relatório de estabilidade financeira - abbc.org.br · * integrado pelas instituições banco...
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• Risco de liquidez
• Captações
• Risco de crédito
• Portabilidade
• Crédito - Pessoa física
• PF - Inadimplência por modalidade, safra e comprometimento de renda
• Crédito habitacional
• Crédito - Pessoa jurídica
• Inadimplência e provisões
• Rentabilidade do sistema bancário
• Despesas administrativas e índice de eficiência
• Solvência
• Patrimônio de referência exigido
• Ativos contingentes e comprometimento do PL
• Testes de estresse
• Simulação de Basileia III
• Níveis de concentração
• Sumário
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Pontos abordados para o Sistema Bancário* Base: 2º semestre/12
* Integrado pelas instituições banco comercial, múltiplo, caixa econômica, banco de investimento e conglomerados financeiros compostos ao menos por uma dessas instituições.
• Elevação da liquidez com o aumento do prazo médio
das captações bancárias e dos ativos de alta liquidez;
• Estabilidade nos estoques de recursos externos no
passivos dos bancos;
• Crescimento da relação M4/PIB.
• Índice avançou ao longo do 2º semestre e
mantém-se em nível elevado;
• Aumento provocado pela maior utilização de
instrumentos de captação de longo prazo e pela
desaceleração na concessão de crédito dos
bancos privados.
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Risco de liquidez (1)
• Melhora na distribuição da liquidez entre
as instituições, com a redução da
representatividade dos ativos do grupo de
instituições com índice inferior a 1;
• Redistribuição influenciada em maior
medida pela liberação dos compulsórios,
mas também pelo aperfeiçoamento do
depósito a prazo com garantia especial
(DPGE) do FGC;
• Ainda que declinassem de 10,5% (dez/11)
para 7,4% (dez/12) dos ativos do
segmento bancário, os compulsórios
ainda representam uma significativa
reserva de liquidez.
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Risco de liquidez (2)
• Rendimentos das de
LCIs/LCAs isentos de
imposto de renda para
pessoas físicas;
• A emissão de LFs é
isenta de recolhimento
de compulsório e da
contribuição do FGC;
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• Queda no volume de depósitos a prazo compensada pela
emissão de títulos, depósitos de poupança e as operações
compromissadas;
• As Letras Financeiras e de Crédito do Agronegócio
apresentaram uma expansão mais acelerada;
• A emissão de títulos se refletem em menores custos e
maiores prazos de vencimento.
Captações (1)
• Captações acompanharam o alongamento de prazo
das operações de crédito;
• Manutenção da relação entre as captações estáveis e
o saldo das operações de crédito (principalmente por
causa dos depósitos de poupança);
• Estabilidade da dependência das captações externas
em níveis baixos.
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Captações (2)
• Ritmo moderado aproximando-se de uma expansão
sustentável de longo prazo;
• Em 2012, o crédito direcionado cresceu mais que o
livre, representando 40,9% do total.
• Semelhanças entre a atuação recente dos bancos
públicos e privados da verificada em 2008/09;
• Movimento de redução das taxas de juros
intensificado a partir de abril teve continuidade no
segundo semestre 2012.
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Risco de crédito
• O cenário de redução nas taxas de
juros foi determinante para a evolução
da portabilidade de crédito;
• Concorrência cria incentivos para
portabilidade;
• As instituições públicas foram mais
favorecidas.
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Portabilidade
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• Movimento de migração para modalidades de menor risco;
• Trajetória praticamente estável no financiamento de veículos e
arrendamento mercantil;
• Loan to value (85% no fim de 2010 - 70% dez/2012);
• Cartão de crédito: compras a vista e parceladas
corresponderam a 73% do total.
• Aumento do prazo médio das concessões
principalmente por causa do financiamento
habitacional (prazo mais longo/crescente
participação relativa).
Crédito - Pessoa física
(meses)
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• Destaque para a carteira de veículos, com redução
significativa de 7,2%,em junho para 6,4% em
dezembro de 2012;
• Perda de representatividade das safras mais antigas
na composição da carteira global deve assegurar
trajetória cadente na taxa de inadimplência;
• Ao longo do tempo, o comprometimento de renda
apresenta crescimento mais moderado do que o do
endividamento, com queda no último semestre,
alcançando 21,9% em dezembro, ante 22,9% em
junho.
PF - Inadimplência por modalidade, safra e comprometimento de renda
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• A partir de 2009, os financiamentos habitacionais
ganham maior relevância (5,8% do PIB);
• Desaceleração do ritmo de
crescimento do crédito imobiliário e o
índice de preços dos imóveis
residenciais;
• Loan to value permaneceu em
patamar sustentável, atingindo 71,5%
em dezembro, praticamente sem
alteração em relação a junho de 2012
e dezembro 2011.
Crédito habitacional
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• Desaceleração fechando o ano em 16% e mantendo-se
estável em relação ao crédito total;
• Instituições estatais elevaram de 5,5% para 32,2%,
agressividade dessas instituições na modalidade
capital de giro;
• Spread das operações prefixadas caiu 7% e em uma
amostra composta por empresas de maior porte e
menor risco a redução foi de 1,8%.
Crédito - Pessoa jurídica
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• Inadimplência dos empréstimos corporativos
registrou 2,2% em dezembro. A estabilidade no
semestre justifica-se se por movimentos opostos:
leve aumento dos atrasos das empresas de pequeno e
médio porte e pequena retração no nível de default
das grandes empresas;
• Em relação à origem dos recursos, a inadimplência PJ
no crédito direcionado se manteve estável em 0,5%,
enquanto os atrasos na carteira livre subiram
levemente.
• A inadimplência apresentou leve queda no semestre
registrando 3,7% em dezembro ante 3,8% em junho;
• O índice de cobertura (provisão
contabilizada/operações vencidas há mais de 90 dias)
apresentou uma pequena elevação, atingindo 1,6 em
dezembro;
• Comparações adicionais entre provisões constituídas
e créditos baixados para prejuízo, ou mesmo com o
total da carteira considerada de maior risco ( níveis E
a H), corroboram a ideia de suficiência das provisões.
Inadimplência e provisões
• 2012: desaceleração do crescimento do crédito +
estabilização da margem bruta de crédito em nível
historicamente baixo reduziu o RSPL de 14,7%
(junho) para 13,5% (dezembro);
• Variáveis da dinâmica; (crescimento da
carteira/margem bruta/razão entre despesas de
provisões e receitas das operações).
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• 1º subperíodo - declínio suave da margem bruta de
crédito com avanços consistentes na carteira =
RSPL crescente;
• 2º subperíodo - crise financeira internacional =
arrefecimento do crédito`+ elevadas provisões =
declínio do RSPL;
• 3º subperíodo - queda mais acentuada na margem
bruta por causa do aumento do custo da captação +
avanço nas operações + reversão de provisões =
ligeiro aumento no RSPL;
• 4º subperíodo - margem bruta estável + fraco
crescimento da carteira + aumento da razão
despesas de provisão/receitas de operações =
RSPL reduzindo negativamente.
Rentabilidade do sistema bancário (1)
• Rentabilidade do sistema eminentemente originada em operações financeiras de natureza recorrente (bancária e
seguros);
• RSPL tem se mantido acima da taxa de livre de risco;
• Análise individual mostra que as instituições com RSPL abaixo da taxa livre de risco representam apenas 9,0%
dos ativo;
• Como o cenário de margens brutas deve se manter no curto prazo, a rentabilidade dependerá cada vez mais da
capacidade das instituições financeiras expandirem a carteira de crédito, sem perder de visa a gestão eficiente de
risco.
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Rentabilidade do sistema bancário (2)
• Despesas administrativas apresentaram menor
crescimento desde 2009, o recuo foi
generalizado exceto depreciação e
amortização;
• Por causa da acomodação na evolução do
crédito, o movimento foi incapaz de melhorar o
índice de eficiência.
• Razão entre receita de serviços e despesas
administrativas tem se mantido estável em
aproximadamente 52% desde 2011.
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Índice de eficiência: razão entre a soma de despesas administrativas e outras despesas operacionais; e
a soma de resultado de intermediação financeira bruto, receita de serviços, resultado de participações
societárias, resultado de arrendamento mercantil operacional, outras receitas operacionais e resultado
não operacional.
Despesas administrativas e índice de eficiência
• Apesar da adoção de parâmetros mais estritos de requisitos de
capital de risco de mercado, o IB demonstrou estabilidade;
• Comportamento semelhante evidenciado pelo índice de capital
próprio sobre ativos (alavancagem);
• Comparativos internacionais revelam que os indicadores do SFN
encontram-se elevados;
• A solidez do desempenho do sistema financeiro é refletida na
relação entre o valor de mercado e contábil.
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Solvência
• Emissões de DS/IHCD suplantaram os lucros líquidos na elevação
do PR;
• PRE - Destaque para a alocação de risco de mercado;
• Elevação das operações com menor requisito de capital, em
especial, o financiamento imobiliário, levou a uma pequena
redução do fator médio de ponderação de risco das parcelas
genuinamente de crédito.
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PRE e PR
• O índice de comprometimento do PL voltou a se
reduzir (42,8%);
• Queda foi possível pela redução nos ágios de
investimentos (14,5%) e crescimento no PL
(5,4%);
• Aumento dos créditos tributários de diferença
temporária (R$ 116 bilhões);
• PLCD representa 47% do crédito tributário total.
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Ativos contingentes e comprometimento do PL
Indicadores de risco sistêmico
Todas as métricas seguem em valores favoráveis
quando comparadas a períodos anteriores.
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Testes de estresse
Estresse macroeconômico
Em todos os cenários analisados, inclusive
considerando choques abruptos ou extrema
deterioração da situação macroeconômica, o
capital regulamentar permanece bem acima do
exigido.
Análise de sensibilidade
Sistema segue suportando os choques. Só em
situações extremamente excepcionais de aumento
de inadimplência, que nunca ocorreram, o impacto
seria relevante.
• Estudos do Banco Central não apontam
necessidade extra (além das práticas correntes
de retenção de resultados) de Capital Principal
para o sistema bancário como um todo até 2019;
• Em 2019, o índice de Capital Principal médio
seria de 10,8%, superior aos 7% que será exigido;
• Avaliando-se as instituições individualmente não
haveria necessidade extra de Capital Principal
até 2016;
• As necessidades a partir de 2017 seriam
relativamente pequenas e poderiam ser obtidas
de forma gradual.
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Simulação de Basileia III
• Em dezembro/12, os valores do IHH para o
segmento bancário foram de 0,1363 para ativos
totais, 0,1502 para operações de crédito e 0,1629
para depósitos totais (dentro do intervalo
considerado como moderada concentração,
• entre 0,1 e 0,18);
• O RC4, também do segmento bancário, em
dezembro/2012, ficou em 69,72% para ativos
totais, 72,25 % para operações de crédito e
75,05% para depósitos totais;
• Gráficos mostram a evolução desde de 2004, o
IHH e o RC4 apresentaram inclinação
ascendente, principalmente a partir de 2007;
• A partir do segundo semestre de 2011 e
notadamente para os agregados de operações de
crédito e depósitos totais, ao passo que o RC10
manteve-se estável.
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Níveis de concentração
Liquidez Disponibilidade de recursos nos mercados doméstico e externo permitiu aos bancos financiar o crescimento da carteira de
crédito e aumentar o montante de ativos líquidos.
Destaque para a melhora no perfil de captações, com instrumentos de prazo mais longo ganhando representatividade. A
redução das taxas de juros tem levado os bancos a buscarem estruturas que mantenham a atratividade aos depositantes e
reduzam os custos de gestão de risco de liquidez, em um processo que tem tornado mais claro o trade-off entre liquidez e
remuneração.
Crédito Menor velocidade de expansão da carteira de crédito aproximando-se de um ritmo mais sustentável de crescimento no longo
prazo. Os bancos públicos continuaram ganhando participação no crédito total, assim como a carteira que utiliza recursos
direcionados.
O movimento de redução de taxas de juros trouxe efeitos positivos sobre o comprometimento de renda das famílias e
também sobre a inadimplência pessoa. Essa reversão também se refletiu na carteira de crédito total, uma vez que a
inadimplência pessoa jurídica permaneceu estável no período.
Retorno sobre o Patrimônio Líquido A margem bruta de crédito manteve-se estável, com isso o arrefecimento do crescimento da carteira contribuiu fortemente
para uma rentabilidade mais modesta. Embora o Retorno sobre o Patrimônio Líquido tenha se mantido consistentemente
acima da taxa livre de risco, o atual cenário levará a rentabilidade a depender cada vez mais da capacidade de as
instituições financeiras (IF) imprimirem crescimento vigoroso à carteira de crédito sem perder de vista a gestão eficiente dos
riscos.
Capitalização A capitalização continuou a demonstrar a solidez do sistema bancário, o que foi evidenciado pela estabilidade do Índice de
Basileia em um elevado patamar, apesar dos parâmetros mais estritos de requisitos de capital para risco de mercado. Tal
solidez é corroborada pelos resultados dos testes de estresse, já que em todos os cenários analisados, inclusive naqueles
de extrema deterioração da situação macroeconômica, o capital regulamentar permanece em nível confortável.
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Sumário
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