relatorio anual de actividades fojassida 2011
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O presente relatório refere-se as actividades do programa do FOJASSIDA desenvolvidas durante o ano de 2011, tendo como objectivo Contribuir para a redução do impacto do VIH e SIDA em Angola, respeitando os pretextos contidos no Plano Estratégico Nacional de Respostas às ITS, VIH e SIDA 2011 – 2014, bem como de promover a participação harmoniosa dos jovens nos processos de democracia tendo em conta o processo de desenvolvimento do mesmo.TRANSCRIPT
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FÓRUM JUVENIL DE APOIO A SAÚDE E PREVENÇÃO DA SIDA
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
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Índice 1 - Acrónimos ...................................................................................................... 3 2 – Nota de Agradecimentos .................................................................................... 4 3 – Introdução ...................................................................................................... 5 4 – A organização .................................................................................................. 6 4.1 – Objectivos do Programa .................................................................................. 6 5 – Pertinência da acção do FOJASSIDA (Estratégia 2011 – 2013)……………………………8 6 - linhas orientadoras e relevância da implementação do programa………………… ………11 6.1 – Serviços .................................................................................................... 12 6.2 – Local e contexto de implementação do programa .................................................. 12 6.3 – Beneficiários ............................................................................................... 13 7 - Opções Estratégicas…………………………………………………………………...13 8 – Organigrama Executivo do Programa ................................................................... 16 9 – Objectivos, resultados, indicadores e actividades realizadas em 2011…………………….16 9.1 - Objectivo estratégico 1………………………………………………………….….16 9.1.1 – Resultados……………………………………………………………………….16 9.1.2 – Indicadores………………………………………………………………………16 9.1.3 - Actividades realizadas………………………………………………………….…17 9.2 - Objectivo estratégico 2………………………………………………….………….22 9.2.1 – Resultados……………………………………………………………………….22 9.2.2 – Indicadores………………………………………………………………………22 9.2.3 - Actividades realizadas……………………………………………………..………22 9.3 - Objectivo estratégico 3………………………………………………………………27 9.3.1 – Resultados……………………………………………………………………….27 9.3.2 – Indicadores………………………………………………………………………27 9.3.3 - Actividades realizadas……………………………………………………….……28 9.4 - Objectivo estratégico 4………………………………………………………………33 9.4.1 – Resultados……………………………………………………………………….33 9.4.2 – Indicadores………………………………………………………………………33 9.4.3 - Actividades realizadas……………………………………………………..………34 10 - Actividades de rotina diária………………………………………………………..…34 11 – Formação e Capacitação .................................................................................. 39 12 – Intercâmbio e troca de experiências ................................................................... 39 13 – Articulação dos trabalhos do programa/relacionamento com outras instituições ............. 40 14 – Beneficiários atingidos pelo programa ................................................................. 40 15 – Integração de Género ……………………………………………………………….42 16 – Actividades de monitoria e avaliação do programa .................................................. 42 17 – Riscos previstos em 2011 e medidas correctivas ocorridas ........................................ 43 18 – Dificuldades ............................................................................................... 45 19 – Experiencias e lições apreendidas ...................................................................... 45 20 – Conclusões………………………………………...……….……………………….45 21 – Desafios do programa…………………………….………………………………….46 22 - Relatório Financeiro ...................................................................................... 47
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1 - ACRÓNIMOS
ANASO Rede Angolana das Organizações de Serviços de SIDA
APN Ajuda Popular da Noruega
CACS Conselho de Auscultação e Concertação Social
CAP Comportamentos, Atitudes e Práticas
CATV Centro de Aconselhamento e Testagem Voluntária
CICA Conselho das Igrejas Cristãs em Angola
CNJ Conselho Nacional da Juventude
WL World Learning
FNUAP Fundo das Nações Unidas para a População
FOJASSIDA Fórum Juvenil de Apoio a Saúde e Prevenção da Sida
IAPCI Instrumento de Análise Participativa da Capacidade Institucional
IEC Informação Educação e Comunicação
GAM Grupo de Ajuda Mútua
INLS Instituto Nacional de Luta Contra a Sida
ITS Infecções de Transmissão Sexual
ONUSIDA Agência das Nações Unidas para o Combate a SIDA
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PSI Serviço Internacional para a População
PVVS Pessoas Vivendo com VIH e SIDA
RJPC Rede das Organizações Juvenis para Participação e Cidadania
SIDA Síndrome de Imune Deficiência Humana
VIH Vírus de Imune deficiência Humana
UNICEF Agência das Nações Unidas para a Infância
USAID Agência Norte Americana para o Desenvolvimento
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2 - NOTA DE AGRADECIMENTOS
No prefaciar deste relatório fazemo-lo com profundo reconhecimento pelo trabalho descrito fruto da entrega de muitos actores sociais que gentilmente queremos endereçar os nossos agradecimentos. Primeiramente, ao Governo Municipal do Cazenga, a World Learning e USAID, a APN, e a Oxfam Novib da Holanda pelo financiamento disponibilizado para implementação do programa em 2011.
A Repartição Municipal da Saúde do Cazenga, a ANASO, ao PSI, AJPD, Rádio Cazenga, e todos os outros actores singulares e colectivos aqui como anónimos, que emprestaram o seu talento e dedicação, transmitindo-nos uma parte do seu saber para a implementação do programa durante o ano de 2011.
Especialmente a equipa técnica do programa, pelas suas sugestões e entrega no terreno, não parando perante os variados obstáculos encontrados, satisfaz-nos a sua postura.
Queremos também agradecer aos voluntários e a comunidade do município do Cazenga pela colaboração, mas que há o reconhecimento deste apoio recebido. Às vendedoras, senhoras domésticas, jovens desempregados, militares e agentes da ordem pública, estamos gratos.
Obrigado irmãos, obrigados a vós - Pessoas Vivendo Com VIH e SIDA - sois tão importantes como todos nós e reconhecemos nos vossos olhares o carinho que precisam para um mundo todavia mais justo de tão desigual ser. Nós aceitamos às vossas mãos para um abraço de solidariedade que vai arrastar multidões, com Cazenga de mãos dadas presente. Muito obrigado.
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3 - INTRODUÇÃO
Há mais de 8 anos que o FOJASSIDA vem implementando actividades sobre VIH e SIDA,
que reflectem sobretudo as preocupações da comunidade na Educação, Sensibilização e no apoio psicossocial especialmente as pessoas vivendo com VIH e SIDA.
Contou-se com os apoios financeiro da APN da Oxfam Novib da Holanda e do Projecto Fundo Global-Angola, premissa que o levou a FOJASSIDA realizar entre Novembro e Dezembro de 2005 à Janeiro de 2006, um diagnóstico primário sobre conhecimentos, atitudes e praticas em relação as pessoas vivendo com VIH e SIDA e das relações familiares no município do Cazenga com o objectivo de:
Desenvolver a partir dos resultados do estudo, uma intervenção apropriada olhando em: a) Educação e prevenção das ITS-VIH/SIDA, focalizando aspectos de redução do
estigma e combate a descriminação;
b) Existência de um programa de apoio psicossocial para as PVVS e as suas respectivas famílias.
O referido estudo que marcou o ponto de partida para as actividades porque permitiu a
recolha de opiniões e percepções dos munícipes sobre as pessoas vivendo com VIH no Cazenga, bem como da situação dos doentes de SIDA, olhar para a radiografia da con(vivência) da comunidade com as famílias que acolhem pessoas portadoras do VIH. A partir do qual surgiram novas estratégias e linhas de intervenção no sentido de se dar uma resposta significativa a consequências causados pelo VIH e SIDA que afligem vida de milhares de pessoas em todas as dimensões.
O drama do SIDA constitui uma ameaça, não só para algumas nações ou sociedades, mas para toda a humanidade. Não conhece fronteiras, nem geografia, nem raça, idade ou condição social. Só uma resposta que vêm em conta, aspectos integrados na dimensão médica à dimensão humana, cultural, ética e religiosa técnica e psicológica, poderá nos oferecer uma solidariedade completa às suas vítimas e aumentar a esperança de que a epidemia pode ser controlada e minimizada o seu impacto negativo.
O presente relatório refere-se as actividades do programa do FOJASSIDA desenvolvidas durante o ano de 2011, tendo como objectivo Contribuir para a redução do impacto do VIH e SIDA em Angola, respeitando os pretextos contidos no Plano Estratégico Nacional de Respostas às ITS, VIH e SIDA 2011 – 2014, bem como de promover a participação harmoniosa dos jovens nos processos de democracia tendo em conta o processo de desenvolvimento do mesmo.
Descreve detalhadamente as actividades programadas e implementas, tais como: a organização, Local e áreas de implementação do programa, Pertinência Acção, Contexto, o Programa, Objectivos, Beneficiários, Metodologias, Actividades Programadas, Resultados Alcançados, Sustentabilidade, Riscos e Lições aprendidas.
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4 - A ORGANIZAÇÃO
O FOJASSIDA é uma ONG1 angolana de âmbito nacional, oficialmente reconhecida pelas autoridades, através do Ministério da Justiça, conforme publicado no Diário da Republica III serie, nº 14, de 21 de Fevereiro de 2003. Os seus escritórios localiza-se na província de Luanda, município do Cazenga, bairro Tala-Hady, Avenida dos Aviários, Rua 13, casa nº 3006 e os contactos oficiais são os +224 (912) 662223; +224 (923) 689776, E-mail: [email protected].
Fundada aos 2 de Setembro de 2000, o FOJASSIDA tem como áreas de trabalho
prioritárias o combate ao VIH, Direitos Humanos, sobretudo das Pessoas com VIH, Cidadania e Participação.
Da sua experiência de trabalho, evidenciam-se os três estudos realizados com as
comunidades com quem trabalha no sentido de obter a visão social sobre o VIH, a situação do género e pobreza nas mulheres chefes de famílias a nível do município do Cazenga, bem como 1ª, 2ª e 3ª Conferências sobre ITS, VIH e SIDA, com participação de 700 pessoas, bem como a 1ª e 2ª conferência intermunicipal sobre a participação dos jovens nos processos democráticos em Angola, com 420 participantes.
O programa do FOJASSIDA prevê um staff composto de 25 técnicos, nomeadamente: 1
Secretário Executivo, 1 Administrador Financeiro, 1 Coordenador do Programa, 1 Assistente do Programa, 1 Gestor de base de dados e Advocacia, 1 Supervisora de Apoio Psicossocial, 1 Supervisora Para Prevenção das ITS/VIH/SIDA, 1 Supervisora para Participação e Cidadania, 1 Assistente de Finanças, 1 Motorista Logístico, 12 activistas, 1 Empregada de Serviço Gerais e 2 Seguranças. 4.1 – OBJECTIVOS DO PROGRAMA
Para elaboração e implementação do seu programa, o FOJASSIDA partiu, primeiramente, para uma auscultação de grupo focais composto por famílias, estudantes, frequentadores de prostíbulos, militares, polícias, funcionários públicos, vendedores ambulantes e dos mercados e outros parentes próximos de pessoas vivendo com VIH/SIDA, do qual nasceu o primeiro draft que deu vida ao programa.
É neste âmbito que, desde o ano de 2002, a organização mantém o seu foco de actuação nas três comunas do município do Cazenga onde conseguiu se estabelecer com uma base forte e muitos jovens procuram activamente o seu apoio e adesão voluntariamente. As actividades desenvolvidas continuam sendo apreciadas por outras ONG’s no município e órgãos do governo municipal.
A acção do programa do FOJASSIDA tem como documento base o seu Plano Estratégico que
iniciou a 1 de Janeiro de 2011, prevendo o seu término no dia 31 de Dezembro de 2013.
Em termos de receitas financeiras, no ano de 2011, estimou-se em USD 408.696.51 provenientes das seguintes fontes: Oxfam Novib da Holanda (63,23%), APN (11,01%), USAID/World Learning (25,05%), Administração Municipal do Cazenga (0,39%) e quotização dos membros (0,28%).
1 - Organização Não-governamental
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O programa foi implementado com vista a contribuir na resolução dos seguintes problemas:
Aumento da incidência e dos impactos negativos do VIH.
Aumento da mortalidade materno infantil.
Fraco acesso aos serviços de saúde e cuidados de apoio psicossocial das PVVS
Fraca participação do cidadão nos assuntos da vida pública.
Fraca capacidade das mulheres participarem nas tomadas de decisões nos domicílios. Tendo em conta os problemas identificados, no ano de 2011 o programa actuou nas
vertentes:
1 - Aumento de conhecimento sobre prevenção de ITS e VIH;
2 - Defesa de direitos de pessoas vivendo, advocacia para melhoria dos serviços
apropriados;
3 - Participação e cidadania no seio de adolescentes e jovens na vida social e política;
4 - Desenvolvimento institucional e organizacional.
O programa foi um apelo de intervenção de um colectivo jovem que reconhecendo a realidade do município do Cazenga, vê o perigo de uma força significativa da mão-de-obra do país e local a ser reduzida a inactividade e até condenada ao desaparecimento físico pelo perigo da contaminação do VIH e SIDA, porque rareiam programas institucionalizados de contenção e educação preventiva neste domínio, dirigidos às pessoas, redes sociais, comunidades e a sociedade.
Com o objectivo geral de Contribuir para a redução do impacto do VIH/SIDA em Angola, o programa teve duas vertentes de actuação:
1º Advocacia e exercitação pelos próprios beneficiários dos Direitos Humanos/Direitos das pessoas vivendo com VIH/SIDA, com uma intervenção relevante na Educação Cívica e pleitos eleitorais. 2º Despertar nas famílias/comunidade a consciência da socialização com o próximo, mesmo na condição de pessoas vivendo com VIH e SIDA. Qualquer uma destas vertentes, implicou a elaboração de um programa educativo onde constam treinamentos por grupos determinados e comunidade em si, a introdução de técnicas de intervenção social como as entrevistas/inquéritos, visitas domiciliares/aconselhamento, estudos de amostras, mapeamentos, teatros comunitários, visualização de álbuns seriados/figuras e posters, filmes/documentários, bem como a produção/reprodução de material de IEC’ entre outras. Para as actividades de terreno, o FOJASSIDA primou pela actualização dos seus técnicos com refrescamentos temáticos, auxiliados por consultores externos. Reforçou das parcerias com instituições do governo e da sociedade civil, com os quais pode trocar experiências de trabalho e participar em iniciativas comuns, numa visão mais realista proporcionada pela nascente democracia no país, todavia franzina mas que incita os seus actores a tomarem iniciativas para um desenvolvimento sustentável onde a nossa ONG é parte a intervir.
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5 - PERTINÊNCIA DA ACÇÃO DO FOJASSIDA (ESTRATÉGIA 2011 – 2013)
Situação da Epidemia do VIH em Angola (início da estratégia – ano 2010)
A República de Angola situa-se no centro-sul do continente africano, partilhando
fronteiras com a Namíbia, a Sul, Zâmbia, a leste, RDC, a norte-leste, e o Oceano Atlântico, a oeste. Possui uma extensão geográfica de 1.240.700 Km2 e uma população de aproximadamente 16.527.000 habitantes, distribuídos em 18 províncias e 164 municípios. (Fonte: INE2 - 2006). É o único país da África Austral com prevalência de casos de SIDA abaixo dos 5%, estimando-se em 345 mil (2,5% da população de 15 milhões) o número de pessoas infectadas nas 18 províncias angolanas. Desde 1985, até início de 2010, 19.227 casos, dos quais sete mil estando em tratamento, foram notificados. Restava-se prestar assistência às 12.227 pessoas infectadas e ampliar o raio de acção dos programas em desenvolvimento.
Tendo em conta as características sócio-económicas da sua população, uma série de determinantes poderão contribuir para uma rápida expansão da epidemia da SIDA, de entre as quais, os factores demográficos da população jovem, a existência de pouca aceitação do risco, a alta movimentação transfronteiriça, a rápida urbanização e assentamentos humanos, as práticas culturais de poligamia, a multiplicidade de parceiros e o início precoce das relações sexuais e sem protecção.
Os dados disponíveis dos estudos de vigilância sentinela realizados em mulheres grávidas
atendidas em consulta pré-natal em hospitais públicos, permitiram resumir a situação da epidemia em Angola, no ano de 2007, no seguinte quadro: (a) Prevalência em adultos estimada em 2.1 %; (b) Um total de 182.406 PVVS, dos quais 16.282 Crianças dos 0-14 anos; (c) 12.700 óbitos, resultando em 51.042 órfãos com idades entre os 0 – 17 anos. (Fonte: Método Spectrum - ONUSIDA/CDC/Atlanta).
Os dados do gráfico 1 demonstram um aumento progressivo da notificação de casos, particularmente nos últimos 5 anos. De 1985 a Dezembro de 2007, registou-se um total cumulativo de 31.657 casos de VIH, o que corresponde a cerca de 17,3% do total de casos de infecção estimados, com base numa prevalência de 2,1% e numa população estimada de 17.632.322 habitantes.
Fonte: Direcções Provinciais de Saúde/INLS - Dados até Dezembro de 2007.
2 - Instituto Nacional de Estatística
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A distribuição de casos por província no primeiro semestre de 2007, destacou as províncias do Cunene com 1.301 casos (19%), Cabinda com 1.174 casos (17,1%), Benguela com 588 casos (8,6%) e Luanda com 403 casos (6,5%). (Fonte: Direcções Provinciais de Saúde/INLS - Dados até Novembro de 2007, sujeitos a alteração).
3.2- Estudos Compartimentais
Em 2006, o INLS em parceria com o Projecto HAMSET-Banco Mundial, realizou um
“Inquérito sobre Conhecimento, Atitudes e Práticas” na População com 15 - 49 anos. Entre os adolescentes e jovens entre 15 a 24 anos de idade, os dados revelaram que 22.7% identificaram correctamente as formas de prevenção da transmissão sexual do VIH e rejeitam as principais concepções erradas. Esta proporção era cerca de cinco vezes maior na zona urbana (51,7%) que na zona rural (11,3%) e varia entre aproximadamente 13% e 58% com o aumento da escolaridade.
Uma proporção de 32,3% dos jovens de 15 - 24 anos, revelaram a sua primeira relação sexual antes dos 15 anos e 49,8% relataram relações com parceiro não regular ou extra-conjugal nos últimos 12 meses, sendo maior a proporção na área urbana, aumentando conforme o nível de escolaridade, sendo mais elevada em determinadas ocupações (95,7% entre militares). No geral, o uso de preservativo com parceiro não-regular foi de apenas 33,2%, sendo o seu uso mais baixo entre os camponeses (10.6%) e os jovens com escolaridade até a 4ª classe (17.1%).
O inquérito revelou que a percentagem dos jovens inquiridos que fizeram teste de VIH foi
de apenas 5,9%, proporção que se elevaria conforme o aumento da escolaridade, caindo substancialmente entre os jovens do meio rural, comparados aos do meio urbano (2,7% e 14,1% respectivamente). Dentre as categorias ocupacionais, os militares/policiais foram identificados como o grupo com maior adesão à testagem de VIH (37,1%).
Na análise de possíveis modos de transmissão do VIH, foram analisadas informações sobre
práticas sexuais, transmissão vertical, história de transfusão sanguínea e uso de drogas injectáveis, conforme com os seguintes resultados proporcionais: Heterossexual 76,6%, Transfusão 10,0%, Transmissão Vertical 7,6%, Homossexual 3,8%, Uso de Droga Injectável 1,4% e Bissexual 0,6%. (Fonte: Novo Sistema de Informação do INLS 2007)
Análise de Género
Em todo o mundo, o risco de infecção com VIH nas mulheres está a aumentar. Na África Sub-sahariana, já existem 6 mulheres com VIH para cada 5 homens. Perto de quatro quintos do total das mulheres infectadas são africanas. Nos escalões etários mais jovens (15 – 24 anos), o risco de VIH para as raparigas africanas é ainda mais desproporcionado. Em países onde a taxa das novas infecções na juventude é de 60% do total, as mulheres jovens ultrapassam os seus pares do sexo masculino num ratio de 2 para 1.
Estudos em África e noutras partes do mundo mostraram que muitas mulheres casadas
têm sido infectadas pelos seus próprios parceiros – os maridos. Só o facto de ser casada é um factor acrescido de risco para as mulheres que têm pouco controle sobre a abstinência ou uso de preservativo em casa, ou sobre a actividade sexual dos seus maridos fora de casa. Os dados indicavam que Angola vive uma situação de feminização da epidemia da SIDA, com maior acometimento nas faixas etárias dos 15 – 39 anos de idade. O Gráfico 3 mostra a análise de casos notificados nas unidades sentinela onde foi implantado o novo Sistema de Informação adoptado pelo INLS em 2007.
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Fonte: Novo Sistema de
Informação do INLS
Estudos realizados pela ONUSIDA demostraram que o risco de infecção com VIH numa relação sexual vaginal não protegida é 2 a 4 vezes maior para as mulheres do que para os homens. Entretanto, para milhões de mulheres angolanas, os serviços de saúde ainda são inacessíveis e muitas das mensagens irrelevantes e inaplicáveis. Devido à sua condição socioeconómica, com medo de serem abandonadas ou violentadas pelos seus parceiros, elas têm pouco ou nenhum controlo sobre como e quando têm relações sexuais e, daí, sobre o risco de se infectarem com VIH.
Milhões de raparigas angolanas crescem com pouco entendimento sobre o seu sistema
reprodutivo ou sobre os mecanismos de transmissão e de prevenção do VIH e ITS. Um exemplo claro da gravidade desta situação foi evidenciado nos resultados de estudos focais realizados em 2008 pela RNP+Angola, abrangendo cerca de 4800 PVVS atendidas em actividades de aconselhamento a nível das províncias de Benguela, Cabinda, Cunene e Luanda, na qual mais de metade das mulheres infectadas não foram capazes de mencionar pelo menos duas formas de transmissão do VIH. Acompanhamento e Tratamento de PVVS Em Angola o tratamento com Anti-Retrovirais teve início em 2004 com a criação do Hospital Esperança e, neste mesmo ano, expandiu-se para outras 4 unidades sanitárias, incluído o PTV, nomeadamente: Hospital Municipal dos Cajueiros do Cazenga, Hospital Municipal do Kilamba-Kiaxi, Maternidade Augusto N’Gangula e Centro de Saúde São Lucas. Desde o início de 2011, a cobertura dos casos de transmissão vertical (da mãe seropositiva para o filho) era diminuta, em torno de 16% das mães VIH positivas com acesso à consultas pré-natal. Embora as 18 províncias já tenham a terapêutica anti-retroviral, os cálculos indicavam que 30% dos 345 mil infectados (cerca de 140 mil pessoas) terão precisado de tratamento imediato. A meta do Governo era de ampliar a cobertura para 50% dos que necessitavam de tratamento, com a garantia de acesso aos medicamentos até 2010. (Fonte: directora do INLS, Dulcelina Serrano, Novembro de 2006).
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6 - LINHAS ORIENTADORAS E RELEVÂNCIA DA IMPLEMENTAÇAÕ DO PROGRAMA
As linhas orientadoras para a implementação do programa mantêm-se desde a aprovação do plano estratégico do FOJASSIDA. Reflectem as suas intenções para o período estratégico 2011 à 2013 devido aos factores abaixo elencados:
O compromisso de Angola em relação a Declaração dos Direitos Humanos, Carta
Africana dos Direitos dos Homens e dos Povos, Objectivos, Metas do Milénio e Declaração do UNGASS;
O Decreto-lei 02/07 que orienta a desconcentração e descentralização administrativa dos Governos Locais, trabalhando em parceria com as organizações da sociedade civil, no âmbito dos Planos de Desenvolvimento Municipal, através dos CACS;
A escassez de iniciativas locais no domínio da prevenção das ITS e VIH, Cuidados e
Apoios à PVVS e Promoção nos jovens no processo da Participação e Cidadania do país;
O aumento da incidência do VIH a nível do município do Cazenga, com maior gravidade na faixa etária entre 15 – 45 anos de idade, agravado pelo fraco acesso aos serviços de cuidados e apoios, incluindo assistência médica e medicamentosa para as PVVS;
Os mais de 5 anos de experiência da organização com os grupos-alvo, área geográfica e
temas seleccionado;
O compromisso de Angola para com os Objectivos do Milénio, particularmente o n.º1 “Erradicar a Pobreza Extrema e a Fome”.
O processo de desconcentração administrativa, que constitui uma oportunidade de
parceria directa com o Governo, no domínio dos CACS (Concelho de Auscultação e Concertação Social);
A escassez de iniciativas locais no domínio da promoção da participação sociopolítica dos adolescentes e jovens.
O Fraco conhecimento sobre Cidadania e Direitos Humanos, VIH/SIDA e género no seio
da comunidade.
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6.1 - SERVIÇOS
Os serviços prestados em 2011 limitaram-se nas seguintes áreas:
IEC sobre ITS e VIH Cuidados e Apoios IEC sobre a testagem de VIH e tratamento para o corte da transmissão vertical Advocacia social pela melhoria da oferta e qualidade dos serviços de saúde e de Cuidados e
apoios à PVVS e famílias afectadas Educação Cívica.
6.2 - LOCAL E CONTEXTO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA
Cazenga, com uma população estimada em
2 milhões de habitantes segundo dados constantes do Plano Estratégico da Administração do município do Cazenga período 2009/2010, faz fronteira com municípios do Cacuaco, Sambizanga, Kilamba-Kiaxi, Rangel e Viana, sendo considerado um dos municípios mais populosos da província de Luanda. É constituído pelas comunas do Hoji-Ya-Henda, Tala-Hady e Cazenga Popular.
Com grande movimentação de pessoas
imigradas quer nacionais como estrangeira - devido as condições privilegiadas de comércio e indústria - tem assim oportunidades de ser um centro aberto de novos casos à solta de contaminação ou até da existência de um número considerável de pessoas vivendo com VIH/SIDA, atendendo os registos das unidades sanitárias do município e do ensaio da Amostra feito pelo FOJASSIDA em 2006, na comunidade.
Pelo facto, é sintomático a ausência de uma estratégia local educativo para saúde,
sobretudo na vertente do VIH e SIDA, pois os adolescentes e jovens entregam-se desregradamente aos prazeres sexuais com comerciantes/negociantes, ambulantes, drogados e alcoólatras, desempregados, estudantes e trabalhadores, num envolvimento irresponsável muito favorável a contaminação desta e outras doenças.
Os centros de saúde existentes, maioritariamente, têm vocações limitadas para os casos de
testagens e aconselhamentos e/ou tratamentos. Não têm capacidade para responder as demandas e normalmente vivem de encaminhamentos aos interessados para outros níveis e instituições fora do município.
O relatório que aqui se pretende ilustrar, sobre as actividades, metodologias, e o envolvimento dos sujeitos, assentes num Plano, marca uma fase, com a criação de condições e execução de algumas actividades que facilitarão o prosseguimento do mesmo durante o ano de 2012, dentro das novas abordagem do contexto apresentado.
A estatística da província de Luanda em relação ao VIH não especifica concretamente a
distribuição das pessoas detectadas por município, mas Cazenga poderá situar-se entre os índices
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mais altos entre os 7 municípios, pela consumação de muitos casos de óbitos de pessoas vivendo com VIH e SIDA não notificadas e/ou alegadamente por doenças desconhecidas, ou prolongadas com igual acentuação nas 3 comunas. Este facto é comprovado pelo apuramento “in loco” dos técnicos do FOJASSIDA, tanto por altura do inquérito/amostra em Novembro/Dezembro de 2005 e Janeiro de 2006, tanto pelas referências saídas do projecto “Mobilização Porta-á-Porta”, financiado pela TROCAIRE em 2006.
Todavia, a fraca participação do cidadão nos assuntos da vida pública, agravado pelo
aumento dos impactos negativos da pandemia do VIH, poderão situar-se entre os maiores entraves ao desenvolvimento do Município. Com base nisso, surge a necessidade de reforçar o contributo da sociedade civil, face aos desafios sociais, económicos e políticos que afectam, sobretudo, as camadas mais pobres do município do Cazenga. Basicamente, por este motivo os activistas do FOJASSIDA que maioritariamente vivem na comunidade com os próprios beneficiários, encontraram um vasto campo de oportunidades para actuarem. 6.3 - BENEFICIÁRIOS Os beneficiários do programa foram:
Adolescentes e Jovens
Pessoas infectadas pelo VIH
Mulheres grávidas
Mulheres chefes de famílias
Crianças infectadas e afectadas pelo VIH
Trabalhadores de Instituições do Estado
Comunidade em Geral
Líderes de Instituições do Estado 7 - OPÇÕES ESTRATÉGICAS
Três questões estratégicas foram levadas em consideração para a implementação do Programa em 2011:
(a) Trabalhar com adolescentes e jovens de ambos os sexos no domínio prevenção das ITS e VIH, com maior relevância para mulheres grávidas pelas seguintes razões:
Em 2006, o INLS em parceria com o Projecto HAMSET-Banco Mundial, realizou
um “Inquérito sobre Conhecimento, Atitudes e Práticas” na População com 15 - 49 anos. Entre os adolescentes e jovens entre 15 a 24 anos de idade, os dados revelaram que apenas 22.7% identificaram correctamente as formas de prevenção da transmissão sexual do VIH e rejeitam as principais concepções erradas.
Uma proporção de 32,3% dos jovens de 15 - 24 anos, revelaram a sua primeira
relação sexual antes dos 15 anos e 49,8% relataram relações com parceiro não regular ou extra-conjugal nos últimos 12 meses. No geral, o uso de preservativo com parceiro não-regular foi de apenas 33,2%.
Neste inquérito, a percentagem dos jovens inquiridos que fizeram teste de VIH
foi de apenas 5,9%. Esta proporção eleva-se conforme o aumento do nível de
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escolaridade e cai substancialmente entre os jovens do meio rural, comparados aos do meio urbano (2,7% e 14,1% respectivamente).
No estudo de possíveis modos de transmissão do VIH, foram analisadas
informações sobre práticas sexuais, transmissão vertical, história de transfusão sanguínea e uso de drogas injectáveis, conforme os seguintes resultados proporcionais: Heterossexual 76,6%, Transfusão 10,0%, Transmissão Vertical 7,6%, Homossexual 3,8%, Uso de Droga Injectável 1,4% e Bissexual 0,6%.
Os dados disponíveis indicaram que Angola vive uma situação de feminização da
epidemia da SIDA, com maior acometimento nas faixas etárias dos 15 – 39 anos de idade. O Gráfico 1 mostra a análise de casos notificados nas unidades sentinela onde foi implantado o novo Sistema de Informação adoptado pelo Instituto Nacional de Luta Contra a SIDA em 2007.
(b) Trabalhar na advocacia pelos Direitos dos seropositivos, no domínio dos cuidados e
apoios, pelas seguintes razões:
A cobertura diminuta dos casos de transmissão vertical (da mãe VIH positiva para o filho), em torno de 16% das mães com acesso ao diagnóstico pré-natal.
O aumento da incidência do VIH a nível do município do Cazenga, com maior gravidade na faixa entre 15 – 45 anos de idade. Calculando-se em 30% dos 345 mil infectados (cerca de 140 mil pessoas) a precisar de tratamento imediato. A meta do Governo foi de ampliar a cobertura para 50% dos que necessitam de tratamento, com a garantia de acesso aos medicamentos até 2010. (Fonte: directora do INLS, Dulcelina Serrano, Novembro de 2006).
A não-adesão aos medicamentos para o VIH como um dos mais ameaçadores
perigos para a efectividade do tratamento, no plano individual, e para a disseminação de vírus resistentes, no plano colectivo, sendo a baixa renda e a qualidade dos cuidados em relação aos profissionais de saúde, a base do problema.
O estigma e a discriminação em consequência da não valorização dos direitos das
PVVS como as principais causas de mortes das pessoas com SIDA.
Gráfico 1: Distribuição de Casos de VIH/SIDA por Sexo e Grupo Etário, 2007
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
15
A grave violação em Angola, da maioria dos direitos das PVVS e a lei que visa o reforço do combate ao estigma e a discriminação.
Fraca participação do governo local no combate o VIH e SIDA e apoio as ONG que militam na causa.
A discriminação dos técnicos de saúde no atendimento de pacientes com VIH e SIDA com medo de se infectarem.
A falta de assunção de compromissos e vontade política do Governo em toda
esfera da luta contra o VIH e SIDA.
As Organizações da Sociedade Civil desempenham um Papel na promoção e protecção das PVVS e suas famílias, assim como no acesso aos cuidados e apoios psicológico.
O FOJASSIDA realizará serviços de assistência à PVVS para que seus direitos sejam respeitados. Por outro lado, pretende-se que o papel das lideranças e promover um maior envolvimento da sociedade civil na promoção e defesa dos direitos dos seropositivos, incentivar e mostrar caminhos para que os seropositivos recorram com maior frequência aos instrumentos legais para sua protecção, como forma de garantir para que os mesmos sejam cada vez eficazes e de fácil.
(c) Trabalhar com adolescentes e jovens de ambos os sexos do município do Cazenga, no
domínio da promoção do exercício activo da cidadania, pelos motivos abaixo mencionados: O compromisso de Angola para com os Objectivos do Milénio, particularmente o
n.º1 “Erradicar a Pobreza Extrema e a Fome”.
O Decreto-lei 02/07 que orienta a desconcentração e descentralização administrativa dos Governos Locais, trabalhando em parceria com as organizações da sociedade civil, no âmbito dos Planos de Desenvolvimento Municipal, através dos CACS;
A escassez de iniciativas locais no domínio da promoção da participação
sociopolítica dos adolescentes e jovens.
Fraco conhecimento sobre cidadania e direitos humanos, no seio dos adolescentes e jovens.
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
16
8 - ORGANIGRAMA EXECUTIVO DO PROGRAMA (2011)
9 – OBJECTIVOS, RESULTADOS, INDICADORES E ACTIVIDADES REALIZADAS EM 2011
O programa do FOJASSIDA prevê a verificação do impacto sobre a sua implementação no início do ano de 2014. Porém, os objectivos, resultados, indicadores e actividades realizadas em 2011 tiveram como referência o Plano operacional do ano 2011, a luz do Plano Estratégico 2010 – 2012 que contém quatro objectivos estratégicos:
9.1 - OBJECTIVO ESTRATÉGICO 1: Aumentar o conhecimento sobre prevenção das ITS’s e VIH (uso de preservativo, redução de parceiros, abstinência temporária, uso de material corto perfurante novo ou esterilizado, transfusão de sangue testado) no seio de 13.265 adolescentes e jovens, incluindo gestantes, do município do Cazenga, de Janeiro de 2011 á Dezembro de 2013: 9.1.1 – RESULTADOS
Em relação ao objectivo estratégico número 1 verifica-se o aumento do conhecimento
sobre prevenção de ITS e VIH no município do Cazenga.
9.1.2 – INDICADORES
Como justificação do alcance do resultado acima mencionado salientam-se os seguintes indicadores:
Os jovens abrangidos nos projectos reclamam devido a escassez de preservativos;
1 Secretário Executivo
1 Coordenador de Programa
1Gestora de Dados
1 Sup Prev das ITS/VIH
1 Sup Apoio Psicossocial
1 Sup Partic e Cidadania
1 Assistente de Programa
4 Activistas 4 Activistas 4 Activistas
1 Admin. e Financeiro
1 Assist. de Adm. e Finanças
1 Motorista Logístico
1 Empregada de Limpeza
2 Guardas
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
17
0%
0%
87%
10%
3%
Manos de 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de Beneficiarios por faixa etária: 30
Masculino Feminino
63%
37%
Total de Beneficiarios por sexo: 30
Os dados estatísticos do hospital dos Cajueiros declaram que actualmente, em média, 20
pessoas ocorrem diariamente aos testes voluntários, ao contrário do ano de 2010 que
ocorriam em média 15 pessoas;
Gestores dos Centros de saúde do Hoji-Ya-Henda, da Vila da Mata, do Cariango, do 11 de
Novembro, do Hospital Geral dos Cajueiros, das empresas TCUL e Nocal, assim como do
Grupo de Teatro Voz no silêncio incentivam seus trabalhadores a se tornarem educadores de
pares nas áreas dos direitos de PVVS, uso de preservativo, redução de parceiros sexuais,
abstinência temporária, bem como na área de prevenção relacionado com o uso de material
corto perfurantes, tendo os técnicos participado, em Dezembro de 2011, na formação de
Educadores da pares.
9.1.3 - ACTIVIDADES REALIZADAS As actividades realizadas no ano de 2011 e que estão na base dos indicadores do ponto 5.1.2 foram:
a) - Formações de educadores de pares:
No que se relaciona formações de educadores
de pares, para o aumento dos conhecimentos e
mudanças de comportamentos com o fim de se
adaptarem medidas visando a criação de políticas de
VIH e SIDA a nível das instituições, foram inicialmente
programadas duas (2) formações, tendo as mesmas
sido realizadas com 30 participantes.
Os formandos vão desenvolver, a partir do
primeiro trimestre de 2012, campanhas de
sensibilização com os colegas nas respectivas empresas
- a saber: Centros de saúde do Hoji-Ya- Henda, da
Vila da Mata, do Cariango, do 11 de Novembro, do
Hospital Geral dos Cajueiros, das empresas TCUL e
Nocal, assim como do Grupo de Teatro Voz no
silêncio - na vertente da elaboração de políticas sobre o VIH e SIDA nos locais de trabalho. Do
total de participantes, 90% têm idades compreendidas
entre os 18 e 35 anos de idades, idade mais infectada pela
epidemia do SIDA, segundo as estatísticas nacionais.
Dos trabalhadores, 19 são homens (63%), ao
passo que 11 são mulheres (37%).
Ocorrido nas instalações do FOJASSIDA, em
Luanda -Angola, de 30 de Novembro a 2 de Dezembro de 2011. A formação foi facilitada pelas senhoras Dorcas Paulo Manuel e Conceição Guimarães, supervisoras do programa de VIH e SIDA, do FOJASSIDA.
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
18
Aproveitou-se a oportunidade para reflectir-se
com os participante em que medida as instituições laborais implementam acções com abordagens ligadas ao VIH e SIDA. A metodologia utilizada baseou-se fundamentalmente em reflexões individuais e colectivas, trabalhos em grupos, apresentações de vídeo, exercícios práticos, dramatização, debates em plenária e testemunhos dos participantes, incluindo de uma pessoa vivendo com VIH.
A metodologia utilizada na formação visou garantir
a participação activa dos presentes. Entre outros elementos, constaram da metodologia Chuva de ideias em plenárias, Recolha de expectativas, Exposição/Diálogo, Trabalho Prático, Projecção de Slides e encenação de teatro.
b) - Reflexões públicas e sensibilização sobre transmissão e prevenção das ITS e VIH/SIDA:
Em relação à componente das Reflexões, foram planificadas e realizadas 7 (sete) actividades denominadas reflexões públicas, sendo três com vendedores do mercado do Tunga Ngô e quatro no mercado do Asa Branca, com um total de 1.564 participantes. Foram actividades massivas realizadas com o objectivo de lembrar a comunidades acerca dos conhecimentos existentes no seu seio sobre transmissão e prevenção das ITS e VIH/SIDA.
A metodologia usada na sessão de sensibilização é a
“Pontes de Esperança” que ajudou as pessoas a fazerem escolhas positivas em suas vidas e terem uma vida satisfatória. Facilitou o processo de aprendizagem dos participantes que pensam cuidadosamente sobre assuntos de VIH e SIDA e desenvolveram as suas próprias compreensões acerca destes assuntos e como podem abordar os mesmos. É uma metodologia que criou experiência do grupo beneficiário.
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
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Masculino Feminino
11%
89%
Total de beneficiário por sexo: 1649
1%
3%
81%
10%
6%
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de beneficiarios por faixa etária: 1649
c) – Peças de Teatro:
Em relação à está componente os resultados
apontam que 1.649 jovens, equivalente a 92% do universo dos participantes previsto, fizeram-se presentes nas actividades de teatro, com mensagens que incentivam a realização de testes para que as pessoas saibam do seu estado serológico e mais facilmente se podem prevenir da contaminação do VIH.
Em relação aos beneficiários, 11% (183) são
do sexo masculino, sendo que 89% (1.466) são do sexo feminino.
Os jovens dos 18 aos 35 anos foram o grupo
que mais participou das actividades de teatro, sendo que os adultos com mais de 35 anos de idades foram os que menos aderiram as acções.
Com duração mínima de 15 minutos, as peças de
teatro foram realizadas por actores com experiência reconhecida no domínio do VIH. Dos 100% do número das actividades de teatro programadas, 99% foi realizado.
Os conteúdos das peças visam sensibilizar o grupo alvo através da dramatização na modalidade de teatro comunitário participativo. Tiveram uma frequência quinzenal, nos dois mercados de forte aglomeração de jovens.
Os conteúdos das peças visaram sensibilizar o grupo
alvo através da dramatização na modalidade de teatro comunitário participativo.
d) - Estudos CAP com adolescentes e jovens sobre VIH/SIDA Este estudo foi realizado, entre os meses de Abril e Junho de 2011. Os resultados do
estudo realizado pelo FOJASSIDA, têm a intenção de identificar as principais características da população do município do Cazenga, no que se refere à seus Conhecimentos, Atitudes, Práticas (CAP) em relação as ITS e VIH/SIDA. Estes dados contribuirão para preparação de estratégias e actividades adequadas ao grupo que respondeu ao estudo. Trata-se de uma categoria de estudos avaliativos, ou seja, para além de se obter dados de uma determinada população, estes servem para identificar possíveis caminhos para um desenho de intervenção.
O estudo CAP consistiu num conjunto de questões que visam medir o que a população sabe, pensa e actua frente a um determinado problema. Os estudos CAP são largamente aplicados
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
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Masculino Feminino
39% 61%
Total de beneficiário por sexo: 4500
em todo o mundo e já foram desenvolvidos estudos deste tipo junto aos adolescentes, camionistas, profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens, mulheres, trabalhadores de diversos sectores entre outros.
Em relação aos participantes, o estudo
atingiu-se 4.500 adolescentes e jovens munícipes do Cazenga, entre os quais 39% homens (1.770) e 61% mulheres (2.730).
O estudo CAP consistiu em colocar aos
munícipes um conjunto de questões que visam medir o que a população (sobretudo os adolescentes e Jovens) sabe, pensa e actua frente às ITS e o VIH e SIDA. Com a realização deste estudo pode-se Identificar os possíveis caminhos para o desenho de uma intervenção junto aos munícipes do Cazenga em matéria de ITS e HIV/SIDA.
Depois da apresentação pública dos resultados do estudo foram recolhidas as opiniões dos
participantes, tendo sido produzidas as seguintes conclusões:
Tendo em conta a pretensão de estabelecer uma linha de base no domínio dos Conhecimentos, Atitudes e Práticas em relação as ITS e VIH, a nível do município do Cazenga, tornou-se necessário afixar uma escala de mensuração dos resultados deste inquérito para viabilizar o desenho da estratégia intervenção do FOJASSIDA nos próximos três a cinco anos. Com efeito, os dados aqui apresentados devem ser interpretados a luz da seguinte escala de níveis de conhecimento e atitudes e práticas favoráveis a prevenção das ITS e VIH:
(a) Total (100): não precisa de intervenção; (b) Alto (75-99): precisa intervenção em aspectos pouco relevantes; (c) Moderado (50-74): precisa de intervenção em aspectos relevantes; (d) Baixo (25-49): precisa de intervenção em todos os aspectos; (e) Crítico (0-24): prioridade máxima.
Com base na escala de níveis de conhecimentos, atitudes e práticas acima apresentada, os resultados finais do inquérito são: 1. Conhecimento sobre ITS e SIDA
1.1- O conhecimento sobre as ITS é Crítico, na medida em que apenas 12,4% dos entrevistados conhece pelo menos três. Está proporção é a mesma em ambos os sexos e menor no grupo etário 15-24 (11,7%).
1.2- O conhecimento sobre sintomas das ITS é Crítico, uma vez que apenas 7,6% dos entrevistados
conhece pelo menos três, sendo a situação mais agravada nos homens (6,9%) e no grupo etário 45ou+ (2,1%).
1.3- O conhecimento sobre os sintomas do SIDA é Baixo, porque apenas 31,4% dos entrevistados
conhece pelo menos três, sendo a situação mais grave nas mulheres (31,3%) e no grupo etário 15-24 (28,9%).
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
21
2. Conhecimento sobre transmissão e prevenção das ITS e VIH
2.1- O conhecimento sobre as formas de transmissão é Crítico, porque apenas 20,9% dos entrevistados conhece pelo menos três, sendo mais preocupante nos homens (20,4%) e no grupo etário 45ou+ (14,6%).
2.2- O conhecimento sobre métodos de prevenção é Crítico, uma vez que apenas 16,8% da amostra
conhece pelo menos três, sendo a situação mais grave nos homens (15,7%) e no grupo etário 45ou+ (10,4%).
2.3- O conhecimento sobre as formas não transmissíveis das ITS e VIH é Moderado, a julgar pelo facto
de 59,2% dos entrevistados conhecerem-nas. A apreciação dos dados por sexo, aponta os homens (58.1 %) e o grupo etário 45ou+ (41,7%) como os que menos conhecem.
2.4- O conhecimento sobre comportamentos de vulnerabilidade é Critico, a julgar pelo facto de apenas
15% dos entrevistados conhecer pelo menos três. Esta situação é mais preocupante nos homens (13,6%) e no grupo etário 45ou+ (10,4%).
3. Atitudes e práticas em relação as ITS e VIH
3.1- A prevenção através do uso do preservativo é Moderada, pelo facto de 50,3% dos entrevistados terem usado na sua mais recente relação sexual, sendo os homens (49,8%) e o grupo etário 45ou+ (43,8%) aqueles que menos usaram.
3.2- A prevenção através da redução do número de parceiros sexuais é Alta, uma vez que 79,8% dos entrevistados não tiveram parceiro ou tiveram apenas 1 nos últimos 12cmeses. A proporção de entrevistados que teve mais de 1 parceiro sexual é maior nos homens (20,4%) e no grupo etário 35-44 (23,2%).
3.3- A prevenção através da não realização de relações sexuais sob efeito de álcool ou droga é Alta, dado que 77,2% dos entrevistados não tiveram relações sexuais desta forma nos últimos 12 meses. A proporção de entrevistados que teve relações sexuais sob o efeito de álcool ou droga é maior nos homens (22,7%) e no grupo etário 35-44 (22,0%).
3.4- A testagem das ITS e VIH é Baixa, a julgar pelo facto de apenas 38,6% dos entrevistados terem feito teste nos últimos 12 meses, sendo a situação mais grave nos homens (37,3%) e no grupo etário 45ou+ (33,3%).
3.5- A prevenção através da não partilha de material cortante ou perfurante é Alta, dado que 77,2% que não partilhou nos últimos 12 meses. A proporção de entrevistados que mais partilhou material é maior nas mulheres (22,3%) e no grupo etário 35-44 (23,8%).
3.6- A aceitação das PVVS é Alta, uma vez que 78,7% dos entrevistados afirmaram que aceita beijar o rosto ou apertar a mão de uma pessoa infectada. Entretanto, a proporção que não aceita é maior nas mulheres (20,0%) e no grupo etário 35-44 (23,2%).
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
22
9.2 - OBJECTIVO ESTRATÉGICO 2: Advogar pela melhoria dos serviços de saúde no domínio dos cuidados e apoios (assistência medica, medicamentosa, exames laboratoriais e aconselhamento psicológico) a favor de 1.200 PVVS, do município do Cazenga, de Janeiro de 2011 à Dezembro de 2013: 9.2.1 – RESULTADOS
Em relação ao objectivo estratégico número 2 verifica-se o do facto do Coordenador
da ONUSIDA afirmar que “Angola registou progressos significativos nos últimos anos
no combate ao VIH e SIDA”, tendo acrescentado que a “cobertura do tratamento a
PVVS em Angola aumentado de 18% em 2008 para mais de 33% em 2011”.
9.2.2 – INDICADORES
Tendo em conta os resultados constantes no ponto 5.2.1 salientam-se os seguintes indicadores:
Actualmente, o Ministério da Saúde da República de Angola, através do INLS afirma que de
um total de 100% das mulheres mães que vivem com o Vírus - que aderiram aos serviços de
PTV - 93% delas nasceram livres do VIH, e somente 7% dos bebés nasceram com o VIH. A
nível do município do Cazenga, podemos verificar este feito junto dos dados estatísticos
Hospital dos Cajueiros que é a Unidade Sanitária de maior relevância em termos de assistência
médica e medicamentosa com utentes VIH positivos. Esta mudança constitui para
FOJASSIDA um feito inacreditável e que era impensável acerca de 15 anos;
Aquisição e funcionamento de um novo aparelho de CD4 para das PVVS a nível do Hospital
dos Cajueiros, depois de os utentes denunciarem publicamente que não faziam o tratamento
pelo facto do aparelho de CD4 estar avariado;
Doze (12) Jornalistas correspondentes da Rádio Eclésia de 11 províncias de Angola divulgam
mensagens sobre o aumento dos conhecimentos do VIH e SIDA com melhor qualidade.
9.2.3 - ACTIVIDADES REALIZADAS As actividades realizadas no ano de 2011 e que estão na base dos indicadores do ponto 5.2.1 foram:
a) 3ª Conferência municipal sobre VIH e SIDA do FOJASSIDA
Com o principal propósito analisar a oferta e acesso aos serviços de saúde no domínio dos cuidados e apoios a PVVS A 3ª Conferência municipal sobre VIH e SIDA do FOJASSIDA, programada para o ano de 2011, foi realizada no dia 29 de Setembro de 2011com 172 líderes de instituições do estado. Desses líderes, 111 (65%) foram homens e 61 (35%) foram mulheres
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
23
Masculino Feminino
65%
35%
Total de beneficiário por sexo: 172
0%
3%
75%
15%
7%
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de beneficiarios por faixa etária: 172
Ocorrido na Sala Nobre da Administração
Municipal do Cazenga, o acto de abertura foi presidido pelo Chefe da Repartição Municipal do Cazenga, Dr. Zola Messo.
Presenciaram ao acto, que teve como lema “Contra o VIH e SIDA, Actuemos de Mãos Dadas” entre outros representantes do governo local, de organizações sociais com quem FOJASSIDA trabalha, estudantes universitários, Pessoas Vivendo com VIH, grupos de mulheres, representantes de Organismos das Nações Unidas, representantes de ONG’s Internacionais e dos Meios de Comunicação Social.
A conferência que esteve dividida em quatro
painéis, a saber:
1º - A Situação epidemiológica do VIH e
SIDA em Angola no período de 1985 à 2010 -
apresentado pelo Dr. Ludi da Costa do Instituto
Nacional de Luta contra o SIDA;
2º - A resposta dos serviços de saúde do
município do Cazenga face ao VIH e SIDA,
período de Janeiro de 2010 à Junho de 2011,
apresentado pelo chefe da Repartição Municipal da
Saúde do Cazenga - Dr. Zola Messo;
3º - Experiências de trabalho realizado
com grupos de pessoas Vivendo com VIH no Município do
Cazenga – apresentado pela Sra. Dorcas Paulo Manuel,
coordenadora de apoio psico-social do FOJASSIDA;
4º - Direitos Humanos (Direito da pessoa Vivendo com
VIH e SIDA - acesso aos anti – retrovirais) – apresentado pelo
presidente da Associação Justiça, Paz e Democracia, Dr. António
Ventura.
A conferência foi realizada com o objectivo de Promover uma reflexão sobre a incidência actual do VIH e SIDA, olhando particularmente para o Município do Cazenga, bem como propor estratégias para participação activa dos actores sociais nas acções de prevenção do VIH e na defesa dos Direitos das Pessoas Vivendo com o VIH e SIDA.
No final da conferência foram produzidas as seguintes recomendações:
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
24
1º Que a Administração, com a colaboração do FOJASSIDA elabore e publique
anualmente um relatório das Organizações que trabalha em VIH e SIDA no município do
Cazenga;
2º Construir uma rede municipal das organizações incluindo a Administração do Cazenga
(Repartição da Saúde) que trabalham
directa/indirectamente na temática do VIH e SIDA;
3º Realizar de 3 em 3 meses um fórum (debate
aberto) sobre as pessoas vivendo com VIH dentro do
município do Cazenga;
4º Incentivar a realização de Pesquisas/Estudos
locais sobre a situação do VIH e SIDA e levar os estudantes
universitários a defenderem como trabalhos de conclusão
de Curso ou Temas de defesas académicas;
5º Mobilizar as Igrejas, ONGs, empresas públicas
e privadas, para a elaboração e implementação de
projectos a favor das Pessoas Vivendo Com o VIH e SIDA
no município do Cazenga;
6º Que melhorem os mecanismos de monitoria e
avaliação das iniciativas das organizações locais e não só,
interligadas na luta contra o SIDA.
7º Melhorar os serviços educativos, informativos
e formativos dos actores socais na luta contra o SIDA no
município do Cazenga.
8º Incentivar a realização de denúncias em casos
de discriminação de pessoas que Vivem com o VIH ou
com SIDA;
9º Que se promovam encontros que visam a
implementação de mecanismos que promovam a Lei sobre
VIH e SIDA;
10º Que a Administração municipal do Cazenga promova pesquisas reproduza e facilita a
disseminação de material educativo sobre a Lei do VIH e SIDA, com mensagem e personagens
locais com referências na vida política, económica, social, cultural entre outros campos da vida
municipal;
11º Promover a criação de grupos de ajuda
mútua, enquadrando maioritariamente as pessoas
seropositivas, afectada, com predominância as famílias
que vivem com VIH;
12º Incentivar as mulheres, especialmente as
PVVS para a sua participação activa nas decisões de
assuntos familiares, na sociedade civil, nos órgãos de
poderes público e políticos, com iniciativas de referência a
partir do Município do Cazenga;
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
25
Masculino Feminino
63%
37%
Total de beneficiário por sexo: 67
0%
12%
51%
24%
13%
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de beneficiarios por faixa etária: 67
13º As organizações locais, em parceria com o
governo local devem trabalhar no Mecanismo para
divulgação e organização de uma base de dados sobre a
actualização da situação do VIH e SIDA no município;
14º Promover as Iniciativas das organizações locais
com os Meios de Difusão Massiva, sobretudo os de âmbito
local;
15º Implementar um plano de combate ao VIH e
SIDA no município do Cazenga, adaptado ao Plano
Estratégico Nacional de combate ao VIH e SIDA, com
financiamento do município;
16º Que os representantes do Governo local participem activamente nos fóruns de
reflexões sobre o VIH e SIDA, na perspectiva de melhor influenciarem a implementação das
políticas e estratégias criadas.
Um aspecto relevante evidenciado num dos momentos da conferência foi o facto das
PVVS presentes na conferência denunciarem publicamente o não funcionamento do aparelho de
CD4, o que impedia que os utentes fizessem exames de CD4, criando descontentamento aos
utentes que procuravam os serviços.
Passados cerca de dois meses, após a denúncia em conferência, o hospital colocou a
disposição da comunidade um novo aparelho de CD4. Assim melhorou os serviços e atendimento
aos utentes.
b) Programas de Rádio Em relação à está componente os resultados
apontam que 86% dos programas - de um universo de 96 programas previstos - foram realizados.
Sessenta e sete (67) radiouvintes interagiram
nos programas em directo por via de telefone. Dos participantes 42, correspondente a 63% são homens, ao passo que 25, correspondente a 37 % são
mulheres.
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
26
31%
37%
18%
13%
Cazenga Popular
Hoji-Ya-Henda
Tala-Hady
Outros
Total de beneficiarios por comunas: 67
Masculino Feminino
20%
80%
Total de beneficiário por sexo: 494
0%
1%
48%
37%
14%
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de beneficiarios por faixa etária: 494
Masculino Feminino
75%
25%
Total de beneficiário por sexo: 12
Os programas de rádio são acções de comunicação em massa de alcance a nível do território da província de Luanda para a prevenção do VIH e o combate ao estigma, discriminação. Tiveram uma periodicidade bi-semanal e duração de 40 minutos cada um. Tiveram por objectivos promover maior visibilidade aos serviços prestados pelo FOJASSIDA, bem como promover a aceitação social das PVVS através do aumento dos conhecimentos sobre VIH na população em geral.
Esta actividade serviram igualmente para promover debates, sobre direitos e deveres das
PVVS, vida positiva, bem como sobre a qualidade dos serviços de assistência médica e medicamentosa. Em cada debate houve convidados que dominaram os temas seleccionados.
GAM – Grupo de Ajuda Mútua
Em relação à esta componente, os 100%
das sessões programadas foram executadas. Todavia, o número de participantes aumentou em 24%, isto é, 494 dos 400 previstos.
Do universo de 494 participantes, sendo
394 (80%) destas mulheres que ocorreram com maior frequência aos encontros do GAM em relação aos 100 (20%) dos homens. O GAM Consiste em reunir as PVVS e afectadas para reflexões, debates e troca de experiência, com enfoque na adesão a TARV, estigma e discriminação, direito e deveres, nutrição, prevenção, reinfeção e cuidados para a criança infetada e afectada, bem como os exames de CD4 nas unidades sanitárias do município do Cazenga. As reuniões do GAM tiveram uma frequência quinzenal e duração máxima de 02h00, foram facilitadas apenas pelos supervisores do programa, por requerer maior experiência na facilitação de processos pedagógicos em grupo.
A metodologia usada durante as sessões de
GAM é a “Pontes de Esperança”. As pessoas que acolheram esta metodologia podem manter saudável e ter a vida que deseja, uma vez que introduz abordagem e técnicas de vida positiva que ajudam-lhes a se manterem saudável, vivendo uma vida mais longa.
Formação de Jornalistas sobre VIH e SIDA
Com objetivo principal de aumentar os conhecimentos dos participantes, permitindo que as mensagens sobre VIH e SIDA passadas a nível da Rádio Eclésia de boa qualidade, 12, sendo 9 homens (75%) e 3 mulheres (25%) jornalistas de nove províncias angolanas receberam do FOJASSIDA, em três dias, uma formação sobre VIH e SIDA.
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
27
0%
0%
83%
17%
0%
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de beneficiarios por faixa etária: 12
Ocorrido de 11 á 13 de Abril de 2011nas instalações das Caritas de Angola em Luanda,
atendendo uma solicitação da Direção da Rádio Eclésia, a formação foi facilitada pelo senhor Nelson Pedro e cô facilitada pela Senhora Elvira Vaz, ambos do FOJASSIDA. A metodologia utilizada baseou-se fundamentalmente em reflexões individuais e colectivas, trabalhos em grupos, apresentações de vídeo, exercícios práticos, dramatização e debates em plenária.
9.3.1 - OBJECTIVO ESTRATÉGICO 3: Elevar a participação cidadã no seio de 896 adolescentes e jovens na vida social e política do município do Cazenga, de Janeiro de 2011 á Dezembro de 2013. 9.3.1 – RESULTADOS
Em relação ao objectivo estratégico número 3 destacam-se cinco resultados:
a) Presidente da República de Angola revela em discurso público a necessidade de dinamizar
o diálogo com a juventude;
b) A rádio Nacional de Angola alarga o tempo de antena para os programas da juventude;
c) Fortalecimento da capacidade da actuação da Rede a nível das comunidades;
d) A participação das mulheres no processo eleitoral aumentou;
e) Melhoria na capacidade de discussão sobre as causas e consequências do Assédio Sexual no
sector da Educação;
f) Programa 100 dúvidas da Rádio Eclésia influencia o Governo da província de em Luanda a
implementar projectos atendendo as necessidades dos ouvintes.
9.3.2 – INDICADORES
Tendo em conta os resultados constantes no ponto 5.3.1 salientam-se os seguintes indicadores:
Existência de 2 deputados da assembleia nacional que trabalham regularmente com jovens da
RJPC;
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
28
Atendendo a aceitação das Actividades da Rede com os jovens, a Conferência sobre
participação e cidadania que foi planificada com 80 jovens teve 230 participações;
Dois (2) Líderes de duas OSC especializadas em assuntos sobre participação dos cidadãos na
vida social e política em Angola (ADRA E PMA) partilharam experiências com os jovens
durante a Conferência;
A Direcção do Partido Politico no poder em Angola (MPLA) – a nível do município do
Cazenga – interagiu com a Coordenação da RJPC em função dos temas levados à agenda da
segunda Conferência;
Existência de um programa na Rádio Cazenga, que vai ao ar às terças e quintas-feiras a partir
das 10H00, abordando assuntos de carácter social e político com os jovens. Incluem-se
também matérias sobre género e violência contra a mulher. Nos últimos seis meses, 27
radiouvintes interagem nos 10 programas realizados em directo;
Os órgãos de comunicação social (estatal e privados) promoveram a cobertura e divulgação
massiva integral dos debates durante a Conferência sobre participação e cidadania ocorrido em
Outubro de 2011;
As recomendações saídas foram partilhadas com os governos municipais (Rangel, Viana e
Cazenga) e deputados da Sexta Comunicação da Assembleia Nacional;
A troca de experiencia promovida pelo Programa de Edificação da Paz para os Palops 2011,
em Moçambique, dotou o coordenador da rede com capacidades para gestão de Conflitos;
Quinze (15) raparigas de uma sala de aulas com mais de 60 alunos, na escola 7049, no
município do Cazenga, discutiram de forma espontânea com os respectivos professores sobre
as causas e consequências do assédio e abuso sexual nas escolas;
Atendendo a aceitação das Actividades da Rede com os jovens, a Conferência sobre
participação e cidadania que foi planificada com 80 jovens teve a participação de 170 jovens;
A implementação do programa 100 dúvidas pressionou a construção da passagem aérea sobre a
avenida Deolinda Rodrigues, junto do mercado dos congolenses, melhorias no atendimento
nos serviços da Direcção Nacional da Viação e Trânsito, entendimento dos funcionamento do
Parlamento angolano pelos cidadãos, análise das causas e consequências da deficiência no
saneamento básico - fluxo de resíduos sólidos nas valas de drenagens constitui – na região do
Kilamba Kiaxi em Luanda,
9.3.3 - ACTIVIDADES REALIZADAS As actividades realizadas no ano de 2011 e que estão na base dos indicadores do ponto 5.3.2 foram:
a) Conferência sobre participação da Juventude na vida
social e política:
Em relação à esta componente, os resultados apontam que 100% da meta programada foi alcançada.
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
29
Masculino Feminino
83%
17%
Total de beneficiário por sexo: 213
0%
4%
67%
18%
11%
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de beneficiarios por faixa etária: 213
Participaram na conferência 213 líderes de várias instituições do Estado, sendo 176
homens (83%) e 37 mulheres (17%).
Com objectivo de promover uma reflexão
sobre a participação activa dos jovens na vida pública
e política em Angola, a segunda Conferência
Intermunicipal (Viana, Cazenga e Rangel) sobre A
PARTICIPAÇÃO JUVENIL NOS PROCESSOS
DEMOCRÁTICOS EM ANGOLA, teve lugar na Sala
“28 de Agosto” do Centro de formação Profissional do
Cazenga, Luanda, dia 14 de Outubro de 2011, entre
as 08H30 e 16H00. Entre os participantes, realçam-se
a presença de estudantes universitários,
representantes de ONG’s, Pessoas Vivendo com VIH,
grupos de mulheres, representantes de Organismos
das Nações Unidas, de ONG’s Internacionais e Meios
de Comunicação Social, entre outros.
A conferência constituiu-se num fórum de análise sobre assuntos de interesse social e actual onde os jovens podem exercer o seu direito de Liberdade de Expressão - através da interacção directa com os prelectores que dominam as matérias a serem tratadas. Foi uma oportunidade para que os jovens emitam de maneira consciente e organizada os seus pontos de vista, contribuindo deste modo para a construção do estado Democrático e de Direito. Dos quatro temas propostos para discussão, apenas dois foram discutidos com dois técnicos especializados nas matérias em causa. Os temas discutidos foram:
- A participação das mulheres nos processos de
tomada de decisão – Teresa Quivienguele, da Plataforma Mulheres em Acção, e Direitos Humanos; Políticas de apoio à Juventude: Educação, Habitação, Emprego – apresentado por Sérgio Calundungo (Director Geral da ADRA).
No final, os participantes produziram as seguintes
recomendações:
1º Começar atempadamente a preparação da
terceira conferência.
2º Produzir uma brochura ou boletim para a publicação das realizações da rede, sobretudo das conclusões e recomendações.
3º Criar a nível dos municípios onde estão as
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
30
organizações parceiras da Rede, núcleo juvenis na temática da participação juvenil nos processos Democráticos.
4º- Promover Workshops nas áreas onde funcionamos núcleos e as organizações parceiras sem o tema.
5º- Produzir material de propaganda com a participação da juventude nos eventos.
6º - Realizar debates nos locais públicos ou identificados de concentrações de jovens sem o tema, em questão e outros da actualidade.
7º - Realizar de 3 em 3 meses um fórum (debate aberto)
sobre as pessoas vivendo com VIH dentro do município do
Cazenga;
8º - Incentivar a realização de Pesquisas/Estudos locais
sobre a situação do VIH e SIDA e levar os estudantes universitários a defenderem como trabalhos de
conclusão de Curso ou Temas de defesas académicas;
9º - Mobilizar as Igrejas, ONG’s, empresas públicas e
privadas, para a elaboração e implementação de projectos a favor
das Pessoas Vivendo Com o VIH e SIDA no município do
Cazenga;
10º - Que melhorem os mecanismos de monitoria e
avaliação das iniciativas das organizações locais e não só,
interligadas na luta contra o SIDA.
11º - Melhorar os serviços educativos, informativos e formativos dos actores socais na luta contra o SIDA no município do Cazenga.
12º - Que as repartições municipais da juventude promovam pesquisas reproduza e facilita a disseminação de material educativo sobre a Lei do VIH e SIDA, com mensagem e personagens locais com referências na vida política, económica, social, cultural entre outros campos da vida municipal.
13º - Incentivar as mulheres, especialmente as
PVVS para a sua participação activa nas decisões de assuntos familiares, na sociedade civil, nos órgãos de poderes público e políticos, com iniciativas de referência a partir do Município do Cazenga.
14º - Que os meios de comunicação social aumentem os espaços ou programas que abordam assuntos sobre as necessidades dos jovens;
15º - Promover as Iniciativas das organizações Juvenis locais com os Meios de Difusão
Massiva, sobretudo os de âmbito local;
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
31
Masculino Feminino
33% 67%
Total de participantes por via telefone por sexo: 12
0%
0%
100%
0%
0%
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de beneficiarios por faixa etária: 12
16º - Que os representantes do Governo local participem activamente nos fóruns de
reflexões sobre o VIH e SIDA, na perspectiva de melhor influenciarem a implementação das políticas e estratégias criadas.
b) Programas radiofónicos com enfoque para os problemas ligados a juventude:
Os Programas radiofónicos tiveram uma periodicidade bi-semanal e duração de 40 minutos cada um, na Rádio Cazenga, vão ao ar às terças e quintas-feiras a partir das 10H00. Tem por objectivos promover maior visibilidade aos serviços prestados pela RJPC e suas organizações membros no domínio do exercício da cidadania, e acima de tudo promover a aceitação social das PVVS através do aumento dos conhecimentos sobre VIH na população em geral.
Esta actividade serve igualmente para
promover debates, sobre direitos e deveres das PVVS, vida positiva, reflexão sobre as políticas vigentes de apoio aos jovens, bem como sobre a qualidade dos serviços de assistência médica e medicamentosa. Em cada debate prevê-se a participação de 5 interlocutores, por meio de telefone, entrevistas e cartas. Nos últimos três meses de 2012, doze (12) radiouvintes interagiram nos 3 programas radiofónicos realizados em directo.
c) Intercâmbio e trocas de experiências;
Estas actividades que acontecem a nível local regional e internacional com outras redes e organizações apontam-se como acções concretas de estudos, busca de informações, de construção do conhecimento com vista o fortalecimento da capacidade da actuação da Rede e a melhoria das qualidades dos seus serviços junto das comunidades, colaborando para o seu bem-estar, abarcando com isso uma sociedade mais tolerante e fraterna.
Os intercâmbios e trocas de experiências constituem oportunidades para apropriar novas informações ou novos formatos de entendimento e estabelecimento de uma ampla e compreensiva visão de mundo;
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
32
d) - Instalação de sistema de gestão financeira funcional;
Duas organizações juvenis membros da Rede Juvenil - G7, ANACAMBONDO - recentemente criadas, beneficiaram destes sistemas, e estão a elaborar relatórios financeiros de acordo com as normas internacionalmente aceitáveis.
e) Campanhas de sensibilização sobre Educação Cívica:
Actividades como palestras em escolas do 1º e 2º ciclo do ensino geral, em mercados com vendedores, debates em empresas com trabalhadores, assim como programas de rádio dirigidos aos jovens (na rádio Cazenga), marcaram as campanhas de sensibilização sobre Educação Cívica, na vertente dos Direitos Humanos e a Lei das manifestações, resolução de conflitos, violência, Assedio Sexual, relações de género, VIH e SIDA) e tive a participação de mais de 1.513 adolescentes e jovens, sendo 893 Mulheres (59%) e 620 homens (41%).
As abordagens acerca da participação da mulher
nos espaços públicos do país e a maneira como a mulher
pode aproveitar os espaços públicos no país para abordagem
de assuntos da vida pública e política são assuntos que mais suscitou discussões entre os
participantes durante as nas palestras.
A “Pontes de Esperança” foi também a metodologia usada nestas actividades e facilitou, igualmente, o processo de aprendizagem dos participantes, tendo criado experiências positivas dos beneficiários.
f) Painéis de Audiência
É no âmbito da parceria estabelecida entre BBC WST e o FOJASSIDA que esta organização realizou seis sessões denominadas “painéis de audiência”a que visou avaliar o impacto do programa 100 dúvidas da Rádio Eclésia, Emissora Católica de Angola, uma rádio que tem audiência a nível do território da província de Luanda e arredores.
O Painel de Audiência foi formado por uma equipa com 12 integrantes, técnicos de grupos sociais heterogéneos, maiores de 18 anos de idades existentes no FOJASSIDA. O seu objectivo foi de obter informações dos programas realizados e através delas emitir sugestões de temas, críticas que, tendo ajudado a equipa de realização do programa a melhorar o seu trabalho e naturalmente o programa, num período de 8 meses, garantindo o melhor entendimento e audiência dada vez maior pelos ouvintes. No total foram realizados seis painéis de audiência.
Do conteúdo analisado durante os painéis constaram, entre outros aspectos, os seguintes:
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
33
- Primeira impressão do programa. - É um bom programa? Ouviriam mais vezes - Gosto pelos temas - O que não gostaram no programa - Aspectos que podem ser mudado ou acrescidos nos programas
- Confiabilidade do programa - Como o programa ajuda as pessoas - Outras observações ou comentários - Avaliação do desempenho dos participantes no programa - Avaliação dos conteúdos do programa - Avaliação dos aspectos técnicos do programa - Avaliação das reportagens do programa
- Avaliação das rubricas do programa O programa 100 dúvidas encere-se num projecto conjunto entre a Rádio Eclésia a BBC
WST com financiamento da União Europeia, tendo como objectivo construir ou melhorar a sua
capacidade para promover o diálogo entre os actores não estatais; o povo, e as autoridades locais
em Luanda.
9.4. - OBJECTIVO ESTRATÉGICO 4: Elevar o nível organizacional da FOJASSIDA, para melhor responder aos seus objectivos estratégicos, no período de Janeiro de 2011 á Dezembro de 2013: 9.4.1 – RESULTADOS Em relação ao objectivo estratégico número 4 destacam-se dois resultados:
Surgimento e legalização de 3 novos grupos juvenis que trabalham em assuntos relacionados
aos problemas de jovens (nos municípios do Rangel, Viana e Cazenga), durante o último
trimestre de 2011;
Melhoria no desenvolvimento institucional e organizacional do FOJASSIDA:
9.4.2 – INDICADORES
Tendo em conta os resultados constantes no ponto 5.3.1 salientam-se os seguintes indicadores:
Legalização de 3 novos grupos juvenis que trabalham em assuntos relacionados aos problemas
de jovens (nos municípios do Rangel, Viana e Cazenga), durante o último trimestre de 2011;
Aquisição de uma viatura que contribui no alcance dos objectivos do actual plano estratégico;
Elaboração e aprovação do Manual de Procedimentos Administrativos;
Criação e operacionalização de uma base de dados para monitoria e avaliação de PE;
Participação a 100% nas actividades de intercâmbio com as Organizações financiadas pela
Oxfam Novib em Angola;
Participação com eficácia no programa de Reforço Institucional (CSSP) do WL;
Estabelecimento de novas parcerias com USAID e a Administração municipal do Cazenga
para obtenção de financiamentos.
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
34
29
833
4932
634
322
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de desdobraveis distribuidos: 6750
9.4.3 - ACTIVIDADES REALIZADAS
As actividades realizadas no ano de 2011 e que estão na base dos indicadores do ponto 5.3.2 foram:
Programa de Edificação da Paz para os Palops 2011
Uma das actividades realizada foi a deslocação do Secretário Executivo do FOJASSIDA à cidade de Maputo, República de Moçambique, entre os dias 29 de Agosto e 2 de Setembro, como membro integrante de uma delegação de RJPC parceiras da APN, a fim de participar no Programa de Edificação da Paz para os Palops 2011. A actividade foi uma organização da JUSTAPAZ e o ISEPC.
Durante a sua estadia em Moçambique o Coordenador da Rede participou no programa de edificação da Paz, nos módulos de Governação, Direitos Humanos e Conflitos, Género, VIH/SIDA e Conflitos. Foram objectivos da formação
Aprofundar processos de interactividade constante, a temática dos direitos humanos
Reflectir sobre a relação existente entre direitos humanos e cultura ou culturas nos Palops
Assimilar conhecimento sobre as etapas de um processo de resolução de conflitos e
técnicas de análise e mediação resultantes da acção de liderança
Aprender métodos de minimização de factores que possam conduzir a conflitualidade nas
instituições em relação ao género
Desenvolver estratégias de intervenção
10 - ACTIVIDADES DE ROTINA DIÁRIA
a) Distribuição de desdobráveis sobre a importância do uso correcto do
preservativo:
A distribuição de desdobráveis sobre a importância do uso correcto do preservativo foi actividade desenvolvida no decorrer do no.
Em relação à componente da distribuição de desdobráveis sobre a importância do uso correcto do preservativo, os resultados apontam que 6.750 desdobráveis foram distribuídos aos jovens dos 18 aos 35 durante as actividades do programa. Os desdobráveis foram produzidos pelo INLS, PSI e ANASO e os activistas estavam sempre munidos dos mesmos, servindo de suporte para completar as informações para o aumento de conhecimento durante os seminários, nas campanhas de sensibilização, durantes as conferência, nos encontros do GAM, nas sessões de teatro e nas actividades de massas.
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
35
0
0
19265
378
57
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de preservativos distribuidos: 19700
0
62
2548
71
19
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de desdobraveis distribuidos: 2700
0
4
1426
135
88
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de desdobraveis distribuidos: 1653
b) Distribuição de preservativos: Em relação à componente da distribuição de
preservativos, os resultados apontam que cerca de 19.700 preservativos masculinos foram adquiridos pelos jovens dos 18 aos 35 durante as actividades do programa, sendo cerca de 6% abaixo, comparando ao ano de 2010. Registou-se aumento da procura de preservativos em relação a oferta que diminuiu, comparativamente ao ano de 2010. Isto demonstra que o interesse da comunidade do município do Cazenga em usar o preservativo durante as relações sexuais aumentou.
Os preservativos foram distribuídos através da parceria que FOJASSIDA mantêm com o
PSI – ANGOLA e a ANASO. Tiveram por objectivo sustentar a adesão por meio da disponibilidade constante em locais mais próximos dos beneficiários. Os activistas estiveram sempre munidos de preservativos disponíveis para os jovens – homens e mulheres. Antes da sua distribuição ensinaram os passos para o seu uso correcto.
c) Distribuição de desdobráveis e cartazes sobre adesão a TARV, estigma e
discriminação, direito e deveres, nutrição e prevenção.
Em relação à componente os resultados
apontam que o grupo etário com idades compreendidas entre os 18-35 anos foi o grupo que, durante o ano de 2011, mais beneficiou-se dos 2.700 exemplares, sendo 54% abaixo em relação ao ano de 2010. Esses desdobráveis e cartazes foram produzidos pelo INLS, AJPD. PSI, entre outras instituições.
Os cartazes foram afixados em locais públicos do município do Cazenga (comunas do Tala-Hady e Cazenga Popular), tais como mercados, escolas, igrejas, paragens de táxis e hospitais.
d) Distribuição de materiais de IEC sobre participação e cidadania
Em relação à componente, através dos técnicos das organizações membros da RJPC, foram distribuídos 1.653 materiais (cartazes, folhetos e desdobráveis) para aumento dos conhecimentos sobre assuntos ligados à participação e cidadania aos jovens dos 18 aos 35 durante as palestras e conferência. Os desdobráveis foram produzidos pela ADRA e AJPD.
e) Encaminhamentos para os serviços de assistência médica e medicamentosa:
Em relação à esta componente, os resultados apontam que, num horizonte de 189 pessoas encaminhadas pelos técnicos do FOJASSIDA, 23 pessoas foram diagnosticadas VIH positivo pela primeira vez, sendo 9 homens (39%) e 14 mulheres (61%).
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
36
Masculino Feminino
26%
74%
Total de encaminhamentos por sexo: 189
11%
4%
61%
11%
13%
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de encaminhamentos por faixa etária: 189
Positivo Negativo
12%
88%
Total de pessoas encaminhadas que fizeram o teste: 189
Masculino Feminino
39% 61%
Total de pessoas encaminhadas que fizeram o teste - resultado positivo, por sexo: 23
Masculino Feminino
15%
85%
Total de beneficiário por sexo: 13
9%
0%
61%
22%
9%
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de pessoas encaminhadas que fizeram o teste - resultado positivo, por faixa etária: 23
De realçar que os 6 centros de testagens voluntária existentes no município, controlados pelo Governo, aliados a escassez de reagentes em alguns momentos, ainda são insuficientes para testar os mais de dois milhões de habitantes do município.
Os encaminhamentos no hospital dos Cajueiros, no hospital esperança e em outros locais com especialidades para o efeito, tiveram como objectivo incentivar as pessoas cujos resultados dos testes de VIH são positivos a moderem de comportamentos na perspectiva da adesão à terapia anti-retroviral, assim como aderirem aos Grupos de Ajuda Mútua para partilhar as suas vivências e facilitá-los a aceitação do estado serológico.
f) Busca activa
Em relação à esta componente, os resultados
apontam que 13 pessoas, dos quais 2 homens (15%) e 11 mulheres (85%), VIH positivos acompanhados de familiares aceitaram em beneficiar-se, livremente, dos serviços do FOJASSIDA.
A busca activa é uma actividade espontânea e
as pessoas se identificaram como sendo VIH positivas durante as actividades – sobretudo durante a realização das palestras de aceitação do estado serológico, os programas radiofónicos sobre estigma e discriminação, campanhas de Reflexões Publicas, palestras, sessões de vídeo e CIP - consistiram em localizar, sensibilizar e
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
37
0%
0%
69%
23%
8%
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de beneficiarios por faixa etária: 13
Masculino Feminino
31%
69%
Total de beneficiário por sexo: 32
3%
0%
59%
22%
16%
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de beneficiarios por faixa etária: 32
encaminhar PVVS para adesão o GAM para benefícios de aconselhamento psicossocial, actividade lúdico-psico-pedagógica (tratando-se de crianças) e encaminhamentos para os serviços de assistência médica e medicamentosa, ou as consultas de rotina.
g) Visitas domiciliares
Em relação à esta componente, os
resultados apontam que 1.243 visitas foram realizadas a 32 utentes, sendo durante o ano de 2011. Dos utentes, 10 são homens (31%) e 22 são mulheres (69%). Os números das visitas são cumulativos, na medida em que foram realizadas, em média, 33 visitas a cada um dos utentes. Em relação ao ano de 2010, houve um aumento em 5% no número de visitas realizadas.
As visitas de acompanhamento ao domicílio
tiveram como objectivo incentivar os utentes na realização de exames de CD4; cumprir com a medicação orientada pelo médico e tratar os doentes, nos casos de debilidades físicas e psicológicas, assim como sensibilizar as famílias com vista a redução do estigma e discriminação das PVVS.
Durante as visitas as famílias receberam kites composto de material higiénico e material
de primeiros socorros (Toalha de banho, sabão, sabonete, escova de dentes, pente, penso diário, lixívia, mosquiteiro, tesoura, corta unhas, gillete, banheira, ligadura, compressas, soro oral, algodão, termómetro, esfegnomanómetro, permanganato de potássio, violeta degenciana, batrim, paracetamol, e luvas).
h) Denunciamentos acerca da exclusão de Pessoas Vivendo com o VIH e SIDA nos locais de trabalho:
As denúncias, como mais uma forma de pressão social no sentido de se ver melhorada a qualidade dos serviços de assistência médica e medicamentosa à PVVS, bem como no sentido de se desencorajar actos de discriminação contra as PVVS, são acções novas que estão enquadradas dentro das estratégias do FOJASSIDA. Assim, foram elaboradas 2 cartas, 5 acções de divulgação mediática, bem como 2 encontros com as entidades de direito.
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
38
A seguir é apresentado um estudo de casos resultado da intervenção do FOJASSIDA na comunidade
Estudo de caso de: Isabel Manuel
Era dia de céu aberto, mas com nuvens tímidas que transpareciam esconder as água no seu interior. Isabel
Manuel, ladeada de três filhas, meninas muito lindas, vendia tomate e ovos cozidos bem juntinho à porta de sua residência.
- Mamã, estão a falar de SIDA, - Ruth a das três meninas filha interrompia o silêncio da jovem mãe delicada de
apenas 28 anos de idade, quando ligou a rádio. A sintonia era Rádio Cazenga e o Programa de “Mãos Dadas” do FOJASSIDA abordando mais um tema sobre VIH e SIDA. Ouvia-se falar de doenças que caracterizam o SIDA da pessoa.
- Traga aqui o rádio, quero ouvir. Gosto de ouvir este programa, falam boas coisas – despertou-se Isa, conforme ela é conhecida no bairro.
Os convidados falavam muito de febres, febres constante, às vezes altas e mesmo baixas. Isso fez lembrar que
Juelma, a filha bebé “cassula” de Isabel, apresentava sempre febres, principalmente à noite, durante a noite. Com muita ansiedade, molestada com frio cerebral evadindo o sistema nervoso, calada, a mulherzinha ouvia
incessantemente o programa. Guilherme, enfermeiro, marido com quem compartilhava habitação e mesa há mais de 2 anos, não estava em casa.
- Estou a resolver um assunto urgente, não tenho tempo para te acompanhar – disse Guilherme quando recebera
telefonema da mulher que o convidava para acompanhá-la ao hospital com a filha.
Porém os conselhos do programa da rádio, incentivou Isabel que levou a pequena de apenas três anos ao Hospital do Golf onde fez o teste pela primeira vez. Desconfiava-se que o resultado tivera sido “Positivo”, pois que a médica guardou o documento do teste e não revelou o resultado, uma vez que mostrava-se, segundo Isabel, insegurança em tudo o que dizia.
Quando chegou em casa encontrou o marido com quem conversou sobre a suspeita que o caso apresentava. - Não acredita nessas coisas de SIDA, dizia o marido. - Tu sabes que tenho vários filhos, e todos estão bem.
Porque só agora com esta filha…
- Uma semana depois, sozinha, pois não queria partilhar o assunto com mais ninguém, Isabel foi ao Hospital Divina Providência e pela 2ª vez o teste foi realizado. - Realmente tua filha tem – referiu o técnico do laboratório.
Já em casa, explica a situação ao cônjuge que, comodamente, dizia, “não acredites nisto”. E, quatro dias depois,
Teresa – a bebé - no Hospital Pediátrico e lá internou durante uma semana.
Assídua ouvinte do programa “De Mãos dadas” como era, dizia “oro todos os dias para que um dia alguém do programa deixe seu contacto telefónico pessoal para eu ligar”.
- Felizmente aconteceu num dos programas seguintes – dizia. – Alguém deixou o seu contacto pessoal… Agora, já passam nove meses. “Aprendi que o meu marido me enganou, pôs a minha vida e a da minha filha em
perigo. Pelas suas gravíssimas mentiras, consegui separar-me dele. O amor que sentia desapareceu. Mudei totalmente de vida, graças a vocês, FOJASSIDA, e principalmente a Sra. activista Elisabeth Fernandes que ditou o número naquele programa. Consigo acreditar que esse Vírus existe. Eu e a minha filha estamos a fazer tratamento e estamos muito bem. Temos vida positiva”.
Narração de: Isabel Manuel Texto de: Elisabeth Fernandes 03/12/2011
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
39
11 - FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO
Durante o ano de 2011 os técnicos do FOJASSOIDA foram submetidos a várias acções de reforço de capacidades, tais como:
Formação sobre planificação, monitoria e avaliação promovida pela World Learning, com 2 participante;
Formação sobre Monitoria e Avaliação “Observar a Mudança” promovido pela APN com 4 participantes.
12- INTERCÂMBIOS E TROCAS DE EXPERIÊNCIAS Os técnicos do FOJASSIDA em 2011 participaram e trocaram experiências em vários assuntos ligados ao desenvolvimento sócio comunitário, nomeadamente:
Participação com dois técnicos no Programa de Edificação
da Paz para os Palops 2011 - módulos de Governação, Direitos Humanos e Conflitos,
Género, VIH/SIDA e Conflitos. O evento ocorreu na cidade de Maputo, República de
Moçambique, entre os dias 29 de Agosto e 2 de Setembro. Esses módulos estiveram inseridos no
Programa de Edificação da Paz para os Palops 2011. A actividade foi uma organização da
JUSTAPAZ e o ISEPC.
Foram objectivos da formação:
- Aprofundar processos de interactividade constante, a temática dos direitos humanos
- Reflectir sobre a relação existente entre direitos humanos e cultura ou culturas nos
Palops
- Assimilar conhecimento sobre as etapas de um processo de resolução de conflitos e
técnicas de análise e mediação resultantes da acção de liderança
- Aprender métodos de minimização de factores que possam conduzir a conflitualidade
nas instituições em relação ao género
- Desenvolver estratégias de intervenção
Participação, com 2 técnicos, na 4ª Conferencia Nacional das OSC ocorrido na província de Malange;
Participação, com 2 técnicos, na Conferencia Nacional sobre os Direitos dos Cidadãos à participação na vida pública do país ocorrido na província de Luanda, organizado pelas Organizações ADRA e Mãos Livres;
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
40
Planificado Atingidos
7.500 6.013
Adolescentes e Jovens
Masculino Feminino
40% 60%
Total de adolescentes e jovens por sexo: 6013
11%
39%
50%
0%
0%
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de adolescentes e jovens por faixa etária: 6013
Planificado Atingidos
600
562
Pessoas infectadas e afectadas pelo VIH e SIDA
Masculino Feminino
22%
78%
Total de pessosas infectadas e afectadas pelo VIH e SIDA por sexo: 562
Participação com 1 técnico na formação de voluntários em acção para o desenvolvimento em Joanesburgo – África do Sul, organizado pela VOSESSA (Volunters Society Enquery of Southen África)
Participação com 1 técnico na troca de experiencia na Noruega em Setembro de 2011, na
companhia de 3 deputadas de vários partidos políticos com assentos no parlamento, para
além de outros representantes de OSC.
13 - ARTICULAÇÃO DOS TRABALHOS DO PROGRAMA/RELACIONAMENTO COM OUTRAS INSTITUIÇÕES:
INSTITUIÇÕES TIPO DE RELACIONAMENTO/Resultado da parceria
Governo (Administração Municipal) Doador/Aliança Estratégica
INLCS Benefício/Aliança Estratégica
Ajuda Popular da Noruega Doador/Aliança Estratégica
Oxfam Novib da Holanda Doador/Aliança Estratégica
ANASO Aliança Estratégica
World Learning Aliança Estratégica
PSI Benefício/Aliança Estratégica
Coligação para os Direitos dos Seropositivos Benefício/Aliança Estratégica
Comunidade Interessados
14 – BENEFICIÁRIOS ATINGIDOS PELO PROGRAMA Os beneficiários do programa foram:
Adolescentes e Jovens:
Pessoas infectadas e afectadas pelo VIH:
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
41
3%
1%
68%
22%
7%
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de pessoas infectadas e afectadas pelo VIH e SIDA por faixa etária: 562
Planificado Atingidos
1.500 1.649
Mulheres Grávidas
Masculino Feminino
0%
100%
Total de mulheres grávidas por sexo: 1649
0%
4%
94%
2%
0%
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de mulheres grávidas por faixa etária: 1649
Planificado Atingidos
60 42
Trabalhadores nas instituições do estado:
Masculino Feminino
67%
33%
Total de trabalhadores nas instituições de estado por sexo: 42
0%
0%
67%
21%
12%
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de trabalhadores nas instituições de estados por faixa etária: 42
Mulheres grávidas:
Trabalhadores de instituições do estado:
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
42
Planificado Atingidos
1.500
1.758
Comunidade em geral
Masculino Feminino
25% 75%
Total de beneficiário atingido pelo programa por sexo: 10024
7%
24%
67%
2%
0%
Menos 15
15-17
18-35
36-45
Mais de 45
Total de beneficiarios por faixa etária: 10024
59,99%
5,61%
16,45%
0,42% 17,54%
Total de beneficiário atingidos pelo programa: 10024
Adolescentes e Jovens
Pessoas infectadas e afectadas pelo VIH
Mulheres grávidas
Trabalhadores nas instituições do estado
Comunidade em geral
Comunidade em geral:
Total de beneficiários atingidos: 15 - INTEGRAÇÃO DE GÉNERO
A situação do género foi abordada de forma transversal durante as actividades com a
comunidade. Baseou-se na análise de aspectos culturais e crenças religiosas que tornam possível a
submissão da mulher socialmente perante ao homem: vos, liderança, divisão de tarefas,
participação, direitos humanos, etc.
16 – ACVTIVIDADES DE MONITORIA E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA As actividades de monitoria foram um processo permanentemente desenvolvidas durante a sua implementação e foi da inteira responsabilidade do Secretário Executivo da Organização. Para a sua avaliação, foram realizados encontros semanais às segundas-feiras, envolvendo a equipa do programa sobre as actividades
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
43
realizadas nas semanas anteriores e preparação das actividades das semanas seguintes. Foram igualmente realizadas visitas regulares de constatação “in loco” em algumas actividades por diferentes representantes das organizações financiadoras do programa.
17 - RISCOS PREVISTOS EM 2011 E MEDIDAS CORRECTIVAS OCORRIDAS Apesar de todos os aspectos anteriormente expostos, e fruto de constatações consumadas nas abordagens entre os técnicos do FOJASSIDA e da Oxfam Novib, o programa previa, no início de 2011 a ocorrência de riscos, o que podia ser resolvido ou minimizados mediante a tomada de acções concretas, conforme se pode observar no quadro a seguir:
Riscos sobre a
implementação do
programa previstos no
início de 2011
Medidas Correctivas tomadas durante o ano de 2011
1 - RISCO: Governo local, Saúde, INLS não assumam a suas responsabilidade ou não conseguem responder às exigências no domínio de melhoria de serviços.
1.1 – ACÇÕES
FOJASSIDA realizou 2 encontros com a Direcção da
Administração municipal do Cazenga, e vários encontros com os
Dirigentes do MPLA a nível local, no qual sente-se sensibilizados
sobre as suas responsabilidades perante a situação do VIH e SIDA
no município e reconhecem a importância da parceria com
FOJASSIDA no processo.
Em 2011, com base no Decreto-lei 2007/02 que orienta os
governos locais a trabalhar em parceria com as ONG’s no âmbito
dos Planos de Desenvolvimento Municipal, A administração
Municipal assinou um acordo para apoiar financeiramente a
implementação de um micro programa do FOJASSIDA com Kz
150.000.
E desde Dezembro de 2011, representando as OSC locais o
FOJASSIDA passou a ser membro da Unidade técnica de
Combate à Pobreza a nível do município do Cazenga – um
programa do Governo de Angola sobre a redução do índice de
pobreza no país. O Programa é coordenado pelo Administrador
Municipal Adjunto do Cazenga;
FOJASSIDA facilitou em 2011 acções de formação com técnicos
de saúde, fez com que pessoas VIH positivas fossem ouvidas,
exigindo melhorias de serviços de saúde. Por exemplo, verifica-se
o funcionamento de um novo aparelho de CD4 para atendimento
os utentes no Hospital dos Cajueiros.
No âmbito da 3ª Conferência sobre o VIH e SIDA, o INLS enviou
um técnico que trabalhou com FOJASSIDA, manifestando as
responsabilidades do INLS para o trabalho na vertente do VIH
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
44
com a comunidade do município do Cazenga.
Ainda no âmbito da saúde, FOJASSIDA foi eleito em Dezembro
de 2011, pelas OSC como membro do Mecanismo de
Coordenação Nacional na luta contra o VIH e SIDA, malária e
tuberculose, em representação das OSC Angolana;
Paralelamente a isso o FOJASSIDA foi distinguida pelo
Secretariado Municipal da JMPLA do Cazenga como Associação
de Mérito do ano 2011 do município do Cazenga, “pelo abnegado
empenho colectivo no engrandecimento e na preservação do bom
nome do município do Cazenga nos mais variados domínios”;
2 - RISCO: FOJASSIDA perde foco dos objectivos que pretende atingir. Ideias novas e experiências interessantes de outros são rapidamente assumidas, enquanto não tem suficiente reflexão sobre consequências.
2.1 - ACÇÕES:
A Direcção da organização está atenta a este risco. Procura não se
desviar das suas linhas estratégicas.
3 - RISCO: FOJASSIDA enfrenta dificuldades em angariar fundos para os seus programas e custos institucionais
3.1 - ACÇÕES:
Embora não estar definida a estratégia de captação de fundos e
sustentabilidade institucional, FOJASSIDA concorreu e
estabeleceu parceria com USAID/World Learning e com a
Administração Municipal do Cazenga para obtenção de
financiamentos:
USAID – USD = 334.838 (1 ano) Governo Local – Kz = 150.000 (1 ano)
4 - RISCO: Pressão interna e externa, de membros e beneficiários, faz com que FOJASSIDA começa a actuar mais como prestadora de serviços.
4.1 - ACÇÕES:
A organização está consciente deste grande risco. Mas a acção de
Advocacia com governo local e os serviços de saúde visa exigí-los
no sentido delas próprias serem prestadores de serviço.
O Decreto-lei 2007/02 que orienta os governos locais a trabalhar em parceria com as ONG’s no âmbito dos Planos de Desenvolvimento Municipal, bem como o processo de desconcentração administração e a constituição de CACS oferecem oportunidade de advocacia e lobby. O Programa NGO - Programa de Reforço de Capacidades - com Word Learning, A aliança com ADRA, AJPD contribuirá muito para que FOJASSIDA evite actuar como prestadora de serviços. Ainda asim, a parceria formal que existe com Rede AYAN - que tem como objectivo fortalecer o activismo no Continente africano, através do enpoderamento dos jovens com formações e habilidades necessárias à defesa dos Direitos humanos e à saúde sexual e reprodutiva, - marca um passo significativo a esse nível.
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
45
18 - DIFICULDADES
Algumas dificuldades encontradas durante o ano de
2011 são vistas como derrotas, tais como:
1º Apenas foram mobilizados cerca de 92% do
orçamento inicialmente previsto para cobertura a 100% do
plano anual de actividades 2011;
2º A ausência, inicialmente, do plano de monitoria das actividades planificadas, dificultou o registo dos resultados qualitativo. Caso não se registassem esses constrangimentos, verificar-se-iam melhorias em relação aos resultados. 3º As chuvas ocorridas geralmente influenciaram negativamente no desenvolvimento das actividades, tornando as vias de difícil acesso pelo que as principais actividades de massas foram planificadas para o tempo “seco”. 19 - EXPERIÊNCIAS E LIÇÕES APREENDIDAS Dada a implementação do programa, a equipa técnica considera ter em conta as seguintes lições: - Envolvimento de voluntários das comunidades nas actividades; - Negociação aberta dos fundos com os doadores; - Partilha das dificuldades dos processos com os órgãos do poder local - É importante documentar as opiniões e testemunhos registados dos beneficiários, e outras sugestões que ajudam a melhorar o trabalho. - Trabalhar repetidas vezes com o mesmo grupo focal ou pessoa individual durante várias sessões é um método ideal para o aumento do conhecimento e a mudança do comportamento. - A monitoria das actividades e a recolha das informações junto da Comunidade de forma
sistemática para se avaliarem as mudanças que concorrem ao alcance dos resultados qualitativo.
- Os encontros de reforço de capacidades com a equipa da APN em torno do PAR3, facilitou a
identificação de falhas na formulação dos objectivos, o uso de palavras que pouco reflectem as
mudanças ocorridas.
20– CONCLUSÔES
Pese embora ter havido as dificuldades acima mencionadas, o FOJASSIDA considera que os objectivos foram atingidos na ordem dos 85% a julgar, quer pelas opiniões registada no âmbito das avaliações internas, quer pelos parceiros, incluindo o Governo Local e a comunidade beneficiária do programa do FOJASSIDA.
3 - Planificar, Avaliar Reportar (manual Observar a Mudança produzido por APN)
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
46
21 – DESAFIOS DO PROGRAMA
Uma vez que estão criadas as condições técnicas e materiais, pretende-se dar continuidade as acções do Programa, bem como desenvolver maior interacção com as comunidades, focando-se os esforço na advocacia, Direitos dos Seropositivos, a participação da mulher e da comunidade nas sessões de educação cívica para o pleito eleitoral do ano de 2012, treinamentos para o reforço da capacidade institucional e dos beneficiários. Por outro lado, o FOJASSIDA, dentro da participação no programa de capacitação com WL, reforçará as suas capacidades (organização interna e melhoramento das estratégias de intervenção). Considera serem factores bastantes importantes para o melhoramento das suas acções no futuro, sobretudo, no acompanhamento técnico e financiamentos.
O envolvimento de líderes comunitários, religiosos, membros de famílias afectadas pelo VIH e activistas de ONGs e OCB’s4, bem como a constituição de núcleos comunitários de Cuidados e Apoios, constitui uma estratégia de manutenção das acções a médio prazo. Com a formação e capacitação dos Agentes Comunitários estaremos a garantir que estes sejam os continuadores das acções. Estará directamente ligado ao trabalho dos núcleos de mobilizadores sociais o grupo de conselheiros da FOJASSIDA, garantindo um acompanhamento sistemático das acções.
A semelhança das experiências passadas, cerca de 70% da equipa do programa será constituída por elementos do grupo alvo, os quais prestam maioritariamente o seu contributo voluntário nas actividades do FOJASSIDA. Por isso, ao longo da implementação do programa de 2012 serão identificados e capacitados integrantes do grupo alvo, de modos a assumirem paulatinamente a gestão das actividades de Aconselhamento, e referência aos GAM.
Igualmente, prevê-se nas sessões de terapia de grupo e palestras, a inclusão de temas relacionados à advocacia para a definição de estratégias municipal a favor das PVVS, de modos que elas sejam capazes de pressionar as instituições de direito, no sentido de manter e melhorar a provisão de serviços de cuidados paliativos, laboratoriais e terapia ARV. O fomento da actividade geradora de renda, bem como a advocacia junto do Governo local e dentro dos programas do Governo de Angola para obtenção de fundos para apoio ao programa do FOJASSIDA, constituirá uma mais-valia.
Ainda na senda Actualmente do aumento da participação dos jovens na vida pública en política do país, o FOJASSDIDA continuará a advogar para a existência de uma Política Nacional do Estado virada a Juventude, de modos a facilitar as abordagens dos problemas juvenis ausentes nas diferentes políticas públicas e programas de desenvolvimento municipal.
Outro aspecto importante está relacionado com a advocacia junto dos doadores do
FOJASSIDA, e outros, sobre a necessidade de implementação de projectos para o atendimento de COV (Crianças Órfãos e Vulneráveis) sobretudo aquelas que vivem com VIH e SIDA e ainda promover a identificação forças, perspectivando-se a criação de um centro de crise para acudir mulheres e crianças vítimas do VIH e violência doméstica.
4 - Organizações Comunitárias de Base
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
47
Saldo Inicial - 01.01.2011
Quotas mensais dos membros do FOJASSIDA
Contribuição Oxfam Novib
World Learning
Contribuição APN
Administração Municipal do
Cazenga
0,0% 0,3%
63,3%
25,0%
11,0% 0,4%
Total de receita: USD 408.607
22 – RELATÓRIO FINANCEIRO Orçamento:
No ano de 2011, as receitas e despesas financeiras do exercício de 2011 ocorrem da maneira como se segue:
Nome Doador/Financiador Valor Orçado
(USD)
Saldo Inicial 0
Quotas 1.145
Oxfam Novib 258.559
World Learning 102.369
APN 45.009
Administração Municipal do Cazenga 1.614
Total 408.697
Despesas: As despesas foram efetuadas conforme a tabela e gráfico abaixo: Relatório Financeiro Consolidado 2011
PERIÓDO: 1 DE JANEIRO/2011 31 DE DEZEMBRO/2011 MOEDA: USD
Item Nº Descrição
Orçamento todal
Despesas Correntes
Total Geral
% Gasto Balanço
Saldo Inicial
Quotas mensais
Projecto (VAO)
Projecto (VNW)
Projecto (DPA)
Projecto (VPA)
1 RECEITAS (fundos disponíveis)
1.1 Saldo Inicial - 01.01.2011 0,00 0,00 0 0,00% 0,00
1.2 Contribuição dos membros (Quotas mensais dos membros do FOJASSIDA) -1.120,00 -1.145,00 -1.145 102,23% -25,00
1.3 Contribuição Oxfam Novib -174.820,00 -258.558,80 -258.559 147,90% -83.738,80
1.4 World Learning -334.838,23 -102.369,38 -102.369 30,57% 232.468,85
1.5 Contribuição APN -42.370,00 -45.009,33 -45.009 106,23% -2.639,33
1.6 Administração Municipal do Cazenga -10.000,00
-1.614,00 -1.614 16,14% 8.386,00
1.7 Total de Receitas -563.148,23 0,00 -1.145,00 -258.558,80 -102.369,38 -45.009,33 -1.614,00 -408.697 72,57% 154.451,72
2 DESPESAS
2.1 CUSTO DE GESTÃO GERAL
2.2 Pessoal de Gestão 103.408,00 0,00 0,00 36.319,52 21.437,98 7.894,21 65.652 63,49% -37.756
2.3 Gestão de Escritório 13.305,23 0,00 3.198,17 1.370,79 1.152,10 5.721 43,00% -7.584
2.4 Operações e Transporte 11.860,00 0,00 0,00 5.246,05 2.469,36 0,00 7.715 65,05% -4.145
2.5 Capital (Meios informáticos e mobiliarios) 30.750,00 0,00 0,00 504,27 8.825,38 2.655,00 11.985 38,97% -18.765
2.6 ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO
2.7 Objectivo Estratégico 1 260.930,00 0,00 0,00 76.677,33 48.512,48 7.468,10 132.658 50,84% -128.272
2.8 Objectivo Estratégico 2 88.360,00 0,00 0,00 36.076,71 13.830,00 0,00 1.614,00 51.521 58,31% -36.839
2.9 Objectivo Estratégico 3 27.835,00 0,00 0,00 0,00 0,00 22.499,64 22.500 80,83% -5.335
2.10 Objectivo Estratégico 4 25.700,00 0,00 0,00 16.797,00 0,00 2.500,00 19.297 75,09% -6.403
2.11 Imprevistos 1.000,00 0,00 0,00 840,00 840 84,00% -160
3 Total de Despesas 563.148,23 0,00 0,00 174.819,04 96.445,99 45.009,04 1.614,00 317.888 56,45% -245.260
Saldo Inicial 0,00 -1.145,00 -258.558,80 -102.369,38 -45.009,33 -1.614,00 -408.697 154.452
Saldo Final 0,00 -1.145,00 -83.739,76 -5.923,39 -0,29 0,00 -90.808,43 -90.808
NOTA:
1 - Projecto (VAO) - Actividades Financiadas por Oxfam Novib
2 - Projecto (VNW) - Actividades Financiadas por World Learning (USAID)
3 - Projecto(DPA) - Actividades Financiadas por APN - Ajuda Popluar da Noruega
4 - Projecto(VPA) - Actividades Financiadas por Admnistração Municipal do Cazenga
Relatório Anual de actividades 2011
FOJASSIDA, uma escola jovem de aprendizagem e desenvolvimento
49
Pessoal de Gestão
Gestão de Escritório
Operações e Transporte
Capital (Meios
informáticos e mobiliarios)
Objectivo Estratégico 1
Objectivo Estratégico 2
Objectivo Estratégico 3
Objectivo Estratégico 4
Imprevistos
20,7%
1,8% 2,4% 3,8%
41,7%
16,2%
7,1% 6,1% 0,3%
Total de Despesas: USD 317.888