redacÇÂrt, admlmstkacÁo e tyfographia 1 · 2020. 2. 11. · assignatura anno, 1s000 réis;...
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AssignaturaAnno, 1S000 réis; semestre, Soo réis. Pagamento adeantado. Na cobrança pelo correio, accresce o premio do vale.Avulso, no dia da publicação, 20 réis.
EDITOR— José Augusto Saloio
REDACÇÂr t , ADMLMSTKACÁO E TYFOGRAPHI A 1 Annuncios-l*iil>licaçõcs s ,
publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,
16— LARGO DA MISERICÓRDIA— i6 pA L D E O A L L K G A f i
20 réis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os auto- araphos não se restituem quer sejagraphos não se restituem quer sejam ou não publicados.
PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio
DOMINGO, 9 DE MARÇO DS 1903
SEM A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R A R IO E A G R ÍC O L A
EXPEDIENTE
Acceitam-se com gratidão quaesquer noticias que sejam «le iuteresse publico.
UMA HISTORIADO
OUTRO MUNDOE’ hoje que O Domingo
enceta a publicação do grande ROMANCE DE AVENTURAS, devido á penna de Joaquim dos Anjos, em que emprega todos os recursos do seu lucido pensamento e todos os primores do seu estylo.
Aconselhamos, pois, aos nossos estimáveis leitores, o extraordinario romance UMA HISTORIA DO OUTRO MUNDO.
VICTOR HUGO| Continuação do n.u 331
— Desde que estou aqui, disse elle, é a primeira vez que me visitam. Quem é o senhor ?
O bispo respondeu:— Chamo-me Bem vindo
Myriel.— Bem vindo Myriel, te
nho ouvido pronunciar esse nome. E’ o senhor a quem o povo chama monsenhor Bemvindo?
— Sou eu.O velho tornou, com um
meio sorriso:— Nesse caso, é o meu
bispo?— Um pouco.— Entre, senhor.O convencional estendeu
a mão ao bispo, mas elle não lhe tocou. Limitou-se a dizer:
—̂ Estou satisfeito por vêr que me enganaram. Não me parece doente.
— Senhor, respondeu o velho, vou curar-me.
Fez uma pausa e disse:— Morro daqui a tres
noras.Depois tornou:— Sou alguma coisa me
dico ; sei de que modo vem a ultima hora. Hontem só tinha os pés frios; hoje o
10 já chegou aos joelhos, agora sinto que sobe á cin
tura; quando chegar ao coração parou. O sol é tão bonito, não é ? mandei que me trouxessem cá para fora, para deitar uma ultima vista de olhos ás coisas. Pode falar commigo que não me fatiga. Faz bem em vir visitar um homem que vae morrer. E’ bom que este momento tenha testemunhas. A gente tem manias; eu antes queria chegar á madrugada. Mas sei que apenas posso durar tres horas. Será noite. Mas que importa! acabar é uma coisa simples. Não se precisa da manhã para isso. Deixal-o. Morrerei á luz das estrelias.
O velho voltou-se para o pastor e disse-lhe:
— Vae-te deitar. Perdeste a noite e deves estar cançado.
O rapazito entrou na cabana.
O velho seguiu-o com os olhos e accrescentou, como se falasse comsigo:
— Emquanto elle dormir morrerei eu. Os dois som- nos podem fazer boa visi- nhanca.»
O bispo não estava tão com movido como parece que deveria estar. Não julgava sentir Deus naquelle modo de morrer; digamos tudo, porque as pequenas contradições dos grandes corações devem ser indicadas como o resto: elle que, em qualquer occasião, ria tanto de Sua Grandeza, estava um pouco offendido por não ser tratado por monsenhor e tinha quasi vontade de replicar: «cidadão». Veiu-lhe uma vellei- dade de familiaridade rabugenta, muito commum nos médicos e nos padres, mas que não era habitual nelle. Aquelle homem, no fim de contas, aquelle convencional, aquelle representante do povo, fôra um poderoso da terra; pela primeira vez na sua vida, talvez, o bispo sentia-se com humor de severidade.
O convencional comtudo olhava para elle com uma cordealidade modesta, onde se poderia talvez distinguir a humildade que sen
timos quando estamos quasi a ser feitos em pó.
Pela sua parte, o bispo, embora se abstivesse ordinariamente da curiosidade, a qual, conforme elle dizia, era contigua á offensa, não podia deixar de examinar o convencional com uma attenção que, não tendo origem de sympathia, lhe seria certamente censurada pela consciência para com outro homem. Um convencional parecia-lhe um pouco estar fóra da lei, até mesmo da lei da caridade.
O velho, sereno, com o busto quasi direito, a voz vibrante, era um desses grandes octogenários que assombram o physiologis- ta. A Revolução teve muito desses homens proporcionados á epocha. Via-se que aquelle velho estava á prova de tudo. Tão perto do fim, conservára todos os gestos da saude. O olhar claro, a voz firme, o robusto movimento dos hom- bros, impunha-se á morte. Azraél, o anjo mahometa- no do sepulchro, havia de retroceder julgando ter-se enganado na porta.
G. parecia morrer porque queria. Na sua agonia havia liberdade. Só as pernas estavam immoveis. Era por onde as trevas o seguravam. Os pés estavam mortos e frios, e a cabeça tinha toda a pujança da vida e parecia estar em plena luz. Naquelle grave momento, o velho parecia-se com aquelle rei do conto oriental, metade homem e metade mármore.
Estava alli uma pedra. O bispo sentou-se. O exordio foi ex-abrupto.
— Felicito-o, disse o bispo em tom de reprehen- são. Não votou sempre a morte do rei.
O convencional pareceu não reparar no subentendido amargo occulto naquel- la palavra: sempre. Respondeu, tendo-lhe desap- parecido o sorriso da face:
— Não me felicite muito, senhor, eu votei o fim do tyranno.
Era o tom austero em presença da accusação severa.
— Que quer dizer? tornou o bispo.
— Quero dizer que o homem tem um tyranno, a ignorancia. Votei o fim desse tyranno. Esse tyranno gerou a realeza que é a auctoridade tomada num principio falso, emquanto a sciencia é a auctoridade tomada na verdade. O homem não deve sei' governado senão pela sciencia.
— E pela consciência accrescentou o bispo.
— E’ a mesma coisa. A consciência é a quantidade de sciencia innata que temos em nós.
Monsenhor Bemvindo ouvia, um pouco admirado, esta linguagem muito nova para elle.
O convencional prose- guiu:
— Quanto a Luiz XVI, disse que não. Não me julgo com direito de matar um homem, mas sinto-me com o dever de exterminar o mal. Votei o fim do tyranno, isto é, o fim da prostituição para a mulher, o fim da escravidão para o homem, o fim da noite para a creança. Votando a republica, votei isto. Votei a fraternidade, a concor- dia, a aurora. Ajudei a quéda dos preconceitos e dos erros. Os desabamentos dos erros e dos preconceitos fazem a luz. Nós fizemos cahir o mundo velho^ o mundo velho, raso das misérias, entornando- se sobre o genero humano tornou-se numa urna de alegria.
— Alegria confusa, disse o bispo.
— Póde dizer: alegria perturbarda, e hoje, depois desse fatal regresso do passado, que se chama 1814, alegria desappareci- da. Ah! concordo que a obra foi incompleta; demolimos o antigo regimen nos factos, mas não pudemos supprimil-o inteiramente nas idéas. Não basta destruir os abusos; é preciso modificar os costumes. O moinho já não existe, mas o vento ainda lá está.
— Os senhores demoliram. Demolir pode ser util mas desconfio muito de
uma demolição complicada com a colera.
— O direito tem a sua colera, senhor bispo, e a colera do direito é um elemento do progresso. Digam o que quizerem, a Revolução franceza é o passo mais poderoso que o genero humano tem dado depois da vinda de Christo. Incompleta póde ser; mas sublime. Desembaraçou todos os desconhecidos so- ciacs. Abrandou os espiritos; acalmou, pacificou, il- luminou, fez correr na terra ondas de civilisação. Foi boa. A revolução franceza é a sagração da humanidade.
O bispo não poude deixar de murmurar!
— Sim? 93!O convencional endirei
tou-se na cadeira com uma gravidade quasi lugubre e, tanto quanto pode fa- zelo um moribundo, exclamou:
— Ah! Lá estamos nós. g3. Já esperava essa palavra. Formou-se uma nuvem durante quinhentos annos. Ao fim de quinze séculos estalou. Processam o trovão.
O bispo sentiu, talvez sem o confessar, que ficá- ra devéras impressionado. Comtudo mostrou firmeza e respondeu:
— O juiz fala em nome da justiça; o padre fala em nome da piedade, que não é outra coisa senão uma justiça mais elevada. Um trovão não deve enganar- se.
E accrescentou, olhando fixamente para o convencional :
— Luiz X VII?O convencional estendeu
a mão e pegou no braço do bispo.
— Luiz X V II! vejamos. Por quem chora? é pela creança innocente? então choro comsigo. E’ pela creança real? peço para reflectir. Paramim o irmão de Cartouche, creança innocente, pendurado por debaixo dos braços na praça da Gréve, até lhe sobrevir a morte, só pelo crime de ter sido irmão de Cartouche, não é menos dolo-
O D O M I N G O
roso que o neto de Luiz 'XV, creança tambem in- nocente, martyrisado na torre do Templo só pelo crime de ter sido neto de Luiz XV.
— Senhor, disse o bispo, nao gosto dessa appoxi- mação de nomes.
— Cartouche ? Luiz XV ? por qual dos dois reclama?
Houve um momento de silencio. O bispo estava quasi arrependido de ter vindo e comtudo sentia-se vaga e extranhamente abalado.
O convencional continuou :
— Ah! o senhor padre' não gosta das cruezas da, verdade. P ois Christo apreciava-as. Pegava numa vara e sacudia o templo. O seu chicote cheio de relampa- gos era um aspero falador da verdade. Quando elle exclamava: Sinile párvulos . .. não distinguia entre as creanças. Não se importaria de approximar o filho de Barrabás do filho de, Herodes. A innocencia tem a sua corôa especial, senhor. Não precisa de ser alteza. E’ tão augusta esfarrapada como vestida de flores de liz.
— E’ verdade, disse o bispo em voz baixa.
— Insisto, continuou o convencional. Falou em Luiz XVII. Entendamo-nos. Choremos por todos os innocentes, por todos os; martyres, por todas as creanças, tanto pelos hu-
de silencio. Foi o convencional quem o rompeu. Le- vantou-se sobre um coto- vêlo, tomou entre o polle- gar e o indicador uma das faces, como se faz machi- nalmente quando se interroga um réu, e interpellou o bispo com um olhar cheio de todas as energias da agonia. Foi quasi uma explosão.
(Continua)
Queixam-se-nos desta villa que a falta dê pão tem sido bastante grande, chegando o poVò a vir 'fOrne- cer-sé de pão a Aldegallega. Na-segunda-feira e terça quem queria cinco pães levava por favor um ou dois, e isto devido aos padeiros daquella terra não estarem para, sustentar gratuitamente casas de família, que só pensam em comer e não pagar.
UMA HISTORIA no
OUTP lilP OE’ hoje que 0 Domingo
enceta a publicacão cio grande ROMANCE DE AVEN FURAS, devido á penna de Joaquim dos Anjos, em que emprega todos os recursos, do seu lúcido pensamento e todos ós primores do seu estylo.
Aconselhamos, pois, aos nossos estimáveis leitores,
HISTORIA DO OUTRO MUNDO.
mildes como pelos eleva- lG extraordinari dos? Concordo com isso Mas então, já lho disse, é preciso irmos antes de g3, e começarmos as nossas lagrimas antes de Luiz XVII.Chorarei comsigo pelos filhos dos reis, se o senhor chorar commigo pelos filhos do povo.
— Choro por todos, disse o bispo.
— Egualmente! exclamou o convencional, e se a balança tem de inclinar-se, que seja para o lado do povo. Ha muito mais tempo que elle soffre.
Houve outro momento
ío romance
G Q F R B B B P E lO - jLJvS
DOIS AMORESTrazendo a velha mendiga A neta vem docemente.E ’ tão linda a rapariga,Com seu sorriso innocenle!
E ' a ardente creancice Que ampara o gélido inverno ... Unia celeste meiguice
- E um santo affecto materno.
Nãg ha nenhun transeunte Que, ao vêr o grupo loução,
■ A si proprio não pergunte,Com profunda commoção,
Se a menina, çoa belle^a Do seu cabello clouradò,Não será linda prince~a Jj'algum casteilo encantado..,
Andrajos mesmo trc E tac) bonita a pequena!Exhàla o perfume brando Da mais formosa açucena.
E quefrisante contraste ■Nos mostra o grupo attrahente! Uma o botão sô na haste,Linda, feliz, innocente ...
A outra, rosa pendida Que o vento já desfolhou.No livro immenso da vida Quantas desditas marcou!
Dae uma esmola d mendiga Que dalma perdeu a esperança. Não tem no mundo outra amiga Senão a linda creança.
Dae o consolo bemdito A triste rapariguinha Que, com carinho infinito, Ampara a pobre velhinha!
JOAQUIM DOS ANJOS.
Chegou hontem a ésta villa uma companheira de um dos gatunos' do roubo de João Soares Vcspeira, vinda da cidade do Porto, onde foi presa.
Da administração d este concelho, teem sahido mais de 200 circulares com os retratos dos gatunos que roubaram João Soares Ves- peira, de Sarilhos Grandes.
PENSAMENTOS
A NE C D O T A S
N 'um tribunal:Juiz— O réo vae ser condemnado; e ahi tem você o
resultado de andar com más companhias.Réo(í—Lá isso e verdade; desde que me conheço não
lenho convivido senão com policias,, escrivães e juizes.
0 mundo, que passa pelo mais mudável dos íkealros) representa sempre as mesmas peças, variando o scenario e renovando os actores.— G. M. Valtour.
>— Ao. inverso da formiga, o homem é excitado ao. desperdicio do presente pela falta de segurança do futuro.— G. M: Valtour.
lâcgíBiíasiaesaííi! ?aes*;’iS «los *e5-Y li*ofc « le f t a m l c c S l e s s e f i c c a i e i a BBes5 í5 it'a .
A Bibliolheca,Popular de Legislação, com séde na Rua de S. Mamede, i i i ,ao Largõdo Cáldas,Lisboa, acaba de editar este novo Regulamento, sendo o seu custo’ 3òó réis,' 'franco de
Queixou-se na administração, deste concelho, no dia 4 cio corrente, Genaro SòaresÇ expiosto da Sãnta Çasa da Misericórdia de Lisboa; morador na Cilha do Pé de Boi, concelho de AÍcc5chété, de qué no dia 2 do corrente, pelas 6 hdfôs da tarde, na estrada que conduz de Aldegallega á Atalaya, proximo da Fabrica do Tijolo, foi cobardemente' aggredido ‘por, José Gomes, morador no referido logar cíAtalaya e por Manuel Augusto morador ná estrada da Atalaya, com pauladas por José Gomes, e com uma facada no braço direito por Manuel Augusto. Foram-lhe feitos os curativos na pharmacia Gi- raldes.
José Maria Pinto, natural e morador nesta villa; queixou-se na! administração d’este concelho, de que no dia 3 do corrente, pelas6 horas-âa tarde, no logar da Atalaya, fòra aggredido com pauladas e soe cos por João Cabaço e sua mulher Maria Amieira, residentes no referido logar cíAtalaya. A aggressão não. resultou contusão nem ferimento algum.
3Sl,aiv«â*z No logar da' Atalaya,
freguezia do Espirito Santo deste concelho, houve conhecimento no dia 21 de fevereiro, de que tres: menores de nome Maria de Jesus, de 11 annos de idade filha da viuva Eufemia de Jesus, Clotilde Maria, de 6 annos, filha de João Baptis-
FOLHETIM
Traduccâo de J. DOS ANJOS
UMA HISTORIAD O
O U T R O _ID N tôRomance de aventuras
1A jisasliíia asíãí»
O João Pioux e Miirio Mazuclard tiveram deante do -conselho de guerra uma entradà sensacional..
O João Pioux tinha a profissão de hercúlcs, logo se via ; não porque fos- s j . como a maior parte dos seus col- lçgas, uma massa informe de museu
los e de carne, mas porque tinha a :força impressa em todos os seus movimentos.
No balanço • regular dos hombros largosi,: pçlo- rythmo do andar, pelas aspirações lentas do vasto peito, sentia se uma machina a miravelmente equilibrada. Pôr costume; éncóstava o punho esquerdo' sobre o qu dril, e o braço form davet parecia, debaixo da manga, um íriólho de'cordas de nós.
Mas apesar da attitude e dos modos, náo tinha o ar de uin selvagem. Para vêr'isso basta/a olhar-lhe para los:olhos serenos e para o,rosto plau- !do. Parecia uma cahe :a de creança :mlfi.to meiga,.sustentada pojj um pescoço de touro e emmokiuiaj.ia n ‘umn juba de le io p eto.
O Mario difteria em tudo do João. Entrou quasi a deslocar-se e fazendo
.contorsões. Parecia definhado e ape nas era magro; encarquilhava-se para parecer pequeno. Tomava modos de andar disformes e podia fnzer-se pasmar por aleijado. Na realidade, era
^mu:to alto. delgado e secco. leve co mo .uma enguia e astuto como um
.macaco.Tinha tudb o que è preciso para
ser. feio e h?o,'kJ:'efa. Cs oVhòs :ama- re llo ; abriam se tão grandes, tão claros, t'o vivos, tão; profundos ás,ve zes, tão intelligente ; sempre, que se •esquecia a forni; dr larnpa.la vendo r. a luz q -e : rtfiiv-hí dentro.
Entláiam -dando a- mão um ao outro. O João levantou ura .murmurio-
ide a-iroira;ão e, o jUarip uma t-flígn- jlhrcjá.
i'o m n o u sempre- ò riso durante a' mtc-rrogrtorlo, ao qual só o Mario respondeu, ao passo que o João se
contentava em appròvar cada palavra do seu anrgo com um g_çsto' energi- eol - ' •’
Quando o presidente perguntou o nome, a edade e a profissão, levantaram se ambos e ouviurse a \ o 7, do Mario soar como se fos;e uma matra- cáí Emquanto os labios avançávani e ret ravam ’ em todos òs sentidos, ó únrv/. lhe tremia, a fo n te e as faces se franz am como a agua quando- o vento a encrespa, pronunciou em-voz
ímuito aita.e sem djscançar: .• João Pioux, por alcunha o Ho
mem -'Iouro. Mario Mazuclard. por alcunha o Gafanhoto, trinta è quaren' tf.,- «banquistas» ír |.
Só lhe. tinham visto as caretas e
— (1: «Banqulste», pelótiquineiro. saltimbanco.- «Trinta e quarenta», jo-’ o francez. N. do T .
nao tinham coónpr ehendido nada. Fa- lava èm toflro, ém gafanhoto, em trinta e quarenta, em b; n ía ; o que qeria dizer aqtiillo?
- “ Repita, disse o presidente.Elle repeliu, sempre a mesma coi
sa. Cada vez se riram mais e náo com- phehenderam nada também'.
— Explique-sé-i tornou o corònèl, que não se atrevera a óssociar-5e á risota geral-,
-— Digo que o meu amigo se chama João Piou e que lhe puzeram a alcunha de I lomém-Touro por ser muito forte. Digo quê me chamo Mario Mazuclard, poi'.'alc riba" b Gafanhoto, porq.ue tenho;as pernas-como flautas. Digo que ejle tem trinta annos e que eu tenho quarenta. Digo finalmente que. somoá «banquistas». Não confundam com banqueiros, por fav r!
i Continua.;
ta C a b a ç o e dê Maria Amjcira e M a r ia a o s cantos,: de 7 a n n o s , ’ í i ih a de Manuel P e rfe ito e de Ro-sa- dos Santos, todos moradores no referido logar da A ta la y a , foram estupradas e se acham atacadas de syphiles que lhes. fóra também communicada pelo mesmo auctor do estupro, e que até á data as auctoridades' ainda não póderam descobrir e ss a fera tão r e pugnante.
Esta malvadez, segundo contam as innocentesinhas, foi feita na casa da fazenda de José Maria Pinto,sobre quem já recahiram fundas suspeitas, chegando "as famílias a esperal-o para o matarem, e se se salvou, foi devido á presença da menor.de 11 annos no acto do conflicto, dizer que não era aquelle o homem.
No dia cinco do corrente, por desconfiança, prenderam um indivíduo que .tambem trabalhou na dita fazenda, sendo posto em liberdade no dia immediato por íiáda se provar.
As creanças dizem ter sido um homem baixo e de barbas
Estão to d a s em t r a t a mento no h o s p it a l d o Des: terro, em Lisboa.
Lembramos ás auctori- d a d e s que sujeitem a um e x a m e medico os indivíd u o s sobre quem caheam suspeitas.
Sentimos bastante se o auctor de tão barbaro crime fica impune.
uinho, a ex.ma Angélica G o^
n
Asstlga SSereearl do P®¥®
uma vez este estabelecimento, augmenta a venda, por se achar devidamente fornecido de todos os generos* attinentes a m e rc e a ria , salchicharia, tab a c a ria , vassoureiro, cord o a ria , etc., etc. Recom- mendamos aos nossos estimáveis leitores a excellen- te manteiga de vacca na-■ • o
cional e o café deste estabelecimento, que, tendo agora novo proprietário, este promette não faltar alli com generos de especie alguma.
' Rua do Caes, antigo estabelecimento de João da Loja.
Vidé, o annuncio na q.a p a g in a .
A sãs» 1 v e v s a a* I os
Passa amanhã mais um anniversario natalício o mé- ™no Josç, íiihp do nosso
v)rn amigo José Narcizo ^odinho.,
1 ambém depois de aiTíanha,Ai mae d’esíe nosso arnigo Jo.-c Rárcizo Go-
nna cunno, passa
v e rsa rio ■ liatá-
â /Hr? 8í i \ U s i'tl
m í •(fi
mais. um ahr licio.
Na próxima quarta-íeira passa rnajs um anniversario natalício a ex.m sr.a D. Joaquina da Piedade Silva Cavique, residente em Porto de ÍVloz.
Enviamos-lhes as ■ nossas nlicitacoes.
iilT T E R A T O B ÁBa*© piaafet «le W ci
(Continuação]
A lua começava a nascer; o seu. ciarão..yacillan te, penetrando por uma das portinholas, allumiava aquelle rosto encantador, e como amortecido; elle não se atrevia a desper- tal-a, e com tudo só estava a duas leguas de Weiraar! só havia poucas horas que viajava com ella! e enternecia-se quando a contemplava; estremecia e chorava. . Ella ia-a uma pequena cidade distante d alli trinta leguas;.e já elle formava 0 plano de a seguir logo que tivesse abraçado a sua familia. Como podia elle resolver a não tornar a. ver aquella mulher tão bella? elle a seguiria... Durante o seu somno julgou vêr duas lagrimas que lhe corriam ao longo do rosto. Tomou animo, pegou-lhe em uma das mãos, que tremia; depois com muita precaução tirou-lhe do dedo um annel de ouro; ella agitou-se, mas não acordou ... ao menos não abriu os olhos. Então, fóra de si, introduziu-lhe no dedo, que ainda segurava/um 'annel simples e quasi similhante ao que lhe roubava, ou que elia lhe dava por meio de aquelle somno prolongado e cúmplice.
— Nossas almas se casaram, disse o allemão inclinando-se para ella.
Sentiu um estremecimento, e um leve suspiro escapar-lhe do peito; más a carruagem já rodava com estrondo sobre as calçadas de Wéimar.
A carruagem demorava- se algumas horas 11a estalagem da cidade. As duas vi aj antes Ih e di sse ram adeus
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©escoaIpc-&©# saaa ex.® se ©fíesEíleasios a seáa e©~ aafeeeída ’’ na»dèsíía,' assas eàsos *d’èstés' eíS® pedeite- ficar e ® es4gweetÊ2sesst©.
Falías*iaíia©s a asaaa dever gpfeaídt©s© síã© agasade- eeaad® íaaiabem a© eissa." ss*. «Ia*. ®S®ttBa*a «|ise pa*©ES8- ptameafite se pi*est©sa a eaaaaa e©aafes*esaeia c©ssa © seaa e©llega, ®x e b s .° s ?s. <Ia% Ceaar Veasísara í*eas83ai“ eiand® a qasalffjsser r e - íaaaaaseraçã®.
I te s ia aga*ade0ei* a© «iisíSaEeí© e digas© pfeas*- gjiaaeesaíie© © sa*. Aaat.©si© E®Esrsi’âe Masjeli*a a ulcíli- e a ç ã ® e l s s í e a * e s s e ? p s e s s o s s a s o s t a 0© ^ s k s r a m É e © p e -
rlbd® da d®eaaça.Aldegallega, 8—3 — 902.
Mcmuel Maria Soares Franco.
A N N U N O I O
DE ALDEGALLEGA RI BATEJ O
(f." ^Ealílieaeã©)
Pelo Juizo de - Direito da comarca de Aldeia-Gal- lega do Ribatejo, e carto- rio do escrivão Silva Ccje- Iho, correm edrtos de 35 dias, citando os executados Constancia Gomes
e subiram para um quarto,] Patego e marido Antonio uma contínua commoção Pereira Broxante, •— Emi- se manifestava no olhar da lia Gomes Patego, soltei- mulher. mais nova. ra, maior, — Joaquim Gò-
O pintor poz-se á janella J mes Patego e mulher Rodo seu quarto que deitava; sa Maria Formiga, todos sobre o pateo da entrada,ausentes em parte incerta, decidido a partir e seguir I para dentro do praso de o ente a quem se tinha® dez dias, depois d2 findo o unido por um casamento j dos editos, a contar da pu- mistico. Por mais que os.j bíicação do ultimo annun- homev.sfaçam, pensava elle- 'cio no «Diário do Gover- cxtslem relações entre mfelino», pagarem ao exequen-r - • | .. - ' r ‘ ̂ ,e as nossas ai mas esta$\ca-\ tc Antonio í-aetano da sadas! -'Continua Silva Oliveira, casado, prc>-
-:-y..r-.-.'KO'NÒ TO
Jí! l !E y j|;bij4r
A t) 9 JS lil®
; J C - ? V r : •> $ t t / i ' i
No dia c;-de márçò, pelo .meio, dia, na adega da ca- Ba onde, fàlleceràm Rosa da C r’uz- e marido Manuel .dos Santos Mãnrateá,| no 5
_ siàêÃdk.' EkpinhosV deJSa-eriptura ,d'e 26 de janeiro. ,G!':tn>Íes’ 110 inven
tario orphapplogico. a que ,se proçpde por obi.t.o cíqs mesmos, se ha de vender e.iuTematar em. hasta publica, çv qqerp^niaior lanço olfei^ecer. i.6:38o- litros de vinho, que se ãçham,denrs trq. dos...̂ onejs num^ros 1 a
prietario; mçrador na villa de Aldegallega, a quantia de 3 i 5s/õ,qp reis,, d;e capital. juros vencidos e que se vencerem até real embolso, custas, s-llos e demais despezas, a que1 tudo .0 falieçido seu píje/e sp- gro João Gomes Pategô, viuvo, morador que foi 110 sitio da i\>nte dos Gaval- los, íregiiezia de Sarilhos Grandes, se obrigou para com o exequente, por es-
de 19Õ1, com o juro an- nual de 5 sob pena cie findo' o: decendio,'.'se pro-- ceder á penhora nos prédios hypòthecadós na referida escripíura, e bem assim falarem e assistirem a iodos ós termo» até íinàl do respectivo processo, de
.execução, sob pena deje- velia.
Aldegallega do Ribatejo, 28 de fevereiro de 1902.
0 E S C R 1V Á 0
Antonio' Augusto da SilvaCjCoelho.
Verifiquei a exactidão.
O JUIZ D E D IR E IT O
N. Souto.
MODISTA
Especialidade em corte e execução dè Vestidos, Casacos e Capas, para senhoras e meninas. Dá licções de corte. — Rua de José Maria dos Santos, n.° 1 1 5 , .
DO P O V OPára aprender a ler
por
s MD, ■ TRINDADE COELHOv..- coni desenhos dé
Raphael Bordallo Pinheiro
§ © paginas luxuosamente illustradas
A V U LS O 5 0 RS.P E L O C O R R E IO 6 0
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A- veaala essa todas as 11- vraa*3as «1© pais, Illaas e aa9ía'asnaa*, e asa easa edfá©asaLIVRARIA AILLAUD
Rua do Ouro, 242. 1.0 — LISB O A Acceitam-se correspondentes em to
da a parte.
M A P P A S D E P O R T U G A L
Ha para vender mappas de Portugal, não coloridos, ao preço de 60 réis cada um.
Ha para vender collec- ções de jornaes, taes como: Século, Pimpão, Parodia, SÚppleménto ao Seculò, è i outros; assim conio livrosj antigos de diversos idio-1 mas.
Nesta redaccão se trata.:
7 e. 12, que estão na referida adega, entrando em práçà pór‘LÓnel,' e peto. preço da ávaíi.acãp, que é riá- rásão de 27 réis çadà litro. Pelo jpresenté< são Citados os crédprés incertos para assistirérh' á dita arrematação.. .' is «’ l i I. ’ *: " í 0 \ v r
Aldeia Gallega do Ribatejo, 27 de fevereiro de 1902.
O E S C R IV Á O
Antonio Augusto da Silva Coelho.
Ver itquffi a exactidão.
O JUIZ D E D IR E IT O
N. Souto.
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O D.OMINGO
ANTIGA MERCEARIA DO POVODE
A N T O N I O C H R I S T I A N O S A L O I O]V estc e sta b e lec im e n to encoB Íra-sc á venda p e lo s p reço s m ais c o n v i
d a tiv o s , « m i variado s o r ilm e n to de g en ero s p rop rsos do sess píusío de coiií- ui e rei o. o fie rcccn d o p or is s o as m a io res'g a ra n tia s aos sees§ esíâsnaveis fre~ g u ezcs e ao r e sp e itá v e l p u b lico .
RUA. D O C A E S — ALDEGALLEGA DO RIBATEJOiO COIMIMO POYOALDEGALLEGA DO RIBATEJO
Grande estabelecimento de fazendas por preços limitadíssimos, pois que vende todos os seus artigos pelos preços das principaes casas de Lisboa, e alguns
AINDA MAIS BARATOSGrande collecção dartigos de Retroseiro.Bom sortimento d artigos de F A N Q U E IR O .Setins prelos e de côr para fórros de fatos para homem, assim como todos os
accessorios para os mesmos.Esta casa abriu uma SECCÃO ESPECIAL que minto util é aos habitantes
desta villa, e ^ e e a f O M P R Â ÉM L IS B O A de todos e quaesquer artigos ainda mesmo os que não são do seu ramo de negocio; garantindo o selo na escolha, e preço porque vendem a retalho as primeiras casas da capital.
B O A C O L L E C Ç Ã O de meias pretas para senhora e piuguinhas para crean- ças de todas as edades.
A CO R PRETA D’ESTE ARTIG O É GARANTIDA A divisa desta casa é GANHAR POUCO PARA VENDER MUITO.
JOAO BENTO k NUNES BE CARVALHO88, R. DIREITA, 9 0 - 2 , R. DO CONDE, 2
D E P O S I T ODE
VINHOS, VINAGRES E AGUARDENTES E FABRIC-A. d b l i c o r e s
G R A N D E D E P O S I T O B i A C R E D I T A D A F A B R I C A D EJANSEN & c / — L IS B O A
DE
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CERVEJAS, GAZOZAS, PIROLITOSVENDIDOS PELO PREÇO DA FABRICA
LUCAS & C.A — —L A R G O D A C A L D E IR A — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO
V in h osVinho tinto de pasto de i . a, litro
» » » » » 2.a, »» branco » » i.a, »» verde, tin to ... . » »» abafado, branco » »» de ColJares, tinto » garrafa» Carcavellos br.Cu » »» de Palm ella.. . . '> »» do Porto, superior »» da M adeira......... »
V in agresVinagre t nto de i.«, litro............
» » » 2.a, » .......
5o rs. | Alcool 40o.Agasarslentes
................litro40 » 70 »
100 » i 5o » 160 » 240 » 240 » 400 » 5oo »
| Aguardente de prova 3o°.8'nÍa..............de bagaco 20o
20o
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figo
» 1 .aB 2.3
18̂ .»20°. »18 >. »
» branco » i.»» » » 2.a, »
L icoresLico r de ginja de i.« litro..
» » Evora
€.’anna Sgranca| Parati..................................... litro| Gabo Verde........................... a
60 rs. | Cognac.............................garrafa5o » | ........................................ »80 » 1 Genebra....................................... »60 » §
3ao rs. 320 » 240 » 160 » i 5o » 140 » 120 » 140 »
700 rs. 600 »
I$200 »iS-:ioo » 36o »
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»» » aniz »» » canella..................» » rosa.....................» » hortelã pimenta .
G ranito ..........Com a garrafa mais 60 réis.
200 » 180 » 180 » 180 » 1S0 » 280 »
| CERYEJAS, GAZOZAS E PIROLITOS~ Posto em casa do consumidor| Cerveja de Mi.rço, duzia......... 480 rs.| » Pilcener, » ......... 720 »| » da pipa, meio b a rr il. y5o »I Gazozas, d uzia.......................... 420 »! Pirolitos, caixa, 24 garrafas... 36o »
C apilé, l i ír o 8 § © re is , cons garrafa 3 4 0 r é isLi M A IS B E B ID A S D E D IF F E R E N T E S Q U A L ID A D E S
P A R A R E V E N D E RV E N D A S A D I N HE I R O
PEDIDOS A LUCAS & C,A — ALDEGALLEGA
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SALCHICHARIA MERCANTILDE
JOAQUIM PEDRO JESUS RELOGIO---
Carne de porco, azeite de Castello Branco e mais qualidades, petroleo, sabão, cereaes e legumes.
Todos estes generos são de primeira qualidade e vendidos por preços excessivamente baratos.
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ALDEGALLEGAJOSE III 11(1
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CORREEIRO E SELLEIRO 18, RUA DO FORNO, 18
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Encarrega-se de todos os trabalhos typographicos.16, LARG O DA M IS E R IC Ó R D IA , 16
COMPANHIA FABRIL SINGEIÍP o r 5 00 réis semanaes se adquirem as cele
bres machinas SINGER para coser.Pedidos a AURÉLIO JO ÃO DA CRUZ, cobrador
da casa a b c o c k sfc C.a e concessionário em Portugal para a venda das ditas machinas.
Envia catalogos a quem os desejar, 70, rua do Rato, 70 — Alcochete.
N O V ã S A L C H 1 C H & R I AD E
ANTONIO JOAQUIM RELOGIO
O p ro p r ie tá r io d’e s íe e sta b c lee iin en ío prom ette te r sem p re fr e sc o s , e de p r im e ira q u a lid ad e todos os g en ero s «pse d izem r e sp e ito a sa le lilc lia r ia .
PREÇOS AO ALCANCE DE TODOSíL A R G O D A E G R E J A — A L D E G A L L E G A
MERCEARIA ALDEGALLENSED E
Jo sé A n to n io N u n es> C K K . ) o
Neste estabelecimento encontra-se d venda pelos preços mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos proprios do seu ramo de commerc:o, podendo por isso offerecer as maiores garantias aos seus estimáveis fregueses e ao respeitável publico em geral.
Visite pois o publico esta casa.
19-LAEGO ID.A. EG-UEJ-A.— I9-a
A ldegallega do lti3>atejo
H A V A N E Z A D A PRAÇA12:0003000 DE RÉIS
io.a loteria do anno em 14 de março de 1902
Encontra-se, dos principaes cambistas, n’esta casa grande sortimento de bilhetes, meios bilhetes, quartos de bilhete, décimos, vigésimos e cautellas de todos os preços.
lis ta casa é a m ais fe liz no g en ero !
JOÃO ANTONIO KIBEIROPRACA SERPA PINTO — ALDEGALLEGA