reinventando o ensino médio
DESCRIPTION
Projeto Reiventando o Ensino MédioTRANSCRIPT
3
Apresentação 4
Introdução 5
Objetivos 9
Objetivo Geral 9
Objetivos Específicos 9
Justificativa 10
Implementação 14
Expansão 18
Anexo I 20
Anexo II 22
Anexo III 26
Anexo IV 28
Anexo V 30
Anexo VI 32
Anexo VII 34
Anexo VIII 36
Anexo IX 38
SUMÁRIO
4
Educação: um desafio sempre renovado
Ao apresentar o projeto Reinventando o Ensino Médio à comunidade mineira, a Secretaria de Estado de Educação reitera, uma vez mais, o seu compromisso com a permanenteconstrução de um sistema de ensino atento às caracterís-ticas da sociedade contemporânea, crescentemente valori-zado e com capacidade de atendimento extensiva a toda a população com demanda escolar. O projeto Reinventando, a título de piloto em curso em onze de nossas escolas, todas localizadas na área de atuação da Superintendência Metro-politana C, estará presente, a partir de 2013, em outras 120 escolas, distribuídas por todo o território mineiro e pelas demais 46 Superintendências Regionais de Ensino. A partir de 2014, o modelo será universalizado em toda a rede es-tadual.
Estamos, neste momento, diante de um novo desafio, o de ressignificar a escola pública estadual, em especial o Ensino Médio, como o lugar de uma formação qualifica-da a ser disponibilizada aos nossos jovens. São muitas as questões a serem enfrentadas, como são urgentes as me-didas necessitadas de implementação. Cabe à Secretaria de Educação, enquanto órgão gestor da educação em Mi-nas Gerais, uma atuação pautada pela responsabilidade e pela desencadeamento de políticas que propiciem à escola pública o pleno cumprimento das funções constitucionais a ela concernentes.
Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais
Governo do Estado de Minas Gerais
APRESENTAÇÃO
5
Introdução
As mudanças de grande amplitude que caracterizam a socie-dade contemporânea vêm causando um impacto de propor-ções inéditas no campo educacional. O aumento crescente da demanda por mais escolaridade, a busca urgente por novas formações, a necessidade de estruturas e percursos curriculares dotados de flexibilidade, os novos papéis exi-gidos do professor, a chegada de mercado e recursos peda-gógicos tecnologicamente avançados, a evidente limitação das metodologias mais ortodoxas, somados a tantos outros fatores, constituem um desafio para quaisquer sociedades, particularmente para as instituições que nelas estão mais estritamente associadas à educação. Em especial, as instân-cias públicas, em vista das funções constitucionais que lhes concernem e dada a extensão do atendimento de que estão encarregadas, acham-se diante de uma tarefa de grandes proporções, seja no sentido de possibilitar uma formação pertinente aos novos tempos, seja no sentido de aumentar as taxas de desempenho escolar, seja no sentido de difundir de forma significativa a chamada propensão para aprender. É bem provável que estejamos diante, no que se refere à ins-tituição escolar, não apenas de uma mutação de grau, mas de uma modificação mais aprofundada, cujas consequências apenas começam a ser entrevistas.
Vale lembrar que as questões detectadas nas escolas são inseparáveis do que se passa na sociedade a que elas per-tencem. Se for verdade que ingressamos, de forma definiti-va, nas chamadas sociedades do conhecimento, não é mais possível que a educação ocupe os lugares a que estamos habituados, solidários que são de outro tempo. Embora o projeto iluminista clássico do acesso generalizado à edu-cação permaneça inteiramente procedente, a questão do conhecimento ganha, nos nossos dias, importância e gravi-dade suplementares, uma vez que assistimos a uma aproxi-
mação crescente entre mundo do trabalho e mundo do co-
nhecimento. Profissões, mesmo antigas, quando não deixam
de existir, são agudamente transformadas pelo quantum de
conhecimento mais formal que exigem. Tudo isto confere ao
conhecimento um lugar inédito, bem como traz para os que
são, de algum modo, responsáveis pela gestão da educação,
responsabilidades adicionais.
É entendimento largamente compartilhado que os valores
democráticos - a consciência crescente de que o avanço
de uma sociedade deve ser medido pela sua capacidade de
inclusão e de extensão à população como um todo dos be-
nefícios oriundos do desenvolvimento, seja considerado nas
suas dimensões mais tangíveis, seja considerado nas suas
dimensões menos tangíveis, mas nem por isso menos reais –
constituem uma conquista histórica a ser defendida em todas
as instâncias. Ora, o conhecimento, considerado nas dimen-
sões da produção, da formação, do acesso é, talvez, o bem
mais decisivo do nosso tempo, o que nos obriga a incluir
entre a pauta de direitos o direito ao conhecimento, como
condição incondicional de cidadania. A presença do fator co-
nhecimento, seja como recurso a cada dia mais decisivo para
enfrentar os problemas criados pela exploração acelerada
dos recursos naturais, seja como instância de qualificação
profissional, seja como requisito para a vida em comunidade,
seja como condição para o acesso à imensa parte dos ins-
trumentos e objetos que caracterizam a contemporaneidade,
integra o que pode ser chamado do patamar da cidadania
dos nossos dias. Somados ao espectro clássico dos direitos,
o campo do acesso ao conhecimento é onde, no nosso tem-
po, está sendo decidido o futuro das nações e, considerada
uma sociedade em particular, é onde está sendo decidido o
futuro dos seus cidadãos.
APRESENTAÇÃO
6
A adequada aproximação entre educação, empregabilidade e cidadania é uma exigência a ser cumprida por quaisquer políticas educacionais compatíveis com a contemporaneida-de. Reformas educacionais, não importa o seu escopo ou amplitude, devem levar em conta cada um destes fatores e, sobretudo, a articulação entre eles.
Em vista desse cenário, cuja complexidade não é possível exagerar, a Secretaria de Estado de Educação entendeu como urgente um exame mais alentado do sistema educacio-nal sob sua responsabilidade, particularmente o Ensino Mé-dio, nas três séries que o integram. Ainda que Minas Gerais ocupe as primeiras posições no conjunto dos Estados brasi-leiros relativamente ao desempenho discente, são inúmeros os problemas a serem enfrentados e imensa a distância a ser percorrida até que sejam alcançados os níveis pretendidos. É dupla, portanto, a motivação que leva a Secretaria de Edu-cação a propor o projeto ora apresentado. De um lado, trata--se de um exercício de proatividade que indica a preocupação em desenvolver um Ensino Médio consentâneo com o nosso tempo e, de outro, trata-se de buscar formas de enfrentar problemas que, apesar de virem de longa data, permanecem cruciais. Continuamos com patamares de desempenho insu-ficientes, com números concernentes ao abandono/evasão preocupantes e com dados inaceitáveis relativamente à dis-torção idade / série.
Considerado de um ponto de vista político, o atual cenário educacional é um campo apropriado e oportuno para uma atuação pública alicerçada em princípios democráticos. As-sim, tanto cabe tornar o sistema educacional mais pertinen-te ao nosso tempo, como também cabe garantir o acesso mais generalizado e continuado ao conhecimento, requisito fundamental das novas condições de cidadania.
À luz de tudo isso, foi proposto o projeto Reinventando o Ensino Médio, com o gerúndio indicando a sua permanente construção. Extensivo a todo o Ensino Médio mineiro1 , o
projeto amplia a carga horária da formação, seja a diurna, seja a noturna, para 3.000 horas. No turno diurno, o ins-trumento do 6º horário permite o cumprimento do total de horas nos 200 dias letivos. No turno noturno, a integrali-zação do percentual de crescimento de 2.500 para 3.000 horas será viabilizada através de atividades extra classe, em parte decorrentes da área de empregabilidade e em parte decorrentes dos Conteúdos Interdisciplinares Aplicados. Ex-periências como o Ensino Médio integrado, com duração de 4 anos, ou os programas de profissionalização simultânea, como o PEP, permanecem como outras formas de organiza-ção deste ciclo escolar, mas a proposta constante do Rein-ventando passa a ser, progressivamente a partir de 2012, a estrutura curricular oficial do Ensino Médio estadual em Minas Gerais.
Tendo como horizonte a conjuntura histórica acima descrita, ainda que de forma sucinta, o projeto Reinventando ancora--se em três princípios fundamentais, os quais circunscrevem a sua natureza: significação/identidade, empregabilidade e qualificação acadêmica.
Por significação/identidade entendemos, inicialmente, a ne-cessidade de que esse ciclo de estudos venha a ser per-cebido pelos estudantes como a oferta de um conjunto de recursos simbólicos capaz de favorecer a inserção no mundo e a compreensão dos processos sociais. Entretanto, se, de um lado, o contato com o acervo constituído pelos campos disciplinares – científicos e humanísticos – é condição in-substituível de enfrentamento seja do mundo da vida, seja do mundo do trabalho, de outro lado, é indispensável que este acervo seja apresentado de modo a que os estudantes possam perceber, efetivamente, a sua relevância2 . Ao requi-sito da significação se acrescenta o da identidade, a outra face da mesma moeda. O Ensino Médio não deve ter sua identidade submetida às exigências dos ciclos de estudos que se seguem. Reduzido a uma etapa meramente prepara-tória, duas consequências daí decorrentes, ambas nefastas,
1. O planejamento do Projeto prevê o início da fase piloto em 2012, a expansão para mais 120 escolas em 2013 e a sua universalização em 2014. Em virtude da instalação do Reinventando o Ensino Médio em uma escola começar pelo 1º ano e abranger as demais séries progressivamente nos anos seguintes, a expectativa é que somente no ano de 2016 o projeto alcance todas as escolas e todas as séries do nível médio.
.2 Durante discussões realizadas nos grupos focais constantes do projeto Reinventando, ficou patente a perplexidade dos estudantes diante da sensação de irrelevância dos conteúdos ensinados.
7
evidenciam-se. Uma porque parte substantiva dos estudan-tes aí encerra a sua formação e outra decorrente do fato de que, capitulados diante das exigências dos exames de acesso ao ensino superior, perdemos a oportunidade de indicar, na diversidade das áreas de conhecimento, o que caracteriza a formação humana desejável/recomendável nesta etapa dos estudos. Tendo como referência a Língua Portuguesa ou a Geografia, a Matemática ou a História, a Química ou a So-ciologia, a Filosofia ou a Biologia, a Educação Física ou a Arte, a Língua Estrangeira ou a Física, uma mesma questão se apresenta: o que, em cada uma destas áreas, vale como formação humana dos estudantes do Ensino Médio?
O segundo princípio, que estamos nomeando como empre-gabilidade, não significa ensino médio profissionalizante, que continuaria com o perfil e a oferta hoje existentes. Por empregabilidade entendemos a oferta de uma formação que possibilite ao estudante dispor de maiores condições de in-serção múltipla no mercado de trabalho. O acervo das áreas de empregabilidade é amplo e sempre suscetível de acrés-cimo, observado o perfil da escola e da região em que se encontra3. Disponibilizando uma diversidade de áreas, entre as quais as escolas devem oferecer de duas a três alternati-vas, este acervo garante ao estudante uma margem de esco-lha que o torna, em parte, autor do seu percurso curricular. Ao invés de uma destinação profissionalizante específica, o propósito do Reinventando é fornecer instrumentos que per-mitam a atuação num espectro profissional mais irradiado e, por isso mesmo, mais amplo. A aproximação, de resto tão contemporânea, entre o mundo do trabalho e o mundo do conhecimento recomenda que a escola, não importa a etapa em que se encontre, encarregue-se de oferecer instrumen-tos que, ao invés de viabilizarem unicamente a aquisição de um conjunto específico de conhecimentos, desenvolvam e mantenham viva a capacidade dos alunos permanecerem aprendendo ao longo do tempo. Propor a empregabilidade como princípio constitutivo quer dizer, portanto, que os es-tudantes, ao concluírem o ensino médio, contarão, também, com melhores condições para concorrer a postos de trabalho.
3. Inicialmente foram prospectadas 18 áreas de empregabilidade com o perfil desejado pelo projeto e, a princípio, com viabilidade técnica de implantação, conforme o ANEXO I.
A importância de adicionar um fator de qualificação para o trabalho à formação propiciada pelo ensino médio pode ser atestada, por exemplo, pela consulta aos dados referentes a crescimento salarial, conforme indica o quadro a seguir, que retrata os problemas associados á relação atual entre a formação propiciada pelo Ensino Médio e o crescimento salarial.
5036 36
3
-11
25
0
Analfabetos Ensino Médio Ensino Superior Pós-graduação
–25
Crescimento Salarial Real no Brasil, 1992-2009 (%)
Fonte: PNAD/IBGE.
No período de 1992 a 2009, houve uma variação negati-va do crescimento salarial para pessoas com ensino médio completo. Por outro lado, houve, no mesmo período, um crescimento efetivo dos salários de analfabetos e dos pós--graduados. Este cenário tem como decorrência, entre outros fatores, o baixo estímulo para que os estudantes concluam o ensino médio, uma vez que esta etapa de estudos não é recompensada, de forma significativa, do ponto de vista sa-larial. Assim, a conclusão do ensino médio passa a interessar apenas aos estudantes que se destinam ao prosseguimento dos estudos em instituições de ensino superior, retirando do ensino médio qualquer significado próprio.
O terceiro princípio, a garantia de que a formação ofertada propicie o prosseguimento dos estudos, indica, junto com os princípios anteriormente mencionados, a natureza públi-ca do projeto Reinventando. Embora nem todos os alunos venham a prosseguir os estudos após a conclusão do Ensi-no Médio, estamos diante de um direito que a todos deve ser estendido. O interesse em descaracterizar a formação ao
8
longo do Ensino Médio, de modo que ela dificulte o acesso ao Ensino Superior, não importa a justificativa apresenta-da, é um postulado de exclusão social e de manutenção de um cenário de injustiça inaceitável. Contrariamente a isso, o projeto Reinventando busca atender à formação prescrita para o bom desempenho nos exames relativos ao prossegui-mento dos estudos.
Dados esses princípios, o exercício a ser feito é o da sua aproximação, de modo que possam ser atendidos no que apresentam de específico e que se obtenham os efeitos que apenas a sua conjunção torna possível. Aqui, além de buscar uma síntese mais que desejável, trata-se de responder, no campo da escola, aos desafios apresentados pela sociedade do nosso tempo.
Esses princípios deram origem a uma proposta caracteriza-da por percursos curriculares alternativos, flexibilidade, uso das novas tecnologias de ensino/aprendizagem, atividades interdisciplinares e instrumentos formativos extraescolares. Os percursos curriculares propostos adicionam os conteú-dos das áreas de empregabilidade ao atendimento do que é estabelecido pelo Currículo Básico Comum (CBC) e estão consubstanciados na Resolução 2.030 da SEE/MG4 . Dessa forma, o estudante percorre, simultaneamente, dois eixos formativos inter-relacionados com identidade clara, de modo que, ao concluir o Ensino Médio como uma etapa significati-va da vida escolar, além da formação que lhe permite o pros-seguimento dos estudos, conte, também, com os instrumen-tos proporcionados pela área de empregabilidade cursada5. Considerando o percurso curricular, o estudante contará, a
todo o tempo, com um instrumento de tutoria na escola, que lhe permitirá, não apenas o acesso progressivo ao conheci-mento das possibilidades profissionais inerentes às áreas de empregabilidade, como também contar com informações suficientes para a escolha adequada, a cada matrícula, entre as disciplinas disponibilizadas. Uma tal orientação é neces-sária, seja para a matrícula em disciplinas pertencentes ou não à área de empregabilidade de opção, seja para a matrí-cula em atividades não disciplinares.
A formação proposta está em consonância com a resolução n° 2/2012, do Conselho Nacional de Educação, que define as diretrizes curriculares para o Ensino Médio6 . É parte inte-grante do projeto a colaboração constante com a Magistra, Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional dos Edu-cadores, criada pela Lei Delegada nº 180, de 20 de janeiro de 2011. Enquanto unidade voltada permanentemente para a formação de profissionais de educação, a Magistra, Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educado-res de Minas Gerais, desempenha um papel fundamental no projeto Reinventando, seja enquanto proponente direta de cursos, seja enquanto escuta qualificada das demandas de formação provenientes da rede de profissionais da educa-ção no Estado de Minas Gerais, no campo do conteúdo e no campo das estratégias inovadoras de ensino. Atuando, simultaneamente, de forma presencial e a distância, a Ma-gistra tem por objetivo a extensão de suas atividades ao território mineiro como um todo, atuando em escala, con-dição necessária indispensável para o atendimento ade-quado de sistemas educacionais com o porte do existente em Minas Gerais.
4. Consultar ANEXO II.5. Consultar ANEXO III6. A resolução n° 02/2012 da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação encontra-se disponível no site: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17417&Itemid=866.
9
OBJETIVOSOBJETIVOS
Objetivo Geral
O projeto Reinventando o Ensino Médio, através da reformu-lação curricular da rede pública de Ensino Médio em Minas Gerais, tem como objetivo a criação de um ciclo de estudos com identidade própria, que propicie, simultaneamente, me-lhores condições para o prosseguimentos dos estudos e mais instrumentos favorecedores da empregabilidade dos estu-dantes ao final de sua formação nesta etapa de ensino. Ao se associar a políticas que contribuem para a ressignificação da escola pública em Minas Gerais, o projeto assinala a im-portância do acesso ao conhecimento como condição para o exercício da plena cidadania na sociedade contemporânea.
Objetivos Específicos
Proporcionar o acesso a temáticas e abordagens que des-
pertem o interesse dos estudantes, fazendo com que a esco-
la venha a ser vivida como uma experiência significativa na
formação da autonomia pessoal e na capacidade de inserção
social.
Destacar os novos papéis desempenhados pelo conheci-
mento na contemporaneidade.
Evidenciar o lugar do estudante como sujeito do conheci-
mento e protagonista de sua formação, respeitados os res-
pectivos direitos e deveres.
Viabilizar trajetórias e percursos curriculares diferencia-
dos, de modo a permitir aos estudantes o exercício da es-
colha.
Possibilitar o enriquecimento curricular através de forma-
ção extra-escolar.
Propiciar o uso por parte da escola de novos recursos tec-
nológicos na área da educação.
Ampliar o número de matrículas no ensino médio.
Possibilitar a elevação dos indicadores de desempenho no
ensino médio.
Elevar o nível de proficiência dos estudantes nos testes
internos e externos de avaliação.
Difundir permanentemente procedimentos pedagógicos de
boas práticas no âmbito das escolas.
Reduzir os índices de abandono/evasão.
Encaminhar medidas capazes de diminuir a distorção ida-
de/série.
Garantir aos professores, gestores e demais profissionais
da educação instâncias de formação permanente.
Disponibilizar aos profissionais da educação instrumen-
tos que favoreçam a preparação para lidar com as novas
configurações do alunado e do perfil do conhecimento da
atualidade.
10
Justificativa
O ensino médio no Brasil, etapa final da Educação Básica, visa dar sequência a uma formação escolar capaz de possibi-litar a participação ativa na vida social, cultural e econômi-ca, respeitando princípios da convivência democrática, com os direitos e deveres a ela atinentes, bem como as liberdades fundamentais do ser humano.
De acordo com as finalidades do ensino médio, postas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei 9394/96), isto significa assegurar a todos os cidadãos a oportunidade de consolidar e aprofundar os “conhecimentos adquiridos no ensino fundamental” aprimorar o educando “como pessoa humana”, possibilitar “o prosseguimento de estudos”, garantir “a preparação básica para o trabalho e a cidadania” e dotar o educando dos instrumentos que lhe permitam “continuar aprendendo”, tendo em vista o desen-volvimento da “compreensão dos fundamentos científico--tecnológicos dos processos produtivos” (art. 35, incisos I a IV).
De uma forma geral, as questões relativas ao Ensino Médio passaram a ocupar na agenda educacional do País o lugar até aqui ocupado pelo Ensino Fundamental. A substituição dos exames de acesso específicos das universidades pelo ENEM, cuja consolidação é crescente, e o incremento da de-manda por mão de obra com qualificação técnica, entre ou-tros fatores, têm evidenciado a necessidade de uma reforma mais aguda no Ensino Médio brasileiro. Em Minas Gerais,
os avanços no Letramento, com 88,9% de alunos no nível recomendado, e no Ensino Fundamental, cuja série histó-rica indica um crescimento, justificam que uma dose maior de atenção se volte, de maneira mais consistente, para o Ensino Médio. Embora a educação mineira, tendo em vista o conjunto dos Estados do Brasil, ocupe o 3° lugar no IDEB 2009, o Ensino Médio apresenta inúmeros problemas. No caso do ensino médio público, os desafios exigem medidas efetivas e continuadas decorrentes de programas governa-mentais. Entretanto, vale lembrar como indicador das pos-sibilidades inerentes ao Ensino Médio público em Minas, as significativas taxas de aprovação dos egressos deste sistema na Universidade Federal de Minas Gerais, situadas sempre em patamares superiores a 30%.
Minas Gerais possui um sistema de ensino médio de amplo atendimento, composto por dependências administrativas pertencentes à rede federal, à rede estadual, visivelmen-te majoritária, à rede municipal e a instituições escolares privadas. Em 2011, os dados apontam que, das 8.400.689 matrículas no ensino médio brasileiro, Minas Gerais concen-trou o segundo maior número da federação com 861.022 alunos matriculados, números inferiores apenas a São Paulo (1.872.887). Em termos de dependências administrativas, ainda em Minas Gerais, a rede estadual detinha a maior quantidade de matrículas no ensino médio, seguida da rede das instituições privadas. A tabela abaixo apresenta uma síntese do número de matrículas no ensino médio no Brasil, na região sudeste e nos estados dessa região da federação.
TABELA 1: Número de Matrículas no Ensino Médio, Normal/Magistério e Integrado por Dependência Administrativa, segundo a Região Geográfica e a Unidade da Federação – 2011
Unidade da Federação (UF)
TotalDependência administrativa
Federal Estadual Municipal PrivadaBrasil 8.400.689 114.939 7.182.888 80.833 1.022.029
Sudeste 3.479.392 36.761 2.920.964 40.676 480.991
Minas Gerais 861.022 15.930 747.573 11.289 86.230
Espírito Santo 135.803 4.984 112.592 129 18.098
Rio de Janeiro 609.680 14.364 469.870 6.301 119.145
São Paulo 1.872.887 1.483 1.590.929 22.957 257.518
Fonte: MEC/Inep/EducaCenso 2011– Elaboração própria
11
Gráfico 1: Matrículas no Ensino Médio por Dependência Administrativa – Minas Gerais
Federal
87%
1%2%10%
EstadualMunicipalPrivada
Fonte: MEC/Inep/EducaCenso 2011 – Elaboração própria
Como esse gráfico indica, o sistema público estadu-al é responsável por cerca de 87% das matrículas no en-sino médio, cabendo ao sistema privado apenas 10% e aos sistemas municipal e federal os percentuais restan-tes, ressalvada a permanência, no caso do ensino médio, do movimento migratório do sistema municipal para o sistema estadual.
Em relação ao número de unidades de ensino com oferta de ensino médio em 2011, das 26.944 existentes no Brasil, 2.975 estão em Minas Gerais, das quais 2.164 são estaduais. O número de professores em exercício no ensino médio para o período considerado foi, para o Brasil, 477.273 professo-res, sendo 55.079 em exercício no estado de Minas Gerais (EDUCACENSO, 2010).
Em termos de rendimento escolar, de acordo com da-dos do EDUCACENSO (2010), 1.793.167 alunos concluí-ram o ensino médio no Brasil no ano de 2010. Desse to-tal, 154.176 estudantes pertenciam ao ensino médio estadual mineiro.
Sobre as taxas de aprovação, reprovação e abandono, o ensi-no médio mineiro, apresenta, em vários aspectos, resultados semelhantes à realidade nacional. Em 2010, a taxa de apro-vação no ensino médio do Brasil foi de 77,2 - enquanto a de Minas foi de 77,8. A taxa de reprovação do ensino médio nacional foi de 12,5 e a mineira foi de 13,4. A taxa de aban-dono dos estudantes de ensino médio do País foi de 10,3, enquanto a do estado de Minas Gerais foi em torno de 8,8.
TABELA 2: Taxas de Rendimento (%) - Aprovação, Reprovação e Abandono - segundo a Região Geográ-
fica e a Unidade da Federação – 2010.
Unidade da Federação
(UF)
Dependência administrativa
Federal Estadual Municipal Privada
AprovaçãoBrasil 84.1 74,9 79,2 93,6
Sudeste 86,9 76,5 82,4 93,7
Minas Gerais 85,3 75,9 77,1 92,8
Espírito Santo 89,4 76,4 95 94,5
Rio de Janeiro 87 63,8 76,8 89,4
São Paulo 92,8 80,9 87,7 95,4
(UF) ReprovaçãoBrasil 14,2 13,4 10,3 5,9
Sudeste 12,3 15,3 13,2 6,1
Minas Gerais 13,9 14,1 16,4 6,7
Espírito Santo 9,6 15,2 4,3 5,1
Rio de Janeiro 11,8 20,7 16,5 10
São Paulo 6,7 13,9 9,9 4,5
(UF) AbandonoBrasil 1,7 11,7 10,5 0,5
Sudeste 0,8 8,2 4,4 0,2
Minas Gerais 0,8 10 6,5 0,5
Espírito Santo 1 8,4 0,7 0,4
Rio de Janeiro 1,2 15,5 6,7 0,6
São Paulo 0,5 5,2 2,4 0,1
Fonte: MEC/Inep/Deed-2010 – Elaboração própria
12
Quanto ao desempenho nos testes padronizados de men-suração de proficiência, embora Minas Gerais, desde 2006, venha apresentando melhorias crescentes nos exames do PROEB7 do 3º ano do ensino médio, os resultados permane-cem preocupantes, conforme aponta o gráfico a seguir.
GRÁFICO 2: Resultados do PROEB – Evolução do percentual de alunos com nível recomendável em
Língua Portuguesa e Matemática em Minas Gerais: 2006-2011
40,0
27,331,6 30,4 30,6
37,5
29,735,0
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0 2,8 3,2 3,8 3,7
0,02006 2007 2008 2009 2010 2011
Ano
Português Matemática
Porc
enta
gem
(%
)
4,1 3,7
Fonte: Superintendência de Informações Educacionais (SIE-SEE/MG, 2006-2011) – Elaboração própria
No exame do SAEB8, no ano de 2009, 32% dos estudantes do ensino médio mineiro obtiveram desempenho satisfatório na prova de Língua Portuguesa e 15,2% obtiveram esse pa-drão de desempenho na prova de Matemática. Já no exame do PISA9 do ano de 2009, o percentual de alunos com nível de proficiência adequado em Leitura foi de 30,7%, em Mate-mática foi de 18,8% e em ciências foi de 25,9%.
Os resultados do IDEB10, apesar de indicarem um bom posi-cionamento de Minas Gerais em relação aos demais sistemas estaduais no Brasil, devem ser objeto de uma análise mais cuidadosa, capaz de conduzir a novas medidas de aprimo-ramento. Dados da Superintendência de Informações Educa-cionais da Secretaria de Educação (SIE – SEE/MG) confirmam o chamado efeito funil, que evidencia a redução do alunado ao longo do percurso no ensino médio. O gráfico a seguir aponta uma redução de aproximadamente 27% do alunado na passagem da primeira para a segunda série do ensino médio e de 19% na passagem desta para a terceira série.
GRÁFICO 3: Número Absoluto de Matrículas no Ensino Médio em Minas Gerais em 201111
350.000 312.638
228.091
184.904
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
01º Ano 2º Ano
Etapas de Ensino
Mat
rícu
las
3º Ano
Fonte: Superintendência de Informações Educacionais (SIE-SEE/MG, 2011) – Elaboração própria
Com relação aos dados de distorção idade/série, apontados na tabela a seguir, o cenário evidencia, igualmente, a neces-sidade de medidas corretoras.
TABELA 3: Taxa de Distorção Série-Idade12 (%), por Dependência Administrativa, segundo a Região Geográfica e a Unidade da Federação – 2010
Unidade da Federação
(UF)Total
Dependência administrativa
Federal Estadual Municipal Privada
Brasil 34,5 23,2 38,3 40,0 7,8
Sudeste 26,2 20,1 29.4 23,1 7,0
Minas Gerais 31,3 21,3 34,3 30,3 8,6
Espírito Santo 25,1 9,8 28,5 9,9 6,5
Rio de Janeiro 43,5 19,7 51,5 34,8 10,7
São Paulo 18,1 27,7 20,3 14,5 4,9
Fonte: MEC/Inep/Deed-2010– Elaboração própria
7. PROEB: Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica do Estado de Minas Gerais, realizado pelo Sistema Mineiro de Avaliação Escolar do estado de Minas Gerais (SIMAVE).8. Sistema de Avaliação da Educação Básica realizado pelo Ministério da Educação através do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais Anísio Teixeira (INEP).9. Programme for Internacional Student Assessment. O PISA é um teste internacional padronizado, avaliando-se em cada país um quantitativo de 4500 a 10000 estudantes. nas áreas de Leitura, Ciências e Matemática.
10. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Essa medida expressa a relação entre o desempenho na prova Brasil e o fluxo escolar do estudante.
11. Estes números não incluem as matrículas no 4º ano, como também não incluem as matrículas da modalidade não seriada.
12. Percentual de alunos, em cada série, com idade superior à idade recomendada para aquela série, considerando-se, no sistema educacional brasileiro, a idade de 7 anos como a recomendada para o ingresso no Ensino Fundamental de oito anos, e de 6 anos no caso do Ensino Fundamental de nove anos, a e de 15 anos para o ingresso no Ensino Médio
(Fonte: www.todospelaeducacao.org.br).
13
Uma análise, mesmo que rápida, dos dados acima indica a importância e a abrangência da temática do ensino médio. Aos dados de natureza quantitativa, outros, mais qualitati-vos, mas não menos importantes, podem e devem ser acres-centados. Particularmente, vale lembrar uma queixa reite-rada, vinda dos estudantes, que assinala o baixo grau de atratividade dos estudos realizados no ensino médio, o que pode ser confirmado pela leitura da pesquisa realizada com grupos focais de estudantes das escolas participantes da fase/etapa piloto do projeto Reinventando o Ensino Médio. Entre as reclamações mais constantes, estão as que dizem respeito à ausência de preparação mais sólida para a conti-nuidade dos estudos, seja no ensino superior, seja no ensino profissional, à desvinculação excessiva entre a escola e o mundo do trabalho e da vida, e à quase inexistente flexibili-dade/diversidade curricular. Confirmando esta opinião, uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas no ano de 2008 apontou que, no Brasil, 40% dos alunos de 15 a 17 anos deixaram de estudar por entender que a formação es-colar era destituída de qualquer interesse.
Os dados disponíveis e a consciência generalizada de que há muito por ser feito assinalam a necessidade de uma aborda-gem de amplas proporções dos temas e problemas ligados ao ensino médio. Com relação a desempenho, abandono/evasão e distorção idade/série, entre outros itens, os pro-blemas a serem abordados exigem, para além de eventuais medidas pontuais, uma revisão mais aguda do sistema, con-duzida a partir de políticas públicas consentâneas com a seriedade dos problemas e com a responsabilidade que cabe à Secretaria de Estado de Educação, órgão responsável, jun-tamente com as instâncias municipais correspondentes, pela educação básica pública em Minas Gerais.
É essa, justamente, a motivação maior e a orientação básica do projeto Reinventando o Ensino Médio, exemplo da res-ponsabilidade com que a Secretaria de Estado de Educação vem enfrentando os desafios que caracterizam o cenário da educação pública estadual em Minas Gerais.
14
Implementação
Fase/Etapa Piloto
A implementação do projeto Reinventando o Ensino Médio vem sendo desencadeada a partir de múltiplas iniciativas, conduzidas sinergicamente por uma diversidade de setores, seja na sede da Secretaria, seja nas Superintendências, seja na Magistra, seja nas escolas. A condução dos trabalhos a partir de um amplo compartilhamento das discussões cons-titui, desde o princípio, uma referência metodológica que tem permitido o encaminhamento eficaz das ações. Elabo-rado como uma política pública, o projeto leva em conta a visão da totalidade dos atores envolvidos com o ambiente educacional, aumentando, assim, suas chances de êxito. Em lugar de um conjunto de ações determinadas a priori, o que se tem em vista é a elaboração de uma ação pluralizada e participativa.
As diversas equipes confluem os trabalhos para uma ge-rência do projeto, sediada no gabinete da Secretária Ad-junta de Educação e composta pelos representantes dos mais diversos setores. Um Plano de Ação arrojado, apoiado num cronograma detalhado, indica a variedade das tare-fas a serem empreendidas, os responsáveis por elas, bem como os mecanismos que permitem eventuais ajustes e correções de rota.
O piloto do projeto tem como área de atuação as 11 escolas estaduais de ensino médio localizadas na Regional Norte de Belo Horizonte13, todas adstritas à SRE Metropolitana C
(ver ANEXO IX). A Regional Norte, área de localização das escolas, apresenta características que a otimizam enquan-to laboratório do projeto: altos índices de vulnerabilidade e desigualdade social, diversidade cultural pronunciada, pre-sença de comunidades Quilombolas e Ciganas, bem como uma ocupação territorial desordenada e uma acentuada ten-dência de crescimento populacional através da expansão do Vetor Norte em Belo Horizonte. A escolha da área de atuação do piloto foi ditada, como se pode ver, por fatores como relevância pública, viabilidade de funcionamento e oportu-nidade de replicabilidade.
Uma primeira versão do projeto, discutida pela equipe da Secretaria de Educação, juntamente com representantes da Superintendência Metropolitana C, foi apresentada ao fórum de diretores das 11 escolas e aí exaustivamente discutida. Simultaneamente, foram conduzidos grupos focais junto a alunos e professores das escolas constantes do projeto, ob-jetivando o levantamento de problemas e questões que pu-dessem favorecer a continuidade da construção do projeto. Uma vez encerrada essa primeira etapa, o projeto ganhou uma segunda versão, com uma riqueza maior de desenvol-vimento. Aprovados os três princípios constitutivos do Rein-ventando, a saber, identidade/significação, empregabilidade e continuação dos estudos, o trabalho a seguir apontou um leque de 16 possibilidades para a configuração da área de empregabilidade. O fórum de diretores, à vista das alter-
13. A Regional Norte é uma região administrativa de Belo Horizonte, cuja delimitação geográfica é determinada pela Lei Municipal 10.323 de 19/07/2011.
Implementação
15
nativas, optou pela escolha de 3 áreas, extensivas a todas
as escolas, a saber, Comunicação Aplicada, Tecnologia da
Informação e Turismo14.
Cada uma das três áreas escolhidas atende ao requisito nu-
clear da ideia de empregabilidade, a saber, a possibilidade
de ocupação de postos de trabalho múltiplos e inespecíficos.
Em vista deste objetivo, foram construídas as estruturas cur-
riculares das áreas.
A área de Comunicação Aplicada se estende desde o exame
das relações mais gerais entre comunicação e sociedade até
a formação em tópicos como Produção para Web, Criação
Visual e Produção de Eventos, entre outros.
Tecnologia da Informação é uma área de conhecimento per-
cebida a cada dia como crescentemente estratégica para
quaisquer áreas de atuação. O currículo proposto é foca-
do, basicamente, na aquisição de habilidades básicas para
a resolução de problemas, o que viabiliza a formação de
alcance generalizado, caracterizadora do Projeto Reinven-
tando. Integram também a estrutura curricular da área itens
com forte dose de atratividade como Jogos Digitais, Proje-
tos de Inclusão Digital e projetos decorrentes do uso mais
imediato da TI.
Da mesma forma que as demais áreas, a formação em Turis-
mo visa propiciar conhecimentos que permitam um amplo
âmbito de atuação, que compreende aspectos de natureza
histórica, cultural e paisagística. Compreendendo temas
mais abrangentes como a relação entre Turismo e Susten-
tabilidade, são também visados tópicos como Montagem de
Projetos Turísticos, Turismo de Eventos e Diagnóstico de In-
fraestrutura Turística.
Para além da formação intraescola, em cada uma das três
áreas de empregabilidade, estarão sempre abertas modali-
dades de interação com outros espaços sociais, bem como
o recurso permanente às novas tecnologias e seu uso no
espaço escolar.
Com a definição das áreas de empregabilidade, a proposta
já estava delineada em suas linhas mestras, pronta para ser
levada à discussão junto às comunidades das 11 escolas in-
tegrantes do projeto.
Reuniões realizadas em cada uma das 11 escolas permiti-
ram a ampliação da discussão e, mais do que isso, possibi-
litaram um cotejo mais apurado do projeto com a realidade
das escolas. Este procedimento foi essencial, uma vez que se trata de um projeto cuja adesão foi, naquele momento,
14. Para o detalhamento da estrutura curricular das 3 áreas de empregabilidade, consultar a Resolução 2030/2012, da SEE, constante do anexo II.
16
facultada às escolas. O detalhamento das discussões, os pro-blemas específicos de cada escola, as necessárias modula-ções do projeto em vista da diversidade das realidades, as críticas apresentadas e as sugestões propostas, mais uma vez, enriqueceram o projeto. De modo particular, foi exten-samente debatida com as comunidades escolares a proposta de acrescentar à formação propiciada pelo Ensino Médio, através das áreas de empregabilidade, novas competências e habilidades de maneira a permitir que o aluno egresso deste nível de ensino esteja mais preparado para os desafios atinentes ao mercado de trabalho. Vale acrescentar que as reuniões tiveram como consequência a criação de uma via de mão dupla entre as escolas e a Secretaria de Educação, atra-vés da equipe mais diretamente responsável pela condução do projeto. Esta via de mão dupla, na verdade um princípio metodológico propositado e de largo alcance, vem caracteri-zando desde o princípio as ações do projeto.
Passada a 1ª etapa das visitas às escolas, a Secretaria solici-tou ao fórum de diretores a apresentação do que foi chama-do de um patamar mínimo de condições para a implantação do projeto nas escolas. Deste patamar, relativo a dados de infraestrutura física, deveriam constar, também, equipamen-tos de informática, tais como laboratórios de informática, novos computadores, reforma e ampliação da rede lógica e recursos de multimídia, que, em conjunto, pudessem viabili-zar o uso de tecnologias inovadoras no campo da educação.
Tendo em vista as necessidades decorrentes da instalação curricular das áreas de empregabilidade, foram criados, com o apoio em legislação específica, os cargos de coordenação15 e orientação16 de área. Cada escola passou a contar com um coordenador geral do projeto e três orientadores, um por área, com carga horária, requisitos e funções especifi-cadas em legislação própria. Currículos abertos, percursos curriculares alternativos, medidas para favorecer a escolha consciente dos percursos curriculares, instâncias formati-vas extraescolares, exigem acompanhamento circunstan-ciado e orientação constantes, o que explica a necessidade dos cargos criados.
Para cada uma das áreas de empregabilidade – Comunica-ção Aplicada, Tecnologia da Informação e Turismo - foram contratados consultores, com a tarefa de propor uma primei-ra configuração curricular para as áreas. Apresentada uma primeira proposta, teve lugar, na Magistra, a 1ª etapa forma-tiva do projeto, com a participação dos 11 coordenadores, 1 de cada escola, e dos 33 orientadores, 3 por escola, com o propósito de assentar a base curricular das áreas de empre-gabilidade e, simultaneamente, gerar material de natureza didática. A geração de material didático e sua disponibili-zação em meios virtuais são de grande importância, uma vez que permitirá ao professor, bem como ao aluno, um acesso amplo a aplicativos, vídeo-aula, exercícios e material biblio-gráfico de amplo espectro.
Estratégias de formação permanente fazem parte do projeto. Neste sentido duas iniciativas se prolongarão por todo o ano de 2012, uma referente aos CBCs e outra referente aos cur-rículos das áreas de empregabilidade. Para tanto, seguindo a mesma metodologia que busca sempre ampliar o número de atores e instâncias envolvidas na discussão, serão realiza-dos, ao longo do ano, em média, 16 encontros com cada um dos campos curriculares. Para tanto, no caso dos CBCs, fo-ram compostas 12 equipes intradisciplinares, cada uma com 11 professores, 1 por escola, apoiados por consultores, com o objetivo de proceder a uma revisão dos CBCs, de modo a aproximá-los, mais detalhadamente, da sala de aula. Tais encontros tomarão também, sempre que necessário, uma di-mensão formativa, sob a figura de cursos de atualização. No que se refere às áreas de empregabilidade, foram constitu-ídas 3 equipes, 1 por área, totalizando 11 professores por equipe, compostas, cada uma, pelos orientadores da área em cada escola. Neste caso, outras etapas formativas serão desenvolvidas ao longo do ano, dirigidas às equipes já for-madas, bem como a novas equipes de professores.
Também foi concebido para esta fase do projeto um eixo de monitoramento e avaliação, conduzido pela Secretaria de Estado de Educação em parceria com o Escritório de Priori-
15. Cf. Resolução n° 2032 /2012 da SEE.16. Cf. Ofício Circular n° 26 / 2012 da SEE.
17
dades Estratégicas do Governo de Minas Gerais. O monito-ramento busca captar de maneira tempestiva informações importantes para a adequada implementação do projeto nas escolas e fornecer subsídios para eventuais correções de rota que se façam necessárias durante sua instalação. A avaliação do projeto, por sua vez, consiste em identifi-car os efeitos do projeto nas escolas participantes após o primeiro ano, permitindo identificar possíveis situações pro-blemáticas, êxitos e oportunidades de aprimoramento para posterior expansão. A ideia é que as análises construídas a partir desses instrumentos possam oferecer subsídios para o aprimoramento do Reinventando o Ensino Médio, bem como oferecer contribuições para a tomada de decisão sobre a expansão do projeto.
A figura a seguir representa graficamente o projeto Reinventando o Ensino Médio. As esferas azuis indicam os conteúdos originados das 12 disciplinas da formação
geral e as três esferas maiores – verde, amarela e vermelha - a formação das áreas de empregabilidade. Nas áreas de empregabilidade, as pequenas esferas coloridas representam o conteúdo específico da área e as pequenas esferas brancas o conteúdo que pode ser adquirido fora da área de empregabilidade de opção.
Os losangos na base das esferas azuis assinalam a obrigatoriedade dos seminários de orientação, instrumento necessário para a escolha adequada da área de opção por parte do estudante. As esferas da cor bege assinalam a abertura permanente do acervo de áreas empregabilidade e as setas de cor preta a possibilidade das escolas atuarem no seu entorno. As setas de cor branca indicam a abertura do currículo para que atividades que ocorram fora da escola possam fazer parte da formação curricular.
A referência à Magistra, instância geradora de cursos e receptora de demandas das escolas, evidencia a importância do projeto Reinventando com uma instância de formação permanente.
18
Expansão
De acordo com o seu cronograma de implantação, o projeto Reinventando o Ensino Médio será estendido, em 2013, a mais 120 escolas e, em 2014, à totalidade do sistema esta-dual de Ensino Médio. A escolha da região para a implanta-ção da fase piloto, como já foi salientado, foi feita de modo a permitir o trabalho num cenário mais diversificado de es-colas, o que, a nosso entender, facilitará, agora, o processo de expansão, que terá que se haver com um coeficiente de diversidade ainda mais expressivo.
Como critério inicial para a expansão em 2013, entende-mos que o projeto, até este momento circunscrito à Superin-tendência Regional C, deverá estar presente na totalidade das Superintendências Regionais, incluídas as outras duas Superintendências Metropolitanas (Superintendências A e B). Em cada uma das demais 46 Superintendências, foram escolhidas, de início, duas escolas. Foi selecionada em 1º lugar, em cada SRE, no município sede, a escola que apre-sentou o maior número de alunos matriculados no 1º ano do Ensino Médio em 2011, conforme Censo Escolar 2011, obedecidos um mínimo de 3 e um máximo de 12 turmas. Foi selecionada em 2º lugar, em cada SRE, no município mais populoso da área coberta pela Superintendência, à exceção
do município sede, a escola que apresentou o maior número de alunos matriculados no 1º ano do Ensino Médio em 2011, obedecidos um mínimo de 3 e um máximo de 12 turmas.
As 12 maiores Superintendências Regionais de Ensino, con-siderando o número de alunos matriculados no 1º ano do ensino médio em 2011, contarão com uma 3ª escola parti-cipante do projeto. Foi selecionada em 3º lugar, no municí-pio mais populoso da área coberta pela Superintendência, à exceção do município sede e do município contemplado com a 2ª escola, a escola que apresentou o maior número de alu-nos matriculados no 1º ano do Ensino Médio em 2011, obe-decidos um mínimo de 3 e um máximo de 12 turmas. A esse total de 100 escolas, foram acrescidas outras 20 escolas, sendo 10 vinculadas à Superintendência Metropolitana A e 10 vinculadas à Superintendência Metropolitana B. Foram selecionadas, em cada Superintendência, as 10 escolas com maior número de alunos matriculados no 1º ano do Ensino Médio em 2011, obedecidos um mínimo de 3 e um máximo de 12 turmas.
De acordo com os critérios anteriormente indicados, estão listadas, no Quadro 1, a seguir, as SREs – com o número de escolas correspondentes a cada uma - que contarão com o projeto Reinventando o Ensino Médio a partir de 2013.
19
Quadro 1 – Relação das SREs, com número de escolas correspondentes, que desenvolverão o Projeto Reinventando o Ensino Médio em 2013.
Número Superintendência Regional de Ensino1 Almenara (2)
2 Araçuai (2)
3 Barbacena (2)
4 Campo Belo (2)
5 Carangola (2)
6 Caratinga (2)
7 Caxambu (2)
8 Conselheiro Lafaiete (2)
9 Coronel Fabriciano (3)
10 Curvelo (2)
11 Diamantina (3)
12 Divinópolis (3)
13 Governador Valadares (3
14 Guanhães (2)
15 Itajubá (2)
16 Ituiutaba (2)
17 Janaúba (2)
18 Januária (3)
19 Juiz de Fora (3)
20 Leopoldina (2)
21 Manhuaçu (2)
22 Monte Carmelo (2)
Número Superintendência Regional de Ensino23 Montes Claros (3)
24 Muriaé (2)
25 Nova Era (2)
26 Ouro Preto (2)
27 Pará de Minas (2)
28 Paracatu (2)
29 Passos (2)
30 Patos de Minas (2)
31 Patrocínio (2)
32 Pirapora (2)
33 Poços de Caldas (2)
34 Ponte Nova (2)
35 Pouso Alegre (2)
36 São João Del Rei (2)
37 São Sebastião do Paraíso (2)
38 Sete Lagoas (3)
39 Teófilo Otoni (3)
40 Ubá (2)
41 Uberaba (3)
42 Uberlândia (3)
43 Unaí (2)
44 Varginha (3)
20
ANEXO I
21
Áreas de EmpregabilidadeAs áreas de empregabilidade abaixo relacionadas foram apresentadas aos diretores das 11 escolas do projeto piloto como campo de escolha para a implantação de 2 a 3 áreas por escola. Trata-se de um conjunto inicial sempre suscetível de revisão e acréscimo, tendo em vista a diversidade das es-colas do sistema estadual. Uma vez apontada como opção da escola, cada área recebe estrutura curricular correspondente.
1.Recreação CulturalCapacitação voltada para o desempenho de atividades de natureza cultural/recreativa junto a instituições e comuni-dades como escolas, hotéis, hospitais, empresas, cruzeiros marítimos, excursões, festas, entre outras.
2.Produção CulturalCapacitação voltada para o desempenho de atividades como a produção de eventos culturais de natureza variada, como ciclos de palestras, concertos, feiras de artesanato, comemo-rações de datas histórias, entre outras.
3.ReciclagemCapacitação voltada para o desempenho de atividades re-lacionadas com manejo, seletividade, direcionamento e re-aproveitamento de materiais, bem como para a difusão de hábitos e práticas sustentáveis.
4.TurismoCapacitação voltada para tecnologias relacionadas aos pro-cessos de recepção, viagens, eventos, intercâmbios, serviços de alimentação e bebidas, entretenimento e interação.
5.Comunicação aplicadaCapacitação voltada para a habilitação em mídias distintas, tendo como objetivo o desenvolvimento da capacidade de comunicação e de interação social.
6. Meio Ambiente e Recursos NaturaisCapacitação na área de meio ambiente, voltada para tecno-logias associadas à melhoria de qualidade de vida, à pre-servação e utilização da natureza e difusão de atitudes e comportamentos sustentáveis.
7.Tecnologia da InformaçãoCapacitação voltada para o desenvolvimento de habilidades referentes a ferramentas tecnológicas e para o entendimento da lógica de processos e sistemas de tecnologia.
8.Gestão PúblicaCapacitação voltada para a temática da gestão e administra-ção pública, viabilizando a atuação em comunidades, ONGs e governo.
9.Estudos avançados: LinguagensDesenvolvimento de estudos relativos a temáticas e tópicos não contemplados no acervo dos Conteúdos Básicos Curricu-lares e voltados para a área de linguagens como Matemática e Português.
10.Estudos avançados: CiênciasDesenvolvimento de estudos relativos a temáticas e tópicos não contemplados no acervo dos Conteúdos Básicos Curricu-lares e voltados para a área das Ciências Naturais.
11. Estudos avançados: Humanidades e ArtesDesenvolvimento de estudos relativos a temáticas e tópicos não contemplados no acervo dos Conteúdos Básicos Curriculares e voltados para a área das Ciências Humanas e das Artes.
12.LazerCapacitação voltada para as áreas de planejamento, orga-nização e execução de projetos de lazer e entretenimento direcionados ao perfil e necessidades de grupos e comu-nidades, com atuação em hotéis, navios, parques, espa-ços culturais e comunitários, empresas, buffets infantis e espaços similares.
13.Empreendedorismo e GestãoCapacitação voltada para o desenvolvimento do potencial criativo, capaz de transformar conhecimentos e bens em no-vos produtos inovadores e para a gestão de negócios, com foco no planejamento, avaliação e gerenciamento de pesso-as e processos.
14.Desenvolvimento de Habilidades CognitivasCapacitação voltada para o desenvolvimento do raciocínio, visando o processamento de informações e a compreensão de padrões complexos, através de habilidades como inferên-cia, abstração, memorização e associação de idéias, acuida-de auditiva, percepção artística, articulação verbal e monta-gem de estratégias.
15.Vida e Bem estarCapacitação voltada para a melhoria da qualidade de vida, individual e comunitária, através do acesso a noções básicas de alimentação, saúde, cultura, lazer e trabalho, destinada ao desenvolvimento de atividades junto à diversidade das faixas etárias.
16.WebdesignCapacitação voltada para práticas relacionadas à produção de sites, de modo a propiciar um conhecimento inicial da área de webdesigner ou programador, agregando na forma-ção conceitos de usabilidade e linguagem HTML, aliados ao desenvolvimento de interfaces gráficas agradáveis.
22
ANEXO II
23
RESOLUÇÃO SEE Nº 2.030, DE 25 DE JANEIRO DE 2012.
Dispõe sobre a implantação do Projeto Reinventando o En-sino Médio que institui e regulamenta a organização curri-cular a ser gradativamente implantada nos cursos de ensino médio regular da rede estadual de ensino de Minas Gerais.
A SECRETÁRIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS, no uso de sua competência e tendo em vista o dis-posto na Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, na Resolução CNE/CEB nº 03, de 26 de junho de 1998, na Resolução CNE/CEB nº 04, de 16 de agosto de 2006, na Resolução CNE/CEB nº 4, de 14 de julho de 2010, e no Pa-rágrafo único do art. 2º da Resolução SEE nº 2.017 de 30 de dezembro de 2011 com o objetivo de:
- buscar a excelência no ensino e na aprendizagem;
- garantir a especificidade da formação do ensino médio da rede pública estadual de educação de Minas Gerais;
- gerar competências e habilidades para empregabilidade;
- preparar para o prosseguimento dos estudos.
RESOLVE:Art. 1º. Fica instituída, a partir de 2012, a organização cur-ricular do Projeto Reinventando o Ensino Médio na rede es-tadual de ensino.
§ 1º A presente organização curricular será implantada, ini-cialmente, nas 11 escolas de ensino médio da Regional Norte de Belo Horizonte relacionadas no ANEXO I desta Resolução.
§ 2º A organização curricular será implantada, gradativa-mente, iniciando-se com os alunos matriculados no 1º ano.
§ 3º Os alunos do segundo ano e terceiro ano devem seguir a organização curricular constante da Resolução 2.017/2011, para fins de terminalidade.
§ 4º A implantação do Projeto Reinventando o Ensino Médio nas demais escolas da rede estadual será progressiva, res-peitados os critérios a serem estabelecidos pela Secretaria.
Art. 2º. A organização curricular do Projeto Reinventando o Ensino Médio assegura 200 dias letivos anuais para o de-senvolvimento da formação geral e da formação específica, permitindo aos alunos percursos curriculares distintos.
§ 1º A formação geral compreende os Conteúdos Básicos Comuns.
§ 2º A formação específica compreende os conteúdos curri-culares destinados à geração de competências e habilidades nas áreas de empregabilidade.
Art. 3º. A organização curricular do Projeto Reinventando o Ensino Médio deve ser acompanhada, em cada escola, por um coordenador do Projeto e por um orientador para cada área de empregabilidade.
§ 1º. O Projeto Reinventando o Ensino Médio, no ano de 2012, oferece três áreas de empregabilidade:I-Comunicação Aplicada;II-Tecnologia da Informação;III-Turismo.
Art. 4º. O Projeto Reinventando o Ensino Médio inclui a rea-lização de um Seminário de Percurso Curricular, no início do ano letivo, a partir do qual o aluno optará, obrigatoriamente, por uma área de empregabilidade.
Art. 5º. O currículo contempla uma carga horária de 3.000 horas distribuídas, ao longo de três anos, em 2.500 horas de formação geral e 500 horas de formação específica, confor-me ANEXO II.
§ 1º. No turno diurno, fica instituído o sexto horário para o cumprimento das 3.000 horas, devendo as aulas serem mi-nistradas, preferencialmente, como aulas geminadas.
§ 2º. No turno noturno, 500 horas devem ser organizadas sob a forma de projeto, sendo 300 horas para os Conteúdos Interdisciplinares Aplicados, relacionados aos Conteúdos Bá-sicos Comuns, e 200 horas para os Conteúdos Práticos nas áreas de empregabilidade.
Art. 6º. A carga horária diária do ensino regular noturno será de 5 (cinco) módulos de 40 (quarenta) minutos ou de 50 (cinquenta) minutos, conforme aprovação da comunidade escolar.
§ 1º. Nas escolas que optarem pelo módulo-aula de 40 (qua-renta) minutos, os alunos cumprirão 166 horas e 40 minutos (equivalentes a 200 módulos-aula), sob a forma de ativida-des complementares.
24
§ 2º. Nas escolas que optarem pelo módulo-aula de 40 (quarenta) minutos, a carga horária do professor será de 50 (cinquen-ta) minutos, sendo 10 (dez) minutos destinados à orientação e acompanhamento das atividades complementares dos alunos.
§ 3º. No caso das escolas que optarem pelo módulo-aula de 50 (cinqüenta) minutos, não haverá necessidade de complemen-tação de carga horária.
Art. 7º. Os alunos dentro da faixa etária própria do nível de ensino têm prioridade para matrícula no turno diurno.
Art. 8º. A escola deve adequar o Projeto Político Pedagógico e incluir no Regimento Escolar emenda específica referente ao Projeto Reinventando o Ensino Médio.
Art. 9º. O estágio, de caráter não obrigatório, desenvolvido como atividade opcional de enriquecimento curricular para o alu-no, deve constar do Projeto Político Pedagógico e do Regimento Escolar.
Art. 10º. As propostas curriculares devem observar o número de módulos-aula e carga horária definidos nos ANEXOS III, IV, V, VI, VII e VIII desta Resolução.Art. 11º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO, em Belo Horizonte, aos 25 de janeiro 2012.
ANA LÚCIA ALMEIDA GAZZOLASecretária de Estado de Educação
Superintendência Regional de Ensino
Escola
Metropolitana CBelo Horizonte
E. E. CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
E. E. DONATO WERNECK DE FREITAS
E. E. MARGARIDA DE MELLO PRADO
E. E. MARIA LUIZA MIRANDA BASTOS
E. E. PASCHOAL COMANDUCCI
E. E. PRESIDENTE TANCREDO NEVES
E. E. PROFESSOR BOLIVAR DE FREITAS
E. E. PROFESSOR HILTON ROCHA
E. E. PROFESSORA FRANCISCA MALHEIROS
E. E. PROFESSORA INÊS GERALDA DE OLIVEIRA
E. E. PROFESSORA MARIA COUTINHO
25
ANEXO II - ESTRUTURA CURRICULAR DO PROJETO REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO
1º ANO(A partir de 2012)
2º ANO(A partir de 2013)
3º ANO(A partir de 2014)
Módulos-aula
semanais
Módulos-aula anuais
Carga horária anual
Módulos-aula
semanais
Módulos-aula
anuais
Carga horária anual
Módulos-aula
semanais
Módulos-aula
anuais
Carga horária anual
I. DI
URN
O Form
ação
Ger
al
Conteúdos Básicos Comuns
25 1.000 833:20 25 1.000 833:20 25 1.000 833:20
Form
ação
Esp
ecífi
ca Conteúdos das Áreas de Empre-gabilidade
3 120 100:00 3 120 100:00 3 120 100:00
Conteúdos Práticos
2 80 66:40 2 80 66:40 2 80 66:40
TOTAL DIURNO 30 1.200 1.000:00 30 1.200 1.000:0 30 1.200 1.000:00
1º ANO(A partir de 2012)
2º ANO(A partir de 2013)
3º ANO(A partir de 2014)
Módulos-aula
semanais
Módulos-aula anuais
Carga horária anual
Módulos-aula
semanais
Módulos-aula
anuais
Carga horária anual
Módulos-aula
semanais
Módulos-aula
anuais
Carga horária anual
II. N
OTUR
NO Fo
rmaç
ão G
eral
Conteúdos Básicos Comuns
22 880 733:20 22 880 733:20 22 880 733:2
Conteúdos Interdis-ciplinares
Aplicados*
- - 100:00 - - 100:00 - - 100:00
Form
ação
Esp
ecífi
ca Conteúdos das Áreas de Empre-gabilidade
3 120 100:00 3 120 100:00 3 120 100:00
Conteúdos Práticos
- - 66:40 - - 66:40 - - 66:40
TOTAL NOTURNO 25 1.000 1.000:00 25 1.000 1.000:00 25 1.000 1.000:00
* Os Conteúdos Interdisciplinares Aplicados e os Conteúdos Práticos das Áreas de Empregabilidade, no turno noturno, referem-se a atividades a serem desenvolvidas sob a forma
de projetos
26
ANEXO III
27
CONTEÚDOS DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO REGULAR DIURNO DO PROJETO REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS Módulos-aula semanais Módulos-aula anual Carga horária anualFO
RMAÇ
ÃO G
ERAL
CON
TEÚD
OS
BÁSI
COS
COM
UNS
Linguagem
Língua Portuguesa 4 160 133:20
Língua Estrangeira 3 80 66:40
Arte 1 40 33:20
Educação Física 2 80 66:40
Matemática Matemática 4 160 133:20
Ciências da Natureza
Física 2 80 66:40
Química 2 80 66:40
Biologia 2 80 66:40
Ciências Humanas
Geografia 2 80 66:40
História 2 80 66:40
Sociologia 1 40 33:20
Filosofia 1 40 33:20
Subtotal 25 1000 833:20
CONTEÚDOS Módulos-aula semanais Módulos-aula anual Carga horária anual
FORM
AÇÃO
ESP
ÉCÍF
ICA
COM
UNIC
AÇÃO
AP
LICA
DA
Conteúdos da Área
Comunicação e Sociabilidade
2 80 66:40
Redes Comunicativas
1 40 33:20
Conteúdos Práticos
Comunicação na Prática: Identifi-
cação de Territórios2 80 66:40
Subtotal 5 200 166:40
TECN
OLO
GIA
DA
INFO
RMAÇ
ÃO
Conteúdos da Área
Computação e Computador
2 80 66:40
Solução de Problemas Através da Computação I
1 40 33:20
Conteúdos Práticos
TI na Prática: Jogos e Editoração de
Texto2 80 66:40
Subtotal 5 200 166:40
TURI
SMO Conteúdos da
Área
Turismo: funda-mentos históricos e
culturais1 40 33:20
Meio ambiente e turismo: espaço, paisagem e ter-
ritório
1 40 33:20
Atratividade turística: valores
culturais e paisagísticas
1 40 33:20
Conteúdos Práticos
Impactos do Turismo 2 80 66:40
SUBTOTAL 5 200 166:40
TOTAL 30 1200 1000:00
Observações:
(1) A segunda língua estrangeira poderá ser ofertada a partir do segundo ano do ensino médio, em cumprimento à Lei Federal 11.161/05.
(2) As disposições das Leis Federais 10.639/2003 e 11.645/2008, que tratam do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, bem como da Lei Federal 11.769/2008, que
trata da obrigatoriedade do ensino de música na educação básica, devem ser contempladas nos conteúdos curriculares afins.
(3) As orientações constantes do Ofício Circular SB nº 07/2012 constituem uma referência a ser observada.
(4) Na Formação Específica, cada escola oferece até três áreas de empregabilidade e o aluno optará por apenas uma, conforme artigos 3º e 4º da Resolução SEE Nª 2030, de 25 de
janeiro de 2012.
28
ANEXO IV
29
CONTEÚDOS DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO REGULAR NOTURNO DO PROJETO REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS Módulos-aula semanais Módulos-aula anual Carga horária anualFO
RMAÇ
ÃO G
ERAL
CON
TEÚD
OS
BÁSI
COS
COM
UNS
Linguagem
Língua Portuguesa 4 160 133:20
Língua Estrangeira 2 80 66:40
Arte 1 40 33:20
Educação Física 1 40 33:20
Matemática Matemática 4 160 133:20
Ciências da Natureza
Física 2 80 66:40
Química 2 80 66:40
Biologia 2 80 66:40
Ciências Humanas
Geografia 1 40 33:20
História 1 40 33:20
Sociologia 1 40 33:20
Filosofia 1 40 33:20
Conteúdos Interdisciplinares Aplicados
- - 100:00
Subtotal 22 880 833:20
CONTEÚDOS Módulos-aula semanais Módulos-aula anual Carga horária anual
FORM
AÇÃO
ESP
ÉCÍF
ICA
COM
UNIC
AÇÃO
AP
LICA
DA
Conteúdos da Área
Comunicação e Sociabilidade
2 80 66:40
Redes Comunicativas
1 40 33:20
Conteúdos Práticos
Comunicação na Prática: Identifi-
cação de Territórios- - 66:40
Subtotal 3 120 166:40
TECN
OLO
GIA
DA
INFO
RMAÇ
ÃO
Conteúdos da Área
Computação e Computador
1 80 66:40
Solução de Problemas Através da Computação I
1 40 33:20
Conteúdos Práticos
TI na Prática: Jogos e Editoração de
Texto- - 66:40
Subtotal 3 120 166:40
TURI
SMO Conteúdos da
Área
Turismo: funda-mentos históricos e
culturais1 40 33:20
Meio ambiente e turismo: espaço, paisagem e ter-
ritório
1 40 33:20
Atratividade turística: valores
culturais e paisagísticas
1 40 33:20
Conteúdos Práticos
Impactos do Turismo - - 66:40
SUBTOTAL 3 120 166:40
TOTAL 25 1000 1:000:00
Observações:
(1) A segunda língua estrangeira poderá ser ofertada a partir do segundo ano do ensino médio, em cumprimento à Lei Federal 11.161/05.
(2) As disposições das Leis Federais 10.639/2003 e 11.645/2008, que tratam do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, bem como da Lei Federal 11.769/2008, que trata da
obrigatoriedade do ensino de música na educação básica, devem ser contempladas nos conteúdos curriculares afins.
(3) Na Formação Específica, cada escola oferece até três áreas de empregabilidade e o aluno optará por apenas uma, conforme artigos 3º e 4º da Resolução SEE Nª 2030, de 25 de janeiro de 2012.
(4) Os Conteúdos Interdisciplinares Aplicados e os Conteúdos Práticos das Áreas de Empregabilidade, no turno noturno, referem-se a atividades a serem desenvolvidas sob a forma de projetos.
30
ANEXO V
31
CONTEÚDOS DO 2º ANO DO ENSINO MÉDIO REGULAR DIURNO DO PROJETO REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO A PARTIR DE 2013
CONTEÚDOS Módulos-aula semanais Módulos-aula anual Carga horária anualFO
RMAÇ
ÃO G
ERAL
CON
TEÚD
OS
BÁSI
COS
COM
UNS
Linguagem
Língua Portuguesa 4 160 133:20
Língua Estrangeira 2 80 66:40
Educação Física 2 80 66:40
Matemática Matemática 4 160 133:20
Ciências da Natureza
Física 2 80 66:40
Química 2 80 66:40
Biologia 2 80 66:40
Ciências Humanas
Geografia 2 80 66:40
História 2 80 66:40
Sociologia 1 40 33:20
Filosofia 1 40 33:20
Carga horária a ser desti-nada a um dos conteúdos
de Formação Geral previstos ou a segunda língua
estrangeira.
1 40 33:20
Subtotal 25 1000 833:20
CONTEÚDOS Módulos-aula semanais Módulos-aula anual Carga horária anual
FORM
AÇÃO
ESP
ÉCÍF
ICA
COM
UNIC
AÇÃO
AP
LICA
DA
Conteúdos da Área
Produção de Eventos
2 80 66:40
Criação Visual 1 40 33:20
Conteúdos Práticos
Comunicação na Prática: Projeto
Evento1 40 33:20
Tópicos Especiais 1 40 33:20
Subtotal 5 200 166:40
TECN
OLO
GIA
DA
INFO
RMAÇ
ÃO
Conteúdos da Área
Sociedade da Infor-mação
1 40 33:20
Solução de Prob-lemas Através da Computação II
1 40 33:20
Jogos Digitais 1 40 33:20
Conteúdos Práticos
TI na Prática: Planil-has de Cálculos
1 40 33:20
Tópicos Especiais 1 40 33:20
Subtotal 5 200 166:40
TURI
SMO
Conteúdos da Área
Turismo: Cultura, Meio Ambiente e Sustentabilidade
1 40 33:20
Turismo: Transporte, Hotelaria e Alimen-
tação1 40 33:20
Turismo: Agências e operadoras
1 40 33:20
Conteúdos Práticos
Diagnóstico da In-fraestrutura Turística
1 40 33:20
Tópicos Especiais 1 40 33:20
SUBTOTAL 5 200 166:40
TOTAL 30 1200 1.000:00
Observações:
(1) A segunda língua estrangeira poderá ser ofertada a partir do segundo ano do ensino médio, em cumprimento à Lei Federal 11.161/05.
(2) As disposições das Leis Federais 10.639/2003 e 11.645/2008, que tratam do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, bem como
da Lei Federal 11.769/2008, que trata da obrigatoriedade do ensino de música na educação básica, devem ser contempladas nos conteúdos curriculares afins.
32
ANEXO VI
33
ANEXO VI - CONTEÚDOS DO 2º ANO DO ENSINO MÉDIO REGULAR NOTURNO DO PROJETO REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO A PARTIR DE 2013
CONTEÚDOS Módulos-aula semanais Módulos-aula anual Carga horária anualFO
RMAÇ
ÃO G
ERAL
CON
TEÚD
OS
BÁSI
COS
COM
UNS
Linguagem
Língua Portuguesa 4 160 133:20
Língua Estrangeira 1 40 33:20
Educação Física 1 40 33:20
Matemática Matemática 4 160 133:20
Ciências da Natureza
Física 2 80 66:40
Química 2 80 66:40
Biologia 2 80 66:40
Ciências Humanas
Geografia 2 80 66:40
História 2 80 66:40
Sociologia 1 40 33:20
Filosofia 1 40 33:20
Conteúdos Interdisciplinares Aplicados
- - 100:00
Subtotal 22 880 833:20
CONTEÚDOS Módulos-aula semanais Módulos-aula anual Carga horária anual
FORM
AÇÃO
ESP
ÉCÍF
ICA
COM
UNIC
AÇÃO
AP
LICA
DA
Conteúdos da Área
Produção de Eventos
2 80 66:40
Criação Visual 1 40 33:20
Conteúdos Práticos
Projeto Evento - - 33:20
Tópicos Especiais - - 33:20
Subtotal 3 120 166:40
TECN
OLO
GIA
DA
INFO
RMAÇ
ÃO
Conteúdos da Área
Sociedade da Informação
1 40 33:20
Solução de Prob-lemas Através da Computação II
1 40 33:20
Jogos Digitais 1 40 33:20
Conteúdos Práticos
TI na Prática: Planil-has de Cálculos
- - 33:20
Tópicos Especiais - - 33:20
Subtotal 3 120 166:40
TURI
SMO
Conteúdos da Área
Turismo: Cultura, Meio Ambiente e Sustentabilidade
1 40 33:20
Turismo: Transporte, Hotelaria e Alimen-
tação1 40 33:20
Turismo: Agências e operadoras
1 40 33:20
Conteúdos Práticos
Diagnóstico da In-fraestrutura Turística
- - 33:20
Tópicos Especiais - - 33:20
SUBTOTAL 3 120 166:40
TOTAL 25 1000 1000:00
(1) A segunda língua estrangeira poderá ser ofertada a partir do segundo ano do ensino médio, em cumprimento à Lei Federal 11.161/05.
(2) As disposições das Leis Federais 10.639/2003 e 11.645/2008, que tratam do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, bem como da Lei Federal 11.769/2008, que trata da
obrigatoriedade do ensino de música na educação básica, devem ser contempladas nos conteúdos curriculares afins.
(3) Na Formação Específica, cada escola oferece até três áreas de empregabilidade e o aluno optará por apenas uma, conforme artigos 3º e 4º da Resolução SEE Nª 2030, de 25 de janeiro de 2012.
(4) Os Tópicos Especiais referem-se a conteúdos flexíveis, previamente autorizados pelo orientador da área de empregabilidade cursada pelo aluno, podendo, inclusive, ser conteúdos de
outras áreas de empregabilidade.
(5) Os Conteúdos Interdisciplinares Aplicados e Conteúdos Práticos, no turno noturno, referem-se a atividades a serem desenvolvidas sob a forma de projetos.
34
ANEXO VII
35
CONTEÚDOS DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO REGULAR DIURNO DO PROJETO REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO A PARTIR DE 2014
CONTEÚDOS Módulos-aula semanais Módulos-aula anual Carga horária anual
FORM
AÇÃO
GER
AL
CON
TEÚD
OS
BÁSI
COS
COM
UNS
Linguagem
Língua Portuguesa 4 160 133:20
Língua Estrangeira 2 80 66:40
Educação Física 2 80 66:40
Matemática Matemática 4 160 133:20
Ciências da Natureza
Física 2 80 66:40
Química 2 80 66:40
Biologia 2 80 66:40
Ciências Humanas
Geografia 2 80 66:40
História 2 80 66:40
Sociologia 1 40 33:20
Filosofia 1 40 33:20
Carga horária a ser destinada a um dos conteúdos de Formação
Geral previstos ou a segunda língua estrangeira.
1 40 33:20
Subtotal 25 1000 833:20
CONTEÚDOS Módulos-aula semanais Módulos-aula anual Carga horária anual
FORM
AÇÃO
ESP
ÉCÍF
ICA
COM
UNIC
AÇÃO
AP
LICA
DA
Conteúdos da Área
Produção para a Web 2 80 66:40
Linguagem Audiovisual 1 40 33:20
Conteúdos Práticos
Projeto Website 1 40 33:20
Tópicos Especiais 1 40 33:20
Subtotal 5 200 166:40
TECN
OLO
GIA
DA
INFO
RMAÇ
ÃO
Conteúdos da Área
Tendências da Computação e seus Profissionais
1 40 33:20
Solução de Problemas Através da Computação III
1 40 33:20
Projeto de Inclusão Digital 1 40 33:20
Conteúdos Práticos
TI na Prática: Planilhas de Cálculos
1 40 33:20
Tópicos Especiais 1 40 33:20
Subtotal 5 200 166:40
TURI
SMO
Conteúdos da Área
Produtos e projetos turísticos
1 40 33:20
Turismo de feiras, eventos e negócios
1 40 33:20
Marketing e Tecnologias da Informação
1 40 33:20
Conteúdos Práticos
Montagem de Produto ou Projeto Turístico
1 40 33:20
Tópicos Especiais 1 40 33:20
SUBTOTAL 5 200 166:40
TOTAL 30 1200 1.000:00
Observações:
(1) A segunda língua estrangeira poderá ser ofertada a partir do segundo ano do ensino médio, em cumprimento à Lei Federal 11.161/05.
(2) As disposições das Leis Federais 10.639/2003 e 11.645/2008, que tratam do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, bem como da Lei Federal 11.769/2008, que trata
da obrigatoriedade do ensino de música na educação básica, devem ser contempladas nos conteúdos curriculares afins.
(3) Na Formação Específica, cada escola oferece até três áreas de empregabilidade e o aluno optará por apenas uma, conforme artigos 3º e 4º da Resolução SEE Nª 2030, de 25 de
janeiro de 2012.
(4) Os Tópicos Especiais referem-se a conteúdos flexíveis, previamente autorizados pelo orientador da área de empregabilidade cursada pelo aluno, podendo, inclusive, ser conteúdos de
outras áreas de empregabilidade.
36
ANEXO VIII
37
CONTEÚDOS DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO REGULAR NOTURNO DO PROJETO REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO A PARTIR DE 2014
CONTEÚDOS Módulos-aula semanais Módulos-aula anual Carga horária anualFO
RMAÇ
ÃO G
ERAL
CON
TEÚD
OS
BÁSI
COS
COM
UNS
Linguagem
Língua Portuguesa 4 160 133:20
Língua Estrangeira 1 40 33:20
Educação Física 1 40 33:20
Matemática Matemática 4 160 133:20
Ciências da Natureza
Física 2 80 66:40
Química 2 80 66:40
Biologia 2 80 66:40
Ciências Humanas
Geografia 2 80 66:40
História 2 80 66:40
Sociologia 1 40 33:20
Filosofia 1 40 33:20
Conteúdos Interdisciplinares Aplicados
- - 100:00
Subtotal 22 880 833:20
CONTEÚDOS Módulos-aula semanais Módulos-aula anual Carga horária anual
FORM
AÇÃO
ESP
ÉCÍF
ICA
COM
UNIC
AÇÃO
AP
LICA
DA
Conteúdos da Área
Produção para a Web 2 80 66:40
Linguagem Audio-visual
1 40 33:20
Conteúdos Práticos
Projeto Website - - 33:20
Tópicos Especiais - - 33:20
Subtotal 3 120 166:40
TECN
OLO
GIA
DA
INFO
RMAÇ
ÃO
Conteúdos da Área
Tendências da Computação e seus
Profissionais1 40 33:20
Solução de Prob-lemas Através da Computação III
1 40 33:20
Projeto de Inclusão Digital
1 40 33:20
Conteúdos Práticos
TI na Prática: Planil-has de Cálculos
- - 33:20
Tópicos Especiais - - 33:20
Subtotal 3 120 166:40
TURI
SMO
Conteúdos da Área
Produtos e projetos turísticos
1 40 33:20
Turismo de feiras, eventos e negócios
1 40 33:20
Marketing e Tecnologias da
Informação1 40 33:20
Conteúdos Práticos
Montagem de Produto ou Projeto
Turístico- - 33:20
Tópicos Especiais - - 33:20
SUBTOTAL 3 120 166:40
TOTAL 25 1000 1000:00
Observações:
(1) A segunda língua estrangeira poderá ser ofertada a partir do segundo ano do ensino médio, em cumprimento à Lei Federal 11.161/05.
(2) As disposições das Leis Federais 10.639/2003 e 11.645/2008, que tratam do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, bem como da Lei Federal 11.769/2008, que trata da obrigatoriedade do ensino de música na educação básica, devem ser contempladas nos conteúdos curriculares afins.
(3) Na Formação Específica, cada escola oferece até três áreas de empregabilidade e o aluno optará por apenas uma, conforme artigos 3º e 4º da Resolução SEE Nª 2030, de 25 de janeiro de 2012.
(4) Os Tópicos Especiais referem-se a conteúdos flexíveis, previamente autorizados pelo orientador da área de empregabilidade cursada pelo aluno, podendo, inclusive, ser conteúdos de outras áreas de empregabilidade.
(5) Os Conteúdos Interdisciplinares Aplicados e os Conteúdos Práticos, no turno noturno, referem-se a atividades a serem desenvolvidas sob a forma de projetos.
38
ANEXO IX
39
Características das Escolas do Projeto Piloto Reinventando o Ensino Médio
De acordo com a Tabela 01, percebe-se a heterogeneidade, em termos de número de turmas, das 11 escolas do Projeto Piloto Reinventando o Ensino Médio. A escola com menor porte possui 6 turmas com 215 alunos, e a de maior porte tem 24 turmas com 973 alunos.
Em média, as escolas atendem a aproximadamente 300 alunos por turno e oferecem o ensino médio em 2 turnos, prevalecendo a combinação manhã e noite, com exceção da EE Profa. Inês Geralda de Oliveira, que oferta o ensino médio nos turnos tarde e noite, da EE Francisca Malheiros, que oferece apenas no turno noturno, e da EE Prof. Hilton Rocha, com turmas nos 3 turnos, já que é a única do conjunto de escolas que oferece apenas o ensino médio.
TABELA 01 - Número de turma e alunos das escolas do Projeto Piloto Reinventando o Ensino Médio – 2011
ESCOLASTURMAS TURMAS ALUNOS/
TURMAM T N TOTAL M T N TOTAL
EE Carlos Drummond de Andrade 9 - 11 20 320 - 423 743 37,15
EE Donato Werneck de Freitas 8 - 7 15 233 - 259 492 32,80
EE Margarida de Mello Prado 5 - 1 6 175 - 40 215 35,83
EE Maria Luiza Miranda Bastos 15 - 9 24 532 - 359 891 37,13
EE Paschoal Comanducci 8 - 6 14 290 - 227 517 36,93
EE Presidente Tancredo Neves 12 - 12 24 468 - 505 973 40,54
EE Prof. Bolivar de Freitas 5 - 5 10 181 - 145 326 32,60
EE Prof. Hílton Rocha 13 3 7 23 412 91 309 812 35,30
EE Profa Francisca Malheiros - - 8 8 - - 329 329 41,13
EE Profa Inês Geralda de Oliveira - 2 9 11 - 57 280 337 30,64
EE Profa Maria Coutinho 2 - 12 14 79 - 458 537 38,36
Total 77 5 87 169 2690 148 3334 6172 -
Média 9 3 8 15 299 74 303 561 36,52
Fonte: SIMADE/SEEMG – NOV/2011
40
TABELA 02 - Número de turmas e alunos do 1º ano do Ensino Médio das escolas do Projeto Piloto Reinventando o Ensino Médio – 2011
ESCOLASTURMAS TURMAS ALUNOS/
TURMAM T N TOTAL M T N TOTAL
EE Carlos Drummond de Andrade 4 0 5 9 157 0 184 341 37,89
EE Donato Werneck de Freitas 4 0 3 7 115 0 131 246 35,14
EE Margarida de Mello Prado 2 0 0 2 80 0 0 80 40,00
EE Maria Luiza Miranda Bastos 8 0 5 13 295 0 186 481 37,00
EE Paschoal Comanducci 4 0 2 6 139 0 73 212 35,33
EE Presidente Tancredo Neves 5 0 5 10 190 0 205 395 39,50
EE Prof. Bolivar de Freitas 2 0 2 4 67 0 63 130 32,5
EE Prof. Hílton Rocha 7 0 3 10 240 0 97 337 33,70
EE Profa Francisca Malheiros 0 0 4 4 0 0 171 171 42,50
EE Profa Inês Geralda de Oliveira 0 2 3 5 0 57 105 162 32,40
EE Profa Maria Coutinho 2 0 4 6 81 0 172 253 42,16
Total 38 2 36 76 1364 57 1387 2808 -
Média 3,45 0,18 3,27 6,91 124,00 5,18 126,09 255,27 37,10
Fonte: SIMADE/SEEMG – NOV/2011
A tabela 02 mostra dados do número de turmas e de alunos do 1º ano do Ensino Médio das 11 escolas do Projeto Piloto do Reinventando o Ensino. Tais dados são relevantes para a identificação da capacidade gerencial do Projeto Piloto. Verifica-se o mínimo de 2 turmas e máximo de 13 turmas de 1º ano, com aproximadamente 37 alunos por turma. Em geral, as escolas oferecem o 1º ano do Ensino Médio em 2 turnos, manhã e noite, exceto a EE Margarida de Mello Prado, que oferta apenas no matutino, e a EE Profª Inês Geralda de Oliveira, com oferta no vespertino e noturno.
Guardadas as especificidades de cada escola, percebe-se que em todas há possibilidade de oferta de 2 a 3 áreas de empregabilidade, pois as escolas têm condições de formar 1 turma por área de empregabilidade, por turno.
Deste modo, a Secretaria de Estado de Educação apresenta à sociedade o projeto Reinventando o Ensino Médio.