redes sociais na educação: reforçando a sociedade de controle ou promovendo a inteligência...
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KM Insights11º Congresso Brasileiro de Gestão do Conhecimento
Dalton [email protected]
23/Agosto/2012
Redes sociais na educação:
Reforçando a sociedade de controleou promovendo a inteligência coletiva?
Questões de fundo
● Temos a educação que queremos?
● Essa educação/sistema educacional vigente
produz efeitos que de fato desejamos?
● Quando observamos o que dizemos sobre
educação e o que de fato produzimos,
estamos satisfeitos com seus resultados?
Efeitos atuais
● Baixo potencial de inspiração;● Baixo potencial de experimentação;● Baixo desejo pelo conhecimento;● Estímulo a competição e não a colaboração e produção de
comum;● Alto nível de padronização;● Alto nível de massificação: desejo de controle das condutas
dos alunos/aprendizes → foco nas demandas do mercado;● Alto nível de tecnicismo → pouca capacidade e
investimento na reflexão.
Como a disseminação das redes sociais e das “novas” tecnologias
têm se relacionado com esse cenário?
Discurso vigente
● As escolas e sistemas educacionais, mesmo processos de inclusão social, entendem a questão
por 3 argumentos principais:
– As novas tecnologias, por si, têm potencial de modificar as relações entre as pessoas;
– Temos de garantir o acesso a informação, aos equipamentos, aos dados e ensinar como navegar nesse universo;
– O simples fato de utilizarmos sistemas Web de redes sociais que amplia a capacidade de interação das pessoas permitirá a reorganização dos processos educacionais e das relações de aprendizagem.
Discurso vigente
● Esse discurso gera investimentos e projetos que têm por objetivo:– Investir em inserir nas salas de aulas novas
tecnologias: notebooks, tablets, etc...
– Capacitar as pessoas a utilizarem esses equipamentos para navegação com foco em “conteúdos educacionais”;
– Investir na digitalização e/ou produção de conteúdos com foco educacional para uso nesses equipamentos.
Os problemas que listamos podem ser resolvidos dessa forma?
● Baixo potencial de inspiração;● Baixo potencial de experimentação;● Baixo desejo pelo conhecimento;● Estímulo a competição e não a
colaboração e produção de comum;● Alto nível de padronização;● Alto nível de massificação;● Alto nível de tecnicismo
– Investir em inserir nas salas de aulas novas tecnologias: notebooks, tablets, etc...
– Capacitar as pessoas a utilizarem esses equipamentos para navegação com foco em “conteúdos educacionais”;
– Investir na digitalização e/ou produção de conteúdos com foco educacional para uso nesses equipamentos.
Problemas Soluções
?
O que essas soluções tendem a fazer?
Servirem de máquinas de circulação de mais do mesmo!
O processo educacional não é uma questão de acesso ao saber, mas de produção do desejo de saber.
Melhorar o acesso e a circulação do saber pelo uso das redes sociais e
novas tecnologias não toca o centro da questão.
Presumir que o aprendizado é uma questão de gestão de conteúdos é subestimar o que de fato opera em
nossa relação humana de aprendizado.
As redes sociais vistas desse ponto de vista tendem a conservar e
manter o status quo da sociedade em que vivemos.
Atendem a demandas de mercado, controle e manutenção da ordem
instaurada.
Tornam-se mais um instrumento da sociedade do controle.
Processos que operam na promoção da inteligência coletiva
atuam em outras dimensões:
estimulam novos modos de relação;
produzem novas políticas de articulação de coletivos;
operam a partir do interesse e desejo das pessoas.
As redes sociais servem tanto a sociedade do controle ou a potencialização de nossa
inteligência coletiva.
O que muda, o que faz a diferença é a clareza de nosso
posicionamento político e como traduzimos esse posicionamento em modos de relação entre as
pessoas.