raquel felix_o novo paradigma do envelhecimento_versão para imprimir
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Ao longo dos anos fomos vivenciando várias mudanças e, de certa forma, muitas dessas
coisas novas que foram surgindo não subs9tuiram necessariamente o que já exis9a.
Elas coexistem! Novo e velho coexistem dando espaço à
escolha!
Dados: www.ienvelhecimento.ul.pt
PRESENTE 2.000.000 (20%)
Neste preciso momento estamos aqui, com cerca de 20% da população portuguesa com mais de 65 anos. Cerca de 2 milhões de portugueses estão entre os que se consideram e são consideramos como inac9vos. Inac9vos... Soa a algo desumanizado... chegamos aos 65 anos e o botão desliga-‐se, fazemos off ... desac9vamo-‐nos...
De um ponto de vista social é esta a representação que temos do nosso envelhecimento. Esta visão contribui
bastante para a forma como nos vamos posicionar e vivenciar o nosso próprio
envelhecimento. Nascemos, crescemos, chegamos aos 65 anos e desligamos o botão (reformamo-‐
nos, desac9vamo-‐nos...).
PASSADO
FUTURO 4.000.000 (40%)
PRESENTE 2.000.000 (20%)
Dados: www.ienvelhecimento.ul.pt
Voltemos ao gráfico e olhemos para o futuro. Perspec9va-‐se que em 2045 sejamos cerca de 4 milhões de pessoas com idade superior a 65 anos em Potugal. Seremos o dobro, seremos todos mais velhos. Seremos 40% de pessoas desac9vadas se 9vermos em consideração o velho paradigma! No mundo inteiro, daqui a 10 anos, seremos 1 bilião de pessoas com idade superior a 60 anos.
Estes números dizem-‐nos coisas. Se por um lado são alarmantes sob um ponto de vista social, por
serem insustentáveis, por outro faz-‐nos pensar no envelhecimento,não como um declínio, mas como uma fase das
nossas vidas a ser 9da mais em conta. Durante o ano de 2012, milhares de acções como esta conferência a que estamos a assis9r aqui hoje, foram
leccionadas, não só em Portugal, mas por toda a Europa numa tenta9va de sensibilização de que isto de se envelhecer não é um caminho único para uma vida desac9vada, desligada.
Ser mais velho, ganha nova relevância, ganha novo significado social.
Aumento da esperança média de vida Emancipação da mulher
Menos nascimentos Saída cada vez mais tardia da casa dos pais
SINAIS!
Várias coisas “empurram-‐nos” para esta nova ideia de pensar o nosso envelhecimento: a nossa esperança média de vida com qualidade aumentou brutalmente o que leva os gerontologistas a mudar os an9gos padrões etários (somos velhos a que idade?)
Queremos mesmo ser velhos desac9vados aos 65 anos de idade? As mulheres emanciparam-‐se e não quiseram ficar apenas em casa a cuidar dos filhos e da casa. Houve uma
redução acentuada dos nascimentos. Os mais jovens são cada vez mais, e até mais tarde, dependentes dos pais (estudam até
mais tarde, dificuldade em arranjar trabalho...) , as novas gerações surgem mais apetrechadas tecnologicamente, mas
mais imaturas/ dependentes até mais tarde.
Tudo isto acelera o pensamento sobre o que devá ser este novo paradigma para o envelhecimento que se começa a instalar nas
nossas vidas!
Fazer um turn off aos 65 anos pode deixar de fazer sen9do e não penso em termos economicistas, penso essencialmente em termo psicológicos,
emocionais, de nos vermos com 65 anos ou mais e com uma qualidade de vida de uma pessoa de 50 anos, de nos vermos com 65 anos ou mais e de sen9rmos que ainda queremos fazer parte da sociedade ac9va. Poderemos ficar mais lentos fisicamente, estar sujeitos a todas as doenças inerentes ao
envelhecer, mas há algo que não é da ordem da idade, que é a nossa capacidade individual e única de nos adaptarmos às mudanças.
Será necessário pensar numa forma de se fazer um restart integrado. As empresas são meios por excelência onde esta integração e este pensamento sobre um novo paradigma sobre o envelhecimento terá de surgir e onde esta
ideia poderá ser amplamente explorada e experiênciada. Envelhecer pode estar relacionado com a perda de capacidades hsicas e
cogni9vas, mas não com a perda de capacidades adapta9vas e emocionais.
Mantermo-‐nos ac9vos faz parte da descobertas dessas capacidades
adapta9vas.
Raquel Félix Psicóloga clínica Psicoterapia Psicanalí9ca/ Psicoterapia de Apoio OPP_1504 Consultório Privado Rua Gonçalves Crespo, 47 -‐ Piso 2 (sala 4) 1150-‐184 Lisboa www.raquelvalongofelix.wix.com/psicologiaclinica [email protected] __________________________________________ Colaboradora Externa PSICRONOS
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