relat rio de avalia o de forno ab boda · forno 2) e outro para o forno 2 (fornecendo o calor nele...
TRANSCRIPT
EELA es un programa de COSUDE, ejecutado por Swisscontact y PRODUCE
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICO - EELA
AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO DDEE DDEESSEEMMPPEENNHHOO TTÉÉRRMMIICCOO DDEE FFOORRNNOO CCEERRÂÂMMIICCOO DDOO TTIIPPOO AABBÓÓBBAADDAA
EEMMPPRREESSAA:: CCEERRÂÂMMIICCAA TTAAVVAARREESS -- PPAARREELLHHAASS -- RRIIOO GGRRAANNDDEE DDOO NNOORRTTEE
RRiioo ddee JJaanneeiirroo -- BBrraassiill
SSeetteemmbbrroo -- 22001111
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
2 de 23
Cooperação Internacional: COSUDE - AGENCIA SUIZA PARA EL DESSARROLLO Y LA COOPERACIÓN SWISSCONTAC - FUNDACIÓN SUIZA DE COPERACIÓN PARA EL DESARROLLO TECNICO FUNCATE - FUNDAÇÃO DE CIÊNCIA, APLICAÇÕES E TECNOLOGIAS ESPACIAIS Instituição Executora: INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA – INT Coordenação: Joaquim Augusto Pinto Rodrigues Equipe Executora: Marcelo Rousseau Valença Schwob Mauricio F. Henriques Jr. Roberto Enrique C. Tapia Rosana Medeiros Márcio Azevedo Guimarães Revisão Técnica: Fabrício dos Santos Dantas Mauricio F. Henriques Jr. Apoio Institucional: ACVC - ASSOCIAÇÃO DOS CERAMISTAS DO VALE DO CARNAÚBA ANICER - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CERÃMICA VERMELHA SEBRAE-RN - SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEGUENAS EMPRESAS
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
3 de 23
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho de avaliação de desempenho térmico de fornos cerâmicos foi realizado
pelo Instituto Nacional de Tecnologia – INT, no âmbito do Projeto “Eficiência Energética nas
Pequenas Cerâmicas – EELA”. A empresa escolhida para a realização dos experimentos foi a
Cerâmica Tavares, localizada no município de Parelhas/RN. Esta indústria conta com uma
planta de produção de telhas, lajotas e blocos de vedação de diversos tipos e dimensões. Para
tanto, emprega seis fornos do tipo abóbada de características semelhantes.
O trabalho teve como objetivo calcular o consumo energético específico e o
desempenho térmico geral dos fornos, tomando como exemplo a operação de dois deles, os
de número 1 e 2, que operam conjugados em regime de aproveitamento de calor.
Por fim, buscou comparar a eficiência térmica do sistema integrado por esses dois fornos
com o modelo tradicional, que seria o de um forno operando de forma isolada e sem
aproveitamento de calor.
Para o trabalho de avaliação de desempenho térmico, foi adotado o método do calor útil
absorvido pela carga do forno confrontado com o calor total fornecido ao equipamento
através da alimentação de lenha. Os dados operacionais dos dois fornos foram levantados
entre os dias 17 e 19 de agosto de 2011.
Dentre os resultados a serem inferidos através das conclusões desse levantamento,
encontram-se as possibilidades de comparação de desempenho entre os fornos operando com
e sem recuperação de calor, o potencial de ganho energético em toda a planta de produção da
empresa através da aplicação do sistema de recuperação de calor para os outros fornos e
também a comparação dos dados de consumo e desempenho térmico dos fornos abóbada
com os fornos do tipo caieira, muito empregados na região, levando em conta as suas
diferenças quanto à qualidade do produto final.
Os dados levantados e as conclusões realizadas neste relatório se referem
exclusivamente às condições de operação encontradas, tais como as características da lenha
utilizada (poda de cajueiro), as condições de umidade desta lenha, o tipo de argila (influência
na temperatura de queima), o modo de carregamento das peças nos fornos (empilhamento e
produtos), morfologia da lenha alimentada (influência na massa por metro cúbico estéreo),
assim como as condições ambientes na época dos levantamentos de campo (temperatura e
umidade).
A tecnologia de reaproveitamento de calor empregada nos dois referidos fornos foi
desenvolvida pela própria empresa, que deseja avaliar e aprimorar os ganhos econômicos,
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
4 de 23
técnicos, ambientais, energéticos e de produtividade, de modo a replicá-los para os outros
quatro equipamentos em operação na empresa. Dentre os ganhos almejados, pretende-se
atingir valores melhores de eficiência térmica e conseqüente redução do impacto ambiental e
econômico promovido pelo menor uso de combustíveis, o que é de interesse do setor
produtivo e da sociedade.
No ensaio realizado pelo INT, com o apoio de funcionários da Cerâmica Tavares,
procurou-se também mensurar os fluxos e tipos de perdas de calor no processo de queima de
produtos cerâmicos para possibilitar o cálculo do desempenho térmico do forno pelo método
das perdas. Os resultados do teste de eficiência térmica do equipamento permitiram mostrar
que os dois fornos analisados operam com bons níveis de eficiência térmica e qualidade final
do produto, comparando-se a equipamentos similares e destacando as vantagens técnicas e
econômicas da recuperação de calor do forno 2 para o forno 1, ainda que demandem alguns
ajustes na forma de operação.
2. METODOLOGIA
A metodologia aplicada visou à avaliação do desempenho térmico e do consumo
energético específico de dois fornos do tipo abóbada (forno2 recuperando calor para o forno
1), em operações de queima de telhas, lajotas e tijolos empregando a unidade kcal/kg, através
da medição num ciclo completo de queima, do consumo total de combustível (galhos e
troncos de poda de cajueiro), que permitiu o cálculo da energia térmica alimentada no forno
(kcal), assim como da carga total processada no forno ao longo do ciclo monitorado (kg).
Assim, calculou-se o calor útil demandado pela massa de argila seca processada em função de
suas características físico-químicas e das condições atmosféricas ambientais, valor que foi
confrontado com a energia térmica total fornecida pelo combustível, permitindo avaliar a
eficiência térmica do forno. .
Para a avaliação foi realizada a pesagem e a medição do teor de umidade (aparelho
marca Testo 606-2) de uma amostra da carga alimentada no forno (duas peças de tijolo, duas
de lajota e duas de telha). Ao fim do teste, um mesmo procedimento foi realizado quanto às
peças queimadas. A empresa procede uma classificação da qualidade do produto final (1a e 2a
qualidade), porém, para efeito de cálculo, considerou-se o rendimento térmico e o consumo
específico de energia com a totalidade dos produtos processados. Foi realizada a pesagem e a
medição da umidade (mesmo aparelho Testo) de diversas amostras de galhos e troncos de
madeira de poda de cajueiro, o combustível utilizado. O poder calorífico superior em base
úmida, medido no laboratório Lacol-INT, foi utilizado na avaliação/cálculo da quantidade de
energia fornecida ao processo.
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
5 de 23
As temperaturas de operação do forno foram medidas nos gases de exaustão (base da
chaminé) e na fornalha (partes inferior e superior) através dos medidores fixos do forno com
termopares do tipo K, assim como as temperaturas superficiais da parte externa e das bocas
da fornalha de cada forno (para cômputo das perdas por radiação e convecção), através de
termômetros de medição laser/infravermelho. Também foram realizadas medições do teor
volumétrico de dióxido de carbono nos gases de exaustão para efeito de cálculo do excesso de
ar na combustão, que permitiram o cálculo da perda de calor nos gases de exaustão. Em
paralelo, foi realizada a avaliação da vazão de gases quentes no canal subterrâneo de
condução dos gases quentes recuperados no forno 2 para reaproveitamento no aquecimento
do forno 1.
Toda a contagem de peças enfornadas e queimadas, incluindo perdas de produção foi
efetuada pela própria empresa.
3. ENSAIOS E RESULTADOS
Foram realizados dois testes , um para o forno 1 (recebendo o calor recuperado no
forno 2) e outro para o forno 2 (fornecendo o calor nele recuperado para pré-aquecimento do
forno 1).
3.1. Forno 1
a) Condições operacionais do forno 1
Tipo: Abóbada ou redondo com alimentação de calor recuperado do forno 2.(*)
Capacidade nominal: 100 t/fornada
Dimensões: diâmetro de 7,8 m, com altura variável de 2,1 a 3,0 m.
Tabela 1 - Produtos obtidos na fornada Telha 1a Telha 2a Telha
sextavada Lajota 20x30
Canaleta Telha quebrada
Tijolo 19x19
Produção (peças)
18.265 29.671 5.250 2.350 - 580 3.800
Peso por peça (kg)
1,10 1,10 1,45 2,03 2,72 1,1 1,7
- Produção queimada: 74.491 kg
- Período de queima de cada fornada: 24 horas
- Tipo de combustível: lenha de poda de cajueiro
- Quantidade de lenha alimentada durante a fornada: 8 carrinhos de lenha
- Umidade da argila na entrada: 8%
- Umidade da lenha na entrada: 12%
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
6 de 23
(*) O valor do calor fornecido pelo Forno 2 foi considerado nos cálculos dos índices, apesar de
não constituir custo adicional.
b) Pesagem da madeira de poda de cajueiro utilizada como combustível
Foi pesada uma amostra representativa de galhos e troncos totalizando 1,445 m3
estéreos de lenha de poda de cajueiro que atingiu, medida numa balança eletrônica, a massa
de 306 kg, levando a um valor de 211 kg por m3 estéreo. Na fase inicial de queima, predomina
a alimentação com lenha em troncos, portanto sem galhos, cujo valor foi estimado em 250
kg/m3 st. Assim, na alimentação dos fornos os três primeiros carrinhos de lenha alimentados
apresentam uma densidade volumétrica de 250 kg/m3 st, seguindo-se a alimentação através
de 5 carrinhos com densidade volumétrica de 211 kg/m3 st.
c) Quantidade de lenha consumida
Foram consumidos durante a fornada 8 carrinhos de lenha com 8,15 m3 cada um
(dimensões de 3,9 x 1,9 x 1,1 m), totalizando 65,20 m3 st em toda a fornada, 14.710
kg/fornada.
d) Tempo do ensaio
O forno 1 operou com recuperação de calor e apresentou um ciclo de queima de 24
horas, tendo sido realizada a última alimentação de lenha dez minutos antes do abafamento
do mesmo. Desse modo, a alimentação média de lenha se deu no ritmo de 613 kg/h.
e) Umidade dos galhos e troncos de poda de cajueiro
A média dos valores de umidade medidos em campo foi de 11% nos galhos e de 20%
nos troncos. Para os três primeiros carrinhos, que apresentaram uma maior parcela de
troncos, considerou-se uma média ponderada de 18%, e para os carrinhos seguintes, estimou-
se uma média de 15%.
f) Massa total de madeira alimentada no forno
O roteiro de cálculo a seguir demonstra o consumo de lenha empregada na queima do
Forno 1 (massa de madeira por metro cúbico x quantidade de carrinhos x volume de madeira
por carrinho).
� 250 kg/m3 x 3 carrinhos x 8,15 m3/carrinho = 6.112,5 kg/fornada.
� 211 kg/m3 x 5 carrinhos x 8,15 m3 = 8.598,3 kg/fornada.
� Total: 14.710 kg/fornada.
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
7 de 23
g) Poder calorífico inferior da lenha de poda de cajueiro
Valor obtido em ensaio de poder calorífico em laboratório (Lacol – INT):
PCS (base úmida): 4.184 kcal/kg.
h) Energia da lenha alimentada no forno:
14.710 kg x 4.184 kcal/kg = 61.546.640 kcal.(ver Anexo 1)
i) Pesagem da carga introduzida no forno – peças úmidas
As pesagens realizadas apresentaram os seguintes valores médios das peças
introduzidas no forno:
� Tijolos: 2,546; telhas: 1,150 kg; canaletas: 2,976 kg; lajotas: 2,246 kg.
j) Pesagem da carga extraída do forno – peças queimadas:
Foram pesadas cinco amostras de tijolo queimado (produto final) com os seguintes
valores:
� Tijolos: 2,299; telhas: 1,060 kg; canaletas: 2,723 kg; lajotas: 2,029 kg.
k) Perda média de massa cerâmica e água na argila
Tomando por base os valores das diferenças de massa entre as peças úmidas e
queimadas, diferença avaliada em laboratório da empresa, chegou-se a um valor da ordem de
10%. Assim, com o dado de produção final (produtos queimados na fornada), fornecido pela
empresa (74.413kg), calculou-se a massa na entrada no forno: 82.681 kg.
l) Perda de massa (água, matéria orgânica e outros) na queima da carga
� (82.681 – 74.413) kg = 8.268 kg.
Obs: Em função do teor médio de umidade da argila medido na entrada do forno (8%),
calculou-se a perda de água como sendo de 6.614 kg.
m) Perda percentual de massa cerâmica da carga na queima:
� (8.268 – 6.614) kg x 100 = 2% ou 1.654 kg.
n) Massa de argila seca na entrada do forno
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
8 de 23
� Marg = 82.681 kg x 0,92 = 76.067 kg.
o) Calor útil demandado pela argila, não considerando a presença de água na massa
Condições de processamento:
� Temperatura ambiente de 30oC (Ta);
� Temperatura de queima: 845oC (Tm);
� Calor específico da argila: 0,26 kcal/kgoC (Carg) - valor obtido na literatura;
� Calor de reação da argila (Lr): 25 kcal/kg, também obtido na literatura técnica;
� Calor latente de vaporização da água, à pressão atmosférica: 539 kcal/kg (Lv)
� Massa de argila sem umidade (Marg1): 76.067 kg;
� Massa de argila queimada (Marg2): 74.491 kg;
� Calor específico do vapor d’água à pressão atmosférica: 0,48 kcal/kgoC (Cv);
� Calor específico da água: 1,00 kcal/kgoC (Ca);
Assim, calcula-se o calor útil necessário para a queima da argila processada no forno da
seguinte forma:
Calor útil = Marg1 x Carg x (Δ T) = 76.067 x 0,26 x (845 – 30) = 16.118.597 kcal
p) Eficiência térmica do forno durante o ensaio, considerando a massa da argila sem
umidade
� Calor total do processo = calor da lenha + calor de reação + calor de recuperação
� Calor da lenha = 14.710 kg x 4.184 kcal/kg = 61.546.640 kcal (ver Anexo 1)
� Calor de reação = 76.067 kg x 25 = 1.901.675 kcal (ver Anexo 1)
� Calor de recuperação do forno 2 para forno 1 foi obtido considerando-se o valor médio
de duas possibilidades:
1- Volume de gases transferidos através do ventilador com vazão de 11.500 m³/h e
temperatura dos gases de 230º C, durante 20 horas de operação obteve-se cerca de
7.550.000 kcal.
2- Quantidade de lenha consumida a mais pelo forno 2 durante toda a operação de
queima foi de 4.300 kg/lenha, assim, com 20 horas de período de transferência,
teremos cerca de 2.000 kg/lenha com PCS de 4.184 kcal/kg obtendo-se cerca de
8.360.000 kcal.
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
9 de 23
Assim, o valor considerado para transferência foi de aproximadamente 8.000.000 kcal,
obtendo-se:
� Calor total = 61.546.640 + 1.901.675 + 8.000.000 = 71.448.315 kcal
� Ef. térmica = Calor útil/Calor total = (16.118.597 kcal / 71.448.315 kcal) x 100 =
22,6 %;
� Consumo energético específico considerando o produto queimado:
71.448.315 kcal/74.491 kg = 959 kcal/kg
Obs: Considerando as perdas de produto na fornada (580 telhas quebradas com 1,1 kg/peça,
totalizando 638 kg de produto perdido ou 0,86% da produção do forno), a eficiência térmica
pouco será alterada por este fato. No entanto, se for considerada a ocorrência de produtos de
segunda qualidade (29.671 telhas com peso unitário de 1,1 kg, significaria 32.638 kg de perda
ou 43,8% de perda), teríamos um valor de eficiência térmica menor. Todavia, a parcela de
produção de segunda qualidade também é comercializada. Portanto, se tem valor comercial,
não é perda. Assim, por este critério de cálculo considera-se que o forno tem, de fato,
eficiência térmica de 22,6%. Pode-se, neste caso, também considerar um índice de
desempenho do forno baseado no faturamento permitido pela soma das parcelas distintas de
produto, conforme o nível de qualidade e de faturamento comercial, mas tal aspecto não foi
abordado neste trabalho em função da variabilidade do preço e dos tipos de produto
processados pela empresa a cada fornada de seus equipamentos.
3.2. Forno 2
a) Condições operacionais do forno 2:
Tipo: Abóbada ou redondo
Capacidade nominal: 100 t/fornada
Dimensões: diâmetro de 7,8 m, com altura variável de 2,1 a 3,0 m.
Produtos obtidos na fornada:
Telha 1a Telha 2a Telha sextavada
Lajota 20x30
Canaleta Telha quebrada
Tijolo 19x19
Produção (peças)
24.832 30079 5600 3188 2430 560 -
Peso por peça (kg)
1,10 1,10 1,45 2,03 2,72 1,1
Produção queimada: 82.219 kg
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
10 de 23
Período de queima de cada fornada: 40 horas
Tipo de combustível: lenha de poda de cajueiro
Quantidade de lenha alimentada durante a fornada: 10,5 carrinhos de lenha
Umidade da argila na entrada: 8%
Umidade da lenha na entrada: 12%
b) Pesagem da madeira de poda de cajueiro utilizada como combustível
Foi adotado um procedimento idêntico ao do item 1.1., obtendo-se os mesmos
valores: 250 kg/m3 para os três primeiros carrinhos de lenha alimentados e 211 kg/m3 para os
7,5 carrinhos seguintes.
c) Quantidade de lenha consumida
Foram consumidos durante a fornada 10,5 carrinhos de lenha com 8,15 m3 cada um
(dimensões de 3,9 x 1,9 x 1,1 m), totalizando 85,58 m3 st em toda a fornada ou 19.010 kg.
d) Tempo do ensaio
O forno 2 operou apresentou um ciclo de queima de 40 horas, tendo sido realizada a
última alimentação de lenha dez minutos antes do abafamento do forno. Desse modo, a
alimentação média de lenha foi no ritmo de 475,3 kg/h. O forno 2 não recebeu calor
recuperado.
e) Umidade dos galhos e troncos de poda de cajueiro alimentados no forno (medição
em campo)
Média dos valores de umidade medidos em campo: galhos - 11%; troncos – 20%; para
os três primeiros carrinhos, que apresentaram uma maior parcela de troncos, considerou-se
uma média ponderada de 18% e para os carrinhos seguintes, estimou-se uma média de 15%.
f) Massa total de madeira alimentada no forno:
� 250 kg/m3 x 3 carrinhos x 8,15 m3/carrinho = 6.112,5 kg/fornada.
� 211 kg/m3 x 7,5 carrinhos x 8,15 m3 = 12.897,4 kg/fornada.
� Total: 19.010 kg/fornada.
g) Poder calorífico inferior do combustível utilizado (lenha de poda de cajueiro)
Valor obtido em ensaio de poder calorífico em laboratório (Lacol – INT):
PCS (base úmida): 4.184 kcal/kg.
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
11 de 23
h) Energia da lenha alimentada no forno
19.010 kg x 4.184 kcal/kg = 79.537.840 kcal.
i) Pesagem da carga introduzida no forno – peças úmidas
As pesagens realizadas apresentaram os seguintes valores médios das peças
introduzidas no forno:
� Tijolos: 2,546; telhas: 1,150 kg; canaletas: 2,976 kg; lajotas: 2,246 kg.
j) Pesagem da carga extraída do forno – peças queimadas
Foram pesadas cinco amostras de tijolo queimado (produto final) com os seguintes
valores em quilos:
� Tijolos: 2,299; telhas: 1,060 kg; canaletas: 2,723 kg; lajotas: 2,029 kg.
k) Perda média de massa cerâmica e água na argila
Tomando por base os valores das diferenças de massa entre as peças úmidas e
queimadas, diferença avaliada em laboratório da empresa, chegou-se a um valor da ordem de
10%. Assim, com o dado de produção final (produtos queimados na fornada), fornecido pela
empresa (82.219 kg), calculou-se a massa na entrada no forno: 91.234 kg.
l) Perda de massa (água, matéria orgânica e outros) na queima da carga
� (91.234 – 82.219) kg = 9.015 kg.
Obs: Em função do teor médio de umidade da argila medido na entrada do forno (8%),
calculou-se a perda de água como sendo de 7.299 kg.
m) Perda percentual de massa cerâmica da carga na queima
� (9.015 – 7.299) kg = 2% ou 1.716 kg.
n) Massa de argila sem umidade na entrada do forno
� Marg = 91.234 kg x 0,92 = 83.935 kg.
o) Calor útil demandado pela argila, não considerando a presença de água na massa
Condições de processamento:
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
12 de 23
� Temperatura ambiente de 30oC (Ta);
� Temperatura de queima: 780oC (Tm);
� Calor específico da argila: 0,26 kcal/kgoC (Carg) - valor obtido na literatura;
� Calor de reação da argila (Lr): 25 kcal/kg, também obtido na literatura técnica;
� Calor latente de vaporização da água, à pressão atmosférica: 539 kcal/kg (Lv)
� Massa de argila sem umidade (Marg1): 83.935 kg;
� Massa de argila queimada (Marg2): 82.219 kg;
� Calor específico do vapor d’água à pressão atmosférica: 0,48 kcal/kgoC (Cv);
� Calor específico da água: 1,00 kcal/kgoC (Ca);
Assim, calcula-se o calor útil necessário para a queima da argila processada no forno da
seguinte forma:
� Calor útil = 83.935 x 0,26 x (780 – 30) = 16.367.325 kcal
p) Eficiência térmica do forno durante o ensaio, considerando a massa da argila sem
umidade
Calor total do processo = Calor da lenha + calor de reação
Calor da lenha = 19.010 kg x 4.184 kcal/kg = 79.537.840 kcal (ver Anexo 2)
Calor de reação = 83.935 kg x 25 = 2.098.375 kcal (ver Anexo 2)
Calor total = 79.537.840 + 2.098.375 = 81.636.215 kcal
Ef. térmica = Calor útil/Calor total = (16.367.325 kcal / 81.636.215 kcal) x 100 = 20,0 %;
Consumo energético específico considerando o produto queimado:
81.636.215 kcal/82.219 kg = 993 kcal/kg
Obs: Considerando as perdas de produto na fornada (560 telhas quebradas com 1,1 kg/peça,
totalizando 616 kg de produto perdido ou 0,75% da produção do forno), a eficiência térmica
do forno pouco será alterada por este fato. No entanto, se for considerada a ocorrência de
produtos de segunda qualidade (30.079 telhas com peso unitário de 1,1 kg, significaria 33.087
kg de perda ou 40,3% de perda), teríamos um valor de eficiência térmica menor. Todavia, a
parcela de produção considerada pela empresa como sendo de segunda qualidade também foi
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
13 de 23
tida como produto plenamente sinterizado (como também é comercial). Assim, neste caso,
pode-se considerar um índice de desempenho do forno baseado na produção total do forno
para fins de análise ou balanço térmico.
3.3. Sistema formado pelos fornos 1 e 2
Esta avaliação do sistema composto dos fornos 1 e 2 objetiva estabelecer o ganho
energético que se tem quando em comparação de uma operação em regime com um único
forno sem aproveitamento de gases quentes de combustão. Os valores a serem considerados
para o sistema composto pelos fornos 1 e 2 são os seguintes:
Massa total de argila úmida na entrada: (82.681 + 91.234) kg = 173.915 kg; (ver Anexo 3)
Massa total de argila queimada: (74.491 + 82.219) kg = 156.710 kg; (ver Anexo 3)
Quantidade total de lenha: (14.710 + 19.010) kg = 33.720 kg, (ver Anexo 3)
Calor total da lenha: 140.687.620 kcal; (ver Anexo 3)
Calor total de reação: 4.000.048 kcal; (ver Anexo 3)
Calor total do sistema: 144.687.668
Calor útil total considerando a argila úmida: 16.118.597 + 16.367.325= 32.485.922 kcal.
Eficiência térmica do sistema: 32.485.922/144.687.668 x 100 = 22,5%
Consumo energético específico com argila queimada: 923 kcal/kg.
3.4. Comparação de desempenho térmico entre o sistema e o forno 2
Esta análise busca retratar a comparação do sistema completo composto pelos fornos
1 e 2, onde há recuperação de calor, com um forno isolado, onde não existe a injeção de calor
aproveitada de um forno vizinho.
Rendimento térmico do sistema: 22,5%;
Rendimento térmico do forno 2: 20,0%;
Ganho de rendimento térmico: ((22,5 – 20,0)/22,5) x 100 = 11,1 %.
Consumo energético específico (argila queimada - sistema): 923 kcal/kg.
Consumo energético específico (argila queimada - forno 2): 993 kcal/kg.
Redução de consumo energético: (993-923)/993 x 100 = 7,1 %.
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
14 de 23
4. CONCLUSÃO GERAL
As perdas de calor detectadas nos balanços de energia dos fornos abóbada indicaram
valores da ordem de 70 a 80%, conforme a consideração das necessidades de calor para
evaporação da água presente na massa cerâmica, valor calculado entre 8,5% e 9,9%, umidade
da lenha, formas de carregamento dos fornos, em função de tipos diferentes de produtos
processados e até mesmo diante da operação distinta conforme o foguista do forno.
Nesta análise foram consideradas três situações: forno 1, forno 2 e o conjunto dos dois
fornos, de modo a ponderar o efeito da recuperação de calor do forno 2 transferido para o
forno 1, destacando que este processo permite reduzir o tempo do ciclo de queima do forno 1,
adiantando o pré-aquecimento da carga, além de reduzir o custo energético do processo de
queima no forno 1 e do sistema considerando a operação conjunta dos dois fornos, conforme
mostram os índices obtidos no item 3.4.
As condições de operação dos fornos durante o levantamento foram propícias para um
bom desempenho térmico em função da temperatura ambiente, próxima de 300C, e da baixa
umidade relativa do ar. Além disso, com a elevada incidência solar dos dias anteriores, a lenha
e a massa de argila processada estavam em condições de baixa umidade, o que também
favoreceu a operação dos fornos. É preciso notar também que as variações na qualidade e
formulação da argila, como o teor de fundentes, podem influir muito no desempenho dos
fornos, com impacto direto na temperatura máxima de queima.
O esforço de avaliação do desempenho dos fornos tipo abóbada, com e sem
recuperação de calor, através do método do calor útil foi seguido pela avaliação complementar
pelo método das perdas, que permitiu a identificação dos pontos de perda mais críticos, além
de um apuro melhor na quantificação das parcelas de calor empregado no forno, visando a
introdução de medidas para a melhoria de desempenho térmico (ver quadros de Balanço de
Massa e Energia nos Anexos 1, 2 e 3). Além disso, se poderá ter a partir de agora melhores
referências de comparação de desempenho térmico dos fornos tipo abóboda com os do tipo
caieira e caipira, empregados na região do Seridó.
Em termos gerais, a partir dos dados obtidos no ensaio, foi observado que o forno
abóboda apresenta boas possibilidades de difusão no setor de cerâmica vermelha da região do
Seridó em função da possibilidade de processamento de combustíveis como a serragem, além
de uma maior garantia de peças de primeira qualidade e da menor ocorrência de perdas, fato
que não ocorre com os fornos tipo caieira e caipira, dominantes na região.
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
15 de 23
Portanto, conforme demonstrado acima, pode-se afirmar que um sistema composto
por dois fornos operando em seqüência com o aproveitamento de calor proveniente da
queima do forno 2 direcionado para a carga do forno 1 proporciona uma economia de 7,1% do
consumo energético e 11,1% de ganho de rendimento térmico. Além disso, o sistema
associando os dois fornos proporciona uma redução do tempo total de operação para a
queima de toda a massa produzida nos dois fornos, pois a duração total dos dois ciclos perfaz
um tempo de 64 horas em contrapartida com um tempo de 40 horas para cada forno
operando de forma independente, levando a um ganho expressivo de produtividade, através
de uma diminuição de 20% no tempo de produção do sistema.
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
16 de 23
ANEXO 1 - Balanço de massa e energia - Forno 1
BALANÇO DE MASSA E ENERGIA FORNO 1 COM RECUPERAÇÃOPRODUTOS MASSA(KG) TEMP. CALOR ESP. POD. CAL. CALOR TOTAL %
ENTRADASRECUPERAÇÃO DE CALOR DO FORNO 2 8.000.000 11,20 TOTAL DE LENHA COM UMIDADE 14.710 4.184 61.546.640 86,1 CALOR DA REAÇÃO DA ARGILA 1.901.675 2,7 TOTAL DE ENERGIA COM LENHA ÚMIDA 71.448.315 100,0
SAÍDAS
TIJOLO CRÚ 9.728 30 0,26 ÁGUA CONTIDA NOS TIJOLOS (8%) 778 30 0,48 604.692 0,8 TIJOLO SECO 8.950 30 0,26 1.896.454 2,7 TIJOLO QUEIMADO 8.740
TELHA CRUA 59.190 30 0,26 ÁGUA CONTIDA NAS TELHAS (8%) 4.735 30 0,48 4.577.007 6,4 TELHA SECA 54.454 30 0,26 11.538.879 16,1 TELHA QUEIMADA 53.368
LAJOTA CRUA 5.311 30 0,26 ÁGUA CONTIDA NAS LAJOTAS (8%) 425 30 0,48 410.689 0,6 LAJOTA SECA 4.886 30 0,26 1.035.369 1,4 LAJOTA QUEIMADA 4.771
TELHA SEXTAVADA CRUA 8.453 30 0,26 ÁGUA CONTIDA NAS TELHA SEXTAVADA (8%) 676 30 0,48 653.615 0,9 TELHA SECA 7.776 30 0,26 1.647.798 2,3 TELHA SEXTAVADA QUEIMADA 7.613
ÁGUA NA LENHA 2.300 30 1,00 2.223.180 3,1
AR DE COMBUSTÃO ESTEQUIOMÉTRICO(4,705KG/KG) 69.211 30 EXCESSO DE AR (121%) 83.745 30 0,248 8.722.855 12,2
GASES DE COMBUSTÃO(5,136 KG/KG DE LENHA) ESTEQ. 75.551 30 0,248 7.869.346 11,0
ÁGUA NOS GASES DE COMBUSTÃO(0,563KG/KG DE LENHA) 8.282 30 1,00 6.434.904 9,0
RADIAÇÃO, CONVECÇÃO 3.331.440 4,7
CALOR DE SAÍDA 50.946.228
PERDAS NA ESTRUTURA E OUTRAS 20.502.087 28,7
CALOR TOTAL DE SAÍDA 71.448.315 100,0
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
17 de 23
ANEXO 2 - Balanço de massa e energia - Forno 2
BALANÇO DE MASSA E ENERGIA - FORNO 2PRODUTOS MASSA(KG) TEMP. CALOR ESP. POD. CAL. CALOR TOTAL %
ENTRADASTOTAL DE LENHA COM UMIDADE 19.010 4.184 79.537.840 97,4 CALOR DA REAÇÃO DA ARGILA 2.098.375 2,6 TOTAL DE ENERGIA COM LENHA ÚMIDA 81.636.215 100,0
SAÍDAS
CANALETA CRUA 7.339 30 0,26 ÁGUA CONTIDA NAS CANALETAS (8%) 587 30 0,48 447.713 0,5 CANALETA SECA 6.752 30 0,26 1.316.545 1,6 CANALETA QUEIMADA 6.610
TELHA CRUA 67.675 30 0,26 ÁGUA CONTIDA NAS TELHAS (8%) 5.414 30 0,48 5.064.227 6,2 TELHA SECA 62.261 30 0,26 12.140.827 14,9 TELHA QUEIMADA 61.018
LAJOTA CRUA 7.205 30 0,26 ÁGUA CONTIDA NAS LAJOTAS (8%) 576 30 0,48 539.156 0,7 LAJOTA SECA 6.628 30 0,26 1.292.555 1,6 LAJOTA QUEIMADA 6.472
TELHA SEXTAVADA CRUA 9.016 30 0,26 ÁGUA CONTIDA NAS TELHA SEXTAVADA (8%) 721 30 0,48 674.685 0,8 TELHA SEXTAVADA SECA 8.295 30 0,26 1.617.470 2,0 TELHA SEXTAVADA QUEIMADA 8.120
ÁGUA NA LENHA 2.985 30 1,00 2.791.767 3,4
AR DE COMBUSTÃO ESTEQUIOMÉTRICO(4,705KG/KG) 89.442 EXCESSO DE AR (121%) 108.225 0,248 10.467.510 12,8
GASES DE COMBUSTÃO(5,136 KG/KG DE LENHA) ESTEQ. 97.635 0,248 9.443.292 11,6
ÁGUA NOS GASES DE COMBUSTÃO(0,563KG/KG DE LENHA) 10.703 8.161.826 10,0
RADIAÇÃO, CONVECÇÃO 2.902.200 3,6
CALOR DE SAÍDA 56.859.774
PERDAS NA ESTRUTURA E OUTRAS 24.776.441 30,3
CALOR TOTAL DE SAÍDA 81.636.215 100,0
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
18 de 23
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
19 de 23
Anexo 3 – Balanço de energia do sistema composto pelos fornos 1 e 2
BALANÇO DE MASSA E ENERGIA - SISTEMAPRODUTOS MASSA(KG) TEMP. CALOR ESP. POD. CAL. CALOR TOTAL %
ENTRADASTOTAL DE LENHA COM UMIDADE 33.625 4.184 140.687.620 97,2 CALOR DA REAÇÃO DA ARGILA 4.000.048 2,8 TOTAL DE ENERGIA COM LENHA ÚMIDA 144.687.668 100,0
SAÍDAS
TIJOLO CRÚ 9.728 30 0,26 ÁGUA CONTIDA NOS TIJOLOS (8%) 778 30 0,48 577.423 0,4 TIJOLO SECO 8.950 30 0,26 1.820.829 1,3 TIJOLO QUEIMADO 8.740
TELHA CRUA 126.864 30 0,26 ÁGUA CONTIDA NAS TELHAS (8%) 10.149 30 0,48 9.651.824 6,7 TELHA SECA 116.715 30 0,26 23.745.669 16,4 TELHA QUEIMADA 114.386 0,26
LAJOTA CRUA 12.516 30 0,26 ÁGUA CONTIDA NAS LAJOTAS (8%) 1.001 30 0,48 952.208 0,7 LAJOTA SECA 11.515 30 0,26 2.342.647 1,6 LAJOTA QUEIMADA 11.242
TELHA SEXTAVADA CRUA 17.469 30 0,26 ÁGUA CONTIDA NAS TELHA SEXTAVADA (8%) 1.397 30 0,48 1.329.003 0,9 TELHA SEXTAVADA SECA 16.071 30 0,26 3.269.649 2,3 TELHA SEXTAVADA QUEIMADA 15.733 30 0,26
CANALETA CRUA 7.339 30 0,26 ÁGUA CONTIDA NAS CANALETAS (8%) 587 30 0,48 558.321 0,4 CANALETA SECA 6.752 30 0,26 1.373.595 0,9 CANALETA QUEIMADA 6.610
ÁGUA NA LENHA 2.300 30 1,00 2.187.300 1,5
AR DE COMBUSTÃO ESTEQUIOMÉTRICO(4,705KG/KG) 158.206 EXCESSO DE AR (121%) 191.430 0,248 16.473.670 11,4
GASES DE COMBUSTÃO(5,136 KG/KG DE LENHA) ESTEQ. 172.699 0,248 14.861.765 10,3
ÁGUA NOS GASES DE COMBUSTÃO(0,563KG/KG DE LENHA) 18.931 14.046.014 9,7
RADIAÇÃO, CONVECÇÃO 6.233.640 4,3
CALOR DE SAÍDA 99.423.556
PERDAS NA ESTRUTURA E OUTRAS 45.264.112 31,3
CALOR TOTAL DE SAÍDA 144.687.668 100,0
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
20 de 23
Anexo 4 – Fornos redondos de chama reversível
Foto 1 – vista fornalha Foto 2 – vista do forno
Foto 3 – vista interior do forno
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
21 de 23
Foto 4 – carrinho de lenha
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
22 de 23
Anexo 5 – Curvas de temperatura dos fornos Forno 1
0
200
400
600
800
1000
1200
19/8
04:
48
19/8
09:
36
19/8
14:
24
19/8
19:
12
20/8
00:
00
20/8
04:
48
20/8
09:
36
20/8
14:
24
TETO
PISO
No forno 1 com recuperação de calor do forno 2 foram instalados dois termopares para monitoramento das temperaturas da queima, um instalado no interior do teto e outro instalado no piso interior do forno. A curva azul registrada no gráfico com o termopar instalado no interior do teto do forno mostra o inicio da queima com a temperatura de aproximadamente de 300°C, resultado do aquecimento com calor de recuperação do forno 2, pelo tempo de aproximadamente 20 horas antes da queima. Iniciada a queima se observa um aumento quase vertical até atingir num período de apenas 4 horas aproximadamente 700°C e a partir desse ponto permanece oscilando entre 800°C e 900°C devido a turbulência e mudança de direção do fluxo dos gases nesse ponto e com troca de calor dos gases de combustão com a carga na parte superior do forno ate completar o período de queima de 24 horas programado. A temperatura registrada com um termopar instalado no piso, no interior do forno, curva vermelha registrada no gráfico inicia=se a partir de 100°C, permanecendo nesse patamar por aproximadamente 5 horas, para logo, aumentar com uma gradiente de aproximadamente de 45°C/h, ate atingir a máxima temperatura de 680°C,resultado de os gases de combustão descendo da parte superior do forno trocando calor com a carga de maneira continua e uniforme,antes da saída para a chaminé.
PROGRAMA DE EFICIENCIA ENERGÉTICA EN LADRILLERAS ARTESANALES DE AMERICA LATINA PARA MITIGAR EL CAMBIO CLIMATICOS - EELA
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA - INT - Av. Venezuela, 82 - 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil -Tel.: (21) 2123-1256 Fax.: (21) 2123-1253 www.int.gov.br - [email protected]
23 de 23
Forno 2
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
17
/8 1
4:2
4
17
/8 1
9:1
2
18
/8 0
0:0
0
18
/8 0
4:4
8
18
/8 0
9:3
6
18
/8 1
4:2
4
18
/8 1
9:1
2
19
/8 0
0:0
0
19
/8 0
4:4
8
19
/8 0
9:3
6
19
/8 1
4:2
4
TETO
PISO
No forno 2 similarmente, a curva azul registrada no gráfico corresponde à temperatura do termopar instalado no interior do teto do forno e mostra o inicio da queima com a temperatura de aproximadamente de 100ºC que vai aumentando de forma totalmente aleatória ate atingir aproximadamente 900°C, num período de 15 horas e a partir desse ponto permanece oscilando em torno de 900ºC numa forma irregular devido a turbulência e mudança de direção do fluxo dos gases nesse ponto e com troca calor dos gases de combustão com a carga na parte superior do forno ate completar o período de queima de 40 horas programado. A curva vermelha registrada no gráfico com um termopar instalado no piso, no interior do forno,se inicia a partir de 30ºC, aumentando lentamente ate atingir 100ºC num período de 14 horas para logo, aumentar a temperatura gradativamente ate atingir a máxima temperatura de 780ºC,com os gases de combustão descendo da parte superior do forno e trocando calor com a carga de maneira continua e uniforme,antes da saída para a chaminé. Anexo 6 – Equipamentos empregados Fluke Hydra Series II modelo 2625A Termômetro digital, sensor tipo K – Salvterm 1.200 k Medidor de Umidade Texto 606-2 Analisador modelo Texto 400 com sonda anemômetro de alta temperatura