nesta área de atuação, a SEDETEC visa promover a transferência das pesquisas
desenvolvidas na universidade para a sociedade em geral. A oferta de tecnologia e de serviços
é ligada diretamente às demandas do setor produtivo. A atuação do setor acontece tanto
internamente, informando oportunidades de pesquisas e projetos para o público da
universidade, quanto externamente, difundindo para outras organizações produtos
desenvolvidos e serviços prestados pela UFRGS.
O contato com o setor industrial acontece por iniciativa da SEDETEC, mas também por
iniciativa das próprias empresas públicas ou privadas. A partir das necessidades apontadas pelas
empresas, seja espontaneamente, através de correio eletrônico, telefone ou presencialmente,
seja através de programas tecnológicos administrados por outras instituições, tais como o
65
SEBRAE, a SEDETEC identifica o pesquisador da UFRGS, com competência técnica para
solucionar o problema, e o coloca em contato com a empresa, monitorando as atividades
desenvolvidas em conjunto.
Semanalmente são recebidos contatos de empresas com demandas tecnológicas e de
inovação, e há um esforço conjunto para atender e realizar as interações necessárias para
consolidar potenciais parcerias. Está em fase de consolidação uma plataforma que auxilia na
identificação das pessoas com as competências demandadas. Esta plataforma de suporte à
aproximação, consolida uma série de dados e informações que facilitam a identificação dos
pesquisadores, grupos de pesquisas, laboratórios adequados para realizar as interações que a
sociedade almeja.
A Vitrine Tecnológica (www.ufrgs.br/vitrinetecnologica) e a Vitrine de competências
(www.ufrgs.br/vitrinedecompetencias) auxiliam na divulgação das tecnologias para o mercado
e na conexão para desenvolvimento de novos projetos. A partir dessas vitrines, inúmeras
empresas procuram a universidade para conhecer as tecnologias e competências da UFRGS e
eventualmente iniciarem trabalhos em conjunto.
Interações Universidade-Sociedade
A SEDETEC oferece uma estrutura especializada em propriedade intelectual e
transferência de tecnologia, fundamentada nas legislações vigentes e normas internas da
Universidade. Além disso, mantém uma rotina de celeridade na apreciação das demandas e atua
fortemente com os coordenadores de projetos, esclarecendo dúvidas quanto à tramitação do
processo administrativo e na formalização das interações acadêmicas. O setor de interações
oferece suporte na elaboração de contratos, convênios e termos de cooperação e avalia os
mesmos para assegurar que as cláusulas referentes à transferência de tecnologia e à propriedade
intelectual estão de acordo com a legislação e decisões da UFRGS. No ano de 2019, até o
momento, foram apreciados 110 instrumentos de interação (contratos, convênios, termos de
cooperação, etc.).
Comunicação Institucional
Até Novembro de 2019, dando continuidade aos projetos do Plano de Comunicação, o
setor de comunicação institucional concentrou esforços no desenvolvimento das seguintes
ações: (1) Encerramento e apresentação dos resultados da campanha #inovaçãoUFRGS, que
promoveu 92 atividades relacionadas à inovação e ao empreendedorismo, relatório disponível
em https://www.ufrgs.br/inovacao. (2) Lançamento do website da SEDETEC, disponível em
https://www.ufrgs.br/sedetec. (3) Em parceria com a TV UFRGS, desenvolvimento dos vídeos
66
de apresentação das tecnologias expostas no website da Vitrine Tecnológica da UFRGS,
disponíveis em http://bit.ly/TecnologiasUFRGS. (4) Divulgação da Lei nº13.267 de 6 de abril
de 2016 e da Portaria da UFRGS nº 7347 de 17 de setembro de 2018, que versam sobre a criação
de empresas juniores e a relação dessas entidades com à Universidade, até o momento a UFRGS
conta com 14 empresas juniores formalmente constituídas.
Programa de bolsas de iniciação tecnológica e inovação, e empreendedorismo (BIT,
PROBIT, PIBITI e BIE)
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e
Inovação busca apoiar as atividades de iniciação tecnológica e de inovação nas Instituições de
ensino e/ou pesquisa, por meio da concessão de bolsas, visando promover e despertar o interesse
de estudantes de graduação da UFRGS pelo desenvolvimento tecnológico e inovação e
complementar sua formação acadêmica, contribuindo para a formação de pessoas que se
dedicarão ao fortalecimento da capacidade inovadora no País e para a formação do profissional,
com condições de participar de forma criativa e empreendedora na sua comunidade. No ano de
2019, foi criada através de uma parceria entre a SEDETEC e a PROPESQ a modalidade de
Bolsas de Iniciação ao Empreendedorismo (BIE), que visa promover e despertar interesse de
estudantes de graduação pelo empreendedorismo e inovação, contribuindo para complementar
sua formação acadêmica. Em relação aos projetos inscritos e contemplados com cotas de bolsas,
em 2019 tivemos 241 projetos inscritos para participar do processo de seleção das bolsas de
iniciação em desenvolvimento tecnológico e inovação (BIT), e 37 projetos inscritos nas bolsas
de iniciação empreendedora (BIE), contemplando 97 alunos inscritos. Foram implementadas
109 cotas de BIT, incluindo as bolsas PIBITI/CNPq, PROBITI/FAPERGS e BIT/PRAE, e 70
cotas de BIE, sendo 61 com pagamento de bolsa e 9 bolsistas voluntários.
Retomada das potencialidades, fragilidades e estratégias em busca de melhoria.
Propriedade Intelectual
Como potencialidades, podemos citar a aprovação da Política de Inovação da UFRGS,
que detalha vários aspectos referentes à propriedade intelectual. Além disso, em 2018, foi
ampliada a prática da gestão à vista (incluindo avaliação mensal dos resultados) e o
mapeamento de processos do setor, o que possibilitou entender melhor o fluxo de atividades e
prever os gargalos. O apoio de escritório externo para redação de patentes continua constituindo
uma opção que traz bons resultados para o setor.
67
Como fragilidades do setor, podemos citar a necessidade de maior foco em
transferência/comercialização das tecnologias e maior exploração de toda potencialidade do
Orbit (software de buscas de patentes).
Como estratégias de melhoria, foi selecionado um bolsista para apoio exclusivo da PI,
sendo que a equipe segue qualificada, participando e oferecendo vários cursos e eventos da
área. Além disso, os procedimentos de recepção aos pesquisadores estão sendo alterados para
incentivar e ampliar a transferência de tecnologias.
Programa de Empreendedorismo
Como potencialidades, nas atividades de ensino, o Programa tem incentivado às ações
do Núcleo de Empreendedorismo Inovador – na realização das disciplinas transversais de
empreendedorismo, nos níveis de graduação e pós-graduação. Como as disciplinas, em geral,
são o início da caminhada empreendedora na UFRGS, o Programa vem construindo uma Rede
de Conexões com empreendedores que apoiam o desenvolvimento das atividades de
empreendedorismo da UFRGS. Esta Rede é fortalecida pelo networking gerado a partir da
busca constante de parcerias e da abertura para novos projetos.
Para desenvolver as ações de empreendedorismo de forma inovadora, quatro quesitos
são essenciais, sendo eles equipe conectada, sustentabilidade das ações, recursos financeiros e
estrutura física adequada. Em 2019 estes quesitos se transformaram em potencialidades. As
restrições de recursos financeiros desafiaram a equipe do Programa a redefinir seu planejamento
estratégico, enxergando que: (1) os facilitadores das ações não precisam ser empresas jurídicas,
mas podem ser alunos – notadamente bolsistas de doutorado e pós-doutorado – e servidores da
UFRGS que têm know-how acerca dos temas abordados em cada atividade; (2) alguns espaços
da UFRGS poderiam ser aprimorados através de parcerias internas com setores e/ou unidades
acadêmicas para construção de laboratórios de criatividade; (3) algumas entregas das ações,
como exemplo coffee breaks e material de apoio, poderiam ser realizadas sem a necessidade de
recursos financeiros, através de coffee compartilhado e materiais online; (4) a conexão entre os
membros da equipe e também com parceiros oportunizaram a sustentabilidade das ações, bem
como o planejamento e realização de novas ações.
O crescimento de parcerias no apoio e realização das ações de empreendedorismo tem
oportunizado a ampliação de possibilidades de uso de espaços físicos e busca por patrocínio na
realização das ações. Por exemplo, nas edições da Maratona de Empreendedorismo e do
Despertar Empreendedor de 2019, os encontros têm ocorridos de forma itinerante, sendo
realizados em locais estratégicos do cenário empreendedor de Porto Alegre. Para a realização
68
de alguns workshops previstos no âmbito das ações empreendidas, bem como das mentorias,
buscou-se parceiros internos e externos com know-how acerca dos temas e com interesse em
se conectar com as ações da UFRGS.
O engajamento das Unidades Acadêmicas nas ações de empreendedorismo tem
ampliado a partir dos resultados da campanha #inovaçãoUFRGS, bem como das disciplinas de
empreendedorismo ministradas na graduação e pós-graduação e das formações para docentes
realizadas via EDUFRGS. As disciplinas fortalecem esse engajamento, oportunizando aos
alunos de diversas áreas entrarem em contato com o mundo do empreendedorismo dentro da
grade curricular, gerando interesse no tema por meio de professores qualificados, muitas vezes
com experiências internacionais.
No tocante às fragilidades, como o Programa tem realizado e apoiado muitas ações de
empreendedorismo, ainda há dificuldade para acompanhar o impacto gerado pelas mesmas, seja
pelo levantamento de empresas geradas ou por estudos decorrentes das ações. Além disso,
mesmo a equipe do Programa estando conectada, ainda é pequena em relação ao número de
ações de empreendedorismo que estão surgindo constantemente. Como três das principais
fragilidades, detecta-se: (1) falta de maior número de ambientes adequados para imersão, que
estimulem a criatividade nas ações promovidas, visto que o número de ações de extensão e
disciplinas transversais vem aumentando; (2) maior conexão entre os atores envolvidos no
Ecossistema de Empreendedorismo e Inovação da UFRGS, buscando construir um calendário
único de ações de empreendedorismo UFRGS e parcerias para realização das ações e (3)
algumas restrições financeiras para a realização de etapas nas atividades. Por fim, pelo fato do
empreendedorismo ser abordado de forma transversal, todas as ações são divulgadas para todas
as áreas de conhecimento da UFRGS. Porém, algumas áreas não enxergam que o
empreendedorismo faça parte de seu currículo e possa ajudar na formação completa dos alunos.
Em relação às estratégias de melhoria, a SEDETEC vem buscando alternativas para: (i)
ampliar a equipe envolvida no Programa de Empreendedorismo, o que viabilizará a análise
constante dos impactos das ações ofertadas e a realização de estudos/pesquisas referente ao
tema, (ii) ampliar os espaços adequados às ações de empreendedorismo e (iii) ampliar a cultura
empreendedora junto ao quadro discente e servidores da UFRGS.
Interações Universidade-Sociedade
69
Em relação às potencialidades mencionamos a aprovação da Política de Inovação da
UFRGS, que possui potencial para facilitar e fomentar ações relacionadas às interações que a
UFRGS mantém com diferentes segmentos da sociedade.
No tocante às fragilidades, apontamos as limitações no sistema de interações
acadêmicas, o qual permanece na primeira etapa de implantação, tendo em vista que os termos
aditivos e demais ajustes no projeto ainda dependem de tramitação por meio de processo físico,
o que gera um desperdício de tempo e recursos. Ainda, a demora na análise das demandas e no
atendimento de diligências por parte de outros setores da instituição dificulta a agilidade
esperada para a aprovação das demandas requeridas.
Em relação às estratégias em busca de melhorias relativas a 2018, identificamos que os
controles de quantidade e de valores arrecadados com as interações acadêmicas foram
aperfeiçoados. No mais, a SEDETEC permaneceu com as rotinas de celeridade e apoio aos
coordenadores de projeto nos processos de análise dos instrumentos legais firmados entre a
UFRGS e demais instituições.
Em comparação ao ano de 2018, os números relativos ao ano 2019, no que tange aos
serviços prestados pela SEDETEC, revelam estabilidade. Os contratos e convênios dependem
da demanda do mercado e das demais instituições, e são influenciados pelo contexto econômico
e social do país como um todo.
Bolsas
A principal melhoria foi a criação de bolsas de iniciação empreendedora (BIE), que
contemplam alunos de graduação que desejam construir propostas de negócio, trabalhando em
equipe e contando com mentoria de um servidor da UFRGS (professor ou técnico
administrativo), além de apoio da equipe da SEDETEC. Espera-se que essas propostas de
negócio venham a constituir startups incubadas na UFRGS ou lançadas diretamente no
mercado.
Com relação às Bolsas de Iniciação Tecnológica (BIT) e Bolsas de Iniciação
Empreendedora (BIE), a fragilidade mais evidente é a falta de recursos para ampliação do
número de bolsas. O número de cotas atual é inferior à demanda dos pesquisadores e dos alunos,
gerando muita disputa na seleção para distribuição das cotas. Acreditamos que se houvesse mais
cotas para serem distribuídas, o número de inscrições seria maior, por isso sempre pleiteamos
aumento do número de bolsas. A principal potencialidade do Programa de Iniciação
Tecnológica é o alto número de projetos de pesquisa voltados ao desenvolvimento tecnológico
e à inovação, e o número de alunos com interesse no empreendedorismo.
70
Em relação às estratégias de melhorias, o sistema de seleção é constantemente
pensado no sentido de aprimorar e não gerar dúvidas quanto as avaliações com relação à
seleção. Nesse sentido, há mais de um ano estamos negociando com o CPD a alteração da escala
de notas da avaliação online das inscrições das bolsas IT. Também há o planejamento de
alterações no modo de avaliação das inscrições no Edital das bolsas BIE.
Avaliação das ações desencadeadas para atender ao Plano de Gestão (pode-se
utilizar como referência o diário de bordo das planilhas de acompanhamento do Plano de
Gestão da PROPLAN).
Atendimento ao Plano de Gestão
Com relação ao PG, o objetivo estratégico sob responsabilidade da Secretaria de
Desenvolvimento Tecnológico é relacionado à Inovação Científica e Tecnológica. Os objetivos
táticos passam pelo incentivo à pesquisa e inovação e a promoção do empreendedorismo. As
ações em andamento para atender ao PG foram acompanhadas e seus prazos de entrega
monitorados. Seguem alguns números que revelam o atendimento ao PG:
1. A divulgação de temas pertinentes à pesquisa e à inovação, estabelecendo e
fortalecendo vínculo entre a comunidade universitária e os segmentos sociais foi
amplamente atendida em 2019 através de aproximadamente 30 eventos e
workshops promovidos pela Secretaria, impactando 3.293 participantes.
2. Com relação à Política de Inovação da UFRGS, a SEDETEC formulou e aprovou
documento com diretrizes institucionais que incentivam a pesquisa e o
desenvolvimento científico, alinhado ao Marco Legal da Ciência, Tecnologia e
Inovação. A regulamentação está em vigor.
3. As ações de Transferência de Tecnologia analisadas pela SEDETEC somam 110
ações.
4. No indicador de desempenho referente à Propriedade Intelectual, o setor registrou
no INPI 10 programas de computador, 44 patentes e 15 desenhos industriais.
As tecnologias divulgadas na Vitrine Tecnológica somam 150.
5. Os projetos de start-up concluídos: 35.
6. Número de ações realizadas ou apoiadas pelo Programa de Empreendedorismo: 80
atividades vinculadas aos temas empreendedorismo e inovação, num total de 8.501
participantes.
7. Número de alunos participantes nas disciplinas e/ou cursos de extensão oferecidos
pelo Núcleo de Empreendedorismo: 817.
8. Número de empreendimentos apresentados na Vitrine de Start-ups: 72 start-ups.
71
9. Número de participantes na maratona de empreendedorismo: 52 participantes.
10. Nº de reuniões de acompanhamento do Planejamento Estratégico da UFRGS por
ano: 01, conforme previsto.
11. Implantação do Plano Estratégico do Ambiente de Inovação da UFRGS em
andamento.
12. Nº de empresas juniores formalizadas ou em processo de formalização: 14
empresas.
No dia 5 de abril de 2019, a SEDETEC disponibilizou relatório, que apresenta as 92
atividades promovidas pela campanha #inovaçãoUFRGS. Esse relatório está disponível em:
https://www.ufrgs.br/inovacao/campanha-inovacao-ufrgs/
A SEDETEC apoia a constituição e a formalização de EJs no âmbito da UFRGS, pois
acredita que estimular o desenvolvimento dessas organizações é uma excelente forma de
incentivar ações de empreendedorismo e inovação entre os estudantes da Universidade. Os
principais objetivos das EJs são o desenvolvimento pessoal e profissional de seus membros, por
meio de experiências empreendedoras, realizando projetos e serviços na área de atuação do
curso de graduação ao qual a EJ é vinculada. Até novembro de 2019, a SEDETEC realizou as
seguintes ações de apoio as EJs da UFRGS:
1. Ampliação das atividades de divulgação da Portaria nº 7347, que dispõe sobre
orientações para disciplinar a relação das Empresas Juniores - EJs com a UFRGS;
2. Atendimento de alunos e docentes, para orientações referentes a constituição e
operação das EJs na Universidade;
3. Emissão de Certificado de Reconhecimento das para 14 EJs que cumpriram as
exigências da Portaria nº 7347.
4. Apoio para a realização do evento ENEJ 2019 - Encontro Nacional de Empresas
Juniores, ocorrido em de 4 a 7 de setembro na cidade de Gramado/RS.
5. Atualizações da página web “Como criar uma Empresa Júnior na UFRGS”,
disponível em: https://www.ufrgs.br/empreendedorismo/como-criar-uma-empresa-
junior-na-ufrgs
Em reconhecimento as ações de apoio as EJs, a UFRGS figurou em quarto lugar no
Ranking de Universidades Empreendedoras, que é resultado de um estudo da Brasil Júnior, para
avaliar e classificar o empreendedorismo nas universidades brasileiras.
Avaliação das ações desenvolvidas pelo setor para atendimento aos objetivos
estratégicos do PDI UFRGS.
Plano de desenvolvimento Institucional
72
O PDI 2016-2026 incorpora a inovação como compromisso da Universidade, alinhado
ao cenário de maior interação das universidades com a sociedade, estabelecendo objetivos
concretos de Inovação Científica e Tecnológica. A seguir, são referenciados objetivos do PDI
com os quais a SEDETEC atua.
Em relação ao objetivo de buscar parcerias em áreas de relevância social, ambiental,
científica e tecnológica, pode ser citada como principal contribuição da SEDETEC a
participação ativa em conselhos, programas e ações nacionais e internacionais, tais como:
RedEmprendia, FORTEC, Fórum das Instituições de Ensino Superior de Porto Alegre – Fórum
das IES, Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia - COMCET e Conselho de Inovação
Tecnológica CITEC–FIERGS, COMDEFESA, além de coordenar a Rede Gaúcha de
Propriedade Intelectual – RGPI nos últimos 7 anos. Neste sentido, a SEDETEC busca
permanentemente a atuação em redes de cooperação e parcerias com outras instituições,
entendendo que a inovação e o empreendedorismo devam consolidar-se como mecanismo de
desenvolvimento local, regional e nacional. Além disso, a inserção em redes e projetos também
de nível internacional contribuem para que haja uma maior sinergia entre os atores e as
novidades em nível global.
Sobre o objetivo de estabelecer alianças estratégicas ampliando as associações com
universidades e instituições de pesquisa e inovação internacionais, nacionais e regionais,
como exemplo de contribuição da SEDETEC na área da saúde, além de atuar diretamente em
conexão com o Hospital de Clínicas Porto Alegre – HCPA, hospital universitário referência no
Brasil, apoia e participa de convênio de interação para consolidar ações já em andamento junto
ao Hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e a Universidade Federal de Ciências
da Saúde de Porto Alegre – UFCSPA. Outra contribuição importante são as ações
desenvolvidas em 2019 no âmbito do Protocolo de Intenções “Aliança para Inovação”, entre as
três maiores Universidades de Porto Alegre, UFRGS, PUCRS e Unisinos, fortalecendo a
articulação entre as universidades com o objetivo de potencializar ações de alto impacto em
prol do avanço do ecossistema de inovação e do desenvolvimento da capital gaúcha. A
SEDETEC apoia firmemente essa ação que tem como foco transformar a cidade em uma
referência na área de inovação e empreendedorismo no País, potencializando conexões locais,
nacionais e internacionais em prol do desenvolvimento social e econômico; e transformar a
cidade em um polo gerador de novos empreendimentos de base tecnológica e startups, atrair
novos investimentos e reter talentos no ecossistema de inovação da capital são alguns dos
resultados esperados.
73
Para fortalecer e promover a presença institucional da Universidade nos diferentes
fóruns e espaços representativos de relevância acadêmica especialmente em áreas
estratégicas e associadas a inovação, a SEDETEC participa, como representante institucional
da UFRGS, do Fórum Nacional dos Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia –
FORTEC desde a sua constituição, mantendo sua atuação em 2019, sendo referência brasileira
na atuação dos NITs. Em nível municipal, integra o Conselho Municipal de Ciência e
Tecnologia – COMCET e do Fórum das Instituições de Ensino Superior de Porto Alegre
(FÓRUM das IES), cujo objetivo é integrar as instituições para fomentar projetos de
empreendedorismo e inovação para a cidade, além de atuar no Conselho de Inovação
Tecnológica CITEC–FIERGS e no COMDEFESA. Por outro lado, a ampliação da participação
em órgãos e associações em áreas estratégicas implicaria em ampliação de recursos desta
secretaria.
Em relação ao objetivo de incentivar a criação, associação e afiliação a centros de
pesquisa e inovação de alto nível (nacional e internacional), como referência em nível
internacional, a SEDETEC participa do projeto LISTO (Latin American and European
Cooperation on Innovation and Entrepreneurship), uma iniciativa financiada pela Ação
“Capacity Building in the Field of Higher Education (CBHE)” do programa Erasmus+ da União
Europeia, que visa facilitar o intercâmbio universitário em questões de inovação e
empreendedorismo. O consórcio envolve 10 universidades, sendo três europeias (Uppsala
University – Suécia, University of Valladolid – Espanha e University of Groningen – Holanda)
e sete latino-americanas (Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal do
Pernambuco, Universidade de São Paulo, Universidad ORT Uruguay, Universidad Católica del
Uruguay, Universidad Nacional de Córdoba e Universidad Nacional del Litoral), em parceria
com a Financiadora de Estudos e Projetos (Brasil), a Federação das as Indústrias do Rio Grande
do Sul (Brasil), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva (Argentina) e a
Agência Nacional de Pesquisa e Inovação (Uruguai). O projeto LISTO tem como eixos centrais
o fortalecimento das relações academia – setor produtivo, a troca de práticas de ensino em temas
relacionados ao empreendedorismo e à inovação e o fortalecimento da cultura empreendedora
na universidade. O LISTO aborda três prioridades regionais: 1. Cooperação universidade-
empresa e empreendedorismo; 2. Triângulo do conhecimento e inovação; 3. Melhoria da
qualidade do ensino do empreendedorismo, especialmente de ferramentas de
aprendizagem/ensino, métodos e práticas baseadas nas TIC.
74
Pode ser citado como principal contribuição para o objetivo de incentivar pesquisas
interdisciplinares na Universidade fortalecendo a abordagem de portfólios, a realização
dos eventos AIMday UFRGS. Eventos que reúnem universidade e setor industrial, abordando
transferência de conhecimento, destacando-se como um exemplo de como espaços de
aprendizado podem enfrentar os desafios do mundo real e oferecer novos entendimentos e
perspectivas que podem ajudar a resolvê-los. O AIMday segue uma metodologia simples e
direta para criar contatos e colaborações entre a comunidade empresarial e o conhecimento
desenvolvido nos centros de pesquisa. AIMday significa Dia de Encontro Indústria - Academia.
Como o nome sugere, é um dia em que os especialistas acadêmicos de uma universidade se
encontram com representantes de empresas e cooperativas, em uma formatação que torna o
encontro especial. Em 2019 foram realizadas duas edições: a primeira edição voltada à área da
Química e a segunda edição focada na área de Defesa e Segurança.
Para atender aos objetivos de incentivar ações de empreendedorismo em todas as
áreas de atuação na Universidade, e de incentivar o desenvolvimento de tecnologias
sociais, economia criativa, bioeconomia, entre outras, o Programa de Empreendedorismo da
SEDETEC contemplou várias ações voltadas à comunidade interna e externa a UFRGS,
buscando uma formação empreendedora vinculada à formação acadêmica, oportunizado aos
participantes uma trilha empreendedora na UFRGS – bem como a ampliação do número de
alunos participando das atividades. A principal atividade deste programa é a Maratona de
Empreendedorismo, em sua vigésima edição, neste ano capacitando 54 participantes e
desenvolvendo 19 projetos de startups. Nessa edição, os projetos estão relacionados com as
áreas das principais incubadoras da UFRGS, além de estarem alinhados com os objetivos de
desenvolvimento sustentável da ONU.
Para fortalecer projetos de transferência de tecnologia, licenciamento de patentes,
prestação de serviços, desenvolvimentos conjuntos, entre outros, em benefício da
Universidade, a consolidação do setor de prospecção tecnológica, em termos de processos e
desenvolvimento de uma equipe de bolsistas, pode ser citada como responsável pelos resultados
do setor, entre eles, da Vitrine Tecnológica, que apresenta uma base ampla de tecnologias
protegidas pela UFRGS. Atualmente, a vitrine divulga 150 tecnologias, destacando seu
potencial de aplicação na sociedade (www.ufrgs.br/vitrinetecnologica). Por meio deste e outros
canais de comunicação (como Linkedin), além das participações ativas em eventos e reuniões
direcionadas, a UFRGS tem sido referência para que empresas possam se aproximar da
75
universidade e estabelecer o desenvolvimento de projetos e ações conjuntas, fortalecendo as
redes de pesquisa e inovação.
A partir dos resultados oriundos da Vitrine Tecnológica, foram ampliados esforços em
apresentar as competências associadas a pesquisa e desenvolvimento da Universidade, no
intuito de potencializar a busca de talentos e conhecimentos existentes na UFRGS, com o
desenvolvimento da Vitrine de Competências (www.ufrgs.br/vitrinedecompetencias/).
Outra ferramenta importante de apoio às interações, já em operação, é a Plataforma de
Aproximação, a qual reúne uma base de dados sobre a infraestrutura de pesquisa disponível na
UFRGS. Esta plataforma contém informações detalhadas sobre grupos de pesquisa,
laboratórios, departamentos e pesquisadores. O uso desta plataforma auxiliará a melhorar a
identificação das áreas de atuação e competências existentes na Universidade e reforçar as
potenciais parcerias com a sociedade. Dado o frequente o contato por parte de empresas e
organizações externas a fim de identificar potenciais pesquisadores e/ou laboratórios que
atendam demandas tecnológicas e de inovação, esta plataforma facilita os esforços para
identificar e realizar as interações necessárias para consolidar potenciais parcerias.
Por fim, visando atender ao objetivo de aperfeiçoar a política de pesquisa e inovação,
reforçando a relação da Universidade com os demais segmentos da sociedade, foi aprovada
a Política de Inovação da UFRGS, a fim de atender os preceitos legais instituídos pela Lei nº
13.243, redigida em consonância com as prioridades das políticas nacionais de ciência,
tecnologia e inovação, com a política industrial e tecnológica nacional, e com as regras sobre a
gestão e transferência dos direitos sobre a criação intelectual de titularidade da Universidade.
A mesma está sendo referenciada, com bastante recorrência, pela Procuradoria Geral, fato que
garantiu uma segurança jurídica aos procuradores, quando de suas análises. Assim, a mesma
está em plena vigência e uso pela Universidade, sendo que alguns pontos ainda carecem de
maior estudo para que sejam aplicados.
76
Quadro 7. Resumo da Avaliação da SEDETEC
OBJETIVO DO PDI ITENS DIMENSÃO POTENCIALIDADE 2019 FRAGILIDADES EM 2019 ESTRATÉGIA 2020
Objetivos de Inovação Científica e
Tecnológica
Propriedade
intelectual
3- Responsa-
bilidade Social
Mantida a prática da gestão à vista
e o mapeamento de processos do
setor. O apoio de escritório externo
para redação de patentes continua
uma opção positiva. Foi
selecionado bolsista para apoio
exclusivo da PI. Equipe segue
participando e oferecendo vários
cursos e eventos da área.
Necessidade de maior exploração
de toda potencialidade do Orbit
(software de buscas de patentes).
Necessidade de maior foco em
transferência/comercialização das
tecnologias.
Treinamento de bolsistas
intensificando o uso do Orbit.
Incorporar a estratégia de
licenciamento das tecnologias no
processo de depósito de patentes.
Estimular a cultura do
empreendedorismo e inovação
social em ambientes diversos,
especialmente em locais de
vulnerabilidade social e econômica
Programa de
Empreende-
dorismo
3-
Responsabi-
lidade Social
Construção de uma Rede de
Conexões com empreendedores que
apoiam no desenvolvimento das
atividades de empreendedorismo da
UFRGS.
(1) Falta de maior número de
ambientes adequados para imersão
e que estimulem a criatividade nas
ações promovidas, visto que o
número de ações de extensão e
disciplinas transversais vem
aumentando; (2) falta de maior
conexão entre os atores envolvidos
no Ecossistema de
Empreendedorismo e Inovação da
UFRGS; (3) algumas restrições
financeiras para a realização de
etapas nas atividades.
Buscar parcerias para realização das
ações em locais que incentivem a
criatividade.
Construção de um calendário único
de ações de empreendedorismo
UFRGS.
Busca de novas fontes de
financiamento para sustentar as
ações de empreendedorismo.
Incentivar ações de
empreendedorismo em todas as
áreas de atuação na Universidade;
Apoio as EJs
da UFRGS
3-
Responsabi-
lidade Social
1) Ampla divulgação da Portaria nº
7347, que dispõe sobre orientações
para disciplinar a relação das
Empresas Juniores - EJs com a
UFRGS.
2) Atendimento de alunos e
docentes, para orientações
referentes a constituição e operação
das EJs na Universidade.
Como ameaças para a constituição
e ampliação das EJs na UFRGS,
destacam-se as exigências legais
internas e externas à Universidade,
que envolvem dificuldades para as
instalações físicas dessas
organizações, e baixa
disponibilidades de docentes para
orientar os projetos desenvolvidos.
1) Ampliação do atendimento de
alunos e docentes, para orientações
e suporte referente a constituição e
operação das EJs na Universidade;
2) Atualizações da página web
“Como criar uma Empresa Júnior
na UFRGS”, disponível em:
https://www.ufrgs.br/empreendedor
ismo/como-criar-uma-empresa-
junior-na-ufrgs
77
OBJETIVO DO PDI ITENS DIMENSÃO POTENCIALIDADE 2019 FRAGILIDADES EM 2019 ESTRATÉGIA 2020
Incentivar ações de
empreendedorismo em todas as
áreas de atuação na Universidade;
Incentivar novos modelos de
interação da Universidade com os
demais segmentos da sociedade.
Programa
Iniciação
Tecnológica
3-
Responsabi-
lidade Social
Alto número de projetos de
pesquisa voltados ao
desenvolvimento tecnológico e à
inovação, e alto número de alunos
com interesse no
empreendedorismo.
Falta de recursos para ampliação do
número de bolsas.
-Pleitear recursos para ampliar o
número de cotas concedidas.
-Aperfeiçoar o sistema de avaliação
para concessão das cotas de bolsa.
Fortalecer projetos de transferência
de tecnologia, licenciamento de
patentes, prestação de serviços,
desenvolvimentos conjuntos, entre
outros, em benefício da
Universidade
Setor de
prospecção
tecnológica
3-
Responsabi-
lidade Social
Ampliação do número de
tecnologias na Vitrine tecnológica
da UFRGS. Ampliação de eventos,
workshops e reuniões para
aproximação universidade-
sociedade.
Busca mais ativa de empresas para
interagir com a UFRGS.
Interação maior com outras
organizações (universidades,
exército, empresas).
Implantação do evento
AproximaTec, que busca constituir
equipes para o desenvolvimento de
negócios com base nas tecnologias
desenvolvidas na UFRGS,
proporcionando interação entre
empreendedores e pesquisadores.
A UFRGS tem sido referência para
empresas que desejam se aproximar
da universidade e estabelecer
projetos e ações conjuntas.
Necessidade de maior aplicação das
pesquisas realizadas na UFRGS,
maior fomento a pesquisas com
potencial de mercado.
Determinadas áreas do
conhecimento não percebem a
importância da interação entre
universidade e empresa e do
empreendedorismo.
Necessidade de criação de formas
de apresentação de tecnologias para
as empresas, de forma que elas
percebam valor.
Construir mecanismos mais
eficientes para a aproximação entre
os pesquisadores e setor produtivo.
Ampliar os eventos de aproximação
industrial através da metodologia
AimDay ou similar.
Participações ativas em eventos e
reuniões direcionadas a interações,
Concluir o desenvolvimento da
Plataforma de Aproximação a qual
reúne uma base de dados sobre a
infraestrutura de pesquisa
disponível na UFRGS.
Criar uma forma de apresentar
ativamente as tecnologias da vitrine
para as empresas.
Fortalecer as redes Sociais: buscar
ativamente mais empresas para
interagir com a UFRGS.
Incentivar ações de
empreendedorismo em todas as
áreas de atuação na Universidade;
Incentivar novos modelos de
interação da Universidade com os
demais segmentos da sociedade.
fortalecer projetos de transferência
de tecnologia, licenciamento de
patentes, prestação de serviços,
desenvolvimentos conjuntos, entre
Comunica-
ção
Institucional
O setor de Comunicação, através de
seu perfil nas redes sociais
Facebook, Instagram, Twitter e
Youtube, a SEDETEC mantem
constante divulgação de
oportunidades relacionadas à
inovação e ao empreendedorismo
oferecidas pela UFRGS e por
organizações externas à
Universidade.
A cultura inovadora e
empreendedora ainda não está
difundida em todas as unidades da
UFRGS.
Estabelecer atividades que
fomentem a inovação e o
empreendedorismo nas unidades
onde os benefícios da inovação e
empreendedorismo para os alunos e
servidores ainda não sejam
percebidos.
78
OBJETIVO DO PDI ITENS DIMENSÃO POTENCIALIDADE 2019 FRAGILIDADES EM 2019 ESTRATÉGIA 2020
outros, em benefício da
Universidade
79
3.2.2.2 Parque Científico e Tecnológico Parque Zenit
O Parque Zenit integra o ecossistema de empreendedorismo e inovação da UFRGS,
através da geração de conhecimento, alcançando a sociedade, buscando a relação com
empresas, a incubação de negócios inovadores, a prospecção de projetos tecnológicos, a
capacitação e consultoria em gestão da inovação e negócio.
No ano de 2015 ocorreu definição de uma nova identidade visual e desenvolvimento de
um plano de comunicação interna e externa. Em 2016, O Zenit consolidou seu portfólio de
serviços bem como estruturou seus laboratórios, buscando assim estimular e desenvolver a
interação da universidade com a sociedade. Os serviços atualmente estão dispostos em quatro
grandes áreas, são elas: conexão, inovação, capacitação e incubação.
Os serviços relacionados à Conexão, se propõem a realizar interações com agentes
internos e externos à UFRGS, tanto para promover competências tecnológicas da universidade,
como para oferecer serviços e oportunidades, através de terceiros, com vantagens para a
comunidade acadêmica e, também, para as empresas associadas. O principal esforço nessa área
é a rede de Laboratórios Tecnológicos.
Os serviços da área de Inovação são aqueles que buscam fomentar tanto o
desenvolvimento de uma cultura inovadora nas organizações, como apoiar o desenvolvimento
de projetos inovadores. Os serviços oferecidos têm como finalidade orientar empresas para a
implementação de um sistema de gestão da inovação e também apoiar o desenvolvimento de
produtos inovadores através de práticas de prototipagem. Nessa área destacam-se o Programa
NAGI-UFRGS, o Centro Multiusuário de Prototipagem Rápida (CMPR) e o Laboratório de
Fermentação Rápida (LAFER).
Os serviços relacionados à Capacitação visam oportunizar à comunidade interna e
externa à UFRGS acesso a eventos que envolvem os temas inovação e empreendedorismo,
promovendo um espaço de interação entre os mais diversos atores da comunidade. Além disso,
são oferecidos também outros tipos de capacitações, focadas em temas relevantes para
empreendimentos já estabelecidos que buscam inovar.
Os serviços relacionados à Incubação têm como enfoque o suporte às Incubadoras e
Empresas Incubadas, que, de acordo com o Regimento, fazem parte da gestão e da
responsabilidade do Zenit. Com isso, busca-se garantir o apoio na gestão dos negócios, o
estímulo a trocas e interações e à capacitação e desenvolvimento dos empreendedores.
No atual PDI (2016-2026), o tema Inovação foi explicitamente inserido, com destaque
ao papel da UFRGS como agente de fomento à inovação e ao empreendedorismo e ao
80
desenvolvimento e ampliação de incubadoras, coworking e institucionalização da política de
empreendedorismo e inovação.
Alinhado ao objetivo de buscar parcerias em áreas de relevância social, ambiental,
científica e tecnológica constante no PDI (2016-2026) e, conforme consta no PG 2017-2020, o
Zenit tem como meta a formação de alianças estratégicas buscando a responsabilidade social
em suas diferentes atividades na interação com os agentes do ecossistema de empreendedorismo
e inovação.
Um dos objetivos do PDI (2016-2026) é incentivar ações de empreendedorismo. Nesse
sentido, em 2019, foram realizadas diversas ações com o objetivo de estimular o
comportamento empreendedor, bem como sensibilizar algumas áreas do conhecimento com
pouca cultura em inovação. O Parque Zenit organizou 2 edições do evento “Quartas da
Inovação” abrangendo um público de mais de 150 pessoas. Uma edição apresentou o tema
“Mecanismos de investimentos em negócios inovadores”, a outra “Estratégias de
empreendedorismo e o Black Money”. Irá realizar em 11/12/2019 uma edição sobre “UFRGS
Universidade Empreendedora”, onde apresentará a evolução do ambiente de inovação da
Universidade em 2019 e os planos para 2020. Um dos novos projetos de 2019, o “Inovação nas
Telas”, consiste em um cine-debate com a exibição de um filme reconhecido pela crítica e
seguido de debate com convidados (professores, pesquisadores e/ou profissionais do mercado)
relevantes e atuantes nos temas abordados pelo filme exibido. O projeto tem o objetivo de
fomentar o ecossistema de inovação e empreendedorismo da Universidade com seus diferentes
públicos (interno, externo e novos), além de sensibilizar e ampliar a discussão sobre temas tão
importantes e relevantes. Os encontros de 2019 aconteceram na Sala Redenção da UFRGS,
localizada no campus centro da Universidade. Ainda com o propósito de fomentar o
empreendedorismo e a inovação, o Zenit concluiu e inaugurou o ZSpace, no Centro de
Empreendimentos em Informática - CEI, no Campus do Vale. Irá inaugurar em 19/12/2019 um
ZSpace e um Laboratório de Negócios – na Escola de Engenharia, espaços para o trabalho
colaborativo e o surgimento de novas ideias de negócios.
Alinhado ao objetivo de incentivar ações de empreendedorismo, o projeto do escritório
de Inovação do Zenit na cidade de Farroupilha - RS, em 2019, teve importantes
desdobramentos, sendo eles a visitação a espaços de inovação em Porto Alegre (RS) - Crialab,
Living 360 e Fábrica do Futuro (duas visitas) - para compreensão da equipe de engenheiros e
arquitetos da UFRGS sobre o conceito que se pretende para o referido projeto, especialmente
em relação à infraestrutura física. Além disso, foram realizadas as primeiras atividades práticas
81
de empreendedorismo e inovação, sendo elas uma oficina de cocriação e levantamento de
oportunidades no ecossistema local (dinâmica conduzida pela equipe do Zenit e a com
participação de membros do Parque e da Prefeitura de Farroupilha, em 11/10/2019), e a criação
de uma dinâmica para o evento Farroupilha 2040, planejado para acontecer no dia 30/11/2019,
porém adiado para 04/2020. Ainda, ocorrerá, no dia 12/12/2019, em Farroupilha - RS, uma
nova dinâmica de cocriação, seguindo os resultados auferidos na oficina do dia 11/10, e desta
vez envolvendo também os principais atores socioeconômicos desse município.
Buscando incentivar e implementar novas estratégias, práticas e espaço de aprendizado
e ensino, um outro projeto em andamento e alinhado aos objetivos do eixo Inovação do PDI é
o AcelerEA em parceria com a Escola de Administração-EA/UFRGS. Tal projeto tem como
foco acelerar negócios com potencial inovador. No primeiro semestre do ano de 2019, atendeu
26 graduandos, 10 pós-graduandos, 8 professores, 8 empreendedores, e 4 startups.
No que tange à responsabilidade social, em 2019, o Zenit em parceria com o Ministério
de Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC, e com o Núcleo Comunitário e
Cultural de Belém Novo – NCC Belém, implantou um Centro de Recondicionamento de
Computadores – CRC. O Centro encontra-se em funcionamento, no seu quarto ciclo de
formação, formando até a presente data 190 alunos da comunidade. Nessa ação, promove-se o
descarte correto de resíduos eletrônicos, a qualificação profissional e desperta-se o espírito
empreendedor em jovens em vulnerabilidade social. Como ressaltado no Relatório de
Infraestrutura, para a operacionalização deste projeto faz-se necessário equipamentos de
informática, como computadores, que serão recondicionados, e no início do projeto encontrou-
se grande dificuldade de receber as máquinas doadas por outros órgãos, tanto na questão
logística quanto na questão burocrática patrimonial, haja vista serem considerados como lixo
eletrônico pela UFRGS. A dificuldade de receber a doação destes equipamentos junto aos
órgãos fora da região metropolitana de Porto Alegre mantém-se, pois atualmente o projeto não
dispõe de transporte para fazer a busca nestes locais. Está em negociação com o Ministério da
Ciência e Tecnologia uma forma de viabilizar a contratação de uma empresa que possa atender
a esta necessidade.
O Programa ORION de Mobilidade Profissional Internacional tem como objetivo atrair
estudantes internacionais para uma experiência acadêmica e profissional no Brasil de curta
duração (de três a seis meses), por meio de estágios em empresas parceiras e atividades
acadêmicas na UFRGS. Desenvolvido dentro do Zenit Parque Científico e Tecnológico da
82
UFRGS, já conta com empresas, diversas unidades acadêmicas da UFRGS e universidades
interessadas e alinhadas aos seus objetivos:
• Atrair talentos internacionais para as empresas e laboratórios de pesquisa
brasileiros;
• Ampliar a rede de contatos e a competitividade das empresas;
• Fortalecer a cultura organizacional global das empresas e da Universidade;
• Contribuir para a internacionalização da universidade.
Bem como nos anos anteriores, indo além do ecossistema da UFRGS, o Zenit mostrou-
se atuante no ano de 2019 perante às diferentes entidades representativas do empreendedorismo
e da inovação tanto no Brasil quanto no exterior, como a Associação Nacional de Entidades
Promotoras de Empreendimentos Inovadores - ANPROTEC, a Rede Gaúcha de Incubadoras de
Empresas e Parques Tecnológicos - REGINP, e a International Association of Science Parks
and Areas of Innovation - IASP.
Em atividade contínua, a qual visa melhorar a comunicação entre a gestão do Parque e
suas incubadoras, a diretoria do Zenit vem participando sempre que possível das reuniões
periódicas das incubadoras e incubados, bem como das reuniões da Reginp. A Coordenação da
Rede de Incubadoras da UFRGS – REINTEC, vem articulando continuamente reuniões e
confraternizações entre as Incubadoras e seus incubados, com o propósito de intensificar cada
vez mais as boas relações. Assim como no ano de 2019, disponibiliza um dos seus quatro
servidores para o acompanhamento continuado dessas atividades. Os membros da diretoria
também participaram da conferência da ANPROTEC.
83
Quadro 8. Resumo da Avaliação do Parque Zenit
ITENS/ASPECTOS/QUESITOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA DE
MELHORIAS
Transferência de conhecimento e importância
social das ações universitárias e impactos das
atividades científicas, técnicas e culturais, para
o desenvolvimento regional e nacional.
Interação com diferentes agentes do
ecossistema de empreendedorismo e
inovação de modo a estabelecer conexões e
parcerias.
Realização de eventos e atividades com o
objetivo de estimular empreendimentos
inovadores e de impacto social.
A necessidade de recursos humanos,
físicos e financeiros;
Rede de parceiros ainda pequena
que ocasionam uma certa
dificuldade na realização da
transferência de conhecimento;
Algumas áreas ainda não possuem
um olhar empreendedor na
transferência dos saberes.
Criação do Programa Empresas Associadas
Não Residentes, com o objetivo de ampliar a
rede de parceiros e de captar recurso
financeiro.
Parceria com agentes externos e internos à
Universidade com o intuito de viabilizar ações
que possibilitem a disseminação da inovação e
do empreendedorismo inovador em
desenvolvimento regional e nacional.
Natureza das relações com o setor público, com
o setor produtivo, com o mercado de trabalho,
e com instituições sociais, culturais e
educativas de todos os níveis.
Realização de ações de Conexão, Inovação,
Incubação e Capacitação que proporcionam
a articulação entre os atores de Ciência,
Tecnologia e Inovação.
Novas parcerias formadas e outras em
prospecção.
Dificuldade em desenvolver as
atividades de um modo articulado e
conjunto no sentido de temas e
datas.
Desenvolvimento de parcerias em diferentes
entidades representativas de
empreendedorismo e Inovação, bem como
participando ativamente nas instâncias de
discussão.
A parceria formada entre o Parque Zenit, o
Ministério da Ciência e Tecnologia, e o Núcleo
Comunitário e Cultural de Belém Novo – NCC
Belém, implantando o Centro de
Recondicionamento de Computadores – CRC,
visa capacitar pessoas em vulnerabilidade
social.
A instituição contribui com a criação de
conhecimentos para o desenvolvimento
científico, técnico ou cultural da nação?
O Zenit tem na sua essência a busca pelo
desenvolvimento e transferência de
tecnologia a partir de projetos Universidade-
Empresa que levem ao surgimento de novas
empresas e novos negócios. Com o serviço
de incubação, realizado através das
Incubadoras vinculadas ao Zenit, é
incentivada a criação de start-ups/spin-offs
que são empresas que surgem de estudos e
pesquisas acadêmicas.
O apoio e os serviços prestados às
incubadoras são formas de incentivar a
criação de conhecimentos capazes de gerar o
desenvolvimento tecnológico e econômico
da nação.
Os conhecimentos desenvolvidos
sem potencial mercadológico têm
sua transferência um pouco mais
restrita e focada.
Muitas vezes o conhecimento
científico não está voltado à geração
de empreendedorismo e inovação.
O Zenit realizou e promoveu diversos eventos
na área de empreendedorismo e inovação.
Eventos como o Quartas da Inovação, com
temas voltados aos desafios da inovação, o
NAGI, capacitando as empresas quanto à
Gestão da Inovação, e o Inovação nas Telas,
atividade que reúne a comunidade para debater
sobre temas relevantes da atualidade, são
exemplos de atividades que contribuem para a
criação de conhecimentos para o
desenvolvimento científico, técnico ou cultural
da nação.
84
3.2.2.3 PROREXT
No final de 2018, a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação
estabeleceu as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira (Resolução 07/2018-
CES/CNE), citando entre suas bases a ‘interação dialógica da comunidade acadêmica com a
sociedade’ e a ‘produção de mudanças na própria instituição superior e nos demais setores da
sociedade’ (artigo 5º). Em consonância a isso, tem-se a interação dialógica e o impacto e
transformação social como diretrizes da extensão universitária brasileira, anteriormente
definidas no Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições de Educação Superior
Brasileiras – FORPROEX.
A UFRGS segue as diretrizes nacionais e tem, no PDI/UFRGS, a expansão e a inclusão
como compromissos da Universidade, e no PG 2016-2020, o impacto social como um dos seus
quatro objetivos estratégicos.
Considerando-se o PDI 2016-2026 da UFRGS, a extensão, além de atender aos
‘objetivos acadêmicos e pedagógicos’, mencionados em seção específica, atende também aos
dos três grupos de ‘objetivos de impacto social’:
• ‘Objetivos de interação’ (PDI, p. 48), por meio da diversidade de ações em
temáticas afinadas com a sociedade, que promovem o desenvolvimento social,
realizadas em parceria com diferentes órgãos e segmentos da sociedade nos campos
acadêmico, cultural, educacional, social e artístico, marcando a inserção da
Universidade nos contextos local, regional, nacional e internacional;
• ‘Objetivos de inserção e internacionalização’, em que muitos professores visitantes
atuam em atividades de extensão da Universidade, pelo envolvimento em ações de
acolhimento de parceiros acadêmicos (itens 3 e 4, PDI, p. 49), e também pela
presença e relevância da extensão da UFRGS na América Latina;
• ‘Objetivos de inclusão’ (PDI, p. 49 e 50), pelo desenvolvimento de ações inclusivas
acadêmicas, culturais, esportivas e artísticas, especialmente aquelas voltadas à
comunidade universitária, ao acesso e permanência na Universidade e também
aquelas em ambientes de vulnerabilidade social. As atividades de extensão da
UFRGS aperfeiçoam a política de educação e compromisso social da Universidade,
valorizando a diversidade e as diferenças locais, nacional e internacional.
A extensão desenvolvida na UFRGS é, assim, guiada pela responsabilidade social com
os participantes e grupos envolvidos, num movimento dialógico entre o plano social e a
construção do conhecimento. As atividades de extensão são propostas em atendimento a
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demandas da comunidade universitária e da sociedade em geral, construídas priorizando a
parceria com diversos órgãos e segmentos da sociedade, abrangendo diferentes públicos e
setores internos e externos à Universidade.
Em atenção às fragilidades registradas em 2018, merecem ser consideradas aqui:
a) Foi inserido, no formulário de relatório de extensão, campo específico referente ao
‘público alvo atingido’ pelas atividades de extensão, permitindo mais elementos à
avaliação da extensão no que diz respeito ao seu alcance nas diversas esferas da
sociedade e em especial aquelas em ambientes de vulnerabilidade social.
b) Foi realizado o Projeto Convivências/DEDS junto à Comunidade Quilombola de
São Roque, em Arroio do Meio, com a atuação de estudantes de graduação,
professores e técnico-administrativos da UFRGS de diversas áreas durante o
período de recesso escolar. A ação buscou promover um encontro de saberes através
de uma metodologia participativa de construção de conhecimentos, no convívio da
comunidade acadêmica e comunidade local.
c) A política cultural da UFRGS será construída como resultado de debates públicos,
propostos, em 2019, a partir do projeto Conferências UFRGS, com o tema “Cultura:
para uma política cultural da UFRGS”.
d) A atividade cultural que seria realizada pelo Museu da UFRGS no Litoral Norte em
2019 não aconteceu, não mais pelo problema de equipe reduzida, enfrentado no ano
anterior, mas agora devido à falta de recursos financeiros, dificuldade de
disponibilidade de carro e de motorista para o deslocamento até a comunidade.
e) A dificuldade de transporte da UFRGS para deslocamento da equipe do Projeto
Conta Mais, do Museu, a escolas localizadas predominantemente em bairros
distantes persistiu em 2019. Além disso, o projeto registrou sensível diminuição do
público atendido também devido a problemas na constituição da equipe, que sofreu
várias substituições de estagiários, levando à necessidade de readequação do
projeto.
f) Em 2019, o projeto de empréstimo de caixas educativas a escolas como auxílio às
práticas docentes, na abrangência do Programa Educativo do Museu da UFRGS,
alcançou a meta de público atendido.
g) O processo para realização das obras de melhorias de infraestrutura do Museu da
UFRGS segue tramitando, sem que tenham sido atendidas as necessidades relativas
à acessibilidade do público (piso tátil, sensor de presença e obras de restauro).
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O PG/UFRGS 2016-2020 traz oito ações de responsabilidade da PROREXT, seja pelo
acompanhamento da extensão desenvolvida pelas unidades, seja pela proposição dos
departamentos e setores da Pró-Reitoria. Destas, três ações referem-se aos objetivos acadêmicos
do PG e foram já mencionadas em seção específica. As cinco ações de responsabilidade da
PROREXT que atendem a objetivos de impacto social são:
a) Incentivar a participação da comunidade universitária em projetos com repercussão
em ambientes de vulnerabilidade social (item 3.1.1): a PROREXT, através do
DARE, procura estimular o envolvimento de docentes, técnicos-administrativos e
discentes em atividades de extensão voltadas para o desenvolvimento e a justiça
social. Como exemplo disso, cita-se a realização de 20 tertúlias temáticas sobre
ambientes de vulnerabilidade social realizadas durante o 20º Salão de Extensão,
além da inserção de projetos destinados a público em vulnerabilidade em outras
sessões de tertúlias que, sem fugir das temáticas específicas, possibilitaram o
diálogo com extensionistas que atuam em outras diferentes frentes. Considerando-
se os registros no Sistema de Extensão, é possível constatar o crescente
envolvimento da comunidade universitária em atividades de extensão em ambientes
de vulnerabilidade social, pois, antes de terminar o segundo semestre de 2019, ou
seja, com projetos de extensão ainda em execução, já se tem um número de
envolvidos nas equipes de trabalho próximo do total do ano anterior. Isso demonstra
que a comunidade acadêmica é sensível à responsabilidade social da Universidade,
buscando alternativas para o desenvolvimento da sociedade e aberta ao aprendizado
proveniente da complexidade própria da relação entre a Universidade e as
comunidades em vulnerabilidade social. Importa dizer ainda que muitas ações
desenvolvidas pelos departamentos e setores da PROREXT, como o DEDS, o
Planetário, o Museu e mesmo o Salão de Atos e o Centro Cultural, têm repercussão
em ambientes de vulnerabilidade social.
b) Ampliar as ações de Diálogos Interculturais (item 3.1.2): a PROREXT, através dos
seus departamentos e setores especiais, promove e desenvolve ações que estimulam
o diálogo, a convivência e a interação na diversidade cultural, social e ética, como:
- Foram realizadas, no Museu da UFRGS, diferentes iniciativas concernentes às
atividades e funções museológicas e às ações educativas. A valorização da diversidade cultural
e a promoção da interculturalidade têm sido alguns dos temas transversais de atuação do Museu
da UFRGS. Nesse sentido, foi realizada a roda de conversa ‘Museu: espaço-tempo de diálogo
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intercultural?’, contando com a participação de uma liderança Mbyá Guarani e uma servidora
da equipe do Museu da UFRGS. A atividade compôs a programação das ‘VIII Jornadas o
Pensamento de Rodolfo Kusch – Territorialidades e interculturalidade: movimentos seminais
na América profunda’, evento acadêmico internacional de que o Museu foi um dos parceiros.
- Na Exposição Migrações à Mesa, realizada pelo Museu da UFRGS com parceria do
Museu da Imigração do Estado de São Paulo, foram evidenciados elementos culturais de
famílias de distintas origens, com ênfase para os cadernos de receitas. Com a parceria da
UFRGS TV, foram produzidos vídeos com relatos de famílias Kaingang e Mbyá Guarani, assim
como de famílias negras, vinculadas à Associação MOCAMBO – grupos para os quais o
registro escrito não é a forma prioritária de transmissão intergeracional. As práticas de famílias
de origens japonesa, africana, italiana e alemã foram temas das ações educativas vinculadas à
exposição, enfocando a diversidade cultural por meio de rodas de conversa, mesa redonda e a
Edição Especial do Caffè Parlato, evento cultural-gastronômico. Além disso, a programação do
Museu da UFRGS na edição deste ano no Projeto Noite dos Museus, contou com o workshop
de culinária realizado pelo Chef senegalês Mamadou Sène.
- O Museu da UFRGS manteve a parceria com a Coordenadoria de Acompanhamento
do Programa de Ações Afirmativas (CAF), com lideranças e coletivos indígenas na realização
do projeto de extensão ‘Indígenas no Ensino Superior: caminhos da interculturalidade’. Na
abrangência do projeto, o Museu: foi parceiro na realização do VII Encontro Nacional de
Estudantes Indígenas (ENEI), cujo tema foi ‘Direitos Indígenas em perspectiva: das políticas
indigenistas de Estado ao estado das políticas indigenistas’; apoiou e acolheu a ‘Oficina de
Produção Audiovisual no Contexto das Etnomídias’, realizada pelo Coletivo de Estudantes
Indígenas da UFRGS, pela Mídia Índia e pela Comissão Organizadora do VII ENEI e
ministrada por indígena da etnia Terena, visando formar estudantes indígenas para a cobertura
de seus próprios eventos; apoiou e acolheu a primeira edição do ‘Seminário Egressos Indígenas
da UFRGS/Saúde’, evento realizado pela Liga Acadêmica de Saúde Indígena; participará em
dezembro da programação do ciclo de palestras ‘As ações afirmativas no IFRS: um debate
necessário’, a convite dos Núcleos de Ações Afirmativas do IFRS/Campus Porto Alegre,
compondo a Mesa ‘Presença Indígena na Universidade’, junto com a CAF e um estudante
indígena, a fim de compartilhar experiências desenvolvidas por seu grupo de trabalho.
- O Planetário também fortaleceu sua parceria com a comunidade Guarani-Mbyá, com
a realização de duas visitas a escolas indígenas na abrangência do programa Encontros de Dois
Mundos e pela realização do programa Celebração Intercultural da Vida, que promove a
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travessia de fronteira entre ciência ocidental e saberes tradicionais em uma escola estadual
indígena.
- No âmbito do programa Conversações Afirmativas, do DEDS, foram realizadas quatro
rodas de conversa voltadas ao fortalecimento do programa de ações afirmativas, assim como a
visibilidade e reconhecimento de diferentes comunidades e saberes. A partir do tema Direito à
Cidade, foram discutidos movimentos sociais como o movimento de luta pela moradia,
economia solidária, coletivos que promovem festas e feiras de rua e movimentos de luta por
território.
- O Programa Convivências foi realizado junto à Comunidade Quilombola de São
Roque, em Arroio do Meio. A ação buscou promover um encontro de saberes através de
metodologia participativa de construção de conhecimentos, com a atuação de estudantes de
graduação, professores e técnico-administrativos da UFRGS de diversas áreas, os quais tiveram
a oportunidade de conviver junto a essa comunidade durante o período de recesso escolar.
- Consolidando a parceria DEDS, PROGRAD e RELINTER, em 2019 foi realizada a
VII Semana da África na UFRGS, com o objetivo de promover uma melhor interlocução entre
estudantes africanos, comunidade acadêmica e sociedade em geral. As atividades formativas
foram conduzidas por estudantes africanos e professores pesquisadores, potencializando o
conhecimento dos estudantes e configurando-se como um espaço de desfazimento de
preconceitos e compartilhamento de saberes.
- Ao longo de 2019, o DEDS desenvolveu outras atividades de Promoção da
Interculturalidade, em que se destacam: o curso ‘Leituras de Sueli Carneiro: ideias em
movimento’, em parceria com a Festipoa Literária, visando à formação de leitores e
democratização da obra de Sueli Carneiro; o curso ‘Leituras de Cidinha da Silva: sobre as coisas
e sobre o mundo’, em parceria com Atinuké – Grupo de Estudos do Pensamento de Mulheres
Negras; o ‘Ciclo de Cinema Descolamentos, memórias e identidades Afrodiaspóricas’, em
parceria com docente do IFCH e com a Embaixada da França; e o ‘Seminário Sopapo Poético’,
organizado conjuntamente com a Associação Negra de Cultura para a divulgação e reflexão em
torno de pesquisas de pós-graduação sobre o Sopapo Poético.
c) Elaborar e implementar a Política Cultural da UFRGS (item 3.2.1): em 2019, o
DDC promoveu espaços de reflexão e debate com a comunidade (universitária e
sociedade em geral) visando à elaboração de uma política cultural da UFRGS. A
edição de 2019 do projeto Conferências UFRGS trouxe o tema “Cultura: para uma
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política cultural da UFRGS”, sob a curadoria da Vice-Reitora. Foram realizados
dez eventos ao longo do ano com o propósito de escutar os movimentos da arte e
da cultura na UFRGS. A política cultural da Universidade deve ser resultado de
amplo debate sobre o tema, o que tem sido feito. É previsto, ainda para 2019, que
sejam entregues à administração central as linhas para a implantação da política
cultural da UFRGS.
d) Implementar programas de participação na vida cultural da região metropolitana de
Porto Alegre e do Litoral Norte (item 3.2.2): os diversos departamentos e setores
da PROREXT promovem programas e projetos de difusão de arte e cultura em
diferentes manifestações, com destaque em 2019 das seguintes ações, muitas delas
integrando as comemorações de 85 anos da Universidade:
- O Projeto Unimúsica, do Departamento de Difusão Cultural – DDC, com o tema
‘Cidade Presente: a cidade que se vê, a cidade que se escuta’, apresentou concertos e
intervenções musicais, concebidos em curadoria compartilhada, como homenagem a Porto
Alegre.
- O Centro Cultural, durante o ano de 2019, teve o desafio de inserir na prática
educacional universitária ações culturais que mantivessem um movimento coordenado entre os
equipamentos já existentes e a construção de uma gestão que respeitasse as singularidades e
integrasse os diferentes conteúdos artísticos. Alcançou seu objetivo ao acolher as demandas das
mais diferentes áreas que constituem a Universidade, por meio de locações, parcerias, edital
público e projetos especiais. Essas estruturas apresentaram um grande potencial para abranger
uma maior diversidade de manifestações artístico-culturais, contudo, para as ações posteriores
convém aperfeiçoar-se a comunicação entre a equipe e os parceiros, para que todos possam ser
atendidos com excelência.
- Além das sessões dominicais abertas ao público, das sessões de atendimento
especializado destinadas a escolas e do já consagrado Projeto Selene de observação do céu, o
Planetário realizou vários eventos, ciclo de palestras, cursos e exposições, participando de
forma ativa da vida cultural da cidade e da região. A ampliação da equipe de bolsistas com
apoio do programa de fomento da PROREXT permitiu ampliação das ações desenvolvidas, em
especial a produção de três exposições próprias do Planetário e a realização de duas observações
públicas de eventos astronômicos com alto impacto. De fato, o público alcançado nos eventos
promovidos pelo Planetário ao longo de 2019 excedeu ao esperado, mostrando a integração
deste órgão da UFRGS com a sociedade.
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- O Planetário da UFRGS como um órgão de divulgação científica, de cultura e da arte,
tem capacidade de expandir seu papel junto à Cidade e ao Estado. A ampliação das suas ações,
entretanto, esbarra em dois limitadores: a equipe de servidores é pequena, atualmente
completada com muitos bolsistas, o que dificulta que as ações se tornem perenes, devido à
rotatividade destes (o que é esperado e até desejado do ponto de vista da formação do
estudante); o equipamento principal do Planetário, o Spacemaster, completa 47 anos, tornando-
se necessário limitar o seu uso, com o atendimento de apenas 50% ou 60% da demanda. Devido
à complexidade do equipamento, são necessários anos de treinamento para a operação
independente do mesmo, sendo que atualmente são dois servidores que dominam totalmente o
equipamento e um ainda em treinamento. É vista a necessidade de atualização técnica dos
equipamentos do Planetário, passando para um sistema híbrido: óptico-mecânico (atual) mais
digital, o que permitirá duplicar o atendimento semanal (voltado a grupos e escolas) e para o
público em geral, requerendo um treinamento para manuseio do equipamento mais rápido e
eficiente aos servidores planetaristas (que operam o equipamento).
- A utilização dos espaços do Salão de Atos, Sala II e Plenarinho para atividades
acadêmicas, científicas e culturais propostas pela UFRGS e por outras esferas da sociedade foi
maior número do que o esperado em 2019, ainda que sem a continuidade do Convênio OSPA-
UFRGS, em virtude de a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre já ter seu espaço próprio. É
evidenciado aí que estes espaços são, de fato, importante equipamento cultural da cidade de
Porto Alegre.
- O Salão de Atos da UFRGS, como órgão suplementar vinculado à PROREXT,
desenvolve o Projeto Som no Salão, que em 2019 realizou quatro espetáculos, selecionados
dentre mais de 100 trabalhos inscritos. Essa nona edição foi marcada pela ampliação de
abrangência junto à comunidade de Porto Alegre e região metropolitana, alcançando agentes
culturais e públicos diversos que, através de distintas linguagens musicais, afirmam valores
identitários e culturais no palco do Salão de Atos, reforçando o caráter social e inclusivo de
acesso ao espaço.
- O Museu da UFRGS realizou treze exposições e mostras museológicas ao longo de
2019, sendo que a exposição ‘Os Guarani Mbyá’ ocorreu no Mezanino do Museu da UFRGS e
também no Museu do Doce, em Pelotas, e na Fundação Casa das Artes e no Museu do
Imigrante, em Bento Gonçalves. As exposições ofereceram uma diversidade de temáticas ao
público, sempre acompanhadas de atividades paralelas, promovendo a reflexão sobre questões
importantes na esfera social e propiciando a divulgação dos acervos e conhecimento técnico-
91
cultural. Vale citar-se aí importantes eventos referentes ao combate ao racismo e preconceito
no futebol, por meio de uma parceria entre o Museu da UFRGS e o Observatório de
Discriminação Racial no Futebol, que resultou na publicação de um relatório com dados
relativos a esta temática e também em uma cartilha educativa, a ser trabalhada com o público
escolar, que trata do tema da discriminação. Considerando a maior incidência de casos de
discriminação racial no futebol, tais ações do Museu exemplificam o envolvimento da extensão
da UFRGS com as questões do seu tempo.
- No âmbito do Seminário Grandes Mestres dos Mestres da UFRGS, promovido pelo
Museu da UFRGS em parceria com unidades acadêmicas, envolveu quatro unidades/UFRGS
(Instituto de Matemática e Estatística, Instituto de Química, Instituto de Física e ILEA), visando
difundir a construção do conhecimento na UFRGS através da memória de seus mestres
pioneiros e expoentes nessas áreas.
- A Ponto UFRGS promoveu oito oficinas criativas alusivas às coleções desenvolvidas
na loja. Dentre elas, destacam-se as oficinas de pintura de fotografias com aquarela (Coleção
UFRGS e Convida Rochele Zandavalli), criação de mandala de flores (Coleção Herbário) e
caligrafia chinesa, junto com o Instituto Confúcio. Tais eventos oportunizaram o contato da
Ponto UFRGS com públicos mais amplos, a divulgação da marca e a geração de insights para
novos produtos em 2020.
e) Criar o Programa “Amigos da UFRGS” (item 3.4.6): em 2019 foram realizadas
reuniões para criação do Programa. Até então, tem-se a realização de ações de
intervenção nos espaços de convivência da Universidade, em que se destacam: a
sexta edição do UFRGS Criança, realizada no Centro Cultural, com atividades
também no Salão de Atos, oportunizando o convívio entre a comunidade acadêmica
e familiares nos espaços da Universidade; o projeto Unimúsica, com concertos e
intervenções musicais no Salão de Atos, que em 2019 abriu unidade especial de
distribuição de ingressos no Campus do Vale (no ILEA); e a segunda edição do Dia
da Cultura na UFRGS, a ser realizado no início de dezembro no Centro Cultural da
UFRGS, na Sala Redenção e nos demais espaços expositivos gerenciados pelo
DDC.
As ações dos diferentes departamentos e setores da PROREXT que evidenciam a
responsabilidade social da Universidade não se esgotam nos objetivos de impacto social de
responsabilidade da PROREXT no PG. Outras ações merecem ser citadas aqui:
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a) Ações da PROREXT em ciência e cultura na escola, destinadas a professores e alunos
da Educação Básica, considerando as temáticas dos seus programas e projetos desenvolvidos.
- Além da continuidade à distribuição de publicações do DEDS para escolas, este
Departamento organizou atividades para a participação das escolas públicas estaduais e
municipais de Porto Alegre e Região Metropolitana como: no Ciclo de Cinema
‘Descolamentos, Memórias e Identidades Afrodiaspóricas’, na ‘VII Semana da África na
UFRGS’, e na ‘Mostra Interativa’ do 20º Salão de Extensão. O DEDS também realizou
formação para educadores das redes Estadual e municipais do Rio Grande do Sul sobre o
material ‘Arte Negra na Escola’, alcançando um público maior do que o esperado. Importante
mencionar que o material didático-pedagógico ‘Arte Negra da Escola’ recebeu o Prêmio
Açorianos de Artes Visuais 2019.
- As atividades de formação continuada, desenvolvidas na abrangência do Programa
Educativo do Museu da UFRGS para profissionais das redes pública de Educação também
tiveram bastante público, o que mostra que a extensão da UFRGS alinha-se e atende às
demandas da sociedade. Com o objetivo de auxiliar as práticas docentes, o Museu deu
continuidade ao empréstimo de materiais didáticos para acesso de professores e alunos da
Educação Básica e de Ensino Superior, alcançando a meta de escolas atendidas e público
alcançado. O projeto Conta Mais, entretanto, teve público aquém do esperado em razão de
dificuldades internas, com várias substituições de estagiários, requerendo retomadas na
constituição e capacitação da equipe, e dificuldades externas, à semelhança do ano anterior,
pela limitação de transporte da UFRGS para deslocamento da equipe e material até as escolas.
- Além do atendimento especializado a escolas em sessões na cúpula específicas ao
público escolar, o Planetário também desenvolveu atividades de formação em temas culturais
e científicos a professores e alunos da Educação Básica, com mais dois módulos do curso
‘Planetário EAD’ e também uma edição por semestre do curso ‘Explorando o Universo’. Em
2019, porém, algumas formações e assessorias pedagógicas programadas tiveram de ser
canceladas em razão das paralisações do magistério estadual e municipal no início e no final
ano. Por outro lado, novas atividades foram realizadas com sucesso de público, como a primeira
edição do curso ‘Noções básicas de reconhecimento do céu’, oficinas de programas de extensão
realizadas no Planetário e apresentações musicais didáticas no Planetário, o que destaca o
caráter educativo deste Órgão, como um importante espaço de formação em educação e
ciências, tanto para alunos quanto para professores.
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b) Ações de apoio ao acesso à Universidade, desenvolvidas especialmente pelo Museu
da UFRGS e pelo DEDS:
- O Museu, em parceria com CAF, PRAE e PROGRAD, realizou atividades de acolhida
aos calouros indígenas, além de desenvolver e atuar em outros eventos destinados à população
indígena, já mencionados.
- O DEDS deu continuidade ao programa ‘Por Dentro da UFRGS’, que visa estimular o
acesso de estudantes oriundos de escolas públicas no ensino superior, atuando através de três
eixos: capacitação continuada, palestras e oficinas em escolas públicas de Porto Alegre e região
metropolitana e Cursinho Pré-Vestibular Popular (gratuito) na Escola Municipal Liberato
Salzano. Em 2019, o número de estudantes e professores de educação básica participantes das
oficinas e palestras foi o dobro daquele esperado, o que se justifica a partir de uma programação
intensa junto às escolas, com protagonismo dos alunos bolsistas do programa, que contou com
maior número de estudantes e de servidores da UFRGS participantes da formação. O ‘Por
Dentro da UFRGS’ é, assim, um programa que se consolida por sua relevância social,
atendendo a uma demanda crescente da parte da sociedade e também do envolvimento da
comunidade universitária, uma vez que a questão dialoga com a formação dos novos servidores,
que compreendem a importância do tema no fazer da universidade. Cabe mencionar aqui que
as Ações Afirmativas para terceirizados da UFRGS, previstas no âmbito do programa, não
aconteceram, pois a AGERTE não firmou parceria para a realização das atividades.
c) Ações da Ponto UFRGS, loja-conceito que marca a visibilidade da Universidade a
partir da criação, desenvolvimento e comercialização de produtos e também pela realização de
atividades, sendo importante mencionar:
- Em 2019, a Ponto UFRGS ampliou seu portfólio de produtos, lançando novas coleções
como: “Meu Trabalho na Capa”, resultante do edital lançado em 2018 na programação
comemorativa ao primeiro aniversário da Ponto UFRGS e que oportunizou a participação dos
alunos na criação dos produtos; UFRGS 85 anos, alusiva ao aniversário da universidade; e
UFRGS Sustentável, que evidencia o compromisso social da Universidade.
- Neste ano ampliaram-se as parcerias com setores e projetos da Universidade, como
com o Ceclimar, o Planetário e o projeto de Extensão Lobo Games, resultando em novas
criações e possibilidades de produtos na loja; a parceria com a Editora da UFRGS foi ampliada,
passando-se a também vender títulos da Editora, além de ser um local para retirada dos livros;
e através da parceria com o Instituto Confúcio, desde agosto, além da realização de uma oficina
de caligrafia chinesa no 20º Salão de Extensão, produtos desenvolvidos pela Ponto UFRGS
94
serão apresentados em um encontro entre a Universidade e instituições chinesas em dezembro,
com o intuito de valorizar a cultura e de promover o intercâmbio cultural entre os países.
- Importante ação promovida em 2019 foi a abertura da Ponto Pop Up no Campus do
Vale, como uma modalidade de loja temporária, que pode estar presente em diferentes espaços
e eventos da Universidade. Dentro da proposta em ser uma loja itinerante, em 2019 a Ponto
UFRGS marcou presença em diferentes eventos da Universidade, como o UFRGS Criança,
Jubilados 2019, Salão UFRGS e no Dia da Cultura.
- Foram identificadas algumas dificuldades neste segundo ano da Ponto UFRGS,
cabendo planejamento de ações para sua superação. Citam-se aí: falta de sistematização nos
processos de compra e agilidade na reposição de produtos; atraso no lançamento das coleções
completas, devido à diferença de tempo de produção de cada fornecedor; falta de ações de
relacionamento com clientes através de mailing; problemas de comunicação especialmente
sobre a localização da loja; espaço físico reduzido; necessidade de sistematização e
planejamento antecipado das campanhas, ações de comunicação, participação em eventos e
promoções.
O Quadro a seguir resume as fragilidades e potencialidades sobre a responsabilidade
social da extensão da UFRGS.
Quadro 9. Resumo da Avaliação da PROREXT
ITENS RESULTADOS ALCANÇADOS
RECOMENDAÇÕES POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
Ações em
ambientes de
vulnerabilidade
social
Desenvolvimento de programas e projetos
com repercussão em ambientes de
vulnerabilidade social por parte de todos os
departamentos e setores da PROREXT.
Realização de 20 tertúlias temáticas sobre
vulnerabilidade social e inserção de
projetos em outras sessões, trazendo a
questão a outros ambientes de discussão.
Maior número de envolvidos nas equipes
de trabalho de projetos em linhas de
extensão relacionadas com ambientes de
vulnerabilidade social.
Ações de
diálogos
interculturais
Parceria do Museu e do Planetário com a
comunidade Mbyá-Guarani e com a CAF
na promoção de várias atividades de
integração da comunidade universitária
com a cultura indígena e de formação dos
estudantes indígenas da UFRGS.
Desenvolvimento de ações educativas do
Museu vinculadas à exposição “Migrações
à Mesa”, enfocando a diversidade cultural
(Kaingang, Mbyá Guarani, africana,
japonesa, italiana, alemã).
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ITENS RESULTADOS ALCANÇADOS
RECOMENDAÇÕES POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
Desenvolvimento de diversas atividades
interculturais do DEDS, com amplo
alcance de público.
Política cultural Foram oportunizados debates com a
comunidade pela realização do projeto
Conferências UFRGS, visando à
elaboração da política cultural da
Universidade.
A UFRGS ainda não tem uma
política cultural.
A política cultural da UFRGS
deve ser resultado de amplo
debate sobre o tema, o que
tem sido feito, cabendo, a
partir daí, apresentar à
administração central as
linhas par implantação da
política cultural da
Universidade.
Ações Culturais
Desenvolvimento de programas e projetos
de difusão de arte e cultura, promovidas
pelos departamentos e setores da
PROREXT, realizando ações de
participação na vida cultural da cidade e da
região, em diferentes manifestações, com
amplo alcance de público.
A atividade cultural que seria
realizada pelo Museu da
UFRGS no Litoral Norte não
aconteceu devido à falta de
recursos financeiros
(disponibilidade de carro e
motorista).
Necessidade de readequação
no planejamento da atividade
junto ao Setor de Transportes
ou viabilizar outras formas de
deslocamento.
Planetário O Planetário tem capacidade de expandir
seu papel junto à Cidade e ao Estado como
espaço de divulgação científica, de cultura
e da arte, ampliando o público atendido.
O Planetário atende 50% ou
60% da demanda devido a
limitações impostas pelo uso do
equipamento e de treinamento
de planetaristas, além de contar
com uma equipe pequena de
servidores, completada com
bolsistas (com alta rotatividade).
Faz-se necessária atualização
técnica dos equipamentos do
Planetário, o que permitirá
menor período de
treinamento de servidores
para seu manuseio e,
consequentemente, a
ampliação do atendimento.
Extensão na
Educação
Básica
Público atingido maior que o esperado nas
atividades de formação de professores da
Educação Básica promovidas pelos
diferentes departamentos e órgãos da
PROREXT (DEDS, Museu e Planetário), o
que mostra que a extensão da UFRGS
atende às demandas da comunidade.
O Projeto Conta Mais teve
diminuição de atendimento a
escolas devido a substituições
de estagiários na equipe e por
não haver disponibilidade de
transporte para deslocamento
até as escolas.
Algumas atividades de
formação e assessoria
pedagógicas do Planetário
foram canceladas devido às
greves do magistério estadual e
municipal.
Necessidade de readequação
do Projeto Conta Mais com
base em novos moldes,
buscando contemplar
atividades de Extensão no
planejamento do Setor de
Transportes ou viabilizar
outras formas de
deslocamento.
Apoio ao
acesso à
Universidade
O Programa ‘Por Dentro da UFRGS’ teve
surpreendente alcance de público,
contando com intensa participação de
alunos e servidores da UFRGS nas
atividades de formação.
Não foram realizadas Ações
Afirmativas destinadas aos
terceirizados da UFRGS.
A realização das atividades
requer parceria com a
AGERTE.
Ponto UFRGS Consolidação da Ponto UFRGS pelo
desenvolvimento de novos produtos,
coleções e parcerias, além da abertura da
Ponto Pop Up como loja itinerante com
atuação principal no Campus do Vale e em
eventos da Universidade.
Identificadas fragilidades quanto
aos trabalhos, em relação ao
contato com clientes, datas de
fornecedores, reposição de
produtos, espaço físico e
planejamento de eventos e
promoções.
Ampliar ações de
relacionamento com clientes
através da implementação de
um mailing e criar ações de
fidelização e prospecção de
novos clientes. Aprimorar
processos de compra e de
reposição de produtos.
Planejar com antecedência e
montar cronograma da Ponto
Pop Up 2020 em outros
campi.
96
3.2.2.4 CAF
A CAF – Coordenadoria de Ação Afirmativa, criada em 2012, através da Decisão
268/2012 do Conselho Universitário, consolidou as responsabilidades institucionais de
qualificar a execução e avaliação dessa política de Inclusão, já referenciado no PDI - PDI da
Universidade.
Ações voltadas para a inclusão e assistência: Em 2019 foram realizadas ações de
monitoramento avaliação e da política de Ações Afirmativas e seus desdobramentos
relacionados ao acompanhamento pedagógico, assistência estudantil e inclusão social,
recebendo presencialmente demandas, fornecendo informações e encaminhamentos às Pró-
Reitorias responsáveis pelos insumos demandados com o objetivo buscar formas inovadoras de
interlocução. Empreendeu um conjunto de ações de modo a promover interações sistemáticas
junto à comunidade indígena e o movimento social negro na valorização e apoio a iniciativas
de fortalecimento do percurso acadêmico dos estudantes cotistas. Destaca-se a participação na
elaboração de editais para inclusão no ensino público superior de candidatos refugiados,
reunindo com setores (PROGRAD, Relinter, PRAE, PROPEG, Gaire, PPE e PROCAD) que
organizam o edital e o acolhimento dos novos estudantes. Outra atividade de natureza
educacional, cultural e formativa desenvolvida foi a promoção de cinco Cursos de Capacitação
destinados a professores e técnicos, em parceria com o programa de gestores da PROGESP
tratando de aspectos da Inclusão e destacando práticas institucionais inovadoras compatíveis
com o cenário institucional. A Coordenadoria teve participação do monitoramento da
implementação da Bolsa permanência MEC para indígenas e quilombolas, mantendo
interlocução com a FUNAI e INCRA a fim de assessorar a PRAE no cumprimento das
demandas requeridas pelo MEC para sua implementação, consolidando comissão de trabalho
específica para tal finalidade.
Ações voltadas para o desenvolvimento da democracia.
O ano de 2019 foi marcado pelo estabelecimento de metodologias de inclusão na esfera
de organização e consolidação das ações afirmativas na UFRGS com ênfase na formação dos
membros das Comissões de Heteroidentificação. Destaca-se a ampliação da composição do
conselho consultivo da CAF, incorporando representação estudantil indígena e ampliando a
presença de suplentes dos movimentos sociais e de representações de técnicos e professores,
alcançando o campus litoral. Trata-se de um importante conselho para monitoramento e
organização das prioridades e proposições da coordenadoria em suas rotinas anuais em
atendimento a Decisão 268/2012.
97
Participação da CAF nas diferentes etapas de divulgação, aperfeiçoamento e
operacionalização do ingresso por reserva de vagas, propiciando espaços de interlocução e
monitoramento das tecnologias que organizam a verificação étnico-racial na sub cota PPI, bem
como a constituição de espaços, como o Portas Abertas, para interlocução direta e presencial
com professores, orientadores e candidatos a fim de conhecer e apropriar-se de informações
relativas ao ingresso por reservas na UFRGS. Todos aspectos resultaram na interação da CAF
com PROGRAD, PROREXT (DEDS) e SECOM.
Ao longo de 2019, a CAF lançou dois editais para a recomposição da CPVA, garantindo
a presença e interlocução com movimentos sociais na consolidação do controle público de
combate a supostas fraudes.
No âmbito dessas comissões, a partir de janeiro de 2019, a CAF realizou um total de
três capacitações para atuação em comissões de verificação de autodeclarações étnico raciais
subsidiando seus membros para uma atuação informada com exemplos e informações sobre a
temática da verificação por heteroidentificação, aspectos conceituais e práticos da atividade de
verificação. Foram realizadas, por meio de edital específico, 40 sessões de Verificação de
autodeclarações, cerca de 100 atendimentos por e-mail, telefone e presenciais para
esclarecimentos sobre os processos de verificação da autodeclaração prestando informações
qualificadas à comunidade.
Elaboramos 19 pareceres em resposta a processos advindos da Ouvidoria, Ministério
Público e Defensoria Pública sobre as Ações Afirmativas em 2018, postadas no SEI. Os
processos foram reduzidos em volume em virtude de aprimoramentos massivos nos processos
de comunicação externa da UFRGS.
Em parceria com a Comissão de Ingresso, INCLUIR/PROGESP e PROREXT (DEDS)
– Por dentro da UFRGS – reorientamos a atividade específica na grade do evento “Portas
Abertas”, realizada no Salão de Atos II do Campus Central e Cinema da UFRGS para exposição
e esclarecimentos públicos quanto aos modos de inscrição no vestibular UFRGS, fazendo a
busca ativa a cursinhos, professores e orientadores de potenciais candidatos a reserva de vagas
no ensino público. Essas as atividades propiciaram momentos ampliados e públicos de
divulgação de informações de modo presencial a candidatos e orientadores de candidatos em
ensino médio sobre o funcionamento das ações afirmativas na UFRGS.
Ações voltadas para interação com o meio social e promoção da cidadania.
No ano de 2019 a participação de trabalhos sobre a temática das Ações Afirmativas
tornou-se transversal a todo o Salão UFRGS alcançando a realização de sessões com a temática
98
transversal das ações afirmativas em temas de cada um dos quatro salões. Cabe destacar que o
Salão incorpora a temática das Ações Afirmativas e tem garantido a receptividade aos trabalhos
empreendidos pela comunidade na área de educação para as relações étnico-raciais bem como
e reconhecimento de ações de promoção da cidadania, valorizando a interlocução com a
sociedade no tema das ações afirmativas e educação. Nessa programação geral, em diálogo com
a temática do salão, deu a declinação específica de inclusão e permanência de cotistas
apontando para políticas de engajamento, profissionalização e inserção em mercado de
trabalho. A CAF mantém uma mesa temática no salão. No ano de 2019 organizamos a mesa:
“A trajetória de Profissionais Negros: desafios atuais e mercado de trabalho”.
A CAF reitera seu engajamento coma promoção da cidadania e da valorização das
relações étnico-raciais por meio da participação ativa nas atividades relativas ao “Novembro
Negro” por meio da oferta de duas capacitações e participação em mesas e entrevistas à
imprensa. Importante destacar a Integração das ações promovidas pela UFRGS durante o mês
de novembro para inserindo definitivamente o “Novembro Negro” no calendário de eventos da
universidade.
Além disso, houve a ampliação de comunicação direta com estudantes através da página
de Facebook – redirecionamento de consultas diretamente aos programas de pós-graduações
quanto a inscrições em pós-graduações nas categorias de ações afirmativas, encaminhamentos
de busca de moradia solidária, checagem de informações institucionais atualizadas que
demonstram que a Coordenadoria vem se tornando uma referência para os estudantes cotistas
como apoio ao entendimento do funcionamento institucional e informações quanto aos insumos
da assistência e apoio pedagógico na universidade. Totalizamos uma média na página de 15 mil
visualizações/mês.
Ações voltadas para o desenvolvimento institucional.
Ao longo de 2019 foram realizadas sete reuniões com o Conselho Consultivo que tem
em sua composição membros da sociedade civil. A CAF protagonizou a reestruturação do
Comitê Contra a Intolerância e Discriminação por meio da renovação de seus membros, a
criação de um site institucional, readequação dos mecanismos de comunicação entre os seus
membros e incorporação de unidades administrativas (Ouvidoria e NAD). Por meio dessa
parceria houve a criação de um fluxograma para os processos de denúncias que envolvam o
Comitê.
A CAF ao longo de 2019 atendeu diversas demandas judiciais relativas à CPVA, em
prazo médio de 72 horas. Com relação a Comissão Especial foram realizadas cerca de cinco
99
reuniões junto ao Gabinete e a Procuradoria com o objetivo de estabelecer um novo cronograma
para finalização de seus procedimentos. Além disso foram atualizados e compartilhados com o
Conselho Consultivo todos os dados relativos aos 364 estudantes denunciados.
Como forma de ampliar o conhecimento e o diálogo sobre os dados sobre a política de
ações afirmativas, a CAF enviou a 11 bibliotecas setoriais obras do acervo da Coordenadoria.
Ações voltadas para inclusão de estudantes.
Participação no monitoramento da nova turma de ingressantes nos cursos de graduação
por meio do edital para ingresso dos refugiados, em parceria com a PROGRAD, Relinter,
PRAE, PROPEG, Gaire, PPE e PROCAD sobre as demandas institucionais para organização
do fluxo do acolhimento e leitura crítica da decisão 366. Interlocução com o Programa de ensino
do português para estrangeiros como língua adicional, cátedra e PROGRAD visando o
aprimoramento do edital do processo seletivo 2020.
Aperfeiçoamento do projeto de acolhimento em parceria com o Museu da UFRGS,
PRAE e COMGRADs para o acompanhamento de cotistas e ingressantes indígenas.
Manutenção da parceria com COMGRADs na condução de uma agenda anual na formação de
monitores indígenas, orientadores e alunos cotistas expressando uma parceria entre cursos de
graduação junto às COMGRADs, para o desenvolvimento de estratégicas visando à
permanência e diplomação de estudantes indígenas e de estudantes cotistas. No que tange ao
acompanhamento da política relacionada ao ingresso dos estudantes indígenas. A CAF em
conjunto como Museu elaborou projeto de extensão para viabilizar a realização do VII Encontro
Nacional de Estudantes Indígenas – ENEI, evento realizado em outubro na ESEFID e que
contou com a participação de cerca de 300 estudantes de diversas universidades brasileiras.
Além da realização de Assembleia com lideranças indígenas para escolha dos cursos PSEI/2020
e coordenação do Projeto de Acolhimento aos ingressantes indígenas 2019 em parceria com a
PRAE; a CAF realizou cerca 100 de atendimentos presenciais individuais e coletivos, bem
como análise e sistematização de relatórios do Programa de Monitoria Indígena.
Cabe destacar que ao longo de 2019, o MEC fez inúmeras solicitações de atualizações
de documentos para credenciamento e liberação de pagamento para a Bolsa Permanência MEC
destinada a estudantes indígenas. A CAF foi demandada e colaborou com a PRAE pelo controle
e contato com os estudantes para o cumprimento das novas exigências. Estima-se cerca de 135
atendimentos presenciais no primeiro trimestre do ano. Também por exigência do MEC, CAF
e PRAE constituíram uma Comissão Permanente de verificação da documentação apresentada.
100
Ações voltadas para superação de fragilidades identificadas na autoavaliação
Ao longo de 2019 várias ações foram empreendidas visando superar fragilidades
apontadas na autoavaliação realizada no ano anterior. Foram efetivadas, do ponto de vista
institucional a legitimação de disciplinas voltadas para o Estudos das Relações Étnico-Raciais
- ERER promovendo a discussão sobre a diversidade no ambiente acadêmico. Essa ação
repercutiu na mudança dos editais de concurso público para docentes proporcionando a
oportunidade de ingresso de candidatos negros à carreira docente. Soma-se a isso a ação em
andamento realizada pela CAF de efetuar um censo sobre a presença de docentes negros nas
unidades acadêmicas.
Cabe destacar que a CAF vem realizando diagnósticos referentes a política não somente
de permanência como também da política de saída de estudantes cotistas. No que se refere a
política de permanência realizamos pesquisa com 3986 diplomados como objetivo de mapear
as trajetórias e desafios encontrados pelos estudantes durante a graduação. Além disso,
solicitamos à PROGRAD informações sobre os quantitativos de vínculos de bolsas de iniciação
científica e estágios não obrigatórios no período de 2008 a 2019.
No que se refere a política de saída, celebramos parceira com a SEDETEC e REAFRO
no âmbito do Projeto de Empreendedorismo Negro. Foram realizados três eventos e cinco
reuniões com vistas à implementação do programa em 2020.
Destaca-se o aperfeiçoamento com a criação da Comissão de Ingresso, na qual
mantemos a participação direta em uma de suas etapas, que desonerou a CAF de atendimentos
individualizados para dar espaço a ações de orientação prévia e instrumentos comunicacionais
mais eficientes e pedagógicos a inscrição correta de candidatos em escolhas de subcotas.
101
3.2.2.5 Núcleo de Inclusão e Acessibilidade – INCLUIR (PROGESP)
No Estatuto da UFRGS, em seu Art. 2º, encontramos o seguinte enunciado:
Art. 2º - A UFRGS, como Universidade Pública, é expressão da sociedade
democrática e pluricultural, inspirada nos ideais de liberdade, de respeito pela
diferença, e de solidariedade, constituindo-se em instância necessária de consciência
crítica, na qual a coletividade possa repensar suas formas de vida e suas organizações
sociais, econômicas e políticas3.
Alinhado a essas premissas, o INCLUIR – Núcleo de Inclusão e Acessibilidade da
UFRGS atua no sentido da articulação, fomento da política de inclusão e acessibilidade,
acompanhamento e apoio técnico à comunidade universitária, desenvolvendo estratégias de
inclusão, acessibilidade e permanência do público alvo da Educação Especial, ou pessoas com
alguma condição de saúde que necessitem de atendimento especial, no ensino, pesquisa,
extensão e gestão administrativa. No âmbito das ações afirmativas, uma das abordagens se dá
no entendimento da diferença a partir da implementação de práticas destinadas aos grupos
historicamente excluídos dos processos em sociedade, em especial do território da educação.
Nesse sentido, os dados do censo do IBGE de 2010 (gráfico a seguir) apontam 61,1% da
população declarada de pessoas com deficiência no Brasil sem instrução ou ensino fundamental
completo, número muito superior comparativamente à população sem deficiência, dado este
que impacta profundamente no seu acesso à Universidade. Na tabela subsequente, apesar de se
verificar um aumento significativo no quantitativo de matrículas entre 2004 e 2014, resultado
da implementação de uma série de políticas de inclusão, o percentual total de pessoas com
deficiência no ensino superior era de menos de 1%, conforme dados do INEP, número esse que
já demonstrava o quanto era preciso investir em ações de fomento ao ingresso e permanência
desses estudantes.
3 Disponível em http://www.ufrgs.br/consun/legislacao/documentos/estatuto-e-rgu-2015. Acessado em 29 de
outubro de 2019.
102
Quadro 10.
Representação
percentual da evolução dos dados das matrículas das pessoas com deficiência, no ensino
superior, período entre 2004 e 2014, comparativamente às matrículas totais. Fonte INEP
Fonte: INEP
Em consulta recente aos dados do Censo da Educação Superior 2018 divulgados pelo
INEP4, das 8.450.755 matrículas nos cursos de graduação presenciais e à distância, 2.077.481
são da rede pública, sendo 16.585 de pessoas com deficiência, o que representa 0,8% desse
universo. De fato, podemos observar um crescimento do percentual no espaço de 5 anos (2014
-2019), entretanto ainda é um número que nos faz refletir. A partir da aprovação no CONSUN
(decisão 212/2017) de 25% das vagas reservadas à política de Ações Afirmativas, para as
pessoas com deficiência, foi instituída a Comissão de Verificação de Documentos, que atua
no processo de ingresso dos candidatos através do Vestibular e SiSU, homologando ou não sua
condição de deficiência, nas modalidades de vagas a eles destinadas. O INCLUIR é membro da
comissão, através da coordenação do setor.
4 Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Sinopse Estatística da Educação
Superior 2018. [online]. Brasília: Inep, 2019. Disponível em http://portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar-
sinopse-sinopse. Acessado em 07 de janeiro de 2020.
2004 2014 Aumento Percentual
Matrículas totais no Brasil 4.223.344 7.828.013 +85,35%
Matrículas de pessoas com
deficiência no Brasil 5.395 33.377 +518,66
Figura 5. Distribuição percentual da população de 15 anos ou mais de idade, por
existência de pelo menos uma das deficiências investigadas e nível de instrução -
Brasil - 2010
103
O PDI 2016-2026 aponta na sessão Perfil do Corpo Discente, referindo-se aos alunos
e alunas público alvo das Ações Afirmativas:
Outro grande desafio é o acolhimento e permanência desses estudantes na
Universidade. Para tanto, é fundamental a ampliação da política de financiamento da
assistência estudantil por parte do Governo Federal, mas também, a atenção às
especificidades desses segmentos no que se refere às suas necessidades didáticas,
pedagógicas, sociais, culturais e de respeito à diversidade5 (grifo nosso).
Neste sentido, há um grande investimento do Incluir em um dos eixos que norteiam o
fazer institucional, que é a Formação Continuada. Durante o período de 2019, foram propostas
e realizadas várias capacitações, em parceria com a EDUFRGS – Escola de Desenvolvimento
de Servidores da UFRGS, CIPAS - Centro Interdisciplinar de Pesquisa e Atenção à Saúde,
Coletivo de Pessoas com Deficiência Adriana Thoma – UFRGS, FADERGS, Projeto Rumo
Norte, parceiros institucionais, dos âmbitos municipal e estadual ou de movimentos sociais, que
gentilmente compartilharam seus conhecimentos com servidores, discentes e público externo.
Esta sequência de formações (de julho a dezembro) constituíram-se no programa de
capacitações, e até o mês de outubro de 2019 abordaram temas variados como conceitos básicos
de acessibilidade, inclusão e pessoa com deficiência, deficiência física, deficiência visual,
deficiência auditiva e surdez, transtorno do espectro do autismo, superdotação e altas
habilidades e deficiência intelectual, todas sob o eixo Diversidade e Inclusão na
Universidade. Ampliou-se assim a oferta dessas ações em relação a 2018, e atuou-se no
alinhamento em relação aos Objetivos Acadêmicos e Pedagógicos do PDI 2016-2026/ De
ampliação, quando indicam 5. Ampliar a oferta de ações de formação continuada e dos
Objetivos Organizacionais/De Pessoas 2. Aperfeiçoar a política de qualificação e
capacitação permanentes dos servidores, contemplando a formação em todos os níveis. Em
2020, a partir das parcerias estabelecidas e de outras que buscaremos, o programa se repetirá.
Projeta-se pensar uma ação que abranja as escolas de educação básica da rede pública, em
especial o Ensino Médio, onde faremos as mesmas reflexões sobre inclusão e acessibilidade,
ampliando assim nossas ações no sentido de antecipar o aprendizado em relação às diferenças
e o direito das pessoas com deficiência à educação, em qualquer nível.
Destaca-se nosso trabalho também em consonância com o PG 2016-2020
principalmente quanto aos objetivos de Impacto Social, que envolvem aspectos de interação
com a sociedade, como inovação social, consolidação da política de ações afirmativas,
aperfeiçoamento da política de assuntos estudantis, investimento na saúde e na segurança e a
valorização da cultura e do pensamento como formas de desenvolvimento da justiça social.
5 Disponível em http://www.ufrgs.br/pdi/PDI_2016a2026_UFRGS.pdf. Acessado em 29 de outubro de 2019.
104
Em 2019 entregou-se à sociedade um projeto que teve início em 2018 que é o Leituras
Obrigatórias e Acessíveis. Trata-se da adaptação das leituras obrigatórias do vestibular para
os formatos de audiolivros e arquivos de texto, esses últimos acessíveis aos softwares leitores
de tela, para pessoas com deficiência visual. Dessa forma, mesmo antes do ingresso, os
candidatos com deficiência visual conseguem vivenciar, ao menos em parte, o conceito de
equidade, já que em relação à literatura indicada ao concurso, estão em igualdade de condições
com os demais candidatos. Como retorno, até o momento, tivemos pedidos de acesso aos
materiais vindos inclusive de fora do estado, como Rio de Janeiro, São Paulo, Acre e Santa
Catarina, não só de candidatos ao vestibular, mas também de escolas, pois o acesso à literatura
acessível e gratuita ainda é restrito. Assim, mais uma vez corrobora-se com as proposições do
PDI 2016-2026, que por meio das atividades de extensão, a UFRGS pretende ampliar a
inclusão social dos diferentes segmentos da sociedade, estimulando o respeito à diversidade
e às diferentes manifestações culturais, artísticas, esportivas e tecnológicas. O projeto foi
apresentado no Salão de Extensão da UFRGS 2019 e obteve destaque na sessão Cultura das
tertúlias. A opção de acesso às Leituras Obrigatórias e Acessíveis está disponível
permanentemente no site do Incluir, com renovação de 04 obras a cada ano.
Realizou-se em 2019 uma ação prevista no planejamento do setor, que denominamos de
Reuniões Ampliadas. São encontros para avaliação dos processos inclusivos, com as
COMGRADs dos cursos onde se encontram matriculados discentes com deficiência, para que
se tenha um feedback sobre como esses processos estão acontecendo nas Unidades. A partir de
2018, quando oi instituído o Formulário de Serviços e Recursos de Acessibilidade,
instrumento de prospecção de demandas vinculadas aos recursos de acessibilidade, organizado
em eixos: aspectos pedagógicos, de mobilidade e arquitetônicos, mobiliários e equipamentos
de acessibilidade, comunicação e informação, apoio para atividades acadêmicas, solicitação de
adaptação de materiais acadêmicos, solicitação de empréstimo de equipamentos e softwares,
houve uma alteração no fluxo de atendimento aos discentes com deficiência, deixando de ter o
INCLUIR a centralidade no processo, passando as COMGRADs a fazer a articulação com os
setores imbricados nesse atendimento. Foram realizadas duas reuniões, uma com o campus
Centro e outra com os campi Saúde, Olímpico e Vale, onde foram retomadas questões
conceituais e de práticas relacionadas aos processos de inclusão e suas possíveis adaptações,
tanto em relação às questões funcionais dos discentes relacionadas ao fazer dos técnicos das
comissões, quanto ao fazer pedagógico dos docentes, e suas possíveis interlocuções com os
dispositivos legais relacionados aos direitos das pessoas com deficiência e seu atendimento no
105
ensino superior. Cabe salientar que na seção das Políticas de Ensino do PDI 2016-2026
encontramos referência a aspectos da aprendizagem:
A excelência da aprendizagem representa um compromisso com o atendimento das
necessidades pedagógicas dos alunos, uma vez que se encontra voltada para a sua
formação integral, atendendo e valorizando as diferenças individuais e sociais, tendo
no horizonte sua repercussão no exercício social e profissional como egressos da
Universidade6 (grifo nosso).
Nesta primeira edição da ação compareceram cinco COMGRADs, todas de cursos onde
há discentes com deficiência, que trouxeram suas experiências nos processos inclusivos, além
de fazerem apontamentos construtivos sobre a perspectiva de melhoria no atendimento a esses
discentes. Para 2020 daremos continuidade às Reuniões Ampliadas realizando um encontro
no Campus Litoral, que não realizamos em 2019, além de repetir as reuniões, duas a cada
semestre de forma contínua. Destaca-se ainda, que para o INCLUIR esse foi um momento
importante para mensurar nossas ações, quanto a efetividade na assessoria às COMGRADs,
outro eixo de atuação.
A equipe interdisciplinar do INCLUIR, atualmente composta por uma psicóloga, uma
assistente social e uma técnica em assuntos educacionais, atua no âmbito de apoio e assessoria
às diversas unidades e órgãos, mapeando e auxiliando na elaboração de estratégias que
minimizem as barreiras encontradas pelas pessoas com deficiência, visando tornar as
instalações, produtos e serviços da universidade acessíveis a todos. Trata-se de uma linha de
ação que objetiva promover a equidade nas condições de acesso e permanência das pessoas com
deficiência, garantindo o seu desenvolvimento acadêmico, profissional e cultural, mediante a
adoção de práticas efetivas e inclusivas. Foram realizados 43 atendimentos até o momento,
sendo que 35 desses são a discentes, 7 técnicos e 1 docente, na sua maioria atendimentos
interdisciplinares, ou seja, quando a equipe multiprofissional atua em conjunto na perspectiva
do modelo social da deficiência, numa abordagem biopsicossocial, de forma contínua e
prospectiva. Na leitura do PDI 2016-2026, em seu item 4.2.3. Responsabilidade Institucional:
inclusão, ações afirmativas e sustentabilidade, identifica-se o alinhamento do atendimento
realizado às proposições do plano:
Dentro deste contexto, a UFRGS deve ampliar as iniciativas hoje existentes e
possibilitar a criação de uma estrutura institucional que garanta a efetividade das
ações afirmativas e reforçar o monitoramento dos resultados das mesmas, sejam
aquelas relacionadas à permanência ou aquelas voltadas à assistência estudantil e
ao atendimento às pessoas portadoras de necessidades especiais. Para tanto, é
requerido ações para acessibilidade bem como capacitação de técnicos-
administrativos e docentes, com ênfase no corpo docente, para uso de recursos
pedagógicos assistivos. Outros pontos importantes são o aprimoramento da
divulgação nas diversas mídias internas sobre os recursos instalados de
6 Disponível em http://www.ufrgs.br/pdi/PDI_2016a2026_UFRGS.pdf. Acessado em 29 de outubro de 2019.
106
acessibilidade, o levantamento permanente dos alunos com necessidades especiais,
permitindo ações pontuais7 (grifo nosso).
A participação do setor em diferentes eventos na Universidade e fora dela, potencializa
a divulgação do trabalho em relação à acessibilidade, mas para além disso, reforça a abordagem
desenvolvida no sentido da garantia de direitos das pessoas com deficiência no acesso e
permanência ao ensino superior, em igualdade de condições com as demais pessoas, como
aponta a LBI – Lei Brasileira de Inclusão. Assim como em 2018, o setor teve inserção em
diferentes eventos internos, tais como, Congresso Nacional do PET Civil, Encontro da PET
Civil UFRGS, Por Dentro da UFRGS, Portas Abertas, Salão EDUFRGS, Semana da Pessoa
com Deficiência, Programa de Desenvolvimento de Gestores, e externos como no I Seminário
de Formação Docente da UFCSPA e Projeto Homero da PUC, falando sobre acessibilidade no
ensino superior e corroborando com o PG 2016-2020 no seu eixo 4.5.1.Fortalecer a imagem
e a identidade institucional da Universidade. Outras ações desenvolvidas, que objetivam a
construção de uma cultura sobre a temática da acessibilidade, e que deram visibilidade à essa
discussão, foram as participações em outros momentos de formação, a saber: Acessibilidade na
UFRGS: noções de orientação e mobilidade para pessoas cegas, Acessibilidade na UFRGS:
Transtorno do Espectro Autista, Acessibilidade na UFRGS: Cine Debate e roda de conversa
saúde mental da pessoa com deficiência, em parceria com o Coletivo de Pessoas com
Deficiência Adriana Thoma – UFRGS, consultoria sobre acessibilidade na exposição
"Migrações à Mesa" do Museu da UFRGS, curso de Escrita da Língua de Sinais e curso de
Leitura e Escrita em Braille, os dois últimos ofertados como atividade de extensão, alinhado
novamente ao PDI 2016-2026, Objetivos de Impacto Social/De Inclusão 3. Definir uma
política institucional de inclusão que contemple minorias historicamente excluídas, 4.
Fortalecer as ações de acessibilidade, de inclusão social, pedagógica e laboral.
Também no PDI 2016-2026, no item Responsabilidade Institucional, destaca-se o
comprometimento da instituição com a inclusão, sendo uma das diretrizes a ampliação do
acompanhamento discente, além do monitoramento de seu desempenho acadêmico, com foco
na qualidade e permanência deste estudante. O acompanhamento e apoio técnico a alunos e
servidores com deficiência é realizado no INCLUIR por meio de atividades especializadas, que
buscam dar condições de acesso e igualdade ao processo de ensino-aprendizagem e ao
desempenho profissional, respectivamente. Com vistas à promoção da autonomia das pessoas
nessa condição, foram disponibilizados serviços de ledor e escrevente, produção de materiais
7 Disponível em http://www.ufrgs.br/pdi/PDI_2016a2026_UFRGS.pdf. Acessado em 29 de outubro de 2019.
107
didáticos em Braille, ampliados e táteis, guia vidente, acompanhamento em sala de aula e
estudos extraclasse, tradução e interpretação de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), acesso
a softwares ledores, ampliadores de tela, lupas eletrônicas, linha Braille, scanner e fusora. Em
relação à produção de materiais adaptados apresentamos alguns números:
Quadro 11. Adaptação de Materiais - 2019
DEMANDANTE
DOCUMENTOS
EM FONTE
AMPLIADA
DOCUMENTOS
BRAILLE
DOCUMENTOS
DIGITAIS
1 Discente baixa visão 21
2 Discente baixa visão 20
3 Discente cego graduação 3
4 Discente cega pós-
graduação 1
5 Discente baixa visão 26
6 Servidora baixa visão 15
7 Discente baixa visão 14
8 Docente FACED 1
9 Docente Design 2
10 CLN 3 3
11 Discente Pedagogia 7
12 LEOA -Leituras
Obrigatórias e Acessíveis 15
13 Museu da UFRGS 1 1
14 Evento Fabico 1 1
15 PROGESP 2 2
Total 83 17 39
Estas demandas tendem a aumentar em 2020, já que o quantitativo de discentes
ingressantes com deficiência tem se potencializado com a reserva de vagas no vestibular e
SiSU, assim como nos concursos públicos para servidores técnicos e docentes.
Para que os serviços de acessibilidade aconteçam de forma eficaz, contamos com uma
equipe de 12 bolsistas de acessibilidade atuando no acompanhamento aos discentes e
servidores com deficiência e adaptação de materiais, além de outro grupo de 05 bolsistas de
produção de conteúdo, responsáveis pelo site, redes sociais e identidade visual. Os
acompanhamentos dos bolsistas de acessibilidade são diários e relacionados à deslocamentos
nos campi de pessoas cadeirantes, cegas ou mesmo com mobilidade reduzida, que por motivo
de falta de acessibilidade nos ambientes acadêmicos, não conseguem se locomover de forma
autônoma, assim como acompanhamentos em sala de aula, em função de alguma condição do
discente que não permita sua interação com as atividades de ensino sem apoio. Foi elaborado
pelos bolsistas de produção de conteúdo cartaz sobre a temática do CAPACITISMO, que é
108
o preconceito em relação às pessoas com deficiência, buscando alertar sobre atitudes
capacitistas que por vezes nos interpelam, sem que se tenha consciência do que tais atitudes
significam para os atingidos. Este material está sendo distribuído pelos campi, buscando dar
visibilidade à temática. Na seção 4.2.4 Objetivos Estratégicos e Metas do PDI 2016-2026,
dos Objetivos Acadêmicos e Pedagógicos/De Práticas de Aprendizagem encontra-se as
seguintes proposições: 1. Incentivar adoção de novas estratégias, práticas, tecnologias e
espaços de aprendizagem e de ensino 2. Incentivar atividades formativas discentes com base
em experiências aplicadas. As experiências dos bolsistas na interface de seus cursos com a área
da acessibilidade e educação especial proporciona uma experiência diferenciada, que reverbera
na formação de cada estudante que passa pelo setor, pois acrescenta esse campo de estudos ao
seu percurso acadêmico, pouco ofertado nos currículos dos cursos. Não raro, bolsistas que
estiveram no Incluir constroem seu trabalho de conclusão com referências à acessibilidade,
inclusive alguns dão continuidade aos seus estudos na pesquisa, com a mesma abordagem.
Inferimos que dessa forma contribuímos com as atividades de ensino, sendo um espaço de
formação.
Ainda em conformidade ao item Objetivos de Impacto Social/De Inclusão do PDI
2016-2026, 1. Desenvolver ações para assistência, permanência e conclusão, acolhimento e
integração, compatíveis com a expansão do corpo discente da Universidade, os serviços de
tradução e interpretação de língua de sinais, no seu papel de fazer a intermediação linguística
entre surdos e ouvintes, no par Português/Libras, proporciona acesso aos discentes e servidores
surdos às atividades de ensino e aprendizagem, além de trabalhar com a acessibilidade em
materiais de estudo e institucionais, nas diferentes mídias. Entre as atividades desenvolvidas
por esse grupo de profissionais estão tarefas tais como, interpretar as disciplinas onde discentes
surdos estão matriculados, tanto na graduação como na pós-graduação ou, interpretar a
disciplina de LIBRAS para os discentes ouvintes, quando o docente é surdo; fazer a adaptação
de materiais didáticos, com janela de interpretação em LIBRAS, além de outros materiais como
vídeos institucionais de diferentes setores, participação em grupos de pesquisa sobre
acessibilidade nas mídias, tradução de editais conforme determina a LBI (art. 30), interpretação
de concursos, defesas de teses e dissertações, perícias, capacitações, eventos institucionais,
ações de extensão com o envolvimento da comunidade surda externa à Universidade, saídas de
campo com discentes surdos, adaptação dos textos escritos pelos surdos (usuários da língua
portuguesa escrita como segunda língua), para o português formal, enfim, uma gama de
demandas diferenciadas com o objetivo de disponibilizar acessibilidade aos usuários deste
109
serviço, tanto surdos quanto ouvintes e, dessa forma, qualificar sua permanência na
Universidade. Salienta-se que as ações de acessibilidade comunicacional não se restringem às
atividades de ensino, mas a todos os materiais institucionais e espaços acadêmicos. Não se pode
correr o risco de “aprisionar” o discente surdo ao seu curso, sem que ele tenha acesso às outras
atividades acadêmicas que compõem a vida nos campi, por exemplo, atividades de extensão e
culturais, entre outras. Em 2019 teve-se aumento significativo das demandas de tradução para
Libras de materiais audiovisuais e uma diminuição no número de horas de interpretação em
sala de aula, pois alguns alunos de programas de pós-graduação encerraram suas pesquisas.
Ainda este ano, a equipe de tradutores e interpretes de Libras teve um aumento de
servidores, especificamente 2 vagas de concurso e 2 vagas de processo seletivo com a duração
de 2 anos, o que possibilita a diversificação do trabalho de produção de material acessível em
Libras. Entretanto, 3 vagas originárias do curso de Letras/Libras, do Instituto de Letras, foram
solicitadas pela unidade de ensino, portanto, três servidores deixaram de compartilhar as
demandas gerais da Universidade e passaram a se dedicar exclusivamente ao curso mencionado
gerando demandas reprimidas em outras unidades. No quadro abaixo, dados sobre a evolução
do serviço de tradução e interpretação em LIBRAS na UFRGS:
110
Ainda quanto ao item 4.2.4. Objetivos Estratégicos e Metas, dos Objetivos
Organizacionais/De Pessoas, 2. Aperfeiçoar a política de qualificação e capacitação
permanentes dos servidores, contemplando a formação em todos os níveis, a equipe de
tradutores intérpretes de Libras realizou formação em serviço abordando questões relacionadas
ao seu fazer, além de ter discutido e reelaborado as diretrizes de atendimento da equipe de
Tradutores e Intérpretes de Libras/Português, ambas ações em consonância com o PDI 2016-
2016. A equipe Interdisciplinar participou de capacitações externas, como por exemplo, a XII
Edição do Curso: Atendimento Multiprofissional à Pessoa com Deficiência e Altas Habilidades
e Pessoas com Deficiência no Trabalho: Possibilidades e Desafios, ambas ofertadas pela
FADERGS. Ademais, as capacitações ofertadas pelo INCLUIR também foram importantes para
a qualificação dessa equipe.
As exemplificações de ações realizadas ou em curso não esgotam as diversas dimensões
em que a acessibilidade se faz necessária como garantia de direitos sociais das pessoas com
deficiência. Ao contrário, visam demonstrar a pertinência para que as temáticas de inclusão e
Figura 6. Histórico dos atendimentos de tradução e interpretação do INCLUIR
111
acessibilidade se configurem como política institucional, de forma regulamentada e
amplamente desenvolvida com os diversos órgãos da universidade e com as próprias pessoas
com deficiência da UFRGS. Certamente há de se considerar as boas práticas na administração
pública federal e, considerando a natureza cultural dos processos de mudanças institucionais,
ressalta-se a importância de medidas que deem consistência e suporte à permanência de
estudantes e servidores com deficiência, especialmente diante da barreira atitudinal, que
comumente se faz primeira na implementação e enfretamento das demais barreiras de
acessibilidade. Ademais, o PDI 2016-2026 em seus Objetivos de Impacto social/De Inclusão,
propõe: 3. Definir uma política institucional de inclusão que contemple minorias
historicamente excluídas, acompanhado pelo PG 2016-2010, também nos Objetivos de
Impacto Social, 3.3 Promover todas as formas de inclusão, apontam para a construção de uma
cultura de inclusão e acessibilidade, indicadores aos quais o INCLUIR se alinha em seu fazer
cotidiano.
A divulgação dos serviços de acessibilidade está disponível na Web Page do INCLUIR
(www.ufrgs.br/incluir). No site é possível encontrar informações sobre as ações de
acessibilidade realizadas para a comunidade universitária, além de outros tópicos, tais como:
atribuições do setor, histórico dos serviços de acessibilidade na UFRGS, quais os serviços
ofertados, como solicitar atendimento, legislações pertinentes, composição da equipe, formas
de contato e notícias, além do link para cadastro de pessoas com deficiência visual no LEOA –
Leituras Obrigatórias e Acessíveis. As páginas no Facebook e Instagram divulgam esse
trabalho, além de outras informações relacionadas à área de atuação do setor.
112
Quadro 12. Resumo da avaliação do INCLUIR OBJETIVOS PDI
QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS/ASPECTOS/QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Objetivo de
impacto social
Ampliar a oferta de ações de
formação continuada e Aperfeiçoar a política de
qualificação e capacitação
permanentes dos servidores,
contemplando a formação em
todos os níveis.
3 –
Responsabilidade
Social
Continuidade na oferta de
capacitações e ações de
extensão, para servidores e
discentes, que abordem a
temática da inclusão e
acessibilidade, e auxiliam na
eliminação das diversas
barreiras existentes,
principalmente a barreira
atitudinal.
Barreiras atitudinais
que perduram.
Continuidade na execução das
capacitações e ações de extensão sobre a
temática da inclusão e acessibilidade;
Parceria com Instituições externas
representativas das pessoas com
deficiência, em articulação com o fazer
da Universidade, com vistas a
qualificação do nosso atendimento.
Objetivo de
impacto social
Possibilitar a criação de uma
estrutura institucional que garanta
a efetividade das ações afirmativas
e reforçar o monitoramento dos
resultados das mesmas, sejam
aquelas relacionadas à
permanência ou aquelas voltadas à
assistência estudantil e ao
atendimento às pessoas portadoras
de necessidades especiais.
3 –
Responsabilidade
Social
Garantia de direitos das
pessoas com deficiência;
Pluralidade e protagonismo de
grupos historicamente
excluídos.
Realizar reuniões ampliadas
com as COMGRADs dos
cursos onde há discentes com
deficiência, para avaliar os
processos inclusivos que
aconteceram nas unidades,
suas fragilidades e
potencialidades,
proporcionando a troca de
experiências.
Ao ampliar o
atendimento às
pessoas com
deficiência, a
instituição precisa de
adequações
estruturais, tanto
arquitetônicas, quanto
pedagógicas e
atitudinais.
Adesão das
COMGRADs ao
chamamento das
reuniões.
Realização de ações com setores da
Universidade, com a temática da
inclusão e acessibilidade.
Verificou-se a necessidade de reforçar a
articulação com unidades acadêmicas e
administrativas por ser tratar de uma
temática transversal que permeia todos
os espaços da Universidade, processo
esse que aconteceu a partir da utilização
do formulário Solicitação de Serviços,
Recursos e equipamentos de Inclusão e
Acessibilidade. Com a aplicação do
formulário o fluxo de atendimento ao
discente com deficiência passou a ser
com centralidade nas COMGRADs, onde
o aluno fará seu percurso acadêmico.
Destacar a importância de compartilhar
experiências que foram positivas em
relação à inclusão de pessoas com
deficiência, e realizar a análise dos
percalços possíveis neste percurso.
Objetivo de
impacto social
Fortalecimento de ações de
acessibilidade, inclusão social,
pedagógica e laboral, além de
promover ações inclusivas
3 –
Responsabilidade
Social
Participar de diferentes ações,
que tratam sobre a temática
acessibilidade, lançando mão
da estratégia de divulgação do
Quantitativo de
servidores no setor,
frente à crescente
demanda.
Articulação com a PROGESP no sentido
de comprovação da necessidade de mais
vagas para o setor, a partir da
113
OBJETIVOS PDI
QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS/ASPECTOS/QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
acadêmicas, culturais, esportivas e
artísticas.
trabalho do setor, dando
visibilidade às pessoas com
deficiência, para que cada vez
mais a instituição e todos os
seus atores possam tomar
conhecimento das ações de
inclusão, buscando contribuir
para a construção de uma
cultura de acessibilidade.
Barreiras atitudinais
que perduram.
quantificação dos nossos atendimentos e
demandas.
Reforçar a articulação com unidades
acadêmicas e administrativas;
Continuidade na execução das
capacitações e ações de extensão;
Participação nas diferentes instâncias,
eventos e atividades de ensino na
Universidade buscando a
representatividade do setor e, em
consequência, trazendo para a pauta as
temáticas da inclusão e acessibilidade. Objetivo de impacto
social Comprometimento com a inclusão,
sendo uma das diretrizes a
ampliação do acompanhamento
discente, além do monitoramento
de seu desempenho acadêmico,
com foco na qualidade e
permanência deste estudante.
3 –
Responsabilidade
Social
O acompanhamento e apoio
técnico a alunos e servidores
com deficiência é realizado
por meio de atividades
especializadas, que buscam
dar condições de acesso e
igualdade ao ensino-
aprendizagem e ao
desempenho profissional,
respectivamente;
Promoção da autonomia das
pessoas com deficiência com a
disponibilização dos
diferentes serviços oferecidos
pelo setor, além de sua
ampliação.
Quantitativo de
servidores frente à
crescente demanda;
Dificuldade de
recursos necessários à
ampliação na oferta
de serviços de
acessibilidade, frente
ao aumento de
demandas em função
da reserva de vagas
para as pessoas com
deficiência.
Reforçar a articulação com unidades
acadêmicas e administrativas onde
houver discentes ou servidores com
deficiência, no sentido de
institucionalizar serviços e recursos de
acessibilidade, não ficando apenas sob a
responsabilidade do setor.
114
3.2.2.6 RELINTER
O PDI 2016-2026 da UFRGS abre um amplo espaço à internacionalização, sendo
reafirmada como um dos valores da UFRGS (p. 12), e também como um dos fatores
considerados relevantes pela comunidade para o futuro da Universidade (p. 23). O PDI também
frisa que a internacionalização é considerada como um fator de busca de excelência e
reconhecimento. De acordo com o PDI, a visão da UFRGS para 2026 é: "Ser uma Universidade
reconhecida pela sociedade como de excelência em todas as áreas de conhecimento em âmbito
nacional e internacional" (p. 14).
O PDI destaca que a internacionalização deve ser entendida de forma compreensiva na
UFRGS, abrangendo o Ensino (incluindo graduação, pós-graduação e ensino a distância), a
Pesquisa, que deve ser qualificada, reconhecida e ampliada pela internacionalização, e a
Extensão. Além dessas, a Inovação consta também explicitamente como um dos focos da
UFRGS a ser considerado em uma política de internacionalização.
Diz o PDI (p. 28): "Um dos principais valores de excelência da UFRGS continua sendo
a internacionalização. Por isso, a Universidade permanecerá fortalecendo suas relações além
das fronteiras, consolidando e ampliando a cooperação bilateral e multilateral com instituições
internacionais, com programas de mobilidade acadêmica docente, discente e de técnico-
administrativos, com atuação política e acadêmica junto a grupos universitários e em
programas internacionais, com a inclusão de novas modalidades de cursos binacionais."
No nível das ações, o PDI aponta para o aumento da mobilidade de todos os segmentos,
o reforço das ações de acolhimento de parceiros acadêmicos e o incentivo à criação de
programas internacionais de pós-graduação com possibilidade de expansão dos acordos de
formação conjunta (cotutela e joint degree) e dupla diplomação (p. 40).
A Secretaria de Relações Internacionais (RELINTER) é constituída de um departamento
de sete pessoas, o Departamento de Mobilidade, que gerencia a mobilidade estudantil
internacional (fluxos de entrada e de saída), e de um grupo de três pessoas que trata das relações
internacionais institucionais em articulação com o Gabinete do Reitor.
A primeira observação de 2019 diz respeito justamente à equipe, em continuidade com
o ano anterior: três servidoras entraram para a equipe entre janeiro e abril de 2019, em
substituição às três que saíram entre agosto 2018 e fevereiro de 2019. Essas mudanças
impactam consideravelmente a equipe, visto que é preciso um tempo de adaptação e capacitação
para atuar com atividades de gestão das relações internacionais, que ainda são novidade no
115
ensino superior brasileiro. Cabe ainda registrar o afastamento para pós-graduação stricto sensu,
por dois anos a contar de outubro de 2019, de uma das servidoras mais experientes do grupo.
Não deixa de ser uma fragilidade do setor – e da administração pública em geral – a
crescente diferença entre o nível de serviços que a Universidade precisa oferecer e a baixa
atratividade da carreira técnico-administrativa. No caso desta Secretaria, servidores que sejam
fluentes em idiomas estrangeiros, que tenham a disponibilidade e a experiência para viagens de
representação da UFRGS, também encontram outras oportunidades de trabalho
significativamente mais atrativas que a universidade.
No que diz respeito à mobilidade estudantil na graduação, verificou-se que, no ano de
2019, não se manteve a tendência verificada de 2017 a 2018 de diminuição da mobilidade para
o exterior (os números ficaram constantes), já o número de alunos estrangeiros vindos para a
UFRGS diminuiu em torno de 15%.
Em 2019, foram oferecidos os mesmos programas de bolsas que em 2018, com fomento
do Banco Santander (que já havia diminuído o número de bolsas oferecidas), da própria UFRGS
no contexto da Associação de Universidades do Grupo de Montevidéu (AUGM), e do programa
MARCA (CAPES). O programa Erasmus+ “International Credit Mobility” forneceu também 4
oportunidades aos alunos da UFRGS. Em síntese, enviamos, com bolsas, em 2019: 4 alunos
Santander UAM, 15 alunos Santander Ibero; 17 alunos pelo Programa Escala AUGM; 4 alunos
Erasmus+; 3 alunos MARCA. Sem bolsas, através dos convênios bilaterais, em editais lançados
pela Relinter, enviamos para o exterior 107 estudantes ao longo de 2019.
Quanto à diminuição do número de alunos estrangeiros vindos para a UFRGS:
recebemos 72 alunos de graduação estrangeiros em 2019/1, e 77 em 2019/2 (vs. 167 (1º sem.)
+171(2º sem.) em 2015, 143 (1º sem.) +154 (2º sem.) em 2016, e 112 (1º sem.) + 119 (2º sem.)
em 2017, 77 (1º sem.) + 98 (2º sem.) em 2018).
Cabe ressaltar que estes números representam os atendimentos a alunos cuja mobilidade
(in ou out) se concretizou. Há também o atendimento informativo e suporte dado a alunos que,
no final, não ingressam na UFRGS ou não se afastam. Há também atendimento dado a alunos
de pós-graduação que apenas utilizam os serviços da RELINTER em parte do processo de
chegada na UFRGS. Ou seja, os números não são exatos; até mesmo porque os alunos podem
efetuar apenas parte do preparo de sua mobilidade junto à RELINTER.
Os cenários nacional e mundial mostram que não há expectativa de um crescimento
marcante da mobilidade estudantil na graduação para os próximos anos. A estratégia da UFRGS
iniciada em 2016, em acordo com o PDI e com o PG, é qualificar a mobilidade, em detrimento
116
da quantidade, e trabalhar para melhorar a experiência acadêmica dos alunos que realizam
intercâmbio. Isso passa pela promoção da internacionalização dos currículos na UFRGS, pelas
melhorias no reconhecimento dos créditos obtidos no exterior pelos alunos da UFRGS, por
avanços em acordos de dupla diplomação.
Estes esforços têm sido mantidos pela Relinter. Em 2019 a UFRGS assinou mais um
acordo de dupla diplomação, dessa vez com a Mines ParisTech, contemplando estudantes da
Escola de Engenharia, do Instituto de Informática, do Instituto de Física e do Instituto de
Pesquisa Hidráulicas, os quais poderão obter o diploma da UFRGS e da instituição francesa. O
MOOC iniciado em 2018 foi finalizado e lançado em 2019, com quase vinte horas de
capacitação bilíngue e expectativa de ampliação do número de acordos de Dupla Diplomação
na UFRGS.
Para tratar de reconhecimento de créditos, a RELINTER tem continuado sua
participação ativa no projeto Erasmus+ Capacity Building in Higher Education REC-MAT,
coordenado pela Univ. do Porto. Representantes da Secretaria participaram dos encontros do
consórcio em Belém (abril 2019) e Santa Fe, Argentina (novembro 2019), junto com uma colega
da PROGRAD. Esses encontros se desdobraram em palestras no Fórum de Coordenadores de
COMGRADs, junto com a PROGRAD, para motivar os Coordenadores a internacionalizar os
currículos de nossos cursos. Um ponto alto foi a vinda, dentro da programação dos 85 anos da
UFRGS, da Sra. Maria de Lurdes Correia Fernandes, Vice-reitora da Univ. do Porto, em
setembro, para várias palestras na UFRGS, inclusive uma no Fórum.
A RELINTER também finalizou sua atuação em dois outros projetos Erasmus+ CBHE:
no CAMINOS, trabalhou junto com a UNIBO e demais universidades europeias e latino-
americanas a concluir um guia sobre a mobilidade na América Latina, que foi lançado na
reunião de encerramento “Caminos a FIESA”, em Mar del Plata, Argentina, em setembro. No
projeto LISTO, a RELINTER tem tido apenas um papel de intermediário entre a SEDETEC,
que executa o projeto, e o Coordenador europeu (Univ. de Uppsala).
A RELINTER participou, em apoio ao Reitor, das discussões e eventos pós-CRES, para
finalizar os documentos de conclusão da Conferência Regional sobre o Ensino Superior da
UNESCO (CRES), que aconteceu em junho 2018 em Córdoba, Argentina. O reitor da UFRGS,
assessorado pela RELINTER, preparou as contribuições de nossa universidade, da ANDIFES
e da Associação de Universidades do Grupo de Montevidéu. Organizou uma reunião do
ENLACES em Brasília, na sede da ANDIFES. Apresentou o mesmo no encontro “Caminos a
117
FIESA”. Participou de reuniões virtuais de preparo do programa da conferência do ENLACES,
prevista para maio 2020 na Colômbia.
Por fim, em 2019, a RELINTER acompanhou com a PROPG, a PROPESQ e a
SEDETEC, o primeiro ano de implementação do programa PRINT. Participou da elaboração
de editais, da reunião de lançamento organizada em abril 2019 (em particular para convidar o
parceiro alemão, membro do comitê gestor), e dos processos seletivos.
Em conclusão, o ano de 2019, especialmente desafiador em termos de gestão em
decorrência da mudança governamental e dos ajustes orçamentários, viu a concentração das
atividades de internacionalização, dentro da lógica já esboçada no ano anterior de diminuição
da mobilidade estudantil, aumento da colaboração latino-americana e com a Europa, e destaque
dado à pesquisa e pós-graduação. As ações têm sido menos quantitativas, mas pedem cada vez
mais conhecimento específico e profundo do contexto próprio a cada parceria para definir
atividades conjuntas de interesse mútuo. Os sucessos que ainda foram possíveis garantiram a
presença institucional reconhecida de nossa universidade no cenário internacional, e
providenciaram à UFRGS oportunidades raras no Brasil.
Retomada das potencialidades, fragilidades e estratégias em busca de melhorias
relativas a 2018, acompanhada por uma análise crítica do que foi realizado em 2019 (o que
mudou de um ano para o outro, resultados efetivados ou não).
Quadro 13. Potencialidade e Fragilidades - RELINTER ITENS/ ASPECTOS/
QUESITOS
POTENCIALIDADES
2018 FRAGILIDADES 2018
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS 2019
Liderança regional da
UFRGS na América
Latina
CRES 2018. Ações na
Associação de
Universidades do Grupo de
Montevidéu. Reforço das
colaborações com a
Colômbia e a Argentina.
Baixo apoio nacional
para parcerias com os
países da América
Latina. Fragmentação
das redes e associações
de universidades na
América Latina.
Participação institucional reforçada
através de redes estrategicamente
identificadas (AUGM, IESALC,
ANDIFES e seus pares
CIN/ASCUN):
Organização de um workshop sobre
ENLACES em Belém, abril 2019,
junto com AUGM.
Participação ativa no plano
estratégico da AUGM.
Organização de um painel sobre
autonomia na UFRGS, com reitores
da CIN e da AUGM.
UFRGS sediou o Encontro de
Reitores AUGM 2019
Uso das parcerias com a União
Europeia para reforçar a integração
na América Latina.
Participação no evento “Caminos à
FIESA”, em Mar del Plata, com
palestras.
Organização de um workshop
CAMINOS durante a FAUBAI 2019.
118
ITENS/ ASPECTOS/
QUESITOS
POTENCIALIDADES
2018 FRAGILIDADES 2018
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS 2019
Organização de um Workshop REC-
MAT durante a FAUBAI 2019.
Organização de palestras da vice-
reitora da UPorto na UFRGS.
Produção de contribuições associadas
à UFRGS para a CRES 2018.
Organização de um workshop
ENLACES na ANDIFES.
Participação à gestão do ENLACES.
Participação expressiva no programa
MARCA (mobilidade estudantil):
4 Professores participaram de
missões MARCA em 2019 (no
Paraguai, na Colômbia, no Brasil e na
Argentina). 11 alunos estiveram em
mobilidade pelo MARCA em 2019 (8
IN/3 OUT).
Presença institucional
da UFRGS em nível
internacional
Muitos parceiros
estrangeiros estão com
dificuldades para analisar
os rumos atuais no Brasil,
e procuram na UFRGS um
parceiro confiável.
Questões estruturais
continuam limitando
nossa capacidade:
domínio/uso do inglês ou
espanhol na
universidade; estruturas
de decisão ágeis; falta de
autonomia para uma
série de decisões.
Capacitações sobre gestão de
relações internacionais, em vários
níveis: técnico, idiomático,
participação em fóruns de reflexão
política sobre as prioridades do
Ensino Superior internacional.
A Relinter ofereceu 2 capacitações
em 2019 para gestores da UFRGS,
além de 1 na UFCSPA e 3 durante o
evento FAUBAI.
Gestão das relações
internacionais
acadêmicas
A UFRGS possui uma
equipe de gestores que é
uma das maiores e mais
capacitadas do Brasil, que
complementa um corpo
acadêmico muito
internacionalizado.
A equipe continua em
tamanho insuficiente, e
as mudanças de foco na
internacionalização,
desde 2016, obrigam os
servidores a redefinir seu
escopo de atividades,
bem como a capacitar
outros gestores. Soma-se
a perda de duas
servidoras em 2018.
Capacitações, em particular para
gerenciar pesquisa e ensino na pós-
graduação.
Recebemos 3 novas servidoras em
2019, que ainda precisam se capacitar
para atuarem em projetos de
internacionalização. Além disso,
tivemos o afastamento de uma das
servidoras mais experientes do grupo,
para mestrado, por dois anos.
Mobilidade estudantil
na graduação
Projetos Erasmus+
“International Credit
Mobility”
Há escassez de recursos
nacionais, e diminuição
de oferta de bolsas nos
projetos internacionais.
O Brasil como país, e
Porto Alegre como
cidade, perderam
atratividade para jovens
estrangeiros (problemas
de segurança levantados
pelos Consulados
estrangeiros;
instabilidade social e
política no país).
Melhora qualitativa da experiência de
mobilidade estudantil, em particular
para que os créditos obtidos no
exterior sejam melhor integralizados
na UFRGS.
Não obtivemos progressos quanto ao
maior aproveitamento dos créditos
obtidos no exterior. Em 2019, não
chegamos a 10% de aproveitamento.
Aproveitamento dos contatos
internacionais para levar nossos
currículos a evoluir.
O projeto REC-MAT, junto com as
universidades europeias de Porto,
Lille, Ghent e Valladolid, levou a um
programa piloto de mobilidade. Os
coordenadores de cinco cursos de
graduação da UFRGS analisaram e
compararam seus currículos com os
119
ITENS/ ASPECTOS/
QUESITOS
POTENCIALIDADES
2018 FRAGILIDADES 2018
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS 2019
das universidades europeias para
definir equivalências.
Ampliação e reforço dos acordos de
Dupla Diplomação em nível de
graduação.
Foi assinado um novo acordo com a
U.N. del Litoral, em Arquitetura.
O MOOC sobre Dupla Diplomação
foi lançado e totaliza mais de 320
acessos neste fim de ano.
Internacionalização da
pesquisa e da pós-
graduação
Edital CAPES PRINT.
Excelência em pesquisa
reconhecida da UFRGS no
exterior.
Os mecanismos de
gestão da pesquisa são
muito centrados no
pesquisador. A proposta
da CAPES necessita de
uma nova forma de gerir
as pesquisas, e de alocar
o fomento.
Diagnóstico das relações
internacionais na pesquisa e pós-
graduação. Proposta de parceiros
internacionais estratégicos.
Ampliação da capacidade de gestão
com Conselho Gestor e equipe
técnica de apoio.
Uma palestra foi organizada em
maio, que apresentou um diagnóstico
baseado em seis indicadores para
definir os parceiros estratégicos da
UFRGS.
Ações desencadeadas para atender ao Plano de Gestão:
Conforme relatório entregue a PROPLAN, o setor tem executado as seguintes ações do
PG:
120
Quadro 14. Ações desencadeadas para atender ao PG - RELINTER OBJETIVOS
ESTRATÉGICOS
OBJETIVO
TÁTICO AÇÃO AVALIAÇÃO E OBSERVAÇÕES
Acadêmicos 1.3 - Ampliar a
internacionalização
1.3.1 – Plano Institucional de
Internacionalização
Levantamento de ações de
internacionalização da extensão: previsto
para jun/19, vem sendo executado com
êxito pela equipe Relinter, com nova
previsão de término para mar/20.
Plano institucional de internacionalização
da extensão: adiado para 2020, após
conclusão do levantamento.
Plano institucional de internacionalização
da UFRGS: a ser finalizado e entregue
antes de encerrada a atual gestão.
1.3.2 – Promover o protagonismo
da universidade como líder
regional na América Latina
A UFRGS organizou vários seminários e
workshops, de alcance nacional, com
papel de destaque de parceiros da AUGM,
da CIN, do ENLACES... (cf. outras partes
deste documento)
1.3.5 – Acolhimento de
estrangeiros
Capacitar os tutores para alunos
estrangeiros: em execução.
Induzir unidades a criar seus próprios
eventos de acolhimento: em execução.
Simplificar e informatizar os
procedimentos de matrícula / vinculação
dos visitantes estrangeiros na UFRGS: em
execução.
Melhorar a apresentação online das grades
curriculares da UFRGS: suspensa, com
possibilidade limitada da parte da
RELINTER de provocar uma mudança.
Houve ações de sensibilização das
COMGRADs em ago. e set. 2018.
1.4 – Expandir o
ensino, a pesquisa e
a extensão
1.4.6 - Modalidades graduação e
pós com instituições estrangeiras
Ampliar acordos bilaterais com IES
estrangeiras
Ampliar a participação no Programa
Erasmus+
Induzir acordos de dupla diplomação e
cotutela: lançamento do MOOC, em
2019, sobre double degree.
Melhorar mobilidade AUGM: ação
contínua, participação nas reuniões de
delegados assessores, uso pleno das
bolsas In/Out tanto para discentes quanto
para docentes.
Regimentar e ampliar o reconhecimento
de créditos validados durante uma
mobilidade no exterior, na volta dos
alunos na UFRGS.
121
Quadro 15. Resumo da avaliação da RELINTER OBJETIVOS PDI QUE SE
RELACIONAM COM A
AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES 2019 FRAGILIDADES
2019
AÇÕES ESTRATÉGICAS
NA BUSCA DE
MELHORIAS 2020
Objetivos de impacto social,
que envolvem aspectos de
interação com a sociedade,
inserção internacional, inclusão
social
Liderança regional
da UFRGS na
América Latina
3. Responsabilidade
Social
Tivemos 60 missões acadêmicas
no âmbito da Associação de
Universidades Grupo
Montevideo/AUGM
UFRGS sediou o Encontro de
Reitores AUGM 2019
UFRGS participou de 2 reuniões
de delegados assessores AUGM
20 alunos UFRGS participaram
das Jornadas de Jovens
Investigadores AUGM
5 reuniões do Projeto CAMINOS
Divergências políticas
entre os governos
nacionais na ALC.
Falta de estabilidade
governamental na
região.
Enfraquecimento do
Mercosul educativo.
Preparo da participação da
UFRGS na conferência
ENLACES prevista para maio
2020, em Cartagena das
Índias.
Possível ratificação de um
tratado EU/Mercosul, que
pode reforçar a região.
Objetivos de impacto social,
que envolvem aspectos de
interação com a sociedade,
inserção internacional, inclusão
social
Presença
institucional da
UFRGS em nível
internacional
3. Responsabilidade
Social
Servidores:
- NAFSA (2)
- EAIE –
HELSINQUE/FINLANDIA (1)
- Participação ativa em
associações como FAUBAI,
AUGM, AUF e AULP
Escassez de recursos
institucionais que
possibilitariam maior
inserção/presença
internacional da
UFRGS
Supressão da participação na
NAFSA (evento mais
longo/caro) e substituição por
um evento de impacto forte,
mas menor.
Reforço da participação na
FAUBAI 2020.
Participação aumentada na
AUGM.
Objetivos de impacto social,
que envolvem aspectos de
interação com a sociedade,
inserção internacional, inclusão
social
Gestão das
relações
internacionais
acadêmicas
3. Responsabilidade
Social
Melhora dos sistemas de
informação sobre as Relações
Internacionais na UFRGS.
Objetivos de impacto social,
que envolvem aspectos de
interação com a sociedade,
inserção internacional, inclusão
social
Mobilidade
estudantil na
graduação
3. Responsabilidade
Social
Alunos graduação OUT:
107 sem bolsa
38 com bolsa
Alunos graduação IN:
149
Fatores externos, como
alterações no calendário
acadêmico em virtude
de greves, alta do dólar,
crise econômica
mundial, cortes em
bolsas e no próprio
orçamento da UFRGS,
A mobilidade estudantil
depende fundamentalmente de
orçamento nacional e
estrangeiro, não sendo sob
controle da UFRGS. Não
temos ação prática a propor
para melhorá-la em 2020.
122
OBJETIVOS PDI QUE SE
RELACIONAM COM A
AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES 2019 FRAGILIDADES
2019
AÇÕES ESTRATÉGICAS
NA BUSCA DE
MELHORIAS 2020
dentre outros, baixam a
procura por mobilidades
IN/OUT
Objetivos de impacto social,
que envolvem aspectos de
interação com a sociedade,
inserção internacional, inclusão
social
Internacionalização
da pesquisa e da
pós-graduação
3. Responsabilidade
Social
Identificação de parceiros
estratégicos da UFRGS em seis
países (Alemanha, França,
Espanha, Itália, Argentina,
Estados Unidos).
Identificação de universidades
especialmente relevantes em
outros países.
Falta de autonomia
financeira para priorizar
tal ou tal parceiro.
Ameaças sobre o
orçamento PRINT.
Sistematizar a análise das
missões PRINT de 2019 para
validar as parcerias
estratégicas.
123
3.2.2.7 Setor de Convênios do Gabinete do Reitor
No ano de 2019, o Núcleo de Convênios, que tem como atribuição apoiar administrativa
e operacionalmente às Unidades Acadêmicas e à Administração Central da UFRGS, portanto,
mantém o acompanhamento para o cumprimento das execuções de ações e de projetos, no que
tange à formalização das Interações Acadêmicas (IAs) realizadas na Universidade, as quais
abrange na sua totalidade, a agenda da Universidade. Assim, as Interações Acadêmicas se
alinham aos objetivos do PG da UFRGS, sobretudo no desenvolvimento estratégicos de ações
e de projetos de inovação científica e de tecnologias, impacto social, assim como envolvendo o
ensino, a pesquisa e a extensão, ampliando o diálogo com a sociedade. Dessa forma, a relação
Universidade/Sociedade, através das Interações Acadêmicas, contribui para o aperfeiçoamento,
aprendizado e treinamento para os alunos nos diferentes níveis de ensino: graduação,
especialização e pós-graduação, revertendo-se em novas formas do saber.
Essas modalidades de cooperação, sejam com entidades públicas ou privadas, nacionais
e internacionais, assim como por meio de descentralizações de recursos financeiros à UFRGS,
diretamente dos órgãos do governo federal, na sua grande maioria, envolvendo repasse de
recursos financeiros à Universidade e às fundações de apoio envolvidas, prosseguem de forma
sistemática, embora a situação de crise econômica, social e política do país e do mundo.
Percebe-se uma demanda significativa, embora a oscilação nos últimos nove anos, acentuando-
se no presente exercício de 2019, de acordo com a Figura 7, que evidencia os recursos oriundos
de Interações com entes públicos, privados e de descentralizações no período de 2010 a 2019.
É importante evidenciar que os valores financeiros apresentados, são apenas expectativas de
recursos financeiros, conforme os instrumentos jurídicos firmados com a UFRGS. Este Setor
de Convênios não acompanha a execução financeira das Interações Acadêmicas e o efetivo de
recursos repassados.
124
Figura 7. Recursos financeiros do período de 2010 a 2019, apurados até out de 2019, na
base de dados do SCONVGAB. *Descentralização: Termo de Cooperação com órgãos do governo federal, executados por Convênios com Fundações de Apoio.
Privado: Convênios e Contratos (entes privados - base de dados do SCONVGAB) e de Contratos (pequeno porte - SEDETEC).
Embora este Setor não acompanhe às execuções técnica e financeira, pode-se vislumbrar
um envolvimento positivo no cuidado para levar à cabo tais formalizações de parcerias, ou seja,
desde o início da Interação na Unidade Acadêmica com reuniões, assessorias, esclarecimentos,
fornecimentos de documentos e ajustes dos mesmos, bem como depois de analisadas nas
instâncias da Administração Central, efetivando os acertos e apoio aos professores
coordenadores no atendimento às demandas dos órgãos avaliadores a fim de dar seguimento à
tramitação, até a assinatura final da Interação Acadêmica.
Dessa forma, contribuindo para alcance dos objetivos do PG da UFRGS, isto é,
acadêmico, inovação e tecnologia, impacto social e gestão, abrangendo, ainda, a
internacionalização, tendo inúmeras Interações internacionais com Universidades estrangeiras.
Assim, observa-se, uma demanda bastante considerável por parte da sociedade em geral,
no que tange as organizações e as empresas e entidades estrangeiras que se aproximam da
UFRGS, na busca de conhecimento, treinamento e nova tecnologias, evidenciando, com isso, a
atuação da UFRGS, que persiste no cumprimento do seu propósito que é a formação de recursos
humanos para o mundo e no compromisso com a sociedade em resposta aos seus problemas,
urgências e emergências, assim como na promoção da capacitação e formação de estudantes,
de servidores docentes e de técnico-administrativos, resultando em novos perfis profissionais o
que incentiva novos ambientes e novas práticas de ensino e aprendizagem a partir da execução
de ações e de projetos, na sua maioria de impacto social, objetos das Interações Acadêmicas,
conforme pactuado com os objetivos do PG, que visam à promoção da justiça social, assim
125
como a valorização da cultura e do pensamento plural, contribuindo para diferentes formas de
inclusão e na promoção do bem-estar da comunidade.
Quanto às contribuições do Setor para o atingimento dos objetivos estratégicos da
Universidade, de acordo com o PDI UFRGS 2016-2026, nota-se que as ações desenvolvidas
pelo Setor de Convênios contribuem indiretamente tanto no âmbito organizacional, quanto no
de inovação tecnológica e no de impacto social.
No âmbito dos objetivos estratégicos organizacionais, o Setor de Convênios auxilia a
“ampliar a visibilidade da Universidade em âmbito nacional e internacional” (7) por meio do
gerenciamento das tramitações das interações acadêmicas firmadas pela UFRGS, tanto com
instituições nacionais quanto com internacionais. Da mesma forma, busca “aperfeiçoar o
atendimento à comunidade” (5) por meio do acompanhamento contínuo dos fluxos processuais
necessários às Interações citadas.
No domínio dos objetivos estratégicos de inovação tecnológica, o Setor atua no
“estabelecimento de alianças estratégicas ampliando as associações com universidades e
instituições de pesquisa e inovação internacionais, nacionais e regionais” (1), dado que a
principal atividade do Setor é tornar possíveis tais projetos. Isso, também se relaciona ao
objetivo de Inovação Científica e Tecnológica de “buscar parcerias em áreas de relevância
social, ambiental, científica e tecnológica” (2), já que, embora o Setor não trate propriamente
de propor os acordos interinstitucionais, oportuniza que os acordos propostos sejam
devidamente firmados, com o amparo jurídico, institucional e acadêmico, através da devida
tramitação nas instâncias universitárias. Da mesma forma, o objetivo de “fortalecer as parcerias
com agências reguladoras no âmbito estadual e nacional” (4) também se encontra respaldado,
visto que tais agências são uma parte das instituições, cujas parcerias passam pelo fluxo de
trabalho desenvolvido no Setor de Convênios.
As contribuições do Setor de Convênios aos objetivos estratégicos de impacto social
podem ser facilmente localizadas no campo da Interação, sobretudo no objetivo de “ampliar e
incentivar interações da Universidade com os demais segmentos da sociedade, no campo
acadêmico, cultural, social e artístico, promovendo a cultura da paz, o voluntariado, a partilha
e a apropriação de saberes, e o respeito aos direitos humanos” (2). No domínio de Inserção e
Internacionalização da Universidade, “Reforçar as ações de acolhimento de parceiros
acadêmicos”, no sentido de viabilizar de maneira eficaz a celebração de parcerias acadêmicas.
Configura-se nesse cenário, a estratégia de ação da Universidade compreendendo a
sociedade no geral, em diferentes níveis, que proporciona conhecimento e estudos nas
126
diferentes áreas do conhecimento e atuação da UFRGS, de acordo com as Figuras 8 e 9,
entrelaçando/comparando volume de recursos financeiros oriundos de entidades públicas,
privadas e de descentralizações, assim como com a proporção de Interações assinadas no
período de 2010 a 2019.
Figura 8. Recurso financeiro e dimensão, período de 2010 a 2019, apurados até out de 2019,
na base de dados do SCONVGAB. *Público: Convênios e Contratos com entes públicos. Descentralização: Termo de Cooperação com órgãos do governo federal, executados por Convênios com Fundações de Apoio.
Privado: Convênios e Contratos (entes privados - base de dados do SCONVGAB) e de Contratos (pequeno porte - SEDETEC).
Figura 9. Quantidade de Interações, período de 2010 a 2019, apurados até out de 2019, na
base de dados do SCONVGAB. *Público: Convênios e Contratos com entes públicos. Descentralização: Termo de Cooperação com órgãos do governo federal, executados por Convênios com Fundações de Apoio.
Privado: Convênios e Contratos (entes privados - base de dados do SCONVGAB) e de Contratos (pequeno porte - SEDETEC).
127
Nesse contexto, procura-se apresentar no Gráfico 4, as Interações Acadêmicas, em
números, formalizadas em 2019, contemplando Convênios, Contratos e Protocolos de
Cooperação/Intenções, em diferentes áreas de atuação, com diferentes segmentos da sociedade,
que expõe a evolução da relação Universidade/Sociedade, prática constante na UFRGS,
englobando instituições públicas e privadas, inclusive contemplando novos programas de
mobilidade internacional com instituições estrangeiras, que ampliam e incentivam as Interações
de acordo com os objetivos acadêmicos na qualificação do ensino, da pesquisa e da extensão,
demonstrando com seus projetos o impacto social, de acordo com as estratégias e metas
previstas no PDI e no PG da UFRGS.
Figura 10. Quantidade de Interações Acadêmicas, incluindo Protocolo de
Cooperação/Intenções, com entidades públicas, privadas, abrangendo instituições
internacionais, sem repasse financeiro, assinados no ano de 2019, apurados até out de 2019. *Público: Convênios e Contratos com entes públicos. Descentralização: Termo de Cooperação com órgãos do governo federal, executados por Convênios com Fundações de Apoio.
Privado: Convênios e Contratos (entes privados - base de dados do SCONVGAB) e de Contratos (pequeno porte - SEDETEC).
Assim, fica evidenciada a importância institucional e o impacto social das ações e
projetos e os efeitos destes, junto à sociedade e na comunidade acadêmica, quando se reitera o
desafio da Universidade: crescer e se qualificar, de forma a cumprir com o seu propósito,
alinhada às orientações da administração federal, sob os princípios constitucionais da gestão
pública: legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência.
Dessa forma, incrementar e descobrir formas diversas de parcerias para
desenvolvimento institucional, como a internacionalização em cenários diversos de cooperação
para desenvolvimento de suas atividades acadêmicas, além muros, conforme demonstrado na
Figura 11.
128
Face a isso, devido à dimensão de Interações Acadêmicas, assim como as condições
impostas pelos órgãos de controle externo e por ser a UFRGS um órgão público federal,
acrescentando-se a isso, o regramento legal e institucional existentes, suporte balizador para
análise e celebração das Interações Acadêmicas, que requer da Universidade, ou seja, dos
Setores envolvidos, contínua atuação e aperfeiçoamento, assim como para às Unidades
Acadêmicas e às Unidades Regionais. Deste modo, o Setor de Convênios e demais Setores da
Administração Central, fornecem continuamente suporte à comunidade Universitária,
inclusive, para organizações externas, por meio de reuniões, assessorias individuais, contatos
telefônicos e de mensagens eletrônicas em atendimentos às suas demandas.
Assim, visando compreender a complexidade do assunto, assim como a necessidade
emergente dos professores/coordenadores que se lançam na busca de parcerias, é necessário
inferir sobre as potencialidades e fragilidades da matéria, bem como dos setores que lidam com
as Interações Acadêmicas.
AMÉRICA
Argentina
Bolívia
Canadá
Chile
Colômbia
Costa Rica
Cuba
Equador
Estados Unidos
Haiti
México
Paraguai
Peru
Uruguai
Venezuela
EUROPA
Albânia
Alemanha
Áustria
Bélgica
Bielorrússia
Bósnia
Croácia
Dinamarca
Escócia
Espanha
Finlândia
França
Grã-Bretanha
Herzegovina
Holanda
Inglaterra
Irlanda
Irlanda do Norte
Itália
Noruega
Países Baixo
Portugal
Reino Unido
República de Malta
República Tcheca
Romênia
Sérvia
Suécia
Suíça
Ucrânia
ÁFRICA
África do Sul
Cabo Verde
Moçambique
Quênia
Uganda
ÁSIA
China
Coréia do Sul
Índia
Israel
Japão
Malásia
Rússia
Singapura
Tailândia
Turquia
OCEANIA
Austrália
Nova Zelândia
129
Figura 11. Interações Acadêmicas internacionais na UFRGS.
Assim, é necessário evidenciar que os setores estão mais experientes com o regramento
legal e institucional, bem como no âmbito de suas Unidades, as tramitações e aprovações
necessárias a fim de legitimar os pareceres da Administração Central, e, consequentemente, a
atuação da Universidade junto à sociedade. Com isso, o Setor de Convênios e demais setores
da Administração Central, órgãos de análises, com suas atuações e orientações constantes,
promovem a preparação contínua, vislumbrando-se avanços na organização das propostas de
Interações, seus documentos e rotina de aprovação no âmbito das Unidades Acadêmicas de
modo ágil e eficaz, pertinentes às celebrações das Interações Acadêmicas.
Com a aceitação de padrões e critérios, assim como o regramento e o fluxo das
Interações Acadêmicas, a partir do Sistema Eletrônico de Interações Acadêmicas, isto é, através
da gestão de processos, bem como das medidas adotadas pelas Unidades Acadêmicas e
estabelecimento de setores e/ou de pessoas, responsáveis pelas cooperações e composição dos
documentos, assim como com as maneiras eficientes na condução da aprovação da cooperação,
a Universidade tem conseguido atingir e levar à cabo as parcerias e execuções de projetos e
ações essenciais à sociedade e à comunidade acadêmica.
As Interações Acadêmicas, em vigência, no geral, totalizam, atualmente, 722, entre
Protocolos de Cooperação/Intenções, Convênios, Convênios com fundações de apoio e
Contratos, na execução de projetos e ações, englobando inúmeras áreas de atuação da
Universidade, que alcançam o saber e o conhecimento científico, assim como nas áreas
prioritárias da saúde, educação, infraestrutura, administração, meio ambiente, inclusão social,
etc. Ainda, revelando parcerias nos diferentes níveis de governo: municipal, estadual e federal,
assim como com instituições privadas nacionais e internacionais e, sobretudo, com instituições
de ensino superior privadas nacionais e internacionais, isto é, na inserção internacional, na sua
maioria, conforme Figura 11.
As Interações Acadêmicas demonstram a relevância dos projetos e ações que ocorrem
na UFRGS, evidenciando os pontos fortes a nível de abrangência e importância em assuntos de
estratégia e de inovação para desenvolvimento das cidades, dos estados e do país, assim como
a nível mundial. Essa postura constitui a missão, os princípios e os valores da UFRGS, assim
como procura atender as metas traçadas no PG e no PDI.
Persiste a busca da verdade, do belo e do saber da Universidade, em diferentes temáticas
para atender as urgências e emergências da sociedade e de grande impacto, que resultam em
progresso tecnológico de destaque para a nossa cidade, estado e país, como pactuado no PG e
130
no PDI da UFRGS, propósito da missão institucional da UFRGS, na construção de projetos de
ensino, de pesquisa e das ações de extensão, de interesse da sociedade, contribuindo e
influenciando a formação de cidadãos para o mundo.
Cabe ressaltar, ainda, e reiterar; diante do cenário mundial, e, em consequência da
procura constante da UFRGS, torna-se vital a análise reflexiva sobre relação
Universidade/Sociedade, sendo que o contexto global sugere que as Interações Acadêmicas
deverão estar presentes e permanecer em qualquer cenário e no futuro das Universidades.
Assim, deve-se seguir, igualmente, o cuidado para que tais práticas aconteçam em um processo
contínuo de reflexão e de controle por parte dos gestores e de professores/coordenadores e
pesquisadores, considerando as implicações que estas representam e que seja respeitado o papel
da Universidade.
Nessa premissa, pode-se apontar a formação dos servidores docentes que se destacam
em temas relevantes e reconhecidos por organizações, que se valem das pesquisas, junto às
Universidades e Centros para o seu aprimoramento de competência frente à concorrência
mundial. Assim, para os técnico-administrativos da UFRGS, que buscam aprimorar suas
competências, através dos cursos ofertados pela PROGESP e entidades externas, assim como
na sua formação em nível de graduação, mestrado e doutorado em áreas específicas para
desempenho de suas funções. Ainda, diante disso, vislumbra-se preparo e amadurecimento para
tratar de assuntos relevantes na orientação à comunidade universitária no geral e agentes
externos, seja por meio de cursos, treinamento, reuniões, assessorias e orientações pontuais com
o propósito de fortalecer a relação Universidade/Sociedade.
Por fim, devido à natureza e autonomia da UFRGS, vislumbra-se uma Universidade
plural, pública e inclusiva, na qual sua principal função é educar, apontando caminhos,
cumprindo sua missão, metas e objetivos, comprometida com a ética onde o desafio será de
crescer e de se qualificar ainda mais.
Assim, percebe-se no acompanhamento e no desenvolvimento de ações e projetos que
os objetivos da UFRGS estão sendo alcançados, quando se obtém reconhecimento comprovado,
através de um volume expressivo de Interações Acadêmicas, a partir de editais contemplados,
demandas espontâneas e de convites, assim como a inserção da Universidade à sociedade,
estratégias que se refletem na avaliação da Universidade e nos resultados dos estudos em
benefício à sociedade.
131
Quadro 16. Resumo da Avaliação do Setor de Convênios DIMENSÕES -
OBJETIVOS DO PDI
QUE SE RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS QUESITOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES ESTRATÉGICAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Objetivos estratégicos
organizacional, acadêmicos
e pedagógicos, inovação
científica e tecnológica e
impacto social das ações e
projetos desenvolvidos.
Alianças estratégicas,
parcerias nacionais e
internacionais, ampliando a
internacionalização e a
formação de recursos
humanos – novos perfis
profissionais.
Desenvolvimento de
Projetos envolvendo temas
de Inclusão Social, assim
como buscar e fortalecer as
parcerias, incrementando as
alianças estratégicas de
interesse da sociedade.
Impacto social da Interação
Universidade/Sociedade
Habilitação dos recursos
humanos para
desenvolvimento das
tarefas.
Capacitação de servidores.
Celebração de novas
parcerias nacionais e
internacionais.
Acompanhamento
contínuo das Interações e
apoio aos coordenadores,
demais servidores e
instituições externas
envolvidas com as
Interações Acadêmicas em
função das modificações
do regramento legal e
institucional, que a todo
momento ocorrem na
UFRGS.
Buscar/promover/facilitar,
fortalecer e ampliar as
parcerias entre a
Universidade/Sociedade.
Ênfase na formação e preparo do
servidor sobre o regramento
institucional e legal priorizando a
importância da relação
Universidade/Sociedade para a UFRGS
e à sociedade, assim como a correta
aplicação das leis e de normas
institucionais legais.
Em função da complexidade do
assunto, deve-se, continuamente, focar
na formação dos servidores do Setor de
Convênios. Assim, o perfil de
formação dos servidores é: graduação,
mestrado concluído e em andamento
para melhor compreender e atender às
exigências legais e institucionais.
Ainda, através de cursos de formação
oferecidos pela PROGESP/UFRGS e
instituições externas.
Aceitação por parte das Unidades
Acadêmicas e demais setores da
UFRGS sobre as adequações do
regramento instituição e legal,
referentes às Interações Acadêmicas.
Uso contínuo do Sistema eletrônico das
Interações Acadêmicas que
potencializam eficiência e eficácia na
tramitação, respostas rápidas às
demandas, aprovações e assinatura do
instrumento.
Abrangência de atuação da UFRGS em
todas as áreas de conhecimento, a partir
Permanece, como fragilidade, a
questão de servidores que, depois
de bem preparados e qualificados,
recebem convites de outras
Unidades e setores, afetando o
investimento profissional
realizado.
Rotatividade de servidor nas
Unidades Acadêmicas,
necessitando de orientações
constantes e também no Setor de
Convênios, que demandam de
novos treinamentos.
Necessidade de reforço sobre a
organização, tramitação e
acompanhamento das Interações
Acadêmicas.
Embora os esclarecimentos e
apoio, ainda, há pouca
compreensão, por parte dos
coordenadores e servidores
técnico-administrativos, sobre as
leis e regramentos internos para as
interações Acadêmicas, que
mudam a todo instante, causando
dúvidas, queixas e protestos.
Falta de funcionários no Setor de
Convênios para atender toda a
demanda que aporta a todo instante
na UFRGS a fim de viabilizar os
processos de trabalho, referentes às
Interações em tramitação; em
Persistir na orientação e capacitação
para servidores técnico-
administrativos e docentes, através de
cursos de capacitação a serem
oferecidos pelo Setor de Convênios,
assim como ênfase na assessoria
individual ou em grupo, bem como
manter diálogo constante com os
professores/coordenadores e
servidores envolvidos.
Seguir no atendimento presencial e
telefônico às instituições e pessoas
internas e externas à UFRGS acerca
do regramento/fluxo para
formalização das Interações
Acadêmicas.
Monitorar constantemente o Sistema
de Interações Acadêmicas – Sistema
IAP da UFRGS - para identificar
novas entradas de Interações e/ou
demandas para imediata análise e
correção, assim como demais
providências
Continuar atuando na reorganização
de dados e informações para atuação,
em conjunto, com as Unidades
Acadêmicas e Setores da
Administração Central, tais como:
SEDETEC, PROPLAN, AUDIN,
Procuradoria-Geral, CONSUN e
demais Pró-reitorias.
132
DIMENSÕES -
OBJETIVOS DO PDI
QUE SE RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS QUESITOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES ESTRATÉGICAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
das Interações com instituições
públicas, privadas e internacionais.
Continuidade da atuação do Setor de
Convênios e demais Setores na
resolução de problemas que afetam as
Interações Acadêmicas na ocasião da
tramitação, até assinatura.
vigência; formalizadas; aquelas
assinadas só pelo reitor. Ainda,
referentes aos novos Projetos,
aditamentos de prazo e de valor
financeiro, assim como no
atendimento às demandas das
entidades externas.
Estimular o desenvolvimento integral
e permanente dos servidores no
processo de qualificação e
aperfeiçoamento de pessoal para
expansão dos convênios e parcerias.
133
3.2.2.8 AGA
A Assessoria de Gestão Ambiental - AGA é o órgão responsável pela elaboração, pela
implementação e pelo acompanhamento do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) da UFRGS.
Está vinculada ao Gabinete do Reitor e tem a função de gerenciar todos os programas e projetos
em que se baseia o funcionamento do SGA, além de acompanhar todos os processos no âmbito
da Universidade que apresentem aspectos relacionados a questões ambientais.
É obrigação da AGA fazer com que a Política Ambiental instituída e aprovada a partir
de texto proposto por grupo de trabalho designado pela Portaria 2604, de 17 de novembro de
2005, do Reitor José Carlos Ferraz Hennemann, seja conhecida e seguida. Uma Universidade,
tal como uma cidade, gera diversos tipos de impactos ambientais, que se traduzem não apenas
em danos ao meio ambiente, mas também em impactos sociais e econômicos. Deste modo, a
AGA deve estar sempre atenta ao tripé da sustentabilidade. De acordo com o glossário
apresentado PDI 2016-2026, a sustentabilidade é:
“o uso dos recursos naturais prevendo que sejam supridas as necessidades da geração
presente sem afetar a possibilidade de as gerações futuras suprirem as suas. Portanto,
este uso deve ser ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente
viável”.
O SGA da UFRGS é estruturado em 4 programas e 16 projetos, e é parte do Sistema de
Gestão Institucional, englobando a estrutura organizacional, as atividades de planejamento, as
responsabilidades, as práticas, os procedimentos, os processos e os recursos para desenvolver,
implementar, atingir, analisar criticamente e manter a Política Ambiental. O SGA da UFRGS é
baseado nos padrões da norma NBR ISO 14001. A Política Ambiental, o funcionamento do
SGA, incluindo o seu histórico, podem ser conferidos no domínio www.ufrgs.br/sga.
O SGA da UFRGS busca estar alinhado ao PDI 2016-2026 e, também, ao PG 2016-
2020. Com relação ao PDI, a palavra sustentabilidade é citada diversas vezes. Entre os diversos
princípios da UFRGS, como ética, pluralidade e democracia, compromisso social, excelência e
indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão, está a sustentabilidade. Entre os
valores, se destacam a inovação, a interdisciplinaridade, a transparência e as responsabilidades
social e ambiental. Ao realizar considerações sobre o PDI anterior, o PDI 2016-2026 sinaliza
que o ambiente acadêmico traz consigo o conceito de transversalidade acadêmica e deve se
orientar em direção a inovações curriculares que permitam flexibilidade na formação,
requerendo, inclusive, a incorporação da sustentabilidade socioambiental no ensino, na
pesquisa e extensão. Ainda na avaliação do PDI anterior, o atual destaca:
134
“...é de extrema importância dar continuidade na implantação da sustentabilidade
como cultura, ampliando as ações concretas já realizadas dentro de nossa
Universidade, mantendo um sistema de gestão ambiental que envolva ações no campo
da educação ambiental, diagnósticos e planos de gestão ambiental monitorados por
indicadores que permitam avaliar os avanços na direção da sustentabilidade. Dentro
do conceito de sustentabilidade, a preservação, a conservação e a manutenção do
patrimônio histórico da UFRGS deve ser imprescindível, pois implica, além do uso
racional de nosso patrimônio, também a preservação da memória institucional. ”
Com vistas a manter o foco na transversalidade, os objetivos estratégicos do PDI 2016-
2026 foram agrupados em três eixos, sendo um deles o organizacional. Esse envolve “aspectos
de desenvolvimento da gestão com cultura, comunicação, infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade.” Especificamente sobre a sustentabilidade, os objetivos são:
• Promover a cultura da sustentabilidade na comunidade universitária, fortalecendo
uma política de sustentabilidade incorporada aos preceitos de todo o processo de
gestão;
• Incentivar a captação e o aporte de pessoas, recursos tecnológicos e financeiros em
benefício da Universidade como um todo;
• Possibilitar a aplicação das tecnologias desenvolvidas na Universidade em seu
próprio benefício;
• Fortalecer a política de sustentabilidade econômica, financeira, social e ambiental
da Universidade.
A sustentabilidade volta a ter destaque entre os objetivos de impacto social,
especificamente no subitem de inclusão: “Fortalecer as práticas de sustentabilidade social e
ambiental da Universidade.”
O PG 2016-2020, por sua vez, também incorpora a dimensão da sustentabilidade. Entre
os quatro objetivos do plano estão o de gestão. E é nesse objetivo que a sustentabilidade se
apresenta. Entre os objetivos de inovação científica e tecnológica, especificamente de incentivar
a pesquisa e inovação nas áreas científica, tecnológica e social, surge a utilização dos resultados
de pesquisas desenvolvidas na Universidade em prol da mesma. Logo em seguida, destaca-se
o objetivo de promover o empreendedorismo para o desenvolvimento, a sustentabilidade e o
despertar de talentos. Ainda entre os objetivos organizacionais surge um específico:
desenvolver a gestão da sustentabilidade. Vale destacar objetivos secundários como implantar
o processo eletrônico para todos os processos administrativos e racionalizar de forma auditável
o consumo de água e energia elétrica. Finalmente, instituir e implementar diretrizes de
comunicação social orientadas pela perspectiva da inclusão e acessibilidade,, bem como da
sustentabilidade, também são objetivos.
135
Tanto o PDI 2016-2026 como o PG 2016-2020 estão em consonância com o Plano
Nacional de Educação (PNE) 2014-2024, que tem entre as suas diretrizes a “promoção dos
princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade
socioambiental.”
Feitas essas considerações com relação à importância do tema sustentabilidade no PDI
2016-2026, no PG 2016-2020 e no PNE 2014-2024, no ano de 2019 a AGA, conseguiu
desenvolver uma série de ações que representaram um grande avanço em relação ao ano de
2018, e que se relacionam diretamente e indiretamente aos três planos citados.
A realização da extensão foi um dos destaques, com dois projetos de grande relevância
socioambiental tanto para a comunidade acadêmica como para a comunidade externa:
▪ Projeto UFRGS SUSTENTÁVEL: DIVULGANDO A GESTÃO
AMBIENTAL INSTITUCIONAL: o projeto se baseia na divulgação do SGA da
UFRGS considerando uma lacuna de informações identificada com relação ao
conhecimento da mesma por parte de servidores, colaboradores terceirizados,
estudantes e comunidade externa. Para reverter essa situação, considerando que o
SGA foi instituído pela Portaria nº 1461 de 29 de abril de 2008, ou seja, há mais de
uma década, uma série de ações foram propostas pelo projeto. Entre elas, pode-se
destacar a organização e realização de seis seminários em diferentes unidades da
UFRGS; a divulgação da Política Ambiental a partir de 120 cartazes
confeccionados para serem afixados nas entradas de prédios e setores de toda a
Instituição; o fomento de um vídeo junto à UFRGS TV, no programa “Conhecendo
a UFRGS”, o qual tratou do SGA da UFRGS, e a participação da AGA no 94º
Fórum dos gerentes e Assessores da UFRGS, no dia 25 de junho de 2019. Além
disso, na entrega dos cartazes nos diferentes setores/unidades, foram realizadas
conversas informativas com servidores e gerências administrativas. Os seminários,
tratando sempre do tema sustentabilidade, incluíam a apresentação do SGA, além
de proporem discussões diversas no âmbito operacional das unidades, sem esquecer
do ensino, pesquisa e extensão. Em todas as unidades as comissões de ensino,
pesquisa e extensão foram instigadas a discutir o tema sustentabilidade e a sua
contribuição para o SGA da UFRGS e para a formação dos estudantes. No caso da
pesquisa, por exemplo, havia o interesse em chamar a atenção quanto a iniciativas
que vejam a própria Universidade como um espaço vasto para a realização de
investigações, as quais podem render resultados para a comunidade externa, mas
136
também em prol da Instituição. Parcerias foram feitas com a Proplan e a
Procuradoria-Geral sempre que as programações elaboradas com a supervisão das
unidades permitissem a participação dessas. Os seminários realizados sempre
contaram com o apoio da Escola de Desenvolvimento de Servidores – EDUFRGS.
São eles:
- A Sustentabilidade Ambiental na Faculdade de Arquitetura – 24/06/19
- A Sustentabilidade na Faculdade de Farmácia – 06/11/2019
- A Sustentabilidade na Fabico – 12/11/19
- A Sustentabilidade no Instituto de Biociências – 19/11/19
- A Sustentabilidade na Faculdade de Ciências Econômicas – 25/11/2019
- Por um ICTA Sustentável – 06/12/19
O projeto de extensão também resultou na construção de um novo site para a AGA, onde
se encontra o SGA, com informações atualizadas. O site adotou o formato de blog, de modo
que as ações e eventos na área da sustentabilidade pudessem ser divulgados. Finalmente, foi
intensificado o uso da rede social da AGA, no caso o Facebook.
▪ Ação de extensão EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA BACIA HIDROGRÁFICA
DA BARRAGEM MÃE D´AGUA 2019: a ação busca desenvolver ações
educativas em escolas do município de Viamão. Pela primeira vez, após mais de 10
anos de trajetória do projeto, foi realizada uma parceria com uma escola da rede
estadual de ensino com mais de 1.100 estudantes - EEEM Governador Walter
Jobim. Foram planejadas e desenvolvidas atividades com dois 5ºs anos da escola,
tratando de assuntos como biodiversidade e biomas, consumo sustentável,
pertencimento e identidade, resíduos sólidos, clima, energia, recursos hídricos e
alimentação saudável. Três bolsistas atuaram na ação, sendo dois deles vinculados
à extensão e um à pesquisa. O projeto atualizou o material didático de anos
anteriores, objetivando levar aos estudantes assuntos correntes de forma atrativa,
não se resumindo à abordagem expositiva. Por exemplo, o conceito da educação
ambiental crítica foi considerado já no planejamento das atividades, de modo que
os estudantes pudessem contribuir e questionar a realidade a qual estão inseridos.
A intenção era que houvesse um intercâmbio de informações entre os bolsistas da
UFRGS e os estudantes da escola estadual. Como diferencial, o projeto incluiu a
atividade de horta com os estudantes dos 5ºs anos. Além do trabalho com as duas
turmas, a escola também recebeu incentivo e assessoria para realizar a gestão
137
ambiental dos seus resíduos, os quais não eram segregados até então. Para auxiliar
nesse sentido, foram confeccionados adesivos para serem afixados nos coletores de
resíduos da escola. Uma palestra sobre a inserção da educação ambiental em sala
de aula também foi oferecida para os colaboradores da escola, ministrada pela
professora Teresinha Guerra do Instituto de Biociências da UFRGS. É importante
destacar que o projeto buscou estudantes de diferentes áreas: Biologia, Geografia e
Engenharia de Recursos Hídricos.
Como ocorre habitualmente, em 2019 a AGA manteve parceria para a realização dos
debates da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan). Três eventos
ocorreram na Faculdade de Arquitetura, parceira dos debates, e um na Escola de Engenharia
Mecânica. Os seguintes assuntos foram tratados:
• Agrotóxicos e seus impactos no meio ambiente;
• A megamineração e os seus impactos na saúde, economia e meio ambiente;
• A mortandade de abelhas;
• As mudanças sobre o Código Ambiental do RS
Outra ação mantida de anos anteriores foi a orientação de colaboradores terceirizados
sobre o SGA da UFRGS, com o apoio da Gerência de Serviços Terceirizados
(Gerte/PROGESP). Aproximadamente 760 colaboradores terceirizados passaram pela
orientação. O diferencial do ano de 2019 foi a incorporação do conceito da educação ambiental
crítica, seguindo a experiência metodológica da ação de extensão EDUCAÇÃO AMBIENTAL
NA BACIA HIDROGRÁFICA DA BARRAGEM MÃE D´AGUA 2019. Houve uma grande
preocupação em se trabalhar o sentimento de valorização do trabalho prestado e de
pertencimento à Instituição. Foram ainda incorporados tópicos que pudessem incentivar e
colaborar com ações não apenas na UFRGS, mas também nas casas e comunidades dos
terceirizados. As orientações, com duração média de 1,5h, ocorreram nos diferentes campi da
Universidade, porém, algumas vezes, realizadas separadamente por unidades. Essa abordagem
diferenciada ocorreu na Faculdade de Agronomia, no Hospital de Clínicas Veterinárias e na
Faculdade de Veterinária. No caso das ações realizadas nos dois últimos, foi incorporada a
preocupação com a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Antes das orientações a AGA
realizou uma visita por toda a área das unidades, e fotografou diversas situações que favorecem
a proliferação dos vetores em questão. Os resultados da visita prévia foram apresentados às
unidades e aos colaboradores terceirizados.
138
As ações de Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais (LAIA) nas unidades da
UFRGS envolveram em 2019 a colaboração de pouco mais de 10 estudantes de diferentes
cursos. O levantamento dos aspectos e impactos ambientais das unidades inicia com a
apresentação da ferramenta para as direções e responsáveis pela implementação do SGA do
local. A partir daí, são feitas visitas a todos os espaços físicos das unidades, sendo levantadas
todas as causas potenciais de impactos ambientais e a forma como são administradas. A partir
dos dados obtidos nesse levantamento, aplica-se a ferramenta de engenharia denominada
FMEA (Failure Mode and Effects Analysis), muito utilizada na indústria automobilística, mas
adaptada para a realidade de uma Universidade. A ferramenta fornece um número de IRA
(Índice de Risco Ambiental). O IRA é calculado com base nos seguintes índices: gravidade do
impacto (G), ocorrência da causa (O), grau de detecção (D) e facilidade de implementação da
ação recomendada (F). A partir dos valores obtidos são recomendadas ações corretivas, de
forma que sejam priorizadas aquelas correspondentes a IRAs maiores. Após o prazo
determinado, se reavalia a unidade, elaborando novas tabelas e, à medida que há redução no
IRA total (IRAt), verifica-se a evolução do local no SGA. Após cada reavaliação de unidade,
se parte para um “marco” seguinte (ex. 0,1, 2, 3, e assim por diante). A evolução de algumas
unidades é exemplificada no quadro a seguir:
Quadro 17. Exemplos de evolução do IRAt em diferentes unidades comparando dados do
marco atual e do anterior. Unidade Marco IRAt
FABICO 4 55.306
5 29.704
Faculdade de Arquitetura 4 117.249
5 60.333
Faculdade de Agronomia 2 166.037
3 157.087
Centro Estadual de Pesquisas em
Sensoriamento Remoto e Meteorologia
1 31.352
2 27.338
Instituto de Biociências 1 128.336
2 77.152
Centro de Tecnologia 2 202.021
3 187.731
Laboratório de Metalurgia Física 2 24.080
3 17.937
Faculdade de Ciências Econômicas 0 195.900
1 148.555
Instituto de Ciência e Tecnologia de
Alimentos
1 152.395
2 91.289
Além de parceria formal firmada com a Escola de Engenharia para a realização da gestão
ambiental da mesma, foi dada sequência na elaboração e/ou atualização dos Planos de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos de unidades como o Instituto de Pesquisas Hidráulicas, o
139
Instituto de Biociências, incluindo o Ceclimar, a Faculdade de Arquitetura, a Escola de
Administração, o Centro de Tecnologia e o Laboratório de Metalurgia Física.
Finalmente, em reuniões que ocorrem mensalmente, a AGA também representa a
UFRGS em conselhos e comitês deliberativos de órgãos públicos, como o Comitê de
Gerenciamento da Bacia do Rio Gravataí e do Tramandaí; e o Conselho da Área de Proteção
Ambiental do Banhado Grande.
140
Quadro 18. Resumo da avaliação da AGA
ITENS/ASPECTOS/QUESITOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATRÉGIAS NA BUSCA DE
MELHORIAS PARA 2020
Recursos humanos Corpo técnico especializado para cumprir o
compromisso de planejar, implantar e
monitorar o cumprimento da Política
Ambiental da UFRGS a partir do seu Sistema
de Gestão Ambiental. Isso permite à AGA
acompanhar e opinar em esferas além da
operacional, como no ensino, pesquisa e
extensão. Não havendo essa interligação, a
gestão ambiental de uma Universidade é
inviável.
Considerando a alta demanda de
atividades relacionadas diretamente ou
indiretamente a um SGA de
Universidade de grande porte, a AGA
carece de um corpo técnico maior e
qualificado. Por exemplo, para o
Levantamento de Aspectos e Impactos
Ambientais na Universidade inteira,
seriam necessários mais servidores,
sejam eles docentes ou técnicos-
administrativos, bem como bolsistas.
a) Buscar junto à PROGESP, PROPESQ,
PROREXT e PRAE recursos humanos para suprir
essa deficiência; elaborar projetos direcionados a
agências de fomento governamentais e não
governamentais que permitam a obtenção de
bolsas; realização de parcerias estratégicas com
outras unidades ou órgãos da administração
central da UFRGS e com órgãos públicos em
âmbito municipal, estadual e federal para a
realização conjunta de trabalho e projetos de
interesse comum; diálogo com a iniciativa
privada no sentido de encontrar oportunidades de
trocas, ao passo que se viabiliza bolsas para
estudantes.
Incorporação das sustentabilidades
social e econômica na gestão
ambiental
No tripé da sustentabilidade é impossível
dissociar sustentabilidade ambiental das
outras formas de sustentabilidade, assim
como daquelas que emergem nos discursos
mais recentes, como a cultural e política.
A sustentabilidade ainda carece ser
melhor compreendida pela comunidade
universitária e externa. Nesse sentido, as
ações informativas da AGA ainda são
pontuais, considerando a complexidade
de atividades desenvolvidas na
Universidade e o tamanho do público a
ser informado.
Na comunicação com o público, seja por meio de
redes sociais, site da AGA, por ações de
capacitação, eventos promovidos, entre outros,
dever-se-á apresentar com clareza a existência das
três principais dimensões que compõem a
terminologia “sustentabilidade”, e que são
responsáveis pelo funcionamento do SGA da
UFRGS.
Inserção da sustentabilidade nos
currículos dos cursos
A realização de atividades gerais realizados
pela AGA em 2019, alertaram para a falta de
discussão efetiva sobre a inserção da
educação ambiental em alguns cursos
ofertados. A AGA pode auxiliar a discutir e
difundir o conhecimento da Resolução
CNE/CP nº 2, de 15 de junho de 2012, a qual
estabelece as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Ambiental.
A AGA não possui conhecimento
aprofundado sobre o tema, mas entende
que a educação ambiental é de
relevância para o SGA da UFRGS e
também para os profissionais a serem
formados pela Universidade.
Sugerir à PROGRAD uma parceria e traçar
estratégias de apoio para trabalhar o assunto com
os cursos.
Pesquisa A natureza da AGA em si favorece a
realização de um grande número de
pesquisas e ações/projetos de extensão com
foco na sustentabilidade que podem ser
associados à pesquisa.
A alta demanda de trabalho operacional
faz com que, por vezes, não se alcance o
objetivo de se produzir resumos e
artigos, bem como participar de eventos
científicos de relevância para a
Universidade que poderiam permitir
Além da meta de aumentar o corpo de
colaboradores da AGA, de modo a produzir
pesquisas próprias que colaborem com o SGA, a
AGA deverá intensificar a promoção da
realização de TCCs, dissertações e teses com o
olhar voltado para a própria Instituição. E nos
141
ITENS/ASPECTOS/QUESITOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATRÉGIAS NA BUSCA DE
MELHORIAS PARA 2020
adquirir novos conhecimentos e
atualizar os procedimentos de gestão
visando a melhoria da eficiência
ambiental da Instituição.
demais estudos, identificar soluções e/ou
tecnologias que podem ser incorporadas pelo
SGA.
Extensão Os projetos ao estilo “guarda-chuva” da
AGA permitem uma infinidade de ações
interligadas e com um mesmo propósito:
transmitir de forma acessível o conhecimento
gerado na academia à comunidade acadêmica
e externa, por exemplo, através da criação de
um boletim informativo e de material
audiovisual, bem como da realização de
eventos (ex. palestras, cafés filosóficos,
sessões temáticas de cinema, visitas guiadas,
etc.) e de atividades em escolas. Essa ponte
com a sociedade permite o intercâmbio de
informações, permitindo novas
oportunidades de interação, ao passo que
melhoraria a imagem da Universidade
perante as comunidades acadêmica e externa.
Ocorre a falta de alguns equipamentos
mais modernos que são necessários para
a produção de material gráfico e
audiovisual informativo, como câmera
fotográfica/filmadora e notebook, de
softwares diversos, e de facilidades de
mobilidade (ex. acesso a veículos da
UFRGS, locações, táxi, ou de uso
compartilhado, como Uber).
Os equipamentos e softwares necessários para se
realizar a comunicação podem ser pleiteados a
partir de verbas oriundas de parcerias e projetos
de pesquisa e extensão. Mas além disso, é muito
importante buscar oportunidades de
compartilhamento de equipamentos e softwares
com outras unidades, setores ou órgãos, visto que
muitos deles se tornam obsoletos em curto ou
médio prazo. Deste modo, pode não ser viável ter
alguns equipamentos, mas sim criar uma rede de
compartilhamento. A dificuldade de mobilidade
pode ser atenuada com a adoção de web
conferências, considerando estarmos em um
período cada vez mais digital e interligado.
Interação com outras Universidades
e Institutos - federais ou privados
As questões ambientais que acometem as
diferentes instituições de ensino são
compartilhadas ou similares. Portanto, a
AGA poderia realizar parcerias estratégicas
no sentido de criar soluções efetivas e
rápidas, favorecendo a UFRGS e outras
Instituições, tanto no âmbito operacional,
como do ensino, pesquisa e extensão.
Limitação de capital humano para a
realização de projetos e convênios,
dificuldade de mobilidade, e uma lacuna
cultural quanto à essa possibilidade.
Realização de reuniões com as direções de outras
IES buscando uma aproximação estratégica.
Interação com empresas A interação com o setor privado, somada
com àquela realizada com outros órgãos e/ou
instituições públicas, pode permitir o acesso
a tecnologias que favoreçam a gestão
ambiental da UFRGS no seu âmbito
operacional, ao passo que permite o fomento
para ações de pesquisa e extensão.
Limitação de facilidade de mobilidade e
de capital humano para a realização de
visitas e elaboração de projetos e
convênios. Empresários também
desconhecem o funcionamento da
Universidade, os estudos sendo
realizados, e oportunidades de interação
na área da sustentabilidade.
A partir de material informativo audiovisual, de
visitas, e pesquisas internas estratégicas da AGA,
atrair a atenção dos empresários com o intuito de
construir soluções sustentáveis que possam
favorecer as diferentes partes.
Divulgação da AGA e do SGA A AGA já conta com projeto/ações que
promovem a divulgação do SGA, de um site
renovado e em constante atualização, e de
Falta de profissional ou bolsistas da área
da comunicação para auxiliarem na
elaboração de estratégias de
Dar continuidade e fortalecer o projeto de
extensão UFRGS SUSTENTÁVEL:
DIVULGANDO A GESTÃO AMBIENTAL
142
ITENS/ASPECTOS/QUESITOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATRÉGIAS NA BUSCA DE
MELHORIAS PARA 2020
uma rede social ativa (Facebook) para tratar
desse quesito.
comunicação, assim como nas atividades
operacionais relacionadas, como
postagens, criação de artes, promoção e
divulgação de eventos, entre outros.
INSTITUCIONAL; realizar aproximação e
atividades conjuntas com os grupos PET
(Programa de Educação Tutorial) da UFRGS;
fortalecer a presença da AGA nas redes sociais a
partir da criação de uma conta no Instagram;
amadurecer a parceria já iniciada com a Fabico e
também com o Observatório de Jornalismo
Ambiental (ação de extensão da Fabico).
Gestão de resíduos na Universidade A AGA possui expertise de longa data
quanto ao tema.
Recursos financeiros insuficientes para a
impressão de materiais informativos
adesivos para resíduos recicláveis, não
recicláveis e que conferem
periculosidade.
Fortalecer a sensibilização da comunidade
universitária quanto ao tema resíduos sólidos a
partir de recursos audiovisuais, que não geram
resíduos e, dentro do possível, afixar informativos
no máximo de coletores de resíduos possíveis.
Além disso, manter um programa de substituição
permanente daqueles que se deteriorarem pela
ação do tempo.
Acreditação de unidades pela ISO
14001
A AGA detém conhecimento para orientar as
unidades interessadas em buscar essa
certificação ou similar. É muito importante a
acreditação das unidades, pois além de
cumprir com um dos programas do SGA,
seria uma ação pioneira e um exemplo entre
as IES públicas.
Acreditações têm um custo, e precisam
do engajamento da alta direção das
unidades, bem como dos servidores,
estudantes, e fornecedores de produtos e
serviços.
Manter as visitas e conversas com as direções das
unidades, no sentido de despertar o interesse em
se obter uma certificação ambiental e, assim,
dialogar com os demais públicos nas unidades.
Orientação de colaboradores
terceirizados quanto ao SGA e boas
práticas ambientais no cotidiano
A AGA há mais de 10 anos realiza
orientações de colaboradores terceirizados
com a Gerte/PROGESP, estando apta a
continuar as mesmas em 2020.
A rotatividade de colaboradores
terceirizados é muito elevada e o
engajamento de muitos com a gestão
ambiental da UFRGS deixa a desejar.
Realizar orientações com os colaboradores
terceirizados tão logo estes passarem a atuar na
Universidade, e não mais anualmente. Para os
colaboradores terceirizados que já passaram pela
orientação, realizar conversas informais mais
curtas e frequentes, de modo a promover uma
reciclagem quanto aos procedimentos
relacionados ao SGA. Como complemento, mas
não menos importante, deverá ser planejada e
realizada uma interação com os fiscais de
contratos de terceirizados.
143
3.2.2.9 SPH/SUINFRA
O Setor de Patrimônio Histórico (SPH) é responsável pela restauração e preservação
dos prédios históricos da Universidade e pela adaptação destas edificações à acessibilidade
Universal. O processo de restauro dos referidos prédios é feito com recursos próprios da
UFRGS e através de captação de recursos, principalmente, via lei nº 8.313, de 23 de dezembro
de 1991, conhecida também como Lei Rouanet.
Tem como objetivo a coordenação e execução do Projeto Resgate do Patrimônio
Histórico e Cultural das UFRGS, aprovado no Programa Nacional de Apoio à Cultura
(PRONAC) em 1999.
Em 2019, há quatro projetos, ligados ao Resgate do Patrimônio Histórico, vigentes:
• Rádio da UFRGS – Acessibilidade Universal ao Edifício: Projeto em fase de
captação de recursos. Neste ano, o setor intensificou os contatos com possíveis
incentivadores, pessoas jurídicas, através de inscrições em editais. O Projeto
conseguiu o patrocínio no valor de R$ 70.000,00 da Companhia de Gás do Estado
do Rio Grande do Sul, aporte conquistado através do Edital 01/2019 do Programa
Sulgás de Patrocínio Sociocultural e Esportivo.
• Capela de São Pedro da Estação Experimental Agronômica da UFRGS: Projeto
com 100% dos recursos captados, em fase de execução. Em janeiro de 2019 foi
publicado no Diário Oficial da União o aviso de licitação para as obras na Capela.
Houve uma empresa vencedora, mas que não cumpriu com os termos contratuais e,
por este, motivo, a execução do restauro não pode iniciar este ano. Por ser uma obra
de pequeno vulto, espera-se que em 2020 o restauro seja finalizado.
• Antiga Faculdade de Medicina: Projeto em fase de execução. As obras para a
instalação da torre de elevador para acessibilidade iniciaram em maio de 2019 e
será concluída ainda este ano.
• Reforma do Auditório da Faculdade de Ciências Econômicas (FCE): A proposta de
reforma do Auditório da Faculdade de Ciências Econômicas foi encaminhada à
Secretaria Especial da Cultura em julho de 2019, sendo aprovada a captação de
recursos em agosto deste mesmo ano. O Setor elaborou pesquisa histórica e
memorial descritivo do prédio, revisou projeto arquitetônico da reforma do
auditório para adaptá-lo à lei de acessibilidade atual e elaborou planilha
orçamentária. Todos estes materiais foram submetidos à Secretaria Especial da
Cultura do Ministério da Cidadania e subsidiaram a aprovação. As atividades
144
referentes à reforma do Auditório da FCE foram inseridas como metas do
planejamento anual do Setor.
O SPH realizou diversos projetos e elaborou diversos pareceres sobre intervenções nas
edificações históricas da UFRGS e seus entornos. Tais ações são voltadas para o melhor
aproveitamento destes espaços e com o menor impacto possível no que se refere aos bens
protegidos por terem cunho histórico e cultural. Como exemplos de projetos realizados, em
2019, pela equipe técnica do SPH, temos o projeto da Reforma das Fachadas da Faculdade de
Direito; o Termo de Referência para recuperação das coberturas dos prédios históricos Museu,
Château e Parobé; e o Plano de Diretrizes para o Campus Centro.
O SPH realiza, de forma contínua, atividades de comunicação e de educação patrimonial
como forma de conscientização da sociedade sobre a importância da preservação da memória
e do patrimônio cultural, bem como utiliza essas atividades como forma de divulgação do
Projeto Resgate do Patrimônio Histórico e Cultural da UFRGS.
Em 2019, foram realizadas atividades em comemoração ao Dia do Patrimônio (17 de
agosto), no Campus Centro da Universidade, com participação de alunos, servidores e
comunidade externa. Foram realizados cursos em parceria com outras Unidades da UFRGS,
como Museu e Observatório. Em todas as ações, foram entregues materiais de divulgação do
Projeto Resgate, bem como apresentações sobre o Projeto da Rádio que está em fase de
captação. Também em agosto, foi realizada a segunda edição do curso “Patrimônio Histórico
e Memória da UFRGS”, via EDUFRGS, para os servidores da UFRGS, com o objetivo de dar
amplo conhecimento sobre as edificações históricas da Universidade e ressaltar a importância
do patrimônio e da memória.
Além destas ações de educação patrimonial e divulgação do Projeto, foram realizadas
constantes divulgações sobre as atividades do Setor nas mídias sociais, bem como, diversas
pautas ligadas ao patrimônio e à cultura foram pesquisadas, para serem publicadas, como forma
de sensibilização da comunidade interna e externa para a preservação de seus bens históricos.
Importante ressaltar que o SPH possui um espaço na Rádio da Universidade para veicular um
programa semanal, com produção e apresentação de servidor do setor, intitulado Momento do
Patrimônio, que tem por objetivo apresentar entrevistas com especialistas na área de patrimônio
cultural e divulgar ações do Setor. Neste ano, foram veiculados vinte e cinco programas.
Em dezembro de 2019, foi realizado o evento Dia da Doação. Este evento anual é uma
data simbólica que marca a campanha realizada pelo SPH para captar recursos destinados à
restauração dos prédios históricos da UFRGS. Neste ano, com o Dia da Doação, foi
145
comemorado o aniversário de vinte anos do Projeto Resgate do Patrimônio Histórico e Cultural
da UFRGS e contou com a presença de autoridades da Universidade e incentivadores do
Projeto.
Retomada das potencialidades, fragilidades e estratégias.
Uma potencialidade a ser ressaltada é a equipe multidisciplinar do Setor, que desenvolve
suas atividades em diversas áreas de atuação, tendo como princípio a integração entre elas. Este
aspecto é positivo, visto as atividades necessitarem de profissionais de diferentes áreas, para
que satisfaçam as exigências de projetos culturais.
A potencialidade assinalada em 2018 permanece em 2019, o SPH desenvolveu diversos
projetos de adaptação à acessibilidade dos prédios históricos da universidade, tais como projeto
de acessibilidade dos Quarteirões I e II do Campus Centro da UFRGS, projeto de acessibilidade
do Prédio da Engenharia Nova, bem como o já citado projeto de reforma do Auditório da FCE,
o qual foi atualizado nas questões referentes à acessibilidade.
Como fragilidade em 2018, foi apresentada a dificuldade em arrecadar contribuições de
pessoas jurídicas. Neste ano, o Projeto de Acessibilidade ao Prédio da Rádio da Universidade
recebeu o aporte de R$70.000,00 da empresa Sulgás, através de um edital de patrocínio. A
estratégia de captação este ano foi justamente a inscrição em editais, o que se mostrou ser mais
eficaz no momento atual. Para o próximo ano, a equipe irá intensificar estas inscrições e estas
buscas por recursos de pessoas jurídicas.
Um aspecto que pode ser considerado como uma fragilidade é o fato de ter pouca
divulgação do Projeto Resgate em ações dentro da Universidade. A estratégia para o próximo
ano é realizar mais parcerias com outras Unidades e tornar a divulgação do Projeto mais eficaz
para as comunidades internas e externas à UFRGS.
Avaliação das ações desencadeadas para atender ao Plano de Gestão.
O SPH está incluído nos Objetivos Organizacionais do PG UFRGS 2016-2020 como
responsável por intervir e revitalizar os prédios históricos da Universidade. A ação proposta é
a de reforçar o Projeto Resgate do Patrimônio Histórico e Cultural da UFRGS.
Cabe ressaltar que o processo de revitalização das edificações históricas passa por
diversas fases, como levantamento de patologias, pesquisa histórica e documental acerca do
prédio, memoriais descritivos sobre a construção, entre outras. Em todas as fases são utilizadas
a força de trabalho de toda a equipe do Setor, como dito anteriormente, uma equipe
multidisciplinar, capaz de suprir a necessidade de cada trâmite relacionado ao processo de
revitalização.
146
Em 2019, o Projeto Resgate do Patrimônio Histórico foi evidenciado de diversas formas,
com divulgações nas mídias interna e também externa (como veiculação do evento Dia da
Doação no Jornal do Almoço do dia 11/12/19). Deu-se continuidade nos três projetos em
andamento vinculados ao Ministério da Cidadania e incluiu-se mais um para a reforma do
auditório da FCE.
Este ano o Projeto completa 20 anos, e foram realizadas ações de comemoração, como
um selo comemorativo às duas décadas de existência e, no Dia da Doação, foi comemorado o
aniversário com a presença de autoridades da Universidade e incentivadores. Este evento foi o
cumprimento, também, de uma meta do planejamento anual do Setor.
Outras metas foram relacionadas no planejamento anual do SPH, como:
• Encaminhamento da proposta de reforma do Auditório da FCE: Essa meta foi
cumprida e a proposta foi aprovada pelo Ministério da Cidadania;
• Projeto de recuperação das fachadas da Antiga Faculdade de Medicina:
Inicialmente foi prevista a elaboração de projeto executivo para recuperação das
fachadas do prédio do ICBS (12.101), incluindo projetos arquitetônico, memorial
descritivo e planilha orçamentária. Esta meta não foi realizada exatamente como
prevista, pois se notou a necessidade de um estudo preliminar de usos internos do
prédio, o que está sendo feito pela equipe. Esta adequação se fez necessária, visto
o uso do prédio impactar em demandas de outras reformas;
• Fiscalização das obras de restauro da Capela de São Pedro: Essa última meta não
fui cumprida, pois, como já mencionado anteriormente, a empresa vencedora da
licitação não cumpriu com os termos contratuais e não foi possível iniciar a obra
este ano.
Conforme o descrito, a meta que não foi alcançada este ano refere-se a um problema
que não dependia do Setor, visto que foi a empresa que descumpriu os termos contratuais e foi
realizado tudo que estava ao alcance da equipe para que a restauração fosse efetivada.
Avaliação das ações desenvolvidas pelo setor para os objetivos estratégicos do PDI
UFRGS.
De acordo com o PDI UFRGS (2016-2026), no item 4.2.3. Responsabilidade
Institucional, “dentro do conceito de sustentabilidade, a preservação, a conservação e a
manutenção do patrimônio histórico da UFRGS deve ser imprescindível, pois implica, além do
uso racional de nosso patrimônio, também a preservação da memória institucional”.
Ainda, dentro dos objetivos organizacionais de infraestrutura para a Universidade, o
SPH insere-se no “incentivo de ações para preservação da memória institucional e da produção
147
artística, cultural e científica da Universidade”, bem como “qualificar espaços de uso para a
comunidade universitária” e “qualificar os espaços de trabalho no ambiente universitário”.
O SPH, com a coordenação do Projeto Resgate, ações de educação patrimonial, estudos
e pareceres arquitetônicos com viés da conservação do patrimônio histórico, busca essa
preservação da memória da Universidade e usos adequados de edificações culturais e seus
entornos, qualificando os ambientes para que estes possam ser utilizados da melhor forma
possível pela comunidade acadêmica, respeitando legislações pertinentes à acessibilidade e
PPCI.
No ano de 2019, o SPH realizou diversas contribuições para o alcance dos objetivos
estratégicos que constam no PDI UFRGS (2016-2016). Os cursos realizados tiveram como tema
principal o patrimônio e a importância de sua preservação nos mais diversos contextos,
incluindo a preservação da memória institucional. A comunicação do Setor em redes sociais é
voltada para a disseminação da valorização da cultura e do patrimônio. Os projetos realizados
pela equipe técnica contribuíram para a qualificação dos espaços da Universidade, como
projetos de intervenções na Faculdade de Direito para adaptação à legislação de acessibilidade
atual, o já citado Plano de Diretrizes para um bom uso das dependências do Campus Centro,
entre tantos outros que têm como objetivo adequar espaços para que sejam utilizados por todos
da Universidade e, também, visitantes.
148
Quadro 19. Resumo da Avaliação do SPH
ITENS/ ASPECTOS/ QUESITOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA
DE MELHORIAS
Divulgação do Projeto resgate do
Patrimônio Histórico e Cultural da
UFRGS
O Setor trabalha com diversas redes
sociais para divulgação do Projeto
(Twitter, Facebook, Instagram, YouTube
e site).
Pouca divulgação do Projeto junto a
ações da Universidade.
Ampliação de parcerias dentro da
Universidade para divulgação do Projeto em
ações de diferentes Unidades da UFRGS.
Projetos de Revitalização de Prédios
Históricos
A multidisciplinaridade da equipe
permite maior agilidade nos trâmites
relacionados aos Projetos de Resgate do
Patrimônio Histórico.
O sistema de contratações de obras
públicas é bastante limitador para as
intervenções em patrimônio histórico,
que necessitam de ações específicas e
fora do padrão atual construtivo e
disponível no mercado. Poucas empresas
participam de licitações que envolvam
restauro de edificações históricas.
A melhora nesta fragilidade não depende do
Setor, visto ser algo específico do ramo de
trabalho, mas o SPH se propõe a estruturar da
forma mais clara possível os documentos dos
processos de restauro que irão para licitação
para evitar erros e desacordos nos trâmites,
bem como acompanhar as fases destes
trâmites e prestar apoio a outras Unidades
envolvidas.
Captação de Recursos Neste ano, o SPH inscreveu o Projeto de
Acessibilidade ao Prédio da Rádio da
Universidade em editais e conseguiu um
patrocínio da empresa Sulgás.
A maioria das contribuições continua
sendo de pessoas físicas, o que acarreta
em um tempo maior de arrecadação para
que possam iniciar as obras.
Busca contínua de novos incentivadores
pessoas jurídicas, por meio de editais e
contato direto com possíveis patrocinadores.
149
3.2.2.10 Museu/PROREXT
Memória Cultural - Museu da Universidade (PROREXT)
A Extensão, como parte essencial da finalidade e missão da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, diretamente vinculada ao compromisso e responsabilidade social da
instituição, baseada na abrangência e diversidade das suas ações, apresenta-se com um viés
naturalmente voltado para a relação Universidade/Sociedade.
Assim, conforme já exposto anteriormente, o PDI incorpora a expansão e a inclusão
como compromissos da Universidade. No campo da extensão, o trabalho é guiado pela
responsabilidade social com os participantes e grupos envolvidos, num movimento de diálogo
entre o aspecto social e a construção do conhecimento.
A extensão realizada na UFRGS, além das normativas locais, atua em consonância com
as diretrizes da extensão universitária brasileira, definidas pelo Fórum de Pró-Reitores de
Extensão das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileira – FORPROEX: a) interação
dialógica; b) interdisciplinaridade e interprofissionalidade; c) indissociabilidade Ensino-
Pesquisa-Extensão; d) impacto na formação do estudante; e) impacto e transformação social.
Com essas premissas incorporadas em seu fazer cotidiano nos departamentos e setores
– em especial o Museu da UFRGS –, a PROREXT estabelece relações sociais e culturais com
diversos segmentos da sociedade, realizando um importante aspecto de suas atividades de
formação. Isto porque, enquanto suas atividades envolvem a atenção aos grupos
marginalizados, o diálogo com as comunidades, o respeito aos saberes e à preservação de
memórias e patrimônios culturais, proporcionam ao mesmo tempo o fortalecimento desses
grupos/comunidades e apontam novas demandas e discussões na formação de discentes e nos
próprios currículos dos cursos de graduação.
Museu da UFRGS
O Museu da UFRGS – Órgão Suplementar da Universidade vinculado à PROREXT –
busca potencializar a interação da sociedade com a história da Instituição e com sua produção
técnica, científica e cultural. Além disso, devido à vocação educativa, privilegia ações com
grupos escolares, apoiando educadores e grupos na visitação aos espaços do Museu,
promovendo ações educativas e de formação continuada de professores, desenvolvendo e
disponibilizando recursos didático-pedagógicos em sua maioria, trazendo temas que os
materiais didáticos correntes não apresentam.
O Museu da UFRGS compreende seu compromisso social abrangendo vários aspectos.
Entre eles, prioriza o trabalho com a memória de forma bastante ampla. Isso inclui o
150
acolhimento e o respeito à diversidade de saberes, culturas e práticas como tarefa diária,
necessária à construção da possibilidade de participação das pessoas na sociedade em condições
de igualdade e sem discriminação. Dessa forma, o conhecimento produzido ou tematizado pela
Universidade é visto como patrimônio científico-cultural, portanto passível de cuidado,
preservação e democratização de seu acesso. As vivências individuais e coletivas na Instituição
também constituem as ações de promoção e preservação da Memória da UFRGS e de seu
processo histórico.
Neste ano, o Museu promoveu atividades e projetos em parceria com órgãos internos e
externos à Universidade com ênfase em ações de diálogos interculturais, de convivência e
interação da diversidade. Destacam-se aí as parcerias com as comunidades indígenas, com a
execução de atividades como palestras, visitas, ações de capacitação. Na temática da exposição
“Migrações à Mesa”, podemos destacar as rodas de conversa sobre “Comida e Ancestralidade
Africana”, “Memórias, saberes e práticas da cultura alimentar japonesa” e a oficina realizada
pelo Caffè Parlato. Ainda, com relação à comunidade indígena, o Museu foi parceiro da
Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas (CAF) e dos
estudantes indígenas no Projeto “Indígenas no Ensino Superior: caminhos da
interculturalidade” – evento com várias atividades e com a formação dos estudantes para o
ENEI, e a apresentação do trabalho no Salão de Extensão. É importante destacar, também, a
parceria do Museu com a realização nas “VIII Jornadas O pensamento de Rodolfo Kusch”,
onde participou do planejamento, execução, contatos e participação ativa em todos os eventos.
Outros eventos a destacar foram:
• A Exposição “Os Guarani Mybiá” – que ocorreu no Museu do Doce (Pelotas), no
Mezanino do Museu da UFRGS, na Fundação Casa das Artes e no Museu do
Imigrante (ambos em Bento Gonçalves);
• O Seminário “Egressos Indígenas UFRGS-Saúde” – que aconteceu no Museu;
• A parceria no evento “Celebração Intercultural da Vida” – realizado no Planetário
da UFRGS.
Além disso, no ano de 2019 ocorreram importantes eventos referentes ao combate ao
racismo e preconceito no futebol, por meio de uma parceria entre o Museu da UFRGS e o
Observatório de Discriminação Racial no Futebol, que resultou na publicação de um relatório
com dados relativos a esta temática e também em uma cartilha educativa, a ser trabalhada com
o público escolar, que trata do tema da discriminação.
151
Em relação à memória e à história da Universidade, o Museu permanece
desempenhando o papel de Coordenador da Rede de Museus e Acervos Museológicos da
UFRGS (REMAM), hoje com trinta e um (31) espaços de memória que pesquisam, conservam
e divulgam conhecimentos produzidos nas diferentes Unidades Acadêmicas e setores da
UFRGS. Além da articulação entre esses segmentos, destaca-se o projeto Seminário Grandes
Mestres dos Mestres da UFRGS, cuja finalidade é dar visibilidade às trajetórias (vida e obra)
de professores pioneiros na introdução de cursos e estudos nesta Instituição. Desta forma, o
Seminário evidencia memórias vividas no processo de construção da Universidade, trazendo
lições de pioneirismo científico e institucional, história das ciências, artes e técnicas na
Universidade.
Assumindo o respeito à diferença como um dos eixos norteadores da realização de seu
trabalho, o Museu busca encontrar as soluções adequadas para desenvolver, de forma
cooperativa com diferentes comunidades e setores desta Instituição, ações que priorizem as
relações interculturais e possibilitem a troca de saberes acadêmicos e empíricos. Dessa forma,
o Museu acredita contribuir para a efetiva consecução de uma política de ações afirmativas e
de formação continuada, proporcionando a construção e apropriação de memórias e
patrimônios culturais que incluam essas diferenças e visibilizem o que foi constantemente
apagado da história.
O Museu continua parceiro na disciplina “Encontros de Saberes”, oferecida pelo
Departamento de Música, mas constituída interdisciplinarmente entre os
departamentos/unidades acadêmicas de Música, Letras/Literatura, Educação, Antropologia,
Agronomia, Museologia, e com a incorporação, de maneira inédita nesta instituição, de mestres
de saberes (indígenas, músicos populares e griôs) como ministrantes de disciplinas.
Para atender à pretensão de ser um ambiente acessível, aberto a todos os cidadãos, é
indispensável o emprego de recursos para acessibilidade na comunicação, informação e fruição
dos espaços e das peças neles contidas. A experiência demonstra que a acessibilidade ultrapassa
a realização de adaptações necessárias e vem associada ao pleno acesso no sentido de eliminar
barreiras menos visíveis, tais como as atitudinais, políticas, culturais, financeiras, intelectuais,
comunicacionais, entre outras.
Em relação às questões de infraestrutura, já foi elaborado, em parceria com
SPH/SUINFRA, um Projeto de Acessibilidade Arquitetônica, que já foi aprovado pelos setores
competentes. Sua execução, no entanto, ainda não foi possível devido à falta de recursos
financeiros destinados a esse fim. O Projeto contempla a viabilização de: portas com sensor, a
152
serem instaladas na entrada do prédio e, internamente, no espaço que permite o acesso aos
banheiros; e piso tátil.
Além de incorporar as preocupações relativas à acessibilidade em suas práticas e
atividades gerais, tais como projeto expográfico, projeto educativo e formação de mediadores,
o Museu da UFRGS mantém parcerias com o Curso de Design e o INCLUIR (Núcleo de
Inclusão e Acessibilidade) para a realização de algumas ações. Como fruto dessas parcerias, foi
possível concretizar iniciativas importantes, como a elaboração e impressão dos textos das
exposições em Braille e fonte ampliada; caixa educativa acessível para empréstimo a escolas,
com materiais tridimensionais, vídeos com audiodescrição, entre outros materiais.
Aliado a essas atividades, o Museu permanece trabalhando na preservação da memória
e da identidade da UFRGS e da cidade de Porto Alegre, incorporando novos olhares e saberes
por meio de exposições, produções gráficas, publicações nas redes sociais, pesquisa no acervo
fotodocumental, cursos/palestras/seminários e participação em atividades gerais da UFRGS.
Em relação ao ano anterior, observa-se que a maioria das fragilidades persiste, pois não
dependem apenas das nossas ações.
153
Quadro 20. Resumo da Avaliação do Museu (PROREXT) ITENS/ASPECTOS/
QUESITOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Responsabilidade
Social do Museu da
UFRGS - Educação
Vocação Educativa do
Museu – ações educativas
e de formação continuada.
Espaço físico insuficiente e, por
vezes, pouco adequado para a
realização das ações.
No ano de 2018, tivemos entrada
de água no depósito (devido às
chuvas), gerando mofo e um forte
cheiro. O ambiente do depósito e
da Sala Multimeios permaneceram
insalubres para uso ao longo de
2019.
Os aparelhos de condicionamento
de ar não estão funcionando ou
operando adequadamente no
espaço do Museu.
Ampliar a consolidação de parcerias.
Executar o projeto de ampliação do
Museu, acrescentando espaço
específico para ações educativas
(projeto elaborado, dependendo de
recursos financeiros).
Em relação à climatização dos
ambientes, já foi iniciada a troca dos
aparelhos de ar condicionado,
dependendo de recursos financeiros
para a troca total. O Museu continuará
buscando a substituição dos demais
junto à Administração Central.
Quanto à questão da entrada de água
no depósito, o processo solicitando
solução para o problema encontra-se
na SUINFRA.
Responsabilidade
Social do Museu da
UFRGS – Diálogos
Interculturais
Acolhimento e respeito à
diversidade de saberes.
Acolhimento e respeito à
diversidade de saberes ainda não
estão incorporadas pela totalidade
da Universidade.
Reforçar e ampliar as parcerias com
outros setores para ações que
reafirmem os diálogos interculturais
com tarefa diária da Universidade.
Responsabilidade
Social do Museu da
UFRGS – Memória e
História da UFRGS
Desenvolvimento de
ações de ensino-pesquisa-
extensão, considerando o
conhecimento e as
vivências produzidas
pela/na UFRGS como
patrimônio científico-
cultural.
Dificuldade de maior
envolvimento de alguns setores ou
membros da Instituição com o
tema.
Envolver mais setores e públicos da
UFRGS nas três categorias (docentes,
técnico-administrativos e discentes) e
divulgar os resultados do
envolvimento dos que já se engajaram.
154
3.3 Eixo 3 – Políticas Acadêmicas
O Eixo 3 – Políticas Acadêmicas compõem-se da dimensão 2 – A política para o ensino,
a pesquisa, a pós-graduação e a extensão e da dimensão 4 – Comunicação com a Sociedade.
Várias foram as contribuições dos órgãos da Administração Central para este eixo. A seguir,
destaca-se cada uma delas.
3.3.1 Dimensão 2: A política para Ensino, a Pesquisa, a Pós-Graduação e a
Extensão
3.3.1.1 Ensino de Graduação – PROGRAD
A PROGRAD é a instância da UFRGS responsável por planejar, coordenar e
acompanhar todas as atividades de ensino nos cursos de graduação, de forma permanente e
articulada com a Pró-Reitoria de Coordenação Acadêmica, a Câmara de Graduação, as
Unidades Acadêmicas e as Comissões dos Cursos de Graduação.
Para fins de contextualização, citam-se, resumidamente, as grandes áreas de atuação da
Pró-Reitoria, as quais serão detalhadas posteriormente, junto ao aprofundamento das ações
realizadas no ano 2019:
O Departamento de Cursos e Políticas da Graduação (DCPGRAD) presta
assessoramento aos projetos, à implementação e à atualização de cursos de graduação; realiza
o registro dos currículos e dos planos de ensino; realiza a alocação do espaço acadêmico
compartilhado e coordena o planejamento de turmas e horários; é responsável pela
administração dos estágios curriculares e das monitorias, bem como pela gestão de diversas
políticas e programas de apoio à graduação.
O Departamento de Consultoria e Registros Discentes (DECORDI) atua
principalmente no registro da vida acadêmica discente na graduação, desde o início do vínculo
dos estudantes na Universidade até sua diplomação. Além dos diplomas dos graduandos da
UFRGS, o Departamento também registra e expede diplomas de outras Instituições de Ensino
Superior e realiza a revalidação de diplomas de graduação expedidos no exterior.
O ingresso na Graduação da UFRGS, nas suas diversas formas, é realizado pela
Divisão de Ingresso na Graduação, vinculada ao Departamento de Programas Acadêmicos da
PROGRAD, pela Divisão da Vida Acadêmica, vinculada ao DECORDI, e pelas comissões
responsáveis pelas diferentes etapas de análise de documentação de candidatos, sendo todo
processo orientado e acompanhado pela Comissão Coordenadora do Ingresso em Cursos de
Graduação da UFRGS.
155
As ações da PROGRAD junto aos cursos de Licenciatura e da área da Saúde ocorrem,
respectivamente, por meio da Coordenadoria das Licenciaturas e da Coordenadoria da
Saúde, criadas para articular as ações dos cursos das respectivas áreas.
A gestão da Pró-Reitoria é realizada com o apoio da Coordenadoria de Planejamento
da Graduação, com atividades de controle financeiro e patrimonial, secretaria, gestão de
pessoas e planejamento, bem como a coordenação de projetos visando à melhoria dos processos
de trabalho e à qualificação dos serviços prestados.
A atuação da Pró-Reitoria está alinhada aos preceitos e objetivos do PDI da UFRGS,
dentre os quais destacam-se no ano de 2019:
Objetivos acadêmicos e pedagógicos de integração e interação:
• Promover a aproximação e a interação entre as diferentes áreas de conhecimento
• Fomentar oferta de atividades acadêmicas transversais ou interdisciplinares
• Promover a flexibilização curricular (formação diversificada de profissionais,
aplicação prática de conhecimentos, créditos em extensão, novas possibilidades de
complementação curricular extraclasse desenvolvidas em instituições parceiras,
entre outras)
Objetivos acadêmicos e pedagógicos de ampliação:
• Aumentar a oferta de vagas e de cursos na graduação e pós-graduação
• Aperfeiçoar a política institucional articulada com os sistemas de ensino para
formação inicial e continuada para profissionais da educação básica
Objetivos acadêmicos e pedagógicos de práticas de aprendizagem:
• Incentivar adoção de novas estratégias, práticas, tecnologias e espaços de
aprendizagem e de ensino.
Objetivos de impacto social:
• Desenvolver ações para assistência, permanência e conclusão, acolhimento e
integração, compatíveis com a expansão do corpo discente da Universidade
• Consolidar a política de ações afirmativas da UFRGS e considerar a inserção de
novos grupos
• Fortalecer as ações de acessibilidade, de inclusão social, pedagógica e laboral
• Incentivar a comunidade universitária para o desenvolvimento de ações voltadas
para a diversidade.
Objetivos organizacionais:
156
• Qualificar a gestão universitária, por meio de práticas de planejamento, da
racionalização e do aperfeiçoamento de processos e sistemas
• Aperfeiçoar o atendimento à comunidade.
Como contextualização, ressalta-se que o ano de 2019 foi marcado por uma importante
ação da Reitoria, que impactou fortemente a comunidade acadêmica: a implantação da
TUAUFRGS Central do Aluno, prevista na ação 3.4.1 do PG “Criar a Central de Atendimento
ao Aluno”, com o objetivo de centralizar em uma estrutura multicanal todos os atendimentos a
alunos e ex-alunos da Universidade”. Dessa forma, a PROGRAD, assim como outros órgãos
da Universidade, passaria a atuar como o “Nível 3 de Atendimento”, que não tem contato direto
com o aluno, mas executa e gere o serviço que será entregue pela TUAUFRGS (“Nível 1”) ao
aluno.
O projeto de implantação vinha demandando ações da PROGRAD, conforme citado no
RAAI 2018, mas com o lançamento da TUAUFRGS em março de 2019, a Pró-Reitoria precisou
fazer importantes alterações na sua forma de atuação. Além da descrição dos serviços para o
Catálogo do Aluno, a PROGRAD investiu em forte ação de comunicação interna e junto à
comunidade acadêmica. Em fevereiro de 2019 foi ministrada, em parceria com a TUAFRGS,
uma capacitação para todos os servidores da Pró-Reitoria transmitindo os novos conceitos e
atuação da TUAUFRGS, as mudanças nos processos da Pró-Reitoria e orientações sobre como
lidar com as demandas dos alunos a partir do lançamento da nova estrutura. Além disso, parte
dos servidores participaram de treinamentos no sistema OTRS, o qual é utilizado pela
TUAUFRGS e setores do Nível 3 para abertura, trâmite e resposta de chamados.
Enquanto a PROGRAD se preparava para a mudança, fomos requisitados a repassar as
bolsas do atendimento para a TUAUFRGS. Considerando que a até então “Central de
Atendimento da PROGRAD” incluía serviços a candidatos aos cursos de Graduação – não
atendidos pela TUAUFRGS – bem como todos os outros serviços da PROGRAD, a demanda
das bolsas foi de forte impacto para a Pró-Reitoria. Neste momento, foi necessário realocar
bolsas antes destinadas a atividades administrativas, para cobrir o atendimento aos candidatos,
causando ainda mais escassez de pessoal às já enxutas equipes. Embora o cenário se
apresentasse adverso num primeiro momento, a relação de parceria e colaboração entre
TUAUFRGS e PROGRAD favoreceu para a criação de estratégias e ações conjuntas. Uma ação
imprescindível foi o empréstimo, por parte da TUAUFRGS, das bolsas antes requisitadas, para
a manutenção do atendimento a Estágios na Graduação. No acordo, a PROGRAD devolveria
157
as bolsas no momento da migração desse serviço, a qual ocorrerá em 02/12/2019, conforme
será detalhado posteriormente.
Passada a fase inicial do novo formato de atendimento, identificou-se a necessidade de
intensificar a divulgação desse novo formato junto as COMGRADs e aos servidores dos
Núcleos Acadêmicos das Unidades, que são uma das principais referências do aluno, bem como
atualizá-los dos ajustes de fluxos e procedimentos da PROGRAD que foram ocorrendo após o
lançamento da TUAUFRGS. Assim, no mês de junho, foram ofertadas, em parceria com a
TUAFRGS, capacitações nos campi Centro e Vale.
O ano de 2019 também foi marcado por uma importante reestruturação interna da
PROGRAD, tanto de organograma, quanto de processos e movimentações de pessoal.
Conforme disposto no RAAI 2018, na PROGRAD, o processo de ingresso nos cursos de
graduação da UFRGS era realizado por servidores deslocados, integral ou parcialmente, de
diferentes setores da Pró-Reitoria. Com isso, a gestão do processo ficava bastante prejudicada,
muitos dos servidores insatisfeitos e a PROGRAD como um todo perdia em resolutividade e
eficiência. Frente a essa situação, e priorizando avançar na ação 1.1.1 do PG “Qualificar os
processos de ingresso dos calouros na Universidade”, a Pró-Reitoria traçou um plano de
reestruturação que contou com o apoio dos seus Departamentos no que tange à cedência de
servidores, vagas que passavam por processo de reposição e função gratificada para a criação
da nova Divisão de Ingresso na Graduação.
Desta forma, além dos processos de trabalho de rotina, a PROGRAD se focou nestas
duas importantes prioridades da Universidade (migração do atendimento para TUAUFRGS e
melhoria do ingresso), bem como em ações do PG sob sua responsabilidade, entre outras
relacionadas à Graduação, e à adequação de novas exigências legais. A otimização dos
processos de trabalho também foi priorizada mediante ações que perpassaram todos os setores.
Desta forma, algumas ações de melhorias previstas no RAAI 2018 foram reformuladas para o
novo contexto ou postergadas em detrimento das prioridades supracitadas. As ações serão
detalhadas a seguir.
A atividade de ingresso de calouros nos cursos de graduação através dos processos
seletivos que exigem avaliações referentes às reservas de vaga instituídas pela Lei 12.711/2012
é o maior desafio da UFRGS como um todo e, em especial da PROGRAD, desde o Ingresso de
2013. Isso se deve à complexidade das análises para verificação do atendimento aos requisitos
estabelecidos nas normas atinentes, aos prazos exíguos, em especial os decorrentes da adesão
parcial da UFRGS ao SiSU, e ao reduzido número de servidores que realizam tais análises.
158
Conforme citado anteriormente, a melhoria do processo de ingresso é a primeira ação prevista
no PG – 1.1.1 “Qualificar os processos de ingresso dos calouros na Universidade”.
Em 2018, como exposto no RAAI daquele ano, a realidade do Ingresso de Calouros
desde 2013 era de morosidade no processo de análise da documentação, principalmente no que
diz respeito à documentação socioeconômica e apuração de renda e a dificuldade na
organização e publicação de chamamentos para ocupação das vagas remanescentes, o que
prejudicava a ocupação de vagas em sua totalidade. As regras e cronogramas diferentes para os
dois principais processos seletivos para ingresso na graduação (vestibular e SiSU), além da
multiplicidade de processos seletivos com oferecimento menor de vagas ocorrendo
concomitantemente, mas que também exigem bastante trabalho para avaliação da
documentação dos candidatos, foi outro ponto levantado no RAAI de 2018 como uma
fragilidade neste processo. Por fim, e com um impacto muito grande em todo o processo do
Ingresso, foi registrado no Relatório o número insuficiente de servidores na PROGRAD para
realizar todo o trabalho de avaliação de documentação e matrícula de calouros e que, para tentar
atender melhor a tal demanda, foram deslocados servidores de outros setores da PROGRAD
para executar tais tarefas.
Das etapas de avaliação existentes (PCD, PPI, Acadêmica e Socioeconômica/renda), a
PROGRAD realiza a avaliação da documentação acadêmica de todos os candidatos,
supervisiona/orienta os servidores indicados pelas diversas Unidades Acadêmicas dos
candidatos das modalidades que exigem comprovação da condição de renda familiar e organiza
a matrícula presencial dos calouros. Além disso, há servidores da PROGRAD que compõem as
Comissões de Recurso da não homologação da documentação acadêmica e da não homologação
da documentação socioeconômica e apuração de renda. Dentre todos estes servidores da
PROGRAD envolvidos no processo de Ingresso, somente três deles desempenhavam
exclusivamente as funções relativas ao Ingresso.
Em decorrência do reduzido quadro de servidores envolvidos integralmente no processo
do Ingresso, e da consequente demora na avaliação da documentação dos candidatos, a UFRGS
foi alvo de algumas ações judiciais propostas pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE). A
partir destas, foi possibilitada a matrícula provisória de todos os candidatos que não tiveram a
avaliação concluída, incluindo recursos, até o prazo máximo para realização da matrícula
presencial. Estratégia esta, que veio, posteriormente, a ser incorporada nas normas da graduação
da UFRGS e, consequentemente, nos processos seletivos com Ingresso em 2019 e 2020.
159
Também em 2018, em razão de recomendação do Ministério Público Federal, foi
realizada, pela primeira vez, a Manifestação de Interesse em continuar concorrendo às vagas
remanescentes, tanto do Concurso Vestibular (CV) quanto do Sistema de Seleção Unificada
(SiSU). Para tanto, foi desenvolvida uma aplicação, dentro do Portal do Candidato, em que,
dentro do prazo estabelecido em edital próprio para isto, o candidato teve que se manifestar
informando que ainda tinha interesse em ser chamado para ocupar eventuais vagas
remanescentes.
A recomendação do MPF era a de que fosse aberta tal possibilidade apenas para os
candidatos do SiSU e somente para as vagas relativas ao semestre letivo de 2018/1. A UFRGS,
após estudo feito junto às Comissões de Graduação (COMGRADs), levando em conta a
capacidade de absorção de alunos, além do aspecto da segurança e das condições didático-
pedagógicas, verificou qual o quantitativo de vagas poderia ser ofertado. A partir do retorno
das COMGRADs, foram chamados, entre aqueles que manifestaram interesse em permanecer
na listagem de candidatos que poderiam ser chamados a ocupar eventuais vagas remanescentes,
candidatos do SiSU, mas também do CV, quando possível.
Ao longo do ano de 2018, conforme disposto no RAAI daquele ano, foi desenvolvido
um estudo aprofundado do processo de ingresso junto ao Escritório de Processos, gerando um
relatório de necessidades de melhorias, o qual foi apresentado em setembro ao Gabinete do
Reitor e aos órgãos internos envolvidos. Desta forma, muitas das ações realizadas nos últimos
meses de 2018 e ao longo de 2019, incluindo a já mencionada criação da Divisão de Ingresso
na Graduação, estão alinhadas às recomendações do Escritório de Processos.
Nos últimos meses de 2018, foi trabalhado, junto ao CPD, para que os candidatos
preenchessem diretamente no Portal do Candidato algumas declarações que antes eram feitas a
próprio punho por eles (relato histórico da deficiência; autodeclaração étnico-racial dos
candidatos autodeclarados pretos ou pardos e declaração de ocupação ou não ocupação de outra
vaga em Instituição Pública de Ensino Superior). Ou seja, tornar o processo ainda mais ágil e
diminuir o número de documentos que os candidatos deveriam anexar ao Portal e que tinham
um grande número de não homologação pelo envio ou preenchimento incorreto destes.
Também ficou estabelecido que seria criado um polo de atendimento ao analista da
documentação socioeconômica no campus Centro (anteriormente era só no campus Saúde e no
Campus do Vale).
Em novembro de 2018 foi criada a Comissão Coordenadora de Ingresso, que conta com
representantes da PROGRAD, PRAE, PROGESP, CAF e SEAD. Esta tem como objetivos
160
planejar, orientar, supervisionar e avaliar o processo de ingresso, bem como estabelecer
diretrizes, gerenciar o andamento das etapas de análise através do controle contínuo dos
indicadores de análises realizadas, intervenção no processo quando necessário, além de outras
atividades de gestão. Isso visando à melhoria contínua do processo de ingresso.
Entre as primeiras ações da Comissão de Ingresso estão as capacitações realizadas em
dezembro de 2018 para orientar os servidores da Universidade sobre as regras e funcionamento
do Ingresso 2019 (principalmente do Concurso Vestibular e SiSU), quais os principais
questionamentos dos candidatos e como fazer o atendimento inicial e a quem encaminhar os
candidatos para que pudessem ser sanadas as dúvidas destes. Também foram realizados
treinamentos com os servidores indicados pelas unidades acadêmicas para fazer a análise da
documentação socioeconômica e apuração de renda dos candidatos aos cursos de cada unidade
que foram lotados em vagas que exijam tal comprovação e com aqueles que compõem as
comissões de recurso das diferentes etapas (comprovação da condição de pessoa com
deficiência, verificação presencial da autodeclaração étnico-racial, documentação acadêmica e
documentação socioeconômica e apuração de renda).
Explica-se que a avaliação inicial da documentação socioeconômica e apuração de renda
é feita por servidores indicados pelas Unidades Acadêmicas, sendo estes responsáveis por
analisar a documentação dos candidatos aos cursos de suas unidades, sob a supervisão e
orientação de servidores da PROGRAD e o apoio de assistentes sociais para auxiliar no
reconhecimento da configuração do grupo familiar de cada candidato. Ou seja, manteve-se esta
etapa descentralizada, como já vinha ocorrendo desde 2018.
Uma novidade do Ingresso 2019 foi a elaboração de um cronograma de trabalho para as
diferentes equipes envolvidas no processo. Isso a fim de agilizar o processo de avaliação dos
candidatos com o intuito de aumentar o número de candidatos aptos a realizar matrícula regular
já quando das datas estabelecidas para matrícula presencial dos calouros. Neste mesmo
cronograma já estavam previstas as datas de publicação de eventuais chamamentos para
ocupação de vagas remanescentes e os períodos de envio da documentação para os candidatos
que configurassem em tais editais de chamamento, da atualização da listagem de convocação
para comparecimento à verificação presencial da autodeclaração étnico-racial, as datas pré-
alocadas para realização da referida verificação presencial e os períodos em que a Comissão de
avaliação da documentação de comprovação da condição de pessoa com deficiência deveria
realizar seu trabalho e publicar os pareceres por ela exarados.
161
Outra inovação foi o atendimento aos candidatos, realizado presencialmente no Museu
da UFRGS, iniciando uma semana antes da publicação do Listão do Concurso Vestibular e se
estendendo até a primeira semana de envio da documentação dos candidatos lotados em vaga
pela Chamada Regular do SiSU. Além da ampliação do prazo do atendimento feito no Museu
da UFRGS, que antes ocorria apenas durante a primeira semana após a publicação do Listão do
CV, foi feita uma ampla divulgação no site e nas redes sociais da Universidade da existência
deste atendimento aos candidatos. Findo o período em que os servidores estavam disponíveis
no Museu, foi disponibilizado um espaço permanente para o Atendimento ao Ingresso na
Graduação. Local este em que os candidatos, já lotados em vaga ou aguardando chamamento,
podem se dirigir para sanar eventuais dúvidas sobre a documentação exigida ou sobre os
processos seletivos para ingresso nos cursos de graduação da UFRGS em geral.
Também foi disponibilizado um e-mail específico para que os candidatos que não
pudessem comparecer presencialmente sanassem suas dúvidas: [email protected]. Coube aos
membros da Comissão Coordenadora de Ingresso gerenciar esta caixa de e-mail e responder
aos candidatos por este meio.
Como forma de atingir o máximo de candidatos possíveis e de tentar facilitar a
compreensão das exigências do processo por parte deles, em consonância com as ações já
relatadas, foi feito um trabalho junto à SECOM para que fossem publicadas as “dúvidas do
dia”, ou seja, divulgação diária das dúvidas mais comuns dos candidatos sobre a documentação
necessária para cada uma das modalidades de vaga, assim como também o uso do Portal do
Candidato e os critérios adotados na avaliação das candidaturas.
As medidas tomadas pela Comissão Coordenadora de Ingresso em parceria com a
PROGRAD e SECOM provaram-se acertadas ao se verificar que houve um incremento em
relação aos números de 2018 de, aproximadamente, 10% de matrículas regulares no primeiro
semestre letivo de 2019 para os candidatos do Concurso Vestibular e de 40% para os candidatos
do SiSU.
Em abril de 2019, os membros da Comissão de Recursos da não homologação da
documentação socioeconômica passaram a assinar e publicar os pareceres dos casos por eles
analisados. Com isso, reduziu-se a dependência da revisão e assinatura do Presidente da
Comissão, dando mais agilidade à liberação dos resultados e conclusão da avaliação das
candidaturas.
Conforme citado anteriormente, em maio de 2019 foi criada a Divisão de Ingresso na
Graduação (DIG). Esta congrega os servidores da PROGRAD que trabalham diretamente com
162
a avaliação da documentação socioeconômica e apuração de renda, seja acompanhando e
orientando o trabalho feito pelos analistas indicados pelas Unidades Acadêmicas quanto da
etapa de Recurso e, ainda, o servidor que dá suporte para o Atendimento ao Ingresso na
Graduação.
Como forma de preparação para o Ingresso 2020, a Comissão de Ingresso trabalhou
junto com as diversas equipes que participam do trabalho de avaliação das candidaturas para
pensar de que forma o trabalho poderia ser agilizado, mas sempre lembrando da necessidade de
manter a qualidade e seriedade do processo de avaliação feito pela UFRGS. Com isto, foram
redefinidos alguns pontos do edital e do manual do candidato do concurso vestibular 2020 (CV
2020). Principalmente no que tange a definição de quais pessoas do grupo familiar o candidato
que precisa comprovar a condição de renda de sua família deve enviar documentos. Foram
adicionadas exceções à regra já existente com base em levantamentos feitos pela equipe e de
modo a também humanizar o processo. O Manual do Candidato foi reformulado para que
passasse a ter mais informações visuais e, assim, auxiliar o candidato a compreender o que lhe
é exigido.
Em razão da alteração da data das provas de seleção do CV 2020, houve a necessidade
de repensar a forma de comprovação da conclusão do ensino médio por parte dos candidatos.
A solução encontrada, que também pode ser aplicada no caso de greve nas escolas públicas de
ensino médio, exigiu uma reconfiguração do Portal do Candidato, que foi feita pela Comissão
de Ingresso, PROGRAD e CPD ao longo do ano de 2019.
Em decorrência das ações judiciais propostas pelo DCE em razão da morosidade no
processo de avaliação dos candidatos de 2018, o Pró-Reitor de Graduação e a Presidente da
Comissão Coordenadora de Ingresso representaram a UFRGS em duas audiências de
conciliação realizadas no TRF4. Nestas, ficou acordado que a UFRGS forneceria alguns dados
requisitados pelo DCE, o que foi prontamente aceito e cumprido, e que seria priorizada a
finalização e publicação das avaliações dos candidatos de 2018, mas sem que fosse parada a
avaliação dos candidatos de 2019.
Por preocupação institucional de dar resposta aos candidatos dentro de um prazo
razoável, assim como também em virtude do acordo feito durante as audiências de conciliação
realizadas no TRF4, a preocupação com a eliminação dos passivos de análise e recursos dos
anos anteriores (2017 e 2018) nas duas etapas gerenciadas pela PROGRAD (acadêmica e
socioeconômica/apuração de renda) foi constante durante o ano de 2019. Para tanto, foi feito
um trabalho em parceria com a Coordenadoria de Planejamento da Graduação tanto com a
163
Comissão de Recursos da não homologação da documentação acadêmica quanto com a equipe
responsável pela etapa de avaliação inicial da documentação socioeconômica para conclusão e
emissão de pareceres dos casos de 2017 e 2018 que ainda estavam em aberto. Para a etapa
recursal, está sendo realizado um projeto junto ao Escritório de Processos da UFRGS para
eliminação do passivo das análises dos recursos da não homologação da documentação
socioeconômica.
As forças tarefas feitas por todas equipes já trouxeram resultados, visto que há poucos
candidatos de 2017 ainda aguardando conclusão da avaliação inicial da etapa socioeconômica,
os candidatos de 2018 nesta etapa já tiveram a avaliação concluída e as avaliações de 2019
também foram concluídas. Já na fase recursal desta etapa, o número de recursos de 2018 foi
reduzido quase que à metade em comparação ao número que se tinha no início de 2019. E o
andamento das avaliações de recurso da etapa socioeconômica dos candidatos de 2019 ocorre
em um ritmo mais acelerado em comparação com os anos de 2017 e 2018. Do mesmo modo, a
avaliação e conclusão dos recursos da etapa acadêmica estão quase concluídos para o ano de
2018 e 2019.
Verifica-se, portanto, que as ações tomadas tanto no final de 2018 quanto ao longo de
2019 foram acertadas e necessitam manter-se para o resto deste ano e ao longo de 2020.
Exatamente por isso, mantém-se o estabelecimento de cronograma para todas as equipes
envolvidas no processo de Ingresso, com datas já pré-definidas para publicação de editais de
chamamento e listagem de verificação presencial da autodeclaração étnico-racial, assim como
a determinação dos períodos em que serão feitas as verificações presenciais das autodeclarações
étnico-raciais e quando devem ser liberados os pareceres da etapa de verificação da
comprovação da condição de pessoa com deficiência. A parceria com a SECOM também está
mantida e planeja-se uma maior aproximação para o próximo ano, até mesmo para que eles
possam auxiliar na elaboração do Manual do Candidato para os processos seletivos vindouros.
A continuidade das capacitações para os servidores da UFRGS também está mantida,
assim como a permanente revisão dos editais para torná-los mais precisos, isto é, diminuindo
os problemas de interpretação quanto as regras para o Ingresso, e também para que melhor
atenda às necessidades efetivas da avaliação exigida.
Visando à maior eficiência da instância recursal, está sendo feito um estudo junto ao
CPD da viabilidade da elaboração, assinatura e publicação dos pareceres das equipes de recurso
seja realizado integralmente no Portal do Candidato. Também está sendo gestado um projeto
piloto para a avaliação dos recursos da não homologação da documentação socioeconômica e
164
apuração de renda com vistas a acelerar ainda mais a avaliação destes recursos e a consequente
liberação de pareceres. Permitindo, desta forma, a ocupação definitiva de um maior número de
vagas antes da matrícula presencial dos calouros e, caso necessário, um maior número de
candidatos em cada um dos chamamentos para ocupação de vagas remanescentes. Ou seja,
buscando uma maior ocupação de fato das vagas ofertadas nos processos seletivos para ingresso
em cursos de graduação da UFRGS.
Importante ressaltar, ainda, que além das avaliações regulares, isto é, a dos candidatos
que enviam, dentro dos prazos estabelecidos, a documentação via Portal do Candidato, as
equipes envolvidas com as avaliações relativas ao Ingresso também necessitam prestar
informações para demandas judiciais de candidatos que, por algum motivo, tenham sido
renunciados e, consequentemente, perderam a vaga. Nesses casos, o Núcleo de Processos
Judiciais da PROGRAD é o responsável por solicitar as informações pertinentes às diferentes
equipes, conforme o caso específico de cada ação, e, então organizar a resposta e encaminhá-la
para a Procuradoria da UFRGS, que representa a universidade nas demandas judiciais. Juntar
as informações e organizá-las para que possam ser remetidas ao Núcleo de Processos Judiciais
é outra atividade que demanda tempo das equipes do ingresso e, consequentemente, diminui o
ritmo de avaliação e finalização das análises.
Registra-se, por fim, que o número de servidores envolvidos diretamente neste processo
como um todo continua não sendo suficiente para que ele possa ser concluído no prazo devido.
Ainda há muitos servidores envolvidos, principalmente nas etapas de avaliação, inicial e
recurso, acadêmico e socioeconômico/apuração de renda, que não são vinculados à
PROGRAD, ou seja, atuam apenas em épocas ou dias específicos na semana. A realização de
forças-tarefas é efetiva quando utilizada eventualmente, porém, não é o ideal para um processo
desta magnitude e importância para a UFRGS como um todo.
O Departamento em Consultoria em Registros Discentes (DECORDI) se organiza
em três divisões – Divisão de Vida Acadêmica (DIVA), Divisão de Emissão, Registro e
Revalidação de Diploma (DERD) e Divisão de Documentação e Arquivo (DIDA). As
atividades destas Divisões são coordenadas pela Direção do DECORDI.
A Divisão de Vida Acadêmica (DIVA) atua em questões relacionadas aos registros
acadêmicos de alunos de graduação, encaminhados pelas Comissões de Graduação,
especialmente nas correções de matrícula, registro de cancelamento de disciplina e trancamento
de semestre justificado e demais ajustes nos registros acadêmicos dos alunos, a fim de que os
relatórios, atestados, históricos e demais documentos acadêmicos reflitam adequadamente a
165
situação de cada aluno. Além disto, esta Divisão é responsável por todo processo que envolve
a matrícula de alunos especiais (desde a elaboração dos editais até o registro de matrícula) e
transferência interna por recálculo do argumento. Atua, também, na análise da documentação
acadêmica de todos os processos seletivos de ingresso, bem como em algumas etapas da
execução do Ingresso de Diplomados, Ingresso de pessoas em situação de refúgio e Processo
Seletivo Unificado.
A Divisão de Emissão, Registro e Revalidação de Diploma (DERD) é responsável pelo
registro e emissão dos diplomas de graduação UFRGS e apostilas de diplomas estrangeiros de
graduação, além de realizar o registro de diplomas de mais de 50 instituições não-universitárias.
Além disto, esta Divisão acompanha as etapas do processo de revalidação de diplomas
estrangeiros de graduação na plataforma Carolina Bori/MEC.
A Divisão de Documentação e Arquivo (DIDA) é responsável pelo acervo físico e
microfilmado de documentos de ingresso e documentos acadêmicos de graduação de alunos e
egressos da UFRGS ingressantes até o ano de 2016. A principal área de atuação desta Divisão
é na digitalização da documentação acadêmica em meio físico (pastas físicas) arquivados na
UFRGS e sua disponibilização em ambiente digital (pastas digitalizadas), que são
disponibilizadas através do Portal do Aluno.
Em 2019 o DECORDI atuou de forma mais concentrada em projetos com vistas a
qualificar algumas atividades deste Departamento. Destaca-se aqui a migração do atendimento
de alunos e egressos de cursos de graduação, até então realizados na Central de Atendimento
da PROGRAD, para a TUAUFRGS, contribuindo, assim, para o avanço da ação 3.4.1 do PG
“Criar a Central de Atendimento ao Aluno”. A migração, ocorrida em março de 2019, alterou
profundamente a configuração de trabalho das três divisões do DECORDI e exigiu um árduo
trabalho de mapeamento e catalogação de todos os serviços prestados por estes setores, trabalho
este iniciado em 2018, conforme consta no RAAI daquele ano.
A partir da abertura da Central do Aluno – TUAUFRGS - foi possível perceber
gradativamente a melhoria no desempenho das atividades do DECORDI e diminuição da
demanda externa de alunos, por todos os canais (presencialmente, por telefone ou e-mail), o
que permitiu que os servidores deste Departamento focassem no desempenho de suas atividades
de forma mais concentrada e sem interrupções. Adicionalmente, o Catálogo do Aluno
proporcionou um canal rápido, fácil e confiável de acesso às informações sobre os diferentes
serviços disponíveis aos alunos e egresso.
166
Neste sentido, aproveitando a fase de revisão dos processos e serviços a serem migrados
para a TUAUFRGS, foi realizado o mapeamento de todos os documentos produzidos pelo
DECORDI e disponibilizados aos alunos. Constatou-se que foi criada, ao longo dos anos, uma
cultura de produção de documentos personalizados aos alunos e egressos. Com isto, o
DECORDI produzia mais de 50 diferentes tipos de atestados e declarações, a maior parte deles
com informações semelhantes, e tinha uma demanda enorme de solicitações de produção de
documentos, já que estes atestados, por serem produzidos com as informações que o aluno
solicitava (personalizados), não eram disponibilizados de forma digital no Portal do Aluno.
Adicionalmente, os atestados disponíveis no Portal do Aluno para emissão digital estavam
incompletos e demandavam uma revisão e reformulação. Com base nisso, foi realizado um
levantamento dos tipos de informações solicitadas pelos alunos nos atestados produzidos pelo
DECORDI e estas informações foram incorporadas nos oito tipos de atestados digitais
atualmente disponibilizados através do Portal do Aluno.
Ainda sobre os projetos relacionados aos serviços prestados aos alunos, o DECORDI
revisou os processos físicos que tramitavam através do Protocolo Geral para identificar
potenciais processos que poderiam ser migrados para tramitação no SEI e peticionamento
eletrônico. Em parceria com a equipe do Protocolo, foi definida a migração dos seguintes
processos para o SEI: Emissão e registro de Diploma, Aluno Especial – documentação
complementar para matrícula, Ingresso de pessoas em situação de refúgio, Transferência para
outra IES (peticionamento), Licença por motivo de casamento (peticionamento), Licença
doença ou falecimento familiar (peticionamento), Atualização de dados cadastrais
(peticionamento), Antecipação de colação de grau (peticionamento) e Desistência de vaga em
curso (peticionamento).
Outro foco do DECORDI e PROGRAD em 2019 foi melhorar o processo de matrícula
de calouros. O primeiro passo para esta melhoria foi a entrada em vigor da nova redação da
Resolução 11/2013, realizada pela CAMGRAD/CEPE com a colaboração da PROGRAD. As
novas regras da Resolução alteraram a configuração da matrícula de calouros, limitando a
apenas um período de matrícula (pelos menos nos dois anos anteriores - 2017 e 2018 – houve
diversos períodos de matrícula, inclusive no decorrer do semestre, com as aulas já em
andamento). Em relação à matrícula, o CPD disponibilizou em 2018/1, apenas para uso do
DECORDI, uma interface de sistema de vínculo que otimizou muito a realização de vínculo de
matrícula provisória, diminuindo o processo, que manualmente levava cerca de 5 minutos (para
cada candidato) para ser feito, para aproximadamente 1 minuto/candidato. Em uma realidade
167
em que era necessário fazer de 700 a 1000 vínculos por semestre, é uma redução significativa
no tempo e número de servidores alocados para esta atividade. Em 2019/1 foi possível liberar
esta interface, com algumas limitações, para uso das COMGRADs. Isto praticamente eliminou
o problema de conceder vínculo para todos os candidatos aptos à matrícula provisória antes do
período de matrícula, sem a certeza de que iriam comparecer para matrícula. Para
contextualizar, nos anos anteriores o DECORDI vinculava todos os candidatos indicados para
matrícula provisória dias antes da matrícula, para agilizar o trabalho na COMGRAD (caso
contrário, a COMGRAD teria que ligar para o DECORDI no momento em que o candidato
estivesse presente para realizar a matrícula, solicitar o vínculo – processo que levava cerca de
5 minutos – e somente após poderia finalizar o processo de matrícula). Após a matrícula, o
DECORDI tinha que verificar toda a lista de candidatos novamente e excluir o vínculo dos que
não compareceram. A interface de vínculos de matrícula provisória não resolve, mas minimiza,
os problemas de matrícula. O CPD está trabalhando em melhorias nesta interface e para 2020/1
deverá ter novas funcionalidades. Tendo em vista as mudanças constantes na matrícula (nova
legislação, nova interface no sistema) e a complexidade das regras (matrícula regular,
provisória, judicial, candidatos PCD que exigem espaço físico ou atendimento diferenciado,
etc.), o DECORDI passou a oferecer capacitação semestral para as COMGRADs e Núcleos
Acadêmicos sobre a matrícula de calouros, e este foi um espaço muito importante para o
esclarecimento de dúvidas e para transmitir mais segurança aos servidores que trabalham nesta
atividade.
Em 2019, com a mudança na Resolução 11/2013 do CEPE e a criação de uma nova
etapa de matrícula de veteranos, foi necessário rever uma parte do sistema de matrícula para
viabilizar a implementação das novas regras. Devido aos demais projetos da PROGRAD para
o ano, optou-se por trabalhar junto ao CPD na criação da interface de Matrícula de Inclusão e
na criação de duas novas funcionalidades de registro no Sistema de Graduação (Cancelamento
Justificado e Trancamento Justificado).
O DECORDI trabalhou no mapeamento de Ingresso de Diplomado junto ao Escritório
de Processos e CPD, com vistas a modificar futuramente a forma como este processo seletivo
é executado. O Ingresso de Diplomado é ofertado duas vezes ao ano e tem mais de 1500
candidatos inscritos em cada edição. No entanto, é um processo seletivo realizado através de
processo administrativo físico, desde a etapa de inscrições, elaboração de edital, seleção e
apresentação da documentação de ingresso. O intuito do mapeamento é possibilitar a
visualização do processo como um todo e otimizá-lo, revisando todas as etapas, eliminando as
168
desnecessárias e corrigindo/criando etapas mais adequadas e propor a migração deste processo
para um sistema próprio e digital.
Por fim, em 2019 o DECORDI coordenou projeto junto ao CPD com vistas a adequar o
diploma e histórico de graduação à Portaria 1.095/2018 do MEC. A Portaria estabeleceu as
novas regras para registro, expedição e publicização dos diplomas de graduação e as
informações obrigatórias que devem constar nos diplomas e históricos de graduação.
O Departamento de Cursos e Políticas de Graduação (DCPGrad) tem como
principais objetivos assessorar o planejamento e desenvolvimento dos processos pedagógico-
administrativos dos Cursos de Graduação existentes e novos, especialmente em relação aos seus
Projetos Pedagógicos de Curso (PPC), propondo e acompanhando professores e gestores. O
Departamento desenvolve ações em parceria com os cursos de graduação através dos Núcleos
Docentes Estruturantes (NDEs) e COMGRADs, implementando programas e políticas para as
graduações presenciais e a distância, regulares e especiais, operacionalizando-as por meio de
três divisões: Divisão de Cursos, Divisão de Políticas e Divisão de Estágios e Convênios.
Considerando o PDI e o PG, as ações vinculadas ao Departamento atenderam a
comunidade universitária, estudantes e servidores técnicos e docentes, contribuindo com o
oferecimento de cursos e eventos, de forma presencial e a distância, através de capacitações
desenvolvidas em parceria com a EDUFRGS, com a SEAD, com a RELINTER, com a CAF,
com o DEDS. Na parceria com SEAD oferecemos dois eventos, em setembro e novembro, que,
além de transmissão ao vivo, contou com a gravação disponibilizada no canal do YouTube da
TV UFRGS. Importante registrar que os cursos foram pensados para atender colegas distantes
que somente poderiam participar através de link ou de gravação por estarem distantes
fisicamente do local ou por impossibilidade de estar sincronamente vinculado ao evento. Para
2020 teremos como foco fortalecer o uso dos espaços institucionais digitais bem como daremos
prosseguimento nas parcerias, convergindo esforços para intensificar as ações pedagógicas
vinculadas a esse Departamento.
Ações de fortalecimento das inovações curriculares e das alterações curriculares para
atender as Diretrizes da Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER) foram pautadas pelo
convite à colegas com expressivo conhecimento da temática: Inovações Curriculares na
Educação Superior, com a Profª Maria de Lurdes Correia Fernandes, professora catedrática da
Faculdade de Letras e uma das Vice-Reitoras da Universidade do Porto, em Portugal, dia 05 de
setembro; e Pesquisa, Educação e Divulgação das Ciências para as Relações Étnico-Raciais e
de Gênero, com o Prof. Alan Alves Brito, do Instituto de Física da UFRGS, dia 28 de novembro
169
de 2019. O mesmo aconteceu com a temática “Avaliação da Aprendizagem na Graduação:
Recuperação e Revisão de Conceito”, em que professoras de diferentes áreas da UFRGS foram
convidadas a participar. Nesta atividade oportunizamos o uso de ferramentas livres
(ETHERPAD e QRCODE) para não só editarmos just in time o texto escrito colaborativamente
através do celular dos professores presentes, mas também registramos as perguntas enquanto
ainda estávamos “palestrando”, oferecendo agilidade e intensidade, bem como o próprio
registro do texto para futuro acesso por todos inclusive por nós, como um FAQ da Avaliação
que será finalizado com a ajuda das professoras colaboradoras ainda no ano de 2020.
O Seminário da Graduação é um evento em que vários cursos são previstos, entre eles
o de Avaliação. No entanto é preciso citar, também, outros em formato de capacitação com
parceria da EDUFRGS tais como: Alterações Curriculares, Planos de Ensino, Oferecimento e
ajuste de atividades de ensino, Por Que Ofertar Ples? Este último está alinhado aos preceitos
que da ação 1.1.3. do PG “Criar o programa Escola de Verão e Inverno”, pois que indica a
oportunidade de ensino de curta duração para estudantes da UFRGS em período de férias
escolares. Também, na mesma perspectiva, podemos citar o curso sobre “Atividades de ensino
em inglês e outras LAs na Graduação”, oferecido com apoio da RELINTER, contribuindo com
a ação 1.3.3 do PG “Ampliar o oferecimento de disciplinas de Graduação e Pós-Graduação em
idioma estrangeiro”. Em consonância a ação 1.1.4. do PG “Criar Programa de Tutoria e
Acompanhamento Discente”, ofertamos o curso “Monitorias regulares: como melhorar os
fluxos?” visando a melhoria do desempenho acadêmico em ações integradas.
Avançando na ação 1.2.1 do PG “Criar o Núcleo de Disciplinas Interdisciplinares na
Graduação”, a PROGRAD constituiu em 2019 o Grupo de Trabalho Interdisciplinaridade, por
meio da portaria número 5.753 de 10/07/2019, com o objetivo de elaborar uma proposta sobre
normatização do oferecimento de Disciplinas Interdisciplinares na UFRGS. O GT, composto
por representantes do Departamento de Cursos e Políticas da Graduação/PROGRAD,
Coorlicen/PROGRAD, Coorsaúde/PROGRAD, CAMGRAD, entre outros docentes da
Universidade com experiência em disciplinas interdisciplares, desenvolveu uma proposta de
normatização a qual está tramitando nas instâncias da Universidade.
Em 2019 a Pró-Reitoria também constituiu o GT Glossário da Educação (portaria 7626
de 17/10/2019) criado para desenvolver um material de fácil acesso aos cursos para uso
especialmente na criação e/ou atualização de seus PPCs. Na esteira dessa demanda, de um
material com informações não só claras, mas precisas sobre termos usados na condução dos
trabalhos das graduações podemos contar, também no GT, com um aluno bolsista do curso de
170
Engenharia de Produção que, em parceria com o Escritório de Processos, nos auxiliou no
mapeamento dos fluxos internos.
Importante destacar que a PROGRAD, enquanto responsável pelo Programa de
Atividades de Aperfeiçoamento Pedagógico (PAAP), na parceria com a SEAD e a EDUFRGS,
aperfeiçoou e atualizou o sistema de acolhida dos novos professores a fim de possibilitar
conhecimento global da Universidade (4.3.5.Reestruturar o Programa de Atividades de
Aperfeiçoamento Pedagógico (PAAP) com vistas a atender às necessidades de aperfeiçoamento
dos professores ingressantes). O referido documento se encontra com Plano de Ação já
desenvolvido que será finalizado ainda no primeiro semestre de 2020.
Cabe o registro de que o tema ERER (Educação para as Relações Étnico-Raciais) esteve,
no ano de 2019, vinculado não só à palestra realizada em novembro, como contribuição da
PROGRAD para com o Novembro Negro, mas também em um ofício conjunto SAI e
PROGRAD sobre a necessária atualização dos PPCs para atender ao ERER. Buscamos, ainda,
enquanto Departamento, fortalecer o conhecimento de que o ERER é um dos critérios
observados quando da avaliação do curso pelo INEP
(http://download.inep.gov.br/educacao_superior/avaliacao_cursos_graduacao/instrumentos/20
17/curso_reconhecimento.pdf).
A Divisão dos Cursos de Graduação (DCGRAD) realizou, além do acompanhamento
pedagógico aos cursos, o controle do espaço físico compartilhado por diversas Unidades
Acadêmicas nos prédios gerenciados pela PROGRAD e disponibiliza as salas não ocupadas
pela graduação para atividades diversas – aulas de pós-graduação, atividades extraclasse,
eventos organizados pela comunidade acadêmica da UFRGS, atividades de extensão, dentre
outros. Há também o acompanhamento do oferecimento de Turmas em cada semestre letivo da
graduação via Sistema “Módulo Turma”. Essa ação, mais concentrada em períodos de início de
semestre, requer constante planejamento e replanejamento, pois vários fatores devem ser
atendidos. A fim de otimizar este processo, está sendo desenvolvido um documento dos
oferecimentos desses espaços, de 2011 a 2019/2, para não só contribuir para a compreensão das
demandas já existentes, mas especialmente fortalecer a previsibilidade e prioridades aos futuros
oferecimentos desses espaços físicos gerenciados pela DCGRAD.
Ao mesmo tempo lembramos que as capacitações e formações de assuntos vinculados
a essa Divisão, tais como Alterações Curriculares, Planos de Ensino e Projetos Pedagógicos de
Cursos passaram a ser oferecidos através da direção, não só pela diminuição dos servidores na
Divisão, ocorrida em anos anteriores, mas também pela falta de colegas com conhecimento
171
pedagógico para assumi-la. Essa reorganização fragiliza a Divisão no momento em que deixa
de dialogar diretamente com os técnicos responsáveis pelo acompanhamento aos departamentos
e cursos, principais articuladores entre a assessoria pedagógica prestada e o resultado dessa
assessoria realizado e documentado, sendo a CAMGRAD também um importante balizador
desse investimento pedagógico. Para o ano de 2020, a PROGRAD pretende manter as
requisições de ampliação do quadro de servidores, bem como construir junto a equipe uma
estratégia de reorganização que possibilite sanar a carência identificada na Divisão de Cursos
sem prejuízo de outras atividades. Acreditamos que, para 2020, possa-se avançar em um estudo
sobre os fluxos através do sistema SEI, qualificando os documentos ali dispostos. Isso porque,
prevê-se para o próximo ano um quantitativo considerável de demandas de atualizações
curriculares dos cerca de 100 cursos da Universidade, principalmente, mas não somente, para
a Curricularização da Extensão. Ainda neste tema, a PROGRAD constituiu, em 14/12/2018,
através da portaria número 10184/2018, um Grupo de Trabalho composto por membros da
Câmara de Extensão, CAMGRAD, PROREXT, Fórum de COMGRADs, Departamento de
Cursos e Políticas da Graduação/PROGRAD e Coordenadoria de Licenciaturas/PROGRAD,
para discutirem e proporem regramento que, após aprovado pelo CEPE, disciplinará a
implementação da curricularização da extensão nos cursos de graduação da UFRGS em
atendimento à Resolução CNE/CS n° 7 de 18/12/2018, a qual apresenta diretrizes que
regulamentam as atividades acadêmicas de extensão dos cursos de graduação. Tal GT
promoveu, ao longo de 2019, diversos seminários e mais de 30 reuniões em todas as unidades
acadêmicas da UFRGS, buscando informar as propostas e coletar sugestões à mesma. O
relatório final do GT, com a proposta, será submetido ao CEPE em dezembro do corrente ano.
No tocante à excelência da aprendizagem, promovemos ações pedagógicas
considerando a necessária aproximação e a interação entre as diferentes áreas de conhecimento,
fomentamos a oferta de atividades acadêmicas transversais e/ou interdisciplinares,
promovemos ações de interação da comunidade acadêmica, independentemente de unidade ou
de campus, e incentivamos a adoção de novas estratégias, práticas, tecnologias e espaços de
aprendizagem e de ensino. As ações foram propostas para qualificar as reestruturações
curriculares, considerando os preceitos da legislação e do aperfeiçoamento do percurso
formativo na Universidade. Prevê-se, para 2020, realizar o Seminário da Aprendizagem,
enquanto novas formas de ensinar e de aprender em tempos de cultura digital e mídias móveis
impactando os processos pedagógicos de nossos estudantes e professores.
172
A Divisão de Estágios da Graduação, DEMADCPG, é responsável pelo registro dos
estágios não-obrigatórios no Sistema de Estágios da UFRGS, pela assinatura e
acompanhamento dos Termos de Compromisso de estágio, bem como a atividades relacionadas
aos convênios com instituições para fins de Estágio (curricular e não-curricular).
No ano de 2019 o setor, em parceria com a Coordenadoria de Planejamento da
Graduação, implementou um projeto de migração do atendimento ao aluno sobre Estágios para
a TUAUFRGS, contribuindo fortemente na ação 3.4.1 do PG “Criar a Central de Atendimento
ao Aluno”. A migração dos Estágios é complexa devido às peculiaridades do processo e
diferenças entre requisitos e documentações das diferentes modalidades de estágios e de que,
até então, se assinava os Termos de Compromisso de Estágios no momento em que o aluno o
apresentava à Divisão de Estágios na Graduação, prática rara, senão inexistente, entre
instituições de ensino públicas ou privadas. Com a migração para a TUAUFRGS, o aluno perde
a possibilidade de ter a assinatura na hora, mas ganha com a ampliação no horário de
atendimento (as unidades da TUAUFRGS não fecham no horário do almoço e tem horário
estendido no fim da tarde) e local (a TUAUFRGS tem sede nos campi Centro, Vale e Litoral
Norte). O uso do Catálogo do Aluno também traz vantagens por se ter todas as informações em
um mesmo ambiente digital, bem como o uso do sistema de atendimento OTRS qualifica o
atendimento, garantindo transparência e segurança para todos envolvidos no processo. O
projeto de migração foi executado ao longo do ano, com fases que envolveram a preparação do
conteúdo do catálogo, reuniões e treinamentos com a TUAUFRGS, observação “in loco” da
equipe TUAUFRGS ao dia-a-dia do atendimento, ampla divulgação à comunidade
universitária, sendo a data de início dos atendimentos na TUAUFRGS dia 02/12/2019.
Em continuidade aos planos de otimização dos processos de trabalho da Divisão de
Estágios na Graduação, o grupo vem trabalhando para a migração dos convênios para o SEI, de
forma a contribuir também com a ação 4.4.3 do PG “Implantar processo eletrônico para todos
os processos administrativos”. A primeira reunião específica sobre o processo já foi realizada
junto ao Protocolo Geral da UFRGS e um plano de ação já foi traçado, prevendo-se efetivar a
migração nos próximos meses.
Em complementaridade a mesma ação, retiramos a obrigatoriedade do Parecer da
COMGRAD para estágios das Licenciaturas e mapeamos os fluxos e procedimentos relativos
ao estágio obrigatório. Ao final desse ano de 2019, estabelecemos parceria com o curso de
Bacharelado em Desenvolvimento Rural (PLAGEDER) para o desenvolvimento de um projeto
piloto para migrar a assinatura dos Termos de Compromisso de estágios para o SEI, de modo a
173
qualificar tal procedimento com os polos a distância, o que, obtendo sucesso, pretendemos
estender a todos os outros cursos em 2020.
A Divisão de Políticas de Graduação (DPGRAD) sistematiza o planejamento e o
acompanhamento da execução dos Programas Acadêmicos, objetivando manter e fomentar
novos Programas em consonância com a política de ensino da UFRGS prevista no PDI, 2016-
2026 tais como o Programa de Apoio a Graduação, o Programa de Monitorias Acadêmicas, o
Programa de Educação Tutorial (PET)/SESu-MEC, o Programa de Mobilidade Acadêmica
Nacional ANDIFES, além das mobilidades específicas dos Internatos do curso de Medicina e
o Programa de Estudantes Convênio da Graduação- PEC-G. A DPGRAD atua em parceria com
a SEAD e EDUFRGS, bem como outros órgãos da Universidade, junto ao Programa de
Atividades de Aperfeiçoamento Pedagógico (PAAP), bem como o Programa de Apoio à
Graduação da UFRGS (PAG).
As ações relacionadas ao Acompanhamento Discente têm sido retomadas em 2019 com
celeridade e significativo engajamento dos setores interessados, especialmente a PRAE e o
INCLUIR. A retomada em 2019 do GT Acompanhamento permitiu a reabertura do diálogo
institucional e o esclarecimento das estratégias adotadas por cada setor no âmbito do
acompanhamento de seus públicos específicos atendendo o item 1.1.4 do PG (Criar Programa
de Tutoria e Acompanhamento Discente). Permitiu, também, uma concatenação das ações com
o GT Saúde Mental que também decidiu por criar um documento orientador para as
COMGRADs de forma independente do GT Acompanhamento, mas que complementa a
iniciativa desse. A participação do Departamento de Gestão Integrada (DGI/PROPLAN) como
articulador de diálogos entre COMGRADs e, posteriormente, entre PRAE e PROGRAD está
sendo fundamental para a construção do Sistema de Acompanhamento Discente.
A reestruturação das monitorias acadêmicas, criando as Monitorias de
Acompanhamento Discente, no ano de 2018 e integrando às anteriormente conhecidas
Monitorias Especiais (Monitoria Indígena, Monitoria PEC-G, Monitoria PAG), possibilitou a
simplificação dos fluxos de registro e concessão, além de permitir um melhor aproveitamento
da disponibilidade orçamentária das monitorias em conformidade com o PG (1.1.4. Criar
Programa de Tutoria e Acompanhamento Discente). A integração com o Processo Eletrônico
(SEI) do conjunto geral das monitorias (Monitorias de Atividades de Ensino e Monitorias de
Acompanhamento Discente) em 2019 também está permitindo uma revisão gradual semestral
dos procedimentos de ambas modalidades. A participação da SEAD na coordenação e gestão
das Monitorias de Atividades de Ensino têm possibilitado, também, a retomada do GT
174
Monitorias (neste caso, das Monitorias de Atividades de Ensino) em 2019, objetivando a
atualização e revisão da Instrução Normativa das Monitorias de Atividades de Ensino de forma
a aprimorar a gestão e o funcionamento destas e a complementaridade com as Monitorias de
Acompanhamento Discente.
A Divisão de Políticas de Graduação (DPGRAD) desenvolveu em 2018 o Projeto das
Tutorias Acadêmicas no formato de Projetos Piloto, contando com a participação de 10 Projetos
e cerca de 25 bolsistas que desenvolveram ações de tutorias de reforço acadêmico com
diferentes enfoques e Cursos, contemplando o PG (1.1.4. Criar Programa de Tutoria e
Acompanhamento Discente). Ao longo do ano de 2018 e parte de 2019 as monitorias
acadêmicas em geral, as tutorias e o acompanhamento discente em particular sofreram (em
nível e escala próprios) dos problemas que estão enraizados nas práticas e gestões da
Universidade. O primeiro e mais fundamental problema diz respeito a dificuldade da
Universidade e, em especial da PROGRAD, em dispor de infraestrutura, pessoal e condições
gerais, conforme já descrito no RAAI de 2018, para o enfrentamento dos desafios que se
apresentam à medida que a complexidade e a demanda do público (especialmente da
Graduação, incluindo aí o ingresso) aumentam. Na ausência de condições e na precária
infraestrutura, não resta aos gestores senão remediar os problemas emergenciais, o que acarreta
em prejuízos aos projetos em desenvolvimento e indiretamente dificulta a existência de
momentos e condições para a reflexão e revisão dos processos e práticas existentes. As
monitorias e o acompanhamento discente sofreram pesadamente os impactos decorrentes da
priorização do ingresso, tanto em deslocamento de pessoal, quanto na priorização de recursos
de TI. A emergência se fazia necessária, não há dúvida, mas as consequências e suas marcas
permanecem. A equipe responsável pelas implementações das monitorias e do
acompanhamento discente acabou sendo deslocada para atuação junto ao ingresso,
sobrecarregando e atrasando as melhorias planejadas que redundariam no aumento da taxa de
sucesso acadêmico, minimizando a evasão e retenção o que teria efeitos fortemente positivos
sobre o orçamento da Universidade, que também depende do número de concluintes.
A Divisão de Políticas de Graduação entende que, após algumas reformas e
reestruturações, a PROGRAD conseguiu liberar novamente em 2019 uma parte da equipe para
retomar as melhorias e implementações, com todos os prejuízos decorrentes da perda de
oportunidades de alinhamentos institucionais e dos canais de diálogos estabelecidos à época
anterior aos deslocamentos. Diante das novas disposições de pessoal, retomou-se contatos com
os diversos setores envolvidos com o acompanhamento discente para a revisão e implementação
175
de diretrizes gerais com o intuito de orientar as COMGRADs e demais atores no que tange o
acompanhamento discente. As monitorias estão em processo de retomada da reestruturação
normativa, etapa essa que antecede a revisão dos critérios de concessão e demais medidas de
fluxos administrativos. Infelizmente, a equipe das monitorias, por ter tido servidores deslocados
permanentemente para a atuação junto ao ingresso, não teve condições operacionais de dar
continuidade às Tutorias Acadêmicas, sendo somente implementadas na forma de Projeto-
piloto. No decorrer do ano de 2019, surge novo impedimento oriundo da realocação de recursos
por parte da PRAE (fonte orçamentária das bolsas de Tutoria), que solicitou em retorno as
bolsas utilizadas anteriormente nas Tutorias para implementação de ações de assistência e
acompanhamento por parte da CAF.
A Coordenadoria das Licenciaturas (COORLICEN), órgão Colegiado vinculado a
PROGRAD, é responsável pela articulação interna dos Cursos de Licenciatura quanto à
formação inicial e continuada de professores, em conexão com Escolas e Institutos Centrais,
Faculdade de Educação, Colégio de Aplicação, e em sintonia com as Secretarias e Conselhos
de Educação do Estado e Municípios, representantes sindicais e patronais da Educação Básica
do Estado do Rio Grande do Sul. A Coordenadoria tem como objetivo principal o trabalho de
Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica, para a
implementação e monitoramento das políticas nacionais, estaduais e institucionais que regem
esta formação de nível superior.
A COORLICEN é constituída por três Núcleos Operacionais:
I. Núcleo de Desenvolvimento das Licenciaturas: foco na formação inicial de
professores - responsável pela implementação e pelo acompanhamento dos projetos envolvendo
os docentes da UFRGS e de instituições parceiras, para fomentar a docência colaborativa e a
interdisciplinaridade na ação docente, visando à melhoria contínua dos Cursos de Licenciatura
da UFRGS. Pertencem a este Núcleo:
• (I.1) O Observatório das Licenciaturas: locus de consulta e de aconselhamento na
prospecção de um banco de dados relacionados aos docentes, discentes e currículos
das Licenciaturas/UFRGS para subsidiar os processos de atualização e alterações
curriculares.
176
• (I.2) Laboratório Interdisciplinar de Formação de Professores (LIFE /UFRGS):
constituído como ambiente multicultural e interdisciplinar, foco na prática na
formação inicial de Professores, e:
• (I.3) Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI – CAPES): selecionar projetos
de parceria universitária entre cursos de licenciatura de universidades brasileiras e
universidades portuguesas visando à realização de graduação sanduíche de
estudantes brasileiros.
• (I.4) Grupo de trabalho sobre o Projeto Pedagógico de Formação de Professores
para as Licenciaturas da UFRGS (GT PIL): A considerar-se uma das competências
da COORLICEN, em consonância com o disposto no Art. 4º, Inciso II de seu
regimento interno: “ articular a formulação, o acompanhamento e a avaliação do
Projeto Político Pedagógico Institucional de Formação de Professores da UFRGS”,
e diante das Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação Inicial e Continuada
dos Profissionais do Magistério da Educação Básica, neste momento de formulação
de novas políticas educacionais, decidiu-se que é necessário repensar
institucionalmente a formação de professores no âmbito do “Projeto Político-
Pedagógico Institucional de Formação de Professores da UFRGS” na busca de
atender a legislação vigente e adequar-se à realidade institucional no âmbito das
Licenciaturas da UFRGS, na busca de uma identidade para estas.
• (I.5) GT Dimensões: O GT Dimensões, constituído em setembro de 2019, busca
refletir sobre as dimensões Direitos Humanos, Educação Ambiental, Educação
Inclusiva e Educação para as Reações Étnico Raciais na formação dos licenciandos
da UFRGS e propõe, a partir de atividades diversas, um revisitar dos cursos de
Licenciatura no que se refere ao Projeto Pedagógico dos Cursos (PPCs). Busca a
ampliação de discussões diretas ou indiretas sobre as temáticas citadas nas
arquiteturas curriculares em alteração, decorrentes da Resolução CNE/CP nº 2, de
1 de julho de 2015 e legislações pertinentes às dimensões propostas, aliada aos
pressupostos do Plano de Desenvolvimento Institucional da UFRGS para a
formação inicial de professores e perfil do egresso.
• (I.6) GT Curricularização da Extensão nas Licenciaturas: Grupo de Trabalho criado
junto ao Plenário da COORLICEN para promover a curricularização dos 10% da
carga horária de extensão nos Cursos de Licenciatura da UFRGS, em atendimento
à resolução CNE/CS n° 7 de 18/12/2018, citada anteriormente.
177
II. Núcleo de Formação de Professores, direcionado à formação continuada de
professores: objetivo abrigar projetos que envolvam o Ensino, a Extensão e a Pesquisa voltados
para a formação inicial e continuada de professores. Constituído pelo Projeto Adote uma
Licenciatura na Escola, no aguardo de relatório e definição quanto à reedição.
III. Núcleo de Incentivo e Iniciação à Docência: direcionado à prática na formação
inicial de educadores, objetivou a implementação e acompanhamento de projetos e/ou
programas voltados à formação de professores para atuação na Educação Básica. Integram este
Núcleo:
• (III.1) Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência da
UFRGS (PIBID/UFRGS): ações no âmbito da Educação Básica para
articular teoria e prática na formação inicial;
• (III.2) Programa de Incentivo aos Estágios de Docência da UFRGS
(PIED/UFRGS), composto pelos Estágios de todas as Licenciaturas da
UFRGS;
• (III.3) Programa de Residência Pedagógica
As ações desenvolvidas pela COORLICEN com maior destaque em 2019 visam à
articulação e diálogo entre os cursos de Licenciatura UFRGS a considerar-se as mudanças
curriculares implementadas pelos Cursos em todas as suas dimensões, em consonância com as
políticas e legislação da Educação Básica, o PDI e o PG da UFRGS.
Essas ações podem ser divididas em três eixos: processos gerais; cursos de licenciaturas;
e, formação de professores.
Processos gerais COORLICEN
Quanto o aspecto estrutural e organizacional da Coorlicen em termos de suas redes de
comunicação e fluxos de informações intersetoriais, ao longo do ano de 2019, buscou-se
diálogos entre os setores, bem como participação em fóruns, para proporcionar melhorias no
que se refere ao atendimento das demandas e a agilidade ao acesso de informações pertinentes
à instituição e seus partícipes. Como ações e estratégias para 2020, prospecta-se a manutenção
do fluxo de informações intersetorial; e ampliar a participação em fóruns pertinentes às
licenciaturas, tais como o Fórum de COMGRADs.
Quanto as reuniões ordinárias e extraordinárias da Comissão Executiva e do Plenário da
Coordenadoria, foram realizadas reuniões deliberativas com estímulo a participação dos
178
integrantes em grupos de trabalho e comissões. Promoveu-se, também, constantemente, a
atualização e nomeação do Plenário da COORLICEN, e ampliação dos membros externos e de
sua participação nas sessões e nas ações da COORLICEN e dos Projetos que integram os
Núcleos Operacionais. Como ações e estratégias para 2020, prospecta-se a alteração do
regimento interno da Coorlicen; manter a realização de no mínimo oito sessões do Plenário da
COORLICEN, seis ordinárias e duas plenas; ampliar a participação em editais de fomento
externos e internos voltados às Licenciaturas, com o apoio do Plenário; ampliar a formação de
grupos de trabalho e comissões, com o apoio do plenário, para tratar de demandas específicas.
Quanto a Equipe de Gestão COORLICEN, manteve-se a cota de bolsa aperfeiçoamento
PRAE para apoio ao administrativo do PIBID e à coordenação institucional do Programa;
apontamos e reforçamos à solicitação de um Servidor Assistente em Administração para a
COORLICEN, uma vez que há necessidade de ações que se associam e complementam em
termos de funções administrativas, cotidianas, com as ações do TAE na participação dos
projetos, programas, comissões e grupos de trabalho que integram os Núcleos Operacionais da
COORLICEN e ações vinculadas aos currículos das Licenciaturas. Como ações e estratégias
para 2020, prospecta-se a manutenção do pedido de servidor assistente em Administração para
a COORLICEN e manutenção da cota de bolsa aperfeiçoamento PRAE.
Cursos de Licenciaturas: desenvolvimento das licenciaturas
Ao longo do ano de 2019, promoveu-se a revisão dos Currículos das Licenciaturas junto
às Comissões de Graduação (COMGRADs), Núcleos Docentes Estruturantes (NDEs) e
Plenário da COORLICEN, com o acompanhamento através de visitas in loco as COMGRADs
e NDES das Licenciaturas. Esta ação foi citada no RAAI 2018 como uma necessidade de
melhoria futura, pois visa atender às resoluções supracitadas CNE/CP n° 2 de 01 de julho de
2015 e CNE/CS n° 7 de 18 de dezembro de 2018, ressaltando-se que esta última é foco da ação
1.2.2. do PG “Inserir créditos de extensão em cursos de Graduação e Pós-Graduação”.
Ainda estão em processamento ajustes relativos a alguns aspectos quanto aos PPCs e
registros de alguns Cursos. Mapeamentos qualitativos das cargas-horárias dos cursos de
licenciatura revelaram que estes estão adaptados à legislação vigente, necessitando registros no
sistema de graduação da universidade e no sistema de extensão, tal como preconiza a minuta
de Resolução da Extensão na Graduação. Quanto à multidisciplinaridade e à
interdisciplinaridade constituírem os currículos das Licenciaturas, em consonância à ação 1.2.1
do Plano Gestão “Criar o Núcleo de Disciplinas Interdisciplinares na Graduação”, foram
levantadas, junto ao Departamento de Cursos e Políticas da Graduação (DCPGRAD) e
179
apresentadas ao Plenário da Coordenadoria, as disciplinas de caráter interdisciplinar que
possam compor os currículos dos diferentes cursos das licenciaturas. Uma normativa específica
na UFRGS para a criação das mesmas, encontra-se em processo, a partir do GT
Interdisciplinaridade, supracitado, do qual a coordenação da Coorlicen participou.
Quanto aos cursos de Licenciaturas em EaD, ao longo do ano de 2018, foram realizadas
discussões relacionadas às especificidades dos cursos em andamento, já havendo perspectiva
de criação de novos cursos por parte dos docentes do Litoral Norte e Campus Central, em
consonância à ação 1.4.2 do PG “Criar novos cursos de graduação, pós-graduação e extensão
na modalidade a distância”, o que gerou mapeamento das necessidades de vagas docentes. Em
2019, foram criados no âmbito da SEAD novos cursos de educação à distância na modalidade
Programa Especial de Graduação (PEG), o Curso de licenciatura do Campo – Ciências da
Natureza POA, com nova turma prospectada, também, está em processo de avaliação para
tornar-se permanente. Os cursos de Matemática EAD, Licenciatura Informática e Licenciatura
em Saúde Coletiva perpassaram reflexões, necessitando de maior discussão quando a Coorlicen
for chamada para maiores discussões. Como ações e estratégias para 2020, prospectamos a
continuidade dos diálogos com as COMGRADS, NDEs e Plenário da COORLICEN, para as
adaptações curriculares.
Quanto ao assessoramento e acompanhamento de projetos, programas, comissões e
grupos de trabalho que integram o Núcleos Operacionais da COORLICEN destacam-se as
seguintes ações no ano de 2019:
• Em consonância à ação 1.2.2. do PG “Inserir créditos de extensão em cursos de
Graduação e Pós-Graduação” foram realizadas as seguintes ações: criação do GT
Curricularização da Extensão nas Licenciaturas da UFRGS; realização de
Seminários relacionados à Curricularização da Extensão nas Licenciaturas;
reuniões de discussão da Minuta de Resolução da Curricularização da Extensão na
UFRGS e proposição de sugestões à Comissão de Curricularização da Extensão na
Graduação da UFRGS;
• Criação de grupo de Trabalho para promover a discussão sobre a Educação para as
Relações Étnico Raciais (ERER), Educação Ambiental, Inclusão de pessoas com
Deficiência e Direitos Humano nos currículos das Licenciaturas - GT Dimensões -
e realização de Seminário para tratar destas temáticas nos currículos.
180
• Participação da Coordenação da COORLICEN nos eventos institucionais
relacionados às ERER, à curricularização da extensão e no GT da criação de
disciplinas interdisciplinares na UFRGS, citados anteriormente.
• Reativação do GT PIL (Projeto Institucional Licenciaturas) para releitura e
adaptações no que se refere ao Projeto Pedagógico de Formação de Professores para
as Licenciaturas da UFRGS, em se tratando das legislações vigentes e da identidade
das Licenciaturas, contemplando as especificidades das áreas de conhecimento e
dos Campi.
• alinhado às ações do PG 1.2.2, supracitada, bem como às ações 1.2.3 “Promover e
criar redes de colaboração em pesquisas multidisciplinares e transversais” e 3.3.5
“Desenvolver e implementar estratégias de acompanhamento e avaliação do
Egresso” realizou-se a reativação do Observatório das Licenciaturas com foco na
pesquisa sobre os egressos das Licenciaturas, execução de projeto de pesquisa
piloto para análises relativas aos egressos como forma de assessorar às
COMGRADs e NDEs em seus processos de adaptações curriculares,
principalmente no que se refere à curricularização da extensão e o atendimento das
temáticas discutidas no âmbito do GT Dimensões e de suas ações. Como ações e
estratégias para 2020 prospecta-se criação de um banco de dados para as
Licenciaturas da UFRGS.
• Em consonância com o PG – objetivo 1.3 “Ampliar a internacionalização” e ação
1.4.6 “Incrementar as modalidades de graduação e pós-graduação com instituições
estrangeiras” – realizou-se o assessoramento e acompanhamento, quando solicitado
pela coordenação institucional, do Programa de Licenciaturas Internacionais,
Projeto PLI Matemática, em parceria com a Universidade de Évora, nos anos de
2018 a 2020, seis acadêmicos em Graduação Sanduíche.
Outras ações neste âmbito para 2020: realização de um Seminário sobre os Currículos
das Licenciaturas; e Seminário sobre o Projeto Pedagógico de Formação de Professores para as
Licenciaturas da UFRGS que já se encontra em discussão e estudo pelo GT PIL, na busca de
uma identidade UFRGS para as Licenciaturas.
Formação de professores: Iniciação à docência
Quanto ao assessoramento e acompanhamento de projetos, programas, comissões e
grupos de trabalho que integram os Núcleo de Incentivo e Iniciação à Docência, em 2018
ocorreu o Cadastramento e Execução dos Projetos aprovados em Editais Capes n° 7/2018 e nº
181
6/2018 (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID - e Residência
Pedagógica -RP) frente às normativa das CAPES e descentralização das bolsas e pagamentos,
que passam a ser de competência dos bolsistas e coordenação institucional dos referidos
programas. Foram realizados os editais internos de seleção com fases e documentações de
responsabilidade dos coordenadores dos subprojetos e da coordenação institucional.
Ao longo do ano de 2019, promoveu-se reuniões com os componentes dos Projetos
PIBID e RP para alinhamento das ações e definição de competências, junto às atribuições de
assessoramento da COORLICEN, e fortalecimento da Coordenadoria em sua competência de
assessoria aos referidos projetos.
Contribuindo com a ação do PG 1.2.6 (Estimular a realização de atividades de extensão
com caráter interdisciplinar e multidisciplinar), foi realizada a Mesa de Formação de
Professores, no Salão de Ensino 2019, com Experiências PIBID RP, e do XV Seminário
Institucional do PIBID/UFRGS, com vistas à publicização dos trabalhos realizados e
Institucionalização dos programas; e formações internas que envolvem ambos projetos
PIBID/RP que contam com comunidade externa vinculada. Houve o envolvimento direto de
aproximadamente 500 pessoas, entre docentes, discentes e professores da escola básica, como
bolsistas ou voluntários dos programas.
Como fragilidades destas ações, apontamos os recursos financeiros para deslocamento
dos bolsistas, que foram amenizadas com renegociação de rubricas com a CAPES; baixa adesão
aos editais seletivos internos para o PIBID e RP; redução de cotas de bolsas pela CAPES, dado
que não foi permitida substituição de bolsistas de iniciação à docência no PIBID e no RP;
dificuldades de espaço físico gratuito para realização de eventos obrigatórios PIBID e RP no
âmbito da universidade e inexistência de rubrica no fomento CAPES para tal; troca de
coordenação por solicitação dos coordenadores.
Como ações e estratégias para 2020, prospecta-se a continuidade a assessoria dos
projetos e apoio a suas ações de formação e eventos; apoio às atividades culturais e artísticas
no âmbito dos eventos realizados pelos programas e projetos PIBID/RP, contribuindo com a
ação do PG 3.2.3 “Fortalecer a dimensão artística e cultural na formação universitária”.
Obs: As ações supramencionadas envolvem docentes, discentes e técnicos
administrativos vinculados as Licenciaturas do Campus do Vale, Campus Litoral Norte,
Licenciatura em Teatro, Licenciaturas do Instituto de Artes, Pedagogia, incluindo cursos que
tenham ou não disciplinas vinculadas à FACED.
182
A Coordenadoria da Saúde (CoorSaúde) da UFRGS tem a missão de contribuir para
a definição de uma política inovadora e contemporânea de formação de profissionais na área da
saúde no âmbito da Universidade e dos serviços e em projetos internos (intercursos) e externos
(interinstitucionais). Órgão colegiado vinculado à Pró-Reitora de Graduação, a CoorSaúde
também promove a interação entre as Comissões de Graduação da área da saúde, discutindo
questões de interesse comum entre os cursos.
No ano de 2019, a Coordenadoria avançou nas seguintes atividades:
1. Atividade de Familiarização Discente/Docente UFRGS com os serviços dos
Distritos Docente-Assistenciais (Glória-Cruzeiro-Cristal e Centro) que tem por
objetivo promover a qualificação das iniciativas de ensino realizadas nos serviços
dos Distritos Docente-Assistenciais da UFRGS (Gerências Glória-Cruzeiro-Cristal
e Centro). A atividade possibilitou aos estudantes da área da saúde e profissionais
da saúde que estavam iniciando suas atividades de ensino e trabalho, conhecer as
ações dos Distritos Docente-assistenciais das Gerências Glória-Cruzeiro-Cristal e
Centro e os projetos que os cursos da saúde da UFRGS realizam no território destas
Gerências, como as disciplinas Integradoras e o PET-Saúde Interprofissionalidade.
Nessas atividades de familiarização, a CoorSaúde auxiliou na sua organização e
divulgação. A ausência da representação do controle social na atividade de 2019 foi
uma fragilidade observada. Diante disso, a Coordenadoria pretende fazer, em 2020,
uma ação articulada às gerências, de contato e planejamento integrado com o
Conselho Municipal ou Distrital de Saúde, de modo a garantir a representação do
Controle Social na atividade de familiarização.
2. Disciplina Integradora Práticas Integradas em Saúde I (PIS I), que consiste em
atividade de ensino que se propõe a incentivar novas práticas, estratégias,
tecnologias e espaços de aprendizagem e de ensino. Na PIS I, a CoorSaúde
viabilizou suporte logístico e acompanhamento das atividades da disciplina.
Destaca-se que a proposta da disciplina PIS I foi apresentada no Salão UFRGS
2019-VI Salão EDUFRGS, recebendo Destaque na modalidade Apresentação Oral
- Relato de Inovação Pedagógica na Sessão 4 - Inovação Pedagógica e foi premiada
na sessão especial Destaque: Inovação Pedagógica no Ensino.
3. Disciplina Integradora Práticas Integradas em Saúde II (PIS II), que consiste em
atividade de ensino que se propõe a incentivar novas práticas, estratégias,
tecnologias e espaços de aprendizagem e de ensino. Na PIS II, que iniciou em
183
2019/2, a CoorSaúde atuou no suporte logístico às atividades. A Coorsaúde não
conseguiu, neste primeiro semestre, acompanhar as atividades desenvolvidas na
disciplina e reuniões docentes. Buscará uma aproximação entre CoorSaúde e
professores da PIS II, garantindo representação das disciplinas tanto nas reuniões
mensais da Coordenadoria quanto do Comitê Gestor.
4. Em relação às disciplinas integradoras, a ausência de uma normativa institucional
da Universidade para propostas de caráter interdisciplinar, com identificação de um
código específico destas atividades de ensino, apresentava-se como um desafio
importante. Nesse sentido, conforme citado anteriormente, a PROGRAD constituiu
o GT Interdisciplinaridade, o qual elaborou uma proposta de normatização que está
tramitando nas instâncias da Universidade.
5. Mostra Fotográfica - Disciplina Integradora Práticas Integradas em Saúde I (PIS I):
recortes de uma experiência de integração intercurricular e interdisciplinar em
ensino e serviço no SUS que aconteceu por meio de uma ação de extensão e tem
por objetivo recuperar a memória das edições da Disciplina Integradora PIS I
(2012-2019). Desde o seu início, a Disciplina tem oportunizado aos estudantes e
professores, a vivência do trabalho interprofissional e de práticas interdisciplinares
na atenção integral em saúde, tendo como cenário de práticas, Unidades de Saúde
da Família localizadas no âmbito de abrangência do Distrito de Saúde
Glória/Cruzeiro/Cristal, em Porto Alegre. Nessa ação, a CoorSaúde auxiliou na
construção do projeto de extensão e distribuição das fotografias para as unidades de
ensino e de saúde, nas quais essa atividade mostrou-se potente para ampliar o
conhecimento/divulgação para docentes, discentes e técnicos a respeito da proposta
de educação interprofissional/interdisciplinar em cenários de prática do SUS da
disciplina.
6. Reuniões Mensais do Comitê Gestor (UFRGS - Gerência dos Distritos Docentes
Assistenciais Glória-Cruzeiro-Cristal e Centro e Controle Social), que consiste em
uma instância tripartite (serviço, controle social e Universidade) responsável pela
organização das demandas de ensino-pesquisa-extensão da UFRGS e dos Distritos
Glória-Cruzeiro-Cristal (GCC) e Centro, envolvendo indivíduos de diferentes
representações das equipes de trabalho, com integração de cursos, disciplinas e
projetos para a convergência. Nessa atividade, a CoorSaúde organiza e promove
reuniões mensais do Comitê Gestor Ensino-Serviço com um propósito comum.
184
7. Reuniões Ordinárias do colegiado da CoorSaúde, onde estão presentes os
professores indicados pelas suas COMGRADs, representantes da PROGRAD,
representantes discentes, representante dos TAEs e, demais cursos e projetos
convidados, para discutir as demandas das Comissões de Graduação dos cursos da
área da saúde na universidade e nas atividades de integração ensino-serviço. Fica a
cargo dos membros da coordenação, TAE e bolsista promover e acompanhar as
reuniões ordinárias na primeira sexta-feira de cada mês. A ausência de
representação discente é uma fragilidade observada. A CoorSaúde já fez contato
telefônico e encaminhou Ofício à nova gestão do Diretório Central de Estudantes
(DCE) da UFRGS solicitando a indicação da representação discente nas reuniões.
Aguarda a resposta do DCE.
8. Confecção e emissão de Certificados para os Preceptores/supervisores da Secretaria
Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS/POA) para os profissionais da área da
saúde da SMS/POA, que receberam e orientaram estudantes dos cursos da saúde da
UFRGS em campo de estágio. Assim, a Coordenadoria garante a contrapartida
prevista no Termo de Cooperação Técnica UFRGS e Secretaria Municipal de Saúde
de Porto Alegre em relação à emissão de certificados.
9. Convênios e Estágios da Área da Saúde para promover a garantia e a formalização
de práticas de ensino, pesquisa, extensão, de interesse mútuo, nas Secretarias de
Saúde conveniadas. Em 2019, os Termos de Cooperação Técnica (TCT) com a
Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria Estadual foram renovados.
Representando a PROGRAD, a CoorSaúde também apoiou a aproximação entre
Faculdade de Medicina e Comissão Permanente de Ensino e Serviço (CPES) da
Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre para aprovação da minuta
do COAPES (Contrato Organizativo de Ação Pública de Ensino- Serviço). A
minuta do COAPES já foi aprovada pelas instâncias da Universidade e aguarda o
recebimento pela SMS da assinatura.
10. Site da CoorSaúde, cuja presença de estagiária do curso de graduação em
Odontologia – área de Gestão potencializou a discussão sobre a reorganização e
atualização do site da CoorSaúde (em processo final de edição – conclusão em
dezembro 2019). Buscando qualificar a gestão de conteúdo e acessibilidade do site
que foi desenvolvido pelo sistema ‘Plone’, a CoorSaúde pretende reorganizar seu
espaço virtual a partir da utilização do WordPress. Para tanto, um bolsista de
185
Informática com conhecimentos no WordPress será selecionado por Edital
específico.
11. Fórum de Integração Ensino e Serviço no Distrito Centro. Surgiu a partir das
atividades propostas pelo Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-
Saúde) – GraduaSUS, concluído em 2018, e vem se constituindo, em 2019, como
um espaço de educação permanente para trabalhadores, docentes e estudantes e de
integração entre os cursos da saúde da UFRGS e os serviços de saúde do Distrito
Centro. A CoorSaúde desde o início está na coordenação compartilhada do Fórum,
representada por um dos membros da Comissão Coordenadora. Os temas de estudo
e debate são definidos pelo coletivo que participa do Fórum e se relacionam com à
pesquisa, formação e atenção em saúde. Em setembro e outubro não ocorreram
encontros em função da extinção do Instituto Municipal de Saúde da Família
(IMESF), que afetou muitos processos de trabalho da Secretaria Municipal de
Saúde e a integração ensino-serviço.
12. Organização de publicação intercursos e interinstitucional com as memórias dos 10
anos da CoorSaúde. Em 2018, a Coordenadoria completou 10 anos desde sua
implantação na UFRGS. A intenção da publicação é possibilitar o resgate
(memória) do processo de integração da UFRGS com os serviços dos Distritos
Docentes Assistenciais Glória-Cruzeiro-Cristal e Centro. Todos os cursos que
compõem a CoorSaúde foram convidados a participar da escrita de artigos, bem
como as Gerências Distritais Glória-Cruzeiro-Cristal e Centro e a Comissão
Permanente de Ensino e Serviço (CPES) da Secretaria Municipal de Saúde de Porto
Alegre. Os textos estão sendo entregues ao longo de 2019 e a publicação deve ser
concluída em 2020.
13. Construção de documento com as atividades de ensino de graduação nos cursos da
saúde nos serviços de saúde em Porto Alegre. O Documento foi construído em
parceria com as Comissões de Graduação dos cursos da saúde e possibilitou
conhecer e mapear atividades de ensino dos cursos da saúde da UFRGS em serviços
de saúde de Porto Alegre, em 2019, de modo especial, as desenvolvidas nos
Distritos Docentes Assistenciais da UFRGS – Distritos Glória-Cruzeiro-Cristal e
Centro. Foi um instrumento de diagnóstico importante em função da extinção do
Instituto Municipal de Saúde da Família (IMESF), fato que está afetando os
processos de trabalho da Secretaria Municipal de Saúde – Atenção Primária – e as
186
atividades de integração ensino-serviço-comunidade nesses espaços. O documento
foi encaminhado ao Reitor e compartilhado na reunião da CoorSaúde e do Comitê
Gestor.
14. Levantamento de ações de formação e capacitação docente para 2020. Possibilitou
aos docentes que integram a Coordenadoria dialogar com seus cursos e proporem
ações de formação e capacitação vinculadas às atividades de ensino-serviço-
comunidade para 2020. O documento foi encaminhado, juntamente com outras
demandas de capacitação da PROGRAD, à PROGESP.
Por fim, cabe enfatizar que no ano de 2019 a PROGRAD, por meio da Coordenadoria
de Planejamento da Graduação, investiu fortemente em ações de planejamento implantando
uma nova metodologia que congrega fases como: definição das prioridades da Pró-Reitoria,
com base no PDI e PG; capacitação de todos os servidores para a construção de planejamento
alinhado às prioridades; elaboração de projetos compartilhados e por equipes; divulgação do
plano final da Pró-Reitoria. No mês de setembro, realizou-se um acompanhamento dos projetos
por meio reuniões com os gestores e/ou equipes, identificando pontos a serem retomados ou
mudanças de rumo necessárias. Alguns projetos foram acompanhados com reuniões semanais
até o alcance do resultado esperado.
Em consonância com a ação 4.5.3. do PG “Incrementar a comunicação nas plataformas
digitais”, e como continuidade às expectativas evidenciadas no RAAI 2018, a Pró-Reitoria
lançou, no mês de novembro, seu novo site na internet. Com relação ao anterior, o novo site
apresenta diversas melhorias: conteúdo reorganizado, com foco nos usuários dos serviços; site
responsivo, adaptado para acesso via celular e tablet; desenvolvimento no WordPress,
plataforma mais moderna e com mais possibilidades de edição; e site acessível, com plugin de
acessibilidade para pessoas com baixa visão e compatível com o leitor de telas NVDA.
O novo site também traz ganhos de eficiência para a Pró-Reitoria, visto que, além de a
plataforma WordPress proporcionar maior praticidade na manutenção, a PROGRAD optou por
descentralizar sua manutenção para representantes dos setores designados em portaria, visando,
com isso, obter maior agilidade na atualização dos conteúdos. O projeto do novo site foi fruto
de um planejamento compartilhado entre as diversas áreas da Pró-Reitoria, com coordenação
da Coordenadoria de Planejamento da Graduação, e evidenciou a capacidade da equipe em
atuar de forma integrada, em um projeto que previa diversas etapas, desde a definição dos
conteúdos do site, passando pelo desenvolvimento, capacitações dos gerentes e editores, a
187
validação de todo site pelos setores responsáveis pelo conteúdo, ajuste dos hiperlinks junto aos
sites dos órgãos parceiros e Catálogo do Aluno, e por fim, lançamento com ampla divulgação.
As demandas junto ao CPD também passaram por processo de planejamento sendo
realizado primeiramente um levantamento de todas as demandas pendentes (somando-se mais
de 80 itens) e depois a priorização de cada um deles. Esse processo foi acordado com o CPD e,
assim, ao longo do ano este pôde se nortear pela lista prioridades para a execução das demandas
da graduação. Esta ação, desenvolvida pela Coordenadoria de Planejamento da Graduação, é
fundamental em termos de gestão, visto que a equipe destinada aos sistemas do ingresso e da
graduação é pequena frente à alta demanda, não dando vazão às necessidades de manutenção e
desenvolvimento de sistemas.
Estas e outras ações de melhoria da gestão trouxeram benefícios importantes para a Pró-
Reitoria, e, consequentemente, para a comunidade da Graduação. Entretanto, a absoluta
escassez de pessoal, que afeta praticamente todas as áreas da PROGRAD, bem como a reduzida
possibilidade de informatização dos processos de trabalho, impede que avanços mais robustos
e inovadores sejam alcançados. Tal precariedade, em conjunto com a pressão interna e externa,
também eleva o nível de estresse das reduzidas equipes. Casos de adoecimento entre os
servidores preocupam as equipes e gestores. Neste sentido, para 2020 a PROGRAD pretende
buscar a parceria da Divisão de Promoção à Saúde (DPS) e Divisão de Ingresso, Mobilidade e
Acompanhamento (DIMA), ambas vinculadas à PROGESP, entre outros possíveis agentes
institucionais, a fim de desenvolver uma ação integrada de atenção à saúde e às relações
humanas no cotidiano do trabalho na PROGRAD.
188
Quadro 21. Resumo da avaliação da PROGRAD
OBJETIVOS DO
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS / ASPECTOS /
QUESITOS DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Objetivos de impacto
social, que envolvem
aspectos de interação
com a sociedade,
inserção internacional,
inclusão social
(responsabilidade
institucional,
acessibilidade,
diversidade)
Ingresso na Graduação 2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Criação da Comissão Coordenadora de
Ingresso.
Número insuficiente de servidores da
PROGRAD para atender à grande
demanda de análises que o processo
de ingresso e matrícula de calouros
envolve.
Continuidade das capacitações para
servidores sobre processos que
envolvem ingresso e matrícula.
Planejamento sistemático das ações. Ausência de cargos específicos no
quadro da PROGRAD que são
necessários para a realização das
avaliações socioeconômicas e
apuração de renda (exemplo: cargo de
assistente social).
Continuidade das melhorias no Portal do
Candidato.
* Ampla oferta de capacitações sobre o
ingresso.
Revisão permanente dos editais para
diminuir os problemas de interpretação
quanto às regras para ingresso.
Cronograma de trabalho para as
diferentes equipes, a fim de agilizar o
processo de avaliação dos candidatos.
Grande quantidade de processos
seletivos realizados simultaneamente.
Continuidade da articulação com a
Secretaria de Comunicação para veicular
informações e notícias no site e redes
sociais.
Ampliação do período de atendimento
presencial aos candidatos e criação de e-
mail próprio para o atendimento ao
ingresso.
Passivo do ingresso de anos
anteriores.
Continuidade da promoção da
sensibilização institucional junto à
comunidade acadêmica (Unidades)
visando ampliar a participação de
servidores nas atividades que envolvem
as análises dos estudantes que ingressam
pela reserva de vagas, visando o
cumprimento dos prazos estabelecidos.
Ampliação das ações de comunicação,
em parceria com a Secretaria de
Comunicação da UFRGS.
Alto número de processos judiciais
impetrados por candidatos.
Realização de estudos técnicos para
encontrar pontos passíveis de
aprimoramento no processo.
Melhorias nos fluxos da etapa recursal
Realização esporádica de forças tarefas;
Criação da Divisão de Ingresso na
Graduação (DIG).
Reorganização das práticas de trabalho
instituídas.
Possibilidade de matrícula provisória
para candidatos que não tiveram
avaliação concluída.
Automatização dos pareceres de
recursos.
189
OBJETIVOS DO
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS / ASPECTOS /
QUESITOS DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Manifestação de interesse, por parte do
candidato, em continuar concorrendo às
vagas remanescentes.
Melhorias no edital e manual do
candidato do Vestibular 2020.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Matrícula de Calouros 2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Processo não é totalmente
automatizado, demandando tempo
excessivo na preparação da matrícula
e utilização de planilhas e controles
manuais, o que aumenta a
possibilidade de erro na organização
da lista de candidatos aptos à
matrícula e distribuição das faixas-
horárias.
Problemas pontuais e de fácil resolução
são tratados pelo CPD à medida que
surgem.
Novas regras para matrícula
estabelecidas na Resolução 11/2013.
Diferentes situações de matrícula
(regular, provisória, judicial) e
ingresso de candidatos de anos
anteriores do processo seletivo (com
documentação de matrícula diferente),
o que exige muita atenção.
Melhorias nos processos de análise da
documentação de ingresso, visando que
a maioria dos candidatos façam
matrícula regular no ano/semestre de
lotação na vaga.
Sistema de matrícula próprio que pode
ser adequado às novas demandas da
Universidade.
Dificuldade de fazer a listagem de
matrícula, pois o sistema só está
preparado para a matrícula regular, a
matrícula provisória demanda extração
de relatórios com o CPD e
organização manual.
190
OBJETIVOS DO
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS / ASPECTOS /
QUESITOS DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Dificuldade de realizar a reserva de
vagas de calouros de forma em
número adequado, pois além das
vagas do ano corrente as COMGRADs
devem considerar que candidatos de
anos anteriores (que não fizeram
matrícula provisória) poderão se
matricular quando a análise de sua
documentação seja finalizada.
Reservando menos vagas que
candidatos, acaba gerando a
necessidade de solicitar o registro da
matrícula ao DECORDI através de
processo administrativo (o aluno sai
da matrícula somente com o vínculo
ao curso, mas sem comprovante de
matrícula nas atividades de ensino).
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Migração do
atendimento ao público
dos serviços do
DECORDI para a
TUAUFRGS
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Local único para atendimento de todas as
demandas do aluno.
Por se tratar de um tipo de Central que
até então não existia na UFRGS, é
preciso ainda ampliar a divulgação
deste novo canal de atendimento.
Revisão e atualização dos serviços no
Catálogo do Aluno;
Informações padronizadas e publicizadas,
de fácil acesso e linguagem adequada ao
público-alvo.
Comunidade UFRGS (alunos,
egressos e servidores) ainda buscando
o DECORDI para o atendimento de
demandas que estão na TUAUFRGS.
Melhoria na comunicação interna -
Compartilhamento de informações do
DECORDI que são relevantes para os
servidores da TUAUFRGS (calendário
de datas acadêmicas,
problemas/indisponibilidade de sistema),
etc.
Autoatendimento e resolução “virtual” na
maior parte das demandas dos alunos.
Necessidade de suporte constante à
equipe da TUAUFRGS para prestar
informações sobre serviços/legislação,
etc., pois atendem uma grande gama
191
OBJETIVOS DO
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS / ASPECTOS /
QUESITOS DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Sistema OTRS para atender as demandas
recebidas.
de Unidades e serviços e ainda estão
organizando o trabalho e aprendendo
sobre os diferentes serviços das
diferentes áreas.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Reformulação dos
atestados
disponibilizados no
portal do Aluno
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Redução de custo financeiro e de pessoal
para a produção destes documentos.
Alunos ”acostumados” a ter o atestado
personalizado somente com as
informações que lhe interessam.
Acompanhamento das demandas de
produção de documentos recebidas na
TUAUFRGS a fim de verificar a
necessidade de criar novos tipos de
atestado ou reformular o conteúdo dos
atestados já existentes.
Atestados digitais, com autenticação
eletrônica com validade nacional,
disponibilizados online ao interessado.
Instituições que não aceitam a
autenticação eletrônica e exigem o
documento assinado e carimbado.
Necessidade de criar novos tipos de
atestado, dependendo de
disponibilidade do CPD.
Existe projeto no CPD para a criação de
novos tipos de atestados, aguardando
implementação.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Matrícula de Veteranos 2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Sistema de matrícula próprio que pode
ser adequado às novas demandas da
Universidade.
Vários relatos de alunos que não
compreendem bem a interface de
matrícula ou que não entendem as
regras (normas) da Universidade em
relação ao ordenamento de matrícula.
Problemas pontuais e de fácil resolução
são tratados pelo CPD à medida que
surgem.
Servidores que trabalham nas
COMGRADs, Núcleos e DECORDI
não acessam a interface do aluno,
ficando difícil orientar o aluno a
distância.
Existe projeto no CPD para revisão de
todo processo de matrícula de veteranos,
aguardando implementação.
Interface de matrícula com problemas
pontuais/isolados e que, em algumas
situações, não respeita o ordenamento
do aluno e concede a vaga na
atividade de ensino a aluno com
ordenamento inferior.
Conforme previsão do CPD, em 2020/2
o processamento da matrícula passará a
ser executados em uma nova plataforma
(mais ágil que a atual) e pela
PROGRAD, ao invés de ter que ser
solicitado ao CPD.
Elaboração em andamento de um novo
tutorial de matrícula para ser
disponibilizado a alunos e servidores.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
Ingresso de Diplomado 2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Processo Seletivo para ingresso em curso
de graduação com grande oferta de vagas
ociosas (mais de 300 vagas por edital) e
Processo totalmente manual, que não
possui um sistema para gerenciar as
Existe projeto no CPD para a criação de
uma interface para este processo
seletivo, aguardando implementação.
192
OBJETIVOS DO
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS / ASPECTOS /
QUESITOS DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Graduação e a
Extensão
mais de 1500 candidatos inscritos.
Mapeamento "to be" realizado junto ao
Escritório de Processos. Prevê-se
apresentar ainda em 2019 para o CPD.
inscrições, seleção e o ingresso dos
alunos.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Migração de processos
para o SEI e
Peticionamento
Eletrônico
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Maior agilidade na tramitação dos
processos administrativos e possibilidade
de abertura e acompanhamento de
processos de forma “virtual” pelo aluno.
Como ainda tramitam de forma física
vários tipos de processos, há uma
confusão por parte dos usuários por
desconhecer quais processos são pelo
SEI e quais tramitam fisicamente.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Adequação do diploma
e histórico de graduação
à Portaria 1.095/2018 do
MEC
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Ambiente virtual e de acesso público
para consulta dos diplomas da UFRGS
expedidos e registrados a partir de abril
de 2019, o que vai reduzir
gradativamente as solicitações de outras
instituições para verificar a autenticidade
dos diplomas.
Em função do layout de histórico
adotado pela UFRGS, a
obrigatoriedade de informar o nome e
titulação dos docentes de todas as
atividades de ensino fez com que o
histórico ficasse com um número
maior de páginas.
A PROGESP foi comunicada da
necessidade de manter atualizado o
sistema que informa a titulação dos
docentes.
Titulação de alguns docentes não
registradas no sistema de RH e,
consequentemente, não informada no
histórico.
Pós-doutorandos cadastrados em outra
interface e sem cadastro da titulação e,
consequentemente, não informada no
histórico.
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
Eventos e Capacitações
com transmissão on-line
e com a presença de
estudantes, servidores
técnicos e professores
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Parcerias institucionais: EDUFRGS,
SEAD, RELINTER, CAF, DEDS.
Desconhecimento das possibilidades
de interação pedagógica síncronas e
assíncronas para acesso às ações de
interação da comunidade acadêmica,
independente de unidade e de campus.
Fortalecimento das parcerias
institucionais.
Palestras proferidas por servidores
técnicos e professores da própria
universidade.
Fortalecimento do uso das ferramentas
institucionais de transmissão e
compartilhamento de eventos(MCONF e
YouTube).
193
OBJETIVOS DO
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS / ASPECTOS /
QUESITOS DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Fortalecimento das ferramentas
institucionais de transmissão e
compartilhamento de eventos (MCONF e
YouTube).
Fortalecimento do uso das ferramentas
em software livres para uso em
smartphones.
Usos de software livre para ações
colaborativas entre participantes
(ETHERPAD e QRCODE) para uso em
smartphones.
Criação da Semana de Aprendizagem,
em parceria com a SAI.
Estudos para atualização dos PPCs, em
especial em atendimento ao ERER.
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Eventos e capacitações
com a presença de
convidados
internacionais
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Aproximações Institucionais com a
Universidade do Porto, em Portugal e
Universidade de Columbia, Estados
Unidos.
Fragilidade da continuidade de ações
conjuntas em função de restrições
orçamentárias.
Nova ação de fortalecimento entre as
instituições através das ferramentas
institucionais de transmissão e
compartilhamento de eventos (MCONF
e YouTube). Currículos inovadores nos aspectos
pedagógicos e organizacionais.
Desconhecimento pedagógico das
potencialidades de novas inclusões de
recursos e metodologias de uso
internacionais à práticas curriculares. Integração pedagógica como possível
fortalecimento e qualificação do egresso.
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Grupo de Trabalho
Curricularização da
Extensão
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Ampla discussão com a comunidade
acadêmica (diversos seminários e mais de
30 reuniões em todas as unidades
acadêmicas) buscando informar as
propostas e coletar sugestões à mesma.
O relatório final do GT, com a proposta,
será submetido ao CEPE em dez/19.
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
Grupos de Trabalho
Interdisciplinaridade e
Glossário
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Parcerias com integrantes de
CAMGRAD, COMGRADs e NDEs.
Impossibilidade de seguir um
cronograma fixo de início e fim do GT
face a outros compromissos dos
integrantes.
Criação de novos GTs para Evasão,
PEG.
Proposta de normatização sobre
disciplinas interdisciplinares apresentada
pelo GT e tramitando nas instâncias da
Universidade.
Frágil conhecimento do Moodle e do
Mconf.
Uso de espaços digitais institucionais
sincronamente para aproximar os
colegas dos outros Campi aos GTs.
194
OBJETIVOS DO
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS / ASPECTOS /
QUESITOS DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
espaços
compartilhados
Fortalecimento e convergência de
estudos e ações em diferentes áreas de
conhecimento que contribuem para a
melhor gestão pedagógica da
Universidade.
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Elaboração da nova
Instrução Normativa do
PAAP
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Parceria com a EDUFRGS e a SEAD. Plano de ação traçado para publicação
da nova Instrução Normativa em 2020.
Minuta da nova IN em fase de
finalização.
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Educação para as
Relações Étnico-Raciais
(ERER)
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Realização de palestra como contribuição
da PROGRAD para com o Novembro
Negro.
Ofício conjunto SAI e PROGRAD sobre
a necessária atualização dos PPCs para
atender ao ERER.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Migração do Termo de
Compromisso de
Estágio (TCE) para a
TUAUFRGS
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Benefícios para o aluno: Facilidade de
horário (sem fechar ao meio dia) e
horário estendido no fim da tarde;
possibilidade de atendimento nos campi
Centro, Vale e Litoral Norte; uso do
Catálogo do Aluno.
Exige do estudante e do concedente
maior antecedência no lançamento de
vagas de estágio.
Acompanhamento do processo e apoio à
TUAUFRGS.
Transparência ao processo do fluxo
documental.
Reorganização da metodologia interna de
trabalho da equipe.
195
OBJETIVOS DO
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS / ASPECTOS /
QUESITOS DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Processos gerais da
COORLICEN:
Reuniões ordinárias e
extraordinárias da
equipe de gestão e
Plenário;
redes/fluxos de
informações
intersetorial
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Envolvimento dos Cursos (COMGRADs,
NDES), de grupos de trabalho com as
metas e ações da Coordenadoria.
Manter o fluxo de informações
intersetorial.
Participação em fóruns. Participação dos membros externos
nas sessões e ações da Coordenadoria.
Ampliar a participação em fóruns
pertinentes as Licenciaturas, tais como o
Fórum COMGRADs.
Melhorias ao atendimento das demandas
e a agilidade ao acesso de informações
pertinentes à instituição e seus partícipes.
Equipe de gestão com necessidade de
ampliação.
Criação e disponibilização de banco de
dados Coorlicen para as Licenciaturas da
UFRGS.
Diálogos com os setores para melhoria
no fluxo de comunicações.
Entrega de relatórios anuais como
parâmetros entre ações propostas e
executadas.
objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Cursos de licenciaturas:
Ações; eventos internos;
GTs; programas e
projetos através dos
Núcleos da
Coordenadoria
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Assessoramento e acompanhamento
direto aos Cursos das Licenciaturas
UFRGS junto às Comissões de
Graduação (COMGRADs), Núcleos
Docentes Estruturantes (NDEs) e
Plenário da COORLICEN.
revisitar junto às COMGRADs e
NDEs, os PPCs dos Cursos para
ajustes de pontos: curricularização da
Extensão; inserção e explicitamentos
disciplinas com conteúdos ERER,
Educação Ambiental, Inclusão de
pessoas com Deficiência e Direitos
Humanos.
Continuidade dos diálogos com as
COMGRADS, NDEs e Plenário da
COORLICEN, para dinamizar e
atualizar os parâmetros curriculares das
Licenciaturas UFRGS; e comissões.
Ampliação das ações da Coorlicen junto
aos seus Núcleos com a criação de
grupos de trabalhos pontuais em relação
diferentes aspectos que envolvem as
orientações e políticas voltados à
formação de professores para atuação na
Educação Básica : GT Curricularização
da Extensão; grupo de Trabalho para
Estender ações junto as redes públicas
de ensino e órgãos representativos das
mesmas para fomentar as discussões,
orientações e ações.
Ampliar a formação de grupos de
trabalho.
Ampliar discussões e ações sobre níveis
de prática nos currículos, a considerar :
DCN para formação de professores-
estágios-Programa RP.
196
OBJETIVOS DO
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS / ASPECTOS /
QUESITOS DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
promover a discussão sobre a Educação
para as Relações Étnico Raciais (ERER),
Educação Ambiental, Inclusão de pessoas
com Deficiência e Direitos Humanos nos
currículos das Licenciaturas * GT
Dimensões; reativação do GT Projeto
Institucional das Licenciaturas; GT
institucionalização programas PIBID e
RP: reativação do Observatório das
Licenciaturas.
Realização Seminário sobre Projeto
Pedagógico de Formação de Professores
para as Licenciaturas UFRGS-
identidade UFRGS para as
Licenciaturas.
objetivos de impacto
social, que envolvem
aspectos de interação
com a sociedade,
inserção internacional,
inclusão social
(responsabilidade
institucional,
acessibilidade,
diversidade)
Formação de
professores:
ações de
implementação,
organização; eventos de
desenvolvimento e
continuidade dos
Programas PIBID e RP
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Trabalho compartilhado entre
Coordenadores Institucionais do
Programas PIBID e RP e Coordenadoria.
Políticas nacionais: escassez de
recursos financeiros (rubricas); adesão
aos editais; redução bolsas CAPES.
Ampliar a participação em editas de
fomento externos e internos.
Interação entre Cursos de formação de
professores e redes públicas de ensino.
Trocas de coordenação institucional. Manter e ampliar as ações do GT PIBID
e RP (Seminários de discussões sobre
manutenção e institucionalização dos
mesmos).
Reuniões, eventos e mesas conjuntas para
promover os dos programas.
manter o apoio e suporte da Coordenaria
aos programas, ampliando ações
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Atividade de
familiarização
discente/docente
UFRGS com os serviços
dos distritos docente-
assistenciais (Glória-
Cruzeiro-Cristal e
Centro)
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Possibilitou aos estudantes da área da
saúde e profissionais da saúde que
estavam iniciando suas atividades de
ensino e trabalho, conhecer as ações dos
Distritos Docente-assistenciais das
Gerências Glória-Cruzeiro-Cristal e
Centro e os projetos que os cursos da
saúde da UFRGS realizam no território
destas Gerências, como as disciplinas
Integradoras e o PET-Saúde.
Ausência da representação do controle
social na atividade de 2019.
Fazer uma ação articulada às gerências,
de contato e planejamento integrado
com o Conselho Municipal ou Distrital
de Saúde, de modo a garantir a
representação do Controle Social na
atividade de familiarização.
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
Disciplina Integradora
Práticas Integradas em
Saúde I (PIS I)
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Oferta de disciplina interdisciplinar na
área da Saúde.
Ausência de uma normativa
institucional da Universidade para
propostas de caráter interdisciplinar,
A proposta sobre normatização do
oferecimento de Disciplinas
Interdisciplinares, realizada pelo GT
197
OBJETIVOS DO
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS / ASPECTOS /
QUESITOS DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Graduação e a
Extensão
com identificação de um código
específico destas atividades de ensino.
Interdisciplinaridade, está tramitando
nas instâncias da Universidade.
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Disciplina Integradora
Práticas Integradas em
Saúde II (PIS II)
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Oferta de disciplina interdisciplinar na
área da Saúde.
Acompanhamento das atividades e
reuniões docentes.
Buscar uma aproximação entre
CoorSaúde e professores da PIS II,
garantindo representação da disciplina
tanto nas reuniões mensais da
Coordenadoria quanto do Comitê
Gestor.
Ausência de uma normativa
institucional da Universidade para
propostas de caráter interdisciplinar,
com identificação de um código
específico destas atividades de ensino.
A proposta sobre normatização do
oferecimento de Disciplinas
Interdisciplinares, realizada pelo GT
Interdisciplinaridade, está tramitando
nas instâncias da Universidade.
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Mostra Fotográfica -
Disciplina Integradora
Práticas Integradas em
Saúde I (PIS I)
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
A Mostra Fotográfica foi desenvolvida
por meio de uma ação de extensão nas
Unidades Acadêmicas que integram a
disciplina e teve o objetivo recuperar a
memória das edições da PIS I de 2012 a
2019. A atividade mostrou-se potente
para ampliar o conhecimento/divulgação
para docentes, discentes e técnicos a
respeito da proposta de educação
interprofissional/interdisciplinar em
cenários de prática do SUS da disciplina.
Para a impressão das fotos, a Mostra
recebeu o apoio da PROGRAD.
-- --
198
OBJETIVOS DO
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS / ASPECTOS /
QUESITOS DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Reuniões mensais do
Comitê Gestor (UFRGS
- Gerência dos Distritos
Docente Assistenciais
Glória-Cruzeiro-Cristal
e Centro e Controle
Social)
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Integração e discussão de temas de
interesse comum das diferentes instâncias
que compõem a integração ensino-
serviço-comunidade entre UFRGS e os
Distritos Docentes Assistenciais
(Gerências Distritais, controle social e
Universidade).
-- --
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Reuniões ordinárias do
colegiado da
COORSAÚDE
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Integração e discussão de temas de
interesse comum dos cursos da saúde,
especialmente, as atividades de ensino
nos serviços de saúde. Nessa reunião
estão presentes os professores indicados
pelas suas COMGRADs, representantes
da PROGRAD TAEs e, demais cursos e
projetos convidados, para discutir as
demandas das Comissões de Graduação
dos cursos da área da saúde na
universidade e nas atividades de
integração ensino-serviço-comunidade.
Ausência de representação discente A CoorSaúde já fez contato oficial com
a nova gestão do Diretório Central de
Estudantes (DCE) da UFRGS
solicitando a indicação da representação
discente nas reuniões. Aguarda a
resposta do DCE.
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Confecção e emissão de
certificados para os
preceptores/supervisores
da Secretaria Municipal
de Saúde de Porto
Alegre (SMS/POA)
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Garantir a contrapartida prevista no
Termo de Cooperação Técnica UFRGS e
Secretaria Municipal de Saúde de Porto
Alegre em relação à emissão de
certificados de preceptoria e/ou
supervisão de estágio para estes
profissionais que receberam e orientaram
estudantes dos cursos da saúde da
UFRGS em campo de estágio.
-- --
199
OBJETIVOS DO
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS / ASPECTOS /
QUESITOS DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Convênios e estágios da
área da saúde
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Garantir a formalização de práticas de
ensino, pesquisa, extensão, de interesse
mútuo entre UFRGS e Secretarias de
Saúde conveniadas. Em 2019, os Termos
de Cooperação Técnica (TCT) com a
Secretaria Municipal de Saúde e
Secretaria Estadual foram renovados.
-- --
objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Site da COORSAÚDE 2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Reorganização e atualização das
informações apresentadas no site da
CoorSaúde (conclusão em dezembro
2019).
O site foi desenvolvido a partir do
sistema ‘Plone’ de gerenciador de
conteúdo.
Buscando qualificar a gestão de
conteúdo e acessibilidade do site, a
CoorSaúde pretende reorganizar seu
espaço virtual a partir da utilização do
WordPress. Para tanto, um bolsista de
Informática com conhecimentos no
WordPress será selecionado por Edital
específico.
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Fórum de integração
ensino e serviço no
Distrito Centro
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Favorecer e potencializar a integração
entre os cursos da UFRGS e os serviços
de saúde do Distrito Centro
(trabalhadores/preceptores, gestores,
professores, estudantes e residentes que
tem suas atividades no Distrito Centro e
estão envolvidos nas atividades de ensino
de graduação e pós-graduação).
Dificuldades de participação de
trabalhadores e professores e
problemas na divulgação da atividade
Qualificar a divulgação do Fórum por
meio de e-mails e redes sociais. Incluir a
atividade na página da COORSAÚDE
como uma das ações de ensino-serviço.
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Organização de
publicação intercursos e
interinstitucional com as
memórias dos 10 anos
da COORSAÚDE
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Possibilitar o resgate (memória) do
processo de integração da UFRGS com
os serviços dos Distritos Docentes
Assistenciais Glória-Cruzeiro-Cristal e
Centro.
-- --
200
OBJETIVOS DO
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS / ASPECTOS /
QUESITOS DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Construção de
documento com as
atividades de ensino de
graduação nos cursos da
saúde nos serviços de
saúde em Porto Alegre
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Conhecer e mapear atividades de ensino
dos cursos da saúde da UFRGS em
serviços de saúde de Porto Alegre, em
2019, de modo especial, as desenvolvidas
nos Distritos Docentes Assistenciais da
UFRGS – Distritos Glória-Cruzeiro-
Cristal e Centro. O Documento foi
construído em parceria com as
Comissões de Graduação dos cursos da
saúde.
-- --
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e
espaços
compartilhados
Levantamento de ações
de formação e
capacitação docente
para 2020
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Possibilitou aos docentes que integram a
Coordenadoria dialogar com seus cursos
e proporem ações de formação e
capacitação vinculadas às atividades de
ensino-serviço-comunidade para 2020.
-- --
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Nova metodologia de
planejamento anual da
Pró-Reitoria
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Alinhamento entre as prioridades
UFRGS e PROGRAD.
Projetos compartilhados entre diferentes
áreas da Pró-Reitoria, gerando maior
integração.
Capacitação a todos os servidores
apresentando as prioridades do ano
Construção coletiva do planejamento da
Pró-Reitoria.
Divulgação com o plano completo para
que os servidores visualizem as ações
previstas pelas outras áreas.
Muitas metas desafiadoras.
Acompanhamento da execução dos
projetos.
O processo de planejamento iniciou
tardiamente, sendo, com isto,
finalizado nos primeiros dias de junho.
Com a nova metodologia consolidada, a
PROGRAD iniciará o processo de
planejamento de 2020 no mês de
fevereiro.
201
OBJETIVOS DO
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS / ASPECTOS /
QUESITOS DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Novo site da
PROGRAD
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Conteúdo reorganizado, com foco nos
usuários dos serviços
Site responsivo, adaptado para celular e
tablete.
Site desenvolvido em WordPress
site acessível (plugin de acessibilidade
para baixa visão e compatível com o
leitor de telas NVDA).
Manutenção descentralizada, gerando
maior agilidade na atualização.
Pequenas alterações estão previstas para
o site, além da sua manutenção habitual.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Priorização das
demandas ao CPD
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
Foco do CPD nas demandas prioritárias
Visualização de todas as demandas da
Pró-Reitoria.
Equipe do CPD destinada aos sistemas
de ingresso e graduação é pequena,
fazendo com que a grande lista de
demandas da PROGRAD tenha
avanços muito lentamente.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Quadro de pessoal da
PROGRAD e
reestruturação
2. Política para o
Ensino, a
Pesquisa, a Pós-
Graduação e a
Extensão
A reestruturação realizada, criando a
Divisão de Ingresso na Graduação,
possibilitou uma melhor gestão do
processo de ingresso, bem como os
benefícios do trabalho em equipe.
Com a reestruturação, setores que antes
cediam servidores para o ingresso,
puderam reorganizar suas atividades com
os servidores que ali restaram.
Absoluta escassez de pessoal, que
afeta praticamente todas as áreas da
PROGRAD.
Elevado nível de estresse entre os
servidores.
Casos de adoecimento entre os
servidores.
Buscar a parceria da Divisão de
Promoção à Saúde (DPS) e Divisão de
Ingresso, Mobilidade e
Acompanhamento (DIMA), entre outros
possíveis agentes institucionais, a fim de
desenvolver uma ação integrada de
atenção à saúde e às relações humanas
no cotidiano do trabalho na PROGRAD.
202
3.3.1.2 Ensino a Distância – SEAD
A SEAD tem por finalidade promover institucionalmente o desenvolvimento e a
implantação de políticas e ações em Educação a Distância (EaD), bem como o aperfeiçoamento
pedagógico por meio das tecnologias de informação e comunicação (TICs), de maneira geral.
Tal finalidade é alcançada através de diversas ações específicas, entre elas: assessoramento na
implementação de cursos e projetos de educação mediados pelas TICs; acompanhamento e
apoio tanto pedagógicos quanto tecnológicos aos cursos e às atividades de ensino; fomento de
pesquisas sobre educação a distância e práticas pedagógicas na modalidade; desenvolvimento,
disseminação e fomento da produção de recursos tecnológicos para a utilização didático-
pedagógica, entre outras. O detalhamento das atribuições da SEAD consta na Portaria nº
01/2018/SEAD (http://www.ufrgs.br/sead/institucional/atribuicoes).
As ações realizadas pela SEAD se amparam nos seguintes documentos norteadores
institucionais: PDI, de 2016-2026; PG da Reitoria, de 2016-2020; e Planejamento Anual da
SEAD, de 2019, em âmbito interno; bem como no Plano Nacional da Educação (PNE), de 2014-
2024, em âmbito nacional. Em harmonia com tais documentos, a SEAD tem trabalhado nos
processos de institucionalização da EaD de forma global, incorporando-a à oferta de cursos de
graduação, de pós-graduação e de extensão, independentemente da modalidade, e como área de
pesquisa.
Autoavaliação das Ações Desenvolvidas em 2019 pela SEAD
As atividades desenvolvidas pela SEAD em 2019 estão vinculadas a sete objetivos
táticos do PG de 2016-2020, apresentadas a seguir.
Com vistas a atingir o objetivo tático “1.1 Qualificar ensino, pesquisa e extensão”, a
SEAD executou algumas ações/projetos tradicionais no âmbito de sua atuação.
Sobre o Programa de Monitoria Acadêmica, que é desenvolvido em conjunto com a
PROGRAD, cabe à SEAD o gerenciamento da modalidade de bolsa Monitoria Acadêmica a
Distância. Assim, foram concedidas 979 bolsas desta modalidade para as Unidades Acadêmicas
da UFRGS. Desse universo, aproximadamente 5% delas não obedeceram ao requisito de uso
de tecnologia digital, fato apontado às Unidades de Ensino que se manifestaram informando
que se adequarão a tal exigência. Como nos anos anteriores, o maior desafio vivenciado pelo
Programa continua sendo o Sistema de Monitoria, já que muitas das ações ainda precisam ser
executadas manualmente. Além disso, o Sistema atual também apresenta inconsistências
importantes, como a possibilidade de cadastros de monitores excedentes às bolsas concedidas
e a não sincronização com o Moodle, por exemplo. Junto com a PROGRAD, a SEAD está
203
trabalhando na reformulação da Instrução Normativa que rege o Programa, de modo a atender,
com maior plenitude, as necessidades da comunidade universitária, bem como na avaliação do
Sistema e proposição de futuras melhorias. Apesar das fragilidades e dificuldades, houve
avanços no gerenciamento do Programa, pois se conseguiu pela primeira vez verificar se a
destinação das bolsas da modalidade “Monitoria a Distância – Utilizando Tecnologia EaD”
estava sendo corretamente aplicada pelas Unidades.
O Suporte às Plataformas Institucionais de EaD é outra ação prevista nas atividades da
Secretaria. Em 2019, realizou-se por volta de 1.600 atendimentos, orientando a comunidade
acadêmica, principalmente, acerca do uso do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)
Moodle. A fim de qualificar o serviço oferecido, a equipe disponibilizou à comunidade o
catálogo on-line “Ajuda Moodle” visando reduzir o número de atendimentos e favorecer o
autoatendimento pelos usuários. Atualmente, o “Ajuda Moodle” está em plena atividade,
contabilizando mais de 28.000 acessos desde a divulgação em março de 2019. Também, para
atender uma das maiores demandas do Suporte às Plataformas foi enviado às Comissões de
Graduação (COMGRADs) em 2019/2 um infográfico orientando os calouros como realizar o
primeiro acesso aos AVAs.
No início de 2019 foi realizada a migração do Moodle Colaboração e Acadêmico para
a versão 3.5 em parceria com o Centro de Processamento de Dados (CPD), acompanhado pelo
Comitê Gestor da plataforma Moodle na UFRGS. A migração visou proporcionar maior
segurança digital e melhor desempenho da plataforma.
A SEAD também promoveu Eventos para incentivar e manter a aproximação e o diálogo
com a comunidade universitária com temas de interesse sobre Educação a Distância. Em 2019,
foram realizados dois Fóruns EaD e um Workshop de Inovação Pedagógica e Tecnologia. Tais
ações buscaram também contribuir para sanar questões colocadas pelos alunos que
responderam ao instrumento de avaliação do docente pelo discente em relação aos aspectos de
Didática e Ensino e Presencialidade docente. Para efetivar a realização de eventos, dois grandes
desafios são permanentes: a falta de recursos financeiros para remunerar os palestrantes e a
sensibilização da comunidade acadêmica para efetiva participação. Quanto ao primeiro desafio,
tem-se identificado e incentivado profissionais da própria comunidade acadêmica que tenham
tido sucesso nas suas ações que envolvem tecnologias para compartilhar suas experiências e,
nesse caso, não há custos. Também foram estabelecidas parcerias com outros setores da
Universidade, visando aproveitar as viagens realizadas de palestrantes para mais de uma
atividade. Sobre o segundo desafio, o de mobilizar a comunidade acadêmica, tem-se investido
204
em diferentes formatos de divulgação e locais de realização do evento a fim de buscar uma
aproximação com a comunidade UFRGS e também favorecer a participação da comunidade
externa.
Além disso, a SEAD apoiou, em conjunto com demais parceiros, o Encontro Estadual
de Coordenadores de Polo UAB do RS e as palestras: (i) Pesquisa, Educação e Divulgação das
Ciências para as Relações Étnico-Raciais e de Gênero; (ii) Inovações Curriculares na Educação
e (iii) I Seminário Institucional: Educação Ambiental, Direitos Humanos, Combate ao Racismo
e Inclusão nos currículos da graduação UFRGS.
A SEAD participa anualmente da organização do Salão de Ensino UFRGS. Neste ano,
foram selecionados 438 trabalhos distribuídos em 17 temáticas de relatos de experiência de
ensino. A inovação dessa edição foi a possibilidade de inscrição de alunos e tutores dos cursos
a distância da Universidade para apresentação de seus trabalhos desde o Polo de Apoio
Presencial com a presença da banca de avaliadores, transmitido diretamente para o local do
Evento. Pretende-se ampliar a iniciativa para as próximas edições.
No que tange aos Editais EaD, a Secretaria fomentou as seguintes linhas de ação: (a)
Oferta de Disciplinas na Modalidade a Distância em Cursos Presenciais; (b) Pesquisas em
Educação a Distância; (c) Recursos Educacionais Digitais e (d) Produção de Conteúdos para
Massive Open Online Courses (MOOCs). No ano de 2019 foram aprovados 45 projetos de
professores e técnicos administrativos da UFRGS, disponibilizando bolsas para alunos de
graduação e pós-graduação. O desafio desta atividade é qualificar cada vez mais a seleção dos
projetos, estabelecendo critérios mais claros e objetivos, bem como formar uma comissão
permanente julgadora com os mesmos parâmetros avaliativos para todas as propostas. Além
disso, busca-se a melhoria no Sistema de editais para que o mesmo atenda às necessidades da
ação. Neste ano implementou-se a vinculação direta das atividades desenvolvidas no âmbito
dos editais EaD ao Relatório de Atividade Docente. Realizou-se, ainda, um levantamento das
produções desenvolvidas em cada projeto contemplado a partir do Edital 23 até o Edital 25 que
foi publicado no site da SEAD. Os resultados dos Editais 18 ao 21 encontram-se relatados no
e-book “Introdução à educação a distância: uma análise dos editais de projetos”, produzido pela
Coordenação Acadêmica/SEAD e disponível no repositório digital LUME.
A ação EaD nas Atividades de Ensino visou utilizar práticas e ferramentas de ensino a
distância como estratégia de qualificação das atividades de ensino, propondo um aumento na
oferta de disciplinas ou turmas desta modalidade tanto na graduação como na pós-graduação.
Em 2019, foram ofertadas 68 Atividades de Ensino a distância em cursos de graduação
205
presenciais e 923 disciplinas a distância em cursos de pós-graduação stricto sensu da
Universidade. Nota-se que, mesmo com grande esforço da SEAD para sensibilização e
mobilização das Unidades, a oferta da modalidade nos cursos presenciais é modesta. Acredita-
se que a definição de regras e parâmetros das atividades a distância na UFRGS poderá
impulsionar as práticas na modalidade. A proposta de Instrução Normativa que trata desse tema
está em processo de análise pela Câmara de Graduação. A intenção é qualificar o processo de
registro dessas atividades para contabilizar a carga horária total que está sendo ministrada a
distância em um curso presencial, com vistas a obedecer às normas regulatórias.
Para qualificar ainda mais a oferta desta modalidade de ensino, a SEAD prestou
assessoria pedagógica aos interessados. Foram realizados mais de 100 atendimentos a
professores e técnicos administrativos nas dependências da SEAD, abrangendo todos os níveis
de ensino da Universidade.
Além disso, a SEAD participou ativamente dos Fóruns das Comissões de Graduação e
na Coordenação de Licenciaturas (COORLICEN) da UFRGS. Na COORLICEN, a SEAD está
participando do GT para a reescrita do Projeto Político-Pedagógico Institucional de formação
de professores nos cursos de Licenciatura da UFRGS e do GT para a organização de eventos
sobre temáticas relacionadas às diretrizes curriculares para os cursos de graduação. O desafio
posto nessa atividade é qualificar cada vez mais a equipe da Coordenação Acadêmica para que
desempenhe a assessoria aos cursos a distância com excelência e mantenha-se atualizada com
os temas da área. Para isso, a equipe é incentivada a participar de capacitações e eventos sobre
educação e EaD dentro e fora da UFRGS.
Da mesma forma, a SEAD mantém representação na Comissão Coordenadora do
Ingresso, composta por diversos servidores da UFRGS com o intuito de aprimorar o processo
de ingresso de novos estudantes. Essa é uma atividade de extrema relevância, visto que os
entraves encontrados em tal processo resultaram numa perda de aproximadamente 200 vagas
EaD destinadas à UFRGS em 2018. Isso significa uma importante parcela de investimento que
a Universidade deixa de receber justamente na época em que atravessamos um dos maiores
cortes financeiros dos últimos anos. O que se almeja é contribuir para qualificar o processo de
ingresso, para evitar retenção de candidatos, especialmente de cotistas que encontram
dificuldades com a documentação exigida para comprovar sua condição, e favorecer a ocupação
máxima dos aprovados em processos seletivos. Nessa comissão a SEAD contribuiu com: a
discussão das regras e com a escrita do edital do vestibular de 2020; a produção de vídeos sobre
as diversas modalidades de ingresso e sobre a documentação a ser enviada para comprovação
206
da modalidade de cota; as capacitações para as comissões que atuam no ingresso; o plantão de
atendimento às dúvidas dos candidatos. Também faz parte do GT que está mapeando os
problemas e propondo soluções para a Comissão de recursos de renda, etapa em que concentram
muitos candidatos em matrícula provisória devido ao recurso não ter sido analisado pela
Universidade.
Em paralelo, a SEAD atua também em um grupo de trabalho que está desenvolvendo
um glossário de termos para orientação ao desenvolvimento e atualização de projetos
pedagógicos de curso de graduação nas modalidades presencial e a distância. Adicionalmente,
a Secretaria realizou revisão de conteúdos relacionados aos seus serviços nos Catálogos de TI
e TUA UFRGS.
Embora não estejam fixadas em nosso Planejamento Anual, outras ações iniciadas em
anos anteriores foram concluídas e merecem relevância. É o caso do Instrumento de Avaliação
Docente pelo Discente para Atividades de Ensino a distância de cursos de graduação presenciais
e para Atividades de Ensino de cursos de graduação a distância, implementado em 2018/1 e
revisado em 2019/2, com o apoio e parceria da SAI e da CPA da UFRGS. Os dados obtidos por
meio desse instrumento foram analisados pela SEAD e subsidiaram as diversas ações
executadas pela Secretaria, já citadas anteriormente. Para atender a uma necessidade relatada
pelos docentes da Universidade, a SEAD, em parceria com a SAI e CPA, elaborou também um
novo instrumento de autoavaliação docente, o qual contempla as especificidades da educação a
distância.
Por fim, a Coordenação Acadêmica redigiu um documento contendo informações
conceituais e legais sobre a inclusão da educação a distância nos cursos presenciais, visando
fornecer subsídios para a escrita dos Projetos Pedagógicos de Curso de graduação da UFRGS,
para ser encaminhado às Comissões de Graduação (COMGRAD).
Com relação à ampliação dos cursos na modalidade a distância, relacionada ao objetivo
tático “1.4 Expansão do ensino, da pesquisa e da extensão”, a SEAD apoiou, em 2019, o
início de dois cursos de pós-graduação (lato sensu), em Cooperativismo e em Gestão da
Educação, ambos do Campus Litoral Norte. Os demais cursos a distância aprovados no Edital
05/2018 do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) – cinco cursos de graduação e três de
pós-graduação (lato sensu) – não tiveram autorização para iniciar, por conta de restrições
orçamentárias da CAPES. Além disso, a UFRGS foi convidada a participar de um programa
nacional para oferta do curso de pós-graduação (lato sensu) em Ensino de Ciências para os
207
Anos Finais do Ensino Fundamental – Ciência é 10 para formação de professores em exercício
na Educação Básica, que será oferecido pelo Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS). A
SEAD atuou ao longo de 2019 na assessoria ao Instituto para a implementação desse curso, que
ofertará 200 vagas e terá início no primeiro semestre de 2020. Assim, o principal desafio
consiste nas limitações de financiamento para a oferta de cursos a distância na Universidade,
pois estes dependem de fontes de recursos externas à UFRGS. Atualmente, o fomento decorre
principalmente do Sistema UAB/CAPES, que passa por cortes orçamentários.
No que se refere ao objetivo tático “2.1 Incentivar a pesquisa e inovação nas áreas
científica, tecnológica e social”, a SEAD executou duas ações principais. Por meio do seu
setor responsável pela produção multimídia para a educação (NAPEAD), em 2019 foram
produzidos mais de 350 recursos educacionais digitais, dentre eles e-books e materiais didáticos
impressos, vídeos, jogos e aplicativos educacionais e websites para os cursos e atividades
presenciais e a distância da UFRGS. Todos os recursos produzidos estão disponibilizados para
acesso livre no Portfólio do NAPEAD (https://www.ufrgs.br/napead/portfolio), bem como no
Repositório LUME. Além disso, a ação/projeto Editais EaD, já citado no objetivo tático 1.1,
também contribuiu, na medida em que fomenta pesquisas na área da EaD e a produção de
recursos educacionais digitais, independente da produção do NAPEAD.
Tendo em vista a necessidade de promover a acessibilidade nos recursos educacionais
digitais, em prol do objetivo tático “3.3 Promover todas as formas de inclusão”, a SEAD
considerou em seu Planejamento de 2019 a criação de um plano de trabalho sobre esse tema. O
Plano descreve as atividades realizadas e os objetivos nessa área para 2020, com o intuito de
promover o acesso e o uso dos materiais por todos, incluindo as pessoas com deficiência (PCD),
pois um recurso inicialmente pensado para as PCD pode também contemplar outros públicos.
Ao longo de 2019 já foram desenvolvidos conteúdos em múltiplos formatos acessíveis:
audiovisual com Libras, com legendas descritivas para surdos e/ou ensurdecidos, com
audiodescrição para as pessoas com deficiência visual; textos de apoio em três formatos para
visualização e impressão (com e sem audiodescrição, para impressão em Braille) e em áudio
com locução dos textos e descrição das imagens; questões avaliativas em Libras, com legendas
para surdos e ensurdecidos e com audiodescrição. Outra ação para promover todas as formas
de inclusão foi a ampliação dos cursos massivos, online, abertos e gratuitos (MOOCs), via
plataforma LÚMINA (lumina.ufrgs.br), disseminando o conhecimento desenvolvido dentro da
UFRGS. Em 2017, tivemos 12 cursos ativos na plataforma, em 2018 ampliou-se para 27, e em
2019 totalizamos 50 cursos, ultrapassando os 100.000 usuários inscritos. Os desafios consistem
208
em continuar sensibilizando e engajando a comunidade acadêmica para a produção de novos
cursos neste formato e na manutenção das equipes de trabalho, já que envolvem alunos bolsistas
na elaboração dos materiais. Para isso, uma das estratégias é fomentar a produção através de
uma das linhas de ação do Edital EaD, bem como a captação de recursos com parceiros externos
(Ministérios, CNPq, etc.).
No objetivo tático “4.2 Desenvolver a gestão organizacional”, a Gerência
Administrativa da SEAD realizou a gestão de cinco Termos de Execução Descentralizada
(TED) e Convênios de recursos financeiros oriundos de órgãos de fomento externo, garantindo
a realização das ações acordadas, com foco na EaD a partir da execução de 70% dos recursos
disponíveis no início de 2019. Ao longo do ano a UAB/CAPES realizou novo aporte de recursos
possibilitando a continuidade das atividades até 2020.
No que tange ao objetivo tático “4.3 Desenvolver a gestão de pessoas”, a SEAD tem
dado continuidade às ações de oferta de capacitações para o uso de tecnologias de informação
e comunicação (TICs) e para a EaD, visando a familiarização com as tecnologias e suas
aplicações pedagógicas, bem como a reflexão sobre concepções e práticas na educação
presencial e a distância. Em parceria com a Escola de Desenvolvimento de Servidores da
Universidade (EDUFRGS), 9 ações de capacitação foram realizadas, totalizando uma oferta de
226 vagas, para a comunidade UFRGS. Dentre essas capacitações, cinco delas foram o curso
“Como produzir audiovisual com dispositivos móveis como recurso para sala de aula”, com o
intuito de atender parte das demandas descritas pelos alunos no instrumento de avaliação do
docente pelo discente, nas quais enfatizaram a necessidade de qualificar os materiais digitais.
Além dessas, destacam-se as capacitações ofertadas aos tutores para os cursos de graduação e
especialização na modalidade a distância com o objetivo de contribuir para a manutenção do
bom atendimento aos alunos, conforme apontado no instrumento de avaliação do docente pelo
discente. Um dos maiores desafios encontrados pela SEAD é o aproveitamento efetivo das
vagas ofertadas de capacitação para a comunidade acadêmica. Isso porque há uma demanda
represada de servidores que precisam cumprir seus programas de formação. Sendo assim, esses
recebem prioridade na seleção, mas por terem mais interesse na carga horária do que no
conteúdo, muitas vezes não comparecem ao curso ou evento. Em paralelo, há muitos servidores
ativos que desejam participar das ações e acabam não tendo oportunidade justamente pela
limitação das vagas. Nos últimos anos a SEAD, devido ao novo perfil dos servidores que
integraram a Secretaria, passou a desenvolver e ministrar cursos sobre o uso das tecnologias na
educação. Essa é uma atividade que demanda tempo e dedicação e, em função das atribuições
209
da equipe, nem sempre se consegue atender a permanente demanda da Universidade. Para dar
conta, em parte, dessa necessidade, a equipe acadêmica da Secretaria está atualizando os dois
cursos, de sua autoria, no formato MOOC: “Moodle em ação: atividades e recursos” e “Moodle
em ação: configurações” que estão disponíveis na plataforma Lúmina. Ambos podem ser
aproveitados para o Programa de Atividade de Aperfeiçoamento Pedagógico (PAAP) e também
para progressão por capacitação de técnicos administrativos. Igualmente a equipe já iniciou a
elaboração dos conteúdos de um MOOC de Introdução à Educação a Distância. Ainda sobre
capacitações, dado o protagonismo da SEAD nas atividades do PAAP, a equipe foi convidada
pela EDUFRGS e PROGRAD a participar das discussões sobre a reestruturação desse programa
e colaborou na escrita da nova instrução normativa que deve entrar em vigência em 2020. Essa
instrução normativa resgata os propósitos pedagógicos do programa e traz uma substancial
mudança nos eixos e temáticas de formação, visando contemplar as novas exigências legais
para a graduação, o que acarretou a ampliação da carga horária.
Visando o objetivo tático “4.6 Desenvolver a gestão da infraestrutura e serviços”, a
SEAD buscou integrar e qualificar os espaços multimídias da UFRGS, promovendo seu pleno
uso e ampliando o acesso às salas de videoconferência e aos estúdios de gravação, através da
ação/projeto criado em 2017, denominado Rede Multivídeos (www.ufrgs.br/redemultivideos).
Em 2019 foram integrados 2 novos espaços à Rede, um na Faculdade de Farmácia e outro no
departamento de Bioquímica, proporcionando acesso a salas de webconferência e vídeo
conferência e estúdio audiovisual à comunidade acadêmica do Campus Saúde. Também, devido
a questões internas, um dos espaços localizado no Campus Central foi desvinculado, totalizando
6 espaços em 2019, nos quais foram realizados mais de 1.200 agendamentos. O cenário é
animador, mas inspira cuidados para que essa estrutura seja mantida, apesar das restrições
orçamentárias na esfera do ensino público federal. Em paralelo, prestou-se suporte às ações de
EaD e presenciais da comunidade UFRGS e de outras Instituições vinculadas à UAB e por meio
dos 2 Polos de apoio presencial institucionais, os quais tiveram manutenção permanente da
infraestrutura ao longo de 2019.
Assim, durante o ano de 2019, a SEAD organizou suas atividades com foco nas ações
previstas em seu Planejamento Anual, almejando não somente atingir as metas, mas trabalhando
para o aperfeiçoamento das ações de EaD como um todo e visando à expansão inclusiva com a
qualificação da comunidade universitária e o aperfeiçoamento da infraestrutura institucional.
210
Quadro 22. Resumo da avaliação da SEAD
OBJETIVOS PDI QUE SE
RELACIONAM COM A
AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS
/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Objetivos acadêmicos e
pedagógicos, que visam
incentivar atividades
formativas discentes com
base em experiências
aplicadas
Monitoria a
distância
2 - Políticas
para o ensino,
a pesquisa, a
pós-graduação
e a extensão
Apoio às atividades
didáticas dos professores no
ensino de graduação.
Incentivo à iniciação dos
alunos da graduação na
docência com o uso das
tecnologias.
Sistema de gerenciamento
que não atende às
necessidades da ação e dá
margem para erros.
Obsolescência da Instrução
Normativa do Programa de
Monitoria Acadêmica.
Proposição de qualificação do sistema
de gerenciamento junto à PROGRAD e
CPD.
Participação no grupo de trabalho para
elaboração da nova Instrução Normativa
para atender as atuais necessidades do
Programa.
Objetivos acadêmicos e
pedagógicos, que visam
incentivar a adoção de novas
estratégias, práticas,
tecnologias e espaços de
aprendizagem e de ensino
Suporte às
Plataformas
Institucionais
de EaD
2 - Políticas
para o ensino,
a pesquisa, a
pós-graduação
e a extensão
Apoio às atividades de
ensino, pesquisa e extensão
na modalidade a distância.
Qualificar os materiais
disponíveis sobre os
Ambientes Virtuais de
Aprendizagem da UFRGS.
Grande número de
atendimentos que não dizem
respeito diretamente às
plataformas.
Excesso de atendimentos
para os mesmos assuntos.
Manutenção permanente do Catálogo
online, no qual o usuário acessa
diretamente as respostas às suas
dúvidas.
Vinculação do Catálogo à TUAUFRGS
e categorização por perfil de usuário.
Objetivos acadêmicos e
pedagógicos, que visam
incentivar a adoção de novas
estratégias, práticas,
tecnologias e espaços de
aprendizagem e de ensino
Eventos
SEAD
2 - Políticas
para o ensino,
a pesquisa, a
pós-graduação
e a extensão
Espaços de divulgação e
compartilhamento de
conhecimentos e
experiências produzidas no
âmbito da Universidade
utilizando tecnologias
digitais e EaD.
Sensibilização da
comunidade interna e externa
para participação nos
eventos.
Restrição orçamentária para
contratação eventual de
especialistas externos à
Universidade.
Manutenção das estratégias de
divulgação e diversificação dos espaços
presenciais de realização dos eventos.
Estabelecer parcerias internas e externas
para realização das ações.
Objetivos acadêmicos e
pedagógicos, que visam
incentivar a adoção de novas
estratégias, práticas,
tecnologias e espaços de
aprendizagem e de ensino
Editais
EaD/UFRGS
2 - Políticas
para o ensino,
a pesquisa, a
pós-graduação
e a extensão
Ampliação da inserção das
tecnologias nos processos
de ensino e de
aprendizagem.
Incentivo à inovação e
pesquisa em EaD.
Produção de recursos
educacionais digitais.
Dificuldade de acompanhar
os produtos dos projetos
apoiados.
Dificuldades para
implementar disciplinas EaD
no âmbito dos currículos dos
cursos presenciais.
Manutenção da elaboração de relatório
de controle dos projetos desenvolvidos,
ao final do processo.
Finalização e publicação da Instrução
Normativa para regular e orientar a
oferta de disciplinas a distância nos
cursos presenciais.
211
OBJETIVOS PDI QUE SE
RELACIONAM COM A
AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS
/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Necessidade de qualificar o
processo de seleção dos
projetos.
Necessidade de melhorias no
sistema de gerenciamento do
processo.
Constituição de comissão permanente
de avaliação dos projetos.
Proposição de melhorias no sistema
junto ao CPD.
Objetivos acadêmicos e
pedagógicos, que visam
incentivar a adoção de novas
estratégias, práticas,
tecnologias e espaços de
aprendizagem e de ensino
EaD nas
atividades de
ensino
2 - Políticas
para o ensino,
a pesquisa, a
pós-graduação
e a extensão
Qualificação das práticas
educacionais nas atividades
de ensino a distância.
Inclusão dos recursos
tecnológicos nas atividades
de ensino presenciais.
Dificuldades para
implementar disciplinas EaD
no âmbito dos currículos dos
cursos de graduação
presenciais.
Finalização e publicação da Instrução
Normativa para regular e orientar a
oferta de disciplinas a distância nos
cursos presenciais.
Participação da SEAD nos espaços de
discussão sobre ensino, pesquisa e
extensão visando a aproximação das
práticas da EaD com o ensino
presencial.
Objetivos acadêmicos e
pedagógicos, que visam
ampliar a oferta de ações de
educação a distância
Ampliação de
cursos na
modalidade a
distância
2 - Políticas
para o ensino,
a pesquisa, a
pós-graduação
e a extensão
Ampliação da oferta de
cursos de graduação, pós-
graduação e extensão a
distância, contribuindo para
expansão de vagas no
ensino superior público,
para localidades fora dos
grandes centros urbanos.
Sobrecarga de trabalho das
equipes (docentes e técnicos)
interessadas em ofertar
cursos EaD.
Limitação de financiamento
para oferta de cursos na
modalidade a distância.
Apoio da SEAD na constituição dos
núcleos e grupos de trabalho nas
Unidades para implementação dos
cursos.
Busca de fontes de financiamento para
cursos EaD e definição de estratégias de
articulação para o melhor
aproveitamento dessas fontes.
Objetivos acadêmicos e
pedagógicos, que visam
incentivar a adoção de novas
estratégias, práticas,
tecnologias e espaços de
aprendizagem e de ensino
Produção de
recursos
educacionais
2 - Políticas
para o ensino,
a pesquisa, a
pós-graduação
e a extensão
Produção de recursos
educacionais digitais para
qualificar o ensino
presencial e a distância.
Insuficiência de cargos
técnicos especializados na
Universidade.
Dificuldade dos autores para
entrega dos conteúdos que
compõem os recursos.
Articulação junto à PROGESP para
inclusão de novos cargos técnicos na
Universidade.
Mobilização e sensibilização junto aos
autores para cumprimento dos prazos de
entrega.
212
OBJETIVOS PDI QUE SE
RELACIONAM COM A
AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS
/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Objetivos de impacto social,
que auxiliem a fortalecer
ações de acessibilidade, de
inclusão social, pedagógica e
laboral
Acessibilidad
e em EaD
2 - Políticas
para o ensino,
a pesquisa, a
pós-graduação
e a extensão
Ampliar o acesso de
pessoas com deficiências
aos recursos educacionais
produzidos na
Universidade.
Insuficiência de pessoal
técnico especializado e de
recursos tecnológicos
atualizados.
Capacitação de pessoal e captação de
recursos financeiros para aquisição de
novos equipamentos e softwares.
Objetivos acadêmicos e
pedagógicos, que visam
ampliar a oferta de formação
continuada
Cursos
massivos e
online
(MOOC)
2 - Políticas
para o ensino,
a pesquisa, a
pós-graduação
e a extensão
Ampliar o acesso ao
conhecimento produzido na
Universidade.
Dificuldade dos autores para
entrega dos conteúdos que
compõem os recursos.
Mobilização e sensibilização junto aos
autores para cumprimento dos prazos de
entrega.
Objetivos organizacionais,
que propõem fortalecer a
política de sustentabilidade
econômica, financeira, social
e ambiental da Universidade
gestão e
execução
financeira
2 - Políticas
para o ensino,
a pesquisa, a
pós-graduação
e a extensão
Otimização de recursos
financeiros através da
centralização da execução
pela SEAD.
Parâmetros de fomento
dinâmicos e instáveis.
Financiamento por meio de
descentralização
orçamentária anual,
dificultando a oferta contínua
de cursos.
Imprevisibilidade de repasse
dos recursos.
Acompanhar e assessorar os
Coordenadores dos cursos no uso dos
recursos humanos, financeiros e de
infraestrutura, para otimização dos
recursos.
Aumentar a captação de recursos de
diferentes fontes de financiamento.
Objetivos organizacionais,
que propõem aperfeiçoar a
política de qualificação e
capacitação permanente de
servidores, contemplando a
formação em todos os níveis
Formação
continuada
para a EaD
5 - Políticas de
Pessoal
Qualificação do pessoal
(técnico e docente) para uso
das tecnologias nas
atividades de ensino,
pesquisa e extensão.
Conciliar o planejamento e a
construção de cursos com a
rotina de atividades da equipe
da Coordenação Acadêmica.
Dificuldades com as
estruturas físicas –
laboratórios para as
atividades.
Descompasso entre o nº de
interessados em realizar as
capacitações e o perfil dos
aprovados, sendo esses
últimos, prioritariamente
Busca de parceiros para integrar a
equipe de desenvolvimento de cursos.
Busca de recursos financeiros para
melhoria e adequação dos
espaços/laboratórios da Universidade.
Articulação junto à EDUFRGS para
criar critérios mais inclusivos para
seleção dos participantes dos cursos,
privilegiando o interesse pela área e não
a necessidade de carga horária.
213
OBJETIVOS PDI QUE SE
RELACIONAM COM A
AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS
/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
participantes do PAAP, que
muitas vezes não
comparecem aos cursos,
prejudicando outros
interessados não
selecionados.
Objetivos organizacionais,
que visam otimizar o uso e a
conservação da infraestrutura
da UFRGS, em uma
perspectiva integrativa,
favorecendo os modelos
multiusuários e
contemplando a expansão
institucional
Rede
Multivídeos
7 -
Infraestrutura
Física
Promoção do pleno uso de
salas de videoconferência e
estúdios de gravação de
vídeos da Universidade,
ampliando o acesso a estas
estruturas.
Ampliação da gravação e
transmissão via web de
atividades e eventos
acadêmicos, bem como da
realização de reuniões e
bancas de defesa com
participantes distantes
geograficamente,
minimizando os gastos com
deslocamentos.
Insuficiência de cargos
técnicos especializados na
Universidade.
Desconhecimento da
comunidade acadêmica da
existência dos espaços e
serviços.
Capacitação de pessoal, bolsas para
formação das equipes com alunos das
áreas de audiovisual e captação de
recursos financeiros para aquisição de
novos equipamentos e softwares.
Ampliação da divulgação da Rede,
diversificando os formatos e meios.
Objetivos organizacionais,
que visam adequar e
qualificar os espaços
existentes para suporte
acadêmico
Polos de
apoio
presencial
7 -
Infraestrutura
Física
Suporte prioritário às ações
de EaD, bem como
presenciais da comunidade
acadêmica da UFRGS e de
outras Instituições
vinculadas à Universidade
Aberta do Brasil
(UAB/CAPES).
Diminuição dos recursos
financeiros (capital) para
atualização de equipamentos
defasados – espaços
físicos/laboratórios.
Busca de recursos financeiros para
atualização dos equipamentos dos
espaços/laboratórios dos Polos.
214
3.3.1.3 Ensino Básico – Colégio de Aplicação (CAp)
Os Colégios de Aplicação foram criados na esteira do movimento educacional
conhecido como Escola Nova. O movimento começou na Europa entre o final do século XIX e
o início do século XX, e chegou aos Estados Unidos através do educador John Dewey.
A Portaria nº 959, de 27/09/2013 do Ministério da Educação, estabelece as diretrizes e
as normas gerais de funcionamento dos Colégio de Aplicação vinculados às Universidades
Federais, em seu Art. 2º "Para efeito desta Portaria, consideram-se Colégios de Aplicação, as
unidades de educação básica que têm a finalidade de desenvolver, de forma indissociável,
atividades de ensino, pesquisa e extensão com foco nas inovações pedagógicas e na formação
docente".
O Colégio de Aplicação é a Unidade de Educação Básica da UFRGS e oferece ensino
gratuito a crianças, jovens e adultos, através de seus projetos de ensino que abarcam desde o
primeiro ano do ensino fundamental até a Educação de Jovens e Adultos (EJA). O ingresso é
por sorteio público que ocorre a partir de abertura de edital. A escola funciona das 7h30 às
22h15 de segunda à sexta-feira e eventualmente tem atividades pedagógicas aos sábados pela
manhã.
A base curricular do Ensino Fundamental e Médio, segundo consta nos marcos de
referência utilizados no Colégio de Aplicação, objetiva a estruturação das diversas áreas de
conhecimento, por meio da especificidade de cada disciplina. Objetiva, também, a ação e a
reflexão - ação pressupondo o estudo teórico, a pesquisa interdisciplinar e a seleção de
conteúdos/contextos complexos que permitam ao aluno aprender por meio de suas próprias
experiências, construindo suas categorias de pensamento, ao mesmo tempo em que organiza
seu mundo.
O referencial epistemológico do Ensino Fundamental e Médio tem como pressupostos
da sua prática a permanente releitura e ressignificação de sua base teórica, buscando contemplar
teorias que irão auxiliar no encaminhamento de suas propostas curriculares. O aluno é o centro
do processo educativo: é incentivado a investigar, perguntar e não apenas a responder, de forma
a ser valorizado em seus diferentes estilos cognitivos e culturais.
Ao professor cabe fazer da sala de aula um campo de pesquisa e de seu campo de
trabalho um laboratório.
A visibilidade do caráter experimental se dá por meio dos projetos de ensino que
reestruturam a grade curricular tradicional. São eles:
215
• Projeto Unialfas - Projeto de ensino que atende as séries inicias do Ensino
fundamental, especificamente do 1º ao 5º ano;
• O Projeto Amora - objetiva a reestruturação curricular caracterizada pelos novos
papéis do professor e do aluno demandados pela construção compartilhada de
conhecimentos a partir de projetos de aprendizagem e integração das tecnologias
de informação e comunicação ao currículo escolar. O projeto atualmente envolve
alunos do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação da UFRGS.
Esse projeto está em funcionamento desde 1996.
• O Projeto Pixel - Projeto de ensino que atende as duas últimas séries finais do
Ensino fundamental, especificamente do 8º e 9º ano. Visa criar uma identidade
nesta etapa do Ensino Fundamental, considerando a continuidade do trabalho
realizado nos Projetos Unialfas e Amora, ao mesmo tempo em que permite a
integração de alunos novos, preparando-os para o ingresso no Ensino Médio. Para
tanto, pretende-se colocar em prática atividades multidisciplinares que permitam ir
além do conhecimento específico de cada disciplina, não explorando apenas os
pontos comuns entre elas, mas possibilitando experiências reais de interação com o
mundo.
• O projeto do Ensino Médio - Projeto de ensino que se justifica pelo reconhecimento
das redes de cognição que definem o cotidiano dos planejamentos e das práticas
aplicadas. Este estudo define um processo de contínuos amparos interdisciplinares,
não necessariamente temáticos, mas baseados na essência de uma competência a
ser desenvolvida. Para esse referencial, o entendimento de competências e
habilidades é de fundamental importância. Não são conceitos originários da
educação nem mesmo de seu total domínio, porém são conceitos aplicados para a
cognição há mais de uma década com a reformulação dos parâmetros curriculares.
Entendem-se por habilidade e competência, no contexto desta justificativa teórica,
as relações internas do processo de aprendizagem.
• Projeto do Ensino Fundamental e Médio para Jovens e Adultos - A Educação de
Jovens e Adultos (EJA) do Colégio de Aplicação da UFRGS trabalha por
componentes curriculares e não por disciplinas, na busca pelo ensino
multidisciplinar e não comparti mentalizado. A metodologia utilizada contempla
aulas práticas e expositivas, privilegiando o conhecimento prévio que o aluno
216
adulto já possui. Os professores permanentemente instigam o diálogo, o qual
promove a inserção do aluno na sua própria construção do conhecimento.
• Disciplinas Eletivas: o aluno escolhe uma disciplina que compõe a parte
diversificada do currículo, no Ensino Médio.
• Programa de Monitoria Acadêmica do CAp/UFRGS, visando aproximar os
estudantes dos cursos de licenciatura da UFRGS da prática docente do Colégio de
Aplicação em atividades que envolvam tanto a preparação de materiais quanto o
desenvolvimento de habilidades e competências relacionadas às diferentes áreas de
conhecimento no Ensino Fundamental e Médio.
• Programas de Intercâmbio, cujo objetivo é favorecer o intercâmbio com países de
Línguas Inglesa, Língua Espanhola e Língua Alemã, línguas estrangeiras
obrigatórias no currículo do CAp, ampliando as possibilidades de interação com
culturas que contribuíram e contribuem na formação da identidade nacional e
facilitando as possibilidades de trocas e intercâmbio entre diferentes culturas na
busca da mútua compreensão como referência para o entendimento, na diversidade,
entre as pessoas de outros países. Há três convênios firmados, nos quais os alunos
são enviados por um período que varia de 15 dias a um ano a uma das instituições
parceiras, que se localizam em Weston (Estados Unidos), Córdoba (Argentina) e
Alemanha (parceria com o Instituto Goethe). Além desses, há o intercâmbio com o
Colégio de Aplicação de Santa Catarina (Projeto Tchê-Mané), cujo objetivo é
estabelecer parceiras pedagógicas e a troca de experiências entre os CAps.
O Colégio de Aplicação ao desenvolver suas ações nos anos de 2019, realizou mais uma
vez o evento “UFRGS PORTAS ABERTAS”, que tem a finalidade de receber nas diversas
Unidades de Ensino, Órgãos e Setores da Universidade, os alunos das escolas de Ensino Médio
do Rio Grande do Sul bem como visitantes em geral visando divulgar as atividades de ensino,
pesquisa e extensão que são desenvolvidas na Universidade. O público visitou e participou das
inúmeras atividades oferecidas aos visitantes.
Com os objetivos de promover trocas de experiências e colaborações entre Institutos,
Colégios e Escolas de Aplicação e as redes de ensino público, e debater sobre os desafios da
educação para o fortalecimento da Democracia, o Colégio de Aplicação da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul realizou o X SICEA NACIONAL de 12 a 14 de novembro de
2019.
217
Destaca-se, o projeto instalado e funcionando na sua plenitude o Projeto CTAJr - que
abre portas para avanços pedagógicos no que diz respeito às práticas e às teorias relacionadas
ao ensino e a aprendizagens escolares fortemente baseadas no uso dos recursos de comunicação
e interação digitais hoje disponíveis. Busca com isto atingir a qualidade pretendida pela
educação contemporânea, quanto ao desenvolvimento de habilidades e competências
requeridas ao cidadão atual, requer atualizações constantes das estratégias que permitem
aprender e atuar responsavelmente no mundo.
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID
O Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul sendo a unidade
de Educação da Básica da UFRGS participa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
à Docência - PIBID. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência tem como
objetivos: incentivar a formação de docentes em nível superior para a educação básica;
contribuir para a valorização do magistério; elevar a qualidade da formação inicial de
professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração entre educação superior e
educação básica; inserir os licenciandos no cotidiano das escolas da rede pública de educação,
proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas,
tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação
de problemas identificados no processo de ensino aprendizagem; incentivar escolas públicas de
educação básica, mobilizando seus professores como coformadores dos futuros docentes e
tornando-as protagonistas nos processos de formação inicial para o magistério e contribuir para
a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes, elevando a qualidade
das ações acadêmicas nos cursos de licenciaturas.
Os Pibidianos de Filosofia do CAp recebem destaque no XV Salão de Ensino. O PIBID
– Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, de Filosofia, recebeu destaque, na
sessão do dia 23/10, através da apresentação do trabalho “Debate, argumentação e ética
prática no ensino médio” dos pibidianos Daniel Ancelmo e Douglas Tolotti. O referido
trabalho versou sobre atividade desenvolvida nas turmas do 2º ano do Ensino Médio do CAp.
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência do Curso de Licenciatura
em Educação do Campo – Ciências da Natureza da UFRGS (PIBID – EDUCAMPO) realizou
o 1º Seminário PIBID – EDUCAMPO, no dia 17/12 no Colégio de Aplicação. Foram
ofertadas oficinas de Produtos de uso doméstico e o seu preparo experimental – Msc. Prof.
Rafael Scheffer Pacheco. Local: Lab. de Ciências. Introdução ao Arduino – Taylor Fernandes
Cunha e Jeferson Gerard do Amaral (Alunos de Engenharia da UFRGS). Local: Lab. Física.
218
Construção de histórias em quadrinhos (HQs) utilizando o Pixton – Profa. Rita Fabiana
Silveira Melo de Moraes. Local: Lab. Informática. Construção de bonecas e a exploração da
diversidade – Dra. Tatiana Souza de Camargo e Dra. Marilise Hoffman. Local: LIFE. A escola
do campo que se tem e a escola do campo que ser quer: a contribuição da educação
ambiental no contexto de uma escola do campo – Msc. Renan Barbosa de Almeida e Msc.
Jeferson Rosa Soares. Local: Sala de aula. Conhecendo a Genética e desconstruindo a ideia
de “raças humanas” – Dra. Fernanda Britto da Silva. Local: Sala de aula.
Quadro 23. Projetos de Pesquisa em Andamento no Colégio de Aplicação
Nº do
Projeto Título do Projeto Início
Previsão
de
Término
Área do
Conhecimento
Nome do
Coordenador
21900 Gênero e paternidade entre
militantes que combate 01/03/12 31/12/20
História do Brasil
República Vanderlei Machado
22265 (Des)Seriação da Educação
Física no Ensino M 01/10/11 30/09/20 Educação Física
Carla da Conceição
Lettnin
23416 Utilização e Produção de
Quadrinhos no Ensino de C 04/03/11 31/08/20
Divulgação
Científica
Victor João da Rocha
Maia Santos
25418 Inclusão digital e EJA: uma
relação a construir 01/08/13 01/08/20
Educação de
Adultos
Clevi Elena
Rapkiewicz
27134 Iniciacao Cientifica nas Series
Finais do Ensino
01/05/14
31/08/20
Métodos e Técnicas
de Ens Rosane Nunes Garcia
28053 O Ensino de Línguas no
Ensino Médio: Uma Pe 25/09/14 31/08/20 Lingüística
Hugo Jesus Correa
Retamar
28315 O ensino e aprendizagem das
colocações de verbo+ 01/01/15 31/12/19
Línguas Estrangeiras
Modernas
Ivonne Teresa Jordan
De Moge
29145 Cemiterios Industriais na
Região Metropolitana
01/08/15
31/10/21 Geografia Ana Clara Fernandes
29861 La littérature dans la classe de
FLE à l’école publique 08/09/15 30/06/20
Literaturas
Estrangeiras M
Daniele Azambuja De
Borba Cunha
30026 É um dever humano realizar
ou promover o Sumo B 01/11/15 31/12/19 Filosofia
Rafael Da Silva
Cortes
31382 Ambiente Construído e
Comportamento Sede 01/07/16 14/08/20 Saúde Coletiva
Cristina Borges
Cafruni
32021 Abordagens Inclusivas e
Recursos Concretos
15/10/16
24/10/19
Métodos e Técnicas
de Ens
Luciane Andreia
Leite Dos Santos
32420 Teatro na Cibercultura:
Poéticas e Processo 06/01/17 07/03/20 Teatro
Lisinei Fatima
Dieguez Rodrigues
32468
Tecnocientificidade,
Matemática e Educação de
Jovens
16/01/17 31/12/20 Educação Daiane Martins
Bocasanta
33564 Palhaçaria Feminina e
Práticas Pedagógicas 05/07/17 31/07/20 Interpretação Teatral
Ana Carolina Muller
Fuchs
33574 O Lugar das Narrativas no
Diálogo Intercul 01/08/17 01/09/20 Educação
Laura Nelly Mansur
Serres
34247 Epistemologia da Pesquisa em
Geografia: O C 08/01/18 21/03/20 Geografia Humana Evelin Cunha Biondo
34326 Processos Inclusivos e
Docencia: Contextos E 01/04/18 31/08/20 Educação Especial
Tasia Fernanda
Wisch
34432 Investigação Sobre Práticas de
Língua Portuguesa 15/03/18 01/10/20 Lingüística Aplicada
Adauto Locatelli
Taufer
34527 (De) Marcando a Cidade:
Vivências Urbanas D 20/02/18 19/08/20 Educação
Victor Hugo Nedel
Oliveira
34545 Ensino de Artes Visuais na 26/03/18 07/12/20 Educação Artística Karine Storck
219
Nº do
Projeto Título do Projeto Início
Previsão
de
Término
Área do
Conhecimento
Nome do
Coordenador
Escola Basica Cont
34564 O Livro e um Convite:
Projetos de Leitura e Fo 01/05/18 01/08/20 Teoria Literária
Caroline Valada
Becker
34720 Res(Significações) da
Matematica Financeira 17/05/18 17/06/20 Matemática
Marcelo Antonio dos
Santos
34757 Jogos, conceitos e
aprendizagem histórica. 01/08/18 30/08/21
Avaliação da
Aprendizage
Marcello Paniz
Giacomoni
34798 Cap/Ufrgs: Uma Trajetoria
Inovadora na Con 09/04/18 09/04/20 Educação
Juçara Benvenuti
34860 O currículo integrado:
Investigando possibilidades p 15/04/18 31/03/22 Multidisciplinar
Eliane Dias Alvarez
Schafer
35112 Formacao de Professores,
Inovacao e Pratic 24/04/18 02/01/21 Educação Especial
Mayara Costa Da
Silva
35410 O Estado da Arte das Pesquisas
sobre Prática 01/08/18 31/12/19 Educação
Victor Hugo Nedel
Oliveira
35437 Memória Geográfica do Colégio
De Aplicaçã 01/08/18 30/12/20 Educação
Victor Hugo Nedel
Oliveira
35504 Os Limites e as Possibilidades de
Ações Cooper 01/10/18 30/01/22 Matemática
Fabiana Fattore
Serres
35560 Trajetoria Cap Encena e os
Possiveis Rumos P 26/06/18 26/07/20 Teatro
William Fernandes
Molina
35567 Uma nova proposta para o plano
de ensino de Mate 30/07/18 12/10/20 Matemática
Ana Luiza De Freitas
Kessler
35568 Escolas e unidades de
conservação: aproximações e 01/07/18 31/07/20 Educação
Tais Cristine Ernst
Frizzo
35669 Smartphone e Geogebra:
Recursos Para Apre 31/08/18 31/12/20 Matemática
Marlusa Benedetti Da
Rosa
36428 Crimes no Brasil Meridional: o
furto de gado enquan 15/02/19 15/02/20 História
Arlene Guimarães
Foletto
36677 Conhecimento e Informação
Sobre Dopagem 18/02/19 17/02/21 Educação Física
Daniel Giordani
Vasques
36791 A Escrita Criativa e a
Produção De Curtas-Metragens 21/03/19 31/08/21 Letras
Adauto Locatelli
Taufer
36799 Letramento e avaliação sob a
óptica da linguística si 22/04/19 22/04/21 Lingüística
Marcelo Gonçalves
Maciel
37019 CAp/UFRGS: uma Trajetória
Inovadora na Construçã 15/04/19 15/12/22
Educação de
Adultos Juçara Benvenuti
37177 Abordagens do Alemão como
língua estrangeira par 30/04/19 28/02/23 Multidisciplinar
Gabriela Hoffmann
Lopes
38176 Esporte e Ideologia: princípios
educacionais que 01/11/19 31/10/21 Educação Física
Ivan Livindo de
Senna Correa
Projetos de Extensão em Andamento no Colégio de Aplicação
• Projeto Coro do CAp - Atividade gratuita, aberta à comunidade. Faixa etária a partir de
16 anos.
Coordenação: Profa. Daniela Barzotti Kohlrausch - Departamento de Expressão e
Movimento.
• PLURES - Plurilinguismo e Escola - O projeto de extensão PLURES - Plurilinguismo
e Escola, criado em 2018, aborda a pluralidade linguística do Brasil e do mundo através
da produção e da aplicação de atividades teórico-práticas voltadas para educação básica.
220
O objetivo é abrir espaço nas escolas para refletir sobre multilinguismo/plurilinguismo
e competências linguísticas/interculturais visando a sensibilização e a conscientização
linguística.
Para tanto, o projeto organizou um grupo multidisciplinar de estudos sobre
multilinguismo/plurilinguismo, a fim de criar uma exposição itinerante para as escolas
de educação básica. Essa exposição é composta de banners temáticos, como: "As
línguas na escrita", "Cooficialização de línguas no Brasil", "Famílias linguísticas", entre
outros. Para cada banner, são elaboradas e desenvolvidas atividades didático-
pedagógicas a serem aplicadas em oficinas para diferentes faixas etárias.
Coordenação: Ingrid Kuchenbecker - Departamento de Comunicação
• 1ª Olimpíada de Ciência Política 2018 - A Olimpíada de Ciência Política é um projeto
de extensão para estudantes do ensino médio, realizado no Colégio de Aplicação da
UFRGS em parceria com a Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Porto
Alegre. É coordenado pela profª Kelly C. Correa da Silva, da disciplina de Sociologia,
pelo prof. Nilo A. Piana de Castro, da disciplina de História, e por Jorge Barcellos,
funcionário da Escola do Legislativo da Câmara. Visa propiciar aos estudantes
entendimento qualificado da realidade política nacional, estadual e local, por meio de
uma série de atividades pedagógicas como leitura de textos, assistência e análise de
filmes, aulas, exposições, palestras e saídas de campo na cidade de Porto Alegre. O tema
dessa primeira edição é “A democracia em tempos difíceis”. A etapa final, no mês de
dezembro, prevê duas atividades: 1) concurso e exposição de fotografias produzidas
pelos estudantes na saída de campo “Rota Política” pela cidade de Porto Alegre; 2)
concurso com produção de textos sobre o tema da Olimpíada e posterior publicação pela
gráfica da Câmara de Vereadores de Porto Alegre.
Coordenação: Profa. Kelly Cristina Mota - Departamento de Humanidades
• Capa do Ano - Concurso oferecido aos alunos para produção e seleção de capas para
agenda escolar do ano letivo subsequente ao da realização de cada edição do projeto.
Participam da inscrição com produção artística própria, os alunos das turmas 90, do
Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos. Já da escolha através de votação,
toda a comunidade escolar do CAp: professores, pais, alunos e técnicos.
O intuito do projeto é adaptar a agenda aos estilos identitários do público que a utiliza,
já que se trata de um meio de extrema relevância no sentido de estabelecer um
221
importante vínculo de comunicação entre a escola e as famílias, bem como auxiliar na
organização e registro de atividades por parte dos alunos.
Coordenação: Profa. Luciana Hahn Brum - Departamento de Expressão e Movimento.
• Introdução à cerâmica - Curso anual de desenvolvimento de técnicas introdutórias de
construção cerâmica. Gratuito e aberto à comunidade. Faixa etária: de 12 à 60 anos.
Coordenação: Profa. Luciana Hahn Brum - Departamento de Expressão e Movimento.
• Diversidade e Escola no Espaço Metropolitano – é um projeto de extensão criado no
ano de 2016 que organiza periodicamente atividades sobre o tema das diversidades no
espaço escolar. O objetivo dessa extensão é promover o diálogo e a troca de saberes
entre o público acadêmico e a comunidade externa, além da conexão entre diferentes
áreas de conhecimento e de perspectivas de mundo. Através do trabalho com a
pluralidade socioeconômica, étnico-racial, religiosa, de faixa etária, de gênero e de
orientação sexual presente na sociedade, entende-se a escola também como um espaço
de formação identitária. Com momentos de reflexão e de discussão com os públicos
docente, discente e comunidade em geral, visa contribuir com a construção de uma
escola mais democrática, inclusiva e acolhedora e busca estabelecer o exercício pleno
da cidadania.
Coordenação: Profa. Ana Clara Fernandes - Departamento de Humanidades.
• Mulheres na Computação – Na história das ciências sempre foi mais valorizado e
visibilizado o trabalho de homens, embora muitas mulheres tenham contribuído
significativamente para muitas áreas do conhecimento. A fim de resgatar a história
delas, concebemos quatro objetos artísticos ― cada um sobre uma mulher ou grupo de
mulheres da computação. Outros objetos estão em desenvolvimento. As manifestações
por meio das artes podem construir visibilidades e problematizar poeticamente, pois
nelas cabem questões que extrapolam o texto literal. Como materiais para a criação dos
trabalhos artísticos são usados resíduos eletrônico, dando novo uso para o que seria
descartado. As obras ficam em exposição em escola pública, com mediação e oficinas
sobre gênero, arte e obsolescência programada.
Coordenação: Profa. Clevi Elena Rapkiewicz – Departamento de Ciências Exatas e da
Natureza.
• Repositório Virtual de Práticas Alternativas para os Anos Iniciais Projeto Unialfas
2017 – A Ação de Extensão constitui-se na elaboração de um blog para registro e
divulgação de práticas pedagógicas "alternativas" desenvolvidas nos Anos Iniciais do
222
Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação. Esta ação vem sendo realizada desde
2004. Tem como público-alvo a comunidade do Colégio de Aplicação, professores das
redes de ensino pública e privada e alunos de cursos de Graduação. A equipe de
professores do Projeto Unialfas é responsável pelo planejamento e elaboração das
atividades pedagógicas desenvolvidas. A equipe realiza a seleção das propostas que
serão divulgadas através do blog, priorizando práticas interdisciplinares, diferenciadas,
produções relacionadas aos Projetos de Pesquisa de Iniciação Científica, realizados
pelos próprios alunos, e Oficinas ministradas às turmas. O processo de registro e
publicização é organizado pelos docentes, com auxílio dos bolsistas. Tal processo inclui
registros fotográficos, filmagens e gravações; download dos dados coletados, edição do
material e postagem. Em determinados momentos, pedagogicamente pensados, estas
etapas são realizadas pelos alunos, que contam com o assessoramento dos bolsistas e
professores. A equipe docente responsabiliza-se por organizar visitações periódicas dos
alunos ao site, incentivando ainda interações com as famílias, bem como alimentando a
rede virtual de discussão e reflexão das práticas publicizadas entre os docentes,
educadores e demais participantes dos fóruns de discussão presentes no site. As
atividades de alimentação do site ocorrerão de segunda, quarta, quinta e sexta, das 8h
às 12h10 e captação de imagens priorizando as terças-feiras, durantes os ICs e oficinas.
As oficinas ocorrerão em duas etapas, a primeira no primeiro semestre de 2017 e a
segunda no segundo semestre.
Coordenação: Profa. Fernanda Lanhi da Silva – Departamento de Humanidades.
• A Formação de Professores e Estudantes de Graduação na Perspectiva
Inclusiva – Este projeto de pesquisa parte do entendimento de que o contexto escolar
necessita favorecer ações voltadas à prática reflexiva que coloque os professores/
estudantes e comunidade diante de suas realidades e, a partir destas, possam pensar e
construir novas ações em busca de uma escola inclusiva. Para que isso se efetive
compreendemos que a comunidade escolar necessita discutir sobre o cotidiano escolar.
Nesse sentido, esta pesquisa tem como objetivo central compreender a perspectiva
inclusiva com vistas a constituir reflexões e aprendizagens no contexto do Colégio de
Aplicação. A abordagem metodológica é qualitativa sociocultural. Para tanto, busca-se
transformar a escola em um espaço de formação pautado na problemática central da
inclusão, na perspectiva de compreender como a prática reflexiva compartilhada
223
contribui para a aprendizagem e a consolidação de ações pautadas na educação para a
diversidade.
Coordenação: Profa. Tásia Fernanda Wisch – Departamento de Humanidades.
• Altas habilidades: A Valorização dos Talentos a partir de Clubes Temáticos – As altas
habilidades/superdotação constituem público-alvo da educação especial, possuem
legislação que garante atendimento educacional especializado - AEE e indicam
estratégias de suplementação da aprendizagem e incentivo ao talento. Posto isso, essa
proposta de extensão volta-se à parceria com o trabalho da educação especial na
perspectiva da criação de Clubes Temáticos, que contemplem às diferentes áreas do
conhecimento. Os alunos poderão escolher às áreas dos seus interesses e também
participar da construção das atividades do Clube. As proposições serão semanais, em
turno inverso e os alunos poderão compor suas atividades das tardes em diferentes
Clubes. As temáticas contempladas partem das parcerias com professores de áreas
específicas do conhecimento. Tal proposta é de fundamental relevância para a
instituição posto que possibilitará a construção de espaços de aprendizagem voltados a
estudantes com altas habilidades.
Coordenação: Profa. Tásia Fernanda Wisch – Departamento de Humanidades.
• Discutindo Direitos Humanos, Relações de Gênero e Ditadura nas aulas de
Humanidades 2017 – Objetivo geral: Esta Ação de Extensão visa sensibilizar e
capacitar professores/as, das diferentes redes de ensino, e estudantes de graduação, das
disciplinas ligadas ao campo das Humanidades, para a necessidade de se desenvolver
uma Educação para os Direitos Humanos. Objetivo específico: Planejar metodologias
de ensino, oficinas e palestras que possibilitem a inserção de questões relacionadas aos
Direitos Humanos, aos estudos de gênero e ditadura nas aulas de Humanidades, nos
anos finais do Ensino Fundamental, Médio e na Educação de Jovens e adultos. Divulgar
ações pedagógicas e material bibliográfico através do blog Discutindo Direitos
Humanos na Escola https://direitoshumanosemsaladeaula.wordpress.com/ No Blog
Direitos Humanos em Sala de Aula os/as interessados/as poderão encontrar documentos
e as legislações de âmbito nacional e internacional referentes aos Direitos Humanos e
acessar materiais didáticos que abordam o assunto em sala de aula. No Colégio de
Aplicação da UFRGS o blog serve como uma ferramenta de pesquisa para os estudantes
da disciplina “Projeto Investigativo Direitos Humanos”, da Educação de Jovens e
Adultos (EJA). Com este blog buscamos contribuir para a implementação da resolução
224
n. 1, de 30 de maio de 2012, do Conselho Nacional de Educação, que estabelece as
diretrizes nacionais para a Educação em Direitos Humanos. Este documento, em seu
Inciso I, aponta para a necessidade de que o tema dos Direitos Humanos seja apreendido
em sua dimensão histórica e sua relação com os contextos internacional, nacional e
local.
Coordenação: Prof. Vanderlei Machado – Departamento de Humanidades.
• Multitarefas – Projeto Amora – Multitarefas Projeto Amora é um projeto de extensão
realizado no Colégio de Aplicação-UFRGS, que tem como objetivo publicar atividades
e jogos, que foram pensados para atender alunos com necessidades educativas especiais.
Queremos que cada um desses alunos possa encontrar seu lugar no mundo sem deixar
suas complexidades de lado, fazendo parte do grande quebra cabeça da sociedade,
mostrando a beleza da diferença de cada um.
O material desenvolvido foi pensado para séries finais do Ensino Fundamental, sendo
que a cada proposta, tivemos a preocupação de acompanhar as formas de resolução dos
alunos com o objetivo de tentar entender como as atividades estão auxiliando-os na
compreensão dos conceitos.
Coordenação: Profa. Marlusa Benedetti da Rosa – Departamento de Ciências Exatas e
da Natureza.
Quadro 24. Participação na política de formação de professores do Governo Federal –
2018/2019 ANO DETALHAMENTO DO PROGRAMA/PESQUISA RESULTADO
2018/2019 Programa MEC 1517 – Trajetórias Criativas. Programa
desenvolvido em parceria com o MEC (Jaqueline Moll),
SEDUC e UFRGS (Colégio de Aplicação), coordenado pela
Profª. Rosália Procasko Lacerda, cuja proposta é reduzir o
índice de repetência escolar no Ensino Fundamental.
Alunos do Ensino Fundamental com
histórico acentuado de repetência
escolar foram promovidos ao Ensino
Médio no final de 2015.
Trajetórias Criativas: Uma Proposta Metodológica Para O
Atendimento Aos Jovens De 15 A 17 Anos No Ensino
Fundamental. Programa desenvolvido em parceria com o
MEC (Jaqueline Moll), SEDUC e UFRGS (Colégio de
Aplicação), coordenada pela Profª. Rosália Procasko Lacerda,
cuja proposta é reduzir o índice de repetência escolar no Ensino
Fundamental. Constitui um trabalho de implementação de
inovações curriculares e formação de professores em escolas da
Rede Estadual de Educação.
O trabalho está implementado e
integrado a Grupos de Estudos e
Pesquisas do Programa de Pós-
Graduação da Faculdade de Educação
da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul.
Programa Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio - O
programa, visa a realização de Cursos de Formação de
Professores do Ensino Médio da Rede Pública, e integra o
conjunto de ações propostas pelo Ministério da Educação:
Pacto Nacional pela Educação em consonância com as
Diretrizes Curriculares Nacionais. É uma parceria com a
Faculdade de Educação, Secretaria de Educação do Rio Grande
do Sul e Colégio de Aplicação, a coordenação do curso é da
professora Danusa Mansur Lopez.
Implantação do Curso Formação de
Professores do Ensino Médio da Rede
Pública
225
ANO DETALHAMENTO DO PROGRAMA/PESQUISA RESULTADO
2018/2019 Programa MEC 1517 – Trajetórias Criativas
Programa desenvolvido em parceria com o MEC (Jaqueline
Moll), SEDUC e UFRGS (Colégio de Aplicação), coordenado
pela Profa. Profª. Rosália Procasko Lacerda,, cuja proposta é
reduzir o índice de repetência escolar no Ensino.
Alunos do Ensino Fundamental com
histórico acentuado de repetência
escolar foram promovidos ao Ensino
Médio no final de 2016.
Quadro 25. Nº de Docentes da Educação Básica e Técnica e Tecnológica na UFRGS por
Titulação Docentes Graduados Especialistas Mestres Doutores
Nº Docentes Permanentes
Nº Docentes Substitutos
02
10
04
----
42
04
58
---- Fonte: secretaria Colégio de Aplicação
Quadro 26. Docentes da Educação Básica e Técnica e Tecnológica na UFRGS, por Carga
Horária Docentes DE 40h 20h
Nº Docentes Permanentes 90 02 05
Nº Docentes Substitutos --------- 14 --------- Fonte: secretaria Colégio de Aplicação
Quadro 27. Alunos Matriculados no Colégio de Aplicação, nos anos de 2014 - 2018 Alunos 2014 2015 2016 2017 2018
Matriculados Ensino Fundamental 318 341 338 303 294
Matriculados Ensino Médio 224 226 228 207 190
Concluintes Ensino Fundamental 42 47 57 53 48
Concluintes Ensino Médio 61 50 85 56 54
Matriculados EJA – Ensino
Fundamental ----- 09 34 33 08
Matriculados EJA – Ensino Médio 150 132 101 84 102 Fonte: secretaria do Colégio de Aplicação
Quadro 28. Resumo da Avaliação do CAp
ITENS/ ASPECTOS/
QUESITOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Recursos Humanos Corpo técnico
qualificado para atender
uma demanda maior.
Falta de ações de
capacitação.
Realizar cursos de capacitação
voltados para as especificidades de
cada setor.
Espaço Físico Capacidade de
expansão
Necessidade de
ampliação e reforma do
espaço físico.
Demanda e acompanhamento junto
à SUINFRA de solicitações de
reformas.
Salas de aula Otimização constante
no uso dos espaços
existentes;
Necessidade de
ampliação do espaço
físico.
Demanda e acompanhamento junto
à SUINFRA de solicitações de
reformas.
Espaços de trabalho Otimização constante
no uso dos espaços
existentes
Necessidade de salas
com mais espaço para
alguns setores.
Demanda e acompanhamento junto
à SUINFRA de solicitações de
reformas.
Serviços de TI Ampliação de serviços
e da equipe
Recursos de software
insuficientes para as
necessidades do CAp.
Estudar possibilidade de
disponibilizar softwares livres para
atender demandas do CAp, bem
como a possibilidade de
desenvolvimento de software pelo
CPD.
Retomando as potencialidades, fragilidades e estratégias em busca de melhoria relativas
a 2018 acompanhada por uma análise crítico-reflexiva do que foi realizado em 2019, o Colégio
226
de Aplicação buscou incentivar e viabilizar a participação do corpo técnico-administrativo em
cursos buscando assim o aumento da qualidade dos serviços prestados.
No ano de 2019 foram realizadas diversas reformas nas dependências da escola. O
Centro de processamento de Dados - CPD, realizou diversas atualizações no Sistema de Ensino,
Médio, Fundamental, Técnico e de Pré-Escola, que facilitou a os trabalhos das áreas pedagógica
e administrativa.
227
3.3.1.4 Pesquisa – PROPESQ
A Pró-Reitoria de Pesquisa – PROPESQ - é uma instância da administração central da
estrutura da Universidade. A PROPESQ ocupa destacada posição no organograma da UFRGS
e tem como atribuição coordenar, estimular, fomentar e supervisionar as atividades e políticas
de pesquisa, conforme as disposições do Estatuto e do Regulamento Geral da UFRGS.
São objetivos da PROPESQ a correta gestão e execução dessas tarefas, bem como
contribuir de forma direta nas atividades-fim da UFRGS, quais sejam o ensino, a pesquisa e a
extensão. Desta forma, observa-se a relevância das atividades da PROPESQ, haja vista a
posição de destaque da Universidade, que atinge níveis de grandezas nacionais e internacionais.
Assim, as atividades da PROPESQ incidem nos resultados obtidos pela UFRGS no cenário
interno e externo do país. A PROPESQ procura, pelo permanente aperfeiçoamento de seus
serviços, gerar um impacto positivo nas atividades de pesquisa. Recentemente, com o
crescimento das atividades de inovação na Universidade, contribui diretamente e em parcerias
com demais instâncias, como a Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e o Parque
Científico e Tecnológico para o desenvolvimento das atividades de inovação no âmbito da
UFRGS.
A Universidade Federal do Rio Grande Sul elaborou, em 2016, um novo PDI para
vigência de 2016 a 2026. No PDI, constam como metas da UFRGS garantir agilidade, exatidão
e qualidade dos serviços prestados à comunidade interna e externa, e a racionalização dos
processos de trabalho, que deverão se pautar na eficácia das ações, no uso de ferramentas de
inovação tecnológica e na tomada ágil de decisões nas rotinas de gerência. Para tanto, a
organização administrativa da instituição requer a aplicação de novos processos de gestão
administrativa e acadêmica, com adoção de procedimentos de eficiência e informatização. A
PROPESQ aderiu a tais procedimentos.
O PG registra a necessidade de modernização e otimização dos processos
administrativos, a necessidade de implementar a informatização dos diversos órgãos da
Universidade, a revisão da estrutura administrativa com a introdução de novos procedimentos,
rotinas e serviços. De acordo com o PG, a PROPESQ se estruturou em 01 (uma) Gerência
Administrativa, 01 (um) Departamento e 07 (sete) Divisões, além de dar apoio a uma secretaria
que atende aos comitês de ética da Universidade, contando com uma força de trabalho de 14
servidores do quadro da Universidade e apoio de bolsistas.
A PROPESQ recebe, anualmente, um montante de recursos orçamentários para ser
aplicado em diversas áreas necessárias para o desenvolvimento das atividades de pesquisa.
228
Estes recursos são distribuídos para os Programas de Fomento, Iniciação Científica, Apoio à
Editoração de Periódicos e realização do Salão de Iniciação Científica e Salão UFRGS Jovem.
Uma parte destes recursos é utilizada para aquisição de materiais de consumo e permanente
para realização e qualificação das atividades de rotina da PROPESQ. A PROPESQ também
realiza e apoia seminários e eventos de cunho científico e tecnológico.
Além disso, a PROPESQ recebe recursos do CNPq e da FAPERGS na forma de
concessão de cotas de bolsas de Iniciação Científica que são distribuídas, mediante Edital, aos
docentes pesquisadores da UFRGS.
A estrutura é composta por: Departamento de Incentivo à Pesquisa, Divisão de Fomento,
Divisão de Iniciação Científica, Divisão de Divulgação Científica, Divisão de Difusão da
Pesquisa, Divisão de Projetos e Grupos de Pesquisa, Gerência Administrativa da PROPESQ,
Setor Financeiro, Setor de Informática, Secretaria de atendimento aos Comitês de Ética,
Secretaria da Coordenação dos Fóruns de Pesquisa, Secretaria do projeto CT Infra.
A equipe da PROPESQ, em 2019, foi constituída por: Pró-Reitor –Rafael Roesler,
Vice-Pró-Reitor e Departamento de Incentivo à Pesquisa - Bruno Cassel Neto, Gerente
Administrativa - Márcia Diehl Moeller, Setor Financeiro - Márcio Utz Asconavieta, Setor
de Informática - Jorge Paiva da Silva, Divisão de Fomento – Perla Lima Sousa, Divisão de
Iniciação Científica - Rafaela Medaglia Guarnier, Divisão de Projetos e Grupos de Pesquisa
- Márcia Eliane Beust de Lima e Alynni Luiza Ricco Avila, Divisão de Divulgação Científica
- João Batista Carvalho da Cruz, Divisão de Difusão da Pesquisa - Bruna Bertoglio Lorenzoni
e Larissa Henriques Dantas, Secretaria do Projeto CT Infra – Rodrigo da Luz Barcellos e
Michele da Silva Nimeth Riella, Secretaria de Apoio aos Comitês de Ética - Cláudia Adriana
Dornelles de Araújo, Secretaria da Coordenação dos Fóruns de Pesquisa – Patrícia Augusta
Locatelli
No Anexo 1, apresentamos os números registrados nas atividades de competência da
PROPESQ durante o ano de 2019. Destacamos que em todas atividades as metas foram
atingidas nos indicadores de gestão.
Retomada das potencialidades, fragilidades e estratégias em busca de melhorias.
A PROPESQ, em 2019, conseguiu manter a realização dos seus principais programas,
Iniciação Científica e Fomento. A principal dificuldade que tivemos em 2018, incerteza quanto
à disponibilidade dos recursos financeiros, se manteve em 2019, tendo em vista o contexto do
País. Em agosto de 2019, o CNPq fez um corte de bolsas PIBIC, atingindo aquelas que estavam
“ociosas”, que significa que haviam sido distribuídas, mas ainda não havia indicação de
229
bolsista. Isto significou um corta de 30 cotas deste tipo de bolsa para a UFRGS. Esta situação
foi revertida em novembro de 2019, quando foi possível fazer o registro de bolsistas nestas
cotas que estavam suspensas. Em relação ao Programa de Fomento, mesmo com restrição
financeira, conseguimos contemplar número maior de solicitações, em comparação a 2018.
Análise crítico-reflexiva das ações desencadeadas para atender ao Plano de Gestão.
Sobre as ações sob responsabilidade da PROPESQ no PG, fazemos a seguinte análise:
• Criar editais para financiamento de projetos de pesquisa de novos docentes:
Conseguimos, em 2019, lançar Edital do Programa Institucional de Apoio à
Pesquisa de Docentes Recém-Contratados pela UFRGS, com objetivo apoiar
docentes recém-contratados pela UFRGS, que possuem o título de doutor, por meio
da concessão de recursos financeiros para o desenvolvimento de projetos de
pesquisa. Os recursos aplicados neste Edital foram provenientes do Edital
001/2019 – Apoio às Atividades da UFRGS, executado com recursos oriundos do
superávit da Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul –
FAURGS, lançado em 26/06/2019 pelo Reitor.
• Apoiar a captação de recursos para pesquisas nas áreas básicas: neste item, temos
conseguido captar recursos em editais de fomento, através de bolsas de iniciação
científica, junto à FAPERGS e ao CNPq. Também temos auxiliado os
pesquisadores na submissão de propostas em editais e chamadas públicas junto aos
órgãos financiadoras, tendo obtido uma boa taxa de sucesso de aprovação das
propostas enviadas.
• Promover e criar redes de colaboração em pesquisas multidisciplinares e
transversais: a PROPESQ tem divulgado junto aos pesquisadores oportunidades
internas e externas de interações multidisciplinares.
• Apoiar institucionalmente projetos multidisciplinares de grande porte em editais de
fomento: em 2019 foram lançados três Chamadas Públicas pela FINEP para
projetos de grande porte. Em 2019 a FINEP divulgou o resultado final da Chamada
MCTIC/FINEP/CT-INFRA – CAMPI UNIVERSITÁRIOS REGIONAIS E
NOVAS UNIVERSIDADES – 02/2018, onde o projeto Desenvolvimento de
Pesquisa Multidisciplinar em Biogeodiversidade Costeira no Litoral Norte do Rio
Grande do Sul foi contemplado com recurso de R$ 605.317,00. Em outro Edital
lançado no final de 2018, 27/12/2018, pela FINEP, Ação Transversal / Projetos
Institucionais 02/2018, no resultado preliminar, divulgado em outubro de 2019, o
230
seguinte projeto da UFRGS foi contemplado: Implantação do Centro de Cirurgia
Robótica da UFRGS. Ainda não tem o valor concedido.
• Promover e apoiar a realização de seminários de pesquisa com vistas à interação
entre a sociedade e a Universidade: A PROPESQ, em setembro de 2019, dentro das
comemorações dos 85 anos da UFRGS, promoveu a Conferência da física e ativista
britânica Jessica Wade, intitulada ‘Por que precisamos conversar sobre diversidade
na ciência?’. Em novembro de 2019, também promoveu, em conjunto com Centro
Cultural da UFRGS, a palestra e lançamento do novo livro da cientista social e
antropóloga Rosana Pinheiro-Machado, “O amanhã vai ser maior: o que aconteceu
com o Brasil e possíveis rotas de fuga para a crise atual”. Além disso, através do
programa de Fomento, a PROPESQ apoiou a realização de 86 eventos promovidos
na UFRGS.
• Apoiar a captação de projetos de pesquisa internacionais: periodicamente a
PROPESQ fez a divulgação de Editais internacionais de fomento para
pesquisadores da UFRGS.
• Promover a criação de redes nacionais de pesquisa: a PROPESQ apoiou
institucionalmente a interação entre pesquisadores UFRGS com pesquisadores
externos, com vista à criação de redes nacionais.
Análise crítico-reflexiva das contribuições das ações desenvolvidas pelo setor para
os objetivos estratégicos do PDI UFRGS
Em relação ao atual PDI UFRGS, a PROPESQ desenvolveu as seguintes ações em
consonância com os objetivos estratégicos do referido Plano:
• Estabelecer um plano de comunicação interna e externa: através do Setor de
Divulgação da PROPESQ, temos estabelecido formas de comunicação interna e
externa das atividades de pesquisa realizadas na UFRGS. Também foram
produzidos folders em português e inglês para serem distribuídos em visitas
institucionais realizadas pelo Pró-Reitor.
• Ampliar a visibilidade da Universidade em âmbito nacional e internacional: através
do Programa de Fomento da PROPESQ, apoiamos a ida de docentes, técnico-
administrativos, estudantes de graduação e pós-graduação e pós-doutorandos, para
apresentarem trabalhos em eventos nacionais e internacionais, divulgando, assim,
o que é realizado na UFRGS.
231
• Incentivar o uso de laboratórios e centros multiusuários: a PROPESQ mantém o
programa de bolsas PREMIUM – IE MULTI, que visa conceder bolsas para alunos
de graduação desenvolverem atividades em laboratórios e centros de pesquisa
multiusuários.
• Estabelecer alianças estratégicas ampliando as associações com universidades e
instituições de pesquisa e inovação internacionais, nacionais e regionais: a
PROPESQ tem fomentado as interações de grupos de pesquisa da UFRGS com
instituições nacionais e internacionais.
• Fortalecer as parcerias com agências reguladoras no âmbito estadual e nacional:
PROPESQ mantém contato permanente com as principais agências de fomento
estadual e nacional, como FAPERGS, CNPQ, FINEP e CAPES.
• Construir mecanismos de suporte às alianças estratégicas: participação da UFRGS,
em conjunto com a PUCRS e a UNISINOS, da Aliança para Inovação de Porto
Alegre. A articulação entre as universidades visa potencializar ações de alto
impacto em prol do avanço do ecossistema de inovação e do desenvolvimento da
cidade.
ANEXO 1
INDICADORES DE GESTÃO
Quadro 29. Bolsas Concedidas - 2019 BOLSAS CONCEDIDAS 2019
INTERNO UFRGS (BIC-UFRGS e BIC-MULTI) 642
IC Voluntárias 1545
PIBIC-CNPq/UFRGS 719
PIBIC-AF/CNPq-UFRGS 18
Bolsas IC de órgãos externos, concedidas direto aos
pesquisadores, conforme registro dos orientadores no
Sistema Pesquisa UFRGS
390
PROBIC-FAPERGS/UFRGS 293
Programa Bolsa Primeira Ciências/UFRGS 21
PIBIC EM/CNPq 17
BIPOP 28
BIENC 22
PREMIUM 40
TOTAL 3735 Fonte: Sistema Pesquisa/UFRGS
Observação: As modalidades Programa Bolsa Primeira Ciências/UFRGS e PIBIC-EM/CNPq-UFRGS
são para alunos do Ensino Médio do Colégio de Aplicação/UFRGS
Quadro 30. Atendimentos do Programa de Fomento - 2019 ATENDIMENTOS PROGRAMA DE FOMENTO 2019
Participação em Eventos no País – Docentes e Técnico-administrativos 279
232
Participação em Eventos no Exterior – Docentes e Técnico-Administrativos
Participação Alunos de Graduação em Eventos no País
Participação de Alunos de Graduação em Eventos no Exterior
Participação Alunos de Pós-Graduação em Eventos no País
Participação de Alunos Pós-Graduação em Eventos no Exterior
Participação de Pós-Doutorandos em Eventos no País
Participação de Pós-Doutorandos em Eventos no Exterior
208
241
57
732
286
27
25
Emergência a Pesquisa Modalidade: Apoio Emergencial à Pesquisa 53
Organização de Eventos /Professor convidado 86
Apoio à Qualificação Técnica 10
TOTAL 2004 Fonte: Sistema Pesquisa/UFRGS
Quadro 31. Salão de Iniciação Científica - 2019 SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2019
Apresentadores de trabalhos 2281
Participantes como ouvintes e visitantes 3134
Membros das Comissões Julgadoras 891
Professores Orientadores Participantes 1074 Fonte: Sistema Eventos/UFRGS
Quadro 32. Salão UFRGS Jovem - 2019 SALÃO UFRGS JOVEM 2019
Trabalhos apresentados 389
Membros das Comissões Julgadoras 68
Professores Orientadores Participantes 245
Alunos da Educação Básica envolvidos na apresentação dos trabalhos 2334
Escolas participantes 77 Fonte: Sistema Eventos/UFRGS
Quadro 33. Programa de apoio à editoração de periódicos - 2019 PROGRAMA DE APOIO À EDITORAÇÃO DE PERIÓDICOS 2019
Solicitações enviadas 33
Solicitações atendidas 33 Fonte: Programa De Apoio À Edição De Periódicos UFRGS
Quadro 34. Nº de Grupos de Pesquisa - 2019 Nº DE GRUPOS DE PESQUISA, CONFORME STATUS NO DIRETÓRIO DE GRUPOS DE
PESQUISA/CNPQ - 2019
Certificados 726
Aguardando certificação 4
Em atualização 91
Em preenchimento 43
TOTAL 864
Obs.: Estes dados extraídos do DGP/CNPq são dinâmicos, pois os grupos estão em constante atualização. Data
extração: 28/11/2019
Fonte: Diretório de Grupos de Pesquisa/CNPq
Quadro 35. Nº de Bolsistas Produtividade em Pesquisa - 2019 Nº DE BOLSISTAS PRODUTIVIDADE EM PESQUISA, SEGUNDO CRITÉRIOS DO CNPQ 2019
Nível Sênior 10
Nível 1 A 77
233
Nível 1 B 91
Nível 1 C 82
Nível 1 D 109
Nível 2 302
TOTAL 671 Fonte: Sistema CNPq
234
Quadro 36. Resumo da Avaliação da PROPESQ
ITENS/ASPECTOS/QUESITOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA
DE MELHORIAS
Programa de Fomento PROPESQ Estimular a produção e a divulgação científica
em todas as áreas do conhecimento.
Apoiar a qualificação da comunidade acadêmica.
Divulgar pesquisas realizadas em eventos
nacionais e internacionais.
Apoiar a organização de eventos na
Universidade.
Adquirir materiais para realização de projetos de
pesquisa.
Apoiar a qualificação de técnico-administrativos.
Incerteza da disponibilidade dos
recursos financeiros.
Demonstrar a importância do programa de
fomento no apoio da divulgação da
produção acadêmica e científica da
UFRGS no cenário nacional e
internacional.
Programa de Bolsas de Iniciação Científica Integrar os estudantes dos cursos de graduação da
UFRGS nas atividades de pesquisa,
desenvolvimento tecnológico e inovação.
Contribuir para a formação acadêmica e
profissional do estudante.
Estimular uma maior interação entre graduação e
pós-graduação.
Incerteza da disponibilidade de
recursos financeiros dos órgãos
externos que financiam as
bolsas IC.
Demonstrar aos órgãos fomentadores a
qualidade da UFRGS e do programa de IC,
ressaltando a importância desta atividade e
o impacto positivo que causa para o aluno
de graduação.
Realização do Salão UFRGS Jovem Incentivar a investigação científica no contexto
educacional.
Oportunizar a integração entre a universidade e
comunidade escolar.
Fomentar atividades de cunho científico e
tecnológico para alunos e professores.
Necessidade de se manter a
realização do evento em local
adequado.
Disponibilidade de recursos
financeiros.
Consolidar a importância do evento dentro
do Salão UFRGS.
Realização do Salão de Iniciação Científica Divulgar, a promover e o acompanhar dos
trabalhos de Iniciação Científica desenvolvidos
por alunos de graduação da UFRGS e de outras
Instituições de Ensino Superior (IES).
Necessidade de se manter a
realização do evento em local
adequado.
Disponibilidade de recursos
financeiros.
Manter a qualidade do evento, que teve em
2018 sua 30ª edição.
Agregar mais pesquisadores para
organização e realização do evento.
235
3.3.1.5 Extensão – PROREXT
Em 2019, a extensão da UFRGS manteve-se alinhada tanto com o PDI 2016-2026,
desenvolvendo atividades que atendem ao PG 2016-2020 da Universidade, em conformidade
com as diretrizes, políticas e normas que regem a extensão universitária e evidenciam seu
caráter acadêmico, sua importância social e especialmente na formação do aluno, ao que se
destaca:
• A extensão na UFRGS segue a Política Nacional de Extensão Universitária
(FORPROEX/2012) e de forma especial, a Política de Extensão da Universidade
(Decisão 266/2012 - CONSUN), que apresenta a extensão universitária como um
processo acadêmico importante na formação do aluno, na qualificação dos
envolvidos e na interrelação com a sociedade, desenvolvendo ações
multidisciplinares e interinstitucionais em afirmação do caráter regional e nacional
e de intercâmbio nacional e internacional.
• As atividades de extensão na UFRGS são desenvolvidas em conformidade com as
diretrizes da Política Nacional de Extensão Universitária (FORPROEX/2012),
definidas nos 5 Is: ‘Interação dialógica’ dos seus atores com demais setores da
sociedade e público, desde o planejamento até a execução e avaliação das ações;
‘Indissociabilidade’ com ensino e pesquisa; ‘Interdisciplinaridade’ das várias áreas
do conhecimento; ‘Impacto na formação do estudante’ como contribuição a sua
formação técnico-científica, pessoal e social; e ‘Impacto e transformação social’ a
partir dos programas e projetos desenvolvidos. – Desde 2013, os 5 Is têm sido
divulgados entre os extensionistas e fundamentam a avaliação do Programa de
Bolsas de Extensão da UFRGS.
• Em dezembro de 2018, a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de
Educação aprovou as “diretrizes para a Educação Superior Brasileira (Resolução
07/2018 – CES/CNE), que foram estudadas pela PROREXT, concluindo-se que a
concepção e prática da extensão da UFRGS já se insere no proposto no artigo 5º da
Resolução: ‘interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade’;
‘formação cidadã dos estudantes’ pela vivência interdisciplinar de seus
conhecimentos; ‘produção de mudanças na instituição e nos demais setores da
sociedade’; e ‘articulação entre ensino/ extensão/ pesquisa’. Tais diretrizes
fundamentaram o processo de avaliação dos programas e projetos inscritos no 20º
236
Salão de Extensão, sendo, a partir de então, difundidos ao conhecimento da
comunidade universitária.
• A extensão na UFRGS é regida pelas Normas Gerais para a Extensão Universitária
na UFRGS (Resolução 17/2015 - CEPE). É importante mencionar que neste ano a
PROREXT foi consultada pela Câmara de Extensão – CAMEXT/CEPE sobre a
proposta de alteração das novas normas de extensão para a UFRGS, trazendo, em
sua manifestação, considerações e sugestões à CAMEXT, tanto de ordem
acadêmica, quanto de ordem administrativa e de ordem prática, além de questões
relacionadas à concepção e natureza da extensão universitária. A proposta de nova
norma tramita no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFRGS. Uma das
alterações propostas, de consenso entre os envolvidos, é a exclusão da identificação
de ‘nível’ (programa ou projeto) e a substituição dos tipos de ‘modalidades’
(atualmente discriminados em 15 itens), reconhecendo apenas a classificação em
‘programa, projeto, curso ou evento’. Essa alteração é positiva, não só pela
simplificação do registro, mas principalmente por possibilitar a utilização da mesma
terminologia sugerida pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições
Públicas de Educação Superior Brasileiras – FORPROEX e aplicada em relatórios
e pesquisas sobre a extensão em âmbito nacional.
• A PROREXT tem participado, juntamente com a Câmara de Extensão e a
PROGRAD, de comissão para propor normatização da integralização curricular da
extensão nos cursos de graduação, em atendimento à estratégia 12.7 da meta 12 da
Lei nº 13.005/2014, que prevê o mínimo de 10% da carga horária da graduação em
atividades de extensão. A proposta de resolução será encaminhada ao CEPE e
propõe sua aplicação de forma gradual na Universidade. A importância de tal
medida não se limita à observância da lei, mas implica em ampliação de
oportunidades de atuação em extensão aos alunos e em alterações nos projetos
pedagógicos e na matriz curricular dos cursos de graduação, contribuindo para a
formação técnica, profissional e cidadã dos estudantes.
• Em maio de 2019 a PROREXT apresentou à comunidade acadêmica portaria que
regula a concessão de bolsas de extensão para alunos de graduação no âmbito da
Universidade (Portaria nº 4273/2019-PROREXT), em que é evidenciado o caráter
acadêmico das bolsas, nas modalidades edital, institucional e auxiliar às atividades
de extensão.
237
• No segundo semestre de 2019 a PROREXT propôs a formação de comissão, com a
participação de membros da Câmara de Extensão, para reestruturação do Programa
de Bolsas de Extensão – Edital/PROREXT, que tem vigência de 11 meses. É
prevista a conclusão dos trabalhos em dezembro, para aplicação já no Edital 2020.
Cabe à comissão rever os critérios de avaliação das atividades de extensão para
distribuição das cotas de bolsas com base na legislação vigente, considerando os
documentos legais citados aqui e também o regulamento da concessão de bolsas de
extensão para ensino e extensão em âmbito nacional (Decreto nº 7.416/2010 – Casa
Civil/Presidência da República).
Além dos documentos que regem e fundamentam a extensão universitária, é importante
que se contextualize as instâncias da extensão na UFRGS: as Comissões de Extensão nas
unidades, responsáveis pela análise, acompanhamento e avaliação das atividades extensionistas
no âmbito da unidade; a Câmara de Extensão, órgão do CEPE, deliberativo da extensão e que
atua na análise e avaliação das atividades propostas por órgãos da UFRGS que não têm
Comissão de Extensão; e a PROREXT, órgão da administração central responsável pelo
registro, apoio e divulgação da extensão da UFRGS, além da proposição de programas e
projetos desenvolvidos por seus setores e departamentos.
O Sistema de Extensão da UFRGS, desenvolvido e mantido pelo CPD desde 2002, dá
conta do registro, tramitação de aprovação e certificação dos envolvidos e elaboração de
relatórios e consulta de dados estatísticos da extensão da Universidade. As atividades de
extensão são propostas pelos respectivos coordenadores em seu Portal do Servidor e tramitam
em três instâncias de aprovação, uma vez que a norma vigente requer: autorização da chefia
imediata (conforme local de exercício do coordenador), apreciação da Comissão de Extensão
(ou Câmara de Extensão, conforme o órgão responsável pela atividade) e homologação da
Direção da unidade. Após a execução da atividade, o relatório deve ser finalizado pelo
coordenador, com inserção dos participantes, público atingido e avaliação por parte da equipe,
e tramita novamente pelas mesmas instâncias de aprovação, finalizando com a certificação dos
envolvidos. Importante mencionar que, em 2019, em consequência de articulação com o CPD,
foram efetuadas atualizações no Sistema de Extensão, resultando no aprimoramento da consulta
e dados, agora disponíveis através do Portal do Servidor, o que significa maior autonomia das
instâncias envolvidas, em otimização das consultas de informações da extensão na UFRGS.
238
Considerando os dados fornecidos pelo Sistema de Extensão, verifica-se um
crescimento constante da extensão, já constatado no ano anterior. É o que se vê no quadro a
seguir:
Quadro 37. Números da Extensão 2019: atividades e envolvidos Atividades Acadêmicas de Extensão em 2019 2.552
Número de Executores
de Ação de Extensão
Nº de Alunos de Ensino Médio/CAP nas Equipes de Trabalho 16
Nº de Alunos de Graduação nas Equipes de Trabalho 5.556
Nº de Alunos de Pós-Graduação nas Equipes de Trabalho 2.168
Nº de Docentes nas Equipes de Trabalho 2.272
Nº de Técnicos-Administrativos nas Equipes de Trabalho 853
Nº de pessoas externas à UFRGS nas Equipes de Trabalho 2.611
Total de envolvidos nas Equipes de Trabalho de Ação de Extensão 13.476
Número de
Participantes
em Ações de Extensão
Servidores e alunos/UFRGS Participantes 17.172
Demais Participantes (externos à Universidade) 19.084
Total de Participantes em Ações de Extensão 36.256
Fonte: Sistema de Extensão-CPD/UFRGS, consulta em 20/11/2019
Fato é que praticamente todos os indicadores apresentados no quadro trazem números
de 2019 maiores do que aqueles do ano anterior. Isso vale para o número de atividades
realizadas e também para o número de envolvidos em todas as categorias das equipes de
trabalho. O número de participantes em ações de extensão ainda não alcançou o total de 2018.
Dois aspectos devem ser mencionados neste sentido: (a) o período letivo de 2019 ainda está em
vigor até 11/01/2020, sendo que a maioria das atividades de extensão são finalizadas somente
nos meses de recesso acadêmico, quando então é apresentado relatório contendo dados dos
participantes; (b) o ano de 2018 foi atípico no que se refere ao número de participantes externos,
bem maior do que nos anos anteriores, em razão da realização de atividades de extensão a
distância de abrangência nacional.
No que toca às fragilidades registradas em 2019, cabe considerar:
a) Ampliar o público externo do Salão de Extensão ainda é um desafio à organização
do evento. As modalidades como Mostra e Planetário Móvel, dispostos no espaço
externo próximo do Instituto de Letras, contaram com a participação de público de
outras atividades do Salão UFRGS, especialmente daquelas envolvendo escolas,
como o UFRGS Jovem. As Oficinas, que propõem atividades de duração mais
prolongada e são realizadas no prédio de salas de aula, ainda tiveram poucos
participantes: exigiriam tempo maior daqueles que já estão envolvidos nos demais
eventos acadêmicos concomitantes e, por outro lado, dependiam do deslocamento
espontâneo do público externo, uma vez que a Universidade não disponibiliza
transporte das comunidades até o Campus do Vale. A modalidade Tertúlia, de sua
parte, que é mais voltada ao público interno, contou com participação maior do que
239
o esperado, com a presença também de pessoas das comunidades envolvidas no
projeto, o que mostra a interação dialógica da extensão.
b) Foram realizadas três capacitações sobre extensão, em parceria com a EDUFRGS:
uma especificamente sobre o registro das atividades de extensão, contando também
com a parceria do CPD (em duas edições, em abril e agosto), e uma atendendo a
outra demanda, sobre natureza e legislação da extensão, destinada aos
extensionistas do CLN. Segue, para o próximo ano, a proposta de capacitações junto
à EDUFRGS.
c) Embora ainda não se tenha um instrumento institucional de avaliação da extensão,
e tendo-se já solicitado apoio à SAI, a partir do segundo semestre de 2019 a
PROREXT teve assento na Comissão Própria de Avaliação, que tem por objetivo
próximo se ocupar da avaliação da extensão universitária.
No PDI da UFRGS, a extensão é apresentada como um dos alicerces da Universidade
(PDI, p. 36), que, assim como marca a presença da UFRGS em todas as esferas do contexto
social, reitera o seu compromisso acadêmico na formação pessoal e profissional dos envolvidos.
Neste sentido, além de atender aos ‘objetivos de impacto social’, a serem considerados em seção
específica, a extensão da UFRGS atende aos ‘objetivos acadêmicos e pedagógicos’ dos três
grupos descritos no PDI 2016-2026:
• ‘Objetivos de integração e interação’, especialmente os itens de 1 a 8 (PDI, p. 46):
promovendo ações entre diferentes áreas de conhecimento e diferentes níveis de
ensino, visando à flexibilização curricular através de atividades acadêmicas
transversais e interdisciplinares que se configuram como espaços de expressão de
todos os saberes e contam com o envolvimento da comunidade acadêmica de todas
as unidades e campi;
• ‘Objetivos de ampliação’, considerando as transformações da sociedade,
especialmente através de ações de formação continuada, tanto para profissionais da
educação básica, quanto para profissionais de outras áreas (itens 5 e 6 – PDI, p.47);
• ‘Objetivos de práticas de aprendizagem’ pela adoção de novas práticas, propondo
novos espaços de aprendizagem e de ensino (itens 1 e 2 – PDI, p.47).
O PDI/UFRGS 2016-2026 norteia e fundamenta o PG 2016-2020 da Universidade, em
que a PROREXT é nomeadamente responsável por oito ações dentre os objetivos táticos
propostos, sendo três vinculadas aos objetivos acadêmicos e cinco aos objetivos de impacto
240
social (que serão abordadas em seção específica). São ações de responsabilidade da PROREXT
na abrangência dos objetivos acadêmicos:
a) Inserir créditos de extensão em cursos de graduação e pós-graduação (item
1.2.2): a partir do final de 2018, a PROREXT participa da comissão nomeada pela
Portaria nº 10184/2018-PROGRAD, visando à implementação na UFRGS do
requerido na meta 12.7 do Plano Nacional de Educação – PNE, em que é prevista a
integralização curricular da extensão nos cursos de graduação. A comissão elaborou
minuta de resolução que deverá ser encaminhada ao CEPE. Ao requerer que, até
2024, 10% dos créditos da graduação sejam realizados em atividades de extensão,
o PNE propõe significativas mudanças na Universidade, seja nos Projetos
Pedagógicos dos Cursos, seja na proposição de programas institucionais de
extensão. Certamente tais medidas representam um ganho à Universidade, na sua
missão de “desenvolver educação superior com excelência e compromisso social,
formando indivíduos, gerando conhecimento filosófico, científico, artístico e
tecnológico, capazes de promover transformações na sociedade” (PDI, p. 13), pois
fortalecerão a relação ensino-extensão-pesquisa, a interdisciplinaridade, o
compromisso social e a formação dos alunos, que são diretrizes da extensão
universitária.
b) Estimular a realização de atividades de extensão com caráter inter e
multidisciplinar (item 1.2.6): além do acompanhamento das atividades de
extensão multidisciplinares da Universidade, que reúnem pessoas de diferentes
áreas nas equipes de trabalho, a PROREXT, através do DEDS, acompanha também
as ações dos núcleos interdisciplinares de extensão, visando à sua articulação, troca
de experiências, sistematização de resultados e divulgação. O objetivo de incentivo
à realização de atividades interdisciplinares tem sido atendido. Exemplo disso é o
fato de a disciplina ´Encontro de Saberes´, que promove a interação entre os
diferentes participantes, diversos setores da Universidade, áreas acadêmicas e
mestres de saberes e suas comunidades, ter contado com grande participação do
público, sendo preciso mudar o local do encontro de abertura, pois o público inscrito
era maior do que a capacidade do espaço (Mezanino do Museu). É prevista ainda a
realização de nova edição no final do segundo semestre acadêmico.
c) Incentivar a participação de atividades de extensão em editais externos (item
1.4.5): o Núcleo Rondon UFRGS tem atuado na organização da participação da
241
Universidade no Edital do Projeto Rondon, do Ministério da Defesa, que envolve
professores e alunos de diferentes cursos. Em 2019, a UFRGS participou de duas
operações: Operação Parnaíba/Piauí, nos meses de janeiro e fevereiro; e Operação
Vale do Acre, na cidade de Capixaba/Acre, em julho. O envolvimento dos
rondonistas ocorre com um semestre de antecedência à realização de cada operação,
ao se prepararem e participarem do processo seletivo para a composição da equipe,
que segue com formação semanal realizada com o apoio do DEDS/PROREXT.
Além desses objetivos de responsabilidade explícita da PROREXT, também outras
ações que atendem aos objetivos acadêmicos do PG foram desenvolvidas, visando à
qualificação da extensão em sua relação com o ensino e a pesquisa e remetendo sempre às
diretrizes da extensão universitária, ao que destacamos:
• Realização da 1ª Escola de Extensão na UFRGS, visando à reflexão em torno da
importância da extensão na formação do aluno em nível de graduação e pós-
graduação, na qualificação do professor, do corpo técnico-administrativo e no
intercâmbio com a sociedade. O evento promoveu debates sobre os princípios da
extensão, o encontro de saberes, as possibilidades de diálogo com os movimentos
sociais, a potencialidade da extensão na educação popular. O público desta primeira
edição da Escola de Extensão foi composto por professores, técnicos e discentes da
UFRGS e outras Instituições de Ensino Superior, bem como integrantes de
movimentos sociais.
• Atividades de ensino em Astronomia, com articulação entre a extensão, o ensino e
a pesquisa na área de Astronomia e Ensino de Ciências para alunos de graduação
em Física e em Engenharia Física e alunos de pós-graduação em Física e em Ensino
de Física, da UFRGS e de outras IES, contando com a estrutura e o corpo
profissional do Planetário. Neste ano, além das aulas práticas da disciplina
‘Explorando o Universo’, o Planetário ofereceu aulas para o mestrado de
Museologia e sessões para o curso de Psicologia e para o pós-graduação em
Astrofísica. Além disso, a PROREXT adquiriu um Planetário Insuflável com
projeção digital (Planetário Itinerante Digital), o que permitiu a ampliação do
número de atividades e de público atingido.
• Atividades de ensino do Museu da UFRGS, em parceria com disciplinas, cursos e
unidades da UFRGS, em que se destacam: ‘Encontro de Saberes’, ‘Tempos e
242
Percursos de Espaços Escolares’, PET Biologia e Curso de Museologia curricular,
com a realização de exposições curriculares de alunos nos espaços do Museu.
• Estágios curriculares com trabalho conjunto dos docentes e do corpo técnico dos
órgãos especiais da PROREXT: em 2019, três alunos de graduação realizaram
estágio curricular no Planetário e outros seis alunos no Museu da UFRGS (dos
cursos de Museologia, História e Administração Pública).
• Educação das relações étnico-raciais nos currículos da graduação (ERER), com a
promoção de reuniões e seminários para a discussão e cumprimento da legislação
que determina a inserção da temática nos currículos, demandando, portanto,
formação de professores. Através do DEDS, foram realizados seminários e
iniciadas discussões com a PROGRAD e com a EDUFRGS para a inclusão da
temática de maneira obrigatória no Programa de Atividades de Aperfeiçoamento
Pedagógico (PAAP) da UFRGS, o que demonstra a importância da extensão
também na qualificação dos servidores da Universidade.
• Afirmação na Pós – curso visando à preparação de sujeitos de direito das ações
afirmativas para que acessem em maior número os programas de pós-graduação. A
atividade contou com a participação de servidores técnicos-administrativos e
docentes de diferentes unidades acadêmicas dentre seus ministrantes. Tendo-se
verificado maior demanda deste público, inclusive entre os servidores da UFRGS,
e considerando-se a limitação de pessoal para a execução das atividades solicitadas,
novas articulações com parceiros foram iniciadas, a fim de se propor um
cronograma executável e outras formas de oferta.
• Pesquisas no acervo do Museu, com acesso à comunidade acadêmica e ao público
em geral. É importante destacar que em 2019 houve maior demanda, ampliando o
número de pesquisadores que buscaram o acervo do Museu.
• Assessoria a Planetários do Brasil, através de visitas técnicas a Planetários de outras
Universidades e, em especial, o estabelecimento de parceria com o Museu Histórico
de Araranguá.
• Estação Cidadania – programa de entrevistas veiculado na Rádio da Universidade
para informar e divulgar o ensino, pesquisa e extensão realizados na UFRGS a partir
das relações interinstitucionais e sociais, com foco em Educação, Direitos Humanos
e Cidadania, promovendo a reflexão sobre temas transversais contemporâneos e o
243
papel social da Universidade. Neste ano foram realizados 38 programas,
disponíveis em https://www.youtube.com/channel/UC48depG1I_RcNygktuSj7QA
• Realização de eventos acadêmicos, como: o XXIV Encontro da Associação
Brasileira de Planetários (ABP), organizado e sediado no Planetário da UFRGS em
2019, contando com recursos recebidos da FAPERGS somados a recursos
aportados pela PROREXT; três edições do Seminário Grandes Mestres dos Mestres
da UFRGS, promovidos pelo Museu em articulação com a Rede de Museus e
Acervos Museológicos da UFRGS – REMAM; parceria do Museu com a
Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas (CAF) e
com os estudantes indígenas no Projeto “Indígenas no Ensino Superior: caminhos
da interculturalidade”, evento com várias atividades e com a formação dos
estudantes para o Encontro Nacional de Estudantes Indígenas (ENEI); e a
participação do Museu no planejamento, contatos e execução da oitava edição das
“Jornadas O pensamento de Rodolfo Kusch”, realizada pela primeira vez no Brasil.
• Participações da PROREXT com apresentações de trabalhos em eventos
acadêmicos e científicos, em que se destacam: a participação do Museu da UFRGS
em curso sobre Patrimônio para mediadores no Museu da PUC e a apresentação na
conferência anual do Comitê do Conselho Internacional de Museus para Museus e
Coleções Universitárias – UMAC/ICOM, em Tóquio/Japão; a participação do
Planetário com dois trabalhos apresentados no Encontro Estadual de Ensino de
Física e outros dois no Seminário Ensino e Identidade Docente, além do Salão de
Ensino/Salão UFRGS e de cinco trabalhos inscritos no Encontro da ABP.
• Participação da PROREXT no Comitê Local de Acompanhamento e Avaliação do
Programa de Educação Tutorial – CLAA-PET, com representação da PROREXT
no comitê formado por membros das pró-reitorias acadêmicas e representação de
estudantes e professores da UFRGS.
• Realização de diversos eventos acadêmicos e de colações de grau no Salão de Atos,
em parceria com as unidades acadêmicas e Reitoria, demandando agendamento de
reuniões, ensaios e, então, eventos de colação de grau.
• Ações de qualificação e registro da extensão, promovidas pelo DARE, tais como: a
continuidade ao atendimento aos extensionistas e orientações às Comissões de
Extensão quanto ao registro e à tramitação das propostas de extensão; a
consolidação da utilização do Sistema de Interações Acadêmicas em extensão em
244
parceria com o Escritório de Processos/PROPLAN; análises e orientações para
implementação de normas internas e externas da extensão.
• Ações de promoção da extensão, desenvolvidas pelo DARE: a manutenção de
programas de apoio como Programa de Fomento e Programa de Bolsas de Extensão,
que, assim como no ano anterior, contou também com 50 cotas de bolsas da PRAE,
destinadas exclusivamente para alunos com benefício junto à PRAE; a realização
dos Diálogos da Extensão e de grandes eventos reunindo comunidade UFRGS,
outras universidades e sociedade em geral, como o UFRGS Portas Abertas e o XX
Salão de Extensão e a reunião da FORPROEX/Regional Sul, com a participação de
pró-reitores de extensão dos três estados da Região Sul. É importante mencionar
que, em 2019, o Salão de Extensão comemorou seus 20 anos com diversas
atividades realizadas antes e durante o evento, das quais destaca-se o curso
“Educação Popular: história e chaves éticas, políticas e pedagógicas”, ministrado
pelo educador popular e sociólogo Oscar Jara.
• Dentre as ações do Núcleo de Divulgação da PROREXT visando à maior
visibilidade das atividades de extensão da UFRGS a partir da utilização de
linguagens e ferramentas adequadas, cita-se a ampliação do número de materiais
visuais elaborados e, em especial, a abertura de conta no Instagram para a
PROREXT. Além de aproveitar a potencialidade de uma rede social em
crescimento, a iniciativa visou a minimizar os impactos negativos causados pelos
novos algoritmos do Facebook, que têm restringido o alcance de páginas com
conteúdo não impulsionado de maneira paga. Resulta daí o notório crescimento do
público médio semanas alcançado pelas redes sociais da PROREXT.
Ainda dentro dos objetivos acadêmicos propostos no PG, merecem ser citados os
processos de avaliação da extensão na UFRGS realizados em 2019:
• Análise das solicitações de bolsa de extensão por comissão formada por
representantes das Comissões de Extensão, da CAMEXT e da PROREXT, com
aplicação de critérios de pontuação redefinidos em 2017 – tais critérios estão sendo
revistos pela Comissão de Reestruturação do Programa de Bolsas, a serem
aplicados na próxima edição do Programa, visando à execução em 2020.
• Atuação de avaliadores externos no 20º Salão de Extensão, composta por dois
extensionistas argentinos (da Universidad Nacional de San Luis e da Universidad
Nacional de Rosário) e uma extensionistas brasileira (da Universidade Federal de
245
Goiás), que participaram das diferentes atividades do evento, culminando com
reunião de avaliação com a equipe coordenadora do 20º Salão e encaminhamento
de documento descritivo.
• Avaliação das atividades participantes do 20º Salão de Extensão com identificação
do projeto destaque em cada sessão de Tertúlia e indicação dos premiados no
encerramento do Salão UFRGS, sendo um projeto da Mostra Interativa, escolhido
por comissão específica com participação da comunidade, e oito projetos das
Tertúlias, escolhidos por comissão específica formada por um representante do
Comitê Sênior de Extensão, um dos avaliadores externos e um representante da
PROREXT.
• A seleção das atividades de extensão a comporem a Delegação UFRGS para
participação no 37º SEURS, realizado em Florianópolis, foi feita previamente,
quando da avaliação e identificação dos projetos premiados no Salão de Extensão
do ano anterior, conforme regulamento do evento de 2018. Ocorre que tal iniciativa
não atendeu plenamente às necessidades para inscrição da UFRGS no evento
regional, considerando modalidades e vagas disponíveis em 2019. Em razão disso,
a seleção dos trabalhos para o SEURS de 2020 deverá ser feita novamente por
processo de avaliação/seleção específico, como nos anos anteriores, após
divulgação do regulamento do evento.
A PROREXT é, também, órgão propositivo de atividades de extensão através de cada
um dos seus departamentos e setores especiais:
- Departamento Administrativo e de Registro da Extensão – DARE: dentre suas
atribuições, citam-se: ações administrativas e de gestão da PROREXT, é responsável pelo
registro e certificação da extensão, desenvolve ações de apoio, promoção e qualificação da
extensão e faz a divulgação da extensão. Destacam-se, em 2019: a elaboração da Portaria
4273/2019-PROREXT, que regulamenta a concessão de bolsas de extensão no âmbito da
Universidade, e a nomeação de comissão para reestruturação e revisão dos critérios do
Programa de Bolsas; e a organização das atividades comemorativas da vigésima edição do 20º
Salão de Extensão, incluindo exposição, encontros, oficinas especiais, evento comemorativo e
a produção de publicação com o resgate de duas décadas de história deste evento de reconhecida
importância na extensão universitária nacional e da América Latina.
- Departamento de Educação e Desenvolvimento Social – DEDS: as ações realizadas
evidenciam a responsabilidade social da extensão, abrindo canais de diálogo com a sociedade,
246
coadunando esforços para o debate e a construção de tecnologias sociais voltadas à diversidade,
à interculturalidade e à igualdade de direitos para a transformação social e a redução das
desigualdades. A atuação do DEDS em 2019 buscou reiterar uma concepção de universidade
pública em que a relação com os demais setores da sociedade representa parte fundamental à
vida acadêmica. Para o atingimento de suas metas, desenvolveram-se ações voltadas a questões
de educação, formação de pensamento crítico, memória, patrimônio e território, a partir do
exercício permanente do DEDS em trabalhar articuladamente com diferentes setores da própria
Universidade, dos movimentos sociais, comunidades e outros órgãos públicos e privados; de
maneira interdisciplinar e transversal, especialmente em questões relativas à: transversalidade
do ensino, pesquisa, extensão; promoção do desenvolvimento, da inclusão e da justiça social;
promoção da interculturalidade; e representação nos diferentes espaços de formulação de
política e temáticas afins ao departamento.
- Departamento de Difusão Cultural – DDC: desenvolve projetos de promoção da
cultura em diferentes vertentes, despertando na comunidade o interesse e a reflexão sobre as
mais diversas atividades artísticas através da vivência e experiência da cultura. Além de projetos
próprios, como Unimúsica e Unifoto, as atividades propostas pelo DDC provêm de parcerias
que tem firmado com outras instituições. O Departamento gerencia cinco espaços culturais da
UFRGS: Sala Redenção – Cinema Universitário, Sala Fahrion, Salão de Festas, Galeria Maria
Lucia Cattani e, mais recentemente, o Centro Cultural – equipamento cultural completamente
remodelado e reinaugurado em 2018 e que oferta ao público externo à universidade a
possibilidade de realizar eventos mediante cotas de pagamento e através de seleção de projetos
por edital.
- Museu da UFRGS: além da gestão do acervo e da realização de exposições,
desenvolve ações interdisciplinares em parceria com órgãos internos e externos à Universidade
e valoriza ações de interação com o ensino e com a pesquisa, tendo como parâmetros
norteadores a preservação, a investigação e a comunicação. Convém destacar, em 2019, as
tantas parcerias firmadas pelo Museu, responsáveis pela realização de atividades com base na
interação dialógica com outros setores da UFRGS e entidades da sociedade. Cita-se aí a relação
com a comunidade indígena, que possibilitou levar a exposição ‘Os Guarani Mbyá’ ao Museu
do Doce, em Pelotas e também à Fundação Casa das Artes e ao Museu do Imigrante, em Bento
Gonçalves, além da articulação com a Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de
Ações Afirmativas (CAF) para a realização de atividades do Projeto “Indígenas no Ensino
Superior: caminhos da interculturalidade”, a formação dos estudantes para o Encontro Nacional
247
de Estudantes Indígenas (ENEI) e o Seminário “Egressos Indígenas UFRGS-Saúde”. Outras
parcerias merecem destaque, como com o Observatório de Discriminação Racial no
Futebol, que propôs importantes eventos referentes ao combate ao racismo e preconceito no
futebol, além da publicação de um relatório com dados relativos a esta temática e uma cartilha
educativa, a ser trabalhada com o público escolar; com o Planetário, no evento “Celebração
Intercultural da Vida” e com o Caffè Parlato, realizando oficina relacionada à exposição
“Migrações à Mesa”. É importante mencionar que um dos objetivos propostos para 2019 não
foi realizado: não foi possível levar a exposição ‘Os Guarani Mbyá’ para outros países da
América Latina, como intercâmbio técnico-pedagógico em razão de não se ter concluído a
parceria com universidades da AUGM. A proposta segue aberta, visando à realização no
próximo ano.
- Planetário: desenvolve atividades de divulgação e educação científica, com destaque
para a área de Astronomia, e ações em articulação com o ensino, pesquisa e extensão na
graduação e pós-graduação. É um importante espaço cultural da Cidade e do Estado
especialmente por meio das sessões na cúpula, com ampla atuação junto a escolas. O Planetário
consolidou o Programa Ciência, Cultura e Arte, oferecendo para diversos públicos atividades
como palestras, cursos de extensão presencial e/ou EAD, exposições artísticas e científicas,
shows, oficinas, observação do céu com telescópios, e produção de materiais de ensino e
divulgação científica. Em 2019, PROREXT adquiriu um planetário insuflável com projeção
digital (Planetário Itinerante Digital) para o Planetário da UFRGS, o que permitiu a ampliação
do número de atividades e do público atingido. Cabe destacar também que o Planetário
participou da organização e sediou a XXIV edição do Encontro da Associação Brasileira de
Planetários, visando à qualificação das áreas de pesquisa e desenvolvimento de conhecimento.
- Salão de Atos: como equipamento cultural da Universidade, sedia e viabiliza
atividades de qualificação do ensino, da extensão e da pesquisa, promovendo a interação com
a comunidade interna e externa à Universidade. Além das cerimônias de colação de grau dos
cursos de graduação da UFRGS, as atividades científico-acadêmicas e também as atividades
culturais realizadas no Salão de Atos são desenvolvidas em sua maioria por órgãos da
Universidade, ainda que o espaço se abra também a iniciativas externas. É importante
mencionar a necessidade de ampliação dos recursos de acessibilidade do Salão de Atos, uma
vez que a estrutura física do espaço se mostra inviável à implementação de ferramentas de
acessibilidade que são necessárias para atender às demandas ainda existentes. Em articulação
com a SUINFRA, tem-se proposto a realização de novos estudos técnicos (SUINFRA), visando
248
encontrar alternativas para ampliar a acessibilidade, sem que estas interfiram na funcionalidade
das dependências do Salão de Atos.
De acordo com os resultados aqui descritos, o Quadro a seguir resume as fragilidades e
potencialidades para a área de extensão da UFRGS.
Quadro 38. Resumo da Avaliação da Extensão
ITENS RESULTADOS ALCANÇADOS
RECOMENDAÇÕES POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
Extensão na
UFRGS
Reconhecimento da natureza acadêmica
da extensão desenvolvida pela UFRGS,
com ampliação do número de atividades
do que no ano anterior, contando com
maior número de envolvidos nas
equipes de trabalho.
A UFRGS tem normatização interna e
política de extensão própria, que se
alinham aos documentos legais e
diretrizes que regem a extensão
universitária em âmbito nacional. Além
disso, tem se ocupado com a atualização
desses documentos (normas gerais da
extensão e Programa de Bolsas) e com a
elaboração de novos documentos
(inserção da extensão na graduação e
concessão de bolsas).
O número de participantes
em atividades de extensão
ainda não alcançou o total de
2018, marcado pelo
significativo número de
participantes externos de
atividades de extensão a
distância de abrangência
nacional.
A alteração e a elaboração de
novos documentos que
regem a extensão implicam
em adequação da
Universidade às novas
exigências – no registro, na
prática extensionista e no
fazer da instituição.
A gradual inserção da
extensão nos currículos dos
cursos de graduação e a
tendência de crescimento
das atividades a distância
apontam a uma ampliação
do número de participantes
de atividades de extensão.
Há necessidade de
adequação gradual das
novas propostas à realidade
da Universidade, além de
um trabalho de divulgação e
esclarecimentos aos
envolvidos.
Registro e
qualificação
da Extensão
O Sistema de Extensão da UFRGS dá
conta do registro, tramitação para
aprovação, certificação e emissão de
relatórios, atendendo aos documentos
legais da extensão universitária.
Foi disponibilizado acesso à consulta de
dados da extensão pelo Portal do
Servidor.
A grande procura pela
capacitação sobre o registro
da extensão indica a
necessidade de reedição da
capacitação. Além disso, foi
identificada demanda dos
extensionistas quanto à
natureza e legislação que
fundamenta a extensão
universitária.
Realizar novos encontros de
capacitação,
preferencialmente junto à
EDUFRGS, tanto sobre o
registro das atividades de
extensão, quanto sobre
natureza e documentação
legal da extensão.
Avaliação da
extensão
Realização de processos de avaliação da
extensão em conformidade com as
diretrizes da extensão universitária
brasileira: Programa de Bolsas, com
critérios definidos em 2017, contando
com revisão/atualização a partir da
nomeação de Comissão de
Reestruturação do Programa;
identificação de destaques e premiados
do Salão de Extensão; atuação de três
avaliadores externos.
A proposta de seleção prévia
dos trabalhos a comporem a
Delegação UFRGS para o
37º SEURS a partir dos
premiados no Salão de
Extensão do ano anterior não
foi satisfatória: não atendeu
às exigências de vagas e
participação do evento
regional.
Ainda não se tem um
instrumento com critérios de
pontuação definidos para
avaliação da extensão
desenvolvida na UFRGS.
A seleção das atividades de
extensão que comporão a
Delegação UFRGS no 38º
SEURS voltará a ser feita
por comissão específica,
após divulgação do
regulamento do evento de
2020.
Em 2019 a PROREXT teve
assento na CPA, que para o
próximo ano pretende se
ocupar com a avaliação da
extensão universitária.
Curso
Afirmação na
Pós / DEDS
Foi verificada demanda crescente para
essa ação e também uma demanda a ser
atendida entre os servidores técnico-
administrativos da UFRGS.
Recursos humanos
insuficientes para as
articulações necessárias.
Foram iniciadas
articulações com parceiros
para planejar um
cronograma executável e
formas de oferta.
Aquisição de Planetário Insuflável com
projeção digital (Planetário Itinerante
Necessidade de ampliação
dos recursos de
Realização de novos
estudos técnicos junto à
249
ITENS RESULTADOS ALCANÇADOS
RECOMENDAÇÕES POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
Acesso às
atividades e
espaços da
extensão
Digital), o que permite a realização e
atividades em outros espaços,
ampliando o número de atividades e de
público atingido.
acessibilidade do espaço do
Salão de Atos, uma vez que
a estrutura física do espaço
mostra-se inviável à
implementação de
ferramentas de
acessibilidade que são
necessárias para atender às
demandas ainda existentes.
SUINFRA, visando
encontrar alternativas para
ampliar a acessibilidade,
sem que estas interfiram na
funcionalidade das
dependências do Salão de
Atos.
Parcerias Os departamentos e setores da
PROREXT têm firmado importantes
parcerias, responsáveis pela realização
de atividades com base na interação
dialógica com outros setores da UFRGS
e entidades da sociedade.
Não foi concluída parceria
com universidades da
AUGM para realização da
exposição “Os Guarani
Mbyá” na América Latina.
É proposto que se retomem
as articulações visando à
parceria para realização da
exposição na América
Latina no ano de 2020.
Salão de
Extensão
Realização da vigésima edição do Salão
de Extensão da UFRGS, com as
modalidades específicas para inscrição
de trabalhos e outras atividades
compondo a programação, como
encontros Rondon, ENAPI e
Movimentos Sociais, oficinas da Ponto
UFRGS, exposição, comemoração e
publicação comemorativa dos 20 anos
do evento.
Ainda que o Salão de
Extensão tenha contado com
representativa participação
da comunidade acadêmica, a
participação de público
externo ainda é menor do
que o esperado.
Incentivar a articulação dos
projetos com seu público
direto e com as
comunidades parceiras,
para que participem das
diversas modalidades e
atividades do Salão de
Extensão, em especial nas
Oficinas.
250
3.3.1.6 Pós-Graduação (Stricto e Lato Sensu) – PROPG
Na estrutura da UFRGS, cabe a PROPG coordenar a política de pós-graduação da
UFRGS, bem como atividades acadêmicas específicas a ela relacionadas, consoante as
atribuições básicas definidas no artigo 36 do Regimento Geral da UFRGS: formular
diagnósticos, elaborar propostas e coordenar as atividades da sua área respectiva. Para isso, a
PROPG atua em interlocução direta com instâncias internas e externas. São instâncias mais
próximas de interlocução interna: os programas de pós-graduação, a Câmara de Pós-Graduação
do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) e o Fórum de Coordenadores da Pós-
Graduação; são instâncias mais próximas de interlocução externa: a CAPES, principal agência
de avaliação e fomento da pós-graduação brasileira, o CNPq e a FAPERGS.
A PROPG informa e discute as normativas nacionais da pós-graduação com os
programas de pós-graduação através da Câmara de Pós-Graduação (CAMPG), do Fórum de
Coordenadores e de comunicações pontuais e periódicas com os programas. Cabe também à
PROPG propor à CAMPG as atualizações legislativas necessárias, com vistas à sua
normatização, quando necessário, pelos conselhos superiores da Universidade (CEPE e
Conselho Universitário). A PROPG centraliza a tramitação de propostas para a abertura de
novos cursos de pós-graduação, tanto stricto sensu (mestrado acadêmico, mestrado profissional,
doutorado e doutorado profissional) quanto lato sensu (especialização).
É a PROPG que faz a interlocução entre os programas de pós-graduação e o sistema
avaliativo da pós-graduação brasileira, centralizado pela CAPES através da Plataforma
Sucupira, a qual é alimentada pelos relatórios dos programas e cursos, após chancela da
PROPG. Cabe à PROPG, através do Departamento de Apoio à Pós-Graduação, a elaboração de
editais pertinentes à pós-graduação e a anuência à submissão de projetos a editais externos. O
Departamento de Coordenação e Controle de Recursos operacionaliza os recursos oriundos do
Programa de Apoio à Pós-Graduação (PROAP/CAPES) para manutenção dos Programas de
Pós-Graduação conceitos 3, 4 e 5. Na discussão da política nacional de pós-graduação, a
PROPG integra o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (FOPROP),
participando de seus encontros nacionais, de periodicidade anual, e regionais, de periodicidade
semestral.
As políticas de ensino propostas no PDI 2016-2026 que incluem a pós-graduação são: a
ampliação de novos cursos e vagas em todas as modalidades passíveis de serem contempladas;
a interdisciplinaridade, como articulação entre as áreas de conhecimento e os níveis de ensino,
251
bem como sua vinculação com a pesquisa e a extensão; e a internacionalização, como
fortalecimento das relações além-fronteiras da Universidade.
As políticas propostas no PDI 2016-2026 se encontram confirmadas nos quatro
objetivos do PG 2016-2020 (acadêmicos, inovação e tecnologia, impacto social, gestão),
incluindo a pós-graduação como partícipe e construtora de uma das atividades-fim da
Universidade (o ensino).
Os objetivos estratégicos do PG nos quais a PROPG se insere estão representados por
ações continuadas que foram objeto de acompanhamento durante o ano de 2019; essas ações
estão inscritas em objetivos táticos que refletem a expansão do ensino, pesquisa e extensão, o
incentivo à pesquisa e inovação nas áreas científica, tecnológica e social, a promoção e
desenvolvimento da justiça social e a ampliação da internacionalização.
No período de abrangência deste relatório, contemplando Objetivos Acadêmicos
inseridos no PG, foram submetidos à análise e aprovação da Câmara de Pós-Graduação e
apresentadas a CAPES às seguintes propostas: Mestrado Acadêmico em Gestão e
Desenvolvimento de Serviços (Campus Litoral Norte); Mestrado Acadêmico em Ensino, Corpo
e Cultura (ESEFID), e adesão ao já existente Mestrado Profissional em Saúde da Família em
Rede Nacional (PROFSAÚDE), sob a condução, como proponente, da Associação Brasileira
de Saúde Coletiva – ABRASCO e da Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ. As propostas
encontram-se em fase de julgamento pela CAPES.
Atendendo aos Objetivos de Inovação Científica e Tecnológica expressos no PG, a
PROPG manifestou, até o momento, anuência à submissão de 61 projetos e a renovação de 14
projetos no âmbito de editais internacionais da CAPES.
Ainda no âmbito do PG, o tema das ações afirmativas na Pós-Graduação que integra os
Objetivos de Impacto Social, foi objeto de reunião com a Coordenação do Programa de Pós-
Graduação em Educação e o CPD. O PPGEDU é o Programa com o maior número de cotas e
com a maior complexidade na administração do processo seletivo com reserva de vagas. As
fragilidades detectadas incluem falhas relacionadas à execução do processo seletivo
integralmente pelo Sistema de Pós-Graduação uma vez que o mesmo não apresenta dispositivos
que atendam à diversidade apontada pelos PPGs que oferecem vagas pelas ações afirmativas.
A conclusão é que, para atender a todas as especificidades do processo, é necessária a alteração
substancial do Sistema.
O desenvolvimento das atividades da PROPG, no ano de 2019, excedeu ao desafio que,
por si só, se constitui a gestão da Pós-Graduação em uma Universidade do tamanho e
252
importância da UFRGS, nos contextos nacional e internacional. Às dificuldades representadas,
entre outras, pela perda de 41 bolsas de Mestrado e 45 de Doutorado, pertencentes a 22
Programas e à Pró-Reitoria, somou-se o desafio de administrar os recursos CAPES/PRINT de
fomento à internacionalização. A gestão dos recursos CAPES/PRINT incluiu o lançamento de
Editais de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE); Professor Visitante no Exterior (PVE) e
Professor Visitante no Brasil (PVB) e Chamadas para Missão no Exterior de Docentes
Credenciados como Permanentes nos 64 Programas de Pós-Graduação participantes do
PRINT/UFRGS. A administração desses Editais e dos recursos decorrentes da participação no
CAPES/PRINT, representaram um ônus operacional de 100% para os setores envolvidos
(bolsas e financeiro) e gestores PROPG, sendo essa a maior fragilidade percebida no período.
Análise das Potencialidades e Fragilidades relativas a 2019
Em 2019, as ações e estratégias em busca de melhorias no que diz respeito à expansão
e manutenção da pós-graduação, incluem (i) sistematização com levantamento e
disponibilização de legislação e orientação de utilização de procedimento operacional padrão
na criação de propostas de cursos em rede em áreas estratégicas pela UFRGS ou de adesão a
propostas submetidas por outras instituições; (ii) ajustes nos trâmites dos contratos relativos a
Cursos Lato Sensu pelos setores envolvidos: Auditoria, Procuradoria Geral, PROPLAN e
PROPG. As decisões visam otimizar o processo de acompanhamento dos contratos
correspondentes aos cursos e suas respectivas prestações de contas; (iii) a exemplo do planejado
para tramitação de propostas de cursos em rede, são sistematizadas as instruções de tramitação
de cursos interinstitucionais incluindo a disponibilização da legislação pertinente. A medida
visa, principalmente, o alinhamento entre a tramitação acadêmica e o respectivo convênio,
necessário para esse tipo de interação; (iv) no que diz respeito a internacionalização, a proposta
de modificação na tramitação dos processos de cotutela avançou até o aspecto relacionado ao
convênio, cujas especificidades ainda não se encontram contempladas. Identificada como
fragilidade, buscar-se-á solução junto ao grupo do Escritório de Processos que está trabalhando
em uma nova versão, com abordagem macro, a tramitação que inclua as características dos
convênios de cotutela; (v) o início da execução do PRINT/UFRGS, autorizado pela CAPES a
partir do primeiro semestre de 2019, corroborou o potencial da pós-graduação da instituição
com relação à internacionalização na medida em que desencadeou número significativo de
ações que visam reforçar ou iniciar laços com instituições estrangeiras em áreas na qual a
UFRGS já possui conhecimento consolidado ou em vias de consolidação. As ações
desenvolvidas no âmbito do PRINT, representadas pelos Editais de Professor Visitante no
253
Exterior, Professor Visitante no Brasil, Doutorado Sanduíche no Exterior e pelas Chamadas
para Missões, concentraram parcela significativa dos esforços de gestão e atuação da Pró-
Reitoria neste ano. Associadas às potencialidades de internacionalização demonstrada na
execução do PRINT, citamos as fragilidades que acompanham o processo, tais como, o enxuto
quadro de funcionários da Pró-Reitoria nos dois setores envolvidos com as atividades
estreitamente ligadas ao PRINT/UFRGS: Divisão de Bolsas e Departamento de Coordenação e
Controle de Recursos e a falta de orientações claras e precisas, previamente informadas pela
CAPES, para o gerenciamento e utilização dos recursos. Contribuiu para a sobrecarga apontada
como fragilidade, o tamanho da Instituição, com 64 Programas de Pós-Graduação
contemplados pelo CAPES/PRINT, além do conjunto de Programas conceitos 3 e 4,
administrados pelos recursos PROAP, cuja operacionalização das despesas é feita
integralmente pela Pró-Reitoria; (vi) na gestão da PROPG, parte dos recursos destinados pela
CAPES à Pró-Reitoria em 2019, a exemplo de 2018, foi repassada aos Programas novos visando
auxiliar sua consolidação; os recursos beneficiam, entre outros, o apoio à mobilidade estudantil
através do auxílio financeiro aos estudantes para participação em eventos e, aos docentes dos
PPGs, a participação e organização de eventos; (vii) permanece a interação com a Câmara de
Pós-Graduação com ênfase, para a melhoria da tramitação dos processos de reconhecimento de
diplomas estrangeiros. A tramitação foi objeto, durante o ano de 2019, de mapeamento pelo
Escritório de Processos e as práticas sugeridas estão sendo gradualmente adotadas. Como
fragilidade percebida destaca-se a Plataforma Carolina Bori do MEC que vem sendo ajustada
e, frequentemente, tem permanecido, por períodos relativamente longos, sem acesso. Além
disso, o número de atores envolvidos e a complexidade inerente ao serviço também contribui
para a demora na tramitação.
Entre as fragilidades percebidas em 2019 citamos também aquelas cujo instrumento de
avaliação da pós-graduação 2018, respondido pelos discentes, apontou e que fornece dados que
ajudam a estabelecer indicadores para a autoavaliação dos Programas de Pós-Graduação. O
assunto Autoavaliação vem sendo objeto de atenção na tentativa de encontrar uma
sistematização do processo que atenda ao determinado pela CAPES para a avaliação do
quadriênio, contemplando as especificidades inerentes a cada Programa. Nesse sentido, o
Fórum de Coordenadores tem sido o local de discussão e já conta com algum resultado, fruto
de Comissão criada para esse fim.
As fragilidades remanescentes de 2018 foram satisfatoriamente minimizadas ou sanadas
em 2019 com: (i) no que diz respeito à integração acadêmica graduação/pós-graduação, com o
254
aumento de inscritos no Salão de Ensino onde os pós-graduandos também contribuem ao se
inscrever para participar na modalidade “relatos de experiências na graduação”, em razão do
estágio docência; (ii) no que diz respeito à gestão, foi realizada a migração de uma parcela
significativa de registros que eram feitos no Sistema POSGRAD e que passaram a ser realizados
pelo Portal, cujo ambiente é mais amigável, facilitando as instruções fornecidas pelo
Departamento de Apoio à Pós-Graduação da Pró-Reitoria. Nesse sentido, aguarda-se a
conclusão da migração para prospectar as falhas de utilização e, a partir daí, se necessário,
retomar o projeto de oferecer capacitação para os integrantes das secretarias dos Programas de
Pós-Graduação.
255
Quadro 39. Resumo da Avaliação da PROPG OBJETIVOS DO PDI
QUE SE
RELACIONAM COM
A AÇÃO
OBJETIVOS
TÁTICOS DO
PG
ITENS/ASPECTOS
/
QUESITOS
POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Objetivos Acadêmicos e
pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e espaços
compartilhados.
Expandir o
ensino, a
pesquisa e a
extensão
Criação de cursos em
áreas estratégicas
Reconhecimento do potencial
da Pós-Graduação da UFRGS
por outras Instituições.
Participação da UFRGS em
propostas de cursos em rede
ou possibilidade de construção
de propostas em áreas em que
a UFRGS ainda não possui
cursos.
Em algumas das possibilidades
potenciais, a UFRGS tem
interesse em participar como
polo, mas isto é dependente da
qualidade da proposta submetida
à avalição da CAPES pela
instituição proponente.
Oferecer suporte a grupos com
manifesto interesse em participar de
propostas a serem submetidas,
através de disponibilização de
legislação e orientação para utilização
de procedimento operacional padrão
para auxiliar na formatação e
submissão para avaliação pelas
instâncias internas e órgãos externos.
Expansão do
oferecimento de
cursos lato sensu
Interesse do mercado.
Interesse de oferta por parte
dos Departamentos da
Universidade.
Sistema de controle necessita de
ajustes.
Ajustes nos trâmites dos contratos e
respectivas prestações de contas.
Incentivo à
nucleação
Reconhecimento do potencial
da Pós-Graduação da UFRGS
por outras Instituições
nacionais e estrangeiras.
Parcerias com instituições
para oferecimento, pela
UFRGS, de cursos na
modalidade Interinstitucional.
Alterações no processo de
autorização pela CAPES que, ao
delegar maior responsabilidade à
instituição promotora,
demandou ajustes nos
encaminhamentos dos convênios
com a instituição receptora.
Disponibilização de legislação e
orientação, através de procedimento
operacional padrão e
acompanhamento para tramitação da
proposta acadêmica e tramitação do
convênio em períodos simultâneos e
compatíveis à submissão, autorização
pela CAPES e início da turma na
instituição receptora.
Objetivos Acadêmicos e
pedagógicos, que
envolvem aspectos de
interação e integração,
interdisciplinaridade,
cursos, práticas de
aprendizagem e espaços
compartilhados.
Ampliar a
internacionaliza
ção
Formação em
Cotutela
Alunos em doutorado
sanduíche.
Realização de Convênio ou
Acordo de Cooperação geral
que possa fornecer suporte a
todas as cotutelas realizadas
com o mesmo curso da
Instituição estrangeira.
Modelo ainda não mapeado para
tramitar na Interações
Acadêmicas.
Buscar, junto ao Escritório de
Processos, a inclusão de modelo que
atenda às especificidades, na nova
versão que está sendo construída.
Editais e Chamadas
PROPG no âmbito
do Projeto
Institucional de
64 Programas de Pós-
Graduação da Instituição, na
sua absoluta maioria com
notas 5, 6 e 7, que
apresentaram projeto para
Quadro de pessoal insuficiente
para as atividades decorrentes da
administração e
operacionalização do PRINT.
Envolvimento de todas as pessoas
dos setores na realização das
atividades do PRINT; utilização de
mecanismos com instruções precisas
para melhorar a interlocução.
256
OBJETIVOS DO PDI
QUE SE
RELACIONAM COM
A AÇÃO
OBJETIVOS
TÁTICOS DO
PG
ITENS/ASPECTOS
/
QUESITOS
POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Internacionalização
PRINT/CAPES
participação do
PRINT/CAPES.
Falta de instruções pré-definidas
pela CAPES;
Dificuldades de gerenciamento
em razão do tamanho da
instituição.
PROPG/docentes; gestão junto à
CAPES para adequar o formato de
utilização dos recursos para atender à
demanda.
Objetivos de Impacto
Social, que envolvem
aspectos de interação
com a sociedade,
inserção internacional,
inclusão social.
Promover todas
as formas de
inclusão
Ações Afirmativas
na Pós-Graduação
Programas que já apresentam
reserva de vagas em seus
processos seletivos
O Sistema, tal como se apresenta
atualmente, não contempla a
heterogeneidade e a
complexidade inerente ao
processo de Ações Afirmativas.
Inclusão, na pauta de ações a serem
realizadas pelo CPD, a necessidade
de adequação do Sistema às
demandas específicas surgidas a
partir de consultas aos Programas
com vagas direcionadas às AF.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Desenvolver a
gestão
organizacional
Gestão financeira Utilização dos recursos
descentralizados à PROPG
para a melhoria da pós-
graduação na UFRGS
Recursos com pouca amplitude
de utilização uma vez que não
podem ser utilizados para
aquisição de bens de capital.
Direcionar os recursos recebidos para
ações de mobilidade com o objetivo
de fomentar a participação dos alunos
em eventos de sua área de pesquisa e
contribuir para a manutenção ou
ampliação do acervo da Biblioteca
Central comum a várias áreas.
Avaliação da Pós-
Graduação
Instrumento de avaliação da
pós-graduação pelo discente
% de respostas poderia ser
maior;
Heterogeneidade entre os cursos
da Instituição com relação a:
nota CAPES e,
consequentemente, fomento,
maturidade do corpo docente,
consolidação do Programa, etc.
Estímulo às Coordenações para que
consultem e analisem os resultados
de seus Programas, buscando uma
reflexão de suas forças e fraquezas e,
dentro das possibilidades disponíveis,
adotando medidas saneadoras;
Divulgação de gráficos, elaborados
pela PROPG a partir dos resultados e
disponibilizados no site da Pró-
Reitoria.
Interlocução com a
CAMPG
Demanda por reconhecimento
de títulos stricto sensu obtidos
no exterior por pessoas
oriundas de todos os estados
brasileiros e por estrangeiros
residentes no Brasil.
Instabilidade da Plataforma
Carolina Bori e complexidade
do processo decorrente do
número de atores envolvidos.
Mapeamento das atividades pelo
Escritório de Processos e adoção de
práticas sugeridas para agilizar a
tramitação.
257
3.3.1.7 Campus Litoral Norte
Neste ano, teve-se importantes avanços na área Acadêmica, tanto na modalidade
Educação a Distância (EAD) quanto na presencial. Na modalidade EAD, estão em
funcionamento, além das especializações em Cooperativismo e Gestão da Educação, os cursos
de graduação em licenciatura nas áreas de Ciências Sociais, Geografia e Pedagogia. A
realização dos referidos cursos significou o ingresso de 811 alunos na graduação e 300 nas
especializações.
Na modalidade presencial houve o início do Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas
Regionais e Desenvolvimento (PGDREDES), com o curso de Mestrado stricto sensu, o qual
ofertou 20 vagas em 2019. Além disso, está em andamento uma proposta de Mestrado
Acadêmico em Gestão e Desenvolvimento de Serviços.
Por outro lado, novamente, as vagas disponibilizadas no CV, edição 2019, para ingresso
no curso Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, não foram preenchidas. Cabe ressaltar que
o referido curso constitui um primeiro ciclo obrigatório de formação para os interessados em
cursar um dos cursos de graduação correspondentes às Terminalidades aqui ofertadas, quais
sejam: Desenvolvimento Regional, Engenharia de Gestão de Energia, Engenharia de Serviços
e Licenciatura em Geografia.
Visando dar melhores condições de assistência aos alunos, foi encaminhada à PRAE
uma solicitação de análise para utilização de parte da Colônia de Férias de Tramandaí como
moradia estudantil.
Outra mudança ocorrida em 2019 buscou qualificar o atendimento aos alunos no
momento em que o CLN passou a fazer parte de uma nova estrutura multicanal de atendimento,
a TUAUFRGS, que através do catálogo de serviços, possibilitou ao aluno solicitar
documentos/serviços virtualmente.
Com relação ao acervo da Biblioteca, até 11 de novembro de 2019 foram incorporados
12 itens adquiridos através da Biblioteca Central, 24 itens adquiridos com verbas do Projeto
FAURGS/CLN, edital 001/2019, e 140 itens doados pela comunidade acadêmica, totalizando
um acervo de 6.683 itens. Os cortes orçamentários, que afetaram as Universidades Federais de
um modo geral, foram um dos principais fatores que influenciaram o pequeno crescimento do
acervo. A aquisição de novos títulos através do uso de recursos oriundos do Projeto
FAURGS/CLN, edital 001/2019, foi uma das formas de minimizar essa falta de orçamento.
Espera-se adquirir mais itens ao acervo da Unidade, uma vez que o Projeto segue em vigor até
meados de 2020. Também foram encaminhados pelos docentes e incorporados ao acervo 185
258
trabalhos considerados Produção Intelectual (PI) da Unidade, totalizando 690 itens. Tendo em
vista o aumento no número de disciplinas ofertadas à noite, foi encaminhada proposta de
flexibilização da jornada de trabalho da equipe, com o objetivo de, em 2020, ampliar o horário
de atendimento da Biblioteca para 12 horas ininterruptas.
O Núcleo Técnico-Científico, integrado pela equipe responsável pelos laboratórios,
começou a trabalhar em turnos ininterruptos de modo a atender a demanda dos estudantes e
professores que precisam utilizar os espaços dos laboratórios nos turnos da manhã, tarde e noite.
Além de atuar nas atividades de aulas práticas, a equipe presta assessoria no processo de
aquisição de materiais do Campus, especialmente para as aulas.
Quanto aos projetos de extensão, são 75 projetos com movimentação no ano de 2019.
Com relação aos projetos de pesquisa, são 90 projetos em andamento sob coordenação de
servidores do CLN e CECLIMAR. Projetos esses que vêm colaborando de maneira relevante
na inserção do Campus na Região. No ano de 2019, o CLN foi contemplado com edital FINEP,
mas ainda sem recursos liberados.
Especialmente no que se refere aos projetos de pesquisa, a criação dos novos
laboratórios previstos para a II Fase de implantação do Campus, com a construção de dois
prédios para esse fim com obras em andamento, será fundamental para o aumento de ações
nessa área.
Com a efetivação ocorrida em 2018 da vinculação do Centro de Estudos Costeiros,
Limnológicos e Marinhos – Ceclimar – ao CLN, como órgão auxiliar, houve, em 2019, o
fortalecimento e a ampliação da atuação da Universidade na região, por meio da participação
conjunta em ações de divulgação, bem como em parcerias em atividades acadêmicas e
administrativas.
Potencialidades, fragilidades e estratégias em busca de melhoria e análise crítico-
reflexiva do que foi realizado em 2019.
No Ensino efetivou-se o funcionamento de cursos novos, na modalidade à distância, que
representou o ingresso de novos alunos. No entanto, não foram preenchidas todas as vagas
através do vestibular e do SiSU para o curso presencial. Além disso, observa-se altos índices
de evasão e de reprovação. Em função disso, algumas importantes ações foram realizadas para
buscar a redução destes índices, tais como: levantamento e análise de dados dos alunos dos
cursos de graduação, com vistas a identificar os problemas de baixo rendimento que poderão
agravar a retenção e a evasão; proporcionar espaços de construção de conhecimento e troca de
259
experiências positivas de aprendizagem aos alunos; aprimoramento dos Projetos Pedagógicos
dos cursos ofertados no CLN; e capacitação dos servidores docentes e técnico-administrativos.
Deu-se sequência à ampliação de ofertas de disciplinas à noite, com um importante
acréscimo de atividades nesse turno. Isso atende uma reivindicação dos alunos por mais aulas
no turno da noite, mas em contrapartida cria a necessidade de ampliação do horário de
atendimento dos setores do Campus, análise de viabilidade de funcionamento do RU à noite e
adequação do funcionamento administrativo da Unidade.
Apesar do avanço das obras de implantação da II Fase de expansão do Campus, a não
conclusão dos prédios novos, impactam na disponibilidade de espaços de laboratórios que
possam fomentar pesquisas específicas na Unidade, bem como ações voltadas à Pós-Graduação.
Com relação às ações de divulgação, em especial às ações e estratégias na busca de
melhorias e fragilidades levantadas em 2018, buscou-se parceria estratégica com a SECOM,
que desenvolveu materiais gráficos para divulgação do processo Vestibular, que foi enviado via
correios para todas as escolas de ensino médio do Estado, utilizando metodologia similar ao
Portas Abertas. Em função da alteração de data do Concurso Vestibular para
novembro/dezembro, bem como ao calendário das escolas estaduais da região, o evento
Campus Aberto não foi realizado, havendo maior enfoque na divulgação do período de isenção
de taxa do Vestibular, pois a região possui um número grande de famílias de baixa renda. Esta
divulgação foi realizada através de visitação às escolas – do Litoral e da Região Metropolitana
– e de redes sociais. Nesse sentido, o Campus passou a contar com uma bolsista de
Desenvolvimento Institucional, para apoio na criação de materiais gráficos para divulgação em
meio digital. Ainda com a parceria da SECOM, foram desenvolvidos vídeos para veiculação
no programa Conhecendo a UFRGS, que têm sido utilizados para divulgação dos cursos. Foi
criada uma Comissão de Divulgação pelo Conselho do Campus, que, dentre suas atividades,
iniciou a elaboração de um calendário de eventos.
Avaliação das ações desencadeadas para atender ao Plano de Gestão.
No PG da Reitoria 2016-2020, o Campus consta como responsável pelo item “1.4.1.
Estimular atividades de ensino, pesquisa e extensão no Campus Litoral Norte. ”
Para atender essa ação foram propostas algumas etapas, em andamento, conforme segue:
• Criação do Programa de Alternativas de Aprendizagem: a proposta está em
elaboração pelo Núcleo Pedagógico da Direção Acadêmica.
• Reestruturação de Cursos existentes CLN: Os cursos Bacharelado
Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia e suas Terminalidades estão sendo
260
reformulados, com pequenas alterações por meio de Resoluções. Alterações de
maiores impactos estão sendo discutidas nos Núcleos Docentes Estruturantes
(NDEs) e Comissões de Graduação (COMGRADs), citam-se alteração da carga
horária das matemáticas, nos cursos de engenharia, reestruturação da distribuição
de créditos por semestre para a oferta de cursos em turnos específicos. Aqui ainda
cabe mencionar o Fórum de COMGRADs e NDEs, criado pelo Conselho da
Unidade em 2019 e que busca, de forma coordenada, repensar a organização das
disciplinas nos cursos, tendo em vista que todos encontram-se interligados e sofrem
impacto com alterações propostas por um curso.
• Proposição de novos Cursos de Graduação Presenciais: Uma nova edição do
Curso de Ciências Biológicas, com ênfase em Biologia Marinha e Costeira e Gestão
Ambiental Marinha e Costeira, ainda como PEG (Programa Especial de
Graduação), foi aprovada e aberta inscrições para ingresso. Em 2019 foi aprovada
pela CAMGRAD uma nova oferta do curso de Licenciatura em Educação do
Campo: Ciências da Natureza, em formato PEG. A previsão de processo seletivo é
para o final de 2020/1. Além disso, foi realizada a Jornada de Diálogos e
Perspectivas Acadêmicas, perfazendo 4 encontros para avaliar o impacto da
proposição de novos cursos do ponto de vista das direções e departamento, das
comissões de cursos, dos TAEs e dos alunos. Os dados obtidos estão em fase de
compilação.
• Mestrado stricto sensu na área de Planejamento Urbano e Regional e
Demografia: Iniciado em 2019 o Mestrado em Dinâmicas Regionais e
Desenvolvimento.
• Mestrado Interinstitucional em Educação do Campo (profissional): negado
pela CAPES (Processo nº 377/2018). A instituição proponente do processo foi a
UNIPAMPA, sendo a UFRGS instituição parceira.
• Incubadora Social e Tecnológica do Litoral Gaúcho: a Incubadora recebeu o
nome de Germina Incubadora Multissetorial e faz parte da estrutura organizacional
do CLN, conforme consta no processo SEI nº 23078.527.771/2018-89.Realizou seu
primeiro edital de seleção de pré-incubados, sendo selecionados 3 projetos.
• Projeto de orientação para a Comunidade do CLN sobre Projetos de Extensão:
foi realizada a ação de capacitação "Sistema de extensão UFRGS: registro de
projetos e programas.
261
• Além das ações citadas, em consonância com o PG da Universidade, a Biblioteca
do CLN ofertou três módulos do Projeto de Extensão “Super 8: Pesquisa e uso da
informação sem mistérios”, criado pelo Sistema de Bibliotecas da UFRGS. Foi
ministrado o módulo “Gerenciadores de Referências – Zotero”, e os módulos 1 e 2
do curso “O pesquisador e sua produção científica”.
Com isso, avalia-se que as etapas propostas para atender a ação de responsabilidade do
Campus Litoral Norte vêm sendo cumpridas com ajustes eventualmente necessários.
Especialmente com relação a reestruturação e proposição de novos cursos, há, tanto a pactuação
inicial da UFRGS em relação à criação do Campus Litoral Norte com o Ministério da Educação
a ser observada, quanto também a necessidade de discussões com a comunidade interna e
externa do Litoral para que os ajustes contemplem as demandas de fato. Essas necessidades
representam etapas adicionais aos processos de reestruturação e de proposição de novos cursos,
o que pode ser observado nos relatos anteriores. A exceção do cumprimento seria a proposição
do Mestrado Interinstitucional em Educação do Campo (profissional), proposto pela
UNIPAMPA em parceria com a UFRGS, mas que foi negado pela CAPES.
Avaliação das contribuições das ações desenvolvidas pelo setor para os objetivos
estratégicos do PDI UFRGS:
No que se refere ao eixo sobre Políticas Acadêmicas, relacionando aos objetivos
estratégicos do PDI 2016 – 2026 da Universidade, destacamos a contribuição para o
atingimento dos objetivos acadêmicos e pedagógicos, especialmente no que se refere à
promoção, aproximação e interação entre diferentes áreas de conhecimento, tendo em vista que
o Campus nasce com a proposta de desenvolver atividades na perspectiva interdisciplinar.
Além desse objetivo, com a criação da Incubadora Germina, contribuímos com o
“objetivo de inovação científica e tecnológica, que envolvem aspectos gerais sobre o Parque
Científico Tecnológico da UFRGS, alianças estratégicas, parcerias e modelos de interação”
(PDI:2016-2026, p.47 e 48). Com a criação da Incubadora, colocou-se em prática o estímulo e
apoio às iniciativas de inovação e empreendedorismo na Região.
Pode-se citar ainda que o Campus Litoral Norte se propõe, em sua origem, ao
cumprimento do objetivo de “antecipar demandas que apontem para novas linhas de pesquisa,
tecnologias, profissões e cursos, considerando as transformações da sociedade” já que, além da
proposta interdisciplinar, o Campus surge com a criação de cursos novos na Região e
inovadores no que se refere aos profissionais que serão formados. Além disso, considerando as
ações apontadas no item 1 deste relatório, pode-se citar que com a criação e ingresso da primeira
262
turma do curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas Regionais e
Desenvolvimento (PGDREDES), contribuiu-se para o objetivo de “aumentar a oferta de vagas
e de cursos na graduação e pós-graduação”; e com a proposição dos cursos de graduação e pós-
graduação latu sensu na modalidade à distância, pode-se “ampliar a oferta de ações de educação
a distância”.
Ainda assim, avalia-se que apontamos alguns dos objetivos estratégicos do PDI UFRGS
cumpridos com as ações desenvolvidas no Campus Litoral Norte, mas, além disso, pode-se
ressaltar também que as ações de extensão desenvolvidas pelo pessoal docente e técnico
cumprem o importante papel de interação com a Comunidade e, dessa forma, contribuem com
o atingimento dos “Objetivos de impacto social”.
Por fim, ressalta-se o importante desafio que a Universidade tem com o primeiro
Campus fora de sede, que é o de inserir-se na comunidade do Litoral. Esse também é objetivo
das ações de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas, mas, ao mesmo tempo, dessa inserção,
espera-se que as ações fiquem ainda mais alinhadas às necessidades e expectativas da
Comunidade e, com isso, a UFRGS consolide a sua presença no Litoral Norte.
263
Quadro 40. Resumo da Avaliação do CLN
OBJETIVOS DO PDI QUE SE
RELACIONAM COM A AÇÃO
ITENS/
ASPECTO/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Objetivos acadêmicos e pedagógicos,
que envolvem aspectos de interação e
integração, interdisciplinaridade,
cursos, práticas de aprendizagem e
espaços compartilhados
Ensino 2 - Política para o
ensino, a pesquisa, a
pós-graduação e a
extensão
Corpo docente numeroso e
qualificado.
Propostas inovadoras de cursos
de graduação e pós-graduação;
Oferecimento de diversas ações
de capacitação destinadas às
atividades de ensino de
graduação.
Ingresso de diplomados como
alternativa de preenchimento de
vagas ociosas.
Ingresso pelo Extra Vestibular.
Ingresso por transferência
interna.
Comunicação interna
precária.
Divulgação dos cursos
precária.
Alto índice de evasão e de
reprovação.
Baixa procura pelos cursos
presenciais de graduação e
não preenchimento das
vagas ofertadas pelo
vestibular e através do
SiSU.
Restrição de atendimento,
de alguns setores, no
período da noite.
Falta de espaço físico.
Falta de laboratórios e
equipamentos para as
aulas.
Buscar a melhoria contínua nas
ações de divulgação dos cursos;
Ampliar monitorias e criar outras
ações de reforço e atendimento
pedagógico.
Avaliar os cursos ofertados em
comparação com a demanda da
Comunidade.
Continuar ampliando a oferta de
disciplinas à noite.
Ofertar cursos noturnos.
Objetivos acadêmicos e pedagógicos,
que envolvem aspectos de interação e
integração, interdisciplinaridade,
cursos, práticas de aprendizagem e
espaços compartilhados
Pesquisa 2 - Política para o
ensino, a pesquisa, a
pós-graduação e a
extensão
Vários campos de pesquisa
possíveis devido à diversidade
de áreas do conhecimento;
Cursos de pós-graduação
existentes e propostos.
Isolamento dos projetos
em torno de seus
proponentes.
Pouca divulgação;
Número limitado de
laboratórios.
Ampliar a divulgação dos projetos
em andamento e envolver maior
número de interessados entre
discentes, docentes e técnicos;
Acompanhara II Fase de
implantação do Campus, com dois
prédios de laboratórios previstos,
em construção.
Objetivos acadêmicos e pedagógicos,
que envolvem aspectos de interação e
integração, interdisciplinaridade,
cursos, práticas de aprendizagem e
espaços compartilhados
Extensão 2 - Política para o
ensino, a pesquisa, a
pós-graduação e a
extensão
Ampla possibilidade de oferta
de ações de extensão, devido à
diversidade de áreas do
conhecimento da comunidade
acadêmica;
Grande potencial de inserção
regional e divulgação do
Campus Litoral Norte através
de ações que envolvam a
comunidade local e população
Subaproveitamento da
infraestrutura e corpo
docente e corpo técnico do
Campus para a realização
de atividades de extensão
que aproximem a
Universidade e Sociedade;
Pouco divulgação das
ações existentes.
Ainda pequena inserção do
Incentivar a criação de novas
ações e a repetição das ações que
tiveram boa receptividade;
Intensificar a divulgação interna e
externa de todas as ações
vinculadas ao Campus e buscar
novas parcerias e/ou canais de
comunicação.
Ampliar a divulgação dos projetos
em andamento e envolver maior
264
OBJETIVOS DO PDI QUE SE
RELACIONAM COM A AÇÃO
ITENS/
ASPECTO/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
flutuante típica do litoral Campus na Região. número de interessados entre
discentes, docentes e técnicos.
Objetivos acadêmicos e pedagógicos,
que envolvem aspectos de interação e
integração, interdisciplinaridade,
cursos, práticas de aprendizagem e
espaços compartilhados
Pós-Graduação 2 - Política para o
ensino, a pesquisa, a
pós-graduação e a
extensão
Ampla divulgação dos
processos seletivos.
Cursos inovadores.
Corpo docente qualificado.
Inexistência de ações de
capacitação destinadas à
pós-graduação.
Sistema de pós-graduação
não integrado ao Portal do
Servidor e com
funcionalidades pouco
práticas e com dificuldades
com suporte técnico;
Pouca divulgação das
propostas de criação dos
cursos.
Número limitado de salas
de aula e de laboratórios
de pesquisa.
Encaminhar à EDUFRGS
solicitação de ações de
capacitação.
Encaminhar proposta de
aprimoramento do sistema para a
PROPG/CPD.
Ampliar a divulgação sobre as
propostas de criação de novos
cursos com a comunidade interna;
Avaliar com os docentes, a
possibilidade de oferta de
mestrado que contribua com o
desenvolvimento dos técnicos que
atuam no Campus, bem como de
outros servidores de instituições
da Região.
Objetivos organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão com
cultura, comunicação, infraestrutura,
pessoas e sustentabilidade.
Biblioteca 2 - Política para o
ensino, a pesquisa, a
pós-graduação e a
extensão
Oferta de ações de formação
para a comunidade.
Necessidade de
qualificação para ministrar
ações de capacitação de
cunho mais específico.
Buscar, através de capacitações, a
qualificação da equipe;
Manter e buscar parceiros nas
demais bibliotecas setoriais que
possam ministrar capacitações
mais específicas.
Objetivos de inovação científica e
tecnológica, que envolvem aspectos
gerais sobre o Parque Científico e
Tecnológico da UFRGS, alianças
estratégicas, parcerias e modelos de
interação
Inovação 2 - Política para o
ensino, a pesquisa, a
pós-graduação e a
extensão
Atuação da Incubadora
Multissetorial – Germina.
Falta de espaço físico para
realização de eventos no
Campus.
Depende de articulações
com atores externos.
Baixa cultura de inovação
na região.
Divulgação da proposta de
trabalho da Incubadora na Região.
Aproximação de atores políticos e
sociais.
Ofertar ações de
empreendedorismo na região.
Objetivos organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão com
cultura, comunicação, infraestrutura,
pessoas e sustentabilidade
Assistência
Estudantil
2 - Política para o
ensino, a pesquisa, a
pós-graduação e a
extensão
Ampla divulgação de Editais do
Programa de Assistência
Estudantil.
Atividades de acompanhamento
pedagógico aos beneficiários do
Programa.
Ausência de espaço físico
adequado para
atendimentos
individualizados.
Ausência de um auditório
equipado para proposição
Uso de diferentes meios de
contato com os acadêmicos;
Utilização de espaços das
instituições parceiras para
realização de eventos;
Adaptação de espaços disponíveis
265
OBJETIVOS DO PDI QUE SE
RELACIONAM COM A AÇÃO
ITENS/
ASPECTO/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
de atividades coletivas. no CLN para usos específicos.
Objetivos organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão com
cultura, comunicação, infraestrutura,
pessoas e sustentabilidade
Ações de
Divulgação
2 - Política para o
ensino, a pesquisa, a
pós-graduação e a
extensão
Oportunidade de apresentação
dos cursos e atividades aqui
desenvolvidas.
Projetos de extensão voltados
para a divulgação do CLN.
Existência de uma Comissão de
Divulgação.
Ausência de um calendário
de ações e de fluxos para
organização das atividades
e participação em eventos.
Falta de uma organização
central das ações de
divulgação.
Demandar maior apoio da
SECOM.
Criar uma rede de apoio para
divulgação do Campus.
Padronizar materiais de
divulgação.
Melhorar a apresentação do site
institucional
266
3.3.2 Dimensão 4: Comunicação com a Sociedade
3.3.2.1 SECOM
A Secretaria de Comunicação Social da UFRGS (SECOM) atua nas áreas de jornalismo,
comunicação institucional, comunicação visual e design, bem como em projetos especiais. As
ações e os conteúdos específicos são veiculados por meio do Portal da UFRGS, das redes sociais
(Facebook, Twitter e Instagram e Linkedin), do Jornal da Universidade, do UFRGS Ciência, da
Rádio da Universidade, da UFRGS TV e da Gráfica. Esses trabalhos são planejados e
acompanhados pelo Núcleo de Comunicação Estratégica (NCE), setor ainda em implantação,
que tem como propósito integrar os diferentes setores da Secretaria a fim de ampliar a
ressonância dessas iniciativas junto à comunidade acadêmica e ao público externo.
Um conjunto de fatores considerados relevantes para o futuro da Universidade é
elencado no PDI da UFRGS 2016-2026 (PDI). No que diz respeito à comunicação, o documento
apresenta a seguinte definição:
A comunicação é uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento institucional.
Dessa forma, faz-se necessária a criação de um Plano de Comunicação que direcione
o incremento da divulgação das ações desenvolvidas na Universidade ou fora dela,
como também da inserção ativa da UFRGS no cenário da divulgação científica,
cultural e artística, com participação de docentes, discentes e técnico-administrativos.
A comunicação interna deverá estar focada na disseminação das ações como forma de
integração entre as diversas áreas e da comunidade em geral, utilizando-se para isso
de meios tecnológicos disponíveis para alcançar todos os membros da comunidade
acadêmica da forma mais abrangente e eficaz, garantindo a transparência e a
visibilidade das ações da Universidade. (PDI UFRGS 2016-2026)
A partir dos conceitos expostos no PDI e no Relatório de Autoavaliação Institucional
2018, a SECOM estuda a elaboração de um plano interno de gestão, contemplando as áreas da
Comunicação Social (Jornalismo, Relações Públicas, Design e Publicidade e Propaganda). A
perspectiva adotada articula essas áreas com o intuito de apropriar as diferentes mídias,
linguagens e plataformas disponíveis e, assim, desenvolver projetos de fortalecimento da
imagem e da identidade da UFRGS junto aos seus públicos. Orientada pelo objetivo de dar
visibilidade às atividades executadas na (e pela) Universidade, a Secretaria busca, desse modo,
implementar uma comunicação que gere impacto e o engajamento da comunidade universitária,
consolidando-se como instância estratégica para o aprimoramento institucional.
Assessoria de Imprensa
Em 2019, a equipe da Assessoria de Imprensa (AI) enfrentou desafios crescentes, devido
ao incremento das interações via redes sociais e ao ambiente de mudanças pelo qual passa o
jornalismo de maneira em geral. A adoção, por parte de quem busca indicação de fontes e
267
informações gerais sobre a UFRGS, de diferentes meios de contato, como o e-mail, as redes
sociais e o próprio site da Universidade, faz com que a dinâmica dessas plataformas exija cada
vez maior rapidez na resposta às solicitações.
Os seis jornalistas que integram o setor trabalham em dois turnos de cinco horas,
totalizando 10 horas diárias de atendimento às demandas da imprensa, via telefone e e-mail,
das redes sociais, além da geração de conteúdos sobre projetos, pesquisas, atividades culturais
e eventos desenvolvidos pelos diferentes órgãos que compõem a Universidade para o site da
UFRGS. O grupo de profissionais da AI tem o apoio de dois fotógrafos – um deles atuando em
regime de 40 horas e o outro com redução de carga horária – responsáveis pela produção de
todas as imagens utilizadas nas diferentes plataformas da instituição. Desde julho, uma revisora
foi integrada ao time de profissionais, ficando responsável pela revisão dos textos produzidos
para o site e o UFRGS Ciência, bem como dos materiais especiais elaborados por outros setores
da SECOM.
Em setembro, um dos jornalistas que atua no turno matinal entrou em licença, pelo
período de um ano, para a realização de um curso de doutorado. Ainda em novembro, a
jornalista responsável pela edição do UFRGS Ciência transferiu-se, mediante permuta, para
Universidade Federal de Santa Catarina. Em razão disso, foi estabelecido um regime de rodízio
entre os demais colegas a fim de atender aos momentos de incremento da necessidade de
cobertura jornalística.
Em média, a AI produz e publica entre quatro e seis matérias diariamente, abrangendo
as informações que dizem respeito à UFRGS, incluindo a cobertura jornalística de eventos
acadêmicos e culturais, o acompanhamento da rotina dos diferentes campi, notícias sobre
editais, convênios, parcerias institucionais, oportunidades de bolsas e programas de incentivo e
fomento. Esses materiais são replicados nas redes sociais e amplificados pelos demais veículos
que compõem a Secretaria. Integra-se a essas atividades o trabalho de gerência e
acompanhamento diário dos perfis da Universidade no Facebook, WhatsApp, Twitter,
Instagram e Linkedin realizado, predominantemente, pelo jornalista Marcelo Igor de Sousa.
Com o auxílio de bolsistas e das equipes do Núcleo de Comunicação Estratégica e do Setor de
Design e Publicidade, este profissional desenvolveu campanhas nas redes sociais como:
matrículas, recepção aos Bixos 2019, Portas Abertas, Setembro Amarelo, Salão UFRGS,
Vestibular 2020, entre outras.
O portal de divulgação científica UFRGS Ciência conta com o trabalho de uma
jornalista e de duas bolsistas, selecionadas entre os estudantes do curso de Jornalismo da Fabico.
268
Semanalmente, apresenta uma reportagem sobre as pesquisas realizadas na Universidade, tendo
por objetivos aproximar a comunidade de atividades científicas e grupos de pesquisa e divulgar
o conhecimento produzido por alunos, técnico-administrativos e professores. A iniciativa já
alcançou repercussão gerando pautas em nível nacional.
Avaliação – Ao longo do ano, ampliamos, significativamente, a cobertura de eventos e
a divulgação de atividades desenvolvidas na UFRGS. Há que se ressaltar positivamente que
com a implantação da Aliança pela Inovação e do Pacto Alegre, projetos que proporcionaram
a aproximação de universidades, aprimoramos parceria entre as assessorias da PUCRS e da
Unisinos, o que nos trouxe uma nova experiência: foram feitas muitas e longas coberturas nas
quais, pela primeira vez, três grandes instituições universitárias trabalharam juntas com pleno
êxito, elaborando e veiculando notícias, vídeos e fotografias, bem como atendendo a imprensa
externa.
Foi igualmente expressivo o incremento e a aposta que fizemos nas redes sociais: o
Instagram passou a ser utilizado como ferramenta de grande visibilidade, ampliando o número
de pessoas que interagem pelos posts e stories. Após um período de inoperância, o Linkedin foi
retomado e tem apresentado bons resultados, em especial junto ao público com atuação no
mercado ou em busca de formação complementar.
Ainda em relação às redes sociais, avançamos na elaboração de campanhas específicas,
que geraram impacto entre os internautas que acompanham os perfis da UFRGS. Vestibular,
Recepção aos Calouros, Setembro Amarelo e Aniversário de 85 anos foram algumas dessas
ações.
Mesmo reconhecendo 2019 como um período de aperfeiçoamento da AI, carecemos de
ações mais eficazes na divulgação do UFRGS Ciência – um produto de alta qualidade, e que
conta com um profissional dedicado quase exclusivamente a sua realização –, mas que ainda
não conseguiu expandir sua penetração em nível nacional como almejado.
Jornalismo impresso – Durante o ano de 2019, a equipe do Jornal da Universidade
(JU) trabalhou na implementação gradual de um novo projeto editorial. Esse processo teve
início com a elaboração de um relatório de atividades disponível em www.ufrgs.br/jornal no
link “Quem somos” >> Relatório 2018.
A partir disso, chegou-se à conclusão de que eram necessários novos formatos que
favorecessem a circulação e o alcance do conteúdo e que ainda resultassem em redução dos
custos fixos de produção. Desde o princípio, já se tinha ciência de duas fragilidades: o reduzido
número de profissionais (sete) e as dificuldades tecnológicas. Entre as potencialidades,
269
estavam: o perfil e formação da equipe; a experiência acumulada na história do JU; a imagem
já prestigiosa da publicação; experiências-piloto exitosas realizadas em 2018; e o resultado de
uma série de discussões promovidas pela equipe.
O primeiro projeto levado adiante foi a elaboração de uma plataforma digital que
pudesse congregar e direcionar toda a produção: www.ufrgs.br/jornal. Ainda em versão
experimental, permitiu usar a ferramenta tecnológica e, a partir disso, estabelecer tanto as
diretrizes para o site definitivo – a ser previsto no planejamento para 2020 – quanto os novos
fluxos produtivos. Simultaneamente, também foram estabelecidos fluxos de produção e
definidas políticas para as redes sociais. Convém realçar que estas iniciativas digitais tornam o
JU acessível a pessoas com deficiências visuais – todas as plataformas já têm recursos de
aumento de fonte e contraste.
O projeto digital, ainda, foi gestado a fim de compensar a interrupção do envio de
edições impressas pelos Correios a servidores aposentados da UFRGS. Deste modo, chegou-se
já a uma economia de cerca de R$ 4 mil mensais em despesas postais. Ainda, procedeu-se a
uma série de ações com vistas a melhorar a distribuição física da atual tiragem de 7 mil
exemplares nos campus: encomenda de 30 novos expositores de metal à SUINFRA;
revitalização dos 27 expositores existentes; e disponibilização do mapa dos pontos de
distribuição no site.
Dentro do escopo de atualização dos formatos, já foram lançados o blog Lugar de Livro,
que traz semanalmente resenhas de livros elaboradas por integrantes da comunidade acadêmica,
e o Esquinas, ciclo de debates realizado em colaboração com o Instituto Latino-americano de
Estudos Avançados (ILEA) e o Centro Cultural da UFRGS. Neste mesmo grupo, está em fase
de desenvolvimento do podcast de entrevistas Ressonância. Os primeiros episódios já estão em
elaboração, e a veiculação está prevista para março de 2020.
Foi constituído um grupo de trabalho que vai discutir a mudança do projeto gráfico da
edição impressa – que deve ter 12 páginas em cores e um aspecto mais contemporâneo em
termos de design. A previsão é que no primeiro semestre de 2020 seja possível adotar o novo
projeto. Também está em processo final a criação do repositório digital das edições impressas
no Lume, o que permitirá a publicação e catalogação da coleção.
Avaliação – A distribuição do Jornal segue sendo um desafio, assim como a visibilidade
e a repercussão dos projetos. Em relação à distribuição, ainda, existe a necessidade de reavaliar
os pontos de colocação dos expositores e o número de exemplares por ponto.
270
Nas redes sociais, avalia-se que é preciso consolidar práticas e fixar uma linguagem
mais padronizada, além de implantar plenamente todos os recursos de acessibilidade.
No que toca à hospedagem digital, é necessário desenvolver um site que reúna qualidade
gráfica, arquitetura de informação e conteúdo adequados às possibilidades do ambiente digital.
Jornalismo televisivo e radiofônico
Em 2019, a UFRGS TV continuou dando visibilidade à produção científica, artística,
cultural e tecnológica da Universidade, com transmissão pelo canal UniTV (canal 15 da NET-
Porto Alegre), por seu site e pelo canal da UFRGS TV no YouTube. A grade de programação
possui 17 atrações que incluem conteúdos próprios e coberturas de eventos da instituição, como
os projetos Som no Salão, Unimúsica, Simplifísica e Efêmera Arte. Foram deixados de produzir
os programas Universidade: a vida é mais e Iniciação Científica: eu fiz!, mas em compensação
foram criados dois novos, Vitrine Tecnológica e Trajetórias. A UFRGS TV conta atualmente
com mais de 25 mil seguidores inscritos em seu canal no YouTube, e mais de 7.200 curtidas
em sua página no Facebook.
Além do trabalho de caráter jornalístico, a Unidade produtora manteve-se atendendo a
demandas institucionais, como os vídeos de recepção aos calouros de 2019, promocionais ao
Salão UFRGS 2019, além de produtos alusivos aos 85 anos da Universidade, nos quais foram
explorados formatos diferenciados. Vale mencionar, ainda, as entradas ao vivo em eventos por
meio de lives pelo Facebook. Ao longo de 2019, entre programas e matérias jornalísticas, vídeos
institucionais, chamadas de divulgação e registros diversos de eventos da Universidade, foram
feitos mais vídeos do que em 2018, apesar das restrições técnicas e operacionais. Também
houve um acréscimo de produções relacionadas à Rede Multivídeos, da qual a UFRGS TV faz
parte, e que tem por objetivo registrar e transmitir ao vivo eventos diversos. A quase totalidade
desse material foi disponibilizada no YouTube, chegando a uma média de 400 visualizações
por produto.
Avaliação – Apesar de a TV desenvolver e apresentar conteúdo de alta qualidade,
identificamos uma série de carências estruturais. A unidade está instalada em um local que não
comporta suas atividades com boas condições e que não atende às necessidades de produção e
expansão da programação. Ao longo de 2019, a exemplo de anos anteriores, foram feitas
tratativas para que a TV fosse transferida para outros espaços físicos da UFRGS, a fim de sanar
esses problemas. O setor também necessita de alguns equipamentos, entre eles um drone para
diversificar a forma de captação de imagens e mais ilhas de edição para agilizar os processos.
271
Ao completar 62 anos de atividades, a Rádio da Universidade manteve o foco de sua
programação na dimensão cultural e educativa, oferecendo entretenimento da melhor qualidade
aos ouvintes, com transmissão 24 horas por dia pelos 1.080 AM, e também por meio dos
aplicativos de escuta de rádio para smartphones e programas on demand em seu site.
Avaliação – A emissora cumpriu seu papel de estabelecer um vínculo entre a
Universidade e a comunidade, desenvolvendo uma relação comunicacional que alcança
diariamente cerca de 65 mil radiouvintes que acessam a emissora pela internet (monitoração
real time) e aproximadamente 64 mil ouvintes ao dia pela transmissão em AM. Além de
divulgar as atividades da UFRGS, transmite programas culturais e educativos com os mais
diversos assuntos que compõem o cenário acadêmico.
A fim de ampliar a sua cobertura, a Rádio aguarda a determinação de sua frequência em
FM por parte do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, para que possa
adquirir os equipamentos necessários. Em 2019, o órgão solicitou nova documentação para
conceder a Renovação da Outorga em AM, que foi encaminhada no prazo solicitado.
Em termos de inovações técnicas, foi iniciada a implementação de um sistema de
podcasts (arquivos digitais de áudio transmitidos através da internet, cujo conteúdo pode ser
variado, normalmente com o propósito informativo) utilizando o Spotify, com a
disponibilização de programas especiais do Salão UFRGS. Também foi instituído um sistema
de metadados e disponibilizadas fotos históricas da Rádio no LUME, Repositório Digital da
Universidade.
As carências de servidores, especificamente no cargo de locutor, foram equacionadas
com o ingresso de uma nova servidora, estando a Rádio neste final de período com seus quadros
completos. Contudo, vislumbra-se um futuro desequilíbrio com a anunciada aposentadoria de
Osvaldinho Arboit, único servidor atuante no Parque Transmissor em Eldorado do Sul.
Em termos de programações especiais periódicas, foram bem-sucedidas as coberturas
do Salão UFRGS 2019, destacando-se a produção de um jingle veiculado na emissora e em
outras plataformas, e as transmissões do programa Estação dos Livros, com 17 edições
realizadas diretamente do estande da Rádio instalado na Feira do Livro de Porto Alegre na Praça
da Alfândega. Além disso, foram veiculadas chamadas para a divulgação de diferentes
iniciativas da Universidade, como as atividades de fomento ao empreendedorismo promovidas
pela Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico (SEDETEC); para a campanha de economia
de energia, capitaneada pelo Escritório de Sustentabilidade; para o lançamento da Central
TUAUFRGS; e para a divulgação da SULGÁS como principal empresa doadora na campanha
272
para as obras de acessibilidade do prédio histórico onde funcionam atualmente a Rádio e a
UFRGS TV.
Também se destacam a produção e veiculação da temporada 2019 do programa
“Boulevard Educação”, em parceria com a FACED, e a realização de cerca de 10 gravações no
Estúdio A com pianistas convidados para o programa “Piano Forte”. O referido programa será
veiculado em 2020, a partir do conserto do piano da emissora patrocinado pela ouvinte Maria
Helena Mazaferro Bronca.
Finalmente, foram produzidos os seguintes programas especiais: Páscoa Cristã e
Judaica; musicais ao vivo no Portas Abertas; audição e discussão da ópera “Os Farrapos”, em
20 de setembro; Consciência Negra; “Rosane Lanzeloti”, por ocasião do aniversário da Rádio;
“Armando Albuquerque”, com Celso Loureiro Chaves; e “Festival da Arquitetura”, com Raul
Ellwanger, especialmente concebido para o aniversário da UFRGS.
Gráfica da UFRGS
Neste exercício de 2019, a Gráfica da UFRGS segue prestando serviços à comunidade
universitária com eficiência. Apesar das dificuldades orçamentárias impostas à Universidade,
buscou-se manter a qualidade e a agilidade no atendimento prestado.
Foi renovado o projeto do Núcleo Experimental de Produção Editorial que, por meio do
setor de editoração e revisão, presta atendimento à comunidade acadêmica com a
editoração/revisão dos periódicos da Universidade. Seguimos igualmente com o projeto do
Setor de Impressão de Trabalhos Acadêmicos (SITA), que busca facilitar o processo de
formação de alunos, com impressão de TCCs, pesquisas, relatórios, projetos parciais e finais de
suas teses e/ou dissertações.
Em abril deste ano, foi lançado o projeto de Reutilização do resíduo de papel no meio
acadêmico, que visa criar meios de reaproveitar o resíduo de aparas de papel do processo
gráfico, assim como o papel gerado nos demais setores da Universidade de forma sustentável.
Avaliação – Devido ao contingenciamento de verbas determinado pelo governo federal,
até a presente data, foram executadas 2.180 ordens de serviço. Tendo como comparativo o
mesmo período do ano anterior, registrou-se uma redução de 12%.
Setor de Design e Publicidade
Em 2019, o setor atendeu a importantes demandas oriundas do gabinete do reitor e de
algumas pró-reitorias e secretarias, em especial a PROGESP/EDUFRGS, a SAI, o Campus
Litoral Norte e o Escritório de Sustentabilidade.
273
De março a outubro, foram desenvolvidos materiais para o Salão UFRGS, evento que
congrega o Gabinete do Reitor, as Pró-Reitorias e Secretarias. O processo de criação incluiu
desde a identidade visual do tema escolhido pela equipe coordenadora do Salão até a criação
das peças de divulgação e sinalização para a atividade. Dentre essas peças figuram camisetas,
mapas, anúncios para o Jornal da Universidade (impresso e digital), peças para as mídias
digitais, banners, outdoors e troféus. O setor também elaborou um sistema de busca dos locais
de realização do evento (salas e prédios), por meio de mapas interativos que podiam ser
acessados, tanto em celulares e tablets quanto nos totens digitais instalados em diferentes
espaços do Campus do Vale.
No âmbito das demandas do gabinete do reitor, foi solicitada a identidade visual para os
85 anos da Universidade. A partir do logo, foram criadas peças como pins de lapela, banners
em lona, materiais impressos variados e cards para circulação nas mídias digitais. O logo
também teve processos de animação aplicados aos vídeos produzidos pela UFRGS TV. Ainda
no primeiro semestre, foi preparado material de divulgação para a Aula Magna. Também foi
desenvolvido pelo setor o Power Point de apresentação do Programa Future-se apresentado pelo
reitor no Salão de Atos.
No contexto das Pró-Reitorias foram concebidas identidades visuais e peças para
eventos específicos. Para a EDUFRGS, foram realizados dois trabalhos de bastante relevância:
a criação de um logo para o Programa de Educação para a Aposentadoria, a partir do qual foram
criadas uma animação para a apresentação e materiais de apoio ao andamento do Programa
(lâminas de PPTs, convites, banners etc.); e a elaboração de propostas para a identidade visual
do Programa de Desenvolvimento de Gestores, para o qual foram criados banners de lona para
ambientação dos eventos, lâminas para apresentação de Power Points e moleskines para
distribuição entre os participantes. Além disso, a EDUFRGS solicitou a criação de uma arte
para as camisetas para serem usadas pelos servidores.
A fim de assinalar os cinco anos de funcionamento do Campus Litoral Norte, a direção
daquela unidade regional procurou a SECOM solicitando a produção de um logo comemorativo
e de uma identidade visual para o Campus, que ainda não possuía um material com boa
visibilidade. A identidade foi criada e aplicada a diversas peças de divulgação.
A partir do segundo semestre, o Escritório de Sustentabilidade da UFRGS esteve à
frente de muitas atividades, dentre as quais destaca-se a campanha do agasalho denominada
Loja Solidária, realizada em conjunto com a Prefeitura de Porto Alegre e o Shopping Total. Em
apoio a esta iniciativa, o setor de Arte e Publicidade da SECOM idealizou uma identidade a
274
partir de um banner reutilizado. O logo criado foi replicado nas diferentes peças de divulgação
do evento, tanto impressas quanto digitais. Atualmente, o setor está envolvido com as próximas
campanha do Escritório, que terão como foco a doação de livros, através do projeto Livraria
Solidária, e a troca de exemplares entre a comunidade universitária, por meio do projeto
Geladeiras Literárias.
A exemplo dos anos anteriores, a SAI seguiu com algumas demandas para a produção
de capas para impressos e de peças de divulgação das atividades, dentre elas as campanhas para
o Enade e para a Avaliação de Infraestrutura da Universidade.
Por fim, o setor integrou-se à concepção do calendário de mesa da Universidade,
conforme tem feito nos últimos anos. O projeto de 2019 elegeu como tema as árvores dos
diferentes campi e teve a participação dos fotógrafos Gustavo Diehl e Rochele Zandavalli, que
contaram com a consultoria do professor Sergio Leite do Departamento de Botânica para a
produção das imagens de vegetais integrados à paisagem da UFRGS. O projeto envolveu
também o trabalho de revisores e de impressão da Gráfica da Universidade, além da produção
de textos pela equipe do NCE. No momento, trabalha-se na produção do calendário para 2020,
cuja concepção foi desenvolvida em parceria com o NCE e os fotógrafos Flávio Dutra, Gustavo
Diehl e Rochele Zandavalli.
Comunicação Estratégica
O Núcleo de Comunicação Estratégica (NCE) da SECOM, institucionalizado em 2018,
ampliou sua atuação ao longo deste ano e tem se tornado cada vez mais reconhecido pelas
diversas pró-reitorias, secretarias e unidades acadêmicas da Universidade. Criado na esteira do
processo de reorganização do organograma e dos fluxos de trabalho da Secretaria, tem por
objetivo promover a integração e a realização de ações coordenadas entre os setores da
Comunicação. O grupo também se dedica à gestão das demandas de comunicação dirigidas
tanto aos diferentes públicos internos – estudantes, técnicos e professores – quanto à
comunidade externa. Nesse contexto, e pautado pelo conceito de comunicação integrada, o
NCE busca identificar oportunidades de ações comunicativas, planejando sua sistematização e
articulação entre os veículos da UFRGS. Assim, oferece suporte à realização de iniciativas
comunicacionais que gerem impacto na comunidade universitária e que promovam a identidade
da instituição.
Formado por quatro servidores – uma jornalista coordenadora, um programador visual,
uma produtora cultural e uma artista visual e designer –, a equipe conta ainda com a colaboração
de dois revisores, além de seis bolsistas quem atuam articulando o desenvolvimento de
275
campanhas, a criação de material institucional, a elaboração de identidades visuais, bem como
prestando consultoria de comunicação a iniciativas da Universidade e oferecendo assessoria à
realização de eventos e projetos especiais em geral. Em 2019, o NCE participou da concepção,
execução e avaliação de aproximadamente 40 projetos, estando à frente de uma boa parte desse
contingente. Dentre esses, cabe destacar as campanhas UFRGS Sustentável, Matrículas 2019,
Vestibular 2020, Setembro Amarelo e Salão UFRGS – iniciativas que vêm ao encontro do
atendimento das demandas por transparência e por estreitamento dos laços entre a Universidade
e a sociedade.
Um projeto que mereceu menção especial foi a programação visual e edição do
Relatório de Gestão da UFRGS, solicitadas pela PROPLAN. O trabalho, realizado pela primeira
vez pela SECOM, envolveu toda a equipe do Núcleo e foi reconhecido como fundamental para
a construção da imagem da instituição frente não só ao Tribunal de Contas da União (TCU), de
onde veio a exigência, mas também frente a toda a sociedade. Cabe destacar, igualmente, o
desenvolvimento do site institucional da Secretaria, que contribuirá para a apresentação e
identificação dos principais serviços da SECOM – um significativo passo que deve subsidiar a
construção das diretrizes de comunicação da UFRGS, uma das metas do PG.
Avaliação – No RAAI do ano passado, o NCE citou como um dos seus principais
desafios para 2019 a identificação de uma plataforma de gestão de projetos adequada aos
propósitos da SECOM. Ao longo do ano, foram realizadas novas pesquisas nesse sentido e,
provisoriamente, o NCE faz uso de uma tabela no Google Docs. Como tal necessidade está nas
propostas do PG, a PROPLAN ofereceu apoio nessa realização, compartilhando suas
experiências. Os dois setores estão em contato para que, em 2020, seja possível colocar a
ferramenta em funcionamento, permitindo aos membros da equipe a fácil localização e
atualização de todas as informações sobre o percurso das ações nas quais atuam.
Outra dificuldade que, com o tempo e a experiência adquirida, está em processo de
melhoria, é a imprecisão no recebimento de demandas, já que, muitas vezes, elas não chegam
com todas as informações de que a Secretaria necessita. Reuniões presenciais estão
contribuindo para a criação de uma cultura mais propícia ao bom desenvolvimento de ações de
comunicação, e estuda-se a criação de uma ferramenta que auxilie o setor a determinar
requisitos para o atendimento.
A questão da estrutura de trabalho, levando em conta computadores, mesas
digitalizadoras e programas de edição de imagem necessários, também é um fator limitador.
Além disso, não há espaço físico disponível para que os bolsistas fiquem próximos aos
276
servidores, o que prejudica a orientação deles e a construção conjunta de projetos. Os
equipamentos que faltam ao NCE foram incluídos no PAAQ.
Por fim, cabe ressaltar que, por meio da produção de relatórios relacionados a cada
projeto, foram dados alguns passos no sentido da construção de uma cultura de avaliação, tanto
quantitativa quanto qualitativa dos trabalhos. É importante que, em 2020, sejam encontradas
soluções para o aperfeiçoamento dos servidores na área de pesquisa, principalmente em redes
sociais, objetivando uma análise de engajamento mais efetiva.
Acompanhamento do Plano de Desenvolvimento Institucional e do Plano de Gestão
A criação do Núcleo de Comunicação Estratégica (NCE) vai ao encontro do item 4.5.1
do PG no que tange ao fortalecimento da imagem e da identidade institucional da Universidade,
uma vez que ele visa ao aperfeiçoamento da divulgação das ações acadêmicas, culturais e de
extensão da UFRGS, dando maior transparência às ações desenvolvidas pela instituição. A
iniciativa também atende a um dos objetivos organizacionais de desenvolvimento do PDI – o
descrito no tópico 7 –, que determina a ampliação da visibilidade da Universidade em âmbito
nacional e internacional.
A fim de atender ao item 4 dessas metas do PDI e ao item 4.5.2 do PG, que trata da
implementação de políticas e planos de comunicação social, a SECOM realizou em 2018 quatro
encontros voltados aos comunicadores da UFRGS. A série de reuniões buscou promover a
discussão teórica sobre os conceitos de comunicação pública e institucional, a fim de dar início
à elaboração das diretrizes da Universidade nessa área. Após os debates, foram formadas duas
comissões: uma para refletir sobre o nível conceitual e estratégico das políticas de comunicação
da UFRGS, e outra para desenvolver o diagnóstico da situação atual de cada setor envolvido.
Por fim, com relação ao item 4.5.3 do PG, que indica a meta de incrementar a
comunicação da Universidade nas plataformas digitais, a SECOM criou um grupo de trabalho
composto por nove servidores para tratar da reestruturação do site da instituição. Inicialmente,
foi feito um diagnóstico do Portal existente e foram elaboradas sugestões para sua
reestruturação. Também ocorreram reuniões com a direção do CPD. Com o diagnóstico
finalizado e sistematizado na plataforma Moodle Colaboração, foi possível apresentar ao reitor
e à vice-reitora uma proposta de reestruturação de interface do novo Portal da Universidade. As
tratativas com o CPD resultaram em melhorias pontuais no site. A etapa atual é a da delegação
de competências para a efetivação do processo.
Ao implementar uma rotina de gestão de processos de comunicação no NCE, a SECOM
vem aproximando as práticas de seus diferentes setores e, mais fortemente, proporcionando
277
uma interlocução entre os veículos de comunicação, institucionalizados na AI (que produz
conteúdos para o Portal, para o UFRGS Ciência e para as redes sociais – Facebook, Instagram,
Twitter e Linked In), Jornal da Universidade, UFRGSTV e Rádio da Universidade. O momento
privilegiado para a implementação dessas ações estratégicas tem sido as reuniões periódicas,
geralmente semanais, promovidas pelo secretário e pela vice-secretária, entre representantes
dos veículos, do NCE e do setor de Comunicação Visual. Sempre que possível e necessário, um
representante da Gráfica é convidado a participar dos encontros.
Avaliação – Entende-se que uma metodologia de reuniões de pauta e de assuntos gerais
vem permitindo maior alinhamento entre esses atores, com troca de experiências e superação
conjunta dos desafios encontrados nas rotinas, tanto da produção de conteúdo quanto de
atendimento aos projetos de comunicação advindos de outros setores da Universidade.
Diante dessas aproximações para atender a uma perspectiva estratégica da comunicação,
vinculada ao PDI e suas demandas de gestão, o grupo identificou a necessidade de buscar
ferramentas para acompanhamento das rotinas já estabelecidas na SECOM e sua aplicação a
um plano estratégico.
Assim, foi feito um contato com a direção do Departamento de Gestão Integrada da
PROPLAN e com integrantes do Comitê Gestor de Governança, Riscos e Controle de Processos
da Universidade em busca de orientações. A professora Marisa Rhoden, membro do Comitê,
reuniu-se com o secretário de Comunicação e a equipe do NCE, sugerindo a definição das
diretrizes para a área da comunicação pelo grupo da SECOM. A referida docente, deve
encaminhar um roteiro, sugerindo pontos a serem pensados no estabelecimento dessas normas.
Além disso, na reunião, foi sugerido que esse movimento da SECOM, de propor diretrizes, seja
articulado com o Comitê como parte estratégica, institucionalizando a relevância do papel da
comunicação ao nível da gestão da Universidade.
Com relação ao site, segue-se com a expectativa de avanço junto ao CPD para uma
primeira etapa de aprimoramento na plataforma já existente com migração do formato Plone
para o WordPress. Essa nova linguagem de programação permitirá o desenvolvimento de uma
interface mais dinâmica e com recursos multimídia adequados às tecnologias atuais, tornando-
a responsiva a diferentes dispositivos eletrônicos.
O CPD já sinalizou positivamente sobre a viabilidade de se fazer essa migração de
conteúdo para um novo formato de linguagem. Assim, foi superado o risco de perda da memória
de todo o histórico de publicações do site da UFRGS no processo de transição para o
WordPress.
278
A seguir, apresenta-se o quadro resumo da avaliação da dimensão comunicação com a
sociedade, elaborado pela Secretaria de Comunicação da UFRGS. O quadro contém uma síntese
das análises avaliativas realizadas, as principais potencialidades e fragilidades identificadas, e
as ações de melhorias propostas com base na análise.
279
Quadro 41. Resumo da avaliação da comunicação com a sociedade - SECOM
ITENS, ASPECTOS
QUESITOS (2018) POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E
ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE
MELHORIAS
Criação de novo projeto
gráfico para a edição
impressa do Jornal da
Universidade
O grupo de trabalho constituído pela
equipe de profissionais do JU em
colaboração com a Gráfica da UFRGS e
outros setores inicia o processo de
pesquisa e desenvolvimento.
Possível acúmulo de
trabalho da equipe de
redação do Jornal.
Chegar a um conceito
apropriado e, a partir disso,
desenvolver uma nova
apresentação gráfica.
Criação de plataforma
digital para o Jornal da
Universidade
Uma plataforma digital permite acesso
de mais pessoas ao conteúdo veiculado,
além de possibilitar formatos acessíveis
para pessoas com deficiência.
Possível acúmulo de
trabalho da equipe de
redação do Jornal.
Limitações técnicas e
tecnológicas.
Junção de potencialidades
com outros setores da
Universidade.
Implantação do Parque
Técnico e Operacional da
UFRGS TV
Busca de espaço físico, no qual seja
possível uma melhor instalação da
estrutura técnica e operacional. Um
maior e melhor espaço físico é
fundamental para que se possa garantir
condições adequadas de trabalho e
assim, dar conta de uma crescente
demanda de trabalho audiovisual da
Universidade. Também é necessário
para que se possa garantir, cada vez
mais, que a comunidade acadêmica
tenha acesso à informação de qualidade
e a conteúdos diversos alinhados ao
caráter plural e inovador da instituição.
A principal fragilidade
desse projeto é a
dificuldade de localizar
espaço físico adequado às
atividades do Centro de
Teledifusão Educativa.
As direções do CTE e
SECOM estão em busca de
espaço físico adequado
junto à SUINFRA. Foram
formuladas alternativas
temporárias, como a
utilização da biblioteca da
Faculdade de Arquitetura
para as gravações do
programa Pesquisa em
Pauta.
Qualificação e ampliação
da produção de
conteúdos
Produção atual de 17 diferentes
programas, cuja periodicidade e
quantidade poderiam ser bem maiores,
em função de toda a produção
acadêmica, científica e cultural da
Universidade. Aumentar a quantidade de
programas, bem como investir em sua
maior qualidade, é compromisso de uma
Universidade pública, que tem o dever
de informar a sociedade e de prestar
contas de suas ações/produções na área
do ensino, da pesquisa e da extensão.
Falta de espaço físico
maior e mais adequado
para a complexidade
própria da produção
audiovisual, bem como de
infraestrutura técnica e
operacional.
Busca de soluções
temporárias, como uso de
outros espaços da
Universidade para
determinadas gravações;
otimização dos recursos
técnicos e humanos, através
de parcerias com a SECOM
e outras unidades.
Implantação de uma
plataforma de gestão de
projetos
Facilitar a gestão das ações, organizar os
fluxos de trabalho e auxiliar na produção
de relatórios.
Após pesquisas, não foram
localizadas plataformas
gratuitas que abarquem
todas as necessidades da
SECOM.
Contato com a PROPLAN
para o compartilhamento de
experiências nessa área.
Desenvolvimento do site
da SECOM
Apresentar a Secretaria para a
comunidade acadêmica e organizar a
lista de serviços oferecidos. Esse
trabalho contribui para a reflexão acerca
das diretrizes de comunicação da
UFRGS (em construção).
Dificuldade em articular
as visões dos diferentes
setores da Secretaria
acerca do que deve constar
no site.
Capacitação em WordPress
dos servidores do Núcleo
de Comunicação
Estratégica,
desenvolvimento do site em
um espaço de teste e
reuniões de veículos para
debater os conteúdos das
páginas.
280
3.3.2.2 Ouvidoria
A Ouvidoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) compõe a
Administração Central da Instituição, sendo vinculada ao Gabinete do Reitor. Portanto, inclui-
se no Relatório de Autoavaliação Institucional 2019 Volume 1: Administração Central.
Nas orientações gerais à Administração Central para elaboração do RAAI 2019, a
Comissão Permanente de Avaliação propõe enquadrar a Ouvidoria, conforme Nota Técnica
INEP/DAES/ CONAES, Nº 65/ 2014, no Eixo III – Políticas Acadêmicas, e, conforme Lei nº
10.861/2004, na dimensão 4 - Comunicação com a sociedade. Embora a Ouvidoria seja um
canal de comunicação com a sociedade, é categórica sua identificação como um espaço plural,
aberto à mediação, de interlocução entre a comunidade interna e externa e a Universidade em
relação aos serviços públicos prestados, de modo que as manifestações decorrentes do exercício
da cidadania provoquem contínua melhoria nos serviços.
A Ouvidoria objetiva favorecer uma gestão flexível, comprometida com a satisfação das
necessidades do cidadão, e estimular a prestação de serviços públicos de qualidade. Nesse
sentido, destaca-se sua potencialidade para constituir-se em importante instrumento para a
gestão da Universidade, na busca pelo aperfeiçoamento de suas políticas e ações.
A Lei nº 13.460/2017, que dispõe sobre a participação, proteção e defesa dos direitos do
usuário dos serviços públicos, estabelece que, dentre outras atribuições, compete à Ouvidoria
promover a participação do usuário na administração pública, acompanhar a prestação e propor
aperfeiçoamento de serviços, bem como receber, analisar e encaminhar às áreas internas as
manifestações, acompanhando o seu tratamento e efetiva conclusão perante a Instituição. Além
disto, compete à Ouvidoria da UFRGS, o Serviço de Informações ao Cidadão (SIC)
estabelecido pela Lei de Acesso à Informação nº 12.527/2011, que regula o acesso a
informações produzidas e custodiadas pela Administração Pública federal. Assim, qualquer
interessado, independente de motivação, idade ou nacionalidade poderá solicitar acesso a
informações produzidas ou custodiadas pela UFRGS, ressalvadas as hipóteses de sigilo e
informações pessoais estabelecidas pela lei.
Com base no exposto acima, e considerando que é facultado indicar em qual eixo
temático e dimensão o órgão percebe-se no conjunto avaliativo, apresentamos a sugestão de
enquadramento em outras duas dimensões institucionais: Eixo I – Planejamento e Avaliação
Institucional, Dimensão 8: Planejamento e Avaliação; e Eixo IV – Políticas de Gestão,
Dimensão 6: Organização e Gestão da Instituição.
281
Desde o segundo semestre do ano 2019, a Ouvidoria passa por um processo de mudança
da equipe e encontra-se num momento de reestruturação dos seus processos de trabalho, ainda
não concluído.
Preliminarmente à mudança na equipe, os processos de trabalho da Ouvidoria foram
submetidos a uma análise do Escritório de Processos do Departamento de Gestão Integrada da
PROPLAN, que culminou na elaboração de um Relatório Técnico, onde foram feitas dez
proposições para a melhoria dos serviços prestados pela Ouvidoria, aprimoramento de seus
fluxos de trabalho e seu reposicionamento institucional:
1. Ajuste de fluxos de trabalho;
2. Adesão ao e-Ouv com módulo de integração SEI;
3. Tramitação interna das demandas da Lei de Acesso à Informação (LAI) via
processo SEI;
4. Atualização do site da Ouvidoria;
5. Utilização dos meios que a legislação permite para o tratamento de demandas de
LAI e de Ouvidoria;
6. Desenvolvimento de ferramentas gerenciais para controle de prazos;
7. Comunicação interna sobre o novo modelo de operação da Ouvidoria;
8. Proposição de workshop para disseminação da atuação e do regramento pertinente
aos assuntos de LAI e ouvidoria na administração pública;
9. Aprimoramento dos relatórios gerenciais;
10. Capacitação dos servidores da Ouvidoria.
Há alguns anos, a UFRGS mantém a contratação de serviço terceirizado para atender à
demanda de canal eletrônico para recebimento e encaminhamento de manifestações de
ouvidoria pela Internet. Entretanto, a Instrução Normativa nº 7, de 8 de maio de 2019, da
Controladoria-Geral da União (CGU), em seu artigo 6º, § 3º, estabelece que o e-Ouv deve ser
a plataforma única de registro de manifestações nos órgãos e entidades da Administração
Pública federal a que se refere o art. 2º do Decreto nº 9.492, de 5 de setembro de 2018. Assim,
coube-nos também iniciar os procedimentos para que a UFRGS aderisse ao sistema
governamental de ouvidoria (e-Ouv) como único canal de recebimento de manifestações de
ouvidoria, o qual, juntamente com o sistema governamental de acesso à informação (e-Sic)
compõe a Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação Fala.BR para recebimento
282
de manifestações (elogios, sugestões, solicitações de providências, denúncias e reclamações),
pedidos de acesso à informação e sugestões de simplificação.
Potencialidades, fragilidades e estratégias em busca de melhorias.
A Ouvidoria da UFRGS passa pela análise da viabilidade e implementação das
mudanças sugeridas no relatório técnico elaborado pelo Escritório de Processos desde o início
do segundo semestre de 2019, o que trouxe impactos na dinâmica de execução de suas
atividades bem como na relação com as áreas internas da Universidade.
Uma das primeiras medidas adotadas foi o desenvolvimento de novo site da Ouvidoria,
que ainda está em construção, para que pudéssemos nos adequar às necessidades de
comunicação inerentes aos fluxos e rotinas de trabalho, além de atendimento à legislação
vigente e melhora na comunicação com o usuário do serviço de ouvidoria e acesso à
informação. A proposta é de que o site seja uma ferramenta de comunicação e orientação sobre
as atribuições da Ouvidoria e do SIC/UFRGS e sobre o novo modo de operação da Ouvidoria.
Entende-se que a manifestação de ouvidoria e o pedido e informações bem elaborado, de acordo
com o previsto em lei, facilita seu encaminhamento às áreas internas responsáveis pelo seu
atendimento. Além do mais, o novo site da Ouvidoria se propõe a fornecer acesso rápido a
diversos conteúdos e informações de relevante interesse e constantes questionamentos junto ao
SIC/UFRGS, como informações a respeito do ingresso na graduação (formas de ingresso, cotas,
SiSU), vestibular, dados sobre a graduação e informações financeiras e de pessoal.
Em paralelo, também foram tomadas providências para regularizar os prazos de
atendimento de pedidos de informações e manifestações de ouvidoria cadastrados,
respectivamente, no e-SIC e no e-Ouv, que extrapolavam o prazo de atendimento previsto. Os
fluxos de trabalho foram e estão sendo ajustados a fim de que possamos levar às áreas internas,
o mais breve possível, as manifestações recebidas, sem deixar de realizar análise prévia para o
encaminhamento correto e identificação da necessidade de expedição para setores distintos.
Muitas vezes, os pedidos de acesso à informação devem ser encaminhados a diferentes áreas
para elaboração de resposta conclusiva. Tal medida visa dar consistência à atuação da Ouvidoria
enquanto canal facilitador da comunicação entre a sociedade e a universidade e, de fato, cumprir
seu papel de órgão de apoio à gestão universitária.
Dentre as sugestões de melhoria dos fluxos de trabalho, foi analisada a adoção do SEI
como ferramenta para encaminhamento dos pedidos de informação e manifestações de
ouvidoria, conforme sugerido. Após reuniões com o Centro de Processamento de Dados (CPD),
Comissão Permanente de Avaliação de Documentos Sigilosos (CPADS) e Arquivo Central da
283
UFRGS, avaliou-se ser imprescindível uma análise mais detalhada sobre a viabilidade de
adoção do SEI como ferramenta de tramitação. Em um primeiro momento, há indicativos de
que o SEI não se mostra a ferramenta mais adequada para os encaminhamentos de
manifestações de ouvidoria às áreas internas da Universidade, uma vez que a sua atual
configuração de acesso não permite a preservação do sigilo da denúncia e do denunciante em
relação aos demais servidores em exercício em cada setor. A obrigatoriedade da preservação
das informações e do sigilo, quando solicitado, é uma exigência das manifestações de ouvidoria,
portanto, é necessário que o acesso se dê apenas pelo dirigente responsável pela apuração dos
fatos.
As mudanças que estão sendo conduzidas já demonstram um ganho institucional com
um reposicionamento positivo junto à Ouvidoria-Geral da União (OGU), conforme
demonstrado no Painel “Resolveu?” (disponível em
<http://paineis.cgu.gov.br/resolveu/index.htm>) e no Painel de Acesso à Informação (acessível
em: <http://paineis.cgu.gov.br/lai/index.htm>).
O Painel de Acesso à Informação é a ferramenta que torna públicos os índices gerais de
atendimento aos pedidos de acesso à informação, prazos, omissões, além de apresentar um
ranking de tempo médio de resposta dos atuais 304 órgãos do Sistema de Informações
Organizacionais do Governo Federal (SIORG) acompanhados pela CGU.
Em termos da lei de acesso à informação, o tempo médio de resposta aos pedidos de
acesso à informação da UFRGS, em dias, caiu de 103,11 em 2018, para 18,01 em 2019.
Destaca-se, de inovação posta em prática, a aplicação de fundamentação jurídica para as
providências de resposta aos pedidos de informação, principalmente quando são dadas
negativas de acesso à informação pessoal e respostas aos recursos administrativos no âmbito da
LAI. Como resultado das mudanças implementadas, especialmente no que diz respeito à busca
ativa por informações já disponibilizadas pelas diversas instâncias da Universidade nos sites
institucionais, o Serviço e Informações ao Cidadão da UFRGS responde a cerca de 40% dos
pedidos de acesso à informação recebidos sem necessidade de encaminhamento às áreas
internas. Colabora para esse resultado a formulação de respostas-padrão juntamente com
setores que frequentemente recebem pedidos de mesmo conteúdo.
Em se tratando de manifestações de ouvidoria, foram realizadas reuniões com unidades
a fim de orientar e expor a necessidade de que as manifestações sejam apreciadas pelos
responsáveis pelo serviço e sejam dados os devidos encaminhamentos, sendo essa uma
284
providência que esperamos ampliar junto às áreas internas da Universidade, a fim de que as
manifestações sejam respondidas dentro do prazo legal.
A Ouvidoria da UFRGS, ao encaminhar manifestações ou pedidos de informação às
áreas internas responsáveis, adotou uma proposta de comunicação que indica ao gestor quais as
respostas conclusivas que são esperadas para cada tipo de manifestação, conforme o previsto
em lei. Assim, o gestor que recebe a manifestação, especialmente as de ouvidoria, já terá uma
ideia de qual o retorno esperado e que providências deve adotar. Tal medida de orientação
mostra-se efetiva, uma vez que em trocas de chefias, direções e substituições, o novo dirigente
pode não estar familiarizado com a rotina de recebimento de manifestações de ouvidorias, ou,
até mesmo, desconhecê-la.
Conforme indica o Painel “Resolveu?”, desde a implementação das mudanças, a
totalidade das manifestações cadastradas no e-Ouv foi respondida dentro do prazo, com tempo
médio de resposta de 25 dias, enquanto no ano de 2018 o tempo médio de resposta foi de 333
dias, com 83% das manifestações respondidas fora do prazo legal.
Avaliação das ações desencadeadas para atender ao Plano de Gestão;
No PG 2016-2020 (anexo à Decisão nº 170/2017-CONSUN), não se identifica
expressamente a Ouvidoria como responsável por ações nele propostas. No entanto, todas as
mudanças implementadas na Ouvidoria no ano de 2019 alinham-se aos Objetivos
Organizacionais do PG, que envolvem o aperfeiçoamento de práticas de governança e o
desenvolvimento da gestão da comunicação, infraestrutura, pessoas e sustentabilidade.
As ações já relacionadas nesse Relatório de Autoavaliação refletem o empenho da
Universidade em promover a governança e a gestão observando os princípios da publicidade e
eficiência, para que a excelência e comprometimento com a busca da resolução dos problemas
e desafios enfrentados sejam identificados também na sua Ouvidoria, mediante o alinhamento
de seus procedimentos aos objetivos institucionais.
Nesse sentido, o aprimoramento dos processos de trabalho da Ouvidoria e a
regularização dos prazos de atendimento de pedidos de informações e manifestações de
ouvidoria guardam relação com o Objetivo Estratégico “4.1. Ampliar e aperfeiçoar as práticas
de governança institucional” e Objetivo Tático “4.1.1. Estruturar a área de Governança
Pública”, e, também, com o Objetivo Estratégico “4.5. Desenvolver a gestão da comunicação”
e Objetivo Tático “4.5.1. Fortalecer a imagem e a identidade institucional da Universidade”.
285
Avaliação das ações desenvolvidas pelo setor para os objetivos estratégicos do PDI
UFRGS.
O conjunto de ações desenvolvidas pela Ouvidoria no ano de 2019, para execução das
“Proposições para o Processo de Ouvidoria e Lei de Acesso à Informação da UFRGS”,
elaboradas pelo Escritório de Processos no Relatório Técnico nº 01/2019, vem concretizar os
seguintes “Objetivos Organizacionais de Desenvolvimento” previstos no PDI 2016-2026: “1.
Aperfeiçoar as práticas de governança pública na Universidade”; “2. Qualificar a gestão
universitária, por meio de práticas de planejamento, da racionalização e do aperfeiçoamento de
processos e sistemas”; e “5. Aperfeiçoar o atendimento à comunidade”.
A Ouvidoria aproximou-se do Comitê Contra a Intolerância e Discriminação da
UFRGS, estabelecendo uma rotina de encaminhamento de manifestações que abordem temas
sensíveis às relações interpessoais motivadas por diferenças socioculturais com impacto na
comunidade acadêmica, as quais são levadas a conhecimento do Comitê para a elaboração de
estratégias educativas para prevenção e enfrentamento à intolerância e ao preconceito. Tal
aproximação vai ao encontro do “Objetivo de Impacto Social de Inclusão” nº 9 do PDI:
“promover e aperfeiçoar práticas de convívio e de cidadania, incluindo segurança, valores
humanos, respeito às diferenças e combate à intolerância e ao preconceito”.
286
Quadro 42. Resumo da Avaliação da Ouvidoria OBJETIVOS PDI
QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA DE
MELHORIAS
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura,
pessoas e
sustentabilidade
Processo de
gestão do
serviço de
ouvidoria da
UFRGS
6 - Organização
e Gestão da
Instituição
Capacitação da equipe
da Ouvidoria;
Melhoria na
comunicação interna da
Ouvidoria com as áreas
internas.
Serviço de recebimento de
manifestações de ouvidoria gerido
por órgão externo (CGU).
- Necessidade de gastos com a
manutenção da contratação do atual
serviço de recebimento de ouvidorias
para aproveitar a estrutura de órgãos
e dirigentes já inserida/integrada
neste sistema, que permite o
encaminhamento das manifestações
recebidas às áreas competentes;
Descumprimento de prazos por não
recebimento de respostas às
manifestações encaminhadas às áreas
internas da universidade.
Unificação dos canais de recebimento de manifestações
de ouvidoria com desenvolvimento de ferramenta
tecnológica que se integre aos sistemas de hierarquia
de órgãos e dirigentes, para encaminhamento interno
das manifestações do e-Ouv.
Desenvolver relatórios gerenciais para identificação de
possibilidades de melhoria na prestação dos serviços;
Mapear as principais ocorrências de ouvidoria
(unidades, setores e serviços).
Elaborar um manual de Ouvidoria.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura,
pessoas e
sustentabilidade
Processo de
gestão do
Serviço de
Informações
ao Cidadão da
UFRGS
4-
Comunicação
com a
sociedade
Capacitação da equipe
da Ouvidoria;
- Melhoria na
comunicação interna da
Ouvidoria/Serviço de
Informações ao
Cidadão com as áreas
internas da
Universidade.
Falta de registro das informações
produzidas pela Universidade de
interesse público.
Desatualização de informações
divulgadas na Internet, em sites
institucionais.
Descumprimento de prazos de
retorno, por não recebimento de
respostas aos pedidos de acesso à
informação encaminhados às áreas
internas da universidade.
Identificar e dar conhecimento às Unidades acadêmicas
e administrativas quais as informações por elas
produzidas ou custodiadas são mais demandadas em
pedidos de informação, as quais podem ser divulgas e
assim reduzir a necessidade de responder a pedidos
repetitivos.
A partir dos relatórios gerencias, apresentar sugestões
ao Plano de Dados Abertos e Carta de Serviços;
Divulgar ao público interno a importância do Serviço
de Informações ao Cidadão.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura,
Relatório de
gestão da
Ouvidoria
8-
Planejamento e
Avaliação
Conhecimento das
ferramentas necessárias
para elaboração.
Inexperiência na elaboração do
documento.
Inexistência de metodologia.
Desenvolver relatório gerencial que possa apresentar à
Administração Central e Direção de Unidades os
principais indicadores evidenciados nas manifestações
de ouvidoria sobre serviços, gestão de pessoas,
conflitos, ética e relação professor/aluno.
Desenvolver relatório gerencial que possa apresentar à
Administração Central e Direção de Unidades as
287
OBJETIVOS PDI
QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA DE
MELHORIAS
pessoas e
sustentabilidade
principais informações demandadas à Universidade,
para fins de ampliação da transparência ativa.
288
3.3.2.3 Editora
A Editora da UFRGS é um espaço privilegiado de articulação entre pesquisa, ensino e
extensão. É responsável pela interação da UFRGS com a sociedade por meio de estímulo e
apoio às atividades de divulgação e disseminação do conhecimento, através da publicação de
livros. Apresenta caráter multidisciplinar, já que atende a todas as áreas do conhecimento,
tornando-se um espaço ímpar de formação para a comunidade acadêmica.
O ano de 2019 foi um ano desafiador para Editora da UFRGS, que foi corresponsável
pela realização de dois grandes eventos simultâneos e teve uma redução de 25 % da equipe,
entretanto conseguiu desempenhar as atividades de forma satisfatória, contemplando o
planejamento organizacional visando a atender o PG (2016 -2020) da Universidade. Ao longo
do ano manteve-se o aprimoramento dos processos internos, já iniciados nos anos anteriores e
estreitou-se a comunicação com as unidades essenciais para o bom funcionamento da Editora.
A redução de 25 % da equipe se deu de forma temporária, pois duas servidoras estavam
em licença maternidade, mas a redistribuição do cargo de revisora deixou o setor de Editoração
incompleto. Ainda é necessário a contratação de novo servidor que possa executar o trabalho
de revisão evitando possível atraso no processo de editoração das obras. Apesar disso, foi
possível envolver os servidores no desenvolvimento e execução do edital 2019 para novas
publicações e na criação de um novo contrato entre a editora e os autores, com detalhamento
de processos e prazos, tornando uma potencialidade de comunicação, atendendo as ações de
melhoria previstas em 2018 no aspecto/item/quesito “A comunicação é efetiva e comprometida
com a missão da IES? Como se manifesta? ”.
Os dois grandes eventos concentraram-se no primeiro semestre deste ano e ocorreram
de modo concomitante. No primeiro deles a editora esteve responsável por organizar e sediar a
32ª Reunião Anual da Associação Brasileira das Editoras Universitárias (ABEU), que teve
inserido na sua programação o 2º Seminário Brasileiro de Edição Universitária e Acadêmica.
Este evento reuniu mais de 100 representantes de editoras universitárias de todo o país, ao longo
de quatro dias. O projeto foi planejado, organizado e executado em conjunto com a ABEU e
ocorreu no Centro Cultural da UFRGS. A equipe da editora coordenou aspectos globais do
evento, como administrativos, financeiros, temático, de infraestrutura, secretaria, cerimonial e
de divulgação do evento.
O segundo grande evento foi a 1ª Feira do Livro da UFRGS, organizada em conjunto
com a entidade Clube dos Editores do Rio Grande do Sul. Ocorreu no pátio do Campus Centro
da universidade, em frente à faculdade de educação, ao longo de cinco dias. De terça a sexta-
289
feira, transcorreu simultaneamente ao evento da ABEU e, no sábado, junto ao programa
UFRGS Portas Abertas. A feira teve como característica a abertura à comunidade em geral e
contou com a participação de 21 editoras do Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro,
universitárias, comerciais ou independentes. Na feira, os livros foram vendidos com mais de
50% de desconto, e a ação objetivou estreitar o contato da comunidade com o livro,
aproveitando o espaço natural de produção de conhecimento e circulação de ideias que é a
universidade.
Atendendo ao Plano Anual, as metas estabelecidas para publicações de livros impressos
e digitais foram atingidas, bem como a meta definida para reimpressão, porém, diferente de
2018, houve a redução de mais ou menos 40 % das obras publicadas em relação ao ano anterior.
A redução se concentrou nos livros produzidos em parcerias/séries. Já as obras editoradas
exclusivamente pela Editora apresentaram um aumento de aproximadamente 30 %, passando
de 6 obras (2018) para 8 obras (2019), resultado que pode ser atribuído ao período em que o
setor de editoração contou com três revisores e dois programadores visuais. Ao todo foram
produzidos 41 livros com ISBN da Editora da UFRGS.
O estímulo a participações da equipe nos eventos realizados pela Editora e o aumento
no número de reuniões vêm possibilitando uma melhoria na comunicação interna, trazendo
incentivo ao engajamento dos servidores no desenvolvimento de tarefas em comum. Deste
modo contempla a ação de melhoria prevista em 2018 no aspecto/item/quesito “Existe uma
adequada comunicação entre os membros da instituição? ”.
Os meios de comunicação utilizados pela Editora mantiveram-se em processo de
aprimoramento. O site institucional teve atualização frequente de notícias sobre obras,
lançamentos e eventos que aconteceram no ano de 2019, somando 30 publicações. A página do
Facebook, atualmente com mais de 4.600 seguidores, reforçou a divulgação de notícias do site
da editora e disseminou ações de engajamento. O perfil no Instagram ganhou maior atenção, o
que resultou no aumento do número de pessoas que seguem a Editora na plataforma; hoje conta
com 1.500 seguidores. Ainda é necessária a ativação da conta no YouTube, já que nenhum dos
servidores tem conhecimento em edição de vídeos, sendo indispensável um treinamento para
equipe da Editora ou buscar parcerias com outros setores da universidade para a produção e
edição de vídeos.
O projeto de pesquisa “Leia, escreva e publique como uma mulher: trajetória das
mulheres na autoria das publicações da Editora da UFRGS”, encabeçado pelas servidoras da
Editora da UFRGS, objetiva valorizar e dar visibilidade à produção intelectual das mulheres
290
que fazem parte da trajetória da Editora. Está em sua fase inicial de verificação junto ao acervo
da reserva técnica do número de livros e as respectivas autorias de mulheres durante os
primeiros 50 anos da Editora. Mantém seu canal de comunicação com o público por meio do
Facebook e, atualmente, tem 774 curtidas (129 % a mais em relação a mesma época no ano
passado). Além disso, o projeto foi apresentado no 2º Seminário Brasileiro de Edição
Universitária e Acadêmica que ocorreu junto à 32ª Reunião da ABEU, o que resultou na
publicação de um artigo no livro do evento: “Editoras Universitárias: estratégias de gestão”.
Ainda em 2019 ocorreram ações presenciais junto a formadores de opinião que se
somaram às ações online, como realização de bate-papo em programação do Fórum Social
Mundial, que ocorreu na Assembleia Legislativa do Estado do RS em janeiro. Também foram
realizadas visitas a jornalistas e apresentadoras de televisão com entrega de press-kit com o
objetivo de divulgar os livros publicados e buscar apoio na difusão do conhecimento acadêmico.
Participou-se, ainda, de eventos de premiações regionais e nacionais do mercado editorial. A
obra Educação Fiscal e Cidadania: reflexões da prática educativa, publicada em parceria
com o CEGOV, recebeu menção honrosa no 5º Prêmio ABEU; a obra 70 anos da Gráfica da
UFRGS: (entre memórias e artes da impressão) foi indicada ao troféu Jabuti – promovido pela
Câmara Brasileira do Livro – juntamente com a obra A fotografia como escrita pessoal: Alair
Gomes e a melancolia do corpo outro, que é finalista desse prêmio e também do Prêmio
Açorianos em Artes Visuais, promovido pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
Com o objetivo de difundir o conhecimento, neste ano iniciou-se a conversão das obras
já publicadas para arquivos digitais, o que prevê disponibilização online e amplo acesso às obras
– inclusive esgotadas – do catálogo por meio do Repositório Digital de Universidade (Lume).
Atualmente estão disponíveis 61 obras que contabilizam 58.356 downloads e 33.832 acessos
em diversos países do mundo. Esse projeto também prevê a preservação do acervo da Reserva
Técnica da Editora, que já conta com o total de 158 obras digitalizadas. Para realização dos
trabalhos, conta-se com o auxílio de duas bolsistas de museologia, uma para realizar o
inventário do acervo e outra para a digitalização propriamente dita.
Foi mantida a participação na Feira do Livro de Porto Alegre – que garantiu a conquista
do Troféu Jacarandá, o qual avalia aspectos estéticos, funcionais, de acessibilidade e de vendas
– com realização de sessões de autógrafos e apresentação de painéis, os quais abrangeram
temáticas variadas, próprias do perfil editorial da editora. Nos painéis destacam-se as parcerias
firmadas junto ao Instituto de Biociências da universidade e ao projeto Jurisperita, da Faculdade
de Direito. Ainda no âmbito da distribuição, seguiu-se com a participação em feiras e eventos,
291
mas houve uma queda de 20 % no número de eventos em relação ao ano anterior. No entanto a
prioridade foi para a participação em grandes feiras como, por exemplo, a 21ª Festa do Livro
da USP, a 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e a XIX Bienal Internacional do Livro no Rio de
Janeiro.
A parceria com a loja Ponto UFRGS foi ampliada. Iniciada em 2017 como um ponto de
retirada de livros adquiridos pela comunidade acadêmica, tornou-se, em 2019, um ponto de
vendas das obras, participando inclusive na Ponto pop-up, loja temporária no Campus do Vale.
Essa ação estava prevista no Relatório de Autoavaliação Institucional do ano de 2018. Já a
livraria virtual, principal responsável pela comercialização dos livros durante o ano esteve
inativa no início do ano devido à realização do inventário do estoque geral da Editora e o
fechamento e início do novo projeto FAURGS.
Entre as ações de melhorias previstas no ano de 2018, que foram realizadas em 2019,
além das já citadas, estão também a adoção de mecanismo que permita o controle do fluxo
editorial e aquisição de recursos materiais que facilite a atualização das redes sociais da editora.
Ficam como desafios para 2020 se tornar presente em plataformas de e-commerce e market
places; criar junto com os coordenadores de séries rotinas e prazos para a padronização do
processo editorial dos livros que entram na Editora sem a necessidade de edital e reavaliar a
tabela de precificação das obras que compõem o atual catálogo da Editora.
292
Quadro 43. Resumo da Avaliação da Editora
OBJETIVOS PDI
QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E
ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE
MELHORIAS
Objetivo 1
Objetivo 2
Objetivo 3
Objetivo 4
Estratégias,
recursos e
qualidade da
comunicação
interna e externa.
2, 4, 5, 6, 7 Adoção de uma ferramenta que possibilita o controle do fluxo
editorial.
Novo contrato que detalha os prazos e responsabilidade do
processo editorial.
Utilização de Edital para novas publicações com detalhamento
do processo editorial.
Projeto de pesquisa desenvolvido pelas servidoras da Editora
para valorizar a produção intelectual das mulheres na Editora.
Profissional de almoxarifado que possibilita melhor
desempenho das atividades no Centro de Distribuição e auxílio
na logística de eventos e entregas de livros.
Conversão em arquivos digitais e catalogação do acervo da
Reserva Técnica.
Falta de um profissional
para a equipe de Revisão.
Existe um volume de
originais que está com a
editoração pendente
devido à forma que foram
aceitos nos anos
anteriores a 2018.
Contratação de um novo
servidor para completar a
equipe editorial/ revisão.
Força-tarefa para editorar
as obras que estão
paradas.
Objetivo 1
Objetivo 3
Objetivo 4
Imagem pública
da instituição
nos meios de
comunicação
social.
4 Tradicional participação na Feira do Livro de Porto Alegre.
Premiações do mercado Editorial em nível local e nacional.
Ampliação da Parceria com a Loja Ponto UFRGS: passando a
ser um ponto de venda.
Disponibilização das obras da Editora no LUME.
Realização da Reunião Anual da ABEU.
Realização da 1ª Feira do Livro da UFRGS.
Aumento do número de seguidores nas redes sociais.
Não temos presença nas
plataformas de e-
commerce e Market
place.
Inatividade do site da
Livraria virtual, em
decorrência do
fechamento e início do
projeto FAURGS.
Buscar parceria em
distribuidor especializado
em Market place.
Objetivo 1
Objetivo 3
Objetivo 4
Quais são os
meios de
comunicação
utilizados pela
IES?
4 e 9 Os canais oficiais da UFRGS: Rádio, TV, Jornal e Site.
Site institucional da Editora.
Perfis nas mídias sociais da Editora.
E-mail marketing.
Newsletter dos mercados Editoriais.
Formadores de opinião segmentados por nicho.
Ações promocionais.
Murais e espaços de informação da universidade.
Material visual adequado para eventos.
Repositório digital da Universidade (Lume).
Baixa oferta de acesso às
obras esgotadas.
Falta de recurso humano
para ativação do canal do
YouTube.
Seguir com a
digitalização de obras
esgotas, disponibilizando-
as no LUME.
Treinamento de pessoal
para editoração de vídeos
ou parceria com outros
setores capacitados.
293
OBJETIVOS PDI
QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E
ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE
MELHORIAS
Objetivo 3
Objetivo 4
A comunicação
da instituição é
efetiva e
comprometida
com a missão da
IES? Como se
manifesta?
4 e 6 A principal entrega da Editora (publicação de livros
acadêmicos) está diretamente ligada às atividades de Ensino,
Pesquisa e Extensão.
Falta de padronização
para aceite de livros via
Séries.
Criar junto com os
coordenadores das séries
rotinas e prazos para a
padronização do processo
editorial.
Objetivo 4 Existe uma
adequada
comunicação
entre os
membros da
instituição?
4 e 6 O fato da maior parte servidores trabalharem no mesmo espaço
físico tende minimizar o ruído na comunicação.
Estímulo à participação da equipe nos eventos realizados pela
Editora.
Envolvimento dos servidores na elaboração do edital 2019 e do
novo contrato entre Editora e autores.
As reuniões se
concentram na definição
de aspectos táticos e
operacionais.
Implementação de
reuniões periódicas de
nível estratégico.
Manter o incentivo de
engajamento dos
servidores na realização
de atividades comuns.
Objetivo 4 A informação
entregue aos
usuários da
instituição é
completa, clara e
atualizada?
4 e 10 O site institucional e as mídias sociais apresentam as notícias
atualizadas.
A livraria virtual fornece catálogo atualiza dos livros
disponíveis.
Os editais para aceite de originais apresentam a política
editorial e as normas para submissão.
A reestruturação do contrato torna transparente o processo e
prazos editoriais.
Tabela de preços
desatualizada.
Reavaliar a estruturação
da tabela de preços.
Objetivo 1 - objetivos acadêmicos e pedagógicos, que envolvem aspectos de interação e integração, interdisciplinaridade, cursos, práticas de aprendizagem e espaços
compartilhados;
Objetivo 2 - objetivos de inovação científica e tecnológica, que envolvem aspectos gerais sobre o Parque Científico e Tecnológico da UFRGS, alianças estratégicas,
parcerias e modelos de interação
Objetivo 3 - objetivos de impacto social, que envolvem aspectos de interação com a sociedade, inserção internacional, inclusão social (responsabilidade institucional,
acessibilidade, diversidade).
Objetivo 4 - objetivos organizacionais, que envolvem aspectos de desenvolvimento da gestão com cultura, comunicação, infraestrutura, pessoas e sustentabilidade
294
3.3.3 Dimensão 9: Política de Atendimento aos Discentes
3.3.3.1 PRAE
A PRAE é o órgão responsável pela execução das ações de assistência ao estudante
relacionadas à aplicação dos recursos do Programa Nacional de Assistência Estudantil –
PNAES.
O Programa de Benefícios e suas ações complementares são norteados pelas definições
pactuadas no PDI 2016-2026, no PG 2016-2020 e no seu Planejamento Anual.
Está definido no PDI 2016-2026 que a missão da UFRGS é “Desenvolver educação
superior com excelência e compromisso social, formando indivíduos, gerando conhecimento
filosófico, científico, artístico e tecnológico, capazes de promover transformações na
sociedade” e, dentre os valores ali instituídos, estão a responsabilidade social e a promoção do
bem-estar social. A assistência estudantil como política que promove a igualdade de condições
de permanência para um público com vulnerabilidade socioeconômica, se torna um elemento
estruturante deste compromisso.
O reconhecimento institucional da importância destas ações está consolidado no PDI
com a inclusão do aperfeiçoamento da política de assuntos estudantis, dentre os objetivos de
impacto social. A PRAE constrói suas ações visando atender a dimensão das fragilidades
sociais, como política de apoio à inclusão e permanência, no seu espectro de ação, que é
complementar às demais redes de acolhimento e de ações sociais geridas por outras instâncias
governamentais.
Auxílios para material de ensino, alimentação e transporte são os mais demandados.
Além disto, vagas para moradia, auxílio moradia, auxílio saúde mental, auxílio creche, bolsas
de aperfeiçoamento técnico, de iniciação científica, de extensão e de ensino, atividades
esportivas e acompanhamento pedagógico, psicológico, social e nutricional complementam o
conjunto de ações que visam contribuir diretamente com o bem-estar destes estudantes,
atendendo diretamente os objetivos de impacto social do PG.
O PDI define que o perfil desejado para o corpo discente, caracteriza-se por sua
pluralidade e protagonismo, tanto em relação a suas trajetórias acadêmicas como em relação a
sua participação em projetos e programas de ensino, de pesquisa e de extensão. Neste sentido
o Programa de Bolsas da PRAE propõe possibilidades transversais entre os três principais eixos:
ensino, pesquisa e extensão, permitindo ao bolsista contribuir com o desenvolvimento
institucional e experimentar vivências de desenvolvimento na ciência, na cultura, no
conhecimento e em práticas acadêmicas e institucionais.
295
A necessidade de reforçar o monitoramento dos resultados das ações voltadas à
permanência, à promoção da visibilidade e à transparência das informações da Universidade,
também são definições do PDI e do PG. Neste sentido, a PRAE aprimora seus instrumentos
avaliativos e a divulgação de suas ações. Em 2019 implementou uma nova página web, com
projeto validado por estudantes, facilitando o acesso às suas informações e serviços. Resultados
de pesquisas são divulgados nesta plataforma, assim como os relatórios anuais. Estes resultados
são utilizados, também, como base para análises críticas e aprimoramentos. Em 2019, trabalho
conjunto com a PROPLAN permitiu a disponibilidade de aba específica da assistência no Painel
de Dados da UFRGS, com dados que serão atualizados semestralmente, permitindo análises e
reflexões sistêmicas. Essa parceria também produziu o Relatório da Assistência Estudantil
sobre os resultados das ações em todos os níveis de impacto acadêmico.
Em 2019 foram divulgados os resultados da V Pesquisa Nacional de Perfil
Socioeconômico e Cultural dos (as) Graduando (as) das IFES, promovido pela ANDIFES, com
a participação direta da PRAE, através da atuação da Pró-Reitora de Assuntos Estudantil, Suzi
Camey, na consolidação dos dados desta pesquisa. A PRAE está trabalhando junto com a
SECOM para desenvolver uma campanha de divulgação dos dados da UFRGS desta pesquisa.
Em outubro, foi concluída a minuta da Política Institucional de Assistência Estudantil
da UFRGS, a qual ainda passará por debates antes de ser encaminhada ao CONSUN.
A TUAUFRGS foi implantada na PRAE em março de 2019, atendendo definição do PG
de criar Central de Atendimento ao Aluno para facilitar o acesso aos serviços disponíveis para
os estudantes, através da criação de espaços integrados de atendimento, com suporte presencial
e virtual. Foi pensada como uma estrutura de atendimento e acolhimento visando transparência,
universalidade e agilidade, focada nas necessidades do estudante, mudando a cultura de
disponibilidade segmentada de acesso aos serviços e informações. A TUAUFRGS se alinha
também ao PDI, pois se propõe a aperfeiçoar o atendimento à comunidade, a qualificar a Gestão
Universitária com práticas de aperfeiçoamento de processos e sistemas, através da implantação
do catálogo de serviços, ferramenta de comunicação multicanal voltada para a disseminação,
acesso e integração da informação. Esta estrutura está disponível fisicamente em três sedes:
Campus Centro, ainda em sede provisória, Campus do Vale e Campus do Litoral Norte.
O catálogo de serviços publicado em março de 2019, disponibiliza mais de 200 serviços
e informações, permitindo ao estudante consulta e solicitação de serviços via abertura de
chamado. Já foram atualizados 77 serviços e incluídos 24 novos. Para alinhar-se aos objetivos
de internacionalização do PDI e do PG, foi iniciada a tradução destes serviços para o inglês.
Em janeiro de 2019 foram lançadas as mídias sociais da TUAUFRGS, com o intuito de
reforçar a estrutura de atendimento multicanal. Além das mídias sociais a TUAUFRGS conta
296
com mais duas mídias digitais, o site e o WhatsApp. O site foi concebido para ser uma
plataforma que reunisse não só informações do setor, mas principalmente aquelas que facilitem
a vida do estudante na Universidade. O site tem mantido uma média mensal de 4741 acessos.
Desde o lançamento do WhatsApp foram realizados 575 contatos, englobando
aproximadamente 2 mil solicitações e/ou questionamentos. A equipe de suporte da
TUAUFRGS ministrou capacitações para servidores da UFRGS, esclarecendo sua forma de
funcionamento e função.
Até outubro de 2019 foram abertos 6145 e fechados 5463.
Em maio de 2019 foi implementada pelo CPD uma pesquisa de satisfação. Atualmente
a taxa de satisfação com o atendimento está em 92,3% e com o tempo de atendimento 94,3%.
O principal motivo de reclamações é a localização da sede no campus centro, o que acreditamos
estar sanado com a mudança de sede para seu espaço definitivo, programada para 2020.
Execução da assistência estudantil em 2019:
Em 2019, a PRAE manteve seu programa de benefícios, voltado para contribuir com a
permanência de estudantes oriundos, em sua grande maioria, da Política Nacional de Reserva
de Vagas (Ver quadro 44).
Quadro 44. Nº de beneficiários por forma de ingresso 2018 Forma de Ingresso Nº de beneficiários
PEC-G, Mobilidade Acadêmica ou Aluno Especial* 576
Indígenas 65
Ampla Concorrência 587
Egresso de Escola Pública 237
Egresso de Escola Pública – Autodeclarado PPI 237
Egresso de Escola Pública – Pessoa com Deficiências 3
Egresso de Escola Pública - Renda Inferior 1.672
Egresso de Escola Pública - Renda Inferior - Autodeclarado PPI 1.179
Egresso de Escola Pública – Renda Inferior – Pessoa com Deficiência 6
Egresso de Escola Pública – Renda Inferior – Autodeclarado PPI –
Pessoa com Deficiência
3
Total 4.565 Fonte: Sistema de Benefícios UFRGS
*Em 2019 na extração destes dados do sistema, estão incluídos todos os alunos que entraram em Matrícula Provisória, que por uma
decisão da PROGRAD, ficaram sem o registro da forma de ingresso.
Em 2019, os recursos do PNAES voltaram a receber incremento, totalizando R$
20.973.867,00. A princípio, com a estabilidade do número de alunos atendidos (até outubro era
de 4.565), teríamos um ano profícuo para a assistência estudantil. Ocorre que os anúncios de
bloqueios nos recursos da educação, mesmo com a notícia de preservação dos recursos da
assistência estudantil, e os ataques às IFES, geraram uma insegurança na condução das ações
planejadas. Apenas em outubro é que houve a liberação integral, já nos prazos finais de
aplicação orçamentária. Assim, a previsão de aumentar o valor de alguns benefícios em 2019
não se efetivou. O planejamento para 2020 também ficou comprometido devido a proposta da
297
PLOA, onde o governo compromete-se com cerca de 60% dos recursos previstos, dependendo
ainda de aprovação da Câmara para complementação orçamentária de 40% com recursos
superiores ao teto da PEC 241.
Em 2019 havia, ainda, a previsão de aplicação de R$ 1.580.206,09 para reforma no
espaço adquirido para um refeitório no Campus Centro. Sem a segurança sobre a efetiva
disponibilidade de recursos durante a maior parte de 2019 e com a confirmação da liberação
integral sem tempo hábil de licitar a execução das obras ainda em 2019, foi acordado com a
PROPLAN a utilização destes recursos em outras ações mais amplas da assistência estudantil,
com a garantia de que a correspondência destes valores estaria assegurada em 2020 com
recursos do orçamento geral.
ACESSO E SELEÇÃO: Os estudantes que ingressam pela política de reserva de vagas,
no recorte de renda inferior, são considerados aptos a acessarem o Programa de Benefícios da
PRAE, mediante opção. Os que ingressam pelas demais modalidades, precisam passar por
análise socioeconômica procedida pela PRAE. Em 2019 aprimoramos este processo de análise,
definindo fluxo para os diferentes agentes: técnicos-administrativos responsáveis pelo
recebimento e distribuição de documentos, assistentes sociais pela composição do grupo
familiar, conferência documental e assessoramento ao estudante, e analistas financeiros, pelo
cálculo de renda bruta per capita dos estudantes. Como este processo representou uma grande
mudança no fluxo da análise socioeconômica, ainda são necessários ajustes. A intenção é
qualificar o processo para que a análise socioeconômica seja cada vez mais auditável, ágil e de
fácil compreensão e acesso ao estudante.
PERMANÊNCIA: O objetivo das ações da PRAE é contribuir com a igualdade de
condições de permanência dos estudantes, prioritariamente daqueles das categorias de renda
inferior ou oriundos de escola pública. A concessão de benefícios e auxílios, não pode ser
considerada como suficiente para garantir condições de permanência para esses estudantes. Ela
é sem dúvida um investimento de grande relevância, no entanto, o grande desafio é acompanhar
o desenvolvimento e aproveitamento acadêmico, no sentido de orientar o estudante a concluir
sua formação universitária.
AVALIAÇÃO:
Em 2019 o Painel de Dados (https://www1.ufrgs.br/paineldedados) foi acrescido de
módulo específico da Assistência Estudantil, permitindo a consulta de dados históricos com
informações detalhadas..
298
No relatório de acompanhamento dos beneficiários, disponível na página da PRAE,
destaca-se:
• As médias do tempo para conclusão não são substancialmente diferente entre os
estudantes beneficiários e os não-beneficiários, sendo que nas Engenharias esta
média caiu para zero;
• Os estudantes beneficiários apresentam desperdício de matrícula semelhante aos
não beneficiários, sendo os beneficiários menos propensos a reprovação por falta
de frequência (FF).
• Nas Ciências Humanas, a proporção de reprovação é menor para estudantes
beneficiários, entretanto isto se inverte nas Engenharias
• Os estudantes não beneficiários tendem a se diplomar mais em relação aos
beneficiários, mas em relação à evasão não há diferença significativa.
• Dentre os estudantes beneficiários, a tendência de evasão é menor nos estudantes
que optaram pela reserva de vagas.
PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL: A PRAE, em 2019, deu continuidade à sistemática
de aplicar pesquisas para medir a satisfação e ouvir demandas de seus usuários, ampliando a
participação dos estudantes nas revisões das ações e na implantação de processos de melhoria.
Foram realizadas pesquisas de satisfação dos usuários dos Rus, dos beneficiários (abrangendo
também questões de desempenho acadêmico) e dos bolsistas do Programa de Bolsas PRAE.
Esta última abrangeu a percepção de quatro aspectos: (1) a Natureza e Finalidade (do Programa
de Bolsas), (2) a carga horária, horários e frequência às atividades, (3) as condições de estrutura
física e clima profissional e o papel da (4) orientação pedagógica da PRAE.
Foi mantido o ciclo de visitas às unidades de ensino, com o intuito de levar informações
sobre as ações da PRAE e ouvir as demandas os estudantes.
Além disto, na minuta da Política de Assistência Estudantil, elaborada pela PRAE em
2019, está contemplada a criação de um Conselho de Assistência Estudantil, de caráter
consultivo e propositivo que atuará, sob a premissa da gestão participativa e colaborativa sobre
as ações de Assistência Estudantil.
PROGRAMA DE BENEFÍCIOS: Em 2019 a PRAE fez algumas alterações nos seus
editais. As principais foram quanto às exigências documentais e à temporalidade de publicação
dos editais. Passou-se a utilizar o Índice de Desenvolvimento Familiar – IDF no Benefício da
Moradia Estudantil, com validade de cinco anos, evitando a necessidade de que o estudante
apresente todo o conjunto de documentações exigidas a cada edição dos editais. E antecipou-se
299
a publicação dos editais para que o estudante tenha maior tempo para leitura e preparação de
documentos.
Quanto as linhas de atuação, permaneceram as mesmas, devido à instabilidade política
e insegurança sobre a garantia da execução orçamentária integral. São elas:
Alimentação: São duas as modalidades básicas: isenção integral nos Restaurantes
Universitários, disponibilizada para todos que solicitam este benefício, e o Auxílio
Alimentação Final de Semana, no valor de R$ 160,00 mensais, concedido para beneficiários
moradores de casas de estudante ou usuários do Auxílio Moradia. Além destes, permaneceu
subsidiado o ingresso a todos os demais alunos ao preço de R$ 1,30. Em 2019 foram servidas
até novembro 1.682.406 refeições, sendo 665.530 para público alvo do PNAES, 987.427 para
os demais estudantes e o restante para servidores, funcionários terceirizados e público externo.
A média mensal de refeições servidas em período letivo foi de 176.196 refeições.
Na pesquisa realizada sobre a satisfação dos usuários dos Rus em 2019, podemos
destacar alguns resultados:
• Com relação às filas a pior avaliação foi para o RU03 e as melhores para os RU05
e CLN;
• Quanto ao atendimento dos funcionários, todos os restaurantes tiveram nota geral
acima de 8, indicando uma boa equipe. O melhor avaliado foi o R0U5 e o pior o
RU02;
• Quanto à infraestrutura o melhor RU avaliado é o do CLN, seguido pelo RU3 (que
passou por uma grande reforma em 2018). Já o RU1 foi considerado o pior, o que
embasa tratativas para adequação do espaço físico já adquirido para um novo
refeitório no Campus Centro.
• Quanto à qualidade das refeições, o RU do CLN é o mais bem avaliado, seguido
pelo RU5. O RU4 teve a pior pontuação.
• Após o estudante avaliar cada um dos quesitos foi solicitada uma nota geral para o
RU que mais frequenta. O melhor avaliado foi o RU05 e o pior o RU4.
• Num comparativo entre 2018 e 2019 observa-se que apenas o RU do CLN recebeu
notas melhores e que com exceção dos RU03 e RU05, os demais tiveram uma
redução na permanência de mais de 20 minutos;
• O principal motivo para usar os RUs foi o valor da refeição, para os estudantes e
técnicos-administrativos e, para os docentes, foi a localização.
Acreditamos que uma das razões para a piora nas avaliações foi o serviço prestado pela
empresa COOK, que teve o contrato cancelado em agosto de 2019e a adaptação da empresa
300
Verde Mar, que também tem apresentado problemas mais recorrentes agora no final do ano,
levando a proposição de nova licitação.
Em 2019, foi concluída a segunda etapa do processo de alteração da forma de gestão
dos RUs. Iniciou-se contrato de concessão de espaço físico, onde empresa terceirizada produz
de refeições nos RUs 02, 05 e 06 e transporta para os RUs 01e 04.
Esta modificação trouxe também uma redução dos preços nos RUs. Em 2019 foi
publicada a nova Portaria de Preços com a redução do custo da refeição de R$ 9,10 para
R$ 6,44. Os beneficiários permaneceram isentos e os demais estudantes regulares pagam R$
1,30. Os servidores da UFRGS, funcionários terceirizados e demais usuários pagam o preço de
custo da refeição.
Foi também publicada em 2019, a Instrução Normativa 04/2019 que dispõe sobre a
regulamentação relativa ao funcionamento, utilização e acesso aos RUs.
Em 2019 a DAL identificou a necessidade de se reorganizar, a fim de qualificar e
padronizar a fiscalização e qualificar as atividades laborais dos seus servidores. Para tanto, foi
criado o Núcleo de Garantia da Qualidade (NGQ) e fortalecida a atuação do Núcleo de
Assistência Nutricional (NAN).
O NGQ é composto por Nutricionistas, Técnicas em Nutrição, Cozinheiros e Auxiliares
de Cozinha. Seu objetivo é fiscalizar o contrato de refeições de modo a garantir refeições com
qualidade sanitária e sensorial.
Durante a execução do novo modelo de contrato de fornecimento de refeições foram
identificadas falhas ou equívocos no Termo de Referência (TR) e a necessidade de escolha de
melhores instrumentos e abordagem de fiscalização e de gestão de pessoas. Com o intuito de
solucionar estas situações, elas foram analisadas e aprimoradas para inclusão no TR da nova
licitação, prevista para ocorrer em janeiro de 2020. O instrumento de fiscalização está sendo
discutido com a Auditoria Interna e a gestão de pessoas está sendo aperfeiçoada através de
capacitações da EDUFRGS.
O NAN recebeu mais duas Nutricionistas e o número de atendimentos está aumentando,
assim como a demanda de alunos beneficiários, passando de dois para seis o número de turnos
de atendimento semanais.
Além disso, estratégias de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) foram realizadas
pelo NAN. Dentre as ações e os assuntos abordados, estão: leitura de rótulos de alimentos,
diferenciação dos tipos de açúcares, hidratação adequada e feiras com agricultores familiares.
Uma evidência da importância destas ações foi a menção de Destaque no Salão EDUFRGS
2019, onde foi feito relato experiência.
301
Por fim, o blog Laranja na Colher tem ganhado forma e reconhecimento, através de
divulgações nos RUs, com atividades dinâmicas, a exemplo da antiga prática nos RUs que é
descascar laranja com uma colher. Esta técnica está sendo retomada com os usuários, que têm
adorado aprender essa facilidade. Esta atividade é utilizada como ferramenta para a publicidade
dos conteúdos educativos pensados e criados pelo NAN, na área da EAN.
Transporte: auxílio financeiro no valor é de R$ 117,50 para estudantes dos campi Porto
Alegre e de R$ 235,00 para estudantes do CLN e Ceclimar. O recebimento integral é para
matriculados em no mínimo 12 créditos e de 50% para os demais.
Em 2019 fizemos tratativas com a METROPLAN para que a UFRGS se torne
instituição cadastradora de seus beneficiários no programa de Passe Livre e estamos
esperançosos que isto se concretize. Embora seja mais um trabalho a ser assumido pela equipe
desta Pró-Reitoria, ganhos expressivos na agilidade do cadastro serão efetivados. Além disto,
os recursos disponibilizados aos estudantes referentes às taxas deste cadastramento poderão
ser destinados para outras ações, uma vez que ao tornarmos cadastradores, nossos estudantes
estariam isentos destas taxas. Nº de beneficiários do Auxílio Transporte em 2019: 4.719.
Creche: auxílio financeiro no valor de R$ 250,00 mensais para auxiliar no custeio das
despesas dos beneficiários com seus dependentes com idade inferior a 6 anos. Nº de filhos de
beneficiários do Auxílio Creche em 2019: 216.
Material de Ensino - AME: auxílio financeiro semestral no valor de R$ 180,00 para
custear parte das despesas dos beneficiários com material de ensino O AME ODONTO, é
específico para custear parte das despesas dos beneficiários do Curso de Odontologia com
material utilizado nas suas aulas práticas é que tem um valor diferenciado. São destinados
semestralmente R$ 100.000,00, rateados entre os estudantes beneficiários matriculados em
disciplinas práticas, através de critérios que observam as necessidades de cada disciplina e com
avaliação técnica conjunta entre a PRAE e COMGRAD daquele Curso. Nº de beneficiários
do Auxílio Material de Ensino em 2019: AME – 4344, AME ODONTO – 63.
Programa Saúde: dispõem aos estudantes beneficiários o atendimento clínico
individual ou em grupos através do NAN, o atendimento clínico na Clínica Odontológica da
Faculdade de Odontologia e a concessão do Auxílio Saúde para tratamento em saúde mental,
na forma de auxílio financeiro no valor mensal de R$ 250,00. Este último está condicionado a
avaliação prévia por profissional de psicologia da PRAE, a prestação de contas mensal e não
faz parte dos editais, pois sua concessão depende de triagem técnica. Foi publicada Instrução
Normativa nº 02/2019 que dispõe sobre as regras de acesso e permanência no Programa Saúde
Mental, que é o conjunto de ações de acolhimento disponibilizados pelo seu serviço de
302
psicologia. Nº de usuários do Programa Saúde em 2019: 2.676. Nº de usuários do Auxílio-
Saúde em 2019: 218.
Moradia Estudantil: A UFRGS possui três casas de estudantes: Casa do Estudante
Universitário (CEU); Casa do Estudante da Faculdade de Agronomia e Veterinária (CEFAV)
e Casa do Estudante da UFRGS (CEUFRGS). O Edital de acesso a CEU é administrado pela
PRAE e os das outras duas casas são estabelecidos pelos moradores. A CEU é exclusiva para
alunos de graduação. Dentro desta linha há também a modalidade do Auxílio Moradia no valor
de R$ 450,00 mensais. Em 2019, pela primeira vez em muitos anos, o número de vagas na
CEU tem sido superior ao número de estudantes que demonstram a preferência por esta
modalidade. A maior parte tem preferido o Auxílio Moradia. Esta situação levou a decisão de
se preservar as moradias estudantis, como uma conquista do movimento estudantil. Assim,
somente está sendo concedido o Auxílio Moradia, quando o número de vagas estiver
preenchido, no caso de haver fragilidade psicossocial do estudante, quando o estudante tiver
menores sob guarda, ou, ainda, nos afastamentos compulsórios previstos na IN nº 03/19.
O número de vagas nas Casas de estudante permaneceu o mesmo, sendo 416 na CEU,
46 na CEUFRGS e 156 na CEFAV. O Centro de Lazer de Tramandaí, embora não seja
caracterizado como moradia estudantil, também atende demandas de alojamento de estudantes
em atividades no Campus do Litoral Norte. Em 2019 foram atendidos 46 alunos.
Em 2019 estavam disponibilizados recursos para uma reforma global da CEUFRGS.
Este projeto, iniciado pela demanda dos próprios moradores, contemplava obras de reforma
do telhado, fachada e espaços internos, inclusive com adaptações para receber moradores PNE
e atendimento de alterações decorrentes do PPCI aprovado. Mesmo com todos os esforços
empreendidos pela PRAE e pela SUINFRA, novamente houve insucesso no afastamento dos
moradores para execução das obras. Assim, foram executadas apenas aquelas necessárias para
a obtenção do alvará de funcionamento do corpo de bombeiros, conclusão da reforma elétrica,
instalação de sistema de alarme de incêndio, sinalização do PPCI, instalação de sistema de
iluminação de emergência, projeto de desativação do uso de gás GLP (devido à aquisição de
fogões elétrico), reforma do portão de acesso com sistema de fechadura tag e instalação de
corrimões nas escadas.
Na CEU, foi concluída a implantação do novo sistema de acesso com leitor de cartão
e registro de entrada e saída, visando à segurança, o controle e a gestão das vagas e
identificação dos moradores frequentes e infrequentes. Foi executado também o projeto de
readequação elétrica, com a troca dos quadros elétricos e seus alimentadores do 2º ao 8º
pavimento. Por fim, foi concluída a obra de revitalização do terraço, com a instalação de
303
bancos, vasos, árvores frutíferas e temperos, pintura e instalação de novas luminárias,
proporcionando um ambiente mais aconchegante para interação entre os moradores.
Em 2019, após uma discussão judicial demandada pelo Ministério Público, houve a
definição de Regimento dos Espaços Coletivos da CEU, com regras de convivência,
principalmente para o uso do Terraço, cujo uso irresponsável de alguns moradores vinha
causando conflitos com os moradores do entorno.
Na CEFAV foi feita a obra de reforma da rede hidráulica de abastecimento e
distribuição no telhado do prédio e a troca das aberturas da lavanderia.
Nº de usuários do Auxílio Moradia em 2019: 265 beneficiários. Nº de estudantes que
saíram das casas de estudante em 2019: 07 da CEUFRGS, 11 da CEFAV, 87 da CEU. Nº de
estudantes que ingressaram nas casas de estudantes em 2019: 06 na CEUFRGS, 14 da CEFAV
e 59 na CEU.
Auxílio Eventos (Apoio Pedagógico, Esporte e Cultura): concedido para beneficiários
com o objetivo de fomentar a participação em eventos extracurriculares de caráter acadêmico,
esportivo ou cultural. Concedido em duas modalidades: 1. Participação Individual – com
valores de R$ 350,00 para eventos realizados no RS, R$ 450,00 em SC ou PR, R$ 750,00 nas
regiões SE e CO, R$ 950,00 nas regiões N e NE. Para eventos internacionais: R$ 1.200,00
para eventos realizados na América do Sul e R$ 2.500,00 nos demais continentes. 2.
Organização de Eventos – destinado a estudante que organizem eventos cuja temática seja a
inclusão e a democratização das condições de acesso e permanência. Nº de alunos beneficiados
do Auxílio Participação em Evento em 2019: 369 (4 na modalidade cultura e 365 na
modalidade apoio pedagógico). Nº de eventos auxiliados em 2019: 05 (2 na modalidade
esporte e 3 na modalidade cultura).
PROGRAMA DE BOLSAS DA PRAE: Objetiva proporcionar ao aluno experiência
técnica e administrativa com concessão de recurso financeiro para custeio de parte de vida
acadêmica. Em 2019, manteve-se a avaliação do Programa e a revisão de sua regulamentação.
A nova regulamentação introduziu a possibilidade de licença para tratamento de saúde
e licença maternidade e paternidade
A lista de modalidades de bolsa vigentes são as seguintes:
• Bolsa Aperfeiçoamento Benefício: destina-se aos beneficiários da PRAE.
• Bolsa Aperfeiçoamento e Bolsa de Informática: destinam-se a todos os alunos
regularmente matriculados nos cursos de graduação da UFRGS.
• Bolsa Extensão Benefício, Bolsa Iniciação Científica Benefício e Bolsa Ensino
Benefício: destinam-se aos beneficiários regularmente matriculados nos cursos
304
presenciais da UFRGS, com regulamentação própria estabelecidas pelas respectivas
Pró-Reitorias.
Essas bolsas são no valor de R$ 400,00 reais, com exceção da Bolsa Informática que
tem o valor de R$ 530,00.
Em 2019 foram ocupadas 278 vagas de Bolsa Aperfeiçoamento Benefício, 422 vagas
de Bolsa Aperfeiçoamento, 34 vagas de Bolsa Informática, 47 de Bolsa Extensão Benefício,
48 vagas de Bolsa Iniciação Científica benefício e 0 de Bolsa Ensino Benefício.
ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO, PSICOLÓGICO E SOCIAL NA PRAE: No
que se refere ao PG, em 2019 a PRAE se empenhou em qualificar o acompanhamento
pedagógico do estudante beneficiário. O desafio é ampliar este acompanhamento para
situações menos críticas, mas não menos preocupantes.
Em 2019, a PROPLAN retomou a discussão sobre o acompanhamento institucional
discente e está trabalhando na proposição de um processo que envolverá diversas instâncias. O
acompanhamento, tornando-se sistêmico e transversal, certamente contribuirá para orientar o
estudante, de modo a qualificar sua permanência e contribuir com a sua formação, distanciando-
se de um caráter punitivo.
A PRAE conseguiu monitorar 1142 estudantes com desempenho acadêmico
insatisfatório. Dos 83 casos de desligamento, a sua quase totalidade foi pela falta de
comparecimento aos chamamentos. Apenas dois desligamentos foram decorrentes do não
cumprimento do Termo de Recuperação. Os profissionais da pedagogia identificam que o
insucesso se deve muito mais à falta de interesse do estudante em esforçar-se para mudar sua
forma de dedicação acadêmica do que à sua incapacidade de mudança, demonstrando o quanto
vale a pena investir nas políticas de acompanhamento.
No que se refere à atuação específica da equipe de acompanhamento da PRAE, foram
incrementadas algumas ações, na tentativa de ampliar a capacidade de abrangência daquelas
iniciadas em 2018:
• Implementação da Coordenação de Acompanhamento Social, Pedagógico e
Psicológico – CASSP, integrada por três grupos técnicos distintos, mas que atuam
em conjunto nos estudos de caso ou quando identificadas fragilidades que
perpassam as diferentes áreas;
• O grupo pedagógico priorizou o chamamento de estudantes com maiores problemas
de desempenho acadêmico para acompanhamento e estabelecimento de planos de
recuperação. Em 2019 foram atendidos os beneficiários com 100% de FF e depois
os com TIM de 0 a 10;
305
• O referenciamento do atendimento das profissionais do grupo social, iniciado em
2018, foi readequado, em função da diminuição do quadro e da inclusão do
atendimento social na DME;
• O grupo psicológico, cada vez mais demandado pelo crescimento de situações de
riscos decorrentes de problemas de saúde mental, tem buscado acolher e orientar os
estudantes para as possibilidades de acesso à rede pública e aos benefícios
oferecidos pela PRAE, atuando na perspectiva da avaliação de resultados deste
acolhimento e no acompanhamento da sua trajetória acadêmica. Em 2019 foi
realizada a revisão das regras de manutenção do benefício, a publicação da
Instrução Normativa n° 02/2019 com as regras do benefício e o recadastramento de
todos os estudantes do Auxílio Saúde Mental. Em 2019, 363 estudantes buscaram
o serviço.
• O grupo de psicologia da CASPP oferece ainda orientação a servidores sobre o
manejo de situações envolvendo problemas de saúde mental de estudantes. Em
2019, iniciou um levantamento sobre estudos de saúde mental dos estudantes
universitários brasileiros, bem como de documentos da OMS sobre saúde mental.
Também houve participação no GT de saúde mental discente. Na Moradia
Estudantil, o universo e a diversidade de seus moradores interpõem conflitos que
perpassam a ação administrativa, muitas vezes necessitando inclusive de ações
disciplinares e judiciais para solução. Neste sentido a PRAE tem tentado cooptar
outros agentes institucionais para implementação de ações de prevenção e educação
que possam contribuir como instrumentos mais eficazes de mediação.
O núcleo para Acolhimento e Acompanhamento na Moradia Estudantil (AAME), em
2019, passou a contar com uma assistente social no seu quadro funcional. As ações realizadas
pelo AAME são as seguintes:
• Acolhimento e acompanhamento de estudantes com demandas relacionadas ao
bem-estar físico e psicossocial;
• Atendimentos de apoio psicossocial em situações de urgência;
• Reuniões com profissionais da rede de saúde para buscar parcerias para
atendimento a estudantes usuários da moradia estudantil;
• Acompanhamento de estudantes a serviços de saúde;
• Proposição de ações em grupo;
• Reunião de recepção aos novos moradores da CEU;
• Entrevistas individuais de acolhimento com novos moradores da CEU;
306
• Avaliação para concessão de Auxílio Saúde.
AS AÇÕES DE ESPORTE E LAZER NA PRAE: A Divisão de Esportes - DIVESP
dedica-se à promoção de ações de incentivo às atividades esportivas participativas e
competitivas, em consonância com as definições do PG 2016-2020 e do Projeto Pedagógico
Institucional do PDI 2016-2026, no que se refere à promoção de ações inclusivas esportivas.
O ano de 2019 foi bastante positivo para o esporte universitário. A UFRGS tem mantido
presença nos eventos da Federação Universitária Gaúcha de Esportes/FUGE e da Confederação
Brasileira de Desporto Universitário/CBDU. Além de manter representações em todas as
modalidades disputadas nos Jogos Universitários Gaúchos - JUGs, na Copa UNISINOS e uma
representação expressiva no Jogos Universitário Brasileiros - JUBs, houve maior envolvimento
dos atletas nas práticas esportivas. A continuidade das discussões entre os gestores esportivos,
a participação efetiva da UFRGS nas competições oficiais, o engajamento dos acadêmicos
atletas e não atletas e o apoio da Reitoria, certamente sustentarão o esporte universitário na
UFRGS por muito tempo.
A parceria com a ESEFID tem sido mantida com atendimentos na Clínica de
Fisioterapia aos atletas das equipes competitivas, atividades aquáticas no Centro Natatório para
moradores das casas de estudantes, atividades de Voleibol e avaliações pelo LAPEX. A
manutenção de parcerias com entidades como ADUFRGS, FUGE, SESC, PMPA, órgãos e
departamentos internos como a SECOM, PROREXT, ESEFID, COORDSEG, DCE, Diretórios
e Centros Acadêmicos e Unidades de ensino, tem sido de extrema importância para o apoio e
êxito das iniciativas.
Ações promovidas pela Divisão de Esportes ou em coparticipação com outros órgãos
da Universidade:
• UFRGS SOBRE RODAS – 6ª Edição: Passeio ciclístico incorporado ao calendário
da UFRGS. Em 2019 teve a participação de cerca de 500 ciclistas.
• GRUPO DE CICLISTAS UFRGS, que se reúne semanalmente para um circuito de
pedalada.
• CLÍNICA DE TÊNIS DE MESA: destinado aos moradores da CEU e demais
alunos da UFRGS, tendo 20 participantes em 2019.
• I ENCONTRO ESPORTIVO DO CLN: Ofereceu práticas esportivas integrativas,
envolvendo acadêmicos e servidores do CLN, nas modalidades de basquete,
voleibol misto, futebol e hand beach, com 35 alunos envolvidos.
307
• DIA DAS CRIANÇAS: Evento realizado no Centro Cultural da UFRGS com mais
de 30 atrações destinadas às crianças trazidas pela comunidade da UFRGS, com
participação de cerca de 400 crianças.
• Projeto com o Centro Natatório da ESEFID: atendimento de acolhimento,
integração e avaliação física de beneficiários através das modalidades de
Hidropostural, Jogging Terapêutico e Biribol, com participação de 20 alunos.
• Iniciação ao voleibol: objetiva desenvolver e promover a integração e a socialização
da comunidade universitária, com 30 alunos participantes.
• Participações de atletas e equipes representativas da UFRGS:
▪ 39º JUGs – UFRGS/ULBRA/SOGIPA: As equipes da UFRGS obtiveram as
primeiras colocações nas modalidades de Basquete masculino, Basquete
masculino 3 x 3, Natação, Tênis de Mesa e Rugbi Feminino. Participaram 212
atletas da UFRGS.
▪ 67º JUBs /2019 - Conferência Sul - etapa classificatória: teve a participação
da equipe de Basquete masculino da UFRGS, que obteve a terceira colocação.
Total de participantes: 12 atletas e um técnico.
▪ 67º JUBs/ATLETISMO: A atleta Carolina Guerra foi a representante da
UFRGS na delegação do RS.
▪ 67º JUBs/2019: As atletas da UFRGS, Caroline Goerl e Victoria Strhel se
sagraram bicampeãs na modalidade de voleibol de areia. Total de atletas
envolvidos foi de 31.
▪ Copa dos Campeões de Esteio: Participaram as equipes da UFRGS de Futsal
masculino e feminino, com envolvimento de 30 atletas.
▪ 32ª Copa UNISINOS: A UFRGS foi representada em todas as modalidades
disputadas, conquistando as primeiras classificações em muitas delas, com
envolvimento de 165 atletas e 10 técnicos.
Análise de autoavaliação da dimensão:
Em 2019 a PRAE permaneceu voltando seus esforços para garantir uma assistência
comprometida com a perspectiva social da permanência acadêmica e com a cultura da
diversidade e o respeito a todas as representações culturais e sociais.
A instabilidade política, a insegurança sobre a disponibilidade de recursos e os achaques
que as IFES vêm sofrendo, têm gerado uma dificuldade cada vez maior de executar um
planejamento estratégico efetivo e, ainda, uma insegurança na proposição de novas ações.
Embora o governo afirme que há garantia dos recursos da assistência estudantil, para 2020 esta
308
não é a realidade. A PLOA depende de aprovação da câmara para que os recursos até então
disponibilizados sejam garantidos, pois da forma como proposto, estão garantidos apenas 60%
dos recursos investidos em 2019. Se isto porventura venha a se efetivar, teremos um impacto
bastante preocupante nas ações de assistência. A PRAE continua trabalhado na revisão de suas
ações, redefinindo critérios de concessão, na perspectiva de consolidar a assistência como
instrumento efetivo de promoção da formação acadêmica. Outra insegurança é o fato de que os
recursos para execução da assistência têm por base um decreto e não uma lei. Sem uma
definição da permanência do financiamento público para as ações da assistência estudantil,
torna-se desafiador o desenvolvimento de propostas a longo prazo, inclusive de uma proposta
institucional de Política de Assistência Estudantil. Sem a garantia dos recursos, coloca-se em
risco a Política de Reserva de Vagas, uma vez que num cenário de cortes cada vez mais
representativos nos recursos de custeio e capital das IFES, uma possível interrupção de
financiamento inviabilizaria a absorção dos montantes necessários para continuidade das ações
de assistência, pelo orçamento da Universidade. Mais preocupante ainda são as consequências
da PEC 95/2016 que limita por 20 anos os gastos públicos. Já no período inicial de sua
aplicação, a perspectiva de redução de cerca de 40% dos recursos orçamentários, já inserida na
PLOA 2020, demonstra a gravidade da sua continuidade.
A retomada da proposta de implantação de um acompanhamento institucional e o
incremento destas ações pela PRAE, certamente contribuirá para o aprimoramento das políticas
de permanência, atuando com alternativas recuperatórias, contribuindo para uma permanência
responsável sucesso formativo do beneficiário. No que se refere ao sistema de gerenciamento
da assistência estudantil, tem-se trabalhado com o CPD para interligar cada vez mais a
plataforma da assistência com outros sistemas acadêmicos, permitindo que o acompanhamento
seja referenciado com dados acadêmicos atualizados. Tem se trabalhado no desenho e
implementação de fluxos e regras de sistema que exijam menos a interveniência manual, o que
demanda uma dedicação considerável da equipe para ajustes que o sistema não consegue
visualizar.
Outra situação que tem impactado bastante é o atraso das análises socioeconômicas do
ingresso, que faz com que sejam concedidos auxílios em caráter provisório, gerando
instabilidade para o usuário e para a instituição. Em 2019, tem se verificando uma melhora
desta situação, sinalizando que está se conseguindo diminuir esta lacuna. O processo interno da
PRAE também está em fase de aprimoramento, procurando-se definir papéis e
responsabilidades dos diferentes agentes envolvidos no fluxo do processo, garantindo-se a
observância tanto dos aspectos de renda quanto sociais.
309
A PRAE, em 2019, também conseguiu evoluir nas suas definições normativas, visando
transparência, equidade e segurança jurídica dos seus atos. Uma grande reestruturação
organizacional também se efetivou em 2019. As proposições iniciadas em 2018 concretizaram-
se com a definição de um novo organograma, onde foi contemplada a inclusão da TUAUFRGS
à estrutura da PRAE e a readequação interna para atender as novas dinâmicas e fluxos de
processos e competências.
O Quadro 45 resume os principais aspectos da avaliação da dimensão política de
atendimento ao estudante.
Quadro 45. Resumo da avaliação da PRAE ITENS/ASPECTO/
QUESITOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Objetivos acadêmicos
e pedagógicos
Desenvolver ações
efetivas para contribuir
com a permanência e
conclusão de curso de
estudantes com
vulnerabilidade social.
Dificuldade de ampliar o
acompanhamento
psicopedagógico aos
beneficiários apenas com
ações da PRAE, sem a
definição de um Programa
Institucional.
Aprimorar o acompanhamento
psicopedagógico na PRAE,
construindo interfaces com outros
agentes institucionais, devido a
capacidade técnica limitada.
Atuar nas discussões de uma política
institucional de acompanhamento do
estudante.
Implicações cada vez maiores
das questões que envolvem
Saúde Mental no
desenvolvimento acadêmico
dos estudantes.
Continuar na participação no GT em
Saúde Mental Discente
Objetivos de impacto
social
Aperfeiçoar a política
de assuntos estudantis
na Universidade.
Definir uma política
institucional de
inclusão que contemple
minorias
historicamente
excluídas.
Restrição basicamente a
ações de assistência estudantil
através do Programa de
Benefícios da PRAE e
atuações da CAF.
Acompanhamento e participação nas
discussões institucionais sobre a
proposta de política de assistência
estudantil proposta pela PRAE em
2019.
Consolidar as ações da assistência
estudantil através de uma política de
assuntos estudantis validada pelo
Conselho Superior da Universidade.
Desenvolver ações para
assistência,
permanência e
conclusão, acolhimento
e integração.
Incertezas quanto à
continuidade do fomento
público à assistência
estudantil e implicações
restritivas da PEC 241.
Ataques governamentais às
políticas de reserva de vagas e
às IFES.
Revisão e adequação das ações de
assistência à realidade orçamentária,
com participação representativa.
Aprimoramento dos processos de
concessão e acompanhamento.
Promover ações
inclusivas esportivas
Incentivar a
comunidade
universitária para o
desenvolvimento de
ações voltadas para a
diversidade
Disponibilidade orçamentária
e dificuldades operacionais
para aplicação de recursos em
atividades específicas
demandadas pelas atividades
esportivas
Consolidar interações com outras
instâncias em nível federal, estadual e
municipal para ampliar as formas de
financiamento .
Utilizar espaços disponíveis na
Universidade para práticas esportivas
que integrem da comunidade interna
com a diversidade e a comunidade
externa.
Objetivos
organizacionais
Exercer a
representatividade da
Universidade em
diferentes instâncias de
decisão, visando à
Necessidade de ampliação da
participação representativa no
planejamento e tomada de
decisões sobre priorização de
investimentos. Atualmente se
Aprovação da Política Institucional
da Assistência estudantil proposta
pela PRAE, onde se contempla a
criação de um Conselho consultivo
310
reformulação de
políticas e
planejamento
estratégico nas áreas de
ensino, pesquisa e
extensão.
dá por análise de resultados de
pesquisas e de vivências das
equipes técnicas.
representativo dos diferentes
segmentos da assistência estudantil.
311
3.4 Eixo 4 – Políticas de Gestão
O Eixo 4 – Políticas de Gestão é composto pelas dimensões 5 – Políticas de Pessoal, de
6 – Organização e Gestão da Instituição e 10 – Sustentabilidade Financeira, como segue.
3.4.1 Dimensão 5: Políticas de Pessoal
A dimensão relativa às Políticas de Pessoal teve a contribuição de textos avaliativos da
PROGESP e da CPPD.
3.4.1.1 Políticas de Pessoal, as Carreiras do Corpo Docente e do Corpo Técnico-
administrativo – PROGESP
As práticas de gestão de pessoas visam conhecer, conectar e valorizar as pessoas que
fazem a Universidade. Nessa dinâmica, por meio de um conjunto de ações, dá-se ênfase ao
processo de acolhimento, integração e desenvolvimento do servidor e das equipes de trabalho,
com especial atenção a sua saúde e ao zelo de sua vida funcional. Na UFRGS, o órgão
responsável pelo planejamento, execução e avaliação das ações de Gestão de Pessoas que
abrangem os servidores docentes e técnico-administrativos em educação é PROGESP.
O PDI de 2016 a 2026 da UFRGS apresenta como objetivos estratégicos da área de gestão
de pessoas:
• Desenvolver o PG de pessoas de forma integrada e participativa e alinhado aos
objetivos institucionais;
• Aperfeiçoar a política de qualificação e capacitação permanentes dos servidores,
contemplando a formação em todos os níveis;
• Aperfeiçoar a política de promoção de saúde e bem-estar, investindo em ações para
o benefício de toda a comunidade universitária, inclusive nas de caráter nacional.
Alinhado ao PDI, o PG de 2016 a 2020 da Universidade expõe os objetivos sob
responsabilidade principal da PROGESP, contidos nos itens 3.4 - Promover o bem-estar da
comunidade Universitária, 4.1 – Ampliar e aperfeiçoar as práticas de governança institucional e
4.3 - Desenvolver a gestão de pessoas. A atuação da Pró-Reitoria perpassa também outros
objetivos do PDI e do PG, mobilizando pessoas para o alcance dos resultados organizacionais e
educacionais. Dentre esses, destaca-se a dedicação de esforços da equipe da Pró-Reitoria ao
objetivo do PDI de “Qualificar a gestão universitária, por meio de práticas de planejamento, da
racionalização e do aperfeiçoamento de processos e sistemas”.
312
A UFRGS tem se constituído, cada vez mais, como uma universidade plural. Neste ano,
ocorreu o ingresso de 270 novos servidores, entre técnicos e docentes, dentre os quais, 15 pessoas
com deficiência e 23 novos servidores que ingressaram pela reserva de vagas aos negros. No
mesmo ano, em torno de 292 servidores deixaram a Universidade, por motivo de aposentadoria
ou outras formas de vacância.
Tal dinâmica do quadro de pessoal levou a Universidade a implementar ações que
possibilitem conhecer, valorizar e desenvolver os servidores, não só os novos que ingressam,
mas também os que estão no exercício de suas atividades há mais tempo e os que deixam a
universidade.
Nesse sentido, em outubro de 2019 se deu início ao 2º Censo de Desenvolvimento de
Servidores, orientado pelo objetivo “4.3.1 Implantar a Gestão por Competências na
Universidade”, dividido em duas etapas. A primeira foi realizada no período de 23 de setembro
a 25 de outubro e a segunda etapa foi realizada no período de 01 a 30 de novembro de 2019. O
grupo de trabalho responsável pela implantação do novo Censo buscou ampliar a divulgação com
o intuito de aumentar a adesão no preenchimento em relação ao Censo passado, que foi de
aproximadamente 50%. Os resultados do Censo 2019 serão utilizados para a área de
desenvolvimento de pessoas compor o planejamento de capacitações para os anos 2020 e 2021,
entre outras ações.
Para o entendimento dos motivos da saída de servidores, é encaminhado o formulário de
desligamento no momento em que se desligam. Este ano, ampliou-se o envio do formulário para
todos os servidores que saem da UFRGS, seja por pedido de exoneração seja por aposentadoria.
O desafio, para 2020, é a obtenção de um maior número de respostas. A estratégia utilizada para
melhoria do processo será a realização da extração das respostas, visando a geração de relatórios,
indicadores e informações gerenciais para subsidiar melhorias na gestão de pessoas.
Ingresso
No que diz respeito ao corpo docente, para mantê-lo qualificado e contribuindo para a sua
excelência acadêmica no ensino, pesquisa e extensão, e garantir a reposição das vagas
desocupadas, foram publicados até 31 de outubro de 2019, 13 editais de abertura de concurso
público docente, sendo 12 editais para o magistério superior e 1 para o magistério do ensino
básico, técnico e tecnológico. Das 91 áreas de conhecimento publicadas, 89 delas estabeleceram
o título de doutor como requisito de ingresso. Foram ofertadas 100 vagas.
Em dezembro de 2018 foi lançado o primeiro edital de concurso público da UFRGS para
ocupação de cargo docente com reserva de 20% do total de vagas oferecidas (não divididas por
313
área de conhecimento) para autodeclarados pretos ou pardos. Também, de igual forma e
quantidade, para pessoas com deficiência. A alteração na forma de aplicação das reservas foi
adequada com base na previsão legal de que a reserva deve ser por cargo oferecido.
O mesmo procedimento passou a ser adotado para os processos seletivos. Em 8 meses de
aplicação da nova metodologia, foram nomeados 4 candidatos aprovados e inscritos na reserva
de vagas para autodeclarados pretos ou pardos. As barreiras atitudinais são consideradas uma
fragilidade nesse processo. Porém, é possível minimizá-las por meio da disseminação de
informação sobre a política pública de reserva de vagas.
Em outubro de 2019, foi publicado o primeiro processo seletivo com vistas à concessão
de bolsas UAB (Universidade Aberta do Brasil) criadas pela Lei n. º 11.273, de 06 fevereiro de
2006. O edital foi publicado em 14 de outubro de 2019 e contemplou 02 vagas, 1 para
coordenador-geral e 1 para coordenador adjunto.
A quantidade de processos seletivos aumentou em número de publicações de editais em
comparação ao ano de 2018. Dos 16 editais publicados, 14 foram direcionados para cargos
docentes, englobando 67 áreas diferentes, e 2 para cargo técnico para intérprete de LIBRAS. Em
relação aos contratos temporários assinados no período, houve aumento em relação a 2018, sendo
102 assinados.
O processo seletivo para profissionais técnicos especializados em LIBRAS foi inédito na
UFRGS, suprindo carência identificada e utilizando vagas disponibilizadas pela Portaria do MEC
Nº 1034, de 30/08/2017. Em julho de 2019, foi realizado esse processo seletivo, o qual preencheu
uma das vagas disponíveis. Para superar o desafio que é o desconhecimento do processo,
sobretudo por este ser inédito, será necessária a realização de estudos das legislações vigentes,
bem como o fortalecimento da relação com outras IFES que possuem experiência com esse
processo de contratação.
Ainda, em janeiro de 2019, foi finalizado o primeiro processo seletivo para contratação
de Professor Visitante Estrangeiro, aprovando candidatos para 9 unidades acadêmicas. Os
candidatos interessados em assumir foram convocados, iniciando o processo de entrega e análise
dos documentos necessários para a autorização do Ministério do Trabalho à concessão de visto.
A contratação desses professores constitui instrumento de execução da política de
desenvolvimento acadêmico e de internacionalização da UFRGS e visa contribuir para a
consolidação e o aprimoramento de seus cursos, programas e projetos de graduação, pós-
graduação, pesquisa e extensão.
314
No entanto, barreiras para obtenção do visto de trabalho e desconhecimento da
plataforma do Ministério do Trabalho ainda são fragilidades do processo. A estratégia possível
para a melhoria deste seria a realização de reuniões técnicas com outras IFES que já realizaram
o processo de contratação. Além disso, enfrentou-se dificuldade na análise desses processos
tendo em vista que, para assinatura do contrato, segundo a Lei nº 8.745/93, é exigida a
apresentação de uma série de documentos.
A partir de setembro de 2019, a versão publicada no DOU dos editais de processo seletivo
para professor substituto sofreu alteração, adequando-se à Instrução Normativa nº 01/2019,
reduzindo a quantidade de páginas e, consequentemente, o custo da UFRGS com as publicações.
No interesse de aprimorar o controle e acertar algumas discrepâncias nas horas
gratificadas dos concursos, em julho de 2019 foi elaborada uma nova portaria que regulamenta a
Gratificação por Encargo de Cursou ou Concurso (GECC) na UFRGS. Essa portaria foi
publicada simultaneamente com a vinculação do ponto eletrônico com a ferramenta de controle
da GECC. Ambas atitudes promovem mais controle e segurança institucional e pessoal, já que
todo período de trabalho fica registrado no ponto eletrônico, além de prever a atuação de até 2
servidores em algumas fases do concurso, melhorando a qualidade do serviço e diminuindo a
carga de trabalho dos envolvidos, mesmo sem aumentar muito os custos despendidos pela
UFRGS.
Quanto aos concursos públicos para a Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em
Educação, conta-se, em 2019, com 8 (oito) editais vigentes e com banco de aprovados para 25
cargos de Nível E (Ensino Superior), 17 cargos de Nível D (Ensino Médio) e 3 cargos de Nível
C (Ensino Fundamental), o que possibilita a reposição de cargos vagos. No entanto, uma das
principais fragilidades diagnosticadas, refere-se ao mecanismo da reposição automática de cargos
vagos. Inaugurado com o Decreto nº 3.272/2010, tal mecanismo não tem se aplicado em sua
plenitude, uma vez que não se consegue repor todos os cargos vagos, devido à impossibilidade
de provimentos daqueles cargos vedados para concurso e provimento pelo Decreto nº 9.262/2018
ou pela impossibilidade de adequação de cargos junto ao Ministério da Educação, dificultando
ou mesmo impedindo o atendimento de importantes demandas institucionais e a adequada
alocação interna de pessoal, comprometendo a continuidade de uma série de serviços prestados
pela Universidade. Nem sempre o cargo vago é o cargo que melhor atende a instituição no
momento presente, considerando os desafios atuais e também as novas tendências de trabalho e
mudanças necessárias para o futuro próximo. Por isso, as dificuldades de adequação da força de
trabalho e de provimento de cargos vagos tem trazido distorções difíceis de serem sanadas.
315
Acolhimento e Integração
O acolhimento ao servidor na UFRGS visa à valorização pela conquista do espaço de
trabalho e ao cuidado com a carreira. Nesse sentido, desde julho de 2018, a PROGESP realiza o
Bem-vindo à UFRGS com o intuito de potencializar a integração entre servidores ingressantes
técnico-administrativos e docentes e demonstrar a estrutura, a comunidade e as diretrizes da
Universidade. Além disso, visa a orientar quanto às principais informações funcionais e
possibilidades de desenvolvimento no ambiente profissional.
Até 30 de outubro de 2019, foram ofertadas 15 turmas. Nessa perspectiva, as avaliações
de reação mostram a importância da continuidade dessa capacitação para os servidores
ingressantes na UFRGS no ano de 2020. Assim, será dada continuidade a esse trabalho no
próximo ano, buscando manter atualizadas as informações apresentadas na capacitação sobre as
mudanças de legislação e de processos referentes a vida funcional dos servidores.
Para facilitar a comunicação com o servidor que ingressa na Universidade, foi elaborada
a Cartilha Bem-vindo à UFRGS, que traz informações relevantes para a vida funcional do
servidor. A Cartilha está divulgada no site da PROGESP e acessível em versão ampliada, em
braile e em Língua Brasileira de Sinais.
Na perspectiva de promover a inclusão e a diversidade, a Universidade conta com a
Equipe Multiprofissional de Acessibilidade (EMA) para acolher os servidores que ingressam por
reserva de vaga para pessoa com deficiência, bem como para acompanhá-los durante o estágio
probatório, auxiliando nas questões de acessibilidade, ergonomia, integração e inclusão no
ambiente de trabalho.
Ao ingressar, todos servidores são orientados a seguir a Trilha de Iniciação ao serviço
público na UFRGS. A Trilha é formada por capacitações que abordam a história da Universidade,
sua atual estrutura e funcionamento, a cultura organizacional e as relações de trabalho, bem como
temáticas sobre o estágio probatório e a estabilidade na carreira.
Os servidores docentes também contam com o Programa de Atividades de
Aperfeiçoamento Pedagógico (PAAP), que visa proporcionar a estes profissionais a
possibilidade de formação continuada na Universidade, a partir da reflexão de natureza didático-
pedagógica acerca do fazer docente. Diversas ações de aperfeiçoamento vinculadas ao PAAP
foram promovidas pela Escola de Desenvolvimento de Servidores - EDUFRGS, em parceria com
unidades acadêmicas e administrativas. O Módulo 1, relacionado à estrutura universitária e
carreira docente contou com 84 ações. Já o módulo 2, relacionado a temáticas mais amplas,
316
inclusive ao desenvolvimento pedagógico, contemplou 189 ações, enquanto que o módulo 3,
relacionado à educação a distância e ferramentas digitais, 20 ações.
Da mesma forma, é de suma importância o acompanhamento do estágio probatório dos
ingressantes, para possibilitar melhoria e o desenvolvimento profissional destes no início de sua
carreira na Universidade. Para o acompanhamento ser possível, é realizada a leitura da avaliação
das chefias e autoavaliação dos servidores técnicos. Também, são feitos atendimentos individuais
para servidores e/ou chefias quando surgem dificuldades no desempenho das atividades pelo
servidor ou de acompanhamento pelas chefias.
Com relação ao Programa de Estágio Probatório, foram ofertadas 4 turmas de capacitação
de "Estágio Probatório na UFRGS: um percurso de desenvolvimento profissional (servidores
docentes e técnico-administrativos)". Assim como ocorreu em 2018, foram integrados os
servidores docentes a esta capacitação, a fim de criar um espaço de diálogo sobre o período de
estágio probatório e pensar estratégias para aprimorar o desempenho profissional. Pretende-se
manter essa ação no ano de 2020, tendo em vista que as avaliações de reação demonstram a
importância de proporcionar este espaço de diálogo e de reflexão.
Além disso, também foi ofertada em 2019 a ação de capacitação “Acompanhamento do
Desempenho, Feedback e Gestão de Conflitos”, voltada aos gestores que realizam a avaliação de
estágio probatório. O objetivo é da atividade é melhorar a execução do processo dentro das
unidades da UFRGS. Para 2020, tem-se como meta o aumento do número de ofertas de turmas.
Acompanhamento
No que concerne à movimentação de pessoal, as mobilidades internas (remoções de
servidores entre unidades) demandam alta carga de trabalho, sendo esta uma das fragilidades do
processo. Em 2019, até 31 de outubro, foram efetivadas 72 remoções de técnico-administrativos;
em 2018, foram 93. Este processo ainda é realizado de forma manual, com preenchimento de
formulários físicos, requerendo manifestações e ciências de chefias e direções de Unidades,
tornando o encaminhamento lento e custoso.
Dessa forma, como estratégias de melhoria para 2020 estão sendo feitos trabalhos para a
implantação de um Sistema de Mobilidades Internas (remoções) no Portal do Servidor. Espera-
se, com a informatização do processo, melhorias no fluxo, na integração de informações e na
construção de um histórico centralizado da movimentação de cada servidor. Outrossim, colocar-
se-á em prática o princípio da economicidade, transparência e eficiência no sentido de otimizar
o tempo da equipe envolvida no acompanhamento do processo de remoção, bem como evitar o
317
uso de papel, corroborando com o movimento que vem sendo feito nesta Universidade de
informatização dos processos de trabalho.
Quanto às mobilidades externas (exercício provisório de outra IFE para a UFRGS,
redistribuição e colaboração), também foram estabelecidas estratégias para o aprimoramento do
processo. As mobilidades externas demandam um período longo para tramitação, o que é
considerado como uma fragilidade do processo. Por isso, há a necessidade de atualizações de
legislação e melhorias para otimizar e dar maior transparência aos processos. Até 31 de outubro
de 2019, foram realizados 06 processos de Colaboração; 04 de Exercício Provisório; 21 de
Redistribuição (efetivadas com a Publicação no DOU) e mais 07 de Remoção Judicial.
Para acompanhamento de todos os servidores técnico-administrativos, realiza-se
anualmente a avaliação de desempenho, com o apoio dos Núcleos de Gestão de Desempenho
(NGDs), estabelecidos em todas unidades da UFRGS. Em 2019, assim como em anos anteriores,
os NGDs recebem capacitação para aprimoramento do processo. Em 2019, visando fortalecer a
cultura de avaliação e de gestão de desempenho, foi elaborada capacitação à distância voltada a
todos os servidores que participam do processo avaliativo na Universidade. A previsão de
lançamento do curso EAD é para o primeiro trimestre de 2020. Além disso, neste ano se
mantiveram as entregas de relatórios extraídos do sistema de avaliação de desempenho para os
órgãos da Administração Central competentes pelos temas avaliados, a fim de que sejam
elaboradas ações e estratégias para aprimoramento da instituição.
Com relação à apuração de possíveis irregularidades cometidas por servidores e discentes
e a aplicação de penalidades, em 2019 destacou-se a implantação com sucesso do Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC), com a assinatura dos 11 TACs propostos no período. Verificou-
se um aumento no número de Processos Administrativos Disciplinares instaurados em 2019
(onze) em comparação a 2018 (cinco). Em contrapartida, as Sindicâncias Investigativas
diminuíram em 2019, sendo três até novembro do referido ano. Em 2018, foram quinze.
Para 2020, haverá a manutenção das ações constantes na área de assuntos disciplinares,
como o acompanhamento permanente das comissões, controlando prazos; orientação aos
presidentes de comissão, com Termo de Orientação anexado ao processo; aprimoramento dos
servidores que atuam no Núcleo de Assuntos Disciplinares (NAD)., com capacitações na área; e
agilizar a resposta dos processos aos usuários. Também se buscará a implementação dos
processos disciplinares no Sistema Eletrônico de Informações, seguindo a metodologia já
adotada pela Controladoria Geral da União.
Desenvolvimento
318
Quanto ao desenvolvimento de pessoas, compreende-se que, para o servidor mobilizar e
manifestar suas potencialidades, é fundamental que a Universidade promova programas de
capacitação, espaços de troca e de integração e ambientes de trabalho inspiradores e salutares.
Essa concepção está presente e traduzida nas ações de aperfeiçoamento, educação formal e de
compartilhamento de saberes. Para isso, a UFRGS conta com uma Escola de Desenvolvimento
de Servidores, a EDUFRGS.
Assim, foram implementados projetos em consonância com o PDI e o PG da
Universidade. O Plano Anual de Capacitação (PAC), que foi baseado em um modelo de gestão
por competência e elaborado a partir do Censo de Desenvolvimento de Servidores de 2017, teve
suas ações executadas e avaliadas conforme prevê o instrumento.
Diversas oportunidades de capacitação são ofertadas mensalmente a todos os servidores
da Universidade, vinculadas a diferentes temáticas. Algumas vinculam-se a programas
específicos, enquanto outras visam à formação geral ou ao desenvolvimento de aspectos
específicos do trabalho.
No início de 2019, a UFRGS contava com mais de 900 servidores com função de chefia
e cerca de 900 servidores com tempo de trabalho suficiente para se aposentar (abono
permanência). Nesse contexto, foram estruturados e lançados nesse mesmo ano dois grandes
programas de desenvolvimento para esses públicos: o Programa de Desenvolvimento de Gestores
e o Programa de Educação para Aposentadoria.
Em relação à atuação docente, foram ampliadas as atividades de capacitação cujo foco é
o desenvolvimento didático-pedagógico. O projeto “Docência Colaborativa: observação,
reflexão e partilha pedagógica”, desenvolvido em conjunto com a Faculdade de Educação, visa
à troca de experiências entre docentes a partir da observação e reflexão sobre práticas
pedagógicas. Inspirado nos Projetos “De Par em Par”, da Universidade de Porto/Portugal e
“Observar e Aprender” da Universidade de Lisboa/Portugal, o projeto foi adaptado ao contexto
da UFRGS e centra-se na prática pedagógica do docente, através da observação de aulas entre
pares. Espera-se dar continuidade a este projeto em 2020.
Também, foram possíveis executar ações previstas em leis, tais como NR10, treinamento
de prevenção e combate a incêndios, proteção radiológica e curso de formação básica em saúde
e segurança no ambiente universitário.
As avaliações de reação foram aplicadas a todos os eventos de capacitação, de maneira
informatizada, possibilitando uma avaliação geral sobre os programas, bem como sobre o
319
desenvolvimento de determinadas competências. Para o próximo ano, será pesquisada e
desenvolvida a avaliação de impacto para programas específicos.
A manutenção destes programas e projetos de aperfeiçoamento são um desafio para a
gestão de pessoas, em virtude da adesão do público-alvo e do grande envolvimento despendido
pelas equipes envolvidas para o oferecimento destas ações. Outro desafio é diversificar as
modalidades de oferta de capacitação, em especial, a modalidade à distância.
Para isso, como estratégia de melhoria, buscar-se-á realizar reuniões de planejamento
para adesão do público-alvo nos programas e projetos de desenvolvimento estruturados. Outra
ação possível para enfrentar os desafios será capacitar as equipes envolvidas na temática
educação à distância e trilhas de aprendizagem para o oferecimento de ações de aperfeiçoamento
em outras modalidades.
A educação formal dos servidores da Universidade é estimulada em todos os níveis de
ensino – ensino básico, graduação e pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado). Tal
estímulo contribui para a promoção de um quadro de servidores altamente qualificado – na
carreira técnico-administrativa, cerca de 70% dos servidores possuem educação formal acima da
exigida pelo cargo.
Em 2019, foram implementados programas e políticas de estímulo a educação formal.
Por meio do edital de concessão de incentivos educacionais foi possível conceder, em 2019/1, 2
vagas para ensino básico, 17 vagas para graduação e 3 vagas para pós-graduação. Além das novas
concessões, foi mantido o número de 62 servidores beneficiados que renovaram sua permanência
no programa durante o período 2019/1. No semestre 2019/2, não houve abertura de novas vagas,
contudo, a possibilidade de renovação foi mantida, permanecendo com 45 servidores no
programa.
Além da promoção de ações de desenvolvimento, é fundamental que o apoio institucional
também viabilize condições (principalmente de tempo) para os servidores realizarem atividades
de aperfeiçoamento ou educação formal. Tal preocupação demonstra alinhamento interno com a
missão institucional, de produção de conhecimento filosófico, científico, artístico e tecnológico.
Os recursos financeiros escassos trazem grandes desafios nesse sentido, pois afetam fortemente
os editais de concessão de incentivo educacional. Para isso, portanto, será estudada a
possibilidade de novos editais, mesmo que o número de vagas ofertadas seja restrito.
Visando à aproximação da formação acadêmica das necessidades de trabalho, foram
ofertadas novas vagas no Mestrado em Gestão de Operações em Universidades Públicas Federais
(GOUPF). Esse Programa, além de promover a integração dos alunos (servidores da UFRGS),
320
promove o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas com impacto no local de trabalho do aluno,
gerando melhorias coletivas na Universidade.
O ingresso para o Mestrado Profissional em GOUPF da UFRGS, em 2019, exigiu que os
servidores apresentassem projetos aplicados no local de trabalho e/ou no atendimento dos
elementos presentes no Decreto 9739/2019, que estabelece medidas de eficiência organizacional
no setor público federal. Ao contrário de 2018, neste ano foi realizado um seminário de
orientações quanto ao referido mestrado. Esta ação dirimiu as dúvidas dos candidatos ao
programa, direcionando as inscrições especificamente para o público-alvo.
O orçamento para continuar o estímulo à educação formal ainda é um desafio. Da mesma
forma, ampliar os temas de cursos de mestrado profissional no formato in company seria
importante para a melhoria e ampliação dessas ações. Para o próximo ano, serão buscadas novas
parcerias institucionais para oferecer cursos de mestrado nesse formato in company.
A publicação do Decreto nº 9991/2019, que dispõe sobre a Política Nacional de
Desenvolvimento de Pessoas (PNDP), trouxe reflexos nos processos de trabalho na área de
desenvolvimento de pessoal. Portanto, buscou-se a readequação de processos administrativos,
como a licença capacitação e o afastamento parcial. Em conformidade com o referido Decreto,
foi aprovada e publicada a portaria que estabelece os critérios referentes à concessão da licença
para capacitação.
Ademais, por meio de um sistema criado pelo Ministério da Economia, no portal do
Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal (SIPEC), e em consonância com o Decreto
9991/2019, foi elaborado o Plano de Desenvolvimento de Pessoas (PDP), sendo cadastrados
cerca de 426 registros referentes as competências necessárias a serem desenvolvidas pelos
servidores no ano de 2020. Conforme o Decreto nº 9991/2019, o SIPEC indicará quais ações de
desenvolvimento previstas no PDP da UFRGS deverão ser executadas em 2020. A aplicação do
Decreto será um dos desafios da área de desenvolvimento de pessoas para o próximo ano, tendo
em vista que o Decreto determina às instituições federais a publicação de informações ainda não
apropriadas.
Por fim, foram realizadas ações com o caráter de orientar os servidores técnico-
administrativos e gestores quanto as possibilidades de desenvolvimento na carreira. Para isso,
foram realizados encontros nos diversos campi da Universidade (saúde, centro, vale e olímpico),
capacitando cerca de 150 servidores. Buscará se realizar, no próximo ano, encontros de
orientação no Campus Litoral Norte e Estação Agronômica.
321
O Salão EDUFRGS é o espaço destinado ao compartilhamento de experiências práticas
e de pesquisas acadêmicas resultantes – de forma direta ou indireta – do suporte institucional ao
desenvolvimento do servidor. Nessa ocasião, também são estruturadas oficinas e rodas de
conversa na temática inclusão e acessibilidade, ampliando a compreensão dos servidores sobre
diversos aspectos vinculados à temática. Em 2019, dentro do Salão UFRGS, ocorreu a 6ª edição
do Salão EDUFRGS, com uma nova modalidade de inscrição: a inovação pedagógica no ensino.
Em relação aos outros Salões, o ano de 2019 atingiu o recorde em inscrições: 96 trabalhos
inscritos (31 relatos de pesquisa, 42 relatos de experiência e 23 inovações pedagógica).
Ampliar a participação de representantes de setor que ainda não participaram do Salão
EDUFRGS (unidades administrativas e acadêmicas) é um desafio. Ainda, ampliar o escopo da
atuação nessa ação seria de grande importância para trocas interinstitucionais. Como estratégias
para esses desafios, pretende-se convidar setores institucionais que ainda não participaram e
estudar a viabilidade e o impacto da inscrição de outras instituições.
Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho
Desde o ingresso do servidor, a Universidade destina ações voltadas à atenção da saúde
destes, desenvolvendo ações de acordo com a Política de Atenção à Saúde e Segurança do
Trabalho do Servidor Público Federal (PASS), com o PDI e com o PG. Ações que se iniciam
com uma avaliação criteriosa das condições de saúde do ingressante para o desempenho de seu
cargo, acompanhamento da saúde relacionada ao ambiente laboral através dos exames médicos
periódicos, ações na área de promoção da saúde, especialmente na área de saúde mental, perícia
oficial em saúde, vigilância aos ambientes e processos de trabalho, educação para a aposentadoria
e também avaliação de concessão de benefícios para servidores aposentados e a seus
pensionistas.
Em relação à assistência à saúde, a Universidade efetua o gerenciamento, controle e
lançamentos na folha de pagamento dos ressarcimentos relativos à Assistência à Saúde
Suplementar dos servidores, dependentes, agregados e pensionistas, em decorrência do contrato
vigente com a operadora UNIMED – Porto Alegre, e que conta atualmente com mais de 11.710
vidas, e do ressarcimento de servidores com Planos de Saúde individuais.
Neste ano, a negociação do realinhamento das mensalidades teve seu início a partir da
proposta da operadora UNIMED, que solicitou o reajuste de 18,77% nos valores das
mensalidades, baseada na planilha de custos do plano e no índice de utilização por parte dos
usuários. Após reuniões de negociações, foram encaminhadas contrapropostas que, no final,
resultaram no realinhamento das mensalidades no percentual de 11,30%. O contrato atual
322
encerra-se em 2020, então será necessária nova licitação para contratação de operadora de plano
de saúde. (DSSU)
Ressalta-se que todos os três eixos da PASS - promoção e vigilância à saúde, perícia
oficial em saúde e assistência à saúde - estão implementados na Universidade por meio de ações
diretamente praticadas pelo órgão responsável pela área de saúde e segurança do trabalho do
servidor ou por intermédio de ações de capacitação em parceria com a Escola de
Desenvolvimento.
Referente a ações de vigilância aos ambientes de trabalho, destaca-se a continuidade das
ações voltadas à formação de membros das Comissões de Saúde e Ambiente de Trabalho
(COSAT), e também assessoria a estes durante o processo de exercício de seus mandatos e
atribuições. Quanto à implantação da NR 26, além do protocolo de aquisições, foram concluídos
os protocolos de recebimento, armazenamento e distribuição de produtos e/ou reagentes
químicos. Tais medidas visam prevenir acidentes e/ou agravos à saúde dos servidores e de
discentes, estando em conformidade com o previsto na meta do PG e no PDI da Universidade.
Ainda em relação à segurança nos ambientes de trabalho, destaca-se a permanente vistoria aos
setores que operam com equipamentos com fontes radioativas em parceria com a empresa
contratada para supervisão radiológica (PRORAD). Neste ano, está em fase de conclusão da
proposta o plano do Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS).
Visando a prevenção de ocorrência de doenças relacionadas às atividades desenvolvidas
pelos servidores, foi reorganizado o processo de execução dos Exames Médicos Periódicos,
sendo convocados 2.224 servidores de 18 Unidades no final de 2018. Já em 2019, servidores da
Escola de Engenharia e Superintendência de Infraestrutura foram também convocados.
No sentido de prevenir agravos à saúde dos servidores, em 2019 foram efetuadas diversas
reuniões com caráter orientativo e de assessoria às Direções das Unidades e a chefias de setores
que buscaram a PROGESP com o objetivo de encontrar alternativas para sanar dificuldades
relacionadas a questões inerentes à interface saúde/gestão/trabalho, além do acompanhamento
individual a servidores e a equipes de trabalho na área de atenção psicossocial. Também foram
produzidos materiais educativos visando a prevenção de doenças, aderindo a campanhas
nacionais, tais como: saúde ocular, outubro rosa, novembro azul, dia mundial do coração e
campanha de conscientização para doação de sangue.
Na área de saúde mental, foram realizadas diversas ações voltadas a servidores e também
a discentes, inclusive integrando o Grupo de Trabalho de Saúde Mental do estudante. Durante o
ano, foram feitas atividades abordando temas relacionadas à saúde mental no ambiente de
323
trabalho. Além disso, foi estabelecida parceria com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU – Porto Alegre) com a realização de palestras e capacitação de servidores para atuarem
em primeiros socorros. Ademais, foi elaborado e distribuído material informativo sobre
emergência e a forma de proceder.
No entanto, a parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre para a
execução do Projeto de Prevenção a Infecções Sexualmente Transmissíveis se encontra
fragilizada, pois o repasse de insumos por parte da Secretaria tem sido dificultado e, muitas vezes,
não realizado. Também foi efetuada campanha de vacinação contra o vírus da Influenza (gripe).
Outra importante inciativa foi a publicação do “InformAção”, material com breves textos que
abordam temas relacionados à saúde do servidor.
Cabe destacar que a área da saúde possui interface com diversos outros processos da
Universidade, portanto em 2019 foram mantidas às assessorias prestadas aos vários setores,
comissões e grupos de trabalho da instituição.
Gestão dos serviços terceirizados
Na área da gestão dos serviços terceirizados da UFRGS, foi dado andamento a projetos
de informatização, de prevenção de riscos e de medição da qualidade e desempenho dos contratos
terceirizados. Destaca-se a continuidade do desenvolvimento de ferramenta informatizada junto
ao Centro de Processamento de Dados (CPD) para a aplicação da medição por qualidade nos
contratos terceirizados. Quando implementada, a ferramenta trará maior agilidade e segurança
no preenchimento das informações pelos fiscais.
Visando aprimorar as práticas de compliance e prevenir riscos de descumprimento de
contrato e de direitos trabalhistas, foram implantados parcialmente em 2019 os processos de
Fiscalização Administrativa Excepcional e Fiscalização Administrativa Mensal. O primeiro
refere-se à análise amostral de documentos iniciais referentes a salário e benefícios e referente
ao dissídio de cada contrato. Já o segundo processo refere-se à fiscalização dos documentos do
processo de pagamento.
Ainda dentro das práticas de compliance, foi dado andamento ao cronograma de
implantação do processo da conta vinculada, cujo desenho foi finalizado e aguarda validação
junto às unidades envolvidas. A conta vinculada é um instrumento de gestão e gerenciamento de
riscos para as contratações de serviços terceirizados contínuos. O principal objetivo deste
instrumento reside na garantia de existência de saldo financeiro para fazer frente aos encargos
trabalhistas devidos aos funcionários contratados pelas empresas terceirizadas para a prestação
de serviços na UFRGS.
324
Também em 2019 foi dado início ao estudo para implementação de um sistema
informatizado de acompanhamento mensal, que permitirá o preenchimento da avaliação mensal,
com a nota de desempenho atribuída ao serviço prestado, para acompanhamento da execução,
futura medição de indicadores e complementação da avaliação contratual ou não, conforme
resultados alcançados. Outro projeto realizado foi a elaboração de um relatório informatizado de
reclamatórias trabalhistas, composto por diversas informações. Para 2020, serão realizados os
ajustes necessários e a validação da ferramenta junto ao Centro de Processamento de Dados.
Informatização e Comunicação
Para a gestão das informações de pessoal, proporciona-se serviços na internet (Sigepe
Servidor), bem como busca-se a automatização dos processos de trabalho, a exemplo do Sistema
eletrônico de Informação (SEI) e a digitalização dos assentamentos funcionais. Também se conta
com os Sistemas estruturantes do Governo Federal, tais como: Sistema Integrado de
Administração de Recursos Humanos (SIAPE), Sistema de Gestão de Acesso do Ministério da
Economia (SIGAC), Sistema de Informações Organizacionais do Governo Federal (SIORG) e
Sistema de Gestão do Assentamento Funcional Digital (AFD).
O AFD foi adotado na Universidade visando à inclusão dos documentos de todos os
servidores da UFRGS nessa plataforma digital, em consonância com o objetivo do PG “4.2.2
Implementar a gestão documental e preservação digital”. Assim, em continuidade ao processo,
no período avaliado, foram inseridas no AFD 26.246 portarias geradas via Sistema de
Documentos Eletrônicos - SDE. Esse número corresponde ao total de documentos certificados
que estavam pendentes de envio ao AFD. Também foram transferidas para o sistema pastas
digitalizadas de anos anteriores a 2016, gerando 12.177 arquivos. Além desses, também existem
documentos de servidores inativos que ainda não passaram pelo processo de digitalização. Para
isso, foi criada uma nova rotina de trabalho, adaptando a digitalização dos documentos ao padrão
exigido no AFD, e inserindo-os exclusivamente nesse sistema. Em 2020, pretende-se elaborar
uma solicitação de simplificação do módulo AFD ao órgão pertinente do Governo Federal.
Tratando-se do Sistema de Informações Organizacionais do Governo Federal (SIORG),
foi finalizada a atualização do sistema, contando com o apoio dos técnicos do Ministério da
Economia. Após a conclusão da atualização, a estrutura revisada foi encaminhada e devidamente
certificada pelo Governo Federal.
No que diz respeito as alterações sistêmicas, além da modificação do modo de
encaminhamento dos atos de aposentadoria, pensão, exoneração e vacância aos órgãos de
Controle Interno (CGU/RS) e Externo (TCU), que deixou de ser o SISAC e passou a ser o E-
325
PESSOAL, houve recente renovação do sistema SIMEC que implica no encaminhamento de
solicitação de autorização ao MEC para liberação dos afastamentos do país com ônus para a
UFRGS, que além da necessidade de inclusão de mais uma etapa no fluxo das demandas, requer
um atendimento complexo, exigindo a disseminação, entre os servidores, da importância do
cumprimento dos prazos indicados na normativa interna da Universidade para o encaminhamento
das solicitações de afastamento.
Também, no presente ano, conforme solicitavam auditorias dos órgãos de controle, houve
avanço no projeto de controle do ponto eletrônico, com a integração entre os Sistemas de Ponto
e Frequência dos servidores. Diversas ações de capacitação foram oferecidas aos gerentes e
servidores dos núcleos de RH das unidades, que ficaram responsáveis pela multiplicação dos
conhecimentos relativos a esta rotina. Nesse sentido, a integração dos Sistemas foi implementada
inicialmente em 8 unidades, a contar da certificação de frequência de julho de 2019. Na
sequência, a integração ocorreu em toda a Universidade desde a certificação da frequência de
setembro de 2019. O sistema apresentou alguns problemas no início do projeto, que estão sendo
solucionados caso a caso.
Visando à transparência, ressalta-se também a preocupação da PROGESP em fortalecer
uma rotina de atualizações das informações em seus canais institucionais digitais: site da
PROGESP (https://www.ufrgs.br/progesp/), site do Departamento de Atenção à Saúde
(http://www.ufrgs.br/das), site do Núcleo de Inclusão e Acessibilidade
(https://www.ufrgs.br/incluir/) e site da Escola de Desenvolvimento de Servidores
(https://www.ufrgs.br/edufrgs/). Com relação a este último, destaca-se em 2019 o lançamento do
novo site da Escola, que migrou para a plataforma WordPress, apresentando um melhor layout e
navegação.
Legislação e Ações judiciais
A área de gestão de pessoas é impactada pelas mudanças de legislações e entendimentos,
acórdãos e ações judiciais que tratam de servidores.
Cita-se como relevante o Acórdão n° 5434/2017 do TCU, em relação às rubricas judiciais
de horas extras e ao índice de reajuste de 28,86%. Este trabalho envolveu a suspensão do
pagamento de rubricas judiciais de mais de 800 servidores. Muitos deles, ajuizaram ações
postulando a manutenção do pagamento, originando, no período relatado, 531 novas ações que
foram cadastradas e cumpridas no Módulo de Ações Judiciais - MAJ. Ademais, essas novas ações
têm sofrido constantes alterações, decorrentes de sucessivas e alternadas decisões, determinando
326
a manutenção e suspensão dos pagamentos, criando, assim, uma dinâmica bastante complexa
para a efetivação do seu cumprimento. As providências para o cumprimento do Acórdão do TCU
já avançaram bastante, restando, ainda, algumas pendências que deverão, a princípio, ser
concluídas no próximo ano.
Também, há a demanda para o cumprimento de ações judiciais referentes à retificação de
Enquadramento de servidores no Plano de Carreira dos Servidores Técnico Administrativos em
Educação (PCCTAE), com a intimação para o cumprimento de 157 processos. O cadastramento
de tais ações de enquadramento no Módulo de Ações Judiciais - MAJ/SIGEPE apresentou
problemas, visto que houve alteração no entendimento do Ministério da Economia, que passou a
exigir que as Portarias de Enquadramento fossem publicadas no DOU.
Cita-se também a necessidade de prestação de subsídios e adoção de providências para o
cumprimento de diversas ações referentes à Promoção Acelerada e Progressões Funcionais de
Docentes. Atividades essas que se mostraram complexas em decorrência das alterações de
entendimentos ao longo do tempo, o que gerou uma multiplicidade de situações, as quais devem
ser cuidadosamente analisadas a fim de identificar os subsídios ou cumprimento correlatos àquele
caso específico. Ao todo, foram 77 processos relacionados a esse objeto durante o período de
análise.
Em 2019, também ocorreu a intimação de decisão proferida em ação coletiva que
autorizou os servidores docentes a acumular o adicional de Raio X e outros adicionais. Por tratar-
se de ação coletiva que recebe adesões de diversos servidores em diferentes momentos, é
necessário adotar providências no MAJ/SIGEPE mensalmente, o que depende, muitas vezes, de
intervenção junto ao Ministério da Economia.
Houve ainda o encaminhamento de 276 processos judiciais, referentes a diversas decisões
com impacto na folha de pagamento de pessoal. Atualmente, essas ações estão retornando para
cumprimento das decisões judiciais, o que indica que, no ano de 2020, haverá um grande volume
de cumprimentos referentes a esse assunto, que já está pacificado no Poder Judiciário.
Os desafios frente as decisões judiciais foram facilitados pelo estreitamento e
consequente otimização do diálogo com o MEC, auxiliando a sistemática de cumprimento de
decisões judiciais. Como obstáculos, despontam ruídos na comunicação com o Ministério da
Economia, no que diz respeito à operação do MAJ/SIGEPE, bem como suas alterações de
entendimento, além da reestruturação da PRF4, que destinou novos Procuradores para as
demandas judiciais encaminhadas à UFRGS.
327
Além disso, o ano corrente ainda foi marcado pelas atividades relacionadas ao
atendimento do Decreto nº 9.725/2019, que postulava a extinção das funções gratificadas de 4 a
7. Foi realizado um estudo de impacto de tal medida na UFRGS e encaminhado as tabelas para
o corte das referidas funções efetivadas em 30/07/2019, no SIAPE. Em julho, houve deferimento
de medida liminar no processo n°. 5043209-58.2019.4.04.7100, assim como encaminhando o
correspondente Parecer de Força Executória n°. 00005/2019/CGJUR-ADV/PRU4R/PGU/AGU,
que requereu o imediato cumprimento da decisão que determinou à União que se abstivesse de
aplicar o referido Decreto no âmbito da UFRGS, entre outras instituições, gerando a necessidade
de uma dinâmica mensal de alterações dos titulares de funções 4 a 7, a fim de viabilizar o
pagamento, via judicial, que perdura até a presente data. O diálogo e ajustes nos trâmites internos
necessários para o cumprimento da decisão judicial e a colaboração entre equipes otimizaram
muito o processo, permitindo que todas as medidas pudessem ser adotadas, mês a mês, em tempo
hábil.
Outro decreto que impactou nos trabalhos da área de pessoas foi o nº 9.739/2019, que
estabelece medidas de eficiência organizacional, normas sobre concursos públicos e dispõe sobre
o SIORG. Nesse sentido, formou-se um grupo de trabalho para estudar e implementar as
diretrizes do decreto. Além disso, estão sendo estudados o Ofício Circular SEI nº 1/2019, da
Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoas, e as Instruções Normativas SGP nº 1 e 2/2019,
que dizem respeito aos critérios e procedimentos gerais para autorização de contratação de
pessoal por tempo determinado.
Ainda, desde 09/2019, vem-se cumprindo a decisão do Decreto nº 9991/19, que determina
a dispensa ou a exoneração de funções ou de cargos comissionados dos servidores afastados para
capacitação, por período além de 30 dias.
Ademais, iniciou-se o ano com a publicação da Lei n° 13.846/2019 que trouxe alterações
na Lei n°. 8.112/90, especialmente no que diz respeito à concessão dos benefícios de pensão por
morte, além da tramitação e aprovação da reforma da previdência, as quais geraram demandas
com pedidos de contagem, abono, aposentadoria, averbação e Certidão de Tempo de
Contribuição.
Gestão e Governança
Em relação ao objetivo do PG 2016-2020 “4.1.2 Estabelecer política e implementar
governança em gestão de pessoas”, deu-se início, ainda em 2018, ao trabalho de análise das
Declarações de Acumulação de Cargo. No entanto, no presente ano, surgiram dificuldades no
processo tendo em vista a variedade de acumulações a serem analisadas de acordo com diferentes
328
legislações, bem como a alta densidade de servidores que deixaram de preencher o respectivo
documento. Ainda nesse sentido, está sendo elaborada uma proposta para que, em 2020, seja
reestruturada a funcionalidade referente ao monitoramento das declarações de cargos, em
conjunto com o Centro de Processamento de Dados. Após a conclusão dos ajustes, o formulário
será novamente disponibilizado. O preenchimento da declaração de cargos é de extrema
importância, uma vez que fornece subsídios para responder às frequentes auditorias realizadas
pelos órgãos de controle externo.
Com relação à gestão do desempenho dos processos de gestão de pessoas, busca-se
monitorar os resultados frente aos objetivos estabelecidos e definir melhorias. Assim, em 2019,
deu-se andamento ao projeto de implantação de um painel de indicadores para os processos de
gestão de pessoas. Esta necessidade também é evidenciada no PG da Universidade, tanto no
objetivo citado no parágrafo acima quanto no objetivo “4.2.3. Implantar a arquitetura de
processos de negócio”. Foram realizadas reuniões de ajustes com os setores responsáveis pelos
indicadores e espera-se realizar a implantação e geração do primeiro relatório do painel em 2020.
Tem-se como obstáculos a falta de padronização de dados, dispersos em diferentes plataformas,
bem como uma cultura não desenvolvida em medição de dados.
Pensando na modernização dos processos de trabalho, em 2019 foi encaminhada ao MEC
a proposta de implementação do Programa de Gestão desta Universidade (trabalho remoto) para
análise e autorização para a emissão e publicação da respectiva portaria regulamentadora, nos
termos da referida IN SGP/MP nº 1/2018, conforme o disposto no § 6º do art. 6º do Decreto nº
1.590/1995.
De forma geral, os desafios e dificuldades que perpassam os diversos setores da
PROGESP referem-se à organização e atendimento das várias e crescentes demandas de trabalho
em relação ao quantitativo de servidores. Soma-se a isso a necessidade das equipes se manterem
constantemente qualificadas e atualizadas frente às diversas mudanças na legislação
implementadas pelos órgãos superiores no último período. Esse cenário também tem exigido uma
atuação cada vez mais integrada e transversal entre as áreas ligadas à gestão de pessoas e os
demais setores da Universidade. Essa necessidade de articulação e atuação transversal apresenta-
se como desafio e potencialidade a ser desenvolvida nos próximos anos, assim como a
informatização de processos visando agilidade, eficácia e economia. Também se destaca como
desafio a adequação da estrutura física da PROGESP, fator que muitas vezes influencia a
qualidade dos serviços prestados e as condições de trabalho dos servidores.
329
Quadro 46. Resumo da Avaliação da PROGESP OBJETIVOS
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA
DE MELHORIAS
Objetivos
organizacionais
Ingresso e
gestão de vagas
5 – Políticas
de pessoal
Realização de concursos docentes para
reposição das vacâncias.
Contratação de professores visitantes
estrangeiros aprovados em processo
seletivo.
Aplicação da reserva de vagas para APP e
PCD em 20% do total de vagas do edital.
Contratação de Técnico Especializado em
Linguagem de Sinais.
Banco de aprovados para 25 cargos de
nível E, 17 cargos de nível D e 3 cargos
de nível C, facilitando a reposição de
vagas.
Barreiras para obtenção do visto de
trabalho de professores visitantes
estrangeiros.
Desconhecimento da plataforma do
Ministério do Trabalho.
Barreiras atitudinais em relação aos
docentes PCDs.
Desconhecimento do processo de
contratação de técnico especializado em
linguagem de sinais, bem como a falta
de orientações na portaria publicada
pelo Ministério da Economia.
Dificuldades de provimento de cargos e
adequação da força de trabalho.
Decreto 9.262/2018 impede o
provimento de cargos técnicos vedados
para concurso.
Reunião técnica com outras IFES que já
realizaram os processos de contratações de
professores estrangeiros.
Disseminação da informação e da política
pública de reserva de vagas.
Estudos das novas legislações vigentes.
Objetivos
organizacionais
Acolhimento e
integração de
servidores
5 – Políticas
de pessoal
Continuidade da capacitação Bem-Vindo
à UFRGS para os servidores e para a
Instituição.
Continuidade da entrega da Cartilha Bem-
vindo à UFRGS, que, agora, está
acessível em braile e em LIBRAS.
Continuidade na realização da
capacitação de "Estágio Probatório na
UFRGS: um percurso de desenvolvimento
profissional (servidores docentes e
técnico-administrativos)".
A equipe de trabalho envolvida possui
alta carga de trabalho.
Manter atualizadas as informações
apresentadas na capacitação “Bem-vindo à
UFRGS”.
Aumentar a oferta da capacitação
“Acompanhamento do Desempenho,
Feedback e Gestão de Conflitos”.
330
OBJETIVOS
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA
DE MELHORIAS
Objetivos
organizacionais
Mobilidades e
Acompanhame
nto e Assuntos
Disciplinares
5 – Políticas
de pessoal
Realização de trabalhos para a
implementação do Sistema de
Mobilidades Internas (remoções) no
Portal do Servidor.
Aprimoramento do processo de
mobilidades externas.
Continuidades dos trabalhos referentes ao
programa de avaliação de desempenho.
Capacitação dos Núcleos de Gestão de
Desempenho para aprimoramento do
processo de avaliação.
Realização de trabalhos para o
lançamento de capacitação EAD sobre
avaliação de desempenho (para todos
servidores).
Entrega de relatórios sobre avaliação de
desempenho para órgãos da administração
central.
Dar continuidade à utilização do Termo
de Ajustamento de Conduta (TAC).
Implementação dos processos
disciplinares no SEI, seguindo
recomendação da CGU.
O processo de remoção ainda é
realizado de forma manual, tornando
seu encaminhamento lento e custoso
Processo de mobilidades externas
demanda um período longo de
tramitação.
Reorganizar as atividades da equipe
envolvida no processo de mobilidades
internas.
Dar continuidade ao planejamento para
implantação do Sistema de Mobilidades
Internas.
Atualizações de legislação referente às
mobilidades externas e melhorias para
otimizar e dar maior transparência aos
processos.
Realizar extrações das repostas ao
formulário de desligamento de servidores,
para geração de relatórios, indicadores e
informações gerenciais
Manutenção das ações na área de assuntos
disciplinares.
Acompanhamento permanente das
comissões de apuração, orientações aos
presidentes destas e controle de prazos.
Aprimoramento dos servidores do Núcleo
de Assuntos Disciplinares por meio de
capacitações na área.
Objetivos
organizacionais
Desenvolvimen
to de servidores
5 – Políticas
de pessoal
Utilização dos resultados do 2º Censo de
Desenvolvimento de Servidores.
Programas e projetos de desenvolvimento
estruturados (desenvolvimento de
gestores, educação para aposentadoria,
aperfeiçoamento pedagógico).
Oferecimento de ações de
desenvolvimento previstas em lei.
Programas de incentivo à educação
formal em todos os níveis.
Mestrado em gestão de operações em
universidades federais, customizado para
demandas da Universidade.
Baixa adesão dos servidores ao
preenchimento do Censo de
Desenvolvimento de Servidores.
Necessidade de diversificação nas
modalidades de oferta de capacitação
(principalmente à distância).
Falta de oferecimento de novas trilhas
de desenvolvimento.
Adesão do público-alvo.
Recursos financeiros cada vez mais
escassos, afetando editais de concessão
de incentivo educacional.
Aprimorar os instrumentos e as ações de
comunicação para as próximas edições do
Censo de Desenvolvimento de Servidores.
Capacitar as equipes envolvidas sobre
educação à distância e trilhas de
aprendizagem.
Reuniões de planejamento para adesão do
público-alvo nos programas e projetos de
desenvolvimento estruturados.
Desenvolver novas parcerias institucionais
para ampliar cursos de mestrado in
company.
331
OBJETIVOS
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA
DE MELHORIAS
Promoção do VI Salão EDUFRGS com
uma nova modalidade de inscrição:
Inovação Pedagógica no Ensino.
Avaliação de reação aplicada a todos os
eventos de capacitação, possibilitando
uma avaliação geral sobre os programas.
Introdução à avaliação de impacto de
cursos stricto sensu no trabalho.
Apoio institucional ao desenvolvimento
de servidores em todos níveis de
abrangência (treinamento,
desenvolvimento e educação).
Encontro sobre orientações na carreira
dos TAEs realizados nos diversos campi
da Universidade.
Cadastro de competências no SIPEC.
Dificuldade em oferecer o encontro de
orientações na carreira dos TAEs em
todos os campi da UFRGS.
Decreto 9991/2019 com determinações
ainda não apropriadas pelas IFES.
Ampliar a divulgação do Salão EDUFRGS,
realizando convites específicos para
servidores que não participaram.
Avaliar a viabilidade e o impacto de
ampliar o Salão EDUFRGS para outras
instituições.
Estudar e desenvolver avaliações de
impacto em programas específicos, dando
visibilidade aos seus resultados.
Estudar possibilidade de abertura de novos
editais, mesmo com o número restritos de
vagas.
Realizar no próximo ano encontro de
orientação nos campis não realizados neste
ano (Campus Litoral Norte e Estação
Agronômica).
Objetivos
organizacionais
Atenção à
saúde e
Segurança do
Trabalho
5 – Políticas
de pessoal
Realizar nova licitação para contratação
de operadora de plano de saúde.
Continuidade do acompanhamento a
equipes de trabalho nas questões
relacionadas ao trinômio saúde-gestão-
trabalho através de oficinas e reuniões.
Continuidade do atendimento individual a
servidores (acompanhamento
psicossocial).
Realizar convocação de servidores de 20
unidades para realização de exames
médicos periódicos.
Realizar formação de servidores em
primeiros socorros em parceria com
SAMU.
Realizar capacitação pelo SAMU em
situações de emergência.
Dar continuidade à assessoria e à
formação dos membros das COSAT’s.
Realizar ações de promoção em saúde
mental por meio de capacitações.
Dificuldade de aquisição de materiais
de consumo, especialmente para sala de
vacinas.
Problemas relacionados ao repasse de
insumos por parte da Secretaria de
Saúde do Município de Porto Alegre.
Espaço físico inadequado do
Departamento de Atenção à Saúde
(principalmente da sede do Campus
Saúde e na área de acessibilidade).
Parceria com SUINFRA e PROPLAN para
equacionar problemas do espaço físico e
para aquisição de materiais de consumo
e/ou manutenção.
332
OBJETIVOS
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA
DE MELHORIAS
Estabelecer programas de gerenciamento
de riscos na área de proteção radiológica.
Publicar protocolos de aquisição,
recebimento, armazenamento e
distribuição de produtos e/ou reagentes
químicos.
Dar continuidade às ações de promoção
da saúde: outubro rosa, novembro azul,
saúde ocular; dia mundial do coração,
campanha de conscientização para doação
de sangue.
Realizar imunizações.
Dar continuidade à publicação do
informativo intitulado “informAção”.
Objetivos
organizacionais
Legislação e
Ações Judicias
5 – Políticas
de pessoal
Regularização das ações de
Enquadramento e da forma de pagamento
da FC judicial.
Dificuldade de comunicação com o
Ministério da Economia.
Decreto nº 9.725/2019, que postula a
extinção das funções gratificadas de 4 a
7.
Estreitamento das relações com a PRF4.
Estreitamento das relações com o
Ministério da Economia.
Grupo de Trabalho para estudos das
diretrizes do Decreto 9.739/2019 (Medidas
de eficiência organizacional e normas para
concursos públicos).
4) Objetivos
organizacionais
Gestão de
Serviços
Terceirizados
5 – Políticas
de pessoal
Desenvolvimento de ferramenta
informatizada para aplicação da medição
por qualidade dos contratos terceirizados.
Implantação do processo de conta
vinculada.
Desenvolvimento de um sistema
informatizado de acompanhamento
mensal dos serviços terceirizados.
Utilização de relatório informatizado de
reclamatórias trabalhistas.
O processo de conta vinculada depende
de recursos e do envolvimento de vários
setores.
O processo de avaliação mensal dos
serviços terceirizados ainda é feito
manualmente.
Dar andamento à implementação do sistema
de medição de qualidade dos contratos
terceirizados.
Manter um cronograma de andamento do
processo de implantação da conta vinculada
e solicitar prioridade junto às demais
unidades envolvidas.
Iniciar, junto com Centro de Processamento
de Dados, estudo para implementação do
sistema informatizado de acompanhamento
mensal dos serviços terceirizados.
Realizar ajustes no relatório informatizado
de reclamatórias trabalhistas junto ao
Centro de Processamento de Dados.
333
OBJETIVOS
PDI QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA
DE MELHORIAS
4) Objetivos
organizacionais
Informatizaçã
o e
Comunicação
5 – Políticas
de pessoal
Continuidade da inserção de documentos
recebidos (rotina diária) no Assentamento
Funcional Digital (AFD).
Integração entre Sistema de Ponto
Eletrônico e Sistema de Frequência.
Atualização do Sistema de Informações
Organizacionais do Governo Federal
(SIORG).
Período Concentrado para recebimentos
de documentos para digitalização e
limitações no sistema AFD.
Lentidão do sistema AFD.
Sistema do Ponto Eletrônico
apresentando muitos erros na
implantação da integração com a
frequência.
Revisão da proposta de estrutura no
SIORG devido às adaptações impostas
pelo Decreto nº 9.725/19 e às
solicitações de alterações de estrutura
administrativas das unidades.
Elaborar uma solicitação de simplificação
do módulo AFD ao órgão pertinente do
Governo Federal.
Oferecer capacitações aos usuários do
sistema de ponto eletrônico visando um
melhor entendimento das funcionalidades
do sistema integrado.
Abertura de nova proposta de estrutura no
SIORG atendendo à legislação e as
alterações regimentais necessárias.
4) Objetivos
organizacionais
Gestão e
Governança
5 – Políticas
de pessoal
8 –
Planejamento
e Avaliação
Reestruturação da funcionalidade de
monitoramento de declaração de cargos;
Proposta de organização de um fluxo de
análise e respostas de auditorias.
Projeto de implantação de um painel de
indicadores para os processos de gestão
de pessoas.
Atuação cada vez mais integrada e
transversal entre as áreas ligadas à gestão
de pessoas e os demais setores da
Universidade.
Vasta legislação referente a acumulação
de cargos, contendo contradições em
suas determinações, dificultando a
interpretação das normas.
Falta de padronização no registro de
dados, dispersos em diferentes
plataformas, bem como uma cultura não
desenvolvida em medição de dados.
Crescentes demandas de trabalho em
relação ao quantitativo de servidores.
Necessidade de adequação da Estrutura
Física e Condições de Trabalho em
alguns setores.
Elaboração de Propostas de melhorias na
ferramenta “Declaração de Cargos”.
Implementação, Geração e Uso de
Relatórios do Painel de Indicadores.
Proposta de implementação do Programa de
Gestão desta Universidade (trabalho
remoto) enviada ao MEC.
Capacitação das equipes de trabalho.
Informatização de processos visando
agilidade, eficácia e economia.
334
3.4.1.2 Políticas de Acompanhamento da Carreira Docente – CPPD
A CPPD – Comissão Permanente de Pessoal Docente é um órgão que presta
assessoramento ao colegiado competente ou dirigente máximo na instituição de ensino, para
formulação e acompanhamento da execução da política de gestão de pessoal docente de acordo
com a legislação vigente e o planejamento anual da Instituição UFRGS - Universidade Federal
do Rio Grande do Sul. O atendimento às demandas do corpo docente nos procedimentos de
competência da CPPD abrange a análise dos processos de progressões e promoções funcionais,
avaliação de estágio probatório, alterações de regime de trabalho, afastamentos do e no país e
outras solicitações.
Tivemos assim, amparados na metodologia e nos princípios norteadores do PG sobre
transparência, ética e legalidade, definidas as atividades a serem desenvolvidas no ano de 2019,
bem como conforme determina a Lei Federal, nº 10. 861/2004, Art. 3, inciso V, no que tange
às “políticas de pessoal, as carreiras do corpo docente e do corpo técnico-administrativo, seu
aperfeiçoamento, desenvolvimento profissional e suas condições de trabalho” 8:
1. Reiterar o papel da CPPD na prestação de assessoramento ao Conselho
Universitário e ao Conselho de Coordenação do Ensino e da Pesquisa,
desenvolvendo estudos e análises que permitam fornecer subsídios para
formulação, fixação ou alteração da política de pessoal docente da UFRGS e seus
instrumentos;
2. Promover a participação proativa de todos Conselheiros, através de discussões
aprofundadas sobre as questões – processos analisados e também funcionamento da
CPPD – nas reuniões e mais instrução sobre as regras e legislações que regem a
carreira do Magistério Superior e EBTT, qualificando assim a atuação da CPPD;
3. Manter sempre postura ética, atendendo a legislação e normas vigentes, assim como
ser o mais transparente possível, tanto nos processos individuais, quanto através de
informativos aos colegas docentes;
4. Ampliação do contato com os docentes visando divulgar o papel da CPPD,
esclarecer dúvidas e ouvir as diferentes demandas que docentes de diferentes áreas
pudessem ter no que toca as atribuições da CPPD.
8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.861.htm
335
Potencialidades
Como potencialidades, avaliamos que os objetivos foram atingidos e obtivemos avanços
extremamente satisfatórios em 2019. Em relação à atividade 1, citamos a manutenção do site
da CPPD, criado em 2018 e que continuou sendo utilizado em 2019. O site possibilitou melhor
apropriação por parte dos docentes sobre as legislações vigentes bem como sobre a situação da
carreira docente na Universidade, tornando públicas e transparentes as orientações sobre a vida
funcional e a carreira docente. Ainda, podemos citar a manutenção das planilhas de progressão
e promoção funcional docente, também desenvolvidas no ano de 2018 e que continuaram sendo
atualizadas em 2019, de acordo com as resoluções departamentais, conforme determinado na
Decisão nº 331/2017 do CONSUN.
Em relação à atividade 2, podemos assegurar que os membros da Comissão, assim como
em 2018, se mantiveram apropriados e atualizados sobre as regras e legislações que regem as
carreiras do Magistério Superior e EBTT. Em 2019, a CPPD passou a realizar capacitações dos
conselheiros para entendimento da legislação e verificação dos processos, o que culminou na
maior agilidade na verificação dos mesmos em relação a 2018. Em 20199 tramitaram pela
Comissão 1314 processos, tendo sido aprovados 1271, após a ocorrência de 836 diligências.
Em 2018, verificamos a tramitação de 1162 processos, sendo 1001 aprovados e 690 diligências.
Associamos o aumento na quantidade de diligências à solicitação de um novo documento que
auxilia na agilidade da verificação dos processos.
Sobre a atividade 3, em 2019 a CPPD manteve a observância em relação à legislação
vigente, conforme vinha realizando em 2018, prestando informações aos docentes sobre os
procedimentos adotados pela Comissão. Como potencialidade da atividade 3, verificamos
confiança por parte da comunidade acadêmica nas ações realizadas pela CPPD.
A respeito da atividade 4, ainda nos moldes do que foi executado em 2018, no ano de
2019 a CPPD manteve contato direto com os docentes da Universidade, prestando informações
e atendimento via eletrônica, e-mails, sistema SEI, por telefone e presencialmente. Ainda, a
Presidência e demais representantes da Comissão realizaram diversas visitas às Unidades
Acadêmicas para esclarecimentos a respeito da vida funcional e da carreira docente aos
servidores docentes e técnicos da Universidade.
Fragilidades
Em relação à atividade 1, não foi verificada fragilidade em relação ao quesito em relação
ao ano de 2019, pois tanto o site da CPPD quanto as planilhas são atualizadas regularmente sem
9 Dados referentes à data de entrega do presente relatório.
336
empecilhos. No entanto, a fragilidade descrita no relatório de 2018 em relação à dificuldade de
diálogo com a Administração Central sobre a implementação de sistema informatizado de
progressões e promoções permaneceu, especificamente no que tange ao entendimento diverso
sobre o disposto na legislação federal e na normatização interna da Universidade.
Em relação à atividade 2, percebemos que a elevada demanda de trabalho dos docentes
em relação às atribuições da carreira intensifica a jornada de trabalho dos conselheiros.
Em relação às fragilidades da atividade 3, verificamos instabilidade nas abordagens
referentes aos diferentes processos por parte de outras instâncias.
Como fragilidade da atividade 4, a CPPD verificou modo indevido de tratamento por
parte de alguns10 docentes em relação aos servidores técnicos da CPPD.
Estratégias
Em relação à atividade 1, como estratégia a CPPD continuará realizando a manutenção
do site e das planilhas, para facilitar a consulta e instrução de processos por parte dos docentes.
Em relação à atividade 2, como estratégia continuamos investindo na melhoria dos
procedimentos de análise e inserção dos documentos pela CPPD em relação aos anos anteriores
e, por consequência, pretendemos que as solicitações sejam cada vez mais céleres. Ainda como
estratégia para a melhoria das fragilidades da atividade 2, realizamos a distribuição equitativa
dos processos aos relatores, ação que pretendemos continuar realizando em 2020.
Como estratégia na busca de melhorias em relação à atividade 3, a CPPD manteve a
abertura ao diálogo e ao assessoramento observando a legislação vigente, informando aos
docentes sobre os procedimentos adotados pela CPPD.
Como estratégia na busca de melhorias em relação à atividade 4, a CPPD manteve a
disponibilidade permanente para o atendimento, realizando uma série de visitas às unidades
para esclarecimentos de dúvidas específicas sobre a vida funcional e a carreira docente.
Avaliação
Não há objetivos específicos previstos para a CPPD no PG 2016-2020. No entanto,
entendemos que a Comissão atua, conforme Regimento da CPPD, de acordo com os objetivos
relacionados à gestão, no qual estão incluídos "o aperfeiçoamento de práticas de 'administração'
[grifo nosso] e o desenvolvimento da gestão da comunicação, infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade"11.
10 Esse comportamento não representa um número expressivo, mas mesmo se tratando de exceção, fere a condição
do trabalhador técnico. 11 Disponível em: http://www.ufrgs.br/consun/legislacao/documentos/decisao-no-170-2017-anexo
337
Em relação ao PDI, embora também não exista citação específica para a CPPD,
entendemos que as ações desta Comissão estão inseridas no eixo IV - Políticas de Gestão na
dimensão 5 - Políticas de Pessoal, com o objetivo estratégico "Objetivos organizacionais, que
envolvem aspectos de desenvolvimento da gestão com cultura, comunicação, infraestrutura,
pessoas e sustentabilidade".12.
Mesmo assim, dentro do que lhe toca como atribuições, a CPPD sempre atuou em
consonância com PG e o PDI, cabendo destacar, em particular, seu comprometimento com sua
constante autoavaliação, avaliação, esta, sempre em harmonia com as diretrizes do
planejamento e com o disposto na legislação vigente (atividades 1 e 2); seu entendimento da
comunicação (atividade 4) e da transparência (atividade 3) como ferramentas estratégicas
para desenvolvimento institucional; seu foco em ações de integração entre as diversas áreas e
da comunidade em geral, visando sempre a valorização do profissional docente e incentivo a
seu crescimento na carreira através do reconhecimento de seus direitos (atividades 1 e 3).
12 Disponível em: http://www.ufrgs.br/pdi/PDI_2016a2026_UFRGS.pdf
338
Quadro 47. Resumo da avaliação da CPPD OBJETIVOS PDI
RELACIONADOS
ITENS/ASPECTOS
/QUESITOS DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Objetivos organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Assessoramento ao
CONSUN e CEPE
5 - Políticas de
pessoal
Tornar públicas e
transparentes as
orientações sobre a vida
funcional e a carreira
docente.
CPPD procede
atualizações no site e nas
planilhas conforme
alterações nas resoluções
departamentais.
Não foi verificada
fragilidade em relação ao
quesito.
Atualizações permanentes no site e nas
planilhas conforme alterações nas
resoluções departamentais.
Objetivos organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Participação proativa
dos conselheiros
5 - Políticas de
pessoal
Agilidade na verificação
dos processos.
Elevada demanda de
trabalho dos docentes em
relação às atribuições da
carreira.
Distribuição equitativa dos processos
Capacitação dos conselheiros para
entendimento da legislação e verificação
dos processos.
Objetivos organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Ética e transparência 5 - Políticas de
pessoal
Confiança nas ações
realizadas pela CPPD.
Instabilidade nas
abordagens referentes aos
diferentes processos por
parte de outras instâncias.
Abertura ao diálogo e ao assessoramento
Observância à legislação vigente
Informação aos docentes sobre os
procedimentos adotados pela CPPD.
Objetivos organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Contato com os docentes
5 - Políticas de
pessoal
Esclarecimentos sobre a
vida funcional e a carreira
docente aos servidores da
UFRGS.
Modo inapropriado de
tratamento por parte de
alguns docentes em
relação aos servidores
técnicos da CPPD.
Visitas às Unidades Acadêmicas
Disponibilidade permanente para
esclarecimento de dúvidas sobre a vida
funcional e a carreira docente.
339
3.4.2 Dimensão 6: Organização e Gestão da Instituição
3.4.2.1 Gabinete do Reitor
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul é uma autarquia dotada de autonomia
didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial. A UFRGS estrutura-se,
essencialmente, em (i) Órgãos da Administração Superior; (ii) Hospital Universitário; (iii)
Unidades Universitárias; (iv) Institutos Especializados; (v) Centros de Estudos
Interdisciplinares; (vi) Campi fora de sede.
A Administração Superior é composta pelos três conselhos superiores - Conselho
Universitário (CONSUN), Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), Conselho de
Curadores (CONCUR) - e pela Reitoria. O CONSUN é o órgão máximo de função normativa,
deliberativa e de planejamento da Universidade, tendo como principais atribuições: estabelecer
diretrizes e supervisionar sua execução. Já o CEPE é um órgão técnico, com funções
deliberativa, normativa e consultiva sobre ensino, pesquisa e extensão. O CEPE é o órgão
responsável por estabelecer as normas gerais para a organização, funcionamento e avaliação
dos cursos de graduação e pós-graduação e das atividades de pesquisa e extensão. Por fim, o
CONCUR é órgão fiscalizador da gestão econômico-financeira, na forma da lei. A Reitoria é o
órgão executivo que coordena e supervisiona todas as atividades universitárias, sendo composto
pelo Gabinete do Reitor, pelas Pró-reitoras, Procuradoria Geral, e órgãos suplementares e de
apoio.
O Hospital Universitário da UFRGS é o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA),
constituído sob a forma de Empresa Pública dotada de personalidade jurídica de direito privado
com patrimônio próprio e autonomia administrativa.
As Unidades Universitárias destinam-se ao exercício das atividades de ensino,
pesquisa e extensão. São compostas por conselho próprio, direção (eleitos pela Unidade),
departamentos, comissões de graduação, de pós-graduação, de pesquisa e de extensão e por
órgãos auxiliares. Os docentes da carreira do magistério superior são lotados nos departamentos
que coordenam as disciplinas afins e são compostos por plenário, colegiado e chefia. Ainda no
âmbito da Unidade, os cursos de graduação são coordenados por comissões de graduação; cada
curso de pós-graduação tem um Conselho e é coordenado por uma Comissão de Pós-
Graduação; as comissões de pesquisa e extensão emitem parecer, acompanham e avaliam a
execução de planos, programas e projetos de pesquisa e extensão respectivamente.
Os Institutos Especializados destinam-se a cumprir objetivos especiais de ensino, de
pesquisa e de extensão que, por sua natureza, não estão contemplados nas Unidades
340
Universitárias. Já os Centros de Estudos Interdisciplinares destinam-se a reunir especialistas
da Universidade e externos a ela, com o objetivo de desenvolver novos programas de ensino,
de pesquisa ou de extensão, de caráter interdisciplinar. Os campi fora de sede são unidades
regionais da Universidade, instaladas em municípios diversos da abrangência geográfica do ato
de credenciamento da UFRGS em vigor, com organização administrativa e acadêmica próprias
e responsabilidade pela realização de atividades de ensino, de extensão, de pesquisa e de
inovação.
O Reitor é a autoridade superior da Universidade e seu representante legal em todos os
atos e efeitos judiciais ou extrajudiciais, que tem a função de administrar e representar a
Universidade, bem como, superintender todos os serviços da Reitoria. O Gabinete do Reitor
tem por finalidade prestar ao Reitor assistência técnica e administrativa. As pró-reitoras e
órgãos suplementares auxiliam o Reitor na função gerencial, formulando diagnósticos,
elaborando propostas e coordenando a execução das diretrizes da sua respectiva área de atuação.
Na área finalística tem-se PROGRAD, PROPG, PROPESQ, PROREXT, PRAE, Parque
Científico e Tecnológico, SEDETEC e SEAD. Já na área meio tem-se PROPLAN, PROGESP,
PRAE, SUINFRA, CPD, SAI, RELINTER e SECOM.
Com o auxílio da administração central, os objetivos acadêmicos, os de inovação e
tecnologia, os de impacto social e os de gestão são transformados em ações que são executadas
no decorrer desta gestão.
Dentro da estrutura apresentada, a PROPLAN é o órgão responsável pelo
desenvolvimento do modelo de gestão da Universidade. Neste sentido, a Pró-Reitoria tem
realizado diversas ações com o objetivo de promover o aprimoramento da gestão da UFRGS
através do desenvolvimento de métodos e ferramentas. Dentro da PROPLAN, o setor
responsável pelo desenvolvimento deste modelo de gestão é o Departamento de Gestão
Integrada (DGI).
O DGI atua na criação de um modelo integrado de gestão que contempla, formalmente,
as áreas de planejamento, gestão de processos e indicadores e análise de dados. Considerando
a característica evolutiva do modelo de gestão e à luz das principais práticas gerenciais, o
departamento tem desenvolvido atividades em outros temas a fim de atender os objetivos
contidos no PG 2016-2020 e no PDI 2016-2026. Desta forma, as áreas de governança, gestão
de riscos e gestão de projetos foram incorporadas ao trabalho do DGI em 2019.
O Quadro 48 apresenta os objetivos e ações do PG 2016-2020 que são relacionados à
dimensão em avaliação.
341
Quadro 48. Objetivos e Ações do Plano de Gestão 2016-2020
No âmbito das ações 4.1.1 e 4.1.3, foi aprovada pelo Conselho Universitário a Política
de Governança, Gestão de Riscos e Controles da UFRGS em 29/11/2019 (Decisão nº
310/2019). A partir da oficina de julho/18, o Grupo de Trabalho – Gestão de Riscos realizou,
em 2019, 12 reuniões por macroprocesso para identificar e refinar os riscos estratégicos. Após
as reuniões, o GT consolidou os riscos identificados, totalizando 65 riscos que foram avaliados
pelo Comitê de Governança, Riscos e Controles (CGRC) quanto às seguintes dimensões:
probabilidade de ocorrência, impacto e dificuldade de reação. Esta avaliação resultará nos riscos
prioritários da UFRGS que servirão de guia para a implantação dos Grupos de Processos (ação
4.2.3). Outra ação realizada pelo CGRC no ano foi o envolvimento na elaboração do Relatório
de Gestão 2018. Com o novo formato exigido pelo TCU, o de um relato integrado, o CGRC
definiu as diretrizes para elaboração do relatório, aprovando a versão final. O relatório de gestão
está disponível em http://www.ufrgs.br/ufrgs/a-ufrgs/relatorios.
As ações de melhoria prioritárias do processo de aquisições de bens e serviços (4.1.4)
estão sendo realizadas pelo Grupo de Processos de Suprimentos, que são (i) estabelecer
diretrizes para aquisições; (ii) definir papéis e atribuições da gestão de contratos; (iii) realizar
sensibilizações sobre planejamento de aquisições; e (iv) implantar medidas de controle após
interrupção contratual. Além disto, a DPCA (Divisão de Planejamento e Controle de
Aquisições) permanece realizando capacitações com foco na melhoria do processo e na
elaboração do PAAQ (plano anual de aquisições).
No escopo do Painel de Dados (4.2.1) foi lançado em 2019 o painel da pós-graduação e
da assistência estudantil: https://www1.ufrgs.br/paineldedados/. Os próximos painéis a serem
lançados são o da extensão e o da pesquisa & inovação.
OBJETIVO PDI OBJETIVO PG AÇÃO PG
ORGANIZACIONAIS
4.1 - Ampliar e
aperfeiçoar as práticas de
governança institucional
4.1.1 - Estruturar a área de Governança Pública
4.1.3 - Estabelecer diretrizes e implementar a gestão de
riscos
4.1.4 - Estabelecer política e implementar governança de
aquisições de bens e serviços
4.2 - Desenvolver a
gestão organizacional
4.2.1 - Implementar a plataforma de divulgação de dados
Institucionais
4.2.2 - Implementar a gestão documental e preservação
digital
4.2.3 - Implantar a arquitetura de processos de negócio
4.2.4 - Implantar o Portal de Processos
4.2.5 - Criar um Escritório de Projetos
4.2.6 - Estabelecer diretrizes e implantar gerenciamento
de custos
342
Em março de 2018 foi estabelecido Grupo de Trabalho para proposição da Política de
Preservação Digital (4.2.2). Sob coordenação do Arquivo Central, o grupo se reuniu ao longo
de 2019 para estudar os conceitos de preservação digital e políticas de outras universidades para
poder propor a da UFRGS. Uma das definições do grupo é elaborar a política a partir dos riscos
identificados.
O Portal de Processos (4.2.4) encontra-se em fase de desenvolvimento. O portal terá três
módulos: repositório de processos, gestão de riscos e gestão do processo. O primeiro módulo a
ser lançado é o repositório que contém os processos modelados.
Considerando as dificuldades para a criação do Escritório de Projetos (4.2.5) – falta de
pessoal e estrutura – optou-se por não criar formalmente o mesmo. Nesta temática, o DGI está
criando o serviço “catálogo de serviços” no qual será o coordenador dos projetos de implantação
de cada catálogo.
Em relação ao gerenciamento de custos (4.2.6), houve mudança no escopo do projeto
onde as ações deverão ser executadas conforme as orientações de implantação do Sistema
Governamental:
I. Planejamento: (a) apoio e envolvimento da administração, (b) localização, (c)
constituição formal, (d) definição de perfil de equipe de custos, (e) parcerias
internas junto às demais áreas do órgão, (f) contato preliminar – sic, (g) buscar
benchmarking
II. Estruturação: (a) conhecimento da estrutura, (b) identificação dos responsáveis, (c)
conhecimento dos processos, (d) sistema estruturantes, (e) sistemas internos do
órgão, (f) mapeamento dos elementos de custo, (g) segregação dos elementos de
custo
III. Implantação: (a) definição do objeto de custos; (b) análise de viabilidade; (c)
sistema de acumulação, (d) sistema de custeio, (e) método de custeio, (f) plano de
implantação, (g) divulgação (h) capacitação, (i) execução, (j) conformidade
IV. Gestão: (a) geração, (b) evidenciação, (c) gestão da informação, (d) tomada de
decisão, e (e) retroalimentação
343
Quadro 49. Potencialidade e Fragilidades - Gabinete do Reitor
OBJETIVOS DO PDI ITEM POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES SITUAÇÃO
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
4.1.1 –
Governança
Desenvolvimento da liderança,
estratégia e controle
Composição do CRGC
Tempo de implantação do
modelo.
Pouco conhecimento sobre
o modelo em implantação.
Sempre que possível,
desenvolver atividades de
diferentes níveis de forma
simultânea.
Criação de site com as
informações sobre
governança.
O site está em
desenvolvimento.
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
4.1.3 –
Riscos
Preparar a Universidade para
tratar seus principais riscos,
eliminando-os ou reduzindo seus
impactos.
Composição do GT-Riscos:
Auditoria e Engenharia de
Produção.
A Universidade já trabalha a
gestão por processos.
Não há analista de riscos
no quadro.
Desenvolver equipes
multifuncionais.
O DGI vem desenvolvendo
equipes multifuncionais,
entretanto, a falta de servidores
continua um problema.
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
4.1.4 –
Aquisições
Melhor organização das
aquisições gerando
economicidade.
Boa recepção ao primeiro plano
de aquisições.
Desenvolvimento do
módulo de cadastro de
itens.
Resistência à mudança.
Estudo de outras alternativas
Realização de ações de
sensibilização (workshop,
notícias, etc.).
O módulo de cadastro foi
desenvolvido. As
sensibilizações estão em
andamento (prática constante).
Novo desafio: estrutura
organizacional não adequada ao
processo – novo forma está em
estudo.
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
4.2.1 –
Painel
Procura por informações da
Universidade por diferentes
públicos.
Tempo de
desenvolvimento.
Mudança da estratégia de
desenvolvimento: contratação
de bolsista.
A mudança foi implementada e
o painel está evoluindo.
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
4.2.2 –
Preservação
Digital
Correta preservação da memória
da Universidade, garantindo o
acesso à informação.
O risco de não preservar as
informações foi considerado
estratégico.
Complexidade do tema. Formação de grupo
multidisciplinar com parceria
do curso de Arquivologia.
Em andamento.
344
OBJETIVOS DO PDI ITEM POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES SITUAÇÃO
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
4.2.3 –
Arquitetura
de
Processos
Entendimento da estrutura de
processos, permitindo a
transformação e melhoria
coordenada da Universidade.
Tamanho da equipe (não
há analista de processos
para todos os GPs).
Implantação gradual dos GPs
conforme priorização dos
riscos.
Tamanho da equipe continua
sendo problema visto que a
mesma reduziu.
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
4.2.4 –
Portal de
Processos
Armazenamento e divulgação dos
diagramas de processos
elaborados pelo Escritório de
Processos e pelos servidores das
unidades.
Mudança nas regras de
publicação web do Bizagi.
Estudo de alternativas. Em andamento. Tanto o tempo
para desenvolvimento como
para definição da forma de
publicação tornaram-se
fragilidades.
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
4.2.5 –
Escritório
de Projetos
Melhorar a organização e a
gestão dos projetos estratégicos.
Falta de pessoal
Cultura.
Desenvolver equipes
multifuncionais
Promover ações de
sensibilização.
Parado. Não há pessoal.
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
4.2.6 -
Custos
Auxiliar a tomada de decisão. Não há metodologia de
custos definida ou indicada
para Universidade.
Estudar e propor metodologia
para a UFRGS.
Projeto foi readequado às
etapas propostas pela STN.
345
3.4.2.2 PROPLAN
A PROPLAN é o órgão responsável pelo desenvolvimento do modelo de gestão da
Universidade. Neste sentido, a Pró-Reitoria tem realizado diversas ações com o objetivo de
promover o aprimoramento da gestão da UFRGS através do desenvolvimento de métodos e
ferramentas. Dentro da PROPLAN, o setor responsável pelo desenvolvimento deste modelo de
gestão é o Departamento de Gestão Integrada (DGI).
O DGI atua na criação de um modelo integrado de gestão que contempla, formalmente,
as áreas de planejamento, gestão de processos e indicadores e análise de dados. Considerando
a característica evolutiva do modelo de gestão e à luz das principais práticas gerenciais, o
departamento tem desenvolvido atividades em outros temas a fim de atender os objetivos
contidos no PG 2016-2020 e no PDI 2016-2026. Desta forma, as áreas de governança, gestão
de riscos e gestão de projetos foram incorporadas ao trabalho do DGI em 2019.
O Quadro 50 apresenta os objetivos e ações do PG 2016-2020 sob responsabilidade da
PROPLAN que são relacionados à dimensão em avaliação.
Quadro 50. Objetivos e Ações do Plano de Gestão 2016-2020 - PROPLAN
No âmbito das ações 4.1.1 e 4.1.3, foi submetido ao Conselho Universitário a Política
de Governança, Gestão de Riscos e Controles da UFRGS. A partir da oficina de julho/18, o
Grupo de Trabalho – Gestão de Riscos realizou, em 2019, 12 reuniões por macroprocesso para
identificar e refinar os riscos estratégicos. Após as reuniões, o GT consolidou os riscos
identificados, totalizando 65 riscos que foram avaliados pelo Comitê de Governança, Riscos e
Controles (CGRC) quanto às seguintes dimensões: probabilidade de ocorrência, impacto e
dificuldade de reação. Esta avaliação resultará nos riscos prioritários da UFRGS que servirão
de guia para a implantação dos Grupos de Processos (ação 4.2.3). Outra ação realizada pelo
CGRC no ano foi o envolvimento na elaboração do Relatório de Gestão 2018. Com o novo
formato exigido pelo TCU, o de um relato integrado, o CGRC definiu as diretrizes para
OBJETIVO PDI OBJETIVO PG AÇÃO PG
ORGANIZACIONAIS
4.1 - Ampliar e
aperfeiçoar as
práticas de
governança
institucional
4.1.1 - Estruturar a área de Governança Pública
4.1.3 - Estabelecer diretrizes e implementar a gestão de riscos
4.1.4 - Estabelecer política e implementar governança de
aquisições de bens e serviços
4.2 - Desenvolver a
gestão
organizacional
4.2.1 - Implementar a plataforma de divulgação de dados
Institucionais
4.2.2 - Implementar a gestão documental e preservação digital
4.2.3 - Implantar a arquitetura de processos de negócio
4.2.4 - Implantar o Portal de Processos
4.2.5 - Criar um Escritório de Projetos
4.2.6 - Estabelecer diretrizes e implantar gerenciamento de custos
346
elaboração do relatório, aprovando a versão final. O relatório de gestão está disponível em
http://www.ufrgs.br/ufrgs/a-ufrgs/relatorios.
As ações de melhoria prioritárias do processo de aquisições de bens e serviços (4.1.4)
estão sendo realizadas pelo Grupo de Processos de Suprimentos, que são (i) estabelecer
diretrizes para aquisições; (ii) definir papéis e atribuições da gestão de contratos; (iii) realizar
sensibilizações sobre planejamento de aquisições; e (iv) implantar medidas de controle após
interrupção contratual. Além disto, a DPCA (Divisão de Planejamento e Controle de
Aquisições) permanece realizando capacitações com foco na melhoria do processo e na
elaboração do PAAQ (plano anual de aquisições).
No escopo do Painel de Dados (4.2.1) foi lançado em 2019 o painel da pós-graduação e
da assistência estudantil: https://www1.ufrgs.br/paineldedados/. Os próximos painéis a serem
lançados são o da extensão e o da pesquisa & inovação.
Em março de 2018 foi estabelecido Grupo de Trabalho para proposição da Política de
Preservação Digital (4.2.2). Sob coordenação do Arquivo Central, o grupo se reuniu ao longo
de 2019 para estudar os conceitos de preservação digital e políticas de outras universidades para
poder propor a da UFRGS. Uma das definições do grupo é elaborar a política a partir dos riscos
identificados.
O Portal de Processos (4.2.4) encontra-se em fase de desenvolvimento. O portal terá três
módulos: repositório de processos, gestão de riscos e gestão do processo. O primeiro módulo a
ser lançado é o repositório que contém os processos modelados.
Considerando as dificuldades para a criação do Escritório de Projetos (4.2.5) – falta de
pessoal e estrutura – optou-se por não criar formalmente o mesmo. Nesta temática, o DGI está
criando o serviço “catálogo de serviços” no qual será o coordenador dos projetos de implantação
de cada catálogo.
Em relação ao gerenciamento de custos (4.2.6), houve mudança no escopo do projeto
onde as ações deverão ser executadas conforme as orientações de implantação do Sistema
Governamental:
I. Planejamento: (a) apoio e envolvimento da administração, (b) localização, (c)
constituição formal, (d) definição de perfil de equipe de custos, (e) parcerias
internas junto às demais áreas do órgão, (f) contato preliminar – sic, (g) buscar
benchmarking.
II. Estruturação: (a) conhecimento da estrutura, (b) identificação dos responsáveis, (c)
conhecimento dos processos, (d) sistema estruturantes, (e) sistemas internos do
347
órgão, (f) mapeamento dos elementos de custo, (g) segregação dos elementos de
custo.
III. Implantação: (a) definição do objeto de custos; (b) análise de viabilidade; (c)
sistema de acumulação, (d) sistema de custeio, (e) método de custeio, (f) plano de
implantação, (g) divulgação (h) capacitação, (i) execução, (j) conformidade.
IV. Gestão: (a) geração, (b) evidenciação, (c) gestão da informação, (d) tomada de
decisão, e (e) retroalimentação.
348
Quadro 51. Potencialidade e Fragilidades - PROPLAN ITEM POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES SITUAÇÃO
4.1.1 –
Governança
Desenvolvimento da liderança, estratégia e
controle
Composição do CRGC
Tempo de implantação do modelo.
Pouco conhecimento sobre o
modelo em implantação.
Sempre que possível, desenvolver
atividades de diferentes níveis de
forma simultânea.
Criação de site com as informações
sobre governança.
O site está em desenvolvimento.
4.1.3 – Riscos Preparar a Universidade para tratar seus
principais riscos, eliminando-os ou reduzindo
seus impactos
Composição do GT-Riscos: auditoria e
Engenharia de Produção
A Universidade já trabalha a gestão por
processos
Não há analista de riscos no
quadro.
Desenvolver equipes multifuncionais. O DGI vem desenvolvendo equipes
multifuncionais, entretanto, a falta de
servidores continua um problema.
4.1.4 –
Aquisições
Melhor organização das aquisições gerando
economicidade
Boa recepção ao primeiro plano de aquisições
Desenvolvimento do módulo de
cadastro de itens.
Resistência à mudança.
Estudo de outras alternativas
Realização de ações de sensibilização
(workshop, notícias, etc.).
O módulo de cadastro foi desenvolvido.
As sensibilizações estão em andamento
(prática constante).
Novo desafio: estrutura organizacional
não adequada ao processo – novo forma
está em estudo.
4.2.1 – Painel Procura por informações da Universidade por
diferentes públicos
Tempo de desenvolvimento. Mudança da estratégia de
desenvolvimento: contratação de
bolsista.
A mudança foi implementada e o painel
está evoluindo.
4.2.2 –
Preservação
Digital
Correta preservação da memória da
Universidade, garantindo o acesso à informação
O risco de não preservar as informações foi
considerado estratégico
Complexidade do tema. Formação de grupo multidisciplinar
com parceria do curso de Arquivologia.
Em andamento.
4.2.3 –
Arquitetura de
Processos
Entendimento da estrutura de processos,
permitindo a transformação e melhoria
coordenada da Universidade
Tamanho da equipe (não há
analista de processos para todos os
GPs).
Implantação gradual dos GPs conforme
priorização dos riscos.
Tamanho da equipe continua sendo
problema visto que a mesma reduziu.
4.2.4 – Portal de
Processos
Armazenamento e divulgação dos diagramas de
processos elaborados pelo Escritório de
Processos e pelos servidores das unidades
Mudança nas regras de publicação
web do Bizagi.
Estudo de alternativas. Em andamento. Tanto o tempo para
desenvolvimento como para definição
da forma de publicação tornaram-se
fragilidades.
4.2.5 – Escritório
de Projetos
Melhorar a organização e a gestão dos projetos
estratégicos
Falta de pessoal.
Cultura.
Desenvolver equipes multifuncionais
Promover ações de sensibilização.
Parado. Não há pessoal.
4.2.6 - Custos Auxiliar a tomada de decisão Não há metodologia de custos
definida ou indicada para
Universidade.
Estudar e propor metodologia para a
UFRGS.
Projeto foi readequado às etapas
propostas pela STN.
349
3.4.3 Dimensão 10: Sustentabilidade Financeira
3.4.3.1 PROPLAN
Condições de Sustentabilidade Financeira da UFRGS em 2019
O ano de 2019 apresentou desafios adicionais à gestão orçamentário-financeira da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em relação ao cenário econômico vigente ao longo
dos últimos anos. A trajetória dos últimos seis anos na administração pública federal tem se
caracterizado pela tentativa de enfrentar um descompasso entre o ritmo de crescimento das
despesas e das receitas tributárias. Este descompasso resulta não apenas de problemas
estruturais na esfera da despesa, incluindo a questão previdenciária e as alterações demográficas
que afetam a sociedade brasileira. Há também o problema do baixo dinamismo
macroeconômico, com seu impacto sobre a renda, emprego e arrecadação tributária. A partir de
2016, acentuaram-se as restrições orçamentárias, especialmente com a aprovação da Emenda
Constitucional 95, que estabeleceu um limite rígido para o crescimento anual dos gastos da
União.
A aprovação desta emenda acarretou impacto negativo o financiamento das despesas
discricionárias (Outras Despesas de Custeio e de Capital ou OCC), levando a uma diminuição
contínua da proporção das despesas OCC no orçamento total da UFRGS. No ano de 2018, esta
proporção pela primeira vez ficou abaixo de 10%, fenômeno que se repetiu no ano de 2019
(conforme a Tabela 1).
Em 2019, pele terceiro ano consecutivo, a dotação orçamentária prevista na Lei
Orçamentária Anual (LOA 2019) para Outras Despesas de Custeio e Capital (OCC), na Fonte
Tesouro, manteve-se no mesmo nível, em termos nominais, dos valores obtidos em 2017 e
2018. Como em 2017 havia ocorrido uma queda de cerca de R$ 20 milhões na dotação
orçamentária de custeio e capital (OCC), relativamente ao ano de 2016, as dificuldades de
cobertura orçamentária das despesas vigentes elevaram-se de forma substancial.
No contexto desta trajetória de restrição da dotação orçamentária prevista nas Leis
Orçamentárias Anuais, sobreveio em 2019 uma dificuldade adicional: desde o início do ano e
até o mês de novembro de 2019, a execução orçamentária na UFRGS foi afetada por forte
incerteza, decorrente dos decretos de programação orçamentária que estabeleceram bloqueios
orçamentários elevados. No caso da dotação de capital da UFRGS, que já vinha sendo
estabelecida no baixíssimo patamar de R$ 8,9 milhões, houve um bloqueio de cerca de 50% no
mês de janeiro de 2019, que acabou se consolidando como um cancelamento definitivo dos
350
créditos orçamentários, trazendo a dotação de capital da UFRSG para o baixíssimo nível de R$
4,5 milhões.
No que tange às dotações orçamentárias de custeio, ao final do primeiro quadrimestre
do ano de 2019 foi estabelecido um bloqueio orçamentário de 30% do valor total das dotações.
Do final do mês de abril ao início do mês de outubro do corrente ano, a gestão orçamentário-
financeira da UFRGS foi marcada por intensa dificuldade para a tomada de decisão quanto a
que tipos de despesas deveriam ser objeto de empenho, considerando a possibilidade de que
não haveria recursos para empenhar parte significativa das despesas ordinárias da UFRGS,
embora estivesse ainda em andamento um processo de corte de despesas, que vinha sendo
adotado deste o ano de 2016.
Ao se observar a evolução das dotações orçamentárias na Fonte Tesouro desde o ano de
2016, era claro que a eventual efetivação final do bloqueio de 30% iria gerar uma situação
dramática, com inviabilidade de cumprimento de vários contratos de serviços terceirizados e
severas restrições para a aquisição de determinados bens e serviços. Neste sentido, o anúncio
do governo federal de que ocorreria o desbloqueio representou a reversão de uma expectativa
muito negativa, embora ao final do ano o que ocorreu foi a execução integral de um orçamento
de custeio que tem declinado em termos reais a cada ano, gerando sempre um déficit entre a
dotação total e as despesas executadas, o qual é coberto com parte do orçamento do início do
ano seguinte.
O Quadro 53 abaixo mostra a evolução da execução orçamentária na Fonte Tesouro,
desde o ano de 2017, caracterizando as restrições por que passa a Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, diante da rigidez da política de ajuste fiscal. O Quadro inclui as despesas de
pessoal, que obedecem principalmente à dinâmica de política de pessoal da Administração
Federal e, de modo mais específico, do Ministério da Educação.
Quadro 52. Execução Orçamentária Total UFRGS - Execução Orçamentária Total – Fonte Tesouro
Ano
Orçamento
UFRGS
Executado Total
(R$) em Valores
Correntes
Orçamento
UFRGS Pessoal e
Benefícios (R$)
Valores
Correntes
Proporção dos
Gastos Totais de
Pessoal em
Relação ao
Orçamento Total
da UFRGS
OCC*
Executado
Fonte Tesouro-
(R$) Valores
Correntes
Proporção dos
Gastos em
OCC* em
Relação ao
Orçamento
Total da UFRGS
2014 1.299.618.574 1.109.696.450 85,39% 189.922.124 14,61%
2015 1.492.822.105 1.322.400.481 88,58% 170.421.624 11,42%
2016 1.613.710.324 1.419.817.496 87,98% 193.892.828 12,02%
2017 1.747.772.410 1.514.348.696 86,64% 175.441.864 10,04%
2018 1.823.530.843 1.648.438.308 90,40% 175.092.535 9,60%
2019 1.833.049.417 1.661.278.601 90,63% 171.770.816 9,37%
* OCC inclui outras despesas de custeio exceto pessoal e encargos e despesas de capital Fonte: PROPLAN/UFRGS
351
Quadro 53. Execução Orçamentária Total – Fonte Tesouro
(Em R$ Valores Correntes) UFRGS - Execução Orçamentária Total – Fonte Tesouro
(Em R$ Valores Correntes)
Ano Orçamento
Executado
Total
Orçamento
Pessoal e
Benefícios (R$)
Valores
Correntes
OCC*
Executado
Orçamento
Executado
em Capital
Orçamento
Executado em
Custeio
2014 1.299.618.574 1.109.696.450 189.922.124 150.029.943 39.892.181
2015 1.492.822.105 1.322.400.481 170.421.624 147.599.854 22.821.770
2016 1.613.710.324 1.419.817.496 193.892.828 184.550.493 9.342.335
2017 1.747.772.410 1.514.348.696 175.441.864 168.863.486 6.578.378
2018 1.823.530.843 1.648.438.308 175.092.535 166.118.699 8.973.836
2019 1.833.049.417 1.661.278.061 171.770.816 169.650.895 1.619.921
* OCC inclui outras despesas de custeio exceto pessoal e encargos e despesas de capital Fonte: PROPLAN/UFRGS
Neste quadro, a gestão orçamentário-financeira da UFRGS tem prosseguido no esforço
de reduzir as despesas operacionais, através de iniciativas de racionalização, tendo como
balizador a preservação da qualidade acadêmica e da assistência estudantil. Entretanto, há um
limite para o corte contínuo de despesas, que é a própria capacidade de operar uma estrutura
voltada ao ensino, pesquisa e extensão em grande escala. Por este motivo, a UFRGS tem
realizado também um esforço para ampliar a capacidade de arrecadação direta, através de ações
coordenadas para aumento de receitas que permitam complementar a capacidade de aquisição
de equipamentos e de realização de reformas de espaços físicos, necessários às atividades de
ensino, pesquisa e extensão. Este esforço tem gerado resultados positivos, apesar de toda a
dificuldade de captar recursos em arrecadação direta quando as condições macroeconômicas
não são favoráveis. O Quadro 54 mostra a evolução da receita direta na UFRGS.
Quadro 54. Evolução da Execução Orçamentária da UFRGS - Despesas Cobertas com Fonte
Arrecadação Própria (em R$) Evolução da Execução Orçamentária da UFRGS - Despesas Cobertas com Fonte Arrecadação
Própria (em R$)
Ano Despesas de Custeio Despesas de Capital Total
2014 20.662.821 13.715.885 34.378.706
2015 16.694.190 26.932.233 43.626.423
2016 19.084.270 2.128.093 21.212.363
2017 19.101.205 5.550.821 24.652.026
2018 20.574.290 3.353.559 23.927.849
2019 21.667.337 8.261.182 29.928.519
352
Quadro 55. Execução Orçamentária Total – Proporções Fonte Tesouro/ Arrecadação Direta
(Receita Própria) Ano OCC**
Executado em
Todas as
Fontes
OCC**
Executado na
Fonte Tesouro
OCC**
Executado na
Fonte
Arrecadação
Direta
Proporção dos
Gastos de
OCC com
Fonte Tesouro
Proporção dos
Gastos de
OCC com
Arrecadação
Direta
2014 224.300.830 189.922.124 34.378.706 84,67% 15,33%
2015 214.048.047 170.421.624 43.626.423 79,62% 20,38%
2016 215.105.191 193.892.828 21.212.363 90,14% 9,86%
2017 200.093.890 175.441.864 24.652.026 87,68% 12,32%
2018 199.020.384 175.092.535 23.927.849 87,98% 12,02%
2019 201.699.335 171.770.816 29.928.519 85,16% 14,84%
O Quadro 55 mostra a evolução da execução orçamentária total da UFRGS, contendo a
composição das fontes de recursos para o financiamento das despesas de custeio e capital na
Universidade. No ano de 2019 observa-se uma ampliação do valor total da arrecadação direta,
bem como um aumento da proporção representada por esta arrecadação no total das fontes de
recursos utilizados para os gastos de custeio e capital.
Os dados evidenciam que as condições de sustentabilidade orçamentário-financeiro
foram asseguradas pela combinação de redução de despesas de custeio e capital, para viabilizar
o funcionamento da Universidade num contexto de restrição de dotações orçamentárias.
De forma complementar às estratégias orçamentário-financeiras, a Universidade
Federal do Rio Grande do Sul buscou também recursos extraorçamentários, principalmente na
forma de descentralização orçamentária proveniente do Ministério da Educação, bem como na
forma de emendas parlamentares. Tais recursos são necessários para compensar a baixa dotação
de capital que sido alocada à UFRGS desde o ano de 2017 e que alcançou um nível muito baixo
em 2019. Assim, os recursos obtidos através de Termos de Execução Descentralizada (TEDs)
e emendas parlamentares foram destinados à complementação do financiamento de obra (no
caso, a construção do prédio do Instituto de Ciências Básicas da Saúde, ação 4.6.9 do PG, que
é a única obra de maior envergadura em andamento na UFRGS), bem como à aquisição de
equipamentos.
Por outro lado, foi possível finalizar e inaugurar, ainda no mês de fevereiro de 2019, a
Subestação do Campus do Vale (ação 4.6.11 do PG), cuja entrada em funcionamento permitiu
a redução do custo de energia elétrica consumida naquele campus, bem como melhorar a
qualidade do suprimento.
Assim como já vinha ocorrendo no processo de ajustamento da UFRGS às restrições da
política fiscal na esfera federal, os esforços de contenção de despesas, melhoria de eficiência e
aumento de arrecadação direta foram conduzidos em sintonia com os objetivos do PG e do PDI
353
da UFRGS. De modo especial, o controle das despesas foi realizado buscando a preservação
das condições materiais para manter os níveis de qualidade acadêmica, especialmente em
ensino e pesquisa. Além disso, aspectos importantes do aumento de eficiência estão associados
aos objetivos de inovação organizacional previstos no Plano de Ação: ampliar e aperfeiçoar as
práticas de governança institucional (4.1) e desenvolver a gestão organizacional (4.2). Entre as
ações previstas para estes objetivos, pode-se destacar a implantação de modelo de governança
e riscos (ações 4.1.1 e 4.1.6); o aperfeiçoamento do processo de aquisições de bens e serviços
(4.1.4); implantação da gestão por processos (4.2.3 e 4.2.4); e criação do escritório de projetos
(4.2.5), atividades estas que avançaram de forma significativa em 2019.
A gestão orçamentário-financeira tem um impacto abrangente em relação aos diferentes
objetivos estratégicos que constam do PDI e do PG. De modo geral, cabe registrar que a
preservação ou apoio ao esforço de alcançar as metas dos diferentes objetivos norteou a
condução da gestão orçamentário-financeira da UFRGS em 2019. Apenas para exemplificar,
os cortes das despesas de custeio têm sido realizados buscando preservar as aquisições de
insumo necessários às aulas práticas, bem como as atividades de pesquisa e extensão. O PG,
além de nortear as definições de orçamento (onde investir), também apresenta ações que
buscam recursos para a Universidade, tais como 1.2.4 - apoiar institucionalmente projetos
multidisciplinares de grande porte em editais de fomento; 1.3.4 - apoiar a captação de projetos
de pesquisa internacionais; 1.4.5 - incentivar a participação de atividades de extensão em editais
externos; e 2.2.2 - criar novos mecanismos de financiamento para pesquisas de impacto
econômico e social. As potencialidades e fragilidades discutidas são apresentadas no quadro
abaixo.
Quadro 56. Potencialidade e Fragilidades - PROPLAN ITEM POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES Situação em 2019
Orçamento Capacidade de realizar
interações pelas
Unidades Acadêmicas
Redução e cortes
orçamentários.
Incentivar a
arrecadação
direta.
Aumento de 25% na
arrecadação direta.
354
3.5 Eixo 5 – Infraestrutura Física
O Eixo 5 – Infraestrutura Física comporta a Dimensão 7 – Infraestrutura Física,
conforme as diretrizes do Sinaes.
3.5.1 Dimensão 7: Infraestrutura Física
Na UFRGS, a avaliação do Eixo conta com textos do Parque Zenit, SUINFRA,
Biblioteca Central, CPD e CLN, conforme segue. Cabe destacar que o CPD trata também dos
recursos de informação e comunicação
3.5.1.1 Parque Científico e Tecnológico – Parque Zenit
Assim como em 2018, uma das principais fragilidades do Parque Zenit ainda é a falta
de espaço físico. Para driblar esta fragilidade, criou-se em 2019 ambientes de inovação, como
laboratórios de negócios, ZSpaces, com a finalidade de unir, fomentar e disseminar a inovação
e o empreendedorismo inovador na Universidade através de relações multi e interdisciplinares.
Segue a descrição de implantação destes ambientes:
• ZSpace CEI – inaugurado em 25/09/2019, no Centro de Empreendimentos em
Informática - CEI, no Campus do Vale.
• ZSpace Escola de Engenharia – inauguração prevista para 19/12/2019, no Campus
Centro.
Com relação aos laboratórios, teremos a inauguração do Laboratório de Negócios na
Escola de Engenharia, no Campus Centro, na mesma data do ZSpace. Estas atividades são
viabilizadas através de bolsas do PDI, além dos atuais servidores e bolsistas que já compõem a
equipe.
No que se refere ao Centro Multiusuário de Prototipação Rápida - CMPR, encontra-se
em funcionamento, operando normalmente e em parceria da Escola de Engenharia.
No Laboratório de Fermentação - LAFER, após alguns ajustes de infraestrutura
realizados no início de 2019 em parceria com o Centro de Biotecnologia, encontra-se em
funcionamento, operando normalmente.
Na busca de viabilizar novos espaços e de realizar novas parcerias, buscou-se uma
aproximação com o Ministério da Saúde no qual a UFRGS abrigará um Centro de Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação em Medicamentos (CPDIM) no Campus do Vale. Assinou-se um
convênio, mas em 2019 nada foi executado por restrição orçamentária.
355
Nesta mesma estratégia de aproximações, a UFRGS, representada pelo Parque Zenit,
em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia e o Núcleo Comunitário e Cultural de
Belém Novo – NCC Belém, implantou um Centro de Recondicionamento de Computadores –
CRC no Bairro Belém Novo. O CRC encontra-se em funcionamento, no seu quarto ciclo de
formação, contando com 6 turmas de 23 alunos. Formou até a presente data 190 alunos da
comunidade. O CRC tem o objetivo de contribuir ainda mais para o empreendedorismo de
impacto social. Cabe ressaltar que, para a operacionalização deste projeto faz-se necessário
equipamentos de informática, como computadores, que serão recondicionados, e no início do
projeto encontrou-se grande dificuldade de receber as máquinas doadas por outros órgãos, tanto
na questão logística quanto na questão burocrática patrimonial, haja vista serem considerados
como lixo eletrônico pela UFRGS. A dificuldade de receber a doação destes equipamentos junto
aos órgãos fora da região metropolitana de Porto Alegre mantém-se, pois atualmente o projeto
não dispõe de transporte para fazer a busca nestes locais. Está em negociação com o Ministério
da Ciência e Tecnologia uma forma de viabilizar a contratação de uma empresa que possa
atender a esta necessidade.
Assim como em 2018, mantemos a parceria com a Escola de Administração e com a
Escola de Engenharia, as quais, em diversos momentos, vêm nos proporcionando a
infraestrutura física para o desenvolvimento de diferentes atividades como a realização das
aulas dos programas NAGI, AcelerEA e do evento Quartas da Inovação.
Em 2019, aumentamos o escopo das atividades de interação com a comunidade
oferecendo o Inovação nas Telas, uma atividade que apresenta em cada edição um filme a ser
debatido entre os participantes. O Parque Zenit utiliza a Sala da Redenção, espaço cedido pelo
Centro Cultural da UFRGS.
Mantemos a relação com as Incubadoras a respeito da utilização dos seus espaços, de
modo a apoiar as diferentes ações do Zenit. Além disso, outras parcerias institucionais mantêm-
se para superar essa limitação física.
Conforme consta no PG 2017-2020 tais ações buscam desenvolver a gestão de
infraestrutura de forma integrada e alinhada aos objetivos institucionais, além de estimular a
implantação de estruturas compartilhadas, sustentáveis, e de apoio às ações universitárias
estando em consonância com o PDI 2016-2026.
Bem como no ano de 2018, o ano de 2019 foi de avanços, mas ainda existem muitos
desafios a serem superados. Permanece grande a demanda por área física com o objetivo de
acolher novos empreendimentos e também de proporcionar diferentes atividades ligadas à área
356
de empreendedorismo e inovação. A perspectiva para 2020 é que tenhamos a qualificação dos
espaços existentes e a construção de novos.
Nesta perspectiva, em paralelo à qualificação dos espaços existentes e de novas áreas
físicas, continuarão sendo desenvolvidas novas parcerias para a disponibilização de espaços e
também na realização de atividades conjuntas tanto internas quanto externas à UFRGS.
357
Quadro 57. Resumo da Avaliação do Parque Zenit – Eixo Infraestrutura Física OBJETIVOS PDI
QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA DE
MELHORIAS
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimentos da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Adequação da
infraestrutura da
instituição (salas de
aula, biblioteca,
laboratórios, áreas
de lazer, transporte,
hospitais,
equipamentos de
informática, rede de
informações e
outros) em função
das atividades de
ensino, pesquisa e
extensão.
VIII –
Planejamento e
Avaliação
Área física destinada ao
Parque no Campus do
Vale.
Falta de espaço para
abrigar mais
empreendimentos.
Primeiro edital de seleção
pública para construção do
prédio embrião do Zenit
cancelado.
Implantação o Centro de
Pesquisa,
Desenvolvimento e
Inovação em
Medicamentos (CPDIM)
no Campus do Vale
congelada.
Compartilhamento e operacionalização do CMPR
com o LIFEE da Escola de Engenharia (EE);
No LAFER, parceria com o Centro de
Biotecnologia para operacionalização do mesmo;
Implementação do ZSpace no Centro de
Empreendimentos em Informática – CEI, no
Campus do Vale. Inauguração de um ZSpace e um
Laboratório de Negócios na Escola de Engenharia,
no Campus Centro, prevista para o dia 19/12/2019.
Implementação e operacionalização do CRC em
parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia
– MCTIC - e o NCC Belém.
Estabelecimento de parcerias para o uso das salas e
outros espaços da Escola de Engenharia e de
Administração bem como das Incubadoras.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimentos da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Utilização da
infraestrutura no
desenvolvimento de
práticas
pedagógicas
inovadoras.
O espaço é
suficiente para que
os estudantes
desempenhem as
atividades
programadas?
VIII –
Planejamento e
Avaliação
As incubadoras
disponibilizam espaços a
seus incubados.
Criação do Laboratório de
Negócios e de ZSpaces.
O programa AcelerEA e
NAGI tem a infraestrutura
da Escola de
Administração
disponibilizada.
Pouco espaço disponível;
O espaço do Zenit não é
suficiente.
Salas com poucos horários
disponíveis para realização
das atividades.
Implantação de novos espaços compartilhados na
Universidade, nos moldes do ZSpace e do
Laboratório de Negócios.
Operacionalização da Incubadora Germina no
Litoral Norte.
Maximização do uso do Laboratório de Negócios;
Estabelecimento de parcerias internas para
utilização de salas e outros espaços disponíveis na
UFRGS.
Estabelecimento de parcerias com entidades
externas à UFRGS, viabilizando atividades em
conjunto e a utilização dos espaços destas
entidades.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimentos da
gestão com cultura,
Qual o nível de
funcionalidade dos
laboratórios,
bibliotecas,
VIII –
Planejamento e
Avaliação
O Zenit detém 6
laboratórios sendo o Lafer
(Laboratório de
Fermentação), O CMPR
(Centro Multiusuário de
Pouca mão-de-obra
habilitada para operar os
equipamentos.
As instalações necessitam
de ajustes e manutenção
Busca de novos servidores e bolsistas para compor
a equipe dos laboratórios.
Utilização dos recursos dos diferentes projetos para
os ajustes e manutenções necessários nas
instalações.
358
OBJETIVOS PDI
QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA DE
MELHORIAS
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
oficinas, espaços
experimentais?
Prototipação Rápida), o
Laboratório de Negócios
no Campus do Vale, o
ZSpace no CEI, um
ZSpace e um Laboratório
de Negócios que serão
inaugurados dia
19/12/2019 na Escola de
Engenharia no Campus
Centro.
permanentes, bem como
aquisição de matéria-prima
para os equipamentos em
operação.
Para a aquisição de matéria-prima, utilização dos
diferentes convênios, bem como parceria com a
Escola de Engenharia.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimentos da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Qual o estado de
conservação dos
laboratórios e
bibliotecas e as
carências mais
relevantes?
VIII –
Planejamento e
Avaliação
Equipamentos novos. No Lafer, conseguir
adequação total com as
normas/exigências dos
órgãos regulatórios-
Anvisa –Mapa e etc.
Pesquisas visando estabelecer um cronograma com
as etapas deste processo, que possibilitem avançar
quanto às normas/exigências dos órgãos
regulatórios, e alcançar as certificações.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimentos da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Os equipamentos
dos laboratórios são
adequados em
quantidade e
qualidade?
VIII –
Planejamento e
Avaliação
O CMPR, o Lafer, o
Laboratório de Negócios, o
ZSpace no CEI, o ZSpace
e o Laboratório de
Negócios que serão
implantados na Escola de
Engenharia possuem
equipamentos adequados.
A manutenção e a matéria-
prima utilizada nos
equipamentos são de
elevado custo e a
contratação/compra para
mantê-los operando
continuamente exige um
processo demasiadamente
burocrático e lento.
Pesquisas para implantar uma base de fornecedores
e para encontrar meios legais de se realizar o
processo de contratação/compra mais ágeis
garantindo a continuidade das operações dos
equipamentos laboratoriais.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimentos da
gestão com cultura,
comunicação,
Quais são as
características dos
laboratórios e
bibliotecas quanto à
iluminação,
refrigeração,
acústica, ventilação,
VIII –
Planejamento e
Avaliação
Os laboratórios em sua
maioria detêm as
condições necessárias para
operacionalização.
Alguns equipamentos
demandam obras de
infraestrutura muito
complexas.
Utilização de recursos dos projetos para a
contratação dos serviços necessários, quando não
há disponibilidade ou competência por parte da
SUINFRA.
359
OBJETIVOS PDI
QUE SE
RELACIONAM
COM A AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA DE
MELHORIAS
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
mobiliário e
limpeza?
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimentos da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
Existem
procedimentos
claros para adquirir,
manter, revisar e
atualizar as
instalações e
recursos
necessários?
VIII –
Planejamento e
Avaliação
Os procedimentos são
padronizados nos moldes
das Fundações de Apoio.
Demora nos diferentes
trâmites dos processos.
Pesquisas e mapeamento dos processos bem como
proposituras das devidas melhorias nestes
procedimentos.
Objetivos
organizacionais, que
envolvem aspectos de
desenvolvimentos da
gestão com cultura,
comunicação,
infraestrutura, pessoas
e sustentabilidade
São suficientes a
infraestrutura, as
instalações e os
recursos
educativos?
Justifique.
VIII –
Planejamento e
Avaliação
Área física destinada ao
Parque no Campus do
Vale.
Falta de espaço para
abrigar mais
empreendimentos.
Implantação do Centro de
Pesquisa,
Desenvolvimento e
Inovação em
medicamentos (CPDIM)
no Campus do Vale
congelada.
Utilização de salas e outros espaços das Escolas de
Engenharia e de Administração, bem como
Incubadoras.
Estabelecimento de novas parcerias para utilização
das salas e outros espaços da UFRGS e fora dela.
360
3.5.1.2 SUINFRA
A Superintendência de Infraestrutura - SUINFRA tem por finalidade zelar pela
infraestrutura da Universidade, construindo e conservando seu patrimônio. Suas principais
atividades são assessorar, planejar, projetar, executar e administrar obras e serviços de
manutenção do espaço físico; zelar pelos bens patrimoniais e instalações gerais; manter as
redes, centrais e equipamentos de telefonia; desenvolver projetos de edificações e
infraestrutura; e desenvolver atividades de manutenção das redes de energia elétrica.
Em 2019 a SUINFRA concluiu ações significativas para a comunidade universitária,
proporcionando o adequado desempenho do ensino e das atividades acadêmicas e
administrativas. Dentre essas ações destaca-se a conclusão das seguintes obras: Subestação de
69 kV no Campus do Vale, que possibilitou quase que de imediato uma economia de
aproximadamente 15% do valor da conta de energia; e a obra de acessibilidade do setor 02 do
Campus do Vale que, através de adequações de pavimentação, sinalização e pintura, garantiu
condições universais de acessibilidade em uma área de 3.162 m² do Campus do Vale. Além
disso, houve avanço no andamento da obra de construção do prédio do ICBS Sul no Campus
Saúde, que alcançou 55% de progresso de acordo com o cronograma físico-financeiro.
Na área ambiental foram desenvolvidas as atividades pertinentes para manutenção das
Licenças vigentes. Foi renovada a licença de operação 0304/2019 do Campus do Vale e
elaborado seu relatório semestral. Nesta mesma linha, já foi iniciado o planialtimétrico do
CECLIMAR, para encaminhamentos da licença de operação junto à SMAMS de Tramandaí.
Consonante, tem-se buscado aperfeiçoar o gerenciamento de resíduos à legislação ambiental
vigente, através da constante qualificação nos termos de referência que delineiam este objeto.
Outra atividade relevante na área foi o início dos trabalhos para o plano de manutenção inicial
da Barragem Mãe d’Água, além das ações para reestabelecimento da segurança da barragem e
adequações para atendimento de exigências legais.
Com relação ao Plano de Prevenção e Combate a Incêndio – PPCI, a UFRGS obteve ao
total 18 (dezoito) Alvarás de Prevenção e Proteção Contra Incêndio, sendo 15 (9 a mais em
relação ao ano passado) em renovação; bem como 49 em análise no Corpo de Bombeiros Militar
do RS (entre o primeiro protocolo e a obtenção do certificado de aprovação) – CBMRS.
Ademais, entende-se que o andamento não é o desejado, porém a insuficiência de servidores
especializados e a dimensão da demanda impedem que essa regularização ocorra de modo mais
célere.
361
Todos os campi são atendidos pelas Prefeituras Universitárias no que compete a serviços
de manutenção de infraestrutura. Mantivemos em 2019 a qualidade no atendimento, seja por
solicitação direta de serviços ou uso de atas de registros de preços e contratos de manutenção
executados por empresas especializadas. Ao todo ocorreram mais de 23.000 (vinte e três mil)
atendimentos das solicitações de serviços da comunidade universitária através dos contratos de
serviços terceirizados e da utilização de materiais disponíveis no Almoxarifado de Obras; e
foram fiscalizados mais de 539 (seiscentos e trinta) serviços executados por empresas
contratadas através do uso de atas de registro de preços e contratos de manutenção civil e
elétrica. É clara a redução da quantidade de serviços de manutenção em comparação com o ano
de 2018, tendo em vista os cortes nos contratos terceirizados e a redução orçamentária.
Ademais, é importante ressaltar que além da manutenção da infraestrutura nas áreas
civil, mecânica e elétrica, a SUINFRA também realiza serviços de marcenaria, serralheria,
gestão e fiscalização dos contratos de manutenção de elevadores, grupos geradores e centrais
telefônicas; também a operacionalização do contrato de abastecimento de combustível para os
geradores da UFRGS. Ainda, a SUINFRA é responsável pela instalação e manutenção do
Sistema de CFTV/COORDSEG. Também houve avanço significativo no projeto de telemetria,
com o intuito de realizar a medição dos índices de consumo energético da Universidade.
Apesar de a infraestrutura física atual possibilitar o efetivo desempenho das atividades
de ensino, pesquisa e extensão da Universidade, persiste a necessidade de adequações e
reformas de modo frequente, devido à dinamicidade das demandas. Salienta-se que a UFRGS
possui extensa área a ser atendida pela SUINFRA e a maioria das edificações possui em média
mais de 30 (trinta) anos de uso. Além disso, neste ano em razão de restrições orçamentárias
houve redução do repasse de recursos pelo governo federal, dificultando a implementação de
melhorias e inviabilizando algumas ações previstas.
Autoavaliação
Muitas das estratégias de melhorias propostas no quadro resumo em 2018 foram
realizadas em 2019, como a aquisição e implantação inicial de software que foi integrado a
multimedidores e a priorização de projetos e demandas de adequação através de análise
conjunta de planilha de tarefas, a qual possui um mecanismo de priorização baseada em matriz
GUTI;
Porém, nem todas as estratégias puderam ser efetivadas. Ainda é necessário aperfeiçoar
os controles gerenciais e implementar indicadores para acompanhamento de obras e
manutenções e estruturar o banco de dados para subsidiar estudos ambientais. O
362
aperfeiçoamento das práticas de governança e o desenvolvimento da gestão de infraestrutura
são dificuldades ainda presentes, em virtude do elevado número de solicitações de serviços de
manutenção corretiva, fiscalização de obras/contratos e serviços de urgência, que demandam
tempo e disponibilidade dos servidores.
Apesar de importantes ações estratégicas terem sido implementadas, muitas das
dificuldades presentes em 2018 permaneceram em 2019. Ainda persiste a carência de mão de
obra especializada, ainda há atrasos na execução dos serviços por descumprimentos contratuais
das empresas ou por cancelamentos de atas de registro de preços, restrições orçamentárias e
grande número de edificações a serem adaptadas para PPCI. Por isso, em 2020 a SUINFRA irá
reforçar as ações para mitigar as fragilidades presentes.
Plano de Gestão
Em 2019 a SUINFRA desenvolveu importantes ações do PG: foi finalizada uma estação
de convivência, no Campus do Vale (o parklet da TUA UFRGS). Ficaram pendentes as
instalações de duas estações de convivência que estavam planejadas para 2019 (faltaram
recursos orçamentários ou meios para execução); houve também a conclusão da obra da
subestação de 69 kv no Campus do Vale, que possibilitou o aumento da confiabilidade
energética e uma economia imediata de 15% no valor da conta de energia do Campus do Vale.
Além disso, foram estabelecidos padrões para obras e serviços de infraestrutura através da
elaboração de um caderno de encargos. O foco deste caderno foi em sustentabilidade,
relacionado aos temas água e energia.
Neste ano também houve avanço nas ações que visam à redução do consumo de energia
elétrica pois, além da finalização da obra da Subestação 69kv, está sendo implementado o
sistema de telemetria nos prédios da Universidade. Grande parte da infraestrutura elétrica foi
adequada através da manutenção dos quadros já existentes e foram ampliados os pontos de
medição para os prédios que apresentam condições de infraestrutura para instalação dos ativos
de medição de energia; está sendo realizado também o retrofit, ou seja, a troca de lâmpadas
fluorescentes por lâmpadas LED em alguns prédios e em áreas externas da UFRGS.
Apesar do avanço em algumas ações, as obras do novo prédio do Instituto de Ciências
Básicas da Saúde e de ampliação da área física do Campus Litoral Norte não atingiram a meta
de execução prevista para 2019. O não atingimento ocorreu em virtude de atrasos por parte das
empresas contratadas - as quais foram notificadas pela fiscalização da SUINFRA - e de falhas
em processos licitatórios. Além disso, no caso da obra do ICBS, ocorreram intempéries e
363
alterações do cronograma físico financeiro para atendimento do plano de desembolso da
Universidade.
Em geral, houve evolução na implementação das ações do PG. Foram atingidas metas
importantes como a finalização da obra da subestação de 69 kv no Campus do Vale, entrega do
caderno de encargos e a instalação das estações de convivência. As metas não atingidas, como
a finalização da obra de construção do ICBS e a ampliação do Campus Litoral Norte não
dependiam exclusivamente da SUINFRA, mas também de disponibilidade orçamentária, clima
favorável e do pleno cumprimento do contrato por parte das empresas.
Plano de Desenvolvimento Institucional
Em 2019 foram realizadas importantes ações que contribuíram para o alcance dos
objetivos estratégicos do PDI UFRGS. Na qualificação dos espaços de trabalho no ambiente
universitário foram efetuadas reformas e adequações em diversas unidades administrativas. Na
expansão da área física, foi parcialmente executada a obra do Campus Litoral Norte e a
construção do novo prédio do ICBS. Na adequação e qualificação dos espaços existentes para
suporte acadêmico foi realizada a adequação do espaço físico do prédio do anexo I da Reitoria,
a reforma elétrica do ICBS, a pintura do saguão do Colégio de Aplicação e a manutenção da
cobertura do ginásio poliesportivo da ESEFID, entre outros serviços.
Ainda, para estimular a implantação de estruturas compartilhadas, sustentáveis, e de
apoio às ações universitárias foram estações de convivência nos campi da Universidade. E, para
reforçar e qualificar os serviços e processos de manutenção, conservação e produção de
infraestrutura, os servidores participaram durante o ano de treinamentos importantes para o
desempenho e melhoria das suas atividades, assim como trabalharam de forma mais efetiva no
planejamento das ações de gestão e conservação do patrimônio institucional.
A SUINFRA tem empregado esforços para manter a infraestrutura da Universidade em
pleno funcionamento e para alcançar os objetivos estratégicos do PDI e do PG, entretanto, ainda
há importantes ações a serem realizadas. No que diz respeito ao planejamento, precipuamente,
serão priorizadas as ações de manutenção de espaço físico, de manutenções corretivas e a
implementação de indicadores de desempenho. Em 2020 será mantida a oferta de soluções de
qualidade em serviços de infraestrutura a fim de atender as expectativas da comunidade
acadêmica, colaborando para que a Universidade permaneça entre as melhores do país.
364
Quadro 58. Resumo da Avaliação da SUINFRA ITENS/ ASPECTOS/
QUESITOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA DE
MELHORIAS
Manutenção da
infraestrutura e
reforço/qualificação dos
serviços e processos de
manutenção, conservação e
produção de infraestrutura.
Descentralização da manutenção em cada campus
permite agilidade e dinamismo na resolução de
problemas e manutenções cotidianas.
Grande amplitude de meios de manutenção
permite a escolha de diversas opções de solução
técnica (atas, contratos, ordens de serviço, etc).
Grande número de edificações antigas para
manutenção e reformas corretivas de maneira
frequente;
Falta de recursos orçamentários para
manutenção em atas de registro de preços e
contratos exigindo assim recursos orçamentários
e carência de mão de obra especializada.
Falta de material no almoxarifado de obras
devido à redução orçamentária.
Política de diminuição de postos terceirizados
na Universidade.
Definição de metodologia para manutenção
predial, considerando a possibilidade de falta de
material no Almoxarifado de Obras.
Aplicar o conceito de reengenharia no contrato de
manutenção predial, tendo em vista a crescente
política de cortes.
Obras de infraestrutura,
expansão da área física e
suporte ao crescimento
continuado da UFRGS
Conclusão da obra da subestação de 69 kv do
Campus do Vale.
Andamento de obras significativas à comunidade
universitária como a expansão do Campus Litoral
Norte e do prédio do ICBS no campus saúde.
Restrições orçamentárias que impedem o início
da execução de algumas obras importantes.
Atrasos na execução das obras devido a
descumprimentos contratuais por parte das
contratadas.
Aperfeiçoamento dos controles gerenciais e
implementação de indicadores para
acompanhamento de obras.
Aumento da integração entre as áreas de
projetos/fiscalização de obras e as prefeituras
universitárias.
Manutenção das redes de
energia elétrica, adequando
e qualificando os espaços de
trabalho os espaços
existentes para suporte
acadêmico
Cobertura total no que tange à possibilidade de
manutenções elétricas, tendo em vista que
existem 4 contratos vigentes para manutenções
deste tipo.
Término da construção da subestação de 69 kv,
possibilitando a entrada no mercado livre de
energia.
Ausência de telemetria de energia elétrica nos
prédios da UFRGS, impossibilitando a medição
do consumo para implementação de ações de
redução de energia elétrica.
Restrições orçamentárias que impedem a
execução de algumas manutenções preventivas
de valor mais elevado.
Restrições orçamentárias que dificultam as
ações de retrofit.
Adequação da infraestrutura elétrica através da
instalação de multimedidores e manutenção dos
quadros existentes.
Plano de Proteção e
Combate a Incêndio (PPCI),
adequando e qualificando os
espaços existentes para
suporte acadêmico, além de
qualificar os espaços de
trabalho no ambiente
universitário.
Execução de Planos de Prevenção Contra
Incêndios; realização de trâmites junto ao corpo
de bombeiros e fiscalização de projetos de PPCI
realizados por empresas terceirizadas.
Carência de servidores técnicos disponíveis para
atuar na área de PPCI.
Grande número de edificações a serem
adaptadas (incluindo construções antigas e
prédios históricos).
Contratação de empresa especializada para
desenvolvimento e tramitação de Plano de
Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI),
emissão de laudos de conformidades e elaboração
dos projetos executivos para conformidade
predial quanto às instalações de proteção
aprovadas no Corpo de Bombeiro Militar.
Atendimento a Pessoas com
Deficiência, otimizando o
uso da infraestrutura em
Atendimento dos requisitos de acessibilidade
desde a concepção dos projetos.
Grande número de espaços físicos a serem
atendidos (incluindo construções antigas e
prédios históricos).
Levantamento atualizado da situação da UFRGS e
de suas edificações, no que tange à
365
uma perspectiva integrativa,
favorecendo modelos
multiusuários e
contemplando a expansão
institucional.
Construção e instalação de estruturas adaptativas
e adequação dos espaços físicos visando à
acessibilidade universal.
Restrições orçamentárias. Melhorar a sistemática de priorização de projetos
a serem executados, considerando a demanda
existente.
Meio ambiente, com o
intuito de qualificar os
espaços de trabalho no
ambiente universitário e
possibilitar expansão da área
física e crescimento
continuado da UFRGS
Renovação da licença de operação do Campus do
Vale.
Atualização dos planos de gerenciamento de
resíduos da UFRGS.
Incremento progressivo das exigências de
órgãos externos para obtenção das licenças
ambientais.
Carência de servidores técnicos disponíveis para
realização dos estudos ambientais necessários.
Ausência de um sistema de catalogação de
dados históricos.
Estruturação de banco de dados para subsidiar
estudos ambientais.
Capacitação e reforço da equipe técnica.
Tecnologia da informação,
com o intuito de qualificar
os espaços de trabalho no
ambiente universitário
Expansão da telefonia IP em substituição à
telefonia analógica, integração com sistemas de
acesso e estudos de viabilidade de uso em
videoconferências.
Ampliação do Sistema de CFTV.
Incremento do Sistema de telemetria de energia
elétrica e de água.
Obsolescência dos equipamentos e defasagem
dos sistemas de informação que gera
necessidades permanentes de atualização e
manutenção.
Necessidade de investimento na
expansão/alterações em infraestrutura que
garantam condições de aplicação
Avaliação de tecnologias alternativas, com o
intuito de mitigar disfunções ocasionadas pela
obsolescência e defasagem dos
sistemas/equipamentos.
Ampliação da política antipirataria de softwares
na SUINFRA.
366
3.5.1.3 Biblioteca Central
A UFRGS mantém um Sistema de Bibliotecas (SBUFRGS) formado pela Biblioteca
Central, 28 bibliotecas setoriais, uma biblioteca escolar e uma biblioteca depositária da
documentação da Organização das Nações Unidas (ONU).
A Biblioteca Central é responsável pela coordenação técnica do SBUFRGS, definindo
políticas e procedimentos de desenvolvimento de acervos, de representação de documentos no
catálogo bibliográfico institucional e de atendimento de usuários. No nível operacional, a
Biblioteca Central é também responsável pela captação de uma parte significativa dos recursos
utilizados para aquisição e assinatura de materiais bibliográficos para todas as bibliotecas da
UFRGS.
A coordenação técnica do SBUFRGS pela Biblioteca Central é implementada na gestão
organizacional pelo desenvolvimento de quatro tipos de atividades realizadas com as equipes
das bibliotecas: atendimento de dúvidas, manutenção de documentação técnica, promoção de
capacitações e realização de reuniões para tomada de decisões conjuntas.
Neste modelo de gestão, algumas equipes interbibliotecas tem se formado para
desenvolver produtos e serviços à comunidade. Em 2019, essas equipes trataram dos seguintes
temas: indexação de documentos, capacitações em pesquisa e uso da informação científica,
comunicação web, desfazimento de livros, catalogação da produção intelectual institucional e
gestão de bibliotecas.
Em 2019, a Biblioteca Central respondeu a 2.191 solicitações de orientação técnica
encaminhadas pelas equipes das bibliotecas e promoveu 12 cursos de capacitação para 459
servidores. Essas atividades relacionam-se com os objetivos organizacionais para capacitação
permanente dos servidores do PDI (2016-2026).
Infraestrutura
As 31 bibliotecas que compõem o Sistema de Bibliotecas da UFRGS buscam oferecer
uma infraestrutura de apoio que atenda às atividades de ensino, pesquisa e extensão da
Universidade. Ao todo, são aproximadamente 14.000 m2 de área construída.
Das 21 bibliotecas setoriais de unidades que oferecem turmas no horário noturno, 17
estão abertas por 12 horas ou mais.
Atualmente, com o aumento tanto da interdisciplinaridade das áreas de formação
profissional e de pesquisa, quanto das ferramentas de acesso à informação eletrônica, verifica-
se a necessidade de desenvolvimento de um modelo de bibliotecas mais adequado a essa
367
realidade (PDI 2016-202613). A previsão de desenvolvimento desse modelo se dará pela
construção da Biblioteca do Campus do Vale (PG 2016-202014). Contudo, em 2019, esse
projeto, que constitui um grande anseio da comunidade universitária, continuou sem previsão
de desenvolvimento considerando as restrições orçamentárias.
Acervo
O Quadro 59 apresenta a constituição dos acervos bibliográficos do SBUFRGS em
2019, por tipo de material.
Quadro 59. Acervo bibliográfico do SBUFRGS por tipo de material em 2019 Acervo Bibliográfico
Tipo de Material 2019 Acréscimo em 2019
Livros (volumes) 760.009 1%
E-books (títulos) 65.115 0,04%
Periódicos (títulos) 15.898 0,31%
Outros materiais (volumes) 107.794 -0,88%
Os acervos são desenvolvidos de acordo com políticas específicas, dependendo das
necessidades de informação dos diferentes segmentos da comunidade universitária.
Em relação ao acervo de periódicos, além dos títulos que constituem a coleção impressa
identificados no Quadro 59, a Universidade utiliza também amplamente o Portal de Periódicos
da CAPES. Em 2019, foram disponibilizados mais de 49 mil títulos de periódicos, além de
diversas bases de dados referenciais.
Anualmente, a Universidade investe com prioridade na qualificação dos acervos
bibliográficos. Este ano, contudo, com a severa restrição orçamentária, esse investimento foi
restrito. Não foram feitas aquisições de livros impressos e de licenças perpétuas de e-books,
considerando a indisponibilidade de recursos de capital para este fim. Desde 2016, os recursos
não têm sido suficientes para atender a ambas demandas (livros impressos e e-books), fazendo
com que os investimentos tenham que ser feitos de forma intercalada. Em 2019, o investimento
foi interrompido por completo.
Com recursos de custeio, foram mantidas as principais assinaturas para acesso a e-books
e demais bases de dados eletrônicas, perfazendo um total de R$ 1.084.610,97. Os efeitos da
diminuição do orçamento da Administração Central foram minimizados pela captação de
recursos junto à PROPG, SEAD, Faculdade de Direito e Fundação Médica. Em 2019, foram
realizadas 16 assinaturas de bases de dados eletrônicas.
13 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Plano de desenvolvimento institucional: 2016-
2026. 2016. Disponível em:< http://www.ufrgs.br/pdi>. Acesso em: 31/01/2018. 14 14 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Plano de gestão: 2016-2020. 2017. Disponível
em:< http://www.ufrgs.br/ufrgs/a-ufrgs/plano-de-gestao>. Acesso em: 31/01/2018.
368
A qualidade dos acervos disponibilizados à comunidade depende de recursos constantes
para sua manutenção. A restrição orçamentária constitui uma severa ameaça para a qualidade
dos acervos da Universidade, limitando a capacidade de investimento com sérias consequências
para o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade.
Serviços
O SABi, catálogo das bibliotecas da Universidade <http://www.sabi.ufrgs.br>, está todo
informatizado, disponibilizando a informação sobre os acervos das 31 bibliotecas a partir de
uma ferramenta, cuja interface de busca é simples e amigável. O SABi possibilita a localização
das publicações e permite aos seus usuários a realização de reservas de itens bibliográficos
emprestados e a renovação de empréstimos na web e via aplicativo para dispositivos móveis. O
quadro 57 ilustra o número de transações de circulação realizadas em 2018 e 2019.
Quadro 60. Transações de circulação, 2018-2019 Transações 2018 2019 Crescimento
Empréstimos 220.917 179.462 -18,8%
Reservas Balcão 1.262 1.567 24,2%
Internet 13.816 10.825 -21,6%
Renovações Balcão 13.568 14.671 8,1%
Internet 1.165.646 697.746 -40,1%
Mobile 5.598.060 6.599.257 17,9%
Estatísticas de consulta 67.351 63.211 -6,1%
Total 7.080.620 7.566.739 6,9%
O Quadro 60 identifica as transações de circulação por categoria de usuários do SABi.
Quadro 61. Nº de usuários por categoria X Nº de transações de empréstimo, renovação e
reserva, 2019 Categorias Nº de usuários Nº de transações
Aluno de graduação 18.464 5.590.444
Aluno de pós-graduação 5.242 1.566.828
Docente 1.040 156.215
Servidor técnico 640 137.679
Aluno de ensino fund/méd/prof. 355 13.888
COMUT 0 0
Vínculo temporário 16 827
Biblioteca SBU 18 639
Funcionário HCPA 61 1.796
Aluno de extensão 95 3.738
Colaborador convidado 224 29.902
Biblioteca de outra instituição 7 43
Servidor técnico aposentado 16 1.154
Docente aposentado 10 82
Membro de incubadora 1 2
Aluno de ensino infantil 1 224
Pólo EAD 0 0
Usuário empréstimo estendido =Órgãos
UFRGS
4 67
T o t a l 26.194 7.503.528
369
Além do SABi, a Universidade disponibiliza o Repositório Digital da UFRGS,
denominado Lume. O Lume é um projeto conjunto do SBUFRGS e do Centro de
Processamento de Dados que tem por objetivo dar acesso às coleções digitais de documentos
gerados no âmbito da Universidade e de outros documentos que, por sua área de abrangência
e/ou pelo seu caráter histórico, é de interesse da Instituição centralizar sua preservação e difusão
<http://www.lume.ufrgs.br>. O quadro 59 mostra o número de documentos incluídos, acessos
e downloads no Lume em 2018 e 2019.
Quadro 62. Número de documentos incluídos, de acessos e de downloads no Lume, 2018-
2019
Coleções
Itens incluídos Nº de acessos Nº de downloads
2018 2019 2018 2019 2018 2019
Acervos 787 1323 694.814 598.931 329.999 306.305
Eventos UFRGS 3.973 3.767 2.038.146 1.214.030 1.312.289 1.054.383
Produção científica 4.750 4.216 2.479.134 2.223.954 2.447.817 2.898.314
REA 23 37 22.953 24.114 3.788 3.964
Teses/dissertações 2.554 3.485 4.006.457 3.497.665 5.880.176 5.581.861
Trabalhos Acadêmicos e
Técnicos 3.368 3.674 4.011.313 3.055.987 7.516.496 6.297.564
Total 15.455 16.502 13.252.817 10.614.681 17.490.565
16.142.391
Em 2019, foi consolidado o serviço de armazenamento com preservação digital dos
documentos de produção intelectual da Universidade para contemplar os arquivos que não
possuem permissão de disponibilização no Lume. Ao todo, foram arquivados 6.056
documentos para acesso restrito via intranet.
Do ponto de vista da preservação digital da produção científica da UFRGS, a BC
desenvolveu ainda uma importante atividade pela atribuição do Digital Object Identifier (DOI)
aos artigos retrospectivos dos periódicos científicos editados na UFRGS. A atribuição de DOI
iniciou em 2017, abrangendo apenas os artigos correntes dos periódicos. Em 2019, estendeu-se
o trabalho para contemplar toda a coleção de artigos, perfazendo um total de 6.173 DOIs de
artigos de fascículos retrospectivos e 1.850 de fascículos correntes.
Essas três iniciativas de preservação digital da produção científica produzida e publicada
pela UFRGS possuem correlação com o PDI (2016-2026) pelo estabelecimento de políticas e
procedimentos para garantir o registro da memória institucional.
Para divulgar todos os produtos e serviços oferecidos pelas bibliotecas à comunidade
universitária, o SBUFRGS oferece um curso de extensão chamado “Super 8: pesquisa e uso da
informação científica”. Como resultado da ação foram oferecidas 6.220 vagas de 26 módulos
em 109 turmas para o desenvolvimento de técnicas de identificação e uso de informações
bibliográficas, bem como para a adoção de ferramentas de visibilidade da produção científica
370
da UFRGS para a comunidade acadêmica e o público em geral. Os módulos são compostos de
modo a formar uma carga horária de curso que permita aos alunos de graduação e pós-
graduação o aproveitamento de créditos complementares para sua formação. O SBUFRGS
busca desta forma contribuir para a flexibilização curricular prevista no PDI (2016-2026). Este
ano, 15 bibliotecas atuaram no projeto, mantendo a mesma adesão do ano passado.
Alguns destes módulos são oferecidos também pela EDUFRGS para atender
especificamente a necessidade de formação de servidores docentes e técnicos. O quadro 60
mostra a oferta de capacitações por modalidade em 2018 e 2019.
Quadro 63. Número de turmas e participantes em capacitações oferecidas por modalidade,
2018-2019 MODALIDADE 2018 2019
Super 8 Turmas 105 109
Curso de Extensão Participantes 1.167 1.097
EDUFRGS Turmas 31 12*
Curso de qualificação de servidores Participantes 509 459 Legenda: *O número de turmas ministradas foi significativamente menor, considerando que todos os integrantes das
equipes já haviam passado por formação inicial para atuação no SBUFRGS, fazendo com que o oferecimento de capacitações
para ingressantes não fosse necessário.
Dentre outros serviços oferecidos pelas bibliotecas destacam-se a comutação de
documentos, a realização de levantamentos bibliográficos, orientação/normalização de
trabalhos técnico-científicos e treinamento de usuários/visitas orientadas.
Em 2019, desenvolveu-se um grande projeto iniciado em 2018 para ampliar o acesso
aos acervos e serviços das bibliotecas pela utilização de tecnologias de informação a partir de
dois eixos de atuação:
a) Lançamento do Sabi+: contratação e customização de um sistema de descoberta
para reunir em um único índice as informações do SABi, LUME, Portal CAPES e
demais bases de dados assinadas pela UFRGS. Essa ferramenta possibilita uma
busca integrada para a realização de uma revisão de literatura acadêmica abrangente
a partir da principal ferramenta de catálogo disponibilizada pelas bibliotecas.
b) Modernização dos sites das bibliotecas: criação de um padrão mínimo de conteúdo
implementado em um design que segue tendências internacionais. Além disso, a
ação ampliou a utilização do WordPress como sistema de gerenciamento de sites.
Esse projeto foi desenvolvido em consonância com as estratégias estabelecidas no PG
(2016-2020) para “incrementar a comunicação nas plataformas digitais”. O passo seguinte é
integrar o sistema de planos de ensino com o Sabi+ para aperfeiçoar a informação de
bibliografia, possibilitando o acesso direto pelos alunos a partir do banco de dados do Sabi+.
371
Esse projeto tem como desafio a carência quantitativa de pessoal para o desenvolvimento do
sistema de planos de ensino. Sua importância, contudo, se relaciona diretamente com a busca
de novas estratégias, práticas e tecnologias para a aprendizagem e o ensino previstas no PDI
(2016-2026).
No final de 2019, em parceria com o Escritório de Sustentabilidade e o Gabinete da
Vice-Reitora, foi lançada a Livraria Solidária, uma iniciativa que visa arrecadar doações para
as bibliotecas comunitárias da Rede de Leitura do Rio Grande do Sul. Esta foi a primeira de
uma série de ações articuladas que serão desenvolvidas como projeto de extensão em 2020,
buscando aproximar as bibliotecas da Universidade das bibliotecas comunitárias da região
metropolitana com o propósito de promover o estímulo à leitura. Tradicionalmente, as
bibliotecas da UFRGS desenvolvem atividades voltadas para a informação técnico-científica.
Complementarmente, o projeto buscará uma ampliação da interação da Universidade com este
segmento da sociedade em consonância com os objetivos de impacto social do PDI (2016-
2026).
O quadro a seguir contém uma síntese das análises feitas sobre o SBUFRGS, suas
principais potencialidades e fragilidades, bem como as ações de melhoria propostas.
372
Quadro 64. Resumo da Avaliação da Biblioteca Central OBJETIVOS PDI O
QUE SE
RELACIONAM COM
A AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS
NA BUSCA DE
MELHORIAS
Objetivo organizacional
de pessoas
Gestão do
SBUFRGS
6- Organização e
gestão da
Instituição
Formação de equipes
interbibliotecas para
desenvolvimento de projetos
de ampliação e qualificação de
produtos e serviços.
Adesão parcial das bibliotecas
às equipes que desenvolvem os
projetos.
Intensificação das capacitações
oferecidas pelo SBUFRGS em
parceria com a EDUFRGS
para ampliar a adesão das
equipes.
Ampliação das reuniões para
diversificação temática dos
projetos.
Objetivo acadêmico e
pedagógico de integração
e interação
Infraestrutura:
Biblioteca do
Campus do Vale
7- Infraestrutura
física
Modernização da estrutura de
serviços de informação para
dar suporte às atividades
interdisciplinares pelo projeto
de construção da Biblioteca do
Campus do Vale.
Restrição orçamentária para
investimento em novas obras
de construção civil.
Reelaboração do projeto
arquitetônico, visando a
diminuição de custos.
Objetivo acadêmico e
pedagógico de práticas
de aprendizagem
Acervo:
bibliografia de
graduação
2-Política para o
ensino, a
pesquisa, a pós-
graduação e a
extensão
Melhoria dos procedimentos
de atualização da bibliografia
pela integração do sistema de
planos de ensino com o Sabi+.
Carência quantitativa de
pessoal para o
desenvolvimento do sistema de
planos de ensino.
Integrar os diferentes setores
envolvidos para priorizar o
aperfeiçoamento das
informações de bibliografia no
sistema de planos de ensino.
Objetivo organizacional
de desenvolvimento
Acervo:
bibliografia de
graduação
6- Organização e
gestão da
instituição
Existência de acervo
qualificado em todas as áreas
do conhecimento.
Restrição orçamentária
principalmente de recursos de
capital para atualização dos
acervos de livros impressos e
e-books em acesso perpétuo.
Manutenção da captação de
recursos junto a projetos de
ensino a distância para compra
de e-books.
Objetivo organizacional
de infraestrutura
Acervo:
preservação
digital
7- Infraestrutura
física
Ampliação do serviço de
armazenamento dos
documentos de produção
intelectual da UFRGS sem
permissão de disponibilização
no LUME e atribuição do DOI
aos fascículos retrospectivos
publicados por periódicos
editados pela UFRGS.
Dificuldade de estabelecimento
de rotinas de arquivamento dos
documentos de produção
intelectual, considerando a
complexidade das licenças de
direito autoral.
Aperfeiçoamento dos
procedimentos e capacitação
das equipes das bibliotecas
sobre licenças de direito
autoral para disponibilização
dos documentos de produção
intelectual da UFRGS.
373
OBJETIVOS PDI O
QUE SE
RELACIONAM COM
A AÇÃO
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
DIMENSÃO POTENCIALIDADES FRAGILIDADES
AÇÕES E ESTRATÉGIAS
NA BUSCA DE
MELHORIAS
Objetivo acadêmico e
pedagógico de integração
e interação
Serviço:
Capacitação de
usuários
2-Política para o
ensino, a
pesquisa, a pós-
graduação e a
extensão
Consolidação do curso de
extensão Super 8 para pesquisa
e uso da informação científica.
Adesão parcial das equipes ao
projeto do Curso de Extensão
Super 8.
Oferecimento de poucas
turmas do Curso de Extensão
no período noturno.
Intensificação das ações de
capacitação das equipes do
SBUFRGS pela EDUFRGS
sobre as temáticas do Super 8.
Objetivo de impacto
social de interação
Serviço:
Livraria
solidária e
atividades
culturais de
promoção à
leitura
3-
Responsabilidade
social
Percepção de que as
bibliotecas são um espaço de
referência para a realização de
atividades culturais e de
promoção à leitura entre a
comunidade universitária e o
público em geral.
Valorização predominante de
atividades voltadas para a
informação técnico-científica
com ênfase menos intensa na
função social de promoção à
leitura verificada em período
recente.
Desarticulação entre a atuação
das bibliotecas universitárias e
os demais tipos de bibliotecas.
Promoção de ações articuladas
entre as bibliotecas da
Universidade e bibliotecas
comunitárias da região
metropolitana para estímulo à
leitura.
374
3.5.1.4 CPD
O papel da TI e do CPD junto à comunidade
O Centro de Processamento de Dados da UFRGS (CPD-UFRGS) em sua missão
definida no regimento (https://www.ufrgs.br/cpd/wp-
content/uploads/2018/01/RegimentoCPD2017.pdf), representa a TI na Universidade e, neste
contexto, busca apoiar as atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão administrativa. O
CPD tem como público alvo a comunidade universitária, oferecendo serviços específicos para
alunos, docentes, técnico-administrativos, gestores e demais pessoas que realizam suas
atividades na UFRGS através dos serviços de TI.
Em 2018 o CPD completou 50 anos. Ao longo desse meio século vem acompanhando a
vida universitária, oferecendo seus serviços e buscando constantes inovações na área de
informática para manter seu parque computacional e equipe técnica na vanguarda dos avanços
tecnológicos. Essa busca constante de inovação exige investimentos e aperfeiçoamento
profissional da equipe técnica. As principais ações de 2019 estão relatadas a seguir.
Análise avaliativa das ações de 2019
Governança
A área de Governança tem o objetivo de aprimorar os processos de Governança e
Gerenciamento de Serviços de TI, utilizando as boas práticas sugeridas, respectivamente, pelo
COBIT (Control Objectives for Information and Related Technologies) e pela Biblioteca de
Infraestrutura de Tecnologia da Informação (ITIL), amadurecendo desta forma os processos
que disponibilizam os serviços prestados pelo CPD a toda comunidade universitária da UFRGS.
A fim de permitir uma consolidação e aprimoramento de padrões de descrição dos
processos internos do CPD, foi criado o Guia de Padronização para a modelagem e a
documentação dos processos. Cada departamento do CPD é responsável pela descrição de seus
processos internos e devem seguir os padrões estabelecidos nesse guia. Os processos de
visibilidade externa são publicados no site do CPD.
Na implantação de um modelo de contratação e gestão de soluções de TI e
relacionamento com fornecedores, foi publicada e disponibilizada no site do CPD a
documentação dos processos de aquisições, com base na instrução normativa e legislação
vigente. As melhorias e atualizações do processo ocorrem em parceria com o
DPCA/PROPLAN (Departamento de Planejamento e Controle de Aquisição da PROPLAN).
375
Ficou estabelecido, pela ordem de serviço nº 5 de 2019, o grupo de licitações do CPD
cujas ações devem ser voltadas à melhoria dos processos licitatórios para aquisição de ativos
de TI.
Para o gerenciamento e monitoramento de ativos e serviços, ênfase foi dada ao processo
de inventário de ativos de TI (hardware e software) utilizando a ferramenta OCS. Avanços
significativos permitiram a realização dos testes piloto nas unidades do CPD, ICTA e Litoral
Norte. Usando a ferramenta, foram apresentados relatórios de inventário e auditoria com
objetivo de atender aos questionamentos da CGU. Eles possibilitam exibir o resumo geral do
inventário, o detalhamento do inventário, resumo por tipo de equipamento, por sistemas
operacionais instalados e por usuários que utilizam os equipamentos.
No âmbito da gestão de demandas, foi realizada a modelagem do processo e, como
artefato de coleta, desenvolvida planilha de registro e controle das demandas geradas pelas
unidades da Universidade. Esse modelo de gestão de demandas permite que as próprias
unidades estabeleçam suas prioridades que, na sequência, são avaliadas e aprovadas pelo CPD
dentro dos limites de recursos humanos disponíveis.
Em 2019 mais uma fase da integração entre os processos de gerenciamento de serviços
de TI foi estabelecida com a homologação do processo de gestão de problemas que passou a
ser integrado com o processo de gestão de incidentes. Isto permitiu aprimorar o controle de
problemas recorrentes, bem como, a geração de documentação da análise da causa raiz e das
soluções de contorno e definitiva.
Infraestrutura
A infraestrutura de TI trabalha em ações contínuas voltadas a projetos, implantação,
gerência e suporte da rede de dados e comunicação, infraestrutura de servidores e aplicações
que proveem serviços de internet.
O planejamento de 2019 enfatizou a renovação dos equipamentos do núcleo da rede de
dados através da instalação de novos equipamentos permitindo o aumento da velocidade e da
capacidade de transmissão de dados entre os diferentes campi e unidades da Universidade.
Ainda nesse contexto de renovação, foi realizada a substituição dos roteadores Huawei com
interfaces para atualização do acesso à rede METROPOA. Outras ações ocorridas em 2019 na
infraestrutura de rede atendem ao contínuo plano de ampliação e disponibilidade da rede de
dados e comunicação desta Universidade.
A instalação e substituição dos Access Points nas unidades é uma ação contínua que
deve ser destacada. O objetivo é qualificar cada vez mais a cobertura do sinal na UFRGS. Ações
376
como instalação, manutenção e atualização dos switches em unidades são executadas para
atender as demandas referentes à disponibilidade da rede de dados e comunicação nas unidades.
A aplicação de enlaces de fibra óptica contempla novos espaços estratégicos para
UFRGS, como Centro Cultural (Campus Centro), Central do Aluno (TUAUFRGS) e Núcleo
de Sustentabilidade (Campus do Vale). A manutenção e a fiscalização dos enlaces de fibra
óptica estão presentes no escopo da Infraestrutura da rede de dados e comunicação. O CPD
conta com a participação na implantação do sistema de CFTV (Circuito Fechado de TV) que
utiliza a infraestrutura de rede de dados para interconexão entre as câmeras e as centrais de
monitoramento. Além disso, é garantida da interconexão para os serviços de Telemetria e
Telefonia.
Algumas ações de desenvolvimento merecem destaque como implantação e melhoria
continuada na infraestrutura de serviços de TI, com atualizações nos servidores componentes
do serviço de correio eletrônico da Universidade (ChasqueMail), redesenho e implementação
do sistema de ponto eletrônico com suporte nativo a leitura biométrica, desenvolvimento de
ferramentas de manutenção e tratamento de incidentes com filas de e-mails (Chasque e
Rspamd), atualização do serviço de listas de discussão (Grupos), criação do sistema moderado
de divulgações institucionais em massa (Divulga), atualização da infraestrutura dos serviços de
rede sem fio autenticada, rede das Casas de Estudantes, Eduroam e redes sem fio e cabeada
para rede visitantes (utilizando equipamentos adquiridos através do CTINFRA13) e atualização
do serviço de armazenamento particular (ChasqueBox). Em relação à autenticação atuou-se na
reestruturação da infraestrutura de AAA (Authentication, Authorization and Accounting) para
as redes sem fio, Eduroam, VPN e redes de visitantes. Ocorreu também a atualização do serviço
de Proxy, engenharia reversa e reescrita de serviços legados (Download de Softwares e
SMILDAP), bem como, atualização dos serviços de VPN para usuários com vínculo ativo e
VPN para agentes terceirizados, atualização e readequação do serviço de transmissões de
eventos por streaming (ao vivo) e, por fim, suporte de nível três.
A Infraestrutura de TI também promove, junto aos integrantes de sua equipe, reuniões
semanais com foco na gestão e inovação para a melhoria continua de seus processos e
procedimentos.
Segurança
Na área da segurança da Informação, foram reforçadas as ações de
melhorias relacionadas à infraestrutura de segurança, tais como a
reestruturação dos sensores da rede de honeypots e substituição do IDS (Intrusion Detection
377
System) de borda, ainda em andamento. As mudanças na infraestrutura de rede, efetivadas pelo
Departamento de Infraestrutura (DITI) do CPD, possibilitou que se ampliasse a coleta de flows
para outros pontos, melhorando assim a visibilidade e as informações sobre o tráfego de rede.
Essa mudança também possibilitou um aumento da velocidade de conexão do firewall, que
controla as redes Wifi, de 2 Gbps para 10 Gbps.
Foi dado continuidade e está em fase final o levantamento de riscos estratégicos e
operacionais da área de TI. Esse levantamento dará subsídios para a elaboração de um Plano
de Contingência, conforme consta na Política de Segurança da Informação. Embora em um
ritmo mais lento do que o planejado inicialmente estão sendo elaborados documentos e
planejado ações, com a finalidade de informar e conscientizar os usuários em relação à
Segurança da informação na Universidade.
Datacenter e sustentação
A área de Sustentação, responsável pelo gerenciamento da sala de servidores
(computadores do datacenter) e o gerenciamento dos serviços críticos da infraestrutura de TIC
da Universidade, recebeu investimentos em 2019 para amenizar os ricos de blecautes
relacionados à climatização e carga energética do datacenter. Para melhorias na climatização,
foram obtidos recursos através do CTINFRA 13 para substituição dos 3(três) equipamentos de
condicionadores de ar tipo SELF CONTAINED de 10 TR. A instalação desses novos
equipamentos permitiu estabilizar a temperatura da sala dos servidores. Em relação a carga
energética, foi instalado um novo QGBT (Quadro Geral de Baixa Tensão) que atende todos os
circuitos elétricos do CPD. O antigo quadro instalado há mais de quatro décadas, apresentava
risco iminente de fadiga e parada. A troca do QGBT foi preparatória para a expansão energética
planejada para o início de 2020. A expansão prevê a substituição do atual transformador de
300KVA para um de 500KVA.
Em termos de capacidade de armazenamento foram adquiridas 2 (duas) gavetas de
storage com capacidade 40 TB cada uma. Foram adquiridos também 6 (seis) novos servidores,
tipo Lâmina HPE, que permitirão substituir atuais servidores que já ultrapassaram sua vida útil.
Sistemas
Na área de sistemas de informação, considerando os sistemas utilizados e mantidos pela
UFRGS, inúmeras atualizações foram realizadas, ou para versões mais novas de sistemas
externos ou novos módulos dos sistemas desenvolvidos pelo CPD para UFRGS. Novamente, o
Portal de Ingresso e Matrícula de Graduação foram os itens mais exigidos, com novos módulos
lançados ou sendo lançados até dezembro de 2019. Ampliou-se também a utilização do SDE,
378
Sistema de Documentos Digitais, através de novos documentos. Algumas Pró-reitorias foram
incorporadas ao acervo da plataforma. Para 2020 está prevista a implantação do SDE para
documentos genéricos de todas as unidades. O LUME, Repositório Digital, segue com novos
avanços para gestão de dados de pesquisa e melhoria na tramitação das publicações.
Intenso trabalho foi aplicado para permitir relacionamento UFRGS e Sistemas
Estruturantes do Governo, melhorias na gestão dos sistemas financeiros, assim como projetos
de comunicação com o governo. Um exemplo desse esforço é o SIADS – Sistema Integrado de
Administração de Serviços. Adaptação de sistemas e criação de módulos para atender novas
legislações também foi foco da equipe de sistemas.
Em relação à gestão de projetos, a reorganização está em andamento com previsão de
finalização ainda em 2019. Novo processo de desenvolvimento de software foi definido e
espera-se que o método ágil entre em vigor até o início de 2020. A reorganização do controle
de tarefas está em andamento em quase todas as Pró-reitorias. Alguns ajustes serão feitos para
iniciarem em 2020 com a organização aderente as expectativas. A migração dos sistemas
cliente-servidor não avançou como esperado em virtude de alguns problemas de recursos
humanos e devido a demandas urgentes da Universidade.
Dos projetos executados e implantados, destacam-se a Progressão Docente, prevista
para novembro de 2019, novos módulos de Ingresso e Matrícula da Graduação, vinculações do
Ingresso à benefícios UFRGS, planejamento Orçamentário e o Sistema de Gestão de
Acessibilidade da UFRGS.
Desenvolvimento de software
No que tange a soluções de softwares, a API de intercomunicação entre sistemas teve
seu uso ampliado para dois novos modelos – pelo sistema de catracas da casa de estudante e
por um sistema desenvolvido para web – além de continuar sendo usada para consumo de dados
dos aplicativos para dispositivos móveis.
Sobre os aplicativos para dispositivos móveis, o UFRGS Mobile foi reformulado para
acompanhar as tendências de Design e desenvolvimento e foi implementada uma solução
paliativa que possibilitou a inclusão do aplicativo de coleta de inventário na App Store (loja de
aplicativos da Apple). Ainda está pendente uma solução institucional para renovação anual da
licença da Apple, de US$ 99. Nesse ano, novamente a renovação foi feita por intermédio de
cartão de crédito pessoal de um servidor do CPD.
O framework Yii 2 teve seu uso consolidado tanto na API quanto na solução integrada
de Catálogo de Serviços e sistema de atendimento, usada atualmente pela Central de
379
Atendimento ao Aluno (TUAUFRGS), e potencializado pela renovação de pessoal, tanto de
servidores quanto de bolsistas, sendo a tecnologia utilizada no atendimento às novas demandas
de desenvolvimento para Web.
O desenvolvimento para dispositivos móveis atualmente depende exclusivamente de
bolsistas, sendo um empecilho para o atendimento de novas demandas e, até mesmo, para
manutenção dos aplicativos atuais. Para sanar esse problema, atualmente está sendo estudada
uma tecnologia de desenvolvimento híbrido para capacitação dos servidores da área de
desenvolvimento de software.
Atendimento e serviços
Nos atendimentos e serviços o plano de divulgação dos serviços de TI está sendo
executado mediante a elaboração de um cartaz de conscientização de uso do Catálogo de
serviços de TI, tendo como público alvo a equipe do CPD. Os serviços do aluno estão sendo
divulgados junto ao Catálogo do aluno utilizando as mídias da TUAUFRGS. Para os servidores
está sendo providenciado um folder, alguns posts para serem encaminhados mensalmente via
e-mail e cartazes que serão distribuídos nas unidades. O Catálogo interno do CPD está pronto
aguardando divulgação e serviços internos. O projeto de visitas do CPD as unidades está pronto
e inclui canetas com o logo do CPD. Os treinamentos da equipe de atendentes da CSTI
continuaram sendo feitos periodicamente, e foram realizados neste ano 25 treinamentos com 51
pessoas treinadas. Os processos da CSTI foram atualizados e padronizados e estão aguardando
um local para serem divulgados internamente. A base de conhecimento foi atualizada com
informações técnicas aos atendentes. Foram realizadas 35 atualizações e 12 revisões de
conteúdo. Os painéis de informações gerenciais sobre os serviços de TI estão sendo utilizados
pelos diretores e coordenadores na gestão de suas equipes e está sendo incluído o índice de
Problema. O Catálogo de serviços de TI teve 51 atualizações de serviços, 26 atualizações de
documentos e 19 novos serviços passados para a CSTI. Com a gestão do SLA, houve uma
adaptação no tempo de resolução de alguns serviços, permitindo diminuir os atendimentos
atrasados gradativamente, a fim de proporcionar um atendimento mais rápido e eficiente.
Participação em fóruns e eventos
Anualmente o CPD participa dos encontros do CGTIC (Colégio de Gestores de
Tecnologia da Informação e Comunicação das IFES) que ocorre na sede da ANDIFES em
Brasília. Em 2019 os encontros foram realizados nos seguintes dias:
- 10 e 11 de abril
380
- 29 de agosto
- 27 e 28 de novembro
Entre os dias 4 a 6 de junho, a equipe do CPD participou do XIII Workshop de
Tecnologia da Informação e Comunicação das Instituições Federais de Ensino Superior do
Brasil, em Cuiabá, com a apresentação de trabalho na área de sistemas.
O CPD, através de sua equipe do LUME, participou de um evento internacional, entre
os dias 10 a 13 de junho. Foi o 14 th International Conference on Open Repositores (OR2019)
em Edimburgo na Alemanha.
Entre os dias 30 de junho e 3 de agosto, a equipe do LUME do CPD participou do IX
Conferência Internacional de Bibliotecas e Repositórios Digitais da América Latina (Biredial-
Istec19), em São Paulo.
Nos dias 26 a 28 de agosto, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) realizou em
Brasília o Fórum RNP 2019 (https://forum.rnp.br/) com o tema “Desafios na Transformação
Digital no Ensino e na Pesquisa”. O CPD se fez presente para troca de experiências entre as
IFES convidadas.
O CPD enviou representante ao IX Encontro Nacional de Procuradores Educacionais
Institucionais das IPES (IX ENPI-IPES), nos dias 16 a 18 de outubro, em Vitoria, ES.
Análise critico-reflexiva das ações de 2019 em relação ao quadro de 2018
Uma análise das ações de 2019 permite identificar algumas mudanças no quadro de
potencialidades e fragilidades das áreas organizacionais do CPD frente ao cenário de 2018. A
análise está sumarizada abaixo.
Governança:
- Potencialidades: estáveis
- Fragilidades: aumentaram considerando redução da força de trabalho e sobrecarga de
atividades da equipe atuando concomitantemente em ações operacionais e gerenciais. O reforço
com bolsistas não atende expectativas do departamento, pois exige conhecimentos
especializados, difíceis de obter exclusivamente com uma formação acadêmica.
- Ações corretivas: Melhorias em processos e reforço dos objetivos da governança no
âmbito da equipe e instituição
Infraestrutura:
- Potencialidades: estáveis
- Fragilidades: estáveis
381
- Ações corretivas: intensificada a sensibilização da necessidade de evolução contínua
da rede e ativos de TIC e na atualização dos serviços e ativos de rede. Uma melhor gestão das
demandas atendendo o Plano Anual de Aquisições, com a disponibilização das atas referente
aos serviços e ativos de rede de dados e comunicação, com a padronização do fluxo de
atendimento, através da abertura do atendimento no catalogo de Serviços de TI. A apresentação
da planilha de demandas de TIC para as unidades, proporciona um melhor planejamento e
execução.
Segurança:
- Potencialidades: estáveis
- Fragilidades: estáveis
- Ações corretivas: ações de conscientização da comunidade sobre as políticas e boas
práticas da área de segurança e melhoria discreta na infraestrutura para investigação forense.
Datacenter:
- Potencialidades: estáveis
- Fragilidades: diminuíram em função das melhorias nos sistemas de energia e
climatização para garantir a disponibilidade dos serviços de TI.
- Ações corretivas: continua a busca de incentivo para finalizar o CITI através de
parcerias externas para investimento na conclusão da obra e, para o atual datacenter, foi
priorizada a atualização dos contratos de manutenção e suporte.
Sistemas:
- Potencialidades: aumentaram devido ao ingresso de novos servidores e melhoria na
gestão de demandas.
- Fragilidades: estáveis em relação às ações diversificadas de manutenções dos sistemas,
mas aumentaram devido a grandes modificações nas legislações da UFRGS e do Governo.
- Ações corretivas: contínua realocação da equipe para melhor gestão das demandas e
dimensionamento da força de trabalho, novas definições de ações de controle e gestão da
informação e avaliação das metas gerais do departamento.
Desenvolvimento de software:
- Potencialidades: estáveis
- Fragilidades: aumentaram com o corte do número de bolsas em parceria com outros
órgãos da Universidade e também com a saída de servidores que detinham conhecimento sobre
sistemas específicos.
382
- Ações corretivas: capacitação de servidores no desenvolvimento de aplicativos para
dispositivos móveis e no uso da API e melhoria nas interfaces visando atender demandas de
acessibilidade digital.
Atendimentos e serviços:
- Potencialidades: aumentaram considerando acréscimo de serviços passados para a
CSTI e incluídos no catálogo de serviços de TI, aumento de funcionários e bolsistas treinados
na CSTI, melhoria na tomada de decisões para uma qualificação dos processos de serviços
através dos indicadores disponibilizados aos diretores e coordenadores e acréscimo na geração
de índices de acessos e atendimentos relacionados aos serviços de TI.
- Fragilidades: novas fragilidades foram introduzidas em vista da dificuldade do uso das
mídias da UFRGS na divulgação dos serviços para a comunidade e unidades da UFRGS e da
falta de conhecimento dos serviços do CPD pela comunidade universitária.
- Ações corretivas: abrir um canal entre CPD e Comunicação da UFRGS para a
divulgação de serviços, notícias e avisos, ampliar visão do catálogo de serviços do CPD para
acrescentar informações e orientações sobre sistemas, softwares, processos, procedimentos e
treinamentos usados no CPD além de articular com os departamentos a publicação de serviços
internos do CPD.
Pessoal:
- Potencialidades: estáveis
- Fragilidades: aumentaram pela falta de perspectivas para novas vagas em concurso e
abertura de novos concursos.
- Ações corretivas: com as determinações da IN 01 de 31/ago/2018 da Secretaria de
Gestão de Pessoas do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (SEGEP/MP)
está sendo viabilizado um Programa de Gestão para Trabalho Remoto. O assunto foi discutido
durante o ano de 2019 por comissão nomeada pelo Gabinete do Reitor e o resultado foi
encaminhado para o Ministério da Economia e Ministério da Educação para aprovação formal.
O alinhamento das ações do CPD frente ao Plano de Gestão, PDI e PDTI.
O planejamento das atividades do CPD busca manter um alinhamento com o PDI e as
demandas estabelecidas no Plano Diretor de Tecnologia de Informação (PDTI) elaborado em
colaboração com os diversos segmentos da comunidade universitária. O PG também é
considerado para estabelecer demandas de serviços de TI.
383
Para o PDI da UFRGS, a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) desempenha
um papel estratégico na Universidade como elemento essencial para o desenvolvimento
institucional, pela sua natureza transversal, que permeia todas as atividades acadêmicas e da
gestão e administração universitária. Em 2019 foi mantido o esforço para expandir a rede de
dados, modernizando equipamentos e ativos de redes. Aplicativos de dispositivos móveis
continuaram sendo o foco de desenvolvimento pela equipe do CPD. Novas funcionalidades
foram incorporadas no Portal de Serviços para atender a comunidade acadêmica e a gestão
universitária. O catálogo de serviços de TI, mantido pelo CPD, continua sendo o receptáculo
de demandas originadas da própria comunidade.
O PDTI, vigente para o período de 2016-2021, enfatiza os seguintes marcos de TI no
ciclo de planejamento:
• Alinhamento da TI com os macroprocessos de ensino, pesquisa e extensão;
• Transformação digital nas tecnologias de ensino, de comunicação e de gestão,
principalmente com o uso de tecnologias móveis;
• Simplificação e otimização dos processos de negócio e de sustentação ao negócio.
Para manter a sintonia com as definições do PDTI, em 2019 o CPD procurou reafirmar
ações que focassem nesses marcos de planejamento como já havia sido enfatizado nos anos de
2017 e 2018. Para o alinhamento da TI com os macroprocessos, todos novos projetos que
envolvem TI continuam usando a modelagem de processos como ponto de partida para a
especificação dos sistemas. O modelo de processo de software, implantado como uma das metas
do projeto de Governança de TI no CPD, pressupõe que todo novo sistema tenha um
conhecimento prévio da área de negócio antes de iniciar as etapas de especificação e
desenvolvimento. O processo de software está recebendo melhorias para considerar também
métodos ágeis de desenvolvimento e incorporar também aspectos de acessibilidade digital. Na
transformação digital, a tramitação eletrônica de documentos continua sendo premissa básica
nas funcionalidades de sistemas e serviços que visam eliminar a efetiva utilização do papel. A
ênfase na construção de soluções de TI que envolvem o uso de dispositivos móveis foi reforçada
em aplicativos como o do inventário de bens patrimoniais. Esse aplicativo permitiu aumentar a
agilidade do levantamento de bens durante o inventário realizado pelo patrimônio da
Universidade durante o ano de 2019. Outras instituições do governo como IFRS-POA e TJPR
manifestaram o interesse no uso desse aplicativo desenvolvido pela equipe técnica do CPD.
Para o marco da simplificação e otimização dos processos, soluções que envolvem o uso da
Internet para envio de documentos e publicação de resultados foram reforçadas. Em 2019 foram
384
implementadas novas funcionalidade no Portal do Candidato para agilizar o envio eletrônico de
documentos comprobatórios dos candidatos aprovados no processo seletivo de ingresso na
Universidade. Esse processo já demonstrou uma redução das filas e evitou a necessidade de
deslocamento para entrega presencial de documentos. O sistema de tickets para as refeições do
RU é outro exemplo de simplificação de processos na Universidade.
O PG prevê uma atuação direta do CPD em 3 ações específicas:
• Implantação do CITI (Centro Integrado de Tecnologia da Informação)
• Cartão Inteligente
• Segurança da Informação
Em relação à Implantação do CITI (http://citi.cesup.ufrgs.br/) a situação da obra
continua no mesmo estado de 2018. A equipe técnica do CPD ainda está aguardando a
finalização da obra para planejar a transferência (“moving”) do datacenter para as novas
instalações. Em 2018 foi designado um grupo de trabalho, através de Ato nº 045-2018 do HCPA
para detalhamento da utilização do prédio, responsabilidades, perfis de parceria e regras de
condomínio. A documentação para esse convívio entre as instituições participantes do projeto
foi elaborada, mas aguarda os estudos de alternativas de conclusão da obra, antes de sua efetiva
divulgação. Empresa especializada em construção civil foi contratada pelo HCPA para avaliar
itens faltantes para a conclusão da obra e apresentar uma estimativa dos recursos ainda
necessários. Paralelamente estão sendo buscadas no mercado parcerias externas para suprir
investimentos remanescentes para operacionalizar o datacenter.
Como ações para uso do Cartão Inteligente, em 2018 foram avaliadas parcerias com
bancos privados para confecção e implementação do uso do cartão. Na época, em vista das
contenções de despesas impostas pelo governo federal, foi buscada alternativa de
implementação de solução de desenvolvimento interno pela equipe técnica do CPD para a
aplicação piloto originalmente prevista no projeto do Cartão Inteligente. Foi adotada solução
emergencial para RU, através da emissão de tickets pelo Portal de Serviços da Universidade. O
projeto do Cartão Inteligente continuou suspenso durante o ano de 2019. A solução adotada
para o RU continua sendo aperfeiçoada com a previsão de incorporar a funcionalidade de
biometria para identificar a comunidade UFRGS nesse serviço. A mesma tecnologia de
autenticação de usuários adotada no ponto eletrônico da Universidade será agora incorporada
no serviço do RU. Está em estudo também a construção de um aplicativo para dispositivos
móveis que permita exibir um cartão de identificação virtual da comunidade UFRGS que possa
paulatinamente substituir o atual cartão UFRGS (físico).
385
No âmbito da Segurança de Informação foram realizadas as seguintes ações:
- Em elaboração, no âmbito do Comitê de Governança Digital, uma Cartilha de
Segurança da Informação com o propósito de divulgar, para a comunidade universitária, os
principais conceitos ligados à área e gerar uma conscientização sobre a necessidade de adotar
boas práticas e cuidados que garantam a preservação de dados e serviços institucionais contra-
ataques maliciosos.
- Em elaboração um levantamento dos riscos estratégicos e operacionais da área de TI
como parte integrante das metas do projeto de Governança de TI em andamento no CPD. Estão
sendo inventariados os pontos críticos de TI nas diferentes áreas do CPD para que, na sequência,
seja detalhado o processo de conhecimento desses pontos críticos com suas respectivas ações
preventivas e seus planos de contingência.
- Como parte integrante das metas de projeto de Governança de TI em andamento no
CPD, foi realizado um estudo sobre os procedimentos de backup adotados no CPD que gerou
uma política backup e restauração para estabelecer mecanismos que permitam a guarda dos
dados e sua eventual restauração em casos de perdas por erro humano, ataques externos,
catástrofes naturais ou outras ameaças.
No diário de bordo do PG ainda constam algumas ações da Segurança de Informação
previstas na sequência:
- Necessidade de priorizar a elaboração da Política de Classificação de Dados em função
da LGDP (Lei de Geral de Proteção de Dados Pessoais- Lei nº 13709 de 14/08/2018).
- Proposição de um plano emergencial de contingência dos serviços de TI da UFRGS
de forma a englobar o acesso à Internet e os serviços atualmente providos pelo Datacenter da
UFRGS (CPD-UFRGS). A intenção é definir uma arquitetura mínima necessária para a
continuidade dos serviços em caso de sinistros.
Quadro-Resumo
Os itens do quadro estão agrupados pelas áreas organizacionais do Centro e apontam as
potencialidades e fragilidades específicas de cada área. Esses itens se enquadram nos objetivos
organizacionais apresentados no PDI e na dimensão de Infraestrutura Física proposta pela Lei
nº 10.861/2004.
386
Quadro 65. Resumo da Avaliação do CPD ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA DE
MELHORIAS
Governança Alinhamento com boas práticas do TCU e Guia
SISP.
Gestão de TI alinhadas com estratégias e
políticas de TI definidas pelo Comitê de
Governança Digital.
Novas metas, como Gestão de Risco, Gestão de
Ativos e Serviços e Gestão de Contratos, ainda não
implantadas.
Equipe reduzida e em aprimoramento do
conhecimento.
Processos concorrentes dificultam o foco no
andamento do Departamento.
Implementação de ações para metas da Governança
de TI ainda não implementadas.
Adoção das normas sugeridas pela ABNT/ISSO,
para uma melhor Gestão de conformidade com
regras e regulamentos.
Ampliar quadro de pessoal com foco em
Governança e Gestão de TI para compor o quadro
da equipe do Departamento de Governança do
CPD.
Reforçar os objetivos da governança no âmbito da
equipe e instituição.
Infraestrutura Capilarização da rede da UFRGS.
Atualização continua dos equipamentos para
Rede Wi-fi da UFRGS.
Atualização continua dos Ativos de Rede.
Interconexão entre o CECLIMAR e o Campus
Litoral Norte, atendendo redundância /
contingenciamento para a otimização dos
recursos de TIC.
Melhoria e expansão de serviços de
armazenamento de arquivos institucionais, e-
mails e arquivos pessoais.
Implantação de IPv6 e protocolos avançados de
infraestrutura de rede.
Não existe plano nem dotação orçamentária na
UFRGS para atualização tecnológica.
Falta de dotação orçamentária para instalações e
manutenção física das centrais de dados.
Inexistência de política de atualização e expansão
tecnológica para equipamentos de TIC (rede de
dados, telefonia, telemetria, CFTV, datacenter,
etc.).
Descontinuidade do suporte de equipamentos que
mantém a infraestrutura de TIC da UFRGS
(equipamento saindo de linha)
Inexistência da documentação sobre a malha física
externa e interna da rede. (Tubulações e
Cabeamento).
Equipe reduzida frente às demandas existentes.
Definir dotação orçamentária na UFRGS para
manutenção e atualização tecnológica.
Projeto para documentação da malha de rede física
interna e externa.
Continuidade da atualização dos ativos de rede
Atualização da infraestrutura das centrais de dados
garantindo a disponibilidade da rede de dados
Investimento em programa contínuo de avaliação e
capacitação da equipe técnica.
Segurança Políticas de segurança, de uso aceitável dos
recursos de TI e de incidentes de TI definidas e
aprovadas.
Infraestrutura de segurança consolidada
Constantes melhorias de serviços e
infraestrutura de segurança.
PG de risco e de contingência em estudo, mas ainda
não implantado.
Falta de conscientização do usuário.
Falta de integração da dimensão de segurança nos
processos de negócio.
Deficiência nos mecanismos de controle e auditoria
de sistemas.
Ações de divulgação das políticas ligadas à área de
segurança e conscientização da comunidade sobre
boas práticas no assunto.
Expansão da monitoração e ações de prevenção de
incidentes.
Melhorias na infraestrutura para investigação
forense.
Datacenter Equipe técnica presencial 24x7 no NOC
(Núcleo de Operação e Controle).
Falta de sustentabilidade financeira
Dificuldades na Gestão de Contratos (registros,
renovações, licitações).
Busca de incentivo para finalizar o CITI
Manter os contratos atualizados de manutenção e
suporte.
387
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA DE
MELHORIAS
Parcerias com projetos acadêmicos e de
pesquisa para reforçar os recursos de
Infraestrutura.
Manutenção do regime de trabalho flexibilizado
para a equipe do NOC.
Sistemas Gestão do controle de demandas de cada Pró-
reitoria.
Reestruturação e ampliação das equipes de TI.
Ampliar a aplicação das metodologias de
gerência de projetos definidas e implantadas.
Dar foco à automação dos sistemas.
Software legado em diferentes plataformas (Web,
Cliente Servidor).
Baixa gestão de controle de demandas e
manutenções.
Gestão da informação.
Aposentadorias e afastamentos da equipe técnica.
Realocação da equipe para melhor gestão das
demandas.
Novas definições de ações de controle e gestão da
informação.
Melhorar controle de gestão de demandas e de
dimensionamento de força de trabalho.
Desenvolvimento
Software
Metodologias e ferramentas definidas e
implantadas.
Processo de software formalizado para novos
sistemas.
Reestruturação das equipes de desenvolvimento.
Criação dos núcleos de desenvolvimento para
dispositivos móveis e usabilidade do usuário.
Software legado em diferentes plataformas (Web,
Cliente Servidor).
Falta de padronização na identidade visual nas
aplicações Web do Portal.
Falta de protocolo de comunicação da base UFRGS
com sistemas governamentais.
Falta de métricas para produtividade no
desenvolvimento.
Dependência de bolsistas para desenvolvimento em
tecnologias emergentes, em especial,
desenvolvimento de aplicativos para dispositivos
móveis.
Capacitação de servidores no desenvolvimento de
aplicativos para dispositivos móveis.
Ampliação do uso da API como metodologia de
desenvolvimento.
Melhoria nas interfaces visando atender demandas
de acessibilidade digital.
Implementação de mecanismos de mensuração de
produtividade no desenvolvimento.
Atendimento e
serviços
Catálogo de Serviços de TI consolidado;
Treinamento CSTI / CPD.
Indicadores de acompanhamento dos
atendimentos, acessos, serviços, etc.
Transparência dos processos do CPD;
Catálogo de serviços CPD disponível.
Processo de visitas às unidades disponíveis.
Dificuldade na divulgação dos serviços para a
comunidade e unidades da UFRGS;
Falta de uma divulgação dos serviços no Catálogo
de serviços do CPD;
Falta de visitas nas unidades para apresentação dos
serviços do CPD; esclarecimento de dúvidas.
Falta de uma divulgação de índices gerados sobre
atendimentos, acessos, serviços, etc...
Abrir um canal entre CPD e Comunicação da
UFRGS para a divulgação de serviços, notícias e
avisos.
Ampliar visão do Catálogo de serviços do CPD
para acrescentar informações e orientações sobre
sistemas, softwares, processos, procedimentos e
treinamentos usados no CPD.
Articular com os departamentos para publicação de
serviços internos do CPD.
Realizar visitas nas unidades da UFRGS.
Divulgar índices existentes na página do CPD.
Pessoal Competência técnica da equipe.
Comprometimento pessoal de grande parte da
equipe com as atividades profissionais
Bom ambiente de trabalho.
Impossibilidade de trabalho remoto.
Alta rotatividade de bolsistas.
Perda de quadros experientes por aposentadoria.
Dificuldade de retenção de pessoal do quadro.
Incentivo à implementação da gestão por
competência.
Incentivo a formação acadêmica e qualificação
profissional.
388
ITENS/
ASPECTOS/
QUESITOS
POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E ESTRATÉGIAS NA BUSCA DE
MELHORIAS
Possibilidade de qualificação continuada
Flexibilização de horários para estudos.
Salários de pessoal de TI inferiores ao mercado
Dificuldade de realizar concursos em áreas
específicas de TI (por especialização de área
atuação).
Inexistência de regulamentação para regime de
plantões e atividades 24x7.
Dificuldades na obtenção de novas vagas em
concurso.
Incentivo aos trabalhos em equipe.
Melhoria nos processos de registro e
acompanhamento da vida profissional (Gestão de
pessoal por competência).
Busca de possibilidades para trabalho remoto
Dimensionamento da força de trabalho para
integrar projetos, demandas e alocação de recursos
humanos.
389
3.5.1.5 Campus Litoral Norte
Em 2019, o Campus Litoral Norte (CLN) seguiu expandindo suas atividades
acadêmicas, mesmo sem a conclusão das obras da II Fase de sua Implantação. Contudo, foram
necessárias novas adequações dos espaços existentes para a efetivação dessas atividades.
Assim, por meio de realocações, foram disponibilizadas mais duas salas de aula. Além
disso, por falta de locais mais adequados, foi necessário utilizar a sala de reuniões como sala de
aula e os laboratórios do Campus foram liberados para realização de reuniões além de seguir
sendo utilizados como local de realização de aulas teóricas.
Esta falta de salas e, principalmente, de um auditório causa muita dificuldade na
realização de mais eventos e ações de extensão que tragam a comunidade para a Universidade.
Isto acarreta a necessidade de realização desses eventos fora do Campus por falta desses
espaços.
Além disso, com o início das atividades da Incubadora Multisetorial Germina, surgiu a
necessidade de disponibilização de locais para atuação dos pré-incubados e incubados.
Alternativas para atender esta demanda estão sendo articuladas entre o CLN e prefeituras
municipais.
Identificando a tendência de agravamento da falta de espaços físicos no CLN, foi
solicitada a disponibilidade do prédio 61507, hoje dividido com a Prefeitura Universitária, de
forma integral até que os prédios novos sejam concluídos.
Ficou evidente, em 2019, a necessidade de instalação de infraestrutura elétrica e de rede
em diversos espaços do CLN, porém não foi possível realizar as alterações necessárias devido
às restrições orçamentárias presentes durante o ano. Paliativamente, foi estimulado o uso da
rede sem fio, sempre que possível, evitando a necessidade de instalação de cabeamento
adicional nos espaços físicos, e eventualmente instalados, de forma temporária, pontos de rede
improvisados com equipamentos e cabeamento de menor custo.
No decorrer do ano, destacam-se alguns encaminhamentos e ações realizadas para
melhorar o acesso e a segurança da comunidade do CLN, tais como: (i) reforma do piso do
corredor do prédio de salas de aula 61503; (ii) solicitação de melhorias na iluminação do
estacionamento; (iii) melhoria do acesso à incubadora Germina, com a colocação de piso de
pedra; (iv) solicitação de colocação de redutores de velocidade nos acessos aos
estacionamentos; (v) solicitação da pavimentação em frente ao CLN, para melhorar o local de
embarque e desembarque do transporte coletivo; (vi) solicitação de providências para a
390
viabilização do acesso ao Campus na ERS 030; e (vii) solicitação de confecção de placas de
sinalização indicativas de animais peçonhentos.
Faz-se importante ressaltar que muitas das ações mencionadas no parágrafo anterior
foram motivadas pela atuação efetiva da Comissão de Saúde e Ambiente de Trabalho do CLN
(COSAT), a qual, entre outras atividades, aponta inconformidades e necessidades de melhorias
na segurança do ambiente do Campus.
Contudo, algumas das necessidades de melhorias identificadas dependem de
interlocutores externos para que ocorram avanços na busca de soluções. Nesse sentido, em
2019, foram novamente feitas articulações com o Departamento Autônomo de Estradas e
Rodagens (DAER), prefeituras municipais e empresas de transporte (Unesul e São José), pois
o Campus sofre, desde sua inauguração, com a oferta precária de transporte coletivo, ausência
de iluminação externa apropriada e com a falta de um acesso adequado na ERS 030.
Mantendo a atenção à segurança do Campus, em 2019, o efetivo da brigada de incêndio
teve um acréscimo de seis servidores, passando de 12 para 18 brigadistas. Esta equipe iniciou
os trabalhos de atualização do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio e a confecção
do Plano de Emergência do CLN.
As obras de expansão tiveram andamento na parte estrutural, mas sem previsão de início
das atividades para finalização dos novos prédios. Deste modo, como não tivemos nenhum dos
prédios em construção ainda entregue, as dificuldades relacionadas à restrição de espaço físico
trazem, cada vez mais, repercussão no desenvolvimento do trabalho. Com o tempo, vem se
realizando ajustes nos espaços existentes e consequentemente, as alternativas diminuem. Hoje,
sem a conclusão dos prédios e a disponibilização de novos espaços, não há como atender
importantes demandas que serão relacionadas no decorrer do relatório.
Retomada das potencialidades, fragilidades e estratégias em busca de melhoria.
Assim como em 2018, a conclusão das obras da II fase de implantação do Campus é de
fundamental importância para a manutenção e a expansão das atividades. Muitas das
fragilidades observadas em 2017 e 2018 tinham como estratégia de melhoria a conclusão dos
prédios e, como isso não ocorreu, mantivemos algumas situações em 2019.
Com relação às salas de aula, continuamos com a realidade encontrada em 2018. O
avanço de turmas para o noturno é o que tem possibilitado oferecer todas as turmas aqui no
Campus. No entanto, à medida que os cursos vão avançando, a demanda também aumenta,
especialmente por espaços para laboratórios específicos. Atualmente, a ausência destes
391
laboratórios faz com que algumas aulas práticas tenham que ser deslocadas para o CECLIMAR
ou até mesmo para Unidades em Porto Alegre.
Por outro lado, com uma maior ocupação das salas de aula nos três turnos, aumenta a
restrição no uso desses espaços para atendimentos mais individualizados já que o Campus não
conta com espaços exclusivos para atendimentos como as monitorias, orientação a alunos e
ainda atendimentos referentes aos acompanhamentos pedagógicos e psicológicos, além de
auditório para eventos com número maior de participantes.
Ainda sobre a falta de espaço físico, faz-se importante destacar a demanda por salas de
estudo com o início do mestrado em dinâmicas regionais e a necessidade de espaço para a
implementação de laboratórios, especialmente os de ensino.
No que se refere à Biblioteca, um dos grandes desafios continua sendo a necessidade de
espaço físico que comporte as atividades do setor. Havia a expectativa de que o projeto de
ampliação iniciado em 2018 fosse concluído, mas, como isso não aconteceu, foi mantido o
status quo: falta de espaço para os servidores, usuários e acervos da Biblioteca. Continuam
depositadas seis estantes novas na Colônia de Férias da UFRGS, aguardando a ampliação do
espaço físico existente hoje. Para sanar essas fragilidades de espaços, de modo mais definitivo,
está prevista a construção de um novo prédio para a Biblioteca na III Fase de implantação do
CLN, mas não existe previsão para a execução da obra.
Outra demanda importante refere-se à necessidade de um espaço para depósito. A
dificuldade causada por essa falta tem sido enfrentada, de modo precário, principalmente pela
distância, pelo uso do espaço da Colônia de Férias nas situações em que o container utilizado
para este fim não for adequado. Outro espaço utilizado fora do Campus, refere-se ao Ceclimar
que tem disponibilizado a sala que é utilizada para arquivo de documentos físicos para que
possamos arquivar os nossos documentos, especialmente os relacionados aos concursos
públicos, em grande volume da Unidade.
Também em razão da já informada limitação de espaço físico, a comunidade do Campus
acaba por não dispor de locais adequados para serem utilizados como área de convivência e
estudos, além da falta de um local para que os servidores possam consumir suas refeições.
Por fim, é presente no CLN a necessidade de melhorar questões de acessibilidade, tendo
sido priorizada a solicitação para colocação de piso podotátil nas áreas já utilizadas.
Avaliação das ações desencadeadas para atender ao Plano de Gestão.
392
A expansão da área física do CLN está prevista no PG 2016-2020 (Ação 4.6.6) sob
responsabilidade da Superintendência de Infraestrutura – SUINFRA. A Direção do Campus
acompanha junto à Superintendência o desenvolvimento das obras e solicita os ajustes
necessários no espaço físico existente conforme as demandas vão surgindo. Prioritariamente,
avalia-se a necessidade de novos espaços para salas de aula de um semestre para outro. Cabe
ressaltar que hoje vislumbra-se a expansão da área física como de fundamental importância e
principal encaminhamento para a consolidação das atividades no Campus.
Avaliação das contribuições das ações desenvolvidas pelo setor para os objetivos
estratégicos do PDI UFRGS.
As ações explicitadas acima, neste relatório, buscaram atingir especialmente os
objetivos organizacionais de infraestrutura, a fim de dar suporte às atividades de ensino,
pesquisa e extensão.
Diante das dificuldades no andamento das obras de expansão do CLN, o objetivo de
expandir a área física, dando suporte ao crescimento continuado da UFRGS, ficou prejudicado.
Assim, a ações desenvolvidas em 2019 tiveram maior impacto nos objetivos de “adequar e
qualificar os espaços existentes para suporte acadêmico”, “qualificar os espaços de trabalho no
ambiente universitário” e “reforçar e qualificar os serviços e processos de manutenção,
conservação e produção de infraestrutura”.
Em se tratando de moradia estudantil, foi encaminhado à PRAE uma solicitação de
análise para uso de parte da Colônia de Férias para este fim. O estudo de viabilidade está sendo
analisado por aquela Pró-Reitoria.
A expansão do espaço físico do Campus Litoral Norte é condição para que a Unidade
possa contribuir de maneira mais efetiva com os objetivos do PDI UFRGS.
393
Quadro 66. Resumo da Avaliação do CLN
Objetivos do PDI que se
relacionam com a ação
Itens/
Aspecto/
Quesitos
Dimensão Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de
melhorias
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Salas de aula 7 - Infraestrutura
Física
Otimização constante no
uso dos espaços existentes;
Aumento de oferta de
turmas no horário noturno.
Salas com mobiliário e
recursos tecnológicos em
bom estado de
conservação e em plena
funcionalidade.
Necessidade de ampliação do
espaço físico.
Pouca disponibilidade de salas
para realização de monitorias,
eventos, atividades de extensão e
capacitações.
Demanda e acompanhamento junto à
SUINFRA da implantação da II Fase de
implantação do CLN.
Acompanhamento, junto à SUINFRA, da
solicitação de liberação do prédio 61507
para uso integral nas atividades
acadêmicas.
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Estacionamento 7 - Infraestrutura
Física
Estacionamento,
atualmente, atende à
demanda.
Área disponível para
ampliação do
estacionamento, quando
necessário.
Com a efetivação no aumento dos
servidores e a expectativa do
aumento de alunos, os atuais
estacionamentos podem não ser
suficientes no curto prazo.
Área de estacionamento ainda
demanda pavimentação e
melhoria na sinalização,
iluminação e segurança.
Acompanhamento do aumento de
pessoas circulando no CLN e conversa
constante junto à SUINFRA para a
viabilização da expansão e melhoria da
área de estacionamento.
Acompanhamento das solicitações de
melhoria da iluminação e da instalação
de redutores de velocidade.
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Áreas de
convivência e
estudo
7 - Infraestrutura
Física
Aproveitamento de áreas
já construídas.
- Amplo espaço para
implantação de áreas de
lazer e convivência
Necessidade de ampliação de
espaços de convivência, tanto
para alunos quanto para
servidores, e estudo.
Necessidade de um espaço para
Refeitório/Copa para servidores.
Ausência de local destinado a
práticas desportivas.
Demanda e acompanhamento junto à
SUINFRA da implantação da II e III
Fase de implantação do CLN.
Análise junto à Prefeitura Universitária
sobre possibilidades de aproveitamento e
uso de espaços recuperados.
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Espaços de
trabalho
7 - Infraestrutura
Física
Otimização constante no
uso dos espaços existentes.
Espaços climatizados e
bem equipados.
Falta de salas para atendimento
individualizado e para reuniões;
Necessidade de salas com mais
espaço para alguns setores;
Necessidade de um espaço para
depósito/almoxarifado.
Falta de salas de trabalho para
atender adequadamente o número
de professores.
Inexistência de espaço adequado
Demanda e acompanhamento junto à
SUINFRA da implantação da II Fase de
implantação do CLN.
Uso de espaço na Colônia de Férias
como depósito.
Utilização, de forma compartilhada, do
espaço de arquivo de documentos do
Ceclimar.
394
Objetivos do PDI que se
relacionam com a ação
Itens/
Aspecto/
Quesitos
Dimensão Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de
melhorias
para equipamentos como
impressora e telefone de uso
compartilhado interferindo em
reuniões e rotinas dos setores.
Falta de espaço para o trabalho
das coordenações de curso.
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Acessibilidade 7 - Infraestrutura
Física
Reformas dos prédios
realizadas recentemente
(2012-2014) já previam
acessibilidade;
Prédios térreos.
Os projetos da II e III Fase
de implantação já preveem
acessibilidade.
Ausência de piso podotátil na
maioria dos prédios e em toda a
área externa.
Demanda de providências junto à
SUINFRA quanto às áreas já existentes;
Acompanhamento da II Fase de
implantação do CLN.
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Biblioteca 7 - Infraestrutura
Física
Corpo técnico em
quantidade e qualificação
para atender uma demanda
maior.
Espaço físico reduzido.
Inexistência de espaços
reservados para estudo individual
e em grupo.
Demanda e acompanhamento junto à
SUINFRA da ampliação da BIBCLN;
Demanda e acompanhamento junto à
SUINFRA da implantação da II Fase de
implantação do CLN.
Projeto de ampliação do horário de
atendimento ao público, através da
flexibilização da jornada de trabalho para
os servidores do setor;
Projeto de colaboração junto à Biblioteca
do Ceclimar.
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
Laboratórios 7 - Infraestrutura
Física
Corpo técnico capacitado e
em quantidade para
atender uma demanda
maior.
Laboratórios bem
equipados.
Infraestrutura para
recebimento de visitantes e
ações de extensão.
Espaço físico reduzido e
compartilhado com aulas teóricas.
Necessidade de outros.
laboratórios de ensino devido ao
avanço nos cursos aqui ofertados.
Adequações nos laboratórios existentes;
Planejamento, junto aos docentes, quanto
às atividades.
Demanda e acompanhamento junto à
SUINFRA da implantação da II Fase de
implantação do CLN.
Relatórios de uso.
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
Demanda de
moradia estudantil
por parte dos
7 - Infraestrutura
Física
Possibilidade de melhor
uso para a Colônia de
Férias durante o ano.
Necessidade de obras de
adequação.
Negociações com a PRAE e Reitoria
Necessidade de estudos por parte da
PRAE.
395
Objetivos do PDI que se
relacionam com a ação
Itens/
Aspecto/
Quesitos
Dimensão Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de
melhorias
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
alunos
Objetivos organizacionais,
que envolvem aspectos de
desenvolvimento da gestão
com cultura, comunicação,
infraestrutura, pessoas e
sustentabilidade
TI 7 - Infraestrutura
Física
Todos os prédios que
necessitam de conexão à
rede para suas atividades
estão sendo atendidos.
Maior parte dos
computadores do CLN está
em boas condições e com
sistema operacional
atualizado.
Demanda crescente por
desempenho.
Equipe de TI apta a
pesquisar ferramentas
digitais disponíveis e
desenvolver pequenas
aplicações.
Equipe de TI disponível
presencialmente no CLN
em horário estendido.
Há necessidade de pontos de rede
que ainda não puderam ser
instalados devido às restrições
orçamentárias.
Há sobrecarga dos sistemas de
ventilação dos racks, que pode
gerar danos aos equipamentos de
rede.
Ausência de processos de
manutenção apropriados para os
nobreaks da central de dados do
CLN.
Problemas estruturais na central
de dados.
Demanda crescente por
desempenho.
A comunidade acadêmica tem
necessidades de software ainda
não atendidas.
Solicitação de aquisição de sistemas de
exaustão forçada para os racks que estão
com problemas de ventilação.
Redução do tamanho dos cabos de rede
para favorecer a ventilação nos racks.
Solicitação de contratação de empresa
terceirizada para realizar a manutenção
dos nobreaks da central de dados.
Continuidade do andamento das medidas
propostas para melhoria na central de
dados.
Implantação de sistema de inventário.
396
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A trajetória da avaliação desenvolvida pela UFRGS, ainda na década de 90, a qual desde
seu início pautou pelo envolvimento e participação democrática da comunidade universitária
nos processos avaliativos e foi reforçada pelo que preconiza o Sinaes. A Universidade tem
conseguido, ao longo das últimas décadas, consolidar uma cultura própria de avaliação.
Os resultados da UFRGS nos processos avaliativos externos estão alinhados com os
resultados da autoavaliação, demonstrando a qualidade do ensino, em níveis de graduação e de
pós-graduação, bem como a relevância das atividades de pesquisa e de extensão. Esse conjunto
de fatores situa a UFRGS entre as melhores Instituições de Ensino Superior do país, segundo
indicadores de qualidade da educação superior. Em 2019, a UFRGS manteve-se como a melhor
universidade federal do país, com conceito máximo (5) no IGC, pelo oitavo ano consecutivo.
Assim, este Relatório apresenta reflexões de autoavaliação dos órgãos da Administração
Central da Universidade, as quais estão organizadas a partir das dez dimensões preconizadas
pelo Sinaes. De forma geral, o documento revela a grande diversidade de atividades
desenvolvidas pela UFRGS na sua relação com as comunidades interna e externa. A missão da
Instituição, como promotora de transformações na sociedade por meio da excelência acadêmica
e do compromisso social está evidenciada em todo o conteúdo do RAAI 2019.
Este documento reflete também a busca pela consolidação de uma cultura de
autoavaliação na UFRGS. Está claro à CPA o desafio da promoção de ações que estimulem o
olhar alinhado entre objetivos de desenvolvimento institucional presentes no PDI, metas de
gestão, atividades das unidades e setores, e práticas autoavaliativas. A esse respeito, a
solicitação de que os Órgãos refletissem sobre suas ações frente ao Plano de Gestão 2016-2020
e ao PDI 2016-2026 foi bastante positiva, com aumento da qualidade da autoavaliação, mas
com potencial para avançar.
Percebe-se o esforço dos diversos atores envolvidos no RAAI 2019 em produzir uma
análise mais crítica e menos descritiva no que diz respeito à relação planejamento-avaliação
institucional. A metodologia adotada pela CPA para a leitura e elaboração de pareceres sobre
os textos encaminhados pela Administração Central mostrou-se exitosa nesse contexto.
Destacam-se, em grandes linhas, na Instituição, ações e iniciativas relacionadas à
sustentabilidade, à transversalidade do conhecimento, à melhoria da comunicação e do
atendimento ao aluno, assim como a ampliação da participação da comunidade universitária
nos processos de avaliação, o aumento das interações acadêmicas nos âmbitos municipal,
estadual, federal e internacional. Este contexto favoreceu a ampliação de parcerias com outras
397
Universidades nacionais e internacionais e a sociedade, buscando fomentar o desenvolvimento
e a inovação, tanto no âmbito estadual como nacional.
Os resultados apresentados nos relatórios da Administração Central, referentes às ações
planejadas para sanar ou mitigar as fragilidades identificadas e reforçar as potencialidades,
poderiam ser ainda melhores, se não houvesse a Universidade enfrentado no ano de 2019 um
de seus maiores desafios, que foram os cortes de verbas federais e outras severas restrições às
suas atividades-fim.
As ações desenvolvidas neste ciclo avaliativo mostram que a UFRGS consolida e
aprimora, gradativamente, o processo de autoavaliação que, ao lado dos processos de avaliação
externa, vem sendo utilizado como recurso permanente e indispensável para a gestão da
instituição, visando à melhoria contínua de sua qualidade e de sua relevância social.
398
5. REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei Nº 10.861, de 14 de abril de 2004. Institui o Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Superior (SINAES). Diário Oficial da União (DOU) Nº 72, Seção 1, Brasília, DF, 15
de abril de 2004.
BRASIL. Nota Técnica INEP/DAES/CONAES, Nº 65, de 9 de outubro de 2014. Roteiro para
Relatório de Autoavaliação Institucional. Brasília, DF, 2014.
PDI 2016-2026. Plano de Desenvolvimento Institucional da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 2016.
PLANO DE GESTÃO 2016-2020. Plano de Gestão da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul. Porto Alegre: UFRGS, 2017.