relatório de grupo - 2º ano b
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Relatório do 2º ano B do ensino funadamental I, referente ao 1º bimestre de 2012TRANSCRIPT
RELATÓRIO DO 1º BIMESTRE – 2º ANO B
PROF.ª MARCELA E NATALY
2012
Sentir, tocar, conhecer
O nosso grupo é formado por alguns alunos que já se conheciam de anos anteriores do Colégio São
Domingos e outros vindos de diferentes escolas. Na primeira semana, acolher a todos e garantir os possíveis
encontros foi essencial.
Para isso, logo no início, criamos o “guia amigo”, ou seja, cada aluno
novo era acompanhado, durante os primeiros momentos, por colegas que já
conheciam a escola. A tarefa era ajudá-los a explorar os diferentes locais,
apresentá-los aos diversos professores, inventar novas brincadeiras na hora
do recreio. Dessas experiências , surgiram novas parcerias que perduram até
hoje.
CARTA DE BOAS VINDAS
“Eu fiquei com vergonha no primeiro dia de aula. Eu fiz novos amigos e eu brinco com eles até hoje.” “ Nós fizemos uma roda e vimos as plaquinhas com o nome de cada um e depois recebemos cartas”. Enzo
O momento mais desejado pelo grupo era a ida a cantina e
diariamente os alunos perguntavam “Marcela, é hoje que vamos
comprar na cantina?”.
E outros desejos foram mencionados como aprender a letra
cursiva, usar a quadra de futebol, jogar pingue pongue, comer o
lanche na hora do recreio...
Em paralelo, construímos nossa rotina coletivamente, o que ajudou a todos a se adaptarem aos novos
desafios propostos pelo 2º ano, que vão desde a organização dos materiais, a organização da sala, os
horários dos especialistas, até a escrita diária das lições de casa na agenda, as produções de texto
espontâneas, as lições de casa diárias e os registros de cálculos mentais.
Descobrimos as expectativas individuais e coletivas a partir dos relatos e registros.
“Eu gosto muito de escrever em letra cursiva, por isso eu escrevo em todos os lugares, até na mesa. As vezes eu ensino para os meus amigos que ainda não sabem as letras. Estou escrevendo quase tudo em letra cursiva e não vejo a hora de trabalhar isso na sala”. Ana
Acreditamos que um grupo constituído dá espaço para
os erros e para os acertos, propicia momentos de
conflito em que o aluno pode aceitar desafios,
permitindo-se a aprender com o outro, posicionando-se
frente às diversas situações, sentindo-se acolhidos para
colocar sua própria opinião e reafirmar sua própria
identidade. Vivemos momentos de dor e, com isso,
juntos, pudemos aprender a expressar os nossos
sentimentos e conviver com as nossas diferenças. Um
grupo marcado pela intensa participação, colaboração,
criatividade, curiosidade e afetividade, que cresce a
cada dia com as experiências da vida! E essas são, de
fato, as características mais fortes do 2º ano B.
“ Eu gostei de conhecer novos amigos e ver que todo mundo não é igual. Como o Pedro
que não gosta de futebol e é um dos meus melhores amigos da escola.” Arthur
Cheirar, comer, provar, contar
Em Matemática focamos inicialmente, no trabalho com o
sistema monetário, uma vez que uma das marcas do 2º ano é a
utilização consciente da cantina. Toda 4ª feira demonstram como
estão avançando em suas estratégias de cálculos, nas relações
entre o valor e as notas/moedas e ao mesmo tempo a importância
de uma boa alimentação.
Optamos por enviar para casa a filipeta de controle dos
produtos a fim de que a família acompanhasse o processo do
trabalho. Nesse momento, as crianças aproximam-se do cálculo
com o sistema monetário, já que seu uso implica em operar com
números decimais. Nesse início do ano, a mediação da professora
ainda é intensa, mas aos poucos nossos alunos se tornarão
autônomos tanto na escolha do lanche quanto no cálculo a ele
relacionado.
Este trabalho, auxiliou bastante nas relações com outros
conteúdos desta área.
“É gostoso ir na cantina porque a
gente aprende a mexer com o
dinheiro, daí dá para comprar
bastante brinquedo quando a gente
crescer e eu posso ensinar o meu
irmão”. Lucca
Ouvir, cantar, dançar Em Língua Portuguesa, durante o 1º bimestre, estudamos enfaticamente as marchinhas de carnaval. Ouvimos
muitas delas e conhecemos as diferentes comemorações em alguns estados do Brasil, como São Paulo, Rio de
Janeiro e Pernambuco. Esse trabalho foi composto por diversas etapas sendo que a preferida do grupo foi
aquela em que eles escolheram suas marchinhas preferidas e criaram ritmos para cantá-las a partir dos sons do
próprio corpo. Ao embalo do som do violão tocado pela professora Mônica, nós cantamos e gravamos um DVD
com vídeos que registram esse momento e demonstram a alegria e o envolvimento do grupo. Escrevemos as
letras das marchinhas no computador e fizemos ilustrações em duplas, no Paint, para a elaboração da nossa
coletânea.
“Eu aprendi várias marchinhas novas e a que eu mais gosto é ‘Touradas em Madri’. O que eu mais gostei foi de fazer um desenho para a ‘Marcha da cueca’ no computador. Foi a primeira vez que eu usei o computador para desenhar”. Bruno
Além de conhecermos um pouco mais sobre a nossa cultura,
o trabalho desenvolvido com textos memorizados, como são as
marchinhas, possibilitou a garantia do trabalho para o
fechamento da base alfabética e a segmentação correta das
palavras.
A visita à escola de samba foi sensacional! As crianças ficaram
admiradas com o tamanho dos carros alegóricos e puderam
perceber a importância do trabalho/planejamento de uma
comunidade para a realização do carnaval. Conversando com o
carnavalesco da Gaviões, os alunos conheceram as diversas
etapas para a realização de um desfile como: a seleção do tema,
o projeto dos carros alegóricos (do papel para o real), o desenho
detalhado dos mesmos antes de serem construídos, a costura de
cada fantasia, entre outras. Essa experiência possibilitou
ampliarmos a discussão e relacionar esse processo de produção
com as nossas atividades como a elaboração da nossa coletânea
e o DVD das marchinhas.
“Eu achei que a escola de samba era um lugar que tinha uma casa gigante com um monte de carros alegóricos. Quando cheguei lá vi
que era um barracão. Tinha um carro alegórico com um gavião gigante e outro era um castelo que o Lula ia desfilar. Nós vimos as
fantasias e o carnavalesco falou que o carro alegórico não é igual ao do Rio de Janeiro, ele não tem motor, as pessoas empurram
ele”. Rafael Kraus
Olhar, observar, comparar, localizar Onde você mora? Com quem você mora? Que caminho você percorre da sua casa até a escola?
Em Ciências Humanas, descobrimos a localização da casa e do bairro de cada um, possibilitando o
conhecimento dos bairros vizinhos e dos mais distantes . As crianças escreveram as cartas contando mais
detalhes das suas moradias e ficaram ansiosos com a chegada da correspondência.
“Eu gostei de escrever a carta para um amigo e ir entregá-la na caixa do correio, porque eu gosto muito de escrever e a Marcela foi mostrando pra gente o caminho, por exemplo, ver os prédios e ouvir o barulho dos carros e das motos”. Rafael Veríssimo
No Google Maps encontraram suas casas e acompanharam o caminho até a escola ou até o endereço de
um amigo. Elaboramos um mapa gigante, comparamos os quarteirões e encontramos os pontos de
referência para possíveis pontos de encontros. Com este trabalho as crianças se integraram bastante,
reconheceram no amigo identidades semelhantes e conheceram um pouco mais sobre os seus colegas.
“Eu gostei de mexer no Google Maps pra procurar o meu prédio e outros lugares. Eu descobri amigos que moram perto de mim.” André
“Eu gosto de estudar sobre os bairros, sobre as ruas e sobre os pontos de referência. Nós fizemos o cartaz mostrando os bairros onde todos os amigos moram. Descobri que eu e o Enzo moramos muito perto.” Isabella
Tocar, imaginar, relacionar As aulas de Ciências Naturais foram exploradas em diferentes espaços e com diversas estratégias.
Realizamos experimentos, conhecemos instrumentos científicos, comparamos as visões dos animais com
as dos seres humanos e relacionamos as situações do cotidiano a partir dos nossos cinco sentidos.
“
“Eu nunca tinha ido no laboratório antes. Com a garrafa que trouxemos de casa, eu descobri que ela
podia ser uma lupa. Eu adorei sentir o cheiro de café, do limão e da laranja. Estávamos com os olhos
vendados e usamos somente o olfato para perceber, depois vimos o que cheiramos”. Júlia
“Foi legal cortar as frutas para fazer a vitamina. Na
minha vitamina tinha morango, mexerica, banana,
limão, melancia mas eu senti gosto de laranja porque
batemos com um suco dessa fruta. A mexerica é doce.”
Matheus
No decorrer das discussões, as crianças
trouxeram diversos livros de pesquisa que
auxiliaram nas nossas conversas e fechamentos
de algumas conclusões. Levantaram hipóteses,
aguçaram suas sensações relatando sempre o
que sentiam, ouviam e perceberam que
podemos usar outros sentidos na falta ou na
falha de um deles.
Finalizamos o 1º bimestre repleto de conquistas, novidades e com um grupo cada vez mais unido e autônomo.
Esse é o começo de uma nova história! Profª Marcela a Nataly
A partir desse momento, os professores especialistas compartilham seus relatos, produzidos a partir das
experiências desse bimestre.
Cantamos as músicas dos outros,
conhecendo compositores como João de
Barro e Chiquinha Gonzaga (marchinhas de
carnaval tradicionais) e compusemos uma
canção de carnaval Sonhos, Diversos
Sonhos.
Iniciamos o ano Com um Sonho na Cabeça, um
projeto de integração de linguagens: língua portuguesa;
artes plásticas e música. Ouvimos marchinhas do
maranhão, de São Luíz do Paraitinga e gravações antigas
com a Carmem Miranda.
Sonhos Diversos Sonhos
Sonhos
SONHOS DIVERSOS SONHOS
A PROFESORA ME CHAMOU
DISSE PRESENTE
CACHORRO QUENTE
CHOVE CHOVE BRIGADEIRO
CHOVE CHOVE O DIA INTEIRO
EU POSSO SER UM ESPORTISTA
E TAMBÉM SER UM ARTISTA
EU QUERO VOAR COMO SKATISTA
EU QUERO VOAR COMO SKATISTA
EU DIGO NÃO POLUIÇÃO NÃO BANDIDO
EU QUERO DIZER ENTÃO EU DIGO
EU QUERO DIZER ENTÃO EU DIGO
Estudamos sobre timbres de vozes e de instrumentos.
Brincamos com a duração do tempo, com as alturas do
som e com brincadeiras cantadas.
A percepção auditiva entrou como conteúdo integrado a
Ciências Naturais e aguçamos nossa audição com os olhos
fechados, com a brincadeira gato mia e apreciação de
obras gravadas.
Monica Huambo
Artes Plásticas
O que os alimentos nos contam sobre sujeitos, tempos e lugares?
Essa foi a pergunta lançada para os alunos do
2º ano nas aulas de artes plásticas.
Iniciamos nossas investigações observando os
lanches dos próprios alunos. Tendo em mãos
tantos alimentos, criaram composições usando
bananas, sanduíches de queijo, maçãs, sucos,
entre outras coisas mais. Desenharam e pintaram
experimentando a tinta aquarela.
Fomos então investigar representações
de alimentos de outros tempos e outros
lugares e começamos pelas obras de Albert
Echkout. Que histórias essas obras poderiam
nos contam? Contamos um monte delas sobre
Natureza Morta!
Olhamos em livros de arte e buscamos
mais informações estéticas sobre o assunto:
estilos, cores, composição, artistas, assuntos,
tudo isso dará um ‘’bom caldo ‘’ para nossas
próximas conversas.
Profª Elô
Educação Física Neste bimestre trabalhamos com a coordenação motora, usando os bambolês (lançar e pegar, rodar no
braço, lançar para o alto e encaixar no corpo, rodar e fazer o bambolê voltar....), as bolas (acertando
alvos, cestas, gols, tirando a bola do chão sem segura-lá...), a corda (pular, girar, rodar, amarrar...), e a
raquete (treinamos equilibrando, petecando a bolinha e finalizamos a atividade jogando tênis...).
Usando todos estes materiais, fomos desafiados pelo professor a tentar realizar diversos movimentos e também desafiamos nossos amigos, mostrando e explorando novos movimentos.
Tivemos uma aula em conjunto com o 4º ano para produzir brincadeiras com bolas de
borracha. Também jogamos xadrez, usamos o carrinho de rolimã e jogamos queimada separando meninos e meninas.
Brincar é... Liberdade de ação, não literalidade, imprevisibilidade, repetição, expressão, espontaneidade,
investigação e gratuidade.
Não importa a brincadeira: ouvir histórias; brincar de correr; esconder, perseguir, atirar, com
brinquedo ou sem brinquedo; brinquedo comprado ou feito pelas crianças; fantasiado; brincar de pular corda; cantar na roda; brincar sozinho, em silêncio ou brincar junto, fazendo algazarra.
...brincar pelo prazer de brincar!
Histórias e brincadeiras
Histórias contadas de boca que se transformam em histórias brincadas
Assim, aproximamos o “tempo de HB” do tempo das histórias e brincadeiras vividas
espontaneamente num quintal!
Quem quer brincar de Queimada ameba
põe o dedo aqui!
Para brincar, não é preciso dividir os participantes
em times ou riscar linha no chão para criar campos
adversários. Nessa brincadeira cada criança pode
queimar todas as outras.
Para tanto, a bola (feita de meia ou de jornal e fita
crepe) deve bater no corpo do amigo (menos na
cabeça) antes de cair no chão. Se o amigo conseguir
agarrar a bola está a salvo. Aquele que for queimado
engatinha, tentando pegar outra criança que está de
pé. Se conseguir, fica de pé e o que for pego passa a
engatinhar.
Quando uma criança é queimada, todos aqueles
que foram queimados por ela podem levantar.