relatorio destilação
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Química Orgânica- destilaçãoTRANSCRIPT
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DESTILAÇÃO
TOLEDO - PR
2013
Handria Piffer
Fernanda Pinzan
Kamila Cavalcante de Oliveira
DESTILAÇÃO
Relatório apresentado à disciplina de
Química Orgânica, Universidade
Estadual do Oeste do Paraná -
Campus de Toledo.
Professora: Mara Núbia
TOLEDO – PR
2013
1 INTRODUÇÃO
O processo de purificação de substâncias é muito importante em
laboratórios de química e em indústrias. Dificilmente se encontram compostos
orgânicos em nível elevado de pureza, e um dos processos que pode ser
utilizado para a purificação de compostos orgânicos líquidos é a destilação. [1]
A destilação é empregada geralmente quando se obtém um líquido
contendo impurezas, de uma síntese, que não são tão fáceis de remover por
meios químicos. Ela consiste em uma técnica de separação dos componentes
de misturas homogêneas, onde é possível recuperar tanto o soluto como o
solvente. Baseia-se no fato de os vários componentes das misturas terem
pontos de ebulição diferentes, ou seja, não fervem todos à mesma
temperatura. [1]
Têm-se dois tipos de destilação, a simples e a fracionada, que
dependem da diferença entre os pontos de ebulição dos componentes da
misturas e do equipamento/material para realizar a destilação. [1]
O que ocorre na destilação é o aquecimento da mistura até a ebulição.
Há a formação de vapor que poderá ser apenas do componente mais volátil,
que acontecerá quando os componentes da mistura possuem pontos de
ebulição muito diferentes, ou pode ser uma mistura de vapores dos diversos
componentes, em que os componentes da mistura têm pontos de ebulição
muito próximos. No ultimo caso, a destilação simples não separa eficazmente
os componentes da mistura e deve-se utilizar a destilação fracionada. [1]
1.1 Destilação simples
A destilação simples permite separar componentes cujos pontos de
ebulição diferem, pelo menos, de 30 °C, pois com esta diferença de
temperatura não há o risco dos vários componentes evaporarem juntos e
voltarem a condensar novamente. Um dos componentes evapora muito mais
cedo do que o outro, separando-se. [1]
Os equipamentos laboratoriais para destilação são, em essencial, balões
de destilação, em vidro, que podem ser peças de corpo único, como
as retortas, ou equipamentos de várias peças que encaixam umas nas outras.
[1]
O soluto, com ponto de ebulição mais elevado do que o solvente, fica no
balão, e não chegaa evaporar durante o processo. Consegue-se assim separar
os componentes, e recuperar os dois. [1]
No caso da utilização das retortas há uma desvantagem, pois, durante a
destilação, o tubo condensador vai aquecendo e deixa de ser eficaz para
arrefecer o vapor que se forma durante a destilação. Ele acaba por não
condensar e perde-se para a atmosfera, baixando o rendimento da destilação.
[1]
Na utilização do balão de destilação e tubo condensador como peças
individualizadas, o condensador utilizado é normalmente mais comprido do que
o tubo da retorta e pode ser arrefecido com água da torneira, na parte exterior.
Como o tubo condensador é duplo, ou seja, na parte mais interior passa o
vapor que foi produzido durante a destilação, e na parte mais exterior circula a
água de arrefecimento, isto se torna possível. Esta água mantém o tubo
condensador frio e capaz de condensar eficazmente o destilado. Na figura 1, a
seguir, pode-se visualizar a montagem para os equipamentos da destilação
simples e o nome dos respectivos componentes. [1]
Figura 1: Montagem para destilação simples. [1]
Onde, na figura, 1-Fonte de aquecimento (Bico de Bunsen); 2- Suporte
universal; 3- Placa e rede para suporte; 4- Balão de destilação; 5 -
Termômetro; 6- Tubo condensador; 7 - Extensão do condensador; 8-
Recipiente com destilado. [1]
No balão de destilação a solução a ser destilada é aquecida, e ao
aumentar a temperatura da mistura, ela chegará ao ponto de ebulição, onde o
vapor se vê forçado a passar pelo condensador. Antes de o procedimento
iniciarsãoadicionadas algumas pedras de porcelana para que não ocorra uma
turbulência de bolhas durante a ebulição. [1]
O condensador, por sua vez, é um tubo de vidro cercado por um fluxo
contínuo de água termostatizada. O vapor que provém do balão entrará em
contato com as paredes frias da vidraria e condensará. O líquido é, então,
recolhido em um recipiente adequado, e se chamará destilado, já o líquido
que continuou no balão é chamado de resíduo de destilação. [1]
1
1.2 Destilação fracionada
A destilação fracionada é utilizada quando se pretendem separar
componentes com pontos de ebulição muito próximos (menos de 30º) ou onde
não se consegue separá-los por meio da destilação simples. [1]
Na montagem para a destilação fracionada, o balão de destilação é
ligado a um tubo especial, designado colunas de fracionamento, que não
permite que os vapores dos diversos componentes saiamjuntos e antes do
tempo. Como os vapores têm que subir toda a coluna antes de entrarem no
tubo condensador, a maioria deles acaba por arrefecer e condensar antes de
sair dela e voltam para trás, caindo novamente no balão de destilação. Apenas
o mais volátil, ou seja, aquele que tem menor ponto de ebulição consegue
chegar ao topo da coluna e entrar no condensador, e isso ocorre até não haver
mais nenhuma fração do componente mais volátil. Quando ele tiver saído todo,
a mistura aquece mais um pouco, até o ponto de ebulição do segundo
componente mais volátil e o processo continua até todos os componentes
terem sido separados, saindo um de cada vez e a uma temperatura diferente.
[1]
Durante a destilação é preciso utilizar recipientes diferentes para
recolher os diversos destilados. Na figura 2, a seguir, é possível identificar a
montagem dos equipamentos para a destilação fracionada. [1]
Figura 2: Montagem para destilação fracionada [1]
O objetivo desta prática é o estudo do processo de destilação fracionada
bem como a separação de uma mistura de acetona e água, evidenciando a sua
eficácia por meio de um teste com uma solução de 2,4-dinitrofenilidrazina, que
na presença de cetonas forma precipitado e muda de coloração. [1]
2- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Neste experimento foi utilizada uma mistura denominada por A
composta por 20 mL de acetona e 50 mL de água. Além disso, organizaram-se
dois condensadores tipo bolha e uma manta térmica, para compor o aparelho
de destilação.
Colocou-se no balão de fundo redondo 70 mL da mistura A. Juntaram-se
algumas pérolas de vidro e pedaços de porcelana. Depositou-se o balão em
uma manta de aquecimento. Efetuou-se a regulagem da saída de água até que
se estabeleceu um fluxo contínuo de água pelo condensador. Controlou-se a
temperatura do banho de aquecimento por meio de um termômetro situado no
topo da coluna. Em seguida iniciou-se a destilação aquecendo lentamente a
mistura. Recolheram-se frações de 5 mL nos tubos de ensaio controlando a
temperatura de cada fração recolhida e adicionando três gotas do indicador
2,4-dinitrofenildrazina.
3- RESULTADOS E DISCUSSÃO
O sistema de destilação utilizado está representado na figura 3.
Figura 3 – Sistema de destilação utilizado.
Colocou-se a solução de acetona dentro do balão volumétrico e pôs-se
para aquecer, quando esta começou a ferver, foi anotada sua temperatura,
55˚C. Assim, foram coletadas 4 amostras de 5mL do último condensador de
bolha. Em cada amostra adicionou-se 2 gotas de solução de 2,4-
dinitrofenilidrazina.
A figura 4, a seguir, mostra as amostras com a solução de 2,4-
dinitrofenildrazina.
Figura 4- Amostras de titulado de acetona com água e solução de 2,4-
dinitrofenildrazina.
Na destilação ocorre um processo de transferência de calor da manta
para a solução, fazendo esta receber energia. A diferença de ponto de ebulição
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dos dois líquidos misturados fará com que possa ser feita a separação desses.
No caso, a acetona tem ponto de ebulição de 56 °C e água de 100˚C, assim
em uma temperatura entre 56˚C - 99˚C teríamos a extração da acetona, e de
mais de 100˚C a evaporação dos dois líquidos.
No experimento, a temperatura foi mantida constante após a solução
começar a ebulir, no caso 55˚C. Assim, para comprovar que a destilação era
eficiente, misturou-se a solução de 2,4-dinitrofenildrazina para que parte da
acetona precipitasse, pois 2,4-dinitrofenildrazina indica a presença de cetonas.
Como se pode observar na figura 4, a primeira amostra têm mais precipitado
que a segunda, e segunda mais que a terceira, e assim por diante. Ou seja, a
acetona foi extraída em maior quantidade que da água.
Junto com a extração também houve um pouco de água junto, mesmo
esta não estando a 100˚C, devido a algumas moléculas de acetona levarem de
“arrasto” algumas moléculas de água.
4- CONCLUSÃO
Concluiu-se que, à medida que o tempo passava a eficiência do
processo de destilação diminuía devido à menor precipitação de acetona
observada no decorrer do processo, por meio do uso do indicador 2,4-
dinitrofenildrazina. Pode-se explicar essa queda de eficiência pela possível
presença de água no destilado, mesmo esta não estando à sua temperatura de
ebulição. Deve-se levar em conta que o equipamento utilizado não estava
totalmente de acordo com o necessário para o processo de separação.
5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Simões, T. S., Queirós, M. A. e Simões, M. O. (1999) - Técnicas
Laboratoriais de Química - Bloco I. Porto Editora.