reforma tributária e o imposto Único
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Carga tributária de país rico
16.71.740China
16.94.460Rússia
20.3720Índia
19.25.870Chile
19.57.310México
24.843.740Estados Unidos
25.24.470Argentina
25.515.830Coréia do Sul
25.838.980Japão
30,34.360Uruguai
35.437.600Reino Unido
36.334.580Alemanha
37.43.460Brasil
43.430.010Itália
43.959.590Noruega
44.234.810França
49.047.390Dinamarca
50.841.060Suécia
Tributos / PIB (%)
Renda per capita US$
Países
20.3720Índia
16,71.740China
37.43.460Brasil
30,34.360Uruguai
16.94.460Rússia
25.24.470Argentina
19.25.870Chile
19.57.310México
25.515.830Coréia do Sul
43.430.010Itália
36.334.580Alemanha
44.234.810França
35.437.600Reino Unido
25.838.980Japão
50.841.060Suécia
24.843.740Estados Unidos
49.047.390Dinamarca
43,959.590Noruega
Tributos / PIB (%)
Renda per capita US$
Países
Fontes: Banco Mundial e FMI
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Crescimento da carga tributária contribui para o baixo crescimento
8,8
3,0
1,4
6,55,7
2,4
26,424,9
25,421,7
16,5
32,6
0
2
4
6
8
10
60-65 66-70 70 80 90-94 95-06
Períodos
(%)
0
10
20
30
40
% C
TB/P
IB
Evolução média do PIB
Carga tributária média em relação ao PIB
TributosO obstáculo aos investimentos no Brasil
• 84,5% - Carga tributária
• 75,9% - Incertezas quanto à política governamental
• 71,7% - Crédito
• 67,2% - Corrupção
• 52,2% - Crime
• 39,6% - Falta de qualificação da mão-de-obra
• 32,8% - Ineficiência da justiça
• 20,3% - Eletricidade
Levantamento do Banco Mundial junto a 1642 empresas entre julho e outubro de 2003
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Muito imposto para pouco salário
Fonte: IBPT8,7Coréia
9,1México
16,2Japão
16,5Portugal
19,2Espanha
21,5Suíça
24,3Estados Unidos
25,7Argentina
25,7Canadá
26,5França
28,1Itália
28,4Uruguai
28,7Holanda
28,8Noruega
30,4Suécia
31,7Finlândia
41,2Alemanha
41,4Bélgica
42,2Brasil
43,1Dinamarca
Carga tributária s/Salário bruto (%)
Países
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Os impostos no consumo
57,0%Microondas
56,0%Cerveja
53,0%Gasolina
49,0%Casa popular
47,1%Geladeira
47,0%Refrigerante
46,7%Telefonia
45,8%Energia elétrica
43,6%Automóvel acima 1.0
41,0%Telefone celular
40,5%Açúcar
39,3%Automóvel 1.0
38,0%Computador
37,8%Roupas
37,4%Sapatos
36,5%Café
23,8%Livros
% de impostos sobre o preço finalProdutos
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256Rússia
264Índia
350África do Sul
432Chile
615Argentina
872China
Horas gastas por ano
Países emergentes
1120Armênia
1120Nigéria
1188Bielorússia
1300Camarões
2185Ucrânia
2600Brasil
Horas gastas por ano
Países
Horas gastas por ano com apuração, declaração e pagamento dos três principais impostos
Fonte: Banco Mundial
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129Iêmen
135Congo
148Brasil
164Serra Leoa
174Burundi
(% do lucro bruto)Países
41Rússia
43Índia
44África do Sul
47Chile
47China
98Argentina
(% do lucro bruto)Países
emergentes
Fonte: Banco Mundial
Total de imposto pagável pelas empresas em relação ao lucro bruto
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O custo dos impostos para as empresas no Brasil
Fonte: Bertolucci, A. V. Dissertação de Mestrado, FEA/USP, 2001.
1,0%0,2%0,8%Total
0,25%0,05%0,2%Acima de R$ 5000 mi
1,6%0,3%1,3%De R$ 1000 a R$ 5000 mi
2,4%0,5%1,9%De R$ 100 mi a R$ 1000 mi
7,3%1,5%5,8%Até 100 mi
Custos operacionais tributários
Custos de administração
Custo de conformidade
Faixas de faturamento
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Não pagam impostos no Brasil
• 23% dos refrigerantes comercializados
• 35% dos cigarros consumidos
• 50% das farmácias do Estado de São Paulo
• 60% das lojas de roupas
• 79% do comércio varejista de alimentos
Fonte: McKinsey (publicado na revista Exame / Edição 819 – junho de 2004)
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Fonte: Dados brutos da SRF 2000.
Estimativa do autor.
Cruzamento entre IR e movimentação financeiraContribuintes isentos, inativos ou omissos e
empresas optantes pelo simples
465,540
164,132
88,138
100,862
34,669
77,736
-
Movimentação financeira
anual em R$ bilhões
339,244512.11730.049.385Total
164,132254254+ de 100.000
80,1252.3722.372+ de 10.000 até 100.000
50,43133.99133.991+ de 1.000 até 10.000
13,86751.06551.065+ de 500 até 1.000
30,689424.435559.161+ de 100 até 500
--29.402.542Até 100
Rendimentos anuais não declarados em R$
bilhões
Número de pessoas físicas e jurídicas
suspeitas de sonegação
Sonegação estimadaNúmero de
pessoas físicas e jurídicas
analisadas pelo Fisco
Movimentação
financeira anual
(R$ mil)
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A “reforma” tributária de 2003
CPMF 0,38% até 2007 Prorrogação da DRU até 2007 Partilha CIDE Fundo compensação exportações Noventena
Não combateu a sonegação Não simplificou Não combateu a burocracia Não promoveu universalidade
O que o Congresso fezO que o Congresso fez
O que o governo fez por MP e O que o governo fez por MP e por projetos infra-por projetos infra-
constitucionaisconstitucionais
O que não foi feitoO que não foi feito
PIS não-cumulativoPIS não-cumulativo
Cofins não-cumulativoCofins não-cumulativo
CSLL CSLL aumento da base aumento da base
ISS ISS beneficia bancos e cria novos serviços beneficia bancos e cria novos serviços
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“Reforma” tributáriaO que se prometeu fazer
PEC 285/04 ICMS federal com 5 alíquotas
PEC 293/04 IVA único para agregar o ICMS, IPI, ISS, PIS/Cofins, Salário-Educação e “S”
“Nova” proposta - duplo IVA: Ministério da Fazenda / março de 2007
IVA estadual ICMS e ISS
IVA federal Cofins, PIS/Pasep, IPI e Cide
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A reforma tributáriaUnificação como diretriz
IVA único
• Equívoco na base Valor agregado– Alíquota elevada = estímulo à sonegação– Mantém complexidade
IUT
• Base Movimentação financeira– Alíquota reduzida– Simplifica– Reduz custos– Combate a sonegação
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Novo imposto
Não reduz custos Não combate a corrupção Não combate a sonegação Não elimina a burocracia Não for universal Não for não-declaratório
Reduza custos Elimine a corrupção Combata a sonegação Elimine a burocracia Seja universal Seja não-declaratório
IUTIUT
Simplifique o sistema Não simplifica
IVA únicoIVA único
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O que é o Imposto Único
•Um imposto substitui todos os tributos arrecadatórios
•Permanecem os tributos extra-fiscais instrumentos de regulação e de política econômica
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Como funciona o Imposto Único
•Fato gerador transações bancárias
•Alíquota incide igualmente no crédito e no débito
•Arrecadação automática eletrônica
•Tributo não-declaratório
•Partilha União, Previdência, Estados e municípios será automática eletrônica e instantânea
•Saques e depósitos em dinheiro sobretaxado em dobro
•Mercados financeiro e de capitais tributação sobre os rendimentos reais
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36,4%IUVA
1,1%ISS
17,0%ICMS
3,9%INSS
2,4%PIS
9,2%Cofins
2,8%IPI
AlíquotaTributos
AlíquotasIUVA x IUT
5,3%IUT
0,2%ISS, IPTU e ITBI
1,6%ICMS, IPVA e ITCD
1,9%CSLL, CPMF, INSS patronal, Cofins, "S" e
Salário-Educação
1,6%IR, IPI, IOF e ITR
AlíquotaTributos
Impacto do IUT e do sistema atual sobre os preços relativos
32,0%11,3%Serviços
42,4%14,0%Comércio
43,7%12,3%Transporte e
comunicações
47,3%18,0%Indústria
50,9%18,5%Agropecuária
ICMS+IPI+INSS+ISSImposto Único
(5,3%)Setor
*Mostra o desvio nos preços relativos setoriais ao se aplicar impostos, relativamente a uma situação de ausência de impostos.
8,0%4,4%Desvio (*)
19,9%6,4%Mínima
65,2%22,5%Máxima
ICMS+ IPI +
INSS + ISS
IUT
5,3%Setores
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O que o empresário sente no bolsoHoje x IUT
15.514Saldo no bolso
86.728Impostos
2.121INSS – Desc. Folha
2.246I.R. Fonte – folha
2.115CSLL
2.218FGTS
988CPMF
5.876IRPJ
7.763INSS, Sla-Educ. etc
8.808Cofins
1.912PIS
24.954ICMS
27.726IPI
102.242Caixa líquido
3.327Juros
18.022Vendas e propagandas
19.408Aluguel e utilidades
23.359Salários líquidos
166.358Fornecedores c/ IPI
332.716Recebido do cliente
R$Fluxo de caixa hoje
Estimativa com base em simulação apresentada na Amcham em dezembro de 2002
56.326Saldo no bolso
18.454Impostos
12.365IUT (2,65%)
2.049INSS empregado
0CSLL
2.143FGTS
0CPMF
0IRPJ
0INSS, Sla-Educ. etc
0Cofins
1.897PIS
0ICMS
0IPI
74.781Caixa líquido
3.327Juros
15.437Vendas e propagandas
15.653Aluguel e utilidades
24.378Salários líquidos
133.936Fornecedores
267.872Recebido do cliente
R$Fluxo de caixa com IUT
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Trechos do modelo de petição do Imposto Único
Quero assinar• Assunto: Imposto Único• Excelentíssimo Senhor Deputado• A sociedade brasileira atingiu um alto grau de insatisfação com a atual estrutura de impostos.
Além disso, a frustração gerada pelo fato da reforma tributária não ter avançado é fator de preocupação e de desânimo para o contribuinte.
• O povo brasileiro não suporta mais arcar com tantos impostos. Hoje mais de um terço de toda a riqueza gerada é extraída pelo governo na forma de tributos, uma carga excessivamente elevada para países com nível de renda como o do Brasil.
• É preciso dar um basta nesta situação.• Sua figura exemplar de líder político não poderia ficar alheia a tão grave problema estrutural de
nosso país.• Nesse sentido, solicito a Vossa Excelência atenção especial à Proposta que cria o Imposto
Único.• Assim sendo, peço a Vossa Excelência que convoque um Plebiscito, em caráter URGENTE,
para sabermos se a população aprova, ou não, o Imposto Único.• Como cidadão tenho esperanças que o Imposto Único representa uma das maiores conquistas de
nosso povo.• Para isso, todos nós brasileiros contamos com o seu apoio, dedicação e empenho, em favor da
aprovação da proposta do Imposto Único.• Atenciosamente.
Associação Contribuintes em AçãoQuero assinar
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Indique 5 pessoas que pensam como você, e cada uma delas receberá um email convidando-a a participar deste esforço. Assim, teremos um
número de 50 mil fundadores para iniciar a mobilização.
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Email: Nome:
Email: Nome:
Email: Nome:
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A distorção apontada pelos críticosCumulatividadeImposto por etapa
(100% de valor agregado)
-0,713xy = 4,02e
R2 = 1
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
T T-1 T-2 T-3 T-4 T-5 T-6 T-7 T-8 T-9 T-10T-11T-12T-13T-14T-15T-16T-17T-18T-19
ETAPAS
IMP
OS
TO
($)
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Regime de tributação e as alíquotas efetivas(tributo devido / receita bruta)
Nota: Lucro real e presumido: IRPJ + CSLL
Fonte: SRF / DIPJ - 2004
6,3
24,1
1,3
4,1
05
1015202530
Lucro real Lucro presumido
Regime de tributação
% d
e em
pre
sas
0
1
2
3
4
5
% a
líq
uo
tas
efet
ivas
% de empresas segundo o regime de tributação
Alíquotas efetivas (%)
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Principais conclusões da Receita Federal sobre a CPMF (*)
• Altamente produtivo alta relação arrecadação / alíquota
• Excelente custo/benefício sua arrecadação ocorre sem, praticamente, nenhum custo operacional para a administração tributária e para o contribuinte
• Único a alcançar a economia informal ou ilegal
• Imposto moderno se adapta e alcança operações que estão se tornando comuns, como o comércio eletrônico
• Desmentiu teses pessimistas aumento da inflação e desintermediação financeira
(*) Texto para Discussão nº 15 (setembro / 2001) CPMF – Mitos e Verdades sob as Óticas Econômica e Administrativa
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Roberto Campos e a Reforma TributáriaAnos 90
• Razões para a reforma sonegação, informalidade, globalização e informática
• Sistema novo paradigma
• Enfraquecida a produtividade impostos clássicos relíquias artesanais na sociedade eletrônica
• Os efeitos do IVA a exacerbação burocrática, a galopante corrupção, a exasperadora complexidade, os proibitivos custos de arrecadação, a irresistível evasão e a convidativa sonegação
• Imposto Único sobre Transações circunstâncias inexistentes no passado
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Roberto Campos
• “A estrutura clássica de impostos, à qual nos aferramos, é uma curiosa relíquia artesanal na era eletrônica”
• “Não tenho o menor respeito pela sabedoria convencional que entroniza, como indispensável, os impostos clássicos, tais como o sobre a renda e o imposto sobre valor agregado na circulação de mercadorias. São ambos insuportavelmente obsoletos.”
• “O imposto bom não é o “imposto velho” nem o “imposto clássico”. Imposto bom é o imposto insonegável e de cobrança automatizada. Qualquer imposto sonegável, é socialmente injusto. E se a cobrança depende de documentos declaratórios, torna-se um desperdício. A automaticidade e a insonegabilidade são precisamente as características do chamado Imposto Único”
• “Infelizmente, a metodologia simplificadora do imposto único foi desmoralizada pelo fato de ter o governo por duas vezes –no caso do IPMF (1993) e da CPMF (1996)- aproveitado a “metodologia” automática do imposto sem lhe absorver a “ideologia” simplificadora.
• Trata-se de um instrumento sofisticado que se tornou grosseiro pelo mau uso, como se um florete de esgrima fosse utilizado para cortar grama”
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Opiniões
• “As transações financeiras constituem uma das poucas bases potenciais de arrecadação futura na qual é possível ancorar o aumento da receita pública sem penalizar os setores produtivos e os segmentos sociais...”
Maria da Conceição Tavares
• “A circulação financeira é uma base de futuro, já que, além de sua contínua expansão, permite controles eletrônicos, e deverá permitir, portanto, uma menor sonegação do que os atuais impostos”
Maria da Conceição Tavares
• “Abolir o Imposto de Renda, seja sobre a pessoa física, seja sobre a pessoa jurídica, ...há de ser o primeiro passo”
Roberto Mangabeira Unger
• “Imposto justo é o que se consegue cobrar”Mário Henrique Simonsen
• “Se o Imposto Único de Marcos Cintra carrear para as burras estatais...o mesmo nível de rendas que o tresloucado elenco atual, o que se deve fazer é ...aprová-lo”.
Ives Gandra da Silva Martins
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Opiniões
• “O Imposto Único permite a compatibilização dos objetivos de maximização da base tributária, profunda e inédita simplificação, e virtual erradicação da corrupção fiscal- promovendo uma arrecadação mais transparente, eficaz, e equânime”
Folha de São Paulo, (Editorial)
• "O professor Marcos Cintra tem estudado teórica e empiricamente esses problemas (os efeitos da cumulatividade) e seus trabalhos merecem atenção porque diminuem a potência da crítica superficial à cascata".
Delfim Netto
• "Nós continuamos com a “crença” de que o sistema de valor adicionado é superior (do ponto de vista alocativo, isto é, do desenvolvimento econômico) ao de cascata".
Delfim Netto
• "E sobre essa reforma tributária, como dá trabalho. Seria bem mais simples ter um imposto único, que eliminaria a sonegação, a fiscalização, a clandestinidade; estimularia mais investimentos e empregos, faria o país crescer e daria mais arrecadação aos governos. Mas como é simples demais, as cabeças burocratizadas não suportariam a desocupação dos neurônios para outras tarefas".
Alexandre Garcia
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Estratégias para a implantação do Imposto Único
•Plebiscito
•Substituição horizontal de tributos
•Substituição vertical de tributos
Início INSS 20% sobre a folha de salários
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Alíquota IUT e desconto Darf
8,33
99,9
0,44
5,28
0
20
40
60
80
100
120
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Meses
% d
esco
nto
Dar
f
0
1
2
3
4
5
6
% a
líq
uo
tas
IUT
Descontos DARF Alíquotas IUT
Fonte: SRF / DIPJ 2004