relatório de medição final de serviços prestados · produção de gado de corte, avicultura de...
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Contrato n. º 81/2009
Departamento de Água e Esgoto - DAE
CORUMBATAÍ – SP
Relatório de Medição Final de Serviços Prestados
CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE ENGENHARIA ESPECIALIZADA
VISANDO A ELABORAÇÃO DE “PLANO DIRETOR DE COMBATE ÀS
PERDAS TOTAIS (FÍSICAS E FINANCEIRAS) DE ÁGUA NO SISTEMA DE
ABASTECIMENTO PÚLICO DO MUNICÍPIO DE CORUMBATAÍ – SP.”
RESPONSÁVEL TÉCNICO
Eng° Adauto Luis Paião
CREA: n° 5062664002
Americana - SP
Julho de 2010.
Rua João Pessoa, nº 124 – Jd. N. Sra de Fátima – Americana/SP – CEP: 13478-610 Tel: (19) 3468-2605 / (19) 7806-1630
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PLANO DIRETOR DE COMBATE ÀS PERDAS TOTAIS
(FÍSICAS E FINANCEIRAS) DE ÁGUA NO SISTEMA DE
ABASTECIMENTO PÚLICO DO MUNICÍPIO DE
CORUMBATAÍ – SP.
RESPONSÁVEL TÉCNICO
Eng° Adauto Luis Paião
CREA: n° 5062664002
Americana - SP
Julho de 2010.
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I. APRESENTAÇÃO
A Empresa Maximus Engenharia e Consultoria Ltda., têm por objetivos e finalidades
planejar, desenvolver, gerenciar, coordenar, executar, promover, incentivar, estimular e apoiar
estudos, planos de ações, pesquisas, programas, projetos, obras e serviços de quaisquer
naturezas, através de mão de obra especializada, produções, publicações e divulgações técnico-
científica e sócio-cultural, junto a ações relacionadas aos Recursos Hídricos e Meio Ambiente
como um todo.
Visando atender de forma plena e efetiva todas as necessidades vinculadas ao município
de Corumbataí – SP, a Maximus Engenharia e Consultoria Ltda, juntamente com sua equipe
técnica, têm como objetivos e finalidades oferecer o melhor em inovação, tecnologia,
desenvolvimento e gerenciamento de projetos e serviços técnicos, contando com uma estrutura
operacional sólida, com profissionais altamente especializados e envolvidos diretamente no
desenvolvimento de novas tecnologias, aprimoramento em engenharia, em consultoria e em
inovações, atendendo de forma absoluta os objetivos de nossos clientes com qualidade e
confiança, através de soluções competitivas voltadas aos setores de Recursos Hídricos e Meio
Ambiente.
O presente trabalho refere-se à prestação de serviços técnicos na área de Engenharia para
Elaboração do PLANO DIRETOR DE COMBATE ÀS PERDAS TOTAIS (FÍSICAS E
FINANCEIRAS) DE ÁGUA NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO PÚLICO DO
MUNICÍPIO DE CORUMBATAÍ - SP, objeto do Contrato nº 81/2009 firmado entre a
Empresa Maximus Engenharia e Consultoria Ltda e a Prefeitura Municipal de Corumbataí - SP.
O presente Plano Diretor de Combate as Perdas apresenta as informações coletadas,
análises e diagnósticos realizados e os projetos necessários para controle e redução das perdas
físicas no município de Corumbataí-SP, na qual os trabalhos foram realizados através de
verificações e diligências de campo, embasadas em informações prestadas pela Administração
municipal, com uma análise clínica do sistema atual de abastecimento de água do município de
Corumbataí visando à utilização ótima dos recursos hídricos disponíveis, promovendo melhores
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índices de satisfação da população em relação ao abastecimento, uso racional da água e índices
aceitáveis de perdas no processo de abastecimento.
Dessa forma, a Empresa Maximus Engenharia e Consultoria Ltda. buscou no decorrer da
pertinência do contrato junto a Prefeitura Municipal de Corumbataí - SP, proporcionar uma visão
abrangente das atividades e ações desenvolvidas, objetivando produtos específicos como metas
finais, sendo estas descritas posteriormente.
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1. OBJETIVO
O objetivo deste Plano Diretor de Combate as Perdas é apresentar os trabalhos
realizados em continuidade dos produtos contratados frente ao desenvolvimento de serviços
técnicos na área de engenharia visando o Combate às Perdas Totais (Físicas e Financeiras) de
Água no Sistema de Abastecimento Público do município de Corumbataí – SP.
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2 . INTRODUÇÃO
A região compreendida no objeto abordado encontra-se localizado nas limitações da
Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI n˚ 05) – Bacias Hidrográficas dos
Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí – PCJ.
O Plano Diretor de Perdas, tratado como item principal nesse contexto, abordou à análise
hidráulica completa dos sistemas de abastecimento, envolvendo a operação contínua em tempo
real, com os objetivos de conhecer o funcionamento dos elementos da rede, através de
levantamento em campo das características da rede, monitoramento através de macro e micro-
medições, análise e controle de perdas.
As limitações quantitativas e qualitativas dos recursos hídricos das bacias em estudo
estão levando a adotar soluções cada vez mais caras, fruto da necessidade de buscar água em
locais distantes, criando inclusive conflitos na utilização desses recursos.
Dentro desse contexto, foi imprescindível que o aspecto as perdas de água fosse analisado
de forma cuidadosa, visto que seu controle torna-se vital, no sentido de proporcionar, em curto
prazo, o uso eficiente da água, não só por parte do órgão responsável como também pelo usuário.
Em nível nacional, as médias das PERDAS TOTAIS existentes nas empresas de
saneamento básico estão compreendidas em um intervalo de 35% a 55%.
Uma das premissas básicas para a GESTÃO destas soluções, foi a elaboração deste Plano
Diretor de Combate a Perdas Totais de Água, que além de demonstrar um quadro fidedigno da
situação atual, nortearia também todas as ações necessárias à redução contínua e permanente das
perdas totais dentro do município relacionadas ao abastecimento público de água.
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3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ÁREA DE ESTUDO
3.1. Localização
O Estado de São Paulo adotou uma divisão territorial hídrico-hidrográfica a partir de seus
divisores de águas, sendo esta uma divisão territorial adotada pela Lei Estadual nº 9.034, de 27
de dezembro de 1994, constituindo as Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos
(UGRHIs), dentre as UGRHIs contidas nas limitações do Estado de São Paulo, a de interesse
para o presente relatório é a UGRHI de número 05, referente às Bacias hidrográficas dos Rios
Piracicaba, Capivari e Jundiaí – Bacias PCJ.
O Plano Diretor de Combate as Perdas desenvolvimento pela Maximus Engenharia e
Consultoria Ltda., foi realizado no município de Corumbataí – SP, este localizado no interior de
São Paulo, integrante da região de Piracicaba, cuja economia é voltada para o setor canavieiro.
Sua população é de 3.935 habitantes. Possui uma área de 278,143 km².
Limita-se ao norte com Analândia e Santa Cruz da Conceição, ao sul com Rio Claro, a
leste com Leme e a oeste com Itirapina, possuindo uma área de 27.810 ha onde 27.400 ha
pertencem à zona rural.
Figura 01. Mapa de Localização das Bacias PCJ
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3.2. Infra-Estrutura
3.2.1. Economia
Corumbataí se concentra em diversas atividades agropecuária com destaque para
produção de gado de corte, avicultura de corte, reflorestamento de eucalipto, pecuária de leite.
Há alguns comércios e pequenas empresas que vem ocupando a região.
3.2.2. Demografia
Quadro 01. Demografia do município de Corumbataí
Área: 278,1 km².
Total: 27.810 ha (278,1 km²)
Rural: 27.400 ha (274,0 km²)
Urbana: 410 ha (4,1 Km²)
População: 3.935 habitantes
Localização
Distância da capital 210 Km
Limites da cidade
Norte: Analândia e Santa Cruz da Conceição
Leste: Leme
Sul: Rio Claro
Oeste: Itirapina
Altitude: 608 metros
Longitude: 47º37’33” Oeste
Latitude: 22º13’12” Sul
Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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3.2.3. Clima
De acordo com a classificação de Kopen, o clima do município de Corumbataí é do tipo
CWA, sub-tropical, tendo o inverno seco e o verão chuvoso.
3.2.4. Solo
Predominam no município solos podzólicos vermelho-amarelos e os solos litólicos, em
seguida aparecem os latossolos vermelho-amarelos e as areias quartzonas profundas e em
menores porcentagens os solos hidromórficos, latossolos roxos, latossolos vermelho-escuros e
terras roxas estruturadas.
3.2.5 Saneamento Ambiental
3.2.5.1 Sistema de Resíduos Sólidos
O município é atendido pelo serviço de coleta de resíduos, administrado pela própria
Prefeitura, realizada diariamente, sendo que 01 vez por semana é feita coleta seletiva de material
reciclável e 03 vezes por semana a coleta de resíduos não reciclável, através de caminhão
coletor/compactador tendo como destino final um Aterro Sanitário Doméstico fundamentado em
critérios de engenharia e normas operacionais específicas, proporcionando o confinamento
seguro em termos de proteção ao meio ambiente, de saúde pública e as cooperativas de
reciclagem.
Corumbataí possui um aterro sanitário próprio que funciona pelo método de vala. O aterro
recebe mensalmente em média de 37 toneladas/mês de resíduos domiciliares classificados como
não recicláveis, e a Unidade de Triagem da Coleta Seletiva recebe mensalmente cerca de 07
toneladas/mês de resíduos recicláveis.
O aterro não possui sistema de drenagem de chorume, pois o projeto inicial de instalação
não contemplava esse item, bem como não foi exigido pelos órgãos ambientais. O Aterro
Sanitário está totalmente regularizado e com licença de Operação expedida pela Cetesb Regional
de Piracicaba.
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3.2.5.2. Sistema de Drenagem Urbana
A sede do município não possui um Sistema de Drenagem Urbana e afastamento. Para
efeito de equacionamento, planejamento e implementação da drenagem urbana e controle das
inundações, os elementos físicos mínimos que constituem a malha hidrográfica do Município de
Corumbataí - SP são sarjetas e alguns setores com galerias. Basicamente a água escoa pela
sarjeta, sendo captado através de bocas de lobo e canalizado até o rio Corumbataí, contido no
próprio município.
3.2.5.3. Sistema de Abastecimento de Água
O sistema de abastecimento de água do município é gerido pela própria Prefeitura
Municipal possuindo atualmente uma estrutura, com atendimento de 100 % da população.
O município de Corumbataí – SP, possui seu ponto de captação de água para
abastecimento público operado por gravidade alocado em dois pontos de nascentes localizados
no Sítio Monte Alegre, no próprio município de Corumbataí - SP, cujo volume captado segue
para uma Estação de Tratamento de Água (ETA), onde a água é tratada por processo de filtração,
sendo esta dimensionada pela Universidade de São Paulo – USP. Segue no quadro 02 a estrutura
do Sistema de Abastecimento de Água de Corumbataí.
A ETA de Corumbataí possui 01 laboratório, 01 reservatório elevado e 01 reservatório
semi-enterrado de água, 02 filtros dinâmicos, 02 filtros ascendentes e 02 filtros lentos. O
abastecimento é feito primeiro na área urbana e depois segue para a área rural. Os produtos
químicos utilizados são: Hipoclorito de sódio líquido e pastilha de ácido fluorsilícico (flúor).
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Quadro 02. Estrutura do Sistema de Abastecimento de Água de Corumbataí. Fonte: Maximus
Engenharia e Consultoria Ltda.
Sistema Produtor
01 ETA
01 Captação por gravidade (Sitio Monte Alegre)
Produção 10 l/s
Reservação da caixa dá água 01 Reservatório elevado com capacidade de 400 m³
03 Reservatórios semi-enterrados totalizando 750 m3
Nº ligações 1.100 unidades
Rede Água 19 km
Tratamento Tratamento por filtração com adição de Cloro e pastilhas de
Ácido Fluorsilícico (flúor).
3.2.5.4. Sistema de Esgotos Sanitários
O sistema de esgotos sanitários do município atualmente possui atendimento de 90 % da
população. O tratamento é feito através de lagoas de estabilização que recebe todo o esgoto
doméstico da área urbana. A lagoa possui 10.716,42 m³ de dimensão. Está localizada na estrada
municipal Corumbataí-Ferraz (antigo trecho ferroviário da Fepasa) a uma distância de
aproximadamente 02 km da cidade.
Corumbataí possui em sua área territorial uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE),
operada pela própria Prefeitura Municipal, resultando aproximadamente 100% do esgoto
coletado tratado. O sistema de esgoto sanitário do município atualmente possui a estrutura,
conforme o Quadro 03.
Quadro 03. Estrutura do Sistema de Esgotamento Sanitário de Corumbataí. Fonte: Maximus
Engenharia e Consultoria Ltda.
Nº ligações 900 unidades
Rede (km) 13 Km
Tratamento Lagoa de Estabilização
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4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Entende-se por perdas totais as perdas físicas de água por vazamentos somados às perdas
financeiras por controle deficiente de medição em hidrômetros, nos sistemas públicos municipais
de distribuição de água. O Plano Diretor visa a análise hidráulica completa dos sistemas de
abastecimento, envolvendo a operação contínua em tempo real, com os objetivos de conhecer o
funcionamento dos elementos da rede, através de levantamento em campo das características da
rede, monitoramento através de macro e micro-medições, análise e controle de perdas.
A seleção desses sistemas para os propósitos acima mencionados baseou-se no aporte da
distribuição de água de modo a atingir a totalidade de sua extensão, na zona urbana, dos
problemas existentes atuais, principalmente, o da deficiência no atendimento da demanda e o de
funcionamento precário de algumas unidades operacionais (Captações, Reservatórios, Adutoras,
Sub-adutoras e Estações Elevatórias) e acima de tudo, implantar uma cultura de combate às
perdas e envolver a população na questão economica, bem como propor ações a curto, médio e
longo prazo para um contínuo e permanente Combate à Perdas de Água, pois como é de
conhecimento geral, as Bacias PCJ já vem enfrentando grandes problemas de qualidade e
quantidade de água.
O Plano Diretor não deve ser confundido com um projeto tradicional de combate às
perdas. Embora os levantamentos preliminares tenham as mesmas características, as finalidades
são diferentes. Na primeira situação trata-se da ação imediata, ou seja, detectado o vazamento a
rede é imediatamente submetida ao reparo. O Plano Diretor deverá propor a metodologia para a
detecção das mesmas, com períodos de revisão e providências.
Para o plano é importante a avaliação da situação das redes existentes, vida útil, índice
de comolação, entre outros. Tais informações permitirão a elaboração de propostas, do tipo: com
ou sem troca e remanejamento de redes, instalação ou não de válvulas de redução de pressão,
inclusão ou não de equipamentos operacionais e ações afins, permitindo ao plano oferecer no
mínimo 03 opções de implantação, com a participação do contratante e apresentação da
escolhida.
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Portanto foi de fundamental importância a realização do Plano Diretor de Combate as
Perdas de Água do Município de Corumbataí – SP, bem como o planejamento da futura
implantação de um Programa de Controle e Redução de Perdas de Água no município de
Corumbataí - SP, para que o sistema possa alimentar e atender o crescimento da cidade sem a
necessidade de executar grandes obras como novas captações, estação de tratamento e
reservatórios de distribuição, que além de demandar períodos longos de execução, existe urna
total falta de recursos para qualquer tipo de investimento no atual quadro sócio - económico do
país.
Assim sendo, este Programa de Controle e Redução de Perdas de Água será uma solução
vital para o sistema de abastecimento do município de Corumbataí - SP nos próximos anos, além
de estar contribuindo com as metas do Plano de Bacias dos Comitês CBH-PCJ, que procura
alcançar e obter índices de perdas de água aceitáveis, em torno de 20 a 25%.
4.1. Conceituação de Perdas em Sistemas de Abastecimento de Água
Conforme o enfoque específico classifica-se o termo genérico “PERDAS”, em três
categorias distintas:
4.1.1. Perdas físicas
Caracterizadas pelas perdas de água, antes de sua entrega ao usuário, nos sistemas
produtor, adutor e distribuidor e, em geral, tem como causa:
• Vazamentos não detectados em adutoras, redes, ramais e cavaletes;
• Extravasamento de reservatórios;
• Processo de tratamento: lavagens excessivas de filtro e decantador nas estações de
tratamento;
• Volume drenado das valas para manutenção de rede. Ressalta-se que este fator não tem
sido considerado nos clássicos conceitos de perdas, porém, em certos casos chega a ser
preponderante;
• Vazamentos em peças especiais: ventosas, válvulas de alívio e anti-golpe, hidrantes,
adufas de filtros, entre outras.
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� FÍSICAS
� VAZAMENTOS
� EXTRAVAZAMENTO DERESERVATÓRIOS
� PROCESSO DE TRATAMENTO
� MANUTENÇÃO DE REDES
� PEÇAS ESPECIAIS
� FATURAMENTO
� CADASTRO
� MICROMEDIÇÃO
� CONTROLE
� IMAGEM� ATENDIMENTO DAS DEMANDAS
3 CONSUMO
3 SERVIÇO
3 QUALIDADE
REDERAMALCAVALETE
VENTOSASHIDRANTESVÁLVULAS
CLASSIFICAÇÃOLIG. CLANDESTINAS
SUBMEDIÇÃOAUSÊNCIA
LIG. “BY-PASS”LIG. INATIVAS
4.1.2. Perdas de Faturamento
São caracterizadas pelas perdas de faturamento correspondente ao volume de água
entregue ao usuário, porém não contabilizada. Atualmente, acertadamente, esta categoria de
perdas tem sido motivo de preocupação por parte das Companhias de Saneamento e apresentam
as seguintes causas preponderantes:
• Cadastro de Consumidores: classificação de economias desatualizadas e ligações
clandestinas;
• Submedição: ausência de hidrômetros, equipamentos imprecisos ou mal dimensionados;
• Ausência de controle e monitoramento: ligações com “by-pass”, violação de hidrômetros
e do corte.
4.1.3. Perdas na Imagem
Caracterizam-se como fatores que levam a degradação da imagem da Companhia de
Saneamento frente à população, tendo como principais fatores:
• Deficiência de abastecimento: crises crônicas/sazonais de abastecimento, intermitência;
• Má qualidade da água: ausência de desinfecção de redes e reservatórios, existência de
pontas de rede.
• Demora para atendimento das solicitações dos usuários
O esquema a seguir ilustra o exposto.
CLASSIFICAÇÃO DE PERDAS
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� MACROMEDIÇÃO
� SETORIZAÇÃO( QUEM ESTÁ SENDO MEDIDO )
� EQUIPAMENTOCONFIÁVEL
� MANUTENÇÃO
� SISTEMA DEINFORMAÇÕES
� CONSUMO
� LIGAÇÕES/ECONOMIAS
� QUALIDADE DOATENDIMENTO
4.2. Controle e Monitoramento das Perdas
Para o devido controle e monitoramento do sistema no tocante ao estado das “PERDAS”,
devem ser considerados os seguintes aspectos:
4.2.1. Macromedição
Refere-se à medição e monitoramento das variáveis de abastecimento, ou seja, vazão,
pressão e nível.
4.2.2. Setorização de controle
A macromedição, para ser efetiva, necessariamente deve ser acompanhada pela
delimitação do setor e respectiva caracterização das áreas que estão sendo macromedidas.
4.2.3. Sistema de informações
As informações a respeito de volume micromedido, faturamento e condições da
micromedição devem ser compatibilizadas de acordo com os setores de controle para possibilitar
a geração de indicadores confiáveis. Em resumo, apresenta-se o esquema a seguir.
CONTROLE DE PERDAS
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5. ESCOPO GERAL
O Plano Diretor de Combate às Perdas Totais de Água nos Sistemas de Abastecimento
Público do município de Corumbataí - SP, é um trabalho de longo alcance e demonstrará a
importância do controle e combate às perdas, além de permitir a intervenção planejada no setor.
Deverá ser utilizado como horizonte de projeto o prazo de 20 anos e como meta geral o
índice de 25% de perdas totais. Trata-se da realização de um trabalho, que permitirá:
• Sensibilizar a Diretoria e técnicos do município, da importância do Combate às Perdas;
• Estabelecer metodologia para identificar e conhecer as perdas totais dentro dos sistemas
de abastecimento;
• Oferecer orientações voltadas que permitam adequar e melhorar o desempenho das
unidades operacionais envolvidas;
• Monitorar e operar adequadamente as redes de distribuição setorizadas;
• Controlar e acompanhar os índices de perdas físicas totais dos sistemas;
• Orientar o município na tomada de decisões, priorizando ações de redução e combate a
perdas a serem executadas com os melhores resultados e metas a serem atingidas (índice
de perdas máximo de 25%) e ao menor custo possível.
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6. ATIVIDADES
As atividades proponentes desenvolvidas durante a realização dos trabalhos referentes ao
PLANO DIRETOR DE COMBATE ÀS PERDAS TOTAIS (FÍSICAS E FINANCEIRAS)
DE ÁGUA NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO PÚLICO DO MUNICÍPIO DE
CORUMBATAÍ – SP, tiveram embasamento global no cronograma proposto à contratante,
desenvolvendo assim serviços de engenharia especializada, de modo serem apresentadas às
etapas e atividades desenvolvidas no período, sendo:
6.1. Caracterização Atual do Sistema;
6.2. Perdas Físicas;
6.3. Perdas Financeiras;
6.4. Investimentos necessários;
6.5. Análise das Alternativas;
6.6. Retorno dos Investimentos;
6.7. Fontes de Financiamento;
6.8. Conclusões e Recomendações.
Para desenvolvimento das atividades elencadas acima, foram estabelecidas bases
metodológicas, de modo que os serviços de engenharia voltados ao desenvolvimento do Plano
Diretor de Combate às perdas totais (Físicas e Financeiras) de Água no Sistema de
Abastecimento Público do Município de Corumbataí - SP tivessem seu âmbito fixado nas etapas
referentes à organização de ações voltadas ao objeto do contrato, utilizando de informações
técnicas oficiais e referenciais bibliográficos no cumprimento das metas preconizadas.
Tendo como prioridade o melhor atendimento técnico junto ao objeto solicitado, a
contratada em comum acordo com a contratante, determinou sequencias de aplicabilidade e
levantamento de dados em informações, de modo a fornecer o melhor produto frente às
demandas ofertadas.
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Os trabalhos de elaboração de Plano Diretor de Combate às perdas totais (Físicas e
Financeiras) de Água no Sistema de Abastecimento Público do Município de Corumbataí - SP
visa uma análise hidráulica completa dos sistemas de abastecimento, envolvendo a operação
contínua em tempo real, com os objetivos de conhecer o funcionamento dos elementos da rede,
através de levantamento em campo das características da rede, monitoramento através de macro
e micro-medições, análise e controle de perdas.
Toda metodologia bem como parâmetros e diretrizes para o estudo e elaboração do Plano
Diretor serão aqueles preconizados pelas Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT, bem como as recomendações técnicas da CETESB, visando atendendo aos seguintes
quesitos frente às atividades preconizadas.
7. DESENVOLVIEMNTO DOS TRABALHOS
7.1. Caracterização Atual do Sistema
Corumbataí é um Município do interior de São Paulo de pequeno porte, integrante da
região de Piracicaba, cuja economia é voltada para o setor canavieiro. Limita-se ao norte com
Analândia e Santa Cruz da Conceição, ao sul com Rio Claro, a leste com Leme e a oeste com
Itirapina, possuindo uma área de 27.810 ha onde 27.400 ha pertencem à zona rural.
A base econômica do município está na agropecuária com destaque para produção de
gado de corte, avicultura de corte, cultivo de eucalipto, pecuária de leite. Há alguns comércios e
pequenas empresas que vem ocupando a região.
Quadro 04. Área e população do Município de Corumbataí - SP, conforme dados fornecidos
pela Prefeitura Municipal.
Área População
Total Urbana Rural Total Urbana Rural
278 Km² 4,1 Km² 274 Km² 3.935 Hab. 2.124 Hab. 1.811 Hab.
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Quadro 05. Análise de consumo e contas, conforme dados fornecidos pela Prefeitura de
Corumbataí
Análise de consumo e contas
Total consumo medido 14.429 m³ Total Lançado R$ 19.111,79
Total consumo Lançado e
faturado
16.872 m³ Total Pago -
Quadro 06. Quantidade de ligações por categoria
Quantidade de ligações por categoria
Categorias Com Hidrômetro Sem Hidrômetro C. Medido C Faturado
Residencial 856 0 853854 989338
Comercial 44 0 53348 65777
Industrial 8 0 11336 12345
Pública 31 0 911 1583
Rural 153 0 145708 166752
Igreja 8 0 13397 16813
1100 0 1078554 1252608
Quadro 07. Rede de distribuição
Rede de distribuição
Extensão da rede 19 Km
Diâmetro da Tubulação 2” e 4”
Material da rede 20% da rede de ferro e 80 % rede de PVC
Idade da Rede Aproximadamente 40 anos
Quadro 08. Vazão e perdas
Vazão (m³/dia) Perdas %
1.728,00 37%
Fonte: Relatório de Situação dos Recursos Hídricos – Relatório 0
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Figura 02. Croqui indicando Manancial, ETA, Ponto de Captação, Reservatórios e Pontas de
Rede. Fonte: Prefeitura Municipal de Corumbataí – SP.
7.2. Caracterização do Sistema de Tratamento de Água
As características físicas da unidade foram levantadas diretamente no local por equipe
técnica e através de arquivos de projetos existentes. Os dados históricos e procedimentos
operacionais foram informados pela Prefeitura do Município de Corumbataí- SP.
7.2.1. Captação
O município de Corumbataí – SP possui sua captação em 02 (duas) nascentes localizadas
no Sítio Monte Alegre, nascentes estas que abastecem o sistema de tratamento de água do
município, a qual pertencente á Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí – PCJ
– UGRHI 05.
O corpo d’água, quanto a disposição de lançamentos, está enquadrado na Classe 2 de
acordo com o Decreto 10.755 de 22/11/77 Governo do Estado de São Paulo.
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As características que o classifica na Classe 2, em seu trecho regulamentado, devem ser
respeitadas quanto ao seu uso preponderante conforme Resolução CONAMA nº 357 de
17/03/2005.
O sistema de captação é operado por gravidade, de modo que posteriormente a filtração, a
água tratada é bombeada para os reservatórios semi-enterrados contidos na própria ETA, sendo
utilizadas 01 bomba de 4” e 02 bombas reservas de 2” cada, sendo que após estes reservatórios, o
abastecimento volta a ser por gravidade. O período de bombeamento é de 24 horas com
intervalos de 5 minutos.
Corumbataí atualmente não possui outorga por concessão junto ao Departamento de
Águas e Energia Elétrica – DAEE, órgão contido na Secretaria de Recursos Hídricos e
Saneamento do Estado de São Paulo para captação do volume necessário para o tratamento e
abastecimento público do município, porém segundo informações fornecidas pela própria
Prefeitura Municipal, Corumbataí encontra-se em fase de adequação e contratação de empresa
específica para tal regularização.
Foto 01. Saída do Processo Primário de Filtração após captação. Fonte: Maximus Engenharia e
Consultoria Ltda.
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7.2.2. Tipo e capacidade de tratamento da ETA
A Estação de Tratamento de Água foi construída em 1976 e inaugurada em 15 de janeiro
de 1977. A operação é do tipo filtração com unidades, contendo: Filtro dinâmico, filtração rápida
de fluxo ascendente, Filtro lento e reservatórios, bem como a adição de Hipoclorito de sódio
líquido e pastilha de ácido fluorsilícico (flúor).
7.2.2.1. Filtro dinâmico
A ETA do município de Corumbataí – SP possui Filtro Dinâmico disposto com 02 (duas)
unidades em paralelo, Foto 02, na qual é composto por 03 (três) camadas de seixo rolado em
diferentes granulometrias. O sistema de filtro dinâmico é colocado em funcionamento com
influência de agitador mecânico, onde a retro lavagem é feita uma a cada 24 horas.
Foto 02. Filtro dinâmico – ETA Corumbataí - SP. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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Foto 03. Água Bombeada para o Filtro Dinâmico – ETA Corumbataí - SP. Fonte: Maximus
Engenharia e Consultoria Ltda.
7.2.2.2. Filtro Ascendente
A unidade de tratamento contida com filtro ascendente possui 02 (dois) módulos por
gravidade com taxa e nível constante, Foto 04. O sistema de operação é por meio de registros
hidráulicos com abertura manual das válvulas para inicio do escoamento da retro-lavagem.
Foto 04. Filtração Ascendente – ETA Corumbataí- SP. Fonte: Maximus Engenharia e
Consultoria Ltda.
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Foto 05. Entrada do Filtro Ascendente – ETA Corumbataí - SP. Fonte: Maximus Engenharia
e Consultoria Ltda.
7.2.2.3. Filtro lento
Foto 06. Filtro Lento – ETA Corumbataí - SP. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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7.2.2.4. Produto Químico
A desinfecção das águas captadas pela ETA do Município de Corumbataí – SP é
realizada através da adição de Cloro gás (Cl2) na água final em dosagem para atendimento à
Portaria 518/2004 de no mínimo 0,2 mg/L de residual e no máximo 2,0 mg/L. Em atendimento à
mesma Portaria, o Ácido Fluorsilícico (H2SiF6) é aplicado na água final em dosagem de 0,6 a
0,8 mg/L.
7.2.2.5. Reservatórios
A ETA do Município de Corumbataí - SP possui 01 reservatório elevado com capacidade
de 400 m³ e 03 reservatórios semi-enterrados com capacidade total sinérgica de 750 m³.
Foto 07. Reservatório Elevado com capacidade de 400 m³ da ETA Corumbataí - SP. Fonte:
Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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Foto 08. Perda aparente no válvula de saída do Reservatório de 400m³ da ETA Corumbataí - SP.
Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
Foto 09. Local para abastecimento de caminhão pipa do município de Corumbataí.
Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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7.2.2.6. Unidades de apoio e controle do sistema de tratamento
A Prefeitura Municipal de Corumbataí – SP constitui uma unidade de controle e apoio ao
sistema de tratamento através de laboratório próprio, o qual se refere à qualidade do processo de
tratamento, porém existe contratação específica de laboratório particular para a coletas e análises
inseridas sobre as devidas Portarias do Ministério da Saúde.
7.3. Perdas Físicas
7.3.1. Elaboração de Cadastro Técnico Preliminar da Rede de Distribuição de Água
A existência de um Cadastro Técnico das redes de distribuição de água é condição
fundamental para o sucesso de um Plano de Combate às Perdas, enquanto base para
planejamentos como:
• Pesquisas de vazamentos;
• Setorização da distribuição de água;
• Redução de Pressão nos setores;
• Macromedição e balanços hídricos setorizados, etc.
O município de Corumbataí – SP, sendo responsável pela operação do sistema, não
dispõe atualmente de todas as informações necessárias sobre as instalações hidráulicas
responsáveis pela distribuição de água no município, sendo exigidos trabalhos de levantamento
das informações da rede de distribuição com pessoal de campo e escritório, mapeamento da rede
de distribuição em plantas do município e digitalização das redes de distribuição em planta
escala mínima 1:5000.
Para confecção do Cadastro Técnico da rede existente foram realizadas campanhas de
verificação em campo de tubulações, registros e outras singularidades aparentes, além de uma
preciosa coleta de informações junto a funcionários da Administração municipal que permitiram
chegar a uma base cadastral preliminar – porém concisa – para continuidade dos trabalhos do
Plano de Combate às Perdas no município.
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A base territorial do Cadastro Técnico consistiu na vetorização georeferenciada de uma
área de cerca de 26 km², em Plataforma CAD (AutoCAD - DWG), relativas às áreas urbanizadas
do município, a partir das Cartas Topográficas 060/089 – Corumbataí I e 060/090 – Corumbataí
II do Plano Cartográfico do Estado de São Paulo, em escala 1:10.000, permitindo a digitalização
vetorizada de:
• Arruamentos e quadras;
• Curvas de nível em intervalos de cinco metros;
• Córregos;
• Outros pontos singulares (pontos altos, pontos baixos e construções).
A partir desta base urbana foram lançadas as informações coletadas em campo e
prestadas pela prefeitura municipal, a fim de formar um cadastro preliminar das redes de
distribuição de água do município, contemplando:
• Redes existentes e conhecidas, em termos de material, diâmetro e extensões;
• Registros de manobra aparentes;
• Hidrantes de coluna aparentes;
• Descargas de rede aparentes;
• Cruzamentos, intersecções e derivações das redes;
• Outras informações relevantes.
O Cadastro Técnico foi disponibilizado em 01 prancha geral em escala 1:5000 e 04
pranchas em escala 1:2.000, de forma a cobrir toda a área urbanizada e dotada de redes de
distribuição, em escala e forma de apresentação ainda mais conveniente que a solicitada no
Termo de Referência (escala 1:5.000).
A área da Estação de Tratamento de Água (ETA) foi também digitalizada, em Plataforma
CAD, a partir de croquis apresentado pelo DAE e informações cadastrais coletadas no local com
lançamento das seguintes informações:
• Locação das unidades operacionais (Filtros, Elevatórias, Reservatórios, etc);
• Redes de chegada de água bruta;
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• Redes de recalque entre a saída da ETA e os Reservatórios de distribuição;
• Redes de saída dos Reservatórios de distribuição;
• Outras informações relevantes.
Todo o jogo de pranchas cadastrais, incluindo a base urbana (curvas de nível e
informações do terreno), redes de distribuição e seus acessórios e a ETA Corumbataí formam o
Anexo I deste documento na forma:
• Desenho 01/06 – Articulação do Cadastro Técnico em escala 1:5000;
• Desenho 02/06 – Cadastro Técnico em escala 1:2000 – Folha 01;
• Desenho 03/06 – Cadastro Técnico em escala 1:2000 – Folha 02;
• Desenho 04/06 – Cadastro Técnico em escala 1:2000 – Folha 03;
• Desenho 05/06 – Cadastro Técnico em escala 1:2000 – Folha 04;
• Desenho 06/06 – Cadastro Técnico da ETA, EEAT e Reservatórios.
O Cadastro Técnico apresentado contemplou todas as informações disponíveis e
necessárias para elaboração do Plano Diretor de Perdas de Corumbataí podendo e devendo, no
entanto, ser complementado com o tempo conforme surgirem novas informações referentes ao
sistema existente durante paradas de manutenção no sistema, por exemplo.
7.3.2. Otimização das Unidades Operacionais
O sucesso de um Plano de Combate às Perdas reside no conceito de otimização de todos
os processos envolvidos no abastecimento de água, desde a captação e tratamento, passando pela
reservação até as redes e ramais de distribuição e fornecimento ao consumidor final.
Com a realização dos trabalhos foram estudadas e analisadas as condições operacionais
das unidades envolvidas no processo de abastecimento em Corumbataí, sendo identificadas
inconformidades que devem ser sanadas para redução dos índices de perdas no município, a
seguir relacionadas e comentadas:
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7.3.2.1. Materiais Hidráulicos
� Registros de manobra
A maioria dos registros de manobra encontrados na rede de distribuição de água de Corumbataí consiste em válvulas do tipo Esfera, com corpo e elemento isolante em PVC, não adequados a aplicação em redes públicas de distribuição em virtude de baixa durabilidade e estanqueidade e manutenção freqüente.
Para operações de manobra em redes de distribuição com excelentes condições de
estanqueidade e manutenção é recomendado o uso de válvulas do tipo válvulas de gaveta que
atendam a NBR 14968 e possuam extremidades flangeadas ou bolsas para PVC PBA ou fofo
dúctil com as seguintes características:
a) corpo e tampa em ferro dúctil NBR 6916 revestidos interna e externamente com epoxi
aplicado por projeção eletrostática, com espessura mínima de 150 micra;
b) cunha em ferro dúctil NBR 6916 inteiramente revestido com elastômero EPDM;
c) haste em aço inoxidável - AISI 410.
d) permitir manutenção com a rede de água em carga
e) fixação da tampa ao corpo sem parafusos ou com parafusos tipo allen em aço inox AISI
410.
f) a pressão de trabalho das válvulas deverá ser de 16 bars e furação dos flanges PN 10.
� Tubulações em PVC rígido soldável
Parcela considerável das tubulações encontradas na área da ETA e nas redes de
distribuição são em PVC rígido, do tipo soldável, cuja classe de pressão permite uma pressão de
serviço de apenas 7,5 kgf/cm² (75 mca), ao contrário das tubulações com junta elástica tipo PBA
(Ponta-Bolsa-Anel de Borracha) cuja pressão máxima de serviço é cerca de 25% superior (10
kgf/cm² ou 100 mca).
O uso de materiais adequados na rede de distribuição implica diretamente no número de
rompimentos de rede, uma das principais causas das perdas físicas em um sistema de
distribuição.
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� Hidrômetros domiciliares
Os hidrômetros empregados pela Prefeitura de Corumbataí – SP, na medição dos volumes
consumidos pelos usuários consistem em medidores taquimétricos do tipo Monojato, com bitola
de ½” e capacidade (Qmáx) de 3,0m³/h, com idade superior a 5 anos.
A Portaria 218 do INMETRO preconiza que todos os medidores taquimétricos devem
sofrer inspeções em um período máximo de 5 (cinco) anos para verificação de sua curva de
erros, uma vez que são sujeitos a uma forte range de vazões e pressões de operação.
Os medidores do tipo Monojato costumam apresentar erros mais pronunciados com a
idade em função do desgaste decorrente de seu método construtivo, exigindo verificações e/ou
substituições mais freqüentes.
Nestes termos, recomenda-se o uso de medidores do tipo Multijato nas capacidades
(Qmáx) de 3,0 m³/h para consumidores comuns e 1,5 m³/h para ligações residenciais, dotadas de
caixa d’água e que apresentem regularmente consumo menor que o mínimo de 10m³.
Em relação ao diâmetro dos medidores recomenda-se o uso de medidores com bitola de
¾”, que implicam em melhores vazões de entrada e melhora significativa nos índices de
satisfação dos consumidores.
7.3.2.2. Operação e Manutenção
� Registros de manobra
A ausência ou mau funcionamento de registros de manobra das redes de distribuição para
tarefas de manutenção implica direta e negativamente no sucesso dos Planos de redução das
perdas físicas, por implicar em manutenções “com água”, ou seja, com a rede em operação com
as seguintes conseqüências:
• Baixa qualidade da manutenção;
• Alto índice de re-trabalho;
• Possibilidade de contaminação da água distribuída;
• Más condições de trabalho aos funcionários;
• Má qualidade do reaterro do local de manutenção em função da saturação do solo;
• Perdas elevadas e evitáveis durante o trabalho.
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Recomenda-se, nestes termos, a substituição dos registros existentes em PVC tipo Esfera
por válvulas que atendam a NBR 14968, conforme exposto em Registros de Manobra e a
instalação de registros em locais que não dispõem de pontos para isolamento das redes de
distribuição, de forma a garantir melhores condições operacionais e de manutenção.
� Registros de passeio
As inspeções de campo revelaram a ausência de registros de passeio nos ramais prediais,
mais conhecidos como “penas d’água”, que dificultam sobremaneira manutenções nos cavaletes
e hidrômetros, além de restringir ações de corte.
Recomenda-se que a execução de novas instalações de ramais prediais disponha de
registros de controle no passeio ou em caixas-padrão, preferivelmente.
� Vazamentos aparentes
Os vazamentos aparentes são os vilões do controle de perdas em termos numéricos e
conceituais, uma vez que a ocorrência de uma perda por um vazamento aparente implica além do
desperdício de um volume de água que poderia ser empregado, mas desestimula toda a equipe
envolvida no processo de Combate às Perdas com observações como “faz tempo que está assim”
ou “está vazando pouco”.
O Combate às Perdas deve ser permanente e incansável, sendo responsabilidade de todos
a comunicação para reparo de qualquer vazamento aparente com compromisso, fiel, de reparo
imediato destes vazamentos por parte da Administração pública.
Durante o processo de coleta de dados foram identificados diversos vazamentos, desde
gaxetas de válvulas de manobra na área da ETA até descargas da rede de distribuição, cujo
reparo moroso implicou em perdas totalmente desnecessárias e evitáveis.
� Vazamentos não-aparentes
Em contrapartida os vazamentos não-aparentes possuem o mesmo “poder” de
desperdício, porém são de identificação mais difícil.
Durante pesquisas de campo no município foram identificados em diversos pontos, como
no bairro Vale do Sol, o afundamento das valas das redes de distribuição de água no alinhamento
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das ligações prediais, que são justamente os pontos críticos das perdas físicas no sistema de
distribuição.
Recomenda-se, em caráter de urgência, a pesquisa e reparo de vazamentos em redes e
ramais de distribuição de água do município através de equipamentos sônicos como hastes
amplificadas de escuta e geofones mecânicos e eletrônicos.
7.3.3. Delimitação dos Setores de Abastecimento de Água
7.3.3.1. Caracterização do Sistema de Abastecimento de Água
Os principais parâmetros que compõem o sistema de distribuição de água do município
de Corumbataí podem ser resumidos, conforme seu potencial de perdas físicas, na forma da
tabela a seguir.
Parâmetro Quantitativo
Extensão das redes de distribuição de água 19.000 m
Número de ligações de água 1.100 un
Número de economias 1.100 un
Número de reservatórios 2 un
Volume de reservação 1.150 m³
Numero de estações elevatórias de água 1 un
Número de conjuntos moto-bombas 3 un
Número de pontos passíveis de vazamentos nas juntas das ligações, das redes, adutoras e sub adutoras distribuídos:
14.895 pontos
Nas ligações: 10 juntas X 1.100 ligações 11.000 pontos
Nas redes: 19.000 m/5m (01 junta a cada 5m) 3.800 pontos
Nas gaxetas de registros (5 registros/km rede) 95 pontos
Tabela 01. Caracterização do sistema existente: Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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7.3.3.2 Esquema hidráulico da distribuição
Para análise do sistema de distribuição de água de Corumbataí foi construído um modelo
hidráulico computacional das redes existentes cadastradas com uso do software EPANET, que
consiste em um simulador hidráulico de amplo emprego técnico e acadêmico criado pela EPA
(Environmental Protection Agency), que é a agência ambiental norte-americana.
O modelo foi criado considerando os parâmetros físicos das redes de distribuição
conforme disposto no Cadastro Técnico realizado, como extensões, diâmetros e interconexões,
além das cotas geométricas relativas aos pontos de interligação entre as redes, aqui denominados
nós.
A perda de carga em cada trecho de tubulação foi determinada pelo método de Hazen-
Williams, com a rugosidade para as tubulações plásticas considerada igual a 120.
A estimativa de consumo foi realizada a partir de uma demanda prevista para as 1.100
ligações do município, considerando uma cota per capita igual a 200 L/hab.dia e uma densidade
populacional de 4 hab/lote.
As situações críticas de abastecimento foram analisadas a partir de simulações
computacionais considerando incrementos sobre a vazão média de 20% (coeficiente k1 de dia de
maior consumo = 1,20) e de 80% (coeficientes k1 e k2 de dia e hora de maior consumo,
respectivamente = 1,20*1,50 = 1,80).
O modelo computacional da rede construído dispõe de 130 nós, sendo que a demanda
média de consumo em cada nó foi admitida como igual a 1/130 da vazão média esperada ou
igual a 0,0784 L/s.
As figuras a seguir ilustram o aspecto do modelo hidráulico construído através do
software EPANET.
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Figura 03. Cotas geométricas dos nós. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
Figura 04. Diâmetros das redes existentes. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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A rede hidráulica foi abastecida através de um reservatório de nível fixo (RNF) com cota
fixa de 650m, conforme informações cadastrais.
7.3.3.3 Análise do sistema atual
O modelo hidráulico construído foi simulado considerando quatro situações distintas de
solicitação a partir da demanda de consumo, quais sejam:
• Simulação estática (consumo nulo);
• Simulação sob consumo médio (Qmédia);
• Simulação sob consumo do dia de maior consumo (1,20*Qmédia);
• Simulação sob consumo do dia e hora de maior consumo (1,20*1,50*Qmédia).
As simulações foram realizadas com vistas à determinação e análise dos parâmetros
pressão e perda de carga nas tubulações, que consistem nas principais variáveis da análise das
perdas físicas de água e solução de ocorrências de falta de água ou baixas pressões na
distribuição.
Os textos normativos definem valores para estas variáveis, sendo recomendadas pressões
entre 10 e 50mca no sistema de distribuição, sendo desejadas pressões da ordem de 20 a 30mca
para fins práticos e confortáveis, com perdas de carga lineares preferencialmente inferiores a 8,0
m/km.
Seguem os resultados das simulações realizadas para o sistema existente, em termos de
pressões nos nós, perdas de carga lineares nos trechos e regionalização das pressões, sendo este
último uma aproximação a “curvas de nível” das pressões esperadas em cada situação simulada.
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� Análise estática – simulação estática (consumo nulo)
Figura 05. Pressões nos nós. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
Figura 06. Perda de carga nos trechos. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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Figura 07. Regionalização das pressões (isolinhas). Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
� Análise dinâmica – simulação sob consumo médio (Qmédia)
Figura 08. Pressões nos nós. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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Figura 09. Perda de carga nos trechos. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
Figura 10. Regionalização das pressões (isolinhas). Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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� Análise dinâmica – simulação do dia de maior consumo (1,20*Qmédia)
Figura 11. Pressões nos nós. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
Figura 12. Perda de carga nos trechos. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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Figura 13. Regionalização das pressões (isolinhas). Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
� Análise dinâmica – simulação do dia e hora de maior consumo (1,20*1,50*Qmédia)
Figura 14. Pressões nos nós. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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Figura 15. Perda de carga nos trechos. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
Figura 16. Regionalização das pressões (isolinhas). Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria
Ltda.
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Os resultados indicaram pressões excessivas em parte considerável da cidade sob
simulação estática (sem consumo), sem ocorrências de pressões baixas ou nulas, fato próximo
dos relatos coletados de funcionários e munícipes sobre regiões em que o abastecimento se dá
apenas no período noturno, quando o consumo global diminui.
Sob vazão média ocorrem, ainda, pressões excessivas na maior parte do sistema de
distribuição e também surgem pontos com pressões não nulas, mas menores que o mínimo
considerado confortável que é igual a 10mca.
Sob demanda do dia de maior consumo (1,20*Qmédia) surgem pontos com pressões
negativas, que indicam falta crônica de água.
Esta situação se agrava com simulação sob demanda do dia e hora de maior consumo
(1,20*1,50*Qmédia), quando parte considerável da cidade, sobretudo na extremidade mais
distante da origem (ETA), apresenta pressões menores que 10mca ou negativas em regiões ou
bairros praticamente inteiros.
Toda esta situação ocorre em função da tipologia da rede existente de distribuição, que
não dispõe de sistemas de redução de pressão e, ao mesmo tempo, permite a ocorrência de
velocidades excessivas no escoamento para determinadas áreas que implicam em altas perdas de
carga e grandes quedas na pressão de operação.
A variação de pressão, por estas condições, ou a pressão permanentemente excessiva
devido à ausência de sistema de redução de pressão leva a ocorrência de vazamentos constantes e
significativos, que consistem nos grandes vilões do controle das perdas físicas.
7.3.3.4. Proposta de setorização
A partir da análise das simulações realizadas sob condições estáticas e dinâmicas foi
observado que a ausência de um sistema de redução de pressões e a distribuição incorreta das
redes de distribuição, aliadas, implicam na ocorrência de zonas inadequadas de pressão, com
altas pressões ou grande oscilação de pressões, que acabam por gerar vazamentos e desgaste com
a população em virtude de reclamações de falta de água.
Para solução do problema é proposta a setorização das redes de distribuição de água em
dois setores distintos, a saber:
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43
• Zona Baixa, dotado de um sistema composto de uma válvula redutora de pressão,
auto-operada, para redução da pressão em cerca de 85% das redes do município, com
execução de reforço de rede de água para reduzir velocidades de escoamento em
determinados trechos e para melhor operação do setor.
• Zona Alta, para operação sem redução de pressão, em área que carece da execução
de um reforço de rede de água para redução da oscilação de pressões e para
atendimento pleno da população com menores índices de vazamentos e maior
satisfação dos usuários.
Com a operação dos setores são esperadas pressões mais constantes e melhor distribuídas
em todo o município, com conseqüentes reduções do numero de vazamentos e reclamações dos
usuários do sistema.
A setorização proposta foi modelada computacionalmente através do software EPANET,
da mesma forma que a realizada para a rede atual, cujos resultados e sua análise somam as
informações previstas de um equilíbrio adequado das pressões de operação para todas as
condições de consumo consideradas.
� Análise dinâmica – simulação sob consumo médio (Qmédia)
Figura 17. Pressões nos nós. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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Figura 18. Perda de carga nos trechos. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
Figura 19. Regionalização das pressões (isolinhas). Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria
Ltda.
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� Análise dinâmica – simulação do dia de maior consumo (1,20*Qmédia)
Figura 20. Pressões nos nós. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
Figura 21. Perda de carga nos trechos. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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Figura 22. Regionalização das pressões (isolinhas). Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
� Análise dinâmica – simulação do dia e hora de maior consumo (1,20*1,50*Qmédia)
Figura 23. Pressões nos nós. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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Figura 24. Perda de carga nos trechos. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
Figura 25. Regionalização das pressões (isolinhas). Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria
Ltda.
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Os projetos de setorização propostos formam o Anexo II deste documento, que incluem
projetos gráficos e planilhas orçamentárias para execução, na forma:
• Desenho 01/03 – Esquema dos setores projetados;
• Desenho 02/03 – Projeto dos elementos necessários para setorização;
• Desenho 03/03 – Projeto de Sistema de Redução de Pressão.
7.3.4. Determinação de Parâmetros de Vazão e Pressão com a Pitometria
Durante os procedimentos de levantamento de informações cadastrais das redes de
distribuição de água, para confecção do Cadastro Técnico, foram realizados levantamentos de
pressão em toda a rede de distribuição da cidade com uso de manômetros tipo Bourdon.
Os resultados obtidos foram lançados nas pranchas cadastrais e corroboram os resultados
das simulações computacionais realizadas com o software EPANET, revelando o contraste entre
pontos de altas pressões em alguns locais com ocorrências de pressões nulas ou abaixo do limite
mínimo de 10 mca em outros pontos da rede existente.
O abastecimento da cidade se dá através de duas redes em PVC DN 100mm, cujo
levantamento de vazões através de tubos de Pitot apresenta erros consideráveis de medição em
função do pequeno espaçamento entre as tomadas de velocidade no interior da tubulação para o
diâmetro de 100mm.
Neste caso, para aferição confiável dos volumes distribuídos no município, foram
instalados 02 (dois) medidores tipo Voltman DN 50mm para medição precisa e acumulativa das
vazões e volumes aportados à rede de distribuição.
A rede de distribuição de água tratada após a saída da ETA, se divide em 02 (duas)
ramificações, motivo este que levou a instalação de 02 (dois) conjuntos, na qual abaixo segue
ilustrado através de registro fotográfico o passo a passo das instalações.
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Foto 10. Macromedidor I com as respectivas flanges. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
Foto 11. Macromedidor II com as respectivas flanges. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria
Ltda.
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Foto 12. Relógio do Macromedidor com as respectivas especificações. Fonte: Maximus
Engenharia e Consultoria Ltda.
Foto 13. Abertura para instalação do Macromedidor I. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria
Ltda.
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Foto 14. Localização do ramal para instalação do Macromedidor I. Fonte: Maximus Engenharia e
Consultoria Ltda.
Foto 15. Preparo para instalação do Macromedidor I. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria
Ltda.
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Foto 16. Conferência das medidas para instalação do Macromedidor I. Fonte: Maximus Engenharia
e Consultoria Ltda.
Foto 17. Instalação do Macromedidor I. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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Foto 18. Abertura para instalação do Macromedidor II. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria
Ltda.
Foto 19. Localização do ramal para instalação do Macromedidor II. Fonte: Maximus Engenharia e
Consultoria Ltda.
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Foto 20. Preparo para instalação do Macromedidor II. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria
Ltda.
Foto 21. Instalação do Macromedidor II. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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Foto 22. Instalação do Macromedidor II. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
7.3.5. Dimensionamento, Especificação e Projeto de Instalação e Montagem de
Macro-medidores
Para medição de cada uma das duas redes em PVC DN 110mm que abastecem a rede
existente de distribuição foi projetada a instalação de um medidor tipo Voltman, de eixo vertical,
com diâmetro nominal de 50mm, cujo desvio de medição para ocorrência de vazão máxima em
cada rede (9,0 L/s ou 32,4 m³/h) é praticamente nulos, ou seja, tem-se os medidores trabalhando
em sua melhor faixa de erro, conforme figura a seguir.
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Figura 26 – Curva de erros do medidor tipo Voltman vertical
(Fonte: Actaris – Voltmag M)
Com relação a redução de diâmetro, não são esperadas perdas significativas de pressão,
uma vez que a perda de carga no medidor para esta faixa de vazão é de apenas 3,0 mca,
conforme figura a seguir.
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Figura 27 – Curva de perda de carga do medidor tipo Voltman vertical
(Fonte: Actaris – Voltmag M)
A instalação dos macromedidores foi realizada conforme projeto constante no Anexo III
deste documento, devidamente abrigada e dispondo de dispositivos para leitura e eventual
manutenção.
7.3.6. Índices de perdas setoriais e globais
7.3.6.1. Bases de dados
Para avaliação das perdas na distribuição de água do município de Corumbataí foram
utilizados dados obtidos diretamente de macromedidores instalados, especificamente para esta
finalidade, nas duas redes de distribuição que saem da ETA de Corumbataí, além de dados
fornecidos pelo DAE acerca dos volumes micromedidos e faturados.
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Os volumes macromedidos foram levantados diariamente no período de 18/12/2009 a
17/01/2010 em cada um dos medidores, revelando um volume total macromedido mensal (30
dias) de 32.076m³, com média diária de 1.069,2m³/dia.
A distribuição dos volumes macromedidos diariamente está disposta no gráfico a seguir:
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
18/1
2/200
9
19/1
2/200
9
20/1
2/200
9
21/1
2/200
9
22/1
2/200
9
23/1
2/200
9
24/1
2/200
9
25/1
2/200
9
26/1
2/200
9
27/1
2/200
9
28/1
2/200
9
29/1
2/200
9
30/1
2/200
9
31/1
2/200
9
01/0
1/201
0
02/0
1/201
0
03/0
1/201
0
04/0
1/201
0
05/0
1/201
0
06/0
1/201
0
07/0
1/201
0
08/0
1/201
0
09/0
1/201
0
10/0
1/201
0
11/0
1/201
0
12/0
1/201
0
13/0
1/201
0
14/0
1/201
0
15/0
1/201
0
16/0
1/201
0
17/0
1/201
0
volu
me, m
3
Figura 28 – Desenvolvimento do volume macromedido em janeiro/2010
É possível notar, a partir da análise do gráfico, uma descontinuidade ocorrida no dia
29/12/2009 (segunda-feira), data em que o volume macromedido foi igual a 4760m³, ou seja,
cerca de 445% superior a média no mês de estudo.
Esta descontinuidade aponta relação com eventuais vazamentos de grande monta ou
manutenções excepcionais ocorridos na data e revelam tanto a necessidade de monitoramento
dos volumes macromedidos, como a importância da instalação dos macromedidores e a
vulnerabilidade do sistema de distribuição sujeito a grandes vazamentos, sobretudo em regiões
de altas pressões.
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7.3.6.2. Avaliação das Perdas
As perdas de água em um sistema de distribuição de água devem ser avaliadas a partir de
indicadores que garantam boas condições operacionais ao sistema de distribuição e, também,
através de relações que permitam bons índices também na questão econômica, enquanto
dispositivo financiador dos programas a serem empreendidos.
Nestes termos, as perdas foram avaliadas através de dois indicadores básicos, a saber:
• Perdas na Distribuição (PD), obtidas a partir dos dados observados de:
- Volume de água Produzido (P) ou distribuído, ou seja, o volume de água que sai das
ETAs;
- Volume de água Medido (M), correspondente ao volume micromedido;
Conforme a fórmula PD = { ( P - M ) / P } * 100, sendo PD em percentagem.
• Perdas de Faturamento (PF), obtidas a partir dos dados observados de:
- Volume de água Produzido (P) ou distribuído, ou seja, o volume de água que sai das
ETAs;
- Volume de água Faturado (F), correspondente ao volume efetivamente lançado aos
consumidores;
Conforme a fórmula PF = { ( P - F ) / P } * 100, sendo PF em percentagem.
Para avaliação dos indicadores de perdas foi realizado o balanço hídrico no mês de
referência de janeiro/2010 sobre os dados aferidos por medição direta de vazão de distribuição e
dados do sistema do DAE de Corumbataí, com aplicação das fórmulas apresentadas como segue:
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Ano Mês Vol. Água
Produzido
(m3)
Vol. Água
MEDIDO
(m3)
Vol. Água
FATURADO
(m3)
Perdas na
Distribuição
(%)
Perdas de
Faturamento
(%)
2010 Janeiro 32.076 16.861 19.047 47,4 40,6
Tabela 02. Índices de perdas no mês de janeiro/2010
Deve-se notar, no entanto, que o volume cobrado ou faturado (F) é superior ao volume
micromedido (M), em função da estrutura tarifária adotada pelo DAE (e também por grande
parte das empresas de saneamento), ou seja, quem consome menos de 10 m³ por mês, paga o
equivalente ao consumo mínimo de 10 m³.
Todavia, os índices determinados no mês de referência são próximos de muitos
municípios brasileiros e, inclusive das bacias PCJ, sendo merecedores dos presentes estudos e
diagnósticos para sua correção.
7.3.6.2. Avaliação das Componentes das Perdas
As perdas em um sistema de distribuição de água são influenciadas de diferentes
maneiras pelas diversas estruturas que a compõem, sendo clássica a sua separação em Perdas
Físicas e Não Físicas.
As Perdas Físicas, como seu próprio nome diz, são compostas por parcelas de água
captada, tratada e aduzida que não chegam ao consumidor final devido a extravasamentos de
reservatórios, vazamentos em redes, ramais e válvulas, entre outros.
As Perdas Não Físicas ou Aparentes constituem parcela importante das perdas que
residem em erros de macro e micromedição, erros de leitura dos hidrômetros, fraudes e ligações
clandestinas, entre outros.
A participação de cada parcela das perdas é característica de cada sistema e,
principalmente, dos elementos que o compõem como qualidade e acompanhamento dos
hidrômetros, fiscalização de leitura, boas práticas de operação da ETA, manutenção adequada,
etc.
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Devido às dificuldades para obtenção de dados de perdas físicas e não físicas de forma
separada, estimou-se que as perdas não-físicas estão na ordem de 23,7%, ou seja, 50% das
Perdas observadas na Distribuição (PD).
Essas perdas são decorrentes principalmente de:
a) Manutenção preventiva de hidrômetros inadequada, gerando sub-medições de
consumo e conseqüentes sub-faturamentos;
b) Manutenção inadequada do cadastro de consumidores;
c) Outras perdas, como por exemplo a não cobrança do volume de esgotos lançado na
rede, proveniente da utilização de poços profundos, as ligações clandestinas ou não
cadastradas, etc.
Para avaliação dessas perdas é preciso inicialmente ter uma idéia da estrutura de consumo
e faturamento do DAE por categoria e faixa de consumo, conforme tabelas a seguir:
categoria ligações %Residencial 826 77,20
Comercial 44 4,11
Industrial 8 0,75
Pública 31 2,90
Beneficente 8 0,75
Rural 153 14,30
1070 100,00
Tabela 03. Ligações por categoria de consumo (janeiro/2010)
faixa de consumo ligações % medido média %0 - 10m³ 453 42,34 1952 4,3 11,58
11 - 20m³ 313 29,25 4874 15,6 28,91
21 - 30m³ 204 19,07 5162 25,3 30,62
31 - 50m³ 74 6,92 2807 37,9 16,65
> 50m³ 26 2,43 2066 79,5 12,25
1070 100,00 16861 32,5 100,00
MICROMEDIÇÃO
Tabela 04. Volume micromedido por faixa de consumo (janeiro/2010)
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faixa de consumo ligações % faturado média %0 - 10m³ 453 42,34 4530 10,0 23,78
11 - 20m³ 313 29,25 4874 15,6 25,59
21 - 30m³ 204 19,07 5162 25,3 27,10
31 - 50m³ 74 6,92 2793 37,7 14,66
> 50m³ 26 2,43 1688 64,9 8,86
1070 100,00 19047 30,7 100,00
FATURAMENTO
Tabela 05. Volume faturado por faixa de consumo (janeiro/2010)
Da análise das tabelas apresentadas é possível concluir que:
• A grande maioria das ligações de água do município de Corumbataí são constituídas por
ligações residenciais urbanas, cujas faixas de consumo são normalmente próximas do
consumo mínimo de 10m³/mês. O hábito de consumo deste estrato de consumidores
implica, sobretudo em residências que dispõem de reservatório domiciliar (caixas
d’água), em grandes variações da vazão consumida ao longo do dia. Esta variação faz
com que o hidrômetro domiciliar opere em vazões que oscilam sobre praticamente todo o
seu range de medição, desde vazões com baixos erros de medição até vazões muito
baixas, em que a sensibilidade do medidor pode implicar em severos erros de medição.
Recomenda-se, assim, especial atenção a manutenção de um parque de hidrômetros
confiável.
• Da mesma forma é possível observar que apenas cerca de 2,5% dos consumidores do
município apresentaram leituras superiores a 50m³ no mês de referência. Todavia, esta
parcela é responsável por cerca de 9% do faturamento no mesmo mês. Por se tratar de um
rol relativamente pequeno (apenas 26 hidrômetros), sugere-se um acompanhamento mais
próximo destas ligações com verificações freqüentes, coibição de fraudes e boa
manutenção de hidrômetros.
• O mesmo pode ser observado, embora em menor intensidade, na faixa de consumos entre
31 e 50m³ que também merece devida atenção.
7.3.6.3. Balanço Hídrico
Considerando as demais variáveis que participam do processo de produção e distribuição
de água e seus valores usuais nas demais companhias de saneamento é possível visualizar um
balanço hídrico na forma:
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Água bruta que entra no
sistema = 32.076 m³
Volume Produzido (P)
= Volume Captado (C)
– Perdas na ETA (PE)
Consumo autorizado
= 16.861 m³
Volumes micromedido =
16.861 m³
Volume apontado pelo
parque de hidrômetros
Volumes não-faturados
Usos próprios e especiais
(hidrantes, descargas de
rede, manutenções)
Perdas na
Distribuição (PD) =
15.215 m³
Perdas aparentes = 7.607,5
m³
Submedição nos
hidrômetros, fraudes,
ligações clandestinas
Perdas físicas = 7.607,5 m³
Extravazões em
reservatórios,
vazamentos em redes e
ramais
Tabela 06. Balanço hídrico para o mês de janeiro/2010
7.3.6.4. Metas para as Perdas Físicas
Antes de propor as metas e ações para controle e redução de perdas no DAE de
Corumbataí apresenta-se, a título de informação, as principais diretrizes e ações adotadas por
algumas empresas do setor.
Em recente análise pode-se observar que existem muitos pontos em comum, que são
salientados na sequência:
• Os programas estão sempre associados a mudanças estruturais e comportamentais das
empresas de saneamento, envolvendo programas de qualidade, planejamento estratégico
ou modernização, que visam à integração e participação da empresa em torno do
estabelecimento de sua missão, dos objetivos, das metas e das ações para atingi-las;
• Programa de Controle de Perdas é sempre considerado essencial e estratégico pelas
empresas;
• Há uma forte tendência de evidenciar que seja atingido rapidamente as metas para
redução das perdas de faturamento, através da ênfase em ações voltadas ao
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aprimoramento do sistema comercial (sistema de faturamento, cadastro de consumidores)
e da manutenção preventiva de hidrômetros. Tal fato se deve ao rápido retomo dos
investimentos nesta área, da ordem de alguns meses;
• Outra tendência, ainda com respeito a perdas de faturamento é o tratamento diferenciado
dos grandes consumidores pelas empresas, com especial atenção ao monitoramento dos
consumos e do dimensionamento adequado dos hidrômetros;
• A redução das perdas físicas é planejada através da redução de pressões nas redes, obtida
pela setorização ou pela introdução de válvulas redutoras de pressão e através do
desenvolvimento operacional, envolvendo diferentes graus de automação e
gerenciamento do sistema, conforme Projeto de Setorização e Redução de Pressão
apresentado;
• A substituição de redes e, quando necessária, a possível recomposição das mesmas com
tecnologia avançada é outra ação desenvolvida para controlar perdas físicas e melhorar a
qualidade do abastecimento;
• A pesquisa de vazamentos é outra ferramenta muito utilizada para recuperação de perdas
físicas;
• Os Programas de Controle de Perdas são considerados programas de caráter permanente
e auto-sustentáveis sob o aspecto econômico financeiro.
Assim, levando em conta essas observações e face ao diagnóstico da situação atual
relativamente às perdas no sistema de água do DAE, e às características desejáveis e necessárias,
intrínsecas a um programa de controle de perdas, envolvendo perdas físicas e de faturamento, o
Programa Proposto será apresentado na sequência.
A primeira etapa, no entanto é a definição das metas a atingir.
Ressalte-se que um Programa de Controle de Perdas deve ter caráter permanente e ser
considerado estratégico pela direção da empresa para ter sucesso.
Outro ponto relevante diz respeito à necessidade de promover e incrementar o
entrosamento entre as diversas áreas da empresa, já que o controle de perdas depende de ações
desde o funcionário de escritório até aquele que trabalha no campo, e em todos os níveis.
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7.3.7. Controle e Automação
O sistema de abastecimento de água de Corumbataí é composto por unidades de
tratamento, reservação e distribuição de água que não dispõem atualmente de dispositivos para
operação automatizada, através de telemetria, que permitem um controle operacional adequado a
fim de evitar perdas por extravazão de reservatórios, operações inadequadas na ETA, etc.
As unidades sujeitas à automação no sistema atual de abastecimento podem ser divididas
em:
� TRATAMENTO
• Chegada de água bruta (1 rede DN 150mm e calha Parshall)
• Pré-filtro dinâmico
• Pré-filtro ascendente
• Filtro lento
• Casa de bombas (recalque para reservatórios de distribuição)
� RESERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
• Reservatório circular de 400m³
• Reservatório retangular (bi-compartimentado) de 350m³
• Saída de água tratada (2 redes DN 100mm)
A automação das unidades operacionais deverá ser executada conforme as premissas
básicas a seguir, que deverão compor um Termo de Referência para contratação de sua
implantação.
7.3.7.1. OBJETO
Fornecimento de projeto executivo, instalação de painéis de comando, com Unidade
Terminal Remota - RTU, elementos de campo, “software” de RTU, “software” supervisório,
instalação eletroeletrônica para automação, com telemetria e telecomando em uma unidade do
Sistema de Distribuição de Água do município de Corumbataí – SP que contempla:
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� TRATAMENTO
• Chegada de água bruta (1 rede DN 150mm e calha Parshall)
• Pré-filtro dinâmico (02 unidades)
• Pré-filtro ascendente (02 unidades)
• Filtro lento (02 unidades)
• Casa de bombas (recalque para reservatórios de distribuição)
� RESERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
• Reservatório circular de 400m³
• Reservatório retangular (bi-compartimentado) de 350m³
• Saída de água tratada (2 redes DN 100mm)
7.3.7.2. DEFINIÇÕES PRELIMINARES
PLC - Controlador Lógico Programável – Sistema com microprocessador e memória,
com “software” residente para entender a programação lógica e atuar por entradas e saídas
físicas, digitais e analógicas.
RTU - Unidade Terminal Remota, sistema de PLC, ou microprocessador com eletrônica
dedicada, com programação lógica capaz de ser configurada para uso específico, sem a
necessidade de alteração das lógicas existentes, tanto em parâmetros como nos pontos de entrada
e saída, devidamente montada em painel, com os elementos de proteções, alimentação, etc.
CCO – Centro de Controle operacional, onde deverão ser instaladas as centrais de
operação.
7.3.7.3. ESCOPO DE FORNECIMENTO
1- Desenvolvimento de projeto executivo, considerando estas especificações enquanto
projeto básico;
2- Instalação elétrica, eletrônica, mecânica e hidráulica dos equipamentos necessários a
automação;
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3- Instalação de cabeamento interno ou sistema com torre, antena, rádio para o sistema de
comunicação “ON-LINE” entre as Unidades Terminais Remotas (RTU’s) e a Central de
Operação (CCO);
4- Desenvolvimento de software do PLC com a finalidade de controle de cada unidade com
todas as características e recursos existentes no sistema atualmente (descritivo);
5- Instalação de todo sistema de aterramento e proteção dos elementos do sistema a ser
implantado nas estações;
6- Implantação de software supervisório;
7- “Start-up” das áreas;
8- Cadastro dos projetos executados (eletroeletrônico e projeto de instalação);
9- Garantia assistida por 180 dias.
7.3.7.4. ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
A Estação de Tratamento de Água e Sistema de Reservação e Distribuição de Água de
Corumbataí é composta pelos seguintes elementos a automatizar:
� Chegada de água bruta
Descrição: Composta por uma tubulação em PVC DEFoFo DN 150mm que descarrega
em medidor de vazão tipo calha Parshall na entrada do Pré-filtro dinâmico.
Elementos a instalar: sensor de nível por ultra-som para medição instantânea e envio de
informações a CCO de nível e vazão de entrada na calha Parshall.
� Pré-filtro dinâmico
Descrição: composto por 03 (três) camadas de seixo rolado em diferentes granulometrias.
O sistema de filtro dinâmico é colocado em funcionamento com influência de agitador mecânico,
onde a retro lavagem é feita uma a cada 24 horas.
Elementos a instalar: um sensor de nível por ultra-som para medição instantânea em cada
unidade de filtração e envio de informações a CCO do nível de água no filtro.
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� Pré-filtro ascendente
Descrição: possui 02 (dois) módulos por gravidade com taxa e nível constante, cujo
sistema de operação é por meio de registros hidráulicos com abertura manual das válvulas para
início do escoamento da retro-lavagem.
Elementos a instalar: 02 (dois) sensores de nível por ultra-som (um para cada módulo)
para medição instantânea e envio de informações a CCO dos níveis de água no filtro.
� Filtro lento, desinfecção (aplicação de cloro) e aplicação de flúor
Descrição: o filtro lento possui a função de dar “polimento” à água tratada pelos pré-
filtros e enviar a água tratada até sucção de bombas que levam a água tratada até reservatórios de
distribuição. Na saída do filtro lento são aplicados produtos químicos, exigidos pela Portaria 518
do Ministério da Saúde como Cloro (Hipoclorito de Sódio líquido) e Flúor (Ácido Fluorsilícico).
Elementos a instalar: um sensor de nível por ultra-som para medição instantânea em cada
unidade de filtração e dois dosadores automáticos de produtos químicos, com envio de
informações a CCO do nível de água no filtro e das dosagens instantâneas de cloro e flúor, além
do nível de seus reservatórios de produtos químicos.
� Casa de bombas (EEAT)
Descrição: responsável pelo recalque da água tratada para reservatórios de distribuição, é
dotado de 01 bomba de 4” e dois bombas reservas de 2” cada.
Elementos a instalar: um sensor de nível por ultra-som para medição instantânea do nível
de água no poço de sucção das bombas, além da tensão na EEAT e correntes elétricas de cada
motor.
� Reservatório circular de 400m³
Descrição: reservatório de água tratada circular, com capacidade para 400m³ de
reservação.
Elementos a instalar: um sensor de nível por ultra-som para medição instantânea do nível
de água no reservatório, com orientação via CCO para acionamento das bombas de recalque em
caso de Nível Mínimo e seu desligamento em caso de Nível Máximo.
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� Reservatório circular de 350m³
Descrição: reservatório de água tratada retangular, dividido em dois compartimentos
isolados, com capacidade total de 350m³ de reservação.
Elementos a instalar: 02 (dois) sensores de nível por ultra-som para medição instantânea
dos níveis de água em cada compartimento do reservatório, com orientação via CCO para
acionamento das bombas de recalque em caso de Nível Mínimo e seu desligamento em caso de
Nível Máximo.
� Saída de água para distribuição
Descrição: a saída de água para distribuição é realizada através de duas tubulações em
PVC DN 100mm, nos quais foram dimensionados e projetados dois medidores de vazão do tipo
Voltman, com saída pulsada de dados.
Elementos a instalar: 02 (dois) coletores de dados de pulso dos medidores, com taxa
ajustável de pulsos de entrada, para comunicação via CCO das vazões instantâneas e totalizadas
de cada medidor.
7.3.7.5. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS A SEREM DESENVOLVIDOS NA
AUTOMAÇÃO DO SISTEMA
1- Fornecimento de projeto executivo da automação proposta e todos os sensores de nível,
tensão e corrente necessários a sua operação, além de unidades dosadoras de cloro e flúor
e pulso dos medidores de vazão (Parshall e Voltmans).
2- Implantação de CCO (Central de Controle Operacional) para recebimento, tratamento e
disponibilização dos dados gerados em toda a unidade em telas animadas para controle
operacional.
3- Instalação elétrica e mecânica do armário elétrico contendo a Unidade Terminal Remota
(RTU) e equipamentos de apoio para automação da EEAT, em local conveniente a ser
definido. Toda interligação desse armário com o existente ou outros equipamentos deverá
ser feito com tubulações para instalação elétricas com tubo de alumínio 1”, fixados com
abraçadeiras em pontos convenientes e caixas de passagem.
4- Instalação mecânica, hidráulica e elétrica dos transdutores de vazão (elemento primário),
atuadores elétricos e pressão nas tubulações de saída de recalque, efetuando o
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caminhamento das tubulações para instalação elétrica com tubo de alumínio 1”, fixados
com abraçadeiras em pontos convenientes e caixas de passagem, essa instalação e
tubulação deverá ser feita conforme as exigências elétricas, mecânicas e hidráulicas de
cada equipamento, iniciando próximo ao elemento primário, com suporte para a caixa
inicial, até o módulo eletrônico no armário de comando. Os cabos de sinal dos
equipamentos (4-20mA) e os cabos de ligação com elementos primários (no caso da
vazão) deverão estar em dutos separados dos cabos de energia.
5- Implantação do “Software” configuração do PLC no armário de automação para comando
e gerenciamento dos elementos que compõem a automação da EEAT e comunicação com
o CCO, com todos os recursos.
6- Instalação mecânica e elétrica da torre de antena para comunicação com o CCO. Deverá
ser feita uma base apropriada para sustentação da torre da antena, conforme especificação
do fabricante, em local a ser definido. A torre deverá ter suporte apropriado para a antena
e para sustentação do cabo de sinal de rádio. No topo da torre deverá ser instalado um
pára-ráios conforme listagem de peças. A instalação do pára-ráios deverá seguir as normas
da ABNT, com o cabo de descida em isoladores e na base da torre protegido com tubo de
PVC. Para a instalação do cabo de sinal de rádio deverá ser feito o caminhamento com
tubo de alumínio 1”, fixados com abraçadeiras em pontos convenientes e caixas de
passagem, iniciando próximo ao elemento, com suporte para a caixa inicial, até o armário
elétrico na sala dos operadores.
7- Instalação mecânica e elétrica do sistema de aterramento e interligação com o cabo de
descida do pára-ráios e o aterramento dos armários elétricos.
AUTOMAÇÃO DA ETA, EEAT E RESERVATÓRIOS – DAE CORUMBATAÍ
PONTOS DE ENTRADA E SAÍDA DA RTU
ENTRADAS DIGITAIS SAÍDAS DIGITAIS - LOCAL/REMOTO BOMBA B1 - LIGA BOMBA B1 - B1 LIGADO - LIGA BOMBA B2 - LOCAL/REMOTO BOMBA B2 - LIGA BOMBA B3 - B2 LIGADO - - LOCAL/REMOTO BOMBA B3 -
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- B3 LIGADO - - LOCAL/REMOTO DA VÁLVULA - - PULSO TOTALIZADOR CALHA
PARSHALL -
- QUEDA DE ENERGIA - - PAINEL ABERTO - - INVASÃO DE ÁREA -
ENTRADAS ANALÓGICAS - TENSÃO NA EEAT - CORRENTE BOMBA B1 - CORRENTE BOMBA B2 - CORRENTE BOMBA B3 - NIVEL PRÉ-FILTRO DINÂMICO (UNIDADE 01) - NIVEL PRÉ-FILTRO DINÂMICO (UNIDADE 02) - NIVEL PRÉ-FILTRO ASCENDENTE (UNIDADE 01) - NIVEL PRÉ-FILTRO ASCENDENTE (UNIDADE 02) - NIVEL FILTRO LENTO (UNIDADE 01) - NIVEL FILTRO LENTO (UNIDADE 02) - NÍVEL RESERVATÓRIO CIRCULAR - NÍVEL RESERVATÓRIO RETANGULAR (CÂMARA 01) - NÍVEL RESERVATÓRIO RETANGULAR (CÂMARA 02) - VAZÃO DE CHEGADA (CALHA PARSHALL) - VAZÃO DE SAÍDA (VOLTMAN 01) - VAZÃO DE SAÍDA (VOLTMAN 02)
7.3.8. Compatibilização entre rotinas de Administração e Produção
7.3.8.1. Cadastro de Consumidores
Também entendido como sistema comercial ou de faturamento, deve envolver a base de
dados sobre os consumidores, com categorias, endereços, consumos e características do
hidrômetro, entre outras informações básicas para o atendimento ao cliente, sendo que o
faturamento da empresa e a manutenção preventiva de hidrômetros, requer excelência na sua
formulação e performance, além de permanente atualização para que as perdas financeiras sejam
minimizadas.
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Pode-se dizer que o Cadastro de Consumidores e atividades associadas é o foco central
para atuação e recuperação rápida e altamente rentável das perdas de faturamento nas empresas
de saneamento.
Além disso, a integração do cadastro de consumidores a toda a empresa, permite a
utilização de informações por quase todos os setores como, por exemplo, o de Planejamento e
Projetos, na determinação de vazões consumidas por setor de abastecimento, básico para os
estudos de planejamento e projetos, e também, para operação do sistema.
7.3.8.2. Desenvolvimento Institucional e de Recursos Humanos
"Há um estreito vínculo entre as perdas no sistema de abastecimento de água e a
qualidade da operação da Companhia, ou seja, quanto mais elevado for o padrão dos serviços
prestados, menores serão os índices de perdas. A busca da redução do índice de perdas passa
necessariamente pela melhoria da eficiência operacional, no seu sentido mais amplo” (SABESP,
1996).
Do ponto de vista institucional, fica evidente que o setor de saneamento requer uma
revolução cultural para ser competitivo. Essa revolução implica muitas vezes em reestruturação
administrativa, pautada na participação e integração de toda a empresa, tendo como grande
objetivo prestar serviços com excelência e de maneira econômica.
Observe-se, no entanto que esse processo já teve inicio nas empresas citadas neste
trabalho e vem ocorrendo em muitos outros no País.
Para que as transformações requeridas ocorram, deve-se enfatizar que o desenvolvimento
de recursos humanos tem papel relevante e essencial nesse processo.
No que diz respeito a controle de perdas físicas, tem-se que investir em qualidade desde a
fase de planejamento, concepção, projeto, construção, operação e manutenção do sistema, e o
mesmo raciocínio valendo para o controle de perdas de faturamento, onde se requer qualidade no
sistema comercial ou de faturamento, com cadastro de consumidores e de hidrômetros
atualizados e bem gerenciados.
Portanto é necessário investir em treinamento desde ajudantes e encanadores até o nível
gerencial com alta capacidade técnica e de coordenação para liderarem o processo de mudanças
e modernização da empresa.
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Se esse aspecto não for tratado com seriedade, determinação e com caráter permanente,
os ciclos que se observam de melhoria e deterioração das instituições , bem como os ciclos das
perdas nos sistemas públicos de abastecimento de água continuarão a emperrar no setor.
No caso do município de Corumbataí – SP, o processo de mudanças deve iniciar com o
presente Programa de Controle e Redução de Perdas, contemplando projetos de Treinamento e
Desenvolvimento de Pessoal, com definição de responsabilidade executiva e elaboração de
procedimentos construtivos de campo, especificação de materiais, ferramentas e equipamentos
necessários, etc.
7.3.9. Metas a serem atingidas
Propõe-se, numa primeira aproximação as metas a seguir, não muito ambiciosas, mas que
deverão ser reavaliadas sistematicamente, em especial se forem atingidas em prazo menor que o
proposto.
Meta 1 – Redução da Perda na Distribuição de 47,4% para 25% em cinco anos.
Meta 2 – Redução da Perda Física (50% PD) de 23,7% para 10% em cinco anos.
7.3.9.1. Planejamento para alcance das metas
Para atingir tais metas, os seguintes projetos apresentados a seguir, deverão ser
implementados sistemicamente, salientando que este Plano Diretor de Perdas em sua elaboração,
executou algumas medidas necessárias ao bom andamento do Plano, que mesmo já executadas,
foram inseridas no quadro abaixo, sendo:
PROJETOS SUB PROJETOS PRIORIDADE
1 – Macromedição Macromedição 100% da distribuição Executado
2 – Setorização Cadastramento / monitoramento da macromedição 1
Separação dos setores na área central 0
3 – Cadastro Técnico Complementação do cadastro técnico preliminar 0
Interface com banco de dados para controle de consumo e reparos
1
4 – Cadastro de Consumidores
Grandes consumidores 1
Atualização de todo o cadastro comercial 1
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5 – Micromedição Atualização do parque de hidrômetros 1
Redimensionamento dos hidrômetros dos grandes consumidores
1
6 – Redução de Pressões Instalação de VRPs e Reforços de Rede 0
7 – Substituição/ Reabilitação de redes
Área piloto 1
Redes 1" e FoFo 50mm em estado crítico 1
8 – Pesquisa de Vazamento Contratação de pesquisa sistemática de vazamentos 0
9 – Melhorias Operacionais Otimização da distribuição (instalação de registros de manobra)
1
Instalação de hidrômetros em usos não hidrometrados 1
Redução do tempo de reparo (frota, equipamento) 2
Manutenção preventiva em registros de manobra 2
10 – Redução Perdas de Faturamento
Combate a ligações clandestinas 1
11 – Redução de Perdas ETA Reaproveitamento das águas de lavagem 1
Controle de perdas (registros com vazamento, comportas, etc)
1
12 – Treinamento Motivação 1
Manobras em registro de rede 2
Técnicas de manutenção 2 Tabela 07. Planejamento do Controle de Perdas
7.4. Perdas Financeiras
7.4.1. Caracterização e diagnósticos
A participação de cada parcela das perdas é característica de cada sistema e,
principalmente, dos elementos que o compõem como qualidade e acompanhamento dos
hidrômetros, fiscalização de leitura, emissão de contas, boas práticas de operação da ETA,
manutenção adequada, etc.
Devido às dificuldades para obtenção de dados de perdas físicas e não físicas de forma
separada, estimou-se que as perdas não-físicas estão na ordem de 23,7%, ou seja, 50% das
Perdas observadas na Distribuição (PD).
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Essas perdas são decorrentes principalmente de:
a) Manutenção preventiva de hidrômetros inadequada, gerando sub-medições de
consumo e consequentes sub-faturamentos;
b) Manutenção inadequada do cadastro de consumidores;
c) Outras perdas, como por exemplo a não cobrança do volume de esgotos lançado na
rede, proveniente da utilização de poços profundos, as ligações clandestinas ou não
cadastradas, entre outras.
Os tipos de consumidores são:
� Residenciais;
� Comerciais;
� Industriais;
� Público;
� Igrejas;
� Rural.
Segue abaixo a tabela com os valores da taxas que são cobrados pelo Sistema de
Distribuição de Água e Coleta de Esgoto.
Consumo de Água Consumidores
m³ Residencial, Comercial, Industrial,
Pública, Rural
De zero a 10,00 m³ R$ 8,30
De 10,01 a 20,00 m³ R$ 16,60
De 20,01 a 30,00 m³ R$ 30,60
De 30,01 a 40,00 m³ R$ 61,60
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De 40,01 a 50,00 m³ R$ 96,50
De 50,01 a 70,00 m³ R$ 136,70
De 70,01 a 100,00 m³ R$ 162,40
Acima de 100 m³ R$ 290,00
Tabela 08. Preços de taxas do Sistema de Distribuição de Água e Coleta de Esgoto do município
de Corumbataí – SP.
Os serviços prestados e os respectivos materiais, atendem às normas e padrões de
cobrança da Municipalidade, representando o custo dos serviços de obras (ligações, redes,
consertos, manutenção e outros), administrativos ou não (expedientes, certidões, atestados,
consultas técnicas, análises e exames de laboratórios e outros), acrescidos da taxa de
administração de até 20% (vinte por cento).
Serviços do Sistema de Distribuição de Água e Coleta de Esgoto Valores
R$
Ligação de água – mão de obra de materiais, com hidrômetro, por ligação 115,80
Ligação de esgoto – mão de obra e materiais, por ligação 77,20
Hidrômetro por unidade avulsa 69,48
Mão de obra instalação hidrômetro avulso 13,51
Desmanche e reconstrução de calçadas, por m² 25,09
Corte e reposição de asfalto, por m² 77,20
Manutenção de hidrômetro-troca vedante reparo de vazamento, re-apertos, etc. 13,51
Religação de água-hidrômetro lacrado, por ligação 13,51
Desligamento de água “plug”, por desligamento 13,51
Religação de água cortada na calçada, por religação 13,51
Tabela 09. Preços de serviços do Sistema de Distribuição de Água e Coleta de Esgoto do
município de Corumbataí – SP.
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7.4.1.1. Ligações de Água
O município de Corumbataí possui a Lei nº 1.177 que “Institui o Sistema de Taxas e
Serviço de distribuição de água e coleta de esgoto e a prestação e cobrança de outros serviços
afins, prestados pela Prefeitura Municipal de Corumbataí e dá outras providências”.
Todos os proprietários de seus imóveis servidos por redes de água e coleta de esgoto
solicitam a ligação individualizada a quem tem direito.
A ligação somente é executada se o imóvel estiver:
• No mínimo com processo de aprovação de construção em andamento;
• Com cadastro devidamente regularizado;
• Sem débito de qualquer natureza em atraso;
• Com o local para instalação do cavalete dentro das normas específicas pelo
Departamento de Engenharia Municipal;
• Com as instalações internas adequadas para condução do esgoto à rede pública.
O proprietário é o responsável pela conservação e pelo pagamento de qualquer
manutenção e serviços que se fizerem necessários e, quaisquer serviços do hidrômetro, inclusive
à rede pública.
Quando a realização da leitura não é possível, considera-se para efeito de emissão de
conta, o consumo médio dos últimos três meses. Caso seja constatado defeito no hidrômetro e,
sendo necessária sua retirada para manutenção, não havendo possibilidade de substituição
imediata, a apuração do consumo no período se faz com base no consumo médio diário dos
últimos três meses, multiplicado pelo número de dias em que a ligação ficou sem hidrômetro,
acrescido do volume anotado quando da retirada do hidrômetro, respeitando o período mensal.
Constatado a alteração no volume real de consumo, decorrente de defeito no hidrômetro,
o Município recalcula as contas do período sob suspeição, tomando por base a média de
consumo dos últimos três meses.
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7.4.1.2. Ligações de Esgoto
É obrigação do proprietário de imóvel situado em área servida por redes de esgoto,
solicitar a ligação de acordo com o Município e nos termos da Legislação Sanitária pertinente.
A ligação somente será executada se o imóvel estiver:
• No mínimo com processo de aprovação em andamento;
• Com cadastro devidamente regularizado;
• Sem débito de qualquer natureza em atraso;
• Com as ligações internas adequadas ao despejo e dentro das normas do Município de
Corumbataí - SP.
O proprietário é o responsável pela conservação e pelo pagamento de qualquer serviço de
manutenção que se fizer necessário à caixa de inspeção (quando existente) e às instalações
internas do imóvel, sendo que quaisquer serviços da caixa de inspeção (inclusive) e da rede
pública apenas poderão ser realizados pelo Departamento de obras do Município ou por quem
ele indicar.
As novas edificações servidas pela rede de esgoto, contém ter uma caixa de inspeção
instalada junto ao alinhamento do prédio, no passeio público, atendendo aos padrões definidos
pelo Município, o que constará do projeto para aprovação.
7.4.1.3. Instalações internas
Em toda a propriedade é obrigado a instalação de um reservatório de água no nível
superior, conforme as normas estabelecidas pelo Departamento de Engenharia Municipal.
Quando constatado qualquer irregularidade nas instações internas que possam gerar
desperdício de água, utilização indevidas, contaminações ou outros riscos, o usuário é notificado
das correções necessárias a serem realizadas, e não o fazendo, poderá ser realizada pelo
Município e cobrada de acordo com as Taxas da Lei que abrange o mesmo.
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Quando ocorre a transferência de propriedade do imóvel, provido ou não de ligações, o
proprietário é obrigado a comunicar ao Município, para efeito de alteração de cadastro.
7.4.2. Cadastro de usuários
O município de Corumbataí possui o cadastro de todas as propriedades, dotadas de rede
de distribuição de água e coleta de esgoto, e de ligações de água e esgoto, para efeito de taxação,
controle e cobrança da distribuição de água, conforme lei em vigor nº 1.177.
Até a presente data, o setor de Tributação da Prefeitura de Corumbataí possui cadastro
dos consumidores, de modo que é gerado um Relatório de Ligações, conforme tabela abaixo, que
constam informações como Ligação, Inscrição, Munícipe, Endereço e Categoria. O cadastro é
feito igual para todos os tipos de usuários.
Atualmente o Sistema de Cadastro dos usuários do município de Corumbataí - SP está
sofrendo adaptações buscando recuperação rápida e altamente rentável das perdas de
faturamento.
Tabela 10. Exemplo do Relatório de Ligações do Município de Corumbataí – SP.
Para se obter melhoras na organização do sistema comercial ou de faturamento, é
necessário que seja envolvido a base de dados sobre os consumidores e de ligações, como:
• Descrição com Endereço completo do Imóvel com o nome do Proprietário;
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• Categorias/Segmento;
• Número do Cadastro, Setor e Grupo;
• Tipo de Ligação;
• Registro de Cortes (data, última leitura, etc);
• Hidrômetro (modelo, número, data de instalação, data de substituição);
• Mapa da quadra e localização do hidrômetro;
• Consumos da Ligação;
• Valores dos Serviços Cobrados;
• Histórico com todos os dados;
• Contas pagas e em aberto;
• Parcelamentos;
• Guia de recolhimento;
• Entre outras informações para o atendimento ao cliente, o faturamento da empresa
e a manutenção preventiva de hidrômetros.
Pode-se dizer que o Cadastro de Consumidores e atividades associadas é o foco central
para atuação e recuperação rápida e altamente rentável das perdas de faturamento nas empresas
de saneamento.
Além disso, a integração do cadastro de consumidores a toda a empresa, permite a
utilização de informações por quase todos os setores como, por exemplo, o de Planejamento e
Projetos, na determinação de vazões consumidas por setor de abastecimento, básico para os
estudos de planejamento e projetos, e também, para operação do sistema.
Para se atingir o sucesso no cadastro dos usuários é necessário buscar a excelência na sua
formulação e performance, além de permanente atualização para que as perdas financeiras sejam
minimizadas.
7.4.3. Estrutura Tarifária
A Estrutura Tarifária em síntese corresponde à distribuição das tarifas que permitem a
fixação e atribuição de valores pelas categorias de usuários, regiões, produtos e perfis de
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consumo, tendo em vista a obtenção de recursos que possibilitem, além do equilíbrio econômico-
financeiro, o atendimento a todos os usuários.
7.4.3.1. Faixas de Consumo , Categorias, Tarifas e Contas
De acordo com a Lei nº 1.177, o custo do metro cúbico de água está em valor fixo, com
base na Unidade Fiscal do Município de Corumbataí, calculado em função da produção,
operação, manutenção, recuperação, expansão, custeio e administração, necessários ao
funcionamento do sistema de abastecimento de água e coleta de esgoto, conforme segue na
tabela abaixo.
A conta de água é calculada em função do consumo definido pelo volume hidrometrado
ou consumo mínimo, e dos valores taxados de cada categoria e faixa de consumo e em
atendimento a Lei. Para fins de cobrança, é considerado como consumo mínimo hidrometrado o
limite de 10 m³ (dez metros cúbicos), ainda que não alcançado este teto. Para cada ligação é
emitido mensalmente uma única conta, com data de vencimento todo dia 10 de cada mês.
De acordo com as informações levantadas junto a Prefeitura Municipal de Corumbataí e
consulta a Lei nº 1.177, as tarifas cobradas são as mesmas para todas as categorias.
Consumo de Água Categorias
m³ Residencial, Comercial, Industrial,
Pública, Igreja, Rural
De zero a 10,00 m³ R$ 8,30
De 10,01 a 20,00 m³ R$ 16,60
De 20,01 a 30,00 m³ R$ 30,60
De 30,01 a 40,00 m³ R$ 61,60
De 40,01 a 50,00 m³ R$ 96,50
De 50,01 a 70,00 m³ R$ 136,70
De 70,01 a 100,00 m³ R$ 162,40
Acima de 100 m³ R$ 290,00
Tabela 11. Preços de taxas do Sistema de Distribuição de Água e Coleta de Esgoto
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Os proprietários ou usuários de imóveis com ligações desprovidas de hidrômetro,
procedem a regularização com a instalação do mesmo, dentro das normas da Administração
Municipal, no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias, facultado ao Município, havendo
disponibilidade de numerário, subsidiar o pagamento respectivo, que é dividido em 3 (três)
parcelas mensais, sem juros e correção monetária, ou até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de
juros, de 1% ao mês e correção monetária a partir da 4° (quarta) parcela, lançados juntairiente
com a fatura mensal de consumo, a todos aqueles que fizerem as instalações dentro do prazo
apresentado.
Até que se expire o prazo, terá seu consumo considerado como mínimo de:
• 20 m³ (vinte metros cúbicos) para a categoria RESIDENCIAL;
• 80 m³ (oitenta metros cúbicos) para a categoria COMERCIAL;
• 120 m³ (cento e vinte metros cúbicos) para a categoria INDUSTRIAL.
Quadro 09. Quantidade de ligações por categoria
Quantidade de ligações por categoria
Categorias Com Hidrômetro Sem Hidrômetro C. Medido C Faturado
Residencial 860 0 888467 1029685
Comercial 44 0 55446 68335
Industrial 8 0 11694 12782
Pública 31 0 921 1593
Rural 153 0 152178 173862
Igreja 8 0 13406 17053
1104 0 1078554 1252608
Fonte: Prefeitura Municipal de Corumbataí – SP. Data Base 09/03/2010
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7.4.3.2. Outros Serviços
Os serviços prestados e os respectivos materiais, atendem às normas e padrões de cobrança
da Municipalidade, representando o custo dos serviços de obras (ligações, redes, consertos,
manutenção entre outros), administrativos ou não (expedientes, certidões, atestados, consultas
técnicas, análises e exames de laboratórios entre outros), acrescidos da taxa de administração de
até 20% (vinte por cento).
Serviços do Sistema de Distribuição de Água e Coleta de Esgoto Valores
R$
Ligação de água – mão de obra de materiais, com hidrômetro, por ligação 115,80
Ligação de esgoto – mão de obra e materiais, por ligação 77,20
Hidrômetro por unidade avulsa 69,48
Mão de obra instalação hidrômetro avulso 13,51
Desmanche e reconstrução de calçadas, por m² 25,09
Corte e reposição de asfalto, por m² 77,20
Manutenção de hidrômetro-troca vedante reparo de vazamento, re-apertos, etc. 13,51
Religação de água-hidrômetro lacrado, por ligação 13,51
Desligamento de água “plug”, por desligamento 13,51
Religação de água cortada na calçada, por religação 13,51
Tabela 12. Preços de serviços do Sistema de Distribuição de Água e Coleta de Esgoto
7.4.3.3. Infrações
De acordo com a Lei nº 1.177, é vedado a qualquer cidadão, proprietário ou não,
intervir nas redes de água ou esgoto, nas ligações, ou nos hidrômetros sob qualquer
propósito.
O setor competente do Município é comunicado para as providências necessárias,
quando constatada a necessidade de intervenção por entupimento, obstrução ou outros
defeitos que possam estar prejudicando o abastecimento de água ou escoamento do
esgoto.
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São reparados pelo setor competente do Município os danos às redes ou ligações
pela intervenção indevida, sendo o proprietário responsável pelo pagamento dos mesmos
e, incidindo uma multa de até 100% (cem por cento) do valor dos serviços
É vedada a execução de:
• Ligação não realizada pelo Município;
• Derivação ou ligação interna de água ou canalização de esgoto de uma
propriedade para outra no mesmo logradouro público;
• Emprego de bombas de sucção ligadas à tubulação conectada rede de água
municipal;
• Aterramento de rede elétrica interna conectada à rede municipal;
• Utilização de imã ou qualquer outro tipo de intervenção interferente ao
hidrômetro, visando burar o correto consumo de água;
• Descargas de águas pluviais na rede coletora de esgoto.
Além das infrações citadas é considerada como infração qualquer outra que possa
preludicar ou burlar o sistema de distribuição de água e coleta de esgoto, bem como a falta dos
pagamentos das contas tarifárias ou não, nas respectivas datas de vencimentos.
7.4.3.4. Penalidades
Os proprietários de imóveis em infração a Lei, são notificados pelo Município para, no
prazo nela indicada, executar as correções necessárias, efetuar pagamento de serviços/materiais
corretivos, efetuar pagamentos de contas em atraso entre outros. O proprietário será sempre
notificado com antescedencia.
A falta de atendimento da notificação acarrenta a interrupção dos serviços e ou do
fornecimento de água e ou, o proprietário é sujeito sem prejuízo de outros débitos calculados
conforme a lei, à multa definida pelo maior dos valores calculados conforme abaixo:
• 20% (vinte por cento) do valor dos serviços necessários para correção das intervenções
indevidas;
• Igual valor da mão de obra de uma ligação de água.
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Nas reincidências, as multas são dobradas em relação à última aplicada.
O restabelecimento do fornecimento de água somente é feito após o atendimento da
notificação e o pagamento do débito. O mesmo pode ser parcelado, de forma que cada parcela
nunca seja inferior a conta de água e com o pagamento antecipado de pelo menos uma parcela.
Quando da constatação da existência de ligação clandestina, o proprietário é sujeito ao
pagamento do valor correspondente a dois anos de consumo mínimo da categoria da ligação,
além das outras penalidades dentro da Lei e sanções penais cabíveis.
7.4.3.5. Comparações e conclusões
Abaixo detalharemos algumas comparações entre os valores cobrados por Serviços
Autônomos de Água e Esgoto Municipais, porém, por motivos de exposição destes serviços,
descrevemos abaixo duas situações, sendo uma com o Serviço Autônomo “A” e outro com o
Serviço Autônomo “B”.
1. SERVIÇO AUTÔNOMO “A
O Serviço Autônomo “A”, através de decreto públicado, reajusta as tarifas de água e
esgoto e outros serviços prestados pelo Serviço Autônomo, e dando outras providências,
reajustam em 5,77% (cinco inteiros e setenta e sete centésimos), referente ao IPCA-E (IBGE),
acumulado por período correspondente, que os usuários pagarão pelo consumo mensal de água,
os preços estabelecidos por categoria, conforme tabela abaixo, sendo:
Consumo de
Água Categoria I Caategoria II Categoria III Categoria IV
M³ Residencial
R$/m³
Comercial, Público e
Construção
R$/m³
Industrial
R$/m³
Horta
R$/m³
1 – Até 10 7,60 16,11 17,61 3,80
2 – 11 a 15 0,76 1,53 1,62 0,38
3 – 16 a 20 1,35 2,38 2,45 0,68
4 – 21 a 25 2,30 3,95 4,11 1,14
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5 – 26 a 30 2,69 4,22 4,41 1,34
6 – 31 a 40 2,71 4,44 4,57 1,35
7 – 41 a 50 2,89 4,54 4,70 1,44
8 – 51 a 80 3,12 4,97 5,13 1,55
9 – Acima de 80 3,13 5,16 5,36 1,57
Tabela 13. Tarifas Cobradas pelo Serviço Autônomo “A”.
2. SERVIÇO AUTÔNOMO “B”
Já o Serviço Autônomo “B”, estabelece uma tabela de tarifas de consumo de água e
utilização de rede de esgoto diferenciada, em vigor por decreto a partir de maio/2009, de modo
que os os preços estabelecidos por categoria, conforme tabela abaixo, sendo:
Categoria residencial Preço por Metro Cúbico (R$/m³) Parcela
Faixa de Consumo ÁGUA ESGOTO TOTAL A DEDUZIR
0 5 3,91 3,91 7,82 -
6 10 1,04 1,04 2,08 2,58
11 15 1,21 1,21 2,42 5,98
16 20 1,43 1,43 2,86 12,58
21 25 1,60 1,60 3,20 19,38
26 30 2,02 2,02 4,04 40,38
31 45 2,81 2,81 5,62 87,78
46 60 3,61 3,61 7,22 159,78
61 80 4,45 4,45 8,90 260,58
81 100 4,85 4,85 9,70 324,58
101 200 5,60 5,60 11,20 474,58
Acima de 200 6,44 6,44 12,88 810,58
Tabela 14. Tarifas Cobradas pelo pelo Serviço Autônomo “B”.
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7.4.3.6. Conclusões entre os Serviços Autônomos
O Serviço Autônomo “A” traz uma modelagem por “faixa de consumo x categoria”,
enquanto o Serviço Autônomo “B”, opera sob o cálculo da tarifa de consumo de água e
utilização da rede de esgoto com coeficiente a deduzir. A exemplo Serviço Autônomo “B”
utiliza o seguinte cálculo:
Exemplo: Um consumo de 40 m³, categoria residencial – Múltiplica-se o volume
pelo valor total dentro da faixa de referência e subtrai-se a parcela a deduzir.
Dessa forma, segue o volume faturado por faixa de consumo do município de
Corumbataí-SP.
faixa de consumo ligações % faturado média %0 - 10m³ 453 42,34 4530 10,0 23,78
11 - 20m³ 313 29,25 4874 15,6 25,59
21 - 30m³ 204 19,07 5162 25,3 27,10
31 - 50m³ 74 6,92 2793 37,7 14,66
> 50m³ 26 2,43 1688 64,9 8,86
1070 100,00 19047 30,7 100,00
FATURAMENTO
Tabela 15. Volume faturado por faixa de consumo (janeiro/2010).
Fonte: Prefeitura Municipal de Corumbataí – SP.
Da análise das tabelas apresentadas é possível concluir que:
• A grande maioria das ligações de água do município de Corumbataí são constituídas por
ligações residenciais urbanas, cujas faixas de consumo são normalmente próximas do
consumo mínimo de 10m³/mês. O hábito de consumo deste extrato de consumidores
implica, sobretudo em residências que dispõem de reservatório domiciliar (caixas
d’água), em grandes variações da vazão consumida ao longo do dia. Esta variação faz
com que o hidrômetro domiciliar opere em vazões que oscilam sobre praticamente todo o
seu range de medição, desde vazões com baixos erros de medição até vazões muito
baixas, em que a sensibilidade do medidor pode implicar em severos erros de medição.
Recomenda-se, assim, especial atenção a manutenção de um parque de hidrômetros
confiável.
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• Da mesma forma é possível observar que apenas cerca de 2,5% dos consumidores do
município apresentaram leituras superiores a 50m³ no mês de referência. Todavia, esta
parcela é responsável por cerca de 9% do faturamento no mesmo mês. Por se tratar de um
número relativamente pequeno (apenas 26 hidrômetros), sugere-se um acompanhamento
mais próximo destas ligações com verificações frequentes, coibição de fraudes e boa
manutenção de hidrômetros.
• A mesma linha de raciocínio pode ser levada em consideração, embora em menor
intensidade, na faixa de consumos entre 31 e 50m³, que também merece devida atenção.
Para avaliação dos indicadores de perdas foi realizado o balanço hídrico no mês de
referência de janeiro/2010, sobre os dados aferidos por medição direta de vazão de distribuição e
dados do sistema do DAE de Corumbataí, com aplicação das fórmulas apresentadas como segue:
Ano Mês Vol. Água
Produzido
(m3)
Vol. Água
MEDIDO
(m3)
Vol. Água
FATURADO
(m3)
Perdas na
Distribuição
(%)
Perdas de
Faturamento
(%)
2010 Jan 32.076 16.861 19.047 47,4 40,6
Tabela 16. Índices de perdas no mês de janeiro/2010.
Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
Deve-se notar, no entanto, que o volume cobrado ou faturado (F) é superior ao volume
micromedido (M), em função da estrutura tarifária adotada pelo DAE de Corumbataí, ou seja,
quem consome menos de 10 m³ por mês, paga o equivalente ao consumo mínimo de 10 m³.
Todavia, os índices determinados no mês de referência são próximos de muitos
municípios brasileiros e, inclusive das bacias PCJ, sendo merecedores dos presentes estudos e
diagnósticos para sua correção.
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7.4.4. Sistema de Faturamento
O Sistema de Faturamento de Corumbataí funciona da segunte maneira:
• Leitura;
• Emissão de contas;
• Recebimento;
• Inadimplências e não medidos.
Todas essas atividades são desenvolidas pelo setor de tributação da própria Prefeitura
Municipal de Corumbataí, sendo desnecessário a contratação de mão de obra tercerizada.
A leitura e apuração do consumo de água dos hidrômetros é feita manual pelos
funcionários contratados. No hidrômetro o contador registra a quantidade que passou no
medidor. A conta é feita a partir do último número registrado em comparação aos valores do
novo registro. A diferença entre os dois números aponta o volume de água consumido. Após a
medição, as informações são encaminhadas para a Prefeitura registrar no sistema.
A impressão e emissão de contas são realizadas na própria Prefeitura e entregues nas
casas dos consumidores pessoalmente pelos leituristas. Para aqueles proprietários que não
residem no município, a conta é encaminhada via correio com vencimento no dia 10 de cada
mês.
Para o pagamento das contas, os consumidores poderão optar pelo pagamento em Banco
autorizado, débito automático e pessoalmente na Prefeitura Municipal de Corumbataí-SP.
A Prefeitura não possui porcentagem de Inadimplentes até o momento, mas informou que
o segmento que menos apresentar inadimplência é o setor rural.
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7.4.5. Consumidores Especiais
É isento do pagamento referente ao consumo apurado, os templos, as instituições de
caridade, beneficentes e assistenciais, comprovadamente sem fins lucrativos. Não é aplicado aos
prédios e imóveis anexos aos mesmos, bem como às diversas da finalidade principal.
Tal isenção somente é concedida com a apresentação de documentação específica,
emitida por órgãos oficiais, que comprovem a efetiva condição de beneficência, assistencialismo
e caráter não lucrativo, que deverão ser apresentados 60 (sessenta) dias antes do exercício a ser
concedido.
O município é proibido de conceder isenção ou redução das taxas dos serviços de
ligações ou fornecimento de água, exceto aos órgãos públicos municipais, entidades
assistenciais, filantrópicas, sem fins lucrativos, órgãos afins, e ou locais de caracterizado
interesse do Município, desde que atendam os termos da lei vigente nº 1.177.
7.4.6. Atendimento aos Consumidores
Do ponto de vista institucional, fica evidente que o setor de saneamento requer uma
revolução cultural para ser competitivo. Essa revolução implica muitas vezes em reestruturação
administrativa, pautada na participação e integração de toda a empresa ou departamento de água
e esgoto, tendo como grande objetivo a prestação de serviços com excelência e de maneira
econômica.
No entanto, observa-se que esse processo já teve inicio nas empresas de abastecimento
citadas neste trabalho e vem ocorrendo em muitos outros no País.
Para que as transformações requeridas ocorram, deve-se enfatizar que o desenvolvimento
de recursos humanos tem papel relevante e essencial nesse processo.
No que diz respeito ao controle de perdas físicas, evidencia-se a necessidade de
investimentos em qualidade, sendo ela desde a fase de planejamento, concepção, projeto,
construção, operação e manutenção do sistema, de modo que o mesmo raciocínio fica valendo
para o controle de perdas de faturamento, onde se requer maior qualidade no sistema comercial
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ou de faturamento, com cadastro de consumidores e de hidrômetros atualizados e bem
gerenciados concomitantemente.
Portanto é necessário investir em treinamentos, desde os ajudantes e encanadores até o
nível gerencial com alta capacidade técnica e de coordenação, de modo a liderarem o processo
de mudanças e modernização da empresa de abastecimento.
Se esse aspecto não for tratado com seriedade, determinação e com caráter permanente,
os ciclos que se observam de melhorias nas instituições na prestação de serviços, jamais terão
crescimento sinérgico, bem como os ciclos das perdas nos sistemas públicos de abastecimento de
água continuarão a emperrar no setor.
No caso do município de Corumbataí – SP, o processo de mudanças deve iniciar com o
presente Programa de Controle e Redução de Perdas, contemplando Projetos de Treinamento e
Desenvolvimento de Pessoal, com definição de responsabilidade executiva e elaboração de
procedimentos construtivos em campo, especificação de materiais, ferramentas e equipamentos
necessários, entre outros.
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7.4.7. Metas a serem atingidas
7.4.1.1. Planejamento para alcance das metas
Para atingir tais metas, os seguintes projetos apresentados a seguir, deverão ser
implementados de acordo com seu número de prioridade, de modo que as sequências e
somatórias das ações são baseadas em um planejamento a curto e médio e longo prazo.
Salientando que este Plano Diretor de Perdas em sua elaboração, executou algumas
medidas necessárias ao bom andamento do Plano, que mesmo já executadas, foram inseridas no
quadro abaixo, sendo.
Meta 1 – Redução da Perda na Distribuição de 47,4% para 25% em cinco anos.
Meta 2 – Redução da Perda Física (50% PD) de 23,7% para 10% em cinco anos.
PROJETOS SUB PROJETOS PRIORIDADE
1 – Macromedição Macromedição 100% da distribuição Executado
2 – Setorização Cadastramento / monitoramento da macromedição 1
Separação dos setores na área central 0
3 – Cadastro Técnico Complementação do cadastro técnico preliminar 0
Interface com banco de dados para controle de consumo e reparos
1
4 – Cadastro de Consumidores
Grandes consumidores 1
Atualização de todo o cadastro comercial 1
5 – Micromedição Atualização do parque de hidrômetros 1
Redimensionamento dos hidrôm. dos grandes consumidores
1
6 – Redução de Pressões Instalação de VRPs e Reforços de Rede 0
7 – Substituição/ Reabilitação de redes
Área piloto 1
Redes 1" e FoFo 50mm em estado crítico 1
8 – Pesquisa de Vazamento Contratação de pesquisa sistemática de vazamentos 0
9 – Melhorias Operacionais Otimização da distribuição (instalação de registros de manobra)
1
Instalação de hidrômetros em usos não hidrometrados 1
Redução do tempo de reparo (frota, equipamento) 2
Manutenção preventiva em registros de manobra 2
10 – Redução Perdas de Faturamento
Combate a ligações clandestinas 1
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11 – Redução de Perdas ETA Reaproveitamento das águas de lavagem 1
Controle de perdas (registros com vazamento, comportas, etc)
1
12 – Treinamento Motivação 1
Manobras em registro de rede 2
Técnicas de manutenção 2 Tabela 17: Planejamento do Controle de Perdas. Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
Abaixo segue a tabela de Planejamento Estratégico a Curto e Médio e Longo prazo,
sendo:
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
CURTO PRAZO
PROJETOS SUB PROJETOS PRIORIDADE
1 – Macromedição Macromedição 100% da distribuição Executado
2 – Setorização Separação dos setores na área central 0
3 – Cadastro Técnico Complementação do cadastro técnico preliminar 0
6 – Redução de Pressões Instalação de VRPs e Reforços de Rede 0
8 – Pesquisa de Vazamento Contratação de pesquisa sistemática de vazamentos 0 MÉDIO PRAZO
PROJETOS SUB PROJETOS PRIORIDADE
2 – Setorização Cadastramento / monitoramento da macromedição 1
3 – Cadastro Técnico Interface com banco de dados para controle de consumo e reparos
1
4 – Cadastro de Consumidores
Grandes consumidores 1
Atualização de todo o cadastro comercial 1
5 – Micromedição Atualização do parque de hidrômetros 1
Redimensionamento dos hidrômetros dos grandes consumidores
1
7 – Substituição/ Reabilitação de redes
Área piloto 1
Redes 1" e FoFo 50mm em estado crítico 1
9 – Melhorias Operacionais Otimização da distribuição (instalação de registros de manobra)
1
Instalação de hidrômetros em usos não hidrometrados 1
10 – Redução Perdas de Faturamento
Combate a ligações clandestinas 1
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11 – Redução de Perdas ETA Reaproveitamento das águas de lavagem 1
Controle de perdas (registros com vazamento, comportas, etc)
1
12 – Treinamento Motivação 1
LONGO PRAZO
PROJETOS SUB PROJETOS PRIORIDADE
9 – Melhorias Operacionais Redução do tempo de reparo (frota, equipamento) 2
Manutenção preventiva em registros de manobra 2
12 – Treinamento Manobras em registro de rede 2
Técnicas de manutenção 2 Tabela 18: Planejamento do Controle de Perdas a Curto, Médio e Longo Prazo. Fonte: Maximus
Engenharia e Consultoria Ltda.
7.5. Investimentos Necessários
Para atribuição e aplicabilidade das etapas e ações propostas por este Plano Diretor de
Perdas, conforme item acima, é dever do município utilizar das planilhas de investimentos
contidas nos anexos subsequentes, para ter frente a execução das atividades propostas, um
planejamento estratégico com recursos direcionados, visando sempre o bom desempenho do
plano.
Dessa forma, como o Município de Corumbataí – SP está contido em uma Bacia
Hidrográfica determinada pelo Estado de São Paulo como uma Unidade de Gerenciamento dos
Recursos Hídricos – UGRHI, sendo esta muito bem desenvolvidas em termos institucionais e
econômicos, propomos que, para cada ação direcionada, se tenha um empenho frente a captação
desses recursos junto a esta Região, a qual atualmente trabalha com recursos a fundo perdido
distribuídos pelo FEHIDRO – Fundo Estadual dos Recursos Hídricos, bem como a Cobrança
Pelo Uso da Água, sendo está uma ferramenta de gestão determinada pela Lei 9.433/1997.
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Para se ter uma base real do montante a ser pleiteado e investido, segue abaixo uma linha
aproximada de valores a serem direcionados, sendo:
PROJETOS SUB PROJETOS VALORES
1 – Macromedição Macromedição 100% da distribuição Executado
2 – Setorização Cadastramento / monitoramento da macromedição R$ 180.000,00
Separação dos setores na área central R$ 130.000,00
3 – Cadastro Técnico Complementação do cadastro técnico preliminar R$ 22.000,00
Interface com banco de dados para controle de consumo e reparos
R$ 20.000,00
4 – Cadastro de Consumidores
Grandes consumidores R$ 10.000,00
Atualização de todo o cadastro comercial R$ 30.000,00
5 – Micromedição Atualização do parque de hidrômetros R$ 100.000,00
Redimensionamento dos hidrômetros dos grandes consumidores
R$ 18.000,00
6 – Redução de Pressões* Instalação de VRPs e Reforços de Rede R$ 465.000,00
7 – Substituição/ Reabilitação de redes
Área piloto *Idem item 6
Redes 1" e FoFo 50mm em estado crítico R$ 420.000,00
8 – Pesquisa de Vazamento Contratação de pesquisa sistemática de vazamentos R$ 30.000,00
9 – Melhorias Operacionais Otimização da distribuição (instalação de registros de manobra)
*Idem item 6
Instalação de hidrômetros em usos não hidrometrados R$ 30.000,00
Redução do tempo de reparo (frota, equipamento) R$ 10.000,00
Manutenção preventiva em registros de manobra *Idem item 6
10 – Redução Perdas de Faturamento Combate a ligações clandestinas R$ 10.000,00
11 – Redução de Perdas ETA Reaproveitamento das águas de lavagem R$ 15.000,00
Controle de perdas (registros com vazamento, comportas, etc)
R$ 10.000,00
12 – Treinamento Motivação *Idem item 6
Manobras em registro de rede *Idem item 6
Técnicas de manutenção *Idem item 6 VALOR TOTAL DE INVESTIMENTO R$ 1.500.000,00
*Itens contidos na atividade n° 6 - Redução de Pressões*.
Tabela 19: Plano de Investimentos para o Controle de Perdas a Curto, Médio e Longo Prazo.
Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
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7.6. Análise das Alternativas
Visando o atendimento a proposta de “Plano Diretor de Combate às Perdas Totais no
Sistema de Distribuição de Água do Município de Corumbataí-SP” foi elaborado 03 alternativas
(Curto, Médio e Longo prazo) para cada atividade mencionada abaixo, de modo que cada
alternativa foi abordada levando em consideração diversas situações possíveis para atendimento
aos parâmetros citados, sendo:
ALTERNATIVAS DE ATENDIMENTO - PRAZOS
1 - Atendimento a meta de 25% de Perdas Totais CURTO MÉDIO LONGO
- Instalação de VRPs e Reforços de Rede.
- Reaproveitamento das águas de lavagem.
- Substituição de Redes 1" e FoFo 50mm em estado crítico.
- Cadastramento / monitoramento da macromedição.
--- ---
- Cadastro dos Grandes consumidores.
- Interface com banco de dados para controle de consumo e reparos.
---
- Atualização de todo o cadastro comercial.
- Combate a ligações clandestinas. ---
- Atualização do parque de hidrômetros.
- Redimensionamento dos hidrôm. dos grandes consumidores.
- Instalação de hidrômetros em usos não hidrometrados.
- Reabilitação de redes na área piloto.
--- ---
- Otimização da distribuição (instalação de registros de manobra).
- Treinamento e Motivação. ---
- Reaproveitamento das águas de lavagem.
--- ---
- Controle de perdas (registros com vazamento, comportas, etc).
--- ---
2 - Atendimento a meta de 10% de Perdas Físicas
CURTO MÉDIO LONGO
- Redução do tempo de reparo (frota, equipamento).
- Contratação de pesquisa sistemática de vazamentos.
---
- Treinamentos em manobras de registro de rede.
- Manutenção preventiva em registros de manobra.
- Técnicas de manutenção.
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3 - Atendimento a meta de 15% de Perdas Financeiras CURTO MÉDIO LONGO
- Atualização do parque de hidrômetros.
- Combate a ligações clandestinas. - Redimensionamento dos hidrômetros dos grandes consumidores.
- Cadastro de Grandes Consumidores.
- Atualização de todo o cadastro comercial.
- Atualização de todo o cadastro rural.
4 - Atualização em 100% dos macros e micromedidores
CURTO MÉDIO LONGO
- Atualização do parque de hidrômetros.
- Redimensionamento dos hidrômetros dos grandes consumidores.
- Instalação de hidrômetros em usos não hidrometrados.
5 - Automação em 100% do sistema
CURTO MÉDIO LONGO
- Cadastramento / monitoramento da macromedição.
- Interface com banco de dados para controle de consumo e reparos.
- Separação dos setores na área central.
6 - Controle e pressão em 100% da rede
CURTO MÉDIO LONGO
- Instalação de VRPs e Reforços de Rede.
- Monitoramento da macromedição.
- Otimização da distribuição (instalação de registros de manobra).
7 - Previsão e necessidade de troca de redes e adutoras
CURTO MÉDIO LONGO
- Substituição de Redes de FoFo 50mm em estado crítico.
- Substituição de Redes de 1" existentes em alguns pontos.
- Melhorias nas adutoras e captações superficiais.
8 - Cadastro Técnico real (compatível ao geoprocessamento)
CURTO MÉDIO LONGO
- Complementação do cadastro técnico preliminar.
- Atualização do parque de hidrômetros.
- Atualização de todo o cadastro comercial.
9 - Rede de distribuição 100% setorizada
CURTO MÉDIO LONGO
- Separação dos setores na área central.
- Instalação de VRPs e Reforços de Rede.
- Cadastramento / monitoramento da macromedição.
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10 - Construção de Reservatórios CURTO MÉDIO LONGO
- Reaproveitamento das águas de lavagem.
- Construção de reservatórios em bairros novos e afastados.
- Construção de reservatórios em áreas rurais.
Tabela 20: Alternativas de Atendimento - Prazos.
Fonte: Maximus Engenharia e Consultoria Ltda.
7.7. Retorno dos Investimentos
A Estrutura Tarifária em síntese corresponde à distribuição das tarifas que permitem a
fixação e atribuição de valores pelas categorias de usuários, regiões, produtos e perfis de
consumo, tendo em vista a obtenção de recursos que possibilitem, além do equilíbrio econômico-
financeiro, o atendimento a todos os usuários.
As redes de distribuição de água dos sistemas públicos de abastecimento de uma forma
geral proporcionam anualmente uma redução de perdas de milhões de litros de água produzida.
Esse volume total de água recuperada representa uma redução elevada por ano de produção e
reservação, somente no que se refere a gastos operacionais gerados com produtos químicos
utilizados nas estações de tratamento e pelo consumo de energia elétrica nas estações elevatórias.
A recuperação dos volumes de água perdida representa um aumento elevado na receita
bruta e líquida anual dos Departamentos de Água e Esgoto.
Portanto, com as ações direcionadas dentro de um Plano Diretor de Perdas, sendo elas
aplicadas e gerenciadas concomitantemente, o retorno desses valores de receitas bruta e líquida
tende a ser imediato, principalmente nos sistemas de abastecimento com demanda reprimida, ou
seja, insuficiência de oferta de água para o atendimento da demanda.
No município de Corumbataí - SP, a situação é direcionada como a médio prazo, pois o
DAE de Corumbataí possui um sistemas com o abastecimento regularizado, uma vez que estas
ações implantadas de redução de perdas, além de diminuir algumas horas de operação do
sistema, tendo assim um ganho e economia de energia, trarão benefícios diretos, tais como,
postergar investimentos que seriam necessários para a ampliação da oferta de água produzida,
bem como o atendimento as demandas futuras.
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De acordo com o período de retorno de investimentos, quanto maior o índice de
vazamento existente, mais rápido será a amortização dos investimentos a curto prazo.
Durante o processo de coleta de dados e informações, foram identificados diversos
vazamentos, desde gaxetas de válvulas de manobra na área da ETA até descargas da rede de
distribuição, cujo reparo moroso implicou em perdas totalmente desnecessárias e evitáveis.
Pesquisas de campo no município constataram em diversos pontos, como no bairro Vale
do Sol, o afundamento das valas das redes de distribuição de água no alinhamento das ligações
prediais, que são justamente os pontos críticos das perdas físicas no sistema de distribuição.
Cabe ressaltar, além do aspecto financeiro, outros prejuízos são também gerados,
quando não existe no município um plano de combate as perdas, dos quais se pode destacar:
• A existência de vazamentos nas redes distribuidoras acarreta um maior fluxo nas
canalizações, provocando perdas de carga não previstas nos projetos, podendo prejudicar
o abastecimento em zonas altas da rede de distribuição, comprometendo a qualidade do
abastecimento;
• A existência de vazamentos nas tubulações pode gerar a contaminação da água por
infiltração de materiais do solo, como esgoto ou águas pluviais.
No geral, as perdas de água provocam um aumento no custo de produção, gerados por
acréscimos de consumos de energia elétrica em estações de bombeamento e produtos químicos
para tratamento, bem como mão de obra para as atividades direcionadas.
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7.8. Fontes de Financiamento
Fontes de financiamento são mecanismos criados para as Instituições, sendo elas públicas
ou privadas, independente do Estado em que estão localizadas. Essas fontes têm como finalidade
levar recursos financeiros às áreas de pesquisas, desenvolvimento e inovação.
Segue abaixo algumas potenciais fontes de financiamento:
a) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES
O BNDES, empresa pública federal, é hoje o principal instrumento de financiamento de
longo prazo para a realização de investimentos em todos os segmentos da economia, em uma
política que inclui as dimensões social, regional e ambiental. Abrange quase todas as agências
bancárias do país, proporcionando assim o desenvolvimento de todo o País.
O apoio do BNDES se dá por meio de financiamentos a projetos de investimentos,
aquisição de equipamentos e exportação de bens e serviços. Além disso, o Banco atua no
fortalecimento das estruturas e destina financiamentos não reembolsáveis a projetos que
contribuam para o desenvolvimento social, cultural e tecnológico.
I. Áreas de Atuação:
• Agropecuária;
• Comércio, Serviços e Turismo;
• Cultura;
• Desenvolvimento Social e Urbano;
• Exportação e Inserção Internacional;
• Indústria;
• Infraestrutura;
• Inovação;
• Meio Ambiente;
• Mercado de Capitais.
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Segue abaixo os principais mecanismos de apoio do Banco ao Meio Ambiente:
O BNDES busca sempre o aperfeiçoamento dos critérios de análise ambiental dos
projetos que solicitam crédito e oferece suporte financeiro a empreendimentos que tragam
benefícios para o desenvolvimento sustentável.
Alguns Produtos do BNDES se dividem em Linhas de Financiamento, com finalidades e
condições financeiras específicas. Fica a critério do Banco se um projeto de investimento pode se
beneficiar de uma combinação de Linhas de Financiamento, de um mesmo ou de diferentes
Produtos, de acordo com o segmento, a finalidade do empreendimento e os itens a serem
apoiados. Os Produtos que podem ser usados no apoio ao Meio Ambiente são:
II. BNDES Finem Financiamento
A atuação do BNDES, no âmbito do Finem, para apoio a investimentos no meio ambiente
é realizada através das seguintes linhas de financiamento: Apoio a Investimentos em Meio
Ambiente, BNDES Florestal, Eficiência Energética e Saneamento Ambiental e Recursos
Hídricos.
A linha Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos financia investimentos relacionados
aos empreendimentos abaixo:
• Abastecimento de água;
• Esgotamento sanitário;
• Efluentes e resíduos industriais;
• Resíduos sólidos;
• Gestão de recursos hídricos (tecnologias e processos, bacias hidrográficas);
• Recuperação de áreas ambientalmente degradadas;
• Desenvolvimento institucional;
• Despoluição de bacias, em regiões onde já estejam constituídos Comitês;
• Macrodrenagem.
Os clientes dessa fonte de financiamento são:
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• Estados;
• Municípios;
• Distrito Federal;
• Administração Pública Indireta de todas as esferas federativas;
• Consórcios Públicos.
Em relação às condições financeiras, a linha de financiamento Saneamento Ambiental e
Recursos Hídricos se baseiam nas diretrizes do produto BNDES Finem, com algumas condições
específicas, descritas abaixo.
III. Taxa de juros
Apoio direto
(operação feita diretamente com o BNDES)
Custo Financeiro + Remuneração Básica do
BNDES + Taxa de Risco de Crédito
Apoio indireto
(operação feita por meio de instituição
financeira credenciada)
Custo Financeiro + Remuneração Básica do
BNDES + Taxa de Intermediação Financeira
+
Remuneração da Instituição Financeira
Credenciada
• Custo Financeiro: Taxa de Juros de Longe Prazo (TJLP). Em 2010 entre Abril a Junho
os juros são de 6%.
• Remuneração Básica do BNDES: 0,9% a.a.
• Taxa de Risco de Crédito: até 3,57% a.a., conforme o risco de crédito do cliente, sendo
1,0% a.a. para a administração pública direta dos Estados e Municípios.
• Taxa de Intermediação Financeira: 0,5% a.a. somente para grandes empresas; MPMEs
estão isentas da taxa.
• Remuneração da Instituição Financeira Credenciada: negociada entre a instituição
financeira credenciada e o cliente.
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A participação máxima do BNDES é de 80% dos itens financiáveis, sendo que esse limite
pode ser aumentado para empreendimentos localizados nos municípios beneficiados pela Política
de Dinamização Regional (PDR).
O prazo total de financiamento será determinado em função da capacidade de pagamento
do empreendimento, da empresa e do grupo econômico. As garantias para o apoio direto são
definidas na análise da operação e para apoio indireto são negociadas entre a instituição
financeira credenciada e o cliente.
As solicitações de apoio são encaminhadas ao BNDES pela empresa interessada ou por
intermédio da instituição financeira credenciada, através de Carta-Consulta, preenchida segundo
as orientações do Roteiro de Informações para Consulta Prévia e enviada ao:
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
Área de Planejamento - AP
Departamento de Prioridades - DEPRI
Av. República do Chile, 100 - Protocolo - Térreo
20031-917 - Rio de Janeiro - RJ
b) Caixa Econômica Federal
A CAIXA é o principal agente das políticas públicas do governo federal e, além disso, ao
priorizar setores como habitação, saneamento básico, infra-estrutura e prestação de serviços, a
CAIXA exerce um papel fundamental na promoção do desenvolvimento urbano e da justiça
social no país.
Para a Rede Municipal, a CAIXA conta com vários programas, entre eles se destaca o de
Desenvolvimento Urbano, no qual abrange as seguintes áreas:
• Assistência Técnica a Municípios e Movimentos Sociais;
• Fundo da Saúde;
• Infra-estrutura;
• Setor Público;
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• Inovação tecnológica;
• Melhores Práticas;
• Saneamento Ambiental.
O Programa de Saneamento Ambiental é dividido nas seguintes áreas:
• Abastecimento de água;
• Brasil Joga Limpo;
• Saneamento Ambiental Urbano;
• Esgotamento Sanitário;
• Gestão de Recursos Hídricos;
• Drenagem Urbana Sustentável;
• Resíduos Sólidos Urbanos;
• PROBIO II.
c) Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) do ministério das Cidades
A Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) do Ministério das Cidades
seleciona empreendimentos na área de saneamento, com recursos do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) 2, sendo parte do Orçamento Geral da União e parte, de recursos
financiados.
As modalidades a serem atendidas nesta seleção são:
• Abastecimento de água;
• Esgotamento sanitário;
• Drenagem urbana;
• Saneamento integrado;
• Elaboração de estudos e projetos, incluindo planos de saneamento básico.
O Processo de Seleção Simplificado compreende um conjunto de procedimentos a serem
cumpridos pelo proponente mutuário, pelo agente financeiro e pelo Ministério das Cidades. No
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cadastramento das propostas, o proponente inscreverá Carta Consulta por meio do
preenchimento de formulário específico em sistema eletrônico próprio do Ministério das
Cidades, disponível no sítio eletrônico: www.cidades.gov.br.
d) Outras Fontes
i. Fundo Estadual de Reparação de Interesses Difusos Lesados (FID);
ii. Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA);
iii. Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal/Serviço Florestal Brasileiro (FNDF);
iv. Fundação Nacional de Saúde (FUNASA);
v. Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (FEMA);
vi. Fundo Estadual de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo (FEHIDRO-SP);
vii. Banco do Brasil entre outros.
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8. CONCLUSÃO
Segundo metodologia proposta e detalhada, bem como o levantamento de dados e
informações direcionadas ao pleno atendimento a este PLANO DIRETOR DE COMBATE ÀS
PERDAS TOTAIS (FÍSICAS E FINANCEIRAS) DE ÁGUA NO SISTEMA DE
ABASTECIMENTO PÚLICO DO MUNICÍPIO DE CORUMBATAÍ – SP, concluímos que
há uma real necessidade da implantação de um plano estratégico a curto, médio e longo prazo
frente à linha de atuação que foi direcionada e executada em referência ao escopo solicitado.
Dessa forma, é notória a importância do Plano Diretor de Combate ás Perdas direcionado
ao município de Corumbataí-SP, pois grande parte das águas captadas se perdem devido a
problemas com as Perdas físicas e não-físicas, de modo que todas as atividades e projetos
propostos e empenhados concomitantemente neste Plano Diretor de Perdas, é resultado da
interpolação de dados e informações obtidos em campos e em referenciais bibliográficos, o que
no ponto de vista desta empresa, tende a considerar bons resultados frente a suas aplicações, pois
uma gestão satisfatória e conivente com as realidades atuais, necessita claramente de planos e
ações específicas voltadas diretamente ao objetivo principal da Redução de Perdas, sejam elas
Físicas ou Financeiras, com abrangências durante todo o ano, e não simplesmente ações isoladas.
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACTARIS. Catálogo técnico do medidor Voltmag M
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 12218 –
Projeto de rede de distribuição de água para o abastecimento público.
Balanço Hídrico realizado pelo IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas na
empresa Foz do Brasil – Limeira, SP. Disponível em
http://www2.agua.org.br/apresentacoes/85641_FozdoBrasil.pdf (acesso em 07/12/2009)
ANEXO I – CADASTRO TÉCNICO
Peças Gráficas
ANEXO II – SETORIZAÇÃO
Peças Gráficas e Planilha Orçamentária
ANEXO III – INSTALAÇÃO DE MACROMEDIDORES
Peças Gráficas
RESPONSÁVEL TÉCNICO:
Eng˚ Adauto Luis Paião
Engenheiro Ambiental
CREA: n° 5062664002
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ANEXO I – CADASTRO TÉCNICO
Peças Gráficas
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ANEXO II – SETORIZAÇÃO
Peças Gráficas e Planilha Orçamentária