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CEPDECMA
12/12/2014
RELATÓRIO DE AÇÕES DA CEDECMA “ANO 2010”
SUMÁRIO
1. AÇÕES DE DEFESA CIVIL - ANO 2010 ............................................................... 3
1.1. Histórico de desastres .................................................................................... 3
2. SITUAÇÃO DOS MUNICÍPIOS AFETADOS PELA ESTIAGEM (REGIÃO LESTE
MARANHENSE) .......................................................................................................... 5
2.1. DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS POR REGIONAL ........................ 6
a) Caxias ............................................................................................................ 6
b) Timon ........................................................................................................... 11
c) Chapadinha .................................................................................................. 13
d) Codó ............................................................................................................. 17
3. AÇÕES DE GESTÃO DE RISCO DE DESASTRES EXECUTADAS .................. 20
3.1. Capacitações e eventos ............................................................................... 20
3.2. Conferências municipais e vistorias técnicas ............................................... 22
3.3. Participação da CEDECMA em eventos nacionais ...................................... 22
3.4. Viagens dos agentes da CEDECMA aos municípios afetados .................... 22
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 23
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COORDENADORIA ESTADUAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL DO MARANHÃO - CEPDECMA Av. Celso Magalhães, nº 662, Parque Urbanos Santos – Centro, São Luís – MA, CEP: 65020-130.
E-mail: [email protected] | Site: http://www.defesacivil.ma.gov.br/ Fone: (98) 3212-1521; Fax: (98) 3222-4012
ESTADO DO MARANHÃO SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO MARANHÃO COORDENADORIA ESTADUAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
1. AÇÕES DE DEFESA CIVIL - ANO 2010
1.1. Histórico de desastres
Em 2010, os desastres que tiveram maior destaque foram: as inundações
bruscas (enxurradas), inundações graduais (enchentes) e a estiagem. Havendo
prevalência da modalidade estiagem, vale ressaltar que esse tipo de desastre está
diretamente relacionado à redução das precipitações pluviométricas, ao atraso dos
períodos chuvosos ou à ausência de chuvas previstas para uma determinada
temporada, em que a perda de umidade do solo é superior a sua reposição
(CASTRO, 2003).
Normalmente, o fenômeno estiagem é considerado quando há um atraso
superior a quinze dias do início da temporada chuvosa e quando as médias de
precipitação pluviométricas mensais dos meses chuvosos permanecem inferiores a
60% das medias mensais de longo período, da região considerada (CASTRO,
2003). Tal fenômeno produz reflexos sobre as reservas hidrológicas locais,
causando prejuízos à agricultura e à pecuária.
Situações como de estiagens não são necessariamente consequências
somente de índices pluviais abaixo do normal ou de teores de umidade de solos e ar
deficitários. Pode-se citar como outro condicionante o manejo inadequado de corpos
hídricos e de toda uma bacia hidrográfica, o que se torna resultado de uma ação
antrópica desordenada no ambiente. As consequências, nesses casos, podem
assumir características muito particulares, e a ocorrência de desastres, portanto,
pode ser condicionada pelo efetivo manejo dos recursos naturais realizadas na área.
No final desse ano foram registrados 30 (trinta) municípios afetados. Os
municípios afetados estão destacados no mapa abaixo.
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Mapa 01: Municípios afetados por desastres.
Fonte: CEDECMA.
A tabela abaixo apresenta detalhadamente os 30 municípios que tiveram
reconhecidos suas decretações de situação de emergência, bem como os tipos de
desastres ocorridos em cada um deles.
Tabela 01: Municípios que decretaram situação de emergência.
ORD. MUNICÍPIO EVENTO ADVERSO
01 Afonso cunha
Estiagem
02 Anapurús
03 Belágua
04 Brejo de areia
05 Cantanhede
06 Caxias
07 Centro do Guilherme
08 Chapadinha
09 Codó
10 Coelho neto
11 Colinas
12 Davinópolis Enxurradas
13 Duque Bacelar Estiagem 14 Itapecuru mirim
15 Itinga do maranhão Enxurradas
16 Itinga do maranhão
Estiagem
17 Mata Roma
18 Milagres do maranhão
19 Nina Rodrigues
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20 Paulino neves
21 Peritoró
22 Pirapemas
23 Santa Luzia
24 Santa Rita
25 São João do Carú
26 São João do Sóter
27 São Pedro da Água Branca Enchentes
28 São Luís Gonzaga do Maranhão Estiagem
29 Timbiras
30 Timon
Total: 30 municípios afetados.
Fonte: CEDECMA.
Em 2010, pode-se dizer que estatisticamente 14% dos municípios
maranhenses foram afetados por algum tipo de desastres, sendo mais predominante
a modalidade “estiagem”.
Gráfico 01: Estatística de municípios afetados por desastres.
Fonte: CEDECMA.
2. SITUAÇÃO DOS MUNICÍPIOS AFETADOS PELA ESTIAGEM (REGIÃO
LESTE MARANHENSE)
A CEDECMA organizou quatro equipes com o objetivo de verificar a situação
dos municípios na região leste maranhense compreendida pelas regionais de Codó,
Caxias, Timon e Chapadinha, diante dos efeitos da ausência de chuvas nos meses
de janeiro a março de 2010. Estas equipes se deslocaram para os municípios sedes
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das Agências Estaduais de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural – AGERP’s,
onde foram traçadas as diretrizes para o desenvolvimento dos trabalhos.
2.1. DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS POR REGIONAL
a) Caxias
No município de Caxias, o secretário de agricultura do município, um
representante da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil - COMDEC e um
representante da Secretaria de Ação Social do Município reuniram com a equipe da
CEDECMA para traçar as ações a serem realizadas nos locais afetados pela
estiagem. Em seguida a equipe juntamente com um técnico da AGERP visitou o
município de Aldeias Altas e o povoado de Lagoa do Mato para verificar a situação
“in loco”. Através dessas visitas, constatou-se que os pequenos agricultores haviam
sido os mais afetados.
Foto 01: Registro fotográfico da situação encontrada. Município de Aldeias Altas
Povoado Lagoa do Mato
Fonte: CEDECMA.
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Dentre as medidas adotadas após a constatação dos prejuízos, citam-se as
seguintes: orientações sobre o levantamento dos prejuízos desses pequenos
produtores, direcionamento quanto às ações a serem adotadas para minimizar tais
danos e o cadastramento das pessoas afetadas.
Em São João do Sóter, a equipe da CEDECMA foi informada pela
coordenadora municipal de meio ambiente, pelo coordenador do sindicato da
agricultura familiar e pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil - COMDEC, que
nada tinha sido feito, ou seja, nenhum procedimento havia sido adotado pelo
município no tocante a situação dos lavradores que já sofriam danos provenientes
da falta de chuva. Após esta informação, decidiu-se pela visitação de alguns
povoados do supracitado município, onde se constatou visualmente as dificuldades
dos lavradores diante dessa situação.
Foto 02: Situação de algumas lavouras no município de São João do Sóter.
Fonte: CEDECMA.
Em Caxias, realizaram-se visitas aos assentamentos de Jacurutu e Terra
Dura, onde se observou a situação crítica dos pequenos produtores.
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Foto 03: Assentamentos de Jacurutu (direita) e Terra Dura (esquerda).
Fonte: CEDECMA.
Nos povoados de Mamorana e Estreito, os três meses de reduzida
precipitação de chuva não disponibilizaram água suficiente para o desenvolvimento
dos grãos. Logo, verificou-se nas vistorias que a produção já estava comprometida.
Foto 04: Situação dos povoados de Mamorana (acima) e Estreito (Abaixo).
Fonte: CEDECMA.
Em Afonso Cunha, o técnico agrícola da Secretaria Municipal de Agricultura
e o Coordenador Municipal de Defesa Civil acompanharam a equipe técnica da
CEDECMA nas visitas a dois povoados, sendo verificados os danos causados pela
estiagem.
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Foto 05: Lavoura atingida pela estiagem no município de Afonso Cunha.
Fonte: CEDECMA.
Em Coelho Neto, a equipe foi recebida por uma representação composta
pelo secretário municipal de agricultura, pelo assessor jurídico do município, pelo
chefe de gabinete do prefeito, pela Secretária de Assistência Social, pelo
coordenador municipal de defesa civil, pelo coordenador das comunidades e mais
oito representantes das comunidades que juntamente com a equipe da CEDECMA
reuniram-se com o objetivo de estudar a situação do município de forma detalhada.
Após as análises “in loco”, constatou-se que os danos provenientes da estiagem já
eram evidentes.
Foto 06: Plantações afetadas pela estiagem no município de Coelho Neto.
Fonte: CEDECMA.
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Em Duque Bacelar, o Coordenador Municipal de Defesa Civil apresentou
situação do município aos técnicos da CEDECMA.
Foto 07: Situação das plantações em Duque Bacelar.
Fonte: CEDECMA.
Em Buriti, a coordenadora adjunta da COMDEC relatou que desde o fim de
dezembro a precipitação pluviométrica tem sido extremamente reduzida, pouca para
o desenvolvimento da produção dos agricultores. Para se confirmar a situação do
município a equipe deslocou para o campo verificando que os plantios de culturas de
subsistência haviam sido afetados.
Foto 08: Plantações afetadas pela estiagem no município de Buriti.
Fonte: CEDECMA.
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b) Timon
Nesta regional, o corpo técnico da CEDECMA decidiu realizar as seguintes
visitas técnicas: 1º Dia – Município de Timon (nas áreas de lavouras dos povoados
de Sangradouro, Saco e Viva Deus), 2º Dia – Município de Matões (nas áreas de
lavouras dos povoados de Atoleiro, Guilhermão e Stª Luzia) e 3º Dia – Município de
Parnarama (nas áreas de lavouras dos povoados de Tabocas, Patos e Bacabinha).
Lembrando que tais visitas objetivavam avaliar e diagnosticar as perdas de safra dos
pequenos produtores.
Ainda no município de Timon, observou-se que houve um atraso no início do
período chuvoso (inverno), índice de precipitação pluviométrica abaixo da média
ocasionando períodos prolongados de estiagem. Nestas vistorias, avalia-se que
ainda não estão definidas quantitativamente as perdas de safra, porém, segundo o
laudo técnico da AGERP de Timon, a redução na colheita do plantio local se deve
aos seguintes fatores: redução da população de plantas em decorrência de déficit
hídrico na época do plantio; redução no desenvolvimento (crescimento) das plantas
e perfilhamento do arroz, também por déficit hídrico no desenvolvimento vegetativo e
em resumo avalia-se que a redução na produtividade das lavouras gira em torno de
50% no milho, 40% no feijão e 40% no arroz.
Foto 09: Plantações afetadas pela estiagem nos povoados da Regional de Timon.
Fonte: CEDECMA.
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Durante as vistorias, observou-se que 80% das roças visitadas foram
perdidas, em consequência do déficit hídrico ao longo do desenvolvimento da planta,
ocasionando inclusive o abandono de muitas lavouras.
Já no município de Matões, a equipe visitou as localidades de Atoleiro,
Santa Luzia, Guilhermão e Buritirana. Em relação a avaliação de perdas locais
verificou-se: redução da população de plantas em decorrência de déficit hídrico na
época do plantio (germinação), redução no desenvolvimento das plantas e
perfilhamento do arroz. Em resumo avalia-se que haverá redução na produtividade
das lavouras em torno de 40% no milho, 30% no feijão e 30% no arroz.
Após visitar as lavouras, a equipe técnica da CEPECMA orientou o
secretário adjunto de agricultura do município a monitorar as plantações e no caso
das perdas ultrapassarem a capacidade de resposta do município, caberia ao
executivo municipal declarar situação de anormalidade.
Foto 10: Impacto da estiagem nos povoados do município de Matões.
Fonte: CEDECMA.
No município de Parnarama, o secretário de agricultura acompanhou a
equipe da defesa civil estadual em várias localidades, dentre elas, Bacabinha,
Taboca e Patos. A situação encontrada neste município é semelhante a do
município de Matões, ou seja, houve uma redução na produtividade das lavouras em
torno de 35% no milho, 30% no feijão e 20% no arroz.
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Assim como em Matões, o secretário de agricultura foi orientado a
contabilizar as perdas, e, caso necessário, iniciar o processo de declaração de
situação de anormalidade no município.
Foto 11: Impacto da estiagem nos povoados do município de Parnarama.
Fonte: CEDECMA.
Em relação à pecuária, não se constatou perda de peso nos animais, porém,
observou-se uma redução no desenvolvimento das pastagens, tanto nativas como
as cultivadas.
c) Chapadinha
Nesta regional, a equipe da CEDECMA visitou alguns povoados, realizando
registros fotográficos, entrevistas com os produtores e membros do sindicato da
categoria. Ao Retornar a sede do município, a equipe técnica da defesa civil
estadual reuniu com o coordenador da COMDEC e lhe repassou as orientações
cabíveis quanto aos procedimentos a serem adotados pela prefeitura.
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Foto 12: Impacto da estiagem no município de Chapadinha.
Fonte: CEDECMA.
Já no município de Mata Roma, visitou-se os povoados de Bom Sucesso,
Alagoinha, Carmo, Anajazal e Santa Rita. Observou-se nestes lugares que as
lavouras plantadas não se desenvolveram e segundo informação do técnico agrícola
desse município, os prejuízos já atingiam 70% das plantações. Ao visitar esses
povoados, a equipe da CEDECMA decidiu dar algumas recomendações quanto à
situação verificada “in loco”.
Foto 13: Impacto da estiagem no município de Mata Roma.
Fonte: CEDECMA.
Em Anapurús, foram dadas as devidas orientações sobre o levantamento
das famílias afetadas, avaliação dos danos e prejuízos; bem como acerca da
declaração de situação de anormalidade. Em seguida, foram visitados os povoados
de Japão, Claudio, Chapada e Jiboia. Sendo realizados registros fotográficos e
entrevistas com os agricultores a fim de se obter informações sobre a situação local.
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Foto 14: Impacto da estiagem no município de Anapurús.
Fonte: CEDECMA.
Em Brejo, a equipe se reuniu com o prefeito municipal, secretário de
agricultura, vereadores, agricultores e o técnico agrícola da AGERP para calcular os
danos ocorridos. Em seguida, a equipe técnica da CEDECMA realizou vistorias no
município de São Bernardo do Maranhão, onde foram apresentadas orientações
referentes à avaliação e ponderação dos danos e prejuízos; e, caso fosse de
interesse do município os mecanismos necessários para a decretação de situação
de anormalidade. Feito isto, a equipe ainda verificou a situação dos povoados
atingidos, sendo eles: Forquilha, Almas, Santa Tereza, São Raimundo, Pacotí e
Serraria.
Foto 15: Impacto da estiagem em alguns povoados do município de Brejo.
Fonte: CEDECMA.
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Em Milagres do Maranhão, as vistorias aconteceram nos povoados de
Tucuns, Placa dos Tucuns, Flexeiras, Patos, Brejinho, Macaco dos Vitor e Retiro.
Durante as visitas, os agricultores informaram suas perdas e relataram que os danos
já chegavam a mais de 80%, visando à confirmação dessas informações foram
feitos registros fotográficos das plantações no local.
Foto 16: Plantações afetadas nos povoados do município de Milagres do Maranhão.
Fonte: CEDECMA.
Em Santa Quitéria do Maranhão, a equipe da CEDECMA foi informada que
os prejuízos na agricultura foram grandes, tendo em vista que as lavouras não se
desenvolveram suficientemente por conta da estiagem que castigou a região.
Relataram ainda que os prejuízos superavam os 80%, afetando principalmente os
pequenos produtores agrícolas. Em seguida, foram visitados os povoados de Titara,
Araçá, Fazendinha, Roça de Santa Quitéria, Cana Brava e Rodeador.
Foto 17: Danos da estiagem no município de Santa Quitéria do Maranhão.
Fonte: CEDECMA.
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Em São Bernardo do Maranhão, a estiagem causou um prejuízo superior a
80% na agricultura local. Ressalta-se que nesse município foram visitados alguns
povoados, a fim de verificar a veracidade das informações recebidas.
Foto 18: Estiagem no município de São Bernardo do Maranhão.
Fonte: CEDECMA.
d) Codó
No Município de Codó, a equipe foi recepcionada pelo Prefeito Municipal
onde foi realizada uma reunião com alguns vereadores e secretários municipais com
o objetivo de planejar as ações a serem adotadas. Em seguida, foram feitos alguns
registros fotográficos, entrevistas com os produtores e membros do sindicato da
categoria.
Foto 19: Estiagem no município de Codó.
Fonte: CEDECMA.
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Em Timbiras, foram repassadas orientações acerca do levantamento dos
danos e prejuízos causados pela estiagem, sendo em seguida realizado visitas em
alguns povoados, conforme registro fotográfico abaixo.
Foto 20: Danos da estiagem no município de Timbiras.
Fonte: CEDECMA.
Em Coroatá, a Secretária de Assistência Social, a Coordenadora Municipal
de Defesa Civil e uma engenheira agrônoma em reunião com a equipe da
CEDECMA, relataram que de 60 a 70% da produção agrícola estava comprometida
pela estiagem, pois, não chovia há quase três meses na região; e para confirmar
estas informações, os técnicos da CEPECMA em companhia do técnico agrícola da
AGERP visitaram algumas localidades.
Foto 21: Danos da estiagem no município de Coroatá.
Fonte: CEDECMA.
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Em Peritoró, o Prefeito Municipal, o Secretário de Agricultura, o Coordenador
Municipal de Defesa Civil, os vereadores, o técnico agrícola da AGERP e os
agricultores locais relataram que as perdas já eram enormes, sendo que as perdas
da produção agrícola levaram alguns agricultores a situações financeiras críticas.
Com o objetivo de verificar a gravidade da situação os técnicos da CEDECMA
visitaram alguns povoados, onde foram confirmados os danos sofridos pelos
agricultores locais.
Foto 22: Danos da estiagem no município de Peritoró.
Fonte: CEDECMA.
Em Alto Alegre do Maranhão, a equipe da CEDECMA foi recebida pelo
Prefeito Municipal, pela Assistente Social do Município e pelo Secretário de
Agricultura. Em reunião com os mesmos foi passado o objetivo da visita ao
município e as orientações cabíveis para a situação. A partir daí seguiu-se para as
vistorias nos povoados onde os agricultores relataram a perda da lavoura pela
estiagem, conforme relatório fotográfico.
Foto 23: Danos da estiagem no município de Alto Alegre do Maranhão.
Fonte: CEDECMA.
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Em São Mateus, a equipe da CEDECMA reuniu com o Prefeito Municipal,
com o Secretário Municipal de Agricultura e com o Coordenador Municipal de
Defesa Civil, neste momento, foi repassado todas as orientações acerca da
situação. Posteriormente em companhia do Secretário de Agricultura visitou-se o
projeto Salangor II, que fica em uma área agrícola mecanizada e neste local
verificou-se que 40% da produção foi perdida.
Foto 24: Danos da estiagem no município de São Mateus.
Fonte: CEDECMA.
3. AÇÕES DE GESTÃO DE RISCO DE DESASTRES EXECUTADAS
3.1. Capacitações e eventos
A realização do Curso de Agente de Defesa Civil - CADEC objetivou
capacitar os integrantes do Sistema Estadual de Defesa Civil no Estado do
Maranhão, com os conhecimentos básicos para atuação na prevenção e preparação
para emergências, bem como, no atendimento às comunidades afetadas por
desastres, difundindo o conhecimento técnico existente sobre o assunto, visando
preparar preventivamente a população maranhense para atuar de forma consciente
e participativa em condições de ameaças de desastres, reduzindo, assim, o grau de
vulnerabilidade das comunidades.
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Tabela 02: Capacitações e eventos de Defesa Civil. Sede Curso Municípios Nº de participantes
SÃO LUÍS I Conferência
Estadual de Defesa Civil
São Luís ---
CAXIAS CADEC
Caxias 28
Afonso Cunha 02
Codó 02
S. João do Sóter 01
Timbiras 02
AÇAILÂNDIA CADEC
Açailândia 16
São Pedro da Água Branca
01
Imperatriz 01
PERITORÓ CADEC
Pedreiras 05
Peritoró 11
Cururupú 01
Timon 03
Lima Campos 03
Trizidela do Vale 03
SÃO LUÍS Oficina de
comunicação e percepção de risco
São Luís ---
SÃO LUÍS (soldados BM)
CADEC São Luís 55
SÃO LUÍS Base Administrativa para Gerenciamento de Risco – BAGER
São Luís 14
Imperatriz 02
Estreito 01
Balsas 01
Caxias 01
Bacabal 01
Trizidela do Vale 01
Coroatá 01
Peritoró 01
Timon 01
Alto Alegre do Pindaré
01
Fonte: CEDECMA.
Em 2010 realizaram-se quatro edições do CADEC, sendo capacitados 134
participantes, além da I Conferência Estadual de Defesa Civil no Estado do
Maranhão e da oficina de comunicação e percepção de risco.
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COORDENADORIA ESTADUAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL DO MARANHÃO - CEPDECMA Av. Celso Magalhães, nº 662, Parque Urbanos Santos – Centro, São Luís – MA, CEP: 65020-130.
E-mail: [email protected] | Site: http://www.defesacivil.ma.gov.br/ Fone: (98) 3212-1521; Fax: (98) 3222-4012
3.2. Conferências municipais e vistorias técnicas
Objetivando tornar as ações de prevenção e preparação cada vez mais
proativas, a CEDECMA decidiu realizar conferências municipais de maneira a induzir
as prefeituras a pensar de maneira preventiva, antecipando suas ações diante de
eventos adversos. Foram realizadas 20 conferências municipais realizadas nos
municípios de Cantanhede, Timbiras, Codó, Caxias, Rosário, Alto Alegre, Açailândia,
Arari, Bacabal, Coroatá, Coelho Neto, Itinga do Maranhão, Imperatriz, Lima Campos,
Peritoró, São Luís, São Pedro da Água Branca, Timon, Trizidela do Vale, Afonso
Cunha.
Ao longo de todo o ano foram realizadas 26 vistorias técnicas, conforme os
dados apresentados no registro mensal abaixo.
Fonte: CEDECMA.
3.3. Participação da CEDECMA em eventos nacionais
Discriminação Local
Conferência Nacional de Defesa Civil Brasília - DF
Seminário Internacional de Def. Civil São Paulo - SP
IV Fórum Nacional de Defesa Civil Teresina – PI Fonte: CEDECMA.
3.4. Viagens dos agentes da CEDECMA aos municípios afetados
Discriminação Quantidade
Viagens vistoria e ações de resposta 27 Fonte: CEDECMA.
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez TOTAL
01 04 07 00 02 00 01 00 05 00 03 03 26
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Utilizou-se o método da amostragem em cada um dos municípios visitados,
sendo entrevistados os agricultores, os secretários de agricultura, os coordenadores
municipais de defesa civil e os secretários de assistência social. Através do
supracitado método constatou-se que as precipitações nas regiões visitadas foram
insuficientes para o desenvolvimento agrícola local, a exemplo do que foi verificado
pela base do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET no município de Caxias, em
que se observou uma média pluviométrica mensal para janeiro, fevereiro e março de
respectivamente de 137,1 mm, 226,5 mm e 0,7 mm.
Os prejuízos na agricultura do tipo familiar já eram evidentes, em termos
gerais, 85% das roças visitadas foram praticamente perdidas. Fenômeno este
chamado de “seca verde”, segundo os técnicos da Agência Estadual de Pesquisa
Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão – AGERP.
Logo, os agentes da CEDECMA ao visitar os municípios afetados pela
estiagem verificaram a reação das comunidades afetadas diante do evento adverso,
bem como puderam orientar os gestores municipais a atuar de modo a reduzir os
impactos sofridos pela população local; sendo sempre enfatizada a importância do
cadastro das famílias atingidas para um eventual controle em caso de ajuda
humanitária.