Área temÁtica - saÚde da crianÇa · 2017. 7. 21. · da imaturidade de alguns sistemas e...
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Elaboração:
Ana Cecília Silveira Lins Sucupira
Ana Maria Bara Bresolin
Eunice E. Kishinami Oliveira Pedro
Patrícia Pereira de Salve
Sandra Maria Callioli Zuccolotto
Colaboração:
Henriqueta Aparecida Norcia
Nilza Maria Piassi Bertelli
Márcia Freitas
Maria Elisabete J.Raposo Righi
Tânia Jogbi
Naira Regina dos Reis Fazenda
Maria Laura Deorsola
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SITUAÇÕES DE RISCO
O ciclo da criança compreende um período
da vida do ser humano onde incidem diferentes
riscos de adoecer e morrer, conforme o momento
do processo de crescimento e desenvolvimento e a
inserção social da criança.
De um modo geral, a vulnerabilidade da criança
aos agravos de saúde é maior nos dois primeiros anos
de vida, especialmente no primeiro ano, em função
da imaturidade de alguns sistemas e órgãos (sistema
imunológico, neurológico, motor e outros), que vão
passar por intenso processo de crescimento.
Além disso, quanto menor a idade da criança, maior
a dependência do adulto para os cuidados básicos
com a saúde, a alimentação, a higiene, a estimulação
e a proteção contra acidentes, entre outros.
Planejar o atendimento sob o enfoque de risco sig-
nifica um olhar diferenciado para a criança que está
exposta a determinadas condições, sejam biológicas,
ambientais ou sociais – as chamadas situações de risco
– que a predispõem a uma maior probabilidade de
apresentar problemas de saúde ou mesmo de morrer.
Isso significa a necessidade de reconhecer as
situações de risco e de priorizar o atendimento a
essas crianças, nos serviços de saúde.
Priorização da atenção à criança de risco
A equidade pressupõe atendimento diferenciado
de acordo com as necessidades de cada criança. Dessa
forma, devem ser priorizados grupos de crianças que
apresentem condições ou que estejam em situações
consideradas de maior risco.
Considera-se aqui que todas as crianças vivenciam
situações de risco que variam de acordo com o seu
grau de vulnerabilidade. Assim, propõe-se até os 2
anos de idade a denominação de criança de baixo
risco, em vez do termo “criança normal” e crian-
ça de alto risco, para aquela que apresenta maior
vulnerabilidade diante das situações e dos fatores
de risco, como, por exemplo, as que nascem com
menos de 2.500 g.
RISCOS AO NASCIMENTO
1. Critérios obrigatórios(presença de qualquer um dos seguintes critérios):
• Peso ao nascer menor que 2.500g
• Morte de irmão menor de 5 anos
• Internação após a alta materna
Obs: Os recém-nascidos que apresentam defi ci-
ências estabelecidas desde o nascimento, doenças
genéticas, neurológicas, malformações múltiplas
também são consideradas crianças com proble-
mas e que necessitam de cuidados diferenciados.
2. Critérios associados (presença de dois ou mais dos seguintes crité-rios):
• Mãe adolescente abaixo de 16 anos
• Mãe analfabeta
• Mãe sem suporte familiar
• Mãe proveniente de área social de risco*
• Chefe da família sem fonte de renda
• História de migração da família há menos
de 2 anos
• Mãe com história de problemas psiquiátri-
cos (depressão, psicose)
• Mãe portadora de defi ciência que impossi
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bilite o cuidado da criança
• Mãe dependente de álcool e/ou drogas
• Criança manifestamente indesejada
* Área social de risco- definição de micro-área
homogênea, segundo critério de risco, no processo
de territorialização na subprefeirura.
Na medida em que a criança cresce diminui a
vulnerabilidade biológica e, na idade escolar, dos
3 aos 10 anos, espera-se uma “calmaria biológica”.
Entretanto, em determinadas condições de vida,
essa tendência evolutiva de redução na incidência
de agravos se modifica. Isso implica na necessidade
de uma mudança de olhar na UBS para as situações
de risco adquirido, que podem estar presentes em
qualquer idade.
RISCOS ADQUIRIDOS
Presença de um dos seguintes critérios, em qualquer idade:
• Desnutrição – abaixo do percentil 3 do
NCHS* para peso e altura
• Maus tratos
• Após a segunda internação
• Desemprego familiar e/ou perda absoluta
de fonte de renda
• Criança manifestamente indesejada
• Criança com 3 ou mais atendimentos e observação em pronto-socorro em um período de 3 meses
* National Center of Health Statistics, curva
padrão adotada pela OMS
PROMOÇÃO/ PREVENÇÃO DE SAÚDE
Em todo atendimento à criança, seja programático
ou eventual, é fundamental observar e avaliar:
1- O aspecto geral da criança e seu estado nu-
tricional;
2- A presença de sinais que sejam indícios de
violência contra a criança, como hemato-
mas, equimoses ou queimaduras e outros.
Reportar ao fl uxo de casos com suspeita de
violência;
3- As relações que estabelece com o respon-
sável/ cuidador (vínculo familiar) e com o
profi ssional;
4- As condições da alimentação (disponibili-
dade de alimentos/aceitação);
5- A situação da imunização: atualizar esque-
ma de vacinação;
6- A freqüência à creche /escola . Socialização
e atividades de lazer;
7- O seguimento em serviços de saúde.
COMPROMISSOS DA UBS : “O que não pode deixar de ser feito”
• Identifi cação e priorização do atendimento ao
RN de alto risco;
• Incentivo ao aleitamento materno;
• Verifi cação dos resultados do teste de triagem
neonatal;
• Aplicação e orientação sobre as vacinas do es-
quema básico;
• Atendimento seqüencial do processo de cres-
cimento, segundo cronograma proposto no
Caderno Temático da Criança;
• Orientações para uma alimentação saudável;
• Acompanhamento do desenvolvimento da
criança, com ênfase na observação das relações
familiares e estímulo a um ambiente que propi-
cie interações afetivas.
• Atendimento aos agravos à saúde.
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FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO PARA PUERICULTURA
(MENOR DE 2 ANOS DE IDADE)
Identifi car risco:*ao nascimento ou
adquirido
* Ver critérios de risco1 Ver protocolo de Enfermagem: Atenção à Saúde da Criança
Bebê de baixo risco
Bebê de alto risco
Identifi car queixas Identifi car queixas
Orientar vacinaçãoAleitamento
maternoVerifi car ganho de
pesoCuidados gerais
Seguir fl uxo da queixa específi ca
Consulta de Enfermagem1
Consulta médica
Agendar consulta de rotina de criança
baixo risco*
Agendar consulta de rotina de criança de
alto risco*
SimNão SimNão
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FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DE PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS AGUDOS
CRIANÇA MENOR DE 2 MESES DE IDADE
Queixa de coriza e/ou tosse e/ou obstrução nasal e/ou ronqueira e/ou
canseira no peito
Apresenta qualquer sinal
geral de perigo? Sinal geral de perigo• Não consegue beber líquidos ou mamar no peito ?• Vomita tudo que ingere ?• Teve convulsões nas últimas 72 h ?• Está sonolenta ou com difi culdade para despertar ?
Apresenta FR � ou tiragem subcostal
Febre ou hipotermia (T menor ou igual
a 35,5 °C
Consulta de Enfermagem Consulta
médica
SimNão
SimNão
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FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DE PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS AGUDOS
CRIANÇA MAIOR DE 2 MESES DE IDADE
Queixa de coriza e/ou tosse e/ou obstrução nasal e/ou dor de garganta e/ou ronqueira e/ou
canseira no peito
Apresenta qualquer sinal
geral de perigo?
Sinais gerais de perigo• Não consegue beber líquidos ou mamar no peito ?• Vomita tudo que ingere ?• Teve convulsões nas últimas 72 h?• Está sonolenta ou com difi culdade para despertar ?
Apresenta FR � ou tiragem subcostal ?
Consulta médica
Tem febre?
Tem dor ou secreção no
ouvido ? ou tosse há mais de 15
dias ?
Atendimento de enfermagem1
Febre menos ou igual a 5 dias
Tem dor ou secreção no ouvido ? ou tosse mais de 15
dias ?
Consulta de Enfermagem2
Febre mais de 5 dias
Consulta médica
1 Aux. Enf. ou enfermeira (o)- Orientações Gerais
2 Protocolo de Enfermagem atenção à Saúde da Criança
SimNão
SimNão
SimNão
SimNão
SimNão
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FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DE PROBLEMAS CHIADO NO PEITO
Respiração curta e/ou falta de ar e/ou chiado no peito
Criança menor de 2 meses ou 1º episódio em qualquer idade
Sinal geral de perigo• Não consegue beber líquidos ou mamar no peito ?• Vomita tudo que ingere ?• Teve convulsões nas últimas 72 horas ?• Está sonolenta ou com difi culdade para despertar ?
Apresenta sinal de perigo ?
Consulta médica
Tem febre?
FR normal e sem tiragem
Consulta de EnfermagemConsulta de
Enfermagem
Inalação com beta2 conforme receita
anterior
Não melhorou: FR ou mantém tiragem
Melhorado: FR normal e sem
tiragemDomicílio
Consulta médica
FR � ou com tiragem
subcostal
SimNão
SimNão
SimNão
17a
ASPECTOS IMPORTANTES NO ATENDIMENTO À CRIANÇA COM QUEIXAS RESPIRATÓRIAS AGUDAS
1. Identifi car a idade (menor ou maior de 2
meses) e seguir o fl uxo indicado.
2. Identifi car se a criança apresenta algum sinal
geral de perigo e seguir o fl uxo indicado.
3. Se não houver sinal geral de perigo,
perguntar:
Há quantos dias tem as queixas?
Tem febre ? Há quantos dias? Medida ou não ?
Quando não tem febre, a criança brinca e aceita
a alimentação ?
Tem dor de ouvido ?
Tem cansaço ou difi culdade para respirar?
Tem chiado no peito ?
4. Como avaliar o estado geral / atividade da
criança:
• Está ativa, brincando – sem gravidade
• Fica quietinha, caída, apenas durante a febre
– pode não ter gravidade
• Fica prostrada, gemente, sem querer brincar
mesmo sem febre – sinais de gravidade
5. PRESENÇA DE FEBRE (defi nida como T
maior ou igual a 37,5 º C)
• Se sim, há quantos dias: < 5 dias, criança em
bom estado geral, com tendência à melhora -
possivelmente sem gravidade
• Se febre há 5 dias ou mais, criança deve ser
vista pelo médico
ORIENTAÇÕES
• Tranqüilizar a mãe / família; orientar banho
morno; aumentar a oferta de líquidos e utilizar
vestimentas leves.
• O uso de antitérmicos pode ser recomendado
quando a temperatura for maior de 37,8º C
Paracetamol: 1 gota / Kg de peso / dose até 4
x /dia (intervalo mínimo de 4 horas entre as
doses)
Dipirona: meia gota / Kg de peso / dose até 4 x
/ dia, intervalo de 6 horas
(dose máxima por dia: 60 gotas até 6 anos, 120
gotas de 6 a 12 anos e 160 gotas para maiores
de 12 anos)
• Procurar a Unidade caso apareça qualquer
sinal de alerta.
6. DOR DE OUVIDO
Deve ser atendida pelo médico
7. VÔMITOS
Se sim, quantas vezes?
• Mais de 3 vezes em 2 horas – atendimento
com enfermeira ou médico
• Após a alimentação ou acesso de tosse – sem
gravidade
• Vômito em jato – deve ser atendida pelo
médico
8. CHIADO NO PEITO
• Se for o primeiro episódio de chiado no peito
– deve ser atendida pelo médico
• Se houver episódios repetidos de chiado no
peito (sibilância), deve ser avaliada em consulta
de enfermagem
17b
e verifi car a presença de tiragem sub-costal
• Se FR e / ou tiragem subcostal deve ser
atendida pela enfermeira ou médico
9. DIFICULDADE PARA RESPIRAR
– CANSAÇO NO PEITO
• Contar a freqüência respiratória em 1 minuto
Faixa etária “Respiração rápida” ou freqüência
respiratória aumentada
menores de 2 meses 60 ou mais respirações por minuto
de 2 a 11 meses 50 ou mais respirações por minuto
de 1 a menos de 5 anos 40 ou mais respirações por minuto
de 5 anos ou mais 30 ou mais respirações por minuto
10. TOSSE
• < 15 dias – Consulta de Enfermagem
• > 15 dias – Consulta médica
11. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA
QUEIXAS RESPIRATÓRIAS AGUDAS
• Decúbito elevado
• Dieta fracionada
• Aumentar a oferta de água, suco de frutas
ou chás para fl uidifi car a secreção e facilitar sua
remoção
• Lavagem nasal com soro fi siológico
• Nebulização / Inalação
NÃO DAR XAROPE OU ANTIBIÓTICO
ORIENTAR SINAIS DE PERIGO E O
RETORNO, CASO NÃO MELHORE APÓS
3 DIAS
12. SINAIS GERAIS DE PERIGO
• Piora do Estado Geral (letargia ou prostração)
• Aparecimento ou piora da febre
• Não consegue ingerir líquidos ou alimentos
• Presença de difi culdade para respirar
* Para as crianças com Sinais de Perigo, o
profi ssional (médico ou enfermeiro) deverá
providenciar as condições para que a criança seja
atendida imediatamente no hospital .
Estabelecer contato telefônico com o profi ssional
da referência e enviar a Ficha de Referência
explicitando o motivo do encaminhamento.
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FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DA DIARRÉIA
Verifi car se tem diarréia N°de evacuações, Duração dos episódiosAspecto das fezes
A criança está com diarréia há mais de 14 dias?
Atendimento de enfermagem
Menor de 2 meses de idade
Maior ou igual a 2 meses
Tem sangue nas fezes ?
Consulta de Enfermagem
Consulta médicaVerifi car estado de hidratação
Consulta médica
Sem desidratação
Desidratação
Desidratação grave
Atendimento de enfermagem1
Consulta de Enfermagem
Consulta médica
Plano B
Plano A
SimNão
SimNão
SimNão
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CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO
SEM DESIDRATAÇÃO
Criança ativa,Aceitando líquidosTurgor de pele normal
PANO A: TRATAR A DIARRÉIA EM CASA
1.Dar líquidos adicionais à vontade:
• Amamentar com maior freqüência• Dar soro de reidratação oral• Dar água, chás, caldos, água de arroz, • Quantidade de líquidos adicionais: Até 1 ano: 50 a 100 ml após cada evacuação diarréica 1 ano ou mais: 100 a 200 ml após cada evacuação diarréica
2.Continuar a alimentar com a dieta habitual
3.Retornar se apresentar sinais de perigo.
SINAIS DE PERIGO
• Piorar o Estado Geral• Não conseguir beber líquidos• Ficar sem urinar por mais de 6-8 horas• Se a diarréia persistir por mais de 5 dias• Aparecer sangue nas fezes
DESIDRATAÇÃO DOIS OU MAIS DESSES SINAIS
Criança irritada, inquietaOlhos fundosBebe avidamente com sedeTurgor de pele semipastoso (Sinal da prega: a pele volta lentamente ao estado anterior)
PLANO B: TRO NA UNIDADE
1. Quantidade de soro oral nas primeiras 4 horas
Demonstrar para a mãe como dar o soro Oferecer o soro em pequenos goles com colher Se vômitos, aguardar 10 min e continuar mais lentamente
2. Continuar a amamentar no peito3. Reavaliar o estado de hidratação após 4 horas4. Selecionar o plano adequado para continuar o tratamento
DESIDRATAÇÃO GRAVE – DOIS OU MAIS DESSES SINAISCriança letárgica ou inconscienteOlhos fundosNão aceita líquidos ou aceita muito malTurgor de pelo pastoso – Sinal da prega: a pele volta muito lentamente ao estado anterior
CONSULTA MÉDICA IMEDIATA
Peso Soro
< 6 200-400
6 - < 10 400-700
10 - < 12 700-900
12-19 900-1400
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ASPECTOS IMPORTANTES NA
AVALIAÇÃO DA CRIANÇA COM DIARRÉIA
1. Criança abaixo de dois meses deve sempre ser
avaliada pelo médico.
2. Quando não houver tempo sufi ciente para
acompanhar a TRO na unidade, pode-se
iniciar a TRO e terminar a hidratação em casa,
exceto nos seguintes casos:
Fatores de risco individual
- Criança menor de 2 meses
- Crianças menores de 1 ano com baixo peso ao
nascer
- Crianças com desnutrição moderada ou grave
Fatores de risco situacional
- Difi culdade de acesso ao hospital
- Mãe ou responsável pela criança com
difi culdade de compreensão
- Criança proveniente de microárea social de risco
Nesses casos, encaminhar para hidratação no
hospital.
3. Orientações para retornar à unidade de saúde,
se ocorrerem sinais de perigo
SINAIS DE PERIGO
• Piorar o Estado Geral
• Não conseguir beber líquidos
• Ficar sem urinar por mais de 6-8 horas
• Se a diarréia persistir por mais de 5 dias
• Aparecer sangue nas fezes
4. Indicações para encaminhamento para hospital
ENCAMINHAR PARA O HOSPITAL QUANDO:
• A criança não ganhar ou perder peso, após
as primeiras 2 horas de TRO
• Houver alterações do estado de consciência
(comatosa, letárgica)
• Vômitos persistentes (no mínimo 4 vezes
em 1 hora)
• Íleo paralítico (distensão abdominal)
5. Não se recomenda o uso de antiemético,
porque a criança fi ca sonolenta, o que difi culta a
aceitação do soro oral.
6. Não se deve utilizar antidiarréicos e
antibióticos para diarréia.
7. Orientações para os casos de diarréia
- Incentivar o aleitamento materno
- Orientar alimentos de fácil digestão, pastosos ou
líquidos
- Orientar higiene pessoal e dos alimentos
- Orientar utilizar água fi ltrada
- Orientar o destino adequado dos dejetos
- Orientar o uso da TRO no início dos sintomas
diarréicos
Esclarecer sobre a evolução da diarréia que pode
demorar até 14 dias.
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FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DE CONJUNTIVITE
Orientações Gerais
• Limpeza freqüente das secreções com água limpa e fria.• Fazer compressas com água limpa e fria, várias vezes ao dia• Lavar bem as mãos antes e após qualquer manipulação dos olhos• Não utilizar água boricada ou outros produtos nos olhos• Usar toalha separada
Queixa de secreção ocular
Secreção clara Secreção purulenta
Consulta de Enfermagem
Consulta médica
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FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DE FALTA DE APETITE
Orientações Gerais:
• Verifi car quem assume os cuidados e a alimentação da criança• Tentar identifi car eventos que possam diminuir a aceitação alimentar• Verifi car se a dieta é adequada para a idade• Verifi car se a criança substitui a refeição de sal por leite• Verifi car se a criança ingere guloseimas, salgadinhos, refrigerantes nos intervalos das refeições• Verifi car se a criança freqüenta a creche. Pedir relatório da aceitação alimentar.
Apresenta falta de apetite há menos de 1 semana
Consulta de Enfermagem
Bom estado geral
Orientações gerais
Consulta médica
Agendamento de consulta médica
Seguir fl uxo das queixas específi cas
Consulta médica
Febre e/ouPerda de peso e/ouQueda no estado geral
Apresenta outras queixas associadas?
SimNão
Sim Não
Sim Não
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FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DE DOR ABDOMINAL
Orientações para a dor abdominal:
• Observar evolução da dor: nº de episódios, desencadeantes, tendência evolutiva e dinâmica emocional / relações na família e na escola• Tranqüilizar e apoiar a família• Orientar massagem local• Verifi car hábito alimentar e hábito intestinal• Evitar uso de medicamentos
DOR ABDOMINAL
É o primeiro episódio ?
Início há menos de 7 dias e febre, ou Vômitos, queda no Estado geral
Atendimento de enfermagem
Agendar consulta médica
Consulta de Enfermagem
Consulta médica
Interfere nas atividades (falta à escola, deixa de brincar, fi ca pálida)
SimNão
SimNão
SimNão
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FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DE CEFALÉIA
Orientações para a cefaléia:
• Observar evolução da dor: nº de episódios, desencadeantes, tendência evolutiva e dinâmica emocional / relações na família e na escola.• Tranqüilizar e apoiar a família• Colocar a criança de repouso, em local tranqüilo, sem muita luminosidade.• Utilizar analgésicos só se a dor for intensa.
CEFALÉIA
É o primeiro episódio ?
Interferenas atividades (falta à
escola, deixa de brincar, fi capálida)
Início há menos de 3 dias e febre, ou Vômitos, Queda no Estado geral
Atendimento de enfermagem
Consulta de Enfermagem
Consulta médica
Agendar consulta médica
SimNão
SimNão Não Sim
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FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DE DOR EM MEMBROS
Orientações gerais para dor em membros:
• Observar evolução da dor: nº de episódios, desencadeantes, tendência evolutiva e dinâmica emocional / relações na família e na escola• Tranqüilizar e apoiar a família• Orientar massagem local• Evitar uso de medicamentos
DOR EM MEMBROS
É o primeiro episódio ?
Interferenas atividades (falta à
escola, deixa de brincar, fi ca pálida)
Início há menos de 7 dias e febre, ou difi culdade para andar, Queda no Estado geral
Atendimento de enfermagem
Consulta de Enfermagem
Consulta médica
Agendar consulta médica
Não Sim
Não Sim Não Sim
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FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DE QUEIXA DE FALTA DE GANHO DE PESO
Orientações Gerais:
• Verifi car quem assume os cuidados e a alimentação da criança• Tentar identifi car eventos que possam diminuir a aceitação alimentar• Verifi car se a dieta é adequada para a idade• Verifi car se a criança substitui a refeição de sal por leite• Verifi car se a criança ingere guloseimas, salgadinhos, refrigerantes em excesso• Verifi car se a criança freqüenta a creche. Pedir relatório da aceitação alimentar.
FALTA DE GANHO DE PESO
Verifi car duração da queixa
Mais de um mês Menos de um mês
Estado geral bomSem outras queixas
Queixas associadas
Orientações geraisOrientação alimentar
Consulta de Enfermagem Seguir fl uxo específi co
Queda no Estado geral
Bom Estado geral
Agendar consulta de enfermagem (rotina) Consulta médica
Não Sim
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FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DE VÔMITOS
VÔMITOS
Vomita tudo o que ingere ?
Tem tosse oudiarréia ou chiado no peito ou febre ?
Consulta médica
Consulta de Enfermagem
Seguir fl uxo das queixas específi cas
Não Sim
Não Sim
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FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DE REGURGITAÇÕES
Eliminação de alimentos sem náuseas ou esforço abdominal (Crianças menores de 12 meses)
REGURGITAÇÕES
Verifi car ganho de peso
Bom ganho de peso Sem ganho de peso
Orientações GeraisOrientações alimentaresOrientações posturais
Consulta de Enfermagem
Agendar consulta rotina
Orientações
Identifi car outras queixas
Agendar consultade enfermagem
Consulta médica
Não Sim
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FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DE FEBRE REFERIDA MENOR DE 3 ANOS
FEBRE
Verifi car idade
Menor de 2 meses Maior de 2 meses
Consulta médica
Apresenta qualquer sinal geral
de perigo? Ou T de 39º C ou mais
Apresenta sinal geral de perigo• Não consegue mamar nem ingerir líquidos?• Vomita tudo que ingere?• Apresentou convulsões nas últimas 72 h?• Está sonolenta e com difi culdade para despertar?
Se todas as respostas forem negativas
Se uma das respostas for positiva
Tem outra queixa ?
Consulta médica
Consulta médicaSeguir rotina de fl uxo da queixa referida
Não Sim
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FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DE FEBRE REFERIDA MAIOR DE 3 ANOS
FEBRE
Apresenta qualquer sinal geral de perigo
Apresenta sinal geral de perigo- Não consegue mamar nem ingerir líquidos ?- Vomita tudo que ingere ?- Apresentou convulsões nas últimas 72 h ?- Está sonolenta e com difi culdade para despertar ?
Se todas as respostas forem negativas Se qualquer resposta
for positiva
Tem outra queixa ?
Consulta médica
Bom estado geral e febre menos de 5 dias
Estado Geral comprometido ou febre mais de 5 dias
Seguir rotina de fl uxo da queixa referida
Consulta de Enfermagem Consulta médica
Identifi cado foco infeccioso?
Cuidados de Enfermagem Retorno em 24 horas Consulta médica
Não Sim
Não Sim
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Orientações gerais para febre
A temperatura corporal normal situa-se na faixa de 36 a 37 ºC
Febre: - É defi nida como temperatura do corpo acima da média normal, associada ou não a tremores, calafrios, rubor de pele, aumento da freqüência respiratória e cardíaca. Adotamos, aqui, a T axilar maior ou igual a 37,5ºC. Hipotermia: - É defi nida como temperatura corporal abaixo de 35,5º C, pele fria, palidez, calafrios, perfusão capilar diminuída, taquicardia, leito ungueal cianótico.
Calafrios: - Sensação de frio, contrações musculares quando a temperatura corporal cai abaixo do normal ou na fase de calafrios da febre.
Orientações
• Tranqüilizar a mãe / família• Banho morno.• Aumentar a oferta de líquidos.• Utilizar vestimentas leves.• O uso de antitérmicos pode ser recomendado quando a temperatura for maior de 37,8º CParacetamol: 1 gota / Kg de peso / dose até 4 x /dia (intervalo mínimo de 4 horas entre as doses)Dipirona: meia gota / Kg de peso / dose até 4 x / dia, intervalo de 6 horas(dose máxima por dia: 60 gotas até 6 anos, 120 gotas de 6 a 12 anos e 160 gotas para maiores de 12 anos)• Procurar a Unidade caso apareça qualquer sinal de alerta.
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GRISI, S. & ESCOBAR, AM. – Prática
Pediátrica. Rio de Janeiro, Atheneu, 2001.
MINISTÉRIO DA SAÙDE- Fundamentos
técnico-científi cos e orientações práticas
para o acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento. Brasília, 2002.
MINISTÉRIO DA SAÙDE- Agenda de
Compromissos para a Saúde Integral da Criança.
Brasília, 2004.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE &
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA de saúde
– Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na
Infância (AIDPI), 1999.
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE
SÃO PAULO. Caderno Temático da Criança, São
Paulo, 2003.
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE
SÃO PAULO. Atenção à Saúde da Criança.
Protocolo de Enfermagem (edição revisada). São
Paulo, 2003.
SUCUPIRA, ACSL et al- Pediatria em
Consultório. São Paulo, Sarvier, 2000.
RE
FE
RÊ
NC
IAS
BIB
LIO
GR
ÁF
ICA
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