radamés gnattali

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Page 1: Radamés Gnattali

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MEU AMIGO TOM JOBIM,

MEU AMIGO RADAMES Tom Jobim

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SARAU PARA RADAMÉS Paulinho da Viola

ARRANJOS DE RADAMÉS GNATTALI

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Page 2: Radamés Gnattali

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Ministro da CulturaAluIsio Pimenta

Fundaçlo Nacional de Arte

PresidenteZiraldo Alves Pinto

Diretora-ExecutivaMaria Luiza Librandi

Diretor do Instituto Nacional de MúsicaEdino Krieger

Diretor-Adjunto da Divisa'<> de Música PopularHerm{nio 8ello de Carvalho

Coordenação do Projeto Airton BarbosaVera Fernandes

Projeto e produção gráficaDepartamento de Editoraç/Jo da Funarte

copistaJos~ Augusto Ramos Cruz

A Funarte produziu o Lp Radaml!s Gnattali - oitentaanos com as músicas deste álbum, e editou o livroRadam~s Gnattali - o eterno experimentador, deValdinha Barbosa e Anne Marie Devos.

Copyright@Meu amigo Tom Jobim e Capibaribe -Radamés Gnattali (Rio de Janeiro, Brasil)Meu amigo Radaml!s - Antônio Garlos Jobim (Rio deJaneiro, Brasil)Sarau para Radaml!s - Paulo Cêsar Baptista de Faria(Rio de Janeiro, Brasil)Copyright @Funarte desta edição (1985, Rio deJaneiro)

RADAMÉS GNATTALIO

'cartaz' de Radamés Gnattali como arranjador começou em iníciosda década de 30, quando transpôs para o papel, com absoluta fidelida-de, a 'maneira' de tocar dos pianeiros. Mas foi na Rádio Transmissora

que fez o seu aprendizado em arranjos para grande orquestra, ao estudar aspartituras do arranjador Galvão - um paulista que havia estudado nos EstadosUnidos e que fora contratado para dar tons mais profissionais às gravações,a fim de competir com mais apuro com o disco estrangeiro que chegava aoBrasil com belos arranjos orquestrais.

Na gravadora Victor, onde trabalhava como pianista, compositor e regente,Radamés Gnattali passou a ser contratado também como arranjador, atuandoao lado de Pixinguinha, J- Thomaz, João Martins e José Maria de Abreu.

Arranjador preferido do Orlando Silva, foi através do Cantor das Multidõesque começou a inovar em orquestração. Naquela época, segundo o próprioRadamés, música popular brasileira só se tocava com regional. E passou ausar, em seus arranjos, violinos nas músicas românticas e metais nos sambas.Dar pra frente, mesmo sem intenção, Radamés Gnattali passou a fazer escolana arte de orquestrar a música popular brasileira, numa época em que osmúsicos brasileiros aprendiam ouvindo música americana.

Várias vezes acusado de 'jazzista', Radamés Gnattali tem, na opinião vivencia-da de Paulo Tapajós - pelo longo perrodo da Rádio Nacional -, um ardente

defensor: "[...] a sua preocupação constante com a cultura brasileira, refor-çada pela visão do músico instrumentista, consistia em dar à música populardo Brasil um caráter nacionalista, na época só encontrado nos conjuntosHpicos, sem qualquer preocupação cultural".

Como exemplo podemos citar a grande inovação na forma de orquestrar,quando em 1937 Radamés Gnattali passou a utilizar, por sugestão de seuamigo percussionista Luciano Perrone, os desenhos rftmicos da percussãonos demais grupos de instrumentos da orquestra. Até então, a parte rftmicaficava a cargo dos instrumentos de percussão e a melódica e harmônica eramdistribu ídas entre os instrumentos de cordas e os de sopros. Em 1939, pro-vocou irflpacto com o arranjo da música Aquarela do Brasil, passando a darnova função aos metais e às palhetas na orquestração do samba.

O talento de Radamés Gnattali também foi observado por Mário de Andrade,em 1939, ao comentar uma de suas obras eruditas: "Radamés Gnattali temuma habilidade extraordinária para manejar o conjunto orquestral que fazsoar com riqueza e estranho brilho. Apesar de sua mocidade, Radamés jádomina a orquestra como raros entre nós. É a nossa maior promessa nomomento".

Hoje saudado como um dos grandes criadores da música brasileira, RadamésGnattali tem, na sua função de orquestrador, apenas um dos aspectos de suaperformance. Nascido em Porto Alegre, a 27 de janeiro de 1906, é dos poucosmúsicos brasileiros que exerce em plenitude todas as nuanças da música: éinstrumentista, arranjador, compositor e regente.

Valdinha BarbosaRio de Janeiro, setembro 1985

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FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTEInstituto Nacional de Música/Divisã'o de Música Popular

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PROJETO AIRTON BARBOSA

OProjeto Airton Barbosa, assim denominado em homenagem à memó-ria do grande fagotista precocemente falecido e que atuou com igualbrilho nas áreas da música erudita e popular, representa um elo com-

plementar da série de ações que a Funarte vem desenvolvendo no sentido depromover, apoiar, divulgar e preservar as manifestações culturais do povobrasileiro no dominio da música.O Projeto Lúcio Rangel de Monografias tem propiciado o registro bibliográfi-co e o levantamento de todo um repertório, inédito em disco ou em partitura,de compositores que cobrem riqu(ssima diversidade de estilos e de formasmusicais.O Projeto Pixinguinha tem acionado uma enorme massa de intérpretes,levando-os aos mais distantes rincões do país num esforço de formação denovas platéias e de mobilização cultural das comunidades.O Projeto Ary Barroso divulga nossa música popular fora do pa ís, em convê-nio celebrado com o Ministério das Relações Exteriores.O Projeto Almirante se propõe a fazer o registro discográfico dos resíduosdecorrentes da ação da Funarte e reeditar títulos essenciais ao entendimentode nosso processo cultural, objetivando o escoamento de uma produção artís-tica que dificilmente seria absorvida pelo circuito discográfico comercial.O Projeto que engloba, no campo da música popular, as atividades das salasFunarte Sidney Miller/RJ, Guiomar Novaes/SP e Brasília, absorve um tipo deprodução que raramente ou nunca tem acolhida no circuito convencional dosespaços que divulgam a música.O Projeto Airton Barbosa amplia esse ciclo harmonioso, fazendo, com relaçãoao registro gráfico, o que o Projeto AI mi rante faz com referência ao disco:promover a edição das partituras das músicas inéditas levantadas no ProjetoLúcio Rangel de Monografias e dos novos arranjos feitos para essas músicas;reeditar aquelas que, embora verdadei ramente representativas da criatividadenacional, se acham fora do alcance do grande público, confinadas nos acervosoficiais ou em coleções particulares, ou, ainda, a música cuja reedição não seinsira na linha dos interesses comerciais das editoras.Com referência aos arranjos vem a propósito lembrar que essa é uma carênciadetectada no mercado editorial brasileiro e que tem levado nossos composito-res a recorrerem aos arranjos estrangeiros.

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PAB 85003Apoio cultural

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E proi bida a reproduçâ'o total ou parcial destaspartituras. Esta e as demais edições Funartepodem ser adquiridas também pelo

REEMBOLSO POSTAL Funarterua Araújo Porto Alegre 80 LOJA20030 Rio de Janeiro RJ