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Informações sobre o processo http://www.n-insolvencias.com/insolvencias/47871600t8vnf 2016 Deolinda Ribas Sérgio Miguel da Silva Gonçalves e Sónia Maria Ferreira Pereira 07-09-2016 RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE) Tribunal da Comarca de Braga Vila Nova de Famalicão Inst. Central 2.ª Secção do Comércio J3 Processo n.º 4787/16.0T8VNF

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2016

Deolinda Ribas

Sérgio Miguel da Silva Gonçalves e

Sónia Maria Ferreira Pereira

07-09-2016

RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE)

Tribunal da Comarca de Braga

Vila Nova de Famalicão – Inst. Central

2.ª Secção do Comércio – J3

Processo n.º 4787/16.0T8VNF

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4

2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DOS INSOLVENTES ............................................. 5

2.1. IDENTIFICAÇÃO DOS INSOLVENTES .............................................................. 5

2.2. COMISSÃO DE CREDORES ................................................................................ 5

2.3. A ADMINISTRADORA DE INSOLVÊNCIA ........................................................ 5

2.4. DATAS DO PROCESSO ........................................................................................ 5

3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA ALÍNEA C) DO N.º 1

DO ARTIGO 24ª ............................................................................................................................. 6

3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS ................................................................ 6

3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS ÚLTIMOS TRÊS

ANOS 7

3.3. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA ............................................................................... 7

4. CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO

FINANCEIRA ................................................................................................................................. 9

5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA ............................................................... 10

6. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS CREDORES ................................. 11

7. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO ....... 12

7.1. DA APENSAÇÃO DE ACÇÕES / EXECUÇÕES ............................................ 13

7.2. DA APREENSÃO DE BENS IMÓVEIS E BENS MÓVEIS SUJEITOS A

REGISTO ........................................................................................................................... 13

7.3. DA APREENSÃO DO VENCIMENTO ............................................................... 14

7.4. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA .......................... 16

7.5. DO PEDIDO DE EXONERAÇÃO DO PASSIVO RESTANTE ......................... 17

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8. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º CIRE) .................................................................... 29

9. RELAÇÃO PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 154º CIRE) ..................................... 29

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1. INTRODUÇÃO

Os devedores Sérgio Miguel da Silva Gonçalves e Sónia Maria Ferreira Pereira

Gonçalves apresentaram-se à insolvência, tendo sido proferida sentença em 1 de

agosto de 2016.

Nos termos do art.º 155.º do CIRE, o administrador da insolvência deve elaborar um

relatório contendo:

a) A análise dos elementos incluídos no documento referido na alínea c) do n.º

1 do artigo 24.º;

b) A análise do estado da contabilidade do devedor e a sua opinião sobre os

documentos de prestação de contas e de informação financeira juntos aos

autos pelo devedor;

c) A indicação das perspectivas de manutenção da empresa do devedor, no

todo ou em parte, da conveniência de se aprovar um plano de insolvência,

e das consequências decorrentes para os credores nos diversos cenários

figuráveis;

d) Sempre que se lhe afigure conveniente a aprovação de um plano de

insolvência, a remuneração que se propõe auferir pela elaboração do

mesmo;

e) Todos os elementos que no seu entender possam ser importantes para a

tramitação ulterior do processo.

Ao relatório devem ser anexados o inventário e a lista provisória de credores.

Assim, nos termos do art.º 155.º do CIRE, vem a administradora apresentar o seu

relatório.

A Administradora da insolvência

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2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DOS INSOLVENTES

2.1. IDENTIFICAÇÃO DOS INSOLVENTES

Nome Sérgio Miguel da Silva Gonçalves

NIF 226050220

CC 11847202 0ZZ1

Nome Sónia Maria Ferreira Pereira Gonçalves

NIF 237247879

CC 12361492 9ZZ2

Morada Loteamento da Lapa n.º 14,Lage, 4730-244 Vila

Verde

Estado Civil Casados no regime da comunhão de adquiridos

2.2. COMISSÃO DE CREDORES

Não nomeada

2.3. A ADMINISTRADORA DE INSOLVÊNCIA

Deolinda Ribas

NIF/NIPC: 175 620 113

Rua Bernardo Sequeira, 78, 1.º - Apartado 3033 – 4710-358 Braga

Telef: 253 609310 – 253 609330 – 917049565 - 962678733

E-mail: [email protected]

Site para consulta: Informações sobre o processo

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2.4. DATAS DO PROCESSO

Data e hora da prolação da sentença: 01/08/2016

Publicado no portal Citius – 2 de agosto de 2016

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Fixado em 30 dias o prazo para reclamação de créditos.

Assembleia de Credores art.º 155.º CIRE: 15/09/2016 pelas 09h30m

3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª

3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS

Dispõe a al ínea c) do n.º 1 do artigo 24ª do CIRE que o devedor

deve juntar, entre outros, documento em que se expl icita a

actividade ou actividades a que se tenha dedicado nos úl timos

três anos e os estabelecimentos de que seja titular, bem como o

que entenda serem as causas da situação em que se encontra.

Os devedores procederam, de acordo com o disposto no nº 1 do

artigo 24º do CIRE, à junção dos seguintes documentos:

a) Assento de casamento;

b) Contrato de constituição da soc iedade “Doce Escolha –

Distr ibuição de Produtos de Pastelaria e Padaria, Ld.ª”

c) Recibos de vencimentos ;

d) Requerimento de proteção jurídica e respetivo deferimento;

e) Relação de bens;

f) Relação de ações e execuções;

g) Relação de credores;

h) Certificado de Registo Criminal ;

i) Cópia do documento de identif icação dos insolventes e seus

fi lhos.

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3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS

ÚLTIMOS TRÊS ANOS

Os insolventes foram sócios gerentes da sociedade “Doce

Escolha – Distribuição de Produtos de Pastelaria e Padaria, Ld.ª ” ,

sociedade constituída no ano de 2012 , a qual cessou a sua

atividade em maio de 2016.

Atualmente, o insolvente marido exerce a sua atividade

profiss ional na sociedade “Kelly Services”, tem a categoria

profiss ional de operador de logística1 e aufere o vencimento

mensal bruto de € 550,00.

A insolvente mulher exerce a sua atividade na sociedade “Itau –

Instituto Técnico de Al imentação Humana, S.A.” , tem a categoria

profiss ional de Cozinheira e aufere o vencimento mensal bruto

de € 569,73.

3.3. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA

As conclusões que infra se enunciam sobre as causas da

insolvência resultam da anál ise efectuada à informação

colocada à disposição da Administradora de Insolvência

(petição inicial e documentos fornecidos), bem como das

dil igências efetuadas por este.

Deste modo, indicam-se os motivos justif icativos da actual

situação de insolvência dos devedores:

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Os insolventes em 16/11/2012 constituí ram uma sociedade

comercial que tinha por objeto social o comércio, por grosso

e a retalho, de chocolate, açúcar, cacau, frutos secos, leite,

manteiga, leite e outros derivados de leite, ovos, óleos e

gorduras comestíveis, produtos de confeitaria e padaria.

No ano de 2014 os insolventes iniciaram um projeto de

desenvolvimento da sociedade e, para o efeito, recorreram

ao financiamento junto de insti tuições de crédito.

Em nome da sociedade subscreveram uma letra de câmbio

no montante de € 12.335,22 a qual também aval izaram

pessoalmente.

Sucede que os principais cl ientes daquela sociedade

entraram em incumprimento general izado junto dos seus

fornecedores, entre eles a sociedade de que os insolventes

eram sócios e gerentes, créditos que não foi possível cobrar

e recuperar.

Em face disso, a empresa entrou em grandes dificuldades

que levou o insolvente marido a empregar -se por conta de

outrem.

O insolvente marido desenvolvia também a sua atividade

em nome individual com os CAE 46362 - comércio por grosso

chocolate e prod. confeitaria e 46382 - comércio por grosso

de outros produtos al imentares, n.e. , tendo encerrado a

atividade em 30 de junho de 2015 por acumulação de

prejuízos nos últimos dois anos;

Com alguma dificuldade e até ao início do ano de 2016, os

insolventes foram conseguindo cumprir com os seus

compromissos.

Contudo, em maio deste ano, os insolventes começaram a

ser citados no âmbito de processos executivos por força das

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garantias pessoais que prestaram junto das instituições onde

recorreram a financiamentos .

Acresce que os insolventes viram os seus salários serem

penhorados e, também, o saldo bancário de uma conta que

a insolvente mulher detinha no Banco Santander Totta.

Atualmente, o insolvente marido exerce a sua atividade

profiss ional na sociedade “ Kel ly Services”, tem a categoria

profiss ional de operador de logística1 e aufere o vencimento

mensal bruto de €550,00.

A insolvente mulher exerce a sua atividade na sociedade

“I tau – Insti tuto Técnico de Al imentação Humana, S.A., tem a

categoria profissional de Cozinheira e aufere o vencimento

mensal bruto de €569,73.

Com os salários penhorados, os insolventes deixaram de ter

condições para honrar os compromissos que haviam

assumido.

Por outro lado, começaram a ter dificuldades em cuidar do

seu sustento e das suas necessidades básicas e dos seus dois

fi lhos.

A conjugação destes fatores levou a que os devedores se vissem

totalmente impossibil i tado de cumprir com as suas obrigações.

4. CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA

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No relatório apresentado ao abrigo do art.º 155.º do CIRE, deve o

administrador da insolvência efectuar uma anál ise do estado da

contabil idade do devedor e a sua opinião sobre os documentos

de prestação de contas e de informação financeira juntos pelo

devedor.

Contudo, o presente dispositivo não tem apl icação porquanto

não sendo actualmente os insolventes comerciantes, não estão

obrigados legalmente a ter contabil idade organizada.

No que se refere à informação financeira prestada pelos

devedores e que se encontra descrita em termos de activos e

passivos, foram entregues as declarações de IRS dos anos de

2013, 2014 e de 2015, das quais resul ta, o seguinte:

I R S

Valores declarados 2013 2014 2015

Rendimento Cat. A/H € 13.212,16 € 13.863,25 € 17.005,76

Rendimento Cat. B € 5.651,37 (€ 1.134,63) (€ 2.768,44)

Rendimento Cat. E-

Capitais - - -

Rendimentos prediais - - -

Mais valias Alineação

onerosa imóveis - - -

Alienação onerosa de

partes sociais - - -

Juros de retenção

poupança - - -

5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA

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Tendo em conta o supra referido, designadamente, a

circunstância dos insolventes não serem no momento

comerciantes, não tem, por isso, apl icabil idade o presente

dispositivo.

6. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS CREDORES

A assembleia de credores de apreciação do relatório del ibera

sobre o encerramento ou prosseguimento do processo de

Insolvência.

Decorre do artigo 1.º do CIRE, que o processo de insolvência tem

como escopo a l iquidação do património de um devedor

insolvente e a repartição do produto obtido pelos credor es.

Estão sujeitos a apreensão no processo de insolvência todos os

bens integrantes da massa insolvente, a qual abrange todo o

património do devedor à data da declaração de insolvência,

bem como os bens e direitos que ela adquira na pendência do

processo.

Como referem Carvalho Fernandes e João Labareda [ ] , da

conjugação dos n.ºs 1 e 2 do art. 46.º resul ta que, em rigor, a

massa não abrange a total idade dos bens do devedor

susceptíveis de aval iação pecuniária, mas tão só os que forem

penhoráveis e não excluídos por disposição especial em

contrário, acrescidos dos que, não sendo embora penhoráveis ,

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sejam voluntariamente oferecidos pelo devedor, quanto a

impenhorabil idade não seja absoluta.

São absolutamente impenhoráveis “os bens imprescindíveis a

qualquer economia doméstica que se encontrem na residência

permanente do executado (…)”.

A signatária encetou dil igências no sentido de averiguar a

existência de bens no património do insolvente, nomeadamente

junto da Conservatória do Registo Predial e Automóvel e

Repartição de Finanças, tendo sido local izados os bens infra

descritos no inventário.

O cenário possível que se apresenta para os credores é, pois, no

sentido da l iquidação do activo.

Assim, considerando que:

1. É notória a situação de insolvência e a insuficiência de

valores activos face ao Passivo acumulado;

2. Os bens apreendidos a favor da massa são provavelmente

de valor inferior às dívidas contraídas;

3. Não havendo Plano de Pagamentos;

a Administradora da Insolvência propõe que se del ibere no

sentido da l iquidação do ativo e parti lha da massa insolvente .

7. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO

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7.1. DA APENSAÇÃO DE ACÇÕES / EXECUÇÕES

Nas acções / execuções pendentes contra os insolventes não se

discute qualquer questão cuja decisão que venha a ser

proferida nessas acções possa afectar a massa insolvente (no

sentido de lhe acrescentar ou retirar bens ou valor), pelo que

não se requer a apensação das mesmas.

Igualmente no que se reporta aos processos executivos o pedido

de apensação de processos executivos apenas se justif icará em

caso de dificuldade de apreensão para a massa insolvente dos

bens penhorados no âmbito desses processos, o que, até ao

momento não se verifica, pelo que não se requer a apensação

dos mesmos.

7.2. DA APREENSÃO DE BENS IMÓVEIS E BENS MÓVEIS

SUJEITOS A REGISTO

Foram encetadas dil igências no sentido de averiguar a existência

de bens no património dos insolventes, nomeadamente junto da

Conservatória do Registo Predial e Automóvel, tendo sido

local izados os seguintes bens:

Prédio urbano destinado a habitação, composto por lote

seis, casa de cave, rés do chão e andar com logradouro,

sito em Penedo, freguesia de Laje, concelho de Vila Verde,

descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila Verde

sob o número MIL TREZENTOS E SETENTA E SETE – LAJE e

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inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1829º, com o va lor

patr imonial tr ibutário de --------------------------------- € 81.376,31

Quota no montante correspondente a 100 % da sociedade

“Doce Escolha – Distr ibuição de Produtos Pastelaria e

Padaria, Ldª” com o número de pessoa coletiva 510 401 961,

com sede na Rua do Penedo, Loteamento da Lapa, Lote 6,

4730-240 Vila Verde, com o capital social de 5.000,00 Euros --

--------------------------------------- ------------------ Valor a determinar

Veículo automóvel de marca Opel, modelo Corsa, matrícula

74-65-QP, do ano de 2000 --------------------- Valor a determinar

Valor penhorado no âmbito do processo executivo

1002/14.5T8VNF ----------------------------------------------- € 2.314,46

7.3. DA APREENSÃO DO VENCIMENTO

No relatório apresentado nos termos do disposto no artigo 155.º

do CIRE, deve ser feita menção quanto à apreensão (montante

apreendido) ou não do vencimento dos insolventes pessoas

singulares e, no caso de não apreensão, deverá constar, de

forma sucinta, a justificação para a não apreensão.

O vencimento deve ser apreendido com destino à satisfação dos

credores dos insolventes, fazendo parte da massa insolvente que

abrange todo o património do devedor e os bens e direitos que

ele adquira na pendência do processo (art.º 46.º, n.º 1, do CIRE).

Na execução singular (art. 824ºdo C.P.C.) determina-se que a

impenhorabil idade estabelecida no n.º 1 do preceito (2/3 dos

vencimentos, salários ou prestações de natureza semelhante

auferidos pelo devedor e bem assim das prestações periódicas

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auferidas a tí tulo de aposentação ou qualquer outra regal ia

social) tem como l imite máximo o montante equivalente a três

salários mínimos nacionais à data de cada apreensão e, como

l imite mínimo, quando o executado não tenha outro rendimento

(e o crédito exequendo não seja de al imentos ), o montante

equivalente ao salário mínimo nacional.

Na execução universal em que a insolvência se traduz, e no caso

particular em que é requerida a exoneração do passivo restante,

estabelece a lei o princípio de que todos os rendimentos que

advenham ao devedor consti tuem rendimento disponível , a ser

afecto às f inal idades previstas no art. 241º do C.I .R.E.

(cumprimento das obrigações do devedor), excluindo porém

desse rendimento disponível – e logo dessa afectação do

património do devedor ao cumprimento das obrigações para

com os seus credores – o razoavelmente necessário para o

sustento minimamente digno do devedor e do seu agregado

famil iar, não devendo essa exclusão exceder, salvo decisão

fundamentada do juiz em contrário, três vezes o salário mínimo

nacional.

Uma diferença entre os dois regimes é de realçar, desde logo o

facto da norma do C.I .R.E. não mencionar qualquer l imite

mínimo objectivo, aludindo antes a um conceito indeterminado –

o razoavelmente necessário para o sustento minimamente digno

do devedor e seu agregado.

Assim, considera-se adequado dever interpretar-se o art. 239º, nº

3, b), i) do C.I .R.E. no sentido de que a exclusão aí prevista tem

como l imite mínimo o que seja razoavelmente necessário para

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garantir e salvaguardar o sustento minimamente digno do

devedor e seu agregado famil iar.

Ora, verifica-se que, no caso concreto, o insolvente marido

exerce a sua atividade profiss ional na sociedade “ Kel ly

Services”, tem a categoria profissional de operador de logística1

e aufere o vencimento mensal bruto de €550,00 e a insolvente

mulher exerce a sua atividade na sociedade “Itau – Instituto

Técnico de Al imentação Humana, S.A.”, tem a categoria

profiss ional de Cozinheira e aufere o vencimento mensal bruto

de €569,73.

Desta forma, face ao entendimento supra manifestado e aos

valores auferidos pelos insolventes, considera-se não dever ser

aprendido qualquer montante dos rendimentos auferidos por

aquela, pois que o mesmo é imprescindível para o respectivo

sustento condigno.

7.4. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA

Caso disponha de elementos que justifiquem a abertura do

incidente de qual ificação da insolvência, na sentença que

declarar a insolvência, o juiz declara aberto o incidente de

qual ificação, com carácter pleno ou l imitado – cfr. al . i) do art.º

36.º do CIRE.

Nos presentes autos a sentença que decretou a insolvência não

declarou , desde logo, aberto aquele incidente.

Assim, nos termos do n.º 1 do art.º 188.º do CIRE, até 15 dias após

a real ização da assembleia de apreciação do rela tório, a

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administradora da insolvência ou qualquer interessado deverá

alegar, fundamentadamente, por escrito, em requerimento

autuado por apenso, o que tiver por conveniente para efeito da

qual ificação da insolvência como culposa e indicar as pessoas

que devem ser afetadas por tal qual ificação, cabendo ao juiz

conhecer dos factos alegados e, se o considerar oportuno,

declarar aberto o incidente de qual ificação da insolvência, nos

10 dias subsequentes.

Sem prejuízo, regista-se, desde já a inexistência de indícios que

fossem do conhecimento da administradora e passíveis de

determinar a qualificação da insolvência como culposa.

7.5. DO PEDIDO DE EXONERAÇÃO DO PASSIVO RESTANTE

Os insolventes vieram requerer a exoneração do passivo

restante, nos termos do disposto no art.º 235. ess do CIRE.

Deve, nos termos do n.º 4 do art.º236.º do CIRE, o administrador

da insolvência pronunciar -se sobre o requerimento.

É possível del inear a seguinte factual idade com interesse para a

emissão do presente parecer, face aos elementos documentais

constantes do processo (petição inicial e informações prestadas

pela insolvente, sentença que decretou a insolvência, petição

inicial , bem como a relação provisória de credores apresentada

nos termos dos art.ºs 154.º e 155º CIRE):

1. Os insolventes em 16/11/2012 constituí ram uma sociedade

comercial que tinha por objeto social o comércio, por grosso

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e a retalho, de chocolate, açúcar, cacau, frutos secos, leite,

manteiga, leite e outros derivados de leite, ovos, óleos e

gorduras comestíveis, produtos de confeitaria e padaria.

2. No ano de 2014, os insolventes iniciaram um projeto de

desenvolvimento da sociedade e, para o efeito, recorreram

ao financiamento junto de insti tuições de crédito.

3. Em nome da sociedade subscreveram uma letra de câmbio

no montante de €12.335,22 a qual também aval izaram

pessoalmente.

4. Sucede que os principais cl ientes daquela sociedade

entraram em incumprimento general izado junto dos seus

fornecedores, entre eles a sociedade comercial de que os

insolventes eram sócios e gerentes, créditos que não foi

possível cobrar e recuperar.

5. Em face disso, a empresa entrou em grandes dificuldades

que levou o insolvente marido a empregar -se por conta de

outrem.

6. O insolvente marido desenvolvia também a sua atividade

em nome individual com os CAE 46362 - comércio por grosso

chocolate e prod. confeitaria e 46382 - comércio por grosso

de outros produtos al imentares, n.e. , tendo encerrado a

atividade em 30 de junho de 2015 por acumulação de

prejuízos nos últimos dois anos.

7. Com alguma dif iculdade, e até ao início do ano de 2016, os

insolventes foram conseguindo cumprir com os seus

compromissos.

8. Contudo, em maio deste ano, os insolventes começaram a

ser citados no âmbito de processos executivos por força das

garantias pessoais que prestaram junto das instituições onde

recorreram a financiamentos.

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9. Acresce que os insolventes viram os seus salários ser

penhorados e, também, o saldo bancário de uma conta que

a insolvente mulher detinha no banco Santander Totta.

10. Atualmente, o insolvente marido exerce a sua atividade

profiss ional na sociedade “ Kel ly Services”, tem a categoria

profiss ional de operador de logística1 e aufere o vencimento

mensal bruto de €550,00.

11. A insolvente mulher exerce a sua atividade na

sociedade “Itau – Instituto Técnico de Al imentação Humana,

S.A., tem a categoria profissional de Cozinheira e aufere o

vencimento mensal bruto de €569,73.

12. Com os salários penhorados, os insolventes não

lograram mais honrar os seus compromissos o que culminou

no encerramento da empresa.

13. Por outro lado, começaram a ter dif iculdades em

cuidar do seu sustento e das suas necessidades básicas e

dos seus dois fi lhos.

14. Os seus credores e respectivos créditos, são os

seguintes:

Credores Fundamento Montante Data

Constituição Data

Vencimento

Agrogarante-

Sociedade de Garantia

Mútua, S. A.

NIPC 506925650

Garantia Autónoma nº

2012.00589-

Processo nº

1002/14.5T8VNF

14.379,01 05-06-2012 28-08-2014

Autoridade Tributária e

Aduaneira

IVA referente aos

anos de 2013 e 2014

e com data de

vencimento em 18-12-

2013, 21-03-2014 e

26-04-2014

2.832,75 01-07-2013 26-06-2014

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Autoridade Tributária e

Aduaneira Custas Processuais 230,08 N/D N/D

Banco Comercial

Português, S.A.

NIPC 501525882

Compra e Venda e

Mútuo com Hipoteca e

Fiança

96.740,73 29-09-2006 08-07-2016

Banco Comercial

Português, S.A.

NIPC 501525883

Mútuo com Hipoteca e

Fiança 38.782,47 29-09-2006 N/D

Banco Comercial

Português, S.A.

NIPC 501525884

Conta de Depósitos à

Ordem nº

45313840807

1.152,70 N/D N/D

Banco Credibom, S. A.

NIPC 503533726

Contrato crédito nº

80003208526- Proc.

Execução nº

4047/16.7T8VNF

11.199,06 26-05-2010 25-01-2016

Banco Credibom, S. A.

NIPC 503533727

Contrato de crédito nº

80003335396- Proc.

Execução nº

137890/15.8YIPRT

6.805,67 28-03-2012 24-03-2015

Barclays Bank PLC -

Sucursal em Portugal

NIPC 980000874

Crédito Relacionado

pelos Insolventes 1.512,07 N/D N/D

Cabot Securitisation

Europe Limited

NIPC 572606

Contrato de Mútuo nº

000307043572096 6.584,61 25-09-2013 07-03-2014

Cabot Securitisation

Europe Limited

NIPC 572607

Conta de Depósitos à

Ordem nº

0003.16753592020.95

24,78 N/D 13-10-2014

Caixa Económica

Montepio Geral

Contrato de Mútuo nº

345-24.000007-7 15.459,46 12-06-2015 N/D

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NIPC 500792615

Caixa Económica

Montepio Geral

NIPC 500792616

Juros de Mora

vencidos após a data

de declaração da

insolvência

182,31 N/D N/D

Cofidis, Sucursal em

Portugal da S. A.

Francesa Cofidis

NIPC 980125995

Contrato de Crédito

Valor Top 11.266,87 06-02-2008 01-04-2014

EDP Comercial-

Comercialização de

Energia, S.A.

NIPC 503504564

Contrato de

Fornecimento de

Energia Eléctrica nº

237247879 001-

Contrato de

Fornecimento de Gás

Natural nº 226050220

003

698,64 N/D N/D

Instituto da Segurança

Social, I.P.

NIPC 505305500

Prestações de

Desemprego 7.124,61 N/D N/D

Instituto da Segurança

Social, I.P.

NIPC 505305501

Contribuições

referentes ao período

de Janeiro a Julho de

2012, Outubro a

Dezembro de 2012

817,58 N/D N/D

Instituto da Segurança

Social, I.P.

NIPC 505305502

Custas Processuais 291,86 N/D N/D

Instituto da Segurança

Social, I.P.

NIPC 505305503

Contribuições

referentes ao período

de Junho de 2013 a

Março de 2014

2.770,60 N/D N/D

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Master Martini, S.A

NIPC 980504651

Facturação- Proc. Nº

5889/15.6T8VNF 25.274,79 N/D N/D

Nos Comunicações,

S.A.

NIPC 502604751

Contrato de Prestação

de Serviços 398,20 N/D N/D

15. De acordo com as informações constantes das

certidões de registo criminal, os devedores não foram

condenados por sentença transitada em julgado por algum

dos crimes previstos e punidos nos artigos 227.º a 229.º do

Código Penal, nos 10 anos anteriores à data da entrada em

juízo do pedido de declaração de insolvência ou

posteriormente a esta data.

16. Os requerentes, de acordo com a informação

constante da certidão do registo de nascimento, nunca foi

declarado insolvente nem nunca beneficiaram

anteriormente de exoneração do passivo restante.

17. Apresentaram-se à insolvência 28/07/2016, a qual foi

decretada por sentença proferida no dia 01/08/2016.

*-*

Isto dito:

Dispõe o disposto no art.º 235º do CIRE, que ”se o devedor for

uma pessoa singular, pode ser -lhe concedida a exoneração dos

créditos sobre a insolvência que não forem integralmente pagos

no processo de insolvência ou nos cinco anos posteriores no

encerramento deste”.

Os cri térios de apl icação deste instituto estão previstos nos art.ºs

237.º segs. do CIRE. Não sendo aprovado e homologado na

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assembleia de apreciação do relatório qualquer plano de

insolvência, cumprir -se-á dessa forma o requisi to da al ínea c) do

art.º 237.º.

Quanto aos requisitos estabelecidos no art.º 238º (apl icáveis por

força do art.º 237º., al ínea a) do CIRE), o pedido foi deduzido

conjuntamente com a apresentação à insolvência, pelo que nos

termos do art.º 236, n.º 1, ele mostra-se tempestivo.

Nada consta nos autos ou foi apurado pel a administradora de

insolvência quanto a terem os devedores fornecido informações

falsas a que se refere a al ínea b) ou ter beneficiado

anteriormente desta exoneração do passivo restante (al ínea c)).

A apl icação do disposto na al ínea d) do nº 1 do artigo 238.º do

CIRE pressupõe a verificação de uma das seguintes s ituações:

o devedor não cumprir o dever de apresentação à

insolvência, com prejuízo para os credores,

ou se não existi r esse dever, se se tiver abstido dessa

apresentação nos seis meses seguintes à verificação da

situação de insolvência, com prejuízo para os credores e

sabendo, ou não podendo ignorar sem culpa grave, não

existi r qualquer perspectiva séria de melhoria da sua

situação económica.

Estando em apreciação um pedido que foi formulado por pessoa

singular, não está o insolvente obrigado a apresentar -se à

insolvência no prazo estabelecido no art. 18, nº 1 do CIRE, tal

como flui do nº 2 deste mesmo preceito, pelo que não se cuida

de verif icar a verificação em concreto da parte inicial da al ínea

d).

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No que se reporta aos demais requisi tos desta al ínea d ), de

preenchimento cumulativo, são os seguintes:

que o devedor/requerente não se apresente à insolvência

nos seis meses seguintes à verif icação da situação de

insolvência;

que desse atraso resul te um prejuízo para os credores;

que o devedor soubesse, ou pelo menos não pudesse

ignorar sem culpa grave, não existir qualquer perspectiva

séria de melhoria da sua situação económica.

Carvalho Fernandes e João Labareda sobre esta matéria

escrevem que “para além da não apresentação à insolvência, a

relevância deste comportamento do devedor, para efeito de

indeferimento l iminar, depende ainda, em qualquer destas

hipóteses, de haver prejuízo para os credores e de o devedor

saber ou não poder ignorar, sem culpa grave, que não existe

«qualquer perspectiva séria da melhoria da sua situação

económica».

Está aqui em causa apurar se a não apresentação da devedora à

insolvência se pode justificar por ela estar razoavelmente

convicta de a sua situação económica poder melhorar em termos

de não se tornar necessária a declaração de insolvência”[…]

Importa, pois , verificar se a apresentação da requerente à

insolvência se verificou nos seis meses seguintes à verificação

desta s ituação e, em caso negativo, se e desse facto advieram

prejuízos para os credores.

Ora, o conceito de prejuízo pressuposto na al ínea d) do nº 1 do

artigo 238 do CIRE consiste num prejuízo diverso do simples

vencimento dos juros, que são consequência normal do

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incumprimento gerador da insolvência, tratando-se assim dum

prejuízo de outra ordem, projectado na esfera jurídica do credor

em consequência da inércia da insolvente (consistindo, por

exemplo, no abandono, degradação ou dissipação de bens no

período que dispunha para se apresentar à insolvência).

Entende-se que o simples acumular do montante de juros não

integra o conceito de “prejuízo” a que se refere o art. 238, nº 1,

al. d) do CIRE. [ ].

Com efeito, a mora resul tante do atraso no pagamento, em

abstracto, contr ibui sempre para o avolumar da dívida,

designadamente em virtude dos juros que lhe estão associ ados,

em especial quando estamos perante dívidas a instituições

financeiras.

Ora, sendo a insolvência uma situação de impossibil idade de

cumprimento de obrigações vencidas (cfr. art. 3, nº 1 do CIRE),

lógica é a constatação de que estas vencem juros (cfr. arts. 804 e

segs. do Cód. Civil ), o que se traduz no aumento quantitativo do

passivo do devedor.

Não pode, pois, considerar -se que o conceito normativo de

prejuízo previsto na al ínea d) do nº 1 do artº 238º do CIRE inclua

no seu âmbito o típico, normal e necessário aumento do passivo

em decorrência do vencimento dos juros incidentes sobre o

crédito de capital , sob pena de se estar a esvaziar de sentido úti l

a referência legal a tal requisito (prejuízo de credores).

É que se tivesse sido essa a f inal idade da lei, bastaria ter

estabelecido o indeferimento l iminar do pedido de exoneração

do passivo restante quando o devedor se abstivesse de se

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apresentar à insolvência no período de seis meses posterior à

verificação dessa situação.

Terá, assim, que se entender que o simples decurso do tempo (seis

meses após a verificação da situação de insolvência) não é

suficiente para se poder considerar preenchido o requisi to aqui

em anál ise, uma vez que tal representaria, estar a valorizar -se um

prejuízo que sempre estaria ínsito nesse decurso e que seria

comum a todas as situações de insolvência, o que não se mostra

compatível com o estabelecimento do prejuízo dos credores

como requisito autónomo do indeferimento l iminar do incidente.

Tratando-se o prejuízo dos credores de um requis ito autónomo

deste indeferimento l iminar, acrescerá o mesmo aos demais

requisi tos, surgindo, por isso, como um pressuposto adicional, que

traz exigências distintas das pressupostas pelos outros, não

podendo considerar-se preenchido por circunstâncias que já

estão contidas num desses outros requisitos.

Neste contexto, terá que se dar ênfase particular à conduta do

devedor, devendo apurar-se se esta se pautou pela l icitude,

honestidade, transparência e boa-fé, no que respeita à sua

situação económica, só se justif icando o indeferimento l iminar

caso se conclua pela negativa.

Ao estabelecer, como pressuposto do indeferimento l iminar do

pedido de exoneração, que a apresentação extemporânea do

devedor à insolvência haja causado prejuízo aos credores, a lei

visa os comportamentos que façam diminuir o acervo patrimonial

do devedor, que onerem o seu património ou mesmo aqueles que

originem novos débitos, a acrescer aos que integravam o passivo

que estava já impossibil i tado de satisfazer. São estes

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comportamentos desconformes ao proceder honesto, l ícito,

transparente e de boa-fé, os quais, a verif icarem-se na conduta

do devedor, impedem que a este seja reconhecida a

possibil idade, preenchidos os demais requisi tos do preceito, de se

l ibertar de algumas das suas d ívidas, para dessa forma lograr a

sua reabil itação económica. Como tal , o que se sanciona são os

comportamentos que impossibil i tem, dif icultem ou diminuam a

possibil idade de os credores obterem a satisfação dos seus

créditos, nos termos em que essa satisfação seria conseguida

caso tais comportamentos não ocorressem.

Face à matéria fáctica que atrás se considerou relevante, nada

foi apurado no sentido que aponte para que os insolventes não

tenham adotado uma atitude de l icitude, honestidade,

transparência e boa-fé no que respeita à sua situação

económica.

Por outro lado, igualmente não foi trazido aos autos qualquer

elemento que aponte no sentido da culpa dos devedor na

criação ou agravamento da situação de insolvência – está

também preenchida a al ínea e) do art.º 238.º.

Não consta, ainda, que os devedores tivessem sido condenados

por sentença transitada em julgado por algum dos crimes

previstos e punidos nos artigos 227.º a 229.º do Código Penal nos

10 anos anteriores à data da entrada em juízo do pedido de

declaração da insolvência ou posteriormente a esta data – al ínea

f) do n.º 1 do artº 238.º do CIRE.

Por úl timo, não resulta que os devedores tenham violado qualquer

dos deveres de informação, apresentação ou colaboração

previstos no CIRE – al íneas i) e g) do artº 238.º

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Os pressupostos formais previstos no CIRE estão preenchidos e não

há elementos que levem a signatária a emitir parecer que

pudesse concluir pelo indeferimento do pedido.

Assim, sendo tendo em conta que nada há que aponte no sentido

de terem mantido uma conduta contrária ao Direito, emite -se

parecer no sentido que deve ser concedido aos insolventes a

possibil idade de após o período de cinco anos previsto no art.º

239, n.º 2 do CIRE, se exonere dos compromissos que até então

não lhes seja possível saldar.

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8. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º CIRE)

Verba n.º1: Prédio urbano destinado a habitação, composto por

lote seis, casa de cave, rés do chão e andar com logradouro, si to

em Penedo, freguesia de Laje, concelho de Vila Verde, descrito

na Conservatória do Registo Predial de Vila Verde sob o número

MIL TREZENTOS E SETENTA E SETE – LAJE e inscrito na respetiva

matriz sob o artigo 1829º, com o valor patr imonial tr ibutário de ----

------------------- ---------------------------------------------- ---------- € 81.376,31

Verba n.º2: Quota no montante correspondente a 100 % da sociedade

“Doce Escolha – Distr ibuição de Produtos Pastelaria e Padaria, Ldª”

com o número de pessoa coletiva 510 401 961, com sede na Rua do

Penedo, Loteamento da Lapa, Lote 6, 4730-240 Vi la Verde, com o

capital social de 5.000,00 Euros --------------------------- Valor a determinar

Verba n.º3: Veículo automóvel de marca Opel, modelo Corsa,

matrícula 74-65-QP, do ano de 2000 --------------------- Valor a determinar

Nota: Veículo não local izado.

Verba n.º4: Valor penhorado no âmbito do processo executivo

1002/14.5T8VNF ------------------------------------------------------------- € 2.314,46

9. RELAÇÃO PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 154º CIRE)

Em anexo