relatório de ações do gt-tapajós...
TRANSCRIPT
Relatório de Ações do GT-Tapajós
Julho/Itaituba-PA
Secretaria Executiva | DIGEM/SEDEME | 28 de julho de 2016
INTRODUÇÃO
O GT-Tapajós foi institucionalizado em 04 de maio de 2016 é iniciou suas
atividades em 09 de junho de 2016 com a Primeira Reunião Ordinária, a qual nivelou os
membros e representantes institucionais convidados ao plano de ação conjunto. Desde
então a Diretoria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral da SEDEME tem
coordenado as ações do plano de ação conjunto para alcance dos objetivos do Grupo de
Trabalho Permanente do Tapajós
Em julho de 2016 houve uma programação alusiva ao Dia Nacional do
Garimpeiro em Itaituba organizado pelas cooperativas de garimpeiros COOPOURO,
COOPVAT e COOPGPARA.
Para melhor envolvimento dos representantes locais do GT-Tapajós foi
planejado, ainda na primeira reunião ordinária, uma reunião extraordinária em Itaituba
viabilizando várias ações no mesmo período relatadas a seguir:
1) Reunião Extraordinária do GT-Tapajós
2) Palestra de Cooperativismo
3) CERM-Itinerante
4) Participação na audiência pública dos garimpeiros
5) Visita Técnica no Polo Joalheiro de Itaituba
1. Reunião Extraordinária do GT-Tapajós
A 1ª Reunião Extraordinária do GT-Tapajós ocorreu no dia 14 de julho de 2016 de
09h às 13h no auditório da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e
Mineração do município de Itaituba-PA (SEMDEME) com vistas ao nivelamento do plano
de ação conjunto pactuado durante a primeira reunião Ordinária do GT-Tapajós
realizada em 09/06/2016.
O período da reunião seguiu a programação do Dia do Garimpeiro realizado pelo
Movimento em Defesa da Legalização da Garimpagem Regional realizado pela
COOPOURO, COOPVAT e COOPGPARA que contribuiu para a mobilização e organização
da reunião do GT-Tapajós, visto que um dos objetivos do GT é também o ordenamento
da mineração no Tapajós.
Assim esta reunião extraordinária contou com a presença de 22 instituições,
sendo três do governo federal, três do governo estadual, representatividade de quatro
prefeituras municipais e 12 instituições representando a sociedade civil e classe
garimpeira.
Imagens 01 e 02: Abertura e rodada de apresentação dos participantes.
A abertura da reunião foi feita pela Coordenadora de Desenvolvimento
Socioambiental na Mineração, Sra. Marjorie Neves e o Coordenador de Gemas e Joias,
Sr. Oscar Nivaldo da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e
Energia (SEDEME) que relatou o histórico da criação do GT-Tapajós por meio do Decreto
nº 1.535/2016 e seu funcionamento. Na sequência foi feita uma rodada de
apresentações das representações presentes na reunião. Sendo Secretaria e Estado de
Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia – SEDEME, Ministério Público do
Pará – MPE, Assembleia Legislativa do Pará – ALEPA, Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA, Instituto de Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade – ICMBio, Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM,
Prefeitura de Novo Progresso, Prefeitura de Rurópolis, Prefeitura de Itaituba, Prefeitura
de Trairão, Federação Nacional dos Garimpeiros – FENAG, Federação das Cooperativas
dos Garimpeiros do Pará – FECOGAT, Associação Nacional do Ouro – ANORO, Associação
dos Filhos de Itaituba – ASFITA, Associação dos Profissionais Geólogos da Amazônia –
APGAM, Associação dos Mineradores de Ouro do Tapajós – AMOT, Cooperativa dos
Garimpeiros Mineradores e Produtores de Ouro do Tapajós – COOPOURO, Cooperativa
dos Mineradores e Garimpeiros do Pará – COOMIGAPA, Cooperativa dos Joalheiros da
Amazônia – COOPERJAM, Cooperativa dos Garimpeiros do Amazonas, Pará e Rondônia –
COOAMPARO, Cooperativa dos Mineradores do Vale do Tapajós – COOPEMVAT,
Sindicato dos Mineradores do Oeste do Pará – SIMIOESPA.
Foram apresentadas as ações contidas nos Planos de Trabalho de cada Sub
Grupos de Trabalho (SGT) e dados de resultados iniciais do GT-Tapajós a serem
aprimorados com os trabalhos dos (SGT), conforme anexo I.
A dinâmica de reunião tratou de apresentar as ações do Plano de Ação Conjunta
para contribuição e pactuação dos representantes presentes com vistas a planejamento
de trabalho conjunto.
Imagens 03 e 04: Imagens do debate da reunião do GT-Tapajós
a) APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO CONJUNTO DO GT-TAPAJÓS
Foram apresentadas ações de cada Sub Grupo de Trabalho, conforme a seguir:
SGT-01 – FISCALIZAÇÃO E MONITORAMENTO
Nº OBJETIVO AÇÕES PARCEIROS RESULTADOS ESPERADOS
PRAZO STATUS
1 Ordenar a mineração no rio Tapajós
1. Identificar (cadastrar) balsas, dragas licenciadas SEDEME, SEMMAS,
SEMAS, ICMBio, DNPM, CENSIPAM, SIMIOESPA, Cooperativas
Atividade mineral ordenada
A definir
Cadastro de 59 balsas realizado em 2013
2. Monitoramento e acompanhamento das balsas, dragas licenciadas
3. Elaboração de base de dados sobre as PLGs cadastradas
2
Identificar acessos logísticos para visitas aos garimpos
1. Dimensionamento de rotas para assistência e monitoramento aplicável aos garimpos
SEMDEME, AMOT, SEMMA’s, SEMAS SEDEME, ICMBio, SIMIOESPA, Cooperativas
Facilitar acesso aos garimpos
A definir
Em andamento
2. Georreferenciamento dos acessos
3
Regularizar e monitorar atividade Mineral e Ambiental no Tapajós
1. Planejar e elaborar cronograma de fiscalização
SEDEME, DNPM, CENSIPAM, ICMBIO, SEMAS, SEMMAS
Atividade mineral regularizada e monitorada
abr/16
Avaliação da ação conjunta realizada em abril
2. Realizar fiscalização mineral conjunta
SGT-02 – REGULAÇÃO AMBIENTAL E MINERAL
Nº OBJETIVO AÇÕES PARCEIROS RESULTADOS ESPERADOS
PRAZO STATUS
1 Nivelar e padronizar o licenciamento ambiental de PLG
Promover reuniões com cronograma SEMAS,
ICMBio, SEMMAs, DNPM, SEDEME
Acelerar o processo de licenciamento
A definir
CERM-Itinerante a equipe da SEMMA de Itaituba Relatório de LO da SEMAS de 2000 a 2015 enviado
Unir legislação e entendimentos (IN-06/2013 – PLG)
RES. COEMA 120/2015
2
Mapear procedimentos internos, normativas e fluxo de licenciamento ambiental municipal,
Elaboração da Cartilha de Licenciamento Ambiental e Minerário da Pequena Mineração
SEMAS, ICMBio, SEMMAs, DNPM, SEDEME, IBAMA
Fluxo de licenciamento ambiental de PLG mapeado
A definir Em andamento
estadual e federal
3 Identificar sobreposição de processos minerários
Disponibilizar mapa com dados georeferenciados dos processos minerários do Tapajós
DNPM, SEDEME
Mapa disponibilizado por município
A definir Em andamento
4
Diagnosticar estratégias para legalização (PRIMAZ e CAMGA Tapajós)
Resgate de Programas e Projetos
SEMMA’s; SEDEME; SEMAS; MP; ICMBio; CENSIPAM; CPRM; DNPM
Utilizar dados dos programas resgatados para ações do GT
A definir
Foi enviado o CAMGA Tapajós aos membros do GT
5
Realizar Caracterização preliminar da APA Tapajós
Acompanhamento e socialização da informação
ICMBio; Prefeituras
Captação de recursos (JF, Compensação estadual, BNDES)
jul/16 Aguardando posição do ICMBio
6
Disponibilizar termo de referência para elaboração dos Planos de Manejo da APA
Abertura de licitação para este serviço
ICMBio
Contratação para elaboração do Plano de Manejo
ago/16
TDR e shapes dos Planos disponibilizado ao GT
7
Identificar levantamento geológico da Reserva aurífera do Tapajós
Levantamento geológico em áreas com processos de pesquisa mineral aprovados no DNPM.
CPRM; DNPM; SEDEME
Disseminação das informações para melhor aproveitamento mineral
jun/16
SGT-03 POLÍTICA SOCIAL E ECONÔMICA
Nº OBJETIVO AÇÕES PARCEIROS RESULTADO ESPERADOS
PRAZO STATUS
11
Identificar e orientar representantes das comunidades de garimpeiros, compradores de ouro e demais interessados visando a organização das cooperativas visando o fortalecimento de gestão.
11.1. Visitas e reunir com as comunidades garimpeiras para convencimento ao cooperativismo;
SEDEME; PREFEITURAS MUNICIPAIS; OCB; Cooperativa; Associações; Sindicatos; DNPM;
Formalização de cooperativas de garimpeiros de ouro e gemas.
A Definir
1. Visitas em andamento 2. Palestra de cooperativismo da OCB realizada em 16/07 em Itb 3. Levantamento em andamento
11.2. Realização de Palestras sobre cooperativismo;
11.3. Levantar questões relativas às PLG’s /Licenças requeridas
12 Incentivar à verticalização de ouro e gemas
12.1. Fortalecimento das Cooperativas;
SEDEME; Prefeituras Municipais; OCB; SEDUC; SEBRAE DTVM’s; DNPM e IBGM
Fortalecimento das Cooperativas com montagem de APL’s de base mineral
A Definir
1. Reunião com a COOPERJAM em 15/07 2. Levantamento de equipamentos de joalheria na EETEPA-Itb realizado
12.2. Projeto de Escola de Lapidários e Ourives
13 Implementar o Selo de origem e certificação de ouro e gemas
13.1. Ajustes e adequações do questionário de adesão ao projeto do CETEM
CETEM; SEDEME; PREFEITURAS MUNICIPAIS; CETEM;
Fortalecimento das um APL de base mineral; Certificação de todo o ouro, gemas e joias do Tapajós
A Definir
Parado 13.2. Seleção de áreas a visitar para certificação;
ICMBio
13.3. Visitas do CETEM CETEM
Prevenção de vulnerabilidade e risco social
Plano SEASTER abaixo SEASTER, SEEIPS
Pactuação
SGT-03 PLANO DE AÇÕES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Ação Objetivo Responsáveis pela Ação
Parcerias Resultados esperados
Prazo
1
Realizar Oficinas de Capacitação para os operadores do Sistema Único de Assistência Social
Fortalecer o protagonismo das organizações da sociedade civil e a autonomia das famílias, na busca por superação das situações de vulnerabilidade e risco sociais.
DAS/ SEASTER
Secretaria Municipal de Assistência Social
Pessoas Capacitadas
2016/ 2019
2
Discutir ações estratégicas de enfrentamento à situações de violação de direitos como: enfrentamento do Trabalho Infantil, abuso e exploração sexual, Violência contra Mulher, Idoso
Potencializar ações de enfrentamento às violações de direito e risco sociais previstas nos Planos Municipais de Assistência Social
DAS/ SEASTER
Sec. Municipal de Assistência Social
Ações implementadas
2016/ 2019
3
Fortalecer a gestão municipal no atendimento as famílias residentes nas áreas de garimpo em situação de vulnerabilidade, risco e
Realizar ações de busca ativa, juntamente com a gestão municipal, nas comunidades e localidades onde houver concentração de pessoas e família para inserção no Cadastro Único
DRCCP/ SEASTER
Sec. Municipais, Conselhos Municipais
Inserção de pessoas e famílias que se encontram fora da Rede de Proteção Social
2016/ 2019
exclusão. dos programas sociais. e dos programas e benefícios de transferência de renda.
Fortalecer a rede de prestação de serviços intersetorial composto pelas secretarias e entidades que trabalham o combate ao Sub-registro;
SEJUDH
· Articular com os Cartórios para atendimento dos beneficiários da certidão de nascimento;
Defensoria Pública
Reduzir ao sub-registro civil de nascimento.
· Viabilizar o ressarcimento da emissão e registro das certidões de 1ª e 2ª vias.
Fundação Pro Paz
4
Fortalecer a gestão municipal no atendimento as famílias residentes nas áreas de garimpo em situação de vulnerabilidade, risco e exclusão.
Apoio técnico à gestão municipal do Cadastro Único dos Programas Sociais.
DRCCP/ SEASTER
Secretarias Municipais
Formação na gestão técnica e operacional do Cadastro Único e Programa Bolsa Família
2016/ 2019 Fortalecer a gestão municipal dos
programas e benefícios de transferência de renda.
Conselhos Municipais
5
Assessorar e monitorar trabalhadores da Economia Solidária e Empreendedorismo Individual e Coletivo
Contribuir no desenvolvimento da política pública de trabalho, emprego e renda no estado do Pará, voltada para unidades produtivas de economia solidária e empreendedores individuais e coletivos.
DQPE/ SEASTER
Sec. Municipal de Trabalho e Assistência Social
Empreendedores atendidos
jul/16
6
Realizar ações de Qualificação Social e Profissional no período de 2016 a 2019, conforme previsto no PPA
Ampliar as oportunidades de inserção e reinserção no mundo do trabalho, por meio de ações/cursos de qualificação social e profissional, sintonizados com a vocação econômica de cada região do Estado do Pará
DQPE/ SEASTER
Sec. Municipal de Trabalho e Assistência Social/Comissão Municipal de Emprego
Trabalhadores qualificados
ago/16
SGT-04 – RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Nº OBJETIVO AÇÕES PARCEIROS RESULTADOS ESPERADOS
PRAZO
1
Caracterizar, recuperar e monitorar áreas degradadas (elaboração e execução do projeto - PRAD)
1. Promover minicursos e instrumentos de orientação sobre métodos de lavra e PRAD SEMMA,
SEDEME, MPE, UFOPA, IFPA, SEMAS
Áreas recuperadas (relevo, vegetação e assoreamento)
A definir 2. Elaboração e supervisão – Resgate do
Programa de Orientação Técnica ao Pequeno Minerador de Ouro
2
Caracterizar a contaminação química dos garimpos (quantificação por produto químico)
1. Identificação e medição do grau de contaminação química
CETEM, IEC, SEMMA, UFOPA, IFPA
Mapeamento das áreas de contaminação química e fornecedores de insumos
A definir
2. Identificar fornecedores de insumos químicos (Mercúrio e cianeto)
3. Monitorar compradores e fornecedores
4. Promover soluções de descontaminação química
5. Realizar estudos de impactos ambientais dos garimpos no rio Tapajós
3
Estabelecer estratégias de atuação, em função das características locais
1. Elaboração de PRAD’s para todas as áreas em licenciamento
SEDEME, Prefeituras Municipais, (SEMMAs), ICMBio, IBAMA, DNPM, MP’s e CETEM
Reconhecimento como área de garimpagem sustentável
A definir 2. Elaborar Cartilhas de Boas Práticas
atreladas a cronogramas de recuperação ambiental
SGT-05 – DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Nº OBJETIVO AÇÕES PARCEIROS RESULTADOS ESPERADOS
PRAZO
1 Captar recursos para viabilizar projetos do GT
1. Identificar fundos de pesquisa
SEDEME; IFPA; CPRM; UFOPA
Integrar projetos já existentes
A definir
2. Elaborar projetos
3. Gestão e monitoramento dos projetos em conjunto
2
Articular análises laboratoriais do Tapajós no Estado do Pará
1. Identificar demandas e custos das análises minerais; SEDEME;
IFPA; CETEM; ISI
Ampliação das análises laboratoriais do ouro do Tapajós
A definir 2. Implantação de novas técnicas analíticas
para ouro e associados;
3. Estimular a criação de laboratórios de processamento e caracterização de materiais em escolas técnicas estaduais.
3 Compartilhar informações sobre o Tapajós
1. Identificar ferramenta de comunicação e monitoramento para espaço virtual conjunto do GT
SEDEME, PRODEPA, SECTET
Espaço virtual interativo
A definir
4
Identificar máquinas e equipamentos utilizados na atividade minerária
1. Identificar (cadastrar) as retroescavadeiras, tratores, PCs, etc.
SEDEME; CPRM; SEMMA’s; SIMIOESPA; IFPA; DNPM
Monitoramento e Caracterização Tecnológica da extração mineral utilizada na região
jun/16 2. Estudo de inovação tecnológica de produção mineral
b) DEBATE DA REUNIÃO
Dada a representatividade expressiva dos mineradores de ouro do Tapajós e
diante a representatividade de quatro dos seis municípios integrantes da Região de
Integração do Tapajós o debate tratou de salientar as ações propostas no Plano de Ação
com vistas ao aprimoramento da ação, bem como complementação mediante aos
pontos citados pelos participantes. Durante o debate da reunião foram mencionados
alguns pontos a serem considerados pelo GT-Tapajós, tais como:
Que há necessidade de um portal virtual de transparência em relação aos processos minerários e de licenciamento ambiental da atividade garimpeira do Tapajós por parte dos órgãos reguladores.
Que o Decreto nº 32.376 de 15/04/2013 que proíbe a garimpagem nos tributários do Rio Tapajós impede a garimpagem na zona que a Flona Jamanxim permite a mineração.
Que em 2013 os garimpeiros equiparam as Semma’s com doação de barcos, ar condicionados, motores, veículos, computadores, móveis e utensílios e os órgão viraram um dos maiores “inimigos” dos garimpeiros, entravando as LA’s, acusando a atividade de ilegalidade, colocando os maiores entraves possíveis para a liberação de LA’s.
Que há registros de que a Flona do Amana recebeu acompanhamento de orientações de fortalecimento social do ICMBio e DNPM com vistas a realizar mineração responsável e sustentável. “por que o IBAMA não licencia na Flona que permite mineração?”
Que existem cerca de 10.000 de Requerimentos de PLG’s no DNPM;
Que o dono da draga não apresenta licença ambiental, pois a área pode esta licenciada, mas a licença está no nome do titular minerário e não no nome do dono da draga;
Que não há como solicitar o CAR dentro da APA-Tapajós, pois o decreto de criação da APA em 13/02/2006 impede que haja propriedade particular dentro da APA. Mas as SEMMAS e SEMAS solicitam CAR. Foi verificado que no checklist da SEMMA Itaituba não obriga CAR dentro da APA;
Que há uma grande dificuldade de emissão de Outorga de água – “como conseguir uma outorga para quem está dentro do mato?”;
Que se deve diminuir as exigências no licenciamento de PLG, mas o requerente tem que vir à SEMMA para assinar os documentos, sendo bem informando das condicionantes, prazos estabelecidos para cumprimento das mesmas. Verificadas inconsistências poderão ocorrer até três notificações. Não havendo cumprimento – há a perda da área.
Que há processos de licenciamento ambiental em que o responsável técnico dá entrada no protocolo da SEMMAS e “some”, não sendo encontrado para as notificações, o que atrasa a análise do processo de licenciamento.
Que o município de Itaituba está licenciando PLG dentro da APA-Tapajós, conforme Orientação Normativa Jurídica do IBAMA 37/2012.
Que os prazos das licenças devem ser mais alongados. Hoje é de 1 ano, demora
pelo menos 6-7 meses para liberação. Se o garimpeiro esperar para iniciar os
trabalhos, trabalhará 5-6 meses para já pedir renovação, com gastos extorsivos
que induzem os garimpeiros a não se legalizarem.
Que as Licenças de operação estão burocratizadas, não ocorrem as vistorias da
forma como deveria e os garimpeiros são acusados de irregulares, sendo punidos
por outros órgãos que os chamam de ilegais e queimam seus equipamentos.
Que a forma de fiscalização com repressão por parte do IBAMA deve ser revista, haja vista a destruição (queima) de equipamentos de alto custo de empreendedores que buscam a regularização.
Que o GT é a luz para reduzir a burocracia, fazer as correções das atuais inconsistências. Os mesmos técnicos fazem os Requerimentos e os RCA ‘S E NINGUÉM FISCALIZA o que está acontecendo.
Que possibilidade de constituir um Arranjo Produtivo Local no Tapajós poderá ter apoio da SUDAM.
Que o Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual estão acompanhando as ações proposta pelo GT-Tapajós e devem ser considerados parceiros para solucionar os problemas levantados pela classe garimpeira.
Que as cooperativas de garimpeiros serão parcerias para o trabalho de legalização, junto as ações do GT-Tapajós.
SIMIOESPA sugere a criação de um CAR MINERAL, considerando as
peculiaridades de Unidades de Conservação da região do Tapajós. O que iria
substituir a exigência de solicitação de outras áreas que o garimpeiro deve
apresentar, como contrapartida pelo possível desmatamento. O garimpeiro não
é proprietário rural e, portanto, não tem outra área para apresentar dentro de
50 ha.
MPE destacou que todo tipo de empreendimento deve ser fiscalizado pelos
órgãos competentes. O Empreendedor de sempre ter em mente que ‘MINHA
EMPRESA SERÁ FISCALIZADA PELOS ÓRGÃOS COMPETENTES’.
COOPOURO comentou que quatro dragas ligadas à Cooperativa, que estavam
em deslocamento foram paradas pela equipe da última fiscalização e tiveram
seus módulos arrancados. Ficaram à deriva e o proprietário teria gravado um
vídeo em que pergunta “COMO PODEREI ME DESLOCAR?”.
ANORO conclama toda a sociedade civil para fazer um grande pacto contra a
corrupção, utilizando-se o GT para sair do “MAR DE CORRUPÇÃO”.
MPE ressalta que o interesse do MP é procurar formas de tirar o garimpo da
marginalidade. Reclamou que, no dia anterior a reunião, em frente ao MPF,
houve uma situação bastante constrangedora: Um carro som apregoava que o
MPF é contra a garimpagem, tentando fechar o grimpo, portanto prejudicando a
cidade de Itaituba. Disse que ATITUTES COMO ESTAS NÃO AJUDAM A BUSCAR
SOLUÇÕES. ESTA NÃO É A FORMA CORRETA DE PROTESTO.
ANORO concordou com a representante do MPE, pediu desculpas pela classe
garimpeira, reconheceu que o que se fez não é correto, não é isto que se busca e
sim achar soluções compartilhadas sem conflitos. Tudo o que pede é que NOS
SEJAM DADAS CONDIÇÕES PARA A LEGLIZAÇÃO DA ATIVIDADE GARIMPEIRA.
SIMIOESPA reforça que os MP’s são a última esperança para a sociedade
garimpeira.
Movimento em Defesa da Legalização da Garimpagem Regional diz que os
garimpeiros pedem socorro aos MP’s pela gravidade da situação. Sugere a
inclusão do INCRA no GT. Acha que as taxas no DNPM são baratas, na SEMMA é
muito alta e denuncia que alguns geólogos SÃO DESONESTOS (nunca são
encontrados para receber as notificações).
ICMBio acata a sugestão de construir um GT para discutir mineração nas
FLONAS. Os planos de manejo das FLONAS estão defasados e um foi apresentado
este ano. Destacou que nas unidades de conservação de Trairão não pode haver
atividade mineral e devem ser analisados os demais decretos. Em FLONA a
competência de licenciamento é do IBAMA.
Que há necessidade de se construir uma força tarefa para rediscutir os decretos
criadores das UC’s e o GT parece ser o fórum adequado.
Registradas as ausências do IBAMA, MPF, SEMAS, DNPM, Consórcio Tapajós,
dentre outros entes importantes para o sucesso das ações conjuntas.
Entendendo que os itens mencionados a cima serão alvo de discussão e
nivelamento nos Sub Grupos de Trabalho este relatório deverá ser enviado a todos os
membros para que sejam pautas das reuniões técnicas.
Registra-se a proposta de que a próxima reunião ordinária do GT-Tapajós,
prevista para 08 de novembro de 2016 ocorra no Distrito de Moraes de Almeida há
300km da sede municipal de Itaituba, justificada por ser um distrito inteiramente
movimentado pela atividade garimpeira e por ser a sede da Federação das Cooperativas
do Garimpeiros do Tapajós (FECOGAT).
Imagens 05 e 06: Debate da reunião do GT-Tapajós
Informe de ação:
A ANORO informou que irá firmar um termo de cooperação conjunta com DNPM
para destravar, naquele órgão, as análises dos requerimentos de PLG’s. A ação
deve reunir equipe técnica, como uma “força tarefa”, para análises de processos
minerários do Tapajós. Já que o Tapajós reúne cerca de 10 mil processos no
DNPM. O órgão disponibilizará dois geólogos, a ANORO outros dois e um
engenheiro florestal, para agilizar as análises das 500 PLG’s prioritárias. Há
pressa na construção deste termo de cooperação. Dentro de 90 dias, após a
assinatura, já deverão ser vistos resultados.
A ANORO tem interesse na legalização da garimpagem por ter como negócio a
compra de ouro e quer estreitar os laços com as congêneres na região para o
fortalecimento do setor, além de querer implementar políticas de
desenvolvimento para as diversas vilas, antigas corruptelas. Reclama da
burocracia imposta à obtenção de Licenças municipais, que atrasam ainda mais a
legalização da atividade. Destaca que a SEMAS é outro grande obstáculo para a
organização e legalização da atividade, por não dar andamento às licenças
requeridas e o DNPM ainda não está livre das amarras e, continua com os
requerimentos presos sem liberação de títulos.
Sugestões ao Plano de Ação conjunto:
Identificar licenças expedidas pelos municípios e estado. (SGT-2)
Criar grupo específico para discutir o licenciamento ambiental nas FLONAS que
permitem mineração, discutir plano de manejo e decretos de criação. (SGT-2)
Planejar e organizar mais palestras orientativas com a OCB/SESCOOP para
fortalecimento das cooperativas dos garimpeiros. (SGT-3)
Solicitar ao ICMBio o shape-file das UC´s no Tapajós atualizada, Termo de
Referência de estudos da APA Tapajós, Relatório da Fiscalização de PLG. (SGT-2)
Levantar dados econômicos do ouro no Tapajós (Produção, arrecadação,
emprego, social). (SGT-3)
Padronizar comunicação das SEMMAS e SEMA com o ICMBIo sobre o
licenciamento dentro da APA-Tapajós. (SGT-2)
Criar um espaço virtual – Portal da Transparência para acompanhamento dos
processos. (SGT-05)
c) CONSIDERAÇÕES
Os representantes da classe garimpeira enfatizaram a procura da legalização e
pedem que as instituições reguladoras (SEMAS, IBAMA, SEMMAs), bem como o GT-
Tapajós possa agilizar as licenças ambientais para que eles possam operar dentro da
legalidade. Lamentaram a ausência de órgãos importante nesse processo como o a
SEMAS, DNPM e IBAMA. A coordenadora Marjorie Neve reforçou que o GT-Tapajós tem
o desafio de integrar as instituições para ações conjuntas e que para isso o GT-Tapajós
irá construir um espaço virtual para nivelamento de informações com vistas ao
desenvolvimento econômico do Tapajós com base na atividade de mineração.
2. CERM-Itinerante
No dia 15 de julho 2016 às 09 horas foi realizada reunião de orientações do Cadastro
Estadual de Recursos Minerários – CERM Itinerante com a equipe da Secretaria Municipal de
Meio Ambiente de Itaituba.
O CERM é um dos instrumentos de Controle de Monitoramento Mineral do Estado e sua
inscrição é obrigatória para as pessoas físicas ou jurídicas, a qualquer título, autorizadas a
realizar pesquisa, lavra, exploração ou aproveitamento de recursos minerários no Estado. O
Cadastro é feito pelo site www.sedeme.com.br.
A reunião contou com a presença de oito técnicos da SEMMA-Itaituba que receberam
informações, cartazes e folders explicativos para melhor atendimento do minerador, já que o
CERM é um item obrigatório no processo de licenciamento ambiental da atividade mineral. Esta
ação é uma iniciativa do Sub Grupo de Trabalho 02 - Regulação Ambiental e Mineral.
Imagens 07 e 08: CERM Itinerante na SEMMA-Itaituba
3. Palestra de cooperativismo
No dia 16 de julho de 2016 às 09 horas foi realizada Palestra de Cooperativismo pela
Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) que deu esclarecimentos sobre a gestão de
cooperativas, suas dificuldades e como faz para que a cooperativa seja atendida pelo Serviço
Nacional de Aprendizado das Cooperativas (SESCOOP/PA), já que possui equipe para realização
de cursos, palestras, acompanhamento para uma boa gestão.
A palestra ocorreu no auditório da sede da COOPOURO e contou com a presença de 22
representantes de instituições e cooperativas, além da Federação das Cooperativas dos
Garimpeiros do Tapajós (FECOGAT) e da Federação Nacional dos Garimpeiros (FENAG). Esta
reunião foi uma ação do Sub Grupo de Trabalho 03 – Políticas Sociais e Econômicas e foi
introduzida na programação do Dia do Garimpeiro organizada em parceria SEDEME,
COOPOURO, COOPVAT e COOPGPARA.
Imagens 09 e 10: Palestra de cooperativismo
4. Audiência Pública em Defesa da Legalização da Garimpagem
Regional
No dia 16 de julho às 16 horas no Parque de Exposições de Itaituba “Hélio da Mota
Gueiros” houve a Audiência Pública em Defesa da Legalização da Garimpagem Regional
organizada pelo Movimento em Defesa da Legalização da Garimpagem Regional, onde foram
apresentados dados da atividade de forma a registrar anseios e problemas que os garimpeiros
enfrentam ao longo do tempo.
A mesa foi presidida pelo presidente do Movimento em Defesa da Legalização da
Garimpagem Regional, Sr. Luis Barbudo que contou com a presença de autoridades e
representantes da Câmara dos Deputados, ALEPA, ICMBIO, SEDEME, Câmara de Vereadores de
Itaituba, Prefeitura de Itaituba, Federação Nacional dos Garimpeiros.
As apresentações da audiência salientaram temas como “A aplicação da legislação
mineral no Tapajós” (José Antunes); “A comercialização do ouro e seus descaminhos/sugestões
e ordenamento” (Sr. Dirceu Frederico); “A relevância econômica da atividade garimpeira na
região do Tapajós” (Davi Menezes); “Mineração x Garimpagem” (Vereador João Paulo) e
“Cooperativismo” (José Alves). Um dos pontos destacados foi o processo burocrático de
regularização ambiental da atividade garimpeira, principalmente nas dentro das Unidades de
Conservação que sobrepõe a Reserva Garimpeira do Tapajós.
Outro ponto destacado é a forma de repressão agressiva por parte da fiscalização do
IBAMA que em recente operação queimou vários equipamentos de PCs, dragas e outros. Esta é
uma questão a ser resolvida pela regulação. Há um clamor pela instalação de um escritório
Regional da SEMAS em Itaituba. Lamentou-se a ausência dos órgãos reguladores como DNPM,
SEMAS, IBAMA na audiência. Também foi muito sentida a ausência do Ministério Público
Estadual e Ministério Público Federal.
O coordenador da SEDEME, Sr. Oscar Nivaldo comentou sobre os desafios históricos que
a classe garimpeira vem sofrendo na região e ressaltou que é necessário união e organização
para alcançar os objetivos de legalização. Pontuou que o GT-Tapajós institucionalizado é um
espaço para diálogo técnico e ações conjuntas com vistas a somar ao desenvolvimento do
Tapajós. Destacou que o movimento das cooperativas de garimpeiros e da federação das
cooperativas é oportuno para que se possa legalizar a atividade.
Imagens 11 e 12: Audiência Pública dos Garimpeiros
5. Visita Técnica ao Polo Joalheiro
No dia 17 de julho de 2016 foi realizada visita técnica ao Polo Joalheiro de Itaituba. Esta
visita é uma ação do SGT-03 e teve como objetivo identificar e verificar as condições do espaço
do Polo Joalheiro na Escola Estadual Tecnológica de Itaituba. O coordenador de Gemas e Joias,
Oscar Pimenta e a coordenadora de Desenvolvimento Socioambiental na SEDEME,
acompanhados pelo Diretor da Escola Erivelton Beniti acertaram o levantamento de inventário
dos equipamentos para elaboração de proposta de oferta de cursos nas áreas de joalheria e
ourivesaria pela EETEPA/Itaituba.
Imagens 13 e 14: Visita técnica ao polo joalheiro de Itaituba
ANEXO 1