relatório de aula de campo - farmacobotânica
DESCRIPTION
Conhecimentos básicos sobre coleta de material botânico de espécies vegetais e herbários são imprescindíveis para os estudantes de Farmácia. A coleta de material botânico de árvores ou outras formas de vegetação é importante e principal instrumento para a correta identificação científica de espécies, necessária para qualquer trabalho com vegetação.TRANSCRIPT
FACULDADE META - FAMETA
GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
Relatório de Campo Local: FUNTAC
Setores: LPN e Centro de Referências
ANTÔNIO CHARLES
RÔMULO BRASIL
SAMMUEL CAVALCANTE
VALCY MAIA
WILKEN POÇAS
RIO BRANCO - ACRE, 23 DE MARÇO DE 2013
Dados referentes às atividades
de campo da aula prática de
Farmacobotânica 23 de março de
2013.
SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO______________________________________________________3
2 OBJETIVOS_______________________________________________________4
3 METERIAIS E MÉTODOS____________________________________________4
3.1 HERBORIZAÇÃO DE MATERIAL BOTÂNICO__________________________4
3.1.1 Palestra________________________________________________________4
3.1.2 Coleta e preparo de material para herborização________________________5
3.1.3 Preparação de material para análise morfológica_______________________7
3.2 OBTENÇÃO DE EXTRATO VEGETAL________________________________8
3.2.1 Preparo, secagem do material vegetal e obtenção do extrato______________8
4 RESULTADOS_____________________________________________________8
4.1 URUCUM _______________________________________________________9
4.2 CAPIM SANTO E MELÃO DE SÃO CAETANO_________________________10
5 CONCLUSÃO_____________________________________________________12
REFERÊNCIAS_____________________________________________________13
ANEXO A – FORMULÁRIO DE MAPEAMENTO E COLETA DO URUCUM_____14
ANEXO B – FORMULÁRIO DE MAPEAMENTO E COLETA DO CAPIM SANTO_16
ANEXO C – FORMULÁRIO DE SECAGEM DO CAPIM SANTO______________18
3
1. INTRODUÇÃO
Conhecimentos básicos sobre coleta de material botânico de espécies vegetais e
herbários são imprescindíveis para os estudantes de Farmácia. A coleta de material
botânico de árvores ou outras formas de vegetação é importante e principal
instrumento para a correta identificação científica de espécies, necessária para
qualquer trabalho com vegetação.
Os métodos de coleta de plantas variam de conformidade com o fim a que se
destinam. Para o Farmacêutico, em particular, interessa coletar plantas para uma
das seguintes finalidades: identificação, coleções, estudos morfológicos (morfologia
externa e anatomia) e estudo químico e preparo de medicamentos (OLIVEIRA &
AKISSUE, 1989).
A eficiência de uma boa identificação botânica é necessária para dar subsídio a
estudos taxonômicos; auxiliar na elaboração de trabalhos científicos sobre a flora de
uma determinada região; determinar as espécies de um inventário; facilitar o
conhecimento de plantas medicinais e tóxicas com objetivo de melhor utilizá-las e
controlá-las e; armazenar exemplares de todas as espécies possíveis para
identificação de outras espécies por comparação. Tudo isso depende de uma coleta
bem feita, obedecendo a regras básicas, mas muito importantes, uma vez que as
partes coletadas não possuem todas as características da planta no seu habitat
natural (FERREIRA & ANDRADE, 2006).
Este relatório descreve os equipamentos, materiais e procedimentos de campo e
de laboratório a serem utilizados na coleta, armazenamento e preparação de
material botânico para sua identificação e incorporação destas amostras de plantas
em herbários e, também, para obtenção de extratos vegetais. Todos os itens
descritos acima foram demonstrados na aula de campo realizada na FUNTAC no dia
23 de março de 2013.
4
2. OBJETIVOS
Realizar técnicas de coleta, herborização e extração de extrato de espécies
vegetais, localizadas no espaço da FUNTAC, intercalando os conhecimentos
teóricos à prática de botânica.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Herborização de material botânico
Os métodos a seguir, abordam os equipamentos, materiais e procedimentos de
campo e de laboratório a serem utilizados na coleta, armazenamento e preparação
de material botânico para sua identificação e incorporação destas amostras de
plantas em herbários. Todas as atividades descritas adiante foram realizadas no
campo da FUNTAC.
3.1.1 Palestra
Em primeiro momento no auditório da FUNTAC, foi realizada uma palestra sobre
Técnicas de coleta e herborização de material botânico, ministrada pela Bióloga
Margarete Diógenes – Coordenação das atividades de campo, identificação de
material botânico. Neste local foram apresentados os materiais utilizados para
coleta, que são os seguintes:
Tesoura de poda
Terçado – com bainha
Cardeneta de campo
GPS
Espora
Jornal
Podão
Álcool
Barbante
5
Material para herborização:
Prensa
Estufa: no caso de locais muito distantes
Cartolina
Pistola de cola
Jornal
Papelão
3.1.2 Coleta e preparo de material para herborização
Após a introdução inicial sobre Técnicas de coleta e herborização de material
botânico, foi realizada uma demonstração de coleta em uma árvore.
A coleta de material de espécies arbóreas apresenta algumas dificuldades
particulares, principalmente pelo grande porte, cujos ramos não estão ao alcance
das nossas mãos. Por esse motivo, foi necessária a utilização de técnicas como
escalada e rapel (Figura 1). A coleta foi feita em uma árvore chamada Teka pelo
Técnico Florestal Raimundo dos Santos Saraiva – Mateiro, identificador e
herborizador. Raimundo utilizou os matérias de coleta (Figura 2), anteriormente,
apresentados no auditório da FUNTAC.
Figura 1: Demonstração de Rapel Figura 2: Técnico Florestal Raimundo dos
Santos preparando o material de escalada e
rapel para coleta de amostra de Teka.
Logo em seguida, foi feita a coleta de uma amostra de Urucum. Como é uma
6
árvore de porte pequeno não foi necessária a utilização de escalada ou rapel para a
coleta da amostra.
Durante todo o processo de coleta de amostras, foi registrado todas as
informações referentes às árvores, Teka e Urucum, como: localização no GPS, DAP
(diâmetro a altura do peito), características do local de coleta, condição climática,
aspecto da árvore e algumas outras informações que estão no formulário de
mapeamento e coleta, em anexo
Todo material coletado foi levado para o auditório onde foi prensado. As amostras
foram dispostas em folhas de jornal dobradas ao meio, tentando imitar, ao máximo, a
disposição daquela planta na natureza. As folhas de papelão foram cortadas do
tamanho das prensas, e foram intercaladas entre as folhas de jornal que contêm as
amostras. No final da pilha, a prensa foi apertada ao máximo possível, com o auxilio
de uma corda. Com o material já prensado, foram anotados os dados da planta e do
coletor acima da prensa.
A partir desse momento, as amostras, já prensadas, não foram mais utilizadas,
foi feito, então, a apresentação das salas e dos métodos que dão continuidade ao
processo de herborização.
A sala de entrada (Figura 3) é o próximo local para onde são levadas as
amostras prensadas. Nele o material é preparado para secagem em uma estufa.
Depois de seco é feito a exsicata (Figura 4). Em seguida, a exsicata é levada para a
sala de preparação, onde é feito uma triagem, e, finalmente, para a sala de
armazenamento (Figura 5).
Figura 3: Sala de entrada de material para secagem Figura 4: Exsicata pronta para armazenamento
7
Figura 5: Sala de armazenamento de exsicatas.
3.1.3 Preparação de material para análise morfológica
A atividade de preparação da planta para análise morfológica ocorreu no Viveiro
da FUNTAC. Nessa etapa, as folhas e as flores e inflorescências foram
armazenadas, separadamente, em frascos contendo álcool 70% (Figura 6).
Neste momento, termina a etapa de preparação do material para análise
macroscópica.
Figura 6: Folhas e inflorescências armazenadas em álcool 70%.
8
3.2 Obtenção do extrato vegetal
Adiante, serão apresentados os métodos, as técnicas e os materiais utilizados na
obtenção do extrato vegetal do material botânico. Neste momento, iniciam-se os
procedimentos para a análise microscópica do vegetal.
A etapa de coleta até secagem foi realizada com amostra de Capim Santo, já as
etapas seguintes foram realizadas com amostras de Melão de São Caetano.
3.2.1 Preparo, secagem do material vegetal e obtenção do extrato
O primeiro passo para a obtenção do extrato de vegetal é a coleta de amostras.
Portanto, foi coletada uma amostra de Capim Santo para ser utilizada nos
procedimentos. No momento da coleta foram anotados todos os dados no formulário
de mapeamento e coleta, em anexo.
Para a secagem, a amostra de Capim Santo foi cortada em pequenos pedaços,
aferido o seu peso e colocada em uma forma de papel alumínio, devidamente
identificada. Feito estes procedimentos, o próximo passo seria levar o material para
a estufa, porém, como o processo de secagem seria demorado, foi utilizada uma
amostra de Melão de São Caetano preparada no dia anterior à visita. Então o Melão
de São Caetano, seco, foi levado ao moinho para ser triturado.
Depois de triturado, o material foi tamisado, em malha de número 16, para
padronizar o tamanho. Feito isto, o material foi umedecido com álcool 70% e
transferido para o percolador. Logo em seguida foi adicionada uma rodela de papel
filtro e sobre esta, bolinhas de gude. Finalmente, completou-se o restante com álcool
70%.
4. RESULTADOS
Todos os dados obtidos durante a visita serão descritos nos tópicos adiante. As
informações referentes ao Urucum estão relacionadas com a etapa de herborização.
Já as informações referentes ao Capim Santo e ao Melão de Santo Antônio estão
relacionadas com a etapa de obtenção do extrato vegetal.
9
4.1 Urucum
Os dados obtidos durante a coleta de amostra de Urucum (Bixa spp.) estão
relacionados no Quadro-1. Outros dados, relacionados à área de coleta da amostra
de Urucum, estão descritos no formulário de mapeamento e coleta, em anexo.
Questionário Resposta
Local da coleta FUNTAC
Data e hora da coleta 23/02/13 12:25:32
Localização GPS 19L 0624038 UTM 8900395
Espécies vegetais ao redor da espécie Arbustos e plantas rasteiras
O DAP e altura DAP= 1,30 cm Altura= 4 m aprox.
Características da planta Árvore
Características da casca Casca lisa com poucas lenticelas, de cor
marrom e pigmentação branca e verde.
Quadro - 1: Observação geral da área de coleta da amostra de Urucum.
Figura 7: Ramo florido de Urucum (Bixa spp.). Figura 8: Fotografia da área de coleta da amostra.
O resultado final do processo de prensagem do material pode ser visualizado na
figura a seguir.
10
Figura 9: Resultado final da prensagem da amostra
de Urucum.
4.2Capim Santo e Melão de São Caetano
Foram obtidos os seguintes dados durante a coleta de Capim Santo
(Cymbopogon spp.):
Questionário Resposta
Data e hora da coleta 23/02/13 14:17:45
Local da coleta FUNTAC
Localização GPS 19L 0624035 UTM 8900349
Espécies vegetais ao redor da espécie Arbustos e plantas rasteiras
Características do local de coleta Terra firme
Características da planta Arbusto
Presença de fungos Não
Quadro 2: Observação geral da área de coleta da amostra de Capim Santo.
Outros dados, relacionados à área de coleta da amostra de Capim Santo, estão
descritos no formulário de mapeamento e coleta, em anexo.
O peso do Capim Santo, cortado em pedaços, foi de 129,65 g.
O resultado do processo de corte das folhas de Capim Santo e disposição destas
folhas para secagem pode ser visualizado na Figura 10 e Figura 11,
respectivamente.
11
Figura 10: Folhas de Capim Santo cortado em Figura 11: Material pronto para secagem
pequenos pedaços.
A partir desse ponto serão descritos os resultados obtidos com o Melão de São
Caetano (Momordica charantia L.).
O peso fresco da amostra de Melão de São Caetano foi de 260 g. Depois de
seco apresentou o peso de 80 g, e, depois de moído seu peso passou a ser de
58,65 g.
Baseado nesses dados pode-se concluir que o rendimento de fresco para seco
foi de 30,7%; e o rendimento de seco para moído foi de 73,31%.
12
5. CONCLUSÃO
Em conclusão, os resultados obtidos, tanto na herborização quanto na obtenção de extrato vegetal, foram satisfatórios, apesar de alguns problemas que surgiram no decorrer das demonstrações e procedimentos.
Não foi possível obter o extrato vegetal, porém todos os procedimentos realizados para a sua obtenção foram demonstrados. As atividades relacionadas a etapa de herborização foram realizadas com êxito.
Logo, todas as atividades realizadas na FUNTAC possibilitaram o enriquecimento dos nossos conhecimentos e contribuíram para a consolidação da disciplina de Farmacobotânica em nosso currículo escolar.
13
REFERÊNCIAS
FERREIRA, G. C.; ANDRADE, A. C. S. Diretrizes para coleta, herborização e identificação de material botânico. Manaus, 2006, p.7. Disponível em: <http://www.cnpf.embrapa.br/pesquisa/sispp/Diretrizes%20coletas%20final.pdf>. Acesso em: 07 abr. 2013.
OLIVEIRA, F.; AKISSUE, G. Fundamentos de Farmacobotânica. São Paulo: Atheneu, 1989. 9p.
14
ANEXO A – Formulário de mapeamento e coleta do Urucum
15
16
ANEXO B – Formulário de mapeamento e coleta do Capim Santo
17
18
ANEXO C – Formulário de secagem do Capim Santo