relatorio administração 2011
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
MENSAGEM AOS ACIONISTAS
O ano de 2011 representou um marco na história de Forjas Taurus S.A. A
Companhia implementou importante reestruturação societária; ingressou no Nível 2
de Governança Corporativa da BM&FBovespa; investiu na duplicação da capacidade
de produção da fábrica de capacetes da Bahia, a partir de 2012; adquiriu a Steelinject
do Grupo Lupatech; conquistou mais uma vez o cobiçado Prêmio Arma do Ano nos
Estados Unidos; deu continuidade ao plano de alienação da Taurus Máquinas-
Ferramenta Ltda.; e adotou providências para, em 2012, melhorar sua gestão
financeira, buscando o alongamento e a redução do custo de sua dívida.
A Reestruturação Societária
A reestruturação societária e do modelo de gestão consistiram, basicamente,
na adoção de medidas em três frentes: (1) Mudança na composição do capital social,
otimizando a participação de Acionistas em uma nova estrutura societária, passando a
ser caracterizada como uma corporação com controle difuso, porém com um Acionista
de referência; (2) Início de um processo amplo de aprimoramento da governança
corporativa, com a adesão em julho de 2011 ao Nível 2 da BM&FBovespa, com as
decorrentes vantagens e garantias asseguradas aos seus Acionistas, incrementando
sua imagem institucional no mercado de capitais; e (3) Aperfeiçoamento do Estatuto
Social, para refletir os avanços regulatórios e de governança corporativa, tais como
maior representação de todos os Acionistas no Conselho de Administração, bem
como, a criação de três Comitês Estatutários de assessoramento ao Conselho (Comitê
de Auditoria e Riscos; Comitê de Remuneração e Desenvolvimento de Pessoas; e
Comitê de Gestão e de Governança Corporativa), antecipando-se à legislação, uma
vez que não são ainda obrigatórios, mantendo-se, ainda, o Conselho Fiscal como um
órgão de funcionamento permanente. Ainda dentro desse contexto de governança, o
Estatuto Social estabeleceu que os cargos de Presidente do Conselho de
Administração e Diretor Presidente não poderão ser acumulados pela mesma pessoa
e, também, que a função de Diretor de Relações com Investidores terá designação
específica.
Assim, no exercício de 2011, foram eleitos e empossados um novo Conselho
de Administração, um novo Diretor Presidente e uma nova Diretora de Relações com
Investidores. Também, foi apontado um novo CEO na Taurus International
Manufacturing, Inc. além de outras alterações na composição da Diretoria daquela
Controlada.
Vale destacar algumas medidas específicas de grande relevância e impacto na
gestão dos negócios da Companhia: (1) A valorização da independência do Conselho
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de Administração, cuja composição passou a abrigar no mínimo 40% de conselheiros
independentes; (2) A adoção de um tag along de 100% para todas as espécies de
ações (33% ordinárias e 67% preferenciais); (3) O direito a voto das ações
preferenciais em assembléias em matérias relevantes; (4) A fixação do pagamento
semestral de dividendos mínimos de 35% distribuídos em igualdade para todas as
ações ordinárias e preferenciais; e (5) A segregação dos negócios da empresa em
dois grandes segmentos, a saber: (1) Defesa e Segurança; e (2) Metalurgia e
Plásticos. Esta foi uma providência importante para conferir maior eficácia e
transparência na gestão das diversas unidades de negócios da Companhia,
contribuindo para a definição clara das estratégias focadas na busca de resultados.
Gestão e Mercado
Além das ações relacionadas à reestruturação societária e ao modelo de
gestão, foram colocadas em prática medidas com impacto direto no desempenho
futuro da Companhia além da continuidade dos programas de investimentos em
modernização, inovação de produto e ampliação da capacidade produtiva de nossas
plantas industriais.
No segmento de Defesa e Segurança, houve mais uma conquista do Prêmio
Handgun of the Year (Arma Curta do Ano) em 2011, para a Pistola Taurus PT 740
Slim, concedido pela importante associação americana NRA – National Rifleman
Association, na publicação Golden Bullseye Award, que representa o reconhecimento
dos esforços permanentes da empresa na melhoria contínua da qualidade, da
tecnologia e do design dos seus produtos.
No segmento de Metalurgia e Plásticos, a 2ª planta de capacetes para
motociclistas localizada em Simões Filho, no Estado da Bahia, recebeu em 2011
investimentos para duplicação da sua capacidade de produção, com maturação no
início de 2012, visando dar conta do crescimento de cerca de 24% nas vendas neste
segmento no mercado nacional. Preparada, a Companhia acompanha o crescimento
contínuo desse mercado, que deve continuar apresentando forte ritmo de expansão
em razão da ampliação do crédito ao consumidor final; aumento da renda real;
aumento do poder aquisitivo das classes C, D e E, fatores que favorecem o consumo e
o segmento automotivo.
A aquisição da Steelinject Injeção de Aços Ltda., empresa até então
pertencente ao grupo Lupatech, com sede em Caxias do Sul - RS, complementa e
reforça de forma expressiva a atuação da Companhia no segmento de produtos com
tecnologia Metal Injection Molding – M.I.M. A aquisição ocorrida em outubro de 2011,
com a assunção das operações pela Taurus em janeiro de 2012, reforça a estratégia
da Companhia de incrementar a utilização da tecnologia M.I.M. em seus próprios
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produtos, além de disponibilizar a venda de produtos com esta tecnologia para
terceiros, notadamente os segmentos de óleo e gás, automotivo e agrícola, setores
que vem apresentando crescimento acentuado.
Ainda no segmento de Metalurgia e Plásticos, neste exercício, a Companhia
incrementou a produção de coletes de proteção balística e também de contêineres em
plástico injetado, destinados ao armazenamento de resíduos sólidos. O dinamismo da
economia urbana, o incremento da conscientização ambiental, a necessidade
crescente de reciclagem e de nova legislação sobre resíduos sólidos, além da
realização de grandes eventos esportivos entre 2013 e 2016 no Brasil, criam um novo
cenário para o mercado ligado à coleta, disposição e tratamento adequado dos
resíduos sólidos.
Como parte da reestruturação de nossas unidades de negócios, a Companhia
iniciou em 2011, um plano de alienação da Taurus Máquinas–Ferramenta Ltda., com
previsão de conclusão do processo ao longo de 2012. Para tanto, a Companhia
contratou os serviços de uma consultoria especializada.
Cabe destacar, ainda, que superamos as estimativas de desempenho
econômico-financeiro divulgadas para o 4º trimestre de 2011, quando reportamos os
resultados dos 9 meses de 2011. A receita líquida no 4T11 ficou 9,6% superior ao
guidance fornecido, atingindo R$ 174,3 milhões (guidance de R$ 159 milhões); o
EBITDA realizado foi de R$ 37,1 milhões, 76,7% acima do guidance (R$ 21 milhões).
Apenas os gastos com investimentos (CAPEX) ficaram 13% inferiores, face algumas
revisões e postergações no cronograma, atingindo R$ 8,7 milhões no trimestre contra
os R$ 10 milhões dados como guidance.
No exercício de 2011, a Companhia atingiu R$ 618 milhões de receita líquida
consolidada, 1,5% acima de 2010; R$ 130,8 milhões de EBITDA (margem de 21,2%) e
um lucro líquido de R$ 37,3 milhões, afetado pela volatilidade cambial; pelo aumento
dos custos das matérias-primas; pelo resultado financeiro líquido; e pelo resultado
negativo das operações descontinuadas.
Estratégia e Cenário
A estratégia adotada pela Companhia está organizada em torno de três
objetivos prioritários: (1) Expansão e crescimento, inclusive por meio de aquisições; (2)
Adequação e modernização do parque fabril, pela administração eficiente dos custos,
pela atualização tecnológica e pela análise de uma possível concentração em um
único site, da produção do segmento de Defesa e Segurança (armas curtas e longas);
e (3) Alongamento da dívida e redução das despesas financeiras.
O cenário futuro é positivo.
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No segmento de Defesa e Segurança, que responde por 73% do faturamento
consolidado da Companhia, a expectativa é de um crescimento de 10% nos mercados
dos EUA e Canadá uma vez que a América do Norte é uma importante alavanca de
nossas vendas externas (45% da receita total), além de um aumento também de 10%
nas exportações para mais de 70 países (9% da receita total), excluindo a América do
Norte.
Já no segmento de Metalurgia e Plásticos, responsável por 27% das vendas,
destaca-se o desempenho de capacetes para motociclistas, que contribui com 19% do
faturamento em 2011 e que deverá assegurar um crescimento de 18% em suas
vendas em 2012. Naturalmente, a empresa espera capturar este crescimento do
mercado em seu market share.
Com mais de 72 anos de história, a Companhia conta com sólida reputação e
reconhecimento tanto das suas marcas como da qualidade de seus produtos. Neste
contexto, a mudança levada a efeito em 2011 representa um processo natural na
trajetória de uma empresa que é global, que crescerá no mercado local e mundial e
que gerará mais divisas e empregos para o Brasil.
Gostaríamos, por fim, de agradecer aos nossos Clientes, Acionistas,
Fornecedores, Comunidade, e principalmente aos quase 5 mil colaboradores internos,
centenas de parceiros externos, que continuam a confiar na qualidade de nossos
produtos e em nossa capacidade de nos reinventar e continuar a crescer.
CONTEXTO OPERACIONAL
Perfil
A Forjas Taurus S.A. (“Companhia”), com sede em Porto Alegre – RS – Brasil,
é uma companhia brasileira de capital aberto (Nível 2 BM&FBovespa: FJTA3, FJTA4).
Maior produtora de armas curtas da América Latina e uma das maiores do mundo, era
composta, em 31 de dezembro de 2011, por oito unidades de negócios no Brasil e
uma nos E.U.A., com atuação destacada na produção e comercialização de armas,
forjados, capacetes para motociclistas, coletes balísticos, produtos plásticos injetados,
ferramentas manuais e máquinas-ferramenta.
No Brasil, as unidades de negócios são assim distribuídas: (1) seis unidades no
Rio Grande do Sul, sendo a matriz em Porto Alegre, duas em São Leopoldo, duas em
Gravataí e uma em Gramado; (2) uma unidade de negócio no Paraná, na cidade de
Mandirituba; e, (3) uma unidade na Bahia, na cidade de Simões Filho. No exterior, a
unidade de negócio da Companhia está situada em Miami, Flórida - E.U.A.
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Mercado de atuação
Armas: os produtos são vendidos no mercado nacional, notadamente a órgãos
públicos, principalmente polícias estaduais, civis e militares e, no mercado externo,
com destaque aos países da América do Norte.
Capacetes para motociclistas: os produtos são vendidos principalmente no
mercado nacional e em alguns países da América do Sul. Em 2011, a empresa
detinha, aproximadamente, 50% de market share no mercado brasileiro.
Outros: segmentos de coletes balísticos, produtos plásticos injetados, forjados
para terceiros, e M.I.M. são produtos vendidos no mercado nacional e ferramentas
manuais que são vendidas para o mercado nacional e externo.
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Padrões e critérios aplicados na preparação das informações
As demonstrações contábeis da Forjas Taurus S.A. e empresas
consolidadas são apresentadas em conformidade com as Normas Internacionais de
Relatório Financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board
(IASB) e também de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP).
As demonstrações contábeis individuais da controladora foram elaboradas de acordo
com o BR GAAP e, para o caso da Companhia, essas práticas diferem das IFRS
aplicáveis para demonstrações contábeis separadas em função da avaliação dos
investimentos em controladas pelo método de equivalência patrimonial no BR GAAP,
enquanto para fins de IFRS seria pelo custo ou valor justo.
Os valores incluídos neste relatório são apresentados em R$ milhões,
exceto quando indicado de outra forma e, portanto, sujeitos a arredondamentos. Como
conseqüência, os valores apresentados podem diferir dos valores constantes nas
demonstrações contábeis e suas notas explicativas.
Investimentos em controladas e coligada
Apesar da influência significativa sobre as atividades econômicas e
operacionais da Famastil Taurus Ferramentas S.A., suas demonstrações contábeis
não foram consolidadas em razão da Polimetal Metalurgia e Plásticos Ltda., acionista
da Famastil Taurus com 35% de participação, não atender aos critérios específicos do
CPC 18 e IAS 28 para o reconhecimento do controle em conjunto dessa empresa.
Em setembro de 2011, a Administração da Companhia elaborou plano
de alienação da controlada Taurus Máquinas-Ferramenta Ltda., tendo essa transação
um compromisso firme de venda do investimento com perspectiva de concretização
em até 12 meses contados do mês de setembro de 2011. Devido à decisão de
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descontinuidade do investimento, o mesmo foi classificado como “mantidos para
venda” e contabilizado de acordo com o pronunciamento técnico IFRS 5 e CPC 31 –
Ativos Não Correntes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas. O resultado
consolidado das operações descontinuadas incluídos na demonstração de resultados
consolidados do exercício de 2011, é apresentado a seguir:
Prejuízo do exercício das operações descontinuadas (1) 2011
Receitas 37,3
Despesas (73,0)
Prejuízo do exercício das operações descontinuadas (35,7) (1) Contempla as eliminações das operações realizadas entre a Taurus Máquinas-Ferramenta Ltda.
com as demais empresas da Companhia.
DESEMPENHO ECONÔMICO FINANCEIRO CONSOLIDADO
Receita operacional de vendas
A Forjas Taurus S.A. e empresas controladas apresentaram em 2011
uma receita bruta consolidada de R$ 751,3 milhões, indicando um crescimento de
2,1% em relação aos R$ 735,6 milhões apurados no exercício de 2010. A receita
líquida consolidada somou R$ 618 milhões em 2011, com um aumento de 1,5% sobre
os R$ 609,1 milhões apurados em 2010. No mercado externo a receita líquida
consolidada totalizou R$ 329,1 milhões, apurando um acréscimo de 2,1% em relação
aos R$ 322,3 milhões totalizados em 2010. Quando medida em dólares, as vendas no
mercado externo atingiram US$ 197,4 milhões, apresentando um acréscimo de 7,0%
em relação aos US$ 184,5 milhões apurados no mesmo período do ano anterior. No
mercado interno, a receita líquida consolidada em 2011 cresceu 0,7% em relação a
2010 totalizando R$ 288,9 milhões (R$ 286,8 milhões em 2010). Destaca-se nesta
oscilação das vendas no mercado interno o aumento de 23,8% no segmento de
capacetes para motociclistas.
Vendas consolidadas por mercado
47,1%
52,9%
46,8%
53,2%
Mercado Interno Mercado Externo
2010 2011
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Vendas consolidadas por geografia
47,1%49,7%
3,2%
46,8%49,0%
4,2%
Brasil Estados Unidos Outros Países
2010 2011
Lucro bruto e margem bruta consolidada
O lucro bruto consolidado alcançou R$ 264,3 milhões em 2011
indicando uma margem bruta de 42,8% (R$ 279,1 milhões registrados em 2010 e
margem bruta de 45,8%). O lucro bruto e a margem bruta foram influenciados pelos
seguintes fatores: (a) Positivos: (1) incremento no volume de capacetes para
motociclistas vendidos no Brasil; e (2) ganhos de produtividade notadamente nas
fábricas de capacetes para motociclistas; (b) Negativos: (1) apreciação do real em
relação ao dólar norte-americano; e, (2) aumento dos custos de produção e da matéria
prima de armas e capacetes para motociclistas, respectivamente.
Lucro operacional – EBIT
As despesas operacionais (com vendas, administrativas e outras),
líquidas de outras receitas operacionais, somaram em 2011 R$ 165,2 milhões ou
26,7% da receita líquida total consolidada (R$ 176,1 milhões, equivalentes a 28,9% da
receita líquida total consolidada de 2010). A redução apurada de 6,2% no total das
despesas operacionais no exercício de 2011 decorre, principalmente, do
gerenciamento das despesas com vendas (redução de 4,9% em relação a 2010) e das
despesas administrativas que, apesar das despesas não recorrentes oriundas da
reestruturação societária, apresentou uma redução de 3,0% em relação a 2010.
Apesar da redução apurada nas despesas operacionais, o lucro
operacional consolidado, medido pelo conceito EBIT (lucro antes dos juros e impostos)
somou em 2011 R$ 99,1 milhões indicando margem operacional de 16,0% (R$ 103,0
milhões e margem operacional de 16,9% em 2010) sendo o decréscimo de 3,8%
influenciado pela redução do lucro bruto conforme mencionado no item anterior.
EBITDA
A geração de caixa consolidada em 2011, medida pelo conceito
EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), somou R$
130,8 milhões e registrou uma margem EBITDA de 21,2% (R$ 136,6 milhões e
margem EBITDA de 22,4% no exercício de 2010). A oscilação do EBITDA, com
redução de 4,2%, decorre, principalmente, dos fatores mencionados nos itens
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anteriores: (1) positivo: redução de 6,2% no total das despesas operacionais, líquidas;
e (2) negativo: redução apurada no lucro bruto consolidado.
O EBITDA (LAJIDA) é uma medida comumente utilizada que visa
representar a capacidade da Companhia de gerar caixa a partir de suas operações;
não possui significado padronizado e a definição da Companhia de EBITDA pode não
ser comparável àquelas utilizadas pelas demais empresas. O EBITDA não deve ser
considerado isoladamente como alternativa de lucro líquido, como medida de
desempenho operacional, alternativa aos fluxos de caixa operacionais ou, ainda, como
medida de liquidez. Entre outras finalidades, o EBITDA é utilizado como indicador nos
compromissos da Forjas Taurus S.A. relacionados a empréstimos, financiamentos e
debêntures.
Resultado financeiro
As despesas financeiras líquidas em 2011 somaram R$ 47,6 milhões
(R$ 1,8 milhões no exercício de 2010). Este aumento decorre, principalmente, da
oscilação cambial do real frente a moeda norte americana, originando uma perda
cambial sobre o passivo oneroso de aproximadamente R$ 37,3 milhões, e do aumento
dos custos financeiros sobre os empréstimos e financiamentos, contratados a taxa
Selic e CDI.
Lucro líquido do exercício
Em 2011, a Forjas Taurus S.A. e empresas controladas apresentaram
um lucro líquido consolidado de R$ 37,3 milhões (R$ 70,3 milhões em 2010). Este
decréscimo no lucro líquido consolidado foi motivado, principalmente, pelos seguintes
fatores já destacados anteriormente: Positivos: (1) redução das despesas
operacionais, líquidas; (2) realização de lucros nos estoques consolidados; e, (3)
melhoria do resultado do segmento de capacetes para motociclistas. Negativos: (1)
oscilação cambial do real frente a moeda norte americana; (2) aumento dos custos de
produção e da matéria prima em armas e capacetes para motociclistas,
respectivamente; (3) aumento das despesas financeiras, líquidas; e (4) aumento da
perda sobre o resultado das operações descontinuadas da empresa Taurus Máquinas-
Ferramenta Ltda.
Informações por segmento de negócios
Na tabela abaixo é demonstrada a composição da receita líquida,
resultado bruto, margem bruta e resultado antes dos impostos por segmento de
negócios. As informações apresentadas referem-se aos períodos de 12 meses findos
em 31 de dezembro de 2011 e 2010, conforme os padrões contábeis do IFRS, líquidas
das transações intersegmentos.
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2010 2011 Var. 2010 2011 Var. 2010 2011 Var. 2010 2011 Var.
Armas 452,3 74,2% 452,0 73,2% -0,1% 229,2 205,5 -10,3% 50,7% 45,5% -5,2 p.p. 73,4 18,2 -75,2%
Capacetes 95,0 15,6% 117,6 19,0% 23,8% 38,6 51,5 33,3% 40,6% 43,8% +3,2 p.p. 25,6 36,9 44,1%
Outros 61,8 10,2% 48,4 7,8% -21,8% 11,3 7,3 -35,8% 18,2% 15,1% -3,1 p.p. 3,9 (1,8)
Total 609,1 618,0 1,5% 279,1 264,3 -5,3% 45,8% 42,8% -3,0 p.p. 102,9 53,3 -48,2%
Receita Líquida Resultado Bruto Margem Bruta Resultado antes dos impostos
(i) Armas – operações realizadas pela Forjas Taurus S.A. e Taurus Holdings, Inc. (Estados Unidos);
(ii) Capacetes para motociclistas – operações realizadas pela Taurus Blindagens Ltda.,Taurus Helmets Indústria Plástica Ltda. e Taurus Blindagens Nordeste Ltda.;
(iii) Outros – segmentos de forjaria (Forjas Taurus S.A.), caldeiraria (exercício de 2010), coletes balísticos e produtos plásticos injetados (Taurus Blindagens Ltda.)
Valor adicionado
A Forjas Taurus S.A. gerou um valor adicionado consolidado (riqueza
criada pela Companhia e suas controladas) de R$ 458,2 milhões em 2011 (R$ 481,4
milhões em 2010), assim distribuídos:
Em milhões de R$
2010 2011 Variação
Colaboradores 186,9 176,8 -5,4% Governos 143,3 108,4 -24,4% Financiadores 80,9 135,7 +67,7% Acionistas 22,1 16,8 -24,0% Reinvestimentos 48,2 20,5 -57,5%
Total 481,4 458,2 -4,8%
Posição financeira
As disponibilidades e aplicações financeiras de curto prazo somavam
R$ 162,2 milhões em 2011 (R$ 188,7 milhões em 2010). Deste total, R$ 87,5 milhões
(R$ 149 milhões em 2010) são compostos por CDBs pós-fixados, remunerados por
taxas variáveis de 98 a 103% do CDI, contratados com instituições financeiras de
primeira linha. Os empréstimos e financiamentos consolidados, destinam-se,
principalmente, para: (1) capital de giro; (2) investimentos na modernização do parque
fabril; e, (3) financiamento das exportações.
Durante o exercício de 2011, estrategicamente, alongamos os prazos
de pagamento de nossa dívida. Com efeito, encerramos 2011 com 58,5% de
vencimentos no longo prazo e 41,5% no curto prazo, conforme demonstrado no gráfico
a seguir:
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Cronograma de vencimento do endividamento consolidado – Em milhares de reais
-
40.000
80.000
120.000
160.000
200.000
240.000
2012 2013 2014 2015 2016 em diante
Dívida em R$ Dívida em US$
Os empréstimos e financiamentos com vencimento no ano de 2012,
tanto em moeda nacional como em dólares, fazem parte do capital de giro estrutural
da Companhia, com linhas renováveis de forma rotineira. Também, inclui o valor das
Debêntures de primeira emissão cuja intenção é o resgate antecipado mediante
negociação com os detentores destes títulos.
A composição financeira apresentada abaixo, mostra o reflexo da
reestruturação societária da Companhia ocorrida em julho de 2011. As variações em
relação a 2010 bem como os principais indicadores relacionados, são demonstrados a
seguir:
Valores em milhões de R$
2010 2011 Variação
Endividamento curto prazo 86,5 99,0 14,5% Endividamento longo prazo 133,7 232,7 74,0% Saques cambiais 4,5 39,6 Debêntures 105,3 125,3 19,0% Antecipação de créditos imobiliários - CRI 42,1 36,1 -14,3% Derivativos (2,6) 1,1 Avais e garantias 131,2 -
Endividamento bruto 500,7 533,8 6,6% (-) Disponibilidades e aplicações financeiras 188,7 162,2 -14,0%
Endividamento líquido 312,0 371,6 19,1%
Endividamento líquido/EBITDA 2,24x 2,84x +0,60x EBITDA/Despesas financeiras, líquidas 5,24x 2,75x -2,49x
No resumo a seguir é apresentado o desempenho econômico financeiro
consolidado da Companhia em 2011, comparado com o desempenho apurado em
2010:
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Resumo Econômico Financeiro Consolidado Em milhões de R$, exceto quando indicado de outra forma
Indicadores 2010 2011 Variação
Receita Líquida 609,1 618,0 1,5%
Mercado interno 286,8 288,9 0,7%
Mercado externo 322,3 329,1 2,1%
Exportações – US$ 184,5 197,4 7,0%
Lucro Bruto 279,1 264,3 -5,3%
Margem bruta-% 45,8% 42,8% -3,0 p.p.
Lucro Operacional (EBIT) 103,0 99,1 -3,8%
Resultado Líquido 70,3 37,3 -46,9%
Margem Líquida - % 11,5% 6,0% -5,5 p.p.
EBITDA 1 136,6 130,8 -4,2%
Margem EBITDA - % 22,4% 21,2% -1,2 p.p.
Ativos Totais 999,9 1.126,7 12,7%
Patrimônio Líquido 460,6 325,2 -29,4%
Investimentos 53,6 47,4 -11,6%
1 - EBITDA = lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização
Investimentos consolidados
Os investimentos consolidados em imobilizado no exercício de 2011,
notadamente no aumento da capacidade instalada e na modernização tecnológica do
parque fabril, somaram R$ 47,4 milhões (R$ 53,6 milhões em 2010). O valor da
depreciação e amortização totalizou R$ 27,6 milhões em 2011 (R$ 26,6 milhões em
2010). Os equipamentos, instalações e processos de produção utilizados pela
Companhia e suas controladas permitem gerenciar o programa de investimentos de
acordo com o lançamento de produtos e de acordo com a demanda efetiva de
mercado. Neste sentido, em 2011, os investimentos em imobilizado foram aplicados
conforme demonstrado no gráfico abaixo:
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DESEMPENHO DA FAMASTIL TAURUS FERRAMENTAS S.A.
A coligada apurou no exercício de 2011 uma receita líquida de R$ 92,1
milhões, 10,4% acima dos R$ 83,5 milhões registrados em 2010. O lucro bruto
apurado em 2011 foi de R$ 37,6 milhões indicando uma margem bruta de 40,8% (lucro
bruto de R$ 33,4 milhões e margem bruta de 40,1% em 2010). O lucro líquido do
exercício em 2011 foi de R$ 5,4 milhões (R$ 5,0 milhões no exercício de 2010). A
Companhia encerrou 2011 com um EBITDA de R$ 11,9 milhões e margem EBITDA de
12,9% (R$ 11,2 milhões e margem EBITDA de 13,4% em 2010).
IMPOSTOS RECOLHIDOS
A Companhia e suas controladas são importantes geradoras de
impostos e contribuições, tendo recolhido, no Brasil, em 2011, o montante de R$ 129,9
milhões (R$ 139,4 milhões recolhidos em 2010).
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O Patrimônio Líquido da Forjas Taurus S.A. (Controladora) em 2011,
alcançou o montante de R$ 325.334.507,26 indicando o valor patrimonial de R$ 2,30
por ação do Capital Social, representado por 141.412.617 ações (R$ 460.526.919,21
equivalente a um valor patrimonial de R$ 3,59 por ação do Capital Social representado
por 128.234.160 de ações em 2010).
DESTINAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
A Administração proporá à próxima Assembléia Geral Ordinária dos
Acionistas a seguinte destinação do resultado ajustado do exercício de 2011:
Em R$
Resultado antes da participação dos administradores 41.461.629,27 Participação dos administradores (4.146.160,00)
Lucro líquido do exercício 37.315.469,27 Realização de ajustes de avaliação patrimonial 3.931.913,04 Reversão de ajustes de avaliação patrimonial de controlada 1.091.116,25
Valor a destinar 42.338.498,56
Destinação Reserva legal (5% s/ R$ 37.315.469,27) 1.865.773,46 Juros s/ capital próprio a serem imputados a dividendos 16.766.946,30 Reserva para investimentos 23.705.778,80
42.338.498,56
A destinação de R$ 23.705.778,80 à conta de Reserva para
Investimentos objetiva atender o programa anual de investimentos da Companhia,
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estabelecido no Orçamento de Capital do exercício de 2012, também a ser submetido
à próxima Assembléia Geral Ordinária dos Acionistas.
REMUNERAÇÃO AOS ACIONISTAS
Em 10-08-2011, o Conselho de Administração da Companhia deliberou,
ad referendum da Assembléia Geral dos Acionistas, a distribuição e pagamento aos
Acionistas de juros sobre o capital próprio, no valor bruto de R$ 3.869.295,30 (R$
3.211.212,10 líquidos do imposto de renda), equivalente a R$ 0,03 por ação ordinária
e preferencial, os quais foram pagos em 17-10-2011. Adicionalmente, em 17-11-2011,
o Conselho de Administração da Companhia deliberou, ad referendum da Assembléia
Geral dos Acionistas, a distribuição e pagamento aos Acionistas de juros sobre o
capital próprio, no valor bruto de R$ 12.897.651,00 (R$ 11.040.692,26 líquidos do
imposto de renda), equivalente a R$ 0,10 por ação ordinária e preferencial, os quais
serão pagos a partir de 02-04-2012. Assim, a remuneração total aos Acionistas,
relativa ao exercício de 2011, líquida do imposto de renda, somará R$ 14.251.904,36,
equivalente a 36,2% do lucro líquido ajustado de R$ 39.381.608,85 (2010 – R$
20.465.032,65, igual a 27,4% do lucro líquido ajustado).
MERCADO DE CAPITAIS
As ações da Companhia são listadas na Bovespa desde março de
1982. Em 07 de julho de 2011 a Companhia aderiu ao Nível 2 da BM&FBovespa com
seu Estatuto Social integralmente reformado e consolidado contemplando a adoção de
práticas diferenciadas de governança corporativa previstas para o Nível 2. Nesta nova
fase da Companhia, como parte do compromisso com as melhores práticas de
governança corporativa e com um novo modelo de gestão, foi eleita pelo Conselho de
Administração uma Diretora Estatutária de Relações com Investidores em 16 de
dezembro de 2011, com a dedicação integral para o projeto de maior aproximação e
relacionamento com o mercado, e com o objetivo de buscar uma base acionária
diversificada e compatível com o seu planejamento estratégico, ampliar a liquidez e
assegurar que a precificação seja adequada aos seus fundamentos, além do foco em
maximizar o retorno ao acionista de forma sustentável.
Em função da reestruturação societária ocorrida em julho de 2011, que
implicou em aumento de capital, seguido de desdobramento e grupamento, a
quantidade de ações da Companhia passou de 128.234.160 ações em 31 de
dezembro de 2010 para 141.412.617 ações em 31 de dezembro de 2011, passando a
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ser composto de 47.137.539 ações ordinárias, representativas de 33,3% do capital
total e 94.275.078 ações preferenciais, dos 66,7% restantes.
A tabela a seguir mostra algumas informações sobre as ações na
BM&FBovespa e o valor de mercado da Companhia no final do exercício e no período
mais recente, quando a Companhia já apresentou recuperação no valor de mercado e
aumento na liquidez dos papéis:
Indicadores de Mercado de Capitais 29-12-2011 Fev-12 Variação - %
(1) Cotação da ação – R$ Histórica
ON (FJTA3) 1,53 2,18 42,5%
PN (FJTA4) 1,46 1,93 32,2%
(2) Quantidade de ações
ON 47.137.539 47.137.539 -
PN 94.275.078 94.275.078 -
Total 141.412.617 141.412.617
(3) Valor de mercado – Em R$ mil
ON 72.120.435 102.759.835 42,5%
PN 137.641.614 181.950.901 32,2%
Total 209.762.049 284.710.736 35,7%
(4)Indicadores de liquidez
ON FJTA3
Quantidade de negócios 14 17 21,4%
Volume financeiro – R$ mil 67.909 58.991 -13,1%
Quantidade de ações negociadas 33.369 29.929 -10,3%
PN FJTA4
Quantidade de negócios 74 146 97,3%
Volume financeiro – R$ mil 378.000 643.889 70,3%
Quantidade de ações negociadas 167.149 335.047 100,4%
GESTÃO DE PESSOAS E COMPROMISSO SOCIAL
Encerramos o ano de 2011 com 4.642 colaboradores diretos (4.619
colaboradores em 2010).
A Companhia acredita que o sucesso de uma empresa não se reflete
apenas em seu desempenho econômico, mas também na valorização e satisfação de
seus colaboradores. Por esse motivo, a Companhia busca promover um ambiente
propício para estimular as potencialidades de seus colaboradores patrocinando
programas internos e externos de treinamento e capacitação que abrangem todos os
níveis hierárquicos.
Ao mesmo tempo, é de conhecimento da Companhia que a qualidade
de vida do colaborador tem impacto direto nos níveis de produtividade, além de ser
fator decisivo na ampliação de oportunidades de desenvolvimento. Neste sentido,
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aplica as melhores práticas e métodos de segurança e saúde ocupacional, zelando
pela integridade física e emocional de seus colaboradores, minimizando assim os
riscos de suas operações.
A Companhia, ciente de seu compromisso social, mantém investimentos
expressivos em serviços e benefícios em favor de seus colaboradores e da sociedade
em que está inserida.
RELACIONAMENTO COM AUDITORES INDEPENDENTES
Com o objetivo de atender a Instrução CVM 381/03, a Companhia
informa que a empresa de auditoria KPMG Auditores Independentes prestou somente
serviços relacionados à auditoria externa durante o exercício de 2011, não tendo
realizado quaisquer outros trabalhos à Companhia e/ou às suas controladas.
DECLARAÇÃO DA DIRETORIA
A Diretoria, em atendimento ao art. 25, parágrafo 1º, incisos V e VI, da
instrução CVM nº 480/2009, declara que revisou, discutiu e aprovou as
Demonstrações Contábeis da Forjas Taurus S.A. em 31 de dezembro de 2011 e 2010
e com as opiniões expressas no Relatório dos Auditores Independentes sobre
referidas Demonstrações Contábeis.
PERSPECTIVAS
A Forjas Taurus S.A. e suas empresas controladas e coligada passaram
por transformações significativas em 2011, quando foi iniciada uma nova fase na
Companhia, que tem como característica básica o compromisso de sua Administração
com a ampliação do nível de governança corporativa e com a maximização do retorno
aos Acionistas.
Portanto, 2012 será o ano da consolidação de uma nova governança
Corporativa e de um novo modelo de gestão da Companhia, cujo plano de negócios e
execução rígida das metas orçamentárias serão o norte da Companhia.
O foco será principalmente em três pilares:
1. Crescimento sustentado;
2. Aumento da eficiência operacional, gerando ganhos de produtividade e
consequente rentabilidade; e
3. Alongamento da dívida e redução de suas despesas financeiras.
Com metas claras e com uma visão de longo prazo, a Administração da
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Companhia optou por passar a dar guidance anual, em substituição aos guidances
trimestrais iniciados em meados de 2011.
Com base nas projeções de crescimento para os dois segmentos
principais de negócios definidos pela Companhia nas áreas de Defesa e Segurança e
de Metalurgia e Plásticos, passamos a fornecer as seguintes estimativas para o
exercício de 2012:
Receita Líquida deverá ser superior a R$ 700 milhões
EBITDA deverá ficar acima de R$ 150 milhões
Investimentos (CAPEX) ficarão em torno de R$ 79 milhões
incluindo as operações nos EUA e contemplando eventuais
oportunidades de aquisições que poderão surgir ao longo do ano.
Os fundamentos para as estimativas acima foram baseados nas
seguintes premissas:
Liderança nos mercados onde a empresa atua;
Entre 65% a 70% das vendas para o mercado externo são
concentradas na América do Norte no segmento de Defesa e
Segurança;
Mercado externo responde por 54% da receita líquida;
Fatia de cerca de 20% no mercado norte-americano no segmento
de Defesa e Segurança (Armas curtas e longas);
Participação em torno de 50% no mercado brasileiro de capacetes
para motociclistas, pertencente ao segmento de Metalurgia e
Plásticos, que deverá crescer 18%;
Crescimento de 10% na receita oriunda do mercado norte-
americano e de 10% na exportação para os demais países no
segmento de Defesa e Segurança (Armas curtas e longas);
Captura de ganhos de escala e eficiência operacional;
Capacidade de inovação e diferenciação no lançamento de novos
produtos;
Eventos esportivos que serão sediados no Brasil de 2013 a 2016;
Medidas do Governo para o reaparelhamento do Estado com alto
índice de nacionalização na área de Defesa e Segurança para os
próximos anos;
Não foram computados nas projeções os efeitos resultantes da
alienação da Taurus Máquinas-Ferramenta Ltda.
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A Companhia também acredita que os fundamentos macroeconômicos
e setoriais da economia brasileira, tais como maior disponibilidade de crédito, maior
consumo das classes emergentes pelo aumento da renda real, controle da inflação, a
busca de uma menor volatilidade no câmbio, bem como a recuperação da economia
global, mesmo que gradual, também serão decisivos para o atingimento das metas
propostas.
Porto Alegre, 20 de Março de 2012.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Luis Fernando Costa Estima Presidente
Fernando José Soares Estima Vice-Presidente
Danilo Angst Oscar Claudino Galli
Paulo Amador Thomaz Alves da Cunha Bueno Paulo Ricardo de Souza Mubarack
Sadi Assis Ribeiro Filho Conselheiros
DIRETORIA
Dennis Braz Gonçalves Diretor Presidente
Ruy Fernando Vianna Soares Diretor Vice-Presidente Sênior
Jorge Py Velloso Diretor Vice-Presidente Sênior
Dóris Beatriz França Wilhelm Diretora de Relações com Investidores