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2 Raio–X

Conteudo

GEMCC 2Carlos Vilhena

Problemas Matematicos 2

Entrevista ao Director de Curso 3Adriana Sucena Santos

Seleccao de Ligacoes 6

Entrevista a Dr. Adriana Carvalho 7Adriana Sucena Santos

Investigacao no GCOM 9Joana Vilas Boas

Projectos ACM 10Paulo Silva

Crıtica Cultural 10A Cancao de Kali

Anedotas 11

Passatempos 12

GEMCC

O corrente ano lectivo e um ano de profundas mudancasno seio da LMCC/LCC. O processo de Bolonha foi im-plementado no curso, e e o primeiro ano em que a novalicenciatura decorre sobre esse processo. Novos alunoschegam a universidade, com novas perspectivas, e novoshorizontes que a nova licenciatura lhes oferece. Outrosterminam em breve o seu percurso academico na anteriorlicenciatura.

Olhando para todas estas mudancas, surge a necessidadede alterar profundamente o GEMCC e o seu percurso,

de forma a adapta-lo a nova licenciatura, abrindo novoshorizontes e ainda mostra-lo aos novos alunos, para quepercebam quais os objectivos do grupo, e de que forma ogrupo os pode ajudar, pois esse e o nosso principal objec-tivo.

Quando esta direccao se candidatou a lideranca do GEMCC,fe-lo pelo orgulho de representar um grupo que de anopara ano ganha cada vez mais apoio e confianca das pes-soas que nos rodeiam, e ainda pelo prazer de ajudar todosos alunos de LMCC/LCC que precisem de nos. Por outrolado, para alem do orgulho de liderar este grupo, existeainda a grande responsabilidade de seguir o grande tra-balho realizado pelos anteriores presidentes. Herdamosdo anterior presidente Goncalo Gomes e da sua direccaouma grande estabilidade e organizacao, bem como pro-jectos de grande importancia para a contınua ajuda quepretendemos prestar aos alunos dos dois cursos.

Para conseguirmos adaptar o grupo ao novo curso LCC,vamos ate ao final da legislatura apresentar em assembleia-geral os novos estatutos do grupo, bem como o novo re-gulamento interno. Foi ainda lancado o concurso para onovo logotipo do grupo, que devera conter o novo nome,ja decidido, que passamos a anunciar: apos a apresenta-cao dos estatutos, e caso eles sejam aprovados, o grupopassara a chamar-se NECC (Nucleo de Estudantes de Ci-encias da Computacao). Brevemente sera lancado aindao novo site do grupo, mais atractivo, e mais funcional emrelacao ao existente.

Estaremos ainda presentes na organizacao de varios even-tos no decorrer do proximo semestre, entre os quais aETAPS’07, que se trata de um grande evento internaci-onal, bem como na realizacao de cursos e workshops di-reccionados a todos os alunos em geral, mas claro para osalunos de LMCC/LCC em particular, para que possamassim prosseguir da melhor maneira a sua aprendizageme alargar o seu conhecimento.

Resta-me desejar aos novos alunos que comecem esta novaetapa da sua vida da melhor maneira, e que sempre queprecisarem de ajuda, saibam que podem contar com oGEMCC.

Desejo a todos os alunos boa sorte para a epoca de examesque se avizinha, e que todos possam cumprir da melhormaneira os seus objectivos.

Por fim, um excelente Natal a todos os leitores, e umprospero Ano Novo. Que 2007 seja um ano de sucessopara todos voces e para o GEMCC.

Carlos [email protected]

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Raio–X 3

Problemas Matematicos

As solucoes aos problemas serao apresentadas no proximonumero do Raio–X. Usa o sıtio do GEMCC para discutir osproblemas e as varias formas de os resolver.

Solucoes do numero anterior

O Euro Perdido

Tres indivıduos entraram num hotel. Pagaram 30 euros(no total) e foram para o respectivo quarto. O gerente che-gou a conclusao de que devia ter cobrado apenas 25 euros,pelo que pediu ao empregado para ir devolver 5 euros. Aosubir ate ao quarto, o empregado comecou a pensar quedividir 5 euros por tres pessoas ia ser difıcil. Entao, re-solveu ficar com 2 euros e entregar 1 euro a cada um dosindivıduos.

Portanto, cada indivıduo pagou 10 euros, e recebeu umde volta. Ou seja, cada um pagou 9 euros totalizando 27euros. O empregado ficou com dois euros, totalizando 29euros. Onde ficou o euro perdido?

Neste enunciado nao existe realmente qualquer euro per-dido. A verdade e que a forma como o enunciado estaescrito leva-nos a acreditar na falta de um euro.

A seguinte tabela resume as etapas referidas no enunciado:clientes empregado gerente

inıcio 30 0 0pagam quartos 0 0 30dev. ao empregado 0 5 25dev. aos clientes 3 2 25

Ou seja, a cada passo, existem sempre 30 euros ao ba-rulho. Cada cliente pagou 27 euros, que e o total que oempregado e o gerente possuem. Nada se perdeu!

Caixas

Existem duas caixas. Uma com uma etiqueta “A” e outracom uma etiqueta “B”. A etiqueta da caixa “A” diz ainda:“A etiqueta da caixa B e verdadeira, e o ouro esta na caixaA”. A etiqueta da caixa “B”diz que “A etiqueta na caixa Ae falsa, e o ouro esta na caixa A”. Assumindo que existeouro numa das caixas, que caixa contem o ouro?

Este problema nao pode ser resolvido com a informacaodada.

Como a etiqueta na caixa “A” diz “A etiqueta da caixa Be verdadeira, e o ouro esta na caixa A” e a etiqueta nacaixa “B” diz “A etiqueta na caixa A e falsa, e o ouro estana caixa A”, poderiamos argumentar que: se a afirmacaoda caixa A e verdadeira, entao a afirmacao na caixa Be verdadeira ja que isso e o que a afirmacao da caixa Adiz. Mas a afirmacao da caixa B diz que a frase da caixaA e falsa, o que contradiz a assuncao original. Entao, a

afirmacao da caixa A tem de ser falsa. Isto implica que oua frase da caixa B e falsa ou que o ouro esta na caixa B. Sea frase da caixa B e falsa, entao ou a afirmacao da caixaA e verdadeira (que sabemos nao ser) ou o ouro esta nacaixa B. Em qualquer um dos casos, o ouro esta na caixaB.

No entanto, existe uma assuncao escondida neste argu-mento: nomeadamente, que cada afirmacao deve ser ver-dadeira ou falsa. Esta assuncao leva a paradoxos. Porexemplo, considerem a afirmacao: “esta afirmacao e falsa”.Se for verdadeira, e falsa; se for falsa, e verdadeira. Aunica forma de resolver o paradoxo e negar que a afirma-cao e verdadeira ou falsa, e classifica-la como “sem signifi-cado.” Desta forma, cada uma das afirmacoes nas caixassao sem significado e nada pode ser concluido a partirdelas.

Problema da edicao

Um alpinista sobe a uma montanha. Comecou a subir as2:00 da tarde de uma Sexta-Feira. Ele vai subindo a umavelocidade variavel, ja que para de vez em quando paraver a paisagem. Fez a subida em quatro horas. Depoisde passar a noite no topo, voltou pelo mesmo caminho,saindo do topo pelas 2:00 da tarde. Ao descer, mais umavez, fa-lo a uma velocidade variavel, e para de vez emquando para ver a paisagem. Demorou-lhe 3 horas paradescer a montanha.

Qual e a probabilidade de que exista um ponto no per-curso em que o alpinista tenha estado a mesma hora naSexta e no Sabado?

Entrevista ao Director de Curso

Neste ano de mudancas em LMCC/LCC com o processode Bolonha, decidimos entrevistar o novo Director de Curso,o Professor Alberto Proenca, para esclarecer algumas ques-toes importantes para todos os alunos dos dois cursos. Deseguida e apresentada essa entrevista.

RX: Que objectivos tem, como director de curso, para aslicenciaturas de CC e MCC?

AP: Como e obvio, gostaria que a LCC fosse a melhor dopaıs e uma referencia a nıvel europeu. E o que e MCC?A antiga licenciatura? Essa passou a historia; nao e paraesquecer, mas e um grau do passado. MCC e a designa-cao actual do mestrado em CC (2ociclo), e gostaria queo resultado da sua obtencao fosse considerado um valorrealmente acrescentado em relacao a formacao de base deuma licenciatura, no sentido de ter contribuıdo para umaespecializacao numa das areas da informatica, com apro-fundamento de uma tematica e consequente elaboracao de

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um verdadeiro espırito crıtico cientıfico, profissional e depesquisa (inquisitivo). Uma verdadeira iniciacao a umainvestigacao que se prolongaria num doutoramento. Naonos podemos esquecer que se nos deslumbramos hoje comtoda a tecnologia que nos rodeia, muito se deve aos eleva-dos investimentos que foram efectuados em ciencia ha 50anos atras; e a ciencia que faz mover a tecnologia, e CCe uma ciencia, nova, mas e mais que simplesmente pro-gramar! Tal como na engenharia mecanica ha mais queconstruir carros e na engenharia civil mais do que fazercasas e pontes.

Mas regressemos a terra. Uma vez que apenas sou di-rector da licenciatura, e vivemos numa regiao muito con-creta (demograficamente rica em termos de juventude)num paıs Europeu tambem muito concreto (que infeliz-mente nao educa adequadamente os seus jovens ao nıveldo secundario, e que nao incentiva neles o gosto e pai-xao pelo aprender e pela ciencia), vamos falar apenas dalicenciatura.

E fico com o dilema: ou luto por uma LCC de referen-cia a nıvel europeu, mas apenas graduamos meia duzia de”cerebros”por ano, ou entao somos mais maleaveis e inves-timos em formacao complementar, no sentido de dotar osnossos estudantes com competencias mais genericas (sa-ber comunicar o que sabe/faz, saber trabalhar em equipa,saber aprender por si so) em detrimento de uma compo-nente mais rica de competencias especıficas, e somos me-nos exigentes nestas de modo a permitir uma reducao noinsucesso e abandono escolar. Gostaria de pensar que estaultima situacao, a mais realista nos tempos que correm,e apenas uma situacao passageira, e que dentro de pou-cos anos as coisas melhorarao. Ou entao devo ser maispragmatico e acompanhar a onda da OCDE: as actuaislicenciaturas sao educacao terciaria (que vem depois daprimaria e secundaria), e talvez se considere que a educa-cao superior apenas comeca no 2o ou 3o ciclo...

RX: Qual a sua opiniao sobre o GEMCC? O que espera dogrupo?

AP: Tenho tendencia em olhar para o GEMCC comouma estrutura de estudantes com interesses comuns (fre-quentam um mesmo curso) e que como tal tentam de-fender e promover a valorizacao e as condicoes vivenciaisdos colegas que ”habitam”nesta mesma instituicao. Agemde maneira independente do seu ”sindicato”(AAUM) epreocupam-se com outros valores, mais humanısticos mastambem mais cientıficos. Tenho encontrado por parte doGEMCC uma grande abertura e disponibilidade para ta-refas conjuntas de promocao de actividades de treino dosfuturos cientistas da computacao, comecando pelos maisnovatos. E se calhar espero demais deste grupo entusi-asta de jovens: conto ainda com a sua colaboracao com acomissao de curso no sentido de passarem uma mensagempositiva aos colegas sobre a seriedade e responsabilidadedo papel que desempenha um estudante do ensino supe-rior.

RX: Quais as vantagens de LCC em relacao a LMCC? Comofoi LMCC transformado em LCC? Como foi feita a transicaopara creditos ECTS?

AP: LMCC foi revista em 2004 numa perspectiva de seacompanhar as grandes mudancas de paradigmas que en-tao ja se desenhavam para o ensino universitario na Eu-ropa: dar mais atencao ao processo de aprendizagem ac-tiva durante todo o percurso dos estudantes na sua passa-gem pela universidade, valorizando a interaccao docente-estudante numa perspectiva distinta dos modelos tradici-onais. Mas esta mudanca de paradigma exigia tambemuma mudanca de atitude das estruturas de gestao e degoverno no funcionamento do processo de aprendizagem:menos aulas de massas, mais horas de contacto em con-cretizacao de tarefas reais do quotidiano, melhor relacaono de alunos por docente.

Mas afinal o que veio com Bolonha para Portugal foi ape-nas uma mudanca das designacoes (mudaram-se as rou-pagens), uma conversao aritmetica de creditos - que me-diam a quantidade de trabalho dos docentes, para creditosque supostamente medem a quantidade de trabalho mediodos estudantes - e a reestruturacao introduzida em 2006limitou-se a converter a formacao prevista de 3+1+0.5(3 anos de formacao de base, 1 ano de formacao comple-mentar especializada, 1/2 ano de estagio), numa de 3+2(os 3 que ja existiam, os 2 do mestrado com reforco dacomponente de iniciacao a investigacao no projecto final).

As verdadeira consequencias desta transicao vao dependermais da vontade de mudanca de atitude dos docentes, quedos proprios estudantes. Estes sao jovens e moldam-sebem a novos desafios, se forem devidamente estimulados.

RX: Na opiniao do Professor, as empresas que darao em-prego a LMCC/LCC vao ter preferencia entre um licenciadode LMCC ou um mestre (por Bolonha)?

AP: Estao aqui 2 questoes: uma generica (se um licen-ciado pre-Bolonha vale mais que um mestre ”bolonhes”)e uma concreta (grau LMCC versus grau MCC). A pri-meira vai depender dos cursos, pois nem todos os novosmestrados vieram substituir as antigas licenciaturas lon-gas (mais de 4 anos). No caso concreto de LMCC versusMCC, acredito que a formacao em MCC sera bem maisrica e profunda que LMCC. Pelo menos no papel assimparece...

RX: O curso de LMCC esta bem cotado a nıvel europeu.No entanto, a nıvel nacional esta a descer no ranking doscursos de informatica. Porque e que acha que tais factos severificam?

AP: Quem disse que LMCC esta a descer no ranking deinformatica? A ultima vez que LMCC foi avaliada foi nomeio de cursos de matematica e nao de informatica. Ese se refere a procura por parte de estudantes que ingres-sam na universidade, o panorama e ate bastante favoravela CC se compararmos com outras areas: nao ha muitomaior procura em engenharia civil, mecanica e electro-

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tecnica/electronica, do que em fısica? E em engenhariabiologica e biomedica do que em biologia? Neste aspectoa relacao entre a procura em engenharia informatica e emciencias de computacao (ate o nome nao ajuda, mas naonos podemos vender ao marketing) nao e assim tao ma...Sao precisos muitos mais engenheiros para se construırembens, e menos para se fazer avancar a ciencia ou para autilizar de uma maneira consciente e eficaz.

RX: No ano passado LMCC so encheu as vagas na segundafase. Porque razao e que as vagas foram aumentadas esteano?

AP: Eu tambem gostaria de saber... Mas desconfio quetem a ver com uma questao de gestao global da ofertade vagas em Ciencias, onde as universidades receberaminstrucoes para nao baixar o numerus clausus; como haviacursos com pouca procura e outros com mais, e cursos afechar, LCC teve de sofrer um aumento de 10% no no devagas.

RX: Qual e a opiniao do Professor sobre os alunos daremaulas?

AP: Compete aos docentes de carreira ”darem as aulas”.Os estudantes de anos mais avancados das antigas licenci-aturas (nao sei o que vai acontecer com as novas) e os es-tudantes de pos-graduacao poderao colaborar com os do-centes no acompanhamento laboratorial (e mesmo extra-escolar) em disciplinas do curso, conforme preve o ECDUpara a figura de monitor. Esta figura tıpica em Inglaterra(”demonstrators”) ou nos EUA (”teaching assistants”, ouTA), corresponde a situacao em que estudantes sao con-tratados em regime identico aos nossos monitores, essenci-almente para acompanharem os trabalhos laboratoriais epara classificarem os trabalhos de casa e os experimentais;por vezes prestam ainda esclarecimentos sobre a resolucaode problemas, em sessoes designadas por ”tutoriais”, umavez que nesses paıses nao funcionam aulas TP de resolu-cao de problemas como ca. Um estudante nesses paısesfaz um esforco para aprender trabalhando na resolucaodos problemas que o docente indica ou da bibliografia se-guida numa disciplina, e depois os monitores ajudam-nosquando eles tem duvidas. E essa a principal funcao de ummonitor, quer ca, quer la. O que por vezes se passa por ca,e que as nossas aulas TP (que nao deveriam existir!) saodadas por monitores nao acompanhados por outros docen-tes, e isso nao e legal, mas e uma forma de em Portugal seresolverem situacoes de falta temporaria de docentes. Pes-soalmente nao concordo com monitores sozinho a ”daremaulas”, embora ate eu as tenha dado quando fui monitorem 1974/75... Nao tive outra alternativa.

RX: Os trabalhadores-estudantes tem um estatuto especial.No entanto, nem sempre os professores aceitam esse esta-tuto, mesmo depois do aluno mostrar os direitos que tem. Oque se deve fazer nessas situacoes? Resumidamente, comoproceder, quando os professores nao cumprem as regras quelhes sao impostas?

AP: Primeiro, dois considerandos genericos: nao gosto do

termo ”trabalhador-estudante”(T-E), pois da a entenderque um estudante nao e trabalhador, o que e falso; trata-seaqui de uma situacao de duplo emprego, um remunerado,outro nao; por outro lado, ha mais grupos de estudantescom estatutos especiais (os portadores de deficiencia e osatletas de alta competicao, por ex.).

Mas a questao concreta era sobre os T-E. Os docentesnormalmente nao se lembram de todos os pormenores re-lativos as situacoes especiais dos seus estudantes. Todossabem por ex., que um T-E nao pode ser impedido de ira exame so por ter faltado as aulas, mas poucos se lem-brarao porventura que estes tem prioridade na escolha deturnos praticos, se nao os houver em horario pos-laboral(18h-20h ou sabados de manha, segundo o RIAPA aindaem vigor); ou ainda que se estes obtiverem aproveitamentona componente pratica num dado ano, mas falharem norestante, essa nota pratica fica congelada para o ano se-guinte. Mas o que os T-E normalmente nao sabem e queo seu estatuto nao os liberta de serem sujeitos ao mesmonıvel e rigor de avaliacao que os restantes colegas, e porvezes os conflitos resultam daqui.

Como proceder quando os docentes nao cumprem a suaparte? Alertarem a direccao de curso, atraves do estu-dante representante desse ano na comissao de curso. Ecompete depois ao director de curso tentar compor a si-tuacao, com diplomacia e muito bom senso.

RX: Teoricamente, os alunos devem trabalhar 40 horas se-manais. A carga de trabalho simultanea em diferentes ca-deiras faz com que tal numero de horas seja ultrapassado.Aparentemente, em LMCC nao ha qualquer tipo de comu-nicacao entre os docentes de cada ano. Alias, por norma osprofessores nao sabem o que e que temos que fazer noutrascadeiras. Alguma coisa mudou em LCC, para que este factonao se verifique?

AP: O RIAPA que temos esta desactualizado e nao estade acordo com as disposicoes legais nacionais. O RIAPAestabelece que o ”numero total de horas de trabalho se-manal do estudante, incluindo o trabalho independente,nao deve exceder as 40 horas”e logo a seguir afirma que a”duracao total do ano lectivo e de 40 semanas, incluindoos perıodos de avaliacao”. De acordo com estes 2 pon-tos, esperar-se-ia que um estudante a tempo inteiro tra-balhasse no maximo 1600h por ano. Pergunto: conhe-cem algum estudante que tenha trabalhado uma mediade 40h/semana durante 40 semanas?

Mas se formos ao DL-42/2005 de 22-Fev, onde se defineo regime de ECTS, esta la claro que as horas estimadasde trabalho de um estudante a tempo inteiro num anocurricular ”situa-se entre mil e quinhentas e mil seiscen-tas e oitenta horas e e cumprido num perıodo de 36 a 40semanas”; feitas as contas, espera-se que um estudantetrabalhe em media 42h/semana durante as 36 ou 40 se-manas do ano curricular (na Europa do Norte este valorchega a atingir as 56h/semana). E e em media! Dosdados que recolhi durante 2 semestres consecutivos (por

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inqueritos semanais), em que os estudantes se queixavamda carga excessiva de trabalho da minha disciplina, queera uma entre 5 ou 6, mostrou que a media de tempodedicada a minha disciplina durante o perıodo lectivo ra-ramente ultrapassou as 7h, o que prova que os estudantesportugueses nao desenvolveram ainda habitos regulares detrabalho. E se nao criam esses habitos agora, quando ofarao? Depois de serem despedidos 2 ou 3 vezes do seulocal de trabalho?

Sera que os docentes tambem sao responsaveis por estassobrecargas de trabalho? Poderao ser, em determinadassemanas do semestre; e como racionalizar esta distribui-cao da carga de trabalho? Por parte dos estudantes, fa-zendo um esforco semanal para se manterem a par dasmaterias, em vez de o concentrarem na semana da avali-acao; por parte da direccao de curso, nomear um docentecoordenador por cada ano do plano de estudos e fazer reu-nioes periodicas com a essa equipa de docentes, para pla-neamento e acompanhamento da actividade lectiva e deavaliacao. Isto comecou a ser feito no passado em LMCC,e foi integralmente seguido este ano lectivo com os 3 anosde LCC. Cada docente sabe quais as materias que estao aser leccionadas pelos colegas que tem os mesmos alunos,e quais as suas datas de avaliacao. Vamos aguardar pelosresultados.

RX: Pior do que a falta de comunicacao dos docentes decadeiras diferentes e a falta de comunicacao entre professo-res da mesma cadeira. Isto leva a que nas aulas praticas oprofessor nao saiba o que e que foi dado e ainda, que nacorreccao dos exames haja incoerencias, ou seja, criterios decorreccao diferente. Esta claro que quem sai prejudicadocom isto e o aluno, pois de acordo com um professor, resol-veu o exercıcio correctamente; ja para o professor que esta acorrigir, esta parcialmente ou na totalidade incorrecto. Falarcom os professores nao serve de muito; os alunos nao saoouvidos, por norma. Como fazer a justica nestas situacoes?

AP: Esta situacao e equivalente a muitas outras de fun-cionamento deficiente de disciplinas. Acontece aqui e emqualquer parte do mundo. Infelizmente ha sempre injus-ticas, por muito que se tente combate-las. O mecanismoque temos na UM para minimizar este e outros tipos deproblema ja o referi antes: cada ano do curso tem um es-tudante a representa-lo na comissao de curso, e competea este vosso colega levantar o problema ao coordenadorde ano e, eventualmente, tambem a direccao de curso. Eesta tentara resolver o problema sempre com muita diplo-macia e bom senso. Este metodo funcionou muitas vezescom sucesso em LMCC, e em LCC ainda nao recebi qual-quer participacao ou queixa. Este metodo de actuacao emuito poderoso e tenciono continuar a usa-lo.

Adriana Sucena [email protected]

Evolucao

Seleccao de Ligacoes

http://www.gameknot.com/

Gostas de jogar xadrez? Nao tens tempo nem pacien-cia para jogar em tempo real? Entao este site e para ti.Regista-te e joga. Tens no mınimo 3 dias para cada umadas tuas jogadas. Visita-o diariamente para fazer as tuasjogadas!

http://www.dpreview.com/

Se ainda nao tens uma maquina fotografica digital, ouestas a pensar comprar uma nova (para concorrer ao nossoconcurso de fotografia, por exemplo) podes encontrar aquitoda a informacao detalhada sobre todos os modelos domercado!

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http://www.google.com/calendar/

Se ate agora nao tınhamos e-mail e o Google nos forne-ceu o Gmail, agora se nao tınhamos organizacao, vamospassar a ter. O Google disponibilizou um Organizer ouCalendario on-line, todo em tecnologia AJAX que podemusar para organizar a vossa vida.

Entrevista a Dr. Adriana Carvalho

Para esclarecer os alunos de LMCC/LCC sobre todos osprogramas de intercambio entre estudantes de diferentespaıses, e ainda sobre algumas questoes sobre esses progra-mas, entrevistamos a responsavel pelo Gabinete de Re-lacoes Internacionais da Universidade do Minho, Dra.Adriana Lago de Carvalho. De seguida apresento a en-trevista realizada.

RX: Em que e que consiste o programa Leonardo da Vinci?

AC: E uma iniciativa da Uniao Europeia que te permiterealizar um estagio curricular (integrado na licenciatura)ou profissional (apos o termino da licenciatura) em ambi-ente empresarial com a duracao de 3 a 12 meses.

RX: De que maneira e que nos podemos candidatar a esteprograma?

AC: Atraves do Gabinete de Relacoes Internacionais daUniversidade do Minho. Devendo apresentar os seguintesdocumentos:

• Ficha de inscricao devidamente preenchida em In-gles ou na lıngua do paıs pretendido;

• 1 Fotografia;

• Carta de apresentacao em Ingles ou na lıngua dopaıs pretendido (dirigida as empresas em geral);

• Curriculum Vitae (CV) detalhado, em Ingles ou nalıngua do paıs pretendido;

• Fotocopia do BI.

No caso de jovens licenciados, e necessario juntar uma fo-tocopia da certidao de habilitacoes ou parecer da univer-sidade comprovando que ja terminaram o curso superior.

RX: Existe bolsa para este programa? Se sim, quando eque e dada essa bolsa?

AC: Sim, existe bolsa. A bolsa atribuıda corresponde aum montante mensal fixo para despesas de subsistenciano valor de 500 Euros para estagios de 6 meses. E semprepossıvel conseguir alguma ajuda por parte da entidade quete recebe, nomeadamente para o pagamento das despesasprincipais ou, em alternativa, o alojamento e/ou a alimen-tacao. Contudo, e importante salientar que a empresanao e obrigada a apoia-lo financeiramente.

Alem disso, o Leonardo concede um subsıdio para a via-gem, ate um maximo de 400 Euros (ida e volta); um sub-sıdio para aprendizagem linguıstica e/ou cultural nuncainferior a 150 Euros (implicam apresentacao de recibospara efeitos de reembolso); e um seguro de trabalho, quecobre riscos profissionais.

A modalidade de pagamento e a seguinte:

• Reembolso das despesas de viagem e subsıdio de pre-paracao linguıstica mediante apresentacao dos com-provativos;

• Bolsa: 60% apos assinatura do contrato por todasas partes envolvidas, 20% apos recepcao relatoriointermedio; 20% finais apos recepcao relatorio final.

RX: Os nomes ERASMUS e SOCRATES surgem muitasvezes separados. Ha alguma diferenca entre os dois?

AC: O Programa Erasmus - ”European Community Ac-tion Scheme for the Mobility of University Students”foiestabelecido em 1987. Foi buscar o nome a DesodorizoErasmo (1465-1536), um filosofo, teologo e humanista quededicou a sua vida a reconciliacao dos pensamentos cris-tao e humanista no contexto de um conceito universal desaber que ele via como a chave para a promocao do en-tendimento mutuo entre os povos. De grande erudicaoem teologia, educacao retorica e estudos classicos - paraalem de ter sido tambem um brilhante satırico frequen-temente em conflito tanto com as autoridades instituıdascomo com os seus confrades reformadores - Erasmo deRoterdao estudou e ensinou em Franca, Inglaterra, Italia,Suıca e na actual Belgica - um verdadeiro precursor dosistema ”Erasmo”.

O actual Programa SOCRATES (adoptado em 1995) dacontinuidade e maior abrangencia ao Programa Erasmo,apoiando a cooperacao Europeia em oito areas, desde oensino basico ao ensino superior, passando pelas novastecnologias e pela educacao de adultos. A accao do Pro-grama SOCRATES que se debruca sobre o Ensino Supe-rior herdou o nome Erasmo, para mostrar que constitui acontinuacao, numa forma revista e alargada, do anteriorprograma.

RX: Porque razao e que no programa ERASMUS existelimite de alunos para cada destino, sabendo que, em deter-minadas situacoes, a universidade destino nao se importariade receber mais alunos?

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AC: Os protocolos estabelecidos com as instituicoes par-ceiras para cada area preveem os fluxos envolvidos (no deestudantes, duracao respectiva da mobilidade e nıvel deformacao), que devem tanto quanto possıvel serem res-peitados, apesar de existir em algumas situacoes algumaflexibilidade (cada vez mais rara). Independentemente dareceptividade da instituicao parceira, seria extremamenteredutor enviar todos os estudantes de uma determinadaarea para o mesmo destino. Ha uma preocupacao estra-tegica orientadora com os equilıbrios de fluxos e represen-tatividade das parcerias existentes.

RX: A que alunos se destina o programa ERASMUS?

AC: Podem candidatar-se todos os alunos cidadaos, oucom estatuto de residente permanente, de um dos 25 paı-ses da Uniao Europeia, Islandia, Liechtenstein, Noruega,Romenia, Bulgaria e Turquia.

Outra condicao e que estejam inscritos na Universidadedo Minho e que tenham completado o seu primeiro anode estudos universitarios. E importante salientar que haalgumas areas onde a mobilidade so e permitida nos ulti-mos anos do curso. O programa Erasmo abrange todos osnıveis de formacao universitaria: licenciatura, mestrado edoutoramento.

RX: Qual a percentagem aproximada de alunos que inter-rompe o programa ERASMUS, ou seja, que apos ter ido paraa universidade destino, volta antes de terminar o semestre?

AC: Os numeros variam de ano para ano e as razoes saovariadıssimas, pelo que devemos ter algum cuidado comos numeros globais. De qualquer forma, as desistenciasnao ultrapassam os 5%.

RX: De que forma e feita a equivalencia das notas adqui-ridas no programa ERASMUS? Ou seja, se, por exemplo,tivermos 15 valores numa cadeira feita em ERASMUS queclassificacao teremos na(s) cadeira(s) equivalente(s)?

AC: Infelizmente, esta questao nao pode ser apresentadade forma tao simplista, pelo que agradecemos que con-sulte o site http://www.gri.uminho.pt/Default.aspx?tabid=10&pageid=394&lang=pt para obter informacoesadicionais sobre o processo de reconhecimento academicoadoptado na UM.

Ha normalmente alguma flexibilidade no procedimento autilizar para reconversao das notas obtidas no estrangeiropara a escala nacional: a) utilizacao de tabelas de con-versao definidas para os diversos paıses participantes eadoptadas como orientacao/referencia por varias institui-coes de ensino superior europeias; b) aplicacao do per-centual ECTS, tendo como referencia o desempenho dosalunos que efectuaram as disciplinas na Universidade doMinho com aproveitamento; c) resultados nao sujeitos aconversao, quando as notas indicadas pela instituicao deacolhimento ja vem apresentadas na escala nacional (oque normalmente acontece no caso dos projectos em queos parceiros definem uma grelha comum de avaliacao); d)utilizacao de a) e b) de forma complementar;

RX: Quem tem bolsa atribuıda pelos SASUM, continua areceber esta bolsa, ao participar no programa ERASMUS?Se sim, recebe tambem a bolsa fornecida pelo programa?

AC: Sim, se recebes uma bolsa dos Servicos de Accao So-cial da Universidade do Minho, podes continuar a recebe-la, juntamente com a Bolsa de Mobilidade Erasmo.

RX: Ha vantagens a nıvel de currıculo, por ter frequentadoo programa ERASMUS ou Leonardo da Vinci?

AC: Sim, sem sombra de duvidas. As vantagens sao inu-meras:

• Oportunidade unica!

• Crescimento pessoal e intelectual;

• Enriquecimento cultural, linguıstico, educacional eprofissional;

• Maior empregabilidade futura nao so em mercadosestrangeiros, mas tambem nacionais (cada vez maisinternacionalizados);

• Acesso a novas tecnologias/sistemas de ensino supe-rior/metodos pedagogicos/processos de organizacaoe de gestao inovadores;

• Obtencao/desenvolvimento de ”competencias trans-versais/auxiliares”(conjunto de capacidades, conhe-cimentos e experiencias indispensaveis ao sucessoprofissional nos dias de hoje em qualquer area deactividade):

– Flexibilidade;

– Autonomia;

– Conhecimentos linguısticos/comunicacao;

– Iniciativa/Espırito empresarial;

– Capacidade de adaptacao/Trabalho em equipa;

– Alfabetismo internacional (sensibilidade inter-cultural e consciencializacao internacional);

– Auto-conhecimento;

RX: Quais sao os destinos mais procurados na area de in-formatica?

AC: Holanda, Eslovenia, Reino Unido, Finlandia, Suecia,Italia e Espanha.

RX: Ja houve situacoes em que a Universidade do Minhoperdeu a parceria com outra universidade, devido a accoesdesadequadas da parte dos alunos? Se sim, quais accoes?

AC: Situacoes delicadas ja existiram, mas nunca a pontode a parceria ter se perdido explicitamente por esta razao.

RX: Quais as maiores dificuldades que enfrentam os alunosque participam nos programas supracitados?

AC: Insuficiencia da bolsa oferecida no ambito do Pro-grama SOCRATES/ERASMUS; deficiencias linguısticas,

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Raio–X 9

Dificuldades de alojamento; deficiente acolhimento ofere-cido pela instituicao de destino; pouca organizacao/preo-cupacao na recepcao e integracao dos alunos; Dificuldadede integracao na comunidade estudantil nacional, etc.

RX: Quais as implicacoes do processo de Bolonha nos pro-gramas de intercambio?

AC: Necessidade de revisao do formato ideal de mobili-dade. Revisao parcerias e duracoes estada; reducao damobilidade ao nıvel do 1o ciclo; mais alunos do 2o ciclomoveis; promocao de uma nova modalidade de mobili-dade: vertical e nao tanto horizontal; maior selectividade,etc.

RX: Ha mais programas, para alem do ERASMUS e Leo-nardo da Vincai, ao acesso dos alunos? Se sim, quais?

AC: Por favor, consultar http://www.gri.uminho.pt/OUT e http://www.gri.uminho.pt/Divulgac~ao

Adriana Sucena [email protected]

Investigacao no GCOM

Como deve ser do conhecimento de todos, no Departa-mento de Informatica da Universidade do Minho, docen-tes e alunos, nao so se dedicam ao ensino e aprendiza-gem no ramo da Informatica e Programacao, como tam-bem investigam, em prol do desenvolvimento desta area.Este departamento engloba varios grupos de investigacao!Um deles e o Grupo de Comunicacoes por Computador(GCOM) e e sobre este grupo que vamos falar neste ar-tigo!

Depois de falarmos com o Professor Pedro Sousa, mem-bro do Grupo de Comunicacoes por Computadores, foi-nos dito que as actividades pedagogicas e de investiga-cao deste grupo ”estao centradas no estudo, projecto edesenvolvimento das Redes de Computadores e das solu-coes protocolares basicas e avancadas que lhes estao as-sociadas”. Basicamente, o GCOM centra-se no ”estudo,teste e desenvolvimento, tanto de infra-estruturas de redecom capacidade de suportar, com qualidade, as aplica-coes actualmente emergentes no panorama das redes fixase moveis, como das solucoes aplicacionais distribuıdas emrede”. No ambito deste estudo, identificam-se trabalhosde investigacao integrados no GCOM, como sejam:

• Qualidade de Servico (QoS) em Redes IP

• Redes IPv6

• Protocolos de Encaminhamento Unicast e Multicast

• Recuperacao de Informacao

• Redes Moveis/Mobilidade IP

• Desenvolvimento de Aplicacoes e Servicos em redesTCP/IP

• Engenharia de Trafego

• Modelacao e Caracterizacao de Trafego de Rede

O GCOM participou, recentemente, em projectos nacio-nais e internacionais, tais como QoSII, DISIDet, Netcen-sus, TorgaNET, CSI, entre outros!

Os alunos de LMCC ou LCC podem participar nestes pro-jectos de diversas formas:

• atraves de propostas de trabalho integradas em op-coes de projecto ou em disciplinas opcionais que pos-sam surgir no contexto das licenciaturas.

• atraves da possibilidade de definicao de diversos pro-jectos de estagio integrados nesta area.

• ”de forma complementar, e dependendo do enqua-dramento de financiamento (nacional ou internacio-nal) dos diversos projectos, poderao tambem ser dis-ponibilizadas Bolsas de Investigacao para licencia-dos da LMCC/LCC ou alunos do 2o ciclo no ambitodos diversos projectos que se encontrem em curso.”

• ou podem, ainda, ser desenvolvidos trabalhos noGCOM no ambito de estudos de pos-graduacao, paraa obtencao do grau de mestre ou doutor. Destaforma, serao definidos ”planos de trabalho abordandotematicas relevantes e actuais nas areas cientıficasmencionadas, e onde se espera a producao de tra-balho cientıfico de qualidade, apto a ser publicadotanto a nıvel nacional como internacional”.

Joana Vilas [email protected]

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Projectos ACM

No dia 25 de Outubro, o grupo ACM da Universidade doMinho, com a colaboracao do GEMCC e do CESIUM,organizou uma sessao de apresentacao de projectos de in-vestigacao dirigida aos alunos de licenciatura do Departa-mento de Informatica. Esta actividade teve como objec-tivo dar a conhecer alguns dos projectos em curso no DI,incentivando e permitindo aos alunos a participacao nosmesmos, de forma a mostrar que a investigacao tambeme uma alternativa profissional a considerar.

Para a realizacao da actividade foram pedidas, aos investi-gadores do DI, propostas de tarefas relativamente simples,integradas em projectos de investigacao mais abrangentes,a serem realizadas pelos alunos em regime de part-time,fora do ambito das disciplinas curriculares, com uma du-racao inferior a 3 meses. Estes projectos enriquecem ecomplementam a formacao dos alunos, assim como permi-tem um primeiro contacto com o mundo da investigacao.A realizacao da actividade possibilita a sua inscricao nosuplemento ao diploma de curso.

Pelo numero de presentes, a sessao contou com uma boaadesao por parte dos alunos, apesar das actividades para-lelas realizadas no mesmo dia. A actividade tambem sus-citou o interesse dos investigadores do DI: das varias areasde investigacao do DI, saıram 24 propostas, algumas dasquais requerendo mais do que uma pessoa. A sessao foicomposta por breves apresentacoes informais sobre o teor,os objectivos e as condicoes das propostas, remetendo-sea discussao dos pormenores das mesmas para um contactodirecto entre os interessados e os proponentes.

A lista das propostas encontra-se disponıvel em http://wiki.acm.org/minho/SessaoProjectos. Actualmente,ainda ha propostas em aberto; os interessados deveraoutilizar o contacto do responsavel para obter mais infor-macoes.

Paulo [email protected]

Crıtica Cultural

A Cancao de Kali

A “Cancao de Kali” e um livro de Dan Simmons que nosconta as aventuras de um poeta, jornalista e editor deuma revista de literatura na cidade de Calcuta, com a suaesposa e filha. A ideia desta visita a Calcuta era recolher

um conjunto de poemas de um poeta indiano que teriamorrido ha dez anos, e voltado a escrever recentemente.

No entanto, nem tudo correu como esperado. Passou poruma serie de aventuras que me escuso a contar para naodiminuir o numero de potenciais leitores.

No entanto devo dizer que o livro me decepcionou. Du-rante os primeiros capıtulos reparamos que Dan Simmonstem jeito para a escrita, sabe contar uma historia. Noentanto, e durante varios capıtulos que esperamos em vaoque inicie a accao, que a historia, a verdadeira historiasobre uma cancao que ainda desconhecemos comece. Eassim continuamos ate, diria eu, dois tercos do livro. De-pois, sim, a accao comeca, algo turva e trapalhona.

A historia la continua e acaba de forma abrupta e ines-perada. O que era ao certo a cancao de Kali? O que,do que foi descrito ao longo da aventura, era verdade ouimaginacao do interveniente?

Finalmente, devo referir que foi o primeiro livro que en-contrei com uma incoerencia razoavelmente grande. Taodepressa o nosso heroi pega fogo a sua carteira para se sa-far, como esta logo de seguida a pagar um taxi retirandodinheiro... da carteira...

Alberto [email protected]

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Raio–X 11

Anedotas

No tribunal, diz o juiz:— Nao lhe disse eu na ultima vez que se apresentou

diante de mim, que nao queria tornar a ve-lo?— Disse sim, senhor doutor juiz! Mas por mais que eu

dissesse isso aos polıcias que me prenderam, nenhum quisacreditar!

Carta de uma mae Alentejana para um filho na Bosnia.

Me querido filho:

Escrevo-te algumas linhas apenas pra saberes que tou viva.Estou-te a escrever devagar, pois sei que na sabes ler de-pressa.Na vas reconhecer a nossa casa quando voltares, pois nosmudamo-nos. Temos uma maquina de lavar ropa, masna trabalha muito bem, a semana passada pus la catorzecamisas, puxei a corrente e nunca mais as vi.Acerca do te pai, ele arranjou um bom emprego, tem 1500homens debaixo dele, pois agora esta cortando a relva docemiterio.A magana da tua irma Maria teve bebe esta semana, massabes, eu na consegui saber se menino ou menina, por-tanto na sei ses tio o tia.A te ti Patricio afogou-se a semana passada num depositode vinho, la na adega cuprativa, alguns compadris tenta-ram salva-lo mas sabes, ele lutou bravamente contra eles.O corpo foi cremado mas levou tres dias pra apagar o in-cendio.Na quinta-feira fui ao medico e o te pai foi comigo. Omedico pos-me um pequeno tubo na boca e disse-me prana falari durante dez minutos. Atao na sabes que o te paiofereeceu-se logo pra comprar o tubo ao medico.Esta semana so chuveu duas vezes. Na primeira vez chu-veu durante tres dias e na segunda durante quatro dias.Na segunda fera teve tanto vento que uma das galinhaspos o mesmo ovo quatro vezes.Recebemos uma carta do cangalhero que informava que seo ultimo pagamento do enterro da tua avo na for feto noprazo de sete dias, devolvem-na.Olha me filho cuida-te.Na te esquecas de beber muito lete todas as notes, antesde interrares os cornos na fronha.

Um BejoJaquina do Chaparro

PS: Era pra te mandar 5 contos, mas ja tinha fechado oenvelope, na tos mandei. Fica pra proxima, porra.

Quando Deus criou o homem, chamou-o e disse:— Homem, tenho uma boa e uma ma notıcia para te

dar.E o homem respondeu:

— Senhor, dai-me primeiro a boa notıcia!E Deus disse:

— Quando eu te criei, fiz-te com dois orgaos muitoimportantes: uma cabeca e um penis.O homem entao perguntou:

— Mas entao, Senhor, qual e a ma notıcia?Deus respondeu:

— O sangue e pouco, por isso so funcionara um decada vez...

Dois tipos encontram-se. Pergunta um:— Entao como estas?— Isto nao anda nada bom; olha, se apalpo a cabeca

doi-me, se apalpo o peito doi-me, se apalpo o abdomendoi-me, e ate se apalpar as pernas me doi.

— E pa entao estas todo contaminado!!— Nada disso pa, tenho a mao direita fracturada.

Numa bela ilha deserta ficam presos dois Ingleses e umaInglesa.

Um mes depois, nestas ilhas completamente desertas,no meio do nada... os dois ingleses estao a espera dealguem para lhes apresentar a inglesa.

Um homem e a sogra foram para um safari com tudo, amaquina fotografica, mantimentos, saco-cama e uma caca-deira por causa dos animais selvagens. Houve uma alturaem que um leao saltou sobre a sogra e comeca a come-la.A sogra grita:

— Dispara, dispara, dispara...E o genro responde:

— Nao posso! O rolo da maquina acabou!!

Um farmaceutico entra na sua farmacia e repara numhomem petrificado, com os olhos esbugalhados, mao naboca, encostado a uma das paredes. Ele pergunta ao au-xiliar:

— Que significa isto? Quem e aquele indivıduo encos-tado a parede?

— Ah! E um cliente que queria comprar remedio paratosse. Ele achou caro, entao vendi-lhe um laxante.

— Voce esta maluco? Desde quando um laxante e bompara tosse?

— E excelente! Repare bem no medo que ele tem detossir!

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12 Raio–X

Passatempos

As 8 Raınhas

Es capaz de colocar oito raınhas num tabuleiro dexadrez (8× 8 celulas) sem que elas se ameacem umasas outras? Se nao sabes xadrez, as raınhas comem emqualquer direccao (vertical, horizontal e diagonais).

Depois de resolveres manualmente tenta resolver oproblema usando uma linguagem de programacao.Na proxima edicao apresentaremos uma solucao, parao caso de nao teres conseguido.

Mate em duas Jogadas

Es capaz de descobrir quais as jogadas de xadrez ne-cessarias para que as pretas dem cheque-mate, em 2lances? (lembra-te que as brancas jogam primeiro).

Sudoku Samurai

Este sudoku e, na verdade, um conjunto de cinco su-dokus. Os antigos de 9 × 9 celulas ja estao muitobatidos.

Figura 1: Sudoku Samurai