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arquitetura | tecnologias | mercado | índices | preços de insumos | custos de serviços (só para assinantes)
ano XIII | nº 61 | fev/mar 2012 | www.construirnordeste.com.br
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ENTREVISTAJosé Carlos Martins, vice-presidente da CBIC: Brasil além da Copa
INFRAESTRUTURAPavimento em concreto ou asfalto? As vantagens de cada um
VIDASUSTENTÁVELGeração mista mostra seu potencial
ROTEIRO PARA CONSTRUIR NO NORDESTE
Arquitetos que seguem ideias nascidas nos anos 30 e um emblemático livro de 1976
Edifício Santo Antônio, centro do Recife / Acácio Gil Borsoi, década de 60
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| FEV/MAR 20126 |
SUMÁRIO
CAPA | 36
ARQUITETURAOs mestres da arquitetura pernambucana e seus seguidores
SEÇÕES24 RESPONSABILIDADE SOCIAL
28 DIA A DIA NA OBRA
30 PAINEL
34 VITRINE
52|4 BOAS PRÁTICAS
64 COMO SE FAZ
COLUNAS14 SHARE – Asaph Sabóia
16 PALAVRA – Manuela da Fonte
32 TRENA – Etiene Ramos
44 D&A – Ricardo J. Pessoa
50 EU DIGO – Luiz Priori
51 VISTO DE PORTUGAL – Renato Leal
78 CONSTRUIR ECONOMIA – Mônica Mercês
80 INDICADORES/IVV – Danyelle Monteiro
ENTREVISTA
18 José Carlos Martins: o horizonte do Brasil não é a Copa do Mundo
CADERNO VIDA SUSTENTÁVEL
47 Geração de energia com tecnologia cearense
TECNOLOGIA
66 Novidades em refrigeração valorizam empreendimentos
ECONOMIA & NEGÓCIOS
62 Expo Revestir tem recorde de estrangeiros interessados no mercado brasileiro
70 Construção encara custos de mão de obra acima da infl ação
74 Série Infraestrutura: pavimentos de concreto e cimento
76 Salão Imobiliário de Pernambuco: novos bairros ascendem
| FEV/MAR 20128 |
CARO LEITOR
A reportagem de capa desta edição faz um resgate histórico à obra do arquiteto pernambucano Armando Holanda e ao seu Roteiro para Construir no Nordeste, publicado em
1976. O livro formou uma geração de profi ssionais que seguiram e ainda seguem as orientações do mestre que bebeu na fonte de ar-quitetos como Acácio Gil Borsoi, Delfi m Amorim e Mário Russo, ícones da Escola Pernambucana de Arquitetura. A reportagem da editora-assistente da Construir NE, Cristina França, mostra que os seguidores deixaram seus traços na paisagem urbana do Recife e continuam a surgir, criando projetos sustentáveis com muita luz, sombra e água fresca e uma identidade cultural própria ao clima da região.
Na nossa entrevista principal, o vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Mar-tins, fala sobre a Copa 2014 e do seu mérito de ter despertado a decisão política de se investir em infraestrutura no Brasil. Muito será feito, mas ainda há muito a construir e o Movimento Vida Sustentável, idealizado pelo Sinduscon-PE e a Revista Construir NE, em parceria com o Governo de Pernambuco, pela Secreta-ria de Recursos Hídricos e Energéticos, defende que seja de for-ma sustentável, responsável e econômica. Nesta linha, o caderno Construir Vida Sustentável, traz uma entrevista com o vice-presi-dente da Associação Mundial de Energia Eólica, Everaldo Feitosa, onde aponta novos ventos para a geração de energia. O mercado não deixa passar e apresenta alternativas que aproximam, cada vez mais, a realidade da geração eólica e solar para a sociedade. O que começa no Brasil, por Abreu e Lima, cidade da Região Metropo-litana do Recife, pioneira na implantação de Leds em toda a sua iluminação pública.
Ainda nesta edição, apresentamos novidades na tecnologia de refrigeração que vem ganhando espaço nas novas obras como o Shopping Riomar, em construção no Recife, e já são acessíveis para uso doméstico com a difusão do sistema inverter. Novidades também nas tintas que mudam até de cor nas paredes. Apresen-tamos ainda a primeira matéria da série Infraestrutura que trará, nas próximas edições, abordagens sobre o mercado, tecnologia e mão-de-obra no segmento da pavimentação.
Ainda tem mais. É só começar a abrir as páginas.
Boa leitura.
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| FEV/MAR 201210 |
Diretora GeralElaine Lyra
RCN Editores Associados
EXPEDIENTE
Conselho EditorialAdriana Cavendish, Alexana Vilar, Augusto Santini, Bruno Ferraz, Celeste Leão,
Clélio Morais, Eduardo Moraes, Elaine Lyra, Haroldo Azevedo, Professor Joaquim Correia,José G. Larocerie, Mário Disnard, Renato Leal, Ricardo Leal, Risale Neves,
Serapião Bispo e Carlos Valle.
Conselho TécnicoProfessores:
Alberto Casado, Alexandre Gusmão, Arnaldo Cardim de Carvalho Filho, Cezar Augusto Cerqueira, Béda Barkokébas, Eder Carlos Guedes dos Santos, Eliana
Cristina Monteiro, Emília Kohlman, Fátima Maria Miranda Brayner, Kalinny Patrícia Vaz Lafayette, Simone Rosa da Silva, Stela Fucale Sukar, Yêda Povoas
PUBLISHER | Elaine [email protected]
EDITORA EXECUTIVA | Etiene [email protected]
EDITORA ASSISTENTE | Cristina Franç[email protected]
REPORTAGEMRecife | Cristina França | [email protected] | Patrícia Braga
Ceará | Hugo Renan NascimentoBahia | José Pacheco Maia Filho
COLUNISTASDanielle Monteiro| Mônica Mercês| Renato Leal | Ricardo Castro
REVISÃO DE TEXTO | Betânia Jerônimo
FOTOGRAFIA | Alexandre Albuquerque | José Alves | Divulgação
DIAGRAMAÇÃO E ILUSTRAÇÃO | Samuca
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Tatiana Feijó | [email protected] Chateaubriand | [email protected]
Portal Construir NE | www.construirnordeste.com.brTwitter: @Construir_NE
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CEARÁ NS&A – Aldamir Amaral+55 85 3264.0576 | +55 85 3264.0576 | [email protected]
SANTA CATARINA | NS&A SC Ana Luisa+55 48 9981.9588 | [email protected]
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SÃO PAULO | NS&A Demetrius Sfakianakis+55 11 3255-2522 | [email protected]
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PORTUGAL - B4- Business Consulting & Investiments - Renato Leal351 210329111 | [email protected]
ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO | Ebénezer [email protected]
SECRETÁRIA EXECUTIVA | Pollyanny [email protected]
ASSINATURAS E DISTRIBUIÇÃO | Tatiana Feijó[email protected]
ENDEREÇO E TELEFONESAv. Domingos Ferreira, 890 sala 704 – Boa Viagem – Recife - PE
+55 81 3038 1045 / 3038 1046
| FEV/MAR 201212 |
CARTAS
REDAÇÃO/SUGESTÕES DE [email protected] Avenida Domingos Ferreira, 890, sala 704, Empresarial Domingos Ferreira Pina | Recife | PE | CEP: 51 011-050
ATENDIMENTO AO [email protected]
Tel: + 55 81 3038-1045 e 81-3038-1046Segunda a sexta-feira, das 8h às 12h
e das 14h às 18h
CARTASAvenida Domingos Ferreira, 890, sala 704, Empresarial Domingos Ferreira Pina | Recife | PE | CEP: 51 011-050
AGENDA
20ª edição da Feicon Batimat - Salão Internacional da Construção
Data: 27 a 31 de março de 2012 Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi (São Paulo/SP)www.feicon.com.br
Construir Bahia - Feira Internacional da Construção Data: 12 a 15 de setembro de 2012Local: Centro de Convenções da Bahia (Salvador)www.feiraconstruir.com.br/bahia
Brazil Road Expo Data: 2 a 4 de abril de 2012Local: Expo Center Norte (São Paulo/SP) www.brazilroadexpo.com.br
Expoalumínio 2012 - ExposiçãoInternacional do Alumínio Data: 24 a 26 de abril de 2012Local: Centro de Exposições Imigrantes (São Paulo/SP)www.expoaluminio.com.br/
M&T Expo - 8ª Feira Internacional de Equipamentos para Construção Data: 29 de maio a 2 de junho de 2012Local: Centro de Exposições Imigrantes (São Paulo/SP)www.mtexpo.com.br/
Holzhaus / Wooden House-Building(feira internacional de design e construção de cabanas e casas feitas de troncos de madeira) Data: 9 a 13 de abril de 2012www.holzhaus.ru
Mosbuild Crocus Expo - Exposição de Construção e Interiores da Rússia e do Leste EuropeuData: 2 a 13 de abril de 2012Local: Moscou (Rússia) www.mosbuild.com
Quais são as medidas mais efi cientes para reduzir o consumo de água em pré-dios residenciais?
O consumo de água em um prédio é a soma do volume necessário para as ativida-des com o volume desperdiçado, seja por descaso do usuário ou por perdas físicas, devido a defeitos em equipamentos e tubulações. Assim sendo, é importante investir tanto em programas de conscientização dos usuários, quanto em um diagnóstico do consumo de água setorizado do prédio, a fi m de detectar vazamentos ou equipa-mentos com operação inadequada para uma posterior correção. Cada prédio possui uma situação particular que varia em função de diversos fatores: idade, periodicida-de da manutenção preventiva das instalações hidráulicas, padrão (jardins, piscina, áreas de lazer) e perfi l e nível de conscientização dos usuários. Portanto, é neces-sário avaliar a situação do prédio para identifi car as medidas que surtirão maior efeito em cada caso. É bom lembrar que a redução do consumo de água refl ete não apenas na economia de água tratada, mas na economia de energia necessária ao bombeamento e também na redução dos efl uentes gerados.
*Profa. Dra. Simone Rosa da Silva (PEC/Poli/UPE)
O que tem de especial uma argamassa que serve para proteção radiológica?
A argamassa de proteção radiológica é uma argamassa de cimento que possui em sua composição, por exemplo, a barita. A barita (sulfato de bário) é utilizada como agregado para aumentar a densidade da argamassa, impedindo a passagem de ra-diações. Sua espessura de aplicação depende do ambiente em que haverá utilização de raios X. No mínimo, aplica-se uma espessura de 50mm.
*Profa. Dra. Yêda Vieira Póvoas Tavares (PEC/Poli/UPE)
| FEV/MAR 201214 |
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Asaph Sabóia
O s amigos leitores, que nos acompanham na grande rede, perceberam que foi lançado, na segunda semana de março, o novo site da revista Construir NE. O Portal
Construir NE é muito mais que uma página na Internet. Trata-se de um veículo de comunicação integrado, que funciona como centro aglomerador e distribuidor de conteúdo para nossos internautas.
Na hora da concepção do novo site da revista, estudamos to-das as formas de alterações e escolhemos montar um portal de notícias que se encaixa com a realidade da Construir NE: cres-cimento e evolução.
Num ambiente 2.0, os portais disponibilizam informações específicas e direcionadas para clientes e parceiros, permitindo que eles possam personalizar aquilo que pretendem ver, forne-cendo também novos conteúdos e serviços com base nos perfis de usuários e ações passadas.
UMA EVOLUÇÃO NATURAL E VIRTUAL
Mantendo o mesmo endereço ( www.construirnordeste.com.br), o Portal Construir NE além de ter mudanças estruturais, trouxe também modificações em seu formato noticioso. Maté-rias mais leves e sempre ilustradas, layout clean e interatividade aparecem na nova página.
Seguindo o conceito da importância do relacionamento na comunicação, tema principal desta coluna na edição passada, o Portal Construir NE conta com outra inovação: a possibilidade de você poder comentar diretamente as matérias publicadas por nossa equipe. Além de estreitar o nosso relacionamento, é uma forma de compartilhar as experiências e utilizar esses comentá-rios como pautas para futuras publicações. O caderno Vida Sus-tentável ganha uma seção especial, reforçando o compromisso da Construir NE com a sustentabilidade.
O portal de notícias da Construir Nordeste é mesmo uma evolução natural de uma revista que não para de crescer...
Aguardo os comentários de vocês.
FÓRUM NO PORTAL A sustentabilidade é um conceito defen-dido, trabalhado e valorizado por nós que fazemos a Construir NE. Por isso, no pró-ximo fórum do Movimento Vida Sustentá-vel, o Portal Construir NE fará a transmis-são ao vivo do encontro, exibindo debates e também tudo que acontecer nos bastido-res. Fique ligado (www.construirnordeste.com.br)!
OLHA A PROMOÇÃOSe você acompanha a Construir NE nas redes sociais e quer ganhar prêmios, fi que de olho. Durante o mês de abril, acontece-rá a promoção “Vou estudar no Ipog com a Construir NE”. Curta a foto da promoção na Internet (www.facebook.com/construirne) e fi que na torcida. Você concorre a 50% de descontos nos cursos do Instituto de Pós-Graduação. Não fi que fora dessa.
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FEV/MAR 2012 | | 15DEZEMBRO 2011 | | 15
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| FEV/MAR 201216 |
Palavra
Manuela Moura da Fonte
PATRIMÔNIO DE AFETAÇÃO, ESTÍMULO AO MERCADO IMOBILIÁRIO
A aquisição da casa própria representa para muitos brasileiros a realização de um sonho. Para isso, parte des-
tas pessoas investe as economias acumuladas durante anos na compra de apartamentos que, muitas vezes, nem sequer tiveram sua construção iniciada quando do início da comercialização das unidades. É a chamada venda “na planta”.
Neste passo, a Lei nº.4.591/64, objetivan-do conferir o mínimo de proteção aos ad-quirentes, estabelece que a comercialização das unidades autônomas apenas ocorrerá depois de arquivado no Cartório de Imóveis o respectivo memorial de incorporação, que compreende o memorial descritivo da obra e aprovação do projeto de construção pelos órgãos competentes, apresentação de certi-dões negativas de débitos incidentes sobre o imóvel, além de outros requisitos.
No entanto, esta exigência não é bastante para garantir aos consumidores o recebimen-to de suas unidades prontas e acabadas, ou afastar o chamado “efeito bicicleta”, ou pedala-da, que consiste na utilização pelas incorpora-doras de receitas de um novo empreendimen-to para a construção daqueles mais antigos. Esta denominação deve-se ao fato de que o equilíbrio da bicicleta se dá enquanto ela está em movimento, no caso, enquanto o mercado absorver os lançamentos das incorporadoras.
Entretanto, com o desaquecimento do mercado imobiliário, muitas construtoras que se utilizam de tal mecanismo entram em sérias crises fi nanceiras. O caso mais emble-mático e que ganhou repercussão nacional foi o da Construtora Encol, que, com sua falência em 1999, deixou mais de 700 em-preendimentos inacabados e mais de 42 mil mutuários aguardando a entrega dos imóveis adquiridos, além de várias instituições fi nan-ceiras sem ter como receber seus créditos.
Neste ínterim, depois da repercussão ge-rada pelo referido caso, viu-se a necessidade de resguardarem-se os direitos dos consu-midores e das instituições fi nanceiras em relação à solidez dos empreendimentos, de forma a recompor a segurança jurídica das incorporações, tendo sido aprovada em 2004 a Lei Federal nº. 10.931, que alterou a Lei de Incorporações e regulamentou o chamado patrimônio de afetação.
Este instituto funciona como uma espécie de blindagem no patrimônio da incorpora-ção. Assim, o patrimônio afetado, salvo raras exceções, não se comunica com os demais bens, direitos e obrigações do patrimônio geral do incorporador e só responde por dívidas e obrigações vinculadas à respectiva incorporação.
Para isso, deverá ser feita averbação no Registro de Imóveis de termo fi rmado pelo incorporador, passando este, a partir de então, a manter e movimentar os recursos fi nanceiros do patrimônio de afetação em conta aberta especifi camente para tal fi m.
Esta inovação legislativa permitiu às ins-tituições fi nanciadoras e à Comissão de Re-presentantes, eleita pelos adquirentes das unidades da incorporação, fi scalizarem e acompanharem o patrimônio de afetação,
com livre acesso à obra, bem como aos livros, contratos e movimentação da conta criada para administração da incorporação, obri-gando-se ainda a incorporadora a entregar à Comissão de Representantes, a cada três meses, o demonstrativo do estado da obra e aplicação dos recursos.
Além disso, com a afetação do patrimô-nio, é possível ao incorporador fazer a opção pelo Regime Especial de Tributação (RET), que se dará através da inscrição da “incorpo-ração afetada” no Cadastro Nacional da Pes-soa Jurídica, bem como com a apresentação do Termo de Opção pelo RET ao órgão da Receita Federal competente.
Através do RET, a incorporadora fi cará sujeita ao pagamento mensal de 6% das re-ceitas mensais recebidas, o qual correspon-derá ao pagamento unifi cado do IRPJ, CSLL, Contribuição para o PIS/Pasep e Cofi ns, po-dendo a referida alíquota ser reduzida a 1% no caso da incorporação de imóveis residen-ciais de valor comercial de até sessenta mil reais no âmbito do Programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal.
Destaque-se que, apesar da opção pelo patrimônio de afetação ser ainda desconhe-cida por muitas empresas e uma faculdade do incorporador, a utilização deste instituto é um forte instrumento de atração do con-sumidor, especialmente para as construtoras menores, que ainda não possuem a necessá-ria confi ança do mercado, além de facilitar a obtenção de crédito e a diminuição dos juros e simplifi car e desonerar o pagamento de al-guns tributos, constituíndo tal inovação um verdadeiro estímulo ao desenvolvimento do mercado imobiliário.
Manuela Moura da Fonte é titular da Área
de Direito Empresarial do escritório Queiroz
Cavalcanti Advocacia
| FEV/MAR 201218 |
ENTREVISTA
A Copa do Mundo como vitrine é inques-tionável. Mas o evento está sendo visto com um divisor de águas no Brasil. É mesmo assim?
O Brasil está atrasado. Passamos décadas pagando juros e postergando investimentos. Dizíamos que não havia projeto, que a ques-tão ambiental era um empecilho. Acredito, pessoalmente, que foi de caso pensado para não comprometer metas econômicas. O ma-rasmo comprometeu inclusive a formação de profi ssionais e, quando foi preciso começar a fazer as coisas, gente que estava aposentada teve que tirar o pijama e voltar a trabalhar. As obras que hoje estão em andamento não co-meçaram no momento certo. Nosso dia a dia está um caos. Entre 2010 e 2011, o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, duplicou o mo-vimento no mesmo espaço. A Copa do Mun-do só evidencia uma realidade que estressa
Desenvolvimento urbano planejado é o cavalo-de-batalha da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) neste ano de eleições municipais. O
vice-presidente da entidade, engenheiro José Carlos Martins, diz que a Copa 2014 tem o mérito de ter agilizado a decisão política de investir em infraestrutura e vai deixar um saldo positivo, mas o mais importante é continuar se pensando nas cidades. O Brasil, com ou sem Copa, precisa de portos, aeroportos, estradas, saneamento e moradia para acabar com o gargalo de infraestrutura que difi culta o crescimento econômico e joga para escanteio a equidade social. A CBIC prepara-se para munir o debate político deste ano com números e propostas para um Brasil pós-Copa.
Cristina França
José Carlos Martins“A COPA DO MUNDO É SÓ UM EVENTO”
| FEV/MAR 201218 |
o brasileiro comum e o grande investidor.
Grandes investimentos estão em curso na área de mobilidade urbana e sempre a Copa é colocada como destino. Na Re-gião Metropolitana do Recife, em Per-nambuco, por exemplo, um novo bair-ro está previsto em torno da Arena da Copa, demandando estradas e trilhos. A urgência de soluções pode prejudicar a efi cácia de se pensar uma cidade?
Não conheço em detalhes o caso do Re-cife. O que posso afi rmar é que, de um modo geral, a infraestrutura de transporte induz o crescimento de uma cidade. Curi-tiba, minha cidade natal, é um exemplo. O sistema lá está ultrapassado porque faltou constância na execução. Esse bairro em Recife é um bom legado, assim como a despoluição da Baía de Guanabara para
as Olimpíadas de 2016, no Rio. O transporte coletivo de qualidade benefi cia todo mundo, tenha o cidadão carro ou não. A alta renda vai andar melhor com seu carro e o trabalha-dor vai estar num ônibus, num metrô con-fortável e se locomover em tempos aceitáveis. Creio que tudo o que a Copa vai nos deixar é positivo. A questão é continuar pensando as cidades que queremos e conectar de for-ma planejada e continuada o que vai sendo criado. Como a CBIC pretende interferir nesse planejamento? Estamos discutindo e formatando um do-cumento que iremos entregar aos nossos associados com subsídios para debates nas eleições municipais. O documento será fi -nalizado logo após o Encontro Nacional da Indústria da Construção, em junho, em Belo
FEV/MAR 2012 | | 19FEV/MAR 2012 | | 19
ENTREVISTA
As obras que hoje estão em andamento não começaram no momento certo
Horizonte, quando estaremos com alguns ex-poentes internacionais e nacionais no tema.
Quais os alvos da CBIC nas eleições municipais?
No cenário econômico internacional, o Bra-sil recebe merecidos elogios. No microcená-rio das cidades, falta tudo: saúde, segurança,
saneamento, moradia, transporte. Um amigo me falou que, em São Luís, capital do Mara-nhão, o trânsito está pior do que em São Pau-lo. Já pensou um gringo precisando de aten-dimento no posto do SUS durante a Copa? É preciso forçar as políticas públicas da base
para o topo. O cidadão precisa exigir seus di-reitos, gostar da sua cidade, criar espaços de convivência. O que nos separa do Primeiro Mundo é a pouca noção de cidadania.
Saneamento, por exemplo, é obra que não se vê. Com bons aeroportos, boas estra-das, bons estádios, bons hotéis, o turista da Copa talvez nem se dê conta dessa mancha nas cidades.
A questão do saneamento é muito mais de gestão do que de recursos. É preciso que seja dado um choque igual ao que se fez com os bancos, através do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Siste-ma Financeiro Nacional - o Proer. Sei que em Pernambuco o governador Eduardo Campos tem conseguido bons resultados com uma gestão profi ssional. Alagoas, que por muito tempo foi uma total calamidade, também pas-sa a apresentar dados positivos. No município de União dos Palmares, temos notícia de um conjunto habitacional com quatro mil unida-des já atendendo às suas necessidades de esgo-to e água. No Brasil, há poucos bons exemplos
| FEV/MAR 201220 |
Saneamento é problema de gestão, não de recursos. Pernambuco e Alagoas começam a dar bom exemplo
em saneamento. Sabe-se ainda que, no geral, a perda de água entre a estação de tratamento e a torneira do consumidor é absurda.
Voltemos ao fato de que estádios estão va-lorizando áreas urbanas, que estão sendo ocupadas pela alta renda. É um esforço concentrado elitizando os efeitos da Copa?
Pode parecer, mas vamos olhar da seguinte forma: o investimento privado libera o Esta-do para políticas públicas focadas na habita-ção social. Se o estádio é para todos, propiciar lazer é também dever do poder público. Não importa quem deu o pontapé inicial. Aque-la área criada ou revitalizada passará a ser de todos. Com um planejamento contínuo, todos os níveis de renda se benefi ciam. Um
bairro planejado tem equipamentos públicos, envolve serviços, cria postos de trabalho, di-funde qualidade de vida. Em todas as cida-des-sede, está acontecendo esse movimento de valorização dos espaços urbanos. Porto Alegre, com o estádio do Grêmio, e Salvador,
| FEV/MAR 201220 |
com a Arena Fonte Nova, são ótimos exem-plos na casa dos bilhões de reais em futuros empreendimentos.
Este ano é, então, ideal para pensar as cida-des do Brasil?
Pensar todas as cidades. Grandes, especial-mente. Mas também médias e pequenas que estão inchando e se confundindo com as me-trópoles, em função dos investimentos em curso. Em um ano e meio, Xangai construiu 240 quilômetros de metrô. São Paulo, cidade mais estruturada nesta modalidade, não tem nem um terço disto. Precisamos compreen-der que não dá para morar num lado da cida-de e trabalhar do outro. O investimento ha-bitacional tem que acompanhar o produtivo.
| FEV/MAR 201222 |
ESPAÇO PEC
As vésperas da realização de um dos maiores eventos do planeta, a “Con-ferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável - Rio + 20”, os seus diversos eixos temáticos nos direcionam a refl etir e discutir sobre o futuro dos po-vos, suas redes e organizações. Essa refl exão passa, sem dúvida alguma, por instalar em Pernambuco um movimento local de igual importância, já que o Estado experimenta um momento especial de desenvolvimento com obras estruturadoras que, sendo realiza-das do litoral ao interior, estão modifi cando o ambiente e trazendo riqueza e desenvolvi-mento que alteram a sua geopolítica.
Em 2008, por iniciativa do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Pernambuco (Sinduscon/PE), foi instalado o Fórum Pernambucano de Construção Sus-tentável, com o objetivo claro de disseminar a educação ambiental com conceitos e práticas mais sustentáveis e contemplando as dimen-sões social, econômica e ambiental da cadeia produtiva da indústria da construção civil, de modo a contribuir para diminuir os im-pactos causados com a geração de resíduos, reconhecendo que os aspectos ambientais e sociais afetam não apenas o desenvolvimento econômico, mas a sobrevivência da huma-nidade a longo prazo. Ao reunir entidades empresariais e acadêmicas, mensalmente, para discutir diversos temas, com vistas a alcançar os objetivos propostos, logrou-se a realização de quatro seminários nos conse-cutivos anos da sua instalação. Os seminários realizados entre os anos de 2008 e 2011 cum-priram o papel de reunir e sintetizar as ações propostas pelo fórum e ensejaram a criação do Movimento Vida Sustentável, com raiz nas discussões e contribuições apresentadas nesses eventos e colocando empresários,
A RESPOSTA QUE A SOCIEDADE ESPERA
Prof. Dr. Arnaldo Cardim de Carvalho Filho
profi ssionais, professores, estudantes e a so-ciedade não especializada na discussão e no entendimento de fatos ligados ao desenvolvi-mento sustentável.
A efi ciência energética e a construção sus-tentável são eixos temáticos do movimento. A sustentabilidade na construção passa pelo uso racional de matéria e energia, recursos cada vez mais escassos e caros, com grande impacto sobre o ambiente natural (da ob-tenção à utilização fi nal), que têm na inova-ção tecnológica a resposta imediata para os anseios cobrados pela sociedade. Não basta apenas saber construir (edifi car), é necessá-rio conhecer o espaço (ambiente construído) para avaliar a verdadeira contribuição da tec-nologia para o desenvolvimento sustentável.
O Programa de Pós-Graduação em Enge-nharia Civil (PEC) da Escola Politécnica de Pernambuco/Universidade de Pernambuco (UPE) é parceiro ativo no Fórum Pernam-bucano de Construção Sustentável. Sempre
presente, tem atuado para garantir a forma-ção acadêmica de profi ssionais qualifi cados, focado na inovação tecnologia e no desen-volvimento sustentável. Com um número considerável de dissertações defendidas com temáticas voltadas para a sustentabilidade ambiental da construção civil, o programa saiu em busca de centros nacionais e inter-nacionais para parcerias que somem experi-ências e saberes.
A gestão dos resíduos da construção civil foi dos temas tratados no Fórum Pernam-bucano de Construção Sustentável que mais recebeu contribuição do PEC/Poli. Outros como a avaliação do ciclo de vida de produ-tos e processos da construção, que tem reco-nhecida importância para o entendimento das relações do setor, e como o entorno am-biental foram objeto de disseminação da in-formação no último seminário realizado pelo Sinduscon/PE, quando houve uma apresen-tação da experiência mexicana na utilização do método, em um estudo de caso ocorrido no México que contou com a colaboração e a participação do PEC/Poli, resultado de um convênio entre as instituições.
Com isso, indiscutivelmente o Movimen-to Vida Sustentável é formado pelo agrupa-mento de entidades focadas em um objetivo comum: garantir melhor qualidade de vida no presente com um desenvolvimento base-ado na sustentabilidade, garantindo as mes-mas condições às gerações futuras pela cons-trução de ações que sejam a resposta que a sociedade espera.
Universidade de Pernambuco - Escola
Politécnica de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação em Engenharia
Civil (PEC)
| FEV/MAR 201224 |
T
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Recife/PE e Cuiabá/MT vão ganhar o Q’Alegria
2012: NOVOS SONHOS
Depois de benefi ciar crianças e ado-lescentes em tratamento contra o câncer em Fortaleza, no Instituto
do Câncer do Ceará (ICC), e em João Pessoa, no Hospital Napoleão Laureano, o projeto Casa da Criança irá implantar novos espaços do Q’ Alegria nas cidades de Recife - no Ins-tituto de Medicina Integral Professor Fernan-do Figueira (Imip) - e Cuiabá, no Hospital de Câncer do Mato Grosso.
O diagnóstico dos resultados do uso do Q’Alegria aponta para uma transformação na aceitação, por parte de crianças e adolescen-tes, do momento de receber a quimioterapia.
“O que mais tem nos impressionado são os depoimentos, a superação daqueles que con-sideravam o tratamento um tormento e hoje frequentam o espaço com prazer. O que an-tes parecia uma eternidade (as horas de trata-mento, segundo eles), agora passa rápido de-mais. Isto é muito gratifi cante e nos fortalece para expandirmos essa metodologia”, comen-ta Patrícia Chalaça, presidente fundadora da Casa da Criança. O projeto vem acompa-nhando esses resultados e realizou um diag-nóstico envolvendo equipe médica, usuários e familiares, depois de um ano e dois meses de uso por centenas de crianças da Paraíba.
Brincar ajuda a passar o tempo
Para este ano, já foram confi rmadas duas obras da Casa da Criança em Manaus, atendendo à casa de apoio do Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC), e João Pessoa, dando continuidade ao trabalho no Hos-pital Napoleão Laureano, contemplado com a reforma da Casa da Criança na ala de oncologia pediátrica, em 2008, e que agora recebe a humanização na ala de internação para crianças e adolescentes.
No mês de fevereiro, a coordenação nacional do projeto Casa da Criança já se fez presente nas duas cidades, realizando visitas de acompa-nhamento das obras. Na Região Norte, o vice-presidente, Marcelo Souza Leão, e a gerente nacional, Lavínia Petribú, estiveram reunidos com os franqueados sociais do projeto no Amazonas - Mauren Brasil, Alessandra Campbell e Edmar Andrade, bem como com a presidente da instituição benefi ciada, Jakeliny Bastazi, e representantes do parceiro máster (Insti-tuto Ronald McDonald) - Suéllen Gomes e Cláudia Lossio (foto ao lado).
MANAUS-AM E JOÃO PESSOA-PB,ARQUITETOS VOLUNTÁRIOS NAS NOVAS OBRAS
Já em João Pessoa, a presidente Patrícia Chalaça, acompanhada de Marcelo Souza Leão e da franqueada social na Paraíba, Sandra Moura, reuniu-se com a médica oncologista Andréa Gadelha e com João Batista Simões, diretor geral do Hospital Napoleão Laureano, para formalizar a atuação da Casa da Criança nesta unidade, em 2012
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RESPONSABILIDADE SOCIAL
“Eu era um maloqueiro, não queria nada da vida. O Immoc me deu outra vi-são do mundo e me estimulou a mudar de rumo”. Felipe Carvalho da Paz, 23 anos, auxiliar de engenharia da JBR Engenha-ria, recém-aprovado em Engenharia Car-tográfi ca da Universidade Federal de Per-nambuco (UFPE), credita a conquista aos projetos Tô Ligado e Futuro Digital.
De família humilde, do bairro de Cam-po Grande, depois de passar pelos proje-tos do Immoc, em 2006, Felipe trabalhou como aprendiz, estagiário na JBR e, no fi m de 2007, tornou-se funcionário. As atividades do dia a dia o estimularam a es-colher a futura carreira. “Cartografi a tem tudo a ver com o meu serviço atual. Com o reforço das aulas que tive no Immoc, passei a estudar em casa. Tentei o vestibu-lar em 2009 e 2010, mas fi quei no remane-jamento. Este ano, sabia que conseguiria pelas boas provas de química e física que fi z”, contou.
Além de se tornar engenheiro, Felipe pretende fazer um curso de inglês e, num futuro próximo, dar aulas de matemática e física a alunos do Immoc. “Quem vem de baixo como eu, tem vontade de ajudar ou-tras pessoas a alcançarem os mesmos obje-tivos”, conclui.
JBR ENGENHARIA ASSISTE JOVENS PARA O FUTUROAdolescentes têm aulas de informática, português, matemática e já chegam à universidade
Instituto prepara para o mercado de trabalho Da redação
H á nove anos, a JBR Engenharia mantém o Instituto Maria Mada-lena Oliveira Cavalcanti (Immoc)
vizinho à sua sede, em Campo Grande, zona norte do Recife. A entidade, sem fi ns lucrativos,promove a capacitação e o desen-volvimento de adolescentes e jovens das co-munidades de Olinda e Recife.
Este ano, o Immoc iniciou suas atividades participando do Programa para o Futuro - Jovens Mulheres em Ação, com 60 alunas. O objetivo é fazer com que, ao fi nal do progra-ma, as alunas se reconheçam como mulheres na família, na comunidade e no mercado de trabalho. Para isso, participarão de ofi cinas de gênero, literatura, tecnologia e planeja-mento orçamentário.
O instituto tem estrutura própria com laboratório de informática, auditório e re-feitório. No local são desenvolvidos os pro-jetos Futuro Digital, que ensina de processa-mento de dados a programas específi cos da área de arquitetura; e Tô Ligado, com aulas de português e matemática, além de ofi cinas de postura profi ssional. A leitura como base de transformação social é estimulada, sen-do oferecido também um acompanhamento
EX-ALUNO DO
IMMOC SERÁ
ENGENHEIRO
psicológico mensal para os alunos. Já foram atendidos 180 jovens na formação completa, que inclui a passagem pelo Futuro Digital, pelo Tô Ligado e pelo Educação Ambiental, Cultura e Lazer. Destes, 150 estão no merca-do de trabalho, dos quais 12 na própria JBR, atuando nas áreas administrativa e de proje-tos. Outros dois se graduaram em Adminis-tração e Jornalismo.
O instituto já ofereceu ofi cinas de capa-citação profi ssional para 120 jovens, no in-tuito de estimular sua projeção no mercado de trabalho e transmitir noções de como se comportar em seleções, bem como de em-preendedorismo para 40 pessoas, cursinho de matemática e física para o vestibular para 20 adolescentes, leitura como instrumento de transformação social para outros 80 jovens e curso de inglês básico para mais 25.
O sucesso das ações é resultado do investi-mento de 0,5% da receita anual bruta da em-presa no Immoc. “A JBR entende que, além de inovação, qualidade técnica e de vida, o respeito ao meio ambiente e a responsabili-dade social são as bases fundamentais para o sucesso empresarial”, comentou o diretor da JBR, Pedro Pereira.
Ofi cinas para o mercado de trabalho facilitam a empregabilidade
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DIA A DIA NA OBRA
Em outubro de 2010, contratada pela construtora Moura Dubeux, a nutri-cionista Isabella Prado deu início a
um diagnóstico nutricional que resultou em um programa de nutrição atento e focado na saúde do operário. Em uma amostragem de 10% dos três mil trabalhadores da Moura Dubeux no Recife, foram encontrados vários deles com sobrepeso ou obesidade, fatores de risco para doenças crônicas como o diabetes. Testes de glicemia capilar apontaram cerca de 7% deles com glicose alterada. “Este diag-nóstico direcionou ações que incluem pales-tras sistemáticas sobre saúde e alimentação, e vigilância constante no cardápio oferecido a todos os operários em todos os canteiros”, diz a nutricionista.
Quem já chegava à construtora com in-dicação de dieta restrita recebia a devida atenção. A questão é que, pela própria na-tureza do serviço, a alimentação precisa ser reforçada e é fácil confundir quantidade com qualidade. O número de trabalhadores com sobrepeso foi quase que uma surpresa. Mas, no vai e vem de uma obra, existem funções como guincheiro, ferreiro e carpinteiro que requerem “estacionar” em um andar. A falta de movimento favorece os quilinhos extras.
É o caso de Severino Félix do Nascimen-to, 59 , há cerca de quatro anos na função de betoneiro – aquele que prepara o cimento. Acima do peso e com taxas de glicose alte-radas, ele foi alertado sobre a necessidade de mudar hábitos alimentares e afi rma que já se sente mais leve. “Como no almoço feijão, ar-roz e salada consistente, que nós não somos passarinhos, além de fruta na sobremesa. Mas diminuir muito o macarrão foi difícil”, diz. Ele lembra do tempo em que os cantei-ros não ofereciam refeições e tinha sempre alguém que era eleito cozinheiro. “Às vezes, a comida trazida de casa azedava e se jogava fora. Também vi muita gente comer na pá e no capacete, porque não tinha prato”.
SEM COZINHEIRO, MAS COM CARDÁPIOCristina França
A Moura Dubeux tem cinco fornecedo-res espalhados pelo Recife, o que favorece a logística de entrega das refeições. O tempo de chegada aos canteiros e a temperatura du-rante o transporte são fundamentais para a qualidade do alimento. Quando a obra está em fase inicial, os poucos operários recebem quentinhas de isopor. Depois, o refeitório é instalado e um funcionário é designado para servir. “Esta pessoa é treinada para induzir o consumo de verduras e frutas, com mode-ração nos carboidratros. É uma reeducação alimentar para fazer frente às atividades que despendem energia”, explica a nutricionista.
Valdir Ricardo de Assis, 43, é guincheiro. Ele passa o dia operando o elevador da obra e estava no grupo de risco dos que tem mais de 94cm de cintura. Uma barriguinha em processo de expansão entrou em fase de ex-tinção com a dieta iniciada há cerca de três meses. “Já perdi uns cinco quilos e continuo no frango grelhado e na salada no jantar, evitando ao máximo comer coisas pesadas como macaxeira e batata-doce. Mas no fi nal de semana saio da dieta”, confessa. Voltar a fechar o botão das bermudas foi um grande incentivo para Valdir.
A presença constante de um nutricionista na obra leva ao convívio e à percepção indi-vidualizada dos hábitos alimentares. Nas pa-lestras, a nutricionista Isabella Prado sempre deixa claro que o saudável é chegar ao peso ideal lentamente. Perdas bruscas de peso não fazem bem à saúde. “Às sextas, sempre tem feijoada ou dobradinha no almoço. O café da manhã das segundas, quartas e sextas tem macaxeira, inhame ou cuscuz acompanhado de uma proteína que pode ser carne, fran-go ou charque. Todo dia tem fruta e iogur-te só nas terças e quintas. Mortadela só vez por outra. O que queremos é a prevenção de doenças através da alimentação balanceada”, reforça.
A Moura Dubeux vai terceirizar total-mente a área de alimentação no Recife – for-necedores irão se responsabilizar por todo o processo, desde o preparo da comida às me-sas e cadeiras dos refeitórios, como já aconte-ce em Salvador, Fortaleza e Natal. Mas o car-dápio permanece nas mãos da nutricionista, que já busca interferir na dieta dos fi lhos dos operários. Nada de biscoito recheado para a fi lha de quatro anos do Valdir. É difícil negar doces. Mas é do pequeno que se faz o grande.
A nutricionista Isabella, o guincheiro
Valdir e o betoneiro
Severino - deolho no prato e na balança
para ter saúde
| FEV/MAR 201230 |
TINTAS FORTESNo Nordeste, o ritmo das vendas de tintas está mais acelerado do que no resto do Brasil e a região deve dar a maior contribuição para o crescimento de 4% previsto para o setor em 2012. A constatação é do presidente executi-vo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), Dilson Ferreira. O mercado de tintas no Brasil amadureceu com o consu-midor mais exigente quanto à qualidade do produto o que levou ao aumento da procura por linhas Premium e com características es-peciais como fragância e textura. “A indústria de tintas utiliza hoje 85% de sua capacidade produtiva e pode responder imediatamente ao aumento da demanda”, diz Ferreira. O cenário positivo é, porém, manchado pela dependên-cia das importações, em função da inefi ciên-cia dos portos e da burocracia na liberação, e pela falta de grandes investimentos progra-mados pela indústria química globalmente.
PAINEL CONSTRUIR
LUZ ALTADepois de um 2011 iluminado, com um fatu-ramento de R$ 3,7 bilhões, o presidente da As-sociação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, espe-ra um crescimento em torno de 7% em 2012. As condicionantes para alcançar esta performance são não sofrer os impactos da crise internacio-nal e não haver escassez de recursos para fi nan-ciamento das obras. O bom, segundo Fagundes, é que a Copa do Mundo e as Olimpíadas tam-bém atrairão negócios via construção de está-dios, vilas olimpícas e hotéis. Mas os principais entraves para a evolução do setor no país estão relacionados ao custo Brasil - altos impostos, altos juros para fi nanciamento, taxa cambial, custo de logística, custo do investimento e con-corrência de produtos importados, que prejudi-cam a economia de escala na industrialização de produtos para o mercado local e para expor-tação. Um retrato do setor mostra que das 604 indústrias, 45% são micros e pequenas.
MOURA DUBEUX MIRA A BAHIA A incorporadora Moura Dubeux, com sede em Recife e atuação em cinco Estados do Nordeste, amplia os in-vestimentos no mercado da Bahia em 2012. Juntos, os empreendimentos em Salvador deverão atingir um Va-lor Geral de Vendas (IVG) de R$ 500 milhões. Serão quatro residenciais, somando 700 apartamentos, um em-presarial, o primeiro da incorporadora na capital baiana, um residence e um novo hotel onde hoje existe o Salva-dor Praia Hotel. “Estes dois empre-endimentos são nossa contribuição à revitalização do bairro de Ondina e esperamos lançá-los no segundo semestre”, informa o diretor regional Ronaldo Barbalho.
HOTÉIS DA MHA ENGENHARIAA MHA Engenharia, empresa especializada em engenharia consultiva desde 1975, está envol-vida no desenvolvimento de sete projetos de engenharia para futura construção de comple-xos hoteleiros. São cinco hotéis da rede Marriott nas capitais Manaus, Curitiba, Vitória, Salva-dor e Rio Janeiro, um resort no litoral pernambucano e um hotel em Santos, litoral paulista.
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PAINEL CONSTRUIR
CIPA NOS CONDOMÍNIOSCom o crescimento do mercado imo-biliário, cresce também o número de pessoas empregadas nos condo-mínios, tanto residenciais quanto empresariais. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) é obri-gatória em condomínios com mais de 51 funcionários, mas praticamente inexiste nos condomínios em Pernam-buco, excluídos os shopping centers. O diretor da área de condomínios do Sindicato da Habitação no Estado (Secovi-PE), Genival Aguiar, diz que a média de funcionários para residen-ciais é de seis a dez pessoas e para empresariais, de dez a doze. As em-presas associadas ao Secovi tem por norma prover cursos básicos de pre-venção e combate a incêndios para os funcionários, assim como realizar periódicos exames dentro de um Pro-grama de Controle Médico e Saúde Ocupacional.
ETERNIT NOS METAISA Eternit S. A. - maior e mais diversifi cada indústria de coberturas do Brasil, com atuação nos segmentos de louças sanitárias e componentes para sistemas construtivos - anuncia o lançamento de sua linha de metais sanitários. A entrada neste mercado tem como objetivo transformar a Eternit na mais completa indústria de materiais de construção do país. No Nordeste, ela tem 21 representantes e domina 36% do mercado. Assim como no segmento de louças, a linha de metais sanitários terá produtos do standard ao luxo que serão fabrica-dos, inicialmente, por terceiros. Há dois anos a Eternit estreou a linha de louças sanitárias e já é o quinto fornecedor brasileiro no segmento, com crescimento de vendas de 75% por trimestre. Esta performance motivou a empresa a iniciar a construção de fábrica multiprodu-tos no Complexo Industrial Portuário do Pecém, no Ceará. Élio Martins, presidente do Grupo Eternit, adianta que a linha de metais sanitários estará disponível em revendads do Sudeste, no início, mas que uma forte logística permite entrega em todo o país.
COBERTURAS METÁLICAS GANHAM MERCADOFabricante exclusiva do sistema de cobertura metálica roll-on, a Marko Sistemas Metálicos quer impulsionar sua presença no Nordeste e está buscando parcerias regionais. Nos últimos dois anos, a empresa instalou mais de 600.000 m² do sistema na região, fornecendo para grandes empreendimentos como shoppings, hipermercados e indústrias. A agilidade na exe-cução do serviço, instala-se até 3.000m² por dia, e redução de gasto com ar-condicionado em até 20%, se a bobina roll-on for pintada de branco (o que refl ete 75% dos raios solares), são os grandes trunfos do sistema. O produto é patenteado em 17 países e nova fábrica deve ser inaugurada até o fi nal do ano, no pólo industrial de Itaguaí, no Rio de Janeiro, com um inves-timento de R$ 16 milhões.
AZEVEDO CASTRO NO MCMV A construtora pernambucana Azevedo Castro Engenharia recebeu certifi cação do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat\PBQP-H e se credita a colocar um em-preendimento de 248 casas, em Caucaia, Re-gião Metropolitana de Fortaleza, no Ceará, e outro entre Jaboatão dos Guararapes e Recife, em Pernambuco - três torres com 13 pavimen-tos cada, total de 312 apartamentos - dentro do Programa Minha Casa Minha Vida\MCMV. O PBQP-H tem por objetivo organizar o setor da construção civil em dois eixos: melhoria da qualidade do habitat e modernização produ-tiva. Os sócios da Azevedo Castro, Leonardo Castro e Silva e Francelino Azevedo, também comemoram a certifi cação ISO9001, que es-tabelece requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade(SGQ). A ISO9001 é selo para o consumidor que passa a ter parâmetro de con-fi ança quanto à capacidade da empresa em fornecer bens e serviços de forma consistente e sistemática.
| FEV/MAR 201232 |
Etiene Ramos
Trena
E ste é o desafi o que vem obrigando construtoras em todo o país e, especialmente no Nordeste, a pensar diferente as relações de trabalho. A economia aquecida e promissora é só um sinal
de que a demanda ainda tem muito a crescer. Mas, sabemos, o Brasil não estava preparado para isso. Agora é preciso construir a infraestru-tura para não mirrar o desenvolvimento. Mas quem vai fazer isso se há obras em todo o país e os nordestinos, que foram de pau de arara construir o Sudeste, não têm mais por que sair da sua região? “Hora de abrir o bolso”, conclui Durval Luchetti, presidente da D Luchetti Gestão de Pessoas, empresa paulista que seleciona engenheiros para uma construtora com atuação nacional. Segundo ele, os empresários não estão tão preocupados com esse custo. Se precisam pagar mais, pagam. A questão é que agora a temporada é de caça e ela está escassa. “Contratamos todos os engenheiros que aparecem”, declara Luchetti. Mas nem só de engenheiros vive uma obra. O problema maior está na base. Procuram-se profi ssionais em todas as regiões e, quando eles
TREINAR, CONTRATAR E RETER
são encontrados, não estão qualifi cados. As empresas sofrem ainda ou-tra tensão: a volatilidade da mão de obra, movida por qualquer real a mais nos contracheques. Diferente de quem segue carreira, pedreiros, marceneiros ou serventes são imediatistas. A solução é pagar acima da concorrência e oferecer benefícios, a fi m de segurar a mão de obra que a empresa treinou, contratou e não quer perder. Hora de investir em políticas de recursos humanos para profi ssionais de toda a cadeia da construção. Mas o tempo é curto. Como atender às obras urgentes de avenidas, aeroportos e rodovias, que vão levar o mundo aos estádios da Copa daqui a apenas dois anos? O Brasil está em construção. Durval Luchetti pensa rápido: “Por que não importar mão de obra e abrir a fronteira do emprego também para operários”? A demanda faz com que eles sejam colocados no nível dos profi ssionais de engenharia e de TI que já não são novidade nos grandes mercados. E nos remete ao tempo em que italianos e japoneses vieram colher café e nunca mais foram embora. Ganhamos todos.
NOVA MARCA A Construtora Conic Souza Filho aprovei-
tou o 5º Salão Imobiliário de Pernambuco, em março, para mostrar sua marca nova. Fundada há 62 anos, buscou um grafi smo que remete ao conceito de sustentabilidade, lembrado pelo símbolo da renovação e reciclagem. Até o fi m do semestre, todos os elementos que compõem a identidade visual da Conic terão a nova logo - dos tapumes das obras ao portal da empresa.
SANEAMENTO EM PERNAMBUCOO sistema de esgotamento sanitário da Região Metropolitana
do Recife (RMR) e do município de Goiana será construído por meio de PPP. O estudo de viabilidade, tocado pela Foz do Bra-sil, das Organizações Odebrecht, e pela Andrade Gutierrez, prevê R$ 4,3 bilhões em investimentos - dos quais R$ 1 bilhão sairá da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). O edital da PPP, já apontada como a maior do país, será lançado até junho. Pelo projeto, em 12 anos as 14 cidades da RMR e Goiana estarão totalmente saneadas. “Apenas com recursos do Estado levaríamos até 60 anos”, estima o presidente da Compesa, Roberto Tavares.
OPOSTOS SE ATRAEMA curadora, escritora e professora de História do
Design, da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e da Escola São Paulo, Adélia Borges, lançou no Recife, em março, o livro “Design + artesanato: o cami-nho brasileiro” (editora Terceiro Nome). Com edições em português e inglês, o livro traz uma radiografi a da revitalização recente do objeto artesanal brasileiro e ob-serva a aproximação dos campos do design e do artesa-nato, atividades que até então eram vistas em oposição e hoje se complementam.
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Perfil Institucional
PROGRAMAS DA ABCP: - Mercado (projetos: Autoconstrução, Clube da Reforma, Reforma Assistida, Plataforma Técnica) - Cidades (Habitação de Interesse Social – HIS, Habitações em Concreto PVC) - Acessibilidade - Edifi cações (Comunidade da Construção, Paredes de Concreto, Alvenaria Estrutural e de Vedação com Blocos de Concreto, Programa de Desenvolvimento de Construtoras, Revestimentos de Argamassa) - Indústrias de Pré-Fabricação (Blocos de Concreto, Pavimento Intertravado, Tubos de Concreto, Telhas de Concreto, Desenvolvimento Empresarial, Pavimento Permeável, Pesquisa e Inovação) - Infraestrutura (Pavimento de Concreto em Rodovias, Pavimento Urbano de Concreto)- Tecnologia (Laboratórios de Ensaios, Meio Ambiente, Coprocessamento, Mudanças Climáticas) - Qualidade (Normalização) - Comunicação (Difusão da Informação Técnica, Universidades)
ASSOCIADAS A ABCP é uma entidade sem fi ns lucrativos, que reúne oito gru-pos industriais associados, com 57 fábricas de cimento no território brasileiro: • Camargo Corrêa Cimentos S.A. • Cimento Itambé • Cimento Nassau • Cimentos do Brasil (Cimpor) • Ciplan – Cimento Planalto S.A. • Holcim Brasil S.A. • Lafarge• Votorantim Cimentos
Contatos
Regional N/NE(81) 3092-7070Rua da Aurora, 2000, Santo AmaroRecife – [email protected]
ABCP: HÁ 75 ANOS DESENVOLVENDO O MERCADO DE PRODUTOS E SISTEMAS CONSTRUTIVOS À BASE DE CIMENTO
Com 75 anos de existência, a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) tem feito grandes contribuições para o desen-volvimento do país. Desde sua criação, trabalhou para melhorar a qualidade do cimento, do concreto, dos processos produtivos e cons-trutivos, bem como para a transferência constante de tecnologias e conhecimento por meio de cursos, palestras, eventos, feiras, dentre outros meios.A ABCP elabora pesquisas e projetos, mantendo uma equipe de pro-fi ssionais à disposição do mercado para consultoria e suporte a gran-des obras da engenharia brasileira. Um exemplo disso é a consultoria em pavimento de concreto prestada na duplicação da BR-101, nos lotes executados pelo Exército brasileiro em Pernambuco, na Paraíba e no Rio Grande do Norte.Os laboratórios da entidade também são referência na prestação de serviços ao setor cimenteiro, à indústria coligada de materiais de construção e aos consumidores. Não menos importante tem sido a contribuição da ABCP para a elaboração de normas técnicas brasi-leiras, no que se refere ao concreto.Além da sede em São Paulo, a ABCP está presente em 12 capitais brasileiras. São escritórios e representações regionais. Um deles é a Regional N/NE, que nos últimos dez anos disseminou no mercado temas como a racionalização dos sistemas construtivos à base de ci-mento, o aumento de produtividade das fábricas e a industrialização de habitações populares e empreendimentos como shoppings cen-ters, hotéis, hospitais, entre outros.Atualmente a ABCP lidera, em parceria com outros órgãos da cons-trução civil como Sebrae, Sinduscon, Sinprocim e Ademi, programas importantes para o desenvolvimento do setor. Um deles é Comu-nidade da Construção, presente em 13 polos no país e que busca integrar a cadeia produtiva e aumentar o desempenho dos sistemas construtivos à base de cimento, reunindo construtoras, fabricantes de materiais, entidades e consultores em um só grupo.Outra importante ação é o Programa de Desenvolvimento Empre-sarial (PDE) para fabricantes de blocos de concreto, que identifi ca, junto com as empresas, oportunidades de melhoria para proporcio-nar mais competitividade e qualidade às indústrias e aos produtos.
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VITRINE
É UMA MESA?
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| FEV/MAR 201236 |
ARQUITETURA
Cristina França
A emblemática presença de Pernam-buco no cenário da arquitetura mo-derna brasileira começa no ano de
1934, quando o carioca Luiz Nunes assumiu o cargo de arquiteto da Secretaria de Viação e Obras Públicas do Recife e passou a coman-dar a Diretoria de Arquitetura e Construções. Foi um período rico de adaptação da arqui-tetura moderna aos trópicos, criando-se pré-dios públicos em estreita relação com o am-biente externo, respeitadas as peculiaridades
“COMECEMOS POR UMA AMPLA SOM-BRA, POR UM ABRIGO PROTETOR DO SOL E DAS SOMBRAS TROPICAIS; POR UMA SOMBRA ABERTA ONDE A BRISA PENETRE E CIRCULE LIVRE-MENTE, RETIRANDO O CALOR E A UMIDADE; POR UMA SOMBRA AME-NA, LANÇANDO MÃO DE UMA COBER-TURA VENTILADA, QUE REFLITA E ISOLE A RADIAÇÃO DO SOL”Armando de Holanda, Roteiro para
Construir no Nordeste
UMA IDENTIDADE TROPICALO que resiste do ideário de uma arquitetura moderna adaptada aos trópicos, 36 anos após a publicação do guia prático Roteiro para Construir no Nordeste, do arquiteto Armando Holanda
climáticas da região que utilizavam o com-bogó para propiciar naturalmente ambientes luminosos e ventilados. Nunes teve ao seu lado nomes que se tornariam famosos como Joaquim Cardozo e Burle Marx, mas também engenheiros, projetistas, artistas e operários trabalhando em sua equipe, dividindo sabe-res acadêmicos e empíricos.
Em 1937, Luiz Nunes faleceu. Os então quase famosos voltaram para o Rio de Ja-neiro. Veio um lapso que durou até a década
O esquecido espaço de convivência projetado por Armando de Holanda para o Monte dos
Guararapes, Jaboatão dos Guararapes/PE
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ARQUITETURA
de 50, quando o italiano Mário Russo, o ca-rioca Acácio Gil Borsoi e o português Del-fi m Amorim chegaram para ocupar cátedras na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Nascia, assim, a Escola Pernambu-cana de Arquitetura como que retomando, ampliando e colocando no ambiente univer-sitário o pioneirismo de Luiz Nunes. Uma arquitetura moderna tropical entrava no am-biente acadêmico, trazendo consigo o vento, o sol, a sombra, o homem em estreito contato com o seu entorno. As cidades precisavam de uma cara e esta deveria ser espelho e face do meio no qual estavam inseridas. O autor do emblemático livrinho Roteiro para Construir no Nordeste, Armando Holanda, foi aluno destes mestres. A publicação de 1976 veio do seu mestrado em Desenvolvimento Urbano.
“Holanda condensou os preceitos de uma arquitetura tropical nesse livro e virou refe-rência. Mas essa escola tem outros alunos ilustres da mesma época como Heitor Maia Neto, Augusto Reynaldo, Vital Pessoa de Melo, Wandenkolk Tinoco, Alexandre Castro e Silva. Todos eles deram ao Recife edifícios públicos e de moradia com espaços vazados, peitoris ventilados, janelas recuadas e com jardineiras, saliências defi nidas e recortes
estruturais para o aproveitamento das cor-rentes de vento e das sombras. Uma arquite-tura permeável ao meio, que teve identidade clara até meados dos anos 80, quando come-çou a sobreposição do mercado à estética e ao que hoje se chama sustentabilidade”, diz o professor de Teoria e História da Arquitetura da UFPE, Fernando Diniz.
Diniz reconhece as difi culdades do es-paço urbano, lembrando que “a permeabili-dade entre o público e o privado parece ter
“LANCEMOS AS PAREDES SOB ESTAS SOMBRAS, RECUADAS, PROTEGIDAS DO SOL E DO CALOR, DAS CHUVAS E DA UMIDADE, CRIANDO AGRADÁVEIS ÁREAS EXTERNAS DE VIVER: TERRAÇOS, VARANDA, PÉRGOLAS, JARDINS SOMBREADOS.”Armando de Holanda, Roteiro para Construir no Nordeste
Professor Fernando Diniz: quando a infl exibilidade econômica nega a estética, esta passa a depender das obras públicas
Escola Alberto Torres, Recife/PE, Luis Nunes
sucumbido à violência e ao medo”; admite que projetos idealistas podem ser empurra-dos para o campo e a praia, ao afi rmar que “o resort, o condomínio horizontal fora da cidade, ainda é maleável a tais conceitos”; e chama o poder público para o papel de con-dutor de um fi o que não pode acabar no pas-sado. “A arquitetura é história e arte. Cabe ao governo, em suas licitações, dar espaço para a concretização do que se procura preservar na universidade”.
Edifício Mirage, Recife/PE, Acácio Gil Borsoi
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ARQUITETURA
Mas quem são os arquitetos que em meio às exigências do mercado ainda conseguem imprimir as ideias dos mestres aos próprios projetos, mantendo uma identidade tropical? A Construir NE mostra o trabalho de três escritórios pinçados das várias indicações do professor Fernando Diniz em Pernambuco.
Começamos pelo herdeiro de Acácio Gil Borsoi, Marco Antônio Borsoi. “Acredito que, nos projetos de edifícios, nos restou o espaço interno para trabalhar os conceitos de ventilação cruzada, luminosidade, inte-gração dos ambientes. No envoltório, não há muita condição de repetir a explosão volu-métrica/prismática do Movimento Moder-no, como meu pai fez em 1967 no edifício Mirage, e nem a forma curva de superfícies luminosas e sombreadas que fi zemos juntos, em 1989, no Maria Virgínia. Esse é um custo que o mercado não absorve mais”, diz.
Marco Antônio Borsoi transita por extre-mos. É dele o Blue Tower, uma estrutura com
fachada de vidro azul que virou referência espacial na zona sul da capital pernambuca-na. “É um projeto contemporâneo e fi co feliz de saber que, no auge dos kombeiros como transporte alternativo, a indicação era “gira no Blue Tower!, gira no Blue Tower”! Há tec-nologia hoje para proporcionar conforto tér-mico a um custo que não existia no passado, então podemos infl uir na paisagem da cidade com outras propostas”, pondera. Ele concor-da com o professor Fernando Diniz quando este se posiciona sobre o papel do Estado. “As obras públicas são o nosso campo para fazer história. Considero o meu projeto do Cen-tro de Tecnologia Ambiental do Complexo Portuário de Suape, em 2009, uma releitura contemporânea dessa nossa escola”.
No escritório VPRG, dos arquitetos Vera Pires e Roberto Ghione, ela é uma das inte-grantes do Arquitetura 4 - as quatro mulhe-res que foram referência no Recife, nos anos 70, de uma arquitetura apropriada ao lugar;
Marco Antonio Borsoi: as luzes e sombras do edifício ao lado, em parceria com o pai Acácio Gil Borsoi, não se repetem mais
Blue Tower, Recife/PE, Marco Antonio Borsoi
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ARQUITETURA
ele é argentino e trabalhou com a arquiteta e pesquisadora argentina Marina Waisman, uma das fortes personalidades que marcaram os Seminários de Arquitetura Latino-Ameri-cana, encontros que na década compreendi-da entre 1985 e 1995 giraram pelo continente discutindo uma identidade para as cidades latino-americanas. Conheceram-se em 1998, em Caracas, na Venezuela, e desde então es-tão juntos na vida pessoal e profi ssional.
“A boa arquitetura é por natureza susten-tável. Todos os nossos projetos partem deste conceitual e são adaptados às condicionantes do lugar, sempre integrando a forma com a paisagem”, diz Vera. O escritório assinou, em 2001, o primeiro projeto de edifício com teto inclinado e estrutura em madeira de João Pessoa, na Paraíba - o Terraços do Atlântico. O objetivo era dar uma identidade praieira a uma orla urbana. O mercado comprou a ideia e já se seguiram mais dois: o Morada do Atlântico, em 2002, que conseguiu o feito de
juntar casas e apartamentos num único e har-mônico conjunto; e o Costa Esmeralda, em 2009, que transferiu o conceito de casa para os apartamentos duplex da cobertura. “Tive-mos a cumplicidade e a confi ança das cons-trutoras nestes projetos. Mas sabemos que as condições de mercado são diferentes hoje”, afi rmam. Vera e Roberto também atestam as difi culdades, por vezes, de utilizar materiais do lugar, dizendo que há preconceito, por exemplo, com o combogó, visto como “coisa de pobre”.
Da orla urbana para o campo, eles assi-nam, na cidade de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, a urbanização, o paisagismo e as construções do condomínio Winterville, um projeto contemporâneo baseado na car-tilha dos mestres – a mesma busca de som-bras, ventilação, integração espacial entre o interno e o externo. O VPRG assina também as 16 tipologias de casa do condomínio Alto da Serra, do programa Minha Casa, Minha
“ESTABELEÇAMOS COM A NATURE-ZA TROPICAL UM ENTENDIMENTO SENSÍVEL DE FORMA A PODERMOS NELA INTERVIR COM EQUILÍBRIO. NÃO PERMITAMOS QUE A PAISAGEM NATURAL – QUE JÁ FOI CONTÍNUA E GRANDIOSA – CONTINUE A SER AMESQUINHADA E DESTRUÍDA.”Armando de Holanda, Roteiro para Cons-
truir no Nordeste
Condomínio Winterville, Gravatá/PE, VPRG Arquitetos
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ARQUITETURA
Vera Pires: desde os anos 70 fazendo arquitetura para o lugar
Centro de Tecnologia Ambiental do Complexo Industrial Portuário de Suape/PE – transparência e leveza pelas mãos de Marco Antonio Borsoi
Vida (MCMV) em Campina Grande, uma das principais cidades do interior da Paraíba. “Nada de unidades repetidas, sem identida-de. Adaptamos o projeto à realidade do terre-no acidentado e criamos casas realmente in-tegradas ao meio. Já estão inclusive previstas ampliações que os futuros moradores quei-ram fazer, isto para não quebrar a harmonia do conjunto”, sintetizam. Eles vão participar, no fi nal de abril, de um encontro de arquite-tos em Brasília, do qual deve sair um docu-mento propondo a adequação do MCMV às peculiaridades de cada região.
O Norte Ofi cina de Criação, aberto em 1998, é formado pelo quarteto Bruno Lima, Chico Rocha, Lula Marcondes e Lúcia Dun-can. São os mais jovens de todos os arquite-tos citados nesta matéria, apontados entre os mais promissores do Norte/Nordeste. Não é
à toa que estão na seleção de “novatos com bagagem conceitual” do professor Fernando Diniz. Eles fazem arquitetura, design, artes visuais e vídeo. A casa em madeira onde mora o Bruno Lima, próxima a uma das ave-nidas mais movimentadas do Recife, é um marco na história do escritório. “Na verda-de, a casa veio da necessidade de construir já pensando na possibilidade de venda do terreno. Como é desmontável, posso levar para onde for”, revela Bruno. Dessa vitrine pessoal, surgiram outros projetos que ain-da não foram concretizados. Cada vez mais o Norte Ofi cina de Criação se preocupa em incorporar a sustentabilidade aos seus proje-tos, imprimindo conceitos de adaptação ao meio onde estão inseridos.
Há a assinatura deles em casas de bair-ros da periferia da capital feitas com poucos
O pioneiro projeto para o Minha Casa Minha Vida, do VPRG Arquitetos: adequação ao clima e afi rmação da individualidade dos moradores
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ARQUITETURA
O trio do escritório O Norte e a proposta de ventilação natural
em casa popular na periferia do Recife
recursos, onde Armando Holanda e seus pares se sentiriam extremamente à vontade – canais de ventilação e iluminação natural mesmo estando emparedadas entre outras residências. O quarteto está debruçado em um projeto para um prédio público de 12 mil metros quadrados, inicialmente concebido para uma total utilização de ar-condiciona-do. A nova proposta é utilizar ventilação e iluminação naturais nas áreas comuns. “Sus-tentabilidade é o novo termo para o que já se fez. Agora temos que ampliar o conceito, rastreando todo o processo produtivo dos materiais que vão dar forma aos projetos”, reforça Lula Marcondes.
Marco Antônio Borsoi fez questão de di-zer que não há nostalgia. Há o compromis-so de avançar em bases conceituais sólidas, inegáveis. “A ideia é fazer a arquitetura deste tempo e deste lugar, integrando a cultura e a tradição construtiva com a contemporanei-dade”, confi rma Roberto Ghione.
Casa de madeira, Recife/PE, O Norte Ofi cina de Criação
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ARQUITETURA
José Pacheco Maia Filho
A moderna arquitetura, que teve como expoentes mundiais o francês Le Cobusier e o alemão Mies Van Der Rohe, ganhou con-tornos tropicais na Bahia pelo arquiteto e urbanista Diógenes Rebouças. O baiano da cidade de Amargosa é o autor de projetos que remodelaram a face urbana de Salvador entre os anos 40 e 60.
Avenidas de vale e ícones da moderna arquitetura baiana como o Hotel da Bahia, o estádio da Fonte Nova e a Escola Parque pas-saram pela prancheta de Rebouças. “Ele é o maior arquiteto da Bahia no período”, afi rma o professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Ni-valdo Andrade, que desenvolve tese de dou-torado sobre a arquitetura baiana da época.
Para Andrade, Diógenes Rebouças ade-quou o repertório internacional da arquite-tura moderna à realidade local, a exemplo de Armando Holanda no Recife. “Diógenes, como outros arquitetos nordestinos, teve a preocupação de adequar seus projetos ao clima da região, que é tropical úmido com grande incidência de sol”.
BAHIA
EXEMPLO NA PRÓPRIA ESCOLA
A Faculdade de Arquitetura da Bahia é um exemplo dado por Andrade de projeto de Diógenes Rebouças que segue os pressupos-tos reunidos no livro Roteiro para Construir no Nordeste, do pernambucano Armando Holanda. “Lá estão a criação de sombra, a convivência com a natureza, o vazamento de muros para permitir a ventilação cruzada, a proteção de janelas, a abertura de portas, a continuidade de espaços, a construção com pouco e frondosamente”.
Realmente quem chega à Faculdade de Arquitetura, localizada num dos morros do bairro da Federação, em Salvador, depara--se com um conjunto de prédios integrados
bastante arejados e harmonizados com a na-tureza. Logo na entrada está o pórtico, uma área coberta e sem paredes laterais com vista para um gramado. É uma área de convivên-cia de alunos e professores.
As salas de projetos da faculdade dispen-sam refrigeração. Em amplos espaços con-tínuos, janelões em esquadrias de alumínio com venezianas possibilitam a ventilação cruzada e a entrada de luz natural. No Au-ditório Américo Simas Filho, as paredes são constituídas de combogós, elementos vaza-dos de concreto, também possibilitando o arejamento do espaço e a dispensa de equi-pamentos elétricos para atenuar o calor.
“COMECEMOS POR UMA COBERTURA
DECIDIDA, CAPAZ DE SER VALORIZADA PELA LUZ E DE INCORPORAR SUA PRÓPRIA SOMBRA
COMO UM ELEMENTO EXPRESSIVO.”
Armando de Holanda,
Roteiro para Construir no
Nordeste
Costa Esmeralda, João Pessoa/PB, VPRG Arquitetos
Faculdade de Arquitetura da Bahia
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Hugo Renan do Nascimento
“O Ceará é um Estado adaptável aos tra-ços culturais e climáticos de suas constru-ções”, diz o professor de Arquitetura e Urba-nismo da Universidade de Fortaleza (Unifor) Napoleão Ferreira. Ele é categórico ao afi r-mar que não há uma preocupação específi ca de adaptar tecnologias com as características do clima e mesmo da cultura local. “Esta é uma tendência pernambucana”, enfatiza.
Apesar dessa característica pouco mar-cante, o professor cita a sede do Banco do Nordeste (BNB), construída na década de 80 e projetada pelos arquitetos Marcos Th é e Wesson Nóbrega, e o Teatro José de Alencar, ambos em Fortaleza, como exemplos de boa convivência entre projetos e o clima nordes-tino em épocas distintas. O teatro, inaugura-do em 1910, foi ideia do engenheiro cearense Bernardo José de Mello, que imaginava um teatro-jardim na capital. Mas o José de Alen-car só ganhou o jardim propriamente dito na década de 70, com a atuação de Roberto Bur-le Marx em Fortaleza. É um projeto de gran-de visibilidade pelo caráter de uso coletivo. Na restauração do equipamento, em 1990,
CEARÁ
ADAPTAÇÃO NATURAL, DO PASSADO AO CONTEMPORÂNEO
ARQUITETURA
o teatro recebeu outro jardim. “Esse jardim constitui um espaço diferenciado na estru-tura fundiária do entorno, contribuindo ain-da para realçar a elevação lateral do edifício histórico. O jardim cumpre uma importante ligação entre o pátio interno do teatro – que separa o foyer e a sala de espetáculos – e o ambiente urbano”, relata o artigo “Caminhos da arquitetura moderna em Fortaleza: a con-tribuição do paisagista Roberto Burle Marx”, de Ricardo Alexandre Paiva e Beatriz Helena Nogueira. Além da sombra criada pela vege-tação arbustiva, eles destacam como um dos elementos mais interessantes da obra o muro posterior tomado por trepadeiras, servindo de cenário para um pequeno palco.
A sede do BNB é também comentada no artigo, onde os autores mostram que a cen-tralização das atividades administrativas do banco foi a solução para setorizar a diversi-dade de funções. Isto resultou na implanta-ção de blocos horizontais interligados por uma grande coberta metálica. “A extensa cobertura foi concebida para promover a in-tegração dos diversos blocos, conferindo um
sentido de unidade ao complexo, condicio-nada por questões de conforto e, sobretudo, de proteção contra a insolação”.
Napoleão Ferreira diz ainda que houve uma preocupação bioclimática na concepção do projeto do BNB, a fi m de promover uma espécie de “microclima” responsável pelo ambiente com ventilação cruzada.
Para o professor, a preocupação com o clima cearense nos projetos arquitetônicos foi apenas para garantir a permanência da população em terras de constantes secas. “Houve avanços e conquistas na arquitetura cearense e uma gran-de capacidade de adaptação de ideias”, reitera.
Ainda de acordo com o artigo dos arqui-tetos, os jardins da sede do BNB se inserem entre os blocos como extensões verdes das áreas de trabalho, intermediadas pelo balan-ço da estrutura de concreto que mais se asse-melha a uma varanda. Segundo os arquitetos, o formato foi pensado para proteger os panos de vidro da insolação e como apoio para as jardineiras pré-moldadas de concreto, que não foram construídas, mas estavam no pro-jeto original.
O jardim do Teatro José de Alencar integra o espaço cultural à paisagem urbana : permeabilidade induzindo à convivência
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Decoração e Arquitetura
Ricardo J. Pessoa
JARDINS DO ÉDENA arquiteta e paisagista Patrícia Lago comemora mais uma vitória: será a responsável por todo o projeto paisagístico das luxuosas torres gêmeas Tours Mont-Blanc, construídas pela suíça TWS Empreendimentos, líder na Europa e que entrega, em breve, este seu primeiro projeto na Paraíba, um dos mais luxuosos edifícios do Nordeste, localizado no bairro do Altiplano Nobre. Patrícia foi escolhida por Eric Gassmann, diretor da TWS Empreendimentos, e não foi à toa. Considerada uma das melhores profi ssionais da região por seus projetos que chamam a atenção pelo cuidado na análise de solo, plantio e escolha correta da vegetação, resultando em belos jardins e espaços de contemplação em meio a natureza.
REVESTOs empresários do segmento de mármores e granitos, Douglas Monteiro e Heber Prado, participaram da Expo Revestir 2012, em São Paulo, de 06 a 09 de março, no Transamérica Expo Center. O evento Revestir é considerado a Fashion Week da Arquitetura e Construção e, este ano, teve 230 expositores, público estimado em 40 mil visitantes de 60 países e volume de negócios acima de US$ 170 milhões. Uma novidade na área é que Douglas e Heber são os novos proprietários da loja Espaço Revest, em João Pessoa, que será inaugurado em breve.
SACCAROOs empresários Tereza e Ricardo Ibraildo, que tão bem administram a franquia da Saccaro em João Pessoa, lançam o livro “Não conte a ninguém: tem que viver”, edição especial comemorativa aos 65 anos da Saccaro, escrito pela historiadora Tânia Tonet e pelo jornalista Charles Tonet, com imagens exclusivas clicadas pelo fotógrafo Leopoldo Plentz. A obra traz as experiências vividas pela Família Saccaro desde a criação da marca até os dias atuais. São 16 crônicas baseadas nos fatos e personagens importantes para o crescimento da empresa, como fornecedores, funcionários, arquitetos, consultores, franqueados e consumidores.
KAZA, D&A E CASA VALDUGAA Kaza Presentes e Decorações, das empresárias Flávia Córdula e Patrícia Ribeiro, completou três anos de sucesso e foi palco de um badalado e concorrido coquetel, no dia 1º de março. Além de lançar sua primeira revista impressa, inaugurou um fantástico espaço gourmet com vinhos, espumantes, geleias e sucos da Casa Valduga. Na noite foi lançada também a sexta edição da Revista Digital D&A-Decoração e Arquitetura, apresentada aos convidados vips num grande telão. Por lá circularam arquitetos, decoradores, designers de interiores, lojistas e, é claro, muitos clientes da Kaza. Sucesso total!
TWS NO CLUB AA TWS Empreendimentos, representada pelos empresários Eric e Simone Gassmann, reuniu no badalado Club A, no último dia 3 de fevereiro, clientes, parceiros e amigos, para uma festa vipérrima que marcou o lançamento do “mixed building” Tour Geneve na capital paulista. O projeto de luxo, em construção também no Altiplano Nobre, tem como garoto propaganda o apresentador Amaury Jr. e já superou as expectativas de vendas. No jantar, um prato especial, o exclusivo ‘Risoto de Arraia’, e para brindar o sucesso da TWS, estiveram por lá Ana Botafogo, Arione Diniz, Paulo e Veronica Macedo, João Kleber, Clóvis Junior, Luiz Flávio D’Urso, este editor, entre outros convidados vips e celebridades.
Luiz Carlos Queiroz, Patrícia Ribeiro, Nelsir Ku er, Afra Soares, Gutemberg e Flávia Córdula em noite de lançamentos na loja KAZA
Simone e Eric Gassmann com Amaury Junior e Celina Ferreira no lançamento do Tour Geneve, em São Paulo
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ano II | nº 10 | Fevereiro 2012
ENTREVISTAEveraldo Feitosa, vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica: “vento é business”
MOVIMENTO VIDA SUSTENTÁVELA Construir NE e o Sinduscon-PE abrem espaço para a sustentabilidade
VENTO E SOL UNIDOS JAMAIS SERÃO VENCIDOS
Slogans à parte, a tecnologia de geração mista eólica-solar quer seu espaço
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EXPEDIENTE SUMÁRIO
CONSELHO EDITORIAL
Ana Lúcia Rodrigues
Carlos Valle
Inez Luz Gomes
José Lucas Simon
Kilvio Alessandro Ferraz
Ozeas Omena
Renato Leal
Ricardo Leal
Serapião Bispo
PUBLISHER
Elaine Lyra
EDITORA EXECUTIVA
Etiene Ramos
REPÓRTER
Cristina França
COLABORAÇÃO TÉCNICA
Roberta Marques Feijó | gestora ambiental
REVISÃO DE TEXTO
Betânia Jerônimo
FOTOS (CAPA)
André Prietsch
CARO LEITOR
Apagar a luz, tomar um banho com água fria (os cabelos e a pele
adoram), comprar equipamentos de baixo consumo de energia, desligar
totalmente os aparelhos eletroeletrônicos, tirando-os inclusive da
tomada, abrir pouco a geladeira. Os conselhos para poupar na conta
de luz cabem em uma longa lista. A tecnologia de geração eólica e solar
descentralizada anuncia para o Brasil uma nova realidade, na qual o
consumidor unitário ou coletivo poderá ser gerador e ter compensações
tarifárias por essa geração superior ao consumo. O vento e o sol nosso
de cada dia vão entrar no nosso bolso. Isto é bom demais.
Porém, é preciso enxergar muito além do que podemos poupar. Essa
poupança não será apenas de cédulas expedidas pelo Banco Central,
que chegam ao nosso bolso pelo nosso trabalho. Pelo menos no caso
da grande maioria dos brasileiros. Essa terra abençoada, com
ventos e sol invejáveis, deve retribuir com uma consciência ampla
do que seja sustentabilidade. É bom começarmos a fazer escolhas
sustentáveis e exigir do poder público, nos seus vários níveis, atitudes
ideológicas e práticas nesta direção, sem retrocessos, e em relação a
todos os aspectos do cotidiano. Somente abandonando a condição de
predador, o ser humano terá presente e futuro. Parafraseando o poeta
Renato Russo: “é preciso preservar como se não houvesse amanhã”,
porque se você parar para pensar, na verdade não há.
ENTREVISTA
Os leilões de energia infl aram a geração eólica no país. Com a crise
europeia, o Brasil pode absorver tecnologia, diz o vice- presidente da
Associação Mundial de Energia Eólica, o pernambucano Everaldo Feitosa
ENERGIAS ALTERNATIVAS
Duas propostas para a complementaridade da geração eólica e solar
disputam mercado. Grupos apostam no consumidor produtor de energia
MOVIMENTO VIDA SUSTENTÁVEL
Há tecnologia para se fazer muito pela efi ciência e
sustentabilidade energética. É importante que a legislação
fomente essa consciência. Mas leis não bastam
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AGENDA
CAPTAÇÃO DE ENERGIA SOLAR
O Studio Equinócio e a Academia Solar realizam no Recife (9 a 12 de abril), Salvador (21 a 23 de julho) e Natal (4 a 6 de agosto) o curso Introdução a Projetos de Sistemas de Aquecimento Solar. Com uma carga horária de 24 horas, é direcionado para todos os interessados no tema, desde arquitetos, engenheiros e projetistas hidráulicos, até integrantes de ONGs. No conteúdo, as várias formas de captação e aplicação da energia solar em habitações de interesse social, hotéis e hospitais, além da análise de viabilidade econômica e ambiental dos projetos. O curso será ministrado pelo engenheiro Carlos Felipe da Cunha Faria, sócio-fundador do Studio Equinócio e também criador e coordenador técnico da iniciativa Cidades Solares. No Recife, o curso faz parte do Movimento Vida Sustentável. Informações: www.studioequinocio.com.br.
FEIRA DA FLORESTA, PALESTRAS E SEMINÁRIO
A Feira da Floresta acontece de 9 a 11 de maio, em Gramado, no Rio
Grande do Sul. É uma feira de negócios nacional voltada para a produção fl orestal e as cadeias produtivas
decorrentes, reunindo empresários, profi ssionais, institutos e empresas
ligados às áreas de pesquisa, tecnologia e formação técnica do setor.
Na programação, estão previstos dois dias de palestras para produtores
rurais, trazendo temas como fomento e desenvolvimento fl orestal integrado com agricultura, pecuária leiteira e de corte, ovinocultura, entre outros, além
do seminário 1º Biomassa Florestal e Energia, que trata sobre o estado
da arte da utilização da biomassa como insumo energético no Brasil e no mundo. O credenciamento para
visitantes pode ser feito on-line (www.futurafeiras.com.br/feiradafl oresta).
CONCURSO INTERNACIONAL DE ESTUDANTES
A Faculdade de Arquitetura e Urbanis-mo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) propõe o Concurso Internacional de Estudantes como atividade integrante da programa-ção do 2° Congresso Internacional de Sustentabilidade e Habitação de Interes-se Social (CHIS 2012), a se realizar de 28 a 31 de maio de 2012, em Porto Alegre. Quem quiser concorrer aos prêmios de US$ 5000, US$ 3000 e US$ 1000 deve enviar, até 30 de abril, propostas arqui-tetônicas, urbanísticas e paisagísticas, visando à reinserção social, qualifi cação do espaço público e soluções habita-cionais inovadoras e sustentáveis para a população que ocupa a Ilha do Pavão, na margem do Lago Guaíba, no delta do Rio Jacuí, em Porto Alegre. Despesas de viagem e acomodação para um repre-sentante de cada equipe premiada serão custeadas pelo CHIS 2012. Informações: www.pucrs.br/fau/chis2012.
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EU DIGO
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A construção civil – mesmo se confi -gurando entre os maiores ramos da economia brasileira – ainda apre-
senta baixas taxas de produtividade entre os setores fabris no Brasil, sendo uma carac-terística marcante o emprego de métodos ainda praticamente artesanais de produção, o que contribui para a elevada utilização da mão de obra, muitas vezes, não qualifi cada que, aliada à mecanização (pouca ou quase nenhuma), infl ui diretamente nos processos de gestão dos canteiros de obra.
Em nível regional, a instalação de gran-des empreendimentos estruturadores em Pernambuco necessita de diversos investi-mentos, de modo que eles agreguem valores sustentáveis como aumento da qualidade e produtividade, desenvolvimento de novas tecnologias, uso racional de insumos (in-cluindo energia e água), redução da geração e gestão de resíduos, uso e conservação de equipamentos, capacitação de funcionários, segurança e qualidade de vida no trabalho.
Além do mais, a sustentabilidade na gestão do negócio pode alavancar a reputa-ção da empresa e melhorar a satisfação dos
O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVOLuiz Priori Junior
empregados e a boa vontade dos clientes, entre outras vantagens. A satisfação dos tra-balhadores pode proporcionar relevantes be-nefícios fi nanceiros para a empresa, através da redução de custos decorrentes de rotativi-dade, verbas rescisórias, novos treinamentos e perda de produtividade.
Tais circunstâncias acentuam-se na cons-trução civil, por ela ser uma atividade de ba-ses ainda muito artesanais, principalmente na nossa região. A infl uência da mão de obra no resultado do processo construtivo é mui-to grande, como também a implantação de qualquer inovação tecnológica e/ou gerencial que afete diretamente o trabalhador.
O cenário é agravado pelo crescimento desse segmento, que está mais rápido que o da formação de capital humano, o que já provoca uma escassez de trabalhadores qua-lifi cados no setor.
Dessa forma, faz-se necessário um esforço da construção civil para transpor o estigma de setor atrasado, conservador e manufatu-reiro, transformando-se em uma indústria moderna através da adoção de novas tec-nologias e modelos de gestão concebidos na
forma de programas de melhoria das condi-ções de trabalho e produtividade.
Evidenciam-se como causas principais desse desfecho a falta de comprometimento da alta direção das empresas com o desen-volvimento e a implantação de melhorias nos canteiros de obra; a carência de um pla-nejamento estratégico com planos de ação a longo prazo; e a pouca ou quase nenhuma participação dos funcionários no processo de gestão das obras, causada principalmente pela desmotivação devido à falta de investi-mentos na melhoria da qualidade de vida do trabalhador.
A proposta de conceituação da respon-sabilidade socioambiental corporativa como pilar para o desenvolvimento sustentável – através de ações de melhoria das condições sociais e do respeito ao meio ambiente – pode ser uma solução para o problema, nas organizações do setor que forem capazes de ver oportunidades nesse mundo em mudan-ças, por meio da adoção de práticas mais sus-tentáveis como vantagem competitiva.
Entretanto, o desenvolvimento susten-tável só é encarado como oportunidade de negócio pelas empresas que têm uma visão futurista do mercado, uma vez que a adoção da sustentabilidade como estratégia de gestão ainda é considerada por muitos empresários um ônus (e não um diferencial competiti-vo). Essa conjuntura corrobora com o con-tinuísmo na adoção de antigos métodos de construção e gestão, que se perpetuam em detrimento às novas técnicas construtivas, geralmente mais sustentáveis.
Luiz Priori Júnior é engenheiro civil, doutor
em Engenharia pela Universidade Federal
de Pernambuco, professor, consultor
e pesquisador na área de construção
sustentável ([email protected]).
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VISTO DE PORTUGAL
RENATO LEAL
51|5
N inguém negará a importância de uma refl exão estratégica perma-nente, no que se refere à matriz
energética de um país ou região. Não é maté-ria simples, dada a teia de fatores que, de al-guma forma, interferem nesse processo, tais como política, tecnologia, valores de investi-mentos (e seus longos prazos de maturação) e, até mesmo, de fatores climáticos, entre ou-tros tantos. Estes últimos, com sua aura de imprevisibilidade, dada a intensa agressão do homem infringindo o meio ambiente nas últimas décadas, ganharão, paulatinamente, maior protagonismo.
Aliás, quando falo de imprevisibilidade – um mal que vem se tornando praga em mui-tas ciências, a matriz energética brasileira é muito dependente da energia hidroelétrica e há sempre que se pensar em alternativas para os períodos de seca prolongada.
Temos que analisar também, com a mes-ma intensidade e prioridade, a matriz de consumo sob as mais diferentes perspectivas, sem esquecer os desperdícios: consumo do-méstico e industrial na economia; consumo público e privado por Unidade da Federação e município; idade dos imóveis e indústrias instaladas. Assim compreenderemos me-lhor como estamos utilizando este fator de produção de custos crescentes e criaremos mecanismos que estimulem a redução do seu consumo em cada uma destas vertentes. Não podemos só pensar em aumentar a produção de energia ou produzir fontes alternativas, mas tornar mais efi cientes a sua distribuição e o seu consumo.
Toda vez que refl ito sobre a questão, sal-tam algumas perguntas:
• Por que ainda se constrói tanto com a atenção voltada para a estética e o custo da obra, desconsiderando soluções de susten-tabilidade através de projetos, materiais e
POR QUE NÃO FALAR DE DESPERDÍCIO DE ENERGIA?
tecnologia que, às vezes, nem sequer agregam tanto custo e proporcionam economias subs-tanciais de energia para famílias e empresas?
• Por que, em termos de sustentabilida-de, alguns números não incomodam? Por que quando publicados não causam indig-nação? Dois exemplos: Recife perde 64% de sua água tratada contra 26% de São Paulo e 3,6% de Tóquio, no Japão; a reciclagem de resíduos sólidos é de 4%, no Recife, e de 70% nos países europeus. E o desperdício de energia – mais diretamente ligado ao nos-so tema – ronda os 16% contra uma média mundial de 7%.
• Por que os grandes prédios industriais, residenciais ou de escritórios, construídos há décadas, não se submetem a auditorias
energéticas que demonstrariam a viabilida-de econômica de investimentos de “retrofi t” energético? A mesma pergunta aplica-se aos governos em todas as suas esferas e aos gran-des proprietários de imóveis de escritórios do país. Sabemos que quanto mais antigos os prédios, maiores os ganhos sobre o investi-mento. Teríamos, assim, quedas signifi cati-vas no consumo energético nacional e maior efi ciência na gestão dos empreendimentos.
As respostas para essas questões são o mapa da mina da melhor gestão das matrizes de produção e consumo energético do país.
É evidente, aos olhos de todos, que já exis-tem soluções tecnológicas na arquitetura e engenharia de edifícios - e nos seus materiais construtivos - que permitirão ao país viver não só do aumento da produção de energia. E que, para empresas e famílias - inclusive poderes municipais, estaduais e da União, este será o caminho para reduzir a fatura energética.
Iniciou-se, em fevereiro deste ano, no Recife, o Movimento Vida Sustentável, uma iniciativa que será realizada ao longo do ano pelo Sinduscon/PE, pela revista Construir NE e pela Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos do Estado de Pernambuco. Trata-se de um conjunto de atividades – fó-runs, debates, cursos, premiações e uma feira sustentável – voltadas não só para discutir, mas principalmente para levar, aos diversos públicos, informações e conclusões desses debates, de forma a inserir, na vida de cada um, a preocupação com a sustentabilidade e a efi ciência energética em suas decisões. Da-qui para frente vai se ouvir falar muito neste movimento.
Renato Leal estrutura negócios, atuando no
Brasil e em Portugal.
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BOAS PRÁTICAS
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Pedras e bolsas da Norberto Odebrecht
A Construtora Norberto Odebrecht montou,
em Salgueiro, no sertão pernambucano, uma
pedreira exclusivamente para atender às
obras da Ferrovia Transnordestina, que inter-
ligará os estados do Ceará, Piauí e Pernambu-
co em 1.728 km de estrada de ferro. Lá, pro-
duz brita com uma granulometria específi ca
para ser utilizada em diversas etapas da co-
locação dos trilhos. A cada trituração da pe-
dra, é separado o material que será utilizado
como lastro, para dar suporte ao dormente,
e o que não é empregado para este fi m - por
conta do tamanho menor que o indicado - é
reutilizado na obra, como componente do
concreto usado para fabricação das dormen-
tes. Com isto, consegue diminuir os impac-
tos ao meio ambiente, uma vez que evita o
acúmulo de material em áreas de bota fora.
Em Salvador, resíduos de uniformes dos
trabalhadores da Arena Fonte nova - obra
da Construtora Norberto Odebrecht - são
transformados em bolsas, bonecos, saco-
la ecológicas, puxa-sacos, dentre outros
produtos. Através do Projeto Axé, o que
antes tinha o lixo como destino final, ga-
nha nova forma e beneficia mais de 22 fa-
mílias, que lucram com a venda dos itens.
Higienizadas, as fardas ganham uma nova
cara pelas mãos dos participantes da Rede
de Costura Modaxé, que tem como eixo
temático a função social da moda. Nesta
ação, são desenvolvidas atividades técni-
co-pedagógicas, enfatizando os aspectos
criativo (estilístico) e técnico (modelagem
e costura).
Vitrine para a sustentabilidade
Entre 19 e 22 de setembro, no Espaço Ciência, maior
museu a céu aberto do Brasil, localizado entre Recife
e Olinda, acontecerá a Feira Movimento Vida Susten-
tável que vai reunir profi ssionais e empresas do Brasil
e do exterior em torno do tema da sustentabilidade na
construção civil.
FEV/MAR 2012 | | 5353|7
Arena esportiva Pituaçu, Salvador/BA
Licitada em 2011, a instalação de um conjunto de painéis fotovol-
taicos de 400 kW no teto e no estacionamento do estádio já está
sendo feita pelo consórcio Gehrlicher/Ecoluz. Utilizará fi lmes fi nos
de silício amorfo. O custo estimado do projeto, de R$ 5,5 milhões,
será pago pela Coelba (52%) e pelo governo da Bahia (48%).
Estádio do Maracanã
A Light Esco (51%) e a EDF Consultoria (49%) criaram um consórcio
e juntas, vão instalar módulos solares sobre o estádio do Maracanã
para gerar energia elétrica. o projeto fotovoltaico terá 391 kWp de
potência instalada. A eletricidade gerada será comercializada no
mercado livre. O investimento total será de R$ 7 milhões.
Estádio do Mineirão, Belo Horizonte/BH
Terá um conjunto de painéis fotovoltaicos com 1,5 MWp. O custo,
estimado em R$ 10 milhões, será bancado pela Cemig, com fi nan-
ciamento do banco alemão KfW.
O sol da Copa
Veja quais estádios terão energia solar no Mundial de 2014
Estádio Nacional de Brasília/DF - Mané Garrincha
Terá 2,5 MWp de potência instalada. A energia gerada será sufi ciente
para atender a 50% da demanda durante os jogos e horários de pico.
No restante do tempo, o excedente será enviado para a rede brasiliense.
Arena Pernambuco, São Lourenço da Mata/PE
O novo estádio, na Região Metropolitana do Recife, terá usina solar com
capacidade de 1MWp de potência instalada, o equivalente ao consumo
médio de 6 mil brasileiros. Deve entrar em funcionamento em 2013 e
faz parte do Projeto Estratégico de Pesquisa e Desenvolvimento - Arran-
jos Técnicos e Comerciais para Inserção da Geração Solar Fotovoltaica na
Matriz Energética Brasileira, lançado em agosto de 2011 pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL),que será realizado pelas conces-
sionárias do Grupo Neoenergia (Celpe, Coelbae Cosern) e a Odebrecht
Energia, com investimento total de R$ 24,5 milhões.
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ENTREVISTA
A PAISAGEM NORDESTINA VAI GIRAR
Qual a realidade da energia eólica no Nordeste?Em 1998, a UFPE apresentou o Atlas dos Ven-tos na Região Nordeste do Brasil, um trabalho do qual participei, e provou para o mundo que a região tem uma das melhores jazidas eólicas do mundo. Da Bahia ao Maranhão, os ventos são uniformes, fato que só se repete em partes do Rio Grande do Sul. Os estudos também comprovaram a fantástica comple-mentaridade natural entre a menor vazão do Rio São Francisco nos meses de julho, agosto e setembro, além do maior volume de vento nestes meses. Na época, a energia eólica era uma alternativa distante, hoje representa um mercado de R$ 80 bilhões até 2020.
V ice-presidente da Associação Mundial de
Energia Eólica - a World Wind Energy Association (WWEA), o pernambucano Everaldo Feitosa é PhD em energia eólica pela Universidade de Southampton, na Inglaterra. Trabalha na área desde a década de 80 e fez parte do grupo de experts que projetou as primeiras turbinas eólicas inglesas. Professor licenciado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e empresário, está presente na maior parte dos projetos eólicos instalados no Nordeste. Feitosa reúne capital e ciência para falar de uma fonte que deixou de ser alternativa para integrar-se defi nitivamente à paisagem nordestina. Na opinião dele, isto vai acontecer também com a energia solar.
Isso signifi ca que o Brasil vai estar entre os países que mais utilizam a força dos ventos como fonte de energia?O Brasil já é um país de fonte energética lim-pa. A Alemanha tem fama, mas 60% de sua energia vêm do consumo de carvão. O Pro-grama de Infraestrutura de Fontes Alterna-tivas (Proinfa), criado em 2002 pelo governo federal, e os leilões de energia eólica, a partir de 2009, com o governo propondo a compra de 1,500 a 2,000 MW/ano, criaram condições para que se desenvolvesse no país toda uma expertise de apoio em engenharia civil, elé-trica, eletrônica, montagem e manutenção. Isto nos garante know-how para fi gurar en-tre os quatro países de maior matriz eólica.
Cristina França
FEV/MAR 2012 | | 5555|9
ENTREVISTA
Certamente estaremos na frente da Espanha, atualmente a quarta colocada, e atrás de Chi-na, Estados Unidos e Alemanha. Até 2020, o Brasil prevê a necessidade de gerar mais 68,000 MW, somando os valores dos leilões até lá (30% desta nova capacidade instalada serão de parques eólicos).
Vento realmente virou business?Sim. E o Brasil tem a melhor legislação re-guladora de mercado e a melhor forma de comercialização - os leilões. O custo da ge-ração é o mais baixo do mundo. Chegamos a US$ 58,6/MWh contra US$ 168/MWh da Espanha. A concorrência entre as empresas é acirrada e saudável. Encontrar o lugar certo para instalar um parque eólico é tão compli-cado quanto prospectar petróleo. O dia a dia de uma empresa do ramo inclui o desenvol-vimento de ferramentas computacionais so-fi sticadas, para prever ventos futuros e evitar riscos. Arrisco dizer que no Nordeste vive-mos um momento único, no qual há euforia no setor automobilístico e também no eólico. Todos os grandes fabricantes de aerogerado-res estão na região. Com tal cenário, o risco de apagões no Brasil é zero.
O senhor diz que é difícil achar o lugar cer-to para instalar um parque eólico. Quais os Estados mais cotados?As variáveis são muitas. Por exemplo, a Bahia tem a maior área territorial e por isso com-porta uma maior capacidade instalada, mes-mo considerando que pelo interior a comple-xidade do relevo interfere nos ventos e nos custos de instalação. Os resquícios de Mata Atlântica no litoral pernambucano provam que os ventos são mais amenos, diferente-mente do litoral do Rio Grande do Norte, com suas dunas sem vegetação. O Ceará tem o maior número de parques - hoje são 17
- e contribui com 518,9 MW da capacidade instalada de 1.471,2 MW. O importante é a soma de tudo isso e o fato de termos espaço mais que sufi ciente e não precisarmos, como Inglaterra, Dinamarca e Alemanha, instalar parques eólicos off shore, ou seja, no mar. Es-ses parques são 50% mais caros.
A crise na Europa pode favorecer o Brasil em termos de tecnologia na área?Acredito que sim. As empresas vão procurar mercado com mais força e haverá natural-mente uma maior convivência entre os espe-cialistas. O know-how periférico nós temos; precisamos avançar no centro, na tecnologia de montagem das turbinas. Mas a grande be-nefi ciada com a crise europeia será, creio eu, a geração solar. Hoje os projetos eólicos são mais baratos que há dez anos. O mesmo deve acontecer com a geração solar. Há projetos prontos aguardando leilões que devem ocor-rer ainda este ano. Isto vai fomentar a tecno-logia e a formação de pessoal, favorecendo a competitividade com a presença de players internacionais.
Já este ano a Itália emplaca a maior geração de energia solar do mundo, com capacida-de instalada igual às usinas nucleares. O que está reservado para o Nordeste onde, nos pacotes turísticos, faz sol o ano inteiro?A UFPE também fez um mapa solarimétrico do Brasil, há mais ou menos três anos. Piauí, Paraíba, Pernambuco e Bahia estão entre os Estados de maior potencial e o Nordeste só perde para a Arábia Saudita. A solar ainda é uma energia cara, mas nos próximos dez anos o Brasil chega lá. O conceito de energia solar é de geração pessoal com contadores girando ao contrário, quando o cidadão não
retira energia da rede, mas injeta. É assim que funciona no Japão, Alemanha e Itália. As concessionárias de energia terão que se adap-tar para tornar isto possível e criar mercado. Já a energia eólica personalizada é pura pro-paganda. Os aerogeradores precisam de es-paço aberto contínuo, já que não é viável ins-talar no telhado de casas, hospitais ou hotéis.
Com essas perspectivas, qual o sentido de instalar uma usina nuclear no Nordes-te, como prevê o Ministério das Minas e Energia?Falando do ponto de vista da tecnologia, é fundamental para o Brasil desenvolver seu programa nuclear. A questão não é simples-mente se precisamos ou não de energia nu-clear para abastecer a economia e a socieda-de. Trata-se de um fator de soberania numa realidade internacional conturbada.
O que diria para quem pensa que os par-ques eólicos poluem a paisagem e que os ventos não são confi áveis?Num parque eólico, todo o cabeamento in-terno pode ser subterrâneo, encarecendo o projeto elétrico em 30%, mas vale a pena para que apenas as turbinas gigantes de 100 metros de altura e de 100 metros de diâmetro sejam parte da paisagem. Quanto à confi abi-lidade dos ventos, isto é um risco individual para os empresários do setor que assinam os contratos de geração. No geral, é a soma anu-al da geração que conta - e não o vento que sopra a cada minuto.
Serão R$ 80 bilhões em investimentos em parques eólicos até 2020, considerando os leilões previstos
Em potencial solar, o Nordeste só perde para a Arábia Saudita e, nos próximos dez anos, essa fonte será competitiva
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PRODUÇÃO CONJUNTA
GERAÇÃO EM DOBRO
Geração eólica em expansão e geração solar fotovoltaica como a próxima bola da vez. Neste cenário, sistemas mistos e complementares buscam espaço
Cristina França
D entre as várias perguntas que pai-
ram na cabeça de quem não é ex-
pert em energias renováveis, duas
são onipresentes: Como gerar energia solar
se o sol se esconder? Como gerar energia
eólica se parar de ventar? Os especialistas
esclarecem estas dúvidas falando sobre
as tecnologias que armazenam energia do
sol e dos ventos em pequenas ou grandes
gerações.
A Green Luce Soluções Energérticas co-
locou no mercado um sistema que agrega
aerogeradores e painéis solares para tirar
proveito dessas duas fontes. A energia é
armazenada em baterias que alimentam as
luminárias acionadas por fotossensores. A
autonomia do sistema garante 36 horas de
funcionamento — o sufi ciente para a ilumi-
nação por três noites. A sócia-diretora da
Green Luce, Carla Van Deursen, destaca a du-
pla fonte e o ganho para quem aderir à ideia,
por não depender da rede elétrica existente,
tornando o sistema especialmente indicado
para condomínios residenciais e comerciais.
“A economia na conta de energia é total”,
garante.
No Ceará, a Gram-Eollic oferece a mes-
ma possibilidade de geração mista com o
Produtor Independente de Energia (PIE), pa-
tenteado em 2009 pelo engenheiro mecâni-
co Fernando Ximenes. Os postes têm entre
12 e 18 metros de altura. As hélices de um
avião no topo capturam a energia do vento
(até 1.000W) e, as asas, com células sola-
res, a energia do sol (até 400W). O sistema
da Gram-Eollic tem autonomia de 70 horas
e cada poste abastece outros dois. Desde
2010, um protótipo está montado no Palácio
Iracema, sede do Governo do Ceará. “Apre-
sentei um projeto para instalar 176 postes
na rodovia CE-025, que liga Fortaleza ao li-
toral leste, a um custo 7% abaixo do siste-
ma convencional. Não foi adiante porque os
gestores e a população não acreditam. Tam-
bém há preconceito, pois se eu fosse alemão
já teria tido sucesso”, supõe Ximenes. O PIE
recebeu o Prêmio Inova da Federação das In-
dústrias do Estado do Ceará.
Ximenes, que é professor da Faculdade
de Tecnologia do Nordeste, secretário da
Câmara Setorial de Energia Eólica do Ceará
e membro do Conselho Temático de Meio
Ambiente do Estado, instalou também uma
torre eólico-solar no campus da faculdade.
“A tecnologia é 100% cearense. A torre tem
24 metros de altura e capacidade para gerar
720KW/dia, o sufi ciente para a demanda de
100 salas, laboratório, parque aquático, giná-
sio e lanchonete”, informa.
Carla Van Deursen diz que o aerogera-
dor da GreenLuce é capaz de gerar energia
com velocidade de vento mais baixa do que
qualquer outro disponível no mercado. Suas
turbinas geram de 160W a 2,4kVA. O painel
solar possui células encapsuladas entre ca-
madas de vidro temperado, acetato de vinil
etilênico e polivinil fl uorídrico, o que confe-
re resistência contra as intempéries. A Green
Luce tem parceria com empresas chinesas e
Sistema misto da GreenLuce prevê autonomia de 36 horas
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FEV/MAR 2012 | | 57
PRODUÇÃO CONJUNTA
americanas, países nos quais tais sistemas
são usados há mais de cinco anos.
A estratégia da Green Luce é mostrar para
as grandes empresas a efi ciência em termos
de iluminação, redução de custos e susten-
tabilidade do sistema, além do apelo de
marketing dessas iniciativas. Quinze unida-
des estão instaladas nos canteiros de obras
da Refi naria Abreu e Lima, em Pernambuco,
e 38 no Complexo Petroquímico do Rio de
Janeiro (Comperj), da Petrobras. Na área de
transportes, o sistema está sendo avaliado
em São Paulo pela Companhia Paulista de
Trens Metropolitanos e pelas concessioná-
rias Camargo Corrêa e OHL (rodovia Fernão
Dias). A Green Luce também está buscando
homologar o sistema na Prefeitura do Rio de
Janeiro, de olho na Copa 2014 e nas Olimpí-
adas de 2016. Para isto, instalou um poste no
Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca, zona
oeste carioca.
O sistema da Green Luce varia entre R$ 17
mil e R$ 21 mil, em razão da quantidade de
postes a ser instalada, do tamanho do painel
A tecnologia cearense tem uma faculdade como vitrine
solar a ser utilizado, da potência da luminária
e do local de instalação. Na Gram-Eollic, os
cálculos não são feitos por unidade. Instiga-
do a dar valores, Ximenes compara o custo
do sistema convencional numa rodovia por
quilômetro. “Considerando a transmissão e
os equipamentos de iluminação, chegamos a
praticamente R$ 2 milhões por quilômetro.
Nosso sistema misto e autônomo varia de R$
200 mil a R$ 700 mil”, estima.
O engenheiro eletricista pernambuca-
no, especialista em distribuição de energia,
Francisco Belo, pondera que a tecnologia
ainda é cara e também chama a atenção
para o fato de que é preciso educar a popu-
lação no sentido de evitar vandalismo. “Mas
acredito que vamos caminhar nesta direção.
Quando a Agência Nacional de Energia Elé-
trica (Aneel) regularizar a microgeração e a
casa de praia que passa dez meses do ano
fechada compensar, por geração solar e/ou
eólica conectada ao sistema, o consumo da
residência na cidade, teremos uma nova rea-
lidade energética”, prevê.
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A cidade de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, será a primei-ra do Brasil a implantar um sistema de iluminação pública com leds, lâmpadas mais econômicas do que as de vapor de sódio e mercúrio, que estará associado à tecnologia para a geração de energia eóli-ca e solar. Dentro de seis meses, nas prin-cipais avenidas do município, serão ins-taladas minitorres eólicas de oito metros de altura que irão produzir até 1kVA de energia, o suficiente para iluminar cerca de 33 lâmpadas.
Chamado de Nova Luz, o sistema foi de-senvolvido pelo Conselho Euro-Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (Eubra), em conjunto com o Centro de Tecnologia Climática Avançada (CTCA), e já foi expe-rimentado em praças e escolas nas cidades de Maracanaú, Eusébio e Aquirá, no Ceará, além de Lajedo, em Pernambuco. Mas, se-gundo o presidente do Eubra, Robson Oli-veira, Abreu e Lima será a primeira cidade do país a implantar o sistema em todo o seu parque de iluminação pública.
NOVA LUZ PARA A ILUMINAÇÃO PÚBLICA
O programa Nova Luz é também uma opção para a energia fornecida pela Com-panhia Energética de Pernambuco (Celpe), que apoia a iniciativa. “Vamos economi-zar na conta mensal com geração própria e ainda desafogar o fornecimento da rede nos horários de pico, o que é incentivado pela Eletrobras e pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel”, explica o prefei-to de Abreu e Lima, Flávio Gadelha, que irá investir R$ 2 milhões em recursos da pre-feitura no programa.
A iniciativa atende à Resolução 414/2010 da Aneel, que previa a municipalização da iluminação pública ainda em 2011, pra-zo estendido até julho de 2013. O gestor de clientes corporativos dos poderes públicos da Celpe, Alberto Júnior, acredita que o sis-tema de Abreu e Lima irá incentivar outras prefeituras a buscar um modelo semelhante e até mesmo procurar mais o Reluz, programa do governo federal que estimula o consumo econômico. “O programa de Abreu e Lima será uma revolução na oferta de iluminação pública no Brasil”, afi rma.
O diretor de iluminação pública de Abreu e Lima, engenheiro Milton Leôncio, explica que o sistema da LED Brasil/Loadbest, em-presa ganhadora da licitação pública, oferece uma tecnologia desenvolvida nos Estados Unidos, adequada ao nosso meio ambiente e com capacidade de suportar as variações de energia de 110v a 220v sem problemas. “Fize-mos testes e descobrimos que a led apresenta uma redução de até 1/5 do consumo nor-mal. Esperamos uma economia de até 70%”, revela o diretor, ressaltando que não serão necessárias mudanças na estrutura existente. Os mesmos postes e luminárias poderão ser utilizados com as leds. A redução promete benefi ciar a população de baixa renda do município, com isenção na Contribuição de Iluminação Pública (CIP) das unidades con-sumidoras residenciais da cidade que con-somem entre 0kW e 80kW. De acordo com o cadastro da Celpe, das 27.759 residências, 15.267 passarão a ser isentas. “Nada mais justo do que repassarmos a economia que te-remos com a instalação do novo sistema de iluminação”, afi rma Flávio Gadelha.
Abreu e Lima, no Grande Recife, será a primeira
cidade do Brasil com leds em todas as ruas
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| FEV/MAR 201260 |
FORUM
Cristina França
A convite do Movimento Vida Sus-tentável, uma parceria da Construir NE com o Sindicato da Indústria da
Construção Civil de Pernambuco (Sinduscon/PE), a consultora portuguesa Isabel Santos, engenheira de Energia e Meio Ambiente, e o professor Heitor Scalambrini, do Núcleo de Apoio a Projetos de Energias Renováveis da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), participaram do encontro de março do Fórum Pernambucano de Construção Sus-tentável e discutiram a efi ciência energética e o potencial da energia solar, respectivamente, com construtores e profi ssionais da área.
Em Portugal, assim como em todos os países da União Europeia, a certifi cação energética é obrigatória desde 2002. Portu-gal adequou-se à norma em 2006, o que fez crescer o mercado para especialistas da área. “Para vender ou arrendar qualquer imóvel, é obrigatório apresentar a certifi cação. Isto dá, a quem compra, uma ideia de quanto o imóvel irá custar em desperdício de energia ao longo do tempo. Claro que é mais fácil vender e mais inteligente comprar imóveis certifi cados”, diz Isabel Santos. A reação do
MOVIMENTO VIDA SUSTENTÁVEL
SE O CONSUMIDOR ADERIR...
Especialistas debatem a efi ciência energética das construções e o potencial da energia solar e são unânimes em afi rmar que a legislação ajuda, e muito, mas o mercado é soberano
mercado à certifi cação foi positiva, segundo ela muito mais em função do medo difuso e generalizado em relação ao aquecimento glo-bal do que por uma consciência em relação ao uso racional da energia.
O professor Heitor Scalambrini, responsá-vel técnico pelo convênio entre a Prefeitura do Recife e a UFPE, em 2007, que criou o projeto Recife Cidade Solar para divulgar essa energia como mitigadora do efeito estufa e propor po-líticas públicas para usar o sol como fonte de luz e calor, só conseguiu a instalação de painéis fotovoltaicos no Centro de Economia Popu-lar, no Recife, que opera com energia solar. A ideia também gerou um esboço de projeto de lei municipal, prevendo incentivos para quem adquirir painéis produzidos em Pernambuco. Mas o projeto não foi adiante.
MUITO A DESCOBRIR
A quem, após a apresentação no fórum, se mostrou entusiasmado com a iniciativa de cinco anos atrás, o professor Scalambrini respondeu com ceticismo, mas não confor-mação: “Nem as pessoas, nem os gerentes de
instituições bancárias, sabem que é possível fi nanciar a aquisição e a instalação de siste-mas para aquecimento de água, que custam de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil. Muito menos que esse investimento inicial dá retorno em 18 meses, em média. Também não há legislação para evitar que se construam prédios jogan-do sombra sobre painéis já instalados. No Recife, ainda estamos discutindo esses temas fundamentais depois de tanto tempo”, alerta Scalambrini. O chuveiro elétrico está presen-te em 67% das casas no Brasil, mais de 90% no Sul e Sudeste. Esses chuveiros consomem cerca de 8% da energia elétrica produzida no país e representam, normalmente, mais de 30% da conta de luz. Outro alerta de Scalam-brini é quanto à necessidade de formação de mão de obra (instaladores e projetistas) para não “queimar” o fi lme da energia solar nas residências.
O crescimento da geração solar descen-tralizada, quando o consumidor se propõe a ser independente do fornecimento de energia das concessionárias, espera a regu-lamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para defi nir incentivos à
O Sinduscon\PE abre espaço para discutir ideias e práticas
FEV/MAR 2012 | | 61
FORUM
microgeração (menor que 100kW) e à mi-nigeração (menor que 1MW) distribuída de energia solar. Está prevista a criação de um Sistema de Compensação de Energia, onde a energia gerada superior à consumida cria um saldo a abater na fatura do mês seguin-te. O coordenador do Fórum Pernambucano de Construção Sustentável, Serapião Neto, adiantou que estão para ser anunciados em-presariais e residenciais numa das principais avenidas do Recife, com painéis solares e
Atentos, empresários e executivos da Construção Civil preparam-se para projetos sustentáveis
geradores eólicos para suprir à demanda de energia dos ocupantes. Do ponto de vista do mercado imobiliário, segundo ele, o constru-tor depende da receptividade do consumidor ao marketing verde. A regulamentação é es-sencial, mas o alvo é o comprador.
A consultora Isabel Santos, sócia da em-presa de engenharia em performance energé-tica e construção sustentável Ecochoice, diz estar pronta para um período de catequese no mercado brasileiro. Ela conta que, em Portugal, foram dois anos de “pedagogia”, em relação à certifi cação energética, para mudar a visão de que sustentabilidade custa caro. “Muitos ainda se recusam a acreditar que uma lâmpada LED poupa 80% de energia. Em percentuais, diria que algo em torno de 15% dos portugueses percebem que a certi-fi cação vai muito além do ganho fi nanceiro”, relata. O país calcula perdas de energia por volta de 50 milhões de euros\dia. “A legis-lação prevê exigências diferenciadas para edifícios com menos ou mais de mil metros quadrados, tanto novos quanto antigos. A questão da conscientização aparece quando o proprietário do antigo decide não fazer as
obras previstas na auditoria energética. Não tem a visão do todo a longo prazo”, sintetiza a consultora.
A Ecochoice escolheu chegar ao Brasil pelo Recife, em função do crescimento eco-nômico do Estado, com o apoio da Câmara de Comércio Portugal-Pernambuco. A em-presa trabalha com três unidades de negócio – energia, construção sustentável e ambiente urbano sustentável. Neste último, os serviços incluem desde a simulação de cenários sus-tentáveis do território até estratégias de de-senvolvimento do ecoturismo.
Izabel Santos: certifi cação energética, obrigatória desde 2002, em Portugal, levou empresas à adequação
Scalambrini: projeto de lei para incentivar uso da energia solar não foi adiante no Recife
| FEV/MAR 201262 |
EXPO REVESTIR
Cristina França
D ez anos de feira em um momento econômico extremamente favorá-vel no Brasil. Bons motivos para
comemorar e apresentar números promisso-res. A Expo Revestir 2012, realizada de 6 a 9 de março, em São Paulo, cresceu 30% em relação a 2011, contando com 230 exposi-tores, dentre eles 46 internacionais, a maior presença de todas as edições. “O Brasil é hoje um dos protagonistas no cenário global e tem um mercado interno em franca expansão, então é natural o interesse dos fabricantes
TECNOLOGIA E ECOLOGIAFabricantes estrangeiros e nacionais apostam alto em produtos para atrair o consumidor, propondo características high tech aliadas ao marketing ambiental
Kieling, presidente da Expo Revestir: a feira representa o mercado interno brasileiro
O arquiteo italiano Antonio Citterio: pela atemporalidade do design
internacionais pela vitrine que a Expo Reves-tir proporciona”, disse o presidente da feira, Antônio Carlos Kieling, evitando comentar refl exos da crise internacional nessa presença maior de estrangeiros.
O grupo espanhol Roca foi um dos de-butantes da feira. Líder mundial em peças e acessórios para banheiros, o grupo trou-xe, além da linha Armani - parceria com o estilista italiano Giorgio Armani, a su-íça Laufen. O diretor comercial da Roca, Sérgio Melfi, detalha que as duas marcas
terão posicionamentos diferentes no Bra-sil - “a Roca aposta no desenho universal; a Laufen, por ser suíça, tem um desenho mais conceitual e autoral, de influência ítalo-germânica, e peças com grandes medidas”. A Laufen chega ao mercado no segundo semestre.
Outra novata foi a norueguesa Lundhs, com seus granitos azulados conhecidos como Blue Norueguês. O produto é impor-tado em blocos e recebe acabamento fi nal no Brasil. “É cedo para avaliar os resultados da feira, mas estamos confi antes porque nos-sos granitos representam uma cor que não tem no mercado e com preço médio e viável para construtoras e o consumidor fi nal”, diz o representante Fábio Biselli. Público para apresentar as novidades não faltou. Segundo a organização da Expo Revestir, mais de 40 mil profi ssionais entre arquitetos, designers de interiores, revendedores, construtores, jornalistas e compradores internacionais marcaram presença na feira e no Fórum Internacional de Arquitetura e Construção, evento que aconteceu paralelamente. A pre-sença de 120 jornalistas e compradores de 35 países teve apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil).
FEV/MAR 2012 | | 63
EXPO REVESTIR
O piso da Revitech e as pastilhas da Mazza Cerâmicas
O design conceitual da suíça Laufen chega ao mercado no segundo semestre
A Dânica apresentou a telha Termo House: estilo colonial, efeito térmico
Dentre os produtos que apostaram na tec-nologia e sustentabilidade para conquistar a atenção, destaca-se a ducha manual da fabri-cante alemã Hansgrohe, que promete reduzir o fl uxo de água em até nove litros por minu-to, sem prejudicar o conforto do banho. Em matéria de pisos, a marca Ecopietra mostrou produtos com 95% de permeabilidade, uma solução para a drenagem da água em áreas externas. Já a Revitech apresentou o Uni-que SK, com superfície autodesinfetante em oito cores, ideal para hospitais, laboratórios, consultórios.
Tanto para pisos quanto para paredes, a Mazza Cerâmicas propôs pastilhas com-postas de resíduos de louças sanitárias. Re-ciclando vidros de lâmpadas fl uorescentes e usando pintura com esmalte ecológico, a Le-pri apresentou sua linha de pastilhas meta-lizadas para destacar ambientes residenciais ou chamar a atenção de lojas, bares e restau-rantes. A Dânica levou para a Expo Revestir a telha Termo House. Em estilo colonial, é fabricada em aço pré-pintado nas duas faces, com núcleo isolante que bloqueia a entrada de frio ou calor em 95%. Serão produzidas no Brasil a partir de abril.
Evento paralelo, o 10º Fórum Interna-cional de Arquitetura e Construção teve
palestra do arquiteto italiano Antonio Citte-rio, uma das principais referências em estilo e autenticidade na área de design, a qual abor-dou a interação entre os espaços e os objetos. Citterio falou da importância de criar produ-tos atemporais, pensando-se na sustentabili-dade do planeta. Vieram também ao fórum o jovem talento português Diogo Brito, do OODA, escritório reconhecido por seus pro-jetos inovadores como o Ntcart Museum, em
Taiwan, e o Disaster Center, na Turquia; e o crítico de arquitetura espanhol Luís Fernan-dez-Galiano distribuindo ideias instigantes: “A arquitetura deve juntar o carnaval da for-ma com a quaresma da construção e se inte-grar aos interesses políticos e econômicos”. Já Brito conversou com os arquitetos presentes sobre a capacidade de realizar trabalhos con-siderados utópicos e as infl uências da fi cção na inspiração de projetos inovadores.
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COMO SE FAZ
Patrícia Braga
Acor da parede é, decididamente, condição sine qua non para o resultado da decoração de um ambiente. Escolher tintas deco-
rativas que tenham maior durabilidade ga-rante um ambiente bonito por mais tempo, somando economia ao saldo fi nal. Com o crescimento acelerado da construção civil no país e dos investimentos em novas tecnolo-gias, o consumidor passou a dispor de produ-tos com qualidade e que maximizam o tempo de vida da pintura. As marcas inovadoras já são várias, assim como os fabricantes.
As chamadas tintas de primeira linha diferenciam-se das comuns por oferecer cobertura mais homogênea, praticidade na aplicação e, claro, durabilidade. “Possuem maior teor de óxido de titânio, responsável pela alvura da tinta, e de resinas acrílicas, que dão maior durabilidade e resistência à cor”, explica o engenheiro Péricles Leal, responsá-vel pela construção do Condomínio Vila dos Corais, na Reserva do Paiva, no litoral sul da Região Metropolitana do Recife. Segundo ele, quanto mais resina e titânio, melhor o reco-brimento e maior a duração da tinta.
Ele ressalta que esse tipo de produto ain-da possui fungicidas para proteger a parede contra mofo e algicidas que atuam contra o limo, dois componentes fundamentais que garantem um resultado diferenciado. Se-gundo ele, apesar de ter preço mais alto, o
TINTAS INOVADORAS VÃO ALÉM DO ARCO-ÍRIS
Mudam de cor, impermeabilizam e garantem efeitos inusitados. As novas tintas fazem a diferença
custo-benefício desse tipo de produto acaba superando os tradicionais. A explicação é simples: a tinta popular exige aplicação de várias demãos até uma cobertura ideal, en-quanto a especial pode proporcionar um re-vestimento perfeito com apenas uma demão, se a parede for virgem e tiver um bom aca-bamento. “Quando não há controle na forma de revestimento da argamassa, é preciso mais de uma demão”, ensina Leal, lembrando que, em muitos casos, o serviço só é liberado após uma avaliação do revestimento. Já em refor-mas, é necessário lixar a superfície e aplicar pelo menos duas demãos de tinta.
Para sanar essa e outras difi culdades, existem fórmulas que vão além, ou seja, pos-suem aditivos químicos capazes de eliminar as imperfeições das paredes e a problemáti-ca da mão de obra. É a conhecida textura ou pintura projetada, aplicada com auxílio de equipamento pneumático de projeção, que opera com uso de ar comprimido. Além da rapidez e de um acabamento superior e sem desperdício, o grande diferencial é que, com tal tipo de máquina, uma mesma pessoa pode fazer o revestimento de fundo com argamas-sa seguida da pintura, aliando economia de mão de obra. Trata-se da textura de monoca-pa, que dispensa o reboco e pode ser aplicada pelo próprio pintor para o acabamento fi nal da superfície. “Se eu fosse utilizar a técnica convencional num apartamento, precisaria
Com a técnica de monocapa, acabamento é feito pelo pintor
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COMO SE FAZ
PARA UMA PINTURA BEM FEITA
fi car o tipo de tinta de acordo
com a área a ser pintada (tetos de
banheiros, cozinha e lavanderia devem
levar Tinta Acrílica)
superfície a ser pintada
fi rme,
uniforme, limpa, seca e sem qualquer
tipo de gordura ou mofo. Em parede
virgem, após o reboco, deve-se esperar
que a parede seja curada.
dependendo da necessidade
de pelo menos quatro profi ssionais; já com a projetada, utilizaria apenas dois”, exemplifi ca Péricles. A pintura projetada é recomendada para interiores, tetos e exteriores, e também na aplicação de texturas com efeito - o Oran-ge Peel, a popular casca de laranja.
No Brasil, já são muitos os fabricantes que investem no quesito inovação. A Coral, por exemplo, trabalha com três tipos de tinta: econômica, Standard e Premium, cada uma com performance e indicação de uso que varia de acordo com a necessidade do con-sumidor. Priorizando o aspecto da durabili-dade, os destaques são os produtos da linha Premium, com as tintas Coral Decora e Super Lavável. Segundo Guillermo Jaureguy, geren-te de Marketing da Coral, são produtos que costumam custar, em média, até 60% a mais do que uma tinta econômica da marca, mas que conservam a qualidade da pintura por mais tempo. Há ainda a linha Rende Muito, com diluição de 80% em água e rendimento
de 500 metros quadrados para uma demão com lata de 18 litros, rendendo duas vezes mais. “Em condições normais de conserva-ção, geralmente duram mais do que o dobro de tempo das pinturas com tintas tradicio-nais”, garante Jaureguy. Já a linha Sol & Chu-va, indicada para exteriores, é fabricada para proteger a parede contra algas, mofo, maresia e variações climáticas.
Considerando a difi culdade na hora de es-colher a cor, a paraense Mundial Prime ino-vou com a tinta spray Camaleão, que muda de cor dependendo do ângulo de visão. As tonalidades básicas são o azul, que varia para roxo, rosa e verde; o verde, para azul e roxo; o amarelo, para laranja e verde; e o vermelho, para rosa, roxo, laranja e amarelo, quando aplicadas em qualquer superfície com fundo preto. A tinta também pode ser aplicada nas latarias de carros, sendo adquirida em super-mercados e casas de material de construção e produtos automotivos.
Já a paulista Universo Tintas lançou a Unilar Acrílico Econômico, indicada para superfícies internas, massa acrílica, textu-ras, concreto, fi brocimento, repinturas sobre PVA, tetos, quartos e ambientes de menor circulação. Outro exemplo é a tinta imper-meabilizante da Denver para fachadas que une pintura com impermeabilização e acaba-mento. A Denvercril Parede, à base de resina acrílica, fl exível, monocomponente e pronta para uso, também promete uma pintura imo-biliária com elevada durabilidade e boa resis-tência à chuva e à ação dos raios ultravioleta. “Há tipos de texturas que só precisam ser aplicados uma vez”, afi rma Péricles Leal. Ele garante que quando uma fachada recebe tinta especial, normalmente só é preciso refazer a pintura de três em três anos. “A economia de uma linha para outra pode chegar a 30%, de-pendendo da forma como a tinta foi aplicada e do acabamento dado”, afi rma.
Péricles Leal : textura projetada garante acabamento superior
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TECNOLOGIA
Patrícia Braga
A aceleração de investimentos imobi-liários e empresariais resultou num incremento dos projetos de arquite-
tura, que se adequaram às tecnologias e equi-pamentos inovadores. Surgem, a cada dia, al-ternativas que aliam sofi sticação e praticidade à economia e qualidade de vida. A necessida-de de redução no consumo de eletricidade e a criação de um ambiente mais salubre nas edifi cações motivaram o surgimento de novos processos de climatização, tais como o Inver-ter, os sistemas de vigas frias e os vidros e pisos especiais.
Apropriados para ambientes maiores como edifícios empresariais e escolas, os sis-temas VRV (Volume de Refrigerante Variável) ou VRF (do inglês Variable Refrigerant Flowe) estão entre esses processos com características que fazem a diferença: controle automatizado de temperatura e autonomia. Ou seja, uma só máquina é capaz de fazer a refrigeração de vários ambientes, cada um mantendo a tem-peratura que lhe convier. Uma máquina só pode aplicar 60 evaporadores. Sua tubulação é capaz de atender a 10, 20, 30, 40 ambientes ao mesmo tempo. Desta forma, num prédio de vários pavimentos, salas de diversos tamanhos podem ser alugadas para clientes diferentes, cada um com o seu controle independente de ar condicionado.
É graças à autonomia na refrigeração de cada espaço que parte do sistema pode ser desligada à noite, quando apenas os ambien-tes que necessitam de condicionamento de ar continuam sendo resfriados. Além da pratici-dade e economia de energia elétrica, o VRV e o VRF ainda propiciam ambientes mais sau-dáveis, pois utilizam gás R-410 A, fl uido refri-gerante que não ataca a camada de ozônio.
Outra tecnologia já bastante procurada é a Inverter, para equipamentos do tipo Split, utilizados em empreendimentos empresariais
TECNOLOGIA A SERVIÇO DA ECONOMIA E DO CONFORTO
Novos sistemas de refrigeração baixam o calor do Nordeste e o consumo de energia
Termoacumuladores do arrojado sistema de refrigeração do Shopping Riomar, a ser inaugurado no Recife
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TECNOLOGIA
e imóveis residenciais. Também criado com o objetivo de economizar energia elétrica, o Inverter é capaz de proporcionar o mesmo ambiente confortável do sistema tradicional, com um gasto de energia até 40% menor em relação aos equipamentos convencionais. O diferencial está em fatores como o compres-sor, que opera com velocidade fi xa e aumento gradativo da rotação, variando sua capacidade em função da temperatura ideal para o am-biente, ao contrário do convencional, cujos compressores ligam e desligam com picos de partida e, consequentemente, de energia.
Outra diferença é que os aparelhos com o Sistema Inverter apresentam nível de ruí-do menor que os Splits convencionais, pois a temperatura estável leva o compressor a ope-rar com baixa rotação em carga parcial, o que reduz o barulho da condensadora. Também utiliza gás R-410 A e proporciona temperatura mais uniforme, já que a fl utuação da variação de temperatura no ambiente é mínima. O fi l-tro dos equipamentos com a nova tecnologia é de íons desodorizantes, que permitem a remoção completa de sujeiras e odores do ar, possibilitando a instalação dos aparelhos com
Luciano Prestelo: sistema de vigas frias
traz economia fabulosa na refrigeração
Riomar terá sistema com 5.550 toneladas de refrigeração e economia de até 50%
uma maior distância entre as unidades inter-na e externa, em relação ao Split tradicional.
Mas a vantagem fundamental é o custo--benefício do Inverter, que apesar de ser, em média, até 50% mais caro, acaba compensan-do a diferença fi nanceira do investimento inicial num período de 12 a 16 meses, pela signifi cativa redução da queda no consumo de energia. “O sistema é uma tecnologia já procurada no balcão da loja; temo consumi-dores exigindo esse tipo de produto”, declara Rodrigo Paes Barreto, gerente comercial da Arclima no Recife. Apesar do sistema ter che-gado ao Brasil há mais de uma década, só há aproximadamente dois anos conseguiu se po-pularizar, graças à queda dos preços do equi-pamento, que se tornou bem mais acessível. “Hoje um equipamento de 9 mil BTUs pode ser adquirido por preços entre R$ 800,00 e R$ 1.300,00”, afi rma. Mais potentes e de maior alcance, os equipamentos Multi Split Inverter também possuem tecnologia SRV. Indicados para empreendimentos empresariais, são ca-pazes de atender a andares inteiros, com eco-nomia de energia, espaço e conforto ambien-tal, já que opera de forma silenciosa.
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TECNOLOGIA
INEDITISMOApontado como um dos mais modernos
e efi cazes, o sistema de vigas e tetos frios, desenvolvido para aquecimento de ambien-tes na Europa, foi adotado no Brasil para ter efeito contrário, ou seja, refrigerar grandes empreendimentos. Tendência mundial na climatização de ambientes, o sistema per-mite que a temperatura natural da água, que é de 25 graus, baixe só para 15 e não para cinco graus, como nos resfriamentos con-vencionais. Segundo o engenheiro Luciano Prestelo, professor do curso de refrigeração do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), isso permite uma economia de energia fabulosa. No Nordeste, a tecnologia já implantada na Bahia, no Salvador Norte Shopping, che-ga a Pernambuco no Shopping Riomar, em construção no Recife, que irá trabalhar com 5.550 toneladas de refrigeração. De acordo com Prestelo, responsável pela climatização do empreendimento, as vigas frias irão gerar uma economia de energia de 40% a 50% em relação aos outros sistemas.
No sistema de resfriamento por vigas
frias, a água gelada que climatiza o shopping é gerada por chillers (resfriadores de líqui-dos), que à noite permanecem trabalhando para armazenar o líquido resfriado em tan-ques de termoacumulação – no Riomar são dois, com 33 metros de altura por 10,5 de diâmetro cada. Um tanque conserva a água a uma temperatura de 15 graus e, o outro, a cinco graus. No horário de pico, a água reser-vada é utilizada para complementar a que é gerada pelo chiller, reforço que permite uma signifi cativa economia de energia.
De acordo com o professor, outro projeto que contempla o sistema voltado para a eco-nomia de energia é o chamado piso radiante, também implantado no Riomar, no Espaço Gourmet. Prestelo explica que a tecnologia permite a troca do ar quente com o frio, atra-vés de uma tubulação que passa sob o piso e por onde circula água refrigerada a 15 graus. Segundo ele, além de economizar energia, o piso radiante, que é fabricado na Itália, evita a distribuição de ar só através de dutos, o que provoca disseminação de bactérias, permitin-do refrigeração com ar totalmente puro.
Considerando ainda a economia e o
conforto, outra alternativa já bastante utili-zada no país são os vidros fabricados com material especial para aproveitamento da luz solar, sem incidência do calor externo. No novo shopping recifense, parte da fachada e a cúpula serão recobertas por este tipo de vidro importado da Colômbia. Segundo o en-genheiro, além de mais sofi sticados, os vidros especiais impedem que a luz do sol afete a car-ga térmica dos equipamentos de ar, garantin-do uma temperatura confortável. Outra novi-dade adotada pelo empreendimento, que terá 295 mil metros quadrados de área construí-da, é o sistema de rodas entálpicas, processo químico que desumidifi ca o ar. “Teremos 17 para desumidifi cação do ambiente interno”, revela, ressaltando que a tecnologia faturou o Selo Procel A, do Inmetro. As rodas entálpi-cas são equipamentos que auxiliam as trocas de calor, fazendo com que o ar que entra seja resfriado pelo ar que sai do prédio. Mais uma tecnologia que adota uma fi losofi a mundial: utilizar a própria natureza como auxiliar de equipamentos artifi ciais no controle climáti-co de interiores. O planeta e seus habitantes agradecem!
Vidros permitem a entrada da luz solar, sem incidência de calor
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E & N
Patrícia Braga
O raciocínio lógico aponta que o au-mento de investimentos em um de-terminado setor resulta na deman-
da de mão de obra e na consequente corrida por novas contratações. O intenso ritmo de crescimento da construção inclui profi ssio-nais do segmento entre os mais valorizados do país. No Nordeste e, mais precisamente, em Pernambuco, o nível de emprego jogou para cima os custos de mão de obra, princi-palmente a qualifi cada. Segundo a Pesquisa de Sondagem da Indústria da Construção Ci-vil realizada pela CNI e pela Fiepe, enquanto no Brasil o percentual de contratação de em-pregados do setor, em dezembro de 2011, foi de 49%, resultado considerado insatisfatório em relação ao ponto limite de 50%, o Nor-deste registrou 52,2 pontos e Pernambuco foi além, com 55 pontos. Já no Brasil, o aumen-to foi de 48 pontos. “Aqui no Estado temos demanda de profi ssionais de engenharia civil para salário de R$ 10 mil e não existe enge-nheiro, pois todos estão empregados”, revela André Freitas, coordenador da Unidade de Pesquisas Técnicas da Fiepe.
Na avaliação de Freitas, a demanda cres-cente de obras, a partir de 2009, e de trabalha-dores no setor manterá a mão de obra valori-zada, mas em 2012 haverá uma estabilização sem maiores ajustes, na busca pela prestação de serviços na construção, apesar de estima-tivas como a da Agência Estadual de Planeja-mento e Pesquisa de Pernambuco (Condepe/Fidem), que prevê uma aceleração de 5% na economia do Estado. “O mercado vai perma-necer em patamares muito bons, mas a avalia-ção dos preços vai fi car estável”, calcula.
MÃO DE OBRA: CUSTO ALTO AINDA É O MENOR PROBLEMAReajustes acima da infl ação e alta contratação elevam salários, mas empresários lamentam a falta de qualifi cação de trabalhadores para a construção
A conclusão das empresas que represen-tam o setor é que, com a acomodação nos custos de matérias-primas e insumos, a ten-dência para 2012 é manter os números de 2011, refl etindo-os no valor da mão de obra e no preço fi nal dos imóveis que, segundo o coordenador, “não têm mais como subir”. Para Gustavo Miranda, presidente do Sin-duscon/PE, como houve muita valorização nos últimos três anos, a economia dá sinais de arrefecimento, sobretudo no Sul e Sudes-te. “Pernambuco ganhou muita musculatura com a vinda de empreendimentos sazonais. Isto criou uma efervescência grande e nós fo-mos pegos de surpresa”, confessa, referindo--se à demanda e à consequente valorização de profi ssionais capacitados - dos pedreiros aos engenheiros. E o resultado, segundo ele, foi a última negociação salarial do ano passa-do, quando a infl ação não chegou a seis pon-tos e os trabalhadores conseguiram fechar o acordo em 12%, uma grande vitória para a categoria. “Vínhamos parando, mas quando descomprimimos foi de vez”, constata.
Sobre a disputa por categoria de pro-fi ssionais no setor, Gustavo diz que o mais procurado hoje é o bom profi ssional. “Temos muitos carpinteiros, armadores e soldadores, mas ainda poucos capacitados. Nós viramos o Senai das empresas de grande porte que vêm em busca de nossos profi ssionais ca-pacitados”, lamenta. Segundo ele, o Estado progrediu em oferta de operadores de má-quinas graças às capacitações oferecidas por programas ofi ciais como o Promata (Pro-grama de Apoio ao Desenvolvimento Sus-tentável da Zona da Mata de Pernambuco).
Sobre a progressão nos percentuais salariais, o presidente do Sinduscon/PE diz que é re-lativa, já que os reajustes variam de acordo com os respectivos sindicatos, com exceção de profi ssionais como mestres de obras e engenheiros civis. “A situação de Pernam-buco hoje é um paradoxo, uma incoerência”, afi rma, referindo-se aos salários de enge-nheiros, que variam entre R$ 1.800,00 para profi ssionais experientes e R$ 4.600,00 para recém-formados.
Bezerra: repasse dos custos para os preços dos imóveis
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De qualquer forma, no que tange aos in-dicadores gerais, em cinco anos os reajustes em Pernambuco passaram de 3,5% para 10%, registrando uma variação de 25,58% pelos cálculos do INPC/IBGE. Já para o diretor técnico da Duarte Construções, Leonardo Bezerra, os empresários têm compensado o “peso” dos custos com mão de obra no preço fi nal dos imóveis; já a mecanização de ati-vidades nos canteiros, com o uso de novas tecnologias. Esta é uma saída também para a própria escassez de profi ssionais qualifi cados. Sobre a perspectiva de acomodação salarial no setor, Leonardo acredita que isto irá acon-tecer em quase todo o país, mas Pernambuco será uma exceção. “Acredito que não vai ha-ver mais aumento vertiginoso, mas acho que Recife e Rio de Janeiro vão continuar ainda aumentando um pouco fora da curva do res-tante do país”, prevê. E um dos fatores, para ele, é o aumento nos valores da produção e nos custos com profi ssionais como carpintei-ros, pedreiros e ferreiros, que tem superado os índices do INCC.
VARIAÇÃO DO INPC/IBGE ACUMULADO DE OUTUBRO DE 2005
A SETEMBRO DE 2010 – 25,58%
GANHOS REAIS:
REAJUSTE GERAL 14,17%
PISO AJUDANTES 18,23%
PISO PROFISSIONAIS 17,51%.
Fonte: Sinduscon-PE – Quadro Reajustes – 5 Anos.
POSIÇÕES MAIS DEMANDADAS EM 2011
Cargo - Salário
Gerente de Manutenção R$ 14 mil
Gerente de contratos R$ 25 mil
Controller R$ 13 mil
Gerente de obras R$ 12 mil
Gerente regional de vendas R$ 10 mil
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O boom da construção na Bahia foi acom-panhado de um apagão na mão de obra. Em Salvador e na região metropolitana, de uma média de 350 novos empreendimentos imo-biliários em construção por ano, até 2006, pulou-se para 1.250, no período 2007-2011. “Em 2007, tínhamos 75 mil trabalhadores formais e, em 2011, eles somavam 193 mil. A demanda mais do que dobrou em alta velocidade, sem haver estoque de operários qualifi cados”, informa o presidente do Sin-duscon/BA, Carlos Alberto Vieira Lima.
A necessidade premente de trabalhadores para dar conta das obras causou a entrada de
NA BAHIA, DEMANDA ALTA E BAIXA QUALIFICAÇÃO
José Pacheco Maia Filho
um contingente profi ssional sem qualifi ca-ção e desconhecedor da cultura da atividade. A consequência disso, segundo Vieira Lima, foi a queda brutal da produtividade do setor. “Os novos operários, em média, produzem 25% de um profi ssional qualifi cado”.
Na avaliação do presidente do Sindus-con/BA, a baixa produtividade tem sido o principal problema do custo da mão de obra. “Acarreta custos paralelos. Hoje são necessários 200 operários para uma obra que antes se fazia com 100”, reclama, acres-centando que, além da produtividade baixa, há retrabalho e desperdício de materiais.
Os reajustes salariais dos operários nos últimos anos, que alcançaram ganhos reais de 22%, não são problema, de acordo com Vieira Lima. “O crescimento do mercado ab-sorve isso. A questão é a baixa produtividade e o fato dela não acompanhar os ganhos sa-lariais”, afi rma. Para o dirigente do sindicato empresarial, a saída para as empresas, que es-tão se prejudicando com a situação que causa atrasos nas obras, é investir em qualifi cação e inovação tecnológica. “A tendência é que o setor da construção continue crescendo aci-ma do PIB. Então os problemas com a mão de obra precisam ser resolvidos”.
CEARÁ PODE ENFRENTAR GREVES
Hugo Renan do Nascimento e Patricy Damasceno
Os reajustes dos salários dos trabalhado-res da construção no Ceará estão acima da infl ação do último ano no Brasil, segundo o presidente do Sinduscon/CE, Roberto Sérgio Oliveira. De acordo com ele, em março de 2011 o reajuste foi de 9,8%, com uma infl a-ção de 6,5%. Para 2012, a expectativa do rea-juste é de 6%, contra uma infl ação de 5,47%.
Apesar do reajuste estar acima do índice infl acionário, os trabalhadores querem 25%. Roberto Sérgio diz que a expectativa está
muito difícil e que poderá haver greves na capital, a partir de abril, caso a categoria não entre em acordo com o Sinduscon/CE. “No Nordeste como um todo, estão ocorrendo difi culdades nas negociações”, complementa.
Na tabela a seguir, seguem os salários atu-ais e os reajustes oferecidos pelo Sinduscon/CE, frente aos reivindicados pela categoria. Oliveira diz que, para todos os outros traba-lhadores da construção civil, o reajuste suge-rido é de 6%.
Salário atual
Reajuste oferecido
pelo Sinduscon-CE
Reajuste reivindicado
pela categoria
Servente Meio profi ssional Profi ssional
Encarregado
(contra-mestre) Mestre
R$ 577,50
R$ 625,00
R$ 725,00
R$ 654,00
R$ 700,00
R$ 820,00
R$ 880,00
R$ 950,00
R$ 1.120,00
R$ 1.045,00
R$ 1.120,00
R$ 1.310,00
R$ 1.534,00
R$ 1.650,00
R$ 1.925,00
R$ 1.534,00R$ 880,00R$ 577,50
$ 5 ,$ 95 ,$ 5,
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SÉRIE INFRAESTRUTURA
Apenas 10% dos 1.724.931 quilôme-tros de estradas brasileiras, ou seja, 172.493 quilômetros, são pavimen-
tados e, destes, somente 6% em concreto. Olhando para estes números, o presidente regional (Norte-Nordeste) da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Eduardo Moraes, enumera argumentos para aumentar a fatia de concreto no bolo. “No mundo inteiro, 90% das rodovias são em concreto. Os critérios para seu uso são eco-nomia, a longo prazo, e durabilidade. No Brasil, asfalto se dá de graça, porque é sub-produto do petróleo e precisa ser consumi-do. Dos 90% das estradas sem pavimento, de 30% a 35% delas têm características que apontam o concreto como solução ideal. É por este percentual que a ABCP luta. Sem falar nos portos e aeroportos”, diz.
Moraes reconhece que na briga por um mercado onde as obras são para ontem, a lo-gística do pavimento em concreto é um ponto
UM MERCADO DUROOs investimentos em pavimentação de estradas, portos e aeroportos acirram a competição entre asfalto e cimento. Custo e durabilidade são as armas do jogo
negativo. O maquinário necessário é mais so-fi sticado, as obras param quando chove e há um lapso de 15 a 28 dias entre o fi m da obra e a sua liberação para uso. O Brasil utiliza concreto desde 1925. Recife, onde fi ca a sede da ABCP Nordeste, é a Meca do concreto. As principais avenidas da capital pernambucana, feitas há mais de 35 anos, são em concreto. A quantidade e a qualidade do tráfego são fato-res determinantes na escolha do material. Os defensores do concreto também colocam o conforto térmico e a visão de longo alcance noturno como pontos a favor, esta última em função do pavimento ser mais claro.
O concreto ganhou a briga pela duplica-ção da BR-101 nos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas. Mas só na pista de rolagem. O acostamento e a faixa de segu-rança são em asfalto. Na obra, um dos cinco conjuntos de máquinas importadas há mais de dez anos para difundir a tecnologia foi usado pelo contingente do 1º Grupamento de
Engenharia do Exército, sob a supervisão do engenheiro Martônio Francelino, especialista dos quadros da ABCP. Desde 2006, a entidade tem um acordo de cooperação técnica com o Exército. “A disciplina em seguir as recomen-dações técnicas é o grande ganho de se traba-lhar com a tropa, tanto que o trabalho feito virou referência para o Departamento Nacio-nal de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O concreto já teve vitrines negativas em função de ajustes equivocados feitos por empreiteiras contratadas, que têm difi culdades em aceitar nossa expertise”, diz Francelino.
O engenheiro civil Luiz Maranhão, da pernambucana ATP Engenharia, é um dos responsáveis pelo projeto de infraestrutura do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN), uma das grandes obras nordestinas previstas para a Copa 2014. Ele afi rma que a escolha entre asfalto ou concreto, para além dos argumentos técnicos, é uma questão me-ramente econômica.
Cristina França
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“Não sou ABCP ou Petrobras; falo pela experiência. O asfalto projeta-se para dez anos e precisa de maior manutenção; já o concreto se projeta para 20 anos e é extre-mamente vantajoso no quesito manutenção. Isso em geral. A característica específi ca de um pátio de estacionamento de aeronaves, por exemplo, demanda concreto por não absorver perdas de óleo e suportar grande peso imóvel por longo tempo. As pistas de pouso e taxiamento têm variáveis nas quais uma e outra opção apresentam vantagens. Mas manutenção de concreto implica fe-char a pista por um período. Nesse novo aeroporto, seria possível deslocar os voos para o atual Augusto Severo. No Recife, por exemplo, não há opção para o aeroporto”, analisa Maranhão. A pista do aeroporto de São Gonçalo será em asfalto.
O Galeão, no Rio de Janeiro, tem pis-ta em concreto e é o cartão de visitas da ABCP nessa área. Em relação aos portos, no
Maranhão, por exemplo, o porto do Itaqui utiliza pavimentação em concreto nos pátios de estocagem e na beira do cais. O diretor de Engenharia e Infraestrutura da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Alexandre Falcão, elogia a durabili-dade e a adequação ao tipo de carga operada, mas adianta que “não está prevista a utiliza-ção de concreto nas vias dentro da poligonal do porto, nem há previsão do Dnit em ter-mos de usar este material nas vias de acesso”. O Maranhão é um mercado que interessa muito e uma representação deve voltar a atu-ar no Estado até o fi nal deste ano.
No Ceará, a duplicação da BR-222, entre o município de Caucaia e o porto do Pecém, sem previsão de início, será em concreto. Além dela, a duplicação do anel viário de Fortaleza (BR-020) tem obras iniciadas ago-ra. Na Bahia, a briga entre asfalto e concreto é por 169,2 quilômetros da BR-101, obra que está em processo de licitação. “Em Sergipe,
depois de um pequeno acesso de 4,5 quilô-metros a uma fábrica, também conseguimos a duplicação de quatro lotes da BR-101. São 153 quilômetros em andamento, num total de 206 quilômetros”, relata Eduardo Moraes. Pelos cálculos da ABCP, um pavimento em concreto é de 5% a 10% mais caro que em asfalto, percentual que, segundo a entidade, é recuperado ao longo do tempo.
Eduardo Moraes: a ABCP quer pelo menos 30% do mercado de pavimentação de estradas e mira a expansão de portos e aeroportos
Acima, o cais do Porto do Itaqui, no Maranhão. Ao lado, o engenheiro Martônio Francelino, da ABCP, na linha de frente na difusão do uso do pavimento de concreto
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E & N
Cristina França
O Estado de Pernambuco, especial-mente sua capital, Recife, vive dias de ebulição imobiliária. Áreas centrais
da cidade estão passando por um processo de reocupação e áreas periféricas começam a ser vistas pelas construtoras como opção para os bairros tradicionais. É neste cenário promissor que se encaixou o 5º Salão Imobi-liário de Pernambuco, realizado de 14 a 18 de março, em Olinda, reunindo 31 construtoras ligadas à Associação das Empresas do Mer-cado Imobiliário de Pernambuco (Ademi/PE) e ofertando, ao maior público de todas as edições do evento, segundo o coordenador geral, Marcello Gomes, cerca de três mil uni-dades com valor médio de R$ 4.200,00 o me-tro quadrado.“Ainda mais em conta do que Salvador, Fortaleza e Natal, para citar outras capitais do Nordeste”, informa Gomes. O sa-lão trouxe praticamente 90% dos imóveis em fase de lançamento, fundação ou estrutura, o que, segundo ele, diminui entre 20% e 30% o valor do metro quadrado.
Nos estandes, fi cou comprovado que a escassez de terrenos em bairros já adensados está levando as construtoras a propor prolon-gamentos, ancoradas no discurso da mobili-dade. A Duarte Construções, por exemplo, levou ao salão lançamentos nos bairros da Boa Vista, Centro e Imbiribeira, antes ocupa-dos praticamente por casas. “Os investimen-tos previstos em transporte público e novas vias e viadutos vão interligar melhor toda a cidade. Nosso empreendimento na Imbiri-beira, uma extensão de Boa Viagem, está a
O RECIFE ESPALHOU-SEO 5º Salão Imobiliário de Pernambuco teve público recorde e interessado em novos destinos
500 metros do maior shopping do Recife. São dois edifícios de 17 andares, com oito apartamentos de 45 metros quadrados por andar, e valores entre R$ 150.000,00 e R$ 180.000,00. Tanto este quanto o da Boa Vis-ta, de 65 e 76 metros quadrados e preços em torno de R$ 360.000,00, foram muito bem aceitos. Nossa estratégia na Boa Vista será o morador do próprio bairro, em busca de maior segurança”, antecipa João Felipe Melo, gerente comercial da Duarte. A construtora saiu do salão com 81 interessados em real-mente adquirir um imóvel. “São pessoas que deixaram cheques de sinal, um valor que pode ser ressarcido, mas que é um compro-misso inicial de compra”, comemora Melo.
Outros clássicos endereços de casas como
os bairros periféricos de Tejipió, Barro e Areias, na capital; Socorro e Barra de Janga-da, na vizinha cidade de Jaboatão dos Gua-rarapes, ao sul da Região Metropolitana do Recife; e Janga, em Paulista e ao norte, estão sendo estrategicamente transformados em objetos de desejo da classe média. A Quei-roz Galvão Desenvolvimento Imobiliário (QGDI) aproveitou o salão para anunciar sua chegada à Barra de Jangada, com duas tor-res de 26 pavimentos, seis apartamentos por andar e uma área de 64 metros quadrados. “Acreditamos que o Complexo de Suape ofe-rece demanda para empreendimentos com este perfi l”, comenta Carol Boxwell, superin-tendente comercial e de marketing da QGDI.
No extremo oposto, a QGDI, em parceria
Lançamento da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário em Barra de Jangada, Jaboatão dos Guararapes/PE
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E & N
com a ACLF Empreendimentos, reforçou sua presença no segmento de unidades mais compactas, que leva a marca Slim, com a quarta e última etapa do Park Jardins, con-siderado o primeiro condomínio clube da cidade de Paulista. “A valorização da área é crescente por conta da proximidade com o polo de desenvolvimento da zona da mata (norte)”, diz Boxwell.
Pela primeira vez no salão, a Incorpora-dora Ferreira Pinto, com 40 anos de atuação no Recife, buscou dar visibilidade à marca. “Com tantos anos de mercado, queríamos aparecer e o evento recebeu um público qua-lifi cado. Para nós, foi bastante positivo. Leva-mos três empreendimentos, sendo dois lan-çamentos, com apartamentos de um a quatro quartos no valor máximo de R$ 630.000,00. A aceitação foi compensadora”, revela o dire-tor Zeferino Pinto.
Quem também buscou aparecer foi a Cidade da Copa, no município de São Lourenço da Mata, zona oeste da capital. Maquete do bairro planejado, apresentado como a nova centralidade urbana do Reci-fe, ganhou espaço próprio no salão. A Ci-dade da Copa, que nasce junto com a Are-na da Copa, seria inicialmente direcionada para habitações populares, mas ganhou contornos de classe média alta sob a batuta
do Consórcio Arena Pernambuco (socie-dade de propósito específico formada pela Odebrecht Participações e Investimentos e pela Construtora Norberto Odebrecht do Brasil). A Cidade da Copa será a primeira smart city (cidade inteligente) da América Latina, com sistema de segurança pública, gerenciamento de energia e uma gama de serviços conectados.
“Creio que atingimos a intenção de jogar
Marcello Gomes, coordenador-geral do Salão: público recorde e decidido a comprar
Cidade da Copa: atrativo para criar demanda por expansão imobiliária
holofotes sobre o novo bairro, pois ouvi de vários expositores que a zona oeste é passí-vel de expansão”, disse o coordenador geral, Marcello Gomes. Eduardo Moura, executivo da Construtora Moura Dubeux, confi rma o possível interesse em lançar empreendi-mentos na área. João Felipe Melo, da Duar-te Construções, acredita que na zona oeste pode realmente surgir uma nova opção para o setor imobiliário.
| FEV/MAR 201278 |
CONSTRUIR ECONOMIA
Mônica Mercês
Alguns fatores são necessários para que uma determinada atividade econômica se desenvolva. No caso
da construção civil voltada para a indústria imobiliária, além de demanda pelo produto e renda, o fator crédito imobiliário é peça fun-damental desta equação.
O Brasil, durante as últimas décadas, não ofertou à sociedade nem volume e nem va-riedade de crédito sufi ciente. Além disso, no caso do setor imobiliário, é fundamental que ele seja de longo prazo, e isto signifi ca uma variável a mais para o processo de avaliação do tomador do empréstimo.
Toda a sistemática do antigo Banco Na-cional de Habitação (BNH) e do Sistema Financeiro da Habitação ruiu no passado e nada foi criado de estruturante no lugar até bem pouco tempo atrás. A ausência de políti-cas destinadas à problemática habitacional só fez agravar o défi cit por moradias existentes no país, sobretudo nas faixas de renda onde se concentrava - e ainda hoje se concentra - a maior parte dele: de zero a três salários míni-mos e de três a cinco salários mínimos, o que corresponde a mais de 95% do défi cit urbano do Brasil.
Analisando-se as estatísticas recentes, observa-se que o volume de crédito imobi-liário no Brasil elevou-se substancialmente, saltando de 1,5% (2007) para 5% (2011) do PIB. Mas, se comparada esta mesma relação com as praticadas em outros países, logo se verifi ca que o Brasil está engatinhando nes-se quesito. Em economias fi sicamente mais próximas como do Chile e da Argentina, por exemplo, o crédito imobiliário já representa 14% e 16% do PIB do país, respectivamente. No México, tem-se 12,5% e, se observarmos a relação em países da Europa como a Espanha, que já viveu seu boom imobiliário, o valor é de mais de 60%. Na Holanda, já ultrapassa
CRÉDITO IMOBILIÁRIO NO BRASIL: MUITO ESPAÇO PARA CRESCER!
66%; na França, um pouco mais de 40%; na Itália, acima de 23%; e, na Alemanha, atinge aproximadamente 38%. Mesmo com toda a crise vivida na atualidade pela zona do euro, a relação crédito imobiliário X PIB nessa região é de aproximadamente 40%, bem superior aos nossos tímidos 5%. Há países como os EUA que já alcançam mais de 70% e, à época da crise do subprime, esse montante situava-se perto de 80%. Ressaltam-se ainda Dinamarca e Reino Unido (mais de 100%) e Suíça (mais de 130%). Importante também é salientar que na China esse percentual é de 13%.
Nesse contexto, destaca-se que a Caixa Econômica Federal, em 2011, registrou R$ 82 bilhões em operações de crédito imobiliá-rio, levando-a a deter 75% do mercado neste tipo de movimentação. Comparativamente com 2010, a expansão dos fi nanciamentos imobiliários, no mais tradicional dos agentes de crédito para a casa própria, alcançou apro-ximadamente 5%. Entretanto, é importante que se compreenda que há ainda muito es-paço para crescimento desse crédito, quando levamos em consideração sua relação com a geração de riqueza no Brasil, medida através do PIB. Outro agente fi nanceiro público com ingresso recente nesse mercado, o Banco do
Brasil, anunciou que estima quintuplicar sua carteira de fi nanciamentos imobiliários até 2014, quando atingirá R$ 40 bilhões, usando a estratégia de oferecer empréstimos para fa-mílias com renda mensal inferior a R$ 5 mil e ampliando seu público-alvo, antes só desti-nado às classes A e B.
Há muito espaço para a expansão do cré-dito imobiliário no Brasil. Isto é fato! Mas, se por um lado há o desafi o de abastecer a fonte originária desses recursos, criando novas op-ções de fundings, por outro se observa um movimento de endividamento dos brasilei-ros nunca visto. Aquisição de casa própria, carro, eletrônicos, viagens, cirurgia plástica, enfi m, consumo, consumo e mais consumo. Para se ter uma ideia, de acordo com o Insti-tuto Data Popular, entre 2005 e 2010, as clas-ses C e D entraram fortemente no mercado consumidor, ampliando seus gastos com au-tomóveis próprios em 283% e 158% com via-gens. Outro dado é que a classe C já responde por 49% dos celulares pós-pagos e por 54% dos domicílios com Internet.
Essas referências servem para que pos-samos refl etir sobre esse endividamento, pois mesmo com espaço para crescimento do crédito imobiliário no Brasil, há de se ter equilíbrio e disciplina nos gastos, pois na ve-locidade e diversidade em que se encontram, poderemos assistir, num futuro próximo, a um cenário que não desejamos: ampliação da oferta de crédito imobiliário, mas incapa-cidade dos consumidores em obtê-lo, tama-nho o comprometimento da sua renda com outras aquisições. E o pior de tudo: de bens não duráveis!
Economista, assessora de Planejamento
e Inteligência de Mercado da diretoria da
Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário
(QGDI)
| FEV/MAR 201280 |
INDICADORES IVV
Mais um ano se passou e o mer-cado imobiliário seguiu regis-trando números até então nunca
antes observados na série histórica da pes-quisa que mensura o Índice de Velocidade de Vendas (IVV) de imóveis residenciais novos na Região Metropolitana do Recife, realizada pela Unidade de Pesquisas Técni-cas da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe).
Inicialmente, cabe esclarecer que, em se tratando do mercado de imóveis, uma si-tuação de equilíbrio de mercado só seria possível hipoteticamente, visto que seria quase impossível as ofertas corresponderem exatamente à quantidade demandada, prin-cipalmente se levarmos em consideração o atual défi cit habitacional e a problemática da oferta do setor ser inelástica a curto prazo. Porém, sob a ótica da teoria econômica, a análise é válida para que possamos discutir sobre os preços de reserva do consumidor e das imobiliárias.
Ao voltarmos nossa análise para os últimos 11 anos, podemos facilmente perceber que praticamente tudo o que foi lançado foi ven-dido entre os anos 2001 e 2005, com as curvas de lançamentos e de vendas anuais (totais ab-solutos) seguindo a mesma tendência no pe-ríodo em questão. Houve uma leve oscilação entre o equilíbrio das curvas a partir de 2006, com superação das vendas sobre os lançamen-tos a partir de 2009 e até 2011, confi gurando um cenário de queda do estoque ofertado de imóveis na região. No entanto, num olhar mais apurado sobre a média anual de imóveis habitacionais novos ofertados, que inclusi-ve engloba os lançamentos, verifi camos que ela se manteve próxima da curva de imóveis vendidos em 2001. Ou seja, houve uma situa-ção de proximidade do equilíbrio de mercado onde, conceitualmente, ocorreria um ajuste
GRANDE RECIFE: PERSPECTIVAS E EQUILÍBRIO DE MERCADO
tal dos preços até que o total de produtos que as pessoas demandassem fosse igual ao total ofertado pelo mercado - no caso, imóveis, sig-nifi cando que o preço de equilíbrio foi atin-gido com a oferta e a demanda do mercado imobiliário de novos se igualando. Em sentido mais amplo, verifi ca-se que o preço de reserva do consumidor, ou o preço pelo qual o con-sumidor está exatamente disposto a comprar uma unidade do produto em questão, foi atin-gido pelo mercado, gerando satisfação tanto para o consumidor quanto para o ofertante de imóveis que, supostamente, também está comercializando e atingindo o seu preço de reserva, isto é, vendendo pelo preço que esti-mou vender, apesar de ser tomador de preço do mercado.
A partir de 2002 e até meados de 2006, com a curva referente ao estoque de imóveis ofertados mais distante da curva relativa às vendas realizadas e voltando a posições de menor discrepância de 2007 a 2011, após passar por um novo suposto ponto de equi-líbrio em 2009, mais uma vez supõe-se um mercado mais equilibrado, conforme apon-tado no gráfi co abaixo.
Ademais, com a divulgação do último PIB trimestral da indústria pernambucana, puxa-do pela construção civil (que também englo-ba a construção de edifícios), a expansão do crédito, a elevação do rendimento médio do trabalhador, o défi cit habitacional estadual da ordem de 263.958 mil unidades habita-cionais em 2008 - último resultado divulgado pela Fundação João Pinheiro (125.254 só na Região Metropolitana do Recife) - e uma pre-visão de investimentos do programa Minha Casa, Minha Vida de R$ 279 bilhões entre 2011 e 2014 para subsidiar esse défi cit habita-cional, o cenário atual sugere perspectivas de continuidade do crescimento do setor da in-dústria da construção, infl uenciado também pelo aquecimento do setor imobiliário. Porém requer maior precaução e acompanhamento do equilíbrio de mercado, pois as pressões geradas pelo aumento nos custos advindos, principalmente, dos preços dos terrenos e da falta de mão de obra difi cultam a manutenção dos preços dos imóveis sobre determinado patamar, podendo impactar no equilíbrio do mercado, apesar da oferta atual do setor ser uma das mais baixas da série histórica.
Danyelle Monteiro é economista da Unidade
de Pesquisas Técnicas da Fiepe
| FEV/MAR 201282 |
CUB – Custo Unitário Básico da Construção - Janeiro | 2012
OBSERVAÇÕES:
Os valores acima referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006. Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especifi cações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equi-pamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classifi cado como área construída); obras e serviços complemen-tares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador. Os preços unitários dos insumos constantes do lote básico foram cotados no período de: 1 à 24 de Janeiro de 2012. A partir de fevereiro/2007, com a entrada em vigor da NBR 12.721/2006, adotamos o projeto--padrão R-16-N como o novo CUB PADRÃO do SINDUSCON/PE, e passamos a divulgar os valores referentes a mate-riais, mão de obra, despesas administrativas e equipamentos, que formam este CUB Padrão, bem como suas variações percentuais no mês, no ano e em 12 meses.
PADRÃO DE ACABAMENTO PROJETOS PADRÕES R$/M2 MENSAL ACUMULADO NO ANOACUM. EM
12 MESES
VARIAÇÃO PERCENTUAL
PROJETOS
R-1 (Residência Unifamiliar)
Baixo
Normal
Alto
Baixo
Normal
Baixo
Normal
Alto
Normal
Alto
Normal
Alto
Normal
Alto
Normal
Alto
R-1-B
R-1-N
R-1-A
PP-4-B
PP-4-N
R-8-B
R-8-N
R-8-A
R-16-N
R-16-A
PIS
RP1Q
CAL-8-N
CAL-8-A
CSL-8-N
CSL-8-A
CSL-16-N
CSL-16-A
GI
1.002,33
1.212,25
1.550,83
929,14
1.142,35
878,67
981,20
1.243,86
957,70
1.234,98
660,40
950,72
1.108,15
1.212,11
942,40
1.055,48
1.256,03
1.406,53
535,33
1,30%
1,12%
1,00%
0,60%
1,29%
0,57%
0,81%
0,88%
0,73%
0,69%
0,56%
0,06%
0,73%
0,73%
0,71%
0,72%
0,60%
0,61%
0,02%
1,30%
1,12%
1,00%
0,60%
1,29%
0,57%
0,81%
0,88%
0,73%
0,69%
0,56%
0,06%
0,73%
0,73%
0,71%
0,72%
0,60%
0,61%
0,02%
13,25%
13,52%
13,86%
11,96%
12,80%
11,41%
11,84%
12,93%
11,61%
10,42%
12,04%
11,91%
10,45%
10,55%
10,31%
10,72%
10,19%
10,62%
10,49%
PP-4 (Prédio Popular)
R-8 (Residência Multifamiliar)
R-16 (Residência Multifamiliar)
PIS (Projeto de Interesse Social)
RP1Q (Residência Popular)
COMERCIAIS
CAL-8 (Comercial Andares Livres)
CSL-8 (Comercial Salas e Lojas)
CSL-16 (Comercial Salas e Lojas)
GI (Galpão Industrial)
FEV/MAR 2012 | | 85
INSUMOS
Tubo de concreto simples de 200mm classe PS1
Tubo de concreto simples de 300mm classe PS1
Tubo de concreto simples de 400mm classe PS1
Tubo de concreto simples de 500mm classe PS1
Tubo de concreto simples de 600mm classe PS1
Tubo de concreto simples de 800mm classe PS1
Tubo de concreto simples de 1000mm classe PS1
Tubo de concreto simples de 1200mm classe PS1
Tubo de concreto armado de 300mm classe PA2
Tubo de concreto armado de 400mm classe PA2
Tubo de concreto armado de 500mm classe PA2
Tubo de concreto armado de 600mm classe PA2
Tubo de concreto armado de 800mm classe PA2
Tubo de concreto armado de 1000mm classe PA2
Tubo de concreto armado de 1200mm classe PA2
Verga de concreto armado de 10x10cm
Vigota treliçada para laje B12 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 4,00m
Vigota treliçada para laje B12 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 4,00m
Vigota treliçada para laje B16 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 6,00m
Vigota treliçada para laje B16 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 6,00m
Vigota treliçada para laje B20 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 7,00m
Vigota treliçada para laje B20 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 7,00m
Vigota treliçada para laje B25 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 8,00m
Vigota treliçada para laje B25 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 8,00m
Vigota treliçada para laje B30 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 9,00m
Vigota treliçada para laje B30 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 9,00m
ARTEFATOS DE FIBROCIMENTOCaixa d’água cônica CRFS de 250 litros c/tampa Brasilit
Caixa d’água cônica CRFS de 500 litros c/tampa Brasilit
Caixa d’água cônica CRFS de 1000 litros c/tampa Brasilit
Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX superior Brasilit
Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX inferior Brasilit
Cumeeira articulada TKO superior para Kalhetão CRFS Brasilit
Cumeeira articulada TKO inferior para Kalhetão CRFS Brasilit
Cumeeira normal CRFS TOD 5G 1,10m Brasilit
Cumeeira normal CRFS TOD 10G 1,10m Brasilit
Cumeeira normal CRFS TOD 15G 1,10m Brasilit
Telha Kalheta 8mm de 3,00m Brasilit
Telha Kalheta 8mm de 4,00m Brasilit
Telha Kalheta 8mm de 5,50m Brasilit
Telha Kalheta 8mm de 6,00m Brasilit
Telha Kalheta 8mm de 6,50m Brasilit
Telha Kalhetão 8mm de 3,00m CRFS Brasilit
Telha Kalhetão 8mm de 6,70m CRFS Brasilit
Telha Kalhetão 8mm de 7,40m CRFS Brasilit
AGLOMERANTESCal hidratado Calforte Narduk
Cal hidratado Calforte Narduk (saco com 10 kg)
Cimento Portland
Cimento Portland (saco c/ 50 kg)
Cimento branco específi co Narduk
Cimento branco específi co Narduk (saco com 40 kg)
Gesso em pó de fundição (rápido)
Gesso em pó de fundição (rápido) (saco com 40kg)
Gesso em pó para revestimento (lento)
Gesso em pó para revestimento (lento) (saco com 40kg)
Gesso Cola
Gesso Cola (saco com 5kg)
ARTEFATOS DE CIMENTOBloco de concreto p/alvenaria vedação c/9x19x39cm(2,5MPa)
Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/12x19x39cm(2,5MPa)
Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/14x19x39cm(2,5MPa)
Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/14x19x39cm(4,5MPa)
Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/19x19x39cm(4,5MPa)
Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTU’s aberta 60x40x40cm
Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTU’s fechada 60x40x50cm
Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU’s aberta 70x50x40cm
Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU’s aberta 70x45x60cm
Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU’s fechada 70x45x60cm
Elemento vazado de cimento Acinol-CB2/L com 19x19x15cm
Elemento vazado de cimento Acinol-CB6/L/Veneziano 25x25x8cm
Elemento vazado de cimento Acinol-CB7/L/Colmeia com 25x25x10cm
Elemento vazado de cimento Acinol-CB/9/Boca de Lobo 39x18x9cm
Lajota de concreto natural lisa para piso de 50x50x3cm
Lajota de concreto natural antiderrapante para piso de 50x50x3cm
Meio fi o de concreto pré-moldado de 100x30x12cm
Nervura de 3,00m para laje pré-moldada com SC=200kg/m2
Piso em bloco de concreto natural “Paver” de 6cm c/25MPa (48pç/m2)
Piso em bloco de concreto natural “Paver” de 6cm c/35MPa (48pç/m2)
Piso em bloco de concreto pigmentado “Paver” de 6cm c/25MPa (48pç/m2)
Piso em bloco de concreto pigmentado “Paver” de 6cm c/35MPa (48pç/m2)
Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/25 Mpa (34pç/m2)
Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/35 Mpa (34pç/m2)
Piso de concreto vazado ecológico (tipo cobograma)
kg
sc
kg
sc
kg
sc
kg
sc
kg
sc
kg
sc
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
m2
m2
un
m
m2
m2
m2
m2
m2
m2
m2
0,57
5,72
0,390
19,70
1,02
40,99
0,42
16,71
0,32
12,83
1,30
6,50
1,55
1,73
2,04
2,37
2,72
54,33
57,63
70,33
71,00
73,00
2,60
3,90
4,80
3,90
14,00
14,67
14,93
8,17
27,00
29,00
31,67
34,00
33,33
36,33
30,33
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
m3
m3
m3
m3
m3
m3
m3
m3
m3
m3
m3
m3
m3
un
m
sc
kg
sc
kg
sc
sc
sc
sc
sc
sc
12,60
19,12
27,92
35,68
55,25
102,80
152,10
204,50
43,06
54,99
67,68
100,43
180,79
241,55
444,01
12,45
4,84
5,18
3,74
3,97
3,50
3,79
3,57
3,82
3,85
4,12
79,02
129,43
253,26
4,30
4,30
49,90
49,90
28,44
28,44
28,44
114,57
148,74
200,63
198,54
231,42
185,15
414,16
458,00
506,02
568,93
6,91
12,75
12,70
114,52
155,95
176,44
24,50
30,70
36,60
42,85
48,50
29,60
37,10
44,00
51,50
60,31
39,50
49,70
59,50
69,70
79,90
42,50
45,00
36,67
21,67
37,50
43,33
70,00
70,00
68,33
66,67
63,33
64,00
49,33
0,43
8,50
5,04
0,25
9,82
0,49
18,93
23,21
9,94
4,59
4,98
39,06
Telha Kalhetão 8mm de 8,20m CRFS Brasilit
Telha Kalhetão 8mm de 9,20m CRFS Brasilit
Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 1,22x0,50m Brasilit
Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,13x0,50m Brasilit
Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,44x0,50m Brasilit
Telha Maxiplac de 6mm com 3,00x1,06m Brasilit
Telha Maxiplac de 6mm com 4,10x1,06m Brasilit
Telha Maxiplac de 6mm com 4,60x1,06m Brasilit
Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,22x1,10m Brasilit
Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,53x1,10m Brasilit
Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,83x1,10m Brasilit
Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,13x1,10m Brasilit
Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,44x1,10m Brasilit
Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,22x1,10m Brasilit
Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,53x1,10m Brasilit
Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,83x1,10m Brasilit
Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,13x1,10m Brasilit
Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,44x1,10m Brasilit
Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,22x1,10m Brasilit
Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,53x1,10m Brasilit
Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,83x1,10m Brasilit
Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,13x1,10m Brasilit
Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,44x1,10m Brasilit
AGREGADOSAreia fi na
Areia grossa
Saibro
Barro para aterro
Barro para jardim
Pó de pedra
Brita 12
Brita 19
Brita 25
Brita 38
Brita 50
Brita 75
Pedra rachão
Paralelepípedo
Meio fi o de pedra granítica
ARGAMASSA PRONTAArgamassa Megakol AC-I Narduk uso interno (saco 20kg)
Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno
Argamassa Megafl ex AC-II Narduk uso externo (saco 20kg)
Argamassa Megafl ex AC-II Narduk uso externo
Argamassa Megafl ex AC-III Narduk alta resistência (saco 20kg)
Argamassa Megafl ex AC-III-E Cinza Narduk alta resist. (saco 20kg)
Massa para alvenaria (saco 40kg)
Reboco pronto Reboduk Narduk interno (saco 20kg)
Reboco externo pronto (saco 20kg)
Rejunte aditivado interno (saco 40kg)
Os preços unitários dos insumos utilizados nesta listagem foram cotados no período de 05 à 24 de janeiro/2012Clelio Morais (81) 3236.2354 - (81)9108.1206 - [email protected]
Você pode adquirir com o consultor Clelio Morais, colaborador desta revista e responsável por esta seção, as composições detalhadas dos serviços apresentados na Tabela de Preços de assinantes
Descrição do insumo Unidade Preço unitário
| FEV/MAR 201286 |
Rejunte aditivado interno Narduk
Rejunte aditivado fl exível externo (saco 40kg)
Rejunte aditivado fl exível externo Narduk
ARAMESArame galvanizado nº 10 BWG liso 3.40mm
Arame galvanizado nº 12 BWG liso 2.76mm
Arame galvanizado nº 14 BWG liso 2.10mm
Arame galvanizado nº 16 BWG liso 1.65mm
Arame galvanizado nº 18 BWG liso 1.24mm
Arame recozido 18 BWG preto
Arame farpado “Elefante” - fi o 2,2mm - rolo com 250m
Arame farpado “Elefante” - fi o 2,2mm - rolo com 400m
Arame farpado “Touro” - fi o 1,6mm - rolo com 250m
Arame farpado “Touro” - fi o 1,6mm - rolo com 500m
BOMBAS CENTRÍFUGASBomba centrífuga trifásica de 1/2 CV Schneider
Bomba centrífuga trifásica de 3/4 CV Schneider
Bomba centrífuga trifásica de 1 CV Schneider
Bomba centrífuga trifásica de 1 1/2 CV Schneider
Bomba centrífuga trifásica de 2 CV Schneider
Bomba centrífuga trifásica de 3 CV Schneider
Bomba centrífuga trifásica de 5 CV Schneider
Bomba centrífuga trifásica de 7,5 CV Schneider
Bomba centrífuga monofásica de 1/4 CV Schneider
Bomba centrífuga monofásica de 1/2 CV Schneider
Bomba centrífuga monofásica de 3/4 CV Schneider
Chave de proteção magnética trifásica até 5CV WEG
Chave de proteção magnética trifásica até 7,5CV WEG
Chave de proteção magnética trifásica até 10CV WEG
Bóia para bomba com 10 amperes
Bóia para bomba com 20 amperes
CARPETESCarpete Flortex Tradition Grafi te da Fademac com 3mm
Carpete Revifl ex Diloop Grafi te da Fademac com 4mm
CONCRETO USINADOConcreto usinado FCK=10MPa
Concreto usinado FCK=15MPa
Concreto usinado FCK=15MPa bombeável
Concreto usinado FCK=20 MPa
Concreto usinado FCK=20 MPa bombeável
Concreto usinado FCK=25 MPa
Concreto usinado FCK=25 MPa bombeável
Concreto usinado FCK=30 MPa
Concreto usinado FCK=30 MPa bombeável
Concreto usinado FCK=35 MPa
Concreto usinado FCK=35 MPa bombeável
Taxa de bombeamento
ESQUADRIAS DE ALUMÍNIOJanela de alumínio com bandeira
Janela de alumínio sem bandeira
INSUMOS
kg
sc
kg
kg
kg
kg
kg
kg
kg
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
m2
m2
m3
m3
m3
m3
m3
m3
m3
m3
m3
m3
m3
m3
m2
m2
m2
m2
m2
m2
m2
m
m
m
m
m
m
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
kg
m2
kg
m2
kg
m2
kg
m2
un
un
m
0,98
50,47
1,26
5,49
5,65
6,21
6,44
7,91
6,62
118,14
190,54
98,64
185,57
496,67
561,67
594,67
792,67
852,67
694,07
821,53
997,50
483,33
547,67
641,33
153,67
157,00
187,67
44,00
44,73
11,23
12,25
231,50
237,50
245,50
249,00
257,50
268,67
275,00
283,00
292,50
295,00
305,00
32,50
311,67
264,17
249,00
361,03
203,26
233,76
135,38
18,37
38,76
90,87
31,12
38,98
86,13
59,33
65,37
250,33
20,67
60,00
113,00
444,33
94,27
110,93
146,00
177,00
265,00
375,00
730,00
795,00
142,33
217,33
65,17
45,08
45,74
46,41
49,66
63,02
66,55
74,02
84,44
119,63
139,40
175,66
166,43
112,00
112,00
160,88
126,59
142,59
167,33
194,33
45,33
4,50
2,50
8,00
Janela de alumínio tipo basculante 0,60x1,00m
Porta de alumínio com saia e bandeira
ESQUADRIAS DE FERROGradil de ferro c/cantoneira L de 1.1/4” e barras de 1”x1/4”
Portão de ferro em chapa preta nº 18 (cant.)
Portão em tela de ferro quadrada 13mm e fi o 12
Tubo de ferro preto de 2”
Tubo de ferro preto de 4”
Tubo de ferro preto de 6”
Tubo de ferro galvanizado de 2”
Tubo de ferro galvanizado de 2.1/2”
Tubo de ferro galvanizado de 4”
EQUIPAMENTOS CONTRA-INCÊNDIOAdaptador de 2.1/2”x1.1/2”
Adaptador de 2.1/2”x2.1/2”
Caixa de incêndio com 75x45x17cm para mangueira predial
Chave Storz
Esguicho Jato sólido de 1.1/2”
Extintor de água pressurizada 10 litros
Extintor de CO2 de 6kg
Extintor de pó quimico 4kg
Extintor de pó quimico 6kg
Extintor de pó quimico 8kg
Extintor de pó quimico 12kg
Mangueira predial de 1.1/2” x 15m com união
Mangueira predial de 1.1/2” x 30m com união
Porta corta fogo P90 de 0,80x2,10m
Porta corta fogo P90 de 0,90x2,10m
Registro Globo 45° de 2.1/2”
Tampa de ferro fundido de 60x40cm “incêndio”
Tampão cego de 1.1/2” T.70 articulado
ESQUADRIAS DE MADEIRAPorta em compensado liso semi-oca de 0,60x2,10x0,03m
Porta em compensado liso semi-oca de 0,70x2,10x0,03m
Porta em compensado liso semi-oca de 0,80x2,10x0,03m
Porta em compensado liso semi-oca de 0,90x2,10x0,03m
Porta em compensado liso de 0,60x2,10x0,03m EIDAI
Porta em compensado liso de 0,70x2,10x0,03m EIDAI
Porta em compensado liso de 0,80x2,10x0,03m EIDAI
Porta em compensado liso de 0,90x2,10x0,03m EIDAI
Porta em fi chas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m
Porta em fi chas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m
Porta em fi chas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m
Porta em fi chas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m
Porta em venezianas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m
Porta em venezianas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m
Porta em venezianas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m
Porta em almofadas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m
Porta em almofadas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m
Porta em amolfadas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m
Porta em almofadas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m
Grade de canto em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte
un
un
h
mês
mês
mês
mês
mês
mês
mês
mês
mês
mês
mês
mês
mês
kg
kg
kg
kg
kg
kg
kg
kg
kg
kg
kg
kg
kg
kg
kg
kg
90,66
55,00
75,83
10,33
330,57
356,67
688,08
377,77
201,67
280,47
72,50
75,30
77,87
170,00
6,33
186,88
3,00
3,10
3,18
3,33
3,30
3,16
3,00
3,05
3,05
2,96
3,04
2,99
2,99
3,28
3,19
2,61
5,44
5,42
5,39
8,26
5,17
9,31
5,52
12,13
Grade de caixa em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte
Grade de caixa em Jatobá até 1,00x2,10m para verniz ou cera
EQUIPAMENTOSRetroescavadeira 580H, 4x4 (com operador)
Andaime tubular de 1,5x1,0m (2peças=1,00m)
Betoneira elétrica de 400L sem carregador
Compactador CM/13 elétrico
Compactador CM/20 elétrico
Cortadora de piso elétrica
Furadeira industrial Bosch ref. 1174
Guincho de coluna(foguete)
Mangote vibratório de 35mm
Mangote vibratório de 45mm
Motor elétrico para vibrador
Pistola fi nca pinos
Pontalete metálico regulável (1 peça)
Serra elétrica circular de bancada
FERROSFerro CA-25 de 12,5mm
Ferro CA-25 de 20mm
Ferro CA-25 de 25m
Ferro CA-50 de 6,3mm
Ferro CA-50 de 8mm
Ferro CA-50 de 10mm
Ferro CA-50 de 12,5mm
Ferro CA-50 de 16mm
Ferro CA-50 de 20mm
Ferro CA-50 de 25mm
Ferro CA-50 de 32mm
Ferro CA-60 de 4,2mm
Ferro CA-60 de 5mm
Ferro CA-60 de 6mm
Ferro CA-60 de 7mm
Ferro CA-60 de 8mm
Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fi o de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2)
Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fi o de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2)
Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fi o de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2)
Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fi o de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2)
Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fi o de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2)
Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fi o de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2)
Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fi o de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2)
Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fi o de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2)
FORROS, DIVISÓRIAS E SERVIÇOS DE GESSOBloco de gesso com 50x65x7,5cm para parede divisória
Placa de gesso lisa para forro com 65x65cm
Rodateto de gesso - friso com largura de até 6cm aplicado
Descrição do insumo Unidade Preço unitário
FEV/MAR 2012 | | 87
Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2” (vara com 3m)
Eletroduto em PVC rígido roscável de 2” (vara com 3m)
Eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2” (vara com 3m)
Eletroduto em PVC rígido roscável de 3” (vara com 3m)
Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2”
Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4”
Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1”
Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4”
Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2”
Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2”
Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2”
Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3”
Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2”
Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4”
Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1”
Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4”
Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2”
Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2”
Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2”
Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3”
Bucha de alumínio de 1/2”
Bucha de alumínio de 3/4”
Bucha de alumínio de 1”
Bucha de alumínio de 1.1/4”
Bucha de alumínio de 1.1/2”
Bucha de alumínio de 2”
Bucha de alumínio de 2.1/2”
Bucha de alumínio de 3”
Arruela de alumínio de 1/2”
Arruela de alumínio de 3/4”
Arruela de alumínio de 1”
Arruela de alumínio de 1.1/4”
Arruela de alumínio de 1.1/2”
Arruela de alumínio de 2”
Arruela de alumínio de 2.1/2”
Arruela de alumínio de 3”
Caixa de passagem em PVC de 4”x4”
Caixa de passagem em PVC de 4”x2”
Caixa de passagem sextavada em PVC de 3”X3”
Caixa de passagem octogonal em PVC de 4”X4”
Soquete para lâmpada (bocal) com rabicho
Soquete para lâmpada (bocal) sem rabicho
Cabo de cobre nú de 10mm2
Cabo de cobre nú de 16mm2
Cabo de cobre nú de 25mm2
Cabo de cobre nú de 35mm2
Cabo fl exível de 1,5mm2 com isolamento plástico
Cabo fl exível de 2,5mm2 com isolamento plástico
Cabo fl exível de 4mm2 com isolamento plástico
Cabo fl exível de 6mm2 com isolamento plástico
Cabo fl exível de 10mm2 com isolamento plástico
Cabo fl exível de 16mm2 com isolamento plástico
Cabo fl exível de 25mm2 com isolamento plástico
Cabo fl exível de 35mm2 com isolamento plástico
Fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico
Fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
sc
kg
m
m
m
m
m2
m2
m2
m
m
m
m
m2
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ml
ml
ml
ml
gl
lata
gl
bd
kg
gl
bd
vara
vara
vara
vara
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
9,70
12,73
7,07
8,03
4,31
8,74
75,88
61,33
56,08
56,31
46,41
46,41
73,87
49,67
54,59
127,63
101,49
101,49
11,80
0,32
151,97
19,93
23,95
16,50
79,75
108,30
111,00
200,77
29,70
35,33
24,67
91,84
61,80
159,34
22,77
27,50
19,00
66,55
288,47
31,18
139,02
37,80
31,53
126,31
13,53
17,30
36,58
44,20
0,88
1,07
1,63
2,65
3,08
5,10
12,40
14,33
0,41
0,66
0,89
1,40
1,78
2,80
8,00
9,68
0,30
0,43
0,62
0,84
1,01
1,89
2,40
2,93
0,19
0,28
0,48
0,64
0,80
1,02
1,65
3,15
3,06
1,79
2,82
3,35
1,53
1,75
3,78
5,38
7,41
10,96
0,46
0,74
1,31
1,83
3,46
6,09
10,40
13,26
0,46
0,72
m
m
m
m
un
un
un
4,55
Rodateto de gesso - friso com largura de até 15cm aplicado
Rodateto de gesso - friso com largura de até 20cm aplicado
Junta de dilatação de gesso em “L” de 2x2cm aplicada
Junta de dilatação de gesso em “L” de 3x3cm aplicada
FERRAGENS DE PORTADobradiça em aço cromado de 3”x2.1/2” sem anéis ref. 1500 LaFonte
Dobradiça em aço cromado de 3”x2.1/2” sem anéis ref. 1410 LaFonte
Dobradiça em latão cromado de 3”x2.1/2” sem anéis ref. 90 LaFonte
Conjunto de fechadura de cilindro ref. 521 E-CR LaFonte
Conjunto de fechadura interna ref. 521 I-CR LaFonte
Conjunto de fechadura para WC ref. 521 B-CR LaFonte
Conjunto de fechadura de cilindro ref. 436E-CR LaFonte
Conjunto de fechadura interna ref. 436I-CR LaFonte
Conjunto de fechadura para WC ref. 436B-CR LaFonte
Conjunto de fechadura de cilindro ref. 2078 E-CR LaFonte
Conjunto de fechadura interna ref. 2078 I-CR LaFonte
Conjunto de fechadura para WC ref. 2078 B-CR LaFonte
Conjunto de fechadura de cilindro ref. 608E-CR LaFonte
Conjunto de fechadura interna ref. 608I-CR LaFonte
Conjunto de fechadura para WC ref. 608B-CR LaFonte
GRANITOSGranilha nº 02 (saco com 40kg)
Granilha nº 02
Bancada em granito cinza andorinha de 60x2cm c/1 cuba,test.e esp.
Divisória de box em granito cinza andorinha de 7x2 cm
Soleira de granito cinza andorinha de 15x2 cm
Rodapé de granito cinza andorinha com 7x2cm
Lajota de granito cinza andorinha de 50x50x2cm
Lajota de granito preto tijuca de 50x50x2cm
Lajota de granito preto tijuca de 15x30x2cm
Bancada de granito preto tijuca de 60x2cm
Divisória de box em granito preto tijuca 7x2 cm
Soleira de granito preto tijuca de 15x2 cm
Rodapé de granito preto tijuca de 7x2cm
Lajota de granito verde ubatuba de 50x50x2cm
Lajota de granito verde ubatuba de 15x30x2cm
Bancada de granito verde ubatuba de 60x2cm
Divisória de box em granito verde ubatuba 7x2cm
Soleira de granito verde ubatuba de 15x2cm
Rodapé de granito verde ubatuba de 7x2cm
IMPERMEABILIZANTESAcquella (galão de 3,6 litros)
Acquella (lata de 18 litros)
Bianco (galão de 3,6 litros)
Bianco (balde de 18 litros)
Compound adesivo (A+B) (2 latas=1kg)
Desmol CD - líquido desmoldante p/concreto (galão de 3,6 litros)
Desmol CD - líquido desmoldante p/concreto (balde de 18 litros)
Frioasfalto (galão de 3,9 kg)
Frioasfalto (balde de 20kg)
Neutrol (galão de 3,6 litros)
Neutrol (lata de 18 litros)
Vedacit (galão de 3,6 litros)
Vedacit (balde de 18 litros)
Vedacit rapidíssimo (galão de 4 kg)
Vedacit rapidíssimo (balde de 20kg)
Vedafl ex (cartucho com 310ml)
Vedapren preto (galão de 3,6 litros)
Vedapren preto (balde de 18kg)
Vedapren branco (galão de 4,5 kg)
Vedapren branco (balde de 18kg)
Sika nº 1 (balde de 18 litros)
Igol 2 (balde de 18kg)
Igol A (balde de 18kg)
Silicone (balde de 18 litros)
MADEIRASAssoalho de madeira em Ipê de 15x2cm
Assoalho de madeira em Jatobá de 15x2cm
Rodapé de madeira em Jatobá de 5x1,5cm
Lambri de madeira em Angelim Pedra de 10x1cm
Folha de “Fórmica” texturizada branca de 3,08x1,25m
Folha de “Fórmica” brilhante branca de 3,08x1,25m
Estronca roliça tipo litro
Barrote de madeira mista de 6x6cm
Sarrafo de madeira mista de 10cm (1”x4”)
Tábua de madeira mista de 15cm (1”x6”)
Tábua de madeira mista de 22,5cm (1”x9”)
Tábua de madeira mista de 30cm (1”x12”)
Madeira serrada para coberta (Massaranduba)
Peça de massaranduba para coberta de 7,5x15cm
Peça de massaranduba para coberta de 6x10cm
Barrote de massaranduba para coberta de 5x7,5cm
Ripa de massaranduba para coberta de 4x1cm
Prancha de massaranduba para escoramento de 3x15cm
Prancha de massaranduba para escoramento de 5x15cm
Chapa de madeira plastifi cada de 10mm c/1,10x2,20m
Chapa de madeira plastifi cada de 12mm c/1,10x2,20m
Chapa de madeira plastifi cada de 15mm c/1,10x2,20m
Chapa de madeira plastifi cada de 17mm c/1,10x2,20m
Chapa de madeira plastifi cada de 20mm c/1,10x2,20m
Chapa de madeira resinada de 6mm c/1,10x2,20m
Chapa de madeira resinada de 10mm c/1,10x2,20m
Chapa de madeira resinada de 12mm c/1,10x2,20m
Chapa de madeira resinada de 15mm c/ 1,10x2,20m
Chapa de madeira resinada de 17mm c/1,10x2,20m
MATERIAIS ELÉTRICOS E TELEFÔNICOSEletroduto em PVC fl exível corrugado de 1/2”
Eletroduto em PVC fl exível corrugado de 3/4”
Eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2” (vara com 3m)
Eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4” (vara com 3m)
Eletroduto em PVC rígido roscável de 1” (vara com 3m)
Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4” (vara com 3m)
gl
bd
gl
lata
bd
bd
gl
bd
cart
gl
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gl
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bd
bd
bd
bd
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m2
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m
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un
un
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un
un
un
un
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un
m
m
vara
vara
vara
vara
23,60
120,41
56,49
224,18
16,35
63,28
44,40
150,00
25,70
37,36
138,98
67,93
212,87
56,97
136,43
201,48
170,01
71,74
78,05
8,93
29,50
48,58
44,02
1,73
5,68
2,77
4,11
5,61
8,09
2.345,67
26,93
18,39
9,53
4,74
14,88
28,53
38,97
43,98
51,66
61,51
76,51
13,81
20,36
28,46
36,33
41,58
1,12
1,53
3,84
5,35
8,88
10,83
Descrição do insumo Unidade Preço unitário
| FEV/MAR 201288 |
Fio rígido de 4mm2 com isolamento plástico
Fio rígido de 6mm2 com isolamento plástico
Fita isolante de 19mm (rolo com 20m)
Disjuntor monopolar de 10A Pial
Disjuntor monopolar de 15A Pial
Disjuntor monopolar de 20A Pial
Disjuntor monopolar de 25A Pial
Disjuntor monopolar de 30A Pial
Disjuntor tripolar de 10A Pial
Disjuntor tripolar de 25A Pial
Disjuntor tripolar de 50A Pial
Disjuntor tripolar de 70A Pial
Disjuntor tripolar de 90A Pial
Disjuntor tripolar de 100A Pial
Disjuntor monopolar de 10A GE
Disjuntor monopolar de 15A GE
Disjuntor monopolar de 20A GE
Disjuntor monopolar de 25A GE
Disjuntor monopolar de 30A GE
Disjuntor tripolar de 10A GE
Disjuntor tripolar de 25A GE
Disjuntor tripolar de 50A GE
Disjuntor tripolar de 70A GE
Disjuntor tripolar de 90A GE
Disjuntor tripolar de 100A GE
Quadro de distribuição de energia em PVC para 3 disjuntores
Quadro de distribuição de energia em PVC para 6 disjuntores
Quadro de distribuição de energia em PVC para 12 disjuntores
Quadro metálico de distribuição de energia para 12 disjuntores
Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 12 disjuntores
Quadro metálico de distribuição de energia para 20 disjuntores
Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 20 disjuntores
Quadro metálico de distribuição de energia para 32 disjuntores
Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 32 disjuntores
Conjunto ARSTOP completo (tomada + disjuntor) de embutir
Conjunto ARSTOP completo (tomada + disjuntor) de sobrepor
Conjunto 4”x2” com 1 interruptor simples Pial Pratis
Conjunto 4”x2” com 2 interruptores simples Pial Pratis
Conjunto 4”x2” com 3 interruptores simples Pial Pratis
Conjunto 4”x2” com 1 interruptor paralelo Pial Pratis
Conjunto 4”x2” com 2 interruptores paralelos Pial Pratis
Conjunto 4”x2” com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Pratis
Conjunto 4”x2” c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Pratis
Conjunto 4”x2” c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Pratis
Conjunto 4”x2” com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Pratis
Conjunto 4”x2” com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Pratis
Conjunto 4”x2” c/1 tomada de corrente c/aterramento 2P+T Pial Pratis
Conj. 4”x2” c/1 tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Pratis
Conjunto 4”x2” c/1 tomada de corrente p/chuveiro elétrico 3P Pial Pratis
Conjunto 4”x2” com 1 botão pulsador para campainha Pial Pratis
Conjunto 4”x2” com 1 botão pulsador para minuteria Pial Pratis
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un
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un
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cj
cj
cj
cj
cj
un
un
un
un
cj
cj
cj
1,36
2,03
6,79
8,48
6,78
7,11
8,14
7,11
43,15
42,38
44,84
69,40
69,09
69,09
5,38
5,25
5,50
5,50
5,50
45,00
41,25
42,00
68,60
60,00
60,00
12,84
40,24
65,90
108,23
37,73
123,50
46,33
168,15
66,10
28,90
29,35
4,92
9,84
12,24
6,68
11,79
11,70
9,95
12,65
5,97
10,77
7,38
8,90
10,55
5,15
5,45
10,61
0,61
1,23
1,91
4,34
8,00
13,98
18,45
10,36
19,00
16,40
14,33
18,75
7,24
16,13
14,50
11,03
10,50
7,17
7,53
13,53
1,20
2,00
4,87
19,78
8,65
14,73
11,68
Conjunto 4”x2” com 1 saída para antena de TV/FM Pial Pratis
Suporte padrão 4”x2” Pial Pratis
Suporte padrão 4”x4” Pial
Placa cega 4”x2” Pial Pratis
Placa cega 4”x4” Pial Pratis
Conjunto 4”x2” com 1 interruptor simples Pial Plus
Conjunto 4”x2” com 2 interruptores simples Pial Plus
Conjunto 4”x2” com 3 interruptores simples Pial Plus
Conjunto 4”x2” com 1 interruptor paralelo Pial Plus
Conjunto 4”x2” com 2 interruptores paralelos Pial Plus
Conjunto 4”x2” com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Plus
Conjunto 4”x2” c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Plus
Conjunto 4”x2” c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Plus
Conjunto 4”x2” com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Plus
Conjunto 4”x2” com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Plus
Conjunto 4”x2” com 1 tomada de corrente c/aterramento 2P+T Pial Plus
Conjunto 4”x2” c/1 tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Plus
Conjunto 4”x2” c/1 tomada de corrente p/chuveiro elétrico 3P Pial Plus
Conjunto 4”x2” com 1 botão pulsador para campainha Pial Plus
Conjunto 4”x2” com 1 botão pulsador para minuteria Pial Plus
Conjunto 4”x2” com 1 saída para antena de TV/FM Pial Plus
Suporte padrão 4”x2” Pial Plus
Placa cega 4”x2” Pial Plus
Placa cega 4”x4” Pial Plus
Haste de aterramento Copperweld de 5/8”X2,40m com conectores
Conjunto 4”x2” com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Pratis
Conjunto 4”x2” com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Pratis
Conjunto 4”x2” com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Plus
Conjunto 4”x2” com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Plus
Cabo telefônico CCI 50 - 1 par
Cabo telefônico CCI 50 - 2 pares
Cabo telefônico CCI 50 - 3 pares
Cabo telefônico CCI 50 - 4 pares
Cabo telefônico CCI 50 - 5 pares
Cabo telefônico CCI 50 - 6 pares
Quadro metálico de embutir para telefone de 20x20x13,5cm
Quadro metálico de embutir para telefone de 30x30x13,5cm
Quadro metálico de embutir para telefone de 40x40x13,5cm
Quadro metálico de embutir para telefone de 50x50x13,5cm
Quadro metálico de embutir para telefone de 60x60x13,5cm
Quadro metálico de embutir para telefone de 80x80x13,5cm
Quadro metálico de embutir para telefone de 120x120x13,5cm
MATERIAIS HIDRÁULICOSCaixa sifonada de PVC de 100x100x50mm c/grelha branca redonda
Caixa sifonada de PVC de 100x125x50mm c/grelha branca redonda
Caixa sifonada de PVC de 150x150x50mm c/grelha branca redonda
Caixa sifonada de PVC de 150x185x75mm c/grelha branca redonda
Ralo sifonado quadrado PVC 100x54x40mm c/grelha
Adaptador de PVC para válvula de pia e lavatório
Bucha de redução longa de PVC soldável para esgoto de 50x40mm
cj
m
m
m
m
m
m
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
18,60
0,24
0,45
0,77
0,91
1,14
1,54
37,75
48,39
88,50
83,56
155,99
249,99
602,50
7,07
10,55
16,66
17,08
4,64
1,09
1,20
Descrição do insumo Unidade Preço unitário
| FEV/MAR 201290 |
Curva de PVC soldável para água de 20mm
Curva de PVC soldável para água de 25mm
Curva de PVC soldável para água de 32mm
Curva de PVC soldável para água de 40mm
Joelho 90° de PVC L/R para água de 25mm x 3/4”
Joelho 90° de PVC roscável para água de 1/2”
Joelho 90° de PVC roscável para água de 3/4”
Joelho 90° de PVC roscável para água de 1”
Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/4”
Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/2”
Joelho 90° de PVC roscável para água de 2”
Joelho 90° de PVC soldável para água de 20mm
Joelho 90° de PVC soldável para água de 25mm
Joelho 90° de PVC soldável para água de 32mm
Joelho 90° de PVC soldável para água de 40mm
Joelho 90° de PVC soldável para água de 50mm
Joelho 90° de PVC soldável para água de 65mm
Joelho 90° de PVC soldável para água de 75mm
Joelho 90° de PVC soldável para água de 85mm
Joelho 90° c/visita de PVC soldável para esgoto de 100x50mm
Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 40mm
Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 50mm
Joelho 45° de PVC soldável para esgoto de 50mm
Junção simples de PVC soldável para esgoto de 100x50mm
Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 3/4” CR/CR Deca
Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 1.1/2” CR/CR Deca
Registro de gaveta Targa (base 4509+acab. C40 710 CR/CR) 1” Deca
Registro de gaveta Bruto B1510 de 1.1/2” Fabrimar
Registro de pressão Targa 1416 C40 de 3/4” CR/CR Deca
Tê de PVC roscável de 1/2” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
Tê de PVC roscável de 3/4” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
Tê de PVC roscável de 1” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
Tê de PVC roscável de 1.1/4” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
Tê de PVC roscável de 1.1/2” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
Tê de PVC roscável de 2” Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
Tê de PVC soldável de 25mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
Tê de PVC soldável de 60mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
Tê de PVC soldável de 75mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
Tê de PVC soldável de 85mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre
Tubo de ligação para bacia de 20cm com anel branco Astra
Tubo de PVC roscável de 1/2” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)
Tubo de PVC roscável de 3/4” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)
Tubo de PVC roscável de 1” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)
Tubo de PVC roscável de 1.1/4” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)
Tubo de PVC roscável de 1.1/2” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)
Tubo de PVC roscável de 2” CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)
Tubo de PVC soldável de 20mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)
Tubo de PVC soldável de 25mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
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un
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un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
un
vara
vara
vara
vara
vara
vara
vara
vara
1,23
1,45
3,45
6,68
1,78
0,85
1,52
2,27
5,72
6,73
13,30
0,29
0,45
1,22
2,77
2,93
13,74
45,25
54,91
8,45
0,96
1,55
1,97
9,45
59,95
89,50
42,24
48,33
62,40
1,16
1,73
4,07
9,03
11,47
18,00
0,63
17,23
30,97
50,60
4,45
17,42
22,57
48,75
59,27
73,03
114,28
7,63
11,10
23,80
37,59
46,00
74,68
112,33
142,93
20,30
32,87
40,07
52,13
181,88
145,50
4,57
23,32
22,80
94,47
236,44
460,63
286,55
460,95
172,45
391,95
676,95
10,62
116,87
483,20
201,20
63,07
54,00
41,67
68,33
56,67
15,50
23,50
58,50
18,33
29,00
Tubo de PVC soldável de 32mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)
Tubo de PVC soldável de 40mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)
Tubo de PVC soldável de 50mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)
Tubo de PVC soldável de 60mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)
Tubo de PVC soldável de 75mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)
Tubo de PVC soldável de 85mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)
Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 40mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)
Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 50mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)
Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 75mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)
Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 100mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre(vara c/6m)
Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 150mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)
Válvula de retenção horizontal com portinhola de 2” Docol
Vedação para saída de vaso sanitário
Adesivo para tubos de PVC (tubo com 1 litro)
Solução limpadora para tubos de PVC (tubo com 1 litro)
MATERIAIS DE INOXPia aço inox lisa c/1,20m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat
Pia aço inox lisa c/1,40m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat
Pia aço inox lisa c/1,80m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat
Pia aço inox lisa c/1,80m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat
Pia aço inox lisa c/2,00m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat
Pia aço inox lisa c/2,00m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat
Cuba em aço inox retangular, de 55x33x14cm, sem válvula, Franke Douat
Tanque em aço inox, de 50x40cm, com válvula, Franke Douat
Mictório em aço inox, de 1,50m, completo, Franke Douat
Válvula para pia de aço inox, de 3 1/2”x 1 1/2”, Franke Douat
MÁRMORESBancada de mármore branco rajado de 60x2cm
Bancada de mármore branco extra de 60x2cm
Bancada de mármore travertino de 60x2cm
Lajota de mármore branco extra de 30x30x2cm
Lajota de mármore branco rajado de 15x30x2cm
Lajota de mármore branco rajado de 30x30x2cm
Lajota de mármore travertino de 30x30x2cm
Lajota de mármore travertino de 15x30x2cm
Rodapé em mármore branco rajado de 7x2cm
Rodapé em mármore travertino de 7x2cm
Soleira em mármore branco extra de 15x2cm
Soleira em mármore branco rajado de 15x2cm
Soleira em mármore travertino de 15x2cm
vara
vara
vara
vara
vara
vara
vara
vara
vara
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litro
litro
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un
un
un
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m
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m2
m2
m2
m2
m
m
m
m
m
127,95
Descrição do insumo Unidade Preço unitário
FEV/MAR 2012 | | 91
MATERIAIS DE PINTURA
Fundo sintético nivelador branco fosco para madeira (galão)
Selador PVA(liqui-base) para parede interna (galão)
Selador PVA(liqui-base) para parede interna (lata c/18 litros)
Selador acrílico para parede externa (galão)
Selador acrílico para parede externa (lata c/18 litros)
Massa corrida PVA (galão)
Massa corrida PVA (lata c/18 litros)
Massa acrílica (galão)
Massa acrílica (lata c/18 litros)
Massa à óleo (galão)
Solvente Aguarrás (galão c/5 litros)
Tinta latex fosca para interior (galão)
Tinta latex fosca para interior (lata c/18 litros)
Tinta latex para exterior (galão)
Tinta latex para exterior (lata c/18 litros)
Líquido para brilho regulador (galão)
Líquido para brilho regulador (lata c/18 litros)
Tinta acrílica fosca (galão)
Tinta acrílica fosca (lata c/18 litros)
Textura acrílica (galão)
Textura acrílica (lata c/18 litros)
Impermeabilizante à base de silicone para fachadas (galão)
Verniz marítimo à base de poliuretano (galão)
Tinta antiferruginosa Zarcão (galão)
Esmalte sintético acetinado (galão)
Esmalte sintético brilhante (galão)
Tinta à óleo (galão)
Tinta à óleo para cerâmica (galão)
Tinta acrílica especial para piso (galão)
Tinta acrílica especial para piso (lata c/18 litros)
Tinta epoxi: esmalte + catalizador (galão)
Diluente epoxi (litro)
Lixa para parede
Lixa para madeira
Lixa d’água
Lixa para ferro
Estopa para limpeza
Ácido muriático (litro)
Cal para pintura
Tinta Hidracor (saco com 2kg)
Massa plástica 3 Estrelas (lata com 500gramas)
MATERIAIS PARA INSTALAÇÃO DE ÁGUA QUENTETubo de cobre classe “E” de 15mm (vara com 5,00m)
Tubo de cobre classe “E” de 22mm (vara com 5,00m)
Tubo de cobre classe “E” de 28mm (vara com 5,00m)
Tubo de cobre classe “E” de 35mm (vara com 5,00m)
Tubo de cobre classe “E” de 54mm (vara com 5,00m)
MATERIAIS SANITÁRIOSAssento sanitário Village em polipropileno AP30 Deca
Assento sanitário almofadado branco TPK/A5 BR1 Astra
Assento convencional branco macio TPR BR1 em plástico Astra
Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Azálea branco gelo Celite
Conjunto bacia com caixa Saveiro branco Celite
Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena branco gelo Deca
Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena cinza real Deca
Bacia sanitária convencional Azálea branco gelo Celite
Bacia sanitária convencional Targa branco gelo Deca
Bacia sanitária convencional Izy branco gelo Deca
Bacia sanitária convencional Ravena branco gelo Deca
Bacia sanitária convencional Ravena cinza real Deca
Bacia sanitária convencional Village branco gelo Deca
Bacia sanitária convencional Village cinza real Deca
Cuba de embutir oval de 49x36cm L37 branco gelo Deca
Cuba de embutir redonda de 36cm L41 branco gelo Deca
Cuba sobrepor retang. Monte Carlo 57,5x44,5cm L40 branco gelo Deca
Lavatório suspenso Izy de 43x23,5cm L100 branco gelo Deca
Lavatório suspenso Izy de 39,5x29,5cm L15 branco gelo Deca
Lavatório c/ coluna Monte Carlo de 57,5x44,5cm L81 branco gelo Deca
Lavatório de canto Izy L101 branco gelo Deca
Lavatório c/ coluna Saveiro de 46x38cm branco Celite
Bolsa de ligação para bacia sanitária BS1 de 1.1/2” Astra
Caixa de descarga sobrepor 8 lts. c/engate e tubo ligação Fortilit/Akros/Tigre
Chicote plástico fl exível de 1/2”x30cm Fortilit/Akros/Amanco/Luconi
Chicote plástico fl exível de 1/2”x40cm Fortilit/Akros/Luconi
Chuveiro de PVC de 1/2” com braço
Chuveiro cromado de luxo ref. 1989102 Deca
Parafuso de fi xação para bacia de 5,5x65mm em latão B-8 Sigma (par)
Parafuso de fi xação para tanque longo 100mm 980 Esteves (par)
Parafuso de fi xação para lavatório Esteves (par)
Sifão de alumínio fundido de 1” x 1.1/2”
Sifão tipo copo para lavatório cromado de 1”x1.1/2” Esteves
Sifão de PVC de 1” x 1.1/2”
Fita veda rosca em Tefl on Polytubes Polvitec (rolo com 12mm x 25m)
Tanque de louça de 22 litros TQ-25 de 60x50cm branco gelo Deca
Coluna para tanque de 22 litros CT-25 branco gelo Deca
Tanque de louça de 18 litros TQ-01 de 56x42cm branco gelo Deca
Coluna para tanque de 18 litros CT-11 branco gelo Deca
Tanque de louça sem fi xação de 18 litros de 53x48cm branco Celite
Tanque em resina simples de 59x54cm marmorizado Resinam
Tanque em resina simples de 60x60cm granitado Marnol
Balcão de cozinha em resina c/1,00x0,50m c/1 cuba marmorizado Marnol
Balcão de cozinha em resina c/1,20x0,50m c/1 cuba granitado Marnol
Misturador para lavatório Targa 1875 C40 CR/CR Deca
Misturador para pia de cozinha tipo mesa Prata 1256 C50 CR Deca
Misturador para pia de cozinha tipo parede Prata 1258 C50 CR Deca
gl
gl
lata
gl
lata
gl
lata
gl
lata
gl
gl
gl
lata
gl
lata
gl
lata
gl
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un
un
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mil
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mil
kg
mil
mil
kg
kg
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un
un
un
un
un
64,57
25,90
113,63
23,00
96,90
11,00
30,57
23,20
90,40
42,76
56,80
21,40
90,97
38,47
164,97
45,40
225,70
51,03
189,60
21,97
95,80
48,29
39,90
62,80
65,17
52,77
41,64
64,50
31,60
144,00
124,40
15,57
0,45
0,38
0,96
1,92
4,72
4,05
0,76
2,98
5,75
60,69
96,82
114,33
203,25
376,78
74,95
38,40
22,06
220,54
163,90
256,58
266,45
104,65
236,83
67,68
117,95
120,60
177,35
185,75
42,90
43,95
76,00
69,45
55,55
130,45
71,28
49,45
2,00
17,22
2,38
3,00
8,73
203,30
5,80
12,20
8,13
46,95
71,50
6,52
1,50
257,00
70,40
174,00
71,00
163,45
45,70
45,88
60,90
69,35
230,10
371,80
369,10
53,88
52,12
86,85
55,50
175,25
181,75
92,30
153,10
146,95
25,25
37,85
1,94
2,33
13,78
3,82
4,03
0,56
33,63
7,43
206,06
386,67
186,50
318,72
407,72
474,39
450,00
400,00
417,50
420,00
700,00
950,00
2.050,00
1.640,00
1.285,80
0,72
50,00
720,00
5,51
6,02
1,24
0,16
0,17
0,15
0,31
0,52
Torneira para tanque/jardim 1152 C39 CR ref. 1153022 Deca
Torneira para lavatório 1193 C39 CR (ref.1193122) Deca
Torneira para pia de cozinha Targa 1159 C40 CR Deca
Torneira de parede p/pia de cozinha 1158 C39 CR ref. 1158022 Deca
Torneira de parede para pia de cozinha Targa 1168 C40 Deca
Torneira de mesa para pia de cozinha Targa 1167 C40 Deca
Torneira para lavatório Targa 1190 C40 CR/CR (ref. 1190700) Deca
Ducha manual Evidence cromada 1984C CR Deca
Válvula de descarga Hydra Max de 1.1/2” ref. 2550504 Deca
Válvula cromada para lavatório ref.1602500 Deca
Válvula cromada para lavanderia ref. 1605502 Deca
Válvula de PVC para lavatório
Válvula de PVC para tanque ou pia de cozinha
OUTROSCorda de nylon de 3/8”
Tela de nylon para proteção de fachada
Bucha para fi xação de arame no forro de gesso
Pino metálico para fi xação à pistola com cartucho
Cola Norcola (galão com 2,85kg)
Cola branca (pote de 1 kg)
Bloco de EPS para laje treliçada
PRODUTOS CERÂMICOSTijolo cerâmico de 4 furos de 7x19x19cm
Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm
Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x15x19cm
Tijolo cerâmico de 8 furos de 9x19x19cm
Tijolo cerâmico de 8 furos de 12x19x19cm
Tijolo cerâmico de 18 furos de 10x7x23cm
Tijolo cerâmico aparente de 6 furos (sem frisos) de 9x10x19cm
Tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm
Telha em cerâmica tipo colonial (Dantas) - 35un/m2
Telha em cerâmica tipo colonial (Itajá) - 32un/m2
Telha em cerâmica tipo calha Paulistinha (Quitambar) - 22un/m2
Telha em cerâmica tipo colonial Simonassi (Bahia) - 28un/m2
Telha em cerâmica tipo colonial Barro Forte (Maranhão) - 25un/m2
Tijolo cerâmico refratário de 22,9x11,4x6,3cm
Massa refratária seca
Taxa de acréscimo para tijolos paletizados(por milheiro)
Bloco de cerâmica de 30x20x9cm para laje pré-moldada
PREGOS E PARAFUSOSPrego com cabeça de 1.1/4”x14
Prego com cabeça de 2.1/2”x10
Parafuso de 5/16”x300mm em alumínio para fi xação de telhas
Arruela de alumínio para parafuso de 5/16”
Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 5/16”
Porca de alumínio para parafuso de 5/16”
Parafuso de 1/4”x100mm em alumínio para fi xação de telhas
Parafuso de 1/4”x150mm em alumínio para fi xação de telhas
Descrição do insumo Unidade Preço unitário
| FEV/MAR 201292 |
Parafuso de 1/4”x250mm em alumínio para fi xação de telhas
Parafuso de 1/4”x300mm em alumínio para fi xação de telhas
Arruela de alumínio para parafuso de 1/4”
Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 1/4”
Porca de alumínio para parafuso de 1/4”
REVESTIMENTOS CERÂMICOSCerâmica Eliane 10x10cm Camburí White tipo “A”
Cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo “A” PEI4
Porcelanato Eliane Platina PO(polido) 40x40cm
Porcelanato Eliane Platina NA(natural) 40x40cm
Cerâmica Portobello Prisma bianco 7,5x7,5cm ref. 82722
Cerâmica Portobello Linha Arq. Design neve 9,5x9,5cm ref. 14041
Cerâmica Portobello Patmos White 30x40cm ref. 82073
Azulejo Eliane Forma Slim Branco BR MP 20x20cm
Azulejo liso Cecrisa Unite White 15x15cm tipo “A”
REVESTIMENTOS DE PEDRAS NATURAISPedra Ardósia cinza de 20x20cm
Pedra Ardósia cinza de 20x40cm
Pedra Ardósia cinza de 40x40cm
Pedra Ardósia verde de 20x20cm
Pedra Ardósia verde de 20x40cm
Pedra Ardósia verde de 40x40cm
Pedra Itacolomy do Norte irregular
Pedra Itacolomy do Norte serrada
Pedra São Thomé Cavaco
Pedra Cariri serrada de 30x30cm
Pedra Cariri serrada de 40x40cm
Pedra Cariri serrada de 50x50cm
Pedra sinwalita de corte manual
Pedra Sinwalita serrada
Pedra portuguesa (2 latas/m2)
Pedra Itamotinga Cavaco
Pedra Itamotinga almofada
Pedra Itamotinga Corte Manual
Pedra Itamotinga Serrada
Pedra granítica tipo Canjicão Almofada
Pedra granítica tipo Rachão Regular de 40x40cm
Solvente Solvicryl Hidronorte (lata de 5 litros)
Resina acrílica Acqua Hidronorte (galão de 3,6 litros)
REVESTIMENTOS VINÍLICOS E DE BORRACHAPiso vinílico Pavifl ex de 30x30cm de 1,6mm com fl ash
Piso vinílico Pavifl ex de 30x30cm de 2mm com fl ash
Piso vinílico Pavifl ex de 30x30cm de 2mm sem fl ash
Piso de borracha pastilhado Plurigoma de 50x50cm para colar
TELHAS METÁLICASTelha de alumínio trapezoidal com 0,5mm
Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,5mm
Telha de alumínio trapezoidal com 0,4mm
Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,4mm
VIDROSVidro impresso fantasia incolor de 4mm (cortado)
Vidro Canelado incolor (cortado)
Vidro aramado incolor de 7mm (cortado)
Vidro anti-refl exo (cortado)
Vidro liso incolor de 3mm (cortado)
Vidro liso incolor de 4mm (cortado)
Vidro liso incolor de 5mm (cortado)
Vidro liso incolor de 6mm (cortado)
Vidro liso incolor de 8mm (cortado)
Vidro liso incolor de 10mm (cortado)
Vidro laminado incolor 3+3 (cortado)
Vidro laminado incolor 4+4 (cortado)
Vidro laminado incolor 5+5 (cortado)
Vidro bronze de 4mm (cortado)
Vidro bronze de 6mm (cortado)
Vidro bronze de 8mm (cortado)
Vidro bronze de 10mm (cortado)
Vidro cinza de 4mm (cortado)
Vidro cinza de 6mm (cortado)
Vidro cinza de 8mm (cortado)
Vidro cinza de 10mm (cortado)
Espelho prata cristal de 3mm (cortado)
Espelho prata cristal de 4mm (cortado)
Espelho prata cristal de 6mm (cortado)
Vidro temperado de 10mm incolor sem ferragens (cortado)
Vidro temperado de 10mm cinza sem ferragens (cortado)
Vidro temperado de 10mm bronze sem ferragens (cortado)
Tijolo de vidro 19x19x8cm ondulado
Junta de vidro para piso
Massa para vidro
MÃO DE OBRAArmador
Azulejista
Calceteiro
Carpinteiro
Eletricista
Encanador
Gesseiro
Graniteiro
Ladrilheiro
Marceneiro
Marmorista
Pastilheiro
Pintor
Serralheiro
Telhadista
Vidraceiro
Pedreiro
Servente
un
un
un
un
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m2
m2
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m2
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m2
m2
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h
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h
h
m2
un
m2
0,71
0,92
0,17
0,12
0,10
17,52
14,45
36,24
31,66
23,65
21,15
21,65
17,17
16,41
12,33
13,33
14,67
21,03
26,33
26,42
15,33
26,00
33,00
16,33
17,00
17,67
20,33
27,00
15,56
16,00
18,33
20,67
26,00
32,50
27,67
33,00
38,00
37,57
43,81
46,70
22,10
26,75
98,25
22,50
82,10
24,72
26,82
115,63
30,40
25,53
31,73
40,43
44,73
67,92
77,15
135,65
171,93
209,52
45,12
70,49
109,50
139,59
38,34
65,86
89,81
109,16
57,66
84,54
130,39
102,60
126,31
134,71
10,01
0,40
1,30
5,06
5,06
5,06
5,06
5,06
5,06
5,06
5,06
5,06
5,06
5,06
5,06
5,06
5,06
5,06
5,06
4,11
3,09
Descrição do insumo Unidade Preço unitário
| FEV/MAR 201292 |
FEV/MAR 2012 | | 93
A E
T&A PRÉ-FABRICADOS
R
P
M
L
F
T
C
Fone: +55 81 3547.1800Internet: [email protected]
Fabricação de peças e montagem de estruturas pré-fabricadas de concreto, sobretudo para obras de médio a grande portes. Produtos: lajes alveolares, vigas armadas, protendidas e centrifugadas, telhas de concreto, painéis, blocos de concreto para alvenaria estrutural e de vedação, e pisos intertravados de cimento
Referência para orçamentos e pesquisas. Principal ferramenta para a tomada de decisão nas
especifi cações, compra de produtos e contratação de serviços.
Anuncie seu produto e sua empresa:
+55 81 30381045 [email protected]
ONDE ENCONTRAR
GOIANA PRÉ-FABRICADOS+55 (81) 32423887www.prefabricados.com.br Dânica Termoindustrial Brasil
+55 (81) [email protected]
ADESIVOS
HENKELhttp://www.henkel.com.br0800-704-2334
ALUGUEL DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
A GERADORAwww.ageradora.com.br+55 (71) 21042555
ALUTECwww.alutec-pe.com.br+55 (81) 34716271
FERCUNHA +55 (81) 33415512
FORTEQUIPwww.fortequip.com.br+55 (81) 21376700
MAGNA LOCAÇÕESwww.magnaloc.com.br+55 (85) 32574600
PALÁCIO DA CONSTRUÇÃOwww.palaciodaconstrucao.com.br+55 (81)32052600
PROENG LOCAÇÕES+55 (85) 32620112
RENTAL ANDAIMES www.rentalandaimes.com.br+55 (84) 32364278
RODANTEwww.rodantern.com.br+55 (84) 40098833
CLIMATIZAÇÃO
STR ARwww.strar.com.br+55 (11) 36363580
KOMECOwww.komeco.com.br+55 (48) 30274600
LG ELETRONICSwww.lge.com.br0800 707 5454 - Para todo o Brasil exceto capitais e regiões metropolitanas. chamadas originadas de telefone fi xo4004 5400 Para capitais e regiões metropolitanas.
CARRIERwww.carrier.com.br+55 (11) 55932173
CASA CLIMAwww.casaclimarecife.com.br+55 (81) 32412643
FUJITSUwww.fujitsu.com.br+55 (11) 31495700
CONCRETO
APODIwww.cimentoapodi.com.br+55 (85) 33117575
REDIMIXwww.redimix.com.br+55 (81) 33390500
ELEVADORESELEVADORES
ATLAS SCHINDLERwww.atlas.schindler.com+55 (81) 3423-1211
THYSSENKRUPPwww.thyssenkruppelevadores.com.br+55 (81) 21218500
OTISwww.otis.com0800 703 10 61
WOLLK ELEVADORESwww.wollk.com.br+55 (81) 2127.4700
FERRAMENTAS
BOSCHwww.bosch.com.br+55 (19) 21031090
DEWALTwww.dewalt.com.br+55 (34) 33183000
LÂMPADAS
FLCwww.fl c.com.brsac@fl c.com.br
+55 (11) 3933 3100
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
AGAÉ – MATERIAL DE CONSTRUÇÃO E EQUIPAMENTOSwww.agaepe.com.br+55 (81) 34281761
CSM - MÁQUINASwww.csm.ind.br+55 (47) 33727600
METALÚRGICA
SILVANAwww.silvana.com.br+55 (83) 33108100
RODOLFO GLAUSwww.rgmetalurgica.com.br+55 (51) 33712988
MATERIAIS ELÉTRICOS
FAME – MATERIAIS ELÉTRICOSwww.fame.com.br+55 (11) 34785600
PINTURA INDUSTRIAL
PINTEPOXI+55 (81) [email protected]
PORTAS E JANELAS
FAMOSSUL – PORTAS E COMPONENTESwww.famossul.com.br+55 (41) 3632 1227
SASAZAKI – PORTAS E JANELASwww.sasazaki.com.br+55 (14) 34029922
SINCOL - PORTASwww.sincol.com.br+55 (49) 35615029
SQUADRAwww.squadra.ind.br+55 (81) 3471-1636 - 3338.1720
PRODUTOS PLÁSTICOS
HERCwww.herc.com.br+55 51 3021.4900
REATORES E LUMINÁRIAS
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