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RELATÓRIO
MESTRE GRIÔ
Nome completo: Eunice Santos Souza – D. VEA
GRIÔ APRENDIZ
Nome completo: Elienice Santos Souza – NOME SOCIAL: Eli
“Uma caminhada longa, com passos curtos e bem definidos nos dando a certeza de que o
caminho é certo, pois quem não pega atalho, faz o caminho completo”
Mestra Griô D.Nice.
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DO PROGRAMA DE BOLSAS DO PROJETO AÇÃO GRIÔ BAHIA 2015
Aula no Ponto de Cultura
Março de 2016
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Aula na Escola Estadual Kleber Pacheco
Março, Abril e Maio de 2016 - Desenvolvimento de oficinas na prática de adereços criativos
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As ações implementadas do projeto, teve a intenção de motivar e estimular os participantes. São
ações pensadas e construídas a partir da realidade local. Foram desenvolvidas atividades dentro
do contexto escolar na Escola Estadual Kleber Pacheco , no Ponto de cultura Bankoma onde a
Mestra Grio fez parte, no Centro Social Urbano de Portão nos segmentos Terreiros de
candomblé e outras comunidades do segmentos tradicional sempre com intuito de promover ao
mais jovens a socialização dos saberes ancestrais para perpetuar a memória. As ações foram
desenvolvidas no sentido de que os beneficiários pudessem perceber o que vem a ser os
diversos tipos de artefatos criativos e artesanatos como patrimônio cultural dos jovens e mulheres
negras afro descendentes, especificamente no que se refere ao mundo dos bordados, adereços
e paramentos afros. Para cumpri este objetivo foram desenvolvidas ações que unia a criatividade
das alunas e as propostas do Projeto Ação Griô Bahia, fazendo adaptação quando necessária
para que os conhecimentos dessas alunos e a função das artes dos artefatos pudessem romper
as barreiras dos “extra-muros”. Durante o processo foram realizados trabalhos de avaliação das
alunas permitindo identificar problemas com a habilidade de criatividade ou dificuldades
especificas da capacitação, mas também foram percebidas grandes habilidades desses em
compreender outros códigos culturais. Mesmo existindo a dificuldade apontada, as aulas
buscaram diversas metodologias para envolver leitura de imagens a arte da criatividade, pois este
aspecto não poderia ser negligenciado. Este trabalho buscava preparar os jovens em
compreender a importância da realização do repasse do saber na arte dos adereços afros e dos
artefatos criativos, pois os produtos são ricos de símbolos e significados histórico. Assim, o
trabalho realizado envolveu o re-conhecimento de conceitos; a discussão destes conceitos dos
adereços afros e contextos históricos que envolvem a vida dos beneficiários e, finalmente
atividades de ações produtivas. O exercício sobre os tipos de adereços afros e artefatos criativos
geraram produtos, a saber: Toalhas de rosto, toalhas de prato, brincos, Xaxaras, Ibiris, colares de
búzios africanos, pulseiras africanas buscando não só aspectos ligados a vida dos jovens negros
assim como os povos de terreiros,e demais elementos que pontuasse a evolução dos adereços
criativos e artefatos como os bordados de fitas no contexto de auto sustentabilidade.
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Para compartilhamento do saber da tradição oral, foram utilizados outras áreas de contexto de aprendizagem como espaço de convivência e possibilidade de reterritorialização de culturas, para manutenção das praticas dos povos tradicionais.
Nos meses de Julho, agosto e setembro foram desenvolvidas as Oficinas criativas de bordado de
fitas. A mesma se destinou a sondar o conhecimento ou auto-conhecimento dos participantes
Aula no Centro Social Urbano
Julho, Agosto e setembro de 2016
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sobre o termo de resgate desta modalidade tradicional que vem sendo perdida ao longo do
tempo. Após as apresentações, falei das minhas experiências profissionais e pessoais do meu
interesse em conhecer também trajetórias de vida de cada uma delas e logo uma introdução
mínima do tema em questão, explicando a metodologia e algumas regras básicas de participação
para melhor aproveitamento da oficina. Como reação se percebeu uma mistura de insegurança
curiosidade e interesse ao mesmo tempo, digno de um desafio a enfrentar. Esta reação ajuda a
preencher a lacuna que normalmente existe entre os sujeitos da ação: participante-comunidade e
suas demandas e a perspectiva do capacitador - realizador processo este que vem a calhar e
preenche o vazio existente desde a situação muito freqüente na elaboração do projeto. A Oficina
foi realizada com intensa participação, e também algumas dificuldades para resolver as questões
de conceitos e conteúdos técnicos desta capacitação, já que a tradição de bordado é milenar e
nada há de escrito para embasamento técnico de construção passo a passo em livros. Entanto,
cabe ressaltar que apesar disso, houve plena participação, deixando-me bastante satisfeita.
Aula no Centro Social Urbano
Julho, Agosto e setembro de 2016
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Aula na Escola Estadual Kleber Pacheco
Projeto Novembro Negro em referência ao Mês da Consciência Negra – Oficina de Adereços Afro
Novembro de 2016
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A Oficina de Paramentos Sagrados foi para um publico mais especifico. Envolveu pessoas
frenquentadoras de espaços sagrados tidos como terreiros de candomblé. Essa oficina teve por
objetivo desenvolver a habilidade das jovens através de exercícios práticos. A oficina consistiu
em apresentar através de exercícios práticos, as formas e usos dos elementos envolvidos no
processo: paramentos de uso exclusivo ao culto sagrado. Para construção do repertorio
fundamental, apliquei exercícios de montagem como raspagem de palito de dendê, corte de
úzios, fiação de contas... assim como acabamentos principalmente elementos pertencentes a
religião afro. Tendo em vista as dificuldades que enfrentamos em encontrar as peças condizentes
com a tradição das casas de matriz e das casas tradicionais. Fundamentei meu método a partir
de modelos prontos. Daí, fui ensinando em passo a passo as técnicas do corte e confecção do
paramento. Ensinei duas opções de moldes prontos: em tamanho natural e em mini moldes. Além
dos horários normais, montei um intensivão para fixação do aprendizado, visto que a arte
Africana muitas vezes deixa o aprendiz inseguro, pois muitos têm medo de construir errado .
Nesse sentido fresei a importância da segurança da habilidade que cada uma possuía e que a
atividade exige responsabilidade e acima de tudo a certeza do que se esta fazendo. A turma é
bastante interessada. Em sua maioria são mulheres negras e que vivem do que produzem e tem
grande habilidade no aprendizado.
Atividade Extra Realizada em 2017
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Implementação do Sistema Municipal de Cultura.
Temos a Orientadora e Coordenadora Eliana Falayó Ocupa a cadeira de Suplente na pasta da Educação no conselho municipal de cultura de cultura de Lauro de Freitas e tem nos mantida informada quanto ao andamento da implantação do sistema de cultura. No momento o Plano de cultura foi construído e apresentado a câmara de vereadores, contudo o documento encontra-se parado sem votação e sem um explicação clara da situação atual do seu encaminhamento.
Considerações finais: O Projeto garantiu o principio de uma convivência baseada na cordialidade, no respeito às diferenças e na construção de relação cooperativa com os participantes direto dos educadores sobretudo da coordenadora Pedagógica Eliana Falayó que possibilitou a sinergia entre o contemporâneo e o tradicional com metodologias colaborativas junto a nossa técnica de tradição. O publico interagiu de maneira ativa e presencial. Tudo foi proposto e desenvolvido de acordo com a necessidade do grupo, sendo que o seu envolvimento foi livre. Uma das maiores virtudes deste projeto foi a confiabilidade no potencial das pessoas. A nível de convivência de grupo, foi bastante sensível o progresso observado. As dificuldades surgidas foram sendo superadas ao longo das aulas.
Relatório Realizado em 20 de fevereiro de 2018
Eunice Santos Souza Mestra Griô
Elienice Santos Souza
Griô Aprendiz