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RELATÓRIO DE ATIVIDADES | SAS 2016
3 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
5 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
// ÍNDICE //
APRESENTAÇÃO 7
AÇÃO SOCIAL EM NÚMEROS 9
CAPÍTULO I - ENQUADRAMENTO ORGÂNICO, ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO E ATIVIDADES 11
1. ENQUADRAMENTO ORGÂNICO E SISTEMA DE GESTÃO 13
2. ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO 19
3. COMEMORAÇÕES DOS 50 ANOS DOS SASUC 23
4. ATIVIDADES 35
4.1 APOIOS DIRETOS ................................................................................................................................... 35
4.1.1 BOLSAS .......................................................................................................................................... 36
4.1.2 FAS ................................................................................................................................................... 40
4.1.3 FUNDO SOLIDÁRIO ................................................................................................................. 44
4.2 APOIOS INDIRETOS ............................................................................................................................... 46
4.2.1 ALIMENTAÇÃO 46
4.2.2 ALOJAMENTO 70
4.2.3 SERVIÇOS DE SAÚDE 81
4.2.4. APOIO À INFÂNCIA 87
4.2.4.1 CRECHE 91
4.2.4.2 JARDIM DE INFÂNCIA 97
4.2.5 INTEGRAÇÃO E ACONSELHAMENTO 102
4.2.6 PASEP 109
4.3 OUTRAS ATIVIDADES ......................................................................................................................... 128
4.3.1 OFERTA INTEGRADA DE SERVIÇOS 128
4.3.2 SERVIÇOS DE CATERING 141
4.3.3 SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 145
5. PESSOAS 149
6. ÁREA FINANCEIRA 161
7. COMPRAS, LOGÍSTICA E MANUTENÇÃO 165
7.1. COMPRAS E LOGÍSTICA 166
7.2. MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO 172
8. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 177
9. PROTOCOLOS E PARCERIAS 183
10. CANDIDATURAS A FINANCIAMENTO 191
11. RECONHECIMENTO DE BOAS PRÁTICAS 195
12. APOIO À GESTÃO 199
12.1 APOIO JURÍDICO................................................................................................................................ 200
12.2 HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR ........................................................................................ 203
12.3 COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL ............................................................................................ 206
12.3.1 SAS E OS MEMBROS DA COMUNIDADE UC 206
12.3.2 SAS NA CAPTAÇÃO DE NOVOS PÚBLICOS 211
12.3.3 SAS COM AS SUAS PESSOAS 212
12.4 PLANEAMENTO, AVALIAÇÃO E MELHORIA 217
12.4.1 DESENVOLVIMENTO DO SGQ-UC NOS SAS 217
12.4.2 MONITORIZAÇÃO DA ATIVIDADE E DO PLANEAMENTO 218
12.4.3 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 221
12.4.4 FERRAMENTAS DE MELHORIA CONTÍNUA (SIM@UC) 222
CAPÍTULO II - PRESTAÇÃO DE CONTAS 227
13. PRESTAÇÃO DE CONTAS 229
13.1 ANÁLISE ORÇAMENTAL 230
13.1.1. ORIGEM DOS FUNDOS 230
13.1.2. APLICAÇÃO DOS FUNDOS 232
13.1.3. RESULTADO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTAL 233
13.2. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA 234
13.2.1. DESEMPENHO FINANCEIRO 234
13.2.2.DESEMPENHO ECONÓMICO 236
13.3. INVESTIMENTO 239
CONCLUSÃO 241
7 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
APRESENTAÇÃO
O ano de 2016 foi marcado pelas comemorações dos 50 anos dos Serviços de Ação Social da
Universidade de Coimbra (SASUC). Ao longo do ano participaram nas diversas atividades do programa
comemorativo cerca de 1.500 pessoas, entre trabalhadores, ex-trabalhadores, estudantes e comunidade em
geral. O dia do aniversário, 7 de novembro, foi assinalado com o lançamento do nº 47 da Revista Rua Larga,
a publicação oficial da Universidade de Coimbra, totalmente consagrado à efeméride. A noite do aniversário
foi pontuada pelo espetáculo inclusivo dos The Gift no Teatro Académico de Gil Vicente, ante uma
assistência de 764 entusiastas, que tiveram a oportunidade de assistir a um inesquecível concerto inclusivo
da autoria da banda. O assinalar desta importante data para a ação social do Ensino Superior trouxe
reconhecimento externo e maior visibilidade dos SASUC, bem como motivação e sentido de pertença a
nível interno.
Esses sentimentos geram naturalmente frutos e refletem-se inclusive nos resultados financeiros.
Pelo terceiro ano consecutivo, num contexto de fortes restrições orçamentais, os SASUC encerram um
exercício com resultados líquidos e operacionais positivos. Em 2014, os resultados líquidos foram de
506.239,87€ e os resultados operacionais de 313.864,83€. No exercício de 2015 foi possível ainda melhorar
estes resultados, ascendendo ao valor de 780.873,76€ o resultado lÍquido do exercício e ao valor de
662.240,78€ os resultados operacionais. No exercício de 2016, o resultado lÍquido do exercício foi de 619.
902,87€ e os resultados operacionais ascenderam a 432.368, 18€.
Neste ano de 2016 foi possível concretizar um volume de investimento superior a 700.000€,
traduzido na melhoria das infraestruturas colocadas ao serviço da comunidade académica, com particular
enfoque para as residências universitárias. Desde requalificação de coberturas, alteração do sistema de
aquecimento de águas, requalificação de casas-de-banho, melhoria das infraestruturas de rede para acesso
à internet, criação de salas de estudo, disponibilização de lavandarias self-service dentro das residências,
inúmeras intervenções foram realizadas para melhorar as condições de habitabilidade e de conforto das
residências universitárias, tornando-as cada vez mais atrativas e potenciadoras de sucesso académico. E isso
tem-se vindo a refletir na procura e na taxa de ocupação.
As diversas áreas de atuação dos SASUC mantiveram níveis de atividade basicamente idênticos ao
ano anterior, sem oscilações dignas de relevo. Na área de alimentação regista-se uma ligeira diminuição no
número das refeições servidas, mas o ano de 2016 foi o ano da reposição de feriados, o que naturalmente
teve impacto na atividade. Também neste ano se optou por não realizar aquilo a que chamamos de
“Operação Latada” (abertura 24h da cantina do Estádio Universitário durante a Festa das Latas), o que se
refletiu também no número de refeições.
Nas áreas de suporte, foi fundamental a concretização do processo de integração da receita gerada
pelas diversas áreas de atividade no ERP de faturação (alojamentos, serviços de apoio à infância, serviços de
saúde), continuando a ser um desafio a melhoria dos processos e dos sistemas de informação nas diversas
áreas de suporte à atividade (compras e logística, financeira, tesouraria, recursos humanos).
Os desafios continuam a ser muitos, tanto na área dos investimentos necessários em
infraestruturas de utilização intensíssima, como na adequação das respostas às novas exigências e
expectativas da comunidade académica, como na manutenção de níveis adequados de motivação dos
trabalhadores, assim como na captação de fontes alternativas de financiamento. Efetivamente, os recursos
financeiros e humanos são cada vez menos e as necessidades e expectativas são cada vez maiores e mais
diversificadas, decorrentes, designadamente, da forte aposta da UC na sua internacionalização. No próximo
ano, será necessário dar continuidade à melhoria dos sistemas de informação, à reengenharia e
informatização dos processos para os tornar mais eficientes, à procura de novos métodos de confeção e
distribuição de refeições. Espera-nos, designadamente, o desafio de reabrir a nova cantina Amarela num
modelo de prestação de serviço completamente diferente, o desafio de projetar o futuro para os Serviços
de Apoio à Infância, o desafio da implementação da unidade central de produção de refeições que
revolucionará os serviços de alimentação dos SASUC. 2017 promete!
Regina Dias Bento
Administradora dos SASUC
9 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
AÇÃO SOCIAL EM NÚMEROS
2016 2015 Variação
Global N.º de Trabalhadores 412 419 -7 -1,67%
Taxa de Absentismo 5,15% 4,90% 0,25 p.p.
Taxa de Cobertura (∑Prov./∑Cust) 106,02 107,60% -1,58 p.p.
Grau de Execução Orç. Receita 99,75% 99,33% 0,42 p.p.
Grau de Execução Orç. Despesa 88,44% 90,79% 2,35 p.p.
Resultado Operacional (%) 104,22% 106,47% -2.25 p.p.
Alimentação N.º de unidades alimentares 18 17 1 5,88%
N.º de lugares sentados 3.053 2.791 262 9,39%
N.º Refeições Servidas 872.155 925.849 -53.694 -5,8%
N.º Médio de Refeições/Dia 3.819 3.886 -67 -1,72%
Taxa de Cobertura (Proveitos/Custos) 89,49% 90,53% -1,04 p.p.
Taxa de Satisfação 69% 68% 1,00 p.p.
Alojamento N.º de residências 14 14 0 0%
Capacidade * 1.320 1.325 -5 -0,38%
Taxa de ocupação 90% 87% 3 p.p.
N.º candidaturas regime geral * 1.366 1.319 47 3,6%
N.º alojados regime geral * 1.184 1.139 45 4,0%
Taxa de Cobertura (Proveitos/Custos) 120,52% 126,13% -5,61 p.p.
Taxa de Satisfação n.d. 71,6% -
Serviços de Saúde N.º de especialidades 9 9 0 0%
N.º Consultas 8.063 7.150 913 12,77%
N.º renovação medicação 420 461 -41 -8,89%
Atos enfermagem pagos 401 824 -423 -51,33%
Outros atos clínicos 444 1.783 -1.339 -75,10%
Taxa cobertura (Proveitos/Custos) 15,59% 13,48% -2.11 p.p.
Taxa satisfação n.d. 82% -
Apoios Diretos
Bolsas N.º candidatos* 5.212 5.257 -45 0,9%
N.º bolsas atribuídas* 3.281 4.177 -896 -21,45%
N.º indeferidos* n.d. 1.080 - -
Valor bolsa* Máximo n.d. 5.675,00€ - -
Média n.d. 1.898,72€ - -
F.A.S N.º candidatos F.A.S propinas* n.a 390 - -
N.º benefícios atribuídos* n.a 298 - -
N.º F.A.S subsídio de emergência* n.a 21 - -
PASEP (1) N.º de ofertas de atividades 54 42 12 28,57%
N.º de alunos apoiados 105 91 15 16,48%
N.º de colocações 161 149 12 8,05%
Apoio Infância
Creche Ocupação média 56 55 1 1,82%
Taxa de cobertura (Proveitos/Custos) 49,34% 41,47% 7.87 p.p.
Taxa satisfação 87% n.d.
Jardim de Infância Ocupação média 65 73 -8 -10,96%
Taxa de cobertura (Proveitos/Custos) 55,71% 60,76% -5,05 p.p.
Taxa satisfação 94% n.d.
* Indicadores aferidos com referência a ano letivo: 2016 – 2016/17 (a 31/12/2016); 2015 – 2015/16 (a 31/12/2015). (1) – Programa de Apoio Social a Estudantes através de Atividades de tempo Parcial que teve início a 2/12/2013 (2015 – 2014/15;
2016 – 2015/1
11 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
CAPÍTULO I - ENQUADRAMENTO ORGÂNICO,
ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO E ATIVIDADES
13 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
ENQUADRAMENTO ORGÂNICO E SISTEMA DE GESTÃO
Desde a sua criação, em 1966, os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC -
então também com outra designação), foram enquadrados segundo modelos diferentes, em momentos cuja
significância importa relembrar.
Mais recentemente, em 2012, estes Serviços da UC foram alvo de profunda reestruturação, não
apenas orgânica, mas ao nível do próprio modelo de gestão, em linha com o preconizado no Regime Jurídico
das Instituições do Ensino Superior (RJIES - Lei n.º 62/2007, de 10 de setembro). Esta reestruturação
implicou, necessariamente, maior alinhamento dos SASUC com a Universidade de Coimbra, não só na ótica
da racionalização de estruturas e melhor aproveitamento de recursos comuns à Instituição de Ensino
Superior, como na perspetiva da melhoria da eficácia e eficiência das respostas da Ação Social da
Universidade de Coimbra aos desafios de um novo contexto de forte restrição orçamental e de decréscimo
do número de estudantes matriculados no ensino superior, como consequência da contração demográfica
da população portuguesa. De 2012 a 2015 foram várias as alterações à estrutura orgânica dos SASUC, que
se tem mantido estável nos últimos 2 anos. Em 2016 destaca-se a alteração realizada ao Regulamento Geral
dos SASUC (Regulamento n.º 61/2012) pelo Despacho Reitoral n.º 193/2016, de 4 de outubro, que veio
criar o Conselho de Gestão dos Serviços de Ação Social da UC, que passou a assumir as competências até
aí atribuídas ao Conselho de Gestão da Universidade de Coimbra.
A par da reestruturação orgânica, desde 2012 tem-se procurado desenvolver o Sistema de Gestão
da UC (SG.UC) nos SASUC, apresentando-se, neste capítulo, os principais desenvolvimentos alcançados.
ENQUADRAMENTO ORGÂNICO EM RETROSPETIVA
Os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SAS) foram criados pelo Decreto-Lei n.º
47303, de 7 de novembro de 1966. Até meados da década de 80 do século XX encontravam-se na
dependência do Reitor da UC, embora entendidos como organismo dotado de personalidade jurídica e
governo autónomo.
A partir de 17 de maio de 1980, com a publicação do Decreto-Lei n.º 132/80, de 17 de maio, estes
Serviços foram instituídos como pessoas coletivas de direito público, dotados de autonomia administrativa
e financeira, na direta dependência do Ministério da Educação.
Este enquadramento foi revogado em 1993, com a publicação do Decreto-Lei n.º 129/93, de 22 de
abril, que veio estabelecer as bases da política de ação social no Ensino Superior, enquadrando o seu
desenvolvimento no âmbito das respetivas instituições de ensino, às quais competia definir o modelo de
gestão a adotar e a escolha dos instrumentos mais adequados para executar a política definida pelo Governo.
Com a publicação do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior - RJIES (Lei n.º 62/2007, de 10 de
setembro), os Serviços passaram a ter autonomia administrativa e financeira, nos termos e âmbito definidos
por lei e pelos estatutos da instituição de ensino superior a que estivessem adstritos, sendo sujeitos à
fiscalização exercida por fiscal único e as suas contas consolidadas com as da instituição. O RJIES também
revogou os artigos 12.º a 17.º do Decreto-Lei n.º 129/93, passando os Serviços de Ação Social a ser geridos
por um Administrador, sem competências próprias (apenas as delegadas pelo Reitor), deixando de ter um
órgão coletivo de gestão (Conselho Administrativo). Com a publicação dos Estatutos da Universidade de
Coimbra, a 1 de setembro de 2008, ficaram reunidas as condições para a criação do primeiro Regulamento
Orgânico dos SAS, a 12 de março de 2010 (D.R., 2.ª Série – n.º 50). Com esta alteração, os SAS passaram
as estar estruturados em 4 Direções de Serviços; 7 Divisões e 19 Serviços/Gabinetes na dependência direta
do Administrador, dos Diretores de Serviços ou dos Chefes de Divisão.
A missão dos SAS (artigo 28º dos Estatutos da Universidade de Coimbra) manteve como objetivo
primordial o apoio aos estudantes, concretizado em medidas de apoio social direto: bolsas de estudo e
auxílios de emergência; medidas de apoio social indireto: acesso à alimentação e ao alojamento, acesso a
serviços de saúde, apoio às atividades culturais e desportivas, acesso ao apoio psicopedagógico e ainda
outros tipos de apoios de carácter social, cultural e educativo.
Em 2012, operaram-se alterações significativas ao modelo orgânico e de gestão dos SAS, tendo o
Conselho Geral de 7 de dezembro aprovado o documento “Perspetivas sobre os Serviços de Ação Social
da Universidade de Coimbra”, onde se preconizava uma dinâmica de mudança nas estruturas e processos
dos SAS, ao nível, quer das competências de gestão; quer de aspetos organizacionais; quer a nível da
sustentabilidade.
Em 17 de fevereiro de 2012 foi publicado o Regulamento Geral dos Serviços de Ação Social da
Universidade de Coimbra (Regulamento n.º 61/2012, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 35),
que define os SAS como um serviço da UC, ao qual cabe desenvolver a ação social universitária no âmbito
da UC. Como princípios da gestão administrativa, financeira e patrimonial define-se que os SAS são serviços
dotados de autonomia administrativa e financeira no âmbito da UC, encontrando-se sujeitos aos órgãos de
governo da Universidade no que toca à sua gestão administrativa, financeira, patrimonial e de recursos
humanos. Define-se ainda que estes Serviços estão sujeitos a fiscalização do Fiscal Único da Universidade;
15 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
consolidação de contas com a UC e que não dispõem de património imobiliário próprio. São designados
como órgãos dos SAS: o Conselho de Ação Social (enquanto órgão superior da ação social no âmbito da
UC, com competências para a definição e orientação do apoio a conceder a estudantes); o Conselho de
Gestão da Universidade (com competências para conduzir a gestão dos SAS no âmbito administrativo,
financeiro, patrimonial e de recursos humanos); o Reitor da UC (órgão superior de governo) e o
Administrador dos SAS (para assegurar a gestão corrente). Em 2016, com o Despacho Reitoral n.º 193/2016,
de 4 de outubro, foi criado o Conselho de Gestão dos SASUC, que passou a assumir as competências até
aí atribuídas ao Conselho de Gestão da Universidade. Ao nível de orçamento e finanças, este Despacho
determina ainda que os SAS apresentam o projeto do seu orçamento, com base na dotação que lhes for
atribuída pela Universidade e nas suas receitas próprias, competindo ao Conselho de Gestão aprovar o
projeto de orçamento e o projeto de relatório e contas dos SAS. Na sequência destas alterações
regulamentares e das perspetivas de mudança aprovadas, procedeu-se ainda à reorganização da estrutura
orgânica dos SAS, numa ótica de atualização ao contexto, com a necessária racionalização das estruturas e
melhor aproveitamento de recursos, eliminando redundâncias de serviços entre a UC e os SAS, tendo em
vista a determinação de possíveis complementaridades.
A nova estrutura orgânica ganhou forma com a publicação, a 16 de março de 2012, do Regulamento
Orgânico dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (Regulamento n.º 122/2012, publicado
em Diário da República, 2.ª série, n.º 55). Das alterações mais significativas destaca-se a redução de quatro
para duas Direções de Serviços, valorizando-se o enfoque na missão, em detrimento do enfoque na
estrutura. Foram ainda criadas, ao abrigo artigo 4.º do novo Regulamento Orgânico, equipas de projeto,
entendidas como estruturas provisórias, criadas pelo Administrador dos SAS, para responder a necessidades
não permanentes dos SAS ou visando a solução de novas questões ou exigências. No início de 2013, a
estrutura orgânica dos SAS compreendia, além das unidades formalmente definidas no Regulamento
Orgânico, três equipas de projeto, duas delas, na dependência do Administrador, determinaram a criação
de estruturas provisórias para desenvolvimento de processos da competência de unidades orgânicas dos
serviços de suporte (Equipa de Projeto Compras) e de serviços de apoio ao estudante (Equipa de Projeto
para Atribuição de Benefícios Sociais). A terceira equipa de projeto constituída, na dependência da Direção
de Serviços de Suporte à Atividade, visou a implementação das competências dos Serviços de Oferta
Integrada (estrutura fixa na orgânica dos SAS).
Em função da maior plasticidade da estrutura dos SAS decorrente do atual enquadramento
orgânico, que passou a incluir além de estruturas permanentes, as estruturas transitórias, o ano 2013 foi
marcado por mudanças tendentes à consolidação da nova configuração orgânica. Este movimento incluiu a
extinção de algumas equipas de projeto criadas em 2012, designadamente a equipa de projeto na área das
compras (que vigorou de julho de 2012 a julho de 2013); a equipa de projeto na área da atribuição de
benefícios sociais (que vigorou no ano letivo 2012/13) e a equipa de projeto para implementação dos
Serviços de Oferta Integrada (que vigorou de julho de 2012 a dezembro de 2013). Em 2013 foram ainda
constituídas novas equipas de projeto para aprofundamento da reestruturação orgânica em curso,
designadamente, no âmbito dos SASUC, a equipa de projeto para implementação do “Programa de Apoio
Social a Estudantes através de atividades de tempo Parcial” (PASEP), constituída pelo Despacho n.º
12917/2013, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 195, e, na dependência da Reitoria da UC em
articulação direta com a Administradora dos SAS, a equipa de projeto “Sustentabilidade na Ação Social”,
constituída pelo Despacho n.º 10379/2013, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 152, a 8 de agosto.
Na sequência da análise e da reflexão alargada efetuadas no âmbito do Projeto de Sustentabilidade
na Ação Social e tendo em conta o processo de alterações em curso das estruturas da Administração da
Universidade de Coimbra e dos SASUC, foram identificadas algumas atividades que assumiam natureza
idêntica ou complementar e cuja agregação se apresentava como meio conveniente e adequado aos
diferentes público-alvo, tendo em vista uma melhor prestação dos serviços e um melhor aproveitamento
dos recursos envolvidos. Por outro lado, durante o ano de 2014 verificou-se igualmente a necessidade de
proceder ao ajustamento dos Serviços de Oferta Integrada em função do seu crescimento e
reconhecimento na comunidade universitária. Estas constatações determinaram nova alteração ao
Regulamento Orgânico dos SAS aprovado em março de 2012, com a publicação do Despacho n.º 4707/2014,
de 1 de abril, que veio criar os Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho e transformar os
Serviços de Oferta Integrada em Divisão de Oferta Integrada de Serviços.
No final de 2015 ocorreu o término do projeto especial “Sustentabilidade na Ação Social” (Aviso
n.º 2953/2015, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 55, de 19 de março de 2015), mantendo-se
ativa, em 2015 e 2016, a equipa de projeto para assegurar a operacionalização do PASEP (Despacho n.º
8/2015 da Administradora dos SASUC, de 18 de setembro e Despacho n.º 8/2016 da Administradora dos
SASUC, de 5 de setembro). A 31 de dezembro de 2016 a estrutura orgânica dos SAS era a seguinte –
Figura 1.1.
Figura 1.1 Organograma SAS, 6.ª revisão de 31/12/2016
SISTEMA DE GESTÃO DA UC (SG.UC) NOS SASUC
Os SASUC, enquanto uma das unidades e serviços centrais da Universidade de Coimbra, partilham
as mesmas linhas orientadoras do Sistema de Gestão da Universidade de Coimbra (SG.UC). A adequação
do sistema de gestão dos SASUC a estes princípios decorre da aprovação do Regulamento Geral
(Regulamento n.º 81/2012, de 17 de fevereiro) e do Regulamento Orgânico (Regulamento n.º 122/2012, de
16 de março, alterado pelo Despacho n.º 4707/2014, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 64, de
1 de abril) destes Serviços, que vieram definir princípios gerais de governação e de gestão no atual contexto
legislativo estatutário. Em 2013 formalizou-se o alargamento do SG.UC a toda a estrutura da UC, tendo-se
constituído o órgão máximo deste sistema: o Conselho da Qualidade.
17 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
O SG.UC é apresentado no Manual do Sistema de Gestão | SG.UC. Neste documento encontram-
se definidos o enquadramento; missão, valores e visão da UC, estrutura organizacional, Política da Qualidade
e a caracterização do SG.UC (âmbito; Norma ISO 9001 e abordagem por processos; mapa de processos;
estrutura e níveis de responsabilidade; articulação entre sistemas; documentação; e partes interessadas) e
do ciclo de melhoria contínua da UC.
O SG.UC pressupõe níveis de responsabilidade estratégica (Conselho da Qualidade; Representante
da Gestão e Gestão de Topo); de gestão (Divisão de Avaliação e Melhoria Contínua da Administração da
UC, Gestor da Qualidade e Dirigentes Intermédios) e de implementação (dinamizadores da qualidade,
auditores internos da qualidade; estudantes, docentes, investigadores e técnicos da UC; e partes
interessadas externas).
Considerando processos de melhoria contínua e alterações de contexto, o SG.UC é um sistema
vivo que se tem caraterizado nos últimos anos por intensas reestruturações. Em 2016, o SG.UC
compreende os seguintes processos, alinhados com o quadro de definição estratégica orientador do Plano
Estratégico da UC (2015-2019) – Figura 1.2.
Figura 1.2 Mapa de Processos SG.UC (versão 20, de 08/02/2016)
Dada a dimensão e complexidade dos processos e atividades desenvolvidos na UC, o SG.UC prevê
a existência de subsistemas de gestão no contexto das UO/UECAF/Outros Serviços externos à
Administração da UC, no âmbito dos quais se tem desenvolvido a documentação de nível 2 dos processos
geridos no âmbito das competências dos SASUC:
P074 – Apoio à Comunidade Universitária (SG.UC) – que compreende as atividades de missão
dos SASUC, enquadradas organicamente na Direção de Serviços de Apoio ao Estudante, Serviços
de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho e algumas atividades de apoio à comunidade UC
asseguradas pela Divisão de Oferta Integrada de Serviços da Direção de Serviços de Suporte à
Atividade);
SAS_P021 – Suporte ao Apoio à Comunidade Universitária (Subsistema de gestão SASUC) – que
compreende as atividades de suporte dos SASUC enquadradas organicamente na Direção de
Serviços de Suporte à Atividade, Gabinete de Sistemas Informáticos e de Informação e Gabinete
de Apoio à Gestão).
Toda a documentação do sistema encontra-se disponível na área de acesso restrito da página Web
da UC, disponível a toda a comunidade docente e não docente.
Os SASUC partilham ainda os princípios e processos orientadores do ciclo de melhoria contínua
da UC, designadamente ao nível da implementação do P202 – Planeamento, Avaliação e Melhoria.
19 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO
A construção participada, por todos os trabalhadores dos SASUC, no final de 2015, do Plano de
Ação SAS 2015-2019, alinhado com o Plano Estratégico da UC para o mesmo período temporal, permitiu
assegurar o envolvimento e compromisso da organização com o planeamento estratégico. Em 2016, à
semelhança de anos anteriores, foi assegurado o planeamento operacional, com a elaboração do Plano de
Atividades SAS 2016, alinhado com estes documentos estratégicos, tendo ainda sido assegurada a
monitorização semestral do Plano de Ação SAS 2015-2019, conforme previsto no P010 – Planeamento da
Universidade de Coimbra e GO065 – Elaboração e Monitorização dos Planos de Ação.
A elaboração do relatório de autoavaliação do SG.UC relativo aos SASUC, no âmbito do P072 –
Avaliação Institucional, aliada à monitorização semestral de indicadores de atividade previstos no Plano de
Ação SAS 2015-2019 e análise e reflexão associadas a estes processos, permitiram, no final de 2016,
identificar propostas de ajustamento e melhoria do documento estratégico, remetidas para a Divisão de
Planeamento, Gestão e Desenvolvimento da Administração da UC no âmbito da monitorização realizada
com referência a 31-12-2016.
No Quadro 2.1 sintetizam-se os resultados da monitorização, com referência a 31-12-2016, das
metas identificadas para os SASUC:
Pilar/Área Meta Sit. Inicial
(2014) 2015 2016
Meta
2019 Indicador
MIS
SÃ
O
INVESTIGAÇÃO
Aumentar o n.º de iniciativas de
empreendedorismo/inovação social promovidas
por UO/Serviços da UC nos SAS
0 0 0 2 n.º de iniciativas
ENSINO Reduzir a taxa de abandono escolar efetivo dos
estudantes apoiados pela ação social da UC
Alojados regime geral:
n/d
Beneficiários PASEP:
0%
Beneficiários apoios
diretos: n/d
n/d n/d A monitorizar Taxa de abandono
escolar efetivo
COMUNIDADE
Aumentar em 25% o n.º de parcerias
intrauniversitárias dos SASUC 29 23 31 36 n.º de parcerias
Aumentar em 50% o n.º de parcerias
extrauniversitárias dos SASUC 14 16 12 21 n.º de parcerias
RE
CU
RS
OS
PESSOAS
Estabelecer um plano pessoal de
desenvolvimento para, no mínimo, 20% do
pessoal técnico
0% 0% 0% 20% % de trabalhadores
com plano pessoal de
desenvolvimento
ECONÓMICO-
FINANCEIROS
Obter financiamento no valor de 1 M€ em
programas de financiamento ou prémios € 0 € 5 000 € 83 867 1 M€
Volume de
financiamento
competitivo
INFRAESTRUTU
RAS
Garantir a cobertura total dos espaços úteis por
fibra ótica e rede wireless
Fibra ótica: 67%
Wireless: 45%
100%
52%
100%
56%
100%
100% Grau de cobertura
Assegurar a execução de 100% do plano de
instalações dos SAS para o quadriénio 0% 29% 55% 100% Grau de execução do
plano
SU
ST
EN
TA
BILID
AD
E
INTERNACIONALI
ZAÇÃO
Alcançar 35% de utentes de nacionalidade
estrangeira alojados nas residências, 15% no
apoio à infância e 20% nos serviços de saúde
Alojados RU: 29%
Apoio Infância: 12%
Serv. Saúde: 18%
33%
13%
26%
35%
12%
28%
35%
15%
20%
% de utentes de
nacionalidade
estrangeira
CIDADANIA E
INCLUSÃO
Aumentar em 20% o número de beneficiários de
apoios sociais disponibilizados pela UC
Beneficiários
(13/14): 465
Montante (13/14):
270.322€
Beneficiários
(14/15): 452
Montante (14/15):
286.731€
Beneficiários
(15/16): 424
Montante (15/16):
263.462€
577
316.390€ (FAS + PASEP)
Assegurar a 100% o cumprimento das obrigações
legais em matéria de vigilância da saúde dos
trabalhadores
78% 43% 29% 100%
% (N.º de exames de
saúde realizados / n.º
de exames de saúde
previstos
MARCA UC Aumentar o reconhecimento da UC através do
reconhecimento de boas práticas dos SASUC 0 3 4 5 n.º prémios atribuídos
COMUNICAÇÃO
Aumentar em 30% o número de de visitas às
páginas web, duplicar o n.º de seguidores nas
redes sociais e assegurar mais de 50% de
referências em órgãos de comunicação
social/ano
3.843
439.403
169
5.029
524.746
296
6.002
552.287
501
7.686
571.224
254
n.º seguidores
n.º visitas
n.º ref. OCS/ano
AMBIENTE
Triplicar a área de painéis solares de produção
de energia elétrica
Triplicar a área de painéis solares de produção
de energia térmica
Fotovoltaicos: 0 m2
Térmicos: 69,06 m2
0 m2
69,06 m2
0 m2
69,06 m2
A monitorizar
207,18 m2 Áreas de painéis (m2)
Legenda: alterações efetuadas pela unidade
Quadro 2.1 Metas do Plano de Ação SAS 2015-2019 – monitorização a 31.12.2016
21 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Destacam-se como evoluções mais positivas as conseguidas na área de sustentabilidade Marca UC,
com a conclusão da ação relacionada com as comemorações dos 50 anos dos SASUC e volume de
candidaturas e prémios de reconhecimento de boas práticas dos SASUC alcançados até ao momento. Na
área de Comunicação encontra-se em curso a reformulação do website, que se espera contribuir para se
atingir a meta definida ao nível do aumento do número de visitas à página web. Destacam-se ainda os
progressos no pilar de recursos Infraestruturas, decorrentes de maior planeamento e investimento
realizado, e no pilar de missão Comunidade, com o aumento do recurso a parcerias para reforço da Ação
Social da UC e da ligação à comunidade local.
No pilar de missão Ensino, apesar de se manter a dificuldade de aferir eficazmente a taxa de
abandono escolar em beneficiários de apoios sociais, bem como compreender adequadamente as causas
deste problema complexo, visando otimizar os efeitos das intervenções da ação social da UC, destaca-se o
contributo do diagnóstico externo aos SASUC no âmbito da gestão do PASEP, que permitiu identificar
novas abordagens para potenciar o impacto e sustentabilidade da intervenção. Nos próximos anos será
dada ênfase às ações relacionadas com o aprofundamento da compreensão deste fenómeno e continuidade
do desenvolvimento de mecanismos de diagnóstico, deteção precoce e intervenção no insucesso e
abandono.
No pilar de missão Investigação foram identificadas ações para os próximos anos visando maior
proximidade a Unidades de Ensino e Investigação da UC que permitam o reconhecimento dos SASUC e da
Ação Social da UC como campo relevante para o desenvolvimento de iniciativas de
empreendedorismo/inovação social, considerando a recente alteração do paradigma subjacente à
intervenção social. Em 2016 os SASUC participaram no Congresso de Inovação e Empreendedorismo Social
na FEUC, com a apresentação da intervenção pelo PASEP, esperando-se, no próximo ano, identificar e
divulgar outros desafios que se colocam à eficácia das respostas da ação social da UC na ótica da
rentabilização dos contributos da investigação da UC para a resolução de problemas reais e concretos na
esfera da própria Instituição (e transversais à sociedade portuguesa), com benefícios para a melhoria
contínua e maior eficácia da ação social e do impacto da investigação realizada na UC.
No pilar de recursos Económico-Financeiros, apesar dos progressos no desenvolvimento do
SG.UC e dos SI, bem como na realização de serviços especializados como forma de diversificar fontes de
financiamento na ótica da promoção da sustentabilidade dos SASUC, os resultados de candidaturas a
programas de financiamento têm ficado aquém do esperado. Os requisitos de elegibilidade em linhas de
financiamento na área da Inovação Social (que excluem entidades públicas por não as considerarem
entidades da economia social) e a reduzida dimensão e especificidade das atividades dos SASUC em linhas
de financiamento de modernização administrativa (que penalizam a avaliação em parâmetros de relevância,
escalabilidade e replicabilidade das operações) são os fatores identificados como condicionantes dos
resultados obtidos.
No pilar de recursos Pessoas, pese embora os esforços no sentido de disponibilizar formação
interna e no âmbito de parcerias e a dinamização de um modelo de comunicação interna promotor da
participação e do envolvimento/compromisso das pessoas com a estratégia, a ausência de Plano de
Formação da UC cofinanciado e de orientações transversais ao SG.UC para a definição de planos pessoais
de desenvolvimento para trabalhadores, têm condicionado os resultados.
Na área de sustentabilidade Cidadania e Inclusão, o decréscimo que se tem verificado no número
de beneficiários e montante dos apoios completares da UC à ação social direta do Estado, induzem à
reflexão sobre outras formas de promoção da integração e desenvolvimento da comunidade UC,
designadamente pela promoção do voluntariado, identificação de respostas para necessidades de estudantes
deslocados, estudantes com NEE e estudantes excluídos dos apoios complementares da UC. A integração
da iniciativa SCI5 (promover uma cultura de saúde e segurança) nesta área de sustentabilidade, implicou
também a definição de metas que contemplem as ações nesta vertente de promoção da Cidadania e Inclusão
da comunidade UC.
Na área de sustentabilidade Ambiente subsistem dificuldades na aferição de consumos por m2,
identificando-se a necessidade do reforço de articulação com a GESA nas ações previstas para a redução
de consumos e resíduos, alargando a esfera dos contratos de reciclagem em espaços dos SASUC e definição
de projetos na área da eficiência energética. Destaca-se nesta área o desenvolvimento da Campanha contra
o Desperdício Alimentar, finalista dos Food & Nutrition Awards em 2016.
Como ações de melhoria para a otimização de resultados e da eficácia da monitorização do Plano,
destacam-se ações visando monitorização da taxa de abandono escolar (em articulação c/ SGA e/ou FPCE-
UC); a necessidade de orientações do SG.UC sobre a definição de planos pessoais de desenvolvimento para
pessoal técnico e o reforço da articulação com a GESA nas ações previstas na área Ambiente.
Considerando os resultados alcançados e reflexão sobre as ações previstas na área de
sustentabilidade "Comunicação" e no pilar de recursos “Económico-Financeiros” procedeu-se à revisão das
metas para estas áreas. Ressaltou-se ainda a necessidade de rever metas e ações da área de sustentabilidade
Cidadania e Inclusão, clarificando o que se pretende atingir ao nível da promoção de uma cultura de saúde
e segurança na UC, para toda a comunidade.
Na sequência desta monitorização e reflexão e visando potenciar o envolvimento de toda a
organização com o planeamento da UC, foram definidos Objetivos Intermédios para 2017-2018, a partir do
Plano de Ação SAS 2015-2019, visando o alinhamento de objetivos individuais SIADAP, em fase de arranque
de novo ciclo de avaliação do desempenho, com o Planeamento Estratégico.
23 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
COMEMORAÇÕES DOS 50 ANOS DOS SASUC
Corria o ano de 1966. Vivia-se em ditadura em Portugal. A seleção portuguesa dava cartas no
mundial de futebol, atingindo o 3º lugar com a seleção dos Magriços onde Eusébio e Coluna brilhavam. Era
inaugurada a ponte sobre o Tejo. O Código Civil Português era aprovado. Ouvia-se Beatles e the Sound of
Silence, de Simon e Garfunkel. A 7 de novembro, eram instituídos os Serviços Sociais da Universidade de
Coimbra, pelo Decreto-Lei nº 47 303, na sequência do que já tinha sido feito sensivelmente um ano antes
na Universidade do Porto.
Há 50 anos a única cantina universitária existente era a do complexo central, designada pelo edifício
das instalações académicas, não havia residências universitárias (mesmo a residência da Alegria, que um dia
há-se ser nossa, só no ano seguinte foi arrendada por via da Mocidade Portuguesa), os serviços médicos, a
creche e o jardim de infância só surgiram já na década de 70. Não havia Centro Cultural Dom Dinis, Espaço
Costura, Lavandarias self-service, banco de trajes académicos, apoio psicopedagógico ou apoio a estudantes
com necessidades educativas especiais. Mesmo no que diz respeito aos apoios diretos, só no ano letivo de
69/70 foram atribuídas as primeiras bolsas de estudo a 217 estudantes (hoje atribuímos anualmente quase
4.000). Não havia apoios sociais inovadores, como o Fundo de Apoio Social (criado por Deliberação do
Senado em 2004) ou o PASEP, criado em 2013, que se assumem cada vez mais como importantes apoios
sociais para os estudantes da UC.
O muito que aconteceu durante 50 anos foi comemorado em 2016, através de 15 atividades, que
decorreram ao longo de todo o ano e nas quais participaram cerca de 1500 pessoas.
O extenso programa comemorativo teve início a 9 de janeiro, junto de várias gerações de
trabalhadores dos SASUC, no tradicional convívio de trabalhadores - Festa de Reis. A iniciativa somou a
participação de mais de uma centena de trabalhadores e seus familiares. Do programa destinado a crianças
familiares de trabalhadores constou um workshop de modelagem de balões e do programa sénior, um
workshop de dança. Todos puderam participar do animado jantar-convívio com animação musical e
saborear as sobremesas que integraram o muito disputado concurso – Figura 3.1.
Figura 3.1 Atividades realizadas no âmbito da Festa de Reis.
Foram ainda recolhidos testemunhos de atuais e antigos trabalhadores, registados em vídeo, como
forma simbólica de iniciar as comemorações junto de quem ao longo de cinco décadas ajudou a construir a
ação social da UC e através dos seus contributos, dar o sinal de partida para as décadas vindouras.
A 22 de abril, a comunidade universitária e a população em geral foram convidadas a assistir ao
espetáculo En(Cantos) de Coimbra, pelo Coro e Orquestra Maria Luciana Seruca, que contaram com a
participação especial da Estudantina Universitária de Coimbra. O evento decorreu pelas 18horas, na Capela
da Universidade de Coimbra, sem inscrição prévia – Figura 3.2.
Figura 3.2 Espetáculo En(Cantos) de Coimbra
Motivados, quer pelo 50º aniversário dos SASUC, quer pela 18ª edição da Semana Cultural da
Universidade de Coimbra, mas fundamentalmente pela obrigação moral, social e institucional de tornar a
25 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Universidade de Coimbra acessível, seja na vertente institucional, expressa na possibilidade de estudantes,
docentes, investigadores e trabalhadores portadores de deficiência encontrarem nesta universidade locais
acessíveis, como na vertente turística, fruível por um conjunto ainda mais alargado de pessoas, os SASUC
lançaram-se no empreendimento de tornar a Biblioteca Joanina acessível para pessoas com deficiência visual
e auditiva. À primeira visita, que decorreu a 28 de abril e na qual participaram 50 pessoas, foi dado o nome
Biblioteca Joanina /Outras Perceções – Figura 3.3.
Figura 3.3 Imagem da iniciativa Biblioteca Joanina/ Outras Perceções.
Esta primeira visita pretendeu assinalar a data a partir da qual os materiais desenvolvidos ficarão
disponíveis para usufruto de todos os visitantes da UC, integrados nas visitas incluídas no circuito turístico
da Universidade de Coimbra.
O apoio a estudantes com necessidades educativas especiais é uma das vertentes do apoio prestado
pelos Serviços de Ação Social. Por isso, não se tratou de uma área totalmente nova. Havia muito trabalho
preparatório já realizado e alguma experiência acumulada.
Desde o início, foi entendido que o desafio deveria ser encarado numa perspetiva de conjunto e
por isso, no projeto apresentado à Reitoria, para integrar o programa da 18ª Semana Cultural da UC, foi
contemplada parceria com entidades da UC e de fora desta, para desenvolvimento de conteúdo informativo,
para que os visitantes vejam melhorada a experiência de visita.
Ao Departamento de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de
Coimbra foi lançado o desafio da conceção de maquete da Biblioteca Joanina para apoio a visitantes com
deficiência visual.
Ao Instituto de História de Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, o da criação
de conteúdos descritivos adaptados aos visitantes com deficiência visual para integrarem a áudio-descrição
do circuito.
Ao Turismo da Universidade de Coimbra (Reitoria da Universidade de Coimbra), o fornecimento
de conteúdos existentes em versão editável e o apoio às visitas adaptadas.
À Escola Superior de Educação de Coimbra (Instituto Politécnico de Coimbra), a consultoria em
circuitos adaptados a pessoas com deficiência visual; a disponibilização de falante de Língua Gestual
Português/ Internacional para gravação vídeo do guia de apoio à visita, a ser acedido através de tablets de
empréstimo a pessoas com deficiência auditiva.
À ACAPO foi pedida consultoria em circuitos adaptados a portadores de deficiência visual –
Figura 3.4.
Figura 3.4 Produtos da iniciativa Biblioteca Joanina/ Outras Perceções.
Os produtos desenvolvidos no âmbito desta parceria foram uma maquete do exterior e interior
da Biblioteca Joanina, para que pessoas com deficiência visual consigam perceber as características de
edificado; a áudio descrição complementar à existente, para possibilitar a visita de invisuais à Biblioteca
Joanina; e a vídeo descrição em Língua Gestual, para possibilitar a visita a pessoas com deficiência auditiva e
de um roteiro Braille da visita à Biblioteca Joanina.
A divulgação oficial do programa comemorativo dos 50 anos dos SASUC decorreu em maio, na
conferência de imprensa realizada no dia 25 de maio, nas instalações do Complexo de Cantinas Central –
Figura 3.5.
Figura 3.5 Luís Menezes, Regina Bento, João Gabriel Silva e José Dias, na apresentação do programa
comemorativo do 50º aniversário dos SASUC.
Em paralelo, foi inaugurada a exposição fotográfica 50 Anos Atrás, da autoria de Horácio Novaes e
cedida pela Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, que pretendeu convidar à reflexão sobre
o caminho percorrido no meio século de existência de Ação Social na Universidade de Coimbra, a partir
de um conjunto arquitetónico de referência na academia coimbrã: o complexo de edifícios académicos que
inclui as Cantinas Centrais.
Foram evocadas as principais etapas da construção do conjunto de edifícios planeado pela
Universidade de Coimbra para albergar a Associação Académica de Coimbra, o Teatro Gil Vicente, mais
tarde renomeado Teatro Académico de Gil Vicente e valências de apoio à alimentação e desporto
universitários: 1954 - O projeto da autoria dos arquitetos Alberto José Pessoa e João Abel Manta é
apresentado; 1957 - A construção é iniciada; 1961 - O arranjo paisagístico e ajardinamento da zona interior,
27 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
da autoria do arquiteto Manuel Cerveira e que entre outros elementos, contempla o painel de azulejos da
autoria de Abel Manta, é iniciado; 1963 - Ocorre a inauguração. As fotografias da exposição foram tiradas
nesse ano.
Desde a década de 1960 a Universidade de Coimbra cresceu, estendendo o edificado a toda a
Cidade e a sua influência ao Mundo. O edifício que hoje conhecemos como Complexo Central de Cantinas
tem antigos e novos usos, na medida das necessidades dos membros da comunidade universitária: outrora
uma sala de bilhar, hoje uma pizaria; no passado um ginásio, hoje uma cantina com oferta pop-up, em linha
com a internacionalização da Universidade e com o palato das suas pessoas. E como das gentes perenes,
podemos identificar as rugas que o edifício ostenta, testemunho do muito que se tem vivido dentro e fora
das suas portas, pelas quais passaram gerações de estudantes, famintos de conhecimento, de experiência de
vida, de cultura, desporto e de tudo o que a vida contém e do muito que só a experiência universitária
encerra. A exposição ficou residente no espaço, que serve de apoio ao Sanduíche bar – Figura 3.6.
Figura 3.6 Imagem e inauguração da exposição fotográfica 50 Anos Atrás, de Horacio Novaes
O pendor fotográfico das comemorações foi continuado através do concurso 50 Anos 50 Fotografias
através do qual os membros da comunidade universitária foram convidados a contribuir com as melhores
fotografias sobre “Os SASUC na atualidade e ao longo dos últimos 50 anos” – Figura 3.7.
Figura 3.7 Cartaz do concurso de fotografia 50 Anos, 50 Fotografias
O concurso decorreu de 25 de maio a 25 de outubro.
A 27 de junho de 2016 destaca-se a apresentação “50 Anos de Ação Social na Universidade de
Coimbra” em reunião de Conselho Geral da UC. Nesta apresentação foi realizado o enquadramento de 7
séculos de ação social na UC, com particular destaque para a evolução dos apoios e serviços que têm vindo
a ser disponibilizados à comunidade UC desde 1960 a 2015. Numa segunda parte, foram apresentadas as
principais áreas de missão dos SASUC, ilustrando-se a evolução dos apoios e serviços da Ação Social na UC
nos últimos 5 anos, com base nos principais indicadores da atividade em cada valência (Apoios Diretos,
PASEP, Alimentação, Alojamento, Serviços de Saúde, Apoio à Infância, Serviços de Catering; Oferta
Integrada de Serviços). Foi ainda realizada uma breve apresentação das atividades de suporte, da evolução
dos indicadores económico-financeiros dos SASUC e da gestão de pessoas. Por fim, foram apresentados os
desafios futuros que se colocam ao desenvolvimento da Ação Social na UC, com destaque para a
necessidade de alargar e melhorar a capacidade instalada para alojamento na UC; centralizar a produção
alimentar dos serviços de alimentação e adaptar os apoios e a intervenção social dos serviços de forma
inovadora, visando melhorar a eficácia e o impacto da Ação Social na UC. Foi ainda apresentado o programa
das Comemorações dos 50 anos dos SASUC.
A Conferência ‘Horizontes da Ação Social no Ensino Superior’, realizada no auditório da Reitoria
da UC, no dia 8 de julho, visou refletir sobre a atualidade e o futuro dos serviços de apoio social no ensino
superior, envolvendo um conjunto de atores da ação social no contexto universitário, no debate de
questões relacionadas com os novos desafios da ação social no ensino superior. No decorrer do evento,
foram ainda apresentadas algumas boas práticas de ação social no ensino superior a uma plateia de cerca de
100 participantes que integrou elementos da generalidade dos serviços de ação social das instituições do
ensino superior do país.
A sessão de abertura da conferência contou com as intervenções do Reitor da Universidade
Coimbra, Prof. Doutor João Gabriel Silva; do Vice-reitor, Prof. Doutor Luís Menezes; da Administradora
dos SASUC, Dra. Regina Dias Bento; e do presidente da Direção-Geral da Associação Académica de
Coimbra, Dr. José Dias – Figura 3.8.
29 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Figura 3.8 Sessão de Abertura da Conferência Horizontes da Ação Social no Ensino Superior
O Diretor-Geral do Ensino Superior, Prof. Doutor João Queiroz apresentou a panorâmica geral
da ação social no Ensino Superior – Figura 3.9.
Figura 3.9 Alocução do Diretor-Geral do Ensino Superior, João Queiroz
Coube à Administradora dos SASUC, Dra. Regina Dias Bento, a moderação do Painel intitulado
Novos desafios da Ação Social no Ensino Superior, com intervenções das Docentes da Faculdade de Direito,
Prof.ª Doutora Matilde Lavouras (Ação Social em Tempo de Crise) e Prof.ª Doutora Sandra Passinhas
(Discriminação na Prestação de Serviços) e do Vice-Reitor da Universidade de Coimbra, Prof. Doutor Amílcar
Falcão (Inovação Social) – Figura 3.10.
Figura 3.10 Alocuções do período da manhã
O presidente da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra, Dr. José Dias apresentou a
comunicação intitulada: Necessidades e expectativas dos estudantes com a ação social – Figura 3.11.
Figura 3.11 Alocuções do período da tarde
O Administrador dos Serviços de Ação Social da Universidade de Lisboa, Dr. David Xavier,
moderou o painel Boas práticas na Ação Social Escolar no Ensino Superior, com as intervenções da Dra. Cristina
Jacinto, Administradora dos Serviços de Ação Social da Universidade do Porto (Cartão U. Porto- Modernização
Administrativa ao Serviço dos Estudantes), da Dra. Elsa Justino, Administradora dos Serviços de Ação Social da
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Ação Social e Desporto Para Todos) e da Dra. Maria João
Carvalho, Chefe da Divisão de Acolhimento e Integração dos SASUC (Projeto de Identificação e Intervenção
de Casos de Insucesso Escolar nas Residências Universitárias).
O programa das comemorações dos 50 Anos dos SASUC contemplou também a iniciativa
Universidade de Coimbra By Night que se realizou no dia 15 de julho, destinada a atuais e antigos trabalhadores
dos SASUC, no âmbito da qual estes tiveram acesso a uma visita noturna guiada pelos sítios mais
emblemáticos da UC, nomeadamente o Antigo Palácio Real (Sala dos Capelos, Sala do Exame Privado e Sala
das Armas), a Capela de São Miguel, a Biblioteca Joanina, Prisão Académica, subida à Torre da Universidade
e assistiram ainda a um momento musical. O evento teve uma duração aproximada de duas horas, tendo
participado 44 pessoas – Figura 3.12.
Figura 3.12 Participantes na iniciativa Universidade de Coimbra by Night
31 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
A eterna busca da felicidade foi o mote para o jantar-tertúlia realizado no Centro Cultural Dom
Dinis, a 27 de outubro. Os múltiplos fatores influenciadores da felicidade humana foram debatidos por Júlio
Machado Vaz, médico psiquiatra, docente universitário, escritor, conhecido radialista, estrela de programas
televisivos, que abordou a perspetiva da saúde e da doença. A Prof.ª Doutora Manuela Grazina, docente da
Faculdade de Medicina, proferiu uma alocução dedicada ao cérebro, idade, género, fé e crença. O Dr.
Fernando Catarino, gestor e professor do ensino secundário, discutiu a relação entre bem-estar e economia.
A moderação esteve a cargo do Padre Paulo Simões, Capelão da Universidade de Coimbra, Diretor do
Instituto Universitário Justiça e Paz e Coordenador do Projeto ‘Fundo Solidário’. Este evento, que inclui
jantar, conquistou a preferência de 116 participantes, que esgotaram a capacidade da sala – Figura 3.13.
Figura 3.13 Oradores e participantes na iniciativa no Jantar/tertúlia A eterna busca da Felicidade
O Dia do 50 aniversário da ação Social na Universidade de Coimbra, 7 de novembro, foi assinalado
com o lançamento do nº 47 da Revista Rua Larga, a publicação oficial da Universidade de Coimbra, totalmente
consagrado à efeméride – Figura 3.14.
Figura 3.14 Edição nº. 47 da Revista Rua Larga
O evento decorreu na Reitoria da Universidade de Coimbra, tendo contado com a presença de
cerca de uma centena de pessoas – Figura 3.15.
Figura 3.15 Lançamento da Revista Rua Larga
Dos textos integrantes da aludida edição, a rubrica Reitoria em Movimento ficou a cargo dos Vice-
Reitores Prof.º Doutor Luís Menezes e Prof.ª Doutora Madalena Alarcão, que assinaram dois textos: “A
Bolha na Cantina A” e “Acolher e integrar para amplificar percursos académicos de sucesso”,
respetivamente.
No segmento Oficina dos Saberes, foi integrado o Dossiê: 50 Anos De Ação Social - Há [mais de] 50
anos a fazer a diferença na vida de cada estudante, redigido pela jornalista Ana Morais, no qual se descreveram
os principais marcos da história dos SASUC e foram dados a conhecer alguns indicadores de atividade, assim
como testemunhos de estudantes: “é imensurável a importância dos SASUC para a Universidade de
Coimbra e para os futuros estudantes. A sinergia criada entre os diversos serviços prestados pelos mesmos
e a UC é de tal forma vigorosa que me é impossível imaginar uma UC sem a cooperação dos serviços. É
ainda notório o progresso que estes têm realizado, ano após ano, na melhoria das condições dos serviços
que oferecem à comunidade universitária”.
A rubrica Impressões, que foi coordenada pelo Gabinete de Apoio à Gestão/Comunicação, tendo
contado com a colaboração dos responsáveis dos diversos serviços, incluiu dois artigos: Crescer UC,
referente à Creche e ao Jardim de Infância e Integral, referente ao tema da inclusão.
Na secção Ribalta, foi dado destaque aos Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho;
Lavandaria, Engomadoria e Espaço Costura e à inovação, assim como à alimentação, com o Xiribitatatatá e
uma receita gastronómica da autoria do Chef Luís Lavrador.
No artigo Ciência Refletida os SASUC tiveram a colaboração do Prof.º Doutor Paulo Abreu, do
Departamento de Química, com o artigo A gastronomia molecular ou o laboratório na cozinha, no qual explica
a ligação quase natural existente entre uma cozinha e um laboratório químico.
Em Ao Largo, a Administradora dos SASUC concedeu uma entrevista, na qual fez o balanço do
passado, referiu os principais indicadores da atualidade e salientou o cariz inovador dos Serviços, a missão
social e a noção de que tudo é possível, referindo-se a um futuro desafiante e promissor.
Em Retrato De Corpo Inteiro foi dada voz aos estudantes, descreve o que afinal está por detrás
do acrónimo SASUC, num artigo assinado pela editora, Marta Poiares.
A Crónica desta edição foi escrita por um estudante de doutoramento da UC que se quis manter
anónimo, sob o título A Migalha que Viceja, uma reflexão sobre os aspetos a melhorar e desafios para o
futuro, designadamente no alargamento da ação social direta aos estudantes de doutoramento da UC,
muitos deles a passar atualmente graves dificuldades económicas.
No espaço Criação Literária a Despedida Permanente, de Paulo Kellerman deu espaço à prosa.
Na secção Lugar Dos Livros, foi destacada a bibliografia de referência da ação social, com merecido
destaque à obra Acção Social Escolar na Universidade de Coimbra, do Dr. António Luzio Vaz.
Para finalizar, na rubrica Apocalípticos e Integrados, o tema em discussão foi o das Bolsas de Estudo
no Ensino Superior, com a visão do Sr. Diretor-Geral do Ensino Superior, Prof.º Doutor João Queiroz em
contraponto com a visão da Administradora dos SASUC.
Todos os presentes, acompanhados pela Estudantina Universitária de Coimbra, foram convidados
a cantar os parabéns aos SASUC na antecâmara do Salão da Reitoria – Figura 3.16.
33 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Figura 3.16 Parabéns a Você, entoado pela Estudantina Universitária de Coimbra e corte do bolo de aniversário
A noite do aniversário foi pontuada pelo espetáculo inclusivo dos The Gift no Teatro Académico
de Gil Vicente, ante uma assistência de 764 entusiastas, que tiveram a oportunidade de assistir a um
inesquecível concerto inclusivo da autoria da banda, que já não era apresentado ao público desde 2012.
Tendo em conta uma das preocupações dos SASUC de inclusão de todos os estudantes da UC, a banda
aceitou, desde o primeiro momento, o convite de bom grado, produzindo um espetáculo único no âmbito
do aniversário dos 50 Anos dos SASUC. Este espetáculo ofereceu interpretação em Língua Gestual
Portuguesa para participantes surdos e audiodescrição para públicos cegos ou com baixa visão.
A ideia subjacente ao concerto foi a possibilidade da fruição de um evento musical por todos, sem
exceção. A receita reverteu na íntegra para os Serviços de Ação Social. O TAGV revelou-se pequeno para
tanta afluência, pelo que a lotação esgotou.
A banda disponibilizou-se para dar acesso aos camarins às pessoas com necessidades especiais, para
que a perceção do espetáculo, designadamente do guarda-roupa e características cénicas pudesse ser
percebida. Também houve lugar a animada sessão de autógrafos – Figura 3.17.
Figura 3.17 Concerto Inclusivo dos The Gift no Teatro Académico de Gil Vicente
O último evento que integrou o programa comemorativo foi o concerto solidário do Coro dos
Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra, realizado na Sala dos Capelos a 15 de dezembro, no qual
participaram cerca de 90 pessoas – Figura 3.18.
Figura 3.18 Concerto Solidário do Coro dos Antigos Orfeonistas na Sala dos Capelos
O concerto solidário do Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra contou com
a participação especial do tenor Nuno Silva, uma das vozes maiores do fado e canção de Coimbra da
atualidade. Os participantes puderam aceder à Sala dos Atos Grandes da Universidade de Coimbra,
habitualmente reservada a provas académicas e abertura solene das aulas, mas que desta feita abriu portas
à solidariedade. A receita reverteu integralmente para o Fundo Solidário, um projeto através do qual o
Instituto Universitário Justiça e Paz e um conjunto de parceiros, onde se incluem os SASUC, auxilia
estudantes do Ensino Superior com dificuldades económicas na prossecução dos seus estudos, promovendo
o sucesso académico e combatendo o abandono escolar. Recorde-se que no decurso do ano letivo
2014/2015 foram apoiados 78 estudantes da Universidade de Coimbra e muitos outros de outras escolas
superiores da cidade, que, através desse apoio, prosseguem os seus estudos.
O Coro dos Antigos Orfeonistas apresentou um repertório de excelência, num alinhamento onde
não faltaram os clássicos natalícios Natal de Elvas 1 e 2, Joy to the World e Silent Night. A música espiritual
esteve presente em temas como Lord's Prayer; Go Down e Just a Closer. Os grandes autores-compositores da
atualidade foram também celebrados em hinos intemporais, tais como Balada de Outono, Cantar de Emigração,
A morte Saiu à Rua, Traz Outro Amigo e Deixa-me Rir. Os clássicos do Coro Dos Antigos Orfeonistas também
não faltaram: Boiadeiro, O Vosso Galo Comadre e Coimbra.
Da sinopse acima apresentada, resulta a comemoração extensa e inclusiva de cinquenta anos ao
serviço dos Estudantes e demais membros da comunidade universitária de Coimbra.
A cada dia, os SASUC, em cada uma das suas pessoas, continuarão a fazer ação social à medida das
necessidades da população servida, havendo permanentes motivos para nova celebração.
35 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
ATIVIDADES
4.1 APOIOS DIRETOS
A atribuição de apoios sociais diretos compreende a gestão de processos de atribuição de bolsas
de estudo (ao abrigo do Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino Superior
– Despacho n.º 8442-A/2012, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 120, de 22 de junho, retificado
pela Declaração de Retificação nº 151/2012, de 14 de agosto e alterado pelo Despacho nº 627/2014, de 14
de janeiro, pelo Despacho nº 10973-D/2014 de 27 de agosto e pelo Despacho n.º 7031-B/2015, de 24 de
junho, que o republica) e a atribuição do Fundo de Apoio Social aos Estudantes da UC (FAS - programa de
atribuição de benefícios sociais com recurso a receitas próprias da Universidade de Coimbra).
Os processos de atribuição de bolsas de estudo e do FAS são geridos no âmbito das competências
do Núcleo de Bolsas, integrado na Divisão de Acolhimento e Integração da Direção de Serviços de Apoio
ao Estudante dos SAS.
Além da atribuição de apoios diretos (Bolsas e FAS), cuja abrangência dos apoios se encontra
definida nos respetivos Regulamentos, a ação dos SAS neste domínio compreende ainda a análise e
encaminhamento de situações que, pese embora traduzam necessidades de cariz socioeconómico com
potencial impacto na inclusão social e académica dos estudantes da UC, extravasam as competências dos
SAS no âmbito dos apoios disponíveis.
A par deste trabalho releva-se igualmente a ação desenvolvida em parceria com o Fundo Solidário,
que tem permitido assegurar respostas sociais alternativas às necessidades socioeconómicas dos estudantes
da UC (e de outras instituições de ensino superior da cidade de Coimbra), promotoras da integração e
prevenção do abandono no Ensino Superior.
4.1.1 BOLSAS
No ano civil de 2016, (que abrange os anos letivos de 2015/16 e 2016/17) não houve alterações ao
Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino Superior
No que respeita aos resultados finais do concurso do ano letivo de 2015/2016 foram atribuídas
bolsas a 4177 estudantes da UC, tendo sido recusadas 1080 candidaturas.
Quanto ao ano letivo de 2016/2017, com referência a 31 de dezembro de 2016, foram atribuídas
bolsas a 3281 estudantes, tendo sido despachados 4347 processos, o que corresponde a 83.40% do total
de concorrentes. Analisando a situação do concurso 2016/17 a 31 de dezembro com referência ao período
homólogo do ano letivo anterior constata-se, no presente ano letivo, um ligeiro acréscimo de concorrentes
(5) e um menor número de processos despachados – Quadro 4.1.1.1.
2016/17 (a 31/12/2016)
2015/16 (a 31/12/2015)
Variação
Nº % em rel. ao nº concorrentes Nº
% em rel. ao nº concorrentes
Bolsas de estudo (1) 3281 62,95 3461 66,47 -180
Processos recusados 598 11,47 550 10,56 48
Processos em reanálise 218 4,18 222 4,26 -4
Reclamações por motivo de rejeição (2) 14 0,27 22 0,42 -8
Aguarda notificação do despacho 236 4,53 301 5,78 -65
Despachados 4347 83,40 4556 87,5 -209
Erros de dados 28 15 13
Aguarda documentos 92 80 12
Aguarda dados/ interoperabilidade 9 9
Aguarda notificação de entrevista 12 10 2
Total 141 2,71 105 2,02 36
Processos Analisados 4488 86,11 4661 89,51 -173
Em análise 724 13,89 546 10,49 178
Nº Concorrentes 5212 5207 5 (1) 2016/17: Existem 3171 processos de bolsa em estado aceite e ou reclamação resolvida, estando 110 processos em reclamação. (2) 2016/17: Existem 124 processos em estado de reclamação (incluindo 110 processos com bolsa)
Quadro 4.1.1.1 Atribuição de bolsas de estudo nos anos letivos 2016/17 e 2015/16 (com referência a 31/12)
O menor número de processos despachados a 31 de dezembro de 2016 (ano letivo 2016/17) em
relação ao período homólogo do ano letivo 2015/16 esteve diretamente relacionado com a diminuição do
número de Assistentes Sociais com saída por reforma de uma Assistente Social no final de outubro, e os
problemas de funcionamento da plataforma informática de atribuição de bolsas (SICABE), gerida pela
Direção Geral do Ensino Superior (DGES).
37 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Em termos da evolução da atribuição de bolsas de estudo na UC nos últimos três anos letivos para
os quais estão disponíveis dados finais dos concursos - Quadro 4.1.1.2, constata-se, em 2015/16, um
aumento, quer do número de bolseiros, quer do número de concorrentes.
2013/2014 2014/2015 2015/16
Nº % Nº % N.º %
Bolsas de estudo 3938 75,18 3888 76,84 4177 79,46
Processos recusados 1300 24,82 1172 23,16 1080 20,54
Total de
Candidaturas 5238 100 5060 100 5257 100
Quadro 4.1.1.2 Atribuição de Bolsas de Estudo na UC de 2013/14 a 2015/16
Este aumento do número de bolseiros decorre das alterações introduzidas ao Regulamento em
junho de 2015, com impacto no ano letivo 2015/16. Constata-se, tal como previsto aquando da primeira
análise às alterações ao Regulamento, que um maior número de alunos veio a beneficiar de bolsa de estudo
equivalente ao valor da propina, enquanto que um número de alunos, com algum significado, viu o valor das
suas bolsas diminuído.
Uma das alterações verificadas no Regulamento de Bolsas de Estudo de Junho de 2015 com impacto
no valor das bolsas atribuídas foi a alteração dos critérios de cálculo das bolsas aos agregados de uma e
duas pessoas retirando as bonificações até aí existentes e que originou uma descida significativa da bolsa
média de 2014/15 para 2015/2016 - Quadro 4.1.1.3.
2014/2015 2015/2016
nº Encargo Bolsa Média nº Encargo Bolsa Média
Agregados de 1 pessoa 129 397132,38 3078,55 113 262679,23 2324,59
Agregados de 2 pessoas 525 1133672 2159,38 547 1008188,4 1843,12
Total 654 1530804,38 2340,68 660 1270867,63 1925,56
Quadro 4.1.1.3 Atribuição de Bolsas de Estudo na UC em 2014/15 e a 2015/16
Quanto aos motivos de indeferimento a 31 de dezembro de 2016 (ano letivo 2016/17), destacam-
se, à semelhança dos anos letivos anteriores, situações de indeferimento por exceder o limite de capitação
e por não cumprimento dos requisitos de aproveitamento escolar – Quadro 4.1.1.4.
Motivos de Indeferimento de Bolsa Nº %
Exceder o limite de capitação 237 39,63
Aproveitamento escolar 243 40,64
Instrução Incompleta 46 7,69
Conclusão curso Fora de prazo 25 4,18
Não matriculado 26 4,35
Património Mobiliário superior a 240*IAS 3 0,50
Estudante inscrito a menos de 30 ECTS 7 1,17
Não preenchimento condições elegibilidade 9 1,51
Situação tributária não regularizada 0 0,00
Cidadão s/ direito a residência permanente 1 0,17
Outros 1 0,17
Total 598 100
Quadro 4.1.1.4 Motivos de indeferimento de candidaturas a Bolsas em 2016/17 (com referência a 31/12/2016)
Da análise comparativa dos motivos de indeferimento nos últimos 3 anos letivos constata-se maior
representatividade de indeferimentos por excesso de capitação do agregado familiar e falta de
aproveitamento escolar – Quadro 4.1.1.5.
Motivos de Indeferimento de Bolsa 2013/2014 2014/15 2015/16
Nº % Nº % Nº %
Exceder o limite de capitação 531 40,85 505 43,09 419 38,80
Aproveitamento escolar 481 37,00 404 34,47 392 36,30
Instrução incompleta do processo 111 8,54 106 9,04 120 11,11
Não matriculado 49 3,77 45 3,84 43 3,98
Conclusão curso fora de prazo 38 2,92 34 2,9 34 3,15
Estudante inscrito a menos de 30 ECTS 34 2,61 41 3, 49 22 2,04
Património Imobiliário> 240*IAS 20 1,54 16 1,37 20 1,85
Não preenchimento de condições de elegibilidade 14 1,08 10 0,85 17 1,57
Situação tributária não regularizada 10 0,77 4 0,34 6 0,56
Cidadão sem direito a residência permanente em
Portugal 10 0,77 3 0,26 3 0,28
Agregado familiar sem rendimentos 1 0,08 3 0,26
Desistente 0 0 0 0
Outras Situações 1 0,08 1 0,09 4 0,37
Total de Indeferidos 1300 100 1172 100 1080 100
Quadro 4.1.1.4 Motivos de indeferimento de candidaturas a Bolsas de Estudo de 2013/14 a 2015/16
Analisando os dados dos últimos três anos letivos (excluindo os dados do concurso de 2016/17
por ainda se encontrar a decorrer), verifica-se, em 2015/16 uma inversão da tendência de diminuição do
número de concorrentes e do número de bolseiros – Gráfico 4.1.1.5.
Gráfico 4.1.1.1 Evolução do processo de atribuição de Bolsas de Estudo de 2012/14 a 2015/16
Considerando a experiência dos SAS na gestão do processo de atribuição de bolsas de estudo e
os contactos frequentes com os/as estudantes da UC, constata-se que o atual sistema de atribuição de
bolsas é muito deficitário em relação às necessidades dos/as estudantes, não sendo por vezes percetível
para aqueles a razão da não atribuição da bolsa ou do montante da mesma.
Seria assim fundamental que o Ministério procedesse à alteração deste Regulamento, revendo
alguns critérios de cálculos de rendimentos.
39 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
INTERVENÇÃO JUNTO DE ESTUDANTES COM BOLSA REJEITADA (2015/16)
Dando continuidade ao trabalho desenvolvido com a equipa de projeto “Sustentabilidade na Ação
Social” foi novamente lançado um inquérito aos alunos a quem foi rejeitada a bolsa de estudo em 2015/16.
Pretendeu-se, com este processo de auscultação, conhecer as imagens e projeções desta população relativas
ao indeferimento de bolsa; as implicações do indeferimento na vida pessoal e académica dos inquiridos; as
perspetivas sobre a continuidade dos estudos em resultado do indeferimento e verificar se tinham interesse
em novo contacto pelos SAS com vista à análise da situação na perspetiva de identificação de outros
possíveis apoios sociais.
O Inquérito aos estudantes com processos de bolsas de estudo rejeitados (SAS_Im0101),
questionário on-line, aplicado via LimeSurvey por amostragem determinística, decorreu em 2016 em 3 fases
de aplicação: de 16 a 29 de fevereiro; de 12 a 19 de abril e de 27 de julho a 4 de agosto. Foram convidados
a participar os candidatos a bolsa de estudo em 2015/16 com processos indeferidos, contabilizando-se 1082
convites enviados (este número não coincide com os dados finais do concurso – 1080 candidaturas
indeferidas - dado a aplicação do inquérito ter sido realizada no decurso do processo de análise de
candidaturas, podendo existir reclamações em curso de processos indeferidos). Foram obtidas 252
respostas válidas, o que corresponde a uma taxa de resposta de 23%.
Quando questionados sobre que implicações o indeferimento da bolsa de estudo tem nas suas
vidas académicas, as implicações mais referidas relacionam-se com restrições ao nível da participação em
atividades extraletivas (referida por 50% dos/as respondentes) e de material escolar (por 46%), sendo ainda
bastante referida a relacionada com a prestação de propinas em atraso (32%). Relativamente às implicações
do indeferimento na situação social, as mais referidas relacionam-se com o condicionamento da ocupação
de tempos livres e acesso à cultura (53%) e o recurso a ajudas de terceiros (família, instituições; 52%).
Quando questionados sobre as perspetivas para custear os estudos sem bolsa caso voltem a não
ter direito a este apoio da ação social no próximo ano letivo, 51% dos respondentes refere não saber como
vai custear os estudos, 13% indica saber como vai custear os estudos e 36% não responde. Os 13% (31
respondentes) que indicaram saber como custear os estudos na eventualidade de novo indeferimento de
candidatura a bolsa, indicaram, maioritariamente recorrer ao apoio da família, seguindo-se a opção de
trabalho ou aliar as duas soluções.
Quando questionados sobre se equacionavam o abandono dos estudos por não terem obtido bolsa,
20% dos respondentes respondeu afirmativamente, 31% negativamente e 49% não responderam. Dos 20%
que indicaram equacionar a hipótese de abandono (57 respondentes), 28% (15) referiram que seria um
abandono definitivo e 72% (42 respondentes) temporário.
Relativamente ao conhecimento de outros apoios diretos ou complementares da ação social na
UC, apenas 27% dos respondentes indicou conhecer o Fundo de Apoio Social a Estudantes da UC e 26% o
Programa de Apoio Social a Estudantes através de atividades de tempo Parcial (PASEP).
Quando questionados se estariam interessados em ser contactados pelos SASUC para reanálise da
situação e avaliação de possíveis apoios sociais alternativos à bolsa, 44% (117 respondentes) indicaram sentir
essa necessidade.
Os comentários, registados por 36 respondentes (14%), incidem, em grande medida, nas
dificuldades dos agregados familiares em suportar as despesas com a frequência do ES, destacando o peso
das propinas e deslocações.
Dos 117 estudantes que manifestaram interesse no apoio dos SAS, 43 foram, de facto, alvo de
algum tipo de intervenção, enquanto 33 , por motivos vários mas que determinaram a falta de condições
formais para tal, não conseguiram beneficiar do apoio pretendido. Daqui resultou uma taxa de sucesso (isto
é, de capacidade de intervenção) de 37.12%.
É importante referir, que dos 117 alunos que manisfestaram interesse num contacto dos SAS, 42
tinham a situação das propinas regularizadas e em 7 situações não foi possivel o contacto com os alunos.
Importa ainda clarificar a forma de intervenção dos SAS que, considerando a complexidade que
reveste o trabalho social, se traduziu numa análise cuidada e se não sempre casuística, privilegiando-se o
contacto próximo e contextualizado. Neste sentido, os SAS intervieram junto dos interessados, por forma
a procurarem soluções para colmatar as dificuldades económicas, tendo, para tal realizado um total de 14
contactos telefónicos, 13 entrevistas pessoais, 6 contactos de e-mail e 1 encaminhamento para o Fundo
Solidário, tendo alguns alunos sido alvo de mais do que uma intervenção.
Através destes contactos personalizados, os SAS procuraram encontrar respostas que permitissem
a identificação de soluções válidas e em tempo útil para colmatar as dificuldades registadas por aqueles
alunos que apresentavam evidentes carências socioeconómicas. E porque, recorde-se, no espírito da lei e
dos objetivos da ação social no ensino superior está o objetivo de garantir que ninguém deixe de estudar
por motivos de carência económica, foi assim possível encontrar respostas para um conjunto significativo
de estudantes que, de outra forma, ficariam irremediavelmente a descoberto de apoio.
No que respeita aos esquemas de apoio identificados como respostas sociais alternativas à bolsa,
nas 76 intervenções conseguidas, registaram-se 39 (51.32%) benefícios FAS propinas; 2 (2,63%) realizaram
atividades PASEP e 1 (1,32%) benefício FAS – Subsídio de Emergência.
Esta intervenção consubstancia a ação dos serviços e valoriza o papel que os SASUC têm e podem
ter na ação social. Não se conseguindo abranger necessariamente todos os que carecem de apoio social,
cabe-lhes uma tarefa que vai além das respostas mais formais e tradicionais, uma vez que a ação social – no
atual contexto – deverá ir claramente além através de outros instrumentos.
4.1.2 FAS
Pela deliberação do Senado, nº 43/2004 de 20 de outubro, foi criado, no ano letivo de 2004/2005,
o Fundo de Apoio Social aos Estudantes da UC (FAS) como um instrumento complementar ao regime das
bolsas de estudo.
O FAS tem o duplo objetivo de:
1. Comparticipar as despesas com propinas dos estudantes não bolseiros com manifestas e
comprovadas dificuldades económicas.
2. Fazer face a situações de comprovada emergência, entendidas como situações de grave risco
de sobrevivência de um estudante que não possui ou deixou de possuir os meios para prover
às suas necessidades básicas de alojamento, saúde e alimentação.
No primeiro caso dirige-se a estudantes não bolseiros e o seu pedido faz-se através de candidatura
ao concurso anual e traduz-se na atribuição do montante das propinas efetivamente pagas ou no valor
correspondente à diferença entre a propina mínima e a propina máxima estabelecida em cada ano letivo
consoante a capitação do agregado familiar é inferior a 300.00€ ou de montante igual ou superior a este
valor. Abrange os estudantes matriculados na UC em cursos de licenciatura ou mestrado, com
aproveitamento escolar no último ano letivo (realização no mínimo de 36 ECTS); que não tenham
41 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
beneficiado do FAS mais anos do que o número de anos do curso mais um ou dois, consoante o curso
tenha a duração de 3 ou mais anos; e cuja capitação média mensal do agregado não seja superior ao valor
da propina mínima (2015/2016 – 656,50€). A forma de cálculo da capitação considera os rendimentos
líquidos do agregado e permite a dedução de despesas de habitação e de encargos com a saúde dos
elementos do agregado portadores de doença crónica/prolongada.
No segundo caso, dirige-se a todos os estudantes da UC que frequentem cursos de licenciatura ou
de mestrado e que estejam em comprovada situação de emergência. Este apoio, cujo montante não pode
ultrapassar o valor correspondente à diferença entre a propina mínima e a máxima, pode ser atribuído em
duas tranches, sendo o pedido, devidamente fundamentado, efetuado através de requerimento dirigido à
Administradora dos SAS.
CONCURSO FAS PROPINAS 2015/2016
Durante o ano económico de 2016 decorreu o concurso, atribuição e pagamento do FAS propinas
referente ao ano letivo de 2015/2016. O concurso decorreu de 1 a 31 de março de 2016.
Os dados do concurso FAS propinas referente ao ano letivo 2015/16 sintetizam-se no Quadro
4.1.2.1.
Nº Alunos % Encargo (€)
Benefícios atribuídos 298 76,41 202.340,60
Benefícios Recusados 92 23,59
Total de Concorrentes 390 100
Quadro 4.1.2.1 Resultados do concurso FAS propinas 2015/2016
Dos motivos de indeferimento de candidaturas, destaca-se a não observância de requisitos de
aproveitamento escolar – Quadro 4.1.2.2.
Razões do Indeferimento Nº
% em rel.
ao nº
recusados
Condições de aproveitamento escolar 34 36,96
Exceder o limite de capitação 17 18,48
Ser bolseiro 14 15,22
Instrução incompleta do processo 13 14,13
Regime de Estudante Internacional 7 7,61
Não matriculado 2 2,17
Titular de grau académico similar 2 2,17
Património mobiliário superior 240xIAS 1 1,09
Inscrito a menos de 30 ECTS 1 1,09
Desistência 1 1,09
Total 92 100
Quadro 4.1.2.2 Distribuição dos motivos de indeferimento de candidaturas no concurso FAS propinas 2015/2016
SUBSÍDIOS DE EMERGÊNCIA ATRIBUÍDOS/PAGOS
Durante o ano civil de 2016 entraram 43 requerimentos de estudantes a solicitar a atribuição de
subsídio de emergência por se encontrarem com carências económicas, tendo sido deferidos 21
requerimentos, correspondendo a um encargo anual de 5.879,10€.
Muitos dos pedidos efetuados estavam relacionados com a necessidade de pagamento das propinas
para regularização da matrícula. Os requerimentos foram analisados e sujeitos a despacho superior.
Sempre que justificado, foram os alunos encaminhados para outras instituições com vista à
resolução da situação ou a complementar o apoio concedido pelos SAS.
No ano civil de 2016 os apoios concedidos através do Fundo de Apoio Social (propinas e subsídios
de emergência) representaram um encargo de 208.219,70€, sendo 202.340,60€ referente a FAS propinas e
5.879,10€ a subsídios de emergência.
No âmbito do Fundo de Apoio Social foi ainda disponibilizado, em 2016 e à semelhança dos anos
2014 e 2015, apoio humanitário a estudantes com estatuto de refugiado a frequentar a UC. O apoio
traduziu-se em alojamento em residência universitária, atribuição de credenciais de alimentação para
assegurar duas refeições diárias nas cantinas dos SASUC e acesso aos Serviços de Saúde da UC. Em 2014
foram apoiados 5 estudantes sírios, com alojamento e alimentação, correspondendo a um montante global
de apoios de 10.075,31€. Em 2015 foram apoiados 7 estudantes sírios, igualmente com alojamento e
alimentação, correspondendo a um montante global de apoios de 20.013,81€. Em 2016 foram apoiados 6
estudantes com estatuto de refugiado com alojamento e alimentação; 1 estudante com alimentação e acesso
gratuito aos Serviços de Saúde da UC; 1 apenas com apoio de alimentação e 6 apenas com acesso gratuito
aos Serviços de Saúde da UC, correspondo a um montante global de apoios de 9.352,85€.
ATRIBUIÇÃO DO FAS NOS ANOS LETIVOS 2013/2014 A 2015/2016
Da análise comparativa dos últimos três anos letivos de atribuição de benefícios no âmbito do FAS
constata-se uma diminuição progressiva, quer do número de concorrentes, quer do número de atribuições.
No mesmo sentido, os montantes atribuídos no FAS propinas decresceram 4% no ano letivo 2014/15 face
a 2013/14 e 7% no ano letivo 2015/16 face a 2014/15 - Quadro 4.1.2.3; Gráfico 4.1.2.1 e Quadro
4.1.2.4.
Anos Letivos Nº
Concorrentes
Atribuições Encargo (€)
Nº %
13/14 464 356 76,72 228 180,28
14/15 448 335 74,78 218 597,28
15/16 390 298 76,41 202 340,60
Quadro 4.1.2.3 e Gráfico 4.1.2.1 Evolução da atribuição do FAS propinas de 2012/13 a 2014/15
-3%
-6%
-13%
-11%
43 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Anos Letivos Nº Requerimentos Atribuições
Encargo (€) Nº %
13/14 31 17 54,84 6 663,19
14/15 43 26 60,47 7 732,23
15/16 43 21 48,84 5 879,10 Quadro 4.1.2.4 Evolução da atribuição do FAS subsídio de emergência entre 2013/14 e 2015/16
Os motivos de indeferimento dos pedidos de subsídio de emergência são, na sua maioria,
decorrentes do facto de os alunos não estarem inscritos na UC, já terem terminado os cursos, ou ainda
por já serem beneficiários de outros apoios.
É de realçar que em 2015/16 foram incluídos no 1.º escalão (atribuição do valor da propina
efetivamente paga) 137 estudantes, correspondente a um encargo de 136.818,43€ - Quadro 4.1.2.5.
Nº de estudantes
c/ FAS
Encargo
assumido
Escalão 1 137 136 818,43
(pagamento de propina na totalidade)
Escalão 2 161 65 522,17
(pagamento da diferença entre a propina máxima e mínima)
Total 298 202 340,60
Quadro 4.1.2.5 FAS propinas 2015/16: Distribuição por escalões
No Quadro 4.1.2.6 sintetizam-se os principais indicadores da atribuição deste benefício da UC
nos últimos três anos letivos.
Anos
Letivos
Nº
Concorrentes/Requerimentos Nº Atribuições
Encargo (€) FAS Propinas
Subs.
Emergência Total FAS Propinas
Subsidio
Emergência Total %
13/14 464 31 495 356 17 373 75,35 234 843,47
14/15 448 43 491 335 26 361 73,52 226 329,51
15/16 390 43 433 298 21 319 73,67 208 219,70 Quadro 4.1.2.6 Evolução da atribuição do FAS (propinas e subsídio de emergência) de 2011/12 a 2013/14
A diminuição de concorrentes ao FAS parece estar relacionada com o aumento do limite de
capitação para atribuição de bolsas de estudo, abrangendo alunos que anteriormente eram abrangidos pelo
Fundo de Apoio Social. Além desta situação vamos constatando que existe um desconhecimento grande
dos alunos acerca deste apoio, situação que é de difícil compreensão devido ao esforço de divulgação que
é feito pelos SAS, mas que precisará de ser intensificado.
Por seu lado, o indeferimento por falta de aproveitamento escolar não é exclusivo do FAS,
refletindo um problema da UC que tem sido alvo de intervenções pelos SASUC através da disponibilização
de apoio psicopedagógico a estudantes da UC, encaminhamento para o programa NEXT do Fundo Solidário,
entre outras.
4.1.3 FUNDO SOLIDÁRIO
Como ação complementar aos apoios diretos geridos no âmbito das competências dos SAS –
Atribuição de Bolsas de Estudo e do Fundo de Apoio Social aos Estudantes da UC – destaca-se a parceria
com o Fundo Solidário.
Este projeto, iniciado em maio de 2010, pelo Instituto Universitário Justiça e Paz, tem por objetivo
apoiar jovens do Ensino Superior com manifestas dificuldades/carências económicas, de forma a evitar que
estes abandonem os seus estudos, alertando a comunidade académica e a população em geral para a defesa
da igualdade de oportunidades no acesso e sucesso académico, no ensino superior.
Para concretizar a eficácia destes apoios junto da comunidade universidade, este projeto dá forma
a uma rede que envolve os diversos serviços de apoio ao estudante na cidade de Coimbra, nomeadamente:
Instituto Universitário Justiça e Paz; SASUC; Provedoria do Estudante da UC; Serviços de Gestão Académica
da UC; Rede UC; Serviços de Ação Social do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC); Provedoria do
Estudante do IPC; Serviços de Ação Social da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC);
Provedoria do Estudante da ESEnfC; Centro de Acolhimento João Paulo II; Cáritas Diocesana de Coimbra
e Instituto de Emprego e Formação Profissional de Coimbra.
Este apoio valoriza a especificidade de cada caso e procura encontrar um apoio específico e
satisfatório, no sentido de cada estudante poder prosseguir os seus estudos. Com a ajuda da rede de
parceiros, tenta encontrar respostas, consoante as necessidades do estudante, mesmo que seja o
encaminhamento para outras respostas sociais de entidades externas. O Fundo solidário apoia o pagamento
de propinas, despesas de alojamento, alimentação e planos de estudos.
No ano letivo 2015/16, pediram apoio ao Fundo Solidário 126 estudantes, 87 dos quais (69%)
pediram apoio pela primeira vez. Dos 126 pedidos, 104 (83%) foram elegíveis para apoio. Dos 126 pedidos
de apoio, 95 (75%) correspondiam a estudantes da UC, tendo 78 (75% do total de 104 apoiados) sido
apoiados pelo Fundo Solidário. Os estudantes da UC apoiados distribuíam-se pelas seguintes Faculdades -
Gráfico 4.1.3.1
Gráfico 4.1.3.1 Distribuição por Faculdade dos estudantes da UC apoiados pelo Fundo Solidário em 2015/16
Os apoios diretamente atribuídos pelo Fundo Solidário em 2015/16 atingiram o montante de
16.068,90€, distribuídos em apoios no pagamento de propinas (13.432,83€), rendas (1.476,15€), material
escolar (223,87€), transportes (167,95€), saúde (120,00€), alimentação (217,90€) e outros (430,20€). Os
apoios atribuídos sob a forma de empréstimos cifraram-se em 5.587,46€, distribuídos em apoios ao
pagamento de propinas (3.187,46€) e outros (2.400,00€).
45 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Além do encaminhamento de estudantes cujas necessidades de apoio extravasam as competências
dos SAS no âmbito da atribuição de apoios diretos, a colaboração dos SAS com o Fundo Solidário
contemplou ainda apoio indireto através da sensibilização de organizadores de eventos associados a serviços
de catering prestados pelos SASUC no sentido de canalizar donativos para este projeto, tendo ainda sido
recolhidos donativos no âmbito da Festa de Reis dos SASUC e as receitas de uma das atividades organizadas
no âmbito das Comemorações dos 50 anos dos SASUC – o Concerto pelo Coro dos Antigos Orfeonistas
da UC - revertido para este projeto.
4.2 APOIOS INDIRETOS
4.2.1 ALIMENTAÇÃO
O apoio alimentar à comunidade académica tem sido, desde sempre, uma das grandes
preocupações da Universidade de Coimbra, concretizado através dos respetivos Serviços de Ação Social.
Enquanto a grande maioria dos serviços congéneres do país têm optado pela concessão desta importante
componente da ação social, os dirigentes máximos da mais antiga universidade do país têm sabido manter
com êxito a exploração direta destes serviços, tão importantes no âmbito dos apoios indiretos da Ação
Social da UC. Têm-no feito com assinalável sucesso, pese embora algumas dificuldades que o trajeto de
qualquer organização de tamanha dimensão por vezes acarreta. A estruturação desta componente da missão
dos SASUC implica a interligação com outras estruturas de apoio, importando que a harmonia no
funcionamento de todas contribua para o fim comum: prestar um serviço de qualidade ao menor custo
possível.
Com a prestação deste importante serviço os SASUC contribuem para a melhoria das condições
de vida dos estudantes universitários em geral e para uma melhor integração dos novos estudantes, visando
a garantia da igualdade de oportunidade na frequência bem conseguida do Ensino Superior. Os preços sociais
praticados permitem assegurar todo o leque de refeições diárias a preços muito acessíveis. Acresce a esta
importante vertente a disponibilização de outros tipos de serviços alimentares que, diferenciados dos
anteriores, quer em preço, quer na sua composição, contribuem de forma acentuada para a sustentabilidade
da Ação Social da UC dado o importante volume de receitas que geram. Ambas as vertentes são importantes
na missão geral dos SASUC, complementando-se e constituindo até uma maneira indireta de financiamento
sustentado ao ser gerado internamente. Há aqui, de certa forma, uma repartição indireta do rendimento,
provocado por uma transferência diferida e inerente aos diversos tipos de serviços de alimentação
prestados. Importa, assim, que uma gestão equilibrada de ambas as vertentes desta ação contribua
positivamente para o êxito deste apoio a toda a comunidade.
A Divisão de Alimentação, para garantir este importante apoio, estrutura-se em unidades
alimentares dispersas pelos três polos da Universidade de Coimbra e é coordenada, no âmbito da atividade
da Direção de Serviços de Apoio ao Estudante, por um Chefe de Divisão, que é coadjuvado
administrativamente por quatro elementos. Compete a esta equipa, além de outras, as ações de
planeamento da atividade em geral, e das unidades alimentares em particular, a gestão dos respetivos
recursos humanos afetos e o controlo da produção e dos recursos e meios envolvidos. Sob a alçada da
Divisão de Alimentação funciona ainda o Gabinete de Nutrição e Controlo Alimentar, cuja missão
primordial é zelar pela garantia de uma alimentação saudável, segura e de qualidade e os Serviços de Catering
que asseguram serviços de alimentação diferenciados no contexto dos mais diversos eventos organizados
pela comunidade universitária.
A curta distância operacional da Divisão de Alimentação encontra-se a Divisão de Compras e
Logística que, funcionando no âmbito de atuação da Direção de Serviços de Suporte à Atividade, presta um
inestimável e imprescindível apoio para que a primeira possa, cabal e eficazmente, cumprir a sua tão
importante missão. Constrangimentos e perturbações na Divisão de Compras e Logística refletem-se
impreterivelmente na Divisão de Alimentação, podendo provocar atritos e disfunções que se refletirão,
necessariamente, na qualidade final do serviço prestado à comunidade académica. Uma clara simbiose de
interesses e vontades é de extrema importância para a garantia de um serviço de qualidade e de referência.
47 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Essa interligação deve ser forte, permanente, ativa, sincronizada, mas independente, para que se atinjam
níveis de qualidade e bons resultados económicos e financeiros. É, pois, fundamental que cada vez mais seja
analisada e desenvolvida a correta articulação entre as duas Divisões, não a desligando da necessidade de
se criar uma estrutura de planeamento que, especializando-se e munindo-se de ferramentas eficazes, liberte
os meios de uma e de outra Divisões para aquilo que deve ser o foco principal de cada uma delas.
Continuarão a ser os critérios de eficácia, eficiência e economia, aliados sempre ao objetivo último da
qualidade, que devem mover o conjunto.
A atividade dos SASUC em 2016, no âmbito do apoio alimentar disponibilizado à comunidade UC,
manteve o registo do ajustamento contínuo da oferta às expectativas e necessidades do público-alvo, com
a necessária salvaguarda da sustentabilidade dos serviços, bem como da melhoria dos recursos de suporte
direto a esta atividade.
No que respeita à oferta alimentar, em 2016, além da manutenção de ofertas sazonais que
revelaram bastante aceitação da comunidade UC em anos anteriores, destacam-se como novas ofertas:
Em janeiro, o alargamento da oferta de ilha de saladas ao Complexo Alimentar do Polo II
(CAP II);
De janeiro a abril, a disponibilização da oferta Cozinhas do Mundo, um dia por semana, no
restaurante universitário Casa da Pedra (Polo II);
De maio a junho, o Buffet de Leguminosas e Saladas na Sala B do Complexo Central, uma
oferta disponibilizada em colaboração com o Jardim Botânico da UC no Ano Internacional
das Leguminosas;
Em julho, o alargamento da capacidade do restaurante universitário Colégio de Jesus com a
reabilitação de duas novas salas;
Em setembro, a inauguração de nova unidade alimentar – Buffet do Polo II – numa tentativa
de fazer face ao decréscimo da procura de refeições snack no CAP II e na sequência de
auscultação extraordinária à comunidade UC no Polo II (realizada em julho), que deu origem
à criação desta nova unidade alimentar através da reorganização do espaço do CAP II.
Ao nível dos recursos de suporte direto aos serviços de alimentação, foram realizadas alterações
pontuais ao nível das equipas de trabalho e, já no final do ano, foi realizada uma alteração substancial ao
nível dos coordenadores das equipas das unidades alimentares. De um total de dez encarregados de outras
tantas unidades, três passaram a coordenar outras equipas e um passou a acumular a coordenação de duas
unidades. Foi ainda reforçada a formação interna dos trabalhadores dos serviços de alimentação no âmbito
da higiene, segurança alimentar, nutrição e empratamento, contabilizando-se 132 participações em
formação, num total de 237 horas de formação.
Visando a racionalização de recursos face ao cada vez menor número de trabalhadores diretamente
ligados às unidades alimentares e a garantia da qualidade da oferta alimentar dos SASUC, deu-se
continuidade ao processo de centralização da confeção, passando as refeições servidas na cantina Vermelhas
a ser confecionadas na cantina Restaurante Luzio Vaz do Polo III. No mesmo sentido foi constituído um
grupo de trabalho para análise da viabilidade da centralização da confeção, tendo os primeiros resultados
apontado soluções inovadoras que se espera implementar nos próximos anos. Durante o ano de 2016, foi
ainda consolidada a centralização do processo de corte, demolha, escorrimento, embalamento e congelação
de bacalhau, nas instalações da Divisão de Compras e Logística (Armazém Central), visando a uniformização
deste produto no fornecimento às unidades produtivas e a racionalização de recursos.
Destaca-se ainda o desenvolvimento do sistema de informação de suporte à gestão das vendas nas
unidades alimentares, que passou a permitir o pagamento das refeições com cartão UC que, aliado ao
pagamento através de contactless, se espera contribuir para a redução do tempo para atendimento nas
unidades alimentares dos SASUC - Figura 4.2.1.1.
Figura 4.2.1.1 Desenvolvimento das formas de pagamento de oferta alimentar aos SASUC
Neste domínio de desenvolvimento dos sistemas de informação, deu-se continuidade ao processo
de criação de armazéns setoriais, que contribuirá para um melhor controlo de todo o trajeto das matérias-
primas, desde a necessidade de aquisição até ao seu consumo.
No que se refere à melhoria das condições de funcionamento das unidades alimentares ao nível
dos equipamentos de sala há a realçar a aquisição de novas mesas para o restaurante universitário do Polo
III, que permitiu melhorar a arrumação da sala e rentabilizar a oferta de lugares, dada a versatilidade do
novo mobiliário adquirido. As mesas libertadas deste restaurante foram transferidas para o Núcleo de
Alojamentos para equipar a sala de estudo da residência universitária Pedro Nunes- Figura 4.2.1.2.
Figura 4.2.1.2 Novo mobiliário do restaurante universitário do Polo III
Para o conjunto das unidades alimentares procedeu-se ainda a alguns investimentos ao nível dos
equipamentos e utensílios de cozinha e de transporte de refeições confecionadas, visando melhorar a
qualidade na produção das refeições e no transporte destas das cozinhas até às salas onde são consumidas.
O acréscimo da oferta no Colégio de Jesus, resultante da disponibilização de duas pequenas salas contíguas
à sala principal, exigiu a disponibilização, pelos Serviços de Catering, de duas mesas redondas, bem como a
transferência, da cantina Vermelhas, de um banho-maria móvel e a disponibilização de uma nova panela
elétrica de distribuição de sopa. De referir ainda a aquisição de uma nova máquina de limpeza de pavimentos
para o Complexo Central do Polo I, especialmente destinada à limpeza da cozinha de forma a minimizar as
infiltrações de água para a sala de tratamento de legumes provocadas pelo uso abusivo de água.
49 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Ao nível de obras de beneficiação de infraestruturas há a referir as realizadas nas cantinas Sereia,
no Restaurante Luzio Vaz e no Complexo Central, todas elas visando a melhoria das condições de trabalho
e do cumprimento dos requisitos de higiene e segurança alimentar.
Destaca-se ainda o início das obras na antiga cantina amarela, visando, no início do próximo ano
letivo, disponibilizar uma oferta acrescida de serviços de alimentação à população universitária da
Universidade de Coimbra, quer através de serviços prestados diretamente pelos SASUC, quer por outros
operadores deste ramo de atividade - Figura 4.2.1.3.
Figura 4.2.1.3 Requalificação da cantina Amarela
Espera-se que esta nova unidade de oferta diversificada contribua, em larga medida, para a melhoria
da rapidez do atendimento e da qualidade dos serviços prestados no Complexo Central.
Também no final do ano foi possível dar-se início à intervenção na cantina Vermelhas, viabilizando
a disponibilização de nova sala de refeições e oferta de restaurante universitário à comunidade académica
da Faculdade de Economia da UC. Os investimentos em equipamentos (novas mesas e cadeiras para a
cantina Vermelhas e mobiliário para equipar o novo restaurante universitário) foram assegurados ainda em
2016.
Na ótica da promoção da sustentabilidade ambiental dos serviços de alimentação dos SASUC, foi
dada continuidade à Campanha contra o Desperdício Alimentar nas cantinas da UC, verificando-se uma
melhoria ao nível da redução do desperdício alimentar, tendo os resultados sido apresentados no âmbito
de prémios de reconhecimento externo de boas práticas.
CARATERIZAÇÃO DAS UNIDADES E DA OFERTA ALIMENTAR
No final de 2016 encontravam-se em funcionamento 18 unidades alimentares, contabilizando-se
mais uma unidade em relação a 2015 – o Buffet do Polo II – inaugurado em setembro - Figura 4.2.1.4.
Figura 4.2.1.4 Nova unidade alimentar inaugurada em setembro de 2016 – Buffet do Polo II
Esta nova unidade alimentar foi criada pela reestruturação do espaço do Complexo Alimentar do
Polo II (CAP II), designadamente pela transferência da linha de venda de refeições snack (tipologia de
refeição com queda acentuada de procura) para uma das outras duas linhas de venda do CAP II e
disponibilização, no espaço remanescente, de uma oferta de refeições equiparada a restaurante
universitário, em regime buffet, a preço fixo inferior à oferta de restaurante universitário praticada na Casa
da Pedra. A abertura desta unidade alimentar foi precedida de processo de auscultação extraordinária à
comunidade UC do Polo II, realizada em julho de 2016. Esta auscultação visou averiguar da perceção do
público servido relativamente a potencial alteração da oferta até aí disponibilizada nessa unidade alimentar,
designadamente pela conversão da linha com oferta snack para oferta de restaurante universitário (regime
buffet). Para o efeito foi construído inquérito para recolha de informação relativa à caracterização do perfil
do respondente e hábitos de utilização do CAP II, satisfação com oferta de restaurante universitário,
perceção relativa a potencial alteração da oferta snack do CAP II para oferta de restaurante universitário,
tendo ainda sido solicitadas sugestões para melhorar a oferta alimentar do CAP II. O inquérito em formato
eletrónico (LimeSurvey) foi aplicado de 26 a 31 de julho de 2016 através de convites enviados para lista de
distribuição de correio eletrónico com endereços domínio uc.pt de docentes, investigadores, estudantes e
pessoal técnico no Polo II da UC. Responderam de forma válida ao inquérito 336 inquiridos (taxa de
resposta = 4%), na sua maioria estudantes (64%); seguindo-se docentes (20%); investigadores (8%) e pessoal
técnico (não docentes – 7%), dos quais 76% (255) indicaram utilizar o CAP II. Dos 255 respondentes que
indicaram usar o CAP II, 64% referiram já ter recorrido à oferta de restaurante universitário dos SASUC,
dos quais 91% indicaram ter ficado satisfeitos ou muito satisfeitos com essa oferta alimentar. No que
respeita à perceção relativa a potencial alteração da oferta snack do CAP II para oferta de restaurante
universitário, 49% revelaram perceção favorável (“agrada-me totalmente” e “agrada-me”); 25% revelaram
perceção desfavorável (“desagrada-me totalmente” e “desagrada-me) e 26% manifestaram indiferença
relativamente a potencial alteração (“É-me indiferente” e não responderam). Como sugestões para a
melhoria da oferta alimentar no CAP II destacam-se referências à necessidade de melhorar a qualidade da
confeção e alguns comentários com explicações para o decréscimo de procura snack. Os resultados deste
processo de auscultação demonstraram que a maioria dos respondentes concordou com a ideia de
51 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
conversão da linha snack em oferta de restaurante universitário no CAPII (49%) ou assumiu indiferença à
hipótese de alteração (26%). A análise dos comentários/sugestões evidenciou potenciais riscos que foram
ponderados na definição da nova oferta a disponibilizar em substituição da oferta snack, designadamente no
que respeita aos preços a praticar.
Em julho de 2016, dada a elevada procura de refeições de restaurante universitário no Polo I, foi
alargada a capacidade do restaurante universitário Colégio de Jesus, com a reabilitação de duas novas salas
– Figura 4.2.1.5.
Figura 4.2.1.5 Alargamento da capacidade do restaurante universitário Colégio de Jesus
Com estas alterações na oferta e considerando pequenos ajustamentos pontuais provocados
essencialmente por degradação de algum material, a capacidade instalada (n.º de lugares sentados) dos
serviços de alimentação dos SASUC aumentou 262 lugares (9,4%), cifrando-se nos 3053 lugares sentados -
Gráfico 4.2.1.1.
Gráfico 4.2.1.1 Capacidade (nº de lugares sentados) das U. Alimentares dos SASUC a 31-12-2015 e a 31-12-2016
As unidades alimentares dos SASUC encontram-se geograficamente distribuídas, de forma a
satisfazerem as necessidades da comunidade universitária, dispersa pelos diferentes Polos da UC – Quadro
4.2.1.1.
Localização Unidades Alimentares
Polo I Sala A; Sala B; Monumentais; S. Jerónimo; Químicas;
Sanduíche Bar; Sereia; Restaurante Universitário Colégio
de Jesus e Bar da FLUC
Polo II
Complexo Alimentar do Polo II (CAP II); Buffet do Polo II;
Restaurante Universitário Casa da Pedra, Bar do
Departamento de Eng. Informática e Bar do
Departamento de Engenharia Mecânica
Polo III Cantina “Restaurante Luzio Vaz”; Restaurante
universitário do Polo III
FCDEFUC Cantina “Restaurante Estádio Universitário”
FEUC Vermelhas
Quadro 4.2.1.1 Distribuição geográfica das unidades alimentares dos SASUC
À semelhança de anos anteriores, em 2016 deu-se continuidade à divulgação de novas ofertas ou
ofertas sazonais dos serviços de alimentação disponibilizados à comunidade UC, que se sintetizam no
Quadro 4.2.1.2.
Campanhas de
divulgação
Data de
lançamento Observações Imagem ilustrativa
Ilha de saladas no
Complexo
Alimentar do Polo
II (CAP II)
Janeiro de 2016
Disponibilização de um serviço
de self-service de saladas no
CAP II
Folar da Páscoa Março de 2016 Ofertas de artigos de pastelaria
associados a épocas festivas
Encontros de
Cozinhas do
Mundo
Janeiro a abril de 2016
Oferta sazonal na Sala B que,
em 2016, foi alargada ao
restaurante universitário Casa
da Pedra, no Polo II, um dia por
semana.
Consiste na disponibilização de
pratos típicos de vários países
em quinzenas temáticas alusivas
a quatro continentes: Europa;
América Latina; Oriente e
África
53 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Campanhas de
divulgação
Data de
lançamento Observações Imagem ilustrativa
U Saber
Com Sabor
Workshops
Gastronómicos
27 de abril, 25 de maio
e 29 de junho de 2016
Realização de 3 workshops
gastronómicos, abertos a toda a
comunidade UC, alusivos a
“Pratos de Aproveitamentos”;
“Detox, Batidos e Saladas” e
“Iguarias para estudantes em
época de exames”
Buffet de
Leguminosas e
Saladas
16 de maio a 15 de
junho de 2016
Oferta sazonal na Sala B,
promovida em parceria com o Jardim Botânico da UC no Ano
Internacional das Leguminosas e
participação da Confraria do
Chícharo.
Quadro 4.2.1.2 Ofertas sazonais da Divisão de Alimentação dos SASUC
Campanhas de
divulgação Data de lançamento Observações Imagem ilustrativa
Buffet Junino 28 de junho de 2016
Oferta alimentar pontual no
âmbito dos festejos dos Santos
Populares
Euro Francesinha
2016 Junho e julho de 2016
Em ano de Europeu de Futebol
e à semelhança de 2014, foi
disponibilizada oferta de
Francesinha no restaurante
Estádio Universitário para
apoiar a seleção nas datas em
que houve jogos.
Buffet de Saladas 16 de junho de 2016
Oferta sazonal na Sala B,
disponível no período de
almoço
Campanhas de
divulgação Data de lançamento Observações Imagem ilustrativa
U Franguito 17 de junho de 2016
Lançamento de nova oferta de
take away na cantina
Restaurante Estádio
Universitário
Comemoração do
Dia Mundial da
Alimentação
20 de outubro de 2016
Atividade de comemoração do Dia Mundial da Alimentação,
dirigida a um grupo de
estudantes, onde, além de visita
guiada às instalações do CAP II,
foram sensibilizados para
aspetos de higiene, segurança
alimentar e nutrição nas
cantinas da UC
Bolo-rei e Broinhas
Doces
15 de novembro de
2016
Oferta de artigos de pastelaria
associada a épocas festivas
Encontros de
Cozinhas do
Mundo
7 de novembro de
2016 a 7 de abril de
2017
Oferta sazonal na Sala B que, na
segunda edição de 2016 passou
a ter rotatividade semanal e foi
alvo de nova imagem e nova
decoração do espaço.
Almoço Buffet de
natal na Cantina
Estádio
Universitário
22 de dezembro de
2016
Oferta alimentar pontual no
âmbito dos festejos de Natal
Quadro 4.2.1.2 Campanhas de produtos/serviços no âmbito da oferta alimentar em 2016
No Quadro 4.2.1.3 apresenta-se, de forma sumária, o tipo de serviços e a oferta alimentar
disponibilizados nas unidades alimentares dos SASUC em 2016.
55 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Unidade
Alimentar
Refeição Social Refeições
Snack Bar/Cafetaria
Serviço
diversificado
Take A
way
Car
ne/P
eix
e
Vege
tari
ana
Die
ta
Snac
k
Piz
zas
e P
asta
s
Refe
ições
Ráp
idas
(sopa
+ b
aguete
)
Pequeno-a
lmoço
Lan
che
Outr
as
Buffet
Outr
os
Sala A X X X X X X X X
Sala B X
Sanduíche Bar X X
Monumentais X X X
S. Jerónimo X X X X X X
Colégio de Jesus X X
Bar da FLUC X X X
Químicas X X X X X X X X
Sereia X X X X X (a) X
Estádio Universitário X X X X X X X (b) X
Vermelhas X X X X X
R. Luzio Vaz X X X X X X X X
Rest. Univ. do Polo III X
Bar do DEI X X
Bar do DEM X X X X X X
CAP II X X X X X X X X
Casa da Pedra X
Buffet do Polo II X
(a) Fornecimento de refeições ao Jardim de Infância dos SASUC
(b) Fornecimento de refeições e serviços de apoio à realização das festas académicas (Queima das Fitas e Latada)
Quadro 4.2.1.3 Tipo de serviços e oferta, disponíveis nas unidades alimentares em 2016
A Divisão de Alimentação continuou a elaborar a oferta de ementas sociais com periodicidade
mensal, mantendo o preço a variar entre 2,40€ (estudantes) e 4,10€ (não estudantes) 1. Apesar da subida,
em 2016, do valor do Salário Mínimo Nacional que, pela legislação em vigor, teria impacto no preço de
venda da refeição social, o Conselho de Ação Social não se pronunciou quanto à alteração dos preços
praticados no âmbito da prestação deste apoio indireto da Ação Social da UC. As refeições sociais
compreendem as opções de pratos de carne, peixe, vegetariana e, desde 2015, prato de dieta mediante
reserva prévia.
Relativamente às refeições de snack os preços mantiveram-se inalterados, a variar entre 2,10€ e
5,80€, sem qualquer diferenciação entre a população estudante e não estudante. Nas refeições snack apenas
foi alterado o preço dos menus servidos na segunda edição de 2016 da oferta sazonal Encontros de Cozinhas
1, O preço da refeição social para estudantes é estipulado pelo Despacho nº 22 434/2002 (2.a série), que, no ponto 1, determina: “O
preço mínimo da refeição subsidiada no âmbito do sistema de ação social do ensino superior é fixado em 0,5% do salário mínimo
nacional em vigor no início de cada ano letivo e automaticamente atualizado no dia 1 de Outubro de cada ano civil.”. O preço da refeição social para trabalhadores da Administração Pública é fixado ao abrigo da Portaria n.º 421/2012, que no Artigo 2.º, ponto 1, estipula “ O preço de venda da refeição tipo a fornecer aos trabalhadores da Administração Pública nos refeitórios dos
serviços e organismos da administração central e local, bem como dos institutos públicos que revistam a natureza de serviços personalizados ou de fundos públicos, é fixado em 4,10€ (quatro euros e dez cêntimos), incluindo o imposto sobre o valor acrescentado”.
do Mundo, que passou de 4,10€ para 5,95€ por necessidade de aplicação do princípio da equidade nos
serviços disponibilizados à comunidade UC, considerando a criação de oferta idêntica, com menu em regime
buffet, ainda que não sazonal, no Polo II (Buffet do Polo II). Justificou-se também atendendo aos custos de
produção desta oferta, com matérias-primas, em regra, mais difíceis de conseguir e com preços superiores
aos das utilizadas nas ementas tradicionais. Além do prato em self-service, a oferta passou a incluir entradas
e café.
Os preços das refeições rápidas (menu sopa + baguete ou sopa + ½ baguete) mantiveram-se
inalterados durante o ano de 2016, com preços a variar entre 1.00€ e 2.10€.
No que respeita ao preço das refeições de restaurante universitário, disponibilizadas na Casa da
Pedra, no restaurante universitário Colégio de Jesus e no restaurante universitário do Pólo III, houve
atualização do preço para fazer face aos custos de produção, passando de 6,50€ para 7,00€, tendo-se
incluído nesta categoria de oferta as refeições em regime buffet que passaram a ser servidas no Buffet do
Polo II a 5,95€. Esta nova oferta, contrariamente à oferta da Casa da Pedra e do Colégio de Jesus, não inclui
a disponibilização de vinho incluído no preço. O mesmo se verifica na nova oferta das Cozinhas do Mundo.
O período e horário de funcionamento das unidades alimentares sofreu ligeiras alterações
decorrentes da alteração dos horários de trabalho na Administração Pública em julho de 2016 (das 40h
para as 35h semanais). No Quadro 4.2.1.4 sintetiza-se o horário e período de funcionamento das unidades
alimentares em 2016:
Unidade
Alimentar
Período/ Horário de Atendimento Observações
P. Almoço Almoço Jantar Cafetaria
Sala A 8h-11h 12h-15h 19h-21h15 8h-11h00
12h-16h45
Assegura toda a oferta de 2.ª a
6.ª feira e ao fim de semana
assegura refeição social apenas
almoço (das 12h30 às 15h) e
jantar (das 19h às 21h).
Sala B n.a. 12h-15h n.a. n.a. Disponibiliza ofertas
alimentares sazonais
Sanduíche Bar n.a. 11h-21h15 2.ª a 6.ª feira.
Monumentais n.a. 12h-15h 19h-21h15 n.a. 2.ª a 6.ª feira.
S. Jerónimo n.a. 12h-15h n.a. 12h-15h 2.ª a 6.ª feira.
Colégio de Jesus n.a. 12h-15h n.a. n.a. 2.ª a 6.ª feira.
Bar da FLUC n.a. 12h-15h n.a. 8h-18h 2.ª a 6.ª feira.
Químicas 8h-11h 12h-15h n.a. 12h-17h30 2.ª a 6.ª feira.
Sereia 9h-11h 12h-15h n.a. 9h-11h
12h-16h00 2.ª a 6.ª feira.
Estádio Universitário n.a. 12h-15h 19h-21h15 8h30-21h15
9h-16h*
2.ª a 6.ª feira.
*aos sábados (cafetaria)
Vermelhas n.a. 12h-15h n.a. n.a. 2.ª a 6.ª feira.
R. Luzio Vaz n.a. 12h-15h n.a. 8h-19h 2.ª a 6.ª feira.
Rest. Univ. Polo III n.a. 12h-15h n.a. n.a. 2.ª a 6.ª feira.
Bar do DEI n.a. 12h-15h 8h30-18h 2.ª a 6.ª feira.
CAP II 8h-11h 12h-15h 19h-21h15 12h-18h
19h-21h15 2.ª a 6.ª feira.
Casa da Pedra n.a. 12h-15h n.a. 12h-15h 2.ª a 6.ª feira.
Buffet do Polo II n.a. 12h-15h n.a. n.a. 2.ª a 6.ª feira.
Quadro 4.2.1.4 Horário e período de funcionamento das unidades alimentares em 2016
57 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
APOIO ALIMENTAR A ATIVIDADES CULTURAIS E DESPORTIVAS
A atividade da Divisão de Alimentação não se confinou à sua principal missão de fornecer
alimentação diária à comunidade universitária através da refeição social, de snack ou da oferta de um vasto
conjunto de pratos servidos nos seus restaurantes universitários e bares. A sua atividade passou também
pela prestação de serviços que, associados a determinadas épocas específicas da vivência académica,
assumem para a comunidade estudantil uma enorme importância. Estamos a falar do apoio à realização da
Universidade de Verão, das festas académicas da Latada e da Queima das fitas e de todo um conjunto de
atividades que vão desde os convívios académicos, à realização de congressos e aos encontros de núcleos
de estudantes e de tunas ou os tão requisitados jantares de curso – Quadro 4.2.1.5.
Ações de apoio à
realização de eventos Data / Período Parceiro(s) / Observações Imagem ilustrativa
Operação Queima das
Fitas 2016
06.05.2016
a
14.05.2016
Funcionamento ininterrupto do REU
para apoio alimentar nas festividades
da Queima das Fitas
Universidade de Verão 17 a 22.07.2016 Apoio alimentar a 366 participantes
na atividade Universidade de Verão
4.º Workshop sobre
Diabetes 14.11.2016
Realização de Show cooking de
refeição saudável, no âmbito do
Workshop, promovido pela ARS
Centro, no Dia Mundial da Diabetes,
que teve lugar no Centro Cultural
D. Dinis
Apoio alimentar à XXII
edição da Feira
Internacional de
Minerais, Gemas e
Fósseis
25 a 27.11.2016
Abertura extraordinária do
restaurante universitário Colégio de
Jesus no fim-de-semana, para apoio
alimentar ao evento cultural
promovido pelo Departamento de
Ciências da Terra da FCTUC
Quadro 4.2.1.5 Ações de apoio alimentar à realização de eventos promovidos pela comunidade académica em 2016
Além destes eventos, destaca-se ainda a colaboração dos SAS, através do apoio da Divisão de
Alimentação, com outras estruturas da comunidade UC, designadamente:
- Fornecimento de alimentação à organização e staff de apoio das festividades da queima das fitas.
- Fornecimento de alimentação aos participantes em encontros culturais e desportivos organizados
pelas estruturas da comunidade universitárias (p.e, encontros de tunas, encontros nacionais de
estudantes);
- Fornecimento de jantares de curso integrados em comemorações e eventos culturais promovidos
diretamente pelos estudantes ou pelas suas organizações associativas.
CAMPANHA CONTRA O DESPERDÍCIO ALIMENTAR – MENOS = MAIS
Com o objetivo de reduzir o desperdício alimentar nas cantinas, bares e restaurantes dos SASUC,
visando assegurar que a cor verde do selo da nossa Universidade corresponda à atitude ecologicamente
responsável de todos os seus membros, em 2016 deu-se continuidade ao desenvolvimento da Campanha
Contra o Desperdício Alimentar Menos = Mais.
Esta iniciativa, iniciada em 2015, encontra-se alinhada com a estratégia de desperdício zero
preconizada pela Secretaria de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, perante a tomada
de consciência do volume de desperdício alimentar na Europa e em Portugal. Segundo dados da Organização
das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), entre 30% a 50% dos alimentos produzidos na
Europa não chegam ao consumidor, sendo desperdiçados ao longo da cadeia alimentar, e em Portugal o
desperdício atinge cerca de 17% da produção anual de alimentos, equivalendo a cerca de 1 milhão de
toneladas.
Assumindo-se o impacto dos serviços de alimentação disponibilizados pelos SASUC à comunidade
UC neste problema, depois de uma intensa fase de preparação e reflexão, que envolveu toda equipa da
Divisão de Alimentação dos SASUC, integrando o Núcleo de Alimentação, o Gabinete de Nutrição e
Controlo Alimentar e os responsáveis pela Inspeção Higiossanitária, procedeu-se, em 2015, a uma estimativa
do valor de desperdício alimentar nas unidades alimentares com base na sua pesagem por amostragem,
tendo-se estimado em 8 toneladas o valor mensal dos resíduos alimentares gerados nas cantinas da
Universidade de Coimbra.
Considerando o objetivo desperdício zero, os SASUC assumiram o compromisso de desencadear
medidas práticas nas unidades alimentares, com o objetivo de contribuir para um conhecimento mais
aprofundado do fenómeno do desperdício e sensibilização dos diversos atores que participam na cadeia
produtiva, designadamente através do desenvolvimento de iniciativas de incentivo à redução do desperdício
alimentar, apelando ao consumo adequado às necessidades individuais, com monitorização do desperdício
e promoção de medidas de otimização de processos e recursos.
Assim, a 6 de abril de 2015 foi lançada a Campanha “Menos=Mais. Redução do Desperdício
Alimentar”, onde se procurou, por um lado, sensibilizar a comunidade UC para o problema do desperdício
alimentar gerado na UC e para os contributos individuais (pela adoção de consumos racionais de alimentos)
na resolução de um problema comum com dimensões globais, e, por outro dar nota das boas práticas
introduzidas ao processo produtivo da transformação alimentar, implementadas pelos SASUC para
contribuir para redução do desperdício alimentar. Das boas práticas implementadas em 2015, destacam-se
59 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
a confeção de batatas com casca; o aproveitamento da casca da maçã na salada de fruta; o aproveitamento
dos talos da couve e alface na confeção da sopa e ainda a introdução de uma nova sobremesa – Pudim
Molotov – para o aproveitamento das claras de ovo, que anteriormente eram desperdiçadas. Foram ainda
sensibilizados os trabalhadores do setor alimentar para práticas profissionais conducentes à redução do
desperdício - “Na natureza, nada se cria e nada se perde. Tudo se transforma”, e fomentada a participação
da comunidade UC através do envio de sugestões para a campanha. Destaca-se ainda, em 2015, a conceção
de um novo produto alimentar, resultante do aproveitamento de sobras, o XIRIBITATATATÁ, um folhado
em forma de cesta, com recheio de ingredientes frescos e de elevada qualidade, decorrentes de
sobras/aproveitamentos. Em 2015 este produto esteve disponível como oferta alimentar na Sala A, tendo
sido alvo de reconhecimento externo com o “Selo de Reconhecimento de Práticas de Prevenção do
Desperdício Alimentar- PRA-TØ [lê-se prato zero]”, atribuído pelo Ministério da Agricultura e do Mar em
parceria com entidades da Sociedade Civil, na categoria ‘Receita das Sobras’. De abril a junho de 2015,
aferiu-se a redução do desperdício alimentar em uma tonelada por mês (passou de 8 a 7 toneladas).
Em 2016 deu-se continuidade a esta campanha, tendo, em março de 2016, passado a ser
disponibilizado o XIRIBITATATATÁ no Complexo Alimentar do Polo II - Figura 4.2.1.6
Figura 4.2.1.6 Xiribitatatatá disponível no CAP II – março 2016
A repercussão da campanha adotada pelos SASUC foi imediata, quer nos órgãos de comunicação
social locais, quer nos nacionais, o que proporcionou um maior alcance da mensagem. Destaca-se, neste
nível, o convite para a apresentação do projeto no Programa, ‘A Praça’ da RTP1, emitido a 14 de março - -
Figura 4.2.1.7
Figura 4.2.1.7 Apresentação da campanha Menos = Mais no programa ‘A Praça’ da RTP1 – 14/03/2016
Em junho de 2016 a campanha foi ainda apresentada aos prémios “Food & Nutrition Awards 2016”,
uma plataforma multi-stakeholder e um agente mobilizador para a inovação no sector agroalimentar,
agregado às áreas da Educação e da Saúde, sendo um motor para o empreendedorismo, valorização da
produção nacional e promoção de estilos de vida e hábitos alimentares saudáveis. “Menos = Mais” foi uma
das candidaturas finalistas na categoria Sustentabilidade Alimentar.
Em junho e outubro de 2016 foram realizadas monitorizações da redução do desperdício alimentar,
tendo-se aferido, ao final de 2 anos de campanha, uma redução de cerca de 62% de desperdício alimentar
nas unidades alimentares dos SASUC - Figura 4.2.1.8
Figura 4.2.1.8 Pesagem de desperdício nas unidades alimentares dos SASUC – 2014-2016
Os bons resultados alcançados inspiraram novas inovações, tendo, em novembro de 2016, sido
criado um novo produto alimentar a partir de sobras/aproveitamentos, desta vez para sobremesa – o Época
de Recurso - Figura 4.2.1.9
Figura 4.2.1.9 Época de Recurso na Sala A – 23/11/2016
61 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Salienta-se ainda a apresentação da Campanha contra o Desperdício Alimentar dos SASUC no Café
com Ciência do Parlamento, numa sessão alusiva à temática “Segurança, perceção de risco e desperdício
alimentar”, a 14/12/2016 - Figura 4.2.1.10
Figura 4.2.1.10 Apresentação “Menos=Mais” no Café com Ciência do Parlamento, a 14/12/2016
Em dezembro foi ainda elaborada candidatura sobre a campanha contra o desperdício alimentar no
âmbito do Showcasing de Boas Práticas do INA, na categoria Responsabilidade Social.
NÚMERO DE REFEIÇÕES SERVIDAS NAS UNIDADES ALIMENTARES
Durante o ano de 2016, registou-se um total de 872 155 refeições servidas nas unidades
alimentares. Este número representa um decréscimo de 53.694 refeições face ao ano de 2015,
correspondendo a um decréscimo percentual de 5,8%.
Comparando os valores do n.º de refeições servidas nas diferentes unidades alimentares entre os
anos de 2015 e 2016, constata-se que, no ano de 2016, houve decréscimo do n.º total de refeições servidas
na maioria das unidades alimentares, com exceção dos restaurantes universitários e dos bares – Gráficos
4.1.2.2. e 4.1.2.3.
Gráfico 4.2.1.2 N.º de refeições servidas por unidade alimentar, em 2015 e 2016
Gráfico 4.2.1.3 Variação do nº de refeições servidas por unidade alimentar, em 2015 e 2016
Numa primeira análise, este decréscimo justifica-se, em parte, pelo menor número de dias de
funcionamento das unidades alimentares em 2016 face a 2015. Houve, de facto, uma redução do n.º de dias
de funcionamento em 2016 na maioria das unidades alimentares, decorrente da redução do n.º de dias úteis
em 2016 (mais feriados que coincidiram em dias úteis, acrescendo 5 feriados que foram repostos em 2016).
O n.º de tolerâncias foi igual (2) e houve mais um dia de greve em 2016. A redução do número de refeições
servidas poderá também estar relacionada com o decréscimo do número de alunos inscritos na UC, que,
em 2015/16 face a 2014/15 foi de 2%.
Visando perceber se esta redução do n.º de dias de funcionamento explicaria o decréscimo de
quase 6% no n.º total de refeições servidas, procurou-se fazer extrapolação do n.º de refeições servidas em
2016 o mesmo n.º de dias de funcionamento das unidades alimentares de 2015. Constatou-se, a partir dos
valores extrapolados, que manteríamos um decréscimo do n.º total de refeições servidas na ordem dos 3%,
tendo inferido que a redução do n.º de dias de funcionamento apenas explicaria na totalidade a diminuição
do n.º total de refeições servidas na cantina S. Jerónimo (encerrada em parte do mês de julho para
intervenção nas infraestruturas), podendo explicar parcialmente a redução observada nas restantes unidades
alimentares em que houve redução do n.º de refeições servidas em 2016.
Visando perceber o impacto do n.º de dias de funcionamento de cada unidade alimentar, nos
valores totais, registados anualmente no n.º de refeições servidas, apresenta-se, na tabela abaixo, o n.º médio
diário de refeições servidas por unidade alimentar em 2015 e 2016 - Quadro 4.2.1.6.
63 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Quadro 4.2.1.6 Nº médio diário de refeições servidas por unidade alimentar em 2014 e 2015
Os maiores decréscimos de refeições servidas registaram-se, por ordem decrescente, no CAP II;
Vermelhas; Químicas; Sala A; Sanduíche Bar; Sereia; REU; Luzio Vaz; Bar do DEM e Monumentais.
O Sanduíche Bar deixou de servir jantares a partir de fevereiro de 2016, podendo ainda o
decréscimo de refeições servidas estar relacionado com o impacto da mudança de instalações, ocorrido no
início do ano letivo 2015/16.
Nas Vermelhas constatou-se uma redução da procura em todos os meses do ano de 2016, agravada
no início do ano letivo 2016/17, com particular incidência na refeição snack (-44%) e social carne/peixe (-
17%).
Nas Químicas observou-se uma redução mais acentuada da procura no ano letivo 2016/17, sendo
na tipologia social carne/peixe que se verificou maior decréscimo (-16%).
No CAP II e Sala A também se verificou maior redução da procura no ano letivo 2016/17,
principalmente na tipologia de refeição social carne/peixe e snack. A redução de vendas da refeição snack
no CAP II esteve na origem da abertura de nova unidade alimentar – Buffet do Polo II, com refeição de
restaurante universitário, que se espera mais próxima das necessidades e expectativas da comunidade UC
do Polo II e contribuir para o aumento das refeições servidas nesse Polo da UC.
Na Sereia as refeições servidas no âmbito de parceria com o CASPAE e os jantares de curso
realizados em maio e junho contribuíram para que a redução global da procura de oferta regular desta
unidade alimentar e do n.º total de refeições servidas não fosse maior.
Na cantina do Estádio Universitário a redução justifica-se por não ter havido operação Latada
(abertura 24 horas) em outubro de 2016, observando-se uma redução mais acentuada da procura no ano
letivo 2016/17, principalmente na tipologia de refeição social carne/peixe.
Contrariamente às outras unidades alimentares analisadas, na cantina Luzio Vaz (Polo III) a procura
aumentou no ano letivo 2016/17, observando-se, contudo, grande redução na venda de refeições snack, o
que se explica pela transferência de utilizadores para o restaurante universitário existente na cantina que
registou um aumento de 22,5%.
Unidade Alimentar 2015 2016 Var. Abs Var
Bar da FLUC 71 87 16
Bar do DEI 18 21 3
Bar do DEM 85 77 -8
Sanduíche bar 23 10 -13
Sala A 560 538 -22
Sala B 57 73 16
Monumentais 225 221 -4
Químicas 367 334 -33
S. Jerónimo 408 430 22
Sereia 261 249 -12
Vermelhas 188 149 -39
CAP II 656 580 -76
Estádio Universitário 360 349 -11
Luzio Vaz (Pólo III) 486 474 -12
Rest. Univ. Casa da Pedra 52 64 12
Rest. Univ. Colégio de Jesus 48 56 8
Rest. Univ. do Polo III 20 25 5
Buffet do Polo II 81 81
Depois de um início bastante promissor e com bastante aceitação pela comunidade UC, em 2016
o número médio diário de refeições servidas no Bar do DEM diminuiu, tendo-se procedido, entretanto, a
alterações na equipa de gestão do Bar visando a melhoria dos resultados da atividade.
Por fim, na cantina Monumentais observou-se um ligeiro decréscimo de vendas, principalmente no
período de almoço.
Por outro lado, a comprovar o sucesso da aposta dos SASUC na disponibilização da oferta de
restaurantes universitários (buffet) constata-se um significativo aumento do número de refeições desta
tipologia no restaurante universitário do Polo III, de 22,5% (mais 972 refeições, em relação a 2015); na Casa
da Pedra, de 19% (mais 2.200 refeições, em relação ao ano de 2015) e no Colégio de Jesus, de 16% (mais
1.901 refeições, em relação ao ano de 2015).
Considerando a variação do número de refeições servidas nos períodos de refeição almoço
e jantar, em 2015 e 2016, constata-se que o decréscimo do n.º de refeições servidas em 2016 foi superior
no período de almoço (-6%), tendo-se também registado decréscimo, embora inferior, no período de jantar
(-3%) - Gráfico 4.1.2.3.
Gráfico 4.2.1.3 Variação do nº de refeições servidas ao almoço e jantar, em 2015 e 2016
Por sua vez, no número de refeições servidas ao fim de semana verificou-se, pelo terceiro
ano consecutivo, um acréscimo de vendas, tendo-se registado um total de 49.132 refeições em 2016, mais
4.828 (11%) do que em 2015. Este acréscimo justifica-se, em grande medida, pela disponibilização de serviços
de alimentação como apoio a encontros de estudantes promovidos por Núcleos da AAC em março e abril
de 2016. Em 2016, manteve-se a oferta de refeições sociais aos fins-de-semana na Sala A durante todo o
ano, exceto em agosto, em que, como habitualmente, não houve serviço de refeição ao fim-de-semana.
Na variação global do n.º de refeições servidas por tipologia (social carne/peixe; social
vegetariana; social dieta; snack, refeições rápidas, take away e restaurante universitário), constata-se que o
decréscimo de refeições servidas é particularmente evidente na refeição snack (tendência que se mantém
de 2015), na refeição social carne/peixe e nas refeições rápidas e de take away – Quadro 4.2.1.7.
65 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Tipologia de Refeição 2016 2015 Variação
Quant. Peso Quant. Peso Abs. %
Social carne/peixe 554.511 63,6% 596.054 64,4% -41.543 -7,0%
Social vegetariana 61.122 7,0% 41.423 4,5% 19.699 47,6%
Social dieta 723 0,1% 76 0,0% 647 851,3%
Snack 180.280 20,7% 217.035 23,4% -36.755 -16,9%
Restaurante universitário 38.514 4,4% 28.158 3,0% 10.356 36,8%
Take away (1) 9.975 1,1% 13.247 1,4% -3.272 -24,7%
Refeições rápidas 27.030 3,1% 29.856 3,2% -2.826 -9,5%
Total 872.155 100,0% 925.849 100,0% -53.694 -5,8%
(1) São contabilizadas nesta tipologia as refeições da oferta take away da pizzaria Monumentais, do Sandwich bar e REU e os Menus Férias Escolares
Quadro 4.2.1.7 Variação do n.º de refeições servidas, por tipologia, em 2015 e 2016
Verifica-se uma redução do peso das refeições sociais carne/peixe e das refeições snack no
conjunto das refeições servidas e um forte acréscimo na procura das refeições sociais vegetarianas e de
restaurante universitário. As refeições vegetarianas, com um crescimento de 47,6% entre os 2 períodos em
análise, passam a representar 7% do total das refeições servidas em 2016. As refeições de restaurante
universitário (em regime de buffet), ao registarem um crescimento de cerca de 37% veem o seu peso
aumentar em mais de um ponto percentual e passam a situar-se acima das refeições rápidas. O decréscimo
de vendas de refeições take away explica-se pelo menor número de vendas do Menu Férias Escolares,
disponibilizado no âmbito da parceria com o CASPAE.
Podemos concluir que a estratégia de diversificação da oferta alimentar dos SAS, iniciada em 2013
com o objetivo de inverter a tendência da diminuição da procura de refeições, que se tem registado desde
2003, continua a fazer sentido, tal como evidenciado no crescimento da procura de refeições vegetarianas
e de restaurante universitário.
HÁBITOS DE UTILIZAÇÃO E SATISFAÇÃO COM A OFERTA ALIMENTAR DOS SASUC
À semelhança de anos anteriores, de 21 de novembro a 4 de dezembro de 2016 foi aplicado um
inquérito dirigido à comunidade universitária para aferir os hábitos de utilização e a satisfação com a oferta
alimentar dos SASUC - Figura 4.2.1.11.
Figura 4.2.1.11 Auscultação à Comunidade UC sobre a Oferta Alimentar SASUC – nov/dez de 2016
Responderam a este inquérito 253 membros da comunidade universitária, com idades
compreendidas entre os 17 e os 66 anos (média=31). A maioria dos/as respondentes era do sexo feminino
(55%), estudante (59%) e as UO da UC mais representadas no que respeita ao perfil dos inquiridos foram
a FMUC (35%), a FCTUC (29%) e a FFUC (9%). No que respeita à nacionalidade dos/as respondentes, 96%
indicaram ser portugueses/as, sendo também expressiva a representatividade de brasileiros/as (2%).
No que respeita aos hábitos de utilização das cantinas dos SASUC, a maioria dos/as respondentes
(68%) referiu utilizar as cantinas ao almoço quase todos os dias ou todos os dias e apenas 12% indicaram
nunca ou raramente utilizar as cantinas ao almoço. Destes, a maioria indicou como principal motivo para
não frequentar as cantinas ao almoço o facto de almoçar ou trazer comida de casa (52%) e o tempo de
espera para ser atendido (10%).
Quanto à utilização das cantinas ao jantar ou ao fim de semana, a maioria dos inquiridos indicou
nunca ou raramente utilizar as cantinas nesses períodos (80% e 93%, respetivamente). Como principais
motivos para não o fazer indicaram, principalmente, o facto de jantarem em casa ou não ficarem em Coimbra
durante o fim-de-semana. Embora com menor representatividade considerando o total dos motivos
indicados para não frequentar as cantinas ao fim de semana, houve ainda referência ao facto da cantina mais
perto da residência estar encerrada ao fim de semana.
À semelhança dos resultados obtidos em 2015, a maioria dos respondentes (57%) afirmou optar
habitualmente pela refeição social carne/peixe.
Destaca-se ainda que 26% dos respondentes referiram tomar outras refeições nas cantinas,
designadamente pequeno-almoço (20%) e lanche (71%).
No que respeita à avaliação da oferta alimentar dos SAS (através de escala de 1 a 5, em que 1
corresponde a mau e 5 a muito bom) e comparando com os resultados obtidos no processo de auscultação
de 2015, verifica-se uma melhoria da avaliação média dos itens refeições, atendimento e relação
qualidade/preço e instalações - Gráfico 4.1.2.4.
Gráfico 4.2.1.4 Avaliação da oferta alimentar dos SAS em 2014, 2015 e 2016
As unidades alimentares com melhor avaliação das refeições em 2016 foram a Casa da Pedra, o
Estádio Universitário e a Sala B (Cozinhas do Mundo/Saladas). No que se refere ao atendimento, destacam-
se com valores mais positivos as unidades alimentares Colégio de Jesus, Estádio Universitário e Casa da
Pedra. As instalações melhor avaliadas foram as das unidades alimentares Estádio Universitário e Casa da
Pedra. Por fim, na relação qualidade/preço, destacam-se as avaliações obtidas nas unidades alimentares
Estádio Universitário e Casa da Pedra.
67 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
A taxa de satisfação com a oferta alimentar dos SASUC situou-se nos 69%, valor ligeiramente
superior ao obtido em 2015 – Gráfico 4.1.2.5.
Gráfico 4.2.1.5 Taxa de satisfação com a oferta alimentar dos SAS em 2014, 2015 e 2016
Os resultados desta avaliação foram alvo de profunda análise e reflexão interna, que envolveu
todos/as os/as trabalhadores dos SAS com funções nesta valência da ação social na UC para clarificação de
resultados menos positivos e discussão de possíveis soluções, visando ajustar a oferta às necessidades e
expectativas da comunidade UC. Neste âmbito, destaca-se a realização de reuniões com as equipas das
unidades alimentares com maior número de sugestões e a realização de reunião setorial com todos os
encarregados e equipa do Núcleo de Alimentação para apresentação e discussão dos resultados do
processo de auscultação.
Decorrentes desta avaliação e das centenas de comentários e sugestões recolhidas, foram também
identificadas algumas Oportunidades de Melhoria dos serviços e da oferta alimentar disponibilizada, que
foram registadas para acompanhamento no Sistema Integrado de Melhorias da UC. Estas também foram
consideradas no processo de planeamento das atividades dos SAS para 2017, destacando-se a constituição
de grupo de trabalho para revisão das fichas técnicas dos pratos vegetarianos, a revisão da ficha técnica das
sopas e melhoria das ementas da refeição social.
CUSTOS E PROVEITOS DOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
As variações identificadas na procura dos serviços de alimentação pelos membros da comunidade
universitária e os necessários ajustes da oferta à procura implementados nestes serviços dos SAS tiveram
impacto nos custos e proveitos da Divisão de Alimentação (compreendendo unidades alimentares, serviços
de catering e serviços de suporte direto aos processos dos serviços de alimentação integrados nesta
Divisão) – Quadro 4.2.1.8.
2016 2015 Variação Abs. /%
Proveitos globais (€)
Custos globais (€)
3 281 550,92
3.667.121,56
3.514.929,52
3.882.579,49
-233 378,60
-215 457,93
-6,64
-5,55
Tx. Cobertura (%) 89,49 90,53 -1,05
Quadro 4.2.1.8 Variação de custos e proveitos da Divisão de Alimentação em 2016 e 2015 (c/ catering)
Não considerando os custos e proveitos dos Serviços de Catering, a variação da taxa de cobertura
do setor foi positiva (0,48 pontos percentuais) pela redução de custos do setor – Quadro 4.2.1.9.
2016 2015 Variação Abs. /%
Proveitos globais (€)
Custos globais (€)
3 083 322,41
3.494.916,00
3.266.081,88
3.722.145,29
-182 759,47
-227 229,29
-5,60
-6,10
Tx. Cobertura (%) 88,22 87,75 0,48
Quadro 4.2.1.9 Variação de custos e proveitos da Divisão de Alimentação em 2016 e 2015 (s/ catering)
A diminuição no número de refeições servidas e da oferta/procura de refeições de tipologia social
carne/peixe e snack, bem como a diminuição dos proveitos associados a serviços de catering, contribuíram
para uma redução global dos proveitos deste setor, na ordem dos 6,5%.
Genericamente, os custos totais das unidades alimentares compreendem, maioritariamente (56%)
custos com recursos humanos, seguindo-se custos com géneros alimentares associados à produção de
refeições (32%) e despesas de funcionamento associadas às instalações. Face a 2015, constata-se, em 2016,
uma diminuição de custos com géneros alimentares e dos custos com as instalações em virtude da
diminuição da produção e do n.º de refeições servidas - Quadro 4.2.1.10.
Custos Unidades
Alimentares
2016 2015
Variação Abs. /% €
% face
ao
custo
total
€
% face
ao
custo
total
Custos mercadorias (61)
Custos funcionamento (62)
Custos RH (64)
992.649,56
355.690,55
1.735.070,10
32,19
11,54
56,27
1.166.921,56
361.137,59
1.751.712,10
35,58
11,01
53,41
-174.272,00
-5.447,04
-16.642,00
-14,93
-1,51
-0,95
Total 3 083 410,21 3.279.771,25 -196.361,04 -5,99
Quadro 4.2.1.10 Desagregação de custos das unidades alimentares em 2016 e 2015
Constata-se, assim, que, globalmente e face ao desempenho do ano anterior, a redução de custos
equilibrou a diminuição dos proveitos da Divisão de Alimentação, assegurando-se uma variação mínima da
taxa de cobertura do setor.
Numa análise de custos e proveitos por unidade alimentar em 2016, verifica-se, tal como se
verificou nos custos e proveitos globais apresentados anteriormente, uma diminuição global de proveitos e
redução de custos, em relação ao ano de 2015 – Quadro 4.2.1.11.
69 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Unidades
Alimentares
Proveitos (€) Custos (€) Taxa de Cobertura (%)
2016 2015 Var. 2016 2015 Var. 2016 2015 Var.
Sandwich Bar 65 851,88 109 779,55 -43 927,67 75 776,63 135 537,65 -59 761,02 86,90 81,00 5,91
Químicas 238 581,43 250 792,46 -12 211,03 217 945,22 225 446,26 -7 501,04 109,47 111,24 -1,77
Vermelhas 78 423,40 105 129,60 -26 706,20 83 705,64 179 742,33 -96 036,69 93,69 58,49 35,20
Sala A 404 299,73 453 121,92 -48 822,19 508 647,31 490 866,73 17 780,58 79,49 92,31 -12,83
Sala B 36 434,43 43 090,43 -6 656,00 27 835,42 40 355,80 -12 520,38 130,89 106,78 24,12
Monumentais 143 768,53 150 323,99 -6 555,46 210 964,09 211 821,95 -857,86 68,15 70,97 -2,82
S. Jerónimo 274 387,36 279 873,15 -5 485,79 297 162,70 316 117,62 -18 954,92 92,34 88,53 3,80
REU 262 639,24 284 284,69 -21 645,45 237 986,69 258 515,64 -20 528,95 110,36 109,97 0,39
CAP II 427 894,14 454 381,96 -26 487,82 483 859,71 526 961,04 -43 101,33 88,43% 86,23 2,21
Bar do DEI 103 720,92 110 570,02 -6 849,10 93 675,53 101 902,67 -8 227,14 110,72 108,51 2,22
Casa da Pedra 77 031,82 62 845,85 14 185,97 22 432,16 22 002,01 430,15 343,40 285,64 57,76
Sereia 150 111,08 166 346,38 -16 235,30 200 096,87 211 062,65 -10 965,78 75,02 78,81 -3,79
Luzio Vaz 375 086,86 403 769,15 -28 682,29 417 249,21 400 596,18 16 653,03 89,90 100,79 -10,90
Rest. Polo III 32 401,96 19 508,11 12 893,85 0,00 0,96 -0,96
Colégio Jesus 78 012,96 68 632,21 9 380,75 35 132,17 17 402,30 17 729,87 222,06 394,39 -172,33
Bar da FLUC 187 461,31 166 078,23 21 383,08 95 314,18 97 709,70 -2 395,52 196,68 169,97 26,71
Bar DEM 96 401,59 70 274,90 26 126,69 75 626,68 43 729,76 31 896,92 127,47 160,70 -33,23
Total 3 032 508,64 3 198 802,60 -166 293,96 3 083 410,21 3 279 771,25 -196 361,04 98,35 97,53 0,82
Quadro 4.2.1.11 Variação de proveitos, custos e taxa de cobertura, por unidade alimentar, em 2016 e 2015
Como outros custos e proveitos do setor, compreendem-se serviços de gestão e administrativos
da Divisão de Alimentação, serviços específicos de suporte ao processo da alimentação (higiene e segurança
alimentar e padaria), processos de apoio a atividades culturais e desportivas, os serviços de catering e outras
ofertas alimentares – Quadro 4.2.1.12.
Outros
Serviços
DA
Proveitos (€) Custos (€) Taxa de Cobertura
(%)
2016 2015 Var. 2016 2015 Var. 2016 2015 Var
p.p.
Unidades Alim. 3 032 508,64 3 198 802,60 -166 293,96 3 083 410,21 3 279 771,25 -196 361,04 98,35 97,53 0,82
DA/NA 45 430,66 47.370,33 -1 939,67 137 496,21 140.069,52 -2 573,31 33,04 33,82 -0,78
GNCA 0,00 0,00 0,00 98 784,14 99.100,26 -316,12 0.00 0.00 0.00
Padaria 0.00 0,00 0.00 87 761,06 129.036,80 -41 275,74 0.00 0.00 0.00
Pastelaria 408,60 1.110,48 -701,88 84 533,11 68.244,51 16 288,60 0,48 1.63 -1,14
Catering 198 228,51 248.847,64 -50 619,13 172 205,56 160.434,20 11 771,36 115,11 155.11 -40,00
Tricicleta
Gelados 4 974,51 17.459,97 -12 485,46 2 931,27 5.604,98 -2 673,71 169,70 311.51 -141,8
Convívios
Amarela 0,00 1.338,50 -1.338,50 0.00 317,97 -317,97
Total DA 3 281 550,92 3.514.929,52 -233 378,60 3 667 121,56 3.882.579,49 -215 457,93 89,49 90.53 -1,05
Quadro 4.2.1.12 Variação de proveitos, custos e taxa de cobertura, por outros serviços da Divisão de Alimentação,
em 2016 e 2015
Atentando à diminuição das taxas de cobertura aferidas para as unidades alimentares, destaca-se a
diminuição do rácio proveitos/custos nas unidades: Colégio de Jesus; Bar do DEM; Sala A; Sereia;
Monumentais e Químicas.
No Colégio de Jesus, apesar do aumento de proveitos, houve também um aumento de custos
associados a requisições de géneros alimentares (que começaram a ser imputadas com regularidade nesse
centro de custos e não na cantina S. Jerónimo, onde são confecionadas as refeições), à realização de uma
atividade PASEP e a encargos com recursos humanos associados ao reforço da equipa face ao volume de
atividade realizado.
No Bar do DEM houve aumento de proveitos e de custos pelo facto de esta unidade alimentar
apenas ter iniciado funções em abril de 2015.
Na Sala A houve um decréscimo de proveitos associado à redução do n.º de refeições servidas
que, apesar de ter sido acompanhado por uma diminuição de encargos com géneros alimentares, viu os
encargos com recursos humanos aumentar.
Na Sereia houve um decréscimo de proveitos associado à redução do número de refeições servidas
e uma redução de custos que não equilibrou a diminuição de proveitos pelo facto de esta unidade alimentar
ter assegurado a confeção de refeições para a Creche e Jardim de Infância, situação que não se reflete nos
proveitos desta unidade alimentar.
Nas Monumentais e nas Químicas houve decréscimo de proveitos associado à redução do número
de refeições servidas. A redução de custos não equilibrou a diminuição de proveitos.
4.2.2 ALOJAMENTO
A prestação de serviços de alojamento pelos SAS é gerida no âmbito das competências do Núcleo
de Alojamentos da Divisão de Acolhimento e Integração (DAI). A gestão do alojamento em residências
universitárias da UC compreende, além das atividades relacionadas com o tratamento processual de
candidaturas e processos de alojamento na ótica da melhoria contínua da respetiva eficácia, atividades
orientadas para a promoção da integração e bem-estar dos residentes e de divulgação dos serviços de
alojamento disponibilizados à comunidade UC pelos SASUC, bem como, em articulação com serviços de
suporte dos SASUC e da UC, atividades de melhoria dos equipamentos e infraestruturas das residências
universitárias.
Ao nível da gestão processual, destaca-se, em 2016, a revisão do Regulamento Geral das
Residências Universitárias. Esta atividade foi realizada por um grupo de trabalho, constituído por Despacho
da Administradora dos SASUC, integrando cinco trabalhadores dos SASUC, um estudante designado pela
AAC e um estudante alojado numa residência, em representação dos restantes residentes, designado pela
DAI.
Esta revisão decorreu de um conjunto de necessidades identificadas no âmbito dos processos de
melhoria contínua dos serviços de alojamento disponibilizados à comunidade UC, a par da necessidade de
ajustamento dos serviços prestados à crescente procura de alojamento em residência universitária, à
estratégia de internacionalização da UC, necessidade de disponibilizar respostas mais adequadas a novos
públicos (estudantes internacionais, de mobilidade, de 3.º ciclo, investigadores e suas famílias), bem como
alterações internas decorrentes do desenvolvimento dos sistemas de informação e da gestão financeira
desta atividade. Das principais alterações destacam-se:
A definição de mecanismos reguladores para garantia do respeito pelo Regulamento;
A revisão de procedimentos de admissões e saídas (prevendo a modalidade de
candidaturas plurianuais), dando-os a conhecer de forma mais eficiente ao público
71 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
interessado e assegurando uma gestão mais eficaz dos lugares disponíveis a cada
momento;
A introdução de ações para maior controlo da conta corrente do residente e agilização
do tratamento contabilístico da receita e de eventuais devoluções;
A definição das funções do responsável pela residência;
O reforço do papel do delegado e eliminação da figura do Conselho de Residentes,
criando a possibilidade de serem constituídas comissões específicas e temporárias de que
se espera uma atuação mais eficiente;
A revisão do valor da caução, aproximando-o do valor médio das mensalidades praticadas
nas residências, atribuindo-lhe um cariz independente da condição de residente, passando
a ser devida a todos os residentes que permaneçam em residências por períodos
superiores a um mês.
Em 2016 foi ainda dada continuidade ao desenvolvimento de melhorias no sistema de gestão de
alojamento (SIGESBA), destacando-se a faturação automática dos serviços de alojamento de grupos, bem
como a criação da pré-reserva e melhorias ao nível da tipologia de estudantes, candidaturas, calendário de
entrevistas, log de movimentos de alojamento e interface com informação de bolsas (SICABE).
Em 2016, iniciou-se ainda a especificação da solução informática para candidaturas online a
alojamento de estudantes de mobilidade e estudantes internacionais.
Ao nível da divulgação dos serviços de alojamento disponibilizados à comunidade UC, destaca-se,
em 2016, a continuidade de atividades como o Dia de Porta Aberta e a presença na Semana das Matrículas
para o ano letivo 2016/17.
Abriram-se as residências à comunidade universitária. No domingo que antecedeu o início do ano
letivo (11 de setembro de 2016), na terceira edição do “Dia de porta aberta” – Figura 4.2.2.1, deu-se a
possibilidade aos estudantes e suas famílias de visitarem ou se instalarem confortável e calmamente no seu
futuro quarto, tendo 132 estudantes aproveitado esta oportunidade para fazerem a sua admissão às
Residências Universitárias (RU). Contrariamente a edições anteriores, este número não incluiu estudantes
de 1º ano, dado que as matrículas iniciaram em simultâneo com o ano letivo, 12/09/2016.
Figura 4.2.2.1 Dia de Porta Aberta – 11 de setembro de 2016
No início do ano letivo 2016/17, e à semelhança de anos anteriores, foi reforçada a presença da
Divisão de Acolhimento e Integração na semana das matrículas de novos estudantes da UC, com sessões
de esclarecimento para novos estudantes e respetivas famílias sobre os apoios sociais disponíveis na UC,
designadamente apoios diretos e alojamento - – Figura 4.2.2.2
Figura 4.2.2.2 Semana de Matrículas 2016/17 – Sessões de esclarecimento sobre apoios socais da UC
Por seu lado, ao nível da promoção da integração e bem-estar nas residências universitárias,
destaca-se o enfoque na promoção de atividades desportivas para residentes, com a 2.ª edição do Torneio
Inter-Residências e implementação de projeto piloto para a promoção da prática desportiva nas residências.
Entre abril e maio de 2016 foi promovido o 2º Torneio Inter-Residências, com o objetivo de
fomentar a convivência entre residentes e desenvolver o espírito de pertença. Para a organização deste
torneio foi constituída, em reunião geral de delegados realizada em outubro de 2015, uma comissão
organizadora, tendo esta desafiado os trabalhadores dos SASUC também a participar no torneio.
O Torneio compreendeu as modalidades de futsal e basquetebol, ambas divididas em equipas por
género, e ainda Trivial Pursuit (jogo de tabuleiro), tendo participado 25 equipas que abrangeram 9 das 14
residências universitárias. Os jogos desportivos realizaram-se na Escola Silva Gaio e no Pavilhão 3 da
Faculdade de Ciências de Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra e foram sempre
acompanhados pelo responsável dos Serviços de Saúde e Gestão da Segurança no Trabalho. Os jogos de
Trivial ocorreram no Centro Cultural Dom Dinis – Figura 4.2.2.3.
Figura 4.2.2.3 Torneio Inter-Residências
73 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Para esta iniciativa os SASUC comparticiparam prémios no valor total de 1.000€ para as equipas
vencedoras, disponibilizado em equipamentos para as residências escolhidos pelas equipas vencedoras. A
cerimónia de entrega de prémios do torneio teve lugar no Restaurante do Estádio Universitário, no dia 4
de maio, tendo os prémios sido entregues nas residências posteriormente – Figura 4.2.2.4.
Figura 4.2.2.4 Entrega de prémios do Torneio Inter-Residências
Em abril de 2016, em colaboração com o Gabinete de Desporto da UC, deu-se início ao projeto
piloto de desenvolvimento da prática desportiva nas residências universitárias. Nesta iniciativa foram
disponibilizadas 2 sessões de prática desportiva por semana a todos os residentes alojados nas residências
universitárias do Polo II-2. Estas sessões foram abertas a todos os residentes mediante inscrição prévia,
tendo-se registado 78 inscrições, e foram acompanhadas por responsáveis técnicos da área do desporto,
prevendo ainda a realização de exames médicos para aferir a condição física para a prática desportiva. Esta
atividade envolveu a participação de 58 estudantes. – Figura 4.2.2.5.
Figura 4.2.2.5 Projeto-piloto de prática desportiva nas residências
Reforçou-se o acompanhamento próximo ao Estudante Internacional residente em RU,
designadamente na receção inicial nas residências onde foram colocados, com a disponibilização de
informação adicional quanto à localização e percurso para edifícios escolares e cantinas da UC. Este
acompanhamento incluiu sessões de apresentação dos SASUC nas suas diversas valências, como serviços
de saúde, apoio psicopedagógico (consulta de psicologia e oferta formativa), serviços de alimentação e
outras orientações de ordem prática.
Realizou-se a 4ª edição da ceia de natal partilhada entre estudantes alojados em RU,
proporcionando aos que permaneceram na residência no dia 24 de dezembro, um ambiente familiar,
acolhedor, de confraternização e partilha, na Residência Pedro Nunes, na qual participaram 25 estudantes
– Figura 4.2.2.6.
Figura 4.2.2.6 Ceia de Natal 2016 na residência Pedro Nunes
Em 2016, o alojamento dos participantes da Universidade de Verão ocorreu em duas RU,
localizadas no Pólo II e Pólo III.
Ao nível da melhoria de equipamentos e infraestruturas das residências universitárias, em 2016
deu-se continuidade à renovação e reforço de equipamentos de cozinha, zonas de tratamento de roupa e
de mobiliário das RU, tendo sido possível, neste ano, a satisfação de parte das necessidades identificadas,
como por exemplo a melhoria do conforto na residência Teodoro e António José de Almeida.
Numa lógica de responsabilização dos estudantes por comportamentos individuais com elevado
impacto nos consumos de água e eletricidade e, consequentemente, nos custos financeiros e ambientais,
prosseguiu-se com instalação de lavandaria self-service na residência Padre António Vieira - Figura 4.2.2.7.
Figura 4.2.2.7 Lavandaria self-service em residência universitária
No que respeita à melhoria das infraestruturas das residências universitárias, destaca-se o
investimento realizado nas intervenções nas coberturas dos edifícios das residências António José de
Almeida e Padre António Vieira para resolver problemas de infiltrações; na reparação de interiores
(pinturas, requalificação de espaços, canalizações, iluminação) das residências Combatentes, J. Jacinto, Pedro
Nunes, Santos Rocha, Polo II 1 e 2 e Polo III; intervenção na residência Padre António Vieira para
requalificação de instalações sanitárias de 7 pisos e melhoria infraestrutura para acesso à Internet;
reabilitação e equipamento de sala de estudo e instalações sanitárias comuns na Residência Pedro Nunes.
75 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Ao nível da gestão do risco destaca-se, em 2016, a implementação de controlo de acessos em
quartos/apartamentos das residências Padre António Vieira e Teodoro e de sistema de alarme nas portas
de emergência da residência Polo II-2.
CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE RESIDENCIAL
A prestação de serviços de alojamento pelos SAS, no ano letivo 2016/17, compreende 14
residências universitárias, dispersas geograficamente pela cidade de Coimbra, correspondendo a uma
capacidade de 1 320 lugares para alojamento, registando-se uma redução de 5 lugares na capacidade face
ao ano letivo anterior – Quadro 4.2.2.1.
Residências 2016/2017
Total M F Misto.
Residência Observatório Astronómico 13 0 0 13
Residência Alegria 44 44 0 0
Residência António José Almeida 206 104 100 2
Residência Combatentes 100 0 100 0
Residência João Jacinto 133 57 72 4
Residência Padre António Vieira 48 0 48 0
Residência Penedo da Saudade 18 0 18 0
Residência São Salvador 26 11 15 0
Residência Santos Rocha 50 10 40 0
Residência Pólo II - (1) 110 84 24 2
Residência Pólo II - (2) 166 68 72 26
Residência Pedro Nunes 38 0 0 38
Residência Teodoro 98 0 86 12
Residência Pólo III 270 106 160 4
Total 1320 484 735 101
Quadro 4.2.2.1 Capacidade das Residências Universitárias em 2016/17
Os lugares mistos referem-se a alojamento em tipologia de apartamento. Nestes lugares incluem-
se também pisos especialmente direcionados para estudantes de 2º ou 3º ciclo e para investigadores. No
Quadro 4.2.2.2 apresenta-se a estrutura das residências no ano letivo 2016/17, com base na capacidade
instalada.
ESTRUTURA DAS RESIDÊNCIAS – Ano letivo 2016/2017
Residência
Quartos Casas de Banho
Cozinhas
Salas
Comuns
/ de
Estudo
X3 X2 X1 Total Individuais Coletivas
Alegria 12 20 32 0 6 2 3
Ant. J. Almeida 93 20 113 1 56 11 11
Combatentes 50 0 50 0 6 6 3
João Jacinto 63+2(d) 3 68 2 (d) (e) 29 8+1 (d) 8
Observatório 0 13 13 12+1 (d) 2 12+1 (d) 1
Pe. António Vieira 19+1(d) 8 28 1 (d) 17 1 2+1 (d)
Pedro Nunes 19 0 19 20 2 3 5
Penedo 6 6 12 0 6 1 1
Polo II - 1 55 0 55 2 (e) 28 7+1 (e) 0
Polo II - 2 83 0 83 81+1 (e) 2 4+1 (e) 2
Polo III - 1 133+2(d) 0 135 2 (d) (e) 59 11+1 (d) 6
São Salvador 1 10 3 14 0 3 2 2
Santos Rocha 25 0 25 5 10 5 5
Teodoro 47+2 (d) 0 49 1 (d) 27 4+1 (d) 5+1 (d)
Total 1 622 73 696 129 253 83 56
(d) Apartamento Responsável (e) Apartamento vigilante e W.C. deficiente
Quadro 4.2.2.2 Estrutura física das Residências Universitárias no ano letivo 2016/17
GESTÃO DO ALOJAMENTO NAS RESIDÊNCIAS UNIVERSITÁRIAS DOS SAS
As residências universitárias destinam-se, primordialmente, a estudantes da Universidade de
Coimbra (Regime Geral), que através de candidatura concorrem e as ocupam em grande escala. Para este
alojamento são considerados critérios socioeconómicos, aproveitamento escolar e bom comportamento
em anos transatos, bem como inexistência de dívidas perante os SAS. Também os estudantes que, ao abrigo
de programas de mobilidade e do estatuto de estudante internacional na UC, frequentam a UC, podem ser
colocados em RU (Regime de Mobilidade e de Estudante Internacional). Condicionado à existência de vagas
e numa perspetiva de rentabilização da capacidade instalada, podem ainda ser alojados em RU grupos de
estudantes e outros membros da comunidade académica da UC ou de outros estabelecimentos de ensino,
mediante despacho da Administradora dos SAS (Regime de Alojamento de Grupos).
Regime Geral
No concurso para alojamento do ano letivo 2015/16 (aberto durante todo o ano letivo) registaram-
se 1.366 candidaturas (mais 47 – 3,6% - do que no ano letivo anterior, em que se registaram 1.319
candidaturas), que corresponderam a 1.184 alojados (mais 45 – 4% - do que no ano letivo anterior, em que
se identificaram 1.139 alojados).
A 31 de dezembro de 2016 (ano letivo 2016/17), o concurso para alojamento regime geral registava
1.329 candidaturas, que corresponderam a 1.012 alojados. Considerando o período homólogo de 2015
(concurso do ano letivo 2015/16 a 31 de dezembro de 2015), constata-se uma diminuição do n.º de alojados
no regime geral - Quadro 4.2.2.3.
77 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
2016/17* 2015/16* Var abs Var. %
N.º de Candidaturas
N.º de Alojados
1329
1012
1328
1106
1
-93
0,1%
-8,4%
* Dados com referência a 31 de dezembro de 2016 (2016/17) e a 31 de dezembro de 2015 (201516)
Quadro 4.2.2.3 Resultados do concurso a alojamento regime geral em RU nos anos letivos 2016/17 e 2015/16
Da análise da distribuição dos alojados de regime geral por grupos (categorizados com base na
tipologia de beneficiários de apoios sociais diretos) em anos letivos completos (2015/16 vs. 2014/15),
verifica-se, no ano letivo 2015/16, um aumento de bolseiros alojados nas residências universitárias –
Quadro 4.2.2.4.
Alojados Regime Geral 2015/16 2014/15 Var abs Var. %
Bolseiros DGES
Não Bolseiros
Bolseiros Outras Entidades
893
257
34
831
269
39
62
-12
-5
7,5%
-4,5%
-12,8%
Total 1184 1139 45 4,0%
Quadro 4.2.2.4 Distribuição dos alojados de regime geral por grupos, nos anos letivos 2015/16 e 2014/15
Este aumento do número de alojados de regime geral acompanha o aumento da ocupação
verificado no ano letivo corrente, resultando da estratégia de divulgação junto dos estudantes e respetivas
famílias no momento da matrícula da Universidade de Coimbra.
Regimes de Mobilidade e de Alojamento de Grupos
Com o desenvolvimento do sistema de informação para gestão do alojamento em residências
universitárias (SIGESBA), no ano letivo 2015/16 houve alterações ao nível do tratamento dos processos nos
regimes de alojamento de mobilidade e Estudante Internacional e regime de alojamento de grupos, com
impacto na aferição do indicador n.º de alojados destes regimes. Até 2014/15 estes processos eram
registados por número de pedido, não existindo um número de identificação por alojado, mas por pedido,
o que dificultava a contabilização do n.º de alojados destes regimes (a mesma pessoa alojada poderia ter
dois ou mais pedidos de alojamento). Esta alteração, implementada na ótica da melhoria da rastreabilidade
e monitorização dos processos, inviabiliza, contudo, a comparação destes indicadores por períodos
homólogos. Adicionalmente, constata-se que estas alterações ainda não abrangem o regime de alojamento
de grupos, que continua a ser tratado por pedido, exigindo reflexão adicional ao nível da monitorização
deste processo e definição dos respetivos indicadores, que se espera desenvolver em 2017.
Assim, considerando todo o ano letivo 2015/16 contabilizaram-se 666 alojados no regime de
mobilidade e estudante internacional, dos quais 146 (22%) correspondiam a estudantes ao abrigo do
estatuto de Estudante Internacional na UC; 364 (55%) a residentes ao abrigo de programas de mobilidade
na UC e 154 (23%) a outros residentes.
Considerando o n.º de alojados neste regime, em 2016/17 e 2015/16, com referência a 31 de
dezembro, constata-se um aumento do número de estudantes ao abrigo do estatuto de Estudante
Internacional na UC alojados em residências universitárias - – Quadro 4.2.2.5.
Alojados Regime Mobilidade e EI 2016/17* 2015/16* Var abs Var. %
Estudante Internacional
Mobilidade
Outros residentes
141
107
138
85
205
59
56
-98
79
66%
-48%
134%
Total 386 349 37 11%
* Dados com referência a 31 de dezembro de 2016 (2016/17) e a 31 de dezembro de 2015 (201516)
Quadro 4.2.2.5 Distribuição dos alojados de regime de mobilidade e EI, nos anos letivos 2016/17 e 2015/16, com
referência a 31/12
No âmbito do acolhimento e da prestação de serviços de alojamento a estudantes da UC com
estatuto de estudante internacional, em 2016/17 (dados a 31 de dezembro de 2016) o Núcleo de
Alojamentos dos SAS recebeu e tratou 147 pedidos de alojamento (incluindo 61 pedidos de realojamento)
intermediados, na sua maioria, pela Divisão de Relações Internacionais (DRI) da Administração da UC –
Quadro 4.2.2.6.
Pedidos Desistências Alojados Tx. Perm.
Novos pedidos outros 81 -58 23 28%
Novos pedidos PUAÇA* 5 5 100%
Realojados Governo Angola 24 24 100%
Realojados Puaça 23 23 100%
Realojados outros 14 -4 10 71%
Total 147 -62 85 58% Quadro 4.2.2.6 Alojamento de Estudantes Internacionais em 2016/17 (dados a 31/12/2016)
Dos 147 pedidos registados, verificou-se que 62 estudantes desistiram ou não chegaram a dar
entrada nas residências (por desistência durante o período de alojamento solicitado ou por término do
período de alojamento solicitado). A 31 dezembro 2016, 85 estudantes internacionais mantinham-se
alojados em residência universitária.
Considerando a distribuição por nacionalidade do número total de alojados estrangeiros (655) no
ano letivo 2015/16 (que representaram 35% do número total de alojados nesse ano letivo - 1848),
identificam-se 61 países de origem, sendo os países da América Latina e de África os mais representativos
da proveniência dos estudantes estrangeiros alojados em residência universitária – Figura 4.2.2.8.
Figura 4.2.2.8 Distribuição dos alojados estrangeiros por nacionalidades no ano letivo 2015/16
79 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
De uma forma geral identificou-se maior representatividade de residentes estrangeiros
provenientes do Brasil (40%) e de Angola (16%).
OCUPAÇÃO DAS RESIDÊNCIAS UNIVERSITÁRIAS DOS SAS
Lugares disponíveis e Ocupação
Comparando valores de ocupação média anual face à média anual de lugares disponíveis para
alojamento nos anos civis 2016 e 2015, verifica-se um aumento de 2.54 pontos percentuais na taxa de
ocupação registada em 2016, que corresponde a cerca de 90% - Quadro 4.2.2.6.
Lugares Disponíveis Ocupação Média Taxa de Ocupação (%)
2016 2015 Var. 2016 2015 Var. 2016 2015 Var.
Alegria 39,88 40,26 -0,38 36,18 35,93 0,25 90,72 89,24 1,48
António José de
Almeida 183,27 184,35 -1,08 169,57 163,44 6,14 92,53 88,66 3,87
Combatentes 92,76 92,47 0,29 82,07 84,28 -2,21 88,48 91,14 -2,66
João Jacinto 116,38 117,27 -0,89 103,82 104,17 -0,36 89,20 88,83 0,37
Observatório 12,00 12,05 -0,05 10,46 9,69 0,77 87,16 80,36 6,80
PAV 41,16 45,90 -4,73 39,33 40,48 -1,15 95,55 88,20 7,35
Pedro Nunes 25,23 24,54 0,69 21,60 18,62 2,98 85,60 75,86 9,74
Penedo 16,32 16,47 -0,15 13,61 13,96 -0,35 83,41 84,76 -1,35
Polo II-1 95,58 89,92 5,66 85,37 72,53 12,84 89,32 80,67 8,65
Polo II-2 146,61 142,45 4,17 134,07 125,48 8,59 91,44 88,09 3,35
Polo III 256,89 258,11 -1,22 224,98 221,85 3,13 87,58 85,95 1,63
S. Salvador 23,60 23,64 -0,04 20,93 21,72 -0,79 88,67 91,87 -3,20
Santos Rocha 44,45 46,05 -1,60 37,00 37,64 -0,64 83,23 81,73 1,50
Teodoro 85,00 84,05 0,95 76,91 74,78 2,13 90,49 88,97 1,52
Total 1179,14 1177,52 1,62 1055,89 1024,56 31,33 89,55 87,01 2,54
Nota: Lugares disponíveis calculados com base em todo o ano civil incluindo período de verão, de acordo com as residências em
funcionamento.
Quadro 4.2.2.6 Média anual de lugares disponíveis, ocupados e taxa de ocupação por RU em 2016 e 2015
Constata-se um crescimento da ocupação de cerca de 3%, mais sentido nas residências Polo II-1,
Pedro Nunes, António José de Almeida e Polo II-2.
Analisando o comportamento comparativo da ocupação, por residência, verifica-se redução da taxa
de ocupação nas residências Combatentes, S. Salvador e Penedo.
Considerando a distribuição da ocupação média total das residências universitárias por sexo,
verifica-se, em 2016 e 2015 maior representatividade da ocupação feminina em relação à masculina,
registando-se, em 2016, acréscimo na ocupação masculina e um ligeiro decréscimo na representatividade
feminina – Quadro 4.2.2.7.
Ocupação Média Total
2016 2015 2016 vs. 2015
V. Médio % V. Médio % Var. Abs.
(V. médios)
Var.
(valores %)
Masculina
Feminina
435,28
620,61
41,22
58, 78
416,61
607,95
40,66
59,34
18,67
12,66
0,56
-0,56
Total 1055,89 100 1024,56 100 31,33
Quadro 4.2.2.7 Distribuição da ocupação média total das RU por sexo, em 2016 e 2015
CUSTOS E PROVEITOS DO ALOJAMENTO
Da análise dos custos e proveitos das residências universitárias (excluindo custos administrativos
e técnicos associados à gestão centralizada na Divisão de Acolhimento e Integração dos processos de
alojamento), constata-se, globalmente, uma diminuição de proveitos, redução de custos e da taxa de
cobertura nos resultados de 2016 face a 2015 – Quadro 4.2.2.8.
Proveitos (€) Custos (€)
Taxa de Cobertura
(%)
2016 2015 Var. 2016 2015 Var. 2016 2015 Var.
Alegria 39 846,12 46 038,47 -6 192,35 51 705,20 48 014,81 3 690,39 77,06 95,88 -18.82
António José
Almeida 207 239,17 238 626,31 -31 387,14 99 495,94 90 190,12 9 305,82 208,29 264,58 -56,29
Combatentes 79 153,13 95 270,03 -16 116,90 49 941,23 50 113,56 -172,33 158,49 190,11 -31,62
João Jacinto 102 002,70 115 946,84 -13 944,14 82 233,99 81 380,64 853,35 124,04 142,47 -18,44
Observatório 51 437,44 39 626,04 11 811,40 34 270,52 31 110,14 3 160,38 150,09 127,37 22,72
PAV 43 030,70 52 368,56 -9 337,86 29 919,62 28 975,38 944,24 143,82 180,73 -36,91
Pedro Nunes 54 107,56 48 058,60 6 048,96 27 332,91 31 455,72 -4 122,81 197,96 152,78 45,18
Penedo 18 244,73 18 740,70 -495,97 16 142,19 18 622,98 -2 480,79 113,03 100,63 12,39
Polo II-1 105 408,23 98 637,10 6 771,13 49 452,29 42 155,10 7 297,19 213,15 233,99 -20,83
Polo II-2 197 968,70 179 182,87 18 785,83 78 816,57 98 940,62 -20 124,05 251,18 181,10 70,08
Polo III 274 373,23 286 231,24 -11 858,01 113 147,77 122 770,07 -9 622,30 242,49 233,14 9,35
São Salvador 24 414,84 26 175,63 -1 760,79 18 809,03 21 206,43 -2 397,40 129,80 123,43 6,37
Santos Rocha 44 921,50 51 283,55 -6 362,05 75 315,24 78 371,68 -3 056,44 59,64 65,44 -5,79
Teodoro 85 775,35 96 011,43 -10 236,08 59 789,06 57 229,29 2 559,77 143,46 167,77 -24,30
Total 1 327 923,40 1 392 197,37 -64 273,97 786 371,56 800 536,54 -14 164,98 168,87 173,91 -5,04
Quadro 4.2.2.8 Proveitos, Custos e Taxa de Cobertura das RU, em 2016 e 2015
Pese embora o aumento da ocupação das residências universitárias, os proveitos dos alojamentos
diminuíram como resultado de alterações dos procedimentos contabilísticos utilizados para o tratamento
de cauções – até setembro de 2015 eram contabilizadas como proveitos do alojamento, deixando de o ser
a partir dessa data por se ter corrigido o procedimento com a centralização da gestão de contas correntes
de alojados no âmbito do processo de gestão da receita pelo Núcleo Financeiro. Esta alteração na forma
de tratamento contabilístico das cauções foi “compensada” por uma gestão de contas correntes em tempo
real, que originou maior volume de receita pela via de cobrança de mensalidades, reduzindo o valor relativo
das dívidas.
Não obstante o aumento da ocupação e consequentemente aumento dos encargos com
consumíveis, a estrutura de custos operacionais das residências universitárias diminuiu, como resultado da
diminuição de encargos com recursos humanos.
Considerando globalmente o setor dos alojamentos, incluindo o Núcleo de Alojamentos e as
lavandarias self-service, verifica-se uma diminuição da taxa de cobertura do setor, decorrente da redução
de proveitos – Quadro 4.2.2.9.
81 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Proveitos (€) Custos (€) Tx. de cobertura (%)
2016 2015 Var. 2016 2015 Var. 2016 2015 Var.
Total RU 1 327 923,40 1 392 197,37 -64 273,97 786 371,56 800 536,54 -14 164,98 168,87 173,43 -5,04
Divisão/Núcleo 1 016,97 1 744,55 -727,58 320 018,59 308 413,19 11 605,40 0,32% 0.57 -0,25
Lavandarias 7 921,57 4 723,93 3 197,64 2 884,20 0,00 2 884,20 274,65 0.00
TOTAL
Alojamentos 1 336 861,94 1 398 665,85 -61 803,91 1 109 274,35 1 108 949,73 324,62 120,52 126,13 -5,61
Quadro 4.2.2.9 Proveitos, Custos e Taxa de Cobertura dos Alojamentos, em 2016 e 2015
4.2.3 SERVIÇOS DE SAÚDE
A prestação de serviços de saúde à comunidade UC, enquanto apoio social indireto da Ação Social
na UC é gerida, desde abril de 2014, no âmbito das competências dos Serviços de Saúde e de Gestão da
Segurança no Trabalho (SSGST).
Esta unidade agrega as valências de serviços de saúde disponibilizados pelos SASUC aos estudantes
e restante comunidade UC e a gestão das atividades de saúde ocupacional dos trabalhadores da UC.
Na sequência do processo de gestão da mudança que se iniciou em 2014, com a agregação de duas
valências de serviços de saúde no mesmo serviço e da mudança de instalações, em setembro de 2015, para
o edifício da Faculdade de Medicina no Polo I da UC, em 2016 consolidou-se o processo de gestão dos
serviços de saúde disponibilizados à comunidade UC, com a formalização e integração no Sistema de Gestão
da UC (subsistema SASUC) do SAS_P006 – Acesso a cuidados de saúde. Considerando as oportunidades
de melhoria identificadas relativamente à marcação de atos clínicos online, via portal e-consultas, foi
igualmente revisto o procedimento e elaborado Guia de Orientação para apoio ao utilizador da aplicação
para marcação de atos clínicos nos SSGST (SAS_GO005 – “e-Consultas – Manual do Utilizador”. Marcação
de atos médicos online).
De igual modo se tornou possível o registo dos SSGST na Entidade Reguladora da Saúde, sob o
número E 132773, válido até julho de 2017.
No presente capítulo procede-se à análise da atividade dos SSGST em 2016 na valência de
prestação de cuidados de saúde à comunidade UC enquanto apoio indireto da Ação Social na UC. As
atividades de gestão da Saúde e Segurança no Trabalho são analisadas em capítulo específico, integrado nas
outras atividades dos SAS, não enquadráveis na tipologia clássica de apoios diretos/indiretos da Ação Social
no Ensino Superior.
Serviços disponibilizados em 2016
A reestruturação dos Serviços redefiniu as áreas estratégicas de apoio assistencial à comunidade
universitária. Fruto da reflexão realizada, atendendo às características específicas de uma população
essencialmente estudantil, em grande parte deslocada das suas áreas de residência habitual e, cada vez mais,
internacional, optou-se pelo reforço dos cuidados de saúde primários e de algumas áreas clínicas julgadas
prioritárias.
A atividade assistencial é prestada por um conjunto de profissionais, que a exercem em diferentes
regimes: trabalhadores dos SASUC (2 médicos; 2 psicólogas clínicas do Núcleo de Integração e
Aconselhamento da Divisão de Acolhimento e Integração; 1 nutricionista do Gabinete de Nutrição e
Controlo Alimentar da Divisão de Alimentação); avençados (1 médica de clínica geral, 1 médica
oftalmologista; 1 médica psiquiatra; 2 médicos-dentistas); voluntários (2 médicos de clínica geral; 1 médica
ginecologista); colaboração no âmbito de protocolo com os CHUC (2 médicas psiquiatras); colaboração
com o IEFP ao abrigo de Contrato de Emprego e Inserção (1 psicóloga clínica).
Os serviços de enfermagem foram reforçados em 2016, com a conclusão do concurso para
contratação de um enfermeiro, que iniciou funções em setembro de 2016.
A oferta disponibilizada ao longo de 2016 sintetiza-se no Quadro 4.2.3.1:
Ato Clínico
N.º de
técnicos
de saúde
N.º dias da semana
em que há
atendimento
Total de horas
semanais de
atendimento
Co
nsu
ltas
Clínica geral 4 5 39h Med. Dentária 2 5 38h Nutrição 1 2 5h Oftalmologia 1 3 8h Plan. Familiar / Ginecologia 2 3 10h Psicologia 3 5 45,5h Psiquiatria 1 consulta por referenciação n.d. Psiq. – Consulta Jovem Univ. 2 consulta por referenciação n.d.
Medicina do Viajante 2 2 5h
Serviços de Enfermagem 1 5 35h Quadro 4.2.3.1 Oferta disponibilizada ao longo de 2016
Atividade assistencial em 2016
Em 2016 registou-se um acréscimo substancial na atividade assistencial dos SSGST, num processo
de contínuo crescimento que se tem vindo a verificar desde a consolidação da estrutura e mudança de
instalações. - Quadro 4.2.3.2.
Em 2016 recorreram aos Serviços 3 233 utentes, mais 3% do que em 2015 (3 140), que realizaram
9 328 atos clínicos, o que traduz uma média de 3 atos clínicos por utente. A maioria dos utilizadores dos
SSGST são estudantes (79%), seguindo-se os trabalhadores (18%) e os familiares (3%).
O número de consultas agendadas e realizadas registou um aumento considerável, de 17,37% e
12,77%, respetivamente.
2016 2015
Variação
Abs. %
N.º de consultas marcadas 12 097 10 307 1 790 17,37%
N.º de consultas realizadas* 8 063 7 150 913 12,77%
Renovação de medicação 420 461 -41 -8,89%
Atos de enfermagem pagos 401 824 -423 -51,33%
Outros atos de enfermagem 280 1 593 -1 313 -82,42%
Outros atos clínicos** 164 190 -26 -13,68% * Em 2015 contabilizam-se mais 66 consultas de Medicina de Viagem não registadas no SI. ** Outros atos clínicos compreendem a avaliação de citologias, elaboração de relatórios clínicos e discussão de casos clínicos.
Quadro 4.2.3.2 Atividade assistencial dos SSGST, em 2015 e 2016
A análise da distribuição do n.º de consultas realizadas por especialidade – Gráfico 4.2.3.1, -
permite concluir que o acréscimo do número total de consultas realizadas em 2016 se deve, em grande
parte, à área da saúde mental: Psicologia Clínica (119%), Consulta do Jovem Universitário (126%). De igual
modo se registou um aumento das consultas de Medicina de Viagem (8%) e de Clínica Geral (7,6%).
83 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Gráfico 4.2.3.1 Distribuição do n.º de consultas realizadas, por especialidade, em 2015 e 2016
No que respeita à consulta de Medicina de Viagem identificam-se 66 consultas motivadas por
deslocações em serviço (de trabalhadores e de estudantes, estando o primeiro grupo enquadrado na
valência de saúde ocupacional) e 27 consultas motivadas por deslocações em lazer.
Nas 158 Consultas do Jovem Universitário, na especialidade de Psiquiatria, no âmbito do protocolo
com o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC), foram acompanhados 58 estudantes,
maioritariamente do sexo feminino (67%), com idades compreendidas entre os 18 e os 39 anos (Média =
24 anos). Cerca de 83% dos estudantes acompanhados nesta consulta eram de nacionalidade portuguesa,
identificando-se ainda 6 estudantes de nacionalidade brasileira e 4 estudantes de nacionalidades italiana,
moçambicana, porto riquenha e romena. Considerando as Faculdades de origem, realizou-se
acompanhamento a estudantes das 8 Faculdades da UC, com a seguinte distribuição: Ciências e Tecnologia
(31%); Letras (19%); Direito (17%); Medicina (12%); Economia (9%); Farmácia (7%); Psicologia e Ciências da
Educação (3%) e Ciências do Desporto e Educação Física (2%).
Do total de utentes, 707 (27%) gozam de estatuto de bolseiro, que usufruíram gratuitamente de
2798 atos clínicos (cerca de 31% do total). Dos atos clínicos realizados a bolseiros, 2665 (95%)
correspondem a consultas, 82 (3%) a atos de enfermagem e 51 (2%) a renovação de medicação.
Quanto à distribuição dos utentes estudantes (2556 utentes) por Faculdade, verifica-se maior
representatividade da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, com 29% do total – Gráfico 4.2.3.2.
Gráfico 4.2.3.2 Distribuição de utentes da tipologia estudante por Faculdade
Dos 3233 utilizadores dos SSGST em 2016, 894 (28%) têm nacionalidade estrangeira, tendo
realizado 2263 atos clínicos, na sua maioria consultas (89%). Também aqui se regista um aumento percentual
em relação a 2015 (26% de utilizadores com nacionalidade estrangeira). Estes utentes são maioritariamente
estudantes oriundos de países da América Latina (48%) e da Europa (28%) – Figura 4.2.3.2.
Figura 4.2.3.2 Distribuição de utentes estrangeiros (n=894) em 2016 por continente de origem
As nacionalidades de estudantes estrangeiros com maior representatividade são a brasileira (46%),
a italiana (10%), a espanhola (7%) e a angolana (7%).
Não se registaram pedidos de realização de consultas para obtenção de documento médico para
pré-requisitos, por parte dos estudantes internacionais.
Outras atividades
Em 2016 mantiveram-se as atividades de divulgação dos SSGST junto da comunidade UC,
designadamente através da sua presença no circuito de matrículas dos novos estudantes (setembro) –
Figura 4.2.3.3. e pela dinamização, em articulação com a Divisão de Acolhimento e Integração, de uma
sessão de acolhimento para os estudantes internacionais do ano zero da UC para divulgação dos apoios
disponibilizados pelos SAS.
Figura 4.2.3.3 Divulgação dos SSGST no circuito de matrículas
Na vertente de Educação para a Saúde realizaram-se 2 ações pedagógicas: uma, realizada por
Enfermeira, dirigida aos estudantes residentes abrangidos pelo Programa de Apoio entre Pares nas
Residências Universitárias ; uma outra, dinamizada por Médica de Clínica Geral e Médico Dentista, junto
das crianças do Jardim de Infância sobre saúde oral e alimentação.
85 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Os SSGST, em 2016, permitiram a realização de Estágios Curriculares e de Verão. Foram acolhidos
3 estagiários da Pós-Graduação em Medicina do Trabalho da Faculdade de Medicina, 4 estagiários do
Mestrado de Psicologia (2 no ano lectivo de 2015/16; 2 no ano lectivo de 2016/17), 2 estagiários de Verão.
No campo do apoio à atividade desportiva salienta-se o apoio médico disponibilizado à organização
do Torneio Inter-residências – Figura 4.2.3.4., bem como a participação na organização do projecto-piloto
de promoção da prática desportiva nas residências estudantis.
Figura 4.2.3.4 Apoio médico ao Torneio Inter-Residências
Registou-se a participação de alguns dos elementos dos SSGST (2 médicos e 2 psicólogas) no
Fórum Internacional “Noites nas Cidades Saudáveis”, evento formativo organizado pelo Serviço de
Psiquiatria dos CHUC.
Implementou-se a linha de atendimento prioritário para apoio a estudantes refugiados, tendo sido
realizadas 23 consultas médicas (3 consultas de Oftalmologia; 20 consultas de Medicina Dentária).
No campo da melhoria de processos implementou-se um sistema de gestão de filas na área do
Atendimento, participou-se, em colaboração com o GSII e a DAFRH-NF, no processo de integração SIGES-
GIAF (gestão da receita) e deu-se início ao projecto de reformulação da página web dos SSGST.
Com o objectivo de reflectir sobre os resultados do processo de auscultação dos utentes
decorrido nos finais de 2015, realizou-se uma Reunião Geral de Serviço, que contou com a presença do
Senhor Reitor e da Senhora Administradora dos SASUC.
Figura 4.2.3.5 Reunião Geral de Serviço com presença do Senhor Reitor
Os SSGST disponibilizaram instalações e equipamentos para operacionalizar um projeto de
solidariedade social, o Banco de Óculos, participando ativamente na recolha de óculos já usados.
Atividades de Investigação
Os SSGST acolhem um projecto de investigação conduzido pela Faculdade de Psicologia e Ciências
da Educação denominado “Menos ansiedade”.
Colaboraram ainda, em articulação com o Jardim de Infância dos SASUC, no projeto de
investigação: “Caracterização de perfis salivares metabólicos na cárie precoce da infância: implicações
diagnósticas, preventivas e terapêuticas”, com investigadora da Faculdade de Medicina da Universidade de
Coimbra.
Custos e Proveitos dos SSGST
Nesta análise financeira são considerados os SSGST sem distinção das respetivas valências de apoio.
Em 2016, constata-se um aumento de cerca de 10% dos proveitos dos SSGST associado ao
aumento do n.º de consultas realizadas. Por seu lado, os custos com a atividade assistencial também
reduziram em cerca de 5% – Quadros 4.2.3.3 e 4.2.3.4.
2016 2015
Variação
Abs %
Proveitos 41 297,62€ 37 438,77€ 3 858,85€ 10,31%
Custos 264 982,63€ 277 690,26€ -12 707,63€ -4,58%
Tx. Cobertura 15,59% 13,48% 2.11
Quadro 4.2.3.3 Evolução dos custos e proveitos dos SSGST, em 2015 e 2016
No que respeita aos custos, a diminuição verificada reflete o impacto da mudança de instalações
para o Edifício da Faculdade de Medicina no Polo I da UC, com impacto na redução de custos de
funcionamento e diminuição de custos com recursos humanos – Quadro 4.2.3.5.
2016 2015
Variação
Abs %
RH 175 831,43€ 179 976,37€ -4 144,94€ -2,30%
Honorários 74 436,53€ 72 878,00€ 1 558,53€ 2,14%
Funcionamento 14 714,67€ 24 835,89€ -10 121,22€ -40,75%
Total 264 982,63€ 277 690,26€ -12 707,63€ -4,58%
Quadro 4.2.3.5 Principais rubricas de Custos dos SSGST, em 2015 e 2016
O aumento de proveitos e o decréscimo de custos em 2016 teve reflexo no aumento em cerca
de 2 pontos percentuais na taxa de cobertura deste setor.
87 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
4.2.4. APOIO À INFÂNCIA
Os Serviços de Apoio à Infância (SAI) inserem-se na Direção de Serviços de Apoio ao Estudante.
Desenvolvem a sua atividade no âmbito da prestação de serviços de apoio à infância à comunidade
universitária nas vertentes de Creche, para crianças dos dois meses aos três anos de idade e de Jardim
de Infância, para crianças dos três anos até ao ingresso no primeiro ciclo.
Os objetivos definidos para esta área de atuação dos SAS encontram-se exaustivamente descritos
no nº 2 do artigo 15º do Regulamento Orgânico dos SAS (Regulamento 122/2012), publicado no Diário da
República – 2ª Série, nº 55, de 16 de março. De entre eles permitimos destacar a contribuição que se
pretende seja dada por este apoio para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso
da aprendizagem, não deixando de reforçar a promoção do desenvolvimento pessoal e social da criança,
fomentando a sua inserção em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade das culturas,
favorecendo a progressiva consciência do seu papel como membro da sociedade. Estes objetivos, para além
de outros, deverão contar com a colaboração ativa e participativa dos pais para que o resultado formativo
a bem da sociedade seja conseguido.
O procedimento de acesso aos SAI (P008) encontra-se integrado no Sistema de Gestão da UC
(subsistema SASUC) desde 2014, enquadrado no P074 – Apoio à Comunidade Universitária.
Considerando o objetivo estratégico de disponibilizar serviços de apoio à infância como uma
resposta diferenciadora da Ação Social na Universidade de Coimbra, em 2016 foram realizadas reuniões de
trabalho visando o desenvolvimento de um modelo pedagógico inovador, tendo por base o Manual de
Processos Chave para Creche, do Instituto de Segurança Social, a Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar e
Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar do Ministério da Educação, como suporte de
referência para os educadores na sua prática educativa, perspetivada como dinamizadora das diversas áreas
de conteúdo.
A prática educativa vivenciada no Apoio à Infância diferencia-se pelo suporte nas seguintes
premissas:
- Currículo emergente – A criança como co construtora de conhecimento, “Acentua-se a
importância da educação pré-escolar partir do que as crianças sabem, da sua cultura e saberes
próprios”. A criança desempenha um papel ativo na construção do seu desenvolvimento e
aprendizagem. É encarada como sujeito e não como objeto do processo educativo. 2
- Pedagogia participativa- Traduz-se na criação de espaços e momentos pedagógicos em que as
crianças e os adultos que desenvolvem atividades e projetos através do pensar, fazer e refletir em
conjunto.
- Trabalho em equipa- colaboração entre pares (criança-criança, criança-adulto, adulto-adulto).
- Educadores como investigadores - O educador provoca, constrói, estimula o pensamento da
criança, promovendo a interação e a colaboração na criança com os seus pares.
2 Ministério da educação (1997) Orientações curricular para a educação pré-escolar, Lisboa: DEB/NEPE, p. 18
- Metodologia de projeto - “A pedagogia de projeto pretende cultivar e desenvolver a vida
inteligente da criança. Encoraja-a a colocar questões e resolver situações problemáticas. Permite,
portanto, aprendizagens significativas.”3 “Para responder aos interesses reais mas diversificados das
crianças, o projeto deverá apenas envolver o grupo que está interessado”. Pode mobilizar um
grupo maior, “o que não significa que todas as crianças realizem as mesmas atividades.” (trabalho
por multiprojetos) 4.
- Educação outdoor – Promoção do brincar e de vivências nos espaços exteriores e no contacto
com a natureza, potenciando um conjunto de aprendizagens e desafios que são decisivos no
desenvolvimento e na saúde da criança. “A possibilidade de brincar ao ar livre, de forma autónoma
e espontânea, permite desenvolver competências motoras, sociais, cognitivas e emocionais, que se
revelam fundamentais para a vida adulta”5.
- Atelier e desenvolvimento representativo - Capacitar as crianças para a apresentação de
conceitos e hipóteses através de múltiplas formas de representação (teatro, dança, música,
desenho, pintura, escultura,...).
- Internacionalização - A aposta da Universidade de Coimbra na resposta a novos públicos, traz
inúmeros desafios ao nível da multiculturalidade, sendo que a diversidade daí resultante potencia
experiências e vivências diversificadas centradas na linguagem, conhecimento do mundo, costumes,
entre outras.
- Documentação (portfólio) - A documentação é vista como uma importante ferramenta na
monitorização do processo de aprendizagem da criança: “cada educador utiliza técnicas e
instrumentos de observação e registo diversificados, tais como: observação, portefólios
construídos com as crianças, entrevistas, questionários a crianças, pais ou outros parceiros
educativos, gravações áudio e vídeo, registos de autoavaliação, fotografias, que permitem ao
educador ver a criança sob vários ângulos de modo a poder acompanhar a evolução das suas
aprendizagens.” 6.
Nesta linha de diferenciação do modelo pedagógico, os projetos educativos de ambas as valências
do Apoio à Infância têm sido inspirados nos temas da Semana Cultural da UC: em 2015/16, “O Livro” e em
2016/17, “Quem Somos?”.
Visando a otimização da capacidade instalada, o ajustamento das respostas sociais disponibilizadas
às necessidades da comunidade UC e garantir a sustentabilidade desta valência da Ação Social na UC, deu-
se continuidade à realização do ATL de Verão, iniciado em 2014. O ATL de Verão, realizado em agosto de
2016 nas instalações da Creche dos SASUC, foi dirigido a crianças dos 2 aos 10 anos de idade e registou a
participação de 44 crianças, distribuídas por 4 semanas de duração, verificando-se um aumento de 16% do
número de crianças inscritas face ao ATL de Verão realizado em 2015 (com 38 participantes). Salienta-se a
colaboração nesta atividade das Secções de Basebol, Ténis, Judo, Ioga e Rugby da AAC, das instalações do
Campo de Santa Cruz, do Clube de Basquetebol dos Olivais - Figura 4.2.4.1.
3 Ministério da educação (1997) Qualidade e projecto na educação pré-escolar, Lisboa: DEB/NEPE, p. 104,
4 Ministério da educação (1997) Qualidade e projecto na educação pré-escolar, Lisboa: DEB/NEPE, p. 133 5 BENTO, G. Infância e espaços exteriores – perspetivas sociais e educativas na atualidade, Investigar em Educação - II ª
Série, Número 4, 2015, p.130 6 Circular nº 4/DGIDC/DSBC/2011
89 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Figura 4.2.4.1 Cartaz e atividades do ATL de Verão 2016
Ao nível da gestão deste processo, salienta-se, em 2016, o desenvolvimento dos sistemas de
informação de suporte à gestão (da atividade e de gestão da receita), que passaram a estar integrados,
melhorando a rastreabilidade e controlo dos processos e a eficácia do respetivo tratamento administrativo,
com impacto positivo nos utilizadores destes serviços.
Salienta-se igualmente a realização, em junho de 2016, do processo de auscultação à satisfação dos
Encarregados de Educação das crianças a frequentar o apoio à infância dos SASUC - Figura 4.2.4.2.
Figura 4.2.4.2 Auscultação Apoio à Infância – junho 2016
Com o objetivo de identificar oportunidades para a melhoria dos serviços prestados pelo Apoio à
Infância dos SASUC e no âmbito da planificação do P007 – Auscultação de Partes Interessadas, que prevê
uma periodicidade de 2 em 2 anos para este processo, a auscultação foi realizada com base no Questionário
de avaliação da satisfação dos/as encarregados/as de educação com os Serviços de Apoio à Infância dos
SASUC (SAS_Im0029_02), aplicado via LimeSurvey de 6 a 16 de junho de 2016. Foram enviados convites a
todos os/as encarregados/as de educação das crianças que frequentaram a Creche e o Jardim de Infância
dos SASUC no ano letivo 2015/2016 (129) para preenchimento do inquérito, tendo o número de
respondentes sido de 80 (taxa de resposta de 62%), 40 com referência à Creche e 40 com referência ao
Jardim de Infância. Constatou-se uma avaliação muito positiva dos serviços prestados pelo Apoio à Infância
dos SASUC, com todas as variáveis classificadas com pontuações médias acima de 4 (escala de 1 a 5), sendo
a variável com pontuação mais baixa as Instalações, Equipamentos e Sinalética, particularmente na valência
Creche. Salienta-se a melhoria da avaliação da valência Creche quando comparados os resultados de 2016
com os do processo de auscultação realizado em 2014. Cerca de 97,5% dos/as inquiridos/as afirmaram estar
satisfeitos/as ou muito satisfeitos/as com os Serviços de Apoio à Infância dos SASUC, traduzindo-se numa
taxa de satisfação de 90% (Creche – 87%; Jardim de Infância – 94%). Face aos resultados obtidos na
auscultação de 2014, constata-se um aumento da taxa de satisfação global (em 2014 foi de 84%) e por
valência (em 2014, na Creche, foi de 70% e no Jardim de Infância 90%) – Gráfico 4.2.1.1.
Gráfico 4.2.1.1 Evolução da taxa de satisfação com Creche e Jardim de Infância de 2012 a 2016
Entre as sugestões mais apontadas para a melhoria dos Serviços de Apoio à Infância dos SASUC
no âmbito deste processo, destacaram-se as que incidem na reabilitação das instalações e na diversificação
das atividades disponibilizadas às crianças.
Ao nível das atividades implementadas em 2014 e 2015 para a melhoria da comunicação com
Encarregados/as de Educação, foi dada continuidade à produção contínua de conteúdos para o Blogue
“Crescer UC” e disponibilizada a Caderneta Individual da Criança – Figura 4.2.4.3.
Figura 4.2.4.3 Caderneta da Criança dos SAI e Blogue “Crescer UC”
91 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
À semelhança de anos anteriores, também em 2016, em novembro, os SAI se associaram às
comemorações do Dia Nacional do Pijama, atividade enquadrada no programa Mundos de Vida que visa
angariar verbas para ajudar crianças que não têm família. A participação em 2016 permitiu angariar 221,39€
(JI) e 194,13€ (Creche) – Figura 4.2.4.4.
Figura 4.2.4.3 Atividade Dia Nacional do Pijama – novembro de 2016
Em 2016 destaca-se ainda a realização conjunta, de ambas as valências, da Festa de Natal, nas
instalações do Centro Cultural Dom Dinis - Figura 4.2.4.5.
Figura 4.2.4.3 Festa de Natal no CCDD – dezembro de 2016
4.2.4.1 CRECHE
A Creche dos SAS organiza-se em 4 salas: dos bebés; de transição; 1/2 anos e 2/3 anos, que
correspondem a uma capacidade de 60 crianças. Presta às crianças, não só os cuidados relativos à higiene,
alimentação, segurança, conforto e bem-estar, assegurando também uma componente educativa ativa,
orientada por profissionais especializados que, através das suas práticas e métodos pedagógicos, procuraram
estimular o desenvolvimento integral e harmonioso das crianças, respeitando as suas características e
necessidades.
As atividades da Creche organizam-se por anos letivos, tendo subjacente um projeto pedagógico
alusivo a um tema que serve de mote ao desenvolvimento de competências e aprendizagens adaptadas às
idades e níveis de desenvolvimento das crianças que frequentam estes serviços.
Em 2015/16 foi desenvolvido o projeto pedagógico alusivo ao tema “Um Livro para Ti”, que surgiu
como ponto de partida para atingir o objetivo de construir uma biblioteca na Creche. Ao longo do ano foi
possível desvendar “o que é que o livro representa, o que permite, como se está a transformar e brincar
com o que o livro contém, que é conhecimento. “Um Livro para Ti” é inspirado no conceito do bookcrossing.
É um livro para ler, experimentar, jogar e no fim...libertar. Um livro focado no tema da partilha e de valores
importantes de vida, tal como a alusão ao tema “SER mais ao invés de TER mais”. É um livro diferente, pois
destina-se a não ser guardado em casa, mas a ser partilhado com o próximo, oferecendo-o ou mesmo
deixando-o em locais onde possa ser encontrado e possibilitar a passagem da mensagem à criança/adulto/pai
ou mãe. Com o desenrolar do projeto foram criados vários momentos de contacto próximo com o livro
que permitiram partilhar experiencias, descobrir, conhecer e crescer. A comunicação, aproximação,
participação e envolvimento das famílias contribuiu para a concretização dos objetivos – Figura 4.2.4.1.1
Figura 4.2.1.1.1 Desenvolvimento do projeto pedagógico do ano letivo 2015/16
Como pontos-chave de atuação nas diversas atividades pedagógicas desenvolvidas no ano letivo,
enquadradas neste projeto pedagógico, foram estimulados o desenvolvimento de laços e relações entre
criança-criança e adulto-criança; a descoberta, exploração e manipulação de espaços; o fomento do diálogo
e troca de emoções; a promoção de momentos de diversão e partilha; desenvolvimento da observação e
descoberta; estímulo da criatividade e imaginação; promoção do trabalho em equipa; estímulo à
interiorização de regras; fomento do aumento de vocabulário; promoção do contacto com o espaço
exterior; vivência de tradições festivas e envolvimento da comunidade.
Destacam-se algumas das atividades realizadas no ano letivo 2015/16: em setembro, a visita à
Ludoteca e um dia na piscina; em outubro, atividades relacionadas com o outono, construção de horta; em
dezembro, atividade “à descoberta do jardim”; em janeiro, atividade alusiva às comemorações do Dia de
Reis; em fevereiro, comemoração do Carnaval e atividade dinamizada por uma mãe “Dia de Darwin – A
viagem de Darwin”; em março, a comemoração do Dia do Pai e, no Dia Mundial da Água, atividade “O ciclo
da água”, dinamizada por uma mãe; em abril, a comemoração da Páscoa e uma exposição de livros; em maio,
a comemoração do Dia da Mãe e do Dia da Família; em junho, a comemoração do Dia Mundial da Criança
com uma sessão de contos infantis “De Pequenino se Torce a Discriminação” e a Festa de Final de Ano -
Figura 4.2.4.1.2.
93 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Figura 4.2.1.1.2 Atividades no âmbito do projeto pedagógico do ano letivo 2015/16
Foi ainda construída uma biblioteca na Creche, visando despertar o interesse pelo livro e pela
leitura - Figura 4.2.4.1.3.
Figura 4.2.1.1.3 Projeto pedagógico 2015/16 – construção de biblioteca na Creche (janeiro a dezembro)
São realizadas reuniões gerais com os Enc. Educação uma vez por ano, no início do ano letivo,
tendo a reunião de Enc. Educação do ano letivo 2016/17 ocorrido em outubro de 2016. Além das reuniões
é disponibilizado horário de atendimento para os Encarregados de Educação, semanalmente, às segundas-
feiras, entre as 16h e as 17h. São ainda dinamizadas reuniões para partilha da avaliação do desenvolvimento
das crianças com os Enc. Educação duas vezes por ano letivo, tendo essas reuniões ocorrido em fevereiro
e junho de 2016 (referentes ao ano letivo 2015/16).
Na ótica da recolha de informação proveniente de investigação realizada na UC para a melhoria
do modelo pedagógico e dos serviços prestados pelos Serviços de Apoio à Infância, em 2016 houve a
colaboração da Creche com o projeto CARE – Quality Matters, dinamizado pela FPCE-UC.
Destaca-se ainda, no ano letivo 2015/16, a manutenção da oferta de atividades extracurriculares
de Natação e Psicomotricidade – Figura 4.2.4.1.4.
Figura 4.2.1.1.4 Atividades extracurriculares - Creche
95 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Ainda durante este ano letivo foram realizados melhoramentos no espaço do dormitório - Figura
4.2.4.1.5.
Figura 4.2.1.1.5 Melhoramento do espaço do dormitório
Já no ano letivo 2016/17, o projeto educativo da Creche intitula-se “A brincar a brincar a minha
história vou contar" e tem como grande objetivo trabalhar com as crianças a identidade.
Salienta-se ainda o acolhimento de seis estágios: um, em março de 2016,no âmbito de protocolo
com a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (curso de Pós-Graduação e Mestrado em Saúde Infantil
e Pediátrica); um da Licenciatura em Ciências da Educação da FPCE-UC, de outubro a dezembro de 2016;
três do mestrado em Educação de Infância da ESEC (novembro e dezembro); e um do curso de Licenciatura
em Animação Socioeducativa da ESEC (novembro e dezembro).
Foi ainda realizada uma ação de formação para as trabalhadoras da Creche, dinamizada pela
Associação Sorriso, com o tema “Vinculação”, que teve lugar a 8 de junho de 2016.
Durante o ano de 2016 (excluindo o mês de agosto que correspondeu à pausa do ano letivo), a
Creche teve uma ocupação média mensal de cerca de 56 crianças, correspondendo a uma taxa de ocupação
de 94% (superior à registada no período homólogo). – Quadro 4.2.1.1.1.
2016 2015 Variação
Abs. %
Capacidade 60 60 0 0%
N.º de Inscrições/mês 56,36 55,27 1,09 1,97%
Taxa de Ocupação (%) 93,9 92,1 1.8
Quadro 4.2.1.1.1 Indicadores da atividade da Creche, em 2015 e 2016
Da análise das variações da ocupação média registada por ano letivo constata-se que em 2015/16
houve um aumento do número de crianças a frequentar a Creche dos SAS – Gráfico 4.2.4.1.1.
Gráfico 4.2.1.1.1 Variação da Ocupação Média da Creche, por ano letivo
Por seu lado, da comparação da ocupação mensal por ano civil constata-se pouca variação, face a
2015/16, no número de inscrições no ano letivo 2016/17 - Gráfico 4.2.1.2., contabilizando-se, em
dezembro de 2016, 55 crianças inscritas.
Gráfico 4.2.1.1.2 Ocupação mensal da Creche, em 2015 e 2016
Este aumento significativo das inscrições e da ocupação da Creche reflete-se nos proveitos do
setor (aumento de 12% face ao período homólogo). A par do aumento de proveitos regista-se uma
diminuição nos custos da Creche em 2016, pelo que a taxa de cobertura teve uma variação positiva de
quase 9 pontos percentuais – – Quadro 4.2.1.1.2.
2016 2015 Variação
Abs. %
Proveitos (€)
Custos (€)
108 600,51
220 088,43
96 640,72
233 012,10
11 959,79
-12 923,67
12,38
-5,55
Taxa de Cobertura (%) 49,34 41,47 7.87
Quadro 4.2.1.1.2 Proveitos e custos da Creche, em 2015 e 2016
97 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
4.2.4.2 JARDIM DE INFÂNCIA
O Jardim de Infância dos SAS organiza-se em 4 salas, cujas designações e idades variam por ano
letivo e que correspondem a uma capacidade de 85 lugares. No ano letivo 2015/16 as salas foram
organizadas por: Leões (3 anos); Tartarugas (4 anos); Caracóis (heterógeno) e Peixes (5 anos). No ano
letivo 2015/16 as salas foram organizadas por: Pássaros (3 anos); Leões (4 anos); Caracóis (heterógeno);
Tartarugas (4 anos).
No início do ano de 2016 continuou a ser desenvolvido o projeto educativo “A fantástica biblioteca
do Sr. Valério”, que emergiu do tema da XVIII semana cultural da Universidade de Coimbra: “O Livro”,
cruzado com questões, curiosidades, interesses e necessidades das crianças. A vivência deste projeto foi
proposta às crianças com a criação de uma personagem (o Sr. Valério) que pretendeu recriar um
bibliotecário. Esta personagem foi integrada num espaço no qual as crianças se cruzaram diariamente e que
pretendeu recriar um ambiente de uma antiga biblioteca, procurando, simultaneamente traduzir-se num
espaço de constante transformação e reinvenção, assim como toda a história desta personagem.
O projeto para 2016/17 intitula-se “Záscatrapas - A brilhante máquina de costurar ideias” e teve o
seu lançamento no mês de outubro de 2016, emergindo do tema da XIX Semana Cultural da UC “Quem
somos?”. A vivência deste projeto foi proposta às crianças com a criação de um momento mágico e com o
apoio de um pai ilusionista. A brilhante máquina de costurar ideias desafiou as crianças do JISASUC a
partirem à descoberta da sua identidade, indo para além das suas características físicas e emocionais,
tentando situá-las num país e numa cidade de acolhimento e numa Universidade que se reconstrói
diariamente pela sua diversidade. A magia desta máquina transporta-nos em experiências que se
materializam em indutores que emergem da mesma e que tentam ir ao encontro da imaginação e do brincar,
partindo de uma pedagogia dos sentidos que, através de múltiplas expressões artísticas, promove a
criatividade e a descoberta.
Os encarregados de educação/famílias tiveram acesso à documentação (portfolio) das crianças,
instrumentos utilizados para a monitorização dos processos de aprendizagem, e puderam consultar sempre
que demonstraram interesse. Foram disponibilizados dois momentos formais para apresentação destes
instrumentos aos encarregados de educação (fevereiro de 2016 e julho de 2016). Manteve-se a opção pela
marcação de um dia de atendimento aos pais, semanal. Considerando a avaliação um elemento essencial do
processo educativo, a mesma caraterizou-se como avaliação contínua e de carater qualitativo.
Durante o ano de 2016 acolheram-se dois estágios, inseridos nas Unidades de Observação e
intervenção do plano curricular do 3º ciclo do Curso de Ciências de Educação da Faculdade de Psicologia
e Ciências de Educação da UC, sob a supervisão pedagógica do educador Nuno Freitas. No âmbito do
protocolo estabelecido entre os SASUC e a ESEC, a instituição acolheu ainda 2 estágios do Mestrado em
Educação Pré-Escolar e Ensino 1ºCEB em janeiro de 2016 e 8 estágios da Licenciatura de Educação Básica
– Observação e intervenção educativa I em novembro de 2016.
Desenvolveram-se no Jardim de Infância, durante o ano letivo 2015/2016 as seguintes atividades
extracurriculares: Inglês, Dança Criativa, Teatro, Natação, Psicomotricidade. Todas elas revelaram ser uma
mais-valia para a instituição, ao nível da diversidade disponibilizada, bem como, na qualidade e excelência de
conteúdos transmitidos. Em 2016/17 e após avaliação das mesmas, Inglês, Dança Criativa, Natação e
Psicomotricidade continuam a vigorar como completamento à oferta educativa da instituição. Iniciou-se a
colaboração com as secções de Judo, Ténis e Rugby da AAC com a disponibilização às crianças de atividades
de iniciação às respetivas modalidades.
Salienta-se ainda, a partir de fevereiro de 2016, a participação de 4 grupos de crianças do Jardim
de Infância no projeto “Limites Invisíveis”, um projeto piloto organizado entre a Casa da Mata, CASPAE,
ESEC e a Universidade de Aveiro, que visa implementar Programas de Educação Outdoor. Este projeto
incentiva as crianças a “viver, cuidar e respeitar a natureza”! - Figura 4.2.4.2.1.
Figura 4.2.1.2.1 Participação no projeto “Limites Invisíveis”
Em 2016 deu-se ainda início a um projeto de iniciação à programação em computadores “All in
Scratch” (pioneiro em crianças de 5/6 anos), em colaboração com o CASPAE, onde se proporciona que as
crianças possam desenvolver pequenos trabalhos utilizando a ferramenta de programação Scratch,
construindo histórias e animações utilizando como conteúdos as experiências vividas na Casa da Mata.
Colaborou-se no projeto de investigação: “Caracterização de perfis salivares metabólicos na cárie
precoce da infância: implicações diagnósticas, preventivas e terapêuticas”, com investigadora da Faculdade
de Medicina da Universidade de Coimbra.
Procurou-se também diversificar as ementas das refeições das crianças, com a introdução de novos
géneros alimentares.
Em 2016 (abrangendo os anos letivos 2015/16 e 2016/17) destacam-se as seguintes atividades
dinamizadas no Jardim de Infância dos SASUC, com a participação de todas as crianças e com a participação
ativa das famílias – Quadro 4.2.4.2.1. e Figura 4.2.4.2.1.
99 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Programa Limites Invisíveis – Casa da Mata
(fevereiro 2016)
Arranque do Programa de educação ambiental outdoor
LIMITES INVISÍVEIS-CASA DA MATA.
Atividade de Carnaval
(março 2016)
Atividade de Carnaval, da responsabilidade da Associação
Estação das Letras.
Atividade Livro Braille
(março 2016)
Atividade sobre o livro, com a colaboração do Dr. Luís
Barata, da DAI-NIA, em que as crianças foram
sensibilizadas para o Braille.
“Aromas que se misturaram”
(abril 2016)
Atividade da Associação Camaleão – “Aromas que se
misturaram” integrada na Semana Cultural da UC.
Dia Mundial da Poesia
(abril 2016)
Atividade da editora Alma Azul inserida no Dia Mundial
da Poesia.
Programa Limites Invisíveis – Casa da Mata
(abril 2016)
Arranque do segundo grupo de crianças, do Programa
LIMITES INVISÍVEIS-CASA DA MATA.
Livraria de Garagem
(abril 2016)
Atividade envolvendo a comunidade SAI na promoção de
conjunto de workshops com as famílias.
Seminário na ESEC
(abril 2016)
Comunicação em Seminário na ESEC pela equipa
educativa do JI, baseado na abordagem educativa
implementada.
Dia Internacional da Família
(maio 2016)
Atividade em parceria com a Escola Superior de
Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) onde familiares e
crianças puderam conhecer um pouco mais os SASUC,
experimentar oficinas temáticas de padaria, pastelaria,
pizaria, frutas e vegetais, culminando com um almoço
entre famílias.
Workshop sobre cuidados de higiene
(maio 2016)
Atividade organizada pela equipa médica dos SASUC às
crianças do JI que teve como objetivo a sensibilização
para esta temática.
Partilha dos projetos com as Famílias
(maio 2016)
As crianças apresentaram às famílias as descobertas e
dinâmicas utilizadas durante a construção dos
multiprojetos, enquadrados no projeto pedagógico. Esta
atividade teve a colaboração ativa das estagiárias da ESE,
com a supervisão e colaboração das educadoras
cooperantes.
Comemoração do Dia da Criança
(junho 2016)
Atividade que pretendeu congregar a comunidade para a celebração deste dia, com objetivo de promover a
participação ativa das famílias e que se traduziu num
conjunto de atividades durante uma manhã de sábado,
culminando num piquenique na Casa da Mata - Mata do
Choupal.
Festa de Final de Ano
(junho 2016)
Momento significativo para toda a comunidade do JI, que
marca o culminar dos vários projetos desenvolvidos na
instituição ao longo do ano letivo.
Visita pedagógica – crianças finalistas do JI
(junho 2016)
Visita pedagógica ao Centro Cultural de Ílhavo e ao
Museu do Brincar em Vagos - Viagem das crianças
finalistas do JI.
Entrega da mascote “Zeca” a atletas olímpicos
da UC
(julho 2016)
Entrega da mascote “ZECA” a três atletas olímpicos da
UC, inserido na participação da inauguração do Pavilhão
1 do Estádio Universitário de Coimbra.
Programa Limites Invisíveis – Casa da Mata
(setembro 2016)
Arranque do terceiro grupo de crianças, do Programa
LIMITES INVISÍVEIS-CASA DA MATA.
Lançamento do projeto pedagógico 2016/17
(outubro 2016)
Lançamento do projeto pedagógico para o ano letivo
2016/2017, intitulado: “Záscatrapaz – A brilhante
máquina de costurar ideias”, com um espetáculo de
magia a cargo do Pai Luís Rodrigues.
Programa Limites Invisíveis – Casa da Mata
(novembro 2016)
Arranque do quarto grupo de crianças, do Programa
LIMITES INVISÍVEIS-CASA DA MATA.
Visita a Exposição
(novembro 2016)
Visita ao Departamento de Arquitetura da UC para visita
da exposição PANDORA COMPLEXA, da autoria do Rui
Vitorino.
Aniversário JI
(novembro 2016)
Venda de Garagem, Magusto e celebração do aniversário
do Jardim de Infância.
Peça de teatro
(dezembro 2016 / janeiro2017)
Deslocação ao Teatrão para assistir à peça de teatro “
SOPHIA”.
Quadro 4.2.4.2.1 Atividades do Jardim de Infância em 2016
Figura 4.2.1.2.1 Atividades do Jardim de Infância em 2016
Todo o trabalho desenvolvido foi alvo de avaliação periódica (em reuniões de equipa educativa) e
final (relatório de atividades/reflexão crítica elaborado por cada educador). Foram cumpridos os objetivos
estabelecidos quer a nível dos conteúdos, quer das realizações conjuntas acima referidas. No decorrer do
ano letivo foi visível o envolvimento das famílias nos diversos projetos e iniciativas.
Durante o ano de 2016 (excluindo o mês de agosto correspondente à pausa letiva), o Jardim de
Infância teve uma ocupação média mensal de cerca de 65 crianças, correspondendo a uma taxa de ocupação
de cerca de 77%, valores inferiores aos registados em período homólogo – Quadro 4.2.4.2.1.
2016 2015 Variação
Abs. %
Capacidade 85 85 0 0
N.º de Inscrições/mês 65 73 -8 -10,96
Taxa de Ocupação (%) 76,5 85,9 -9.4
Quadro 4.2.4.2.1 Indicadores da atividade do Jardim de Infância, em 2015 e 2016
Durante este período, o número de crianças filhas de pais com vínculo à UC (estudantes,
investigadores, funcionários dos SASUC e UC), foi sempre muito significativo, caracterizando sempre mais
de metade da ocupação da instituição. Fomentou-se pontualmente a heterogeneidade entre grupos, quer
por uma questão funcional, quer sobretudo por opção pedagógica.
Da análise das variações da ocupação média registada por ano letivo constata-se, em 2015/16, um
decréscimo de cerca de 23% do n.º de crianças a frequentar o Jardim de Infância dos SASUC, situação que
se atribui ao impacto inicial decorrente da alteração do Regulamento e tabelas de preços dos Serviços de
Apoio à Infância, publicados em agosto de 2015, entrando em vigor no ano letivo 2015/16 – Gráfico
4.2.4.2.1.
101 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Gráfico 4.2.4.2.1 Variação da Ocupação Média do Jardim de Infância, por ano letivo
Por seu lado, da comparação da ocupação mensal por ano civil constata-se um aumento de
inscrições no ano letivo 2016/17, contabilizando-se, em dezembro de 2016, 75 crianças inscritas (mais 14
crianças do que em dezembro de 2015). – Gráfico 4.2.4.2.2
Gráfico 4.2.4.2.1 Ocupação mensal do Jardim de Infância, em 2015 e 2016
A diminuição do número de inscrições no ano letivo 2015/16 reflete-se nos proveitos do setor
(diminuição de 5% face ao período homólogo). Regista-se, por seu lado, um acréscimo dos custos do Jardim
de Infância em 2016, associados a encargos com recursos humanos por via da reposição de vencimentos
ocorrida em 2016 (com maior impacto no JI do que na Creche pelo facto de o JI ter mais trabalhadores na
carreira de Educadores), tendo a taxa de cobertura sofrido uma variação negativa de cerca de 5 pontos
percentuais – Quadro 4.2.4.2.2.
2016 2015 Variação
Abs. %
Proveitos (€)
Custos (€)
145 880,77
261 847,20
153 829,90
253 175,29
-7 949,13
8 671,91
-5,17
3,44
Taxa de Cobertura (%) 55,71 60,76 -5.05
Quadro 4.2.4.2.2 Proveitos e Custos do Jardim de Infância, em 2015 e 2016
CUSTOS E PROVEITOS DO APOIO À INFÂNCIA
Analisando globalmente os Serviços de Apoio à Infância verifica-se uma melhoria de 1 ponto
percentual da taxa de cobertura do setor, impulsionada pelo aumento dos proveitos e redução dos custos
na Creche. O ATL de Verão realizado em agosto de 2016 gerou proveitos de 4 086,45€, inferiores aos do
ATL de 2015 (4 847,80€, representando um decréscimo de 16% face ao ATL de 2015) – 4.2.4.2.3.
Apoio à Infância
(Creche + JI + ATL) 2016 2015
Variação
Abs. %
Proveitos (€)
Custos (€)
258 567,73
482 715,53
255 318,42
487 786,90
3 249,31
-5 071,37
1,27
-1,04
Taxa de Cobertura (%) 53,57 52,34 1,22
Quadro 4.2.4.2.3 Proveitos e Custos dos Serviços de Apoio à Infância, em 2015 e 2016
4.2.5 INTEGRAÇÃO E ACONSELHAMENTO
A procura da igualdade de oportunidades no acesso à Universidade e o sucesso académico dos
seus estudantes determinam a atividade do Núcleo de Integração e Aconselhamento, centrada no
acompanhamento a estudantes com necessidades educativas especiais, no aconselhamento psicopedagógico
e na promoção de ações de sensibilização e formação ativadoras do desenvolvimento pessoal e de
competências pessoais e académicas de todos os estudantes.
O Acompanhamento a Estudantes com Necessidades Educativas Especiais (NEE)
baseia-se numa intervenção técnica especializada, que contribui para um ensino de qualidade, identificando
as barreiras físicas e de comunicação e cooperando para a integração social e escolar destes estudantes. A
sua atividade assenta no acolhimento e acompanhamento personalizado, recorrendo a entrevista para a
avaliação individual das desvantagens e necessidades educativas; bem como na oferta de um centro de
produção que disponibiliza materiais didáticos em suporte alternativo para invisuais (braille, suporte digital
e áudio), na formação individual em novas tecnologias (correio eletrónico, bases de dados, bibliotecas
virtuais) e no centro de documentação, enquanto centro de consulta bibliográfica, oferecendo aos
estudantes o acesso a um catálogo em braille, do qual fazem parte obras ou extratos de obras em braille
ou áudio que constam do acervo documental do NIA, permitindo a estes estudantes uma maior autonomia
nas suas pesquisas.
Neste âmbito, em 2016, através do centro de produção, o NIA, em parceria com o Departamento
de Arquitetura da UC, a Faculdade de Letras, o Museu da Ciência, o Museu Nacional Machado de Castro,
o Turismo da UC, a Escola Superior de Educação de Coimbra e a ACAPO e com o patrocínio da XVIII
Semana Cultural da Universidade de Coimbra (2016), concretizou o projeto “Biblioteca
Joanina/Conhecimento para Todos” tornando esta Biblioteca no primeiro espaço da UC acessível a pessoas
portadoras de deficiência visual e auditiva - Figura 4.2.5.1.
103 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Figura 4.2.5.1 Projeto “Biblioteca Joanina/Conhecimento para Todos”
Ao longo do ano de 2016, estreitaram-se relações com Unidades Orgânicas, com vista a adequar
os apoios existentes aos estudantes com NEE na Universidade de Coimbra, designadamente através da
mediação da Sra. Vice-Reitora com o pelouro académico, Prof.ª Doutora Madalena Alarcão, que potenciou
reuniões de trabalho com as Direções de diversas Faculdades/Departamentos que acolhem. no presente
ano letivo, diversos estudantes com diferentes NEE.
Neste ano foi ainda alargado o leque de apoios disponíveis para os estudantes com NEE, através
da estruturação do apoio para estudantes com surdez profunda, disponibilizando, pela primeira vez, uma
bolsa de horas de Interprete de Língua Gestual Portuguesa, para utilização em contexto escolar. Deste
apoio beneficiou, até ao momento, uma estudante com surdez profunda.
Em 2016 foram realizadas 157 entrevistas e acompanhados 104 estudantes com necessidades
educativas especiais que procuraram apoio, por iniciativa própria, ou foram encaminhados por docentes
e/ou órgãos de gestão – Quadro 4.2.5.1.
Estudantes com NEE | 2016
Nº de entrevistas 157
Nº Estudantes acompanhados 104
Pato
logia
Orgânica / Funcional 20
Facu
ldad
e
Letras 13
Motora 17 Direito 26
Foro Psiquiátrico 23 Medicina 2
Auditiva 4 Ciências e
Tecnologia 36
Visual
cegueira total 6 Farmácia 10
amblíopes 9 Economia 8
Dislexia 16 Psicologia e Ciências
da Educação 8
Autismo 4
Sobredotação 1 Desporto e
Educação Física 1
Défice de Atenção 4
DG
ES
Bolseiro 15
RU
Residente 7
Não bolseiro 89 Não residente 97
Quadro 4.2.5.1 Apoio a estudantes com NEE em 2016
À semelhança do ano anterior, verifica-se que a grande maioria dos estudantes acompanhados não
detém condição de bolseiro DGES e não reside em residência universitária.
São as patologias do foro psiquiátrico, orgânico-funcionais, motora e dislexia que predominam
neste grupo, representando 73% do total.
Uma vez mais, constata-se que são os estudantes da Faculdade de Ciências e Tecnologia e da
Faculdade de Direito, que prevalecem nesta análise, com 60% sobre o total de estudantes acompanhados.
No decorrer de 2016, registaram-se 181 pedidos ao centro de produção – Quadro 4.2.5.2.
105 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
NIA - Produção | 2016
Serviço Nº de pedidos
Suporte digital 119
Braille 43
T. Negro 11
Máquinas Perkins 8
Total
181
Quadro 4.2.5.2 N.º de pedidos ao Centro de Produções NIA em 2016
Verificou-se uma redução do número de trabalhos solicitados em braille, pese embora se tenham
traduzido por 7.010 páginas neste formato.
Relativamente ao Aconselhamento Psicopedagógico oferecido aos estudantes da UC,
destacam-se as consultas de psicologia, cujo foco principal se prende com a avaliação e o acompanhamento
psicológico individual de todos os alunos que o pretendam. Funciona em colaboração com a consulta de
psiquiatria e de clínica geral dos SSGST, através do encaminhamento dos casos que revelam necessidade de
avaliação médica ou intervenção farmacológica.
Em 2016, reforçou-se a equipa de psicologia em 1 elemento, aumentando a capacidade de resposta
ao nível de consulta de psicologia clínica, desenvolvida nos SSGST e do apoio psicopedagógico, individual
ou em grupo, desenvolvido no NIA.
No domínio do apoio psicopedagógico, em 2016 deu-se sequência ao trabalho de identificação de
estudantes com critérios de insucesso escolar no seio das RU, por se entender que estes estudantes reúnem
fatores de risco adicionais para um fraco desempenho académico e consequente abandono escolar. Nesta
abordagem propõe-se uma entrevista de cariz motivacional, onde são identificadas algumas medidas de
intervenção, que incluem um programa de coaching individual onde são monitorizados métodos de estudo
e gestão do tempo. A intervenção pode complementar-se com a aplicação de outras medidas, como a
participação em ações de formação em grupo e/ou encaminhamento para entidades parceiras, como a
Provedoria do Estudante, o Serviço de Reorientação Escolar da FPCEUC, o Instituto Universitário Justiça e
Paz (projeto NEXT – explicações em regime de voluntariado) ou para atividades extracurriculares, entre
outras medidas que se considerem adequadas. Deste trabalho, em 2016 (compreendendo sessões realizadas
nos anos letivos 2015/16 e 2016/17), resultou a realização de 214 sessões individuais de coaching académico
que envolveram 86 estudantes – Quadro 4.2.5.3.
Nº sessões Nº estudantes
Sessões coaching 15/16 109 51
Sessões de coaching 16/17 105 35
Total 2016 214 86
Quadro 4.2.5.3 Apoio psicopedagógico em 2016
Em 2016, realizaram-se 1.255 consultas de psicologia clínica a estudantes e 59 a trabalhadores,
prevalecendo as perturbações de ansiedade e as perturbações de humor, representando 60% das patologias
do foro psicológico – Quadro 4.2.5.4.
Problemas Consultas realizadas
Perturbações de Ansiedade 449 34%
Perturbações de Humor 343 26%
Outras 214 16%
Perturbações adaptação 148 11%
Perturbações da Personalidade 160 12%
Total 1314 100%
Quadro 4.2.5.4 Consultas de psicologia realizadas em 2016
Uma vez mais, os estudantes da FCTUC representam o grupo com maior percentagem das 1.255
consultas realizadas a estudantes, fixando-se em 28%, evidenciando-se a baixa representação de estudantes
da FFUC e quase nula da FCDEF. - Quadro 4.2.5.5.
Utentes / Faculdade Consultas realizadas
FLUC 231 18%
FDUC 246 19%
FMUC 103 8%
FCTUC 366 28%
FFUC 27 2%
FEUC 107 8%
FPCEUC 162 12%
FCDEFUC 1 0%
Outros 12 1%
Estudantes 1255 96%
Funcionários 59 4%
Total 1314 100%
Quadro 4.2.5.5 Consultas realizadas por Faculdade (2016)
107 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
São estudantes com idades compreendidas entre os 21 e os 25 anos que mais procuram estes
serviços, embora seja significativo o número de estudantes com idades inferiores a 20 anos a recorrer a
esta ajuda – Quadro 4.2.5.6.
Faixa etária Consultas realizadas
até 20 anos 245 19%
21 a 25 anos 618 47%
26 a 30 anos 197 15%
+31 anos 254 19%
Total 1314 100%
Quadro 4.2.5.6 Consultas realizadas por idade
Identificaram-se ainda 861 consultas marcadas que não foram realizadas, na sua maioria (75%) por
terem sido canceladas a pedido do utente ou por este não ter comparecido à consulta – Quadro 4.2.5.7.
Consultas psicologia não realizadas
Consulta cancelada a pedido do
utente 264 31%
Consulta cancelada a pedido do
serviço 218 25%
Utente não compareceu 379 44%
Total 861 100%
Quadro 4.2.5.7 Consultas de psicologia não realizadas
A Oferta Formativa do NIA, no ano de 2016, passou pela realização de 28 sessões, envolvendo
globalmente 426 participantes, oferta esta subdividida em dois grupos.
Um primeiro grupo de ações formativas, inseridas no programa de Educação pelos Pares, apoiando
os estudantes no processo de integração na Universidade de Coimbra e atuando na promoção da saúde e
do sucesso escolar em contexto académico, através da formação de estudantes mais velhos para a aquisição
de aptidões básicas de aconselhamento, constituindo-se como um suporte de ajuda primária nas dificuldades
emocionais, académicas e sociais dos seus pares. A intervenção junto dos alunos neste âmbito desenvolve-
se com recurso a reuniões de casa, a uma Formação Básica para os alunos que se propõem ser apoiantes e
a uma Formação Contínua, que se destina preferencialmente aos alunos apoiantes, embora esteja aberta à
comunidade estudantil da Universidade de Coimbra no geral, e que decorre ao longo do ano letivo com o
objetivo de completar a formação dos estudantes que frequentaram a Formação Básica- Figura 4.2.5.2
Figura 4.2.5.2 Formação disponibilizada no âmbito do programa de Educação pelos Pares
Num segundo grupo, inserem-se outras ações de sensibilização motivadoras do desenvolvimento
pessoal e competências pessoais e académicas., como ilustra o quadro seguinte – Figura 4.2.5.3.
Figura 4.2.5.3 Formação UC Skills 2016
No Quadro 4.2.5.8. sintetizam-se os principais indicadores desta atividade em 2016.
Oferta formativa | 2016
Ap
oio
en
tre p
are
s
Temas Nº ações Nº
participantes
Intervenção 14 215
Curso intensivo de formação básica 1 10
Subtotal 15 225
UC
Fo
rmaçõ
es Gestão do tempo 3 57
Métodos de estudo 3 42
Apresentação de trabalhos orais 3 20
Gestão do stress e ansiedade 4 82
Subtotal 13 201
Total 28 426
Quadro 4.2.5.8 Oferta formativa
109 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Verificou-se um decréscimo no número de estudantes nestas iniciativas, pelo que, é, ainda, uma
valência que poderá ser potenciada, com vista a obter um maior envolvimento dos próprios estudantes na
mobilização dos colegas.
Os membros do NIA colaboraram ainda com diversos estudos e participaram, na qualidade de
oradores, no Seminário “E se a escola do namoro formasse profissionais em violência?”, promovido pelo
Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, em parceria com a Reitoria da UC, bem como na
Conferência ‘Horizontes da Ação Social no Ensino Superior’, promovida pelos SASUC no âmbito das
comemoraçõe s do seu 50º aniversário - – Figura 4.2.5.4.
Figura 4.2.5.4 Participações do NIA no Seminário “E se a escola do namoro formasse profissionais em violência?” e
na Conferência ‘Horizontes da Ação Social no Ensino Superior’
4.2.6 PASEP
O ano letivo 2015/16 marca o terceiro ano de execução do Programa de Apoio Social a Estudantes
através de atividades de tempo Parcial (PASEP), em curso desde dezembro de 2013 na Universidade de
Coimbra (UC).
O PASEP tem como objetivo apoiar os estudantes mais carenciados da UC, numa perspetiva de
complemento a outros apoios sociais diretos e indiretos já existentes, possibilitar-lhes a aquisição e
desenvolvimento de competências transversais, além de reforçar a ligação e a participação dos estudantes
em estruturas da sua universidade, de forma a contribuir para a diminuição do abandono escolar e facilitar
a integração dos estudantes no mercado de trabalho.
Este apoio da Ação Social na UC consiste na disponibilização de ofertas de atividade de tempo
parcial, a realizar em unidades orgânicas/serviços desta instituição, cuja compensação ao estudante que as
realize se traduz na atribuição de benefícios sociais associados a despesas relacionadas com a frequência da
UC, designadamente propinas, alimentação e alojamento. Além do apoio social atribuído, a participação em
atividades PASEP é avaliada pelas respetivas entidades promotoras e incluída no Suplemento ao Diploma.
A monitorização e acompanhamento de indicadores de atividade do PASEP, à semelhança dos anos
letivos anteriores, tem sido uma preocupação constante dos SASUC enquanto entidade gestora do
programa da UC, seja ao nível da análise de dados relativos à oferta e procura deste apoio social, análise de
perfis de participação no programa (de estudantes beneficiários e entidades promotoras de ofertas de
atividade), seja ao nível do financiamento interno da intervenção. A análise destes indicadores,
complementada com informação recolhida no âmbito de outros processos, tem-se revelado fundamental
para o desenvolvimento de uma estratégia de consolidação e desenvolvimento desta intervenção social.
Nesse mesmo sentido e na sequência das conclusões decorrentes da participação dos SASUC nas
sessões técnicas promovidas pela Estrutura de Missão Portugal Inovação Social no seguimento de
manifestação de interesse de candidatura do PASEP à linha de financiamento do Portugal2020 “Títulos de
Impacto Social” realizada em 2014/15, este ano letivo foi marcado por avaliação externa do programa e
diagnóstico de necessidades de capacitação, na ótica do seu aperfeiçoamento enquanto intervenção social
inovadora e com impacto na resolução do problema do abandono escolar na UC.
À semelhança do ano letivo anterior, deu-se continuidade à avaliação da satisfação das partes
interessadas diretamente envolvidas no PASEP (UO/Serviços/UECAF e Unidades de I&D da UC enquanto
entidades promotoras ou passíveis de ser promotoras de ofertas de atividade e estudantes candidatos e
participantes no PASEP), no âmbito do processo de avaliação e melhoria contínua do Sistema de Gestão da
Universidade de Coimbra (SG.UC).
Foi ainda elaborada candidatura do PASEP, em junho de 2016, ao Prémio António Sérgio 2016, da
Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES), na categoria Inovação e Sustentabilidade. Os
resultados deste processo foram já conhecidos, não tendo os SASUC sido selecionados, resultado que
atribuímos, não ao mérito da intervenção social pelo PASEP, mas ao facto de os SASUC, enquanto
instituição pública, não serem considerados uma instituição da Economia Social e Solidária.
No final do ano letivo foi ainda submetido resumo de comunicação sobre o PASEP – “Quando
os/as estudantes são a solução dos seus problemas: Inovação na ação social universitária pelo PASEP” – ao
I Congresso de Intervenção Social, Inovação e Empreendedorismo, ao painel “Práticas de
empreendedorismo e inovação social: perspetivas e estratégias”, que teve lugar nos dias 23 e 24 de
setembro, na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
Neste período foi ainda equacionada a possibilidade de submissão de candidatura do PASEP a linha
de financiamento do Portugal 2020 designada “Parcerias para o Impacto” (Aviso POISE-39-2016-06). Para
o efeito, com o apoio da DITS da UC, foram realizados contactos com a Câmara Municipal de Coimbra
(Divisão da Educação e Ação Social) visando averiguar eventual interesse desta Instituição na formalização
de parceria com a UC visando potenciar a escalabilidade da intervenção pelo PASEP. Foram ainda
estabelecidos contactos com a Estrutura de Missão Portugal Inovação Social visando averiguar da
elegibilidade dos SASUC como entidade promotora de candidaturas no âmbito desta linha de financiamento,
tendo-se obtido como resposta que, enquanto instituição pública, os SASUC não seriam elegíveis
(destinatários seriam instituições do 3.º Setor/Economia Social), pelo que se suspenderam estas atividades.
111 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Ano letivo 2015/16
Caracterização das Ofertas de Atividade
No ano letivo 2015/16 foram promovidas/divulgadas 54 ofertas de atividade PASEP, representando
mais 29% do total de ofertas disponibilizadas em 2014/15 (42).
Considerando as UO/Serviços/UECAF da UC que promoveram as ofertas de atividade, constata-
se que em 2015/16 houve duas novas entidades promotoras de ofertas (Faculdade de Psicologia e Ciências
da Educação da UC e Museu da Ciência), mantendo-se, contudo, o mesmo número (10) de entidades
promotoras registado em 2014/15 – Figura 4.2.6.1.
Figura 4.2.6.1 Distribuição do n.º de ofertas PASEP por Unidade UO da UC, em 2015/16; 2014/15 e 2013/14
À semelhança dos anos letivos anteriores, continuam a ser os SASUC os principais promotores de
ofertas de atividade, assegurando, em 2015/16, 46% do total de ofertas de atividade disponibilizadas.
No que respeita à tipologia de atividades das ofertas promovidas manteve-se, à semelhança dos
anos letivos anteriores, maior incidência de ofertas na tipologia Vigilância (43% do total das ofertas
disponibilizadas) e colaboração na área dos serviços de alimentação dos SASUC (39%), tendo sido nessas
tipologias, principalmente na de colaboração na área dos serviços de alimentação dos SASUC, que se
verificou maior aumento do n.º de ofertas de atividade disponibilizadas – Figura 4.2.6.2.
Figura 4.2.6.2 Distribuição do n.º de ofertas PASEP, por tipologia de atividade nos anos letivos 2015/16, 2014/15 e
2013/14
Na tipologia de atividades “Outras” integraram-se, em 2015/16, ofertas de atividade de
acolhimento de turistas a visitar o Paço das Escolas e apoio ao circuito turístico da UC.
Constata-se, assim, que apesar dos esforços dos SASUC na sensibilização das unidades da UC para
a disponibilização de ofertas de atividade PASEP, o aumento do n.º de ofertas em 2015/16 foi suportado
pelos SASUC, mantendo-se como mais representativas tipologias de oferta de atividades mais
indiferenciadas (vigilância e colaboração nos serviços de alimentação).
O número total de candidaturas submetidas a ofertas de atividade PASEP em 2015/16 foi de 1234,
correspondendo a 351 candidatos/as. Cada estudante candidatou-se, no mínimo, a 1 oferta e, no máximo,
a 23 ofertas (média=3,5). Na sua maioria candidataram-se a apenas 1 oferta (40%); 2 ofertas (17%) ou 3
ofertas (12%). A percentagem do total de candidatos que submeteu candidatura entre 4 a 10 ofertas de
atividade foi de 25% e acima de 10 ofertas de 6%.
Em 2014/15 registaram-se 1032 candidaturas correspondentes a 312 candidatos e em 2013/14, 491
candidaturas correspondentes a 225 candidatos. Verifica-se, assim, um aumento de 13% do número de
candidatos em 2015/16 face a 2014/15.
Do total de candidaturas em 2015/16 (1234) foram consideradas não elegíveis 239 (19%). Em
2014/15 foram rejeitadas 18% das candidaturas (188 em 1032) e em 2013/14 foram rejeitadas 21% das
candidaturas (102 em 491).
Nos 3 anos de execução do PASEP, um dos principais motivos de não admissão a concurso foi o
facto de os candidatos não reunirem as condições específicas da oferta, motivo que apresenta maior
representatividade no ano letivo 2015/16. Neste ano letivo continua a verificar-se, à semelhança de 2014/15,
a diminuição da representatividade do motivo falta de requisitos de aproveitamento escolar especificados
no regulamento do PASEP - Figura 4.2.6.3.
113 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Figura 4.2.6.3 Motivos de não admissão a concurso face ao total de rejeições nos anos letivos 2015/16, 2014/15 e
2013/14
Das 54 ofertas de atividade divulgadas em 2015/16, apenas 52 foram realizadas, tendo duas
atividades ficado por realizar por falta de candidatos elegíveis para colocação. A informação sobre
colocações e total de horas considerando as ofertas realizadas, sintetiza-se no - Quadro 4.2.6.1.
2015/16 2014/15 Var. abs. Var. %
N.º de ofertas realizadas 52 41 +11 +27%
N.º de candidaturas elegíveis 995 844 + 151 +18%
N.º total de colocações 161 149 +12 +8%
Taxa de colocação 16% 18% -2 p.p.
N.º médio de colocações por oferta 3,1 3,6 -0.5 -14%
N.º total de horas realizadas 11.455 12.308 -853 -7%
N.º médio de horas realizadas por oferta 220 300 -80 -27%
Quadro 4.2.6.1 Variação do n.º de colocações e total de horas considerando as ofertas realizadas em 2015/16 e
2014/15
Constata-se, assim, em 2015/16 face ao ano letivo anterior, um aumento das ofertas realizadas e
do número total de colocações, embora se verifique um decréscimo na taxa de colocação (face ao n.º de
candidaturas elegíveis), do número médio de colocações por oferta, do total de horas realizadas e do
número médio de horas realizadas por oferta. Em 2014/15 e salvaguardando que no ano 2013/14 apenas
houve execução do PASEP a partir de dezembro de 2013, contatou-se um aumento de 19% no n.º de
colocações e de 40% em horas realizadas em atividades PASEP.
A tipologia de oferta com mais colocações, nos três anos letivos, é referente a atividades de
Vigilância, representando 52% do total de colocações em 2015/16, 51% das colocações no ano letivo
2014/15 e 61% das colocações em 2013/14 - - Figura 4.2.6.4.
Figura 4.2.6.4 Distribuição das colocações por tipologia de atividade, em 2015/16, 2014/15 e 2013/14
Da leitura destes indicadores constata-se a manutenção, em 2015/16, do desequilíbrio entre a
oferta e a procura de atividades PASEP, reforçando a necessidade de aumentar e diversificar o n.º de ofertas
e vagas para a realização de atividades PASEP.
Caracterização dos/as estudantes beneficiários
No ano letivo 2015/16, participaram em atividades PASEP 105 estudantes, mais 15% do que em
2014/15 (em que participaram 91 estudantes), correspondendo 71% (75 estudantes) a novas participações.
Nos 3 anos letivos de desenvolvimento do programa, participaram em atividades PASEP 232
estudantes, na sua maioria (80%) com participação em apenas um ano letivo - Figura 4.2.6.5.
Figura 4.2.6.5 Distribuição do n.º total de estudantes beneficiários do PASEP por ano(s) letivo(s) de participação
No que respeita às nacionalidades dos participantes, identificam-se, em 2015/16, 7 países de origem, na sua
maioria (67%) de Portugal, seguindo-se Brasil (25%) e Cabo Verde (5%). Identificaram-se ainda estudantes
de nacionalidade angolana (1); guineense (1), moçambicana (1) e russa (1). Dos 35 estudantes de
nacionalidade estrangeira que participaram no PASEP em 2015/16, 12 frequentavam a UC ao abrigo do
estatuto de Estudante Internacional.
115 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Relativamente às Faculdades em que se encontram inscritos, constata-se que os participantes em atividades
PASEP são, maioritariamente, das Faculdades de Ciências e Tecnologia, Letras e Economia, identificando-
se, em 2015/16, um decréscimo de participantes da FCTUC e FFUC e um acréscimo de participantes da
FDUC, FEUC, FLUC e FCDEFUC – Figura 4.2.6.6.
Figura 4.2.6.6 Distribuição dos participantes PASEP por Faculdade, nos 3 anos letivos
À semelhança do ano letivo 2014/15, em 2015/16 a maioria dos participantes no PASEP frequentava
cursos de 2.º ciclo (1.º e 2.º anos curriculares) e últimos anos curriculares de 1.º ciclo ou Mestrado
Integrado, mantendo-se a tendência dos estudantes recorrerem, maioritariamente, ao PASEP nos anos
intermédios de frequência de licenciatura ou cursos de 2.º ciclo – Figura 4.2.6.7.
Figura 4.2.6.7 Distribuição dos participantes no PASEP por Ciclo de Estudos/Ano curricular, em 2015/16,
2014/15 e 2013/14
Contrariamente aos anos letivos 2014/15 (49% de participantes bolseiros) e 2013/14 (42% de
participantes bolseiros), em 2015/16 a maioria dos participantes no PASEP (52%) beneficiava de bolsa de
estudo da DGES.
A representatividade de estudantes alojados nas residências da UC a participar no PASEP teve uma
ligeira subida em 2015/16 (36%) face a 2014/15 e 2013/14 (35%).
Considerando o n.º de atividades realizadas por cada estudante participante constata-se, em
2015/16, participação em 1 a 5 atividades (média de 1,53 atividades por estudante). Verifica-se, assim, uma
tendência para um participante do PASEP realizar, no máximo, 5 atividades por ano letivo, embora, na sua
maioria, apenas participem em 1 atividade por ano letivo.
Considerando os três anos letivos de implementação do PASEP e os 232 participantes no programa
(que podem ter participado em apenas 1 ano letivo, em 2 anos letivos ou nos 3 anos letivos), também se
constata que a maioria (60%) apenas participou em uma atividade, existindo, contudo, 6% dos estudantes
beneficiários a terem participado em mais de 5 atividades (no máximo 11 atividades).
Por sua vez, considerando o n.º total de horas realizadas em atividades PASEP por cada estudante
beneficiário, em 2015/16 identifica-se como mínimo de horas realizadas 8h e máximo 382h (média de 109h
realizadas por estudante em atividades PASEP). Em 2014/15 realizaram entre 16h e 392h (média de 135h).
Em 2013/14 realizaram entre 12h e 329h (média de 80h).
Considerando ter-se verificado a existência de estudantes que participaram no PASEP nos dois ou
três anos letivos, constatou-se que o total dos 232 estudantes realizou entre 8h a 790h em atividades PASEP
(média de 134h realizadas por estudante), embora na sua maioria tenham realizado abaixo das 100h por
estudante - Figura 4.2.6.8.
Figura 4.2.6.8 Distribuição do total de beneficiários por n.º de horas realizadas em atividades PASEP
No que respeita aos montantes de apoio atribuídos por beneficiário, em 2015/16 identifica-se uma
variação entre 38,40€ como montante mínimo atribuído e 1.833,60€ como montante máximo atribuído
por estudante beneficiário (média de 526€ atribuídos por estudante). Em 2014/15 os montantes atribuídos
por estudante variaram entre 76,80€ e 2.496€ (média de 729€) e em 2013/14 entre 57,60€ a 1.579,20€
(média de 385,64€)
Tendo-se verificado a existência de estudantes que participaram no PASEP nos três anos letivos,
constatou-se que, ao total dos 232 estudantes, foram atribuídos benefícios entre 38,40€ e 3.823,20€ (média
117 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
de 651€ de benefícios atribuídos por estudante). A maioria dos participantes no PASEP nestes 3 anos letivos
obteve, contudo, um montante total inferior a 500€ – Figura 4.2.6.9.
Figura 4.2.6.9 Distribuição do total de beneficiários PASEP por montante de apoio atribuído, nos 3 anos
Atendendo às combinações de tipo de benefício requeridas pelos participantes do PASEP nos 3
anos letivos, identifica-se que a maioria dos participantes opta, exclusivamente, por comparticipação nos
encargos com propinas (52%), seguindo-se a conjugação de comparticipação nos encargos com propinas e
senhas de alimentação (20%). Na Figura 4.2.6.10. apresenta-se a distribuição dos beneficiários por tipo
ou tipos de benefícios requeridos/atribuídos.
Figura 4.2.6.10 Distribuição do total de beneficiários PASEP por tipo(s) de benefício(s) atribuído(s) nos 3
anos letivos
Constata-se existir grande diversidade e amplitude de experiências de participação e montantes /
tipos de apoios PASEP atribuídos por estudante, embora se identifique uma clara preferência pela escolha
do benefício de comparticipação na propina (apenas 18% do total de participantes nunca optaram por essa
tipologia de benefício).
Apoios atribuídos
Da análise dos valores de retribuição/hora por ofertas de atividade realizadas nos 3 anos letivos,
constata-se que a maioria (95%) corresponde ao valor de 2 senhas/hora (equivalente a 4,80€) - Quadro
4.2.6.2.
Valor
retribuição/hora
N.º de ofertas realizadas Total de
ofertas
realizadas
% 2015/16 2014/15 2013/14
2 senhas/hora
( 4,80€) 51 37 17 105 95%
3 senhas/hora
( 7,20€) 1 3 0 4 4%
4 senhas/hora
( 9,60€) 0 1 0 1 1%
Total 52 41 17 110 100%
Quadro 4.2.6.2 Distribuição de ofertas por valor de retribuição/hora nos 3 anos letivos
No que respeita ao volume total de encargos associado a este apoio, constatou-se, apesar do
aumento de 27% do número de ofertas realizadas em 2015/16 face ao ano letivo anterior, uma diminuição
de cerca de 9% do montante total de apoios atribuídos em 2015/16 (55.241,36€) face a 2014/15
(60.401,36€).
Considerando a participação das diferentes UO/Serviços da UC para o reforço da Ação Social da
UC através do PASEP, constata-se serem os SASUC, a Biblioteca Geral da UC e a Reitoria da UC, as
UO/Serviços que mais têm contribuído para o desenvolvimento do PASEP - Quadro 4.2.6.3.
UO/Serviços Nº ofertas divulgadas Nº de colocações por oferta Encargo em benefícios atribuídos (€)
15/16 14/15 13/14 Total 15/16 14/15 13/14 Total 15/16 14/15 13/14 Total
Administração
UC 2 5 2 9 8% 6 22 7 35 8% 1 728,00 10 915,20 3 072,00 15 715,20 10%
Biblioteca das
Ciências da
Saúde UC
2 2 2 6 5% 8 8 8 24 6% 1 996,80 2 304,00 2 419,20 6 720,00 4%
Biblioteca
Geral UC 4 4 3 11 9% 24 24 20 68 16% 8 337,60 8 184,00 6 196,80 22 718,40 15%
Centro de
Doc. 25 de
Abril
0 0 1 1 1% 0 0 0 0 0% - - -€ - 0%
FCDEFUC 0 1 2 3 3% 0 1 2 3 1% - 648,00 1 180,80 1 828,80 1%
FCTUC 1 1 0 2 2% 2 2 0 4 1% 2 006,40 806,40 - 2 812,80 2%
FEUC 4 8 0 12 10% 13 22 0 35 8% 4 041,60 4 444,80 - 8 486,40 6%
FLUC 9 5 0 14 12% 19 7 0 26 6% 7 238,40 6 089,36 - 13 327,76 9%
FMUC 0 1 0 1 1% 0 1 0 1 0% - 96,00 - 96,00 0%
FPCEUC 2 0 0 2 2% 3 0 0 3 1% 1 329,60 - - 1 329,60 1%
Museu da
Ciência 1 0 0 1 1% 2 0 0 2 0% 672,00 - - 672,00 0%
Reitoria UC 4 5 3 12 10% 31 32 49 112 26% 7 344,00 8 846,40 5 042,40 21 232,80 14%
SASUC 25 10 7 42 36% 53 30 39 122 28% 20 547,45 18 067,20 17 567,58 56 182,23 37%
Total 54 42 20 116 100% 161 149 125 435 100% 55 241,85 60 401,36 35 478,78 151 121,99 100%
Quadro 4.2.6.3 Distribuição de ofertas, colocados e encargos com apoios PASEP por UO/Serviço, em 2015/16,
2014/15 e 2013/14
Considerando o tipo de apoio atribuído, à semelhança dos anos letivos anteriores, em 2015/16
também foram os apoios através da comparticipação nos encargos de propina os mais representativos,
119 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
seguindo-se senhas de alimentação e comparticipação nos encargos com alojamento nas residências
universitárias da UC. Comparando a distribuição de valores por tipos de apoios atribuídos nos três anos
letivos, verifica-se o crescimento da opção pelo apoio através da comparticipação nos encargos de propina
– Quadro 4.2.6.4.
Tipo de Apoio 2015/16 2014/15 2013/14
€ % € % € %
Propinas 38 164,29€ 69% 36 131,88 € 60% 17 486,70 € 49%
Alimentação 9 206,40€ 17% 16 308,00 € 27% 12 718,15 € 36%
Alojamento 7 871,16€ 14% 7 961,48 € 13% 5 273,93 € 15%
Total 55 241,85€ 60 401,36 € 35 478,78 €
Quadro 4.2.6.4 Distribuição do encargo com benefícios PASEP por tipo de apoio, em 2015/16, 2014/15 e 2013/14
Ano letivo 2016/17
No ano letivo 2016/2017, à data de 31 de dezembro de 2016, foram disponibilizadas 32 ofertas de
atividade (mais 17 – 113% - do que em período homólogo do ano letivo 2015/16) que permitiram a
colocação de 59 estudantes (mais 17 – 40% - do que em período homólogo do ano letivo 2015/16)
perfazendo um total de 7.913 horas efetivas (mais 4.789 horas – 153% - do que em período homólogo do
ano letivo 2015/16). Os benefícios atribuídos ascendem a 38.203,40€ (mais 149% do que em período
homólogo do ano letivo 2015/16) mantendo-se a preferência pela comparticipação no pagamento de
propinas (71%) – Quadro 4.2.6.5.
Tipologia de
Atividade
Nº
atividad
es
Nº
estudantes
Candidato
s
Nº
Estudan
tes
colocad
os
Nº
horas
Efetivas
Benefícios
Alimentação Propina Alojamento
Encargo
Total Nº
alunos Encargo
Nº
alunos Encargo
Nº
alun
os
Encargo
A1 - Vigilância
(salas de aulas,
bibliotecas e
outros espaços)
10 259 25 2.517 6 2.980,80 € 19 8.580,96 € 2 521,28€ 12.083,00 €
A3 – Estudos e
trabalhos
especializados
2 11 2 142 0 0,00€ 1 441,60€ 1 460,80€ 902,40€
A6 -
Colaboração na
área
administrativa e
de suporte
2 34 2 300 1 518,40€ 1 921,60€ 0 0,00€ 1.440,00€
A8 -
Colaboração na
área dos serviços
de alimentação
dos SASUC
14 125 19 3.941 10 3.984,00€ 16 12.885,36€ 2 2.044,80€ 18.914,20€
A10 –
Colaboração em
outras áreas do
apoio social
previstas na
missão dos
SASUC
2 4 0 0 0 0,00€ 0 0,00€ 0 0,00€ 0,00€
A11 - Outras 2 36 11 1.013 2 439,68€ 9 4.424,12€ 0 0,00€ 4.863,80€
32 469 59 7.913 19 7.922,88€ 46 27.253,64€ 5 3.026,88€ 38.203,40€
Quadro 4.2.6.5 Ofertas de atividades PASEP referentes ao ano letivo 2016/17, à data de 31/12/2016
Apesar de se manter a primazia de ofertas de atividade nas tipologias colaboração na área dos
serviços de alimentação dos SASUC e Vigilância (mais indiferenciadas), destaca-se a existência de duas
atividades na tipologia de Estudos e Trabalhos Especializados.
As 32 ofertas de atividade disponibilizadas em 2016/17 (até 31 de dezembro), foram promovidas
por 8 UO/Serviços da UC, mantendo-se os SASUC como o Serviço da UC que, além de assegurar a gestão
do PASEP, mais contribui com ofertas de atividade - – Quadro 4.2.6.6.
Entidade promotora Nº de ofertas
de atividade
Nº de
estudantes colocados
Encargo
Total
Biblioteca Geral da UC 3 7 3.744,00€
Estádio Universitário 4 9 2.452,80€
Faculdade de Ciências e Tecnologia UC 1 2 2.006,40€
Faculdade de Economia UC 3 4 3.572,64€
Faculdade de Letras UC 3 6 2.880,00€
Faculdade de Psicologia e C. Educação UC 1 2 1.651,20€
Reitoria UC 1 10 2.982,20€
Serviços de Ação Social UC 16 19 18.914,16€
32 59 38.203,40€
Quadro 4.2.6.6 Ofertas de atividades PASEP referentes ao ano letivo 2016/17, à data de 31/12/2016, por entidade
promotora
PASEP e Inovação Social
Considerando o atual enquadramento científico e estratégico da inovação social para o
desenvolvimento das políticas e práticas da ação social no ensino superior, os SASUC têm procurado
integrar na intervenção pelo PASEP os principais conceitos e ferramentas deste paradigma, na ótica da
promoção de maior eficácia da intervenção face aos objetivos e problema social a que visa responder –
abandono escolar na Universidade de Coimbra.
Neste âmbito, em 2015/16 foram contratualizados serviços externos para a realização de
diagnóstico de necessidades de capacitação dos SASUC na gestão do PASEP como intervenção
social inovadora, sustentável e com impacto social. O diagnóstico decorreu nos meses de abril, maio e junho
de 2016, tendo sido realizado com recurso a análise documental, inquéritos aplicados aos estudantes
participantes no PASEP e aos trabalhadores da UC envolvidos no PASEP (na gestão do programa e enquanto
promotores de ofertas de atividade), 2 workshops sobre a teoria da mudança aplicada ao PASEP (um com
estudantes participantes e outro com trabalhadores da UC), análise de mercado e um workshop sobre o
modelo de negócio do PASEP no qual, além de gestores do PASEP e dos SASUC, participaram o Chefe de
Divisão da DITS da UC e uma docente da FEUC e investigadora do CES especialista na área da inovação e
empreendedorismo social.
121 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Deste diagnóstico foram destacados como aspetos críticos para o desenvolvimento do PASEP:
O envolvimento de estudantes na definição de prioridades do PASEP é insuficiente;
As ofertas de atividade têm sido pouco variadas, indiferenciadas, muitas das quais fisicamente
exigentes e pouco relacionadas com as áreas de estudo dos participantes ou com o mercado de
trabalho;
O PASEP é pouco conhecido na UC, designadamente por potenciais entidades promotoras de
ofertas de atividade;
A comunicação interna e externa sobre o programa é pouco clara/apelativa;
Há dificuldades em medir resultados e impacto.
Como principais recomendações, identificaram:
Ao nível da participação: incluir estudantes num comité de acompanhamento do PASEP;
Ao nível da sustentabilidade: estabelecer parcerias com entidades externas para a disponibilização
de ofertas de atividade ou outras formas de cofinanciamento do programa;
Ao nível da comunicação: reformular e diversificar os canais de comunicação (designadamente
relacionais), melhorar a marca PASEP e comunicar a sua diferenciação; intensificar a comunicação
interna;
Ao nível da monitorização: desenvolver sistema de monitorização e avaliação de impacto.
Além do diagnóstico foi também produzido pela empresa um Plano de Capacitação para os quadros
da UC envolvidos na gestão do PASEP, compreendendo os conteúdos mais relevantes ao nível de formação
e mentoria nas áreas de gestão do impacto social (perspetivas, componentes e instrumentos para criação
de valor social) e sustentabilidade (planeamento, estratégia, comunicação, marketing e relações públicas).
Destaca-se ainda, ao nível da avaliação de impacto e no âmbito da preparação da candidatura
ao Prémio António Sérgio 2016, a realização de uma análise exploratória ao desempenho académico dos
participantes no PASEP em 2013/14 e 2014/15.
Em termos de metodologia, para avaliar o desempenho académico dos participantes no PASEP em
2013/14 e 2014/15 procedeu-se à identificação da % de aproveitamento escolar (n.º de ECTS realizados/n.º
de ECTS a que se encontravam inscritos no ano letivo em análise) para o ano letivo anterior à participação
no PASEP (quando aplicável); ano(s) letivo(s) em que ocorreu a participação no PASEP e ano(s) letivo(s)
seguinte(s) (quando aplicável e até ao 1.º semestre de 2015/16 – dados disponíveis à data da aferição).
Procurou perceber-se se os participantes no PASEP tinham concluído o ciclo de estudos em que se
encontravam inscritos em 2013/14 ou 2014/15; se se tinham matriculado em 2015/16 e se houve melhoria
ou aproveitamento escolar no ano ou anos letivos seguintes à participação no PASEP.
Entendeu-se como melhoria ou aproveitamento escolar:
aproveitamento = 100% (realizaram todos os ECTS em que se encontravam inscritos);
conclusão do ciclo de estudos em que se encontravam inscritos;
evolução positiva do aproveitamento ou do n.º de ECTS realizados, desde que aproveitamento >
ou = 50% (se inscritos a menos de 60 ECTS) ou aproveitamento mínimo em 36 ECTS, se inscritos
a 60 ou mais ECTS - conforme critérios de elegibilidade para o PASEP).
Ao nível de resultados, dos 157 participantes no PASEP em 13/14 e 14/15, 38% (59 estudantes)
concluíram os ciclos de estudos em que se encontravam inscritos aquando da participação no PASEP, tendo
ainda, 10 desses estudantes voltado a matricular-se na UC em diferentes cursos/ciclos de estudo. Dos 98
participantes que não concluíram os respetivos ciclos de estudo, 85% encontravam-se matriculados na UC
no ano letivo 15/16 e apenas 15 estudantes não formalizaram inscrição. Desses 15 estudantes, 2
frequentavam cursos de doutoramento (3.º ciclo); 9 cursos de 2.º ciclo ou 4º/5º anos de mestrados
integrados e 4 estudantes frequentavam cursos de 1.º ciclo ou 1.º-3.º anos de mestrados integrados.
Verificou-se ainda que desses 15 estudantes não matriculados em 15/16 sem ter concluído o ciclo de
estudos, apenas 4 tinham os pagamentos de dívidas de propinas regularizados e 47% (7 estudantes) tiveram
aproveitamento escolar no ano em que participaram no PASEP. Em termos de aproveitamento escolar,
identificou-se que 85% dos participantes no PASEP melhoraram o desempenho escolar e dos 15% (24
estudantes) que não melhoraram, 16 (67%) mantiveram-se inscritos em 2015/16.
Considerando que os participantes do PASEP são selecionados com base em critérios
socioeconómicos, indicadores de risco de insucesso académico e de desistência/abandono do ensino
superior, os resultados obtidos ao nível da melhoria do desempenho académico (85% dos participantes) e
permanência no ensino superior ou conclusão dos ciclos de estudo em que se encontravam inscritos (90%
dos participantes) são bastante positivos, podendo ser indicadores dos contributos da intervenção pelo
PASEP na promoção do sucesso académico e prevenção do abandono escolar no ensino superior.
Este exercício permitiu ainda identificar algumas necessidades ao nível da melhoria da eficácia da
aferição de indicadores relacionados com o desempenho académico dos participantes no PASEP,
designadamente ao nível da definição de uma fórmula adequada para aferir desempenho académico e
desenvolvimento do sistema de informação NONIO para a respetiva integração da fórmula identificada e
automatização do cálculo deste indicador de resultado/impacto, que poderia ser utilizado no âmbito de
outros processos de apoio social geridos pelos SASUC.
Avaliação e satisfação
Visando identificar oportunidades para a melhoria contínua do PASEP com base nas perceções das
partes interessadas diretamente envolvidas no programa nas vertentes da oferta de atividades a tempo
parcial e da procura deste apoio social completar da UC, foi realizado processo de auscultação em outubro
de 2016.
A auscultação dirigida a UO/Serviços da UC visou a recolha de informação relativa à divulgação do
PASEP junto das entidades da UC que podem ser promotoras de ofertas de atividade e potencial interesse
para a apresentação de ofertas de atividade e, no caso das entidades que já tivessem apresentado ofertas
de atividade, identificação dos motivos subjacentes à participação no PASEP, avaliação do processo de
apresentação de ofertas de atividade; avaliação da participação/acolhimento de estudantes nas atividades
promovidas e satisfação com a participação no PASEP.
A auscultação dirigida a estudantes visou a recolha de informação relativa à divulgação do PASEP,
motivos subjacentes à candidatura a este apoio social da UC, avaliação do processo de candidatura a ofertas
PASEP e, no caso dos estudantes que já tivessem participado em atividades PASEP, recolher informação
123 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
quanto à avaliação das atividades realizadas, impacto da participação no PASEP na vida académica dos/as
estudantes participantes e satisfação com a participação no PASEP.
Todas as entidades e estudantes auscultados/as foram ainda convidados/as a apresentar
comentários/sugestões visando a melhoria deste apoio social da UC.
A auscultação foi realizada através de 2 questionários on-line [Expectativas e Satisfação com o
PASEP da UC (dirigido a Unidades Orgânicas e Serviços da UC) - SAS_Im0148_02 e Inquérito à Satisfação
com o PASEP da UC (dirigido a estudantes concorrentes e beneficiários/as) - SAS_Im0147_02], aplicados
via plataforma LimeSurvey, por amostragem determinística. A divulgação foi realizada através de convites
para os endereços de correio eletrónico de responsáveis de UO/Serviços/UECAF e Unidades de I&D da
UC e de responsáveis por ofertas de atividade PASEP em 2015/16, bem como dos estudantes que se
candidataram a atividades PASEP no ano letivo 2015/16. Adicionalmente foi realizada divulgação do processo
no Facebook dos SASUC. Não foi garantido anonimato aos/às participantes.
Para UO/Serviços/UECAF/Unidades de I&D da UC, o processo de auscultação decorreu de 17 a
23 de outubro de 2016. Para os/as estudantes concorrentes e beneficiários/as do PASEP em 2015/16,
decorreu de 17 a 29 de outubro de 2016.
Foram inquiridos responsáveis de UO/Serviços/UECAF e Unidades de I&D da UC e responsáveis
por ofertas de atividade PASEP em 2015/16 (149 convites); bem como estudantes que se candidataram a
atividades PASEP no ano letivo 2015/16 (563 convites). Na auscultação dirigida a responsáveis de
UO/Serviços/UECAF e Unidades de I&D da UC e responsáveis por ofertas de atividade PASEP em 2015/16,
obtiveram-se 36 respostas válidas, a que corresponde uma taxa de resposta de 24%. Por seu lado, na
auscultação dirigida a estudantes que se candidataram a atividades PASEP no ano letivo 2015/16 obtiveram-
se 93 respostas válidas, correspondendo a uma taxa de resposta de 17%.
Resumo dos resultados relativos a UO/Serviços da UC
Dos 36 respondentes, 16 (44%) indicaram conhecer o PASEP e já ter apresentado ofertas de
atividade; 10 (28%) referiram conhecer o programa, ter interesse em participar, mas nunca o ter feito; 5
(14%) indicaram já ter ouvido falar mas não saberem o que é; 3 (8%) referiram nunca ter ouvido falar do
programa e 2 (6%) indicaram conhecer o programa mas não ter interesse em participar.
Quando convidados/as a classificar, numa escala de 1 a 5 (1 – nada interessante e 5 - muito
interessante), as tipologias de atividade previstas no PASEP, constatou-se ser a tipologia Vigilância (salas de
aulas, bibliotecas e outros espaços) a que classificaram como mais interessante (média de 4,04 pontos) e,
como menos interessante, a tipologia colaboração em processos de avaliação dos estudantes (média de 2.41
pontos). Como sugestões de outras tipologias de atividade, indicaram atividades de comunicação/divulgação
da UC (promoção externa, organização de eventos, divulgação científica – Ciência Viva) e apoio a outros
estudantes (tutoria, apoio a estudantes internacionais).
Questionados/as quanto ao recurso ao PASEP para apoio aos estudantes da UC, designadamente
estudantes de 3.º ciclo, através do desenvolvimento de atividades no âmbito de projetos de investigação ou
outras de cariz científico, 61% dos/as respondentes indicaram total concordância.
Dos/as 16 respondentes que indicaram já ter apresentado e dinamizado ofertas de atividade PASEP,
15 classificaram 4 possíveis motivos subjacentes à apresentação de ofertas PASEP através de escala de 1 a
5, em que 1 corresponde a nada relevante e 5 a muito relevante. Destacam-se como mais valorizados
motivos relacionados com a necessidade de recursos para assegurar tarefas pontuais e contribuir para o
reforço da ação social na UC.
Dos/as 16 respondentes que indicaram já ter apresentado e dinamizado ofertas de atividade PASEP,
15 avaliaram globalmente o processo de apresentação de ofertas de atividades com valores médios entre o
Bom e o Muito Bom, destacando a informação e apoio disponibilizados pelos SASUC durante o processo
(média = 4,64). O aspeto pior avaliado pelas entidades promotoras de ofertas de atividade prende-se com
a adequabilidade do processo de seleção de candidaturas previsto em regulamento.
Dos 16 respondentes que indicaram já ter apresentado e dinamizado ofertas de atividade PASEP,
14 avaliaram a experiência de acolhimento de estudantes em atividades PASEP. Esta avaliação revelou-se
bastante positiva, com valores médios de todos os itens entre o Bom e o Muito Bom, destacando o respeito
demonstrado pelos participantes relativamente às orientações técnicas da entidade promotora da oferta
(média = 4,46). O aspeto pior avaliado foi a adequação dos estudantes selecionados ao perfil definido na
oferta (média = 3,86).
Das 16 UO/Serviços/UECAF/Unidades de I&D da UC que referiram já ter apresentado ofertas de
atividade PASEP, 15 avaliaram a respetiva satisfação com a participação no programa com um valor médio
de 4,29 (escala de 1 a 5 em que 1 corresponde a muito insatisfeito e 5 a muito satisfeito), o que se traduz
numa taxa de satisfação de 82%. Destas, 14 afirmaram que recomendariam o programa a outras
unidades/serviços da Universidade de Coimbra e 12 (80%) referiram que tencionam voltar a disponibilizar
novas ofertas de atividade PASEP.
Identificaram-se 12 comentários/sugestões (33% dos respondentes): 6 de entidades que indicaram
já ter participado no PASEP e 6 com interesse em participar. Focaram a melhoria da divulgação do programa,
do processo de seleção e avaliação dos/as estudantes participantes e a hipótese de alargar o PASEP a
entidades externas à UC.
Resumo dos resultados relativos a Estudantes
Responderam ao inquérito 93 estudantes, 68 (73%) do sexo feminino e 25 (27%) do sexo
masculino, com idades compreendidas entre os 18 e os 59 anos (média de 27 anos). Considerando a sua
distribuição por Faculdade, identificam-se como mais representativas a FCTUC (25%) e FLUC (22%). Ao
nível do ciclo de estudos em que se encontram inscritos 32% (30) indicou estar inscrito em cursos de 2.º
ciclo; 30% (28) em mestrado integrado; 24% (22) em 1.º ciclo e 14% (13) em doutoramento. Da totalidade
dos respondentes, 46% indicaram já ter participado em atividades PASEP.
Quando questionados sobre como tiveram conhecimento do PASEP (n=93), 30 (32%) indicaram
ter sido através de colegas, 22 (24%) em atendimento presencial nos SAS, 20 (22%) através da webpage e
Facebook dos SAS, 17 (18%) através da webpage e comunicações da UC; 2 através de docentes e 2 por
outros meios (CADC – Instituto Académico Justiça e Paz e e-mail com ofertas).
125 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Os estudantes valorizam mais motivos instrumentais e mensuráveis associados à satisfação de
necessidades imediatas para a participação no PASEP, designadamente o apoio financeiro.
Verifica-se uma avaliação global dos diferentes itens com valores médios entre o Razoável e Bom,
identificando-se pontuações médias superiores em todos os itens no grupo de participantes, quando
comparado com o grupo de estudantes que, pese embora tenha concorrido, não foi selecionado, não teve
vaga ou desistiu. No global e para cada grupo, o item pior avaliado foi a adequação dos critérios de seleção
definidos em regulamento.
A avaliação das atividades realizadas situa-se, globalmente, a um nível Bom, destacando-se como
itens melhor avaliados pelos participantes a adequação da avaliação e do valor beneficio/hora pelas atividades
desenvolvidas. Como aspeto pior avaliado, ainda que com uma pontuação média próxima do nível Bom,
identifica-se a eficácia do processo de atribuição do benefício, situação já diagnosticada no âmbito do
tratamento de reclamações.
Neste processo procurou ainda perceber-se a perceção do impacto da participação do PASEP na
vida dos estudantes que realizaram atividades PASEP, tendo os respondentes atribuído maior relevância à
maior disponibilidade de recursos financeiros e aproximação a pessoas/serviços da UC. São mais valorizadas
as consequências imediatas da participação, inferindo-se eventuais consequências negativas para os objetivos
globais do programa decorrentes da limitação associada à fraca diversidade das ofertas de atividade
disponibilizadas, designadamente pela ausência de ofertas com requisitos diferenciados e próximos das áreas
de formação dos estudantes da UC que poderiam contribuir para o reforço da motivação para o curso,
desempenho académico e desenvolvimento de competências profissionais.
A taxa de satisfação com a participação no PASEP (n=25) foi de 85% (média = 4,4).
Cerca de 30% (13) dos participantes afirmaram que se não tivessem participado no PASEP teriam
abandonado a UC; 35% (15) referiram que não teriam abandonado os estudos e 35% (15) indicaram não
saber responder.
Cerca de 91% dos participantes indicou que recomendaria a candidatura ao PASEP a um amigo e
79% indicaram tencionar candidatar-se de novo a ofertas de atividade.
Registaram-se 37 respondentes (participantes ou apenas concorrentes a atividades PASEP) que
preencheram comentários/sugestões (40% do toral dos 93 respondentes).
Indicaram sugestões visando aumentar o n.º e a variedade das ofertas de atividade; disponibilizar
ofertas na área de formação e melhorar a divulgação. Foram ainda indicadas sugestões para ampliar a
abrangência dos critérios de elegibilidade; melhorar o processo de candidatura; alterar critérios
seleção/colocação; melhorar a integração pelas entidades promotoras de ofertas; aumentar o valor/hora e
melhorar a eficácia da atribuição dos benefícios.
Considerações Finais
A avaliação do terceiro ano de implementação do PASEP na UC, embora bastante positiva,
evidenciou algumas das limitações que se têm vindo a identificar ao desenvolvimento/consolidação da
intervenção na ótica da sua escalabilidade, produção de impacto e replicabilidade, que, em última análise,
podem comprometer a sustentabilidade e eficácia da intervenção na prossecução dos respetivos objetivos
- combate ao abandono escolar na UC.
Ao nível da sustentabilidade, a manutenção do crescente desequilíbrio entre oferta e procura no
PASEP constitui uma limitação importante a colmatar. Como se constata nesta avaliação, apesar dos
esforços dos SASUC na divulgação do programa e sensibilização das UO/Serviços da UC para a
disponibilização de ofertas de atividade, o aumento de 29% nas ofertas de atividade disponibilizadas em
2015/16 foi suportado, em grande medida, pelos SASUC, que promoveram 46% do total das ofertas de
atividade disponibilizadas neste ano letivo. Contudo, o aumento do número de candidatos (13%) e a
diminuição do número médio de colocações por oferta (-14%) originaram um decréscimo na taxa de
colocação em atividades PASEP (de 2 pontos percentuais), evidenciando o referido exacerbar do
desequilíbrio entre a oferta e a procura no PASEP.
Neste domínio destaca-se ainda, em 2015/16, a redução (ainda que ligeira) do investimento global
no PASEP (menos 9% do montante total de apoios atribuídos em 2015/16 face a 2014/15). Por seu lado,
olhando para os resultados da avaliação das expectativas de UO/Serviços da UC em relação ao PASEP,
constata-se que a divulgação/sensibilização realizadas ainda ficou aquém do desejado, com 28% dos
respondentes a manifestar desconhecimento ou desinteresse no programa e 28% a manifestar interesse
mas sem ter apresentado ofertas. Na perspetiva dos estudantes, a avaliação menos positiva dos critérios de
seleção definidos para o PASEP e os comentários/sugestões visando o aumento do número de ofertas são
igualmente indicadores desta limitação que urge colmatar.
Ao nível do impacto e promoção do valor social do PASEP identifica-se como obstáculo a pouca
variedade de ofertas de atividade disponibilizadas, com grande representatividade de ofertas pouco
diferenciadas (vigilância e colaboração nos serviços de alimentação dos SASUC) e pouco relacionadas com
as áreas de formação dos estudantes da UC. Este indicador afeta as perceções dos estudantes relativamente
aos contributos/impacto do PASEP nas suas vidas, tendo os resultados da avaliação deste programa pelos
estudantes enfatizado os contributos do PASEP enquanto apoio financeiro em detrimento do potencial da
participação no PASEP para o desenvolvimento de competências e aproximação aos cursos, reforço das
perceções de empregabilidade, fatores igualmente relevantes para uma intervenção eficaz nas múltiplas
causas do insucesso e abandono escolar no ensino superior e que diferenciam o PASEP dos apoios diretos
da ação social da UC.
Destaca-se, contudo, ao nível da avaliação do PASEP por UO/Serviços da UC, uma melhoria das
perceções das potenciais entidades promotoras de ofertas de atividade relativamente a tipologias de oferta
mais diferenciadas, tendo 61% dos respondentes referido concordar em absoluto com o recurso ao PASEP
para promover o envolvimento de estudantes em atividades de investigação científica.
A intensa reflexão sobre o PASEP promovida neste ano letivo, quer ao nível do diagnóstico de
necessidades de capacitação dos SASUC para a gestão do PASEP, quer no âmbito da preparação de
127 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
candidaturas a financiamento e prémios em iniciativas no âmbito da inovação e empreendedorismo social,
permitiu identificar um conjunto de necessidades que faz sentido considerar ao nível da Universidade de
Coimbra como um todo e não apenas ao nível da gestão mais operacional do programa. Constatamos que
o PASEP pode, de facto, assumir-se como um mecanismo inovador da UC no combate ao insucesso e
abandono escolar no ensino superior se entendido não apenas como mais um apoio financeiro da ação
social da UC que urge financiar, mas como um instrumento de toda a UC para a promoção da igualdade de
oportunidades no desenvolvimento de competências pessoais e profissionais dos seus estudantes, promotor
de maior proximidade dos estudantes às respetivas áreas de formação e cursos e, eventualmente, ao
mercado de trabalho, assumindo-se como mais um fator de atratividade da Universidade de Coimbra,
alinhado com a respetiva missão e intervindo em múltiplas causas de um problema complexo e multifacetado
que compromete essa mesma missão da UC.
Por seu lado, considerando as limitações identificadas no atual contexto de financiamento das
intervenções sociais (não focadas no caráter inovador e mérito das intervenções, mas nos requisitos de
elegibilidade das respetivas entidades promotoras), as resposta às necessidades e desafios que se colocam
à gestão do PASEP ao nível da sua sustentabilidade e impacto constituem-se como desafios cujas respostas
apenas beneficiarão com o envolvimento de toda a UC.
4.3 OUTRAS ATIVIDADES
4.3.1 OFERTA INTEGRADA DE SERVIÇOS
A Divisão de Oferta Integrada de Serviços (DOIS) é uma unidade orgânica dos SASUC que se
encontra na dependência da Direção de Serviços de Suporte à Atividade, com competências ao nível da
disponibilização à comunidade universitária de recursos com vista ao desenvolvimento de atividades
diversas, nomeadamente nas áreas de gestão de espaços e limpeza e tratamento de roupa, numa base de
eficiência económico-financeira. Compreende a gestão das seguintes estruturas: Lavandaria
Central/Engomadoria (LCE), Unidade de Gestão de Espaços e Limpeza (UGEL), Centro Cultural D. Dinis
(CCDD), Espaço Costura (EC) e Quinta de S. Marcos.
O ano de 2016, teve como objetivo principal, o reforço da consolidação da organização das
estratégias funcionais e de recursos humanos, que se operaram nos anos transatos (2014/2015), com o
objetivo do cumprimento da missão da DOIS, com eficiência e eficácia. A estratégia inicialmente estruturada
para a organização da atividade foi comprometida com o regresso, em 1 de julho de 2016, à duração semanal
de trabalho de 35 horas (7h00/dia) na Administração Pública, o que diminuiu em 55h/dia a disponibilidade
de recursos humanos, situação que teve grande repercussão na gestão da respetiva atividade,
designadamente na valência da UGEL.
Os recursos humanos disponíveis para o cumprimento da missão da DOIS, no início do ano de
2016, eram 83 trabalhadores. Por força de aposentação e outras situações (5), a equipa terminou o ano
com 78 trabalhadores. Nos gráficos seguintes apresentam-se os trabalhadores distribuídos de acordo com
a área de atividade (limpeza/manutenção de espaços, agrária e portaria), bem como de acordo com a
respetiva valência - Gráficos 4.3.1.1 e 4.3.1.2.
Gráfico 4.3.1.1 e 4.3.1.2 Distribuição de trabalhadores de acordo com a atividade e a valência, com referência a
janeiro de 2016
Constata-se que a incidência maior de recursos humanos é na atividade limpeza/manutenção e na
valência UGEL.
129 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Fragilidades de vária ordem (ausências por doença prolongada, férias, entre outras situações)
sentidas a nível de recursos humanos obrigaram a que os SASUC mantivessem a necessidade de recorrer à
Medida de Contrato de Emprego e Inserção do Centro de Emprego e Segurança Social (CEI). Se ao longo
do ano de 2016, a DOIS, contou com a colaboração de 16 trabalhadores oriundos do Instituto de Emprego
e Formação Profissional, colmatando os compromissos assumidos, no final do ano, essa colaboração
correspondia a 5 trabalhadores.
O aumento de fragilidades de recursos humanos, durante o ano de 2016, não permitiu reforçar as
competências dos trabalhadores através de formação, como seria desejado, situação que se espera colmatar
em 2017.
As atividades asseguradas pela DOIS, compreendendo as diferentes estruturas que integra,
continuaram a traduzir importantes valores de receita, confirmando-se os resultados positivos alcançados
com a estratégia de otimização de recursos dos SAS na ótica da garantia da sustentabilidade financeira da
sua estrutura.
UNIDADE DE GESTÃO DE ESPAÇOS E LIMPEZA
A Unidade de Gestão de Espaços e Limpeza (UGEL) assegura atividades de limpeza, jardinagem,
portaria e receção a unidades orgânicas e demais serviços da UC, bem como nos Serviços de Ação Social
da UC, em dias úteis, sábados, domingos e feriados.
A intervenção da UGEL no âmbito da sua atuação aumentou ligeiramente, no ano de 2016,
passando de 43 UO’s para 45 UO’s, identificadas por agregação de serviços, bem como informação do nº
de trabalhadores alocados. Salienta-se que este aumento de atividade não implicou o recurso a um maior
número de recursos humanos, mas sim a uma gestão mais eficiente das equipas e ao, já referido, recurso
ao Programa de Contrato de Emprego e Inserção. - Gráfico 4.3.1.3.
Gráfico 4.3.1.3 Nº de trabalhadores da UGEL por entidade, em 2016
Como se pode constatar a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
(FCTUC), que agrega o Bloco Central, os Departamentos de Física, de Matemática, Química, Engenharia
13
9
13
15
19
1 1 12 2
1 1
5
Civil, Ciências da Terra, Arquitetura, Engenharia Informática, Observatório Astronómico e Geofísico, as
UECAFs (Imprensa da UC, Biblioteca Geral, Biblioteca Joanina, Biblioteca Ciências da Saúde, Arquivo,
Centro 25 de abril), Faculdade de Letras e os Serviços que a complementam - Casa das Caldeiras, Sub-
Ripas, Jornalismo, Geografia e a Administração da UC são as UO que alocam maior número de
trabalhadores.
Desde 2014, a desenvolver atividades em 40 locais da UC, até 2015, a UGEL alargou a sua atividade
a 5 espaços da UC: em 2015 iniciou atividade no Edifício da Faculdade de Medicina do Polo I da UC
(Administração da UC) e em mais dois locais da Faculdade de Letras; e em 2016 iniciou atividade no
Gabinete de Projetos da Faculdade de Letras e no Centro de Documentação Europeia (Rua de Aveiro) da
Faculdade de Direito - - Gráfico 4.3.1.4.
Gráfico 4.3.1.4 Analise comparativa da evolução de Unidades Orgânicas, no âmbito da atividade da UGEL
Conforme já referido, com o regresso às 35h semanais, a UGEL viu a sua atividade reduzida em
55h/dia, situação que acarretou sérios problemas na organização da atividade. Apesar da redução registada,
a UGEL, continuou a assegurar a atividade em todas as UO’s/Serviços, sendo certo que se procedeu a alguns
ajustes, nomeadamente, no que diz respeito às intervenções parciais. Quanto às intervenções a tempo
inteiro (7h/dia) estas por força da natureza do novo regime passaram a ser efetuadas no período,
oficialmente, autorizado.
No Gráfico 4.3.1.5. apresenta-se a distribuição de atividade prestada em cada UO/Serviços
(agregando vários locais), por dia/horas. De salientar que os dados dizem respeito à atividade com base em
7h/dia.
Gráfico 4.3.1.5 Distribuição de atividade prestada, em horas/dia, por UO
2014 2015 2016
40 43 45
5858
8693
993
73,5
1314
34
23
0 20 40 60 80 100 120
Reitoria
Administração da UC
UECAF
Faculdade Letras
FCTUC
Psicologia
FCDEFUC
Casa Costa Alemão…
Faculdade Economia
Faculdade Direito
CDE
AAC
SASUC
131 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
A Faculdade de Letras, Faculdade de Ciências e as UECAFs (Imprensa da UC, Biblioteca Geral,
Biblioteca Joanina, Biblioteca Ciências da Saúde, Arquivo, Centro de documentação 25 de abril), são as que
mais recorreram às atividades da UGEL em 2016, seguidas da Reitoria e da Administração da UC.
A UGEL, pontualmente, no âmbito da sua atividade, respondeu a solicitações efetuadas por diversas
UO’s da UC, entidades externas, bem como internas que, não estando previstas, foi ainda assim possível
realizar. De salientar que a disponibilidade para responder às referidas solicitações só foi possível no
primeiro semestre, ainda com o regime laboral das 40h semanais em vigor. As horas realizadas nesta
atividade compreenderam atividades de limpeza e portaria, num total de 1 143 horas, registando um
acréscimo de 120,78% de horas realizadas - Gráficos 4.3.1.6., 4.3.1.7 e 4.3.1.8.
Gráfico 4.3.1.6 Distribuição de atividades pontuais nos SASUC (internas), de limpeza/manutenção, em horas
Gráfico 4.3.1.7 Distribuição de atividades pontual externa, de limpeza/manutenção, em horas
106 99,5
28 28,5 43,5 40,5
2
136
63
201,5
16 7 16 924
5
Gráfico 4.3.1.8 Distribuição de atividade pontual externa, de portaria, em horas
Das atividades desenvolvidas, em 2016, pela equipa UGEL nas diversas UO/Serviços da UC, resulta
um proveito refletido nas transferências vindas da UC, nomeadamente por via do orçamento, que ascendeu
a 600 438,44€ espelhadas no encontro de contas entre as duas entidades, bem como da faturação a AAC,
identificando-se maior representatividade da receita proveniente dos serviços de limpeza. Esta atividade
corresponde ainda à tipologia de atividades mais procuradas, com uma expressividade de cerca de 78% no
total de receita da UGEL – Quadro 4.3.1.1.
Tipo de Atividade Nº de
Locais Receita (€) Peso (%)
Limpeza 30 470 576,91 78,37
Portaria 5 18 076,07 3,01
Abertura/ Fecho
Departamentos 4 101 888,19 16,97
Serviços Extra 38 9 897,28 1,65
Total 77 600 438,44 100
Quadro 4.3.1.1 Tipologia de atividades desenvolvidas pela UGEL e receita em 2016
A UGEL diferencia-se dos restantes serviços prestados pelos SAS pela tipologia de atividades que
desenvolve que, não obstante terem como alvo os estudantes, interagem, numa primeira instância, com
uma panóplia de interlocutores nas diversas UO/Serviços da UC.
A atividade da UGEL tem contribuindo para a consolidação do orçamento geral dos SASUC e,
consequentemente para a sustentabilidade financeira dos SAS.
Todo o sucesso da atividade da UGEL deve-se ao envolvimento e aproximação de todos os participantes
(coordenação/equipa), registando-se a grande disponibilidade das partes envolvidas bem como a
colaboração demonstrada por toda a equipa que foi fundamental para a consolidação da atividade.
Com o objetivo de ajustar as atividades e o desempenho da UGEL às necessidades e expectativas
da comunidade universitária e avaliar o grau de satisfação com as atividades desenvolvidas pela UGEL, foi
aplicado um inquérito, em formato digital (LimeSurvey) aos/às requerentes das atividades da UGEL em 2016.
O inquérito foi aplicado entre os dias 18 e 30 de janeiro de 2017, tendo sido enviados, via correio eletrónico,
Bengaleiro
; 131
Fac de
Letras; 76Fac de
Direito; 4,5
Fac de
Economia; 42
Reitoria; 18
Outros; 1,5
P1/P4 e
P2/P3; 44,5
133 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
47 convites aos/às requerentes de atividades da UGEL. Foram obtidas 34 respostas válidas, traduzindo uma
taxa de resposta de 72,34%. A taxa de resposta do inquérito relativo ao ano de 2015 foi de 49% (n=22). A
avaliação do apoio disponibilizado pela UGEL, bem como do desempenho das atividades de Limpeza e de
Portaria é positiva. Todos os itens colocados à avaliação dos inquiridos obtiveram valores médios superiores
a 4, considerando uma escala de 1 a 5, em que 1 traduz “muito insatisfeito” e 5 “muito satisfeito”. A taxa de
satisfação com as atividades de limpeza é de 89,17% (n=30) e com as atividades de portaria de 94,44% (n=9),
traduzindo uma taxa de satisfação global de 90%, taxa superior à verificada no processo de auscultação
referente a 2015, em que a taxa de satisfação (limpeza e portaria) foi de 88%. Contribuiu para o acréscimo
da taxa de satisfação global, sobretudo a taxa de satisfação com as atividades de limpeza, que em 2015 foi
de 88%. A taxa de satisfação com as atividades de portaria teve um ligeiro decréscimo de apenas 0,56
décimas percentuais - Gráficos 4.3.1.9.
Gráfico 4.3.1.9 Evolução da Taxa de satisfação com as atividades da UGEL, de 2014 a 2016
Cerca de 97% dos/as requisitantes das atividades da UGEL afirmaram que voltariam a recorrer à
UGEL; os mesmos 97% respondem “sim”, quando questionados se “recomendaria a atividade desenvolvida
pelos SASUC a outras entidades”.
CENTRO CULTURAL D. DINIS
O Centro Cultural D. Dinis (CCDD) é um espaço dos SASUC, que está ligado aos múltiplos
aspetos da vivência académica, nas vertentes do convívio e da cultura, ao dispor da comunidade universitária.
Devido à sua tipologia, é um espaço acolhedor para a realização dos mais diversos tipos de eventos ou
atividades de cariz universitário. O espaço é utilizado pelos SASUC, mas também está disponível para as
Unidades Orgânicas da UC, bem como para os estudantes e organismos académicos.
Durante o ano de 2016, foram desenvolvidas diversas atividades de cariz cultural, no âmbito de
protocolos previamente estabelecidos com grupos da academia da UC (Tunas e associações de estudantes),
bem como com outras entidades (exemplo o Grupo Folclórico de Coimbra) que representam as tradições
da academia e da cidade, sendo habitual a atuação das mesmas neste espaço. Foi ainda dada continuidade
ao acolhimento de eventos promovidos pela comunidade UC, reforçando-se a utilização do espaço
polivalente, que se destina a vários eventos, indo ao encontro das necessidades do público, como por
exemplo, a realização de seminários, reuniões, ações de formação, workshops, entre outros.
Continuaram a ser disponibilizadas quatro salas predefinidas para cada ocasião, utilizadas também
para o acolhimento de vários eventos de cariz cultural associados ao Serviço de Catering, oferecendo
momentos altamente confortantes, simultaneamente, de cultura e gastronomia.
No ano de 2016, a atividade do CCDD compreendeu a realização/acolhimento de 305 eventos,
nas mais diversificadas áreas de atuação, com destaque para almoços/jantares - Gráfico 4.3.1.10.
Gráfico 4.3.1.10 Distribuição de eventos do CCDD, em 2016, por tipologia
Figura 4.3.1.1 Eventos realizados no CCDD em 2016
0
20
40
60
80
100
120
Janta
res
Alm
oço
s
Lan
ches/
convi
vios
Coffe-B
rak
Caf
é C
ult
ura
l
Cock
tails
/ P
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Lan
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Enco
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Conce
rto
de Jaz
z
Gru
po
Folc
lori
co
Tert
úlia
s/Pal
est
ras
Fad
o
Tuna
72
101
5 2 1 4 17
17 16 16
4 82
82 1 1 2 5 9
21
135 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Durante o ano de 2016, houve um aumento relevante das diversas atividades de cariz cultural e
académico, em articulação com as unidades orgânicas e serviços da UC, de onde se destacam a realização
de seminários, reuniões, ações de formação, workshops, cinco jantares tertúlia ligados a temas de interesses
para a comunidade académica, sessões de cinema, concertos, lançamento de livros e outros eventos
associados a serviços de catering, entre outros. Resultante desta atividade há um acréscimo dos proveitos
que se apresenta no Quadro 4.3.1.2.
CCDD 2016 2015 Variação
Abs. (%)
Proveitos (€) 11 616,64 10 107,87 1 508,77 14,93
Custos (€) 33 580,95 35 225,64 -1 644,69 -4,67
Tx. Cobertura (%) 34,59 28,69 5,90
Quadro 4.3.1.2 Custos, Proveitos e Taxa de Cobertura do CCDD, em 2016 e 2015
Ao longo do ano de 2016, a equipa do CCDD colaborou ainda a nível de decoração em diversos
eventos dos Serviços de Catering fora do CCDD, tendo ainda colaborado na decoração de unidades
alimentares (Buffet do Polo II e Sala B no âmbito da iniciativa Cozinhas do Mundo).
ESPAÇO COSTURA
Os SASUC, de forma proactiva e inovadora, pretendem continuar a assegurar um sistema de ação
social capaz de encontrar respostas às mais diversas necessidades da comunidade universitária, por forma
a minimizar os impactos que determinadas despesas representam para alguns dos seus membros.
O Espaço Costura assegura à comunidade UC serviços de arranjos de roupas, confeção de roupas,
confeção de vestidos para o Baile de Gala e aluguer de Hábitos Talares. Além destes serviços externos, o
Espaço Costura assegura ainda serviços internos no âmbito da logística de suporte às unidades alimentares
(confeção de toalhas, guardanapos, aventais, etc) e serviços de apoio à infância (confeção e arranjos de
bibes).
Dos trabalhos realizados externamente, salienta-se a elaboração de bainhas e ajustes nas mais
diversas peças de vestuário e outras, constatando-se, comparativamente com o ano de 2015, um aumento
do número de arranjos de vestuário realizados Gráficos 4.3.1.11
Gráfico 4.3.1.11 Tipologia de atividades prestadas externamente, em 2015 e 2016, pelo Espaço Costura
Em 2016 salienta-se a evolução positiva da atividade de confeção de bibes e vestidos de gala - Gráficos
4.3.1.12
Gráfico 4.3.1.12 Evolução da confeção de bibes e vestidos de gala, de 2014 a 2016
O ano de 2016, em termos de confeção interna foi bastante ativo, com 375 novas confeções. O
facto de se ter procedido a renovação de algumas unidades alimentares e/ou a abertura de outras com
outras performances, bem como o facto de o SAI ter sido renovado na logística dos dormitórios das
crianças, obrigou do EC a uma maior intervenção junto destes serviços. De realçar ainda confeção da
mascote olímpica que acompanhou os atletas universitários que participaram nos jogos olímpicos, realizados
em 2016 no Rio de Janeiro, Brasil - Gráficos 4.3.1.13
872
544
235
72
111
76
197
1016
582
499
142
150
73
287
0 200 400 600 800 1000 1200
Elaboração de bainhas em saia ou calça
Apertar ou alargar saia ou calça outros
Remendar calças / pernas/ bolsos /joelheiras
confecção de Vestido saiotes e outros
Aplicação de fecho em saia ou calça
Bainhas de cortinados
Aplicação de um colchete /emblema/botão
2016 2015
0
20
40
60
80
100
Confeção de Bibes Vestidos de Gala
25
7
59
6
88
9
2014 2015 2016
137 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Gráfico 4.3.1.13 Confeção interna em 2016
Figura 4.3.1.2 Zeca, a mascote olímpica desenvolvida por crianças do Jardim de Infância dos SASUC
Foram também realizados arranjos da roupa utilizada nas residências universitárias, permitindo
aproveitamento de roupas (lençóis e atoalhados) que entram no circuito. Nas situações em que não é
possível qualquer tipo de reaproveitamento para dar entrada no circuito das residências, os tecidos são
reutilizados para a confeção de babetes para o Apoio à Infância, ou são transformadas em logística para
suporte nas cozinhas das unidades alimentares.
No que respeita ao aluguer de hábitos talares, serviço que tem vindo a ter grande solicitação por
parte dos doutorandos, no ano de 2016 constata-se um ligeiro decréscimo da procura face a 2015 -
Gráficos 4.3.1.14
70
26
4
40
50
115
16
160
400
120
53
4
9
51
3
28
6
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Almofadas Creche e J. Infantil
Aventais brancos
Aventais escuros
Babetes
Batas Creche, J. Infantil, DOIS
Edredons Creche, J. Infantil
Forras de tarimbas
Fronhas Almofadas Creche e J. Infantil
Guardanapos
Individuais de mesa
Toalhas de mesa de cor CAP II, Sala B
Toucas/ barrete de cozinheiro
Sacos para cestos do pão
Saias mesas CAP II, Sala B
Cortinados
Toalhas Beije (recuperadas)
Mascotes Atletas Olimpíadas Universitárias
Gráfico 4.3.1.14 Aluguer de Hábitos Talares em 2015 e 2016
Em 2016 destaca-se ainda a disponibilização à comunidade UC, no Espaço Costura, de mais um
serviço – o Banco de Trajes Académicos, lançado no dia 24 de março de 2016, Dia do Estudante. Numa
primeira fase foi solicitada a doação de trajes académicos a antigos estudantes da UC para possibilitar, numa
segunda fase, o empréstimo a estudantes carenciados, para assegurar a igualdade de oportunidades no
acesso a festividades académicas – Figura 4.3.1.1
Figura 4.3.1.3 Banco de Trajes Académicos
O banco de trajes satisfaz solicitações, tanto do sexo feminino, como do masculino, tendo disponíveis para
empréstimo várias peças do traje, cf. quantificadas no Gráficos 4.3.1.15
Gráfico 4.3.1.15 Peças de trajes Académicos disponíveis para empréstimo em 2016
14
22
16
1012
7
21
1
69
7
13
19 1816
13 14
107 6 6 5
14
2015 - Total = 138 2016 - Total = 128
0
5
10
15
20
25
30
11
28
16
27
11
4
24 24
17
5
139 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Desde o dia 24 de março até dezembro de 2016, foram solicitados 11 trajes académicos, de realçar
os pedidos por parte da comunidade de ERASMUS.
LAVANDARIA / ENGOMADORIA
A oferta de serviços externos de tratamento de roupas pelos SASUC à comunidade UC no âmbito
da Oferta Integrada de Serviços teve início em setembro de 2012, tendo, em setembro de 2015 sido
albergada em novas instalações. Com a mudança de instalações procedeu-se à centralização dos serviços
de tratamento de roupa da Oferta Integrada de Serviços, designadamente das Lavandarias Central, João
Jacinto e da residência do Polo II-2, que asseguravam serviços internos para os serviços de alimentação, de
alojamento e de apoio à infância. Foi, assim, implementada uma Lavandaria Industrial, centralizando os
serviços internos de tratamento de roupa de todas as unidades/serviços dos SASUC, que passou também a
disponibilizar, em novembro de 2015, serviços externos de tratamento de edredons e cobertores. No
mesmo espaço foi ainda disponibilizado, em outubro de 2015, serviço externo de lavandaria self-service e
engomadoria. O ano de 2016 foi pois um ano de consolidação destes serviços junto da comunidade
académica.
A Lavandaria Industrial assegura o tratamento de roupas utilizadas nas residências universitárias,
unidades alimentares, SAI, DCL, SSGST, bem como presta serviço à comunidade universitária no seu todo,
designadamente na lavagem de cobertores, edredons e outros, disponibilizando ainda serviços de
engomadoria. Este tipo de oferta pretende ir ao encontro das necessidades dos membros da comunidade
UC, em especial os que se encontram deslocados.
Em termos de equipamentos a Lavandaria Industrial conta com três máquinas de lavar de 23 Kg e
uma de 11kg, tendo, em 2016, assegurado o tratamento de 107 234 kg de roupa (lavar, secar e acondicionar)
- Gráfico 4.3.1.16.
Gráfico 4.3.1.16 Quantidade de roupa tratada (lavagem/secagem) por máquina em 2016
280
304
264
292
275
270
470
471
279
365
383
357
77
81
108
99
140
145
130
141
111
112
118
102
0 100 200 300 400 500 600 700
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
máquinas de 23 kg Máquinas de 11 kg
Em janeiro de 2016, os SASUC lançaram mais um serviço à comunidade universitária, a
Engomadoria. A atividade deste serviço foi mais expressiva nos meses de maio e junho e setembro, outubro
e dezembro.
Constata-se um aumento global dos proveitos da atividade da Lavandaria, Engomadoria e Espaço
Costura em 2016, assim como um aumento considerável dos custos associados a esta atividade – Quadro
4.3.1.3.
Proveitos (€) Custos (€)
2016 2015 Var. 2016 2015 Var.
Espaço Costura 12 274,88 10 251,80 2 023,08 20 362,75 54 814,84 -34 452,09
Lavandaria Industrial 1 181,32 0,00 1 181,32 12 964,31 41,01 12 923,30
Lavandaria Self-
Service 5 784,83 798,29 4 986,54 4 917,33 0,00 4 917,33
Engomadoria 243,71 0,00 243,71 3 197,85 0,00 3 197,85
LEEC- Gastos Gerais 0,00 0,00 0,00 115 255,51 30 208,44 85 047,07
Total 19 484,74 11 050,09 8 434,65 156 697,75 85 064,29 71 633,46
Quadro 4.3.1.3 – Proveitos e Custos da Lavandaria/Engomadoria/Espaço Costura, em 2016 e 2015
O aumento global dos custos com a Lavandaria/Engomadoria e Espaço Costura (LEEC – Gastos
Gerais) justifica-se pela imputação de encargos com pessoal afeto a estes serviços (nas diversas áreas do
LEEC) em todo o ano de 2016 (14 meses). Em 2015, considerando que estes serviços iniciaram atividade
de forma centralizada em setembro, foram apenas imputados custos referentes aos meses de setembro a
dezembro de 2015.
QUINTA DE SÃO MARCOS
A Quinta de São Marcos é um dos locais mais emblemáticos geridos pelos SASUC, encontrando-se
num meio rural, a uma curta distância de Coimbra. Este espaço tem uma área total de 17 hectares, sendo
que 13 deles são ocupados por mata e os restantes pelas suas infraestruturas (logradouros, arrumos de
alfaias agrícolas, entre outros) e ainda terreno de cultivo.
Semanalmente, a Quinta de São Marcos oferece uma panóplia de produtos agrícolas que são
consumidos pelas unidades alimentares dos SASUC.
Em 2016, a Quinta de São Marcos apresentou resultados inferiores aos dos anos precedentes,
situação que se justifica devido às condições climatéricas, designadamente um clima muito seco, que atrasou
o cultivo e por outro, quando se cultivou ocorreram chuvas fortes, alagando as culturas e provocando o
apodrecimento das sementeiras. Foram produzidos e encaminhados para o Armazém Central da Divisão
de Compras e Logística 3.657,28 Kg de hortícolas – Gráfico 4.3.1.16.
141 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Gráfico 4.3.1.16 Evolução da Produção Agrícola
A registar que no ano de 2016 a Quinta de S. Marcos forneceu 7 000,00 Kg de lenha utilizada na
lareira do CCDD, cantina Vermelhas e Residência Universitária do Penedo.
No ano de 2016, não foi possível desenvolver os projetos e parcerias integradas no Plano de
Atividades SAS 2016, devido à escassez de recursos humanos afetos à Quinta de São Marcos (apenas uma
trabalhadora) e ao facto de a prioridade da DOIS ter sido a reorganização e estabilidade das suas restantes
valências.
4.3.2 SERVIÇOS DE CATERING
Os Serviços de Catering estão integrados na Divisão de Alimentação e prestam apoio na área da
alimentação à comunidade universitária na organização de eventos e em serviço especiais que vão para além
do tradicional serviço das unidades alimentares. A reorganização da equipa, ocorrida em 2012, e os
investimentos entretanto realizados contribuíram para a estabilização destes serviços e permitiram criar
razoáveis condições para que a sua atividade se processe sem os enormes constrangimentos vividos até aí.
O crescendo de atividade do setor exigiu uma atenção especial no que diz respeito à criação das
condições indispensáveis a um cabal desempenho da missão, tendo estes serviços obtido, em setembro de
2013, licença provisória para a produção de refeições associadas a serviços no exterior nas instalações do
Complexo Alimentar do Polo II (número de controlo veterinário C2573).
A 1 de abril 2016 a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária realizou uma vistoria ao CAP II
para verificação do cumprimento da legislação aplicável à higiene dos géneros alimentícios, tendo
identificado 19 inconformidades que, entretanto, foram resolvidas, quer com recurso a intervenções nas
infraestruturas, quer pela revisão dos procedimentos, instruções de trabalho e impressos no âmbito da
prestação de serviços de catering pelos SASUC. As constatações da vistoria permitiram ainda identificar a
necessidade de reforço da equipa do Gabinete de Nutrição e Controlo Alimentar (GNCA), tendo uma
técnica desse Gabinete ficado afeta às unidades alimentares do Polo II, para maior controlo e
acompanhamento dos requisitos de higiene e segurança alimentar.
3286,83568,75
5706,35
3657,28
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
2013 2014 2015 2016
Em 2016 foi ainda possível concluir o desenvolvimento do procedimento destes serviços, tendo,
em dezembro, sido integrado no Sistema de Gestão da UC (subsistema SASUC) o SAS_P005 – Serviços de
Catering.
Mantiveram-se as limitações decorrentes da reduzida dimensão da equipa de catering e a respetiva
colmatação com recurso à utilização de recursos humanos das unidades alimentares, situação que
impossibilitou um maior acréscimo dos níveis de atividade. Efetivamente, devido à falta de recursos humanos
passíveis de serem mobilizados para integrar a equipa do catering, foram, ao longo do ano de 2016,
recusados algumas dezenas de serviços.
Na ótica da melhoria contínua dos serviços de catering, em 2016 foi disponibilizada formação
interna às equipas de catering em protocolo e “mise-en-place”, que se revelou vir a ter impacto positivo na
avaliação da qualidade dos serviços prestados.
A atividade dos Serviços de Catering manteve-se ainda como fator dinamizador da atividade do
Centro Cultural D. Dinis enquanto espaço privilegiado para a realização de eventos de carater cultural
social e recreativo à disposição da comunidade universitária.
SERVIÇOS PRESTADOS À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA
A qualidade dos serviços de catering associada à rapidez de resposta às solicitações diárias e disponibilidade
na prestação do serviço nos locais requeridos pelos clientes tem contribuído para o aumento do n.º de
pedidos de serviços de catering pela comunidade UC. Contudo, as limitações na capacidade de resposta
têm-se feito sentir, particularmente em 2016, em que se observou um decréscimo do n.º de eventos e
serviços realizados pelo catering – Quadro 4.3.2.1.
Descrição
Anos Variação -
2016/15
Variação -
2015/14
2016 2015 2014 Absoluta % Absoluta %
Nº de Eventos 286 351 267 -65 -18,5% 84 31,5%
Nº de Serviços 495 519 405 -24 -4,6% 114 22,0%
Quadro 4.3.2.1 Nº de eventos e serviços de catering realizados em 2014, 2015 e 2016
Realça-se, no quadro seguinte, o volume das diversas tipologias de serviços prestados e pessoas
servidas - Quadro 4.3.2.2.
Descrição Almoço Jantar Coffee
break
P.
Honra Cocktail Outros Total
Nº Serviços 130 166 160 8 12 19 495
Nº de Pessoas 6.626 9.233 16.297 565 695 2.082 35.488
Quadro 4.3.2.2 Serviços prestados e pessoas servidas em 2016
143 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
A coluna de “Outros” inclui 13 lanches e 6 serviços especiais.
Os meses de maior atividade dos Serviços de Catering, à semelhança de 2015, foram os meses de
abril a julho e de outubro a dezembro. Enquanto o primeiro grupo de meses contribuiu com 99 eventos, o
segundo com 83. Em 2016 os meses de maior atividade, contrariamente a 2015 em que foi o mês de
dezembro, foram os meses de abril e de junho, com 34 eventos cada.
Os serviços prestados nos meses de maio e outubro são muito influenciados pelas festividades da
queima das fitas e da latada, quer estejam associados diretamente aos atuais estudantes, quer a ex-
estudantes que aproveitam estas épocas para realizarem almoços e jantares de convívio. O mês de abril é
tradicionalmente um mês de encontros de estudantes, tal como se verificou no ano de 2015. Em junho de
2016 foi assegurado um grande volume de serviços de catering em diversos congressos promovidos
unidades orgânicas da UC (XIII International Symposium on Explosive Production of New Materials; Science,
Technology, Business and Innovations (EPNM-2016); Jornadas de Genética do Dep. Ciências da Vida; VI
Congresso da Associação. Portuguesa. de Antropologia; 2nd Annual Conference os EATSA - Euro-Asia
Tourism Studies Associatation, 2016 (FLUC), etc.)
TIPOLOGIA DE CLIENTE
O quadro seguinte procura dar uma panorâmica dos eventos realizados por meses e organizadores.
Em alguns casos o registo foi feito em nome de um ou mais estudantes e não em nome de algum
agrupamento específico, pelo que a coluna “outros” estará inflacionada nessas situações – Quadro 4.3.2.3.
Mês U. ORG. Ass. Est. Outros (*) Total
janeiro 10 1 13 24
fevereiro 13 0 9 22
março 9 1 12 22
abril 16 5 13 34
maio 11 1 19 31
junho 19 1 14 34
julho 13 0 6 19
agosto 0 0 0 0
setembro 10 0 7 17
outubro 12 2 10 24
novembro 19 1 7 27
dezembro 18 2 12 32
Total 150 14 122 286
(*)Inclui serviços prestados a estudantes e ex-estudantes, professores, investigadores, trabalhadores não docentes
e organizações que realizem eventos associados à vida académicas ou tenham atividades ligada à investigação científica,
de caracter social e cultural.
Quadro 4.3.2.3 Serviços prestados e pessoas servidas em 2016
Da comparação com 2015, foi na tipologia de clientes Outros que se verificou maior redução do
n.º de eventos realizados pelos serviços de catering em 2016 (menos 29 eventos, o que corresponde a uma
variação negativa de -19%), seguindo-se eventos promovidos por unidades orgânicas da UC (menos 33
eventos, o que corresponde a uma variação negativa de -18%) e eventos promovidos por associações de
estudantes (menos 3 eventos, o que corresponde a uma variação negativa de -18%).
CUSTOS E PROVEITOS DOS SERVIÇOS DE CATERING
O decréscimo da atividade dos Serviços de Catering em 2016 conduziu a uma diminuição dos
proveitos, pese embora se tenha assistido a um aumento dos custos desta atividade, o que implicou a
consequente diminuição da taxa de cobertura que contudo se mantém positiva – Quadro 4.3.2.4.
2016 2015 Variação
Abs. %
Proveitos (€)
Custos (€)
198 228,51
172 205,56
248 847,64
160 434,20
-50 619,13
11 771,36
-20,34
7,34
Taxa de Cobertura (%) 115,11 155,11 -40,00
Quadro 4.3.2.4 Custos, Proveitos e Taxa de Cobertura dos Serviços de Catering, em 2015 e 2016
O aumento de custos em 2016 decorre, essencialmente de custos de funcionamento e encargos
com pessoal - Quadro 4.3.2.5
2016 2015 Variação
Abs. %
Custos mercadorias
(61)
Custos funcionamento
(62)
Custos RH (64)
46 887,19 €
9 374,34 €
115 944,03 €
62 390,59 €
6 081,10 €
91 962,51 €
- 15 503,40 €
3 293,24 €
23 981,52 €
-24,85
54,16
26,08
Taxa de Cobertura (%) 172 205,56 € 160 434,20 € 11 771,36 € 7,34
Quadro 4.3.2.5 Desagregação de custos dos Serviços de Catering, em 2015 e 2016
SATISFAÇÃO DO CLIENTE DOS SERVIÇOS DE CATERING
Visando a melhoria contínua dos serviços prestados no âmbito do Serviço de Catering, nas 48h
seguintes à realização dos serviços, é remetido às entidades requerentes um convite específico para
preenchimento de inquérito de satisfação, cujos resultados permitem aos SAS avaliar eventuais necessidades
de ajustamento dos serviços prestados às necessidades/expectativas do/a cliente.
Dos 354 convites enviados aos requerentes dos serviços de catering realizados em 2016 para
preenchimento do inquérito de satisfação, registaram-se 169 respostas, o que corresponde a uma taxa de
145 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
resposta de 48%, inferior à taxa de resposta identificada no âmbito da avaliação dos serviços de catering
realizada em 2015 (52%).
À semelhança de 2015, a avaliação do apoio dos serviços de catering dos SASUC à preparação dos
serviços foi bastante positiva (média = 4,6), com todos os itens avaliados com pontuações médias acima de
4, numa escala de 1 a 5, em que 1 corresponde a Mau e 5 a Excelente.
A qualidade do serviço prestado também obteve pontuação muito positiva (média = 4,6),
ligeiramente superior à obtida em 2015 (média = 4,55), contribuindo para esta subida a melhoria das
perceções relativamente à qualidade e apresentação dos produtos alimentares e qualidade e variedade da
oferta alimentar disponibilizada nos serviços.
Cerca de 43% dos/as respondentes referiram que o serviço ocorreu nas instalações do Centro
Cultural D. Dinis, sendo a avaliação destas instalações; equipamentos e serviços de apoio; e acolhimento e
atendimento neste espaço muito positiva (com pontuações médias de 4,47; 4,36; e 4,70; respetivamente).
A taxa de satisfação com os serviços de catering foi de 92% (média = 4,66), superior à taxa de
satisfação aferida em 2015 (89%) - Gráfico 4.3.2.1.
Gráfico 4.3.2.1 Evolução da Taxa de Satisfação dos Serviços de Catering, de 2012 e 2016
Cerca de 98% dos/as respondentes indicaram que voltariam a contratar e recomendariam estes
serviços. Registaram-se alguns comentários/sugestões visando a revisão do instrumento/processo de
auscultação e a melhoria da comunicação entre a equipa administrativa e as equipas do terreno para evitar
lapsos na satisfação dos requisitos dos/as clientes.
4.3.3 SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
A gestão da saúde e segurança no trabalho insere-se nas competências dos Serviços de Saúde e de
Gestão da Segurança no Trabalho (SSGST), unidade orgânica na dependência da Administradora dos SAS,
criada em abril de 2014, na sequência da publicação do despacho de revisão orgânica dos SAS (Despacho
n.º 4707/2014, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 64, de 1 de abril).
Aos SSGST compete assegurar a organização das atividades de segurança e saúde no trabalho que
visem a prevenção de riscos profissionais e a promoção da saúde do/a trabalhador/a da UC, bem como a
prestação de serviços de medicina do trabalho a entidades externas.
No âmbito interno, os SSGST realizam exames de saúde de Medicina do Trabalho, organizam a
Consulta de Medicina de Viagem, promovem a investigação de incidentes e acidentes de trabalho e
desenvolvem atividades de promoção da saúde.
A relação com entidades externas foi enquadrada, em 2016, no âmbito de Protocolos celebrados:
o Com a ACIV – Associação para o Desenvolvimento da Engenharia Civil (protocolo firmado a
10/02/2016 para a prestação de serviços na área da Medicina do Trabalho).
o Com a Escola Secundária José Falcão, de Coimbra, para cooperação, parceria e colaboração, aos
níveis técnico e pedagógico, na promoção de ambientes de estudo e de trabalho seguros,
proporcionadores de saúde e bem-estar, bem como de reforço de competências dos atores de
ambas as comunidades em áreas científicas, técnicas e tecnológicas.
o Com o Centro de Estudos Sociais da UC (CES-UC), para a prestação de serviços na área da Saúde
no Trabalho (exames de Medicina do Trabalho);
o Com o Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC (CNC-UC), para a prestação de serviços
na área da Saúde no Trabalho (exames de Medicina do Trabalho);
o Com o ICNAS Produção, Lda, para a prestação de serviços na área da Saúde no Trabalho (exames
de Medicina do Trabalho);
o Com o Exploratório Infante D. Henrique, para a prestação de serviços na área da Saúde no Trabalho
(exames de Medicina do Trabalho).
Exames de Medicina do Trabalho
A realização de exames de Medicina do Trabalho decorre da necessidade de assegurar a vigilância
da saúde de todos/as os/as trabalhadores/as da UC, no cumprimento das exigências legais em matéria de
segurança, higiene e saúde no trabalho.
Na tabela abaixo sintetizam-se os principais indicadores desta atividade para o ano civil 2016 –
Quadro 4.3.3.1.
2016 2015
Var.
Abs. Var %
Nº de convocatórias emitidas 1227 1215 62 5,10%
Nº total de exames realizados 705 894 -189 -21,14%
UC e SASUC 633 n.d. n.d. n.d.
Entidades do Grupo Público UC (prestação de serviços) 72 n.d. n.d. n.d.
Nº de faltas aos exames 382 375 7 1,87%
Nº de atos de enfermagem 59 63 -4 -6,35
Quadro 4.3.3.1 Indicadores da atividade de Medicina do Trabalho em 2015 e 2016
147 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
A diminuição do número de consultas que se vem registando deve-se fundamentalmente ao
decréscimo de Médicos do Trabalho em funções. Acresce ainda a manutenção da prática reiterada de faltas
não justificadas, que atingem valores próximos de um quarto das convocatórias emitidas.
A constatação das limitações que se têm sentido nos SSGST para assegurar o cumprimento das
exigências legais em matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho para todos os trabalhadores da UC,
associada aos crescentes encargos que têm vindo a ser suportados pelos SASUC na dinamização desta
atividade, tem suscitado várias reflexões quanto à sustentabilidade e eficácia desta valência dos SSGST. Na
perspetiva da promoção da sustentabilidade, tem-se procurado a diversificação de fontes de financiamento
pela prestação de serviços a entidades do Grupo UC, embora se reconheça que, por si só, esta atividade
não resolve o problema. Dada a relevância desta atividade e o seu alinhamento com a iniciativa estratégica
da área de sustentabilidade Cidadania e Inclusão do Plano Estratégico da UC – “Promover uma cultura de
saúde e segurança”, no âmbito da monitorização do Plano de Ação SAS 2015-2019 com referência a
31/12/2016, procurou-se clarificar o que se pretende atingir ao nível da promoção de uma cultura de saúde
e segurança na UC, para toda a comunidade, integrando uma nova meta: “Assegurar a 100% o cumprimento
das obrigações legais em matéria de vigilância da saúde dos trabalhadores”. Para a sua medição foi definido
como indicador a relação percentual entre o n.º de exames de saúde realizados e o nº de exames de saúde
previstos (com base nas determinações legais em matéria de saúde no trabalho que estipulam exames anuais
p/ trabalhadores c/ 50 ou mais anos e exames bienais para trabalhadores c/ menos de 50 anos). O cálculo
deste indicador para os anos de referência do Plano de Ação SAS, evidenciaram a limitação constatada e o
desafio que se coloca aos SASUC, em articulação com a UC, para a colmatar, tendo-se aferido um
decréscimo da percentagem de cumprimento das obrigações legais nesta matéria desde 2014: em 2014 –
78%; 2015 – 43% e 2016 – 29%.
Investigação de acidentes e incidentes de trabalho
Em 2016 procedeu-se à análise, investigação, classificação, registo, notificação e remessa de 41
processos de Acidentes de Trabalho ocorridos durante o ano, menos 3 do que os registados em 2015 -
Gráfico 4.3.3.1.
Gráfico 4.3.3.1 N.º de processos de Acidentes de Trabalho, em 2014, 2015 e 2016
Na sequência da instrução destes processos foram sugeridas/adotadas, em 2016, 22 medidas
preventivas.
Atividades de Promoção da Saúde
Mantém-se a prática, de há longo instituída, de promover estilos de vida saudáveis junto daqueles
que são observados em exames de saúde no âmbito da Medicina do Trabalho.
A Consulta de Medicina do Viajante integra-se, também, na área da promoção da saúde pois que permite
antecipar e prevenir riscos em que os trabalhadores da UC incorrem quando se deslocam para fora de
Portugal.
Protocolos e Prestação de Serviços
No âmbito dos protocolos celebrados foi disponibilizada formação de 73 alunos do 9º ano da
Escola Secundária José Falcão em “Suporte Básico de Vida”, tendo a Escola, como contrapartida,
disponibilizado formação em inglês a trabalhadores dos SASUC.
No âmbito dos protocolos celebrados com entidades do Grupo UC para a prestação de serviços
de Medicina do Trabalho, foram realizados exames a 72 trabalhadores.
149 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
PESSOAS
A Divisão Administrativa, Financeira e de Recursos Humanos, através do Núcleo de Gestão de
Recursos Humano (NGRH), exerce as suas atribuições nos domínios da gestão das pessoas que colaboram
nos SASUC.
Constituída por 6 (seis) trabalhadores, a equipa do NGRH, durante o ano 2016 e no sentido de
prosseguir a missão dos SASUC, conforme o Plano Estratégico da UC, o Plano de Ação dos SASUC para
2015-2019 e os normativos legais em vigor, deu continuidade às orientações superiores, consolidando as
políticas de valorização das pessoas, das suas competências, acolhimento dos seus contributos,
reconhecendo os melhores talentos para cada posto de trabalho, ajustando, quando necessário, os métodos
de trabalho e a dimensão das equipas.
Nesse sentido, na orientação e coordenação da atividade desenvolvida pelo NGRH, foram
privilegiados: a consolidação na organização e distribuição do trabalho dentro da equipa; a aproximação e
alinhamento com os procedimentos comuns à UC; o incentivo à formação profissional e reconhecimento
da autoformação dos trabalhadores.
Sem prejuízo do cariz transversal do trabalho realizado pelos elementos da equipa do NGRH, o
ano foi pautado pela aposta na especialização e na otimização de cada um dos colaboradores na execução
de tarefas específicas, também em consequência da alteração do dirigente da DAFRH, ocorrida em
setembro de 2016.
A gestão técnica e administrativa dos recursos humanos não se esgota na aplicação das Leis
Laborais, mas apresenta em relação a estas uma elevada exigência de aplicação atempada, face às
implicações, quer na esfera jurídica das relações de emprego, quer nos efeitos sobre o estatuto
remuneratório e na carreira contributiva dos trabalhadores. Assim, os normativos legais e as orientações
do poder central, porque frequentes, são os que implicam maior sobrecarregada de atividade do NGRH
para a sua aplicação, no cumprimento dos prazos legalmente definidos.
No ano de 2016, pelo impacto no trabalho desenvolvido, destacam-se:
• A atualização da remuneração mínima mensal garantida de 505,00€ para 530,00€, decorrente da
aplicação do Decreto-Lei n.º 254-A/2015, de 31 de dezembro, com efeitos a 1 de janeiro de 2016;
• Reposição dos feriados, decorrente da aplicação da Resolução da Assembleia da República n.º
15/2016, de 25 de janeiro e da subsequente alteração ao Código do Trabalho, introduzida pela Lei
n.º 8/2016, de 1 de abril;
• Extinção da redução remuneratória, nos termos da Lei n.º 159-A/2015, de 30 de dezembro,
progressivamente eliminada ao longo do ano de 2016, com reversões trimestrais, nos seguintes
termos:
a) Reversão de 40 % nas remunerações pagas a partir de 1 de janeiro de 2016;
b) Reversão de 60 % nas remunerações pagas a partir de 1 de abril de 2016;
c) Reversão de 80 % nas remunerações pagas a partir de 1 de julho de 2016;
d) Eliminação completa da redução remuneratória a partir de 1 de outubro de 2016.
• Implementação das 35 horas como período normal de trabalho, com efeitos a 1 de julho de 2016,
nos termos do disposto na Lei n.º 18/2016, de 20 de junho.
Tais alterações exigiram um esforço na adaptação das regras e dos sistemas informáticos utilizados
na gestão de assiduidade, horários de trabalho e processamento de vencimentos.
Em 2016 continuou a ser colocado grande enfoque no reforço das competências dos trabalhadores,
tendo sido incentivada a participação em ações de formação pelos trabalhadores dos SAS, o que resultou
num total de 1 401 horas de participação em eventos de formação.
Por outro lado, o Mapa de Pessoal constitui-se como o instrumento fundamental de planeamento
e gestão estratégica de recursos humanos, permitindo uma visão integrada e dinâmica desses mesmos
recursos, contribuindo para uma cultura organizacional orientada para o serviço público, de acordo com
critérios de racionalização e transversalidade. A sua elaboração decorre da aplicação dos artigos 28.º e 29.º
da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, aprovado pela Lei n.º 35/2014 de 20 de junho, em matéria
de planeamento e gestão dos Recursos Humanos: “Os órgãos e serviços preveem anualmente o respetivo
151 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
mapa de pessoal, tendo em conta as atividades, de natureza permanente ou temporária, a desenvolver
durante a sua execução."
Assim, o Mapa de Pessoal dos SASUC contém a indicação do número de postos de trabalho
necessários para o cumprimento dos objetivos da organização, caracterizados em função das atividades e
competências dos seus titulares. Aprovado pelo Reitor da UC em 04/01/2016, o Mapa de Pessoal dos
SASUC para 2016, prevê 484 postos de trabalho, dos quais 10 são cargos de direção e 3 em regime de
tempo parcial.
Ainda que a 30 de junho de 2014 tenha formalmente terminado o Programa de Assistência
Económica e Financeira (PAEF) à República Portuguesa, a Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março, que aprovou o
Orçamento de Estado para 2016, veio permitir a admissão de pessoal para o setor público, sob condições.
O n.º 1 do artigo 26.º do OE de 2016 refere: “No quadro das medidas de estímulo ao reforço da autonomia das
instituições de ensino superior e do emprego científico jovem, as instituições de ensino superior públicas podem
proceder a contratações, independentemente do tipo de vínculo jurídico que venha a estabelecer-se, desde que as
mesmas não impliquem um aumento do valor total das remunerações dos trabalhadores docentes e não docentes
e investigadores e não investigadores da instituição em relação ao maior valor anual dos últimos três anos, acrescido
das alterações remuneratórias previstas no artigo 2.º da Lei n.º 75/2014, de 12 de setembro, e no artigo 2.º da Lei
n.º 159-A/2015, de 30 de dezembro.” (O sublinhado é nosso).
Nestes termos, decorrente das necessidades sentidas por trabalhadores qualificados,
designadamente para a carreira e categoria de Técnico Superior, e da política de gestão de recursos
humanos implementada nos SASUC em áreas estratégicas, como a área financeira, os serviços de
alimentação, os serviços de saúde e os serviços de alojamento, em 2016 iniciaram-se procedimentos
concursais para preenchimento de 3 postos de trabalho, na carreira e categoria de Técnico Superior, por
forma a obviar aquelas fragilidades, dando continuidade a um processo desencadeado em finais de 2015,
visando a ocupação de um lugar de Técnico Superior Jurista, vago na altura por aposentação da titular.
No âmbito do Programa de Contrato de Emprego e Inserção do IEFP, os beneficiários das
prestações de desemprego, inscritos nos centros de emprego podem realizar trabalho, designado por
socialmente necessário, quando exercido em entidades públicas que satisfaçam necessidades sociais.
Durante o ano de 2016, cerca de 4 dezenas de beneficiários da prestação de desemprego, inscritos no IEFP,
ao abrigo dos contratos CEI, tiveram oportunidade de integrar as equipas de trabalho dos SASUC, no
sentido de fomentar o contacto com outros trabalhadores e atividades, evitando o risco do seu isolamento,
desmotivação e marginalização.
Ainda no âmbito da responsabilidade social dos SASUC para com o emprego, durante o ano de
2016 foi dada especial relevância aos jovens recém-licenciados da UC e de outros estabelecimentos de
ensino da cidade, proporcionando-lhes estágios profissionais, curriculares ou de verão, ao abrigo dos
diferentes programas de estágio em vigor na UC.
CARATERIZAÇÃO DE RH EM 2016
O Balanço Social é elaborado nos termos estabelecidos no Decreto-Lei n.º 190/96, de 9 de outubro
e das orientações anualmente disponibilizadas pela Direção Geral da Administração e do Emprego Público
– DGAEP, constituindo-se como o instrumento privilegiado de planeamento e de gestão dos Recursos
Humanos dos serviços e organismos. Deste modo, o Balanço Social apresenta um conjunto de indicadores
sociais que nos permitem caracterizar os recursos humanos dos SASUC no ano de 2016. O tratamento
estatístico que seguidamente se apresenta, contempla os trabalhadores em exercício efetivo de funções a
31 de dezembro de 2016, com relação jurídica de emprego público, excluindo as ausências superiores a 6
meses, conforme metodologia inerente ao reporte do Balanço Social.
Assim, em 31 de dezembro de 2016, os recursos humanos efetivos dos SAS com relação jurídica
de emprego público ascendiam a 412 pessoas, - Quadro 5.1.
N.º Recursos Humanos Variação
2015 2016 Abs. %
Efetivos 419 412 -7 -1,67
Ausências superiores
a 6 meses 6 3 -3 -100,00
Total 425 415 -10 -2,41
Quadro 5.1 Número de recursos humanos em 2016, em comparação homóloga com 2015
Dos 412 trabalhadores registados, 403 (97,82%) estão vinculados através do Contrato de Trabalho
em Funções Públicas (CTFP). A Comissão de Serviço (CS) constitui o vínculo dos restantes 9 colaboradores,
portanto, 2,18%. O gráfico da figura 5.1. ilustra a distribuição, por género e por categoria dos trabalhadores.
Para melhor leitura do gráfico utilizaram-se as seguintes abreviaturas para identificação das categorias
profissionais:
• DS2G – Direção Superior de 2.º Grau
• DI1G – Direção Intermédia de 1.º Grau
• DI2G – direção Intermédia de 2.º Grau
• TS – Técnico Superior
• INF – Informático
• AT – Assistente Técnico
• AO – Assistente Operacional
• EDU – Educador de Infância
• TDT – Técnico de Diagnostico e Terapêutica
• CG - Clínico Geral
153 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Figura 5.1- Distribuição de recursos humanos por género e categoria
Na figura 5.2 apresenta-se a distribuição dos trabalhadores, por escalão etário e género dos 412
trabalhadores dos SAS em 2016. Realça-se a maior representatividade dos escalões etários 40-49 e 50-59
anos e do género feminino com um valor de 66,51%.
Figura 5.2- Distribuição etária e por género dos trabalhadores dos SAS em 2016
Nos escalões etários de 40-49 e de 50-59 a expressão do género feminino é bastante mais
significativa, (219 trabalhadores do género feminino o que corresponde a 53,16% do total de trabalhadores
e 100 trabalhadores do género masculino); nos restantes escalões há uma menor disparidade entre os
géneros.
Apresentam-se seguidamente outros indicadores relevantes para a caracterização dos
trabalhadores:
1 1 2
2333
204
7 2 11 3 110 3
17
102
10
30
60
90
120
150
180
210
DS2G DI1G DI2G DI3G TS INF AT AO EDU TDT CG
Mulheres Homens
26
121
98
26
3
15
65
38
20
0
>=60
50-59
40-49
30-39
=<29
Mulheres Homens 33,49% 66,51%
• Leque etário – 2,3129
67
idosomenosrtrabalhadodoIdade
idosomaisrtrabalhadodoIdade
Isto é, a idade do trabalhador mais idoso é 2,31 vezes superior à do trabalhador mais jovem.
Em 2015 o indicador era de 2,36.
• Idade média – 46,65412
45720
Efetivos
restrabalhadoIdades
A idade média dos trabalhadores é de 46,65 anos. Em 2015 o valor era de 49,08.
• Índice de envelhecimento – 30,34100412
125100
restrabalhadodeTotal
anos55idadecomrestrabalhadoN.º
A taxa de envelhecimento geral dos SASUC em 2016 era de 30,34%. Daqui resulta que 30,34% dos
colaboradores tem idade igual ou superior a 55 anos. Em 2015 este indicador apresentava o valor
de 29,12%. Regista-se uma tendência de envelhecimento dos colaboradores dos SASUC.
• Índice de tecnicidade - ,411100412
47100
restrabalhadodeTotal
SuperioresTécnicosN.º1
Este conceito procura medir o relevo dos trabalhadores dotados de habilitações técnicas no
universo dos efetivos. Para efeitos de cálculo deste indicador consideramos: Técnicos Superiores,
Informáticos, Educadores de Infância, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica e Clínico Geral. O
valor 11,41% indica que por cada 100 trabalhadores menos de 12 têm habilitações técnicas
superiores.
ADMISSÕES E SAÍDAS
O quadro abaixo apresenta as variações ocorridas nas movimentações de efetivos, descriminadas
por tipologia, salientando-se o n.º de saídas por aposentação, que foi de 10 trabalhadores – Quadro 5.2.
Quadro 5.2 Descrição das movimentações de efetivos em 2016 por tipologia
MOTIVO
Com Impacto no n.º efetivos Outras Situações Total
Admissões/
Regressos Saídas
Admissões/
Regressos Saídas
Admissões/
Regressos Saídas
Aposentação 10 10
Ausência superior a 6 meses 8 5 8 5
Comissão de Serviço 2 2 2 2
Denúncia de Contrato 1 1
Falecimento 1 1
Mobilidade intercarreiras 2 2 2 2
Mobilidade UC/SASUC 1 1 1 1
Recrutamento (Proc.
Concursal) 1 1
Regresso carreira origem 1 1
Total 13 20 2 2 15 22
155 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Dos movimentos indicados no quadro acima enumeram-se os seguintes, pela relevância:
• Provimento do lugar de direção Intermédia de 2.º Grau da Divisão de Compras e Logística em
01/03/2016
• Provimento do lugar de direção intermédia de 2.º grau da Divisão Administrativa, Financeira e de
Recursos Humanos em 12/09/2016;
• Regresso em 01/01/2016 de um trabalhador, em regime de mobilidade na Universidade de
Coimbra;
• Início de um contrato de mobilidade de uma trabalhadora na Universidade de Coimbra a
01/04/2016;
• Falecimento de uma trabalhadora em 02/09/2016;
• Recrutamento de um Técnico Superior na área de enfermagem, com ocupação do posto de
trabalho em 12/09/2016.
No âmbito da política de contratações para renovação dos efetivos dos SASUC e do provimento
dos lugares de direção intermédia, durante o ano de 2016 há registo dos procedimentos concursais
elencados no Quadro 5.3.
Referência Descritivo Situação em
31/12/2016
P01-SSGST-2015
Procedimento Concursal Comum para ocupação de um posto de trabalho da carreira e categoria de Técnico Superior na Área de
Enfermagem, na modalidade de contrato de trabalho em funções
públicas por tempo indeterminado; Aviso n.º 14021/2015, publicado na
2.ª série do Diário da República, n.º 234, de 30 de novembro
Concluído
P02-AJGAG-2015
Procedimento Concursal Comum para recrutamento de um Técnico Superior, na área de Direito, em regime de Contrato de Trabalho em
Funções Públicas por Tempo Indeterminado; Aviso n.º 14589/2015,
publicado na 2.ª série do Diário da República, n.º 244 de 15 de dezembro
Concluído;
Improcedente
P03-DCL-2015
Procedimento concursal para seleção e provimento de cargo de direção
intermédia de 2.º grau - Chefe de Divisão de Compras e Logística; Aviso n.º 14927/2015, publicado na 2.ª série do Diário da República, n.º 248, de
21 de dezembro
Concluído
P01-AJGAG-2016
Procedimento Concursal Comum para recrutamento de um Técnico
Superior, na área de Direito, em regime de Contrato de Trabalho em
Funções Públicas por Tempo Indeterminado; Aviso n.º 4529/2016,
publicado na 2.ª série do Diário da República, n.º 65 de 4 de abril
A decorrer
P02-SSGST-2016
Procedimento concursal para seleção e provimento de cargo de direção
intermédia de 2.º grau - Chefe de Divisão dos Serviços de Saúde e de
Gestão da Segurança no Trabalho; Aviso n.º 11635/2016, publicado na 2.ª
série do Diário da República, n.º 183, de 22 de setembro
A decorrer
P03-DAFRH-2016
Procedimento concursal para seleção e provimento de cargo de direção
intermédia de 2.º grau - Chefe de Divisão Administrativa, Financeira e de
Recursos Humanos; Aviso n.º 6368/2016, publicado na 2.ª série do Diário
da República, n.º 97, de 19 de maio
Concluído
P04-DA-2016
Procedimento concursal para seleção e provimento de cargo de direção
intermédia de 2.º grau - Chefe de Divisão de Alimentação; Aviso n.º
13475/2016, publicado na 2.ª série do Diário da República, n.º 209, de 31
de outubro
A decorrer
P05-NADAI-2016
Procedimento Concursal Comum para recrutamento de um Técnico
Superior, na área de Serviço Social, em regime de Contrato de Trabalho
em Funções Públicas por Tempo Indeterminado; Aviso n.º 30/2017,
publicado na 2.ª série do Diário da República, n.º 1 de 2 de janeiro
A decorrer
Quadro 5.3 - Procedimentos concursais relevantes no ano de 2016
ABSENTISMO
A Lei n.º 8/2016, de 1 de abril, que procedeu à décima alteração ao Código do Trabalho, aprovado
pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, aplicável aos trabalhadores com contrato de trabalho em funções
públicas, veio restabelecer como feriados nacionais obrigatórios os dias: 1 de janeiro, sexta-feira Santa,
domingo de Páscoa, 25 de abril, 1 de maio, Corpo de Deus, 10 de junho, 15 de agosto, 5 de outubro, 1 de
novembro, 1, 8 e 25 de dezembro.
Como consequência, o n.º de dias úteis de trabalho em 2016 foi de 250, quando em 2015 aquele
número de dias havia sido de 255.
Considerando que o índice de absentismo é calculado através dos seguintes parâmetros:
5,1510096891
732,924100
istrabalhávediasdeTotal
faltasdeN.º
Assim, ainda que o n.º total de faltas de 2016 seja inferior em 4,60% às faltas registadas em 2015, a
taxa de absentismo, em 2016, sofreu acréscimo face ao ano anterior, ultrapassando o valor dos 5% –
Gráfico 5.3.
Gráfico 5.3 Evolução do indicador ‘taxa de absentismo’ entre 2011 e 2016
Analisando a tipologia de faltas subjacente ao absentismo, verifica-se, em 2016, maior prevalência de
faltas por doença (2 577,52 dias) e das ausências por motivos de acidentes de serviço (584,08 dias) –
Gráfico 5.4.
6,80%
5,50%5,10%
4,30%
4,90%5,15%
0,00%
1,00%
2,00%
3,00%
4,00%
5,00%
6,00%
7,00%
8,00%
2011 2012 2013 2014 2015 2016
157 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Gráfico 5.4 Distribuição do n.º de dias de faltas dos trabalhadores dos SAS por tipologia, em 2015/2016
Comparando os dados de 2016 com os de 2015, sublinha-se a diminuição global do número de
faltas, em cerca de 228 dias (-4,6%). Contribuíram para esta diminuição a redução significativa das faltas por
motivos de doença (-16,9%) e as faltas por assistência familiar (-22,8%). O tempo dedicado a formação
reduziu também em -22,80%.
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
A avaliação de desempenho dos trabalhadores sujeitos à aplicação do SIADAP 3, nos termos da
Lei vigente, processa-se em ciclos de biénios. O ano de 2016 integra o ciclo avaliativo 2015/2016 pelo que
não há situações a reportar, dado que o processo inerente à atribuição de classificações tem o seu
desenvolvimento após o mês de janeiro de 2017.
ACOLHIMENTO DE ESTÁGIOS
Na categoria dos estágios curriculares, enquadram-se os estágios académicos – promovidos por
instituições de ensino superior, no âmbito de programas curriculares conducentes à atribuição de grau
académico; e os estágios profissionalizantes – formações práticas em contexto de trabalho, entendidas
enquanto módulos integrados na estrutura curricular de cursos de educação e formação de jovens e adultos,
cursos profissionais e outros cursos conducentes a qualificações profissionais de níveis II a IV.
Na categoria dos estágios extracurriculares, compreendem-se os estágios promovidos pelos SAS
e realizados como complemento de uma qualificação pré-existente, através de formação e experiência
prática em contexto laboral, enquadráveis no Regulamento de Bolsas Diversas da UC (Cf. Despacho n.º
2746/2005, de 4 de fevereiro, publicado no Diário da República n.º 25, Série II).
Durante o ano de 2016, os SAS acolheram 28 estágios nas diferentes modalidades.
2 5
77,5
2
584,0
8
48,0
0
574,1
1
471,0
0
234,1
7
225,5
4
18,5
0
3 1
00,5
0
433,0
0
17,0
0
748,5
0
197,0
0
303,2
5
157,6
9
3,2
2
0
500
1 000
1 500
2 000
2 500
3 000
3 500
2016 2015
No que concerne a estágios extracurriculares, em 2016 foram acolhidos 15 estagiários ao abrigo
do Regulamento de Bolsas Diversas da UC, distribuídos pelas seguintes Unidades Orgânicas dos SAS:
• 9 Núcleo Financeiro
• 4 Gabinete de Apoio à Gestão
• 1 Divisão de Compras e Logística
• 1 Gabinete de Sistemas Informáticos e de Informação
Em 31/12/2016 estavam concluídos 8 dos estágios, sendo que se prologaram para o ano de 2017
os restantes sete.
Quanto aos demais estágios que foram acolhidos no âmbito de protocolos firmados entre os SAS
e entidades externas à UC, em 2016 verificou-se a seguinte situação – Quadro 5.4.
Tipo de Estágio
N.º
Estagiários/ Fase
Curso Instituição
Proveniência
Duração (Hor
as)
UO SAS Acolhimento
CURRICULARES (Académicos)
1/Concluído Comunicação Organizacional
Instituto Politécnico de Coimbra – Escola
Superior de Educação
440 Gabinete de Apoio à
Gestão
CURRICULARES (Profissionalizantes)
1/Concluído Administração ACAPO 528 Divisão de Acolhimento e
Integração - Núcleo de
Integração Acolhimento
3/Concluídos Dietética Instituto Politécnico de Leiria/ Escola Superior de Saúde de Leiria
240 Divisão Alimentação -
Gabinete de Nutrição e Controle Alimentar
1/Concluído
Acompanhamento de
processos de atribuição de benefícios sociais a
alunos da UC
Novotecna 420 Divisão de Acolhimento e
Integração - Núcleo de bolsas
1/Concluído Curso Vocacional de Mesa nível II
Escola Secundária Jaime Cortesão
210 Divisão de Alimentação
Quadro 5.4 Estágios no âmbito de protocolos firmados entre os SAS e entidades externas à UC, em 2015
Além destes estágios curriculares, acolhidos no âmbito de protocolos firmados com entidades
externas à UC, identificam-se ainda:
• Um estágio curricular no âmbito de Protocolo com a Faculdade Farmácia, relativo ao Mestrado
em Segurança Alimentar, acolhido no Gabinete de Inspeção Higiossanitária (em curso a
31/12/2016);
• 3 Estágios de Verão (2 com duração de 152 horas, acolhido nos SSGST e 1 com duração de 39
dias na DSAE), promovidos pelo Gabinete de Saídas Profissionais da UC.
• 2 Estágios relativos ao Programa de bolsas de Estágio Santander Universidades, acolhidos, um no
Gabinete de Apoio à Gestão e o outro no Núcleo de Manutenção e Conservação.
159 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Sendo a formação considerada o alicerce de excelência no reforço de competências dos
trabalhadores, dentro das disponibilidades de oferta formativa e considerando as especificidades da
formação a adequar designadamente ao universo dos trabalhadores das unidades alimentares, procurou-se
proporcionar o máximo de formação aos trabalhadores dos SASUC.
Grande parte da formação profissional disponibilizada aos trabalhadores dos SASUC, foi promovida
pelos próprios SASUC, com recurso a técnicos/as internos/as, em áreas estratégicas. Além desta formação,
realça-se ainda, a formação decorrente de protocolos com entidades que se tem revelado uma mais-valia
para os SASUC e, sem qualquer acréscimo de encargos, por esse motivo vai considerada também como
formação interna.
Em 2016 registou-se a participação de trabalhadores dos SASUC em 10 ações de formação interna,
que abrangeram 208 participações. A formação externa contou com 21 ações, que abrangeram 41
participações. Contabilizaram-se, no total, 249 participações em ações de formação, correspondentes a
1 401:00 horas – Quadro 5.5.
Com base nos números suprarreferidos podemos concluir, que do total de trabalhadores dos SAS,
60,44% participaram em ações de formação, valor correspondente ao rácio entre o n.º dos trabalhadores
que participaram em ações de formação e o total dos trabalhadores em exercício de funções a 31/12/2016:
,44100412
249100
restrabalhadodeTotal
formação ações emtesparticipanresTrabalhadoN.º60
Participação em
ações de formação
N.º de
Horas
Internas 208 902:30
Formação SASUC 182 572:00
Plano Formação UC 12 110:00
Formação Protocolos 14 220:30
Externas 41 498:30
TOTAL 250 1 401:00
Quadro 5.5 Participações em formações em 2016, por tipologia e número de horas
No quadro abaixo elencam-se, por tipologia, as ações de formação consideradas internas, efetuadas
com o esforço extra dos trabalhadores dos SASUC, com qualificação para o efeito e que desencadearam
essas ações, evolvendo 208 participações. Regista-se também o estabelecimento de protocolos com outras
instituições em que uma das contrapartidas foi formação, não havendo assim um encargo direto para os
SASUC, designadamente o curso de formação de Inglês para atendimento – Quadro 5.6.
Designação da formação interna Participações Horas
Formação promovida pelos SAS
Horizontes da Ação Social no Ensino Superior 40 320:00
Boas práticas de higiene e gestão de circuitos dos Serviços de
Catering 65 130:00
Higiene dos manipuladores, comportamento pessoal e higiene das
mãos 27 27:00
Minorsal - Saúde 6 12:00
Mise-en-Place 34 68:00
Utilização da Aplicação Informática RT 10 15:00
Subtotal 182 572:00
Plano de Formação UC
I Congresso Inter. De Interv. Social, Inovação e Empreendorismo 3 48:00
Projeto Especial Imagem, Media e Comunicação 1 06:00
Sistema de Normalização Contabilística para a Administração
Pública 8 56:00
Subtotal 12 110:00
Formação Protocolos
Inglês para Atendimento 14 220:30
Subtotal 14 220:30
TOTAL 208 902:30
Quadro 5.6 Ações de formação interna
Estas ações de formação decorreram das oportunidades identificadas para melhoria do atendimento
disponibilizado pelos SASUC à comunidade UC, nomeadamente em setores com elevada componente de
atendimento ao público, como a alimentação, alojamentos, serviços de saúde e oferta integrada de serviços.
Neste âmbito, destacam-se as formações promovidas em atendimento/comunicação e em inglês, bem como
as formações dinamizadas pelo GSII visando a melhoria da utilização da ferramenta de gestão de
comunicações eletrónicas (RT).
161 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
ÁREA FINANCEIRA
Os processos de natureza financeira são geridos no âmbito das competências do Núcleo
Financeiro, (que assegura as competências do Núcleo de Património) e da Tesouraria, núcleos orgânicos da
Divisão Administrativa, Financeira e de Recursos Humanos (DAFRH), na dependência da Direção de
Serviços de Suporte à Atividade dos SAS.
A área financeira, pela sua posição no processo de decisão dentro da instituição, é uma área
estratégica dos SAS e, como tal, no ano em análise, deu-se continuidade ao conjunto de ações e esforços
iniciados nos anos transatos, com vista à melhoria dos processos e procedimentos e, consequentemente,
na melhoria da qualidade da informação para gestão.
Tratando-se de uma área de atuação muito regulamentar e sujeita a normas e procedimentos, o
trabalho diário é assegurado por uma equipa de 12 colaboradores, 8 dos quais adstritos ao Núcleo
Financeiro e 4 afetos à Tesouraria, tendo esta dois postos de atendimento.
Em 31/12/2016, aqueles(as) trabalhadores(as) distribuam-se pelas seguintes categorias profissionais:
• 2 Coordenadores Técnicos
• 9 Assistentes Técnicos
• 1 Técnico Superior
Sempre que necessário e no âmbito da elaboração de relatórios e do reporte de informação com
caráter técnico-financeiro, a área financeira é coadjuvada pela colaboração de uma trabalhadora com a
categoria de Técnico Superior, afeta à Direção de Serviços de Suporte à Atividade.
Na gestão da equipa do NF continuou-se com a reorganização e distribuição do trabalho,
promovendo a polivalência e a rotatividade das tarefas.
Das unidades orgânicas dos SAS, o NF é aquele que mais oportunidades de estágio tem
proporcionado a jovens recém-licenciados da UC e de outros estabelecimentos de ensino superior da
região, nomeadamente do Instituo Superior de Contabilidade de Coimbra.
Durante o ano de 2016 os SAS deram oportunidade a 9 estagiários de integrarem a equipa do NF,
ao abrigo do programa de bolsas diversas da UC. Apesar do esforço desenvolvido no acompanhamento
destes estágios, as mais-valias recíprocas são relevantes. Para os estagiários, já que têm oportunidade de
colocar em prática os ensinamentos teóricos; para o serviço, que colhe informação relevante e atual,
servindo o contacto entre trabalhadores e estagiários como formação on the job.
Quanto à atividade desenvolvida em 2016, para além das tarefas inerentes à área financeira e do
cumprimento do reporte de informação dentro do calendário legalmente exigido pelas múltiplas entidades
externas: Ministério da Tutela e das Finanças, através da DGO e do Instituto de Gestão Financeira da
Edução, ao Tribunal de Contas, à Autoridade Tributária, à Segurança Social, aos órgãos de gestão da UC,
destacamos o seguinte:
• Em articulação com o Gabinete de Sistema de Informática e de Informação, pelo elevado impacto
na qualidade e rigor da escrituração das contas correntes de clientes, relevadas contabilisticamente:
- Consolidação da integração dos processos de receita dos Serviços de Alojamento na
aplicação GIAF;
- Integração do processo de gestão da receita dos Serviços de apoio à Infância no sistema
de informação GIAF;
- Integração do processo de gestão da receita dos Serviços de Saúde.
• Trabalho conjunto com a Divisão de Aconselhamento e Integração, Serviços de Saúde, Serviços
de Apoio à Infância e Gabinete Jurídico, na identificação, escrituração e cobrança de créditos
referentes a serviços não cobrados em anos anteriores;
• Entre os meses de maio e julho, foi efetuado o levantamento junto de todas as unidades
alimentares dos procedimentos existentes ao nível do registo e circuito da receita. Desta ação,
promovida e liderada in loco pela Diretora dos Serviços de Suporte à Atividade, resultou a
elaboração das Informações internas n.º 21/DSSA/2016 e 22/DSSA/2016, conducentes à aprovação
dos novos “Princípios orientadores do circuito da receita das unidades alimentares e do
manuseamento dos fundos fixos de caixa”;
163 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
• No seguimento da ação referida no ponto anterior, no final de 2016, foram preparadas e
inventariadas um conjunto de ações e medidas, a concluir em 2017, que visam a alteração dos
processos e procedimentos com incidência na área financeira, em especial na Tesouraria e com as
quais se pretende uma melhoria na qualidade e celeridade dos registos contabilísticos, eliminando
as fragilidades identificadas.
Por último, mas não menos importante e considerando que se aproxima a data legal para entrada
em vigor do novo quadro contabilístico definido no âmbito do Sistema de Normalização Contabilística para
as Administrações Públicas, em 2016, os colaboradores do NF tiveram oportunidade de frequentar ações
de formação sobre o assunto, no total de 8 participações e 56:00 horas.
165 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
COMPRAS, LOGÍSTICA E MANUTENÇÃO
A Divisão de Compras e Logística (DCL) integra a Direção de Serviços de Suporte à Atividade e,
no âmbito das competências que lhe estão atribuídas pelo Regulamento Orgânico dos SAS, assegura a gestão
dos processos de compras, de logística e distribuição, bem como a manutenção preventiva e corretiva de
edifícios e equipamentos geridos pelos SAS. Compreende na sua estrutura três núcleos: Núcleo de
Compras, Núcleo de Logística e Núcleo de Manutenção e Conservação.
Em 31/12/2016 a DCL contava com 33 colaboradores, distribuídos pelas seguintes categorias
profissionais e respetivos núcleos de afetação:
• 1 Dirigente intermédio de 2.º grau, que chefia a Divisão
• Núcleo de Compras:
• 1 Coordenador Técnico
• 4 Assistentes Técnicos
• 1 Assistente Operacional
• Núcleo de Logística:
• 3 Assistentes Técnicos
• 9 Assistentes Operacionais, dos quais, um Encarregado Operacional
• Núcleo de Manutenção e Conservação:
• 1 Técnico Superior
• 1 Assistente Técnico
• 12 Assistentes Operacionais, dos quais 2 Encarregados Operacionais
7.1. COMPRAS E LOGÍSTICA
A primeira competência enunciada no Regulamento Orgânico dos SAS, relativa ao Núcleo de
Compras determina que este Núcleo deve “assegurar o levantamento e o planeamento das necessidades
de aquisição dos bens e serviços necessários ao funcionamento dos diversos serviços, bem como a
organização e submissão a decisão superior dos respetivos procedimentos de contratação relativos à
aquisição desses bens e serviços, de acordo com as normas em vigor”.
De facto, nos últimos anos, incluído o ano de 2016, tem sido efetuado um esforço no sentido da
centralização das compras e da agregação de necessidades, pelo que um aumento de 35%, comparativamente
a 2015, do número de procedimentos realizados é disso evidência. Foram efetuados mais 179 processos,
ainda que este acréscimo resulte, essencialmente, do aumento do número de procedimento de ajuste direto
simplificado.
Este aumento ficou a dever-se à dinâmica implementada no Núcleo de Manutenção e Conservação,
através de uma gestão e acompanhamento muito próximos, por forma a dar a melhor resposta às
solicitações existentes, com o intuito de reduzir os tempos de espera.
Considerando que o plano de manutenção é, ainda, insipiente e/ou inexistente, não estando
devidamente implementado, nem existindo um levantamento exaustivo sobre a tipologia de equipamentos
existentes nas diferentes infraestruturas dos SASUC, houve necessidade de propor o tipo de procedimento
ajuste direto simplificado, para uma resposta rápida aos pedidos existentes. A maioria dos equipamentos
são fundamentais ao normal funcionamento dos serviços, pelo que a sua inoperância inviabiliza a atividade
regular dos setores.
Não obstante isso, pretende-se, em 2017, implementar e consolidar uma estratégia de manutenção
preventiva, com recurso à catalogação de todos os equipamentos existentes, para acentuar a estratégia de
atuação do NMC mais na prevenção e menos correção dos problemas que vão surgindo.
Apesar de em 2015, ter sido criado um armazém para o NMC, destinado à stockagem dos materiais
mais utilizados nas manutenções curativas, o mesmo ainda se encontra em fase de adaptação às reais
necessidades dos edifícios e equipamentos dos SASUC. Reitera-se a necessidade de um plano de
manutenção preventiva devidamente desenhado, no seguimento de um levantamento rigoroso da tipologia
de materiais necessários, atendendo à diversidade da construção dos edifícios afetos aos SASUC, bem como,
o levantamento da tipologia dos equipamentos utilizados, em particular nas Residências Universitárias e nas
Unidades Alimentares. Espera-se no ano de 2017 concluir um levantamento exaustivo, nomeadamente, dos
equipamentos de frio de tipo doméstico, existentes nas Residências Universitárias, por forma a acautelar a
sua manutenção preventiva.
167 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
A) Núcleo de compras
O Núcleo de Compras levou a cabo a elaboração de 689 procedimentos entre Concursos Públicos
Internacionais, Concursos Públicos Nacionais, Ajustes Diretos e Ajustes Diretos Simplificados, sempre
pautado pelo estrito cumprimento do Código dos Contratos Públicos.
Na sequência da alteração da plataforma informática que serve de base à contratação pública (com
exceção dos ajustes diretos simplificados) procedeu-se à restruturação da equipa de compras, com o
envolvimento de outros colaboradores neste processo. Efetuou-se, também, algum trabalho relativo à
melhoria na organização dos processos internos, que esperamos consolidar durante o ano de 2017.
O quadro seguinte resume o n.º de procedimentos de acordo com a designação prevista no Código da
Contração Pública, realizados em 2016, comparativamente ao no de 2015 – Quadro 7.1.1
Tipo de Procedimento N.º Procedimentos
2016 2015 Var (abs.) Var (%)
Ajustes Diretos 118 107 11 10%
Ajustes Diretos Simplificados 556 309 247 80%
Concursos Públicos 8 5 3 60%
Concursos Públicos Internacionais 3 5 -2 -40%
Concursos Públicos Urgentes 4 2 2 100%
Contratação excluída 0 1 -1 -100%
Total 689 510 179 35%
Quadro 7.1.1 Distribuição dos procedimentos, por tipologia, em 2015 e 2016
O aumento dos procedimentos de Concurso Público Urgente, na sequência da elaboração de três
concursos públicos internacionais, relativos à aquisição de Géneros alimentares, ficou a dever-se ao facto
de os preços levados a concurso estarem um pouco desfasados da realidade do mercado, tendo resultado
daí um aumento deste tipo de procedimentos no ano de 2016.
No que diz respeito às Empreitadas, tal como se havia verificado em 2015, houve um acréscimo de
18%, resultante da constante preocupação de renovação e inovação dos espaços dos SASUC, para
podermos prestar um serviço cada vez melhor à Comunidade Universitária.
Quanto ao objeto contratual dos procedimentos realizados em 2016, destaca-se o acréscimo
significativo do número de procedimentos relacionados com a aquisição de bens, mais 174 do que em 2015,
de acordo com o Quadro 7.1.2.
Objeto N.º Procedimentos
2016 2015 Var (abs.) Var (%)
Aquisição de bens 474 311 174 56%
Bens Alimentares 109 68 41 60%
Outros Bens 365 244 132 50%
Prestação de Serviços 202 187 15 8%
Empreitadas 13 11 2 18%
Total 689 510 364 35%
Quadro 7.1.2 Distribuição dos procedimentos, por objeto contratual, em 2014 e 2015
B) Núcleo de Logística
O Núcleo de Logística sofreu algumas alterações durante o ano de 2016, com vista à sua melhoria
contínua. Verificou-se uma reorganização do espaço do armazém de géneros alimentares, tendo sido
retirados das paletes, e acondicionados em prateleiras, todos os artigos passíveis de estarem arrumados
dessa forma.
Com esta medida, conseguiu-se imprimir ao espaço um aspeto mais cuidado e arrumado, o que se
reflete nos tempos de aviamento dos artigos, bem como, numa melhor circulação de pessoas e bens. Foram
substituídas a maioria das paletes de madeira, optando-se por colocar paletes de plástico, por serem mais
facilmente higienizáveis e adequadas a espaços onde são armazenados bens alimentares.
Foi, também, retirada toda a área de apoio técnico do interior do armazém de géneros alimentares,
área essa que não se encontrava fechada, e devidamente delimitada, por se considerar não ser adequada
esta partilha de espaços, sendo que os colaboradores foram instalados na área de receção do Armazém
Central. Nesta zona encontrava-se a máquina de vending que foi colocada no refeitório. O relógio de ponto
também foi mudado da entrada do armazém para a entrada principal das instalações da DCL, por se
considerar que havia uma circulação inapropriada de colaboradores, afetos a outros serviços,
nomeadamente às oficinas, junto da balança de pesagem e da entrada de géneros alimentares.
Para além disso, e por forma a garantir a higiene, segurança e salubridade alimentar, foram criadas
duas zonas de receção distintas, para artigos que necessitam de pesagem, uma para produtos de origem
vegetal e outra para produtos de origem animal, recorrendo à colocação de duas balanças, pois,
habitualmente, os dois tipos de produtos chegavam ao armazém em simultâneo. Este facto impactava, por
exemplo, com os tempos da sala de corte, pois, desde o início da descarga dos vegetais, pesagem, lavagem
e desinfeção da balança, decorria quase uma hora sem que as carnes pudessem ser descarregadas e pesadas,
causando o atraso no corte e embalamento das mesmas, bem como tempo de paragem do pessoal afeto a
estas atividades.
Uma das balanças estava já no armazém, servindo os dois fins (pesagem de artigos de origem vegetal
e de origem animal), e a segunda veio do Complexo Alimentar do Pólo II, onde tinha já uma utilização
residual. Estas alterações permitiram melhorias ao nível da higiene das instalações, bem como no
rendimento das equipas de trabalho do Armazém Central dos SASUC.
169 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Resolveu-se, também, a anomalia verificada há algum tempo na calha da entrada do portão do
Armazém Central, que frequentemente, gerava derrube dos produtos acondicionados nas paletes, que se
espalhavam potenciando perdas e danos.
A sala de corte e a par do processo de demolha e embalamento de bacalhau, criados em 2015,
consolidaram a sua atividade em 2016, tendo-se investido, inclusivamente, numa guilhotina mais eficaz, e
capaz de garantir os requisitos legais de segurança no trabalho para os operadores.
A sala de corte e embalamento de carnes sofreu, também, alguns processos de otimização,
nomeadamente, com a redução do número de códigos de artigos passíveis de serem pedidos pelas unidades
alimentares, permitindo uma uniformização da oferta e sistematização do trabalho executado.
Foram realizadas algumas intervenções junto das câmaras de frio, onde o chão se encontrava
degradado, e as grelhas de escoamento gravemente danificadas. Foi colocada uma barreira nas antigas
instalações do talho, área que neste momento não está a ser utilizada, por forma a impedir o cruzamento
de circuitos zona limpa/zona suja. Estas intervenções permitiram garantir a segurança na circulação dos
colaboradores e produtos alimentares.
O inventário de final de ano, face à importância que reveste a contagem de existências no final de
cada exercício, foi também um processo que sofreu modificações, sendo que houve um corte de operações,
no Armazém Central, entre os dias 26 de dezembro de 2016 e 2 de janeiro de 2017.
No decorrer deste procedimento, que levou ao “fecho” e inoperacionalidade do sistema de
informação de compras e logística, enquanto decorriam as contagens, só se efetuaram saídas de artigos
urgentes e inadiáveis, sendo que os registos foram realizados em suporte manual alternativo, criado para o
efeito, com respetiva regularização depois do encerramento do processo. No final foi elaborado um
relatório detalhado de toda a operação, integrando a informação do Armazém Central e do Armazém do
Núcleo de Manutenção. A organização do processo de inventário, recorrendo à elaboração de um
cronograma de tarefas, revelou-se uma mais-valia para o encerramento de contas do ano de 2016, bem
como para toda a operação logística que lhe é inerente.
O Núcleo de Logística é, também, responsável por toda a frota automóvel dos SASUC, tendo sido
implementadas melhorias dos processos e na distribuição dos bens alimentares. Não obstante isto, existem
ainda muitos pedidos de antecipação de artigos constantes das requisições das Unidades Alimentares, o que
desvirtua a gestão eficaz das rotas de distribuição, processo que se considera importante otimizar,
recorrendo à estreita colaboração entre as duas Divisões (Divisão de Compras e Logística e Divisão de
Alimentação).
Ainda no que respeita à Gestão de Frota adquiriu-se, em junho de 2016, um serviço de gestão de
frotas de veículos através da tecnologia GPS – Inosat. Com esta aquisição pretendeu-se reduzir custos e
otimizar as rotas dos veículos, essencialmente, no que toca aos afetos à logística. Este sistema permite-nos
gerir, em tempo real, toda a frota afeta aos SASUC.
No Quadro 7.1.3 apresenta-se a frota automóvel dos SASUC, em 2016, no total, de 14 viaturas,
distribuídas por diversos setores.
UO/SAS MATRÍCULA MARCA/MODELO
Sede SASUC
26-76-LL PEUGEOT 406
97-AZ-67 HONDA XR 125
Divisão de Alimentação – Pastelaria/Padaria 52-70-FL FORD COURIER
Divisão de Alimentação - Catering
95-69-HU FORD COURIER
03-QU-46 VOLKSWAGEN TRANSPORTER
Divisão de Compras e Logística – 50%
Divisão Oferta integrada de Serviços – 50% 65-06-DU NISSAN VANETTE
Unidade Alimentar do Pólo III 36-74-DQ NISSAN PICK-UP
GSII 37-82-OR TOYOTA COROLLA
DCL - Núcleo de Logística
12-58-QG NISSAN CABSTAR
IX-89-43 NISSAN CABSTAR
UE-23-91 NISSAN CABSTAR
DCL – N. Manutenção e Conservação
17-AI-00 VOLKSWAGEN TRANSPORTER
IX-89-42 NISSAN CABSTAR
Divisão de Oferta Integrada de Serviços 85-65-EB FORD ESCORT
Quadro 7.1.3 Frota automóvel dos SASUC em 2016
No Quadro 7.1.4 apresentam-se os encargos com a manutenção das viaturas, em 2016,
comparativamente ao período homólogo do ano anterior.
DESIGNAÇÃO MATRÍCULA MARCA/MODELO 2016 2015
Valor Valor
GABIN.INF.INFORMAÇÃO 37-82-OR TOYOTA COROLLA 0,00 € 371,23 €
GASTOS GERAIS
ADMINISTRAÇÃO 26-76-LL PEUGEOT 406 1 202,49 € 1 924,67 €
GASTOS GERAIS
ADMINISTRAÇÃO 97-AZ-67 HONDA XR 125 0,00 € 0,00 €
NÚCLEO LOGÍSTICA 12-58-QG NISSAN CABSTAR 1 676,72 € 183,60 €
NÚCLEO LOGÍSTICA IX-89-43 NISSAN CABSTAR 567,70 € 1 205,94 €
NÚCLEO LOGÍSTICA UE-23-91 NISSAN CABSTAR 357,90 € 286,03 €
PADARIA/PASTELARIA 52-70-FL FORD COURIER 1 921,64 € 1 578,12 €
UNIDADE ALIMENTAR DO PÓLO III
36-74-DQ NISSAN PICK-UP 747,29 € 541,35 €
CATERING 95-69-HU FORD COURIER 850,35 € 3 092,99 €
CATERING 03-QU-46 VOLKSWAGEN
TRANSPORTER 0,00 € -
NÚCLEO MANUT.
CONSERVAÇÃO 17-AI-00
VOLKSVAGEN
TRANSPORTER 640,79 € 572,98 €
NÚCLEO MANUT.
CONSERVAÇÃO IX-89-42 NISSAN CABSTAR 506,23 € 330,99 €
NÚCLEO LOGÍSTICA/DOIS 65-06-DU NISSAN VANETTE 848,14 € 806,46 €
DOIS 85-65-EB FORD ESCORT 466,99 € 371,00 €
TOTAL 9 786,24 € 11 265,36 €
Quadro 7.1.4 - Encargos com a manutenção da frota automóvel dos SASUC em 2016 comparativamente com 2015.
171 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Verifica-se um decréscimo, face a 2015, no que refere aos gastos com a manutenção dos veículos.
Este facto pode ficar a dever-se a vários fatores, nomeadamente, à aquisição de uma viatura nova para o
serviço de catering, sendo que uma das viaturas que estava, anteriormente, a ser mais utilizada para este
tipo de serviços, era, também, uma das que apresentava um maior gasto em manutenção/reparação. Outro
aspeto que poderá estar relacionado com esta redução da despesa é o facto de o novo sistema de gestão
de frotas nos permitir otimizar as rotas, sendo certo que, neste campo, ainda há muito a fazer, pois
poderemos tirar muito mais partido desta nova ferramenta.
No que diz respeito ao Núcleo de Logística, por representar a parte da frota com maiores
especificidades, nomeadamente nos sistemas de refrigeração, é, também, aquela que mais
reparações/manutenções sofre, e mais dispendiosas.
7.2. MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO (NM)
Cabe ao NM assegurar a gestão dos processos de manutenção de instalações e equipamentos
geridos pelos SASUC, visando garantir a prestação contínua de serviços à comunidade universitária.
Durante o ano de 2016 foi implementada uma nova dinâmica no NM com vista a um maior
acompanhamento das intervenções a efetuar. Existiam no SISGOMA (sistema de informação de suporte
onde são realizadas as requisições de obra) muitas requisições sem o devido encaminhamento e tratamento.
Assim, a preocupação incidiu em verificar todas as requisições pendentes e perceber o que
efetivamente estava feito, o que não estava, e organizar a equipa de forma a poder dar uma resposta mais
eficiente e eficaz. Daqui adveio o aumento, conforme referido anteriormente, do número de ajustes diretos
simplificados. A nossa prioridade foi resolver primeiro as questões mais prementes, sendo que,
posteriormente, fomos fazendo o correto encaminhamento de todas as situações.
Na pausa letiva do fim do ano escolar, bem como na pausa do Natal, foram efetuadas intervenções
de fundo, devidamente calendarizadas, com a colaboração de toda a equipa, por forma a podermos atuar
num período mais favorável em que não temos, por exemplo, alunos nas residências universitárias, e as
unidades alimentares se encontram encerradas.
No período das férias escolares (julho a setembro) foi realizada uma intervenção profunda na
Residência Padre António Vieira, onde o NM teve uma intervenção fundamental para a conclusão atempada
dos trabalhos.
Apresenta-se no Quadro 7.2.1 as intervenções efetuadas, internas e externas, de acordo com o
plano de infraestruturas previstas para o ano de 2016.
173 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Setor Unidade Intervenções Manutenção 2015
Alimentação
Complexo Central
Resolução de fugas no coletor de águas residuais
Resolução das infiltrações mais graves da cobertura
Instalação de baterias de condensadores PT
Complexo Central - Sala A Pintura da Sala de Refeições
Complexo Central - Sala B Pintura dos painéis azuis ao fundo da sala
Complexo Central - Monumentais
Revisão do sistema de extração de vapores e fumos da zona da cozinha
Revisão do sistema de escoamento geral da água de lavagem da cozinha e do escoamento da máquina de túnel
Cantina S. Jerónimo Requalificação da cobertura
Remoção das luminárias inativas no antigo teto
Cantina Sereia Pintura do teto da cozinha
Reparação e pintura (com resina Epóxi) do piso das câmaras
Complexo Alimentar do Pólo II Substituição de 400 tampos de cadeiras
Restaurante Universitário Colégio de Jesus
Requalificação das salas anexas para alargamento do Restaurante
Alojamentos
Residência António José de Almeida
Construção de área técnica para instalação de termoacumuladores para
aquecimento de águas
Pintura de IS, corredores e salas em todos os pisos
Residência Combatentes
Revisão das armaduras na escada exterior de serviço
Alargamento/subida das camas para colocação de colchões maiores
Reparação da rotura do ramal de distribuição de abastecimento de água
Pintura de todos os wc ‘s
Residência João Jacinto - Bloco C Intervenção em espaço para disponibilização de lavandaria self-service
Residência João Jacinto - Bloco D Pintura das paredes da caixa de escada
Colocação de porta no acesso ao sótão
Residência Padre António Vieira
Remodelação total da residência
Remoção de alcatifas existentes em paredes
Instalação da lavandaria selfservice
Pintura dos quartos
Residência S. Salvador - Feminina Intervenção no pavimento
Melhoria da ventilação das IS
Residência Santos Rocha Pintura interior dos apartamentos
Residência Teodoro Substituição de bases de chuveiro
Instalação de frontais de duche
Residência I do Pólo II
Intervenção no apartamento T0 (reparação de paredes, pintura, verificação
de janelas, aplicação de blackout, verificação de extrator wc e exaustor da
cozinha, reparação da banca e mobiliário)
Instalação de sensores de movimentos nas zonas comuns
Apoio à Infância Creche Arranjo da parede do berçário (picar rebocar e pintar)
Alteração da divisória do berçário
Quadro 7.2.1 Intervenções de manutenção realizadas 2016
Relativamente ao número de requisições por setor houve um decréscimo, pensasse que resultante
do facto de existirem muitas requisições pendentes de anos anteriores, em que as necessidades se
mantinham, e foram sendo resolvidas, tendo sido dada a indicação para não as duplicarem.
O foco manteve-se nas empreitadas respeitantes às Residências Universitárias pois, durante anos,
não foram alvo de qualquer intervenção. Daí que também o número de requisições efetuadas seja mais
elevado nos Alojamentos.
Figura 7.2.1 Número de requisições ao NMC por setor, em 2015 e 2016
As áreas técnicas com maior número de requisições são eletricidade, canalização e carpintaria,
sendo as que mais necessitam de intervenção por parte do NM.
Na Figura 7.2.2 apresentamos a distribuição das requisições por área técnica destacando-se a
maior necessidade de intervenção nas áreas de eletricidade, canalização e carpintaria.
Figura 7.2.2 Distribuição das requisições ao NMC por área técnica, em 2016
ENCARGOS COM A MANUTENÇÃO DE INFRAESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS
O Quadro 7.2.2 apresenta as despesas com manutenção de infraestruturas e equipamentos de
toda a estrutura dos SASUC.
0 500 1000 1500 2000
Serviços de suporte
Serviços de saúde
Apoio à infância
Alojamentos
Alimentação
Serviços desuporte
Serviços desaúde
Apoio à infância Alojamentos Alimentação
2016 79 3 62 1147 806
2015 401 14 134 1734 1434
Requisições ao NMC por setor
2016 2015
Canalização 18%
Carpintaria17%
Eletricidade27%
Frio4%
Gás7%
Pedreiros5%
Pintura2%
Serralharia 10%
Transportes10%
REQUISIÇÕES AO NMC POR ÁREA
TÉCNICA
Canalização Carpintaria Eletricidade Frio
Gás Pedreiros Pintura Serralharia Transportes
175 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Encargos 2016 2015 Variação
Abs. %
CE 020203 - Conservação de Bens 47 208,82 € 52 180,31 € -4 971,49 € -9,53%
Quadro 7.2.2 Encargos da rubrica orçamental - Conservação de bens, em 2015 e 2016
Estes encargos compreendem as aquisições ao exterior, relacionadas com a conservação e
reparação em edifícios, equipamentos básicos e administrativos. A diminuição de 9,53% nesta rúbrica, face
ao ano de 2015, resulta:
• Do aumento do lançamento de empreitadas para obras públicas, de acordo com o previsto no
plano de infraestruturas para o ano em apresso evitando, desta forma, a multiplicidade de pequenas
conservações e reparações;
• Do abate de equipamentos entretanto substituídos no âmbito das aquisições efetuadas em 2016;
• De uma análise e seleção às reparações a efetuar a bens em fim de vida ou obsoletos.
177 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Os sistemas de informação utilizados nos SAS são geridos no âmbito das competências do Gabinete
de Sistemas Informáticos e de Informação (GSII) que desenvolve as suas atividades com recurso a 7
colaboradores, nas seguintes categorias profissionais:
• 1 Dirigente de 3.º Grau
• 2 Especialistas Informáticos
• 1 Técnico Informático
• 1Técnico Superior
• 2 Assistentes Operacionais
As atividades são desenvolvidas em duas áreas de atuação, que se apresentam, mais em detalhe:
- Gestão de sistemas de informação:
• Análise e arquitetura de sistemas de informação;
• Desenvolvimento e implementação de soluções informáticas;
• Administração de Bases de Dados;
• Web design, manutenção de web sites e aplicações web;
• Formação de utilizadores;
• Helpdesk
- Gestão de infraestruturas de informação e comunicação:
• Projetos de redes de dados e sistemas de comunicação;
• Gestão e manutenção de redes de comunicações;
• Administração e manutenção de sistemas (hardware, sistemas operativos, antivírus e outro
software de sistema e de suporte);
• Assistência técnica (hardware e sistemas operativos)
No final do ano de 2016 identificam-se 29 sistemas de informação de suporte ao registo e monitorização
dos processos geridos pelos SAS, compreendendo processos referentes às atividades de missão e de
suporte – Quadro 8.1.
Item Descrição Tecnologia
1 SIGESBA – Alojamentos Web asp.net
2 SIGESBA – Fundo de Apoio Social Web asp.net
3 SIGESCAGE – Gestão de Consumos de Água, Gás e Energia Elétrica Web asp.net
4 SIGESDO – Gestão documental Web asp.net
5 SIGESGIAF – Emissão de relatórios via Interface com GIAF Web asp.net
6 SISGOMA – Gestão de serviços de manutenção Web asp.net
7 SIGESJI – Gestão da Creche e Jardim de Infância Web asp.net
8 SIGESME – Gestão de Serviços Médicos Web asp.net
9 SIGESPA – Gestão HelpDesk Web asp.net
10 SIGESPE – Planeamento de ementas Web asp.net
11 SIGESPI – Gestão do Parque Informático Web asp.net
12 SIGESSENHAS – Emissão e controlo de senhas de refeição Web asp.net
13 SIGESVIA – Gestão do parque automóvel Web asp.net
14 SIGNETPOS – Gestão de Cantinas e Faturação POS Web asp.net
15 PASEP Web asp.net
16 Portal “O meu processo” – Plataforma do estudante para acesso aos dados de
candidatura ao FAS e Alojamentos Web asp.net
17 GIAF – ERP (Gestão Financeira, Gestão Orçamental, Logística, Gestão Comercial,
Recursos Humanos e Vencimento) Cliente-Servidor
18 myGIAF – Plataforma Web (Employee self-service, Assiduidade, SIADAP e
Auditoria) Web Java
19 e-Consultas – Plataforma web para marcação de consultas médicas Web asp.net
20 Aplicação EmentasUC – para consulta das ementas em equipamentos com sistema
operativo Android (desenvolvida por alunos do DEI) Web
21 RT – Plataforma web da UC para gestão de pedidos com base em ‘trouble tickets’ Web29
22 SISQUAL – Sistema de controlo e gestão da rede de terminais biométricos para
registo da assiduidade BD SQL Server
23 H2ST – Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho, Lda.
Cliente-Servidor
24 NCONTROL – Controlo de acessos com cartão UC BD Access
25 QFLOW – Sistema de gestão de atendimento para filas de espera Web
26 Controlo de acessos SALTO (centralizado na UC) com utilização do cartão UC Cliente-servidor
27 SIGLAV – Controlo e faturação de serviços de lavandarias self-service Python
28 Portal SIGNETPOS – Plataforma web para consulta de movimentos com aplicação
SIGNETPOS e utilização do cartão UC Web
29 SIGNETPOS – Credenciais – Gestão de credenciais de refeições com cartão UC Web asp.net
Quadro 8.1 Sistemas de Informação dos SAS, a 31/12/2016
Comparativamente ao ano de 2015 há a registar, em 2016, a descontinuação, em 17/06/2016, da
aplicação UNICARD – Faturação POS, em utilização na Lavandaria, Engomadoria e Espaço Costura, cuja
faturação passou a ser assegurada pela aplicação certificada pela AT, SIGNETPOS – Gestão de Cantinas e
Faturação POS. Também em 2016, o GSII passou a ter responsabilidade por novas aplicações,
designadamente, as que estão identificadas no Quadro 8.1 com os números 24 a 28.
179 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
A gestão dos sistemas de informação é um processo naturalmente dinâmico, que visa acompanhar
as alterações contínuas aos processos de gestão assegurados pelos SAS. No Quadro 8.2 sintetizam-se as
principais atividades realizadas em 2016 nos domínios de gestão dos sistemas de informação e
infraestruturas de informação e comunicação.
Atividades GSII Datas Observações
B2 – Dinamização da formação interna para a utilização
de ferramentas informáticas dos sistemas de informação
e de comunicação dos SASUC e da UC.
Ano de 2016 Ações de formação
SIGNETPOS, GIAF, RT
C3 – Implementação no NETPOS de um subsistema de credenciais, associado ao cartão UC, para utilização como
forma de pagamento nas unidades alimentares de modo
a gerir a identificação do titular, prazo de validade e n.º
de refeições permitidas e servidas.
29/04/2016
C4 – Consolidação do webservice NONIO-SIGES no módulo aplicacional do PASEP, para automatização do
carregamento dos aproveitamentos escolares.
30/06/2016
C5 – Conclusão da integração do SIGES-Alojamentos (alojamento de grupos) no ERP-GIAF com vista à
centralização do processo de gestão da receita no GIAF e
garantia da rastreabilidade dos processos.
20/07/2016
C6 – Integração do SIGES-SSGST no ERP GIAF com vista à centralização do processo de gestão da receita no GIAF
e garantia da rastreabilidade dos processos.
20/07/2016
C7 – Integração do SIGES-Apoio à Infância no ERP GIAF com vista à centralização do processo de gestão da
receita no GIAF e garantia da rastreabilidade dos
processos.
20/07/2016
C10 – Implementação de webservice entre GIAF e SAP/RH-UC para importação das marcações de ponto
dos funcionários dos SASUC nos terminais da UC.
31/12/2016
Webservice implementado em 2016.
Início da importação de
dados das marcações em
26/01/2017
C11 – Conclusão do processo de implementação de melhorias na aplicação SIGES-Alojamentos iniciado em
2014.
31/12/2016
D15 – Definição, em articulação com a DAFRH, das condições de utilização do cartão UC, bem como das
operações contabilísticas associadas à utilização
(carregamento e devoluções).
31/03/2016
D16 – Prossecução da criação e aperfeiçoamento de
procedimentos e instruções de trabalho do GSII. Ano de 2016
D17 – Elaboração de guias de orientação das aplicações
informáticas, assegurando a sua permanente atualização
e disponibilização na Intranet.
Ano de 2016
D18 – Monitorização trimestral dos tickets não resolvidos
do RT SASUC. Ano de 2016
E19 – Análise da eficácia da implementação dos
resultados do site survey na residência Pedro Nunes para
replicação às residências João Jacinto, Teodoro, António
José de Almeida e Combatentes.
31/12/2016
E20 – Implementação do sistema de videovigilância na
Residência do POLO III. 31/12/2016 Solução adquirida e
testada em 2016.
Atividades GSII Datas Observações
Aguarda-se a
autorização da CNPD
F22 – Participação no projeto “IES+Perto” ProjectCloud Computing, com vista à disponibilização de informação
relevante dos SASUC à comunidade universitária através
de soluções open source compatíveis com dispositivos
móveis – desenvolvimento de webservice.
31/12/2016
F23 – Participação no projeto UC_Num pela disponibilização de informação dos SI dos SAS no âmbito
do projeto global da UC que visa a automatização da
disponibilização de informação de apoio à gestão.
30-06-2016
F24 – Monitorização do Web Site com emissão mensal de
relatórios estatísticos das páginas mais e menos visitadas. Ano de 2016
F25 – Gestão corrente do website, através de cruzamento de informação e de colaboração pró-ativa com os/as
responsáveis por cada área de atividade.
Ano de 2016
F26 – Revisão, em articulação com os SSGST, dos
conteúdos/ informação do website. Ano de 2016
F28 – Atualização, em articulação com os SSGST, da
plataforma e-Consultas (marcação e confirmação de
consultas).
31/12/2016
F29 – Implementação do sistema de gestão de filas para
atendimento na Divisão de Acolhimento e Integração e
SSGST.
23-11-2016 DAI em 15/07/2016;
SSGST em 23/11/2016
Quadro 8.2 Atividades realizadas nos SAS em 2016, nos domínios de gestão dos sistemas de informação e de
infraestruturas de informação e comunicação
De todas as atividades realizadas, assumiram especial relevo:
• A atividade C3 (NETPOS – sistema de gestão de credenciais), pelo prazo em que foi implementada
e pelo impacto no reforço de mecanismos de controlo interno;
• As atividades C5, C6 e C7 (integração de informação entre sistemas) pela sua exigência técnica,
pela importância na credibilidade dos sistemas de informação dos SASUC, pelo contributo
esperado para a qualidade da informação financeira e pela melhoria dos serviços prestados à
comunidade académica;
• A atividade C10 (gestão de picagens biométricas em pontos de recolha da UC), pelo seu
contributo para a qualidade da informação a tratar pelo Núcleo de Gestão de Recursos Humanos;
• A atividade F29 (sistema de gestão de filas) obtendo ganhos de conforto para quem é atendido e
de produtividade para quem atende, bem como o respeito pelo legalmente determinado sobre
atendimento prioritário.
Não obstante o esforço desenvolvido por todos os elementos da equipa do GSII, não foi possível
concluir algumas das atividades planeadas. No Quadro 8.3 sintetizam-se as atividades previstas no plano
de atividades para 2016 e que se encontram em curso:
181 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Atividades GSII Datas Observações
A1 – Dinamizar e acolher de Bolsa de estágio em Engenharia Informática para desenvolver projetos específicos de
programação de SI dos SAS.
Em curso
Executadas as ações
de dinamização;
Não conseguidos estágios dos Programas Estágios de
Verão e Estágios Santander
C8 – Integrar a aplicação Planeamento de Ementas do SIGES
com o GIAF no sentido da agilização das requisições internas ao armazém e da gestão da produção nas unidades
alimentares.
Em curso
C9 – Implementar webservice para atualização dos dados dos
funcionários dos SASUC na Base de Dados da Medicina e Segurança no Trabalho.
Em curso
C12 – Implementar em GIAF/Gestão de Stocks a
movimentação de artigos por lotes, com códigos de barras e controlo de prazos de validade dos artigos.
Em curso
C13 – Desenvolver solução informática para gestão dos
Serviços de Catering. Em curso
C14 – Desenvolver solução informática para gestão do PASEP. Em curso
F21 – Implementar sistema de pagamentos com referências MB
Em curso
A 31/12/2016
aguardava-se conclusão dos desenvolvimentos
pela Indra
Quadro 8.3 Atividades previstas no plano de atividades de 2016 e não concluídas
Das atividades em curso, merece especial destaque a atividade C12, da qual, embora dependente
de desenvolvimentos em articulação com o parceiro externo, INDRA, se espera elevado contributo na
gestão e movimentação de mercadorias, designadamente ganhos:
• No controlo de quantidades reduzindo quebras e desperdícios;
• Na celeridade das movimentações entre armazéns e sub-armazéns;
• Na rastreabilidade de lotes e datas de validade dos produtos.
No Quadro 8.4 sintetizam-se as atividades realizadas em 2016 e que não foram previstas no plano
de atividades.
Atividades GSII Datas
Rede VOIP - implementação na generalidade dos edifícios afetos às
atividades SASUC. 27/09/2016
Controlo de acessos - alargamento ao Edifício da Sede e aos
quartos/pisos de 2 Residências Universitárias 04/11/2016
Desenvolvimento e implementação de solução de hardware + software
para gestão de máquinas de lavar e secar através de cartão UC Em curso a 31/12/2016
Desenvolvimento do portal SIGNETPOS – plataforma web para
consulta de movimentos com aplicação SIGNETPOS e utilização do
cartão UC
30/06/2016
Quadro 8.4 Atividades realizadas e não previstas no plano de atividades para 2016
A primeira atividade – Rede Voip - destaca-se pelo grau de envolvimento da equipa de
infraestruturas do GSII e pelo impacto junto de todos os utilizadores dos sistemas de comunicação
telefónica internos e externos dos SAS. A interligação da maioria dos edifícios através da rede VOIP veio
permitir:
• Facilidade nos contactos entre colaboradores dos SAS, independentemente da sua localização;
• Conforto para os interlocutores dos serviços, pela facilidade de encaminhamento das
comunicações e identificação célere dos destinatários;
• Redução de custos.
Sublinha-se que este projeto, iniciado em 2015 e que marcou o início de uma nova tecnologia de
comunicações de voz nos SASUC, vem no seguimento de uma candidatura, no âmbito do programa
SAMA2020, que teve aprovação, e cuja execução financeira decorreu no ano de 2016.
Outra atividade que constituiu um desafio para o GSII é a que está relacionada com o
desenvolvimento de uma solução integrada de hardware+software, para gestão de máquinas de lavar e
secar, em regime de self-service, com recurso à utilização do cartão UC (ou similar com tecnologia RF
mifare). Este projeto, em fase de implementação à data de 31/12/2016, envolveu grande esforço,
especialmente na conceção e programação do software, trabalho desenvolvido exclusivamente por
Especialista de Informática do GSII.
Figura 8.1 Regime Projeto solução integrada de hardware+software para gestão de máquinas de lavar e
secar implentado na Lavandaria da Residência Padre António Vieira
Também muito relevante foi o desenvolvimento do portal SIGNETPOS – plataforma web para
consulta de movimentos com aplicação SIGNETPOS e utilização do cartão UC – com novas tecnologias
web em que se destaca a valiosa colaboração de um estagiário, que tem vindo a integrar a equipa.
183 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
PROTOCOLOS E PARCERIAS
O estabelecimento de relações de proximidade, alicerçadas numa lógica de relacionamento
reticular de abrangência intra e extrauniversitárias, foi prosseguida pelos SASUC na consolidação do rumo
estratégico iniciado no período do plano de ação 2015-2019, devido às suas virtudes ao nível da
apresentação de soluções de alguma criatividade, designadamente através da partilha de recursos e de áreas
de especialização que, com vantagem para as partes envolvidas, possibilitem, na perspetiva dos SASUC, o
cumprimento da sua missão institucional de forma sustentada e eficiente e, no ponto de vista dos parceiros,
atinjam um conjunto de objetivos para os quais necessitam de apoio, permitindo em muitos casos aos
SASUC, também por esta via, promover a ação social no contexto universitário.
Em 2016 foram firmados 43 protocolos de cooperação/parcerias, 32 dos quais intrauniversitários,
ou seja, firmados entre os SASUC e parceiros do universo UC/AAC e 11, extrauniversitários, envolvendo
os SASUC e entidades externas à UC – Gráfico 9.1.
Protocolos Intrauniversitários
32, 73%
Protocolos extrauniversitários
11, 27%
Gráfico 9.1 Protocolos de cooperação/parcerias celebrados em 2016
Comparativamente ao ano anterior, registou-se um aumento face às 39 parcerias efetivadas em
2015.
Quanto à categorização dos objetivos subjacentes aos acordos firmados, estes abrangeram: apoio
a atividades culturais; apoio a atividades desportivas; formação RH, estágios profissionais ou benefícios para
RH; serviços especializados em Saúde; serviços de alimentação; serviços de alojamento; serviços de saúde;
e divulgação (corporativa/institucional ou de iniciativas).
Detalhados os protocolos e parcerias firmados com parceiros pertencentes ao Universo UC/AAC
é possível perceber que estas se centram maioritariamente no apoio a eventos culturais e desportivos
promovidos pela comunidade UC, disponibilizando os SAS apoios alimentares, contabilizados em
fornecimento de senhas no valor total de 14 680,10€, de alojamento ou cedência de espaços, em
contrapartida de oferta cultural a desenvolver no Centro Cultural Dom Dinis (CCDD). A este respeito
foram contabilizadas 59 atuações, 7 palestras/tertúlias e 3 saraus culturais, fruto dos protocolos
estabelecidos. Os eventos resultantes destas colaborações resultaram ainda na requisição dos serviços de
catering dos SASUC, assim como na disponibilização de 1 atividade cultural e 3 atividades desportivas
dirigidas à população dos 2 aos 10 anos que frequentou a 2ª edição do ATL de Verão da UC – Figura 9.1.
Figura 9.1 Atividades realizadas no CCDD ao abrigo de protocolos/parcerias celebrados em 2016.
A parceria com o Projeto Identidade, Média e Comunicação da Universidade de Coimbra manteve-
se, possibilitando a divulgação das atividades desenvolvidas pelos SASUC pela totalidade dos membros da
comunidade universitária, assim como a produção de conteúdos informativos em formato audiovisual.
185 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Foram também firmados protocolos/parcerias para acolhimento de estágios curriculares/profissionais nos
SAS e disponibilização de serviços na área da Saúde no Trabalho, no âmbito das competências dos Serviços
de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho.
No caso de protocolos/parcerias firmados com entidades externas à UC, destaca-se a potenciação
de sinergias com vista ao acolhimento pelos SASUC de estágios em contexto real de trabalho e à promoção
de iniciativas de caráter social. Destaque ainda para a continuação da parceria com o Projeto Limites
Invisíveis que, ao longo do ano 2016, se dedicou à promoção de Programas de Educação outdoor junto das
crianças do Jardim de Infância dos SASUC – Figura 9.2.
Figura 9.2 Atividades realizadas no âmbito do projeto Limites Invisíveis.
Protocolos/Parcerias intrauniversitárias (entre os SASUC e parceiros pertencentes ao
Universo UC/AAC):
14.01.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Imperial Tuna Académica da
Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra para realização da 1ª. edição do Festival
“IMPERIVS” (apoio alimentar através da cedência de 350 senhas de refeição, da autorização para
aquisição de 150 senhas a preço de estudante e da autorização para utilização da Cantina Sala B
para convívios, em troca de 3 atuações no CCDD).
17.01.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Quantunna – Tuna Mista da Faculdade
de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra para realização da 14ª. edição do Festival
“Oito Badaladas” (apoio alimentar através da cedência de 100 senhas de refeição, da autorização
para aquisição de 100 senhas a preço de estudante e da autorização para utilização da Cantina Sala
B para convívio, em troca de 2 atuações no CCDD).
25.01.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Phartunna – Tuna de Farmácia da
Universidade de Coimbra para realização do festival de tunas “III Boticários” (apoio alimentar
através da cedência de 425 senhas de refeição, da autorização de 425 senhas a preço de estudante
e da autorização para utilização da Cantina Sala B para convívio, em troca de 9 atuações no CCDD).
10.02.16 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a ACIV – Associação para o
Desenvolvimento da Engenharia Civil para prestação de Serviços na área da Medicina do Trabalho;
15.02.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Desconcertuna – Tuna Mista da
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra para a realização
do “VII Festival (Re)Cordas” (apoio alimentar através cedência de 324 senhas de refeição e da
autorização para aquisição de 324 senhas a preço de estudante, em troca de 7 atuações no CCDD).
15.02.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e as FANS – Tuna Feminina da
Universidade de Coimbra para realização do Festival “XI Tunalidades” (apoio alimentar através da
cedência de 150 senhas de refeição, da autorização para a aquisição de 150 senhas a preço de
estudante, em troca de 4 atuações no CCDD).
15.02.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Associação Nacional de Estudantes
de Biologia para realização do XIX Encontro Nacional de Estudantes de Biologia (apoio alimentar
através da cedência de 120 senhas de refeição, da autorização para aquisição de 480 senhas a preço
de estudante e da autorização da utilização da Cantina Sala B para evento, em troca da realização
de 1 jogo Quizz cultural e 4 palestras no CCDD).
01.03.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Coro Misto da Universidade de
Coimbra para a realização de um intercâmbio cultural (apoio alimentar através da cedência de 81
senhas de refeição e da autorização para aquisição de 189 senhas a preço de estudante, em troca
de 2 atuações no CCDD).
01.03.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Tuna Feminina de Medicina da
Universidade de Coimbra para a realização do encontro de tunas “VI Panaceia” (apoio alimentar
através da cedência de 28 senhas de refeição, da autorização para aquisição de 67 senhas a preço
de estudante e da autorização para utilização da Cantina Sala B para convívio, em troca de 1 atuação
no CCDD).
08.03.2016 – Protocolo entre os SASUC e a Secção de Defesa dos Direitos Humanos da
Associação Académica de Coimbra para a realização das “II Jornadas Universitárias de Direitos
Humanos” (apoio alimentar através da cedência de 120 senhas de refeição, da autorização para
aquisição de 120 senhas de refeição a preço de estudante e da cedência de espaço no Centro
Cultural Dom Dinis, em troca da realização de 2 tertúlias no CCDD).
08.03.2016 – Protocolo entre os SASUC e os Encontros Folk Coimbra para divulgação do
movimento cultural “Neo Folk” (assegurar o funcionamento da cafetaria do Centro Cultural Dom
Dinis, em troca de um concerto por mês no CCDD).
11.03.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Centro de Estudos Cinematográficos
da Associação Académica de Coimbra para a realização de uma curta-metragem, no âmbito do
curso modular de cinema, inserido na 18ª. Semana Cultural da UC (apoio alimentar através da
cedência de 125 senhas de refeição, em troca de divulgação do take away da Pizaria Monumentais).
18.03.2016 – Protocolo entre os SASUC e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra
para realização de estágios (formação pratica em contexto de trabalho) no âmbito do Mestrado
em Segurança Alimentar.
06.04.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Coral Quecofónico do Cifrão – Tuna
da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra para realização do Festival “V Lagrimas de
Amor” (apoio alimentar através da cedência de 150 senhas de refeição e da autorização para
aquisição de 120 senhas a preço de estudante, em troca de 3 atuações no CCDD).
12.04.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Núcleo de Estudantes de Relações
Internacionais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (NERIFEAAC) para
realização do Encontro Nacional de Estudantes de Relações Internacionais (apoio alimentar através
da cedência de 75 senhas de refeição e da autorização para aquisição de 175 senhas a preço de
estudante, em troca da realização de debates temáticos no CCDD).
21.04.2016 – Parceria entre os SASUC e a Secção Fado/AAC - Orquestra Típica e Rancho para a
realização do “XXIV Encontro Nacional de Etnografia e Folclore” (apoio alimentar através da
cedência de 34 senhas de refeição e da autorização para aquisição de 81 senhas a preço de
estudante, em troca de 1 atuação no CCDD).
02.05.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Secção de Judo da Associação
Académica de Coimbra para realização do Estágio Internacional de Judo (apoio alimentar através
da autorização para aquisição de senhas a preço de estudante e apoio de alojamento através do
acesso a residências universitárias, em troca de 2 demonstrações de Judo no ATL de Verão dos
SASUC).
06.05.2016 – Protocolo entre os SASUC e a Associação de Estudantes de Cabo Verde para
realização do evento "Afro-Queima" (apoio alimentar através da cedência de 225 senhas de
refeição e da autorização para aquisição de 225 senhas a preço de estudante, em troca de um Sarau
Cultural no CCDD).
187 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
27.05.2016 – Protocolo entre os SASUC e a Secção de Yoga Experimental da Associação
Académica de Coimbra para divulgação do evento “Yoga ao Centro” (apoio alimentar através da
cedência de 30 senhas de refeição, em troca de uma demonstração de Yoga no ATL de Verão dos
SASUC).
05.07.2016 – Protocolo entre os SASUC e a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da
Universidade de Coimbra para realização de estágios curriculares de graduação e pós-graduação
dos cursos da FPCE-UC nos SASUC (em troca de serviços gratuitos a estudantes carenciados
encaminhados pelos SASUC e cedência de instrumentos de avaliação).
02.10.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Secção de Judo da Associação
Académica de Coimbra para integração do judo no plano de atividades extracurriculares das
crianças do Jardim de Infância (serviço gratuito a crianças mais carenciadas, em troca de aulas de
judo a crianças inscritas).
31.10.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Tuna de Medicina da Universidade
de Coimbra para a organização do VIII "Cantar do Estudante" (apoio alimentar através da cedência
de 250 senhas de refeição, da autorização para aquisição de 250 senhas ao preço de estudante e
cedência da Cantina Sala B para realização de convívio, em troca de 4 atuações no CCDD).
27.10.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Secção de Fado /AAC- Estudantina
Universitária de Coimbra para organização do “XXVI Festuna” (apoio alimentar através da
cedência de 300 senhas de refeição e da autorização para aquisição de 300 senhas ao preço de
estudante, em troca de 5 atuações no CCDD).
31.10.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Centro de Estudos
Cinematográficos/AAC para realização da “XXII Edição do Festival Caminhos do Cinema
Português/ Caminhos Film Festival” (apoio alimentar através da cedência de 250 senhas de refeição
e apoio na divulgação através da permissão para colocação de autocolantes do Festival em mesas
das cantinas e colocação de 1 pop-up em espaços SASUC, em troca da inclusão da logomarca dos
SASUC em todos os seus suportes de Comunicação, do acesso gratuito a sessões de cinema
(caminhos Juniores) para crianças inscritas na Creche e no Jardim de Infância, bem como acesso
gratuito aos estudantes bolseiros a todas as sessões competitivas do Festival, realização de 2
atividades lúdico-didáticas no âmbito do ATL de Verão e admissão gratuita a módulo do curso de
Cinemalogia.
03.11.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a FAN-Farra Académica de Coimbra
para a realização do festival “III Trovador” (apoio alimentar através da cedência de 260 senhas de
refeição e da autorização para aquisição de 260 senhas e 80 baguetes ao preço de estudante, em
troca de 5 atuações no CCDD).
07.11.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e o Núcleo de Estudantes de Direito /
AAC para a realização da 4ª Edição do Prolus - Feira de Emprego (apoio alimentar através da
cedência de 50 senhas de refeição para utilização no Restaurante Universitário Colégio de Jesus,
em troca da realização do Jantar de Natal e de um jantar/convívio do Curso de Direito recorrendo
aos Serviços de Catering dos SASUC).
11.11.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e as Mondeguinas - Tuna Feminina da
Universidade de Coimbra para a realização do “XXIII Cantar da Sereia” (apoio alimentar através
da cedência de 130 senhas de refeição, da autorização para aquisição de 130 senhas a preço de
estudante, em troca de 2 atuações no CCDD).
14.11.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC o Orfeon Académico de Coimbra para
a celebração do 136º aniversário do Orfeon Académico de Coimbra (apoio alimentar através da
autorização para aquisição de 120 senhas de refeição, em troca de 1 atuação no CCDD).
07.12.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Rádio Universidade de Coimbra para
divulgação dos serviços e iniciativas dos SASUC (apoio alimentar através da cedência de 1992
senhas de refeição, em troca da produção e emissão mensalmente de 2 spots de 20 segundos e
divulgação dos Encontros de Cozinhas do Mundo).
09.12.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Associação de Estudantes Cabo-
verdianos para a realização do Encontro Nacional de Estudantes Cabo-verdianos (apoio alimentar
através da cedência de 300 senhas de refeição e da autorização para aquisição de 300 senhas a
preço de estudante, em troca de realização de 2 saraus culturais no CCDD).
19.12.2016 – Protocolo de Colaboração entre os SASUC e a Associação de Estudantes de Angola
para realização de um evento de Natal para a comunidade angolana (apoio técnico e atuações
culturais nas semanas africanas das Cozinhas do Mundo, em troca do fornecimento gratuito de
alimentos para a ceia de Natal).
Protocolos/Parcerias extrauniversitárias (entre os SASUC e entidades externas à UC):
04.01.2016 – Protocolo de Colaboração entre a ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de
Portugal e os SASUC para formação prática em contexto de trabalho na área Administrativa, a
desenvolver no Núcleo de Integração e Aconselhamento.
05.02.2016 – Protocolo de Colaboração entre a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e os
SASUC para cooperação entre as duas instituições a desenvolver-se nos domínios científicos,
pedagógicos e culturais.
10.02.2016 – Protocolo de Colaboração entre a Escola Superior de Educação de Coimbra e os
SASUC para acolhimento de estágio curricular (formação prática em contexto de trabalho) no
período de 15.02 e 23.05.
19.02.2016 – Protocolo de Colaboração entre o CEC – Conselho Empresarial do Centro para
formação prática em contexto de trabalho (formação denominada “Acompanhamento de
processos de atribuição de benefícios sociais a alunos da UC”).
29.03.2016 – Protocolo de Colaboração entre a SORRISO – Associação dos Amigos do Ninho
dos Pequenitos e os SASUC, para reforço da parceria existente entre as duas entidades.
11.04.2016 – Protocolo de Colaboração entre o JACC – Jazz ao Centro Clube e os SASUC, para
reforço da parceria existente entre as duas entidades na promoção de iniciativas de caráter social.
13.04.2016 – Protocolo de Colaboração entre o Agrupamento de Escolas Coimbra Centro - Escola
Jaime Cortesão e os SASUC para realização de estágio (formação prática em contexto de trabalho)
na área da Cozinha.
27.05.2016 – Protocolo de Colaboração entre o CASPAE - Centro de Apoio Social de Pais e
Amigos da Escola Nº.10 e os SASUC para promoção de iniciativas de caráter social (apoio alimentar
e serviço de lavandaria).
01.08.2016 – Protocolo de Colaboração entre a i9 Magazine e os SASUC para divulgação dos
serviços das duas entidades (autorização para colocação de expositor da revista no Complexo
Alimentar do Polo II, em troca de assinatura anual da publicação e anúncio publicitário em edição
da revista).
13.10.2016 – Protocolo de Colaboração entre a A.B.O. – Banca de Óculos | Associação de
Solidariedade e os SASUC para implementação e desenvolvimento do Banco de Óculos na
Universidade de Coimbra.
25.10.2016 – Protocolo de Colaboração entre o Instituto Português de Psicologia e os SASUC
para a realização de estágios de cursos de pós- graduação.
A parceria com o Fundo Solidário, através do Instituto Justiça e Paz, prosseguiu no combate ao
abandono escolar e sob o mote “Existir para ninguém desistir”. No ano letivo 2015/16, do total de 126
estudantes que solicitaram apoio, foram auxiliados 104 estudantes em pagamento ou empréstimo para
pagamento de propinas; outros empréstimos; apoio no pagamento de rendas de alojamento; materiais
escolares, transportes ou despesas de saúde. Em termos da distribuição numérica e percentual dos
estudantes pelas Faculdades da Universidade de Coimbra foram apoiados 15 estudantes da Faculdade de
189 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Ciências e Tecnologia; 20 estudantes da Faculdade de Letras; 21 estudantes da Faculdade de Direito; 9
estudantes da Faculdade de Economia; 7 estudantes da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação; 5
estudantes da Faculdade de Medicina e 1 estudante da Faculdade de Farmácia, não tendo sido apoiados
estudantes da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física).
Gráfico 9.2. Número de estudantes apoiados pelo Fundo Solidário.
A parceria com o Instituto Justiça e Paz materializou-se também na continuação do apoio ao NExT,
projeto que pretende combater o insucesso escolar através da promoção de explicações em regime de
voluntariado para estudantes com dificuldades académicas e económicas.
14%
19%20%
8%
7%
5%
1%0%
FCTUC FLUC FDUC FEUC FPCEUC FMUC FFUC FCDEFUC
191 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
CANDIDATURAS A FINANCIAMENTO
Visando a diversificação de fontes de financiamento que permitam investimento na ótica da
melhoria contínua dos apoios e serviços da Ação Social na UC, os SASUC têm procurado aproveitar
oportunidades de financiamento no âmbito dos programas Portugal 2020 e outras iniciativas de
financiamento.
Em 2016 foram apresentados 3 projetos a financiamento no âmbito da abertura de candidaturas
ao Fundo de Eficiência Energética; Sistema de Apoio à Modernização e Capacitação da Administração Pública
(SAMA2020) e Programa “EDP Solidária - Inclusão Social”. Foi ainda dada continuidade à análise da
viabilidade de apresentação de candidaturas no âmbito das linhas de financiamento previstas na Iniciativa
Portugal Inovação Social, enquadrada no Programa Operacional Temático Inclusão Social e Emprego (PO
ISE) do Portugal 2020.
Fundo de Eficiência Energética / Aviso 21 “Administração Pública Eficiente 2016”
O Decreto-Lei n.º 50/2010, de 20 de maio, criou o Fundo de Eficiência Energética (FEE), uma das
ferramentas do Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE), aprovado pela Resolução de
Conselho de Ministros n.º 20/2013, de 10 de abril. O FEE tem como objetivos incentivar o uso racional da
energia, através do apoio a medidas de cariz predominantemente tecnológico nas áreas dos transportes,
residencial e serviços, indústria, agricultura e setor público e apoio a ações de cariz transversal indutoras
da eficiência energética nas áreas dos comportamentos, financiamentos, fiscalidade e incentivos.
No âmbito do Aviso 21 – Administração Pública Eficiente 2016, previa-se a possibilidade de
financiamento de candidaturas para a implementação de medidas que promovam a eficiência energética,
com objetivo de reduzir o consumo de energia do edificado da Administração Pública, contribuindo desta
forma para a redução da despesa pública. Eram suscetíveis de financiamento neste Aviso quaisquer medidas
de eficiência energética que conduzissem à melhoria do desempenho energético de edifícios e
infraestruturas existentes, do setor do Estado, que contribuíssem para o alcance das metas previstas no
PNAEE para o ano de 2016 e 2020 no que diz respeito ao Setor do Estado.
Neste contexto, os SASUC e os Serviços de Gestão do Edificado, Segurança e Ambiente da
Administração da UC (SGESA), elaboraram candidatura com o projeto “Melhoria de Eficiência Energética
em Iluminação na Residência António José de Almeida da Universidade de Coimbra”.
“Melhoria de Eficiência Energética em Iluminação na Residência António José de Almeida da
Universidade de Coimbra”
Esta candidatura visou a obtenção de financiamento para a instalação de iluminação mais
eficiente na Residência Universitária António José de Almeida dos SASUC. A partir da
caracterização do edifício e do respetivo funcionamento, foram apresentados os consumos e
custos de eletricidade, propondo-se efetuar substituição direta das lâmpadas existentes por
outras com tecnologia mais eficiente, tendo-se optado por lâmpadas LED devido ao seu baixo
consumo e à sua vida útil, estimando-se uma poupança de energia anual de 51,00% (redução de
17.066,31kWh para 8.349,38kWh) e uma redução dos consumos anuais em 7,4% e das emissões
de CO2 em 2,44t. Previu-se um custo para implementação da medida de 3.225,01€.
Sistema de Apoio à Modernização e Capacitação da Administração Pública (SAMA2020) -
AVISO N.º 02/SAMA2020/2016
Este Aviso visava apoiar operações de modernização e capacitação da Administração Pública que
contribuíssem para: i) a melhoria do acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e a sua
utilização e qualidade (Objetivo Temático 2 – OT 2), através do reforço das aplicações TIC na
Administração Pública em linha (Prioridade de Investimento (PI) 2.3); ii) de ações de formação associadas
às operações referidas em i), no âmbito do reforço da capacidade institucional das administrações públicas
e respetiva eficiência (Objetivo Temático 11 – OT11 – Prioridade de Investimento 11.1 – PI 11.1).
No âmbito deste aviso, cujas candidaturas decorreram de 31 de maio a 29 de julho de 2016, foi
apresentado o projeto:
“Viver@UC. Alojamento universitário na hora
Com uma capacidade instalada de cerca de 1300 lugares para alojamento e uma taxa de
ocupação anual acima dos 85%, as 14 residências da Universidade de Coimbra (UC) geridas pelos
Serviços de Ação Social desta Instituição (SASUC), constituem um importante recurso para a
promoção da competitividade e internacionalização da UC.
A disponibilização de serviços de alojamento eficazes, seguros e de qualidade assume-
se, assim, fulcral na promoção da atratividade da instituição, com implicações relevantes na
193 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
estratégia preconizada pela UC, visando afirmar-se como a melhor universidade de língua
portuguesa capaz de atrair os melhores estudantes e professores, contribuindo decisivamente
para o progresso e bem-estar da sociedade.
Nesse sentido, esta candidatura visa melhorar a eficácia do atendimento e colocação em
residência universitária, bem como a segurança assegurada aos/às residentes através da
implementação de projeto de arquitetura e desenvolvimento dos sistemas de informação
utilizados na gestão dos serviços de alojamento em residência universitária da UC,
designadamente:
- simplificar procedimentos internos associados à gestão da atribuição de
alojamento, colocação em residência universitária e faturação/pagamentos de alojamento, através
da implementação de desenvolvimentos no sistema de informação atualmente utilizado para a
gestão do alojamento (SIGES) e respetiva integração/interoperabilidade com o sistema utilizado
para a gestão financeira dos serviços de alojamento (GIAF);
- assegurar um maior controlo interno dos processos de gestão do alojamento,
indispensável para uma gestão eficaz e sustentável dos serviços;
- otimizar os processos administrativos de gestão da ocupação das residências e
garantir maior segurança aos/às ocupantes através da implementação de um sistema de controlo
online de acessos, ativado através do cartão de identificação da UC.
O valor do investimento candidatado foi de 491.815,96 €.
Programa “EDP Solidária - Inclusão Social”
Promovido pela Fundação EDP, visa apoiar projetos que tenham como objetivo a atenuação de situações
sociais reconhecidamente relevantes em Portugal, com prioridade para as que facilitem a inclusão social e
que se revelem sustentáveis.
Na edição de 2016, o aviso permitia a apresentação de candidaturas durante o mês de maio de 2016, tendo
os SASUC submetido candidatura do projeto “U_Orbis – Universidade para Tod@s”.
“U_Orbis – Universidade para Tod@s”
Pretende-se, com este projeto, desenvolver e ampliar o apoio a estudantes com NEE na UC,
promovendo um ambiente de diversidade e multiculturalidade inclusiva em todos os aspetos da
vida académica da UC, visando a eliminação de barreiras que afastam este grupo de estudantes
da frequência do Ensino Superior pela disponibilização de respostas adequadas a este problema
social.
Este objetivo assenta na premissa que a mudança esperada – assegurar a inclusão de estudantes
com NEE no Ensino Superior e na UC - não depende apenas das melhorias de recursos a afetar
ao apoio especializado, devendo assumir-se como uma intervenção transversal a toda a estrutura
da instituição e stakeholders externos, assegurando o reconhecimento interno e externo dos
apoios disponibilizados na UC que pode determinar a opção pelo acesso e continuidade de
formação superior destes estudantes.
Para as atividades compreendidas neste projeto foi previsto um orçamento total de 450.988,56€.
Os resultados de duas destas candidaturas (SAMA e EDP Solidária) foram conhecidos ainda em
2016, não tendo os projetos apresentados pelos SASUC obtido financiamento. Os resultados da candidatura
ao Fundo de Eficiência Energética ainda não foram divulgados.
Portugal Inovação Social
Esta iniciativa tem por finalidade consolidar, com o contributo de apoios financeiros, um
ecossistema de inovação e empreendedorismo social em Portugal capaz de gerar soluções sustentáveis, em
complemento às respostas tradicionais. Assume-se como catalisadora da inovação social em Portugal,
através de investimento social e de capacitação aos atores direta e indiretamente envolvidos em iniciativas
de inovação e empreendedorismo social (IIES). A Iniciativa Portugal Inovação Social visa utilizar instrumentos
financeiros inovadores adaptados às necessidades específicas do sector da economia social e solidária, numa
lógica orientada para resultados e maioritariamente reembolsável. A sua atuação deverá ser feita através de
quatro instrumentos específicos: Programa de Capacitação para o Investimento Social; Parcerias para o
Impacto; Fundos para Títulos de Impacto Social; Fundos para a Inovação Social.
Considerando a manifestação de interesse aos Títulos de Impacto Social com o PASEP, apresentada
pelos SASUC em setembro de 2015 e após a participação em sessões técnicas, concluiu-se que a proposta
dos SASUC não seria adequada a um Título de Impacto Social, revelando-se mais adequada no âmbito do
Programa de Capacitação para o Investimento Social.
Em 2016 abriu aviso para submissão de candidaturas ao instrumento Parcerias para o Impacto,
tendo sido desencadeadas reuniões com a Câmara Municipal de Coimbra para averiguar da possibilidade de
estabelecimento de parceria para eventual apresentação de candidatura a financiamento com o PASEP.
Adicionalmente procurou-se clarificar junto da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social da elegibilidade
dos SASUC como entidade promotora de candidatura, tendo-se obtido como resposta que os SASUC,
enquanto entidade pública e apesar da missão social, não são elegíveis como entidades promotoras de
iniciativas de inovação social no âmbito deste programa, orientado para o terceiro setor.
Concluiu-se, assim, que no âmbito desta linha de financiamento do Portugal 2020 os SASUC apenas
poderão participar como entidades parceiras e não como entidades promotoras.
A reflexão sobre as experiências de submissão de candidaturas a financiamento pelos SASUC tem
permitido identificar alguns obstáculos à meta definida no Plano de Ação SAS 2015-2019 no pilar de recursos
económico-financeiros – “Obter financiamento no valor de €1M em programas de financiamento ou
prémios”. Os requisitos de elegibilidade em linhas de financiamento na área da Inovação Social (que excluem
entidades públicas por não as considerarem entidades da economia social) e a reduzida dimensão e
especificidade das atividades dos SASUC em linhas de financiamento de modernização administrativa (que
penalizam a avaliação em parâmetros de relevância, escalabilidade e replicabilidade das operações) são os
fatores identificados como condicionantes dos resultados obtidos.
195 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
RECONHECIMENTO DE BOAS PRÁTICAS
Considerando a linha de orientação estratégica prevista na área de sustentabilidade “Marca UC”,
prevista no quadro de referência estratégica subjacente ao Plano Estratégico UC e Plano de Ação SAS 2015-
2019, – “Projetar o nome Universidade de Coimbra como fator crítico de sucesso e competitividade,
associado aos valores que a fundaram e ao inquestionável prestígio no universo das instituições de ensino
superior” – os SASUC têm procurado candidatar boas práticas implementadas nos serviços a prémios de
reconhecimento.
Nesse sentido, em 2016 foram apresentadas 6 candidaturas a prémios de reconhecimento de boas
práticas.
As boas práticas submetidas a reconhecimento compreenderam:
O Programa de Apoio Social a Estudantes através de atividades de Tempo
Parcial (PASEP), como intervenção inovadora, desenvolvida e implementada na UC,
visando a prevenção do abandono da UC e promoção da empregabilidade;
O projeto de Diagnóstico e Intervenção em estudantes alojados para a prevenção
do insucesso académico, como resposta preventiva ao problema do insucesso escolar
enquanto fator condicionante do acesso a apoios diretos da Ação Social no Ensino Superior
e promotora do sucesso académico;
O projeto U_Orbis – Universidade para Tod@s, visando desenvolver e ampliar o apoio
a estudantes com necessidades educativas especiais na Universidade de Coimbra,
promovendo um ambiente de diversidade e multiculturalidade inclusiva em todos os aspetos
da vida académica da UC, visando a eliminação de barreiras que afastam este grupo de
estudantes da frequência do ensino superior pela disponibilização de respostas adequadas a
este problema social.
A campanha contra o desperdício alimentar “Menos = Mais”, enquanto estratégia
de mobilização de ideias para resolução de uma questão social e ambiental de abrangência
global - o desperdício alimentar - alicerçada na reengenharia de processos (mentais e
produtivos), em ideias inovadoras e na participação das pessoas dos SASUC;
O modelo de comunicação interna dos SASUC – ATIVAR – enquanto estratégia de
comunicação interna multicanal, com recurso a instrumentos informativos (acesso a
informação de apoio à gestão), interativos (reuniões de estrutura e setoriais, grupos de
trabalho) e motivacionais (promoção do reconhecimento, acesso a formação e realização
de eventos comemorativos), orientado para o diálogo permanente entre os SASUC e as
suas pessoas, que visa fomentar o envolvimento e valorização das pessoas dos SASUC no
planeamento, gestão corrente da atividade, inovação dos serviços e celebração de
momentos marcantes.
Os prémios de reconhecimento de boas práticas aos quais foram submetidas candidaturas com as
boas práticas acima elencadas foram:
Food & Nutrition Awards
O Food & Nutrition Awards é a iniciativa de referência na
discussão de temas como Inovação, Indústria, Distribuição,
Agricultura, Saúde, Educação e, particularmente,
Alimentação e Estilos de Vida Saudável em Portugal,
trabalhando em estreita parceria com entidades
governamentais, empresas de distribuição, indústria
agroalimentar e canal horeca.
A este prémio os SASUC candidataram, em junho de 2016
na categoria “Sustentabilidade Alimentar”, a campanha
contra o desperdício alimentar “Menos = Mais”,
Nesta iniciativa, a boa prática dos SASUC foi reconhecida
entre as finalistas 2016.
197 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Prémio Manuel António da Mota
Promovido pela Fundação Manuel António da Mota, visa
distinguir organizações e personalidades que se destaquem
nos vários domínios da sua atividade. Em 2016 e naquela
que foi a sua 7ª Edição, o “Prémio Manuel António da
Mota” consagrou instituições que se distinguiram na
apresentação de projetos nos domínios da educação,
emprego e combate à pobreza e à exclusão social e que
contribuam para o desenvolvimento sustentável do país e
a construção de uma sociedade mais justa, coesa e
solidária.
A este prémio os SASUC candidataram, em julho de 2016,
duas boas práticas:
- projeto de Diagnóstico e Intervenção em
estudantes alojados para a prevenção do insucesso
académico;
- projeto U_Orbis – Universidade para Tod@s
Prémio Cooperação e Solidariedade António
Sérgio
Criado pela CASES em 2012, destina-se a homenagear as
pessoas singulares e coletivas que, em cada ano, mais se
tenham distinguido no setor da Economia Social. Em 2016
permitia a apresentação de candidaturas nas seguintes
categorias: Inovação e Sustentabilidade; Estudos e
Investigação; Formação Pós-Graduada; Trabalhos de
Âmbito Escolar; Prémio Especial Personalidade da
Economia Social.
A este prémio os SASUC candidataram, em julho de 2016,
o Programa de Apoio Social a Estudantes através
de atividades de Tempo Parcial (PASEP)
2.ª Edição do Showcasing de Boas Práticas -
Valorização das Pessoas
Iniciativa promovida pelo INA – Direção-Geral da
Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas, com
o objetivo de conferir visibilidade pública, numa perspetiva
pedagógica, a iniciativas da Administração Pública que
tenham como objetivo central a Valorização das Pessoas.
Na edição de 2016, cujo prazo para submissão de
candidaturas terminava em dezembro, possibilitava a
submissão de boas práticas nas categorias Liderança;
Comunicação interna; Gestão da Mudança; Comunicação
Interna e entre organismos e Responsabilidade Social.
Nesta iniciativa, os SASUC apresentaram duas
candidaturas a boas práticas:
- o modelo de comunicação interna dos SASUC –
ATIVAR, na categoria Comunicação interna;
- a campanha contra o desperdício alimentar
“Menos = Mais”, na categoria Responsabilidade Social
Estas atividades têm contribuído para a promoção e valorização, interna e externa, das atividades
desenvolvidas nos SASUC.
Nos últimos dois anos, os SASUC já viram reconhecidas 3 boas práticas em 4 iniciativas: em 2015
foram finalistas no Prémio Manuel António da Mota com o PASEP; viram o Xiribitatatá, produto alimentar
concebido no âmbito da campanha contra o desperdício alimentar “Menos = Mais”, reconhecido com o
Selo Prato Zero e foram reconhecidos pela AAC no apoio a atividades desportivas com o Prémio Salgado
Zenha. Em 2016 foram finalistas do Food & Nutrition Awards 2016 com a campanha contra o desperdício
alimentar – Figura 10.1.
Figura 10. 1 Distinções dos SASUC no âmbito da promoção de boas práticas.
APOIO À GESTÃO
O Gabinete de Apoio à Gestão (GAG), unidade orgânica dos SASUC cujas competências estão
definidas no artigo 5.º do Regulamento Orgânico, exerce funções técnicas de apoio e de preparação em
processos inerentes à tomada de decisão. Exerce ainda atividades de secretariado à Administradora e tem
incumbências no reporte de informação, na comunicação institucional, bem como no acompanhamento dos
processos do sistema de gestão da qualidade.
Sob coordenação da Administradora, em 31/12/2016, o GAG contava com 9 colaboradores (5
Técnicos Superiores, 2 Assistentes Técnicos e 2 Assistentes Operacionais), afetos a atividades diversas, que
visam, nomeadamente:
• Assegurar o apoio jurídico, visando contribuir para a segurança no processo de decisão, mitigando
o risco jurídico; assegurar a produção de informação jurídica, útil à natureza e objeto dos SAS, bem
como a instrução e acompanhamento de processos na área de natureza disciplinar;
• Acompanhar os processos de melhoria contínua, no âmbito do sistema de gestão da qualidade,
implementado pela UC, e do qual os SAS são parte integrante;
• Prospeção e interação com parceiros congéneres e/ou relevantes no âmbito da ação social no
ensino superior;
• Promoção da notoriedade e da credibilidade dos SAS, fomentando o nível interno e externo de
participação, de aceitação e de partilha de informação, no que diz respeito às atividades e aos
serviços prestados;
• Organização, dinamização e divulgação de eventos de caráter científico, informativo e
sociocultural, ligados à atividade direta dos SAS e da UC;
• O tratamento da correspondência interna e externa aos SAS e respetivos processos inerentes às
redes de comunicação;
• Assegurar os processos preventivos e corretivos no âmbito da higiene e segurança alimentar.
Ainda que o Gabinete de Nutrição e Controlo Alimentar, organicamente, esteja enquadrado na
Divisão de Alimentação, na sua componente de inspeção higiossanitária, reporta funcionalmente à
Administradora, razão pela qual se reporta, em sede de relatório de atividades, no âmbito das atividades do
GAG.
Assim, face à multiplicidade das atividades do GAG, por razões meramente metodológicas, de
comparabilidade e de agregação de informação, os capítulos seguintes reportarão as seguintes atividades:
• Apoio Jurídico
• Higiene e segurança alimentar
• Comunicação institucional
• Qualidade e melhoria continua
12.1 APOIO JURÍDICO
O GAG – Apoio Jurídico, dentro das suas competências, desenvolveu durante o ano de 2016, um
trabalho muito diversificado, desde a elaboração de pareceres, instrução de processos de inquérito em que
estiveram implicados trabalhadores dos SASUC e estudantes residentes nas Residências Universitárias,
informações, preparação de documentos a serem assinados pela Administração, elaboração de protocolos,
apoio aos processos pendentes em tribunal, patrocinados pelos advogados da Universidade de Coimbra e
dando apoio regular aos pedidos informais de colaboração na interpretação de normas ou no estudo de
casos, sempre que solicitados pelos diversos setores dos SASUC.
No ano de 2016, em termos de pessoas, o Gabinete de Apoio Jurídico contou com um Técnico
Superior Jurista, e a com a colaboração, no âmbito de estágio, de duas Juristas, até à data de 19/10/2016.
Destas estagiárias, uma esteve afeta aos processos da Divisão de Compras e Logística.
Da atividade do GAG - Apoio Jurídico, desenvolvida em 2016, destaca-se o seguinte:
1. Acompanhamento de estágios curriculares na área do Direito;
201 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
2. Participação em grupos de trabalho, designadamente, no grupo de trabalho constituído para
elaboração de um Novo Regulamento Geral das Residências Universitárias, que veio a ser
publicado no Diário da República 2.ª série, n.º 160, em 22 de agosto de 2016;
3. Elaboração de Guia Interno das atividades do ATL de Verão dos SASUC;
4. Participação em reunião de preparação para efeitos de celebração de protocolo de cooperação
com o CASPAE, Centro de Apoio Social de Pais e Amigos da Escola n.º 10, para promoção de
iniciativas de caráter social;
5. Colaboração no processo de gestão da receita, designadamente no procedimento de cobrança
de dívidas (pré-contencioso), em articulação com o Núcleo Financeiro, o Núcleo de Alojamentos,
os Serviços de Apoio à Infância e os Serviços de Saúde e Gestão da Segurança no Trabalho nos
seguintes termos:
a) Notificação formal dos devedores sobre a existência de montantes em débito relativos
serviços fornecidos pelos SASUC, em Residências Universitárias, Creche e Jardim de
Infância e SSGST.
b) Elaboração de acordos de pagamento com os devedores que responderam
positivamente às solicitações;
6. Preparação em articulação com o NGRH e a DAFRH, de documentos relevantes no âmbito do
Sistema de Gestão de Documentos (MOS), quer para o processo de gestão de RH, quer na
documentação associada aos procedimentos, designadamente:
a) Concurso e contratação de pessoal não docente;
b) Seleção e provimento de titulares dos cargos de direção intermédia;
c) Contrato emprego-inserção.
7. Elaboração do processo de registo dos Serviços de Saúde e Gestão da Segurança no Trabalho
junto da Entidade Reguladora da Saúde;
8. Elaboração, em articulação com o NGRH, da documentação integrante de procedimentos
concursais para recrutamento e seleção de pessoal e de provimento de cargos dirigentes
(informações e avisos de abertura) e da documentação que instruiu o contrato de aquisição de
serviços de arquitetura;
9. Elaboração de protocolos com entidades diversas.
Há ainda a destacar a participação em diversas reuniões de trabalho no âmbito da atividade dos
SASUC.
No âmbito de conclusões de processos de inquérito, destacam-se as principais oportunidades
identificadas para melhoria dos serviços prestados pelos SASUC:
- Processo n.º 8/2016, de 23 de fevereiro: acidente ocorrido no parque de estacionamento da
Universidade (P2), envolvendo uma viatura dos SASUC:
• Comportando a atividade de motorista um risco, que poderá colocar em perigo a integridade
física de pessoas (do próprio motorista, de outros ocupantes do veículo, ou mesmo de terceiros,
não transportados) e de bens, afigura-se pertinente, por uma questão de precaução, deverem os
trabalhadores dos SASUC, que exercem funções de motorista, sujeitar-se, nos termos legais, a
testes de alcoolemia, para determinação da sua aptidão ou inaptidão física e psíquica, para o
exercício das suas funções.
- Processo n.º 41/2016, de 30 de agosto: desaparecimento de uma televisão/plasma da
Residência Universitária do Pólo III:
• Colocação de ponteiras, tipo lança, no portão de acesso ao terraço, bem como revesti-lo com
chapa, de modo a dificultar a sua escalada;
• Fechar à chave a porta/janela, que se encontra ao fundo das escadas do piso -2, sobretudo durante
o período em que este piso esteja desabitado;
• Deixar as portas/janelas das cozinhas do piso -2, com uma pequena abertura, de modo a
possibilitar o arejamento, mas sem que haja possibilidade de alguém entrar por elas e sem
possibilidade de serem destrancadas, nos períodos prolongados.
- Processo n.º 50/2016, de 2 de dezembro - desaparecimento de roupa dos estendais, dentro
da lavandaria da ala central, do piso -1, da RU do Pólo III, furto de bens de alguns residentes,
faltas de higiene etc. Medidas temporárias:
• Colocar fechaduras/cadeados nos frigoríficos e dar as chaves aos residentes dos quartos que lhes
estejam adstritos;
• Fechar as cozinhas à chave no período entre as 00h00 e as 6h00.
203 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
12.2 HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR
Como já acima oportunamente referido, o processo de gestão da higiene e segurança alimentar é
assegurado pelo Gabinete de Nutrição e Controlo Alimentar (GNCA), no âmbito das competências que
lhe estão atribuídas no artigo 12.º, n.ºs 4 e 5 do Regulamento Orgânico dos SASUC. Tais competências
compreendem duas componentes:
A) Área de bioquímica, nutrição e qualidade alimentar, visando a garantia do controlo da qualidade
e boas práticas de higiene e segurança alimentar, que reporta funcionalmente à Divisão de
Alimentação;
B) Área de inspeção higiossanitária, que reporta funcionalmente à Administradora dos SASUC,
podendo, em articulação com aquela, desencadear medidas de contenção que impeçam a utilização
de produtos impróprios para consumo ou práticas inadequadas de higiene e segurança alimentar.
Para os SAS, a segurança alimentar tem uma relevância absoluta e o facto de permanentemente
serem desenvolvidas novas orientações regulamentares, associadas a melhores e diferentes técnicas de
produção, de preparação, de distribuição e fornecimento dos alimentos, obrigam as entidades, como os
SAS, com responsabilidades na alimentação coletiva, a um especial enfoque nas questões relacionadas com
o HACCP.
Assim, durante o ano de 2016 destaca-se um novo impulso dado à formalização, atualização e
acompanhamento do sistema HACCP vigente nos serviços de alimentação dos SASUC, visando a definição,
integração e atualização deste processo no sistema de gestão da qualidade da UC, bem como da formação
profissional das pessoas.
A) ÁREA DE BIOQUÍMICA, NUTRIÇÃO E QUALIDADE ALIMENTAR
Constituem já parte da rotina diária do GNCA, as recolhas e análises a alimentos confecionados,
bem como aos utensílios utilizadas nos vários setores alimentares. No Laboratório dos SASUC foram
analisados os seguintes parâmetros:
• Aeróbios Mesófilos a 30ºC;
• Bolores e Leveduras;
• Coliformes Totais e Fecais;
• E. Coli;
• Staphylococcus Coagulase positiva.
Na sequência das análises foram produzidos boletins analíticos para cada uma das amostras, com
o resultado de cada parâmetro analisado e com a respetiva apreciação com propostas de melhoria, caso se
apresente necessário. No final de cada mês foram realizados relatórios com os resultados e respetivas
apreciações de todas as análises efetuadas às várias amostras recolhidas.
Com recursos a parceiros externos, designadamente ao Laboratório do Instituto de Higiene e
Medicina Social da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, foram realizadas análises à água de
consumo humano de todas as unidades alimentares, Creche e Jardim de Infância, tendo sido analisados os
parâmetros constantes no Decreto-Lei nº 306/2007, de 27 agosto, bem como análises às mãos dos(as)
trabalhadores(as) de todas as unidades alimentares.
No âmbito da atividade do GNCA em 2016, há ainda a destacar:
• Revisão, em colaboração com o GAG-Inspeção Higiossanitária, do impresso Ficha de Visita
HACCP (SAS_Im0064);
• Participação no grupo de trabalho constituído para analisar a viabilidade da centralização da
produção alimentar dos SASUC;
• Revisão, em colaboração com o Núcleo de Alimentação, de todas as fichas técnicas de refeição
social (carne, peixe e vegetariana) e de novos pratos, tipo snack, criados, promovendo o seu
equilíbrio nutricional e calórico;
• Colaboração com os SAI na revisão de novas propostas de ementa, contendo géneros alimentares
diversificados, visando promover o equilíbrio nutricional da oferta alimentar a disponibilizar às
crianças que frequentam a Creche e o Jardim de Infância;
• Elaboração de tabela nutricional informativa para a oferta da Pizzaria Monumentais;
• Colaboração com o Núcleo de Alimentação na dinamização de Workshops Culinários;
• Participação na ação conjunta contra o Desperdício Alimentar;
• Acompanhamento dos programas de promoção da saúde pão.come e sopa.come, projetos
coordenados pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, com o objetivo de travar os
acidentes vasculares cerebrais e outros problemas de saúde como a hipertensão, reduzindo a
quantidade de sal no pão e na sopa, integrantes da iniciativa MINORSAL.SAÚDE;
• Revisão do “Manual HACCP”, em parceria com o GAG - Gabinete Higieossanitário;
• Realização, em parceria com GAG - Gabinete Higieossanitário de ações de monitorização da
qualidade higiossanitária de carnes processadas;
• Orientação de estágios curriculares no âmbito de protocolo celebrado com o Instituto
Politécnico de Leiria/Escola Superior de Saúde de Leiria;
• Elaboração de ementas da Creche e Jardim de Infância com a identificação dos alergénios, nos
termos definidos pela Lei;
• Ações de formação em parceria com GAG - Gabinete Higieossanitário, designadamente:
a) Boas práticas de higiene e gestão de circuitos dos Serviços de Catering – 65
participantes e duração de 130:00 horas;
b) Higiene dos manipuladores, comportamento pessoal e higiene das mãos – 27
participantes e duração de 27:00 horas.
B) ÁREA DE INSPEÇÃO HIGIOSSANITÁRIA
Na área de atuação preventiva e corretiva da inspeção higiossanitária, em 2016, sublinha-se:
• Participação no grupo de trabalho constituído para analisar a viabilidade da centralização da
produção alimentar dos SASUC, com o intuito de manter a qualidade dos serviços prestados ao
utente, bem como as melhorias das condições de trabalho, com reflexos na diminuição de custos
e rentabilização dos tempos de produção;
205 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
• Coordenação do grupo de trabalho contra o Desperdício Alimentar, através da realização de
ações de monitorização de pesagens de desperdícios nas unidades alimentares dos SASUC, em
épocas homólogas, bem como na sensibilização de trabalhadores e utentes para o combate ao
desperdício alimentar, pela adoção de boas práticas. Divulgação do trabalho realizado pelos
SASUC, no âmbito do combate ao Desperdício alimentar, em workshops e Comunicação Social.
• Participação no grupo de trabalho projeto de compostagem dos SASUC/III UC, com vista à
valorização de sobras vegetais não reutilizáveis, resultantes da preparação. Esta transformação
passará pela criação de compostos fertilizantes para utilização na exploração agrícola da quinta do
Palácio de S. Marcos.
• Idealização e programação, em parceria com a Faculdade de Farmácia, do Seminário “Garantir a
Segurança Alimentar – Diminuir o Desperdício com Inovação”, a realizar em 2017, para promover
o debate científico e de ideias, sobre a necessidade de aproveitar ao máximo os recursos
alimentares, bem como as metodologias técnicas e legais a adotar para garantir a segurança
alimentar desses produtos;
• Criação de ficha de auditoria HACCP, onde é monitorizada a funcionalidade de todos os
mecanismos, que garantem a segurança e saúde alimentar dos utilizadores dos Serviços de
Alimentação dos SASUC;
• Realização de ações de formação, a aproximadamente 100 funcionários, em parceria com GNCA,
versando sobre as temáticas:
a) Boas práticas de higiene e gestão de circuitos dos Serviços de Catering;
b) Higiene dos manipuladores, Comportamento Pessoal e Higiene das mãos.
• Revisão do impresso Ficha de Visita HACCP (SAS_Im0064), em parceria com GNCA, com vista a
uma maior adaptabilidade, versatilidade e utilidade dos dados obtidos;
• Revisão do “Manual HACCP”, em parceria com o GNCA, para atualização de conceitos,
adaptação constante à realidade dos SASUC, bem como formação contínua dos colaboradores;
• Realização, em parceria com GNCA, de ações de monitorização da qualidade higiossanitária de
carnes processadas onde, para além do exame organolético, condições de apresentação, higiene e
temperatura, são realizados testes laboratoriais para o despiste da presença de agentes
patogénicos.
12.3 COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
12.3.1 SAS E OS MEMBROS DA COMUNIDADE UC
Os canais utilizados para comunicar mantiveram-se face aos anos anteriores. São estes:
Website SAS (www.uc.pt/sasuc);
Facebook SAS (facebook.com/ServicosAcaoSocialUc);
Portal UC Alojamento (http://apps.uc.pt/accommodation);
Correio eletrónico institucional (@sas.uc.pt);
Órgãos informativos da UC e da AAC (PIMC; RUC; Jornal Universitário “A Cabra”);
Mailings via correio eletrónico;
Comunicação em suporte papel (cartazes; panfletos).
A prática da gestão do fluxo informativo proveniente de correio eletrónico através da aplicação
RT foi sedimentada em 2016, tendo sido aplicada no tratamento dos pedidos de atualização do website, que
em 2016 teve 274 atualizações.
No que concerne ao grau de abrangência das iniciativas de comunicação, quanto ao website e com
recurso à ferramenta Google Analytics, foi possível apurar que no período em apreço ocorreram 604.219
visualizações únicas de página (visualizações com exploração do website).
Com relação ao grau de sucesso na transmissão da informação e níveis de notoriedade alcançados
em 2016, com recurso à referida ferramenta, os principais dados numéricos a reportar relativamente ao
canal website são: 1.132.124 acessos ao website, com um tempo médio de acesso de 4,76 segundos. A
notoriedade máxima de uma publicação ocorreu em 11/09, com 603 visualizações.
As principais páginas visitadas foram as seguintes:
Homepage do Website;
Ementa;
Bolsas;
Apoio Médico;
Alojamento/Residências;
Procedimentos Concursais;
Alojamento/Estudantes-Nacionais;
PASEP.
Num exercício de comparação entre o número de visualizações registadas nas 50 páginas mais
visitadas do website entre os anos 2015 e 2016, constata-se que o número aumentou de 259.984 em 2015,
para 555.857, em 2016, o que traduz um aumento de 114%.
207 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
A presença dos SASUC nas redes sociais continuou a cingir-se ao Facebook, que registou a
visualização máxima numa publicação do dia 11 de fevereiro. O post alcançou 12 031 pessoas e era relativo
a uma reportagem da RTP sobre a campanha de combate ao desperdício alimentar “Menos é igual a mais”.
Quanto à interação, o número de seguidores manteve a trajetória ascendente, tendo o número global de
‘gostos’ de página variado entre 5 028 no primeiro dia do ano e 6 002 a 31 de dezembro, o que
correspondeu a um aumento real de 974 ‘gostos’ ao longo do ano. – Gráfico 12. 3.1.1
Gráfico 12. 3.1.1 Evolução do n.º de ‘gostos’ no Facebook dos SASUC ao longo de 2016.
O envolvimento máximo (em interatividade) foi atingido a 10 de fevereiro, data em que uma
publicação relativa ao projeto Limites Invisíveis registou 87 ‘gostos’, 2 comentários e 52 partilhas – Figura
12. 3.1.1
Figura 12. 3.1.1 Publicação no Facebook, no dia 10.02.2016, relativa ao projeto Limites Invisíveis
A tipologia das iniciativas manteve-se inalterada. Foram disseminados conteúdos relativos aos
apoios e serviços disponibilizados, prazos e alterações ao funcionamento ou oferta, com destaque para os
destinados a estudantes.
Quanto ao tom comunicacional utilizado, manteve-se uma abordagem informal, atendendo ao
público-alvo deste meio, situado na faixa etária dos 18 a 24 anos.
No que se refere à crescente preocupação com o bilinguismo na comunicação com os membros
da comunidade universitária, foi prosseguido o objetivo da tradução de conteúdos do website para língua
inglesa, evidenciados pela elevada percentagem de conteúdos traduzidos (64% dos conteúdos de primeiro
nível; 37% dos conteúdos de segundo nível e 26% dos conteúdos de terceiro nível), tendo-se verificado
Posts facebook643; 48%
Cartazes
128; 10%
Flyers5; 0%
Iniciativas divulgação270; 20%
Publicações/atualizações Website 274, 21%
Notas de imprensa
19, 1%
Posts facebook Cartazes
Flyers Iniciativas divulgação
Publicações/atualizações Website Notas de imprensa
35895 visitas à versão do website em língua inglesa. Destaca-se a produção de 128 cartazes, 55 dos quais
em língua inglesa, dirigidos à população internacional.
No período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro foram produzidos os seguintes
conteúdos e suportes informativos – Gráfico 12. 3.1.2
Gráfico 12. 3.1.2 Conteúdos/suportes informativos produzidos em 2016, em número e percentagem.
Em relação à presença dos SAS nos meios de comunicação social, em 2016, os dados obtidos a
partir do clipping, efetuado diariamente através da plataforma CisionPoint, permitem contabilizar 501
referências em órgãos de comunicação social. - Gráfico 12. 3.1.3
Gráfico 12. 3.1.3 N.º de referências aos SASUC em órgãos de comunicação social, em 2015 e 2016.
A este respeito, no mês de janeiro os órgãos de comunicação social destacaram a extensão dos
“Encontros de Cozinhas do Mundo” às cantinas do Polo II; o mês de fevereiro foi marcado pelos bons
resultados alcançados na campanha de combate ao desperdício alimentar e nos inquéritos de satisfação
alimentar. O desperdício voltou a ser falado em março, juntamente com a campanha de empréstimo de
0
100
200
300
400
500
600
2015 2016
296
501
209 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
trajes académicos, promovida pelos SAS. Abril foi pautado pela visita do Presidente da República, Marcelo
Rebelo de Sousa, à Residência Universitária Alegria.
Em maio, mês de Queima das Fitas, a imprensa destacou o apoio alimentar prestado à festa dos
estudantes e o empréstimo de capas e batinas, assim como o lançamento das comemorações dos 50 anos
dos SASUC. Junho ficou assinalado pela abertura do buffet de leguminosas na Sala B das cantinas centrais; o
mês de julho foi dedicado à conferência “Horizontes da ação social no Ensino Superior” e à invenção do
“Zeca”, a mascote olímpica criada pelas crianças do Jardim de Infância.
O Dia de Porta Aberta, que permitiu conhecer por dentro as residências universitárias, foi o
destaque de setembro, mês de arranque de mais um ano letivo. Novembro coincidiu com os 50 anos dos
SAS e, como tal, foi pautado por referências ao programa de comemoração do aniversário, com especial
destaque para o concerto dos The Gift no TAGV e o lançamento da Revista Rua Larga.
Em dezembro os SAS estiveram em destaque na i9 magazine, com um artigo alusivo ao programa
PASEP. O ano não terminou sem a habitual ceia de Natal, organizada para os estudantes deslocados, e pelo
concerto solidário dos Antigos Orfeonistas da UC, que encerrou o programa dos 50 anos dos Serviços de
Ação Social da Universidade de Coimbra.
Algumas das referências a iniciativas promovidas pelos SAS e destaques dados à sua atividade
poderão ser observados na Figura 12. 3.1.2.
Figura 12. 3.1.2 Destaques noticiosos relativos à atividade dos SAS em 2016.
Relativamente à divulgação dos serviços que prestam aos membros da comunidade UC,
verificaram-se deslocações a faculdades e departamentos da UC, a convite de núcleos de estudantes e
divisões de acolhimento e mobilidade da Universidade.
Para acolhimento aos novos estudantes da UC, os SAS estiveram presentes nas matrículas, nas
duas principais fases de acesso, em salas próprias, onde os estudantes puderam tratar de assuntos relativos
à candidatura a bolsa de estudo, a alojamento, a credenciais para utilização dos serviços de saúde e receber
informação genérica sobre os serviços e apoios disponibilizados em matéria de ação social.
211 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Na primeira fase de acesso, os SASUC voltaram a desenvolver na Rua Larga uma iniciativa de apoio
aos estudantes e aos seus familiares, instalando uma cafetaria onde foi possível servir refeições rápidas
(pequeno almoço e snacks ao longo do dia) e realizar 2 showcookings diários. Em paralelo, foi criada uma
zona de reunião no exterior, onde se realizaram sessões diárias de esclarecimento de dúvidas relativas a
bolsas, alojamento e apoio a estudantes com necessidades educativas especiais. A iniciativa foi muito bem
acolhida pelos participantes permitindo, para além do apoio alimentar a familiares e estudantes, clarificar
dúvidas, atenuar ansiedades e afirmar a presença dos SAS junto dos estudantes da UC desde o primeiro dia
em ambiente informal e de confiança, apresentando iniciativas, serviços de apoio e canais de comunicação
à disposição dos novos alunos. – Figura 12. 3.1.3
Figura 12. 3.1.3 Acolhimento aos novos estudantes da UC pelos SASUC – Setembro 2016.
Em 2016, os SASUC voltaram a organizar o Dia da Porta Aberta, abrindo as portas das residências
a novos alunos da UC. Assim, a 11 de setembro, entre as 15h e as 19h, os Serviços de Ação Social
permitiram uma visita livre às suas 14 residências universitárias, sem qualquer marcação prévia.
Para além da promoção do contacto e troca de experiências entre os novos estudantes e os
residentes, os objetivos da visita prendem-se com a possibilidade de os novos residentes se instalarem
tranquilamente ao fim de semana, bem como permite que no início do ano letivo os novos estudantes e as
suas famílias conheçam as condições dos alojamentos dos SASUC.
12.3.2 SAS NA CAPTAÇÃO DE NOVOS PÚBLICOS
A captação de novos públicos para a UC continuou a ser privilegiada, tendo os SAS continuado a
colaborar nas iniciativas promovidas pelo Projeto PIMC, designadamente no âmbito do programa educativo
de visitas “Um dia na UC” e na “Universidade de Verão”, através da concessão de apoios de natureza
alimentar, alojamento ou informação.
O apoio dos SASUC no âmbito das visitas educativas à UC traduziu-se na prestação de apoio
alimentar a um total de 2.791 alunos e 151 acompanhantes, em cada uma das 34 visitas realizadas.
Além da referida colaboração, os SAS também continuaram a possibilitar a estudantes pré-
universitários, seus professores ou familiares a possibilidade de pernoita em residências universitárias em
períodos correspondentes a férias letivas e de visitar as residências no Dia da Porta Aberta.
12.3.3 SAS COM AS SUAS PESSOAS
As pessoas dos SASUC foram chamadas a reunir, para alinhamento das equipas com orientações
estratégicas transversais e setoriais e gestão participada, destacando-se nesse contexto as reuniões para
apreciação de resultados e implementação de melhorias no apoio alimentar prestado e nas diversas unidades
alimentares; para planeamento e organização das comemorações dos 50 anos dos SAS; para constituição
de grupos de trabalho com vista à organização de iniciativas de apoio a festividades académicas (Queima
das Fitas e Latadas) ou eventos de captação de novos públicos e da campanha de combate ao desperdício
alimentar. Também será de realçar a realização de 10 reuniões com dirigentes e coordenadores de equipa
para participação na construção do plano de atividades para 2016 – Quadro 12.3.3.1.
Data/Área Destinatários Assunto
05.01.2016
Alimentação
Divisão de Alimentação e
Encarregados das Unidades
Alimentares
Análise dos resultados do inquérito à satisfação com o
apoio alimentar
07.01.2016
Alimentação
Director Serviços de Apoio ao
Estudante, Divisão de
Alimentação GNCA
Centralização da confeção para as cantinas Vermelhas no
Pólo III
12.01.2016
Alimentação
Divisão de Alimentação, Divisão
de Oferta Integrada de Serviços e
Universidade de Coimbra
Reservas da UC/Agência Travel Europe
13.01.2016
Alimentação
Divisão de Alimentação,
Encarregados das Unidades
Alimentares Polo III e Vermelhas,
GNCA
Centralização da confeção para as cantinas Vermelhas no
Pólo III
20.01.2016
Alimentação
Divisão de Alimentação, Divisão
de Compras e Logística e
Gabinete de Sistemas
Informáticos e de Informação
Implementação de Requisições Padaria/Pastelaria #1
22.01.2016
Alimentação
Divisão de Alimentação,
Encarregados das Unidades
Alimentares Polo III e Vermelhas,
Gabinete de Nutrição e Controlo
Alimentar
Centralização da confeção de refeições para as cantinas
Vermelhas no Polo III – Follow-up
22.01.2016
Alimentação Divisão de Alimentação
Preparação do plano de alimentação da iniciativa Sabores
da Escrita
28.01.2016
Alimentação
Divisão de Alimentação e
Encarregados das Unidades
Alimentares
Análise dos resultados obtidos no processo de auscultação
da alimentação
15.02.2016
Alojamentos,
Bolsas
Divisão de Acolhimento e
Integração, PASEP e
Coordenadora do PASEP
Preparação do plano de atividades para 2016 #1
15.02.2016
Nutrição e
Controlo
Alimentar, Inspeção Higio-
sanitária
Gabinete de Nutrição e Controlo
Alimentar e Gabinete de Inspeção
Higio-sanitária
Preparação do plano de atividades para 2016 #2
15.02.2016
Alimentação Divisão de Alimentação Preparação do plano de atividades para 2016 #3
15.02.2016
Jurídico
Gabinete de Apoio à Gestão/
Jurídico Preparação do plano de atividades para 2016 #4
15.02.2016
Apoio à
Infância
Coordenadores Pedagógicos da
Creche e Jardim de Infância Preparação do plano de atividades para 2016 #5
17.02.2016
Oferta
Integrada de
Serviços
Divisão de Oferta Integrada de
Serviços Preparação do plano de atividades para 2016 #6
213 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Data/Área Destinatários Assunto
17.02.2016
Saúde e
Segurança no
Trabalho
Serviços de Saúde e de Gestão da
Segurança no Trabalho
Preparação do plano de atividades para 2016 #7
18.02.2016
Apoios Sociais Fundo Solidário Apoio a alunos com dificuldades económicas
19.02.2016
Sistemas
Informáticos e de Informação
Gabinete de Sistemas
Informáticos e de Informação Preparação do plano de atividades para 2016 #8
19.02.2016
GAG/
Comunicação
Gabinete de Apoio à Gestão/
Comunicação Preparação do plano de atividades para 2016 #9
22.02.2016
Alimentação
Diretor dos Serviços de Apoio ao
Estudante, Divisão de
Alimentação, GNCA,
Encarregados Vermelhas e Pólo III
Centralização da confeção das refeições para as Vermelhas
no Pólo III
23.02.2016
Financeira,
Recursos
Humanos
Divisão Administrativa, Financeira
e de Recursos Humanos Preparação do plano de atividades para 2016 #10
24.02.2016
Alimentação
Responsáveis da Divisão de
Alimentação, Divisão de Compras
e Logística e Gabinete de Sistemas
Informáticos e de Informação
Implementação de Requisições Padaria/Pastelaria #2
24.02.2016
Manutenção
Vice-Reitor Prof. Doutor Vítor
Murtinho, Diretora de Serviços
de Suporte à Atividade, Arq.ª
Manuela Nogueira
Análise e definição de prioridades relativamente às
intervenções previstas no plano de infraestruturas
08.03.2016
Diretor dos Serviços de Apoio ao
Estudante, Divisão de
Alimentação, Encarregada do
Complexo Central
Análise dos problemas de funcionamento e gestão do
complexo central
09.03.2016
Alimentação
Divisão de Alimentação e
Gabinete de Nutrição e Controlo
Alimentar
Projeto campanha de combate ao desperdício alimentar
16.03.2016
Alimentação
Responsáveis da Divisão de
Alimentação, Divisão de Compras
e Logística e Gabinete de Sistemas
Informáticos e de Informação
Implementação de Requisições Padaria/Pastelaria #3
17.03.2016
Apoios Sociais Fundo Solidário Apoio a alunos com dificuldades económicas
18.03.2016 Alojamentos
Divisão de Acolhimento e
Integração, Divisão de
Alimentação, Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no
Trabalho e Gabinete de Apoio à
Gestão/ Comunicação
Preparação do Torneio Inter-Residências 2016
21.03.2016
Alojamentos
Divisão de Acolhimento e
Integração e Gabinete de Apoio à
Gestão/ Jurídico
Alteração do Regulamento das Residências Universitárias
30.03.2016
Alojamentos,
Alimentação
Divisão de Acolhimento e
Integração, Divisão de
Alimentação, Núcleo de
Manutenção e Conservação e
Divisão de Compras e Logística
Planeamento das intervenções nos edifícios para a pausa
letiva do verão
11.04.2016
Apoio à
Infância
Coordenadores Pedagógicos da
Creche e do Jardim de Infância,
Gabinete de Apoio à Gestão/
Comunicação
Preparação do ATL de Verão
18.04.2016
Alimentação
Responsáveis da Divisão de
Alimentação, Divisão de Compras
e Logística e Gabinete de Sistemas
Informáticos e de Informação
Implementação de Requisições Padaria/Pastelaria #4
20.04.2016
Alimentação
Divisão de Alimentação, Divisão
de Serviços de Suporte à
Atividade, Divisão de Compras e
Preparação Queima das Fitas 2016
Data/Área Destinatários Assunto
Logística, Divisão de Oferta
Integrada de Serviços e Gabinete
de Apoio à Gestão/ Comunicação
21.04.2016
Apoios Sociais Fundo Solidário Apoio a alunos com dificuldades económicas
26.04.2016
Alimentação
Divisão de Alimentação, Gabinete
de Nutrição e Controlo
Alimentar e Gabinete de Apoio à
Gestão/ Comunicação
Preparação do buffet de Leguminosas
10.05.2016
Administração SASUC Preparação das Comemorações dos 50 Anos dos SASUC
12.05.2016
Saúde e
Segurança no
Trabalho
Direção de Serviços de Suporte à
Atividade, Serviços de Saúde e de
Gestão da Segurança no Trabalho
e Gabinete de Sistemas
Informáticos e de Informação
Integração Receita GIGES-GIAF #1
12.05.2016
Alojamentos
Direção de Serviços de Suporte à
Atividade, Direção de Serviços de
Apoio ao Estudante, Divisão de
Acolhimento e Integração e
Gabinete de Sistemas
Informáticos e de Informação
Integração Receita GIGES-GIAF #2
12.05.2016
Apoio à
Infância
Direção de Serviços de Suporte à
Atividade, Direção de Serviços de
Apoio ao Estudante e Gabinete de
Sistemas Informáticos e de
Informação
Integração Receita GIGES-GIAF #3
16.05.2016
Alimentação
Responsáveis da Divisão de
Alimentação, Divisão de Compras
e Logística e Gabinete de Sistemas
Informáticos e de Informação
Implementação de Requisições Padaria/Pastelaria #5
23.05.2016
Saúde e
Segurança no
Trabalho
GSII, Chefe Divisão SSGST Identificação das necessidades de melhorias no sistema de
marcação de consultas através da aplicação e-consultas.
30.05.2016
Alojamentos,
Bolsas
Direção de Serviços de Apoio ao
Estudante, Divisão de
Acolhimento e Integração,
Serviços de Saúde e de Gestão da
Segurança no Trabalho e Gabinete
de Apoio à Gestão/ Comunicação
Preparação Matrículas 2016
01.06.2016
Alimentação
Direção de Serviços de Apoio ao
Estudante e Encarregado da
Unidade Alimentar S. Jerónimo
Análise de reclamação relativa a almoço no Colégio de
Jesus
08.06.2016
Alimentação
Encarregados das Unidades
Alimentares
Análise do tableau de bord do 1º semestre (dados
acumulados ao mês de maio) referente ao nº de refeições
servidas
14.06.2016
Alimentação
Divisão de Alimentação, Divisão
de Compras e Logística e
Gabinete de Sistemas
Informáticos e de Informação
Implementação de Requisições Padaria/Pastelaria #6
16.06.2016
Apoios Sociais Fundo Solidário Apoio a alunos com dificuldades económicas
22.06.2016
UC-Num
GAG, GSII, Divisão de
Acolhimento e Integração e
Coordenadora do PASEP
Validação do dashbord do Pasep e Alojamentos
22.07.2016 Vice-Reitor Prof. Doutor Vitor
Murtinho Candidatura ao Fundo de Eficiência Energética
27.07.2016
Alimentação Equipa da Padaria/Pastelaria
Ponto de situação da capacidade da equipe para assegurar
a produção após a aposentação do Senhor Ramiro
28.07.2016
Alimentação Divisão de Alimentação Projeto de centralização da Cantina Central - SUCH
215 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Data/Área Destinatários Assunto
09.08.2016
Manutenção GESA, Núcleo Manutenção Candidatura ao Fundo de Eficiência Energética
12.08.2016
Comunicação
Elementos do Gabinete de Apoio
à Gestão/ Comunicação Ponto de situação da elaboração de conteúdos
05.09.2016
Oferta
Integrada de
Serviços,
Gestão Espaços
e Limpezas
Divisão de Oferta Integrada de
Serviços Análise dos problemas de gestão das equipas
08.09.2016
Apoio à
Infância
Coordenadores Pedagógicos da
Creche e do Jardim de Infância,
Gabinete de Apoio à Gestão/
Comunicação
Preparação do ano letivo 2016/2017
13.09.2016
Apoio à
Infância
Coordenadores Pedagógicos da
Creche e do Jardim de Infância,
Gabinete de Apoio à Gestão/
Comunicação
Preparação do novo Ano Letivo
14.09.2016
Alimentação
Divisão de Alimentação, Divisão
de Compras e Logística, Divisão
de Oferta Integrada de Serviços,
Gabinete de Apoio à Gestão/
Comunicação e Encarregado da
Unidade Alimentar Polo II
Implementação da linha de snack no CAP II
20.09.2016
SASUC Dirigentes dos SASUC Preparação Semana Cultural UC
21.09.2016
Alojamentos
Divisão de Acolhimento e
Integração Reunião geral de delegados
26.09.2016
GAG GAG Qualidade
Integração de novo colaborador no GAG, áreas de gestão
do sistema de qualidade, monitorização/produção de
informação para gestão, candidaturas a financiamento
27.09.2016
Saúde e
Segurança no
Trabalho
Diretora Serviços Suporte à
Atividade, GSII, Chefe Divisão
SSGST
Ponto de situação da integração da receita dos SSGST.
Ponto de situação da implementação de melhorias na
aplicação e-consultas.
27.09.2016
Alimentação
Diretor Serviços Apoio ao
Estudante, Divisão de
Alimentação. Encarregados, GAG
Análise dos indicadores de atividade dos Bares
27.09.2016
Alimentação
Diretor Serviços Apoio ao
Estudante, Divisão de
Alimentação, Divisão de Compras
e Logística, Encarregado Serviço
de Catering, Médico Veterinário
Análise do ponto de situação da implementação de
medidas de controlo e monitorização da atividade do
serviço de catering impostas pela DGAV
10.10.2016
Alimentação Divisão de Alimentação
Ponto de situação do projeto de centralização da
produção
11.10.2016
Oferta
Integrada de
Serviços
Diretora de Serviços de Apoio à
Atividade, Coordenadora da
DOIS
Análise da situação dos RH afetos à DOIS
18.10.2016
Apoio à
Infância
Chefe Divisão SSGST,
Coordenador Pedagógico JI,
Doutorandas de Medicina
Programa de Doutoramento em Ciências da Saúde – cárie
precoce na infância
26.10.2016
Armazém
Diretora de Serviços de Apoio à
Atividade, Divisão de Compras e
Logística, Médico Veterinário
Análise do funcionamento e identificação de oportunidade
de melhoria na sala de corte e demolha de bacalhau e na
sala de corte e embalamento de carnes
31.10.2016
Alimentação
Divisão de Alimentação e
Gabinete de Apoio à Gestão/ Comunicação
Preparação do relançamento da iniciativa “Cozinhas do
Mundo”
02.11.2016
Alimentação
Director de Serviços de Apoio ao
Estudante, Diretora de Serviços
de Apoio à Atividade, Divisão de
Alimentação, Divisão de Compras
e Logística, Médico Veterinário
Sala de corte e embalamento de carnes – redefinição dos
cortes
Data/Área Destinatários Assunto
09.11.2016
Manutenção
Diretora de Serviços de Apoio à
Atividade, Divisão de Compras e
Logística
Ponto de situação da execução do plano de infraestruturas
11.11.2016
Alimentação
Diretor de Serviços de Apoio ao
Estudante e Serviço de Utilização
Comum dos Hospitais
Planeamento de ação de formação em cozinha vegetariana.
Projeto centralização de cozinhas.
14.11.2016
Sistemas
Informáticos e
de Informação
Gabinete de Sistemas
Informáticos e de Informação Preparação do Plano de Ação
16.11.2016
Compras e
Logística
Diretora de Serviços de Suporte à
Atividade, Divisão de Compras e
Logística e Gabinete de Sistemas
Informáticos e de Informação
Implementação de controlo de produtos por validade e
lotes. Projeto subarmazéns.
30.11.2016
Alimentação
Diretor dos Serviços de Apoio ao
Estudante, Divisão de
Alimentação, Encarregados
Químicas e Bar da FLUC
Análise do funcionamento do bar da FLUC e transição da
gestão para o novo Encarregado
13.12.2016
Trabalhadores
SASUC
Diretor dos Serviços de Apoio ao
Estudante, Diretora de Serviços
de Apoio à Atividade, Chefe da Divisão Administrativa, Financeira
e Recursos Humanos,
Coordenadora da Divisão de
Oferta Integrada de Serviços e
Gabinete de Apoio à Gestão/
Comunicação e Qualidade e
Monitorização
Preparação da Festa de Reis (Convívio de atuais e antigos
trabalhadores dos SASUC)
16.12.2016
Alimentação
Divisão da Alimentação,
Departamento de Engenharia
Mecânica
Análise e discussão do funcionamento do bar do DEM e
identificação de oportunidades de melhoria
28.12.2016
Oferta
Integrada de Serviços
Diretora de Serviços de Apoio à
Atividade, Coordenadora da
DOIS. GAG
Análise do relatório de auditoria interna à Unidade de
Gestão de Espaços e Limpeza
Quadro 12.3.3.1 Reuniões setoriais em 2016, por datas/áreas, participantes e objetivos
Como é hábito, os atuais e antigos trabalhadores dos SAS tiveram oportunidade de conviver fora
do contexto habitual de trabalho, em mais uma edição da Festa de Reis, com oficinas temáticas de dança e
modelagem de balões, jantar de confraternização e animação musical, com recurso ao envolvimento dos
trabalhadores na organização. – Figura 12.3.3.2.
Figura 12.3.3.2 Festa de Reis dos SAS no dia 09.01.2016, no Centro Cultural Dom Dinis
De modo não presencial, a comunicação formal entre os SAS e os seus trabalhadores verificou-se
com recurso a comunicações internas, à plataforma MyGiaf, à Intranet e ao correio eletrónico ou em papel.
217 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
12.4 PLANEAMENTO, AVALIAÇÃO E MELHORIA
O acompanhamento do processo de planeamento, avaliação e melhoria contínua (P202 –
Planeamento, Avaliação e Melhoria) dos apoios e serviços disponibilizados pelos SAS à comunidade UC é
assegurado no âmbito das competências do Gabinete de Apoio à Gestão, previstas no artigo 5.º, alíneas a),
f) e i) do Regulamento Orgânico dos SAS.
Este processo é gerido em estreita articulação com a Administração da UC, concretamente com a
Divisão de Planeamento, Gestão e Desenvolvimento (DPGD), no âmbito do planeamento estratégico (P010
– Planeamento da UC) e com a Divisão de Avaliação e Melhoria Contínua (DAMC), com competências
diretas na dinamização e operacionalização do Sistema de Gestão da UC (SG.UC), monitorização e avaliação
do sistema (P006 – Monitorização do desempenho do sistema; P004 – Auditorias internas da qualidade;
P007 – Auscultação das partes interessadas; P072 – Avaliação institucional) e melhoria contínua (P005 –
Ferramentas de melhoria contínua).
A execução deste processo permite assegurar a implementação do ciclo PDCA – Plan, Do, Check,
Act – no sistema de gestão, garantindo o respetivo desenvolvimento e melhoria contínua.
Considerando o enquadramento já apresentado do sistema gestão e da execução do planeamento
estratégico da UC nos SASUC, neste capítulo centramo-nos na apresentação dos resultados das atividades
realizadas nos SAS, em 2016, no âmbito de cada um dos procedimentos compreendidos no Planeamento,
Avaliação e Melhoria com intervenção dos SASUC.
12.4.1 DESENVOLVIMENTO DO SGQ-UC NOS SAS
Considerando o subsistema de gestão SASUC no âmbito do SG.UC, a execução do P001 – Gestão
de documentos internos nestes Serviços é realizada no âmbito do P074 – Apoio à comunidade universitária
(processo compreendido no mapa de processos do SG.UC) e do SAS_P021 – Suporte ao apoio à
comunidade universitária (processo do subsistema de gestão SASUC). A documentação do subsistema de
gestão dos SASUC é disponibilizada no repositório de documentação da área reservada da UC
MOS|SASUC.
A documentação do subsistema de gestão SASUC é elaborada pelos respetivos gestores de
processo, revista pelo Gabinete de Apoio à Gestão e aprovada pela Administradora dos SASUC.
Em 2016, no âmbito deste procedimento, destaca-se a construção do processo SAS_P021 –
Suporte ao apoio à comunidade universitária, visando a organização dos procedimentos dos serviços de
suporte à atividade nos SASUC que, atendendo à autonomia administrativa e financeira dos SASUC, não
são comuns aos processos compreendidos nos pilares de recursos do mapa de processos do SG.UC. Na
sequência da definição deste processo, houve necessidade de rever o P074 para incluir processos que,
embora geridos no âmbito das competências de áreas de suporte, disponibilizam serviços à comunidade
UC, designadamente de tratamento de roupas; aluguer de hábitos talares, banco de trajes académicos e
utilização de espaços dos SASUC.
No âmbito do P074 – Apoio à comunidade universitária, foram implementados e integrados no
MOS|SASUC, em 2016, 4 procedimentos (SAS_P005 – Serviços de catering; SAS_P006 – Acesso a serviços
de saúde; SAS_P009 – Registo e Investigação de Incidentes ou Acidentes de Trabalho; SAS_P020 – Gestão
de Ofertas de alojamento local no portal UC Alojamentos), um Guia de Orientação (SAS_GO005 – “e-
Consultas – Manual do Utilizador. Marcação de atos médicos online”) e 17 impressos (3 novos e 14
revisões).
Por seu lado, no âmbito do SAS_P021 - Suporte ao apoio à comunidade universitária, além do
desenvolvimento e integração no MOS|SASUC deste processo, foram implementados uma Instrução de
Trabalho (SAS_IT013 – Recolha de amostra preventiva); um guia de orientação (SAS_GO001 –
Atendimento e contacto telefónico nos SASUC) e 17 impressos (9 novos e 8 revisões).
Até 31/12/2016 já tinham sido integrados no MOS|SASUC 149 documentos - Quadro 12.4.1.1
Tipo de Documento
N.º de documentos
integrados no MOS-
SASUC
Processo 1
Procedimento 10
Instrução de Trabalho 6
Guia de Orientação 2
Impresso 130
Quadro 12.4.1.1 Documentação integrada no MOS-SASUC a 31-12-2016
Dos 23 procedimentos previstos no processo P074 – Apoio à Comunidade Universitária (na sua revisão
12.0 de 28/12/2016), estão integrados no MOS|SASUC 10 procedimentos, correspondendo a um grau de
desenvolvimento de 43%.
O processo SAS_P021- Suporte ao apoio à comunidade universitária integra 67 procedimentos, IT e GO,
estando já integrados no MOS|SASUC 5 em 67 revistos, correspondendo a um grau de desenvolvimento
de cerca de 7,5%.
12.4.2 MONITORIZAÇÃO DA ATIVIDADE E DO PLANEAMENTO
As atividades críticas desenvolvidas no âmbito dos vários processos de gestão dos SAS são
monitorizadas regularmente, tendo vindo a ser desenvolvidos esforços visando a definição de indicadores
de gestão e a estabilização de fontes de informação para assegurar o reporte periódico e contínuo de
informação de apoio à gestão. Para tal, o desenvolvimento do SG.UC nos SASUC, não apenas na sua
componente documental, mas também ao nível dos Sistemas de Informação, tem sido crucial para assegurar
a referida monitorização.
219 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
A este nível destaca-se a colaboração, desde 2015, no projeto UC_Num, promovido pela UC,
visando a disponibilização de um dashboard de indicadores de atividade relevantes no âmbito da
monitorização do Plano Estratégico da UC (KPI e outros) e que prevê um módulo referente à Ação Social
na UC, compreendendo indicadores de atividade dos apoios diretos, PASEP, serviços de alimentação, de
alojamento, de apoio à infância e serviços de saúde. Em 2016 apenas houve desenvolvimentos da
colaboração com este projeto no 1.º semestre, tendo os trabalhos diminuído a intensidade no 2.º semestre,
considerando a redução da equipa da UC que estava a acompanhar o desenvolvimento do projeto.
Na ausência desta ferramenta para a monitorização célere de indicadores de atividade, nos SASUC
tem sido dada continuidade à recolha e tratamento mensal de dados para aferir indicadores para a
monitorização da atividade dos serviços de alimentação, garantindo a atualização e disponibilização regular
do Tableau de Bord Alimentação aos órgãos de gestão dos SAS. Com periodicidade inferior têm sido tratados
indicadores de atividade de todas as valências dos SASUC, como informação de apoio à gestão no âmbito
de reuniões setoriais e de estrutura. É ainda elaborado anualmente Relatório de Atividades dos SASUC,
além do Relatório de Gestão e Contas, documento onde se procura descrever detalhadamente a atividade
dos SAS no ano em apreço, apresentando-se e analisando-se os principais indicadores de gestão aferidos
para a totalidade dos processos destes Serviços. Este exercício revela-se extremamente importante, não só
para a organização da informação de apoio à gestão, como para a reflexão sobre o desenvolvimento dos
processos geridos no âmbito das competências dos SAS.
No âmbito da monitorização e acompanhamento do planeamento estratégico definido para os SAS
(Plano de Ação SASUC 2015-2019), reporta-se semestralmente à Divisão de Planeamento, Gestão e
Desenvolvimento da Administração da UC, indicadores e informação complementar, no âmbito do P010 –
Planeamento da UC (com base no Guia de Orientação e impressos definidos para a Monitorização dos
Planos de Ação).
Adicionalmente, em articulação com a DAMC e no âmbito da monitorização da atividade para a
disponibilização de informação de apoio à gestão com vista à melhoria contínua dos processos, são
desenvolvidas atividades nos SASUC no âmbito do P004 – Auditorias internas da qualidade e P007 -
Auscultação das partes interessadas.
AUDITORIAS INTERNAS DA QUALIDADE
A gestão de auditorias internas da qualidade no âmbito do P004 encontra-se centralizada na
DAMC, que recolhe informação e assegura o planeamento desta atividade, disponibilizando programas de
auditorias semestrais para execução em articulação com os elementos incluídos na Bolsa de Auditores/as,
dinamizadores/as da qualidade e respetivos/as dirigentes.
As constatações das auditorias são registadas em relatório que é disponibilizado à área visada para
análise, sendo as ações a desencadear registadas pelo gestor da qualidade no Sistema Integrado de Melhorias
da UC (SIM@UC) para acompanhamento/monitorização pelos dinamizadores da qualidade da área visada.
No primeiro semestre de 2016 não foram previstas auditorias, tendo sido apenas disponibilizado
programa de auditorias para o 2.º semestre de 2016, compreendendo 3 auditorias a processos dos SASUC
- Quadro 12.4.2.1
Auditoria n.º Processo / Procedimento /
Requisito visado
Data de
realização Ações desencadeadas
8/2016
Boas práticas na criação e
gestão de conteúdos nas
páginas web uc.pt (GO070)
22-11-2016
(auditoria
remota)
9 Oportunidades de Melhoria
4 Áreas Sensíveis
Abertura de 4 tickets SIM@UC
18/2016
Divisão de Oferta Integrada
de Serviços – Unidade de
Gestão de Espaços e Limpeza
22-11-2016 10 Oportunidades de Melhoria
Abertura de 8 tickets SIM@UC
19/2016 Regime de alojamento de
mobilidade 20-12-2016 6 Oportunidades de Melhoria
Abertura de 4 tickets SIM@UC
16 tickets registados em SIM@UC
Quadro 12.4.2.1 Auditorias Internas da Qualidade 2016 visando processos dos SAS
Após a disponibilização dos relatórios destas auditorias pela DAMC, estes foram analisados em
reuniões com os gestores do processo, Administradora dos SASUC e dinamizadora da qualidade, tendo-se
assegurado o registo do tratamento dado às ações identificadas em SIM@UC, decorrentes de auditorias.
AUSCULTAÇÃO DAS PARTES INTERESSADAS
O processo de auscultação das partes interessadas obedece ao circuito definido no P007.
Em 2016 foram realizados 5 processos de auscultação planeados, tendo ainda sido realizados mais
dois processos de auscultação: um excecional, em julho de 2016, para averiguar da perceção do público
alvo dos serviços de alimentação no Polo II relativamente a potencial alteração da oferta alimentar
disponibilizada no CAP II (conversão de linha snack para restaurante universitário); e outro não previsto no
planeamento do P007, embora ocorra desde o ano letivo 2014/15 no âmbito do acompanhamento do
processo de atribuição de bolsas de estudo – o diagnóstico a estudantes com bolsa de estudo rejeitada. No
Quadro 12.4.2.2 apresentam-se sumariamente os resultados dos processos de auscultação realizados
pelos SASUC em 2016, conforme planificação no P007. Os resultados detalhados foram apresentados em
relatórios elaborados para cada processo, sendo igualmente apresentados de forma sintética, neste
relatório, nos capítulos dos processos visados pelas auscultações realizadas.
221 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Resultados Processos Auscultação 2016
Questionário Objetivo Datas da Recolha N.º de Respostas
(% de respostas)
Tx. de
Satisfação
Inquérito à Satisfação
com a Unidade de Gestão
de Espaços e Limpeza dos
SASUC (SAS_Im0105)
Medir o grau de satisfação
dos requerentes de
atividades da DOIS-UGEL
8 a 16 de janeiro de
2016 (referência ao
ano civil 2015)
22 (49%) 87,5%
Questionário de avaliação
da satisfação dos
encarregados de
educação com os serviços
de apoio à infância
Medir o grau de satisfação
dos Enc. Educação de
crianças a frequentar os SAI
6 a 16 de junho de
2016 80 (62%) 90%
Inquérito à satisfação
com o PASEP
(estudantes e
UO/Serviços responsáveis
por ofertas de atividades)
(SAS_Im0147 –
estudantes)
(SAS_Im0148 –
UO/Serviços)
Medir o grau de satisfação
com o apoio disponibilizado
17 a 29 de outubro
de 2016 93 respostas (17%) 85%
17 a 23 de outubro
de 2016 36 respostas (24%) 82%
Hábitos de utilização e
satisfação com a oferta
alimentar dos SASUC
(SAS_Im0079)
Conhecer os hábitos de
utilização e medir o grau de
satisfação da comunidade
universitária com a oferta
alimentar das cantinas,
bares e restaurantes
universitários
21 de novembro a 4
de dezembro de
2016
253 respostas 69%
Inquérito à Satisfação do
Cliente dos Serviços de
Catering dos SAS
(SAS_Im0032)
Medir o grau de satisfação
dos clientes relativamente
aos serviços de catering
prestados pelos SAS
2016 (Contínuo) 169 respostas (48%) 92%
Gráfico 12.4.2.2. Síntese dos resultados dos processos de auscultação SAS 2016
Manteve-se a preocupação na divulgação dos resultados obtidos nestes processos junto da
população auscultada. Internamente, deu-se continuidade ao processo de análise e discussão dos resultados
obtidos com os intervenientes dos processos visados na avaliação, com o objetivo de identificar
oportunidades para a melhoria dos serviços disponibilizados pelos SAS à comunidade UC.
No final do ano procedeu-se ainda à identificação de necessidades de auscultação para 2017, tendo-
se submetido à DAMC a planificação, compreendendo 8 processos a realizar em 2017
12.4.3 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
O P072 – Avaliação Institucional é gerido pela DAMC, visando assegurar a auto reflexão periódica
sobre o desenvolvimento do SG.UC e garantia da execução do ciclo de melhoria contínua PDCA. No
âmbito deste processo, desde 2015 são solicitados aos SASUC contributos para o Relatório Anual de Auto
Avaliação do SG.UC, pelo envio do Relatório de Auto Avaliação da Unidade/Serviço.
O relatório tem como objetivo sistematizar as atividades/projetos que o serviço/divisão/unidade
desenvolveu no ano civil de referência e, simultaneamente, assegurar a autoavaliação dos mesmos no que
se refere ao desenvolvimento e implementação de mecanismos que permitam o planeamento, gestão e
melhoria contínua, com vista à promoção de uma cultura de qualidade na Universidade de Coimbra. É parte
integrante do ciclo PDCA da UC e deve ser preenchido anualmente, sendo um dos inputs para a elaboração
da autoavaliação institucional da Universidade de Coimbra. Na elaboração do relatório devem ser
envolvidas, sempre que possível, as diferentes partes interessadas e devem ser considerados os resultados
obtidos nos diversos exercícios de monitorização e avaliação, nomeadamente: Autoavaliações anteriores;
Auditorias internas ou externas; Elogios/Sugestões/Reclamações; Monitorização dos indicadores de
desempenho; Auscultação das partes interessadas; Monitorizações dos planos de ação; e outras ações de
melhoria, correções ou ações corretivas identificadas.
Em 2016 o exercício de auto avaliação contemplou, além da realização de uma análise SWOT
(Forças e Fragilidades) identificadas nesse ano, a realização de um balanço das ações de melhoria
identificadas no Relatório de 2015. No Quadro 12.4.3.1 sintetizam-se os principais resultados da
autoavaliação realizada pelos SASUC com referência ao ano de 2016.
Forças Fragilidades
1 - Envolvimento das partes interessadas;
2 - Modelo de comunicação interna potenciador
da participação/envolvimento dos trabalhadores;
3 - Articulação/Alinhamento com UC nos
processos de planeamento, avaliação e melhoria
contínua;
4 - Estabelecimento de parcerias (partilha e
otimização de recursos);
5 - Equilíbrio orçamental que permitiu reforço do
investimento na melhoria das infraestruturas
1 - Necessidade de melhorar organização do
arquivo de processos em pastas digitais (auditorias
internas);
2 - Ausência de repositório interno de registos de
processos críticos e transversais (auditorias
internas);
3 - Necessidade de sensibilização dos
trabalhadores dos SASUC sobre o SG.UC
(auditorias internas);
4 - Website SAS carece de reformulação
(auditoria interna)
Gráfico 12.4.3.1. Auto avaliação SAS 2016
No balanço das 11 ações de melhoria definidas em 2015, estas foram classificadas como
operacionais ou estratégicas, tendo sido, na sua maioria, contempladas no âmbito do Plano de Ação SAS
2015-2019.
No âmbito do P072 é ainda disponibilizada informação de indicadores de gestão para reporte no
âmbito da participação da UC em rankings universitários.
12.4.4 FERRAMENTAS DE MELHORIA CONTÍNUA (SIM@UC)
O registo de ações corretivas ou de melhoria ao nível dos serviços prestados ou ao nível do SG.UC,
pode ser efetuado por qualquer uma das partes interessadas, decorrente do P002 - Gestão de Documentos
Externos, P003 - Revisão do Sistema de Gestão, P004 - Auditorias Internas da Qualidade, P006 -
Monitorização de Desempenho do Sistema, P007 - Auscultação de Partes Interessadas, P072 - Avaliação
Institucional, do desenvolvimento das atividades correntes ou da apresentação de elogios, sugestões ou
reclamações, nomeadamente de reclamações em Livro Amarelo. A tramitação destes processos é realizada
em plataforma online própria, o Sistema Integrado de Melhorias da UC (SIM@UC).
Na sequência do processo de gestão de elogios/sugestões/reclamações, foram registados em
2016, em SIM@UC, 166 tickets, menos 16 (-9%) do que em 2016 – Quadro 12.4.4.1.
223 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Tipo de contacto N.º de tickets Variação
2016 2015 Abs. %
Elogios 63 76 -13 -17,11
Reclamações 72 50 22 44,00
Sugestões 13 29 -16 -55,17
Ações de melhoria* 18 27 -9 -33,33
Total 166 182 -16 -8,79 * Decorrentes da tramitação de sugestões/reclamações, reuniões com trabalhadores dos SAS e processos de auscultação de partes interessadas
Quadro 12.4.4.1. N.º de tickets SIM@UC, em 2016 e 2015, decorrentes de elogios/sugestões/reclamações
Verifica-se, face a 2015, uma diminuição do n.º de elogios e de sugestões e aumento do número
reclamações. A diminuição do n.º de ações de melhoria registadas em SIM@UC decorre de um maior
controlo e acompanhamento do processo de melhoria contínua.
Da análise da distribuição de elogios considerando o serviço/apoio visando, constata-se que a
maioria dos elogios visa os serviços de alimentação - Gráfico 12.4.4.1.
Gráfico 12.4.4.1. Elogios aos SAS registados em SIM@UC em 2016, por serviço/apoio visado
Constata-se, à semelhança de 2016, terem sido os serviços/apoios alimentares os mais visados com
elogios, tendo os serviços disponibilizados nas cantinas, bares e restaurantes universitários mais
representatividade, com 31 elogios referentes aos serviços disponibilizados em 10 das 18 unidades
alimentares geridas pelos SASUC. Os restantes 11 elogios deste setor visaram os serviços de catering
associados a serviços no Centro Cultural D. Dinis.
Os serviços de alojamento foram alvo de 12 elogios, na sua maioria visando o alojamento na
residência Observatório e o atendimento disponibilizado no núcleo de alojamentos.
Além destes serviços, registaram-se ainda elogios visando os o atendimento disponibilizado no
âmbito do processo de atribuição de apoios sociais diretos, serviços de saúde e de gestão da segurança no
trabalho, serviços de apoio à infância e PASEP.
Foram registadas 72 reclamações, cuja distribuição por serviço visado se apresenta no Gráfico
12.4.4.2.
Gráfico 12.4.2.2. Reclamações aos SAS registadas em SIM@UC em 2016, por serviço/apoio visado
Nas reclamações verifica-se maior número de registos visando os serviços de alojamento e de
alimentação. Nos serviços de alojamento a maioria das reclamações visou problemas com o procedimento
de devolução de cauções, acesso à Internet nas residências e manutenção de infraestruturas e equipamentos.
Na alimentação visaram de forma mais expressiva a quantidade e qualidade das refeições servidas,
informações ao utente e atendimento, oferta de baguetes e vegetariana e instalações e equipamentos das
unidades alimentares.
Na sua maioria, a tramitação destes tickets deu origem a ações de melhoria (corretivas ou
oportunidades de melhoria) ou simplesmente clarificação, junto do/a reclamante, dos procedimentos e
regulamentos que deram origem à situação exposta.
Em 2016, registam-se ainda 13 sugestões: 10 visando a oferta alimentar; 1 referentes à divulgação
dos resultados dos processos de auscultação; 1 visando a campanha Banco de Trajes Académicos do LEEC
e 1 referente à gestão do processo de saúde e segurança na UC (disponibilização de formação em primeiros
socorros).
Visando o processo de melhoria contínua dos serviços prestados, foram ainda identificadas, em
2016, 18 ações de melhoria decorrentes do tratamento de sugestões/reclamações.
Destas 18 ações de melhoria, uma foi implementada, três correspondiam a ações estratégicas
previstas no processo de planeamento e as restantes encontravam-se a ser implementadas.
Para assegurar um maior controlo e acompanhamento da gestão de tickets SIM@UC, em agosto e
no final do ano de 2016 foram realizados pontos de situação de tickets não resolvidos, que foram analisados
à luz de novas orientações para gestão do processo de melhoria contínua em SIM@UC (P005 - Ferramentas
de Melhoria contínua, revisão 10.0, de 08/08/2016 / etapa 8), que define a classificação de ações como
estratégicas (tramitadas no âmbito do P010 - Planeamento da UC) ou operacionais (tramitadas em
SIM@UC). Na monitorização de final do ano foram identificados 70 tickets abertos, tendo sido
resolvidos/encerrados como ações operacionais 30 tickets. Relativamente aos restantes 40: 16
225 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
encontravam-se pendentes de informação solicitada aos gestores do processo, tendo-se procedido ao
registo do pedido em SIM@UC; 6 referiam-se à implementação de ações de organização de áreas de dados
partilhadas, tendo procedido ao registo, em SIM@UC, da ação planificada para 2017 e 18 referiam-se a
ações relacionadas com a revisão de documentação do SG (PASEP, SAI, checklist catering, IT baguetes,
apoio a ENEE), reestruturação website e e-prevenção, formação (Excel e atendimento), repositório de
informação de apoio à gestão SASUC – atividades que foram integradas Plano de Atividades SAS 2017.
227 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
CAPÍTULO II - PRESTAÇÃO DE CONTAS
229 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Neste capítulo é apresentada a execução orçamental, sendo ainda analisada a situação económica
e financeira dos SAS em 2016 com base no Balanço e Demonstração dos Resultados referentes ao ano
económico de 2016.
É também analisado o investimento realizado neste ano económico nos SAS.
13.1 ANÁLISE ORÇAMENTAL
A execução orçamental no ano de 2016 manteve-se influenciada pelo ambiente de rigor orçamental
e contenção financeira, associada ao planeamento com vista a assegurar a sustentabilidade dos SASUC
descrita no ponto 3.3.
Na busca do aumento do seu financiamento, os SASUC tiveram o seu primeiro projeto aprovado
no âmbito do Sistema de Apoio à Modernização e Capacitação da Administração Pública (SAMA2020) que
visou modernizar a área das comunicações da instituição.
Os SASUC dispuseram de um orçamento inicial aprovado de 10.838.747,00€ que representou um
acréscimo face ao ano precedente de 6,73%.
Principais indicadores orçamentais
Quadro 13.1.1 - Indicadores orçamentais
13.1.1. ORIGEM DOS FUNDOS
O orçamento privativo dos SASUC é composto por quatro fontes de financiamento, três das quais de
forte relevo: Receitas Gerais - Orçamento do Estado, onde se inclui a compensação da UC pelas atividades
desenvolvidas pela equipa da Unidade de Gestão de Espaços e Limpeza (UGEL) no seio das Unidades
Orgânicas da UC; Receitas Próprias que demonstram o esforço efetuado na captação de novas receitas
próprias e Transferências do Subsetor, na sua totalidade vindas da UC, para fazer face ao FASEUC que se
enquadra nas medidas de apoio social direto.
2 0 16 2 0 15 V ariação
Orçament o Inicial 10 8 3 8 74 7,0 0 10 155 6 3 5,0 0 6 ,73 %
Saldo Gerência A nt erio r 9 6 4 2 8 7,8 8 4 4 0 2 3 5,0 1 119 ,0 4 %
Orçament o C orr ig ido 11 8 8 6 76 5,8 8 11 2 57 10 1,0 1 5,59 %
R eceit a C obrada no A no 10 8 9 5 0 13 ,6 9 10 74 4 8 6 1,6 4 1,4 0 %
R eceit a To t al 11 8 59 3 0 1,57 11 18 5 0 9 6 ,6 5 6 ,0 3 %
D espesa Paga no A no 10 513 0 2 5,2 8 10 2 2 0 8 0 8 ,77 2 ,8 6 %
R esult ado da Gerência 3 8 1 9 8 8 ,4 1 52 4 0 52 ,8 7 - 2 7,11%
Saldo Gerência 1 3 4 6 2 76 ,2 9 9 6 4 2 8 7,8 8 3 9 ,6 1%
Valores em Euros
Not a: ≥ 0% ↑ < 0% e ≥ -5% → < -5% ↓
231 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Execução da receita por tipo de receita
Quadro 13.1.2 - Execução da receita por tipo de receita
A receita cobrada ascendeu a 10.895.013,69€ representando um acréscimo de 1,40% face ao ano
anterior, o saldo de gerência integrado foi de 964.287,88€ perfazendo uma receita do ano de
11.859.301,57€.
A receita própria cobrada na rubrica “Alimentação” apresenta um decréscimo de 154.035,33€ e em
termos relativos de 4,23% face ao ano transato, devido à diminuição de 5,8% no número de refeições
servidas. Todas as outras áreas de atuação dos SASUC apresentam um crescimento considerável,
destacando-se a área dos alojamentos com um crescimento, em termos relativos de 7,42%, decorrente das
medidas implementadas na gestão de cobranças e na rubrica “Outros” onde se inclui a LEEC, assim como
as atividades desenvolvidas no CCDD.
Execução da receita por origem dos fundos
Quadro 13.1.3 - Execução da receita por origem de fundos
A origem “Transferências Correntes OE” assume a modalidade de financiamento central, incluindo
a compensação da UC pelas atividades desenvolvidas pela equipa UGEL, no montante de 700.000,00€.
Orçament o
do A no ( OA )
Saldo de
Gerência
A nt erio r
Orçament o
D isponí vel
( OD )
R eceit a
C obrada
no A no
Grau de
Execução
Orçament o
do A no ( OA )
Saldo de
Gerência
A nt erio r
Orçament o
D isponí vel
( OD )
R eceit a
C obrada
do A no
Grau de
Execução
∆ R eceit a C ob .
no A no
∆ R eceit a
C ob . no
A no
5 3 4 5 9 79 ,0 0 - 5 3 4 5 9 79 ,0 0 5 3 4 5 9 79 ,0 0 10 0 ,0 0 % 5 2 6 3 74 8 ,0 0 5 2 6 3 74 8 ,0 0 5 2 6 3 74 8 ,0 0 10 0 ,0 0 % 8 2 2 3 1,0 0 1,56 %
R eceit as Próprias
Alimentação 3 485 341,00 - 3 485 341,00 3 485 340,15 100,00% 3 639 489,00 - 3 639 489,00 3 639 375,48 100,00% -154 035,33 -4,23%
Alojamento 1 290 412,00 - 1 290 412,00 1 309 069,62 101,45% 1 218 739,00 - 1 218 739,00 1 218 590,89 99,99% 90 478,73 7,42%
Atividades Saúde 40 241,00 - 40 241,00 40 230,23 99,97% 37 372,00 - 37 372,00 37 324,79 99,87% 2 905,44 7,78%
Serviços Apoio à Infância 252 665,00 - 252 665,00 252 664,10 100,00% 227 337,00 - 227 337,00 227 336,69 100,00% 25 327,41 11,14%
Outros 81 341,00 - 81 341,00 81 363,71 100,03% 50 181,00 - 50 181,00 49 985,79 99,61% 31 377,92 62,77%
12 4 9 9 9 ,0 0 - 12 4 9 9 9 ,0 0 78 8 6 6 ,8 8 6 3 ,0 9 % - - - - - - -
3 0 1 50 0 ,0 0 - 3 0 1 50 0 ,0 0 3 0 1 50 0 ,0 0 10 0 ,0 0 % 3 8 0 0 0 0 ,0 0 - 3 8 0 0 0 0 ,0 0 3 0 8 50 0 ,0 0 8 1,18 % - 7 0 0 0 ,0 0 - 2 ,2 7%
- 9 6 4 2 8 7,8 8 9 6 4 2 8 7,8 8 - 10 0 ,0 0 % - 4 4 0 2 3 5,0 1 4 4 0 2 3 5,0 1 - 10 0 ,0 0 % - -
10 9 2 2 4 78 ,0 0 9 6 4 2 8 7,8 8 11 8 8 6 76 5,8 8 10 8 9 5 0 13 ,6 9 9 9 ,75% 10 8 16 8 6 6 ,0 0 4 4 0 2 3 5,0 1 11 2 57 10 1,0 1 10 74 4 8 6 1,6 4 9 9 ,3 3 % 150 152 ,0 5 1,4 0 %
Valores em Euros
Saldo Gerência
To t al
2 0 16 2 0 15
T ipo de R eceit a
Transf erências C orrent es OE
Pro jet o SA M A 2 0 2 0
Transf erências U C
Not a: ≥ 0% ↑ < 0% e ≥ -5% → < -5% ↓
Origem de FundosOrçament o do
A no ( OA )
Saldo de
Gerência
A nt erio r
Orçament o
D isponí vel
( OD )
R eceit a
C obrada no
A no
Grau de
Execução
Orçament o do
A no ( OA )
Saldo de
Gerência
A nt erio r
Orçament o
D isponí vel
( OD )
R eceit a
C obrada do
A no
Grau de
Execução
D R eceit a
C obrada no
A no
D R eceit a
C obrada no
A no
Transf erências C orrent es OE 5 3 4 5 9 79 ,0 0 170 4 4 7,77 5 516 4 2 6 ,77 5 3 4 5 9 79 ,0 0 10 0 ,0 0 % 5 2 6 3 74 8 ,0 0 2 6 3 4 6 ,2 5 5 2 9 0 0 9 4 ,2 5 5 2 6 3 74 8 ,0 0 10 0 ,0 0 % 8 2 2 3 1,0 0 1,56 %
R eceit as Próprias 5 150 0 0 0 ,0 0 79 3 8 3 9 ,8 3 5 9 4 3 8 3 9 ,8 3 5 16 8 6 6 7,8 1 10 0 ,3 6 % 5 173 118 ,0 0 4 11 16 0 ,2 7 5 58 4 2 78 ,2 7 5 172 6 13 ,6 4 9 9 ,9 9 % - 3 9 4 5,8 3 - 0 ,0 8 %
Pro jet os Inst it ucionais 12 4 9 9 9 ,0 0 0 ,2 8 12 4 9 9 9 ,2 8 78 8 6 6 ,8 8 6 3 ,0 9 % - 2 72 8 ,4 9 2 72 8 ,4 9 - - - -
T ransf erências U C 3 0 1 50 0 ,0 0 - 3 0 1 50 0 ,0 0 3 0 1 50 0 ,0 0 10 0 ,0 0 % 3 8 0 0 0 0 ,0 0 - 3 8 0 0 0 0 ,0 0 3 0 8 50 0 ,0 0 8 1,18 % - 7 0 0 0 ,0 0 - 2 ,2 7%
Tot al 10 9 2 2 4 78 ,0 0 9 6 4 2 8 7,8 8 11 8 8 6 76 5,8 8 10 8 9 5 0 13 ,6 9 9 9 ,75% 10 8 16 8 6 6 ,0 0 4 4 0 2 3 5,0 1 11 2 57 10 1,0 1 10 74 4 8 6 1,6 4 9 9 ,3 3 % 150 152 ,0 5 1,4 0 %
Valores em Euros2 0 16 2 0 15
Not a: ≥ 0% ↑ < 0% e ≥ -5% → < -5% ↓
A origem das “Receitas Próprias” merece a nossa particular atenção dado que é fruto da atividade
desenvolvida e do esforço em procurar ofertas sustentáveis que permitam assegurar um maior número de
medidas de apoio social indireto.
A receita da rubrica “Projetos Institucionais” decorre da aprovação da candidatura ao SAMA2020 do
projeto Voipe@SAS: Migração para Telefonia IP.
13.1.2. APLICAÇÃO DOS FUNDOS
A despesa paga ascendeu a 10.513.025,28€ correspondendo a um grau de execução de 88,44% quando
comparado com o orçamento do ano (incluindo saldo de gerência). Comparativamente a 2015 verifica-se
um aumento da despesa paga de 2,86%, resultado das medidas de investimento em bens de capital.
Execução da despesa por tipo de despesa
Quadro 12.1.4 - Execução da despesa por tipo de despesa
As despesas com pessoal ascenderam ao montante de 6.539.670,99€ e representam 62,21% da
despesa paga.
As remunerações certas e permanentes apresentam um decréscimo 0,2% decorrente das saídas
por aposentação, não obstante as reposições dos cortes salariais e aumento da remuneração mínima
garantida. Os encargos com a Caixa Geral de Aposentações apresentam uma diminuição atendendo a que
a maioria dos trabalhadores que se aposentaram efetuavam descontos para essa entidade, enquanto que os
encargos com a taxa social única aumentaram 1,18%. Quanto às outras despesas com pessoal que incluem,
por exemplo, abonos variáveis, colaborações técnicas especializadas, horas extraordinárias, ajudas de custo,
subsídio de turno, subsídio de trabalho noturno, evidenciam um aumento em termos absolutos de
28.876,95€, derivado essencialmente ao recurso de trabalho suplementar para assegurar o mesmo nível de
atividade, atendendo à reposição das 35 horas de trabalho semanal e à redução do número de efetivos.
As despesas de funcionamento ascenderam ao montante de 2.876.996,13€ e representam um peso
de 27,37% da despesa paga, verificando-se um decréscimo na aquisição de bens, devido essencialmente à
redução na aquisição de géneros alimentares e produtos de limpeza e um acréscimo na aquisição de
serviços, nomeadamente nos encargos com instalações, nos trabalhos especializados e em outros serviços,
há ainda a salientar o decréscimo da despesa na rubrica de comunicações de 19,92%, devido ao investimento
Not a: > 0% ● Entre 0% e -5% ● < -5% ●
Valores em Euros
T ipo de D espesaOrçament o do
A no ( A O)
Saldo de
Gerência
A nt erio r
Orçament o
D isponí vel
( OD )
D espesa PagaGrau
Execução
Orçament o do
A no ( A O)
Saldo de
Gerência
A nt erio r
Orçament o
D isponí vel
( OD )
D espesa PagaGrau
Execução
D D espesa
Paga
D D espesa
Paga
R emunerações C ert as e Permanent es 5 117 52 6 ,4 4 3 4 6 0 76 ,0 0 5 4 6 3 6 0 2 ,4 4 5 2 9 7 555,2 5 9 6 ,9 6 % 5 4 9 8 6 2 3 ,0 0-
5 4 9 8 6 2 3 ,0 0 5 3 0 8 2 17,15 9 6 ,54 % - 10 6 6 1,9 0 - 0 ,2 0 %
Out ras D espesas com Pessoal 13 4 8 79 ,0 0-
13 4 8 79 ,0 0 9 1 3 2 7,6 7 6 7,71% 110 16 9 ,0 0-
110 16 9 ,0 0 6 2 4 50 ,72 56 ,6 9 % 2 8 8 76 ,9 5 4 6 ,2 4 %
Encargos com C GA 2 0 0 0 18 ,73 2 2 4 3 9 0 ,4 5 4 2 4 4 0 9 ,18 4 2 4 3 8 6 ,9 1 9 9 ,9 9 % 2 72 2 4 1,0 0 16 2 4 2 9 ,76 4 3 4 6 70 ,76 4 3 1 9 72 ,71 9 9 ,3 8 % - 7 58 5,8 0 - 1,76 %
Encargos com TSU 4 18 3 73 ,0 0 3 9 3 8 2 1,4 3 8 12 19 4 ,4 3 72 6 4 0 1,16 8 9 ,4 4 % 4 4 1 557,0 0 2 77 8 0 5,2 5 719 3 6 2 ,2 5 717 9 10 ,4 8 9 9 ,8 0 % 8 4 9 0 ,6 8 1,18 %
Funcionament o | B ens 1 72 8 550 ,0 0-
1 72 8 550 ,0 0 1 4 6 6 3 9 2 ,3 6 8 4 ,8 3 % 1 6 9 6 0 19 ,0 0-
1 6 9 6 0 19 ,0 0 1 56 6 76 8 ,0 6 9 2 ,3 8 % - 10 0 3 75,70 - 6 ,4 1%
Funcionament o | Serviços 1 4 13 6 2 8 ,0 0-
1 4 13 6 2 8 ,0 0 1 2 4 0 6 18 ,16 8 7,76 % 1 512 115,0 0-
1 512 115,0 0 1 16 8 550 ,8 3 77,2 8 % 72 0 6 7,3 3 6 ,17%
Funcionament o | Out ras 18 3 170 ,0 0-
18 3 170 ,0 0 16 9 9 8 5,6 1 9 2 ,8 0 % 16 1 150 ,0 0-
16 1 150 ,0 0 151 3 8 7,8 9 9 3 ,9 4 % 18 59 7,72 12 ,2 8 %
Transf erências C orrent es 4 2 3 18 4 ,0 0-
4 2 3 18 4 ,0 0 3 52 6 2 8 ,9 4 8 3 ,3 3 % 4 70 2 8 2 ,0 0-
4 70 2 8 2 ,0 0 3 54 3 75,6 3 75,3 5% - 1 74 6 ,6 9 - 0 ,4 9 %
Invest iment o | B ens de C ap it al 1 3 0 3 14 8 ,8 3-
1 3 0 3 14 8 ,8 3 74 3 72 9 ,2 2 57,0 7% 6 54 710 ,0 0-
6 54 710 ,0 0 4 59 175,3 0 70 ,13 % 2 8 4 553 ,9 2 6 1,9 7%
Tot al 10 9 2 2 4 78 ,0 0 9 6 4 2 8 7,8 8 11 8 8 6 76 5,8 8 10 513 0 2 5,2 8 8 8 ,4 4 % 10 8 16 8 6 6 ,0 0 4 4 0 2 3 5,0 1 11 2 57 10 1,0 1 10 2 2 0 8 0 8 ,77 9 0 ,79 % 2 9 2 2 16 ,51 2 ,8 6 %
2 0 16 2 0 15
233 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
em equipamentos Voip. As outras despesas de funcionamento, tais como encargos bancários e
regularizações de cauções contabilizadas em anos anteriores como receita, apresentam um acréscimo face
ao ano anterior.
No que concerne aos investimentos, na ótica orçamental, apresentam um acréscimo de 284.553,92€
face ao ano transato, fruto do esforço efetuado na melhoria das infraestruturas disponibilizadas à
comunidade académica.
13.1.3. RESULTADO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTAL
De acordo com a execução do exercício de 2016, o saldo de gerência ascendeu a 1.346.276,29 €, sendo
o resultado dos fluxos financeiros da receita cobrada e da despesa paga no exercício gerador de um
excedente orçamental de 381.988,41€.
13.2. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA
Principais indicadores económico-financeiros
Quadro 13.2.1 - Indicadores económico-financeiros
13.2.1. DESEMPENHO FINANCEIRO
Conforme se pode constatar pela análise do Balanço, em 2016 o ativo líquido situou-se no valor de
32.078.550,09€ e foi financiado por Fundos Próprios em 70%, o que demonstra uma adequada
estabilidade/autonomia financeira, por outro lado o ativo circulante é largamente superior aos capitais
alheios o que traduz um elevado nível de liquidez. A longo prazo é expectável a manutenção desta estrutura
financeira equilibrada, pese embora estarmos dependentes da política orçamental delineada pelo governo
no que toca ao financiamento das instituições de ensino superior públicas.
Do Balanço de 2016 importa realçar a necessidade de se proceder à transferência da UC de património
imobiliário, em utilização pelos SASUC, no âmbito da autonomia patrimonial conferida pela Lei nº 62/2007,
de 10 de setembro, igualmente reiterada no artigo 8º do Regulamento Geral dos SASUC (Regulamento n.º
61/2012, publicado do diário da República, 2ª série, de 17 de fevereiro). Esta situação, ainda não totalmente
regularizada, produz impacto ao nível das rubricas relativas ao Imobilizado Corpóreo, Património e
Proveitos Diferidos. Dado o peso destas rubricas do Balanço, a leitura é restritiva. Ainda assim, podemos
aferir que as disponibilidades cobrem a totalidade do exigível a curto prazo.
Graficamente, a estrutura, à data, tem a seguinte configuração:
2 0 16 2 0 15 V ariação
R esult ados Operacionais 4 3 2 3 6 8 ,18 6 6 2 2 4 0 ,78 - 3 4 ,71%
R esult ados F inanceiros - 2 5 2 4 8 ,9 2 - 17 518 ,9 0 - 4 4 ,12 %
R esult ados Ext raord inários 2 12 78 3 ,6 1 13 6 151,8 8 56 ,2 8 %
R esult ado Lí quido 6 19 9 0 2 ,8 7 78 0 8 73 ,76 - 2 0 ,6 1%
R end ib il idade Operacional ● 8 ,58 % ● 12 ,4 9 % - 3 1,2 8 %
R end ib il idade Lí quida de Exp loração ● 12 ,3 0 % ● 14 ,73 % - 16 ,4 4 %
A t ivo 3 2 0 78 550 ,0 9 3 1 6 72 58 8 ,4 3 1,2 8 %
Fundos Próprios 2 2 4 74 56 1,0 7 2 1 8 54 6 58 ,2 0 2 ,8 4 %
Passivo 9 6 0 3 9 8 9 ,0 2 9 8 17 9 3 0 ,2 3 - 2 ,18 %
D isponib il idades 1 53 9 0 0 3 ,9 5 1 0 9 8 56 0 ,78 4 0 ,0 9 %
A ut onomia F inanceira ● 70 ,0 6 % ● 6 9 ,0 0 % 1,54 %
Liquidez Geral ● 8 ,8 1 ● 9 ,4 1 - 6 ,3 8 %
Not a: ≥ 0% ↑ < 0% e ≥ -5% → < -5% ↓ ≥ 0% ● < 0 ●
235 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Gráfico 13.2.1 - Estrutura do Balanço
Estrutura do ativo
Quadro 13.2.1 - Estrutura do ativo
Ainda da análise do balanço verificámos que o ativo fixo ascende ao montante de 29.923.401,88€,
representando 93,28% do ativo total, sendo a componente com maior peso. As imobilizações corpóreas
registaram um aumento de 61.971,86€ valor pouco significativo comparado com os investimentos efetuados
no ano, conforme se pode ver no ponto 3.3.2, dado que as amortizações do ano têm um peso significativo.
O ativo circulante ascendeu a 2.137.369,99€ e representa 6,67% do ativo total. As dívidas de
terceiros diminuíram face ao período homólogo essencialmente pela influência das variações da rubrica
“outros devedores”, resultante da execução do projeto Voipe@SAS: Migração para telefonia IP.
As disponibilidades a 31 de dezembro assumiam um peso de 4,8% na estrutura do ativo, totalizando
1.539.003,95€, tendo-se verificado um aumento das disponibilidades de 440.443,17€ face ao ano
precedente.
Ativo Líquido
Imobilizado (93,28%)
Circulante (6,67%)
Acréscimos e Diferimentos (0,06%)
Fundos Próprios e Passivo
Fundos Próprios (70,06%)
Exigível de curto prazo (0,76%)
Acréscimos e Diferimentos (29,18%)
Valores em Euros
A t ivo 2 0 16 Peso ( %) 2 0 15 Peso ( %)
Imobilizações 2 9 9 2 3 4 0 1,8 8 9 3 ,2 8 % 2 9 8 71 514 ,9 6 9 4 ,3 1%
Exist ências e D í vidas de Terceiros 59 8 3 6 6 ,0 4 1,8 7% 6 9 1 3 73 ,4 2 2 ,18 %
D isponib il idades 1 53 9 0 0 3 ,9 5 4 ,8 0 % 1 0 9 8 56 0 ,78 3 ,4 7%
A créscimos e D if er iment os 17 778 ,2 2 0 ,0 6 % 11 13 9 ,2 7 0 ,0 4 %
Tot al 3 2 0 78 550 ,0 9 10 0 ,0 0 % 3 1 6 72 58 8 ,4 3 10 0 ,0 0 %
Estrutura dos fundos próprios e passivo
Quadro 13.2.2 - Estrutura dos fundos próprios e passivo
Os fundos próprios atingiram o montante de 22.474.561,07€ registando um acréscimo de 2,84%
decorrente do resultado líquido do exercício no montante de 619.902,87€.
O passivo, todo de curto prazo, fixou-se em 242.634,65€ verificando-se um acréscimo de 27,58%
decorrente ainda das alterações dos procedimentos contabilísticos do registo das cauções dos alunos
relativas ao alojamento, na sequência da integração em GIAF da faturação relativa a alojamentos, de acordo
com o Regulamento Geral das Residências Universitárias dos SASUC (Regulamento n.º 398/2012, publicado
em Diário da República, 2.ª série, n.º 184, a 21 de setembro).
Realça-se que não existem dívidas a fornecedores e que todos os pagamentos ocorreram dentro
do ano económico, sem recurso ao período complementar.
A variação dos acréscimos e diferimentos foi de -2,77%, consequência dos movimentos descritos no
ponto 8.2.3 al. c) do Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados.
13.2.2. DESEMPENHO ECONÓMICO
13.2.2.1. Análise dos Proveitos
Estrutura e evolução dos proveitos e ganhos
Quadro 13.2.3 - Estrutura e evolução dos proveitos e ganhos
Fundos Próprios e Passivo2 0 16
Peso
( %)2 0 15
Peso
( %)
Fundos Próprios 2 2 4 74 56 1,0 7 70 ,0 6 % 2 1 8 54 6 58 ,2 0 6 9 ,0 0 %
Pat r imónio 2 6 9 55 3 9 8 ,2 7 8 4 ,0 3 % 2 6 9 55 3 9 8 ,2 7 8 5,11%
R eservas 4 8 5 53 9 ,6 8 1,51% 4 8 5 53 9 ,6 8 1,53 %
R esult ados Transit ados - 5 58 6 2 79 ,75 - 17,4 1% - 6 3 6 7 153 ,51 - 2 0 ,10 %
R esult ado Lí quido do Exercí cio 6 19 9 0 2 ,8 7 1,9 3 % 78 0 8 73 ,76 2 ,4 7%
Passivo 9 6 0 3 9 8 9 ,0 2 2 9 ,9 4 % 9 8 17 9 3 0 ,2 3 3 1,0 0 %
D í vidas a Terceiros 2 4 2 6 3 4 ,6 5 0 ,76 % 19 0 18 6 ,0 1 0 ,6 0 %
A créscimos e D if er iment os 9 3 6 1 3 54 ,3 7 2 9 ,18 % 9 6 2 7 74 4 ,2 2 3 0 ,4 0 %
Tot al 3 2 0 78 550 ,0 9 10 0 ,0 0 % 3 1 6 72 58 8 ,4 3 10 0 ,0 0 %
Valores em Euros
2 0 16 Peso ( %) A bso lut a % 2 0 15 Peso ( %)
Operacionais 10 6 8 5 0 2 4 ,2 5 9 7,8 8 % - 18 7 4 8 0 ,13 - 1,72 % 10 8 72 50 4 ,3 8 9 8 ,3 4 %
Vendas 3 136 304,01 28,73% -472 921,52 -13,10% 3 609 225,53 32,64%
Prestações de Serviços 1 901 560,94 17,42% 208 033,24 12,28% 1 693 527,70 15,32%
Transferências e Subsídios Correntes 5 647 159,30 51,73% 77 408,15 1,39% 5 569 751,15 50,38%
F inanceiros 1 18 8 ,9 9 0 ,0 1% 58 6 ,3 0 9 7,2 8 % 6 0 2 ,6 9 0 ,0 1%
Ext raord inários 2 2 9 9 9 4 ,11 2 ,11% 4 6 6 0 7,19 2 5,4 1% 18 3 3 8 6 ,9 2 1,6 6 %
Tot al de Proveit os e Ganhos 10 9 16 2 0 7,3 5 - 14 0 2 8 6 ,6 4 - 1,2 7% 11 0 56 4 9 3 ,9 9
Proveit os e Ganhos
V ariação 2 0 16 - 2 0 15Valores em Euros
Not a: ≥ 0% ↑ < 0% e ≥ -5% → < -5% ↓
237 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
Os proveitos operacionais ascenderam ao montante de 10.685.024,25€, representando 97,88% do
total dos proveitos. Para a atividade operacional contribuíram o resultado das vendas e prestações de
serviços com 46,15% e as transferências e subsídios correntes com 51,73%, sendo 5.345.979,00€ relativos
à dotação atribuída pelo Estado.
Verifica-se um decréscimo de 187.480,13€ em termos absolutos e de 1,72% em termos relativos
nos proveitos operacionais. O mesmo resulta da variação da rubrica “Vendas e Prestação de Serviços” (-
5%).
Esta variação deriva essencialmente da diminuição de 5,8% do número de refeições servidas nas
unidades alimentares face ao ano transato e na área dos alojamentos à alteração no tratamento contabilístico
relativo a cauções em 2015 e ainda à diminuição do apoio que é prestado às Repúblicas ao nível de géneros
alimentares.
Todas as outras áreas de atuação dos SASUC apresentam resultados positivos.
Os proveitos extraordinários apresentam uma variação relativa de 25,41% decorrente do registo das
amortizações dos subsídios ao investimento, bem como do registo da receita relativa ao espetáculo
comemorativo dos 50 anos dos SASUC.
13.2.2.2.Análise dos Custos
Conforme se pode constatar pelos dados da Demonstração de Resultados por Natureza, os custos e
perdas ascenderam ao montante de 10.296.304,48€, verificando-se uma variação positiva em termos
absolutos de 20.684,25€ e a 0,2% em termos relativos.
Estrutura e evolução dos custos e perdas
Quadro 13.2.4 - Estrutura e evolução dos custos e perdas
Os custos operacionais aumentaram em 0,42%, representando 99,6% do total da estrutura de
custos.
Os custos com pessoal detêm o peso mais expressivo na estrutura dos custos cifrando-se em
62,5% e registaram um aumento de 0,5% que reflete a alteração das políticas governamentais nesta matéria,
não obstante a diminuição de efetivos.
Not a: > 0% ● Entre 0% e -5% ● < -5% ●
Valores em Euros
2 0 16 Peso ( %) A bso lut a % 2 0 15 Peso ( %)
Operacionais 10 2 52 6 56 ,0 7 9 9 ,58 % 4 2 3 9 2 ,4 7 0 ,4 2 % 10 2 10 2 6 3 ,6 0 9 9 ,3 6 %
Custo das M ercadorias Vendidas e M atérias Consumidas 1 373 026,67 13,34% -6 219,72 -0,45% 1 379 246,39 13,42%
Fornecimentos e Serviços Externos 1 368 137,02 13,29% 1 303,03 0,10% 1 366 833,99 13,30%
Custos com o Pessoal 6 433 269,45 62,48% 32 029,59 0,50% 6 401 239,86 62,30%
Transferências Correntes Concedidas e Prestações Sociais 352 978,41 3,43% 9 241,81 2,69% 343 736,60 3,35%
Amort izações do Exercício 708 080,52 6,88% -11 126,24 -1,55% 719 206,76 7,00%
Outros Custos e Perdas Operacionais 17 164,00 0,17% 17 164,00- - -
F inanceiros 2 6 4 3 7,9 1 0 ,2 6 % 8 3 16 ,3 2 4 5,8 9 % 18 12 1,59 0 ,18 %
Ext raord inários 17 2 10 ,50 0 ,17% - 3 0 0 2 4 ,54 - 6 3 ,56 % 4 7 2 3 5,0 4 0 ,4 6 %
Tot al de C ust os e Perdas 10 2 9 6 3 0 4 ,4 8 2 0 6 8 4 ,2 5 0 ,2 0 % 10 2 75 6 2 0 ,2 3
V ariação 2 0 16 - 2 0 15C ust os e Perdas
Os custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas diminuíram em 0,45% não podendo
ser comparado este decréscimo com a redução verificada no número de refeições servidas, dada a forte
instabilidade no mercado quanto aos preços dos géneros alimentares.
As transferências concedidas também verificaram um acréscimo de 2,69% face ao ano transato.
As amortizações do exercício registaram uma diminuição de 1,55% decorrente da antiguidade da
grande maioria do imobilizado dos SASUC.
Os custos financeiros cresceram em termos absolutos 8.316,32€ e relativos 45,89%, resultado do
aumento dos custos dos serviços bancários dada a implementação de novas modalidades de pagamento a
alunos estrangeiros alojados.
No que concerne aos custos e perdas extraordinárias a variação -63,56% decorre da alteração dos
registos contabilísticos do tratamento das cauções de alojamento que teve o grande impacto no ano
económico de 2015.
13.2.2.3.Resultados
O exercício de 2016 encerrou com um resultado líquido positivo de 619.902,87€, com a seguinte
segmentação:
Demonstração de Resultados Sintética
Quadro 13.2.5 - Demonstração de Resultados Sintética
Da análise do desempenho económico ressalta uma diminuição dos resultados operacionais do
exercício em virtude do decréscimo ocorrido nos proveitos operacionais já anteriormente descritos na
análise dos proveitos e ganhos do ponto 5.2.2.1. Também os resultados financeiros demonstram uma
diminuição explicada no quadro n.º 24, tendência contrária verifica-se nos resultados extraordinários
influenciados pelo aumento dos proveitos relativos a subsídios ao investimento e às comemorações dos 50
anos dos SASUC.
2 0 16 2 0 15 D A bsolut a D R elat iva
R esult ados Operacionais4 3 2 3 6 8 ,18 6 6 2 2 4 0 ,78 - 2 2 9 8 72 ,6 0 - 3 4 ,71%
R esult ados F inanceiros- 2 5 2 4 8 ,9 2 - 17 518 ,9 0 - 7 73 0 ,0 2 - 4 4 ,12 %
R esult ados Ext raord inários2 12 78 3 ,6 1 13 6 151,8 8 76 6 3 1,73 56 ,2 8 %
R esult ado Lí quido do Exercí cio6 19 9 0 2 ,8 7 78 0 8 73 ,76 - 16 0 9 70 ,8 9 - 2 0 ,6 1%
Valores em Euros
Not a: ≥ 0% ↑ < 0% e ≥ -5% → < -5% ↓
239 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
13.3. INVESTIMENTO
Os SASUC, no âmbito da ação social universitária, desempenham um papel fundamental na
comunidade universitária, intervindo em áreas de apoio com enorme sensibilidade e impacto social. Neste
sentido, é absolutamente imprescindível a realização de investimentos que permitam fazer face a um
conjunto de necessidades, de quem usufrui desses serviços de forma intensiva, bem como colocar à sua
disposição os meios que garantam condições dignas para, enquanto estudantes do ensino superior, estarem
em igualdade de circunstâncias com toda a comunidade.
Os investimentos realizados ao longo do ano de 2016 e de acordo com o plano de infraestruturas ficaram
aquém do previsto, devido à manifesta incapacidade de resposta na preparação de todos os projetos de
execução necessários para o lançamento das empreitadas, no cumprimento do código de contratação
pública.
Ainda assim, os SASUC continuaram a envidar esforços no sentido de procurar e aumentar as suas
receitas próprias e dessa forma fazer face aos investimentos necessários para o bom funcionamento das
diferentes áreas. Só assim é possível assegurar as condições necessárias para realização plena da sua missão,
contribuindo para a disponibilização de apoios e serviços que garantam igualdade de oportunidades no
acesso à UC e a frequência, com sucesso, do ensino superior.
Os investimentos realizados ao longo do ano de 2016 ascenderam ao montante de 759.967,41€
conforme dados do quadro seguinte: – Quadro 13.3.1.
Alimentação Alojamento Apoio a
Infância
Oferta
Integrada
Serviços
de Saúde
Serviços
Gerais Total
Empreitadas /
Reparações 56 862,77€ 285 783,88€ 7 594,73€ 755,71€ 350 997,09€
Equipamento
Informático 18 223,68€ 125 855,75€ 2 424,92€ 1 404,24€ 47 022,60€ 194 931,19€
Equipamento Hoteleiro 52 960,15€ 25 107,71€ 7 977,73€ 86 045,59€
Equipamento Industrial
Diverso 2 975,94€ 129,59€ 3 105,53€
Mobiliário 39 252,99€ 23 360,72€ 799,25€ 678,91€ 64 091,87€
Eletrodomésticos 1 459,26€ 50,18€ 701,10€ 2 210,54€
Viatura 31 078,73€ 31 078,73€
Máquinas de Lavar Self-
Serviçe 26 116,59€ 26 116,59€
Outros 620,31€ 769,97€ 1 390,28€
Total 201.354,26€ 487 683,91€ 1 469,74€ 10 698,56€ 2 159,95€ 56 600,99€ 759 967,41€
Quadro 13.3.1 Distribuição do investimento por tipologia e setor dos SAS, em 2016
A captação de receitas deu origem a um acréscimo no investimento face ao ano transato, em
termos absolutos de 300.792,11€ e em termos relativos de 65,51%. A maior componente do investimento
foi:
Área de alojamento:
a) Empreitadas / reparações - nas Residências Teodoro, Residência 2 do Polo II, João Jacinto, S.
Salvador, Residência 1 do Polo III, tendo o maior esforço ocorrido na Residência António José
de Almeida com a requalificação da cobertura, a construção da área técnica para instalação do
novo sistema de aquecimento de águas através de termoacumuladores, a aquisição e
montagem de cortinados e na Residência Padre António Vieira onde ocorreu também a
manutenção da cobertura e a renovação de todos os quartos de banho;
b) Equipamento Informático – destaca-se a aquisição de equipamentos para rede wireless seis
residências, implementação de sistema de controlo de acessos e aquisição de equipamentos
VOIP;
c) Instalação de máquinas de lavar self-service numa ótica de utilizador-pagador;
d) Os restantes investimentos ao nível do equipamento hoteleiro e mobiliário, dando
continuidade ao apetrechamento, ao nível de eletrodomésticos, de colchões e material têxteis,
das residências com vista a melhorar as condições de habitabilidade dos residentes.
Área de alimentação:
a) Empreitadas / reparações – destacam-se as duas empreitadas de maior relevo em unidades
alimentares: no S. Jerónimo a requalificação da cobertura da cantina e nas Vermelhas o início
da reabilitação do espaço para acolher o novo restaurante universitário;
b) Equipamentos - deu-se continuidade à política de renovação dos equipamentos e mobiliário
das unidades alimentares e Catering;
c) Aquisição de viatura para os serviços de catering;
Nas outras áreas de atuação do SASUC tal como ocorreu no ano anterior realça-se o investimento
em material informático de hardware e software, transversal a todas as áreas dos SASUC,
evidenciando-se o investimento efetuado na área da comunicação através da aquisição de equipamento
de rede e telefones Voip e renovação de equipamento informático obsoleto e de baixa performance.
241 RELATÓRIO DE ATIVIDADES SAS 2016
CONCLUSÃO
Ao concluir-se o presente relatório considera-se importante realçar o conjunto de factos que
ocorreram ao longo do ano de 2016 com impacto nos resultados alcançados.
A manutenção da vigência de um contexto de restrição orçamental e de gestão da mudança
organizacional iniciada em 2012, com enfoque no ajuste do modelo de ação social da UC e na
sustentabilidade financeira dos SASUC, constituíram desafios que, face aos resultados obtidos, transparecem
os esforços, o empenho e a criatividade dos SASUC e das suas pessoas no compromisso partilhado com a
UC na disponibilização de uma ação social sustentável e de qualidade à comunidade universitária.
Na ótica do ajustamento do modelo de ação social na UC visando a garantia de respostas adequadas
às necessidades e expectativas da comunidade universitária, destacam-se, por um lado, os esforços
contínuos de ajustamento dos serviços de alimentação, com a procura de públicos alternativos
(diferenciação da oferta). Também a consolidação do apoio social, PASEP, e a procura de outras respostas
alternativas, materializadas nos contributos do projeto “Sustentabilidade na Ação Social”, contribuíram para
o resultado alcançado neste ano.
No que respeita à sustentabilidade financeira dos SASUC e à otimização dos recursos disponíveis,
destaca-se pelo trabalho desenvolvido e resultados alcançados em 2016, o desenvolvimento de novas
ofertas no setor de alimentação, bem como o incremento da atividade de catering associado,
designadamente, à dinamização do Centro Cultural Dom Dinis e do Centro Cultural Casa da Pedra, assim
como a taxa de ocupação das residências universitárias e a implementação de novos serviços,
designadamente na continuidade da implementação de lavandarias self-service, na ótica do utilizador
pagador. Estes resultados contribuíram para um reforço no investimento, ação absolutamente essencial para
manter o mínimo de qualidade em equipamentos de utilização muito intensiva, como são exemplo as
residências universitárias ou as unidades alimentares, com consequências diretas na melhoria da atividade.
Pese embora as naturais instabilidades decorrentes dos processos de gestão da mudança, as
reflexões decorrentes da análise do ano de 2016 apontam para resultados bastantes positivos e abrem
caminho para novas necessidades/desafios que urge responder atempadamente, com vista ao bem-estar da
comunidade universitária.
As restrições orçamentais têm resultado num esforço permanente, por um lado, na contenção da
despesa, assegurando-se financiamentos necessários às áreas consideradas prioritárias, e por outro na
procura de novas oportunidades de desenvolvimento de atividades, envolvendo a comunidade académica.
Embora se encarem com prudência as perspetivas de desenvolvimento das atividades dos SASUC, pensamos
que estão a ser criadas as condições para um desempenho sustentado no futuro.