relatório 1 econometria

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  • 8/8/2019 Relatrio 1 Econometria

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    Modelo de Regresso Linear

    O modelo de Regresso Linear Simples utilizado para estudar a relao

    entre duas variveis, X e Y, representando uma populao. Sendo X a varivel

    independente ou explicativa e Y a varivel dependente ou explicada. Com adificuldade em conter dados completos da populao a ser estudada, a idia bsica

    da regresso estimar os parmetros populacionais a partir de uma amostra. O

    objetivo descobrir se h uma relao de dependncia entre as duas variveis e se

    o efeito de causalidade entre elas. Podemos escrever uma equao que relaciona

    x e y:

    Y = 0 + 1X

    Onde: Y a varivel dependente ou explicada

    X a varivel independente ou explicativa

    0 o intercepto

    1 a inclinao da reta

    u o termo de erro

    Obs1: u o termo de erro da relao e representa todos os fatores que alm

    de X afetam Y.

    pr-supostos para a realizao da estimao dos parmetros:

    O valor mdio de u, o termo de erro, na populao 0. Ou seja: E(u) = 0

    Assumir que u e X so no-relacionados.

    E (u|X) = E(u) = 0

    Supor que os erros possuem a mesma variabilidade em todos os nveis da

    varivel X. (homocedasticidade).

    Var(u|X) =

    A partir disso pode-se afirmar que:

    E(Y|x) = 0 + 1X

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    O resduo, , uma estimativa de um termo de erro, u, e a diferena

    entre a reta ajustada (funo de regresso amostral) e o ponto amostral

    observado.

    Podemos calcular a frao da soma de quadrados total (SQT) que

    explicada pelo modelo; este o R2 da regresso

    R2 = SQE/SQT = 1 (SQR/SQT)

    Os exerccios deste relatrio foram realizados no Excel e tiveram como

    objetivo estudar o modelo de regresso linear simples.

    Exerccio 1:

    Neste exerccio, tendo como base o tema A Desigualdade de Renda e Crescimento

    Econmico, e utilizando a base de dados exercicio2_1.xls, do Excel, realizamos os

    clculos primrios para a estimao da reta de regresso linear. O objetivo desta

    atividade estimar uma relao entre o ndice de GINI ( que Mede o grau de

    desigualdade existente na distribuio de indivduos segundo a renda domiciliar per

    capita. Seu valor varia de 0, quando no h desigualdade -a renda de todos os

    indivduos tem o mesmo valor-, a 1, quando a desigualdade mxima -apenas um

    um indivduo detm toda a renda da sociedade e a renda de todos os outros

    indivduos nula) e o PIB per capita. Cabe descobrir como essa relao ocorre, se

    h uma causalidade, qual o impacto da variao de uma unidade de X sobre Y

    (medido por 1 na equao de regresso). Temos, ento, a tabela com os clculos

    bsicos:

    ( )

    ( )

    SQRSQESQT:Ento

    (SQR)resduosdosquadradosdossoma

    (SQE)explicadaquadradosdossoma

    (SQT)totalquadradosdossoma

    :entodefinirPodemos

    explicada,noumaeexplicadaparteuma

    defeitacomoobservaocadaempensarPodemos

    2

    2

    2

    +=

    =

    =

    =

    +=

    i

    i

    i

    iii

    u

    yy

    yy

    uyy

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    Xi = 1549624,0 Yi = 5667,4

    Mdia de Xi = X = 11.148 Mdia de Yi = Y = 40,8

    (Xi-X)(Yi-Y) = -9868385,278 (Xi-X)= 43767676025

    1= -0,000225 0= 43,28631

    i= 9434,332 Var()== 68,86373

    R = 0,190837

    Dessa forma, estima-se a regresso:

    Indice de Ginii = 0 + 1PIBpci + ui

    Utilizando toda a colocao citada anteriormente, obtemos os estimadores 0 e 1.

    1 estimado = - 0,000225

    0 estimado = 43,28

    Ento:

    Y = 43,28 - 0,0002 X

    Podemos concluir que em uma variao de U$ 1.000 na renda per capita, varia em

    aproximadamente 0,2 o ndice de GINI, ou seja, quanto maior a renda per capit,

    menor o ndice de GINI. E que o ndice de GINI para os paises que possuem

    renda iguais a zero de aproximadamente 43,28% ou 0,43, o que no

    verossmil, mas deve ser encarado como um ajuste do modelo.

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    Curva de Kuznets

    0,0

    10,020,0

    30,040,0

    50,060,0

    70,0

    80,0

    0 50.000 100.000 150.000

    PIBper capita

    ndice

    de

    Gini

    Y ndice de Gini

    Linear (Y ndice deGini)

    O grfico de disperso dos pares formados pelas variveis X e Y, mostrado acima

    revelou uma tendncia linear negativamente inclinada (descendente), o que indica

    a hiptese de que o aumento na renda per capita se relaciona inversamente com o

    aumento do ndice de GINI.

    Em seguida, calculamos a variancia do erro ( 2):

    2

    =22

    1

    2

    =

    =

    nSQR

    n

    un

    i

    i

    = soma dos quadrados dos resduos ou SQR

    graus de liberdade

    Essa varincia deve ser a menor possvel, ou seja, a distribuio dos fatores no

    observados que afetam o Indice deve ser o menos dispersa possvel, pois nesse

    caso a varincia do erro tambm diminuiria e o estimador se tornaria mais

    confivel.

    No exerccio, temos:

    (estimada) = 68,86373,

    o que indica um alto grau de varincia do erro.

    O R indica o grau de ajuste do modelo, e nesse caso, representa um valor de0,190837. O que significa que a variao de um ponto por cento na renda per capitaexplica 19 pontos por cento da variao no ndice de GINI.

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    Exerccio 2:

    Neste exerccio foram estimados os parmetros da relao entre a taxa de variao

    de indigentes e a taxa de crescimento da renda per capita para dois estados

    brasileiros, bem como a taxa de variao do numero de pobres e a taxa de

    crescimento da renda per capita, tomando com base os clculos e explicaes

    anteriores. Os Estados escolhidos foram Minas Gerais e Bahia.

    Relao entre a Taxa de variao de Indigentes e a Renda, em MG.

    indigentes =0 +1[crescrpc]

    1 estimado = -0,4412

    0estimado = 1,289993

    indigentes = 1,289993+ -0,4412[crescrpc]

    Variao da proporo de indigentes X Crescimento darendaper capita

    Minas Gerais

    0,0000,5001,000

    1,5002,0002,5003,000

    0,00 1,00 2,00 3,00 4,00

    Taxa de crescimento da renda per capita

    Taxa

    de

    variao

    da

    proporo

    de

    ind

    igentes

    y

    Linear (y)

    O grfico de disperso dos pares formados pelas variveis X e Y, mostrado acimarevelou uma tendncia linear negativamente inclinada (descendente). Ou seja, como aumento da taxa de crescimento da renda per capita no estado de MG, h umadiminuio na taxa de proporo de indigentes.

    Varincias dos resduos e dos betas estimados:

    (estimada) = 0,04488

    A varincia dos resduos um valor baixo, significando que, quando colhida uma

    outra amostra, a variabilidade dos coeficientes encontrados ser baixa. Podemos

    concluir a partir da equao de regresso que a variao de uma unidade (R$ 1,00)

    da renda implica na alterao de 0,4412 a menos no numero de indigentes.

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    O R estimando para esse modelo gerou um resultado de 0,246495, indicando quea variao na renda per capita em um ponto percentual explica 24,64% davariao na taxa de proporo de indigentes no estado.

    Relao entre a taxa de variao de pobres e a Renda, em MG.

    pobres =0 +1[crescrpc]

    1 estimado = -0,27928

    0 estimado = 1,124258

    pobres = 1,124258 - 0,27928[crescrpc]

    Variao da proporo de pobres X Crescimento darendaper capita

    Minas Gerais

    0,000

    0,500

    1,000

    1,500

    0,00 1,00 2,00 3,00 4,00

    Taxa de crescimento da renda per capita

    Taxa

    de

    variao

    da

    proporod

    e

    pobres

    y

    Linear (y)

    Como no caso anterior, o grfico de disperso dos pares formados pelas variveis Xe Y, mostrado acima revelou uma tendncia linear negativamente inclinada(descendente). Ou seja, com um aumento na taxa de crescimento da renda percapita, a taxa de variao na proporo de pobres para o estado de MG, diminui.

    Varincia dos resduos estimada:

    (estimada) = 0,017307

    A varincia dos resduos continua sendo um valor baixo. Podemos concluir a partir

    da equao de regresso que a variao de uma unidade (R$ 1,00) da renda

    implica na alterao negativa de 0,27928 na taxa de variao de pobres.

    O R estimado para esse modelo resultou o valor de 0,253683, indicando que umavariao na taxa de renda per capita explica 25,36% da variao na taxa deproporo de pobres no estado.

    Relao entre a Taxa de variao de Indigentes e a Renda, no estado da BA.

    indigentes =0 +1[crescrpc]

    1 estimado = -0,29992201

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    Variao da taxa de proporo de Pobres X Cresc

    PIB Per Capita Para o Estado da Bahia

    0,000

    0,200

    0,400

    0,600

    0,800

    1,000

    1,200

    1,400

    1,600

    0,00 1,00 2,00 3,00 4,00

    Taxa Cresc Renda Per Capita

    Taxa

    de

    varia

    o

    da

    proporo

    dep

    obres

    Seqncia1

    Linear (Seqncia1)

    Como no caso de MG, o grfico de disperso dos pares formados pelas variveis X eY, mostrado acima revelou uma tendncia linear negativamente inclinada(descendente), o que nos mostra que quanto maior for a taxa de crescimento darenda per capita, menor Taxa de variao da proporo de pobres da populao.

    Varincia dos resduos estimada:

    (estimada) = 0,003460617

    A varincias dos resduos continua sendo um valor baixo, significando que,

    quando colhida outra amostra, a variabilidade dos coeficientes encontrados ser

    baixa. Podemos concluir a partir da equao de regresso que a variao de uma

    unidade na taxa de crescimento da renda per capita implica na alterao de 0,1517

    na taxa de variao da proporo de pobres.

    O R estimado para esse modelo resultou o valor de 0,3368, indicando queuma variao na taxa de renda per capita explica 33,68% da variao na taxa de

    proporo de pobres no estado.

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    Comparando os resultados para os dois estados:

    BA - Indigentes MG -Indigentes

    Beta 1 -0,29992201 Beta 1 -0,4412

    Beta 0 1,205554604 Beta 0 1,289993

    Var() 0,01600309 Var() 0,04488

    R 0,300307096 R 0,246495

    A tabela mostra uma maior adequao ao modelo para o estado da Bahia,

    visto o resultado de um R mais elevado, ainda que por pouca diferena. O

    aumento da taxa de crescimento da renda per capit, para o estado de MG, indica

    uma maior alterao na taxa de proporo de indigentes, do que para o estado da

    BA, sendo ambas as taxas de crescimento da renda negativamente relacionadas

    com a proporo de indigentes da populao. A varincia do erro, para o estado da

    BA se mostra menor em relao ao estado de MG, indicando que, para a BA,avarincia do estimador da inclinao menor.

    BA Pobres MG - Pobres

    Beta1 -0,151736627 Beta 1 -0,27928

    Beta 0 1,064334366 Beta 0 1,124258

    Var() 0,003460617 Var() 0,017307

    R 0,336874638 R 0,253683

    Da mesma forma que a analise anterior, a tabela mostra uma maior

    adequao ao modelo para o estado da Bahia, visto o resultado de um R mais

    elevado, ainda que por pouca diferena. O aumento da taxa de crescimento da

    renda per capit, para o estado de MG, indica uma maior alterao na taxa de

    proporo de pobres, do que para o estado da BA, sendo ambas as taxas de

    crescimento da renda negativamente relacionadas com a proporo de indigentes

    da populao. A varincia do erro, para o estado da BA se mostra menor em

    relao ao estado de MG, indicando que, para a BA,a varincia do estimador dainclinao menor.