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Relatório e Contas 2016 Águas de Gaia é uma Empresa Municipal da

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Relatório e Contas

2016

Águas de Gaia é uma Empresa Municipal da

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RELATÓRIO E CONTAS 2016

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ÁGUAS DE GAIA, EM, SA

Rua 14 de outubro, 343

4430-050 VILA NOVA DE GAIA

www.aguasgaia.pt

Empresa Municipal, SA - Capital Social EUR 54 000 000,00

N.º de Matrícula/NIPC: 504 763 202 da C.R.C. de Vila Nova de Gaia

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Conselho de Administração

Eng.º Serafim Silva Martins (Presidente)

Dr. Miguel Marques de Lemos Rodrigues (Administrador Executivo)

Dr. Amadeu José Guimarães Campos (Administrador Não Executivo)

Fiscal Único

Rodrigo, Gregório & Associado SROC, Lda

Assembleia Geral

Constituída de acordo com o artigo 9.º dos Estatutos da Empresa

ÓRGÃOS SOCIAIS

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Mensagem do Conselho de Administração

Em 2016 verificou-se o acentuar da tendência de abrandamento da economia mundial com o Produto

Interno Bruto (PIB) global a crescer 3,1%, de acordo com a estimativa do Fundo Monetário Internacional

(FMI). É uma evidência que, em termos globais, 2016 foi um ano marcado pela “estagnação do

comércio mundial”, por “investimento abaixo do previsto” e por “elevada incerteza política”, segundo

o “Outlook Economic Prospects” publicado no início de 2017 pelo Banco Mundial.

Desde o início da crise financeira que se tem verificado anos bastante complexos para famílias, Estados

e empresas, mas é incontornável que em 2016 foi invertida a tendência de recuperação registada

desde 2014: as economias mais avançadas do mundo cresceram menos 0,3% do que há dois anos atrás,

o mesmo aconteceu com as economias em desenvolvimento que cresceram menos 0,9% quando

comparamos com igual período e a inflação mundial permaneceu em valores inferiores a 3,0%, de

acordo com a estimativa do FMI, influenciada pela evolução do preço do petróleo, que se manteve,

em boa parte do ano, em níveis baixos.

No que ao mercado doméstico diz respeito, em 2016, a taxa de crescimento da economia portuguesa

reduziu de 1,6% para 1,4%, fundamentalmente traduzindo a retração do investimento, o qual

interrompeu a tendência de recuperação delineada entre 2014-2015. Em contraste, o consumo privado

deverá ter-se mantido robusto e a procura externa líquida poderá ter tido um contributo menos

negativo do que em 2015, beneficiando do forte dinamismo do turismo. Este último fator terá sido

igualmente determinante para a melhoria do mercado de trabalho, que se traduziu no aumento dos

salários e na criação de emprego a um ritmo superior a 2015. No plano das finanças públicas, a

recuperação da atividade económica, a par com o recurso a medidas de consolidação de cariz

extraordinário, contribuiu para que o défice orçamental reduzisse de 4,4% para níveis inferiores a 3,0%

(2,3%, de acordo com a estimativa da União Europeia), o que deverá permitir a saída de Portugal do

procedimento de défices excessivos.

É neste contexto macroeconómico e com um histórico não muito longínquo de resultados negativos

(resultado do exercício de 2013 negativo, num montante de 3,9 milhões de euros), que a Empresa

apresenta pelo terceiro ano consecutivo indicadores relativos à Rentabilidade das Vendas e à

Rentabilidade dos Capitais Próprios positivos, que vão resultar naturalmente num Resultado Líquido

do Período igualmente positivo.

Podemos, pois realçar a apresentação de um Resultado Líquido do Período, um Cash-flow do Exercício,

uma Taxa Rentabilidade Interna e um EBITDA com valores positivos e em linha de conta com o ano

transato, apesar de terem sido afetados negativamente (em comparação com período homólogo) pela

amortização efetuada pela primeira vez do ativo intangível, uma obrigação legal imposta pelo Sistema

de Normalização Contabilística – SNC. É apesar deste impacto, uma satisfação para a Empresa e para

o Município, apresentar em 2016 um EBITDA de 8 281 milhares de euros.

É, pois, unanime que a Empresa apresenta uma condição de estabilidade financeira, não obstante de

manter um plano de investimentos ambicioso e do qual se destaca, a construção em 2017 do novo

edifício de atendimento municipal “PraÇa” e que permitirá melhorar o nível de serviço do

atendimento ao cliente desta empresa municipal.

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Convém ainda realçar o contínuo esforço na manutenção de uma política de desoneração dos encargos

para com os munícipes do concelho, correspondendo a uma visão estratégica sobre o enquadramento

da água enquanto bem público e uma necessidade básica para as populações, tendo-se mantido

inalterados os tarifários para 2017, prevendo-se uma redução do tarifário da recolha de resíduos

sólidos urbanos com impacto já em 2018.

De referir ainda, que 2016, fica marcado por uma profunda alteração do setor, com a aprovação dos

destaques das empresas Águas do Douro e Paiva e Simdouro da Águas do Norte, com ganhos

significativos para a gestão da Águas de Gaia e consequentemente para os munícipes gaienses. A este

propósito, convém referir que se tivermos como referência o ano de 2020, a atualização do valor da

tarifa da compra de água ao sistema em alta sofre uma redução de cerca de 25% comparando com o

tarifário estipulado pelo Decreto-lei que à época criou a Águas do Norte.

O ano de 2016 fica também marcado pela presença internacional da Empresa. Se a Águas de Gaia, EM

SA é hoje uma Empresa de referência no setor, inovadora, com provas dadas, com uma visão de futuro

e que conta com elevado reconhecimento no Concelho e no país, é igualmente motivo de orgulho

referir que estamos neste momento a desenvolver projetos internacionais que evidenciam a

competência e o conhecimento dos nossos colaboradores. Assim, é de referir o contrato de consultoria

externa celebrado com a empresa de direito angolano, Empresa Pública de Águas de Luanda – EPAL,

experiência que se tem traduzido num elevado grau de sucesso para ambas as partes.

É a esta Empresa, mas principalmente esta família que diariamente trabalha para manter os elevados

índices de qualidade, sustentabilidade e inovação e cuja marca é conhecida dos gaienses: ÁGUAS DE

GAIA!... “Empresa Local, Visão Global!”.

Por fim, o Conselho de Administração agradece publicamente ao Senhor Presidente da Câmara, não

só pela confiança demonstrada neste órgão de gestão, mas fundamentalmente pelo comprometimento

e envolvimento institucional no processo de restruturação e mudança que a empresa leva a cabo deste

2015.

Neste particular o Conselho de Administração expressa ainda o seu agradecimento:

Ao Senhor Vice-Presidente e restantes Vereadores da Câmara Municipal pelo estímulo e apoio

permanentemente assegurados e pela confiança sempre afirmada no cumprimento dos objetivos a

cumprir pela Empresa;

Ao Senhor Presidente da Assembleia Municipal e a todos os membros da Assembleia Municipal pela

colaboração prestada na procura conjunta de respostas aos problemas das populações;

Aos Senhores Presidentes das Juntas de Freguesia pela sua participação nas intervenções efetuadas

pela Empresa nas diversas freguesias do concelho;

Aos nossos clientes que continuam a demonstrar plena confiança e satisfação pela qualidade dos

serviços prestados pela Empresa, como se verifica pela sua adesão à resolução dos processos de

ligação às redes de água e de saneamento e aos programas de controlo de qualidade da água;

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Aos munícipes de Vila Nova de Gaia pela sua disponibilidade e pela adesão plena aos serviços

prestados por Águas de Gaia, EM, SA;

Vila Nova de Gaia, 30 de março de 2017

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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Principais Indicadores

2015 2016

DIMENSÃO

Capital Estatutário 54 000 54 000

Capital Próprio 66 861 66 325

Ativo Líquido Total 144 710 137 945

Proveitos Operacionais 63 821 57 449

Valor Acrescentado Bruto 18 732 17 680

Investimentos

Investimentos Fixos Tangíveis 3 643 3 024

Investimentos Fixos Intangíveis 10 9

N.º Total de Efetivos 313 310

N.º de Efetivos do Quadro 126 127

N.º de Clientes de Água 132 542 135 220

N.º de Clientes de Saneamento 129 716 131 057

N.º de Freguesias Abastecidas 15 15

Taxa de Cobertura Efetiva de Abastecimento de Água* 87

Taxa de Cobertura Efetiva de Saneamento* 84

Água Total Emitida às Redes (m3) 18 585 181 18 677 179

Água Total Faturada (m3) 13 176 952 13 315 381

Perdas de Água (m3) 3 991 979 4 003 048

Taxa de Perdas 21,5% 21,4%

Taxa de Perdas Reais 15,9% 15,8%

RENDIBILIDADE

Cash-Flow do Exercício 7 158 6 499

EBITDA 9 519 8 281

Lucro Líquido 839 228

Taxa Rentabilidade das Vendas 2,69% 0,72%

Taxa Rentabilidade Interna 23% 20%

Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) 1,3% 0,3%

PRODUTIVIDADE

N.º de Clientes por Efetivo 838 859

N.º de Efetivos por 1000 ligações 1,2 1,2

Ativo Líquido por Efetivo 462 445

Valor Acrescentado Bruto por Efetivo 59,8 57,0

Absentismo (%) 5,4 5,6

* Indicadores de cobertura efetiva dAA07 e dAR07 recomendados pela ERSAR (milhares de euros)

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Índice Mensagem do Conselho de Administração ............................................................................... 4

Principais Indicadores ....................................................................................................... 7

I. Introdução ............................................................................................................. 11

1. ........................................................................................................................... 11

2. Alteração de Estatutos ........................................................................................... 11

3. Reestruturação da dívida – Financiamento bancário de longo prazo ..................................... 11

4. Avaliação pela ERSAR da qualidade do serviço das entidades gestoras de serviços de águas e

resíduos – Realização de Auditoria ................................................................................... 11

5. Auditoria SIQAS .................................................................................................... 12

6. Atendimento ao Cliente .......................................................................................... 12

7. Tarifários ............................................................................................................ 13

8. ........................................................................................................................... 13

II. Águas de Gaia – Áreas de Atividade ............................................................................... 15

1. Distribuição de Água .............................................................................................. 15

a) Sistema de Distribuição ....................................................................................... 15

b) Água Não Faturada e Perdas Reais .......................................................................... 16

c) Qualidade da Água Distribuída ............................................................................... 16

d) Qualidade no Serviço de Abastecimento ................................................................... 17

e) Aquisição, Emissão e Consumo de Água .................................................................... 18

1) Aquisição e emissão de água .............................................................................. 18

2) Consumo de água ............................................................................................ 18

f) Balanço Hídrico ................................................................................................. 19

g) Investimento no Setor ......................................................................................... 20

2. Drenagem, Transporte e Tratamento de Águas Residuais .................................................. 21

a) Reclamações por Anomalias na Rede de Saneamento ................................................... 23

b) Receitas de Saneamento ...................................................................................... 23

c) Investimento no Setor ......................................................................................... 24

3. Sistema de Drenagem de Águas Pluviais ....................................................................... 24

4. Resíduos Sólidos Urbanos ......................................................................................... 25

5. Limpeza e Manutenção de Rios e Ribeiras .................................................................... 26

a) Rios e Ribeiras .................................................................................................. 26

b) Centro de Educação Ambiental das Ribeiras de Gaia - CEAR ........................................... 26

6. Gestão de Zonas Balneares e Praias ............................................................................ 27

a) Orla Marítima .................................................................................................... 27

b) Campanha Bandeira Azul ...................................................................................... 27

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c) Qualidade das Águas e Areias Balneares ................................................................... 28

d) Praia Acessível, Praia para Todos ........................................................................... 28

e) Zonas Fluviais ................................................................................................... 29

III. Estação Litoral da Aguda ......................................................................................... 30

IV. Estrutura Organizativa ............................................................................................ 32

1. Recursos Humanos ................................................................................................. 32

a) Quadro de Pessoal .............................................................................................. 32

b) Distribuição do Pessoal por Centros de Custo ............................................................. 32

c) Indicadores dos Recursos Humanos .......................................................................... 33

d) Formação Profissional ......................................................................................... 33

e) Acordos com o IEFP ............................................................................................ 33

f) Estágios Profissionais .......................................................................................... 33

g) Estágios Curriculares ........................................................................................... 34

h) Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho .................................................................. 34

2. Meios Tecnológicos e Sistemas de Informação ............................................................... 35

a) Sistemas de Informação ....................................................................................... 35

b) Sistema de Telemetria e Análise de Dados ................................................................ 36

c) Gestão Energética .............................................................................................. 36

V. Ação Jurídica e Contencioso ........................................................................................ 38

VI. Situação Económica e Financeira ............................................................................... 39

1. Ativo ................................................................................................................. 39

Ativo Não Corrente ................................................................................................... 39

Ativo Corrente ......................................................................................................... 40

2. Capital Próprio ..................................................................................................... 41

3. Passivo ............................................................................................................... 41

Passivo Não Corrente ................................................................................................ 41

Passivo Corrente ...................................................................................................... 42

4. Indicadores do Balanço ........................................................................................... 43

5. Resultados do Período ............................................................................................ 44

a) Rendimentos ..................................................................................................... 44

b) Gastos ............................................................................................................ 46

6. Principais Indicadores ............................................................................................. 48

a) Indicadores Financeiros ....................................................................................... 48

b) Indicadores Económicos ....................................................................................... 48

c) Produtividade ................................................................................................... 49

VII. Dívidas em Mora à Segurança Social ........................................................................... 50

VIII. Artigo 397.º do Código das Sociedades Comerciais .......................................................... 51

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IX. Factos Relevantes Após o Termo do Período ................................................................. 52

X. Perspetivas para o Ano 2017 ........................................................................................ 53

XI. Proposta de Aplicação dos Resultados ......................................................................... 58

XII. Demonstrações Financeiras ...................................................................................... 59

XIII. Certificação e Parecer do Fiscal Único ........................................................................ 60

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I. Introdução

1. No cumprimento do disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 13.º dos Estatutos desta Empresa, o

Conselho de Administração de Águas de Gaia, EM, SA apresenta o Relatório de Gestão e Demonstração

Económica referente ao ano de 2016, bem como proposta de aplicação dos resultados.

O presente Relatório de Gestão do Conselho de Administração é acompanhado da Certificação e

Parecer do Fiscal Único, conforme previsto na alínea j) do n.º 4 do artigo 17.º dos já referidos

Estatutos.

2. Alteração de Estatutos De acordo com o Processo de Reestruturação desta Empresa Municipal, submetido pela Câmara

Municipal à Assembleia Municipal e por esta última aprovado na reunião de 4 de dezembro de 2014,

procedeu-se à alteração dos Estatutos e alteração da denominação social, por escritura pública

realizada em 08/01/2016, passando a Empresa a designar-se por Águas de Gaia, EM, SA.

3. Reestruturação da dívida – Financiamento bancário de longo prazo Enquadrado no processo global de reestruturação da empresa, durante 2015 encetou-se a negociação

com a banca para reestruturação da divida bancária existente de forma a transformá-la num único

empréstimo, com um prazo mais alargado, 180 meses, e com melhores condições de preço, spread

2,75%, conseguindo-se desta forma uma redução significativa dos encargos anuais com o serviço da

divida bancária.

Em 18 de dezembro de 2015, foi assinado o contrato de mútuo no montante de 49 000 000,00 euros

com o sindicato bancário liderado pelo BPI, com seguinte percentagem correspondente em relação ao

montante global do empréstimo:

BPI 16 500 000,00 33,7%

CGD 12 250 000,00 25%

Crédito Agrícola 12 250 000,00 25%

Banco Popular 5 000 000,00 10,2%

Novo Banco 3 000 000,00 6,1%

Decorrente de atrasos na formalização do empréstimo sindicado, a utilização do empréstimo de

49 000 000,00 euros por Águas de Gaia ocorreu a 5 de fevereiro de 2016, tendo-se nessa data pago

todas as dívidas bancárias pré-existentes e constituído uma conta reserva de 1 697 668,43 euros.

4. Avaliação pela ERSAR da qualidade do serviço das entidades gestoras

de serviços de águas e resíduos – Realização de Auditoria Dando continuidade ao processo de avaliação da qualidade dos serviços de águas e resíduos prestados

aos utilizadores pelas Entidades Gestoras, iniciado em 2012, no âmbito das atuais competências da

ERSAR, que incluem a regulação da qualidade de serviço prestado aos utilizadores pelas entidades

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gestoras em Portugal Continental e a sua comparação e divulgação pública, nos dias 2 e 3 de junho de

2016 a ERSAR, realizou uma auditoria a esta Empresa de validação dos dados reportados em março,

para efeito de avaliação da qualidade do serviço prestado em 2015 nas atividades reguladas,

abastecimento público de água, saneamento de águas residuais urbanas e gestão de resíduos urbanos.

A auditoria incidiu sobretudo nas áreas do abastecimento de água e do saneamento de águas residuais,

tendo sido, igualmente, validados alguns dados relativos à gestão de resíduos urbanos. Foram

prestados os esclarecimentos necessários relativos aos procedimentos e conceitos de gestão da

Empresa, tendo decorrido de forma muito satisfatória e construtiva.

5. Auditoria SIQAS Certificada em Qualidade e Ambiente desde 2001 e em Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho desde

2003, a Empresa foi objeto de auditoria de recertificação pelo organismo certificador LUSAENOR,

tendo sido evidenciada a eficácia na implementação dos sistemas, a dinâmica de melhoria contínua,

a conformidade com os requisitos das normas NP EN ISO 9001, NP EN ISO 14001 e OHSAS 18001 e a

excecional integração dos três sistemas.

Iniciado um novo ciclo de certificação, com a duração de 3 anos (2015 a 2017) com a avaliação dos

três sistemas de gestão: Qualidade, Ambiente e Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, na avaliação

de acompanhamento de 2016, realizada em 24, 25 e 26 de outubro, o organismo certificador

considerou que as metodologias e ferramentas implementadas na organização no âmbito dos três

sistemas de gestão da Qualidade, do Ambiente e de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, e na sua

forma integrada Qualidade, Ambiente e Segurança (SIQAS), foram as mais adequadas, face ao grau de

cumprimento e melhoria contínua, recomendando a manutenção sua certificação.

6. Atendimento ao Cliente Uma vez consolidado o processo de resposta mais célere e eficaz no atendimento aos clientes que se

deslocam aos balcões da Empresa, todos os esforços foram orientados para significativa melhoria na

qualidade desse atendimento, nomeadamente mais e melhor informação, incluindo esclarecimentos

da vantagem de adesão à fatura eletrónica.

Registou-se uma melhoria no procedimento da “Cobrança Centralizada”, mediante contrato celebrado

diretamente com entidade bancária, através de concurso público, facilitando a comunicação entre o

Banco da conta suporte e Águas de Gaia, traduzindo-se numa alteração dos canais de cobrança com

menores custos para a Empresa e rapidez na resolução de problemas.

Com o novo equipamento telefónico instalado, foi otimizada a comunicação Cliente/ Empresa com a

prestação de informação mais rápida, pormenorizada e completa, evitando deslocações do cliente aos

balcões de atendimento. Assinalou-se uma significativa diminuição dos tempos de espera na

comunicação via telefone.

Na comunicação escrita com o cliente houve uma insistência no envio de Avisos, lembrando faturas

em dívida, evitando a acumulação da mesma e consequente diminuição do envio dessas faturas para

Execução Fiscal, que para além de mais moroso, onera o valor a pagar pelo cliente, sem deixar de ter

em consideração as imposições legais e prazos respetivos.

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7. Tarifários Na prossecução da política social do Município, a empresa manteve em 2016 os benefícios às famílias

carenciadas através da aplicação de um Tarifário Social e também o apoio às famílias numerosas

mantendo o Tarifário Familiar, criado no ano de 2006, para clientes cujos agregados familiares sejam

constituídos por mais de quatro pessoas. Neste âmbito social destaca-se o acompanhamento e apoio

dado às famílias com maiores carências permitindo o pagamento da dívida de água através de acordos

de pagamento em prestações mensais.

8. Em 2016 a Empresa investiu 3 024 milhares de euros. A repartição pelos diferentes setores de atividade

foi a seguinte:

Investimento por Setores 2014 2015 2016

Água 1 310 1 745 1 280

Saneamento 700 560 546

Parque Biológico 149 2 0

Estação Litoral da Aguda 0 0 0

Águas Pluviais 807 851 972

Ribeiras e Atividades Assessórias 66 18 0

Setor Administrativo 136 210 92

Transporte 14 219 13

Setores Complementares 37 29 110

Intangível 1 10 9

Financeiro 1 9 2

Total 3 221 3 653 3 024

(milhares de euros)

O Ativo Total da Empresa atingiu 137 945 milhares de euros, representando o Ativo Não Corrente cerca

de 92,3% desse valor (127 338 milhares de euros) e o Ativo Corrente os restantes 7,7% (10 607 milhares

de euros). A não concretização da transferência do património das Praias e das Ribeiras para o

Município e consequente transferência para o Ativo Fixo Tangível da Empresa implicou que o

decréscimo ocorrido no Ativo Não Corrente tenha sido inferior ao verificado em anos anteriores.

O Capital Próprio manteve-se sem grandes alterações relativamente ao ano anterior, atingindo no

final do exercício o montante de 66 325 milhares de euros.

O total do Passivo é de 71 621 milhares de euros, tendo ocorrido uma diminuição significativa no

montante de 6 228 milhares de euros, devido à conclusão, no início de 2016, do processo de

reestruturação do passivo bancário, iniciado em 2015, o que justifica as variações apresentadas na

rubrica Financiamentos Obtidos, quer no Passivo Corrente, quer no Passivo não Corrente, em 2016.

Os rendimentos da Empresa tiveram um decréscimo de 2 112 milhares de euros, face ao ano anterior,

mas o volume de negócios teve um acréscimo de 120 mil euros, atingindo 50 094 milhares de euros

justificado por ajustamentos nos tarifários. De notar que a internalização da atividade do Parque

Biológico nos Serviços Municipais, concluída em 2016, implicou que a Empresa deixasse de obter

rendimentos nesse setor.

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Os Gastos totais da Empresa, em 2016, tiveram uma redução de 1 525 milhares de euros fixando-se,

no final do período, em 61 566 milhares de euros.

O Resultado Líquido do período fixou-se em 228 milhares de euros e o Cash-flow sofreu um decréscimo

resultante da diminuição no Resultado Líquido do Período, fixando-se em 6 499 milhares de euros.

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II. Águas de Gaia – Áreas de Atividade

Águas de Gaia, EM, SA tem como missão assegurar de forma regular e contínua, e com um elevado

nível de serviço, a distribuição de água de qualidade e a drenagem e tratamento de águas residuais

produzidas no concelho, a um preço ajustado e de acordo com uma perspetiva ambiental sustentável,

bem como a gestão e exploração da rede de águas pluviais e gestão de resíduos sólidos urbanos e

limpeza pública.

1. Distribuição de Água

A Empresa tem por missão a resolução dos problemas de abastecimento de água a nível municipal,

num quadro de sustentabilidade económica, financeira e ambiental, observando elevados padrões de

qualidade.

A água, enquanto recurso natural estratégico essencial à vida, exige medidas visando a preservação

na sua utilização, impõe equidade no acesso aos serviços básicos de distribuição, promove a qualidade

ambiental e a melhoria da qualidade de vida das populações.

A Empresa abastece a população do concelho com água de qualidade, em quantidade, minimizando

as situações de interrupção no abastecimento, decorrentes de avarias, exerce uma ação vigilante

sobre as perdas no sistema, as quais representam elevados custos, promove a contenção dos consumos

domésticos procurando sensibilizar os clientes para a redução dos desperdícios e contribui para a

qualidade ambiental do concelho, situação que tem merecido o reconhecimento dos munícipes pela

qualidade do serviço de abastecimento prestado.

a) Sistema de Distribuição

O concelho de Vila Nova de Gaia tem garantido em todo o território o acesso da população ao sistema

de abastecimento de água, através de uma rede pública com 1 494 km de extensão.

Ano

Rede de Água (km)

Existente Nova Antiga

Substituída

2012 1 480,4 4,0 6,5

2013 1 490,5 10,1 1,1

2014 1 492,3 1,8 3,7

2015 1 493,4 1,1 1,4

2016 1 494,2 0,8 0,7

A rede continua a crescer na medida das necessidades da população que se vai fixando no concelho. Em 2016 foram instalados mais 0,8 km de condutas para servir novos consumidores e substituíram-se 0,7 km de condutas antigas, que as exigências de qualidade do serviço aconselham. O número de ramais executados evoluiu conforme discriminado no quadro seguinte:

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16

Água 2012 2013 2014 2015 2016

Ramais executados 321 189 194 208 210

Verificou-se ainda, no ano de 2016, um incremento muito ligeiro no número de ramais novos

executados, situação que decorrerá da falta de investimentos em novos empreendimentos

imobiliários, nos últimos anos.

Continuando uma política de satisfação aos munícipes e clientes da empresa, verifica-se que a resposta

à solicitação de instalação de contadores novos encontra-se em valores de aproximadamente 90% em

48h após o pedido tal como se verifica no quadro anexo.

Ano Tempo de resposta

1 dia %

Tempo de resposta 2 dias

% Tempo de resposta > 2 dias

% Total

contadores colocados

%

2012 4 909 79,8 700 11,4 546 8,9 6 155 100

2013 4 889 72,6 948 14,1 901 13,3 6 738 100

2014 5 497 79,4 700 10,1 725 10,5 6 922 100

2015 6 024 78,8 821 10,7 797 10,4 7 642 100

2016 4 536 76,5 607 10,2 787 13,3 5 930 100

Nota – Dias contados após reunidas as condições administrativas para a instalação dos contadores.

b) Água Não Faturada e Perdas Reais

Dando continuidade ao trabalho de redução das perdas reais, verifica-se que durante o ano de 2016

existiu uma redução das mesmas, fruto das políticas seguidas pela Empresa, nomeadamente no maior

controlo de perdas e na faturação, através da substituição de contadores, que, além da devida

imposição legal, apresentam subfacturação pela idade de serviço e volume contabilizado.

Verifica-se também um aumento das perdas aparentes, motivado pelo aumento das inspeções a

instalações prediais, detetando-se um maior número de casos fraudulentos em relação a anos

anteriores.

O quadro seguinte apresenta os índices em questão:

% 2012 2013 2014 2015 2016

Perdas Reais 15,1 15,1 15,9 15,9 15,8

Perdas Aparentes 3,3 5,0 6,4 5,5 5,6

Consumos Autorizados Não Faturados 8,9 8,7 9,4 7,6 7,3

Água Não Faturada 27,2 28,9 31,6 29,1 28,7

c) Qualidade da Água Distribuída

Garantindo o padrão máximo de qualidade da água distribuída e cumprimento dos requisitos legais, desde 2009, o grau de avaliação da qualidade da água distribuída por Águas de Gaia é de 100% do cumprimento legal, traduzido pelo cumprimento na frequência de amostragem (100% de análises obrigatórias) e na qualidade da água (100% de análises em conformidade com o valor paramétrico), sendo por isso considerada uma água 100% segura.

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Em 2016 foram disponibilizados todos os resultados analíticos, mediante a publicitação trimestral dos resultados de avaliação da qualidade da água destinada ao consumo humano, com demonstração pelo oitavo ano consecutivo de 100% de cumprimento em todos os requisitos legais de frequência e de qualidade.

Em conformidade com o Decreto-Lei nº 306/2007 de 27 de agosto, Águas de Gaia e mediante o cumprimento do Plano de Controlo de Qualidade da Água (PCQA), aprovado pela ERSAR, realizou 4 812 análises a diferentes parâmetros microbiológicos, físico-químicos e radioativos (732 CR1 - Controlo de rotina 1, 157 CR2 - Controlo de rotina 2 e 9 CI - Controlo de inspeção) em 732 pontos de amostragem nas redes prediais, distribuídos geograficamente por todo o concelho e correspondentes às torneiras dos consumidores no interior das instalações ou estabelecimentos.

Paralelamente ao PCQA, Águas de Gaia desenvolveu um Plano Operacional de Controlo de Qualidade de avaliação da água na rede pública, tendo realizado 177 recolhas de amostras de água, incluindo os parâmetros Legionella pneumophilla e glifosato, em 83 caixas de controlo de qualidade, distribuídas pelas freguesias do concelho, representativas da água armazenada nos 32 reservatórios constituintes do sistema e da água distribuída nas condutas de distribuição. No passado dia 1 de junho foi realizada uma fiscalização da ERSAR ao controlo de qualidade da água, tendo sido constatado pela ERSAR que Águas de Gaia, além da avaliação da qualidade da água “100% segura”, tem assegurado todo o processo de controlo de qualidade, quer ao nível de documentação, quer ao nível dos procedimentos implementados. A Empresa manteve em 2016 a qualificação do seu Laboratório de Contadores como “Entidade Qualificada para Reparação, Instalação e Primeira Verificação de Contadores de Água”, avaliada pelo Instituto Português da Qualidade em 14 de novembro, e a certificação dos seus Técnicos Analistas para a recolha de amostras de água, avaliados pela RELACRE - Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal.

d) Qualidade no Serviço de Abastecimento

Fruto do estabelecimento de uma maior proximidade com o cliente, decorrente da Requalificação da Central de Atendimento ao Público, foi possível uma maior participação dos nossos clientes no processo de melhoria contínua no Serviço de Abastecimento. Tal facto resulta também da evolução técnica e tecnológica, que se traduz numa maior facilidade de reportar eventuais incidentes e avarias, que nos permite uma resposta mais pronta e eficaz às crescentes exigências dos Clientes. Este processo de aproximação deverá prosseguir nos próximos anos, através da disponibilização de plataformas de comunicação mais simples e tecnologicamente mais adequadas e atrativas, privilegiando-se, assim, a satisfação dos nossos clientes.

Participações / Reclamações no Abastecimento de Água

Participações 2012 % 2013 % 2014 % 2015 % 2016 %

Fuga de Água em Boca Incêndio 172 5,0 157 5,4 171 5,3 152 4,8 199 5,7

Fuga de Água na Via Pública 952 29,0 982 33,5 1 007 31,0 952 29,8 954 27,4

Sub-total 1 124 34,0 1 139 38,8 1 178 36,3 1 104 34,6 1 153 33,1

Reclamações de Clientes

Fuga de Água no Contador 857 26,0 819 27,9 1 080 33,2 1 157 36,3 1 237 35,5

Falta de Água 293 9,0 333 11,4 359 11,0 340 10,7 341 9,8

Pavimento Abatido 57 2,0 5 0,2 3 0,1 1 0 2 0,1

Falhas de Pressão 325 10,0 299 10,2 324 10,0 275 8,6 333 9,5

Contador Encravado 112 3,0 98 3,3 92 2,8 100 3,1 108 3,1

Outras 555 17,0 240 8,2 213 6,6 214 6,7 313 9,0

Sub-total 2 199 66,0 1 794 61,2 2 071 63,7 2 087 65,4 2 334 66,9

Total 3 323 100,0 2 933 100 3 249 100,0 3 191 100,0 3 487 100

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e) Aquisição, Emissão e Consumo de Água

1) Aquisição e emissão de água

Em 2016 verificou-se um ligeiro crescimento da aquisição de água em consonância com o aumento da água faturada, o que, atendendo à diminuição do volume contabilizado em termos de consumo próprio, atesta o aumento da eficiência em termos de diminuição do volume de perdas.

Aquisição e Emissão de Água (m3)

2012 2013 2014 2015 2016

m3 % m3 % m3 % m3 % m3 %

Janeiro 1 541 015 8,5 1 448 362 7,9 1 534 053 8,4 1 524 079 8,2 1 509 679 8,1

Fevereiro 1 344 912 7,4 1 309 551 7,1 1 354 145 7,4 1 270 898 6,9 1 342 329 7,2

Março 1 523 730 8,4 1 391 086 7,6 1 387 856 7,6 1 475 218 8,0 1 590 466 8,5

Abril 1 353 416 7,5 1 515 454 8,2 1 509 536 8,2 1 519 377 8,2 1 454 978 7,8

Maio 1 500 950 8,3 1 464 069 8,0 1 456 186 8,0 1 478 364 8,0 1 531 778 8,2

Junho 1 490 792 8,2 1 512 668 8,2 1 553 391 8,5 1 811 034 9,7 1 581 087 8,5

Julho 1 738 957 9,6 1 769 169 9,6 1 579 109 8,6 1 362 213 7,3 1 728 739 9,3

Agosto 1 593 100 8,8 1 710 620 9,3 1 690 805 9,2 1 570 285 8,4 1 809 804 9,7

Setembro 1 633 721 9,0 1 600 943 8,7 1 557 397 8,5 1 692 586 9,1 1 610 506 8,6

Outubro 1 510 269 8,3 1 618 107 8,8 1 586 021 8,7 1 730 223 9,3 1 466 028 7,9

Novembro 1 442 160 8,0 1 488 728 8,1 1 487 275 8,1 1 585 994 8,5 1 580 218 8,5

Dezembro 1 453 764 8,0 1 567 450 8,5 1 601 978 8,8 1 564 910 8,4 1 471 567 7,9

Total 18 126 786 100,0 18 396 207 100,0 18 297 752 100,0 18 585 181 100,0 18 677 179 100,0

Consumo Registado:

Concelho 13 026 645 71,9 12 724 185 71,1 12 411 102 67,9 12 856 688 69,2 13 102 168 69,7 Consumo Próprio 165 950 0,9 357 883 1,9 97 544 0,5 320 264 1,7 213 213 1,1 Total Consumo 13 192 595 13 082 068 12 508 646 13 176 952 13 315 381

Água Não Faturada 4 934 191 5 314 139 5 789 088 5 408 229 5 443 324

Taxa de Perdas 27,2 28,9 31,6 29,1 28,7

Como se verifica no quadro acima, os consumos registados no exercício atingiram os 13 315 mil m3 contra 13 177 mil m3 verificados no exercício anterior.

2) Consumo de água

O consumo de água de 13 315 mil m3 assinalado em 2016 registou uma ligeira recuperação em relação

ao ano anterior:

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Consumo de Água (m3)

2012 2013 2014 2015 2016

m3 % m3 % m3 % m3 % m3 %

1- Consumo Concelho Domésticos 10 148 205 76,9 9 897 980 75,7 9 649 981 77,1 9 893 285 75,1 10 068 603 76,4 Comércio e Indústria 1 953 856 14,8 1 927 542 14,7 1 907 617 15,3 2 045 957 15,5 2 093 523 15,9 Serviços Públicos 199 817 1,5 205 547 1,6 186 747 1,5 207 551 1,6 205 517 1,6 Município e J. Freg. 555 372 4,2 513 075 3,9 492 875 3,9 522 079 4,0 557 337 4,2 Benef. e Desporto 169 396 1,3 180 042 1,6 173 882 1,4 187 815 1,4 177 188 1,3

Total 13 026 645 98,7 12 724 185 97,3 12 411 102 99,2 12 856 688 97,6 13 315 381 98,4 2 - Consumo Próprio 165 950 1,3 357 883 2,7 97 544 0,8 320 264 2,4 213 213 1,6 3 - Total Geral 13 192 595 100,0 13 082 069 100,0 12 508 646 100,0 13 176 952 100,0 13 102 168 100,0 Consumo Concelho 98,7 97,3 99,2 97,6 98,4 Consumo Próprio 1,3 2,7 0,8 2,4 1,6

100,0 100,0 100,0 100,0

O quadro abaixo explana a estrutura dos clientes de água, que, em termos globais, se distribuem do seguinte modo:

Consumo de Água (n.º clientes)

2012 2013 2014 2015 2016

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

Domésticos 120 576 90,6 120 241 90,8 120 387 91,3 121 102 91,4 123 566 91,4

Comércio e Indústria 11 587 8,7 11 269 8,5 10 565 8,0 10 531 7,9 10 638 7,9

Serviços Públicos 122 0,1 119 0,1 112 0,1 110 0,1 109 0,1

Município e J. Freg. 640 0,5 626 0,5 618 0,5 613 0,5 721 0,5

Benef. e Desporto 119 0,1 180 0,1 185 0,1 186 0,1 186 0,1

Total 133 044 100,0 132 435 100,0 131 867 100,0 132 542 100,0 135 220 100,0

O número de clientes atingiu os 135 220 no final do período de 2016, tendo a Empresa registado no período mais 2 678 clientes.

f) Balanço Hídrico

Numa primeira leitura importa referir que se manteve de 2015 para 2016 o rácio entre agua adquirida

e água faturada.

Um fator relevante a considerar será o da diminuição dos volumes relacionados com os consumos

próprios, no valor de 108 837m3. Importante será ainda salientar a redução de perdas decorrentes de

erros de medição dos equipamentos de contagem (33 122 m3), fruto do investimento da Empresa na

renovação do parque de contadores. Este facto contribuiu decisivamente para o acréscimo dos valores

faturados.

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Balanço Hídrico

Balanço Hídrico 2012 2013 2014 2015 2016

m3 % m3 % m3 % m3 % m3 %

Volume Entrado no Sistema 18126786 100,0 18396207 100,0 18297752 100,0 18585181 100,0 18677179 100,0

Consumo Autorizado 14796835 81,6 14688318 79,8 14225165 77,7 14593202 78,5 14674131 78,6

Faturado 13192595 72,8 13082068 71,1 12508664 68,4 13176952 70,9 13315381 71,3

Medido 7063793 39,0 7487399 40,7 7141784 39,0 7740110 58,7 7825969 58,8

Não Medido (estimado) 5962852 32,9 5594669 30,4 5366880 29,4 5436842 41,3 5489412 41,2

Consumo Próprio 165950 0,9 357 883 1,9 97544 0,5 320264 1,7 213213

Não Faturado (Não Medido) 1604240 8,9 1606250 8,7 1716501 9,3 1416250 7,6 1358750 7,3

Água Faturada 13192595 72,8 13082068 71,1 12508664 68,4 13176952 70,9 13315381 71,3

Perdas de Água 3329951 18,4 3707889 20,2 4072587 22,3 3991979 21,5 4003048 21,4

Perdas Aparentes 598072 3,3 921766 5,0 1165351 6,4 1029180 5,5 1043548 5,6

Consumo Não Autorizado 135810 0,7 138840 0,8 195570 1,1 174262 0,9 221752 1,2

Erros de Medição 462262 2,6 782926 4,3 969781 5,3 854918 4,6 821796 4,4

Perdas Reais 2731879 15,1 2786123 15,2 2907236 15,9 2962799 15,9 2959500 15,8

Fugas Reservatórios e Adutoras 160242 0,9 176266 1,0 175385 1,0 184154 1,0 193362 1,0

Fugas na Rede 754601 4,2 609178 3,3 613375 3,3 607710 3,3 596902 3,2

Fugas nas Ligações 2181432 12,0 1779756 9,7 1792018 9,8 1775467 9,6 1743889 9,4

Roturas 92522 0,5 220923 1,2 326458 1,8 395468 2,1 425348 2,3

Água Não Faturada 4934191 27,2 5314139 28,9 5789088 31,6 5408231 29,1 5361798 28,7

g) Investimento no Setor

Durante o ano 2016, a empresa prosseguiu com o investimento na substituição de contadores,

totalizando entre equipamentos novos e recalibrados as 22 000 unidades, tendo como finalidade a

recuperação das perdas económicas relacionadas com a submedição dos consumos de água dos

clientes.

Procedeu-se ainda, ao início da construção do novo Reservatório de Miramar, Empreitada a concluir

no final do primeiro semestre de 2017, bem como a beneficiações na estrutura e cobertura de outros,

melhorando significativamente a qualidades destas infraestruturas. Em termos de rede, salienta-se o

início da substituição da conduta adutora na Rua Nórton de Matos, freguesia de Gulpilhares.

2012 2013 2014 2015 2016

Estações Elevatórias e Reservatórios 147 79 85 278 352

Redes de Distribuição 1 264 1 104 780 875 403

Equipamento Básico e Outros 304 361 445 592 525

Total 1 715 1 544 1 310 1 745 1 280

(milhares de euros)

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2. Drenagem, Transporte e Tratamento de Águas Residuais

O sistema de saneamento de águas residuais, com uma taxa de cobertura de 84%, encontra-se

concluído e consolidado. A implementação do sistema e o alargamento a quase toda a área geográfica

do concelho, complementados pelo grau de cobertura de tratamento dos efluentes coletados, em

100%, permitiu uma forte adesão à rede pública dos alojamentos e empresas do município que e

consequentemente a garantia da qualidade dos efluentes rejeitados no meio hídrico.

Sendo agora o enfoque da Empresa a melhoria da eficiência do sistema e da qualidade dos serviços

prestados, a expansão da rede de drenagem traduz-se na resposta às necessidades da população que

pretende aceder ao serviço público de saneamento e ao atendimento a pedidos de ligação à rede, às

solicitações de privados, instituições, Juntas de Freguesia e outras entidades, interessados na

utilização deste serviço. Assim, em 2016 foram integrados na rede pública 3 300 metros de coletores

de águas residuais e construídos 160 ramais.

O número de ramais de ligação executados evoluiu conforme discriminado no quadro seguinte:

Saneamento 2012 2013 2014 2015 2016 Ramais executados 287 178 125 239 160 Ramais totais* 53 024 53 024 53 144 53 383 53 543

*Ramais totais, correspondem aos ramais associados a construções (não contabilizados os ramais instalados para

terrenos/lotes não edificados)

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Na perspetiva de melhoria da eficiência, foram também reabilitados componentes do sistema de

saneamento em 1 226 m, incluindo coletores, câmaras de visita e ramais, tendo sido utilizadas

diferentes técnicas, nomeadamente renovação, substituição e reparação, adequadas à sensibilidade

do local e ao efeito pretendido de índole hidráulico ou ambiental, e implementadas melhorias na

manutenção preventiva, expressando uma redução das ocorrências de inundações e/ou colapsos

estruturais, conforme quadro abaixo:

Ano

Rede de Saneamento em exploração (km) Ocorrências (uni)

Sistema Comprimento

da rede

Rede integrada no sistema público

no ano de referência

Rede reabilitada

Inundações Colapsos

estruturais em coletores

2012 Em baixa e alta 1 224 4 1 15 0

2013 Em baixa e alta 1 236 12 3 17 0

2014 Em baixa e alta 1 242 6 2 13 0

2015 Em baixa e alta 1 247 5 2 11 0

2016 *Em baixa ***1 054 3 1

11 0 **Em alta ***173

*Sob gestão de Águas de Gaia **Sob gestão de Águas do Norte ***Comprimentos cadastrados e registados no SIG

No quadro foi introduzida a diferenciação dos sistemas em alta e baixa, sendo que em alta corresponde

às infraestruturas de transporte, de maior dimensão (emissários, coletores gravíticos e sob pressão e

exutor) e em baixa às restantes redes coletoras, e, ainda, efetuada uma ligeira correção na extensão,

em função da inserção e registo no Sistema de Informação Geográfica.

A Empresa teve um decréscimo de clientes em 2015, devida à isenção de todos os clientes que em

2014 não tinham contrato efetivo de água e, posterior, celebração de contratos de saneamento com

os proprietários das construções localizadas em zonas não cobertas por rede pública de abastecimento

de água, mas efetivamente ligadas à rede pública de águas residuais.

Esta medida obrigou a um exaustivo trabalho de campo de levantamento porta a porta da situação

física da ligação de saneamento, que decorreu durante o ano de 2015, tendo sido somente concluído

em 2016, com resultados excelentes, 1 341 novos clientes, traduzidos no incremento, 1,02% de clientes

de saneamento.

Ano N.º Clientes Crescimento

%

2012 132 629 0,35

2013 132 645 0,01

2014 132 540 -0,07

2015 129 716 -2,13

2016 131 057 1,02

O quadro seguinte regista a evolução das novas ligações à rede pública de saneamento, tendo em

2016 sido efetuadas 512 novas ligações.

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Ano Crescimento

Novas Ligações %

2012 991 0,7

2013 735 0,6

2014 705 0,5

2015 675 0,5

2016 512 0,4

a) Reclamações por Anomalias na Rede de Saneamento

A implementação do sistema “CRM - Gestão de Contactos de Clientes” corrigiu a tipificação do

sistema, tendo sido divididos os contactos dos Clientes em informações e reclamações, sendo:

Informação – a comunicação de uma situação, pedido de informação ou sugestão apresentada

a Águas de Gaia, por qualquer Colaborador ou por qualquer outra parte interessada;

Reclamação – comunicação/ expressão apresentada a Águas de Gaia, de qualquer situação de

insatisfação ou manifesto desagrado relativamente aos produtos ou serviços prestados.

O número de reclamações efetivas foi de 4 e o número de informações de 2 027.

Reclamações*

Ano Reclamações

2012 162**

2013 21**

2014 8**

2015 8**

2016 4**

* Valores expurgados das participações internas dos serviços da Empresa ** Valores de 2012 a 2016 já de acordo com o novo sistema CRM

Em 2016, a Empresa manteve a avaliação do estado de conservação da rede, a adoção de medidas

pró-ativas na manutenção e a vigilância das equipas técnicas da Empresa, assegurando o bom

funcionamento do sistema.

b) Receitas de Saneamento

O quadro seguinte demonstra a evolução das receitas de saneamento nos últimos 5 anos, verificando-

-se um aumento no que diz respeito à tarifa de utilização por força da atualização do tarifário de

saneamento.

Receitas de Saneamento

(2012 – 2016)

2012 2013 2014 2015 2016

Tarifa de Utilização 7 189 7 212 7 017 7 434 8 343

Tarifa de Disponibilidade 6 780 6 389 6 112 6 165 6 266

Taxa de Ligação 205 151 123 157 148

Total 14 174 13 752 13 252 13 756 14 756 (milhares de euros)

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c) Investimento no Setor

Em 2016, os investimentos efetuados, distribuídos conforme mapa abaixo indicado, traduzem os

prolongamentos de rede coletora, executadas de forma a assegurar a acessibilidade física ao serviço

público de saneamento de novas construções e de locais já edificados, que foram objeto de alterações

urbanísticas ou inseridos em vias municipais requalificadas.

2012 2013 2014 2015 2016

Redes Coletoras 1 032 1 115 693 551 534

Equipamento Básico e Outros 4 0 7 9 12

Total 1 036 1 115 700 560 546

(milhares de euros)

3. Sistema de Drenagem de Águas Pluviais

No âmbito de Contratos-Programa com o Município para instalação de redes de drenagem de águas pluviais aproveitando obras de requalificação de arruamentos diversos, com o objetivo de dotar o território municipal de uma rede que assegure as melhores condições de escoamento das ruas e vias do concelho, e considerando, ainda, as obras realizadas aquando de operações de loteamentos e de obras de urbanização, bem como a execução de diversas empreitadas e obras por administração direta, foram instalados cerca de 9 550 metros de novos coletores, que visam dotar o concelho de um sistema mais eficiente de drenagem de águas pluviais.

Ano Rede nova instalada (metros)

2012 6 500

2013 10 670

2014 4 500

2015 4 750

2016 9 550

Foram realizados durante o período trabalhos de substituição de coletores em mau estado de conservação e limpezas periódicas da rede, nomeadamente em zonas críticas facilmente inundáveis, para facilitar o escoamento em ruas e vias do concelho. Em 2016 foi dada especial atenção à instalação de sargetas, reparação de caixas de visita e pavimentos em diversos pontos da rede de drenagem de águas pluviais. Também foi dada uma atenção acrescida à reformulação e remodelação de passagens hidráulicas com histórico de transbordo tendo em vista a melhoria das condições de circulação das vias associadas a essas passagens hidráulicas. Em 2016 deu-se inicio ao processo de revisão do cadastro existente da rede de drenagem de águas pluviais, com especial ênfase nas zonas com maior densidade populacional e áreas suscetíveis de ocorrência de fenómenos de inundação. Atendendo à crescente impermeabilização dos solos, iniciaram-se estudos de bacia tendo em vista a minimização dos impactos de linhas de água urbanas em situações de precipitação intensa.

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4. Resíduos Sólidos Urbanos

A atividade de gestão de resíduos sólidos urbanos constitui um serviço público de carácter estrutural, essencial ao bem-estar geral, saúde pública e proteção do ambiente, devendo pautar-se por princípios de universalidade de acesso, de continuidade, qualidade e eficiência. Nos termos do art.º 3 dos Estatutos é competência da Empresa a gestão e exploração do sistema municipal de resíduos sólidos urbanos, abrangendo designadamente o conjunto de atividades de carácter técnico, administrativo e financeiro, necessárias à deposição, recolha, transporte, tratamento, valorização e eliminação dos resíduos, incluindo o planeamento e a fiscalização dessas operações, bem como a monitorização dos locais de destino final, depois de se proceder ao seu encerramento, nos termos definidos no contrato de cessão contratual celebrado com o Município e a SULDOURO, bem como com a SUMA. Compete à Empresa assegurar a gestão e acompanhamento dos contratos de prestação de serviços celebrados com a empresa SUMA e SULDOURO, relativos à recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos (RSU), bem como o integral cumprimento dos referidos contratos, respeitando a legislação em vigor, bem como as recomendações emanadas pela entidade reguladora. A gestão financeira, a fiscalização e controlo da prestação de serviços de recolha, transporte, tratamento e valorização dos resíduos sólidos urbanos, assegura a manutenção eficaz deste serviço de interesse público, sendo uma preocupação permanente o respetivo equilíbrio financeiro dos compromissos assumidos. É igualmente função da Empresa garantir a continuidade e a qualidade dos serviços prestados no concelho, assegurar a informação e sensibilização dos utentes do serviço, elaborar propostas que permitam desincentivar a produção de resíduos e realizar estudos e experiências piloto relacionados com a recolha e deposição dos resíduos. A gestão da recolha indiferenciada engloba os resíduos sólidos urbanos de origem doméstica, comercial e industrial unicamente quando equiparados a urbanos na sua composição e quantidade.

Evolução da quantidade recolhida de resíduos sólidos urbanos (Ton.) 2012 2013 2014 2015 2016

Vila Nova de Gaia 127 597 123 043 125 070 124 025 124 985

Durante o ano 2016, no concelho de Vila Nova de Gaia, foram recolhidas 124 985 toneladas de resíduos

sólidos urbanos e equiparados a urbanos o que representa um ligeiro aumento face aos valores

verificados em 2015.

Decorreu com normalidade a gestão das competências delegadas, continuando em evolução favorável

a prestação de serviços de recolha e transporte dos resíduos sólidos urbanos, agora da responsabilidade

desta Empresa, que assegura a manutenção eficaz deste serviço prestado à população do concelho,

numa perspetiva de continuada melhoria ambiental do território municipal. Nesse pressuposto, tem-

se vindo a considerar, em coordenação com os demais departamentos municipais, algumas alterações

na melhoria dos equipamentos, bem como uma mais adequada distribuição dos mesmos na área do

concelho.

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5. Limpeza e Manutenção de Rios e Ribeiras

Durante o ano de 2016, a Empresa continuou com o projeto de limpeza e desobstrução, reabilitação

e renaturalização das linhas de água que atravessam o concelho.

Estas intervenções nas linhas de água, conjuntamente com a eliminação das fontes de poluição, são

importantes para a melhoria deste ecossistema sensível.

De realçar a importância das intervenções de limpeza e desobstrução de linhas de água na mitigação

de cheias e inundações de arruamentos e moradias em alturas de maior precipitação.

À semelhança dos anos anteriores, o Setor de Reabilitação de Ribeiras e Praias acolheu funcionários

provenientes do Programa de Reinserção Social (Ministério da Justiça e IEFP), dirigido a

desempregados beneficiários do Rendimento Social de Inserção.

a) Rios e Ribeiras

Durante o ano de 2016, a Empresa prosseguiu a realização de trabalhos de limpeza e desobstrução,

reabilitação e renaturalização de rios e ribeiras.

Do conjunto de intervenções realizadas, de realçar a requalificação da linha de água junto à Rua

Calçada Romana, São Félix da Marinha, com alteração da passagem hidráulica e estabilização de

margens da ribeira do Prego.

No seguimento de projetos de requalificação realizados anteriormente, foram realizadas intervenções

de requalificação em troços das ribeiras de Canide (Paniceiro) e Ralo.

Procedeu-se, igualmente, a trabalhos de manutenção de espaços requalificados, por exemplo do

parque de São Caetano, Vilar do Paraíso, e recuperação de estruturas danificadas pelo caudal de

Inverno.

b) Centro de Educação Ambiental das Ribeiras de Gaia - CEAR

O Centro de Educação Ambiental das Ribeiras de Gaia é um equipamento de educação ambiental que

tem desempenhado ao longo dos anos um papel importante nesta área.

No ano de 2016, o CEAR registou um número total de 2 894 visitantes. Conforme apresentado no

quadro que se segue, os visitantes integraram-se nos programas de educação ambiental realizados

pelo CEAR e pelas visitas livres.

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Ano

N.º Visitantes

Geral

Programas

de

Educação

Ambiental

TIN Total

2012 1 050 590 40 3 150

2013 1 190 603 196 3 097

2014 819 774 16 2 871

2015 813 3 221 208 4 242

2016 819 2 075 - 2 894

Nota:

TIN – Trilhos de Interpretação da Natureza, em parceria com a Estação Litoral da Aguda

6. Gestão de Zonas Balneares e Praias

a) Orla Marítima

Na área da gestão das zonas balneares e praias, foram realizadas intervenções de melhoramento das áreas envolventes à praia, como acessos, infraestruturas de apoio e sinalização. Em parceria com a Unidade de Saúde Familiar da Aguda, a Empresa promoveu, na época balnear de 2016, uma campanha de sensibilização, designada “Rastreio de Verão”. Esta campanha consistiu na realização de uma campanha de Rastreio de hipertensão, obesidade e diabetes em três zonas balneares de Vila Nova de Gaia (Aguda, Senhor da Pedra e Lavadores), entre 18 de julho e 26 de agosto, e um fim-de-semana de Rastreio de Saúde na Unidade de Saúde Familiar da Aguda, nos dias 16 e 17 de julho. No âmbito das responsabilidades desta Empresa na gestão do passadiço e zonas balneares, procedeu--se ao lançamento de APP para os utilizadores das nossas infraestruturas. Desse modo, poderão reportar anomalias, permitindo uma resposta mais eficaz nos trabalhos de manutenção corretiva das mesmas. O ano de 2016, foi também bem-sucedido no que se refere à implementação do Plano Integrado de Salvamento, num esforço de coordenação com os concessionários, com a Capitania e com a APA – Agência Portuguesa do Ambiente. Nesse âmbito, acrescentou-se ao dispositivo habitual duas moto- -quatro, que permitem uma mais célere resposta às solicitações. Por forma a dinamizar a animação nas zonas balneares, a Empresa estabeleceu diversas parcerias com entidades relacionadas com atividades lúdicas e desportivas, nomeadamente na área da prática do Surf e do Voleibol de Praia.

b) Campanha Bandeira Azul

Na época balnear de 2016, como em anos anteriores, 18 zonas balneares de Vila Nova de Gaia foram distinguidas com o galardão da Bandeira Azul, pelo cumprimento de todos os requisitos estabelecidos pela Associação Bandeira Azul, na área da educação ambiental, qualidade da água balnear, gestão da zona balnear, serviços e segurança.

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Na campanha de Educação Ambiental foram realizadas variadas Atividades de Educação Ambiental nas praias do concelho, com a participação de numerosos grupos escolares, jardins-de-infância e associações ligadas à terceira idade, do concelho e de toda a região Norte. Estas Atividades de Educação Ambiental representam uma condição fundamental para o sucesso desta campanha e de distinção das zonas balneares do concelho.

c) Qualidade das Águas e Areias Balneares

A campanha de monitorização da qualidade da água balnear foi realizada em todas as zonas balneares

do concelho. Os resultados e frequência desta campanha são apresentados no quadro seguinte:

Água Balnear

Semana de monitorização

Junho Julho Agosto Setembro

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 1ª 2ª

Lavadores

Salgueiros

Canide-Norte

Canide-Sul

Marbelo

Madalena-Norte

Madalena-Sul

Valadares-Norte

Valadares-Sul

Dunas Mar

Francelos

Francemar

Sãozinha

Senhor da Pedra

Miramar

Mar e Sol

Aguda

Granja

S. Félix da Marinha Resultados da campanha de monitorização da qualidade da água balnear

Legenda: - Valores inferiores aos valores limite

No ano de 2016, esta Empresa fomentou novamente uma campanha de monitorização da qualidade das areias nas praias da Aguda, Miramar e Canide Norte.

d) Praia Acessível, Praia para Todos

Como em anos anteriores, as praias da Aguda, Senhor da Pedra, Miramar, Valadares Sul e Canide Norte

representaram o município no Projeto “Praia Acessível- Praia para Todos”.

Nestas zonas balneares, promovendo a oportunidade das pessoas com mobilidade condicionada de

usufruírem plenamente das nossas praias, disponibilizou-se um conjunto de equipamentos e meios de

apoio a estes utentes.

Os equipamentos disponibilizados incluíram rampas de acesso à praia, passadeiras de acesso à água,

instalações sanitárias adaptadas e cadeiras de rodas anfíbias para banhos. Um serviço essencial

existente nestas praias é o serviço de apoio a banhos, realizado por bombeiros com atuação nas zonas

destas praias.

A qualidade dos Projetos apresentados nas várias praias foi amplamente reconhecida, merecendo, no

caso particular da praia de Valadares Sul, o primeiro prémio do concurso patrocinado pelo Instituto

Nacional para a Reabilitação, “Praia + Acessível 2016”.

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e) Zonas Fluviais

No período da época balnear de 2016, foram instaladas infraestruturas de apoio balnear nos areinhos

de Oliveira do Douro, Avintes, Arnelas e Crestuma. Nestes espaços foram instalados sanitários e

sistemas de assinalamento de áreas balneares, assim como foi garantida a vigilância com Nadadores-

-Salvadores.

Neste período foi, igualmente, realizada uma campanha de monitorização da qualidade da água destas

zonas.

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III. Estação Litoral da Aguda

Em 2016 foram registadas na Receção/Loja-do-Mar 12 954 visitas totais, distribuídas por 10 304

entradas pagas e 2 650 entradas gratuitas. O número de visitantes recuperou face ao ano anterior,

com mais 3 705 entradas do que em 2015 (28 %).

O Aquário recebeu peixes vindos: do Instituto Galego de Formación em Acuicultura IGAFA na Isla de

Arousa, Galiza (Gorazes); da pesca com arte Xávega de Espinho (Raias, Ruivos, Rodovalhos e Pregados);

e do portinho de S. Jacinto na Ria de Aveiro (Bogas, Fanecas, Salemas).

A coleção do Museu das Pescas foi enriquecida com alguns anzóis romanos das épocas de 100 a 600

anos d.C., uma armadilha sueca e uma fisga para enguias da Alemanha do século XIX.

Em 2016 a ELA continuou a disponibilizar os seus Programas Pedagógicos para jardins-de-infância,

escolas primárias e secundárias, universidades e o público em geral, abrangendo todas as classes

etárias e todos os níveis de ensino:

O programa «Contos do Mar» é destinado a crianças entre três e seis anos e tem como objetivo

despertar uma consciência ecológica e ambiental. Desde o seu início em 2003, foi frequentado

por 14 696 crianças. Em 2016 participaram 517 crianças em 21 sessões.

O programa «Turma do Mar» é dirigido às crianças de seis a doze anos, e transmite

conhecimentos básicos sobre Biologia e Ecologia Marinhas e Oceanografia Física. Iniciado em

2004, atraiu até agora 11 856 crianças. Em 2016 participaram 517 crianças em 24 sessões.

2016 foi o 20º ano de funcionamento do programa «Educação Ambiental no Litoral»,

frequentado por um total de 16.234 alunos, distribuídos por 743 sessões. Em 2016 participaram

288 alunos em 15 sessões.

O programa «Trilho de Interpretação da Natureza» é desenvolvido em conjunto com o Centro

de Educação Ambiental das Ribeiras CEAR. Nos seus onze anos de funcionamento registou 163

visitas que envolveram 4 255 participantes. Em 2016 participaram 69 alunos em cinco sessões.

O programa «Litoral em Mudança» atraiu desde o seu início em 2007 um total de 1 111 alunos,

distribuídos por 58 sessões. Em 2016 participaram 12 alunos numa sessão.

No fim de 2016 realizaram-se duas sessões experimentais de um novo programa «O que o Mar

nos traz» (a ser desenvolvido em 2017) com 23 a 25 crianças e 3 adultos, tendo sido convidado

o “Jardim de Infância da Aguda”.

Em 2016 foram realizadas 23 «Visitas Guiadas» ao Aquário e Museu das Pescas, com duração

de meia hora cada, e uma visita guiada com duração de uma hora, na sua maioria para

estabelecimentos de ensino.

Pelo 17º ano consecutivo, a ELA participou nas atividades da «Biologia no Verão» do programa

Ciência Viva, com oito sessões de formação e 73 participantes.

No âmbito do programa da «Universidade Júnior 2016», organizado pelo Instituto de Ciências

Biomédicas Abel Salazar ICBAS da Universidade do Porto, a ELA foi visitada por 242

participantes, distribuídos por 18 sessões.

No âmbito do protocolo de colaboração sobre a ELA, celebrado entre a Câmara Municipal de Vila Nova

de Gaia e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar ICBAS da Universidade do Porto em 1997,

foram lecionadas as seguintes aulas teórico-práticas do Ensino Superior pelo Prof. Doutor Mike Weber

(MW) e pelo Doutor José Pedro Oliveira (JPO): Licenciatura em Ciências do Meio Aquático - “Biologia

dos Vertebrados” (22 horas, MW); “Tecnologia das Pescas” (35 h, MW); “Ecologia Aquática” (49 h,

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MW); Veterinária - “Peixes, Tubarões, Raias, Mixinas e Lampreias” (2 x 3 h, MW); Mestrado em Ciências

do Mar e Recursos Marinhos - “Introdução à Biologia e Ecologia marinhas (50 h, MW); “Produção de

Peixes Ornamentais” (50 h, JPO).

Na área da Investigação Científica continuaram os projetos «Pesca experimental e comercial,

recaptura, cultivo e repovoamento do Lavagante europeu (Homarus gammarus) no mar da Aguda»

(MW, JPO).

Em paralelo está a ser realizado o projeto do livro «A história do anzol no mundo», no âmbito da área

de Tecnologia das Pescas (MW).

Em 2016 foram lançadas quatro Publicações: um resumo (abstract) de conferência num Simpósio

Internacional, dois artigos de divulgação científica em revistas nacionais e um livro:

SANTOS, A. & M. WEBER (2016) O cultivo do Burrié (Littorina littorea). Parques e Vida

Selvagem, Ano XIV, 49: 32-33.

WEBER, M. (2016) Marine Environmental Education: a successful case study. Front. Mar. Sci.

Conference Abstract: XIX Iberian Symposium on Marine Biology Studies: 1 p.

WEBER, M. (2016) A Estação Litoral da Aguda. Revista da Marinha 993: 30-33.

WEBER, M., P. JESUS & A. SANTOS (2016) Cem Anos na Praia da Aguda, 1888-1988. 2ª ed.,

Edições Afrontamento, Porto: 248 pp., ISBN 978-972-36-1502-9.

Decorreu entre 1 de março e 30 de setembro o 1º Concurso Fotográfico com o tema “A vida nos

aquários da ELA”, sendo o 1º prémio fixado em 500 €.

O curso para obtenção da Cédula Marítima da responsabilidade do FORMAR para 14 participantes, na

maioria pessoas da Praia da Aguda, culminou com a entrega dos diplomas no dia 27 de maio na

presença do Senhor Adjunto do Secretario do Estado das Pescas, António Parada, da Diretora do

FORMAR, Dr.ª Olga Vide, e do Administrador de Águas de Gaia, Dr. Miguel Lemos.

No dia 24 de setembro, o Aquário da ELA foi palco de uma palestra do Diretor da APA - Direção Norte,

Eng.º Pimenta Machado, sobre os futuros projetos do Litoral Norte, seguida por intervenções do

Presidente da CMG, Prof. Eduardo Vítor Rodrigues, e do Ministro do Ambiente, Eng.º João Pedro Matos

Fernandes. Nesta apresentação estiveram presentes vários autarcas da costa norte de Portugal e

outras personalidades.

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IV. Estrutura Organizativa

1. Recursos Humanos

a) Quadro de Pessoal

Durante o ano de 2016 o mapa de pessoal da Empresa manteve-se estável, tendo o exercício terminado

com 310 trabalhadores, distribuídos por vínculo profissional da seguinte forma:

Vínculo 2015 2016

Efetivos pertencentes ao Quadro do Município 163 159

Efetivos do Quadro da Empresa 126 127

Contratados a Termo Certo 24 24

Total 313 310

b) Distribuição do Pessoal por Centros de Custo

Direções Centros de Custo 2015 2016

Quadro de Pessoal 2016

Dirigente Téc. Sup. / Téc.

Téc. Prof. / Adm.

Operár. e

Auxil.

Águas

de

Abastecimento

Reservatórios 4 3 3

Exploração e Manutenção Redes Água 65 64 5 8 51

Oficinas e Setores Auxiliares 19 17 1 16

Parque Automóvel 8 7 7

Total 96 91 0 5 9 77

Águas Residuais Exploração e Manutenção Redes Saneamento 43 41 1 3 10 27

Total 43 41 1 3 10 27

Águas Pluviais e Estações

Manutenção Estações Elevatórias 5 5 5

Redes Coletoras 16 18 1 1 16

Resíduos Sólidos Urbanos 9 9 1 8

Reabilitação Ribeiras / Requalificação Praias 14 15 2 13

CEAR – Centro Educação Amb. Ribeiras Gaia 1 2 1 1

Total 45 49 1 3 2 43

Estação Litoral da Aguda Estação Litoral da Aguda 9 8 1 2 2 3

Parque Biológico Setor de Educação Ambiental 3

Económica e Financeira Setores de Contabilidade e Financeiro e Armazém

21 21 2 5 10 4

Comercial e Atendimento Centro Atendimento, Leitura Contadores e Marketing e Imagem

42 44 1 4 12 27

Projetos e Obras Projetos e Obras 17 17 1 5 11

Gabinete Inovação e Desenvolvimento Negócio

Gabinete Inovação e Desenvolvimento do Negócio

2 3 3

Gestão de Recursos Humanos Recursos Humanos/Secretaria-Geral 23 24 3 12 9

Gestão das TI/SI Informática 4 4 3 1

Gabinete Jurídico Contencioso e Gabinete Jurídico 4 4 1 3

Núcleo Qualidade Ambiente Segurança

Núcleo da Qualidade, Ambiente e Segurança 4 4 3 1

Total 129 129 6 31 49 43

Total Geral 313 310 8 42 70 190

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c) Indicadores dos Recursos Humanos

2015 2016

N.º Trabalhadores 313 310

Média Etária 46,0 46,2

Hab. Acad. >Ens. Secund.* (%) 49,2 50,3

Trab. c/ Idade <35 Anos (%) 14,0 13,5

Absentismo (%) 5,4 5,6

* A partir do 12.º ano de escolaridade

O conjunto de indicadores que traduzem a situação dos seus Recursos Humanos mantém-se equilibrado. O ligeiro aumento da taxa de absentismo reflete algumas situações de doença prolongada.

d) Formação Profissional

Durante o ano de 2016, foram realizadas 57 ações de formação. A formação incidiu principalmente na

área comportamental e na formação especializada (direito, informática, etc.). De referir o aumento

quer do número de formandos quer da média do número de horas de formação por colaborador.

Ações de Formação 2015 2016

Técnica Especializada 30 28

Qualidade / Ambiente / Segurança 4 11

Comportamental 6 8

Contexto de Trabalho 6 10

N.º de Formandos 350 373

Total de Horas de Formação 3112,5 4711,5

Média Horas Formação/Trabalhador 8,9 12,6

e) Acordos com o IEFP

A Empresa efetuou duas candidaturas à medida Contrato Emprego Inserção +, abrangendo um total de

48 beneficiários do rendimento social de inserção, permitindo aos desempregados o exercício de

atividades socialmente úteis e promovendo a melhoria das suas competências socioprofissionais e o

contacto com o mercado do trabalho.

f) Estágios Profissionais

Foi efetuada uma candidatura à medida Estágio Emprego e proporcionada a realização de um estágio

profissional. Esta medida tem como objetivo de possibilitar aos jovens com qualificação superior a

realização de um estágio profissional em contexto real de trabalho que crie condições para uma mais

rápida e fácil integração no mercado do trabalho.

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g) Estágios Curriculares

À semelhança do sucedido em anos anteriores e no âmbito da responsabilidade social empresarial,

Águas de Gaia continua a colaborar com diversas instituições de ensino, quer a nível do secundário,

quer a nível do ensino superior, proporcionando estágios para aquisição e desenvolvimento de

competências técnicas necessárias para a qualificação académica dos estagiários.

Em 2016 a Empresa proporcionou a possibilidade da realização de 6 estágios curriculares, sendo 2

deles para conclusão de Licenciatura/Mestrado.

h) Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

No decorrer do ano 2016, deu-se continuidade às medidas implementadas em 2015 para diminuição da sinistralidade. Houve um reforço de ações pró-ativas, nomeadamente ações de formação e sensibilização, e um maior acompanhamento das ferramentas de monitorização das condições de trabalho. Como resultado deste esforço, tem-se verificado uma redução do n.º de acidentes com baixa e a manutenção do número de colaboradores acidentados. No entanto, para se garantir uma redução dos índices de sinistralidade foram ainda implementadas, no final de 2016, medidas mais práticas de medicina no trabalho que permitiram um acompanhamento mais exaustivo de cada colaborador, com especial atenção aos que desenvolvem atividades de maior risco. A melhoria nos serviços de medicina no trabalho, conjuntamente com o aumento das visitas técnicas para análise de riscos nas frentes de trabalho têm conduzido a uma melhoria das condições gerais de trabalho. Numa perspetiva de melhoria contínua, que é aliás um dos principais compromissos definidos na política da Qualidade, Ambiente e Segurança, esta empresa tudo fará, para que no decorrer do ano de 2017, os índices de sinistralidade continuem a diminuir assegurando um melhor nível de saúde dos colaboradores e das condições de trabalho.

Indicadores de SHST (2012 – 2016)

Ano N.º Acidentes

com Baixa (IG) Índice de

Gravidade (IF) Índice de Frequência

(II) Índice de Incidência

2012 55 712,502 60,10 0,120

2013 73 1 253,450 78,01 0,150

2014 66 1 953,477 92,96 0,146

2015 40 971,805 57,59 0,110

2016 35 1 156,023 60,39 0,112 IG = n.º dias úteis perdidos x 106 / n.º total horas trabalhadas IF = n.º acidentes com dias perdidos x 106 / n.º total horas trabalhadas II = n.º acidentes de trabalho / n.º de trabalhadores

Durante o exercício foram também realizados 319 exames médicos, dando cumprimento às normas

legislativas de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.

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Exames Médicos 2015 2016

Admissão 40 53

Periódicos 202 180

Ocasionais 52 86

Total 294 319

2. Meios Tecnológicos e Sistemas de Informação

a) Sistemas de Informação

Em 2016 com o objetivo de otimização de custos e numa perspetiva de centralizar e homogeneizar os

serviços de impressão, cópia e digitalização, foi renovado o parque de impressão da empresa, passando

esta a estar dotada de um parque novo com filas de impressão seguras, controlo de custos e gestão

centralizada.

Sendo a segurança um ponto fulcral, foi implementada uma nova infraestrutura de firewall/gateway

que garante os atuais padrões de segurança, bem como permite a escalabilidade de serviços.

O Edifício Técnico foi dotado de uma nova infraestrutura de rede, permitindo a separação entre a

rede de dados e voz, permitindo uma melhor gestão da largura de banda disponível.

Foi desenvolvido um website www.gaiamaispraia.pt com informação relativa às praias e à época

balnear.

Entrada em produção de Dashboard com centralização de toda a informação de gestão.

SIG – Sistema de Informação Geográfica

Durante o ano 2016 foi sendo atualizada a informação geográfica de forma a garantir o máximo de

fiabilidade da mesma. Para além disso foram disponibilizadas aplicações informáticas que permitem

um melhor e mais facilitado acesso aos serviços da Empresa, quer para o público em geral, quer para

os próprios funcionários.

Aplicações externas:

O cidadão poderá aceder no seu telemóvel ou via Web Browser a uma aplicação que lhe

permite aceder ao itinerário (rota simples) da sua localização para a praia que selecionou e

ao mesmo tempo ter informações sobre as praias e poder de forma simples ficar a conhecer

as praias de Vila Nova de Gaia.

Criação de uma aplicação GAIA + PRAIA em que a ideia foi criar uma ferramenta que permitisse

ao cidadão reportar anomalias, permitindo desta forma melhorar o nosso nível de serviço e

diminuir o tempo de resposta, envolvendo desta forma a participação dos cidadãos.

Criação de uma aplicação que permite ao cidadão descarregar a partir no seu telemóvel ou

tablet (Apple Store ou Google Play) uma aplicação móvel nativa correspondente a um Story

Map com informação da localização dos passadiços e pontos de interesse ao longo dos mesmos.

Estes pontos de interesse disponibilizariam informação descritiva relevante do mesmo em

conjunto com uma fotografia do local envolvente.

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Aplicações internas:

Criação de nova aplicação que pode ser acedida via telemóvel ou via web browser que permite

o acesso aos dados geográficos da Empresa, onde quer que o colaborador se encontre.

Foi dado inicio em 2016 a uma aplicação que vai permitir a atribuição de tarefas no setor da

fiscalização que vai permitir aos colaboradores deixarem de utilizar papel e poderem ter a

informação disponível digitalmente. Permite ainda saber em tempo real os dados da

fiscalização e verificar a localização das tarefas de modo a otimizar o serviço do colaborador

que se encontra mais próximo.

b) Sistema de Telemetria e Análise de Dados

A Empresa continua a prossecução do objetivo de diminuição do desperdício de um recurso

fundamental como a água, na sua dupla valência ambiental e económica, pelo que consolidou, em

2016, parte do desiderato a que se propôs neste âmbito com a afinação de pormenor de funcionamento

dos equipamentos e ferramentas de análise dos dados das Zonas de Medição e Controlo previstas para

aquele período.

No decorrer de 2017, para além da continuação dos trabalhos de evolução do Sistema de Telemetria

e Análise de Dados relativos ao abastecimento de água, será iniciada a telegestão do funcionamento

de 57 instalações de estações elevatórias e poços de bombagem da rede de drenagem de águas

residuais por forma a se obter a otimização do seu funcionamento que conduzirá à poupança de

recursos inerentes a equipamentos, consumos energéticos e de horas de trabalho do pessoal afeto à

sua manutenção.

c) Gestão Energética

Produção de energia com recurso a partir de fonte fotovoltaica

A produção de energia pela Empresa, com recurso a fonte fotovoltaica, iniciou-se em 2008, com a

instalação da unidade fotovoltaica no Centro de Educação Ambiental das Ribeiras de Gaia (CEAR).

Posteriormente, foram instalados sistemas em outros equipamentos da Empresa, nomeadamente no

edifício Marbelo e nos reservatórios da Rasa, Fojo, General Torres e Monte Grande.

Em 2016, à semelhança do ocorrido em 2015 no edifício Marbelo, as instalações de Fojo, Rasa e

General Torres completaram 5 anos de atividade e a tarifa bonificada foi reduzida para €0,2861.

Ano de entrada em operação

Valor do Investimento (€)

Tarifa Bonificada (€/kWh)

CEAR 2008 21 900,00 0,2861

Marbelo 2009 24 447,00 0,3512

Fojo 2010 22 074,62 0,2861

Rasa 2010 22 074,62 0,2861

General Torres 2010 22 074,62 0,2861

Monte Grande 1 2011 23 500,00 0,4000

Monte Grande 2 2012 22 140,00 0,3800

Total 158 210,86

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Como demonstra o quadro que se segue, desde que a primeira unidade de microgeração da Empresa

entrou em produção, e até ao final de 2016, a Empresa injetou na rede de distribuição 191 754 kWh

com origem em fonte renovável.

Esta quantidade de energia produzida traduziu-se num rendimento para a Empresa de €102 087,84.

Produção (kWh) Produção (€)

CEAR 37 090 18 191,76

Marbelo 23 372 15 264,03

Fojo 31 283 17 737,57

Rasa 32 012 18 049,10

General Torres 23 948 13 488,70

Monte Grande 1 22 456 9 802,05

Monte Grande 2 21 593 9 554,63

Total 191 754 102 087,84 Produção e rendimentos das várias unidades de microgeração de Águas de Gaia, EM, SA

De referir que a produção dos equipamentos de microgeração encontra-se dentro dos parâmetros

previstos no plano de investimento, cumprindo-se assim a perspetiva de recuperação dos valores

investidos nos prazos considerados inicialmente.

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V. Ação Jurídica e Contencioso

Ao Gabinete Jurídico compete prestar o apoio jurídico, de forma integrada e transversal, de todas as

questões de natureza jurídica que surgem no âmbito da atividade da Empresa, fazendo ainda a

articulação com os assessores externos.

No âmbito da sua atividade compete ainda ao Gabinete Jurídico elaborar, em articulação com as

respetivas Direções, todas as notificações para cumprimento do Regulamento de serviço e demais

legislações e instaurar todos os processos de contraordenação por violação do Regulamento que rege

o serviço público a cargo da Empresa.

Análise de todos os procedimentos pré-contratuais lançados pela Empresa e assessoria junto das

Direções e Júris dos Procedimentos na análise dos pedidos de esclarecimentos e reclamações dos

concorrentes.

Prestação de informações técnico jurídicas sobre questões suscitadas internamente.

Gestão e tratamento de todas as reclamações elaboradas do Livro de Reclamações e as que são

diretamente reportadas no Portal da ERSAR.

Análise diária e divulgação da legislação publicada em Diário da República a nível interno e em

articulação com o NQAS.

Participação em alterações aos regulamentos Municipais diretamente relacionados com a atividade da

Empresa.

Colaboração na elaboração do Contrato de Gestão Delegada a celebrar com o Município de Vila Nova

de Gaia.

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VI. Situação Económica e Financeira

1. Ativo

Durante o ano de 2016, a Empresa, continuou a implementação do processo de Reestruturação de

algumas das suas atividades, que tinha sido aprovado pela Câmara Municipal e pela Assembleia

Municipal de Vila Nova de Gaia em finais de 2014.

A internalização da atividade do Parque Biológico nos Serviços Municipais foi concluída, faltando,

ainda, a transferência de parte do património que lhe estava afeto para o Município.

A transferência do património das Ribeiras e Praias para o Município não se concretizou durante o ano

de 2016, optando a Empresa no final do exercício económico pela sua transferência novamente para

Ativos Fixos Tangíveis.

Estas decisões não tiveram impacto no valor do Ativo Total da Empresa, apenas oscilações entre as

suas rubricas, pois o efeito já tinha sido relevado no exercício anterior.

O decréscimo de 6 764 milhares de euros resulta maioritariamente das depreciações e amortizações

contabilizadas no exercício económico de 2016.

O Ativo Total de Águas de Gaia, no final do ano atingia os 137 945 milhares de euros, tendo o Ativo

Não Corrente passado a representar cerca de 92,3% desse valor (127 338 milhares de euros) e o Ativo

Corrente os restantes 7,7% (10 607 milhares de euros).

Ativo Não Corrente

O Ativo Não Corrente apresenta um decréscimo de 5 012 milhares de euros relativamente ao ano de

2015, proveniente essencialmente das rubricas de Ativos Fixos Tangíveis, Ativos Intangíveis e Outras

Contas a Receber, fixando-se nos 127 338 milhares de euros.

A não concretização da transferência do património das Praias e das Ribeiras para o Município e

consequente transferência para o Ativo Fixo Tangível da Empresa implicou que o decréscimo ocorrido

nesta rubrica tenha sido inferior ao verificado em anos anteriores.

Em termos líquidos, os Ativos Fixos Tangíveis têm uma diminuição no montante de 1 786 milhares de

euros, assim decomposta:

Investimento do período 3 013

Gastos de Depreciação e de Amortização do período 1 479

Transferência para Ativos não Correntes detidos para venda 774

Transferência para o Município – terrenos -7 052

Total -1 786

(milhares de euros)

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Apesar deste decréscimo, é de salientar o expressivo valor líquido dos Ativos Fixos Tangíveis que, em

31 de dezembro de 2016, ascendem a 101 949 milhares de euros.

No início de 2017, foi aprovado, em reunião da Câmara Municipal de Gaia, um aditamento ao contrato

celebrado em 25 de março de 2010 com as Águas de Gaia, onde o Município delegava na Empresa as

competências relativas à gestão e exploração do sistema municipal de resíduos sólidos urbanos de

Gaia. O aditamento teve como objeto a fixação do prazo de vigência para o referido contrato,

passando o contrato de delegação de competências a ser válido por um período de 35 anos a contar

do dia 1 de janeiro de 2017.

Pela aquisição dessa posição contratual Águas de Gaia, em 2010, pagou a quantia de €20 657 549,48,

que relevaram na rubrica Propriedade Industrial e que até ao exercício de 2015 era considerado um

ativo com vida útil indefinida, e, portanto, não sujeito a amortização. Com essa alteração contratual,

o ativo intangível passou a ter um período de vida útil definido, que no exercício de 2016 era de 36

anos, passando a ser amortizado pelo método da linha reta.

Em 2016 o montante da amortização ascendeu a 574 mil euros e foi responsável pelo decréscimo

ocorrido na rubrica de Ativos Intangíveis.

A rubrica Outras Contas a Receber apresenta no final do exercício económico um saldo de 5 264

milhares de euros, que corresponde à compensação financeira a receber pela Empresa no período de

2018 a 2020, da Simdouro – Saneamento do Grande Porto, SA, pelo aumento dos encargos a suportar

com o tratamento das águas residuais produzidas no concelho.

Ativo Corrente

O Ativo Corrente apresenta também um decréscimo, mas menos significativo que o Não Corrente, de

1 752 milhares de euros fixando-se no final do período nos 10 607 milhares de euros.

A rubrica que mais contribuiu para esta diminuição foi a rubrica de Ativos não correntes detidos para

venda, em resultado da transferência para o Ativo Fixo Tangível do património das Praias e das Ribeiras

conforme descrito no ponto anterior.

Em 31 de dezembro a rubrica Ativos não correntes detidos para venda apresenta um valor líquido de

zero euros, uma vez que para os bens lá contabilizados (parte do património afeto ao Parque Biológico

ainda não transferido para o Município) já tinha sido criada, em 2015, uma imparidade a 100%.

Em 2016 a Empresa procedeu à anulação de dívida de Clientes de Cobrança Duvidosa no montante de

1 580 milhares de euros, em virtude de as mesmas se encontrarem prescritas. Esta operação não teve

impacto nos resultados uma vez que para estas dívidas já havia sido criada uma imparidade a 100%.

A Empresa manteve a política contabilística relativa ao critério de reconhecimento das Imparidades

de Dívidas de Clientes, sendo as dívidas de Clientes consideradas como suscetíveis de terem associado

risco de cobrança duvidosa quando em mora há mais de um ano. O que implicou, no exercício

económico de 2016, um reforço das Perdas p/Imparidades de Clientes de 216 mil euros.

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Daqui resultou que a conta “Perdas por Imparidades Acumuladas – Dívidas de Clientes” no final de

2016 ficasse com um valor acumulado de 8 572 milhares de euros.

Em termos líquidos, a rubrica de Clientes, aumentou 343 mil euros fixando-se em 4 629 milhares de

euros.

No Ativo Corrente salienta-se ainda a redução na rubrica Outras Contas a Receber em 1 317 milhares

de euros, que resulta, essencialmente, da diminuição da dívida relativa ao contrato de Gestão do

Saneamento em Alta celebrado com a Simdouro – Saneamento do Grande Porto, SA.

As Disponibilidades ascendem em 31 de dezembro de 2016 ao montante de 2 347 milhares de euros o

que evidência um acréscimo de 1 752 milhares de euros face a 2015. No entanto, 1 698 milhares de

euros pertencem a uma conta de reserva para garantia do empréstimo de 49 milhões contraído pela

Empresa e que por essa razão não podem ser utilizados para outro fim.

2. Capital Próprio

O Capital Próprio de Águas de Gaia, manteve-se em 2016, sem grandes alterações relativamente ao

ano anterior, atingindo no final do exercício o montante de 66 325 milhares de euros, o que representa

cerca de 48,1% do Ativo Total (46,2% em 2015).

A Empresa obteve, em 2016, um Resultado Líquido do Período positivo de 228 389,40 euros.

A rubrica Outras Variações no Capital Próprio apresenta um decréscimo de 764 milhares de euros, que

resulta, essencialmente, da transferência da amortização anual dos Subsídios para o Investimento,

para Rendimentos, no montante de 1 485 milhares de euros. Nesta rubrica há ainda a salientar o

recebimento de 399 milhares de euros de Subsídios para o Investimento durante o ano de 2016.

3. Passivo

O total do Passivo de Águas de Gaia, é de 71 621 milhares de euros, tendo registado uma diminuição,

significativa, no montante de 6 228 milhares de euros, representando no final do período 51,9% do

Ativo Total.

Neste exercício económico ocorreu uma alteração na estrutura do Passivo da Empresa, passando o

Passivo não Corrente a representar a maior “fatia”, com 53 519 milhares de euros (cerca de 74,7% do

Passivo Total), enquanto o Passivo Corrente se cifra nos 18 102 milhares de euros (cerca de 25,3% do

Passivo Total).

Passivo Não Corrente

A Empresa concluiu no início de 2016 o processo global de reestruturação do seu Passivo bancário,

iniciado em 2015, o que justifica as variações apresentadas na rubrica Financiamentos Obtidos, quer

no Passivo Corrente, quer no Passivo não Corrente, em 2016.

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Esta última fase do processo consistiu na obtenção de um empréstimo bancário de médio e longo prazo

(15 anos) no montante de 49 milhões de euros a um sindicato bancário, com a seguinte distribuição:

Instituição Valor

Banco Português de Investimento (BPI) 16 500

Caixa Geral de Depósitos (CGD) 12 250

Caixa Crédito Agrícola 12 250

Banco Popular 5 000

Novo Banco 3 000

Total 49 000

(milhares de euros)

A finalidade deste empréstimo foi a liquidação de todos os empréstimos bancários que a Empresa

detinha, fossem de curto, médio ou longo prazo, bem como a liquidação de dívida vencida de

Fornecedores. Em simultâneo, a Empresa teve de constituir uma conta de reserva para garantia deste

empréstimo.

A verba do empréstimo foi utilizada para liquidação das seguintes dívidas:

Instituição Valor

Banco Português de Investimento (BPI) 10 662

Caixa Geral de Depósitos (CGD) 8 571

Santander Totta 6 702

Caixa Crédito Agrícola 6 703

Barclays Bank 4 250

Novo Banco 2 910

BIC 1 929

Millennium BCP 1 499

Fornecedores 4 706

Conta de Reserva – Banco BPI 1 698

Total 49 000

(milhares de euros)

A diminuição de 220 mil euros nos Passivos por Impostos Diferidos são o resultado da amortização

anual dos Subsídios ao Investimento afetos ao património de Águas de Gaia.

A rubrica de Diferimentos apresenta no final do exercício económico um saldo de 5 264 milhares de

euros, correspondente a Subsídios à Exploração a serem contabilizados em Rendimentos no período

de 2018 a 2020, referentes à compensação financeira a receber pela Empresa, no mesmo período, da

Simdouro – Saneamento do Grande Porto, SA.

Passivo Corrente

Em 2016 o Passivo corrente registou uma forte diminuição, no montante de 24 650 milhares de euros,

fixando-se em 31 de dezembro nos 18 102 milhares de euros.

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A redução mais significativa ocorreu na rubrica de Financiamentos Obtidos, 17 398 milhares de euros,

que como foi descrito anteriormente, resulta da liquidação de todos os empréstimos bancários de

curto prazo que a Empresa tinha. O montante apresentado no Balanço de 3 422 milhares de euros

corresponde ao valor da amortização de capital que a Empresa vai efetuar em 2017 relativamente ao

empréstimo de 49 milhões de euros obtido em 2016.

A rubrica de Fornecedores evidencia também um decréscimo acentuado, no valor de 7 454 milhares

de euros passando no final do período para 5 071 milhares de euros. Este decréscimo resulta, por um

lado, do montante libertado pelo empréstimo de médio e longo prazo obtido em 2016 (4 706 milhares

de euros) e por outro, da libertação de fundos próprios da empresa (2 748 milhares de euros) que

permitiram a liquidação de dívida vencida de fornecedores.

O saldo da conta de Diferimentos corresponde à compensação financeira que se prevê receber, em

2017, da empresa Simdouro – Saneamento do Grande Porto, SA.

As restantes rubricas do Passivo Corrente não apresentam variações significativas.

4. Indicadores do Balanço

Apresentamos de seguida um gráfico com a evolução dos principais indicadores do Balanço nos últimos

3 anos.

0

20 000

40 000

60 000

80 000

100 000

120 000

140 000

160 000

180 000

200 000

220 000

Ativo não corrente Dívidas de Terceiro c/p Dívidas a Terceiro c/p Capitais Próprios

Milhare

s de e

uro

s

Principais Indicadores do Balanço

2014

2015

2016

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5. Resultados do Período

a) Rendimentos

Os rendimentos da Empresa ascenderam, no ano de 2016, a 61 936 milhares de euros distribuídos da

seguinte forma:

Estrutura dos Rendimentos (2014 – 2016)

2014 % 2015 % 2016 %

Venda de Água 13 304 23,27 13 382 20,90 12 966 20 93

Outras Mercadorias 6 0,01 5 0,01 7 0,01

Ativos Biológicos 3 0,01 1 0,00 0 0,00

Prestações de Serviços 32 370 56,62 36 586 57,12 37 121 59,94

Água

- Tarifa de Disponibilidade 6 263 10,96 6 205 9,69 6 219 10,04

- Outros 669 1,17 655 1,02 656 1,06

Saneamento

- Tarifa de Utilização e Disponibilidade 13 130 22,97 13 599 21,23 14 608 23,59

- Outros 256 0,45 180 0,28 161 0,26

- Contrato gestão - Simdouro 165 0,29 79 0,12 0 0,00

Resíduos Sólidos Urbanos

- Tarifa de Utilização 9 801 17,14 10 426 16,28 10 499 16,95

- Tarifa de Disponibilidade 0 0,00 4 222 6,59 4 261 6,88

- Outros 0 0,00 0 0,00 31 0,05

Parque Biológico 550 0,96 477 0,75 0 0,00

Estação Litoral da Aguda 18 0,03 15 0,02 20 0,03

Outros Serviços 1 518 2,65 728 1,14 666 1,08

Sub-Total 45 683 79,91 49 974 78,03 50 094 80,88

Variações nos Inventários -7 -0,01 0 0,00 0 0,00

Trabalhos Própria Empresa 526 0,92 623 0,97 604 0,97

Subsídios à Exploração 6 756 11,82 3 165 4,94 3 993 6,45

Reversões de Perdas p/ Imparidades - de clientes 1 035 1,81 0 0,00 1 579 2,55

Reversões em ativos não correntes detidos p/ venda 0 0,00 0 0,00 2 908 4,70

Outros Rendimentos e Ganhos 3 177 5,56 10 286 16,06 2 758 4,45

Total 57 170 100,00 64 048 100,00%

61 936 100,00

(milhares de euros)

Os rendimentos da Empresa sofreram em 2016 um decréscimo de 2 112 milhares de euros, face a 2015,

no entanto o volume de negócios que em 2016 atingiu os 50 094 milhares de euros, teve um acréscimo

de 120 mil euros, passando a representar 80,88% dos rendimentos (contra os 78,03% em 2015).

As áreas de negócio da Empresa tiveram, portanto, um bom desempenho, sendo que as variações

registadas resultam em grande parte de acertos efetuados nos tarifários da Empresa.

Destaca-se o crescimento de 1 009 milhares de euros, no setor do Saneamento repartidos pela Tarifa

de Utilização (908 mil euros) e pela Tarifa de Disponibilidade (101 mil euros).

Em sentido contrário, o rendimento obtido com a Venda de Água, que diminuiu 416 mil euros fixando-

-se nos 12 966 milhares de euros, passando a representar 20,93% dos rendimentos totais.

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A Internalização da atividade do Parque Biológico nos Serviços Municipais, concluída em 2016, implicou

que a Empresa deixasse de obter rendimentos nesse setor.

A rubrica de Subsídios à Exploração apresenta um acréscimo de 828 mil euros, atingindo um valor de

3 993 milhares de euros, assim distribuídos:

Instituição Valor

Águas do Norte – compensação financeira para setor do saneamento 2 655

Município de Vila Nova de Gaia – reforço do contrato programa de 2015 625

Município de Vila Nova de Gaia – contrato programa de 2016 300

Unicer Bebidas, S.A. – contrato de patrocínio 220

IEFP 152

Unilever Jerónimo Martins, Lda 41

Total 3 993

(milhares de euros)

A Reversão das Perdas por Imparidades em Dívidas a Receber de Clientes apresenta um valor de 1 579

milhares de euros que resulta da anulação de dívida de Clientes de Cobrança Duvidosa, em virtude de

as mesmas se encontrarem prescritas e para as quais já havia sido criada uma imparidade em

exercícios anteriores.

A transferência de parte do património afeto ao Parque Biológico para o Município de Vila Nova de

Gaia e a transferência do património das Ribeiras para o Ativo Fixo Tangível implicou a reversão das

Imparidades em Ativos não correntes detidos para venda criadas no exercício económico anterior, que

ascendeu a 2 908 milhares de euros.

A rubrica Outros Rendimentos e Ganhos é composta fundamentalmente pela imputação aos

rendimentos da amortização anual dos Subsídios ao Investimento que ascendeu a 1 485 milhares de

euros.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2014 2015 2016

Água Saneamento Parque Biológico RSU ELA Outros

Resumo Rendimentos (%)(2014 - 2016)

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b) Gastos

Os Gastos totais da Empresa, em 2016, tiveram uma redução de 1 525 milhares de euros fixando-se,

no final do período, em 61 566 milhares de euros, assim distribuídos:

Estrutura dos Gastos (2014 – 2016)

2014 % 2015 % 2016 %

CMVMC

Água Adquirida para Venda 6 960 12,25 7 067 11,20 7 653 12,43

Outras Mercadorias 186 0,33 334 0,53 5 0,01

Materiais Diversos 972 1,71 1 324 2,10 1 091 1,77

Sub-Total 8 118 14,29 8 725 13,83 8 749 14,21

Fornecimentos e Serviços Externos

Tratamento Saneamento 9 530 16,78 8 546 13,55 9 157 14,87

Tratamento RSU 0 0,00 3 239 5,13 3 386 5,50

Recolha RSU 10 994 19,35 10 876 17,24 10 845 17,62

Outros Fornecimentos e Serviços Externos 5 734 10,09 6 120 9,70 5 601 9,10

Gastos com o Pessoal 10 186 17,93 9 214 14,61 9 399 15,27

Gastos de Depreciação e de Amortização 7 311 12,87 5 836 9,25 7 634 12,40

Perdas por Imparidade 1 181 2,08 7 023 11,13 216 0,35

Outros Gastos e Perdas 1 008 1,77 1 270 2,01 4 939 8,02

Sub-Total 54 062 95,17 60 849 96,45 59 926 97,34

Gastos e Perdas de Financiamento 2 744 4,83 2 242 3,55 1 641 2,66

Total 56 806 100,00 63 091 100,00 61 566 100,00

(milhares de euros)

O CMVMC, em 2016, foi semelhante ao custo suportado no ano anterior, tendo o acréscimo de 586 mil

euros ocorrido no custo com a Água Adquirida para Venda sido compensado com as diminuições nas

rubricas de Outras Mercadorias (329 mil euros) e Materiais Diversos (233 mil euros).

A rubrica Fornecimentos e Serviços Externos também apresenta um valor semelhante ao de 2015,

registando um ligeiro aumento de 208 mil euros. Da análise desta rubrica, salienta-se o aumento do

gasto com o Tratamento de Saneamento no montante de 611 mil euros, devido ao aumento do caudal

de efluente tratado, e a diminuição dos Outros Fornecimentos e Serviços Externos de 519 mil euros.

Em 2016, uma decisão do Tribunal condenou a Empresa a pagar as Pensões de Reforma e de

Sobrevivência, pagamento esse que havia sido suspenso em junho de 2012. O reconhecimento

contabilístico desta decisão provocou um acréscimo na rubrica de Gastos com o Pessoal de 1 154

milhares de euros. Em sentido contrário, a transferência do pessoal afeto ao Parque Biológico para o

Município de Vila Nova de Gaia permitiu atenuar o aumento na rubrica de Gastos com o Pessoal que

se cifrou em 185 mil euros.

A transferência do património das Ribeiras e Praias para o Ativo Fixo Tangível implicou que a Empresa

tivesse que contabilizar as depreciações desses bens, para os anos de 2015 e 2016, que ascenderam a

860 mil euros para o património das Praias e 338 mil euros para o património das Ribeiras.

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A aprovação, em reunião da Câmara Municipal de Gaia, de um aditamento ao contrato de delegação

de competências relativas à gestão e exploração do sistema municipal de resíduos sólidos urbanos de

Gaia que fixou o prazo de vigência para o referido contrato, de 35 anos a contar do dia 1 de janeiro

de 2017, obrigou as Águas de Gaia a proceder à depreciação do bem intangível, no montante de 574

mil euros.

Estes dois factos foram os principais causadores do acréscimo de 1 798 milhares de euros na rubrica

de Gastos de Depreciação e Amortização, que em 2016 ascenderam a 7 634 milhares de euros.

A Empresa manteve a política contabilística relativa ao critério de reconhecimento das Imparidades

de Dívidas de Clientes, sendo as dívidas de Clientes consideradas como suscetíveis de terem associado

risco de cobrança duvidosa quando em mora há mais de um ano. O que implicou, no exercício

económico de 2016, um reforço das Perdas p/Imparidades de Clientes de 216 mil euros.

A rubrica de Outros Gastos e Perdas apresenta um acréscimo que resultou da anulação de dívida de

Clientes de Cobrança Duvidosa no montante de 1.580 milhares de euros, e da transferência de parte

do património afeto ao Parque Biológico para o Município de Gaia no montante de 2 627 milhares de

euros. No entanto, estas operações não tiveram impacto nos resultados da Empresa, uma vez que

foram compensadas pela reversão de Imparidades, já constituídas em 2015, nos Rendimentos.

A conclusão do processo de reestruturação do financiamento bancário, que a Empresa iniciou em 2015,

foi o motivo da redução de 602 milhares de euros obtida na rubrica de Gastos e Perdas de

Financiamento, que atingiu o montante total no ano de 1 641 milhares de euros.

O quadro seguinte especifica a evolução do Cash-flow e das contas de Resultados da Empresa no triénio

2014-2016:

Rubricas 2014 2015 2016

Cash-Flow 7 751 7 158 6 499

Resultado Operacional 3 108 3 200 2 011

Resultados Antes de Impostos 364 957 370

Resultado Líquido do Exercício 294 839 228

EBITDA 10 565 9 519 8 281

(milhares de euros)

A Águas de Gaia obteve, em 2016, um Resultado Líquido do Período, positivo, de 228 389,40 euros.

O decréscimo verificado tanto no valor do Cash-flow como no do EBIDTA resulta da diminuição no

Resultado Líquido do Período, face a 2015.

Apesar dessa diminuição a capacidade da Empresa em libertar fundos é muito considerável, atingindo

um Cash-flow de 6 499 milhares de euros e um EBITDA de 8 281 milhares.

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6. Principais Indicadores

a) Indicadores Financeiros

A Empresa conseguiu em 2016 uma melhoria nos seus indicadores financeiros.

O rácio de Solvabilidade e o rácio de Autonomia Financeira apresentam uma melhoria considerável,

em resultado da redução do Passivo Total da Empresa e da restruturação do seu Passivo bancário, que

passou a ser de médio e longo prazo.

O rácio de Cobertura do Imobilizado também revela um crescimento, passando para 0,94.

Rácios 2014 2015 2016

Solvabilidade 0,88 0,86 0,93

Cobertura Imobilizado 0,73 0,77 0,94

Autonomia Financeira 46,77 46,20 48,08

b) Indicadores Económicos

O facto do Resultado Líquido do Período, no valor de 228 mil euros, ser inferior ao do período anterior

implicou uma descida nos Indicadores Económicos da Empresa, como se pode constatar no quadro

seguinte:

Rentabilidade 2014 2015 2016

Cash-Flow do Exercício * 7 751 7 158 6 499

EBITDA * 10 565 9 519 8 281

Lucro Líquido * 294 839 228

Taxa Rentabilidade das Vendas 0,98% 2,69% 0,72%

Taxa Rentabilidade Interna 25,00% 23,00% 20,00%

Rentabilidade Capitais Próprios (ROE) 0,40% 1,30% 0,30%

*(milhares de euros)

0

2 000

4 000

6 000

8 000

10 000

12 000

Resultado Operacional Resultado Antes deImpostos

Resultado Líquido doExercício

Cash Flow EBITDA

Milhare

s de e

uro

s

Resultados, Cash Flow e EBITDA (2014-2016)

2014

2015

2016

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c) Produtividade

A empresa Águas de Gaia, EM, SA, continua em 2016 a apresentar uns bons índices de produtividade,

mantendo ou melhorando os índices relativamente ao período anterior. Isto significa que a Empresa

continua dotada dos meios humanos e técnicos adequados para a prestação de serviços com elevada

qualidade.

Produtividade 2014 2015 2016

N.º de Efetivos 444 313 310

N.º de Clientes por Efetivo 597 838 859

N.º de Efetivos por 1000 ligações 1,7 1,2 1,2

Ativo Líquido por Efetivo * 352 462 445

VAB por Efetivo * 46,7 59,8 57,0

*(milhares de euros)

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VII. Dívidas em Mora à Segurança Social

Declara-se que não existem dívidas em mora à Segurança Social, dando-se assim cumprimento ao

estabelecido no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 411/91, de 17 de outubro.

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VIII. Artigo 397.º do Código das Sociedades Comerciais

Não se verificaram nenhumas das situações contempladas nesta disposição legal.

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IX. Factos Relevantes Após o Termo do Período

A. Encontra-se em fase de estudo, para lançamento posterior de procedimento de contratação

pública, a beneficiação da cobertura do reservatório de Vila D’Este e a remodelação da Estação

Elevatória do Reservatório do Corvo.

B. Somos uma Empresa socialmente responsável e com especial atenção para os temas da

sustentabilidade e do ambiente! É nesse sentido que temos vindo a promover um conjunto de obras

importantes do que à gestão das águas pluviais diz respeito e à gestão de linhas de água, sempre em

respeito pelo meio ambiente. Mas é também, por sermos uma Empresa comprometida com o ambiente

que apresentamos uma candidatura ao Fundo Eficiência Energética, que permitirá instalar em 2017

fontes de energia renováveis nos edifícios com maior consumo energético, incluído o edifício sede e a

Estação Litoral da Aguda, um contributo para o ambiente e também uma diminuição de custos de

fornecimento de energia, bem como a possibilidade de venda de energia excedentária à rede pública

e ainda a aquisição de cinco veículos elétricos para operar nos serviços da empresa.

C. A internet faz já parte do quotidiano das empresas e cidadãos, tendo-se tornado parte

indispensável da relação entre cliente e empresa, com acentuada importância em empresas de

serviços.

Estando atenta a essa realidade, para 2017 a Empresa pretende consolidar a adoção de novas

tecnologias, apostando em novas plataformas para uma melhor relação com clientes e munícipes.

Este processo passa pela reformulação do site institucional, preparado para as tecnologias mobile e

com uma navegação mais intuitiva e funcional.

O crescimento do mercado dos dispositivos móveis é também algo que a empresa está atenta, e para

2017 estará também disponível uma aplicação para smartphones que visa agilizar a interação com os

serviços, nomeadamente na gestão da conta do cliente e comunicações relevantes à prestação do

serviço.

Decorreu no passado dia 24 de março a apresentação interna do novo site, que será oficialmente

disponibilizado ao público no próximo dia 12 de abril. Durante este período o site está disponível a

todos os funcionários para sugestões e propostas de melhoria, promovendo-se desta forma a

cooperação de todos os serviços.

D. Em janeiro de 2017 foi apresentada a candidatura ao galardão Bandeira Azul de 18 zonas balneares, abrangendo 28 praias de Vila Nova de Gaia. A Empresa irá continuar a assegurar a qualidade das zonas balneares do Município, propondo-se manter este símbolo de excelência em todas as praias da orla costeira do concelho. E. Em março de 2017 foi proposta a candidatura das zonas balneares de Canide Norte, Valadares

Sul, Senhor da Pedra, Miramar e Aguda ao projeto “Praia Acessível – Praia para Todos”.

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X. Perspetivas para o Ano 2017

Assegurados o abastecimento de água e o serviço de saneamento em todo o território do concelho,

com uma cobertura que atinge os 87% no abastecimento de água e uma cobertura do serviço de

saneamento de 84%, a Empresa perspetiva para 2017:

Garantir as condições suscetíveis de fortalecer a sustentabilidade ambiental e social que se

pretende para todo o território municipal, sem prejuízo da sustentabilidade económica e

financeira da Empresa.

Concluir a adaptação do Regulamento dos Sistemas Públicos e Prediais de Abastecimento de Água

e de Drenagem e Tratamento de Águas Residuais do Município de Vila Nova de Gaia ao Decreto-

-Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto.

Promover o processo de implementação de medidas técnicas e organizativas para a proteção de

dados pessoais.

Desenvolver a sua atividade de forma a promover a sua universalidade, garantindo a igualdade no

acesso, qualidade do serviço e proteção dos interesses dos utilizadores, desenvolvendo a

transparência na prestação dos serviços.

Assegurar a proteção da saúde pública e do ambiente, garantindo a eficiência e melhoria contínua

na utilização dos recursos afetos, respondendo à evolução das exigências técnicas e às melhorias

técnicas ambientais disponíveis.

Garantir e manter a fiabilidade do sistema de abastecimento de água a todo o concelho durante

todo o ano.

Manter a Qualidade Exemplar da Água para Consumo Humano, mediante o cumprimento integral

do Programa de Controlo de Qualidade da Água, aprovado pela ERSAR, e da política da qualidade

da água distribuída em todo o concelho, que inclui um plano de controlo operacional, a adoção

de todas as medidas que assegurem a conformidade, face aos valores paramétricos estabelecidos

no respetivo diploma legal, e a certificação dos Técnicos Analistas para recolha de amostras de

água.

Concluir o Plano de Segurança da Água em toda a rede de distribuição, como ferramenta de apoio

na melhoria da eficácia do controlo de qualidade da água para consumo humano.

Continuar a promoção do consumo de água da rede pública, como bem essencial, seguro, acessível

e sustentável, mediante campanhas de sensibilização dirigidas a públicos-alvo.

Reduzir os níveis de perdas de água e o volume de água não faturada, através de ações de natureza

técnica e administrativa e de frequentes intervenções operacionais.

Proceder à substituição de 15 000 contadores de água com idade avançada, por novos modelos

com maior precisão de leitura, permitindo assim reduzir as perdas por erros de medição, bem

como dar cumprimento à legislação vigente no respeitante à idade de funcionamento dos

contadores.

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Prevendo-se a conclusão da obra de substituição da conduta distribuidora principal do reservatório

R4, até ao verão de 2017, propomo-nos na parte final desse mesmo ano a iniciar a substituição

da conduta na Rua Salvador Brandão, freguesia de Gulpilhares, numa extensão de

aproximadamente 1 300 m.

Alargar o sistema de saneamento de águas residuais no concelho, no âmbito das novas operações

urbanísticas e das obras de requalificação das vias municipais

Implementação de um plano de otimização e monitorização da rede de saneamento de águas

residuais, com melhoria da eficiência e prevenção, de resposta a situações de emergência e de

controlo e manutenção das operações na rede.

Adotar metodologias de controlo dos pontos críticos do sistema, mediante elaboração de planos

de bacia e posterior implementação de ZMC-Zonas de Medição e Controlo.

Promover e incentivar a ligação controlada de águas residuais industriais ao sistema de

saneamento e obrigar ao cumprimento legal das ligações domésticas, minimizando os impactes

negativos para a saúde humana e meio ambiente da adoção de sistemas privativos deficitários.

Desenvolver e implementar campanhas de sensibilização para a correta utilização da rede de

saneamento de águas residuais por parte dos utilizadores domésticos e industriais.

Implementar a reabilitação preventiva de componentes do sistema de saneamento de águas

residuais que apresentam degradação de desempenho, com recurso a novas técnicas de

renovação, substituição e reparação, adequadas à sensibilidade do local e ao efeito pretendido,

de índole hidráulico ou ambiental.

Assegurar e ampliar, na medida do possível, a exploração do sistema e manutenção preventiva da

rede de águas pluviais.

Dar continuidade aos estudos iniciados em 2016 e dentro dos possíveis implementar no terreno

soluções resultantes desses mesmos estudos.

Garantir e consolidar a gestão e exploração do sistema municipal de resíduos sólidos urbanos,

assegurando a gestão financeira, fiscalização e controlo do integral cumprimento dos contratos

de prestação de serviços existentes.

Continuar a aprofundar a colaboração estreita entre Águas de Gaia e Execuções Fiscais,

intensificando o intercâmbio de procedimentos e informação para resolução de dívida de clientes

já em situação de cobrança coerciva, considerados os resultados bastante positivos conseguidos

em 2016.

Levantamento a nível de toda a área do Município de situações de prédios em ruína, emparedados

e cumulativamente desabitados com contratos de fornecimento de água ativos, dívida e

contadores no interior do imóvel. Dada a impossibilidade de retirar esses contadores por falta de

acesso, poderá se proceder à interrupção do fornecimento no ramal e desligar o cliente, evitando

assim continuar a acumular dívida.

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Otimizar a leitura de contadores com a substituição dos terminais para leitura dos consumos, por

já terem esgotado o seu período de vida útil e apresentarem constantes avarias de difícil

reparação, visto tratar-se de modelos há muito descontinuados.

Migração integral do ERP Microsoft Dynamics NAV da versão 2009 R2 para 2017, o ERP

implementado na Empresa vai ser migrado para a versão mais recente com novas funcionalidades.

Criação de Sistema de tickets para helpdesk, o qual vai permitir a gestão dos pedidos de

assistência dos utilizadores.

Desenvolvimento de APP mobile, aplicação de clientes para dispositivos móveis, que permitirá a

aproximação do cliente com a empresa.

Implementação de portal de comunicação interno, onde os colaboradores vão ter à disposição o

acesso a informação interna institucional e particular através de um Kiosk.

Continuação na melhoria da recolha dos dados geográficos recorrendo a dispositivos móveis.

Criação das seguintes apps:

App que substituirá o papel, na recolha do controlo da qualidade da água.

App que facilita o registo de ocorrências e controlo da fiscalização dos trabalhos de RSU. Esta

app poderá ser integrada com a aplicação de atribuição de tarefas.

App que possibilita o acesso a um Story map da fauna e flora de Gaia, que poderá ser usada

no Centro de Educação Ambiental.

Aplicação que vai permitir às entidades que efetuam trabalhos para Águas de Gaia, poderem

inserir os dados de cadastro de forma digital em vez de entregarem em papel.

Aplicação de Reporte de Roturas e Área afetada: Cidadão reporta ao Operador de serviço

uma rotura num determinado local. Esta informação é fornecida ao Profissional SIG que, em

ambiente desktop, realiza uma análise de isolamento de válvulas de modo a conter a rotura.

Posteriormente é disponibilizado para o site da entidade a informação relativamente à área

afetada de modo a informar ao público quais as áreas com falhas no abastecimento de água

devido à ocorrência de roturas na rede.

Monitorização em contínuo dos principais clientes de Abastecimento de água.

Iniciar Projeto piloto de telecontagem do consumo de água de abastecimento numa área restrita

do município;

Promover em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente a requalificação de linhas de água

através da partilha de responsabilidades e recursos consubstanciados em acordos que permitam

reunir as condições necessárias à sua concretização.

Contribuir para a criação das condições necessárias ao cumprimento de todos os critérios exigidos

para a atribuição da Bandeira Azul, mantendo as 18 zonas balneares do concelho.

Criar as condições de acessibilidade e serviços nas cinco praias do concelho classificadas como

“Praia Acessível – Praia para Todos”.

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Prosseguir os trabalhos de limpeza e desobstrução de linhas de água, contribuindo desta forma

para prevenir inundações e prejuízos resultantes das dificuldades de drenagem de cursos de água.

Promover condições para o eficiente escoamento e funcionamento da rede de águas pluviais do

concelho.

Promover o conhecimento e a divulgação do Centro de Educação Ambiental das Ribeiras de Gaia

– CEAR, através do desenvolvimento de novas iniciativas e sua divulgação junto dos munícipes e

das populações da região.

Implementação do novo programa de Educação Ambiental na Estação Litoral da Aguda para

crianças até 11 anos “O que o Mar nos traz…”.

Publicação de livro etnográfico sobre a “História do anzol no mundo”.

Remodelação do mural em frente à Estação Litoral da Aguda com motivos de pesca da Praia da

Aguda.

Prosseguir com a implementação do Plano de Monitorização da qualidade da água nos areinhos de

Oliveira do Douro, Avintes, Arnelas e Crestuma por forma a avaliar as condições inerentes ao

processo de identificação daquelas zonas como águas balneares.

Aumentar o nível habilitacional dos colaboradores através da adesão a um processo de RVCC para

obtenção do 9º ano.

Implementação do Portal do Colaborador com o objetivo de facilitar procedimentos e criar um canal

de comunicação entre a Administração, GRH e os colaboradores. Esta aplicação informática permitirá

de forma fácil e com maior produtividade, realizar procedimentos associados à relação laboral dos

colaboradores como justificar faltas, marcar férias, etc).

Alargar o sistema de avaliação de desempenho a todos os colaboradores.

Melhorar a eficácia da implementação dos sistemas de gestão da Qualidade, do Ambiente e de

Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, a dinâmica de melhoria contínua, a conformidade com

os requisitos legais e normativos aplicáveis das e promover a transição para os referenciais 2015

das normas da Qualidade e do Ambiente, de forma a ser mantida a certificação da Empresa

segundo as normas NP EN ISO 9001, NP EN ISO 14001 e OHSAS 18001.

Promover uma atuação responsável e eco eficiente na gestão e exploração dos processos e das

infraestruturas, prevenindo a poluição, racionalizando a utilização de recursos naturais e

minimizando os impactes ambientais.

Continuar a aposta no processo de internacionalização, com manutenção dos projetos em curso

em Angola e no reforço da vertente formativa.

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Reforçar a participação em projetos de elevado reconhecimento para a empresa e seus

trabalhadores, nomeadamente no que concerne à participação na plataforma da Parceria Pública

para a Água e na Associação Europeia de Operadores Públicos de Água.

Desenvolver a atividade da Empresa prestando um serviço de qualidade às populações e prosseguir

o processo de consolidação e melhoria da situação económica, promovendo o equilíbrio da

situação financeira e contribuindo para a estabilização do endividamento municipal.

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XI. Proposta de Aplicação dos Resultados

O Conselho de Administração propõe, nos termos do artigo 21.º dos Estatutos da Empresa, a seguinte

aplicação para os Resultados do Exercício de 2016, no montante de 228 389,40 euros:

a) Reserva Legal

22 838,94 euros

b) Aplicação do remanescente em Resultados

Transitados

205 550,46 euros

Vila Nova de Gaia, 30 de março de 2017

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

silviav
Text Box
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59

XII. Demonstrações Financeiras

Nos termos da alínea d) do artigo 13.º dos Estatutos da Empresa, juntam-se as seguintes demonstrações

financeiras:

a) Balanço;

b) Demonstração dos resultados por naturezas;

c) Demonstração das alterações no capital próprio;

d) Demonstração dos fluxos de caixa pelo método direto;

e) Anexo.

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Áouns DE GAIA, EM, s.A.

DEZEMBRO DE 2016

DATASRUBRICAS NOTAS31-12-20't5

101.948.936,

20.095.227

5.263.649,30.379,21

103.735.346,130,000,00

20.667.709,120,000,00

7.919.105,5128.077

1.159.060,090,00

4.629.371,540,00

200.820,590,00

2.266.923,754.109,26

0,002.346.986.46

1.125.285,240,00

4.286.364,290,00

160.331,310,00

3.584.140,33I .648,19

1.972.445,071 .229.081.99

54.000.000,00889.089,35

1.207.270,57-8.629.124,32

0,00

54.000.000,00805.173,12

1.207.270,57-9.384.370,35

0,00

66.096.263,93

228.389.40

66.021 .504,76

839.162.26

43.263.626,

4.952.020,1

39.298,8521.966.419,28

0,005.172.110,94

0,007

5.071.142,580,00

381.790,580,00

3.422.174,536.916.566,822.310.542,10

0.00

12.525.026,890,00

397.362,490,00

20.820.621,116.681.038,582.327.883,98

0.001ö.1UZ.Z1tt,ti1

71.620.811,53 77.848.867,63

ATIVO

Ativo não correnteAtivos fixos tangfveisPropriedades de investimentoGoodwillAtivos intangíveisAt¡vos biológ¡cosAcion¡stas / sóciosOutras contas a receberOutros ativos financeirosAtivos por impostos difer¡dos

Ativo correntelnventáriosAtivos biológicosClientesAdiantamento a fornecedoresEstado e outros entes públicosAcionistas / sóciosOutras contas a receberDiferimentosAtivos não correntes detidos para vendaCaixa e depósitos bancários

Total do ativo

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Gapital próprioCap¡tal realizadoReservas legaisOutras reservasResultados transitadosAjustamentos em ativos financeirosOutras variaçöes no capital próprio

Resultado líquido do períodoTotal do capital próprio

Passivo

Passivo não correnteProvisõesFinanciamentos obtidosResponsabilidades por beneff cios pós-empregoPassivos por impostos diferidosOutras contas a pagarDiferimentos

Passivo correnteFornecedoresAdiantamento de clientesEstado e outros entes públicosAcionistas / sóciosFinanciamentos obtidosOutras contas a pagarDiferimentosOutros passivos financeiros

Total do passivoTotal do cap¡tal próprio e do passivo

15.1

6

5

10.4

10.2

15.1

18.1

15.1

7

4.2

15.1

18.1

O Diretor Económico e Financeiro O Contabilista Certifìcado

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Áeurc DE cAtA, EM, s.A.

DEMoNSTRAÇÃo DoS RESULTADoS PoR NATUREZAS

FINDO EM 31 DE DEZEMB

O Conselho de Administração O Diretor Económico e Financeiro

MONETARIA

O Contabilista CertifcadoM\"-r' L-..

PERIODOSRENDIMENTOS E GASTOS NOTAS31-'t2-2î.iÊ 3'l-12-2015

50.094.490,613.992.659,56

0,00603.527,99

-8.748.532,37-28.989.651,64

-9.399.429,420,00

1.363.263,602.908.020,44

0,002.758.417,91

-4. 78

49.973.507,813.164.876,21

0,00623.259,85

-8.724.326,05-28.780.536,98

-9.213.844,24-226.811,12-482.544,96

-6.3r 3.828,15-39.298,85

10.286.454,7510

9.036.101,17

-7.633.569.97 -5.836.259.11

000-1

0001

-141.626,99 -118.246.67

Vendas e serviços prestadosSubsfdios à exploraçãoVariaçåo nos inventários da produçåoTrabalhos para a própria entidadeCusto das mercadorias vendidas e das matérias consumidasFornecimentos e serviços externosGastos com o pessoallmpar¡dade de inventários (perdas/reversöes)lmpar¡dade de dfvidas a receber (perdas/reversões)lmparidade de investimentos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)ProvisÕes (aumentos/reduçöes)Outros rendimentos e ganhosOutros gastos e perdas

Resultado antes de depreciaçöes, gastos de financiamento e impostos

Gastos / reversões de depreciaçäo e de amortizaçãoResultado operac¡onal (antes de gastos de financiamento e impostos)

Resultado antes de impostos

lmposto sobre o rendimento do perfodoResultado líquido do período

Juros e rendlmentos similares obtidosJuros e gastos similares suportados

11.2

10,4

10.3

16.1

15.2

5.1; 6'1

14

18.318.4

18.518.6

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ÁGffiDEilAEM,*

NOIÆ

OPERAçöES COM DEIENIoRES DE eHTA No PERIomRælkaçóê ê €ßiblRæliãø6 de ÈémiG deemi$offitu¡É€Etâdæ p€É æbduÉs de perdasolffioæraÉ6

PNçÃo No rMcro Do PERloDo2ors

ETRAçöS NO PEdODO

AteÉÉo & pdftiG @tubl¡Ses

DESCRçÂO

RESULTADO UAUDO DO PEdODO

MULTMIMGW

69þl pópio

POSIçÃO NO FrM m PERIODO æ15

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616MS

6=1+2+3+5 g_000 m,d 0,0( 06 173,1i 1207 n0,5i

2

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O Dir&r E@nómi@e Finanæ!þ

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ÁGUÆ DE dA Etvl, sÄ

øttÞlræliæó

DferenF de óNeEáo è demñrâçóes ñnandræRælizaËo ó qdente de rMlodação de ativ6 fBc bngiÿds e inÞng¡vdsÊxæd6t6 de dvæ fix6 Þngivds e ifrngiveis e r6pdivæ vâdaÉ6Aju$menb ærimFG ófeñd6Oùæ atdaÉæ rÐnhdGs no ædH próprio

ffiULTÆO ÙAUDO DO PERIOæ

ffiULTÆO IMIEGRAL

oPEmçöæ coM DEIEñÍORES DE æ|TAL NO pEdomRdizaF6 de cafiblRælizaÉ6 de prémios de emisãoDistr¡buiÉ6Effi¿øs FÉ æHuræ è ærdæCutas oærats6

POSIçÃO NO tN¡CtO DO PEdODO æ16

ÈEmç08 NO PEdODOPrimâra adoção de ndo rddendal @Mdli$i@ÞJteraøo de ællt€s @nbbìlí$6

DffiRçÃO

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O Coreelho

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5.4 000 oæ.tr 0,00 1207 ZO,ý 46æ 124,n 18æ 028,33

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Ácu¡s DE GAIA, EM, s.A.

DEMoNSTRAÇÃo DE FLUXoS DE cAIXA

peRfooo rr

O Conselho de Administração O Diretor Económico e Financeiro O Contabilista Certificado

DE 2016

?M--\ r\..^.

PERIlRUBRICAS NOTAS3',t-12-2016 31-12-2015

-7.644j22

57.739.893,68-47.544.988,03

55.089.497-32.795.148,95

77-8.

65.276,68

-2.360 91

-232.476,1.353.533,

-2.1 1

-184.258,582.408.218,30

-2.406.627,

179.687,1142.809,1

000

37 69000

-2.866.835,6r0,00

-7.500,000,00

3.136,500,000,000,00

119.376,2645.905,03

-44.583.988,62

0,00

-1

13

0,000,00

18.335.786,000,000,000,000,00

-26.346.147,11-2.104.742,39

0,000,00

Recebimento de clientesPagamentos a fornecedoresPagamentos ao pessoal

Caixa gerada pelas operaçöesRecebimento do imposto sobre o rendimentoPagamento do imposto sobre o rendimentoOutros recebimentosOutros pagamentos

Fluxos de caixa das atividades operacionais (1)

Fluxos de caixa das atividades de investimentoPagamentos respeitantes a:Ativos fixos tangíveisAtivos intangfveisI nvestimentos financeirosOutros ativosRecebimentos proven ientes de:Ativos fixos tangíveisAtivos intangíveisI nvestimentos financeirosOutros ativosSubsfdios ao investimentoJuros e rendimentos similaresDividendos

Fluxos de caixa das atividades de investimento (2)

Fluxos de caixa das atividades de financiamentoRecebimentos provenientes de:Financiamentos obtidosRealizações de capital e de outros instrumentos de capital próprioCobertura de prejufzosDoaçöesOutras operações de fìnanciamentoPagamentos respeitantês a:Financiamentos obtidosJuros e gastos similaresDividendosReduções de capital e de outros Instrumentos de capital próprioOutras operaçöes de financiamento

Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3)

Variaçäo de caixa e seus equivalentes (1 + 2 + 3)Efeito das diferenças de câmbioCaixa e seus equivalentes no infcio do períodoCaixa e seus equivalentes no fìm do período 4.2

1.117.904,470,00

1.229.081,992.346.986,46

218.334,720,00

1.010.747,271.229.081,99

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1

Anexo

1 — Identificação da entidade

Águas de Gaia, EM, S.A. (Sociedade), com sede na Rua 14 de Outubro, 343, 4450-050 VILA NOVA DE

GAIA é uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos.

Um - A Sociedade tem por objeto principal, por delegação do Município de Vila Nova de Gaia, nos

termos do artigo 27.° da Lei n.° 50/2012, de 31 de agosto: a) A gestão e exploração dos sistemas públicos

de distribuição de água potável e de drenagem e tratamento de águas residuais produzidas no concelho de

Vila Nova de Gaia; b) A gestão e exploração da rede de águas pluviais, saneamento de águas residuais

urbanas e gestão de resíduos sólidos urbanos e limpeza pública.

Dois - Compreende-se, acessoriamente, no objeto social da Sociedade: a) A gestão das concessões dos

sistemas municipais ou multimunicipais referidos no número anterior e de outras conexas atribuídas pelo

Município, nos termos da lei; b) A realização de trabalhos de limpeza e desobstrução, reabilitação e

renaturalização de rios e ribeiras em aglomerados urbanos, na área territorial do Município de Vila Nova

de Gaia; c) Outras atividades complementares das previstas nas alíneas anteriores, nomeadamente a

colaboração na gestão e manutenção de estruturas de apoio às zonas balneares da costa de mar do

concelho; d) A faturação e cobrança de preços bem como de taxas, cuja fórmula de cálculo tenha por base

os volumes de água adquiridos; e) Promover e assegurar a execução das obras de conservação e

beneficiação nos edifícios onde se encontram a funcionar os equipamentos; f) Promover o intercâmbio

com instituições congéneres nacionais ou estrangeiras no domínio das suas atividades; g) Fiscalizar o

cumprimento das leis e regulamentos municipais que regem a respetiva atividade e instaurar e instruir os

processos sancionatórios, punir as infrações e cobrar os valores das respetivas coimas que sejam da sua

competência no âmbito dos poderes de autoridade que lhe são para o efeito cometidos pelo Município de

Vila Nova de Gaia.

2 — Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras

2.1. Referencial contabilístico

As presentes demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações,

a partir dos registos contabilísticos da Sociedade e de acordo com as normas do sistema de Normalização

Contabilística, regulado pelos seguintes diplomas legais:

. Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho (Sistema de Normalização Contabilística), com as alterações

introduzidas pela Lei n.º 20/2010 de 23 de agosto;

. Aviso n.º 15652/2009, de 7 de setembro (Estrutura Conceptual);

. Portaria n.º 218/2015, de 23 de julho (Código de Contas);

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2

. Portaria n.º 220/2015, de 24 de julho (Modelos de Demonstrações Financeiras);

. Aviso n.º 8256/2015, de 29 de julho (Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro do SNC);

De forma a garantir a expressão verdadeira e apropriada, quer da posição financeira quer do desempenho

da Sociedade, foram utilizadas as normas que integram o Sistema de Normalização Contabilística (SNC),

antes referidas, em todos os aspetos relativos ao reconhecimento, mensuração e divulgação.

O conjunto dos normativos que integram o SNC foi utilizado pela primeira vez em 2010 para a

elaboração de demonstrações financeiras completas, passando a constituir o referencial de base para os

períodos subsequentes. Estas normas foram ainda aplicadas ao período iniciado em 1 de janeiro de 2009,

de forma a garantir a necessária expressão e apresentação para efeitos comparativos.

As demonstrações financeiras são individuais e foram elaboradas com um período de reporte coincidente

com o ano civil, no pressuposto da continuidade de operações da Sociedade e no regime do acréscimo,

utilizando os modelos das demonstrações financeiras previstos no artigo 1.º da Portaria n.º 220/2015, de

24 de julho, designadamente o balanço, a demonstração dos resultados por naturezas, a demonstração das

alterações no capital próprio, a demonstração dos fluxos de caixa e anexo, com expressão dos respetivos

montantes em Euros.

2.2. Indicação e justificação das disposições do SNC que, em casos excecionais, tenham sido

derrogadas

Nos períodos abrangidos pelas presentes demonstrações financeiras não foram derrogadas quaisquer

disposições do SNC que tenham produzido efeitos materialmente relevantes e que pudessem pôr em

causa a imagem verdadeira e apropriada que devem transmitir aos interessados pelas informações

disponibilizadas.

2.3. Indicação e comentário das contas do balanço e da demonstração dos resultados cujos

conteúdos não sejam comparáveis com os do período anterior

As quantias relativas ao período findo em 31 de dezembro de 2016, incluídas nas presentes

demonstrações financeiras para efeitos comparativos, estão apresentadas em conformidade com o modelo

resultante das alterações introduzidas pelos diplomas legais emitidos no âmbito da publicação do sistema

de Normalização Contabilística.

3 — Principais políticas contabilísticas

3.1. Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras

As políticas contabilísticas mais significativas utilizadas na preparação destas demonstrações financeiras

encontram-se descritas abaixo. Estas políticas foram aplicadas de forma consistente nos períodos

comparativos, exceto quando referido em contrário.

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3

Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis compreendem:

a) O valor que resultou da aquisição da posição contratual relativa à gestão e exploração do sistema

municipal de resíduos sólidos urbanos.

b) Programas de computador

As amortizações são calculadas, quando o ativo estiver disponível para uso, pelo método da linha reta, de

acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:

Ativos intangíveis Anos de

vida útil

Programas de computador 4

Propriedade industrial - resíduos sólidos 36

Ativos fixos tangíveis

Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2009 encontram-se registados ao seu custo

considerado, o qual corresponde ao custo de aquisição, deduzido de depreciações e quaisquer perdas por

imparidade acumuladas.

Os ativos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição,

deduzido de depreciações e quaisquer perdas por imparidade acumuladas.

As depreciações são calculadas, quando o ativo estiver disponível para uso, pelo método da linha reta, de

acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:

Ativo fixos tangíveis Anos de

vida útil

Edifícios e outras construções 10-50

Equipamento básico 5-12

Equipamento de transporte 4-5

Ferramentas e utensílios -

Equipamento administrativo 4-8

Equipamentos biológicos 10

Outros ativos fixos tangíveis 8-10

Os ativos fixos tangíveis em curso representam ativos ainda em fase de construção, encontrando-se

registados ao custo de aquisição/produção.

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4

Estes ativos são depreciados a partir do momento em que estejam prontos para utilização.

Os custos com a manutenção e reparação e que não aumentem a vida útil destes ativos são registados

como gastos do período em que ocorrem. As benfeitorias e as beneficiações apenas são registadas como

ativo nos casos em que comprovadamente aumentem a sua vida útil ou aumentem a sua eficiência,

traduzindo-se num acréscimo dos benefícios económicos futuros.

As mais ou menos valias resultantes da alienação ou da retirada dos ativos fixos tangíveis são

determinadas pela diferença entre o preço de venda e a quantia escriturada na data de alienação/retirada,

sendo registadas na demonstração dos resultados como “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos

e perdas”.

Locações

A classificação das locações como financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da

forma dos contratos. Os contratos de locação, em que a Sociedade age como locatário, são classificados

como locações financeiras se, através deles, forem transferidos substancialmente todos os riscos e

vantagens inerentes à posse, e como locações operacionais, se tal não acontecer.

Nas locações financeiras, o valor dos bens é registado no balanço como ativo, a correspondente

responsabilidade é registada no passivo, na rubrica “Financiamentos obtidos”, os juros incluídos no valor

dos pagamentos mínimos e a depreciação do ativo são registados como gastos na demonstração dos

resultados do período a que respeitam.

Inventários

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio

de aquisição, utilizando-se o custo médio como método de custeio.

As mercadorias detidas pela Sociedade em 31 de dezembro de 2016 referem-se à água armazenada nos

reservatórios no valor de €34.939,96 e as outras mercadorias, no total de €27.165,76, referem-se a artigos

para venda na loja da Estação Litoral da Aguda.

A Sociedade utiliza o regime de inventário permanente, de acordo com o disposto no n.º 1 do artigo 12.º

do Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho.

Custos de empréstimos obtidos

Os custos de juros incorridos com empréstimos são reconhecidos como gastos, nos termos da NCRF n.º

27 ao custo amortizado.

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5

Subsídios

Os subsídios ao investimento, relacionados com ativos fixos tangíveis, são inicialmente reconhecidos nos

capitais próprios, sendo posteriormente reconhecidos na demonstração dos resultados numa base

sistemática e racional durante os períodos contabilísticos necessários para balanceá-los com os gastos

relacionados.

Regime de acréscimo

Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem, independentemente do seu

pagamento ou recebimento, de acordo com o regime de acréscimo. As diferenças entre os montantes

recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas “Outras contas a

receber e a pagar” ou “Diferimentos”.

Rédito

O rédito relativo a vendas, prestações de serviços e juros, decorrentes da atividade ordinária da Sociedade

não inclui quaisquer impostos liquidados nas faturas.

Imposto sobre o rendimento do período

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos como gastos dos períodos abrangidos pelas presentes

demonstrações financeiras encontram-se corrigidos pelo efeito da contabilização dos impostos diferidos,

caso existam diferenças temporárias tributáveis e/ou dedutíveis.

Os impostos diferidos referem-se a diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e dos passivos

para efeitos de registo contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação, bem como os

resultantes de benefícios fiscais obtidos e de diferenças temporárias entre o resultado fiscal e

contabilístico. O imposto é reconhecido na demonstração dos resultados, exceto quando relacionado com

itens que sejam movimentados em capitais próprios, facto que implica o seu reconhecimento em capitais

próprios.

Os ativos e passivos por impostos diferidos são calculados e periodicamente avaliados, utilizando-se as

taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias.

4 — Fluxos de caixa

4.1. Comentário da gerência sobre a quantia dos saldos significativos de caixa e seus equivalentes

que não estão disponíveis para uso:

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6

Nada consta.

4.2. Desagregação dos valores inscritos na rubrica de caixa e em depósitos bancários:

Quantia escriturada e movimentos

do período

Saldo inicial Débitos Créditos Saldo final

(1) (2) (3) (4)

Caixa

37.797,06 59.121.773,42 59.140.295,52 19.274,96

Depósitos à ordem

Valores disponíveis 1.191.284,93 152.526.107,95 151.389.681,38 2.327.711,50

Valores a descoberto 0,00 0,00 0,00 0,00

Outros depósitos bancários 0,00 0,00 0,00 0,00

Total de caixa e depósitos

bancários 1.229.081,99 211.647.881,37 210.529.976,90 2.346.986,46

Dos quais: Depósitos

bancários no exterior 0,00 0,00 0,00 0,00

5 – Ativos intangíveis

Em 25 de março de 2010, foi celebrado um contrato entre o Município de Vila Nova de Gaia e as Águas

de Gaia, no qual o Município delegava na Empresa as competências relativas à gestão e exploração do

sistema municipal de resíduos sólidos urbanos de Gaia. Pela aquisição dessa posição contratual as Águas

de Gaia pagaram a quantia de €20.657.549,48, que relevaram na rubrica Propriedade Industrial e que até

ao exercício de 2015 era considerado um ativo com vida útil indefinida, e portanto, não sujeito a

amortização. Em 20 de fevereiro de 2017, foi aprovado em reunião da Câmara Municipal de Gaia um

aditamento ao contrato celebrado pelas partes em 25 de março de 2010, com o objeto de fixação do prazo

de vigência para o referido contrato, passando o contrato de delegação de competência a ser válido por

um período de 35 anos a contar do dia 1 de janeiro de 2017. Com esta alteração contratual, o ativo

intangível passou a ter um período de vida útil definido, que no exercício de 2016 era de 36 anos,

passando a ser amortizado pelo método da linha reta.

Os restantes elementos dos ativos intangíveis são também amortizados pelo método da linha reta durante

um período de 4 anos.

5.1. Divulgações sobre ativos intangíveis

a) As amortizações do período são calculadas tendo em consideração as seguintes vidas úteis e taxas

de amortização:

Ativos intangíveis Anos de

vida útil

Taxa de

amortização

Programas de computador 4 25%

Propriedade industrial - resíduos sólidos 36 2,78%

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b) O valor das amortizações relativas a ativos intangíveis incluídas na rubrica “Gastos/reversões de

depreciação e de amortização” da demonstração dos resultados ascende a:

Ativos intangíveis 2016 2015

Programas de computador 6.951,81 7.659,37

Propriedade industrial 574.279,88 0,00

Total 581.231,69 7.659,37

(Valores em euros)

c) Os movimentos na rubrica ativos intangíveis durante o ano 2015 e em 2016 são os que se seguem:

2015

Goodwill

Projetos de desenvolvimento

Programas de computador

Propriedade industrial

Outros ativos intangíveis

Investimentos em curso

Total

Quantia Escriturada Bruta:

Saldo em 31.12.2014 0,00 0,00 87.910,26 20.664.561,62 0,00 0,00 20.752.471,88

Adições 0,00 0,00 10.500,00 0,00 0,00 0,00 10.500,00

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 12.324,56 0,00 0,00 0,00 12.324,56

Transferências 0,00 0,00 -46.210,41 -7.012,14 0,00 0,00 -53.222,55

Saldo em 31.12.2015 0,00 0,00 64.524,41 20.657.549,48 0,00 0,00 20.722.073,89

Depreciações Acumuladas:

Saldo em 31.12.2014 0,00 0,00 68.266,69 7.012,14 0,00 0,00 75.278,83

Adições 0,00 0,00 7.659,37 0,00 0,00 0,00 7.659,37

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 0,00 -33.885,85 -7.012,14 0,00 0,00 -40.897,99

Saldo em 31.12.2015 0,00 0,00 42.040,21 0,00 0,00 0,00 42.040,21

Perdas por Imparidade Acumuladas:

Saldo em 31.12.2014

Adições 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Reversões 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 -12.324,56 0,00 0,00 0,00 -12.324,56

Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saldo em 31.12.2015 0,00 0,00 -12.324,56 0,00 0,00 0,00 -12.324,56

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2016

Goodwill Projetos de

desenvolvimento

Programas de

computador

Propriedade

industrial

Outros ativos

intangíveis

Investimentos

em curso Total

Quantia Escriturada Bruta:

Saldo em 31.12.2015 0,00 0,00 64.524,41 20.657.549,48 0,00 0,00 20.722.073,89

Adições 0,00 0,00 8.750,00 0,00 0,00 0,00 8.750,00

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 -12.324,56 0,00 0,00 0,00 -12.324,56

Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saldo em 31.12.2016 0,00 0,00 60.949,85 20.657.549,48 0,00 0,00 20.718.499,33

Depreciações Acumuladas:

Saldo em 31.12.2015 0,00 0,00 42.040,21 0,00 0,00 0,00 42.040,21

Adições 0,00 0,00 6.951,81 574.279,88 0,00 0,00 581.231,69

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saldo em 31.12.2016 0,00 0,00 48.992,02 574.279,88 0,00 0,00 623.271,90

Perdas por Imparidade Acumuladas:

Saldo em 31.12.2015 0,00 0,00 -12.324,56 0,00 0,00 0,00 -12.324,56

Adições 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Reversões 0,00 0,00 12.324,56 0,00 0,00 0,00 12.324,56

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saldo em 31.12.2016 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

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6 — Ativos fixos tangíveis

6.1. Divulgações sobre ativos fixos tangíveis

a) Bases de mensuração:

Os ativos tangíveis estão valorizados de acordo com o modelo do custo, segundo o qual um item do ativo

fixo tangível é escriturado pelo seu custo menos depreciações e quaisquer perdas por imparidades

acumuladas.

b) Método de depreciação usado:

A Sociedade deprecia os seus bens do ativo fixo tangível de acordo com o método da linha reta. De

acordo com este método, a depreciação é constante durante a vida útil do ativo se o seu valor residual não

se alterar.

c) Vidas úteis e taxas de depreciação usadas:

As depreciações do período são calculadas tendo em consideração as seguintes vidas úteis e taxas de

depreciação:

Ativos fixos tangíveis

Anos de

vida

útil

Taxa de

depreciação

Edifícios e outras construções 10-50 2% - 10%

Equipamento básico 5-12 8,33% - 20%

Equipamento de transporte 4-5 20% - 25%

Ferramentas e utensílios - -

Equipamento administrativo 4-8 12,5% - 25%

Equipamentos biológicos 10 10%

Outros ativos fixos tangíveis 8-10 10% - 12,5%

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d) / e) Reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período:

2015

Terrenos e

recursos

naturais

Edifícios e outras

construções

Equipamento

básico

Equipamento

de transporte

Equipamento

administrativo

Equipamentos

biológicos

Outros ativos

fixos tangíveis

Imobilizações

em curso Total

Quantia Escriturada Bruta:

Saldo em 31.12.2014 1.722.037,92 223.311.157,18 9.634.513,24 2.616.982,99 3.731.890,29 389.216,31 2.917.139,64 1.879.307,20 246.202.244,77

Adições 0,00 81.382,33 624.477,57 218.519,05 107.758,79 92,13 7.444,02 2.593.769,06 3.633.442,95

Revalorizações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Alienações -400.000,00 0,00 0,00 -253.552,73 0,00 0,00 0,00 0,00 -653.552,73

Retiradas 0,00 0,00 -353.185,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -353.185,01

Ativos detidos p/ venda 0,00 7.311.973,84 223.146,38 52.615,44 366.487,32 137.355,80 182.369,88 0,00 8.273.948,66

Transferências 0,00 -11.664.764,56 -1.141.402,05 -345.114,45 -802.519,98 -388.657,85 -1.202.686,65 -1.963.670,25 -17.508.815,79

Saldo em 31.12.2015 1.322.037,92 219.039.748,79 8.987.550,13 2.289.450,30 3.403.616,42 138.006,39 1.904.266,89 2.509.406,01 239.594.082,85

Depreciações Acumuladas:

Saldo em 31.12.2014 0,00 114.997.099,34 7.980.690,06 2.438.856,54 3.308.062,60 251.359,35 2.621.681,30 0,00 131.597.749,19

Adições 0,00 5.172.265,22 442.920,23 121.926,74 49.669,28 65,08 41.753,19 0,00 5.828.599,74

Revalorizações / Ajustamentos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Alienações 0,00 0,00 0,00 -253.552,73 0,00 0,00 0,00 0,00 -253.552,73

Retiradas 0,00 0,00 -353.141,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -353.141,01

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 -6.316.460,97 -918.255,67 -292.499,01 -436.032,66 -251.302,05 -1.020.316,77 0,00 -9.234.867,13

Saldo em 31.12.2015 0,00 113.852.903,59 7.152.213,61 2.014.731,54 2.921.699,22 122,38 1.643.117,72 0,00 127.584.788,06

Perdas por Imparidade Acumuladas:

Saldo em 31.12.2014

Adições 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Reversões 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos detidos p/ venda 0,00 -5.373.303,03 -223.146,38 -52.615,44 -366.487,32 -137.355,80 -148.595,62 0,00 -6.301.503,59

Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saldo em 31.12.2015 0,00 -5.373.303,03 -223.146,38 -52.615,44 -366.487,32 -137.355,80 -148.595,62 0,00 -6.301.503,59

(Valores em euros)

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2016

Terrenos e

recursos

naturais

Edifícios e outras

construções

Equipamento

básico

Equipamento

de transporte

Equipamento

administrativo

Equipamentos

biológicos

Outros ativos

fixos tangíveis

Imobilizações

em curso Total

Quantia Escriturada Bruta:

Saldo em 31.12.2015 1.322.037,92 219.039.748,79 8.987.550,13 2.289.450,30 3.403.616,42 138.006,39 1.904.266,89 2.509.406,01 239.594.082,85

Adições 0,00 14.867,16 610.827,54 12.931,51 45.902,46 149,56 36.154,61 2.292.425,43 3.013.258,27

Revalorizações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Alienações 0,00 0,00 -75.927,02 -278.939,07 0,00 0,00 0,00 0,00 -354.866,09

Retiradas 0,00 0,00 -329.952,27 -2.842,04 -98,34 0,00 -527,21 0,00 -333.419,86

Ativos detidos p/ venda 0,00 -3.912.145,38 -217.167,13 -52.615,44 -366.487,32 -137.355,80 -182.369,88 0,00 -4.868.140,95

Transferências 0,00 10.749.712,91 0,00 0,00 0,00 0,00 8.572,85 -3.830.381,93 6.927.903,83

Saldo em 31.12.2016 1.322.037,92 225.892.183,48 8.975.331,25 1.967.985,26 3.082.933,22 800,15 1.766.097,26 971.449,51 243.978.818,05

Depreciações Acumuladas:

Saldo em 31.12.2015 0,00 113.852.903,59 7.152.213,61 2.014.731,54 2.921.699,22 122,38 1.643.117,72 0,00 127.584.788,06

Adições 0,00 6.424.837,56 458.779,52 98.026,03 49.989,61 80,04 20.625,52 0,00 7.052.338,28

Revalorizações / Ajustamentos 0,00 -88,58 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -88,58

Alienações 0,00 0,00 -75.927,02 -278.939,07 0,00 0,00 0,00 0,00 -354.866,09

Retiradas 0,00 0,00 -329.150,91 -2.842,04 -98,34 0,00 -527,21 0,00 -332.618,50

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 4.674.520,39 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4.674.520,39

Saldo em 31.12.2016 0,00 124.952.172,96 7.205.915,20 1.830.976,46 2.971.590,49 202,42 1.663.216,03 0,00 138.624.073,56

Perdas por Imparidade Acumuladas:

Saldo em 31.12.2015 0,00 -5.373.303,03 -223.146,38 -52.615,44 -366.487,32 -137.355,80 -148.595,62 0,00 -6.301.503,59

Adições 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Reversões 0,00 1.973.474,57 217.167,13 52.615,44 366.487,32 137.355,80 148.595,62 0,00 2.895.695,88

Alienações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Retiradas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ativos detidos p/ venda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saldo em 31.12.2016 0,00 -3.399.828,46 -5.979,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -3.405.807,71

(Valores em euros)

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12

6.2. Depreciações, reconhecidas nos resultados

Ativos tangíveis 2016

Terrenos e recursos naturais 0,00

Edifícios e outras construções 6.424.837,56

Equipamento básico 458.779,52

Equipamento de transporte 98.026,03

Equipamento administrativo 49.989,61

Equipamentos biológicos 80,04

Outros ativos fixos tangíveis 20.625,52

Total 7.052.338,28

(Valores em euros)

6.3. Depreciações acumuladas no final do período

Ativos tangíveis 31.12.2016 31.12.2015

Terrenos e recursos naturais 0,00 0,00

Edifícios e outras construções 124.952.172,96 113.852.903,59

Equipamento básico 7.205.915,20 7.152.213,61

Equipamento de transporte 1.830.976,46 2.014.731,54

Equipamento administrativo 2.971.590,49 2.921.699,22

Equipamentos biológicos 202,42 122,38

Outros ativos fixos tangíveis 1.663.216,03 1.643.117,72

Total 138.624.073,56 127.584.788,06

(Valores em euros)

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13

7 — Ativos não correntes detidos para venda

7.1. Ativos não correntes classificados como detidos para venda

Ativos Valor Bruto Depreciações Acumuladas

Imparidades Acumuladas

Valor Líquido

Ativos tangíveis:

Terrenos e recursos naturais 0,00 0,00 0,00 0,00

Edifícios e outras construções 5.184.264,69 1.784.436,23 3.399.828,46 0,00

Equipamento básico 14.378,05 8.398,80 5.979,25 0,00

Equipamento de transporte 0,00 0,00 0,00 0,00

Equipamento administrativo 0,00 0,00 0,00 0,00

Equipamentos biológicos 0,00 0,00 0,00 0,00

Outros ativos fixos tangíveis 0,00 0,00 0,00 0,00

5.198.642,74 1.792.835,03 3.405.807,71 0,00

Ativos intangíveis:

Programas de computador 0,00 0,00 0,00 0,00

Propriedade industrial 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,00 0,00

Total 5.198.642,74 1.792.835,03 3.405.807,71 0,00

(Valores em euros)

Os ativos mencionados no quadro anterior resultam do Processo de Reestruturação da Sociedade,

aprovado pela Assembleia Municipal em 4 de dezembro de 2014 e aguardam a formalização dos registos

competentes, pelo Município de Vila Nova de Gaia, para se proceder à transferência contabilística dos

valores em causa.

8 — Locações

8.1. Locações financeiras – locatários:

a) Quantia escriturada para cada categoria de ativo à data de Balanço:

2016 2015

Valor Bruto Depreciações

Acumuladas

Valor

Líquido Valor Bruto

Depreciações

Acumuladas

Valor

Líquido

Terrenos e recursos naturais 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Edifícios e outras construções 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Equipamento básico 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Equipamento de transporte 208.059,37 121.059,37 87.000,00 354.883,22 203.965,80 150.917,42

Equipamento administrativo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outros ativos fixos tangíveis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Total 208.059,37 121.059,37 87.000,00 354.883,22 203.965,80 150.917,42

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b) Reconciliação entre o total dos futuros pagamentos mínimos da locação à data de balanço e o seu valor

presente:

31-12-2016 31-12-2015

Futuros pagamentos mínimos

Pagamentos mínimos até 1 ano 46.402,86 70.054,32

Pagamentos mínimos mais de 1 ano e não mais de 5 anos 87.721,43 134.162,22

Pagamentos mínimos mais de 5 anos 0,00 0,00

Total de futuros pagamentos mínimos 134.124,29 204.216,54

Pagamento de juros futuros 7.459,20 12.920,93

Valor presente das responsabilidades

Pagamentos mínimos até 1 ano 45.943,43 67.999,05

Pagamentos mínimos mais de 1 ano e não mais de 5 anos 85.191,04 125.912,05

Pagamentos mínimos mais de 5 anos 0,00 0,00

Total do valor presente das responsabilidades 131.134,47 193.911,10

8.2. Locações operacionais – locatários:

a) Reconciliação entre o total dos futuros pagamentos mínimos da locação à data de balanço e o seu valor

presente:

31-12-2016 31-12-2015

Não mais de 1 ano 110.691,00 70.261,71

Mais de 1 ano e não mais de 5 anos 136.933,28 118.592,55

Mais de 5 anos 0,00 0,00

Total 247.624,28 188.854,26

b) Pagamentos de locação reconhecidos como gasto do período:

31-12-2016 31-12-2015

Pagamentos mínimos de locação 97.708,92 35.719,15

Rendas contingentes 0,00 0,00

Pagamentos de sublocação 0,00 0,00

Total 97.708,92 35.719,15

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9 — Custos de empréstimos obtidos

9.1. Política contabilística adotada nos custos de empréstimos obtidos

Os custos de juros, e outros incorridos com empréstimos são reconhecidos como gastos ao custo

amortizado de acordo com a NCRF n.º 27.

Valor contratual do

empréstimo

Comissões e

imposto do selo

(1)

Juro do custo

amortizado

(2)

Ajustamento

contabilístico

(3) = (1) - (2)

49.000.000,00 819.200,00 67.999,40 751.200,60

10 — Inventários

10.1. Políticas contabilísticas adotadas na mensuração dos inventários e fórmula de custeio usada

Os inventários encontram-se valorizados pelo custo. O custo inclui todos os custos de compra incorridos

para colocar os inventários na sua condição atual.

A Sociedade valoriza os seus inventários pela fórmula de custeio do custo médio ponderado, a qual

pressupõe que o custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens

semelhantes no começo de um período e do custo de itens semelhantes comprados ou produzidos durante

o período.

10.2. Quantia total escriturada de inventários e quantia escriturada em classificações apropriadas

Inventários 31-12-2016 31-12-2015

Mercadorias 62.105,72 61.565,47

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 1.096.954,37 1.063.719,77

Total 1.159.060,09 1.125.285,24

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10.3. Quantia de inventários reconhecida como um gasto durante o período

Apuramento

2016 2015

Mercadorias

Matérias-primas,

subsidiárias e de

consumo

Mercadorias

Matérias-primas,

subsidiárias e de

consumo

Inventário inicial 61.565,47 1.063.719,77 198.020,56 958.084,81

Perdas por imparidade em inventários 0,00 0,00 0,00 0,00

Compras 7.658.919,54 953.245,74 7.252.057,82 1.232.082,36

Reclassificação e regularização de inventários -1.055,84 171.197,78 12.138,58 197.227,16

Inventário final -62.105,72 -1.096.954,37 -61.565,47 -1.063.719,77

Gasto do período 7.657.323,45 1.091.208,92 7.400.651,49 1.323.674,56

(a) (b) (c) (d)

Valor da DF (a) + (b) 8.748.532,37 Valor da DF (c) + (d) 8.724.326,05

10.4- Ativos biológicos mensurados no fim do período ao justo valor

Descrição 2016 2015

1-Ativos biológicos finais 0,00 0,00

2-Reclassificação e regularização de inventários 0,00 0,00

3-Ativos biológicos iniciais 0,00 226.811,12

4-Variações em ativos biológicos (4 = 1 + 2 - 3) 0,00 -226.811,12

11 — Réditos

11.1 - Políticas contabilísticas adotadas para reconhecimento do rédito

A Sociedade reconhece os réditos de acordo com os seguintes critérios:

a) Vendas – são reconhecidas nas demonstrações dos resultados quando seja provável que os

benefícios económicos associados com a transação fluam para a entidade e quando os custos

incorridos referentes à transação possam ser fiavelmente mensurados;

b) Prestações de serviços – são reconhecidas na demonstração dos resultados com referência à fase

de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

c) Juros – são reconhecidos utilizando o método do juro efetivo.

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11.2 - Quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período:

2016 2015

Vendas:

Mercadorias

Venda de água 12.965.931,14 13.381.656,01

Outras mercadorias 6.908,60 5.147,48

Ativos biológicos 0,00 723,40

* 12.972.839,74 13.387.526,89

Prestações de serviços:

Água 6.875.448,58 6.860.629,70

Saneamento 14.769.486,57 13.778.904,67

Resíduos sólidos urbanos 14.790.292,75 14.647.666,58

Serviços secundários 686.422,97 1.298.779,97

* 37.121.650,87 36.585.980,92

Juros:

Juros cobrados aos clientes 44.815,25 46.585,96

Total 50.139.305,86 50.020.093,77

Total da DF: * 50.094.490,61 49.973.507,81

12 — Contabilização dos subsídios do Governo e divulgações de apoios do Governo

12.1 - Políticas contabilísticas adotadas para reconhecimento do rédito

Os subsídios não reembolsáveis com ativos fixos tangíveis são inicialmente reconhecidos nos capitais

próprios, sendo posteriormente reconhecidos na demonstração dos resultados numa base sistemática e

racional durante os períodos contabilísticos necessários para balanceá-los com os gastos relacionados.

12.2 – Natureza e extensão dos subsídios do Governo reconhecidos nas demonstrações financeiras e

indicação de outras formas de apoio do Governo

Descrição

Subsídios do Estado e outros entes

públicos Subsídios de outras entidades

Valor atribuído no

período ou em

períodos anteriores

Valor imputado ao

período

Valor atribuído no

período ou em

períodos anteriores

Valor imputado ao

período

Subsídios não reembolsáveis:

Ativos fixos tangíveis

Equipamento básico 11.295.398,39 810.150,50 11.341.222,46 0,00

Terrenos 142.932,25 0,00 0,00 0,00

Outros 61.118,06 76.888,06 740.377,36 598.138,94

Total 11.499.448,70 887.038,56 12.081.599,82 598.138,94

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13 — Acontecimentos após a data do balanço

Em 20 de fevereiro de 2017, foi aprovado em reunião da Câmara Municipal de Gaia um aditamento ao

contrato de delegação de competências para a gestão e exploração dos resíduos sólidos urbanos, celebrado

pelas partes em 25 de março de 2010, com o objeto de fixação do prazo de vigência para o referido

contrato, passando o referido contrato de delegação de competência a ser válido por um período de 35

anos, a contar do dia 1 de janeiro de 2017.

14 — Impostos sobre o rendimento

2016 2015

Resultado contabilístico do período (antes de impostos) 370.016,39 957.408,93

Imposto corrente 141.626,99 118.246,67

Imposto diferido 0,00 0,00

Imposto sobre o rendimento 141.626,99 118.246,67

Tributações autónomas 31.335,14 22.838,31

Imposto sobre o rendimento do período (1) 172.962,13 141.084,98

Taxa efetiva de imposto sobre o rendimento 46,74% 14,74%

Derrama (2) 21.209,97 18.347,76

Total: (1) + (2) 194.172,10 159.432,74

A taxa efetiva de imposto sobre o rendimento revela-se superior à taxa normal para o período, que é de

21%, devido às correções fiscais, que fazem aumentar o lucro tributável.

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15 — Instrumentos financeiros

É política da Sociedade reconhecer um ativo, um passivo financeiro ou um instrumento financeiro de

capital próprio apenas quando se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento.

15.1 – Ativos e passivos financeiros

Descrição

2016 2015

Mensurados

ao custo

Imparidade

acumulada

Mensurados

ao custo

Imparidade

acumulada

Ativos financeiros:

Clientes 13.201.656,91 8.572.285,37 14.221.913,26 9.935.548,97 (a)

Dos quais: Clientes de cobrança duvidosa 3.553.052,48 8.572.285,37 10.505.347,03 9.935.548,97

Outras contas a receber 2.266.923,75 3.584.140,33

Outras operações - com o pessoal 7.825,70 2.538,72

Juros a receber 0,00 0,00

Outros acréscimos de proveitos 18.475,91 209,68

Seguros de doença 2.836,92 2.698,36

CM VNG 0,00 36.540,33

Subsídio ao investimento 0,00 0,00

Subsídio à exploração 0,00 0,00

Cobranças coercivas 0,00 12.621,03

Outros 0,00 23.919,30

Cobradores 12.537,13 331.582,23

Devedores em mora 158.906,74 96.056,18

Outros devedores 40.265,87 9.118,88

Outros devedores c/c- Comp. saneamento em alta (ÁGUAS DO NORTE) 1.667.976,55 2.767.151,79

Outros devedores c/c-Diversos 358.098,93 338.244,16

Passivos financeiros:

Fornecedores 5.071.142,58 12.525.026,89

Fornecedores de água 713.898,24 3.337.649,40

Outros fornecedores 4.357.143,98 9.187.262,44

Faturas em receção e conferência 100,36 115,05

Outras contas a pagar 6.916.566,82 6.681.038,58

Dos quais: Fornecedores de investimentos 607.817,08 680.530,06

(a) - Valores no balanço, rubrica clientes:

Clientes 13.201.656,91

14.221.913,26

Imparidade acumulada -8.572.285,37

-9.935.548,97

4.629.371,54

4.286.364,29

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15.2 – Perdas por imparidade em ativos financeiros ao custo

Descrição

Perdas

por

imparidade

(1)

Reversões de

perdas

por

imparidade

(2)

Total

(3) = (1) - (2)

Dívidas a receber de clientes 215.961,94 1.579.225,54 -1.363.263,60

O valor das dívidas registadas como de cobrança duvidosa é de €3.553.052,48 e encontra-se reclamada

junto do Órgão das Execuções Fiscais do Município de Vila Nova de Gaia.

15.3 – Montante de capital social

Em 31 de Dezembro de 2016 a Sociedade tinha um capital social no valor de €54.000.000,00,

integralmente realizado e detido a 100% pelo Município de Vila Nova de Gaia.

16 — Benefícios dos empregados

Em 31 de Dezembro de 2016 a Sociedade tinha ao seu serviço 310 trabalhadores e no final de 2015, 313.

16.1 – Gastos com o pessoal

2016 2015

Remunerações dos órgãos sociais 129.031,12 114.724,83

Dos quais: Fiscal único 24.000,00 24.000,00

Remunerações do pessoal 5.451.431,29 6.458.130,69

Benefícios pós-emprego 3.352,10 1.621,64

Indemnizações 153.525,59 14.585,00

Encargos sobre remunerações 1.318.827,09 1.549.234,19

Seguros de acidentes de trabalho e doenças

profissionais 69.237,67 47.908,86

Gastos de ação social 2.210.578,47 971.313,83

Outros gastos com o pessoal 63.446,09 56.325,20

Total 9.399.429,42 9.213.844,24

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16.2 – Benefícios pós-emprego (planos de contribuição definida)

Quantias dos pagamentos e

dos gastos com relação a

planos de contribuição

definida a favor dos

empregados

2016 2015

Pessoal chave

de gestão

Outro

pessoal Totais

Pessoal

chave de

gestão

Outro pessoal Totais

Quantias das contribuições

pagas no período 0,00 238.456,90 238.456,90 0,00 316.233,26 316.233,26

Diferença entre as

contribuições pagas e as

contribuições devidas no

final do período 0,00 1.174.054,89 1.174.054,89 0,00 22.281,81 22.281,81

Quantias de gastos

reconhecidos no período 0,00 1.229.767,21 1.229.767,21 0,00 73.242,48 73.242,48

17 — Divulgações exigidas por diplomas legais

Declara-se que não existem dívidas em mora à Segurança Social, dando-se assim cumprimento ao

estabelecido no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 41/91, de 17 de outubro.

18 — Outras informações

18.1 – Estado e outros entes públicos

O detalhe da rubrica de Estado e outros entes públicos em 31 de dezembro é o seguinte:

2016 2015

Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas 200.820,59 160.331,31

Retenção de impostos sobre o rendimento 0,00 0,00

Outras tributações - Taxa de recursos hídricos 0,00 0,00

Total do ativo 200.820,59 160.331,31

2016 2015

Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas 0,00 0,00

Retenção de impostos sobre o rendimento 51.482,16 54.993,52

Imposto sobre o valor acrescentado 122.176,22 133.651,98

Outros impostos 0,00 0,00

Contribuições para a segurança social 203.709,63 204.943,86

Outros entes públicos 4.422,57 3.773,13

Outras tributações - Taxa de recursos hídricos 0,00 0,00

Total do passivo 381.790,58 397.362,49

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22

18.2 - Garantias prestadas

Banco Beneficiário Descrição Valor

Bankinter, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, E.P.E. Travessia para instalação de colector de águas residuais e pluviais (EN 1-Km 292,700) 2.500,00

Bankinter, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, E.P.E.

Abertura de vala longitudinal (com uma travessia) para instalação de conduta de

abastecimento de água (EN 1-Km's 295,540 ao 295,710) 15.250,00

Bankinter, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Execução de sete valas transversais à estrada nacional para instalação de ramais

domiciliários de águas residuais (EN 222-Km's 12 a 18) 3.150,00

Bankinter, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Execução de três ramais domiciliários de abast. de água (EN 1-Km's 289,770, 293,530 e

293,650) e uma montagem de conduta (EN 1-Km 291,150) 5.000,00

Bankinter, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Instalação de 3 ramais domiciliários de águas residuais (EN 1-Km's 290,800, 291,150 e

293,430) 5.000,00

Bankinter, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Instalação de 2 ramais para abastecimento de água - abertura de vala transversal (EN

222-Km 14+100) 5.000,00

Bankinter, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A. Instalação de 2 ramais para abastecimento de água (EN 222-Km 14+100 e Km 6,400) 5.000,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Abertura de valas para instalação de 2 ramais de abastecimento de água (EN 222-Km's

16,850 e 17,500) 2.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A. Abertura de vala para instalação de coletor de águas residuais (EN 222-Km 9,100) 825,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Execução de travessia numa extensão de 10m na rua de S. Caetano em Vilar do Paraíso

(EN 109-Km 2,500) 2.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Instalação de 2 coletores de drenagem de águas residuais e pluviais (EN 1-Km's 293,700

e 294,050) 28.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Abertura de uma vala transversal (na berma) para execução de ramais domiciliários de

água (EN 1-Km 293,450) 2.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Abertura de uma vala transversal (na berma) para execução de ramais domiciliários de

água (EN 1-Km 293,400) 2.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A. Abertura de uma vala (travessia na EN 222-Km 13,400) 2.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A. Abertura de uma vala (travessia na EN 222-Km 18,300) 2.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A. Abertura de uma vala longitudinal e transversal (EN 109-Km 7,940 ao 8,100) 12.000,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Abertura de valas (travessia) para instalação de infraestruturas de saneamento (EN 222-

Km's 17,000 e 18,000) 75.000,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A. Execução de travessia (EN 1-Km 294,300) 2.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A. Abertura de vala transversal (EN222 ao Km 18,500) 2.500,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A. Abertura de vala transversal (EN222 ao Km 18,400) 2.500,00

Banco BPI, S.A. DGT Processo de regularização do IVA das Empreitadas - Mota-Engil, S.A. 4.308,12

Banco BPI, S.A. DGT Processo de regularização do IVA das Empreitadas - Irmãos Magalhães, S.A. 43.027,49

Banco BPI, S.A. DGT Processo de regularização do IVA das Empreitadas - Sousa, Resende & Rodrigues, S.A. 14.850,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A. Prolongamento de Ramal de Águas Residuais (EN 1-Km 292+400) 2.100,00

Banco BPI, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Instalação de dois ramais para abastecimento de água (EN 222-Km 14+915 e Km

14+950) 7.200,00

Banco Santander

Totta, S.A.

EP - Estradas de

Portugal, S.A.

Abertura de vala para instalação de ramal domiciliário de drenagem de águas residuais

(EN 1/Km 289+800D + EN 222/Km 18+215D) 5.000,00

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18.3 – Outros rendimentos e ganhos

2016 2015

Rendimentos suplementares * 774.049,89 858.006,95

Descontos de pronto pagamento obtidos * 845,10 199,81

Recuperação de dívidas a receber * 0,00 0,00

Ganhos em inventários * 171.197,83 197.402,48

Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros * 94.501,50 99.628,00

Alienações 22.454,46 27.550,00

Sinistros 0,00 0,00

Rendas de terrenos 0,00 0,00

Rendas e outros rendimentos em propriedades de investimento 72.047,04 72.078,00

Outros rendimentos e ganhos 0,00 0,00

Outros * 1.673.006,40 9.081.165,51

Correções relativas a períodos anteriores 8.399,99 4.011,75

Excesso da estimativa para impostos 0,00 0,00

Imputação de subsídios para investimentos 1.485.177,50 8.914.643,73

Outros não especificados 179.428,91 162.510,03

Juros obtidos * 44.815,25 50.052,00

De depósitos 0,00 3.466,04

De outras aplicações de meios financeiros líquidos 44.815,25 46.585,96

Outros rendimentos similares * 1,94 0,00

Total da DF: * 2.758.417,91 10.286.454,75

18.4 – Outros gastos e perdas

2016 2015

Impostos diretos * 5.675,37 8.547,97

Impostos indiretos * 145.176,36 363.087,08

Taxas * 29.869,33 24.910,75

Dívidas incobráveis * 1.729.921,19 6.275,24

Perdas em inventários * 1.055,84 171,13

Gastos e perdas em investimentos não financeiros * 2.627.883,43 400.044,00

Alienações 2.567.377,87 400.000,00

Abates 60.505,56 44,00

Outros * 293.160,84 177.615,06

Correções relativas a períodos anteriores 15.719,57 6.920,79

Donativos 41.481,00 36.830,00

Quotizações 2.899,28 3.430,91

Insuficiência da estimativa para impostos 0,00 6.094,78

Multas e penalidades 4.394,42 1.160,88

Outros não especificados 228.666,57 123.177,70

Juros suportados 1.522.978,83 2.233.489,25

Juros de financiamentos obtidos 1.417.125,41 1.983.333,38

Juros de mora e compensatórios * 100.586,98 245.446,31

Outros juros * 5.266,44 4.709,56

Outros gastos e perdas de financiamento * 0,00 0,00

Outros 0,00 0,00

Total 6.355.721,19 3.214.140,48

Total da DF: * 4.938.595,78 1.230.807,10

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18.5 - Juros e rendimentos similares obtidos

2016 2015

Juros obtidos 44.815,25 50.052,00

De depósitos 0,00 3.466,04

De outras aplicações de meios líquidos 44.815,25 46.585,96

Outros rendimentos similares 1,94 0,00

Outros 1,94 0,00

Total 44.817,19 50.052,00

Total da DF: * 0,00 0,00

* Na demonstração dos resultados por naturezas, aquela rubrica diz respeito apenas à conta 7915 – Juros obtidos –

de financiamentos obtidos. Como a conta não existe no nosso plano, os valores ali exibidos, nos dois períodos são:

zero.

18.6 – Gastos e perdas de financiamento

2016 2015

Juros suportados 1.522.978,83 2.233.489,25

Juros de financiamentos obtidos * 1.417.125,41 1.983.333,38

Juros de mora e compensatórios 100.586,98 245.446,31

Outros juros 5.266,44 4.709,56

Outros gastos e perdas de financiamento 223.459,13 259.099,75

Relativos a financiamento obtidos * 223.459,13 259.099,75

Outros 0,00 0,00

Total 1.746.437,96 2.492.589,00

Total da DF: * 1.640.584,54 2.242.433,13

18.7 – Factos não recorrentes

18.7.1 - Apesar de estar previsto no Processo de Reestruturação da Sociedade, a transferência das

Ribeiras e Praias para o Município de Vila Nova de Gaia não se concretizou durante o ano de 2016,

optando a Sociedade no final do período económico pela sua transferência de Ativos Não Correntes

Detidos Para Venda, novamente para Ativos Fixos Tangíveis.

A transferência desse património implicou que a Sociedade procedesse à contabilização das respetivas

depreciações calculadas para os anos de 2015 e 2016, que ascenderam a €1.198.291,52, das quais

€602.322,04 não são consideradas como gasto para efeitos fiscais, por serem relativas a 2015.

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18.7.2 - Encontrava-se instaurado um processo judicial contra a Sociedade, em Tribunal, peticionando

que a Sociedade fosse condenada a pagar a alguns funcionários aposentados (Sócios A, da Caixa de

Previdência dos SMG) e seus beneficiários, as pensões de reforma e/ou de sobrevivência desde Julho de

2012 em diante, acrescido de juros de mora.

A ação foi julgada totalmente procedente, por provada. Após recurso, cujo acórdão, com data de

30/11/2016, confirmou a sentença, resolveram as partes celebrar um acordo para cumprimento do que foi

fixado pelo Tribunal.

O total da dívida das pensões de reforma e sobrevivência ascendia a €1.154.370,94 e os juros de mora a

€72.349,60. Estes valores afetaram os gastos do período, nomeadamente, os gastos com o pessoal e

aumentaram as dívidas a terceiros.

A Caixa de Previdência é intermediária no pagamento aos credores, recebendo a dívida em 18 prestações

mensais, iguais e sucessivas de €68.151,14, vencendo-se a primeira em 31/01/2017.

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XIII. Certificação e Parecer do Fiscal Único

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RGAAUDIToRES

CERTTTIC¿,Ç¡.O LEGAL DAS CONTAS

NNT,¡.TÓNTO SOBRE A AUDITORIA DAS DEMONSTNA,çOES FINAIICEIRAS

Opinião

Auditámos as demonstrações financeiras anexas da Águas de Gaia, E.M., S.A. (a Entidade), Quecompreendem o balanço em 31 de dezembro de 2016 (que evidencia um total de I37 .945.464,86 euros e umtotal de capital próprio de 66.324.653,33 euros, incluindo um resultado líquido de 228.38g,40 euros), ademonstração dos resultados por naturezas, a demonstração das alterações no capital próprio e ademonstração dos fluxos de caixa relativas ao ano findo naquela data, e o respetivo anexo que inclui umresumo das políticas contabilísticas significativas.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras anexas apresentam de forma verdadeira e apropriada, emtodos os aspetos materiais, a posição fînanceira da Águas de Gaia, E.M., S.A. em 31 de dezembro de 2016 eo seu desempenho financeiro e fluxos de caixa relativos ao ano findo naquela data de acordo com as NormasContabilísticas e de Relato Financeiro adotadas em Portugal através do Sistema de Normal izagãoContabilística.

Bases para a opinião

A nossa auditoria foi efetuada de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria (ISA) e demais norrnase orientações técnicas e éticas da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. As nossas responsabilidades nostermos dessas norrnas estão descritas na secção "Responsabilidades do auditor pela auditoria dasdemonstrações financeiras" abaixo. Somos independentes da Entidade nos termos da lei e cumprimos osdemais requisitos éticos nos termos do código de ética da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas.

Estamos convictos de que a prova de auditoria que obtivemos é suficiente e apropri ada para proporcionaruma base pafa a nossa opinião.

Rodr¡go, cregório & Assoc¡ado, SROC, Lda.Av da República, 1629 - 1. Esq" 4430-206 Vila Nova de ca¡a

lnscr¡ta na OROC sob o no 170Registada na CMVM sob o no 20'161474

NIPC: 504 844 369 - Capital Sociat: 76.500,00

I i l+3511223 77O 120 | @: www rga-aud¡tores pt I e.: [email protected] +

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RGAAUDIToRES

Enfases

Chamamos a atenção para a Nota 18.7 do Anexo que descreve como facto não recorrente o qual afetounegativamente o Resultado líquido do período, em virtude do registo de cerca dc 602.000 euros dedepreciações relativas a bens classificados em 2015 como Ativos não Correntes Detidos para Venda.

Na mesma nota é ainda referido, como facto da mesma nafrireza, que a entidade foi condenada num processojudicial ao pagamento a funcioniários aposentados e seus beneficiários, de pensões de reforma esobrevivência desde julho de 2012, em cerca de 1.154.000 euros, acrescidos de juros de mora de cerca de72.000 euros.

A nossa opinião não é modificada em relação a estas matérias.

Responsabilidades do órgão de gestão pelas demonstrações fïnanceiras

O órgão de gestão é responsável pela:

preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posiçãofinanceira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa da Entidade de acordo com as NormasContabilísticas e de Relato Financeiro;

elaboração do relatório de gestão nos termos legais e regulamentares aplicáveis;

criação e manutenção de um sistema de controlo interno apropriado para permitir a preparação dedemonstrações financeiras isentas de distorção material devido a fraude ou erro;

adoção de politicas e critérios contabilísticos adequados nas circunstâncias; e

avaliação da capacidade da Entidade de se manter em continuidade, divulgando, quando aplicável, asmatérias que possam suscitar dúvidas significativas sobre a continuidade das atividades.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras

A nossa responsabilidade consiste em obter segurança razoâvel sobre se as demonstrações financeiras comoum todo estão isentas de distorções materiais devido a fraude ou erro, e emitir um relatório onde conste anossa opinião. Segurançarazoáwel é um nível elevado de segurança mas não é uma garantia de que umaauditoria executada de acordo com as ISA detetará sempre uma distorção material quando exista. Asdistorções podem ter origem em fraude ou effo e são consideradas materiais se, isoladas ou conjuntamente,se possa razoavelmente esperar que influenciem decisões económicas dos utilizadores tomadas com basenessas demonstrações financeiras.

Rodrigo, cregório & Associado, SROC, Lda.Av. da Rêpúbl¡ca, 1 629 - 1o Esqo 4430-206 Vila Nova de caia

lnscr¡ta na OROC sob o n" 1 70Reg¡stada na CMVM sob o n. 201 61474

NIPC: 504 844 369 - Capital Social: 76 500,00

t: [+351]223 770 120 l@: ww.rga-auditores pt le.: geral@rga-aud¡tores pt

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RGAAUDIToRES

Como parte de uma auditoria de acordo com as ISA, fazemos julgamentos profissionais e mantemosceticismo profissional durante a auditoria e também:

identificamos e avaliamos os riscos de distorção material das demonstrações financeiras, devido afraude ou a erro, concebemos e executamos procedimentos de auditoria que respondam a esses riscos,e obtemos prova de auditoria que seja suficiente e apropriada para proporcionar uma base para a nossaopinião. O risco de não detetar uma distorção material devido a fraude é maior do que o risco de nãodetetar uma distorção material devido a erro, dado que a fraude pode envolver conluio, falsificação,omissões intencionais, falsas declarações ou sobreposição ao controlo interno;

obtemos uma compreensão do controlo interno relevante para a auditoria com o objetivo de conceberprocedimentos de auditoria que sejam apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar umaopinião sobre a eficácia do controlo interno da Entidade;

avaliamos a adequação das políticas contabilísticas usadas e a razoabilidade das estimativascontabilísticas e respetivas divulgações feitas pelo órgão de gestão;

concluímos sobre a apropriação do uso, pelo órgão de gestão, do pressuposto da continuidade e, combase na prova de auditoria obtida, se existe qualquer incefteza material relacionada comacontecimentos ou condições que possam suscitar dúvidas significativas sobre a capacidade daEntidade para dar continuidade às suas atividades. Se concluirmos que existe uma incerteza material,devemos chamar a atenção no nosso relatório para as divulgações relacionadas incluídas nasdemonstrações financeiras ou, caso essas divulgações não sejam adequadas, modificar a nossa opinião.As nossas conclusões são baseadas na prova de auditoria obtida até à data do nosso relatório. porém,acontecimentos ou condições futuras podem levar a que a Entidade descontinue as suas atividades;

avaliamos a apresentação, estrutura e conteúdo global das demonstrações financeiras, incluindo asdivulgações, e se essas demonstrações financeiras representam as transações e acontecimentossubjacentes de forma a atingir uma apresentação apropriada;

comunlcamos com os encaffegados da governação, entre outros assuntos, o âmbito e o calendiárioplaneado da auditoria, e as conclusões significativas da auditoria incluindo qualquer deficiênciasignificativa de controlo interno identificado durante a auditoria.

A nossa responsabilidade inclui ainda a verificação da concordância da informação constante do relatório degestão com as demonstrações financeiras.

Rodr¡go, Gregór¡o & Assoc¡ado, SROC, Lda.Av. da República, 1629 - 1' Esq'4430-206 Vila Nova de caia

lnscrìta na OFIOC sob o n" 170Registada na CMVM sob o n.20161474

NIPC:504 844 369 - Capital Social: 76.500,00

I-i I+3511 223 77O 120 | @: ww.rga-aud¡tores.pt I e : geral@rga-aud¡tores.pt

"q

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RGAAUDIToRES

RELATO SOBRE OUTROS REQIIISITOS LEGAIS E REGTILAMENTARES

Sobre o relatório de gestão

Dando cumprimento ao artigo 451.o, n.o 3, al. e) do Código das Sociedades Comerciais, somos de parecer queo relatório de gestão foi preparado de acordo com os requisitos legais e regulamentares aplicáveis em vigor, ainformação nele constante é concordante com as demonstrações financeiras auditadas e, tendo em conta oconhecimento e apreciação sobre a Entidade, não identificiímos incorreções materiais.

VilaNova de Gaia, 31 de março de2017

dø Silva Pinto, ROC n 086 (ROC Executor)

Gregório & Associado, SROC, Lda., representødøporRodrigo Mário de Oliveira Carvalho, ROC n" 889 (Sócio Gerente)

Rodrigo, cregório & Associado, SROC, Lda.Av. da Ropública, 1629 - 1o Esqo 4430-206 Vila Nova de ca¡a

lnscr¡ta na OROC sob o n' 170Registada na CMVM sob o n'20161474

NIPC: 504 844 369 - Capital Social: 76.500,00

I-t I+3511223 77O 120 | @: w.rga-aud¡torês.pt I e.: geral@rga-aud¡tores.pt

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RGAAUDIToRES

nsreróRro B paREcBn oo Frscer úNrco

Exmos. Senhores Acionistas,

Nos termos da Lei e do mandato que nos conferiram, apresentamos o relatório sobre aatividade fiscalizadora desenvolvida e damos parecer sobre o Relatório de gestão e asDemonstrações financeiras apresentados pelo Conselho de Adminishação da Águas de Gaia,8.M.,S.4., relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2016.

No decurso do exercício acompanhámos, com a periodicid ade e a extensão que considerámosadequada, a actividade da empresa, e averiguamos a observância do cumprimento da Lei e dosEstatutos, através de contactos estabelecidos com a Administração e os Serviços, os quais,com elevado espírito de colaboração, nos facult¿ram sempre todos os elementos eesclarecimentos solicitados, o que nos aprazrcgistar e agradecer.

Procedemos à análise da informação contabilística produzida, tendo sido efectuados osprocedimentos e verificações adequados.

Nos termos daLei no 5012012, de 31/08, elaborámos o parecer sobre a informação financeirasemestral, reportada a 30 de Junho, e emitimos o parecer sobre os instrumentos de gestãoprevisional, relativos ao exercício de 2016, elaborados pela Administração.

Emitimos nes termos do art.o 451o do Código das Sociedades Comçrciais, a Certificação Legaldas Contas, que inclui ênfases, e que para todos os efeitos fazparte integrante deste relatório.

Apreciámos os documentos de prestação de contas, nomeadamente o Relatório de gestão, oBalanço, a Demonstração dos resultados por nattreza, a Demonstração das alterações nocapital próprio, a Demonstração dos fluxos de caixa e o coffespondente Anexo, apresentadospela Administração, sendo nossa convicção que são suficientemente esclarecedores dasituação da Sociedade e satisfazem as disposições legais e estatutirias.

Nestes termos, tendo em consideração as conclusões constantes da Certificação Legal dasContas, somos do parecer que:

1

5

6

J

4

7

a) Seja aprovado o Relatório de gestão e as Demonstrações financeiras do exercício findoem 31 de Dezembro de 2016;

b) Seja aprovada a proposta de aplicação dos resultados constante do Relatório de gestão.

Vila Nova de Gaia, 31 de março de20I7

O Fiscal Único

Rodrigo, cregório & Associado, SROC, Lda,Av da R€pública, 1629 - 1" Esq" 4430-206 Vila Nova de ca¡a

lnscrita na OROC sob o no 170Registada na CMVM sob o n" 20161474

NIPC:504 844 369 - Capital Social: 76.500,00

l.: I+3511223 77O 120 | @: ìM.rga-aud¡tores.pt I e : geral@rga-aud¡tores.pt

Rodrigo, Gregório & Associado, ^SROC, Ldø., representada por

Rodrigo Mário de Oliveira Carvalho, ROC n'889 (Sócio Gerente)