regulamento sobre as condições de segurança a que devem

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Página 1/22 15-12-2008/18:18:15/decreto_executivo_204-08.doc/PPG Ministério dos Petróleos Decreto Executivo n.º 204/08 de 23 de Setembro Considerando a necessidade do estabelecimento de disposições sobre as condições de segurança a que devem obedecer as instalações de armazenagem de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL) com capacidade ate 200 m 3 por recipiente; Nos termos do n.º 3 do artigo 114.° da Lei Constitucional, determino: Artigo 1.° — E aprovado o regulamento sobre as condições de segurança a que devem obedecer as instalações de armazenagem de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL) com capacidade até 200 m 3 por recipiente, anexo ao presente decreto executivo e que dele faz parte integrante. Artigo 2° — E revogada toda a legislação que contrarie o disposto no presente decreto executivo. Artigo 3.° — As duvidas e omissões que se verificarem da interpretação e aplicação do presente decreto executivo serão resolvidas por despacho do Ministro dos Petróleos. Artigo 4.º — Este decreto executivo entra em vigor na data da sua publicação.

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Ministério dos Petróleos

Decreto Executivo n.º 204/08de 23 de Setembro

Considerando a necessidade do estabelecimento de disposições sobre ascondições de segurança a que devem obedecer as instalações de armazenagem deGás de Petróleo Liquefeito (GPL) com capacidade ate 200 m3 por recipiente;

Nos termos do n.º 3 do artigo 114.° da Lei Constitucional, determino:

Artigo 1.° — E aprovado o regulamento sobre as condições de segurança a quedevem obedecer as instalações de armazenagem de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL)com capacidade até 200 m3 por recipiente, anexo ao presente decreto executivo e quedele faz parte integrante.

Artigo 2° — E revogada toda a legislação que contrarie o disposto no presentedecreto executivo.

Artigo 3.° — As duvidas e omissões que se verificarem da interpretação eaplicação do presente decreto executivo serão resolvidas por despacho do Ministro dosPetróleos.

Artigo 4.º — Este decreto executivo entra em vigor na data da sua publicação.

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Regulamento Sobre as Condições de Segurança a que Devem Obedecer asInstalações de Armazenagem de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL) com

Capacidade até 200 M3 por Recipiente

CAPÍTULO IDisposições Gerais

Artigo 1.º(Âmbito)

0. O presente regulamento estabelece as condições de segurança a que devemobedecer as instalações de armazenagem de Gases de Petróleo Liquefeitos (GPL)com capacidade até 200 m3.

0. Excluem-se do âmbito de aplicação deste regulamento os parques dearmazenagem e as estações de enchimentos de garrafas.

Artigo 2.°(Definições)

Para efeitos da aplicação do presente regulamento e salvo se de outro modo forexpressamente indicado no próprio texto, as palavras e expressões nele usadas tem oseguinte significado, sendo que as definições no singular se aplicam igualmente noplural e vice-versa:

) «Armazenagem» — a presença de uma certa quantidade de substanciasperigosas para efeitos de entreposto, deposito a guarda ou armazenamento,podendo apresentar-se sob a forma de recipientes sob pressão destinados aconter gás comprimido para posterior fornecimento.

) «Armazenagem subterrânea» — infra-estrutura constituída pelas cavidadespara armazenagem de gás natural e equipamentos associados, situados nointerior e a superfície, necessários ao tratamento e movimentação do gás.

) «Área» — segmentação geográfica do mercado onde se exerce a actividadetécnico-comercial de construção e exploração de redes de distribuição e dedesenvolvimento comercial.

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) «Cave» — conceito aplicável no domínio da proibição de utilização dos Gasesde Petróleo Liquefeitos (GPL) e que consiste nas dependências de um edifíciocujo pavimento esteja a um nível inferior ao da soleira da porta de saída para oexterior do edifício e ainda as que, embora contenham zonas com pavimentosrebaixados ou desnivelados, não permitam uma continuidade livre e natural doescoamento de eventuais fugas de gás para o exterior, não se considerandocomo exteriores os pátios interiores e os saguões.

) «Posto de garrafas» — conjunto de garrafas interligadas entre si eequipamentos acessórios, destinados a alimentar uma rede, um ramal dedistribuição ou uma instalação de gás.

CAPITULO IIPostos de Garrafas

Secção IColocação das Garrafas no Interior de Edifícios

Artigo 3.º(Colocação das garrafas)

0. Não é permitida a existência, no interior de cada fogo, garagem ou anexo dehabitação, área comercial ou outros serviços, de mais de quatro garrafas cheias ouvazias, cuja capacidade global exceda 106 dm3.

0. É permitido o uso e existência de garrafas de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL)em compartimentos semienterrados.

0. Sem prejuízo do disposto no número anterior deste artigo, não deve fazer-se usonem devem existir garrafas de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL) nas caves.

Artigo 4.º(Garrafas amovíveis para alimentar equipamentos

em oficina e naves industriais)

2. Em oficinas e naves industriais, é permitida a existência de garrafas de Gás dePetróleo Liquefeitos (GPL) amovíveis, cheias ou vazias, desde que a sua capacidadeglobal não exceda 1,500dm3, por metro quadrado de área útil da oficina ou naveindustrial.

2. No caso de utilização de garrafas amovíveis com capacidade unitária inferior a30dm3, estas não devem ser agrupadas em número superior a quatro unidades.

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Secção IIGarrafas Colocadas no Exterior de Edifícios

Artigo 5°(Localização dos postos de garrafas)

5. Os postos de garrafas devem ficar contidos em cabinas, destinadasexclusivamente a esse efeito, encastradas ou não na face exterior da parede doedifício, facilmente acessíveis aos serviços de bombeiros e aos seus equipamentos.

5. Deve ser colocada, em lugar bem visível, uma placa de material incombustívelcom a identificação, em caracteres indeléveis, da entidade licenciada e o seu contactopara situações de emergência.

Artigo 6°(Requisitos das cabinas)

As cabinas devem cumprir os seguintes requisitos:

c) serem construídas com materiais incombustíveis;

c) terem o pavimento cimentado, de revestimento cerâmico ou terra bemcompactada;

c) ficarem situadas ao nível do pavimento circundante ou acima deste, por formaque o gás proveniente de eventuais fugas não possa, passando através deportas, janelas ou outras aberturas, penetrar em compartimentos existentes nasproximidades, bem como em canais, poços ou esgotos;

c) serem ventiladas, ao nível superior e inferior, por aberturas permanentes;

c) possuem portas metálicas, com fecho, abrindo para fora;

c) serem identificadas com a palavra «Gás» em caracteres indeléveis e com ossinais de proibição de fumar ou fazer lume;

c) permanecerem devidamente limpas.

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Artigo 7°(Colocação das garrafas nos postos)

2. As garrafas dos postos devem ser colocadas:

) em fiadas com acesso directo do exterior, dispostas de tal modo que oscomponentes da instalação estejam facilmente acessíveis e por forma a permitira eliminação de eventuais fugas de gás;

) com a válvula para cima e por forma a não tombarem.

2. Todas as ligações que se encontrem fora de serviço devem ser convenientementetamponadas.

Secção IIIGarrafas Vazias, em Reserva e Extintores

Artigo 8°(Garrafas vazias ou em reserva)

2. As garrafas vazias devem ter as suas válvulas fechadas.

2. O número das garrafas não ligadas a instalação, quer vazias quer em reserva,não deve ultrapassar o das garrafas ligadas.

2. Quando não for cumprido o disposto no numero anterior, o local e consideradocomo parque de armazenagem de garrafas de Gás de Petr61eo Liquefeitos (GPL),ficando sujeito a respectiva regulamentação.

2. Não é permitido o enchimento de garrafas fora das estações de enchimentolicenciadas para esse efeito.

Artigo 9.°(Extintores)

Nos postos de garrafas com capacidade superior a 330 dm3 ou na suaproximidade imediata, em local devidamente assinalado, deve existir, pelo menos, umextintor de 6kg de pó químico, tipo ABC.

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CAPÍTULO IIIPostos de Reservatórios

Secção IReservatórios Superficiais, Fixos ou Amovíveis

Artigo 10.°(Local de instalação)

7. Os reservatórios só devem ser instalados no exterior dos edifícios, não sendopermitida a sua colocação sob edifícios, linhas eléctricas não isoladas, pontes eviadutos, em túneis, caves e depressões de terreno ou ainda sobre outrosreservatórios.

7. Os reservatórios devem ser instalados por forma que, em caso de necessidade,sejam facilmente acessíveis aos bombeiros e ao seu equipamento.

7. Os reservatórios amovíveis ligados a uma instalação de gás devem serconsiderados como fixos, com todas as consequências técnicas e legais daidecorrentes.

7. Deve ser colocada, em lugar bem visível, uma placa de material incombustívelcom a identificação, em caracteres indeléveis, da entidade licenciada e o seu contactopara situações de emergência.

Artigo 11.°(Regras de implantação)

0. Não e permitida a implantação de reservatórios, fixos ou amovíveis usados comofixos, em alinhamento coaxial ou em «T», a menos que, entre os reservatórios emcausa, seja interposta uma estrutura de protecção resistente a um eventual impacto.

0. A distância entre cada reservatório e a estrutura referida no número anterior deveser dupla da fixada no n.º 6 do Anexo I deste regulamento.

0. Não é permitida a implantação de reservatórios sobrepostos, nem a implantaçãode reservatórios em posição de eixo diferente da correspondente ao respectivo projectode aprovação de construção, de acordo com código de construção aceite pela entidadelicenciadora territorialmente competente.

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Artigo 12.°(Fundações dos reservatórios)

As fundações dos reservatórios devem ser calculadas para os suportar com acarga correspondente ao seu total enchimento com água e concebidas de forma aimpedir a sua flutuação em locais susceptíveis de sofrerem inundações.

Artigo 13º(Pavimento)

2. O pavimento do local dos reservatórios deve ser cimentado ou em terra bemcompactada, não sendo permitido o uso de cascalho, seixos ou brita.

2. No pavimento do local dos reservatórios não devem existir quaisquer materiaiscombustíveis ou outros, estranhos ao seu funcionamento.

2. O pavimento deve ter uma ligeira inclinação para um local afastado, por forma aevitar a acumulação de eventuais derrames sob os reservatórios.

Artigo 14.°(Ligação a terra)

0. Os reservatórios devem ser ligados ao solo, por meio de um eléctrodo, com umaresistência de contacto inferior a 100Q.

0. O reabastecimento dos reservatórios deve ser precedido do estabelecimento deuma ligação equipotencial entre o veiculo-cisterna e o reservatório.

Artigo 15º(Válvulas de segurança dos reservatórios)

4. Os reservatórios com capacidade igual ou superior a 0,500m3 devem serequipados com válvulas de segurança, devidamente certificadas, munidas com umdispositivo de protecção destinado a evitar a entrada de agua da chuva e outros corposestranhos que possam torna-las inoperantes.

4. O dispositivo de protecção referido no numero anterior deve manter-se no lugar eser concebido por forma a não constituir obstáculo quando as válvulas de segurançaactuam.

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4. A descarga das válvulas de segurança deve ser feita para a atmosfera semobstrução e no sentido ascendente e, nos reservatórios de capacidade igual ousuperior a 7,480 m, por meio de um tubo vertical com, pelo menos, 2 m de altura acimada superfície do reservatório.

Artigo 16.°(Sistema de pulverização de água)

4. Os reservatórios superfícies com capacidade igual ou superior a 0,500m3 devemser equipados com um sistema fixo de pulverização de agua que assegure oarrefecimento de toda a superfície do reservatório e dos seus suportes, com um caudalnão inferior a 4dm3 por minuto e por metro quadrado de superfície exterior doreservatório.

4. Nos reservatórios de superfícies, fixos ou amovíveis usados como fixos, decapacidade igual ou superior a 2,500 m3, o equipamento fixo de aspersão de águadeve ser de funcionamento automático e abrir sempre que a pressão interna doreservatório atinja 12 bares relativos para o propano e 6 bares relativos para o butano,mantendo-se a necessidade da existência de um sistema de comando manual.

4. O sistema referido nos números anteriores pode ser dispensado pela entidadelicenciadora em função das condições existentes no local da instalação.

Artigo 17°(Extintores)

3. Nos postos com capacidade superior a 2,500 m3 por reservatório ou na suaproximidade imediata, devem existir, pelo menos, dois extintores portáteis de 6 kg depó químico, do tipo ABC.

3. Para capacidades iguais ou inferiores a 2,500 m3 deve existir, pelo menos, umextintor com as mesmas características enunciadas no numero anterior.

Artigo 18.º(Enchimento à distância)

0. O sistema de enchimento a distância deve incluir uma válvula que permita oacoplamento das mangueiras de reabastecimento, com dispositivo de retenção do tipoanti-retorno e fecho automático, vulgarmente designada por check-lock, instalada emcaixa de material incombustível, apenas manobrável pela entidade licenciada.

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0. A tubagem de ligação entre a válvula referida no numero anterior e o reservatóriodeve ser de aço sem costura, de acordo com as normas internacionalmente aceites eadoptadas pelo Ministério dos Petróleos.

0. As condições de montagem da tubagem devem obedecer aos requisitosestabelecidos no regulamento técnico relativo ao Projecto, construção, exploração emanutenção da rede de distribuição de gases combustíveis.

0. A tubagem a que se refere o n.° 2 deste artigo deve dispor de um sistema desegurança contra a expansão da fase liquida.

0. Nas operações de enchimento a distancia, a entidade licenciada deve tomar asmedidas de precaução necessárias, por forma a evitar sob preenchimentos.

0. Em reservatórios de capacidade inferior ou igual a1m3,não é permitido oenchimento a distância.

Secção IIReservatórios Enterrados

Artigo 19.°(Instalação)

3. Os postos com reservatórios enterrados devem ser instalados no exterior dosedifícios.

3. A superfície dos reservatórios enterrados deve ser eficazmente protegida contra acorrosão.

3. O local de instalação deve estar assinalado em todo o seu perímetro ao nível dosolo e na sua vertical, não devendo ser permitida instalação de outros reservatórios oudepósitos de qualquer natureza.

3. Os locais de instalação dos reservatórios devem permitir o fácil acesso dosbombeiros e do seu equipamento.

Artigo 20°(Fundações)

As fundações dos reservatórios enterrados devem satisfazer os requisitosestabelecidos no artigo 12.º.

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Artigo 21.º(Envoltura dos reservatórios)

Os reservatórios devem ser inteiramente envolvidos com uma camada de materialinerte, não abrasivo isento de materiais que possam danificar a sua protecção, com asseguintes espessuras mínimas:

) 0,3m na vertical da geratriz superior;

) 0,3m medidos no piano horizontal que passa pelo eixo do reservatório;

) 0,3m sob a geratriz inferior.

Artigo 22°(Ligação a terra)

Para os reservatórios enterrados aplica-se o disposto no artigo 14.°

Artigo 23.°(Válvulas e outros equipamentos)

2. As válvulas e outros equipamentos dos reservatórios devem ficar contidos numcompartimento fechado, com tampa abrindo directamente para a atmosfera exterior.

2. A descarga das válvulas de segurança deve ser feita para a atmosfera semobstrução e no sentido ascendente e, nos reservatórios de capacidade igual ousuperior a 7,480 m3, por meio de um tubo vertical com, pelo menos, 2m de altura acimada superfície do pavimento circundante.

2. As tubagens de água, de esgotos, de ar comprimido ou de combustíveis líquidos,bem como as instalações eléctricas, não afectas a armazenagem, existentes ou aimplantar nas proximidades, devem distar pelo menos 1m, das paredes dosreservatórios.

Artigo 24.°(Extintores)

Para os extintores aplica-se o disposto no artigo 17.°

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Artigo 25.°(Proibição da passagem de veículos)

Não é permitida a passagem de veículos sobre o local de implantação dereservatórios enterrados. Para este efeito, devem ser colocadas vedações de acordocom o disposto no artigo 35.°

Artigo 26.°(Enchimento a distância)

Nos casos de enchimento a distância aplica-se o disposto no artigo 18.º

Secção IIIReservatórios Recobertos

Artigo 27.°(Instalação)

3. Os reservatórios recobertos devem assentar em fundações que satisfaçam osrequisitos estabelecidos no artigo 12.°

3. A superfície dos reservatórios recobertos deve ser eficazmente protegida contra acorrosão.

Artigo 28.°(Envoltura dos reservatórios)

3. Os reservatórios devem ser recobertos com material inerte, não abrasivo, isentode materiais que possam danificar a sua protecção.

3. A envoltura dos reservatórios deve ser definida por:

) um piano horizontal situado a 0,3m acima da geratriz superior do reservatório;

) taludes laterais e de topo com uma inclinação que garanta a sua estabilidade eque distem, pelo menos 0,3m do ponto mais próximo do reservatório;

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Artigo 29.º(Ligação a terra)

Para os reservatórios recobertos aplica-se o disposto no artigo 14.°

Artigo 30°(Válvulas e outros equipamentos)

As válvulas e outros equipamentos dos reservatórios recobertos devem satisfazeros requisitos do artigo 22°.

Artigo 31.°(Extintores)

Para os extintores aplica-se o disposto no artigo 17.°

CAPÍTULO IVZonas de Segurança

Artigo 32.º(Classificação)

0. Para efeitos das precauções a tomar contra os riscos de incêndio nosreservatórios de capacidade superior a 1m enterrados, recobertos e superfícies, sãoestabelecidas duas categorias de zonas de segurança:

) zona 1;) zona 2.) um leito com, pelo menos 0,3m de espessura

0. A zona 1 corresponde ao espaço circundante dos reservatórios ate 1m em todasas direcções.

0. A zona 2 corresponde ao espaço situado entre a zona 1 e os limites definidospelas distâncias de segurança previstas no Anexo I deste regulamento.

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Artigo 33.º(Localização dos equipamentos)

2. Os equipamentos de compressão e vaporização devem ficar situados no exteriorda zona 1 e cumprir as distâncias mínimas de segurança referidas no Anexo I desteregulamento.

2. Os equipamentos de bombagem podem ficar situados no interior da zona 1 desdeque sejam do tipo antideflagrante.

Artigo 34.º(Fossas, valas e depressões)

No interior das zonas de segurança não e permitida a existência de fossas, valasou depressões de qualquer natureza.

Artigo 35.°(Vedações)

6. As áreas afectas aos postos de reservatórios devem ser circundadas por umavedação.

6. Para os postos de reservatórios superfícies, a vedação deve ter, pelo menos, 2mde altura, podendo ser reduzida para 1m ou ser substituída por postes interligados porcorrentes metálicas se a implantação dos reservatórios estiver compreendida noperímetro de um local vedado que assegure protecção suficiente contra a entrada depessoas estranhas.

6. Para os postos de reservatórios enterrados ou recobertos, a vedação deve ter,pelo menos, 1m de altura, podendo ser reduzida a 0,5m ou ser substituída por postesinterligados por correntes metálicas se a implantação dos reservatórios estivercompreendida no perímetro de um local vedado que assegure protecção suficientecontra a entrada de pessoas estranhas.

6. As vedações previstas nos n.º 2 e 3 do presente artigo devem ser executadascom materiais incombustíveis, sendo permitido nomeadamente o uso de painéis derede metálica de malha igual ou inferior a 50mm, com um diâmetro mínimo do aramede 2 mm, soldados a postes tubulares ou fixados a pilares de betão.

6. As vedações devem possuir duas portas metálicas, abrindo para o exterior,equipadas com fecho não autoblocante, devendo permanecer abertas sempre quedecorra qualquer operação com o reservatório e que permitam uma saída rápida e emsegurança.

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6. As portas. de duas folhas, devem ter largura igual ou superior a 0,9m por folha elocalizarem-se em lados opostos, podendo a entidade competente para o licenciamentoautorizar outra solução em casos devidamente fundamentados.

6. No interior das áreas vedadas não devem existir raízes, ervas secas ou quaisquermateriais combustíveis, bem como deve ser assegurada uma adequada limpeza.

Artigo 36.°(Coberturas)

Só é permitida a cobertura do recinto onde os reservatórios se encontraminstalados, desde que a mesma seja incombustível, permitindo a expansão na verticalde eventuais ondas de choque e o local seja devidamente ventilado.

Artigo 37.°(Distância da vedação)

A vedação deve permitir a circulação junto ao reservatório, garantindo, em toda aenvolvente medida a partir da projecção horizontal dos reservatórios, dosequipamentos de bombagem, compressão e vaporização ou outros equipamentoscomplementares, uma área livre de qualquer obstáculo com a largura mínima de 1m.

Artigo 38.°(Sinalização)

Nos limites da área vedada devem ser afixadas em lugar visível, junto aosacessos e, se possível, em lados opostos da vedação, pelo menos, duas placas com asinalização «Proibição de fumar ou fazer lume».

CAPÍTULO VDistancias de Segurança

Artigo 39.º(Medição)

0. Todas as distancias de segurança devem ser medidas a partir da projecçãohorizontal do reservatório mais próximo, para os casos dos reservatórios superfícies oudas válvulas de segurança e de enchimento, para o caso dos enterrados ou recobertos.

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0. Para efeito da determinação das distâncias de segurança, considera-se:

) a capacidade total das garrafas, cheias e vazias, no caso de postos de garrafas;

) a capacidade de cada reservatório, nos restantes casos.

0. Dois postos de garrafas são considerados independentes, para efeito daaplicação das distâncias de segurança, se a distancia entre os recipientes maispróximos dos dois grupos for igual ou superior a 7,5m.

Artigo 40.º(Valores)

4. Todas as distâncias de segurança devem satisfazer os valores constantes doAnexo I deste regulamento, salvo as excepções previstas nos números seguintes.

4. No caso dos reservatórios superfícies de capacidade inferior ou igual a 25m3, osvalores mencionados no Anexo I podem ser reduzidas para metade, pela interposiçãode um muro que satisfaça as seguintes condições:

) ser construído em tijolo ou outro material não combustível (M.0) de resistênciamecânica equivalente;

) ter espessura igual ou superior a 0,22m, no caso de alvenaria, ou 0,10m, nocaso de betão armado;

) distar, no mínimo, 1m e, no máximo, 3m das paredes dos reservatórios;

) não possuir quaisquer orifícios;

) não existir em mais de dois lados contíguos da zona 2;

) ter uma altura «h» mínima indicada na figura, correspondente a um ponto dalinha que passa pelo ponto «V», situado 1m acima do acessório mais alto doreservatório, com exclusão da tubagem de descarga das válvulas de segurançae pelo limite da distancia «d» de segurança, definida no do Anexo I, medida noterreno;

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c) estender-se para um e outro lado do reservatório de modo que o trajecto realdos vapores satisfaça os valores indicados no Anexo I.

Altura dos muros

4. No caso dos reservatórios fixos ou amovíveis usados como fixos. em alinhamentocoaxial ou em «T», a distancia mínima entre cada reservatório e a estrutura deinterposição deve obedecer ao disposto no n.º 2 do artigo 10.°

Artigo 41°(linhas eléctricas)

As distâncias de segurança entre a projecção horizontal das linhas eléctricas nuasde baixa ou alta tensão e os reservatórios devem satisfazer o n.º 2 do Anexo I desteregulamento.

Artigo 42.º(Vaporizadores de chama directa)

Não é permitida a utilização de vaporizadores de chama directa, nem a instalaçãode serpentinas no interior dos recipientes de armazenagem, de modo a que estesfuncionem como vaporizadores.

Artigo 43.º(Vaporizadores de chama indirecta ou eléctricos antideflagrantes)

3. Os vaporizadores de chama indirecta ou eléctricos antideflagrantes devem serusados exclusivamente para vaporização da fase líquida do Gás de Petróleo Liquefeito(GPL) e ser instalados em abrigos ou recintos vedados, construídos com materiaisincombustíveis, bem ventilados ao nível do pavimento e da cobertura, com as portas deacesso a abrir para o exterior.

3. Os abrigos previstos no número anterior não devem ser usados para outros fins.

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Artigo 44.°(Distâncias de segurança dos vaporizadores)

A implantação dos vaporizadores de chama indirecta e ou eléctricosantideflagrantes deve respeitar as distancias de segurança estabelecidas no anexo IIdeste regulamento.

Artigo 45.º(Distancias de segurança dos recipientes contendo produtos inflamáveis,

comburentes ou tóxicos)

0. As distâncias de segurança entre os postos de reservatórios de Gás de PetróleoLiquefeito (GPL) e os recipientes dos produtos mencionados no anexo III desteregulamento devem respeitar os valores mínimos nele estabelecidos.

0. A distância mínima entre reservatórios de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL) decapacidade inferior ou igual a 0400m3, instalados junto de tanques de produtos de 3.ªcategoria, definidos na regulamentação especifica, de capacidade inferior ou igual a2m3, pode ser reduzida para 3m.

0. As distancias mínimas aos edifícios ou telheiros em que se proceda aoenchimento sistemático de taras de produtos inflamáveis, comburentes ou tóxicosdevem ser de:

) 10 m, para postos de garrafas ou de reservatórios de GPL de capacidade nãosuperior a 100 m3;

) 15 m para os postos de reservatórios de LPG acima de 100m3.

CAPITULO VIManutenção

Artigo 46.°(Reservatórios)

A manutenção dos reservatórios são aplicáveis as disposições daregulamentação específica dos recipientes sob pressão que contenham Gás dePetróleo Liquefeito (GPL).

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Artigo 47.º(Vaporizadores)

A manutenção do circuito de gás dos vaporizadores e aplicável o disposto nasrespectivas instruções do fabricante.

Artigo 48°(Acessórios e outros componentes)

Aos acessórios e outros componentes montados nos reservatórios e nosvaporizadores devem ser aplicados os procedimentos constantes no Anexo IV desteregulamento, os quais devem ser repetidos ciclicamente em cada seis e 12 anos, semprejuízo da aplicação das disposições da regulamentação específica que venha a serpublicada sobre a matéria.

Artigo 49°(Procedimentos de manutenção)

Os procedimentos a que se referem os artigos 46", 47 ° e 48.º competem aentidade exploradora dos equipamentos em causa, a qual deve ter em arquivo toda adocumentação relativa as acções de manutenção realizadas.

CAPÍTULO VIIFiscalização, Infracções e Multas

Artigo 50.º(Competência)

A competência para fiscalização do cumprimento das disposições constantes dopresente regulamento é do Ministério dos Petróleos e do Governo Provincial da área delocalização.

Artigo 51.º(Fiscalização)

3. As actividades de fiscalização do disposto no presente regulamento referem-se ascondições de segurança que devem obedecer as instalações de armazenagem de Gásde Petróleo Liquefeito (GPL) de acordo com o artigo 1.°

3. O Ministério dos Petróleos deve criar mecanismos adequados e eficazes quetornem efectivos os objectivos enunciados no número anterior.

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Artigo 52.º(Infracções e multas)

0. A violação do disposto nos nº 1 e 3 do artigo 3,° e nos n.º 1 e 2 do artigo 4° bemcomo nos artigos 7.°, 8°, 18.°, 25°, 38°, 40°, 45.° e 48.° e punível com multa emKwanzas equivalente a USD 50 000,00.

0. O não cumprimento das disposições contidas nos n.º 1 e 2 do artigo 5.° e non.º4.° do artigo 8° e punível com multa em Kwanzas equivalente a USD 20 000,00.

0. A inobservância dos requisitos estabelecidos nos artigos 6.°, 9.°, 10.°, 11°, 12.°,13.°, 14°, 15.°, 16.°, 17.°, 27.°, 30.°, 33.°, 36.°, 37.°, 41.° e 42.°, e punível com multaem kwanzas equivalente a USD 250 000,00.

0. A infracção prevista no n.° 2 do artigo 13.° e nos artigos 19°, 20.° e 43° e punívelcom multa em Kwanzas equivalente a USD 500 000,00.

0. Em caso de reincidência, a multa aplicável deve ser igual ao triplo do valorcominado para cada uma das infracções.

0. As multas previstas nos números precedentes, são aplicadas pelo Ministério dosPetróleos, ou pelo Governo Provincial da área de localização com base em processo0. instaurado aos infractores.

Artigo 53.°(Independência da aplicação das multas)

A aplicação das multas não desobriga o infractor ao cumprimento das normas dopresente regulamento e independente de quaisquer outras sanções que sejamimpostas por aplicação da Lei das Infracções Contra a Economia.O Ministro, Desidério da Graça Veríssimo e Costa.

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ANEXO IA que se refere os artigos 11.°, 32.°, 33.°, 40.° e 41.°

Distancias mínimas de segurança dos recipientes (em metros)

V – Capacidade de Recipiente (em metros cúbicos)V a03

0,5<v s2,5 2,5<v35 5<va12 12<v 3 2s 25<v 3 5050<v 3

200Designação

S S E/R S E/R S E/R S E/R S E/R S E/R1. Edifícios e viaspúblicas2. Linhasdivisórias depropriedades3. Fogo nus,equipamentoeléctrico nãoantiflagrante eprodutosinflamáveis4 Aberturas emedifícios,tornadas de arde ventiladores,esgotos e fossas

0 1

3 1,5 3 1,5 5 3 7,5 5 15 7,5 15 10

5. Vaporizadoresde chamaindirecta eeléctricos

1,5

6. outrosreservatórios degases depetróleoliquefeitos

0 1 0,5 1 0,5 1 0,5 1 0,5 1,5 1 1,5

7. Do carro-cisterna a válvulade enchimentode reservatório

3 5

8. Da válvula deenchimento adistância asentradas deedifícios, esgotose fossas

V.nº6do

artigo18º

2 3

S - superfície; E - enterrados; R - recobertos.

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ANEXO IIA que se refere o artigo 44.°

Distâncias de segurança dos vaporizadores (em metros)

C – Capacidade de Vaporização (kg/h)DesignaçãoC3 50 50<C 3 200 C> 200

A edificações interiores ao perímetro da instalação industrial 1 3 7,5

A edifícios, linhas divisórias de propriedade, vias públicas, fogosmis, equipamento eléctrico não antideflagrante e produtosinflamáveis

3 7,5 15

ANEXO IIIA que se refere o artigo 45.º

Distâncias de segurança em relação a recipientes contendo produtos inflamáveis,comburentes ou tóxicos (em metros)

V – Capacidade dos Reservatórios de GPL (em m3)C35 5<V 3 12 12<V 3 25 25<V s 50 50<V 3 200

Recipientes de produtos inflamáveis 6 6 15 6 15 6 6Recipientes de substâncias tóxicas 157,5 1530 1530 15 1522,5Recipientes de oxigénio decapacidade até 125 m3

15 1530 45

Recipientes de oxigénio decapacidade superior a 125 m3

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ANEXO IVA que se refere o artigo 48.º

Verificação periódica dos acessórios dos reservatórios

Procedimentos a executarAcessóriosCada 5 anos Cada 10 anos

Observações

Válvulas de SegurançaVerificação comsubstituição doselastómeros

Substituição

Substituição sempreque haja disparo ousurjam suspeitas dainspecção visualperiódica

Colector/adaptador deválvulas de segurança Inspecção Visual

Substituição parainspecção rigorosa,com substituição doselastómeros

Indicadores de nívelvariável

Inspecção Visual.Lubrificação da junta,quando exista

Inspecção visual comsubstituição deparafusos e anilhas.Lubrificação da junta,quando exista.

Deve ser montado como braço de flutuadorparalelo ao diâmetro doreservatório.

Nível de enchimentomáximo admissível

Comprovação defuncionamento

Comprovação defuncionamento

Bujão em latão.Verificação em cadaoperação de trasfega.Interdição de utilizaçãonos enchimentos adistância junto dasbocas.

Válvulas de enchimentoVerificação comsubstituição doselastómeros

Substituição -

Válvulas de fasegasosa

Inspecção dos órgãosde corte do caudal Substituição -

Válvulas de fase líquidaVerificação Visual comcomprovação dofuncionamento

Inspecção rigorosa,com eventualsubstituição

-

Adaptadores paraválvulas de fase líquida

Verificação visual comcomprovação dofuncionamento

Inspecção rigorosa,com eventualsubstituição

Quando existirem

Válvulas de equilíbrioVerificação visual comcomprovação dofuncionamento

Inspecção rigorosa,com eventualsubstituição

Quando existirem

Válvulas de purga Comprovação deFuncionamento

Comprovação deFuncionamento -

Postigos de visita - Comprovação deFuncionamento Quando existirem