relatÓrio e contas exercicio 2013 - cmvm - sistema de...
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RELATÓRIO E CONTAS –
EXERCICIO 2013
EDIA
Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A.
Capital Social 387.267.750,00 €
Capital Próprio Negativo 343.794.020,00 €
Número de Pessoa Coletiva 503 450 189
Matrícula 01 084/950316 da Conservatória do Registo Comercial de Beja
Sede Social Rua Zeca Afonso, N.º 2 - 7800 - 522 - BEJA
Delegação de Lisboa Rua do Campo Grande, N.º 46-D, 2.º Dto - 1700-093 Lisboa
Delegação de Alqueva Apartado 126 - 7860 - MOURA
Delegação de Pedrógão Apartado 126 - 7860 - MOURA
Delegação de Mourão Rua Marcos Gomes V. Rosado, 15 - 7240 - MOURÃO
Parque de Natureza de Noudar Apartado 5 - 7230 - BARRANCOS
Museu da Luz Largo da Igreja Nossa Sr.ª da Luz - 7240 - 100 - LUZ - MOURÃO
Site: www.edia.pt
Fotografias António Cunha/EDIA
3 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
ÍNDICE
1. RELATÓRIO DE GESTÃO .............................................................................................. 5
MENSAGEM DO PRESIDENTE ............................................................................................. 7
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................... 9
ENQUADRAMENTO ............................................................................................................. 27
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ....................................................................................... 31
ESTRUTURA DE SUPORTE ................................................................................................. 59
INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO .............................................................................. 65
PERSPETIVAS PARA O ANO DE 2014 ............................................................................... 69
INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS ................................................... 75
ANÁLISE FINANCEIRA ....................................................................................................... 85
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ............................................................. 95
2. GOVERNO DA SOCIEDADE ........................................................................................ 97
3. CONTAS INDIVIDUAIS .............................................................................................. 135
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 ........................ 137
CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS AUDITORES E CONSELHO FISCAL .......... 217
4. CONTAS CONSOLIDADAS ........................................................................................ 243
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DEZEMBRO DE 2013
............................................................................................................................................... 245
DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE ............................................................................ 327
CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS AUDITORES E CONSELHO FISCAL .......... 329
Declaração sobre Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de
Fiscalização da EDIA, S.A. prevista na Lei 28/2009 ................................................................ 351
SIGLAS E ABREVIATURAS.................................................................................................. 355
4 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
5 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
1. RELATÓRIO DE GESTÃO
6 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
7 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
MENSAGEM DO PRESIDENTE
A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. (EDIA) é uma entidade de
capitais exclusivamente públicos que está mandatada pelo Estado para conceber, executar,
construir e explorar o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) promovendo o
desenvolvimento económico direto não só nos 20 concelhos do Alentejo mas também no âmbito
nacional, designadamente, no contexto da diminuição da dependência agro- alimentar e do
aumento das exportações.
Com quase duas décadas de história a empresa tem concentrado os seus esforços na construção
do EFMA – o maior investimento hidroagrícola alguma vez realizado no país. Quando estiver
completo, no final de 2015, o Empreendimento totalizará cerca de 2.500 milhões de Euros de
investimento e incluirá 69 barragens, açudes ou reservatórios, cerca de 2.000 Km de canais ou
condutas e 47 estações elevatórias. Estas infraestruturas permitem, para além do incontornável
benefício hidroagrícola, o cumprimento em paralelo de múltiplos objetivos, a nível regional e
nacional, que estão na génese deste Empreendimento como a produção hidroelétrica, o
abastecimento público e industrial, a regularização e correção torrencial, a preservação
ambiental e patrimonial e o ordenamento do território.
A EDIA tem a concessão de longo prazo do Estado para a exploração da rede primária e do
recurso hídrico correspondente a 620 hm3 anuais. Mas, neste ano, a empresa viu também
clarificada, no horizonte do médio prazo, o seu papel como entidade gestora da rede secundária
de distribuição de água. O contrato de concessão desta infraestrutura até ao final do ano de 2020
para a sua gestão, exploração, manutenção e conservação foi assinado a 8 de abril com a
Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), do Ministério da
Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT).
Foi no entanto apenas há três anos, com a fixação do tarifário pelo despacho nº 9000/2010, que
a empresa começou a cobrar o serviço de adução de água aos seus clientes que desde então tem
assistido a crescimentos significativos. Neste exercício de 2013 os volumes de água aduzidos
subiram 35% para cerca de 100 milhões de metros cúbicos e a faturação correspondente cresceu
19% face ao ano anterior. Estas alterações foram motivadas principalmente pela entrada em
exploração dos blocos de rega do Pedrógão 1 e 3, Selmes e de Ervidel 2 e 3 que fizeram subir a
área infraestruturada do EFMA para cerca de 68 mil hectares.
Os custos de exploração, principalmente devido aos encargos energéticos, baixaram 4,8% em
resultado de melhorias de eficiência da operação mas também em consequência de condições
hidrológicas favoráveis. Os custos estruturais mantiveram os seus níveis. A conjugação destes
fatores resultou num crescimento do indicador de rentabilidade mais utilizado (EBITDA) para
9M€.
Os resultados líquidos são muito condicionados pela política de financiamento adotada onde os
empréstimos de curto prazo têm um peso significativo. Existe uma intenção firme de restruturar
esta dívida com o alinhamento dos seus prazos com a vida útil dos investimentos.
8 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
No capítulo da promoção do regadio e captação de investimento – um pilar fundamental da
atividade de empresa – o ano foi marcado pelo lançamento da marca territorial «Alqueva – uma
nova terra de água | a fresh new land». Foi realizado o 1º Seminário Internacional “Investir no
Potencial Agrícola de Alqueva” em conjunto com o BES, AICEP e o jornal Expresso.
Paralelamente, um conjunto de Road Shows em diversas cidades europeias permitiram alargar
contactos e difundir a nova realidade de Alqueva junto de públicos selecionados, ao mesmo
tempo que se apostou na participação em certames internacionais com intervenções ativas em
dezenas de apresentações. Foram os casos das participações na Fruit Attraccion em Madrid e na
Fruit Logistica em Berlim.
No horizonte do médio prazo a empresa enfrenta o desafio de mudar o enfoque da sua atividade
da construção para a exploração, da infraestruturação para a operação. Mas nos próximos dois
anos a empresa vai levar a cabo um grande conjunto de empreitadas que permitirão a conclusão
do projeto inicial do EFMA e deste modo a empresa conta que terá infraestruturados cerca
de120.000 ha para a campanha de rega de 2016. Será um período com uma inédita intensidade
construtiva mas que a empresa encara com igual determinação e entusiasmo.
Em 2014 serão adjudicadas todas as empreitadas para alcançar aquele ambicioso objetivo e
cujos respetivos concursos já se encontram lançados e em diferentes estádios do processo. Fruto
dos prazos de execução destas obras a entrada em funcionamento de novos perímetros
acontecerá a partir da campanha de 2015. Como tal, o ano de 2014 será muito importante para
consolidação da operação regular da Empresa num cenário de estabilidade da área em
exploração.
Neste momento de apresentação de resultados queremos manifestar os nossos agradecimentos a
todos aqueles que contribuíram para o sucesso das atividades da EDIA, os nossos clientes, o
acionista, as entidades financiadoras, os fornecedores e os demais que continuam a trabalhar
com a EDIA visando a concretização dos objetivos do Empreendimento. Um especial
agradecimento aos colaboradores da EDIA que no terreno continuam a desenvolver as suas
funções, referenciando o mérito e a capacidade da Empresa e do projeto Alqueva.
9 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
APRESENTAÇÃO
EDIA
Criada pelo Decreto-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, no âmbito do qual lhe foi acometida a
titularidade dos direitos e obrigações que anteriormente pertenciam à sua comissão instaladora,
a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. (EDIA), empresa de capitais
exclusivamente públicos, teve como objeto social a conceção, execução, construção e
exploração do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) e a promoção do
desenvolvimento económico e social da sua área de intervenção, que corresponde total ou
parcialmente, a 20 concelhos do Alentejo.
Com a entrada em exploração de algumas infraestruturas do Empreendimento, o Decreto-Lei
N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, vem definir o regime jurídico aplicável à gestão, exploração,
manutenção e conservação das infraestruturas que integram o EFMA, modifica os estatutos da
EDIA, revoga os Decretos-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, N.º 33/95, de 11 de fevereiro e N.º
335/2001, de 24 de dezembro, concretizando, desta forma, a recentralização dos objetivos da
EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA e definindo-lhe o seguinte objeto social:
A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento para fins de rega e
exploração hidroelétrica, mediante contrato de concessão celebrado nos termos da Lei
N.º 58/2005, de 29 de dezembro;
A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram sistema primário
do Empreendimento, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação;
A conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária
afeta ao Empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções
que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das
Pescas; e
A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo
aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização de recursos afetos
ao Empreendimento.
Posteriormente ao Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, foi publicado o Decreto-Lei N.º
313/2007, de 17 de setembro, que aprovou as bases do contrato de concessão entre a EDIA e o
Estado Português, com vista à utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, para fins
de rega e exploração hidroelétrica, tendo sido atribuída à EDIA a concessão da gestão e
exploração do Empreendimento e a titularidade, em regime de exclusividade, dos direitos de
utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA para fins de rega e exploração
hidroelétrica, por um período de 75 anos.
Ao abrigo do disposto neste Decreto-Lei, os poderes e competências da EDIA abrangem:
A administração do referido domínio público hídrico no âmbito da sua atividade;
A atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para produção de
energia elétrica; e
10 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a
instauração, a instrução e o sancionamento dos processos de contraordenação nesse
âmbito.
No decurso de 2007 foi igualmente formalizado o acordo com a EDP com vista à exploração
das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, tendo sido assinado, a 25 de outubro, o
contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e de subconcessão
do domínio público hídrico. Este documento veio formalizar, por um período de 35 anos, as
condições que regem a exploração da componente hidroelétrica das infraestruturas que integram
o sistema primário do EFMA, bem como a subconcessão dos direitos de utilização privativa do
domínio público hídrico associado, para fins de produção de energia elétrica e para implantação
de infraestruturas de produção de energia elétrica.
A entrada em exploração dos primeiros perímetros de rega veio manifestar a necessidade de
harmonizar o tarifário a aplicar no âmbito do sistema, em função das diferentes condições de
fornecimento de água. É neste âmbito que surge o Decreto-Lei N.º 36/2010, de 16 de abril, que
altera o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, e que aclara aspetos da envolvente
económica e financeira do empreendimento, com vista à otimização da gestão de recursos e à
garantia da sustentabilidade económica futura da empresa, adequando ainda o enquadramento
legal do EFMA ao novo quadro legal da gestão e utilização dos recursos hídricos constante na
Lei da Água, no regime de utilização dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31
de maio) e no regime económico e financeiro dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 97/2008,
de 11 de junho).
A fixação de um tarifário diferenciado e dotado de uma maior flexibilidade, quer em função das
distintas condições de fornecimento da água pela EDIA, quer em função do uso a que se destina
a água fornecida, veio assim a possibilitar a aferição do valor a fixar, não apenas em função das
diferentes condições de exploração e fornecimento de água, mas também do respetivo ajuste à
medida da entrada em funcionamento de cada uma das componentes da rede secundária.
O Despacho N.º 9000/2010, publicado a 26 de maio, aprovou o tarifário que estabelece o preço
da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de
águas do EFMA, com efeitos a partir de 01 de junho. O valor do tarifário pelo fornecimento de
água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a 30% dos valores indicados, aumentando
anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente, até perfazer os 100%
no oitavo ano. Em 2013, o tarifário de rega para Alqueva foi atualizado com base no Índice de
Preços ao Consumidor (2,75%).
Em 2013, a 8 de abril, é celebrado com a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento
Rural (DGADR), do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do
Território (MAMAOT), o contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e
conservação das infraestruturas da rede secundária do EFMA.
11 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Desde 1995 até final de 2013, já se executou um total de investimentos de 2.017 milhões de
euros, em 2013 realizou-se 51,50 milhões de euros. Até ao final de 2013 ainda é o programa
Barragem de Alqueva que representa o valor mais significativo de investimento, seguido com
valores cada vez mais próximos, pelos programas Rede Primária e Rede Secundária de Rega.
Até 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Barragem de Alqueva 606.310,00 2.063,54 2.736,08 1.959,15 -11.380,12 2.181,30 603.869,96
Central Hidrolétrcia de Alqueva 130.817,32 52,30 75,00 130.944,62
Barragem e Central de Pedrógão 85.754,17 1.922,04 98,86 3,10 4,74 0,82 87.783,72
Estação Elevatória Alqueva-Álamos 42.614,34 589,12 320,39 2,54 0,34 43.526,74
Rede Primária 286.002,27 112.180,63 64.657,90 49.058,77 31.215,14 22.847,02 565.961,74
Rede Secundária de Rega 266.623,97 139.266,17 59.482,36 43.602,84 38.204,23 26.396,95 573.576,51
Desenvolvimento Regional 13.268,57 511,10 214,46 -2.985,16 660,83 74,57 11.744,36
TOTAL 1.431.390,64 256.584,90 127.510,05 91.641,24 58.779,82 51.501,01 2.017.407,64
Unidade: Milhares de Euros
PROGRAMAS TotalAnos
Investimento até 2013
Barragem de Alqueva
Central Hidrolétrcia de
Alqueva
Barragem e Central de
Pedrógão
Estação Elevatória
Alqueva-Álamos
Rede Primária
Rede Secundária de Rega
12 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Na primeira metade do ano entraram em exploração os blocos do Pedrógão 1 e 3, Selmes e de
Ervidel 2 e 3. Assim, no final de 2013 encontravam-se em exploração, sob gestão da EDIA
58.465 hectares (não considerando a Infraestrutura 12) de área beneficiada, distribuídos pelos
diversos perímetros de rega concluídos. Comparando a adesão e os consumos de água entre
dezembro de 2012 e dezembro de 2013, regista-se um aumento na adesão de 27,7% (6.745 ha) e
no consumo de água, um aumento de 34,8% (25 hm3) que no mesmo período passou de 71 hm
3
para cerca de 96 hm3.
Área Benificiada
(ha)
Área Inscrita
(ha)
Consumo
(m3)
Área Benificiada
(ha)
Área Inscrita
(ha)
Consumo
(m3)
Monte Novo 7.714 4.769 20.420.289 7.714 5.310 21.827.070
Alvito - Pisão 8.452 4.853 15.121.665 8.452 5.562 17.795.159
Pisão 2.588 750 1.982.039 2.588 844 2.890.349
Alfundão 4.216 1.503 3.972.140 4.216 1.887 3.173.823
Ferreira, Figueirinha e Valbom 5.118 1.787 3.846.783 5.118 2.053 6.557.951
Orada - Amoreira 2.522 2.442 4.545.827 2.522 2.422 4.897.710
Brinches 5.463 2.424 4.212.673 5.463 2.296 4.677.634
Brinches - Enxoé 4.698 2.343 8.477.543 4.698 3.311 11.816.637
Serpa 4.400 1.809 5.627.350 4.400 2.495 10.096.438
Loureiro - Alvito 1.050 205 818.004 1.050 406 2.053.080
Ervidel 2.914 1.431 2.456.658 8.228 3.366 8.659.190
Pedrógão Margem Direita 0 0 0 4.016 1.109 1.921.957
Total 49.135 24.316 71.480.971 58.465 31.061 96.366.998
Perímetros de Rega
20132012
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
área beneficiada 2013
área inscrita 2013
13 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Para a persecução dos seus objetivos a EDIA, S.A. no final de 2013 contava nos seus quadros
com 187 colaboradores (dos quais 96 são do sexo feminino), distribuídos pelas várias direções e
categorias profissionais:
DAF 28
DEAP 37
DEAPR 10
DGP 38
DIPE 31
DIR 24
GAJ 5
GRPC 8
Secretariado 6
187 187
Número de Colaboradores a 31/12/2013
Por Direções Por Categorias
Técnico Especialista 28
Técnico Superior 99
Técnico 60
91
96 Homens
Mulheres
14 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Outras Empresas do Grupo
GESTALQUEVA
A GESTALQUEVA – Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de
Alqueva e do Pedrógão, S.A., cujo capital social é detido em 51% pela EDIA, foi constituída a 7
de março de 2003 e tem por objeto social:
A conceção, promoção e execução de projetos de desenvolvimento e valorização das
potencialidades das albufeiras de Alqueva e Pedrógão e das respetivas envolventes,
nomeadamente nas áreas do ambiente, qualidade urbana, turismo e património;
A gestão de utilizações dos planos de água, nomeadamente em regime de concessão,
empreendimentos, equipamentos e infraestruturas associadas às albufeiras de Alqueva e
de Pedrógão e às áreas envolventes;
A prestação de serviços nos domínios do planeamento, ordenamento, monitorização e
gestão de equipamentos e infraestruturas de natureza ambiental na área compreendida
pelas albufeiras de Alqueva e Pedrógão e dos concelhos do regolfo daquelas albufeiras;
e
A sociedade poderá, desde que para o efeito esteja habilitada, exercer outras atividades
para além das referidas nos números anteriores, desde que consideradas acessórias ou
complementares daquelas.
Na assembleia extraordinária de 15 de junho de 2012 foi decidida a dissolução da
GESTALQUEVA, S.A., em curso.
GESCRUZEIROS
A GESCRUZEIROS – Sociedade de Aproveitamento da Atividade Marítimo - Turística no
Grande Lago Alqueva, S.A., nasceu das sinergias entre as empresas Gestalqueva e Nautialqueva
– Serviços Náuticos, Lda. O capital social da Gescruzeiros, constituída a 16 de março de 2006, é
detido em 51% pela Gestalqueva e tem como objeto social:
Desenvolvimento de atividades Marítimo – Turísticas;
Operador Marítimo – Turístico; e
Animação turística nas albufeiras de Alqueva e de Pedrógão e na área correspondente
aos municípios envolventes.
15 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Cronologia do Empreendimento
2013
Assinatura do contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas da rede secundária do
EFMA
Apresentação da marca "Alqueva"
2011
Inauguração das centrais mini - hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa, do perímetro de rega de Alfundão e dos blocos de rega de
Ferreira, Figueirinha e Valbom, do perímetro de rega do Pisão – Roxo
Inauguração dos primeiros perímetros de rega do subsistema Ardila (perímetros de Orada - Amoreira; Brinches; Brinches – Enxoé e Serpa)
2012
Assinatura de protocolo, com a Cooperativa Agrícola de Beringel, para a implementação da Academia de Hortícolas de Alqueva
Elegibilidade da rede primária no Fundo Coesão, como reconhecimento do contributo relevante do EFMA para o abastecimento público e na
componente ambiental
Associação IBERLINX, liderada pela EDIA, foi responsável pela implementação da estratégia de reintegração do Lince-ibérico, em Portugal
Participação na conferêcia RIO+20, como exemplo de projeto de desenvolvimento territorial promotor da sustentabilidade e biodiversidade
Distinção do Parque de Natureza de Noudar, com a certificação "Wildlife Estates "
Distinção da EDIA com o prémio “Inovação” atribuído pela AcquaLiveExpo, no âmbito do projeto SISAP
Inauguração do circuito hidráulico de Pedrógão - margem direita e blocos de rega de Pedrógão e Selmes
Inauguração do bloco de Ervidel
2004
Início do fornecimento de água para rega, pela Infraestrura 12
2005
Entrada em funcionamento do perímetro de rega da Luz
2006
Inauguração do aproveitamento hidroeléctrico de Pedrógão
Entrada em funcionamento do sistema adutor Álamos – Loureiro
Prémio internacional “Puente de Alcântara”
2001
Alterações no âmbito de intervenção da EDIA
2002
Encerramento das comportas de Alqueva
2003
Início da produção de energia eléctrica na central de Alqueva, em período de ensaios
1993
Decidida a retoma dos trabalhos
1995
Criação da EDIA, S.A.
1998
Início das betonagens na barragem de Alqueva
Plano de rega do Alentejo
1957
Início das obras preliminares
1976
1978
Interrupção das obras
2007
Contrato de exploração das centrais hidroeléctricas de Alqueva e de Pedrógão à EDP
Contrato de concessão do domínio público hídrico
Início do processo de transferência de água para a albufeira do Monte - Novo
Projecto Alquevo 2008
2008
2009
Início do processo de transferência de água para a albufeira de Alvito
Distribuição de água ao perímetro de rega do Monte - Novo
2010
Concluída a ligação de Alqueva a todas as albufeiras de abastecimento público na área do EFMA
Distribuição de água aos perímetros de rega do Alvito – Pisão e Pisão
Cota máxima da albufeira da barragem de Alqueva (152,00 m), atingida a 12 de janeiro
16 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
2013 em revista
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1.º trimestre
Participação na Comitiva Empresarial que acompanhou o Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros ao Japão
(25 a 30 de março).
Promoção de uma sessão de divulgação sobre as oportunidades de financiamento disponíveis à agricultura em Alqueva
(5 de fevereiro);
Apresentação do projeto no Seminário Diplomático, na Fundação Champalimaud, em Lisboa (3 de janeiro);
Visita da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar, e do Sr.º Ministro da Agricultura da Finlândia (4 de janeiro);
Museu da Luz expõe, pela primeira vez em Portugal, Tapete de Arraiolos com 30 metros quadrados (5 de janeiro);
Atribuição por parte do Ministério da Economia do selo +e+i ao Projeto das “Aldeias Ribeirinhas de Alqueva” (31 de janeiro);
Exposição AcqualiveExpo (21 a 23 de março);
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Inauguração do circuito hidráulico de Pedrógão - Margem Direita e dos blocos de rega de Pedrógão e Selmes – Margem Direita
(17 de abril);
Visita ao lagar da Sovena (Marmelo) com a presença da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar (5 de junho) e o Ministro
Marroquino da Agricultura e o Secretário de Estado da Agricultura;
Participação na inauguração do projeto “Banco de Terras” (29 de maio);
Assinatura de protocolo (30 de maio) com a Resialentejo, E.I.M., no âmbito do projeto “Academia de Hortícolas de Alqueva”;
Inauguração do Perímetro de Ervidel (5 de junho) com a presença do Sr. Secretário de Estado José Diogo Albuquerque;
Apresentação da marca “Alqueva” às forças vivas da região (22 de maio);
Participação no seminário internacional: “Investir no Potencial Agrícola do Alqueva”, realizado em Lisboa (24 de maio);
Assinatura do Protocolo para a criação da “Academia Aromáticas”, entre a EDIA e a empresa Monte do Pardieiro e o CEVRM,
(6 de junho);
Presença na conferência “Ambiente e Economia: A sustentabilidade como fator de competitividade”, patrocinada pela Fundação
Cidade Lisboa (7 de junho);
2.º trimestre
Participação no Fórum Alimentar – Portugal Foods –FIL (15 de abril);
Assinatura do contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas da rede
secundária do EFMA (8 de abril);
Presença nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades portuguesas, em Elvas (10 de junho);
Alqueva é marca, o novo site online a partir de 17 de junho;
Projeto ARA- Aldeias Ribeirinhas de Alqueva, venceu o programa “EDP Solidária 2013” (17 de junho);
Apresentação do EFMA no Grupo de Trabalho “Joint Health, Agriculture and Food Group ” da NATO, sobre a problemática
da água, segurança alimentar, combate à desertificação e energia, em Bruxelas (20 e 21 de junho);
Apresentação sobre o EFMA numa reunião da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, no âmbito do
workshop “Land for Business, Business for Land: The Economics of Land Degradation ” em Bona, Alemanha
(13 e 14 de junho);
17 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
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Visita dos Senhores Secretários de Estado da Agricultura, do Ambiente e do Desenvolvimento Regional (27 de setembro) às
instalações do Centro de Telegestão da EDIA e a uma exploração agrícola em Cuba;
Lançamento do segundo concurso de fotografia em torno da temática da água: “Água, Sustentabilidade e Alterações Climáticas”
(17 de julho), inserido nas comemorações do Ano Internacional de Cooperação pela Água;
O PNN, a EDIA e a Herdade da Contenda promoveram a IV Reunião Ungulados Silvestre Ibéricos, que teve este ano como
subtema “Os Ungulados, os seus predadores e o Homem” (20 e 21 de setembro);
Inauguração de exposição, na EDIA, de um perfil arqueológico com 8.650 anos (encontrado e recuperado no sitio da Barca do
Xerez) e lançamento de quatro monografias da 2.ª série da coleção “Memórias D‟ Odiana” (23 de setembro);
3.º trimestre
No âmbito da iniciativa “Aprender com a História”, a EDIA, através do ciclo expositivo subordinado ao tema “Potes e fornos do
tempo dos romanos”, mostrou nos dias 08 e 22 de julho, como são feitos recipientes cerâmicos, convidando, para o efeito, o
Mestre Oleiro “Velhinho”, de S. Pedro do Corval;
Realização de Kick-off projeto de Sustentabilidade, no Auditório da EDIA (27 de setembro).
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Distinção, pela Comissão Europeia, do programa “Reserva Dark Sky em Alqueva” como caso de inovação e boas práticas na área
do turismo. O sistema de monitorização colocado em prática com este programa baseia-se nos princípios do novo Sistema Europeu
Indicador de Turismo - European Tourism Indicators System : for Sustainable Management at Destination Level (ETIS) (15
de outubro);
II Concurso de Fotografia “Água, Sustentabilidade e Alterações Climáticas” (21 de outubro);
Conferência: "Os Desafios da Agricultura num Contexto de Alteração Climáticas" (21 de outubro);
Participação da EDIA no evento Fruit Attraction , integrando o stand da Portugal Fresh , um dos principais eventos do setor
hortofrutícola europeu realizado em Madrid, Espanha (16 a 18 de outubro);
4.º trimestre
“EDIA, Novos Caminhos para a Água” é a nova assinatura da EDIA visível a partir do novo site institucional criado pela Empresa
(26 de novembro);
Nomeação, a 01 de dezembro, do Eng.º José Pedro da Costa Salema para a Presidência do Conselho de Administração da EDIA -
Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, na sequência da renúncia ao cargo do Eng.º João Basto. O novo
Presidente do Conselho de Administração da EDIA assumiu funções no dia 02 de dezembro;
O programa Dark Sky em Alqueva é um dos três finalistas do prémio Ulysses (vulgarmente designados por Óscares do Turismo),
importante galardão atribuído anualmente pela Organização Mundial do Turismo (OMT) (04 de dezembro). O projeto Dark Sky
concorre na categoria Inovação para Organizações Não-governamentais e os vencedores serão anunciados a 23 de janeiro, em
cerimónia a realizar em Madrid, Espanha.
Participação no Seminário Internacional sobre o Coelho Bravo, iniciativa com organização da Associação IBERLINX e do ICNF
(24 de outubro);
Visita da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar, às obras em curso na zona de Baleizão – Quintos (25 de outubro);
Em novembro de 2013, foi assinado um novo Contrato de Entrega, entre a EDIA e o Estado Português, representado pela
DGADR, em que a Empresa procede à entrega das infraestruturas integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos
os bens e equipamentos necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel;
18 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Caracterização das Principais Infraestruturas
A albufeira de Alqueva, é a maior reserva estratégica de água da Europa. Desta origem,
interligam-se barragens que garantem a disponibilidade de água, mesmo em períodos de seca
extrema, a uma área aproximada de 10.000 km2, divididos pelos distritos de Beja, Évora,
Portalegre e Setúbal, abrangendo 20 concelhos. A conclusão da barragem, permitiu a existência
de uma reserva estratégica nacional de água no rio Guadiana, de forte abrangência territorial,
beneficiando a zona de intervenção com a garantia de disponibilidades de água, por um período
mínimo consecutivo de 3 anos, para fins de abastecimento público, industrial e agrícola.
A rede primária, para além de assegurar a disponibilidade de água aos sistemas de
abastecimento de água da sua área de intervenção, cujas origens, mais antigas, são as albufeiras
do Monte-Novo, Alvito, Roxo e Enxoé, garante ainda o seu fornecimento aos vários, e
dispersos, perímetros de rega do Empreendimento.
As principais caraterísticas das infraestruturas que compõem o EFMA são as seguintes:
A EDP iniciou o reforço da potência da central de Alqueva, inaugurada a 23 de janeiro de 2013,
transformando a barragem no segundo maior centro hidroelétrico do País. O investimento feito
na nova central duplicou a capacidade instalada, um dado que reforça a importância estratégica
das múltiplas valências da barragem de Alqueva
Tipo abóbada de dupla curvatura em betão
96 metros de altura máxima
458 metros de coroamento
4.150 hm3 de capacidade máxima (cota 152m)
3.150 hm3
de capacidade útil (à cota 152m)
ALBUFEIRA DE ALQUEVA
BARRAGEM DE ALQUEVA
CENTRAL HIDROELÉCTRICA DE ALQUEVA
83 km de comprimento da albufeira
250 km2 de superfície
Tipo de pé - de - barragem
520 MW de potência instalada (Alqueva I e II - 2 x 260MV)
1.160 km de margens
19 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Relativamente à central hidroelétrica de Pedrógão foi decidido não avançar com o reforço da
central. Durante os estudos efetuados, a solução do reforço apresentou restrições técnicas
relevantes que desaconselharam a sua realização.
CENTRAL HIDROELÉCTRICA DE PEDRÓGÃO
Tipo gravidade, parte em betão convencional e parte em BCC
43 metros de altura máxima
448 metros de coroamento
118 km de margens
ALBUFEIRA DE PEDRÓGÃO
23 km de comprimento
106 hm3 de capacidade máxima
54 hm3 de capacidade útil
BARRAGEM DE PEDRÓGÃO
11 km2 de superfície
Tipo de pé - de - barragem
10 MW de potência instalada
20 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
O sistema global de abastecimento de água de Alqueva, quando concluído, beneficiará uma área
com cerca de 120.000 ha.
Divide-se em três subsistemas, de acordo com as diferentes origens de água:
O Subsistema de Alqueva, com origem de água na albufeira de Alqueva: beneficia as
áreas a oeste de Beja e Centro do Alentejo;
O Subsistema Ardila, com origem de água na albufeira de Pedrógão: beneficia as áreas
da margem esquerda nos concelhos de Moura e Serpa; e
O Subsistema de Pedrógão, com origem de água igualmente na albufeira de Pedrógão:
beneficia as áreas a este de Beja até ao rio Guadiana.
3 Subsistemas - Alqueva, Ardila e Pedrógão
5 Centrais Mini-Hídricas
24 Estruturas de Regulação
47 Estações Elevatórias Principais e Secundárias
69 Barragens/Reservatórios/Açudes Primários e Secundários
129 km de Canais
1.840 km de Condutas
845,5 km de Caminhos de Acessos e de Serviços
10 Bacias de Retenção
80 Tomadas de Água
113 Comportas
3.562 Dscargas de Fundo
3.973 Hidrantes
10.142 Bocas de Rega
33,5 Extensão de túnel, sifões e cut-and-cover (km)
1.107 Válvulas de seccionamento
3.436 Ventosas
432 Extensão de valas de drenagem (km)
68 Área regada (mil ha)
51,5 Área a regar (mil ha)
SISTEMA GLOBAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
21 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Tema em destaque: “Promoção do Empreendimento”
O Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva tem vindo a afirmar-se como o principal
projeto estruturante do Alentejo, região que beneficiária de um conjunto de infraestruturas que
potenciam o seu desenvolvimento de forma integrada, sustentada e multissetorial.
Perspetivando-se a conclusão dos 120 mil hectares previstos no projeto até final do ano de 2015,
importava definir uma estratégia que permitisse dar a conhecer o potencial de desenvolvimento
da região, sobretudo nas vertentes agrícola e agroindustrial, mas também nas atividades
potenciadas pelas infraestruturas criadas, tirando partido de uma realização hidráulica única em
Portugal.
A complexidade e funcionalidades do EFMA aconselham a ter uma visão macro da sua Missão
e Objetivos, os quais se podem agrupar em duas grandes vertentes. Por um lado, permitir mudar
o paradigma do Alentejo, transformando-o na principal região de agricultura competitiva e com
dimensão de regadio em Portugal e, paralelamente, desenvolver económica e socialmente uma
região deprimida do País.
Alqueva é, em primeiro lugar, garantia de água. Esta garantia é, indiscutivelmente, uma mais-
valia que, aliada às infraestruturas do projeto e à sua gestão fazem de Alqueva uma
oportunidade única para o desenvolvimento de atividades agrícolas e agroindustriais,
potenciando outras que complementam o carater multissetorial do projeto, como é o caso do
desenvolvimento de projetos de índole turística, tirando partido dos espelhos de água entretanto
criados, com especial relevância para o de Alqueva, o maior lago artificial da Europa.
Partindo de uma posição quase virgem no que à agricultura de regadio diz respeito, o “salto”
que esta região do Alentejo está a dar terá reflexos a médio e longo prazo na produção Nacional,
trazendo à região oportunidades únicas no desenvolvimento da fileira agroindustrial ampliada
pela dimensão do Projeto. Já são exemplos claros deste real aproveitamento, os setores do
azeite, vinho e do milho.
São estes os setores que mais podem contribuir para o progresso da região e, simultaneamente,
na rentabilização das infraestruturas que compõem o Projeto de Alqueva, principais argumentos
a utilizar na estratégia de potenciação da “Marca Territorial Alqueva”, projeto desenvolvido em
2013 com vista à afirmação de um território, de uma mais-valia, de um projeto e de uma marca,
que passa agora a ter o fator diferenciador em termos de competitividade: a água.
Foi assim considerado necessário dar a conhecer esta nova realidade! Em Portugal e nos
potenciais mercados agroindustriais internacionais.
Alqueva é, por outro lado, um grande lago. O maior lago artificial da Europa. Tudo o que lhe
está associado deve merecer referência de âmbito global.
A diversificação de atividades é aliás mais uma grande vantagem do EFMA. Um projeto
hidráulico que é, por si só, também um exemplo de aproveitamento sustentável na otimização
de recursos hídricos numa região deficitária, com ameaças de desertificação física e humana, e
com graves carências ao nível do abastecimento público.
22 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Não se trata apenas de um conjunto de infraestruturas, mais ou menos imponentes. É sobretudo
um projeto mobilizador e estruturante e uma mais-valia para a região e para o País. Essa mais-
valia, carecia contudo de um esforço no aproveitamento integral das infraestruturas criadas com
o investimento nacional e comunitário.
O retorno deste investimento só será alcançado se o projeto for devidamente aproveitado e
potenciado em todas as suas valências, razão pela qual o esforço mobilizador terá de ser
desenvolvido junto de todos os seus beneficiários.
Esse esforço mobilizador tem como principais alvos o agricultor, mas também a procura de
investimentos internos e externos em novas culturas, na agro-indústria, na comercialização e
mesmo nas áreas afetas ao desenvolvimento do potencial do Grande Lago. Em síntese, em toda
a cadeia de valor potenciada por Alqueva.
Aproximar esta mensagem aos mercados, aos agricultores, beneficiários, consumidores,
investidores e público em geral foi uma aposta consubstanciada num conjunto de iniciativas que
transportaram para fora dos limites da zona de intervenção de Alqueva a nova realidade, as
novas potencialidades, os novos desafios!
Criámos então a “Marca territorial Alqueva”, consubstanciada na assinatura “Alqueva, Uma
nova terra de água”, separando aquilo que é a componente física e territorial do projeto da sua
vertente de conceção e gestão atribuída à EDIA, entretanto assinando como “Novos caminhos
para a água”.
A aplicação desta estratégia teve o seu ponto de partida com a realização do 1º Seminário
Internacional “Investir no Potencial Agrícola de Alqueva”, uma iniciativa partilhada com uma
instituição bancária, o BES, o AICEP e um semanário de referência, o Expresso.
Paralelamente, um conjunto de Road Shows em diversas cidades europeias, permitiram alargar
contactos e difundir a nova realidade de Alqueva junto de públicos selecionados, ao mesmo
tempo que se apostou na participação em certames internacionais com intervenções ativas em
apresentações publicas e/ou privadas. Foram os casos das participações em Madrid, na Fruit
Attraccion, e em Berlim, na Fruit Logistica.
Internamente valorizou-se a participação em certames eminentemente agrícolas ou ligados ao
setor da água, reforçando a vocação multissetorial do Projeto de Alqueva.
No que toca à promoção mais direta junto dos beneficiários do projeto, levaram-se a cabo
variadíssimas iniciativas, sempre com o objetivo pleno de potenciar a mais valia do projeto
junto dos seus beneficiários. Criaram-se Academias de Hortícolas e de Plantas Aromáticas e
Medicinais demonstrativas de novas potenciais utilizações para áreas de pequena propriedade.
Inquiriram-se mais de trinta mil hectares de terras beneficiadas pelo projeto que ainda não
entraram em regadio, procurando esclarecer os agricultores destas zonas, tipificando
simultaneamente o seu perfil, bem como as suas intenções futuras quanto a possíveis
vendas/arrendamentos/parcerias. Acompanharam-se múltiplas visitas de empresários regionais,
nacionais e internacionais à região, num esforço claro de obtenção para a região de mais
oportunidades e mais investimento. Estudaram-se muitas novas culturas e simularam-se muitas
aptidões à realidade de Alqueva. Implementaram-se novos projetos de concentração fundiária na
pequena propriedade, com os interlocutores mais dinâmicos de cada uma das regiões. Alqueva
não parou. Alqueva avançou nas suas múltiplas vertentes e a estratégia adotada pela EDIA na
23 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
sua promoção e divulgação interna e externa são cada vez mais reconhecidas como um bom
exemplo de gestão operacional de um projeto desta dimensão.
Alqueva encontrou assim uma identidade territorial aliada a uma estratégia de aproximação aos
investidores que conferem coerência a um projeto que se quer dinâmico, inovador e sustentável.
24 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Departamento
de Gestão de Recursos
Humanos
João Cruz
Museu da Luz +
Parque de Natureza
de Noudar
Maria João Lança
Direção de Infraestruturas
Primárias e de Energia
Morim de Oliveira
Direção de Infraestruturas
de Rega
Isabel Grazina
Direção de Gestão
do Património
Diogo Nascimento
Direção
de Administração e
Finanças
Augusta Cachoupo
Departamento
de Planeamento
Estudos e Projetos
Alexandra Carvalho
Departamento
de Ambiente
e Ordenamento
do Território
Ana Ilhéu
Departamento
de Construção
de Infraestruturas
Primárias
João Matias
João Matias
Departamento
de Manutenção,
Exploração e
Segurança
Nuno Felizardo
Nuno Felizardo
Departamento
de Impactes Ambientais
e Patrimoniais
Luísa Pinto
Departamento
de Informação
Geográfica e
Cartografia
Duarte Carreira
Departamento
de Construção
de Infraestruturas de
Rega
Dora Amador
Departamento
de Exploração
de Infraestruturas
de Rega
José Carlos Saião
osé Carlos Saião
Departamento
de Gestão
do Património
Gonçalo Sebastião
Departamento
de Expropriações
Maria da Cola Lourenço
Gabinete de Relações
Públicas e Comunicação
Carlos Silva
Direção de Engenharia,
Ambiente e Planeamento
Jorge Vazquez
Gabinete de Apoio
Jurídico
Pedro Aires
Direção de Economia
da Água e Promoção
do Regadio
José Filipe Santos
Centro
de Cartografia
Jacinto Franco
Departamento
de Gestão
Administrativa
e Financeira
Carlos Freitas
Departamento
de Planeamento
e Controlo
de Investimentos
Pedro Machado
Departamento
de Contabilidade
Hélia Fonseca
Departamento
de Sistemas
de Informação
Luís Estevens
Departamento
de Sustentabilidade
Bárbara Pinto
Departamento
de Planeamento
e de Economia da Água
José Costa Gomes
José Costa Gomes
Departamento
Comercial
Ana Palma
Ana Palma
Conselho de Administração
Presidente: José Pedro Salema
Vogal: Augusta Cachoupo
Vogal: Jorge Vazquez
Organograma Empresarial
25 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Órgãos Sociais
Assembleia Geral
Presidente
Professor Doutor Carlos Alberto Martins Portas
Secretários
Dr. José Pedro da Silva Martins
Dr.ª Cristina Maria Pereira Freire
Conselho de Administração
Presidente
Eng.º José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema*
Vogais
Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo
Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez
*Foi nomeado em 02 de dezembro de 2013
Conselho Fiscal
Presidente
Dr. António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves
Vogais
Dr. Orlando José Manuel de Castro Borges
Dr. Nelson Manuel Costa dos Santos **
Vogal Suplente
Dr.ª Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio
** Foi nomeado em 27 de março de 2013
Revisor Oficial de Contas
Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.
Representado pelo Dr. José Vieira dos Reis
26 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
27 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
ENQUADRAMENTO
Enquadramento Regional
O Alentejo, corresponde a cerca de um terço do território
de Portugal continental. É uma região com baixa
densidade populacional, apenas 5% da população. É nesta
região que se localiza o EFMA e são 20 os concelhos
abrangidos (Alandroal, Alcácer do Sal, Aljustrel, Alvito,
Barrancos, Beja, Cuba, Elvas, Évora, Ferreira do
Alentejo, Grândola, Mértola, Moura, Mourão, Portel,
Reguengos de Monsaraz, Santiago do Cacém, Serpa,
Viana do Alentejo e Vidigueira).
O EFMA é o maior investimento público regional no
sector hidroagrícola, constituindo uma referência
incontornável para o desenvolvimento sustentável desta
região, numa ação concertada abrangendo todos os
domínios da atividade económica, promovendo e
potenciando a criação de emprego e riqueza e
combatendo, por outro lado, a desertificação e o
envelhecimento da população.
A região do Alentejo corresponde a uma economia de pequena dimensão no contexto nacional,
o Produto Interno Bruto (PIB) per capita está abaixo da média nacional.
O desafio que se coloca à região é proporcional à sua dimensão, abrindo perspetivas únicas ao
relançamento do desenvolvimento económico e social, e criando condições para um acréscimo
efetivo do PIB regional através de:
Criação de novos investimentos e no desenvolvimento de novas atividades económicas;
Integração e complementaridade de projetos e de atividades;
Criação e qualificação do emprego;
Apoiando o tecido social, empresarial e institucional da região;
Mantendo e valorizando o carácter, cultura e identidade regional;
Promovendo Alqueva como paradigma da qualidade ambiental;
Gerando critérios de competitividade e de rentabilidade dos investimentos;
Marca Alqueva como referência de qualidade de produtos e serviços; e
Espaço Alqueva como referência de inovação e de tecnologia.
28 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Enquadramento Macroeconómico Nacional
Em 2013 a economia portuguesa continuou condicionada pelo pedido de assistência financeira
junto do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (EU). Portugal está, no
entanto, a regressar a um financiamento estável de mercado, um processo que é exigente e que
requer a continuação dos compromissos assumidos pelo País.
Não obstante, e segundo as projeções do Banco de Portugal (B.P.), o Produto Interno Bruto
(PIB) português contraiu-se 1,5% em 2013. Registem-se, contudo, a partir do final de 2013,
taxas homólogas positivas da economia portuguesa ao longo do intervalo de projeção: 0,8% em
2014 e 1,3% em 2015. As atuais previsões implicam assim uma revisão em alta do crescimento
do PIB, evolução que traduzirá um maior contributo da procura interna e um menor contributo
das exportações líquidas.
Relativamente ao consumo privado e importações verificou-se, segundo a informação mais
recente do Boletim de Inverno do B.P., um crescimento superior ao anteriormente projetado no
Boletim de Outono.
Registe-se ainda que a taxa de variação média do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor
(IHPC) em 2013 foi de 0,5%, em contraposição aos 2,8% verificados no ano anterior.
Boletim
Económico
Outono 2013
2013(p)
2014 (p)
2015 (p) 2013
Produto Interno Bruto 100,0 -1,5 0,8 1,3 -1,6
Consumo Privado 65,7 -2,0 0,3 0,7 -2,2
Consumo Público 18,2 -1,5 -2,3 -0,5 -2,0
Formação Bruta de Capital Fixo 16,0 -8,4 1,0 3,7 -8,4
Procura Interna 100,6 -2,7 0,1 0,9 -3,0
Exportações 38,7 5,9 5,5 5,4 5,8
Importações 39,3 2,7 3,9 4,5 2,0
Contributo para o crescimento do PIB (em p.p.)
Exportações Líquidas 1,1 0,7 0,4 1,4
Procura Interna -2,7 0,1 0,9 -3,1
do qual : Variação de Existências 0,2 0,2 0,0 0,1
Balança Corrente e de Capital (% PIB) 2,5 3,8 4,7 3,1
Balança de Bens e Serviços (% PIB) 1,7 2,7 3,5 2,1
Índice Harmonizado de Preços no Consumidor 0,5 0,8 1,2 0,6
Projeções do Banco de Portugal: 2013-2015/Taxa de Variação Anual, em percentagem
PRINCIPAIS INDICADORES FINANCEIROSPesos
2012
Boletim Económico
Inverno 2013
Fonte: Banco de Portugal.
Notas (p) - projectado. Para cada agregado apresenta-se a projecção correspondente ao valor mais provável condicional ao conjunto de hipóteses
consideradas, e baseia-se em informação disponível até meados de novembro de 2013.
29 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
No que se refere à evolução da procura externa dirigida à economia portuguesa estima-se, para o
ano de 2013, um crescimento próximo de 1% (em 2012 foi de 0,2%), seguido de uma
aceleração em 2014 e 2015, quer na área do euro quer nos mercados fora da área.
No que diz respeito às condições de financiamento da economia, a evolução assumida para a
taxa de juro de curto prazo (taxa EURIBOR a 3 meses) tem por base as expectativas implícitas
nos contratos. Após valores mínimos registados em 2013, pressupõe-se que a taxa de juro
aumente ligeiramente no ano de 2014 para 0,3% e em 2015 para 0,5%.
Por outro lado, a taxa de desemprego voltou a cair no último trimestre de 2013, atingindo 15,4%
da população ativa. De acordo com os dados divulgados, o Instituto Nacional de Estatística
(INE) concluiu que a diminuição da população desempregada se verificou em todos os grupos
etários (em particular os que têm entre 15 e 34 anos), em pessoas com o terceiro ciclo do ensino
básico e nos que têm o ensino secundário e pós-secundário. Verificou-se ainda uma redução da
população desempregada com origem no sector da indústria e construção e no sector dos
serviços.
2013 2014 2015 2013 2014
Procura externa tva 1,2 3,9 5,0 -0,4 3,8
Taxa de juro
EURIBOR a 3 meses % 0,2 0,3 0,5 0,2 0,4
Custo de financiamento do Estado (a)
% 2,4 3,9 5,0 2,3 3,8
Taxa de câmbio do euro
Efetiva do euro tva 3,7 0,8 0,0 3,0 0,1
Euro-dólar vma 1,33 1,34 1,34 1,30 1,30
Preço do petróleo
em dólares vma 108,2 103,9 99,2 105,0 99,0
em euros vma 81,6 77,3 73,8 80,4 76,2
Hipóteses do Exercício de Projeção
Boletim Económico
Inverno 2013
Boletim Económico
Verão 2013
Fonte: BCE; Bloomberg , Thomson Reuters e cálculos do Banco de Portugal
Notas: tva - taxa de variação anual, % - em percentagem, vma - valor médio anual. Um aumento da taxa de câmbio corresponde a uma
apreciação. a)
Esta hipótese reflete o custo das fontes de financiamento relevantes para o Estado Português neste período, entre os quais se
inclui o custo do financiamento associado ao PAEF
30 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Enquadramento Macroeconómico Internacional
Segundo as projeções do Banco Mundial, a economia mundial registou um crescimento de 2,4%
em 2013, prevendo uma expansão global de 3,2% em 2014 e 3,4% em 2015. Assume-se que a
flexibilização das políticas de austeridade nas economias avançadas e o aumento das perspetivas
de desenvolvimento das exportações sejam dois fatores determinantes nesse crescimento.
Os indicadores disponíveis no final de 2013 para os EUA indicavam a continuação de um
crescimento moderado da atividade económica. Esta evolução foi apoiada por um dinamismo da
procura interna privada, especialmente no mercado de habitação, resultando numa melhoria do
mercado de trabalho. A taxa de desemprego desceu para 7,0% (nível mais baixo dos últimos 5
anos), e a taxa de inflação subiu para 1,2%.
No 3.º trimestre de 2013 o PIB do G20 (grupo de países em desenvolvimento) acelerou para
2,9% em termos homólogos reais (2,5% no 2.º trimestre), influenciado, do lado das economias
avançadas, por um reforço do crescimento dos EUA e do Japão, por um forte crescimento do
Reino Unido e por uma melhoria da generalidade das economia da zona euro, mantendo-se, no
entanto, ainda frágil. De entre os países emergentes, o PIB da China e Índia reforçou o seu
crescimento, enquanto o Brasil abrandou.
Segundo dados do Eurostat, o défice público da zona euro, em percentagem do PIB, desceu
ligeiramente no 3.º trimestre de 2013, para 3,1%, tendo atingido os 3,5% no conjunto da União
Europeia (UE), em resultado da melhoria de todas as componentes da procura interna, uma vez
que as exportações de bens e serviços abrandaram. De acordo com o Gabinete de Estatísticas
Europeu, no terceiro trimestre a receita pública total nos países da zona euro representou 47,1%
do PIB. A despesa manteve-se estável, tendo-se situado nos 50,2%. No caso da UE, a receita do
Estado diminuiu de 46% para 45,8%, enquanto a despesa pública estabilizou na ordem dos
49,3%.
No final do ano a taxa de desemprego da zona euro desceu para 12,1% e manteve-se em 10,9%
para a UE, estimando-se que venha a chegar aos 12,3% em 2014. Em contrapartida, a taxa de
inflação homóloga da zona euro subiu para 0,9% devido à quebra menos acentuada dos preços
de energia e de alguma aceleração dos preços dos serviços.
31 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
EDIA
Infraestruturas em Exploração
Observação do Comportamento de Barragens
Ao longo de 2013, prosseguiram as campanhas de leitura da aparelhagem de observação
instalada no corpo das barragens de Alqueva e Pedrógão, concluindo-se, da sua interpretação, a
comprovação do bom comportamento quer dessas estruturas quer dos seus equipamentos de
segurança hidráulico-operacional. A visita de inspeção anual, realizada pela Autoridade de
Segurança de Barragens (Agência Portuguesa do Ambiente) e pelo LNEC, em Pedrógão e
Alqueva ocorreram no dia 15 de maio e na primeira quinzena de novembro de 2013,
respetivamente.
Prosseguiram durante todo o ano as campanhas previstas nos Planos de Observação das
Barragens dos Álamos, do Loureiro, do Penedrão e de Cinco Reis. No caso destas últimas
(Penedrão e de Cinco Reis), prosseguiu o seu primeiro enchimento.
No final de março, a barragem de Alqueva atingiu a cota máxima pela terceira vez desde o
encerramento das suas comportas, em 8 de fevereiro de 2002. Procedeu-se a descargas
controladas através dos seus descarregadores: um de meio fundo e um de superfície. Estas
operações tiveram como objetivo controlar o volume de água armazenada na albufeira de
Alqueva, uma vez que o nível de enchimento (151,98 m) se aproximou da sua cota máxima
(152 metros).
No último dia do mês de dezembro de 2013 e comparativamente ao último dia do mês anterior
(novembro) verificou-se um aumento do volume armazenado, Alqueva fechou o ano a cerca de
85% da sua capacidade.
Manutenção e Exploração
Rede Primária
No decurso do ano, prosseguiu a exploração da estação elevatória dos Álamos, tendo-se
realizado a transferência dos volumes de água necessários à satisfação dos consumos verificados
nas infraestruturas que integram o subsistema de Alqueva, com especial relevância para as
ligações Loureiro-Monte Novo, Loureiro-Alvito, Alvito-Pisão, Pisão – Ferreira, Pisão – Beja e
Cuba - Vidigueira.
Desenvolveram-se, igualmente, na estação elevatória dos Álamos, intervenções de manutenção
corretiva dos motores principais e da proteção anticorrosiva dos impulsores das bombas
32 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
principais e de manutenção preventiva das instalações elétricas, de alta e média tensão. Foi
igualmente contratada a realização de uma auditoria energética a esta mesma estação elevatória,
dado tratar-se de uma instalação grande consumidora de energia, cumprindo-se o estabelecido
no DL N.º 71/2008, de 15 de abril.
No decurso do ano desenvolveram-se, fundamentalmente, atividades de exploração associadas à
campanha de rega em curso, e também foram ainda realizados diversos trabalhos de manutenção
corretiva ao abrigo de garantia contratual das obras.
Rede Secundária de Rega
Ao longo de 2013, decorreram as ações de manutenção preventiva dos equipamentos
mecânicos, elétricos e outros, e dos sistemas de telegestão nos perímetros de rega do Monte –
Novo, Alvito – Pisão, Pisão, Ferreira, Figueirinha e Valbom, Alfundão, Loureiro – Alvito e
Ervidel do subsistema Alqueva, e Orada – Amoreira, Serpa, Brinches e Brinches – Enxoé do
subsistema Ardila.
Neste período decorreu ainda, em simultâneo, as campanhas de rega, assim como o apoio
prestado aos agricultores, de forma a assegurar a garantia de um serviço de fornecimento de
água eficiente de qualidade por parte da Empresa.
A 8 de abril foi concessionada, à EDIA, a rede secundária do Empreendimento de Alqueva até
ao ano 2020, o que permite gerir as infraestruturas de uma forma integrada e sustentável,
mantendo um preço solidário nos diferentes perímetros de rega independente dos diferentes
custos de exploração.
Centrais Mini-hídricas da Rede Primária e Central Fotovoltaica de Alqueva
A exploração das centrais mini-hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa, registou, em
2013, um decréscimo de produção de energia elétrica, quando comparada com o verificado no
ano anterior, em grande parte devido à importante transferência de água para a albufeira de
Odivelas realizada em 2012.
Nos primeiros dois trimestres de 2013 também não foi necessário aduzir água às albufeiras do
Alvito, Pisão, Serpa e Roxo, para reforço das suas afluências próprias, pelo que se manteve
interrompido o funcionamento, para além da central mini hídrica de Odivelas, das centrais mini
hídricas do Pisão, de Serpa e do Roxo.
No final do 3.º trimestre registavam-se as seguintes produções: Alvito (61,241 MWh); Pisão
(50,013 MWh); e Serpa (582,01 MWh). Com a conclusão da campanha de rega, e a consequente
redução drástica dos consumos de água, foi interrompida a produção das centrais hidroelétricas
do Pisão e de Serpa, mantendo-se a operação da central mini-hídrica de Alvito, ainda durante o
mês de outubro, com uma produção de 15,147 MWh.
Em 2013, a exploração da central fotovoltaica de Alqueva registou uma produção média mensal
de 5.709kWh e uma produção acumulada total, de 68,505 MWh, o que representou um
acréscimo de 9,8% face ao ano anterior.
33 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Promoção do Regadio
Alqueva é o mais recente regadio implementado na Europa. São 120.000 hectares com elevada
aptidão para esta prática agrícola, o que, aliado à disponibilidade de água, dão à região
condições únicas e de enorme potencial competitivo.
Em 2013, verificou-se um acréscimo de 27,7% na área inscrita para rega (6.745 ha) comparando
a adesão com o período homólogo.
Refira-se, que no início de 2013, se procedeu à atualização do tarifário de água para rega da
campanha de 2013. Esta tarifa foi estabelecida para os perímetros de rega (conservação e
exploração), para as captações diretas e para os regantes precários. Na aplicação do tarifário
manteve-se a redução das tarifas conforme os anos de exploração de cada um dos perímetros de
rega.
Ao longo do ano decorreram ainda os trabalhos do “Modelo técnico-económico para
monitorização e gestão da componente hidroagrícola de Alqueva”, tendo a EDIA, solicitado aos
consultores, a realização de um adicional ao referido modelo, de forma a poder incluir as novas
realidades de exploração da rede de abastecimento de água de Alqueva, que se encontram na sua
fase final e cuja operacionalização se encontra prevista para 2014.
Tiveram continuidade as ações de divulgação do programa SISAP. Os resultados deste
programa têm vindo a ser utilizados na elaboração de dossiers para investidores e outras
entidades, e para alguns produtores individuais como ferramenta de apoio à gestão da sua
exploração e apoio nas solicitações efetuadas. Ao longo do ano foram ainda acrescentadas novas
culturas ao portfolio já existente, e atualizadas outras, capacitando a Empresa para uma resposta
mais pronta e eficaz junto dos seus clientes e potenciais investidores. A EDIA tem efetuado uma
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
Jan-12 Jan-13
Área Total Inscrita
34 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
aposta firme na maximização desta ferramenta, nomeadamente como suporte à avaliação de
uma série de prédios rústicos afetados pelas obras de Alqueva.
Com o objetivo de melhorar a qualidade do serviço prestado aos seus clientes e de caracterizar
os perímetros de rega em exploração, a EDIA continuou o processo de realização de inquéritos
junto dos proprietários/beneficiários do Projeto Alqueva, e identificação da sua disponibilidade
para eventuais situações de venda, arrendamento, parceria, permuta ou outro tipo de cedências.
A informação recolhida é posteriormente integrada e tratada na base de dados da EDIA, de
âmbito mais genérico, e na base de dados CIEFMA – Comercial, aplicação web para consulta
do cadastro de infraestruturas do EFMA e gestão de regantes, criadas para o efeito.
Área Total
dos Prédios
(ha)
Área
Beneficiada
EFMA
(ha)
Monte - Novo 39 21 8.779 3.915
Alvito - Pisão 94 16 299 292
Loureiro - Alvito 4 2 331 83
Brinches 38 14 1.239 452
Brinches-Enxoé 42 10 1.848 994
Serpa 36 6 439 355
Orada-Amoreira 103 38 1.618 1.145
Pisão 83 44 127 115
Ferreira 53 19 144 105
Ervidel 59 27 518 317
Alfundão 16 12 1.363 543
Pedrógão 2 1 13 12
Total 569 210 16.718 8.328
Perímetros de Rega
N.º de
Inquéritos
Efetuados
Área Contactada
N.º de
Beneficiários
Inquiridos
Venda 1%
Arrendamento c/prazo 4%
Arrendamento m/prazo 1%
Arrendamento l/prazo 0%
Parceria 33%
Permuta 0%
Área não disponível 61%
Total 100%
Disponibilidade
do
Proprietário
Área Classificada
Área
Beneficiada
EFMA
%
35 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Evidencie-se a realização de uma sessão de esclarecimentos sobre instrumentos financeiros
disponibilizados por várias instituições bancárias (CCAM, BPI, BES e Banco Popular), na
sequência dos Protocolos assinados com a EDIA, para apoio à instalação de projetos agrícolas
na zona de influência de Alqueva, com condições financeiras especiais. Neste evento, realizado
no dia 05 de fevereiro nas instalações da EDIA, em Beja, participaram igualmente a Gestora do
PRODER, Dra. Gabriela Ventura, e o Prof. José Epifâneo da Franca, Presidente do Conselho de
Administração da Portugal Ventures, tendo ambos apresentado as linhas de financiamento
públicas disponíveis para o setor. A primeira, no âmbito dos fundos comunitários do FEADER.
O segundo, através dos instrumentos de capital de risco governamentais
Prosseguiu, igualmente, o trabalho de levantamento de informação de apoio e suporte à
captação de investimento e a elaboração de dossiers técnicos de apoio a potenciais interessados,
assim como a colaboração e participação na apresentação e desenvolvimento de diversos
projetos. Realizaram-se visitas ao campo com empresas e particulares e procedeu-se à prestação
de informação e apoio a agricultores, investigadores e estudantes. Foram ainda promovidos
encontros entre proprietários disponíveis para arrendamento, venda e/ou parcerias, tendo em
vista a promoção do regadio na zona do EFMA. Prosseguiu igualmente o desenvolvimento de
contactos com empresas e particulares e representantes de agrupamentos de agricultores.
Relativamente ao projeto “Banco de Terras”, a EDIA é uma entidade gestora operacional
(GEOP), que tem vindo a preparar com a DGADR a sua operacionalização, por forma a
aproveitar o trabalho desenvolvido para promover o regadio em Alqueva. Com este instrumento
pretende-se facultar a divulgação das áreas disponíveis a nível nacional e facilitar a interação
com proprietários eventualmente interessados. No final de 2013, a Bolsa de Terras dispõe de
103 prédios rústicos disponibilizados para arrendamento e venda, totalizando uma área
disponível superior a 800 ha, na sua maioria localizados no Alentejo, dos quais 757 ha foram
disponibilizados pela EDIA GeOp, conforme se verifica no gráfico abaixo apresentado.
92%
1%
7%
EDIA GeOp
EDIA Proprietária
Outras Entidades
36 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
A dinamização do regadio na pequena propriedade constituiu uma das principais prioridades da
EDIA ao longo do ano, como forma de potenciar alternativas rentáveis para as explorações de
menor dimensão económica. Nesse sentido destaque-se o início das atividades referentes à
“Academia das Hortícolas de Alqueva”, com a organização dos dias abertos, e da “Academia de
Produção de Plantas Aromáticas e Medicinais”, em conjunto com o Centro de Excelência para a
Valorização dos Recursos Mediterrânicos (CEVRM) e a Sociedade Agrícola Monte do
Pardieiro, constituídas como unidades de experimentação e demonstração do potencial de
produção e comercialização em zona de pequena propriedade.
Albufeiras do EFMA – Gestão e exploração dos Recursos Naturais
Gestão da Água – Estado das Massas de Água e Gestão de Albufeiras
Relativamente à Coordenação Luso-Espanhola, foi efetuado o acompanhamento do
cumprimento das conclusões operacionais definidas no “Estudo das Condições Ambientais no
Estuário do Rio Guadiana e Zonas Adjacentes - Conclusões Operacionais - Fevereiro de 2005”.
Foi concluído e enviado às autoridades competentes o relatório anual referente à análise do
cumprimento das condições operacionais estabelecidas para o sistema Alqueva-Pedrógão para o
período compreendido entre outubro de 2011 e setembro de 2012, encontrando-se em execução
o relatório anual para o período entre outubro de 2012 e setembro de 2013.
Ao longo do ano procedeu-se ao acompanhamento do cumprimento das medidas referentes ao
regime de manutenção dos caudais ecológicos da rede primária, em exploração.
Em termos de Gestão do Plano de água, decorreram os trabalhos de manutenção da sinalização
de segurança das albufeiras de Alqueva e de Pedrógão, os quais abrangem a sinalização
associada à zona de navegação interdita junto à barragem de Alqueva, junto à tomada de água
dos Álamos e junto à barragem de Pedrógão. Estes trabalhos tiveram início durante o mês de
maio de 2012 e têm uma duração de 24 meses. No período, decorreu também a manutenção da
sinalização de segurança nas restantes albufeiras integradas no EFMA e que foram sinalizadas
entre 2010 e 2013. Decorreram ainda os trabalhos de sinalização de segurança da barragem de
Cinco Reis, que foram concluídos no final do ano.
No que respeita à candidatura ao LIFE + “INVASEP - Lucha contra espécies invasoras en las
cuencas hidrográficas del Tajo y Guadiana en la Península Ibérica” durante o ano teve início a
elaboração do plano de gestão e monitorização de espécies exóticas na área de influência do
EFMA, cujos principais objetivos são: a identificação das espécies potencialmente invasoras no
contexto do EFMA; a avaliação da magnitude dos impactes no EFMA e nos ecossistemas de
cada uma das espécies; a identificação de potenciais questões/incongruências legais
relacionadas com as espécies exóticas invasoras; a atual dispersão e tendências de disseminação;
e técnicas de monitorização/deteção e respetivos custos associados. Também no contexto do
combate às espécies invasoras, em especial associada à disseminação da planta aquática
invasora Jacinto de Água, presente em território espanhol a montante da albufeira de Alqueva,
foi reparada a barreira flutuante instalada a montante da Ponte da Ajuda, uma vez que os fortes
caudais que atravessaram essa secção do rio Guadiana (durante a primeira metade do semestre
de 2013), provocaram danos consideráveis, resultantes da circulação de objetos de grandes
dimensões, como árvores trazidas pela força do rio.
37 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Quanto ao trabalho de levantamento de condições de funcionamento do Dispositivo de
Passagem de Peixes de Pedrógão (DPP) foram avaliados todas as suas componentes
operacionais, com realização de mergulhos técnicos filmados, realização de batimetria a jusante,
medição de velocidades na zona de entrada, análise pormenorizada de todo o equipamento e
medidas de melhoria do dispositivo. O relatório final foi entregue em outubro de 2013. Na
sequência deste trabalho, e com vista à otimização da adequabilidade do equipamento para a
passagem de peixes das espécies alvo, foi realizado um procedimento de ajuste direto para a
aquisição de equipamento de melhoria do seu funcionamento.
No âmbito dos trabalhos de avaliação da eficácia do dispositivo de passagem de peixes de
Pedrógão, os quais terão como objetivo a determinação do número de indivíduos das espécies
alvo que concretizam a rota migratória da albufeira de Alqueva em direção às zonas de
cabeceira do rio Ardila, foram entregues os equipamentos para a monitorização através de
seguimento acústico de peixes na albufeira de Pedrógão. No final do ano decorreram e foram
concluídos os trabalhos de criação de uma maqueta 3D do dispositivo, para efeitos de
divulgação deste importante equipamento de reabilitação da continuidade fluvial dos rios
Guadiana e Ardila, sob gestão da EDIA.
Estratégia para a Conservação e Valorização de Ilhas e Penínsulas de Alqueva
No âmbito da candidatura apresentada ao INALENTEJO - “Estratégia para a conservação e
valorização de ilhas e penínsulas de Alqueva” – foi aprovado:
Adquirir informação sobre a biodiversidade;
Criar um instrumento de ordenamento específico, enquadrando as ilhas em diferentes
tipos de utilização viáveis (lazer, educacional, científica, proteção ambiental, cultural,
etc.);
Identificar e definir ações que facilitem os diferentes usos; e
Divulgar o projeto como exemplo de gestão sustentada e integrada de uma área com
elevado potencial para a conservação da natureza.
A inventariação biológica das ilhas permitiu adquirir informação fundamental sobre a
biodiversidade nas ilhas de Alqueva, atualizando a informação existente e permitindo conhecer
a distribuição e abundância de espécies. No âmbito da candidatura referida, e na sequência dos
trabalhos de inventariação biológica em curso, foi previsto o desenvolvimento de um
instrumento de gestão das ilhas, que permita ordenar e valorizar este espaço. Numa primeira
fase a equipa prosseguiu os trabalhos de construção da base de informação geográfica, análise
dos dados de inventariação biológica fornecidos, e aplicou as entrevistas e inquéritos para
caraterização da oferta e da procura aos targets definidos (residentes, turistas nacionais e
estrangeiros, municípios e juntas de freguesia que fazem fronteira com a albufeira de Alqueva,
empresários hoteleiros da região e operadores turísticos a operar na região). O plano de gestão
foi entregue, na EDIA, no dia 4 de dezembro e encontra-se em análise para aprovação.
Neste âmbito, decorreu, tal como previsto, o acompanhamento às medidas implementadas para
proteção de penínsulas e ilhas da albufeira de Alqueva, salientando-se a eficácia das estruturas
instaladas que impedem a passagens de gado para os locais que se pretendem preservar.
Observa-se uma recuperação da vegetação destas ilhas e penínsulas que se fará, numa fase
inicial, através da vegetação herbácea, mas que progredirá para a vegetação arbustiva, caso não
38 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
ocorram ações destrutivas de pastoreio ou desmatação, que promoverá a regeneração arbórea,
reabilitando a fitocenose associada às áreas de montado de azinho e sobro, que enquadra, para
além das azinheiras e sobreiros, um conjunto variado de outras espécies, tais como catapreiros,
pilriteiros, aroeiras, zambujeiros, tamargueiras, giestas e, eventualmente, vegetação ripícolas nas
zonas mais húmidas, potenciadas pela presença da albufeira de Alqueva.
Gestão das Áreas Sobrantes
Em 2013, relativamente ao património rústico foram colocadas em prática as operações de
manutenção e beneficiação dos povoamentos instalados nos terrenos da EDIA, definidas no
Plano de gestão de sobrantes e interníveis (PGSI 2012-2014). Promoveram-se também ações de
arborização de novas áreas visando cumprir os compromissos ambientais assumidos.
Continuaram a arrendar-se os terrenos património da EDIA, identificados para este fim, de
forma à sua rentabilização.
No final deste período o património rústico era composto por 353 prédios (713 ha), estando
disponíveis para arrendamento 309 prédios (336 ha), dos quais 204 (241 ha) estão arrendados,
174 na totalidade e 30 parcialmente. Dos 44 prédios não arrendáveis (377 ha), 17 (3 ha) estão
afetos à obra e 27 (374 ha) encontram-se em gestão direta. Existem ainda 8 cedências a que
corresponde a área de 15 (ha).
Ainda a este nível, prosseguiu-se a elaboração do projeto de arborização e beneficiação da
envolvente ao ancoradouro da Aldeia da Luz, ao arranjo do espaço exterior do Centro de
Informação de Alqueva (CIAL) e à gradagem do povoamento florestal da Herdade dos Estevais.
No âmbito do património urbano, continuaram a ser desenvolvidas ações de manutenção e
beneficiação dos edifícios pertencentes à EDIA, ou sob a sua gestão, como o PNN, Monte dos
Pássaros, escritórios de Pedrógão, e outros edifícios. Todas estas intervenções visam conferir e
promover a melhoria da funcionalidade das edificações. Durante este período, procedeu-se à
mudança de instalações da EDIA, em Lisboa.
Utilização Privativa do Domínio Público Hídrico
Em 2013 a EDIA continuou a prestar apoio aos requerentes na instrução dos pedidos de
licença/concessão de captação de águas superficiais, analisaram-se os processos em tramitação
na EDIA, foram rececionados novos pedidos de captação de água para rega e emitidos os
respetivos títulos.
No âmbito das atividades da Equipa de Fiscalização e Vigilância (EFV), continuou a
desenvolver as atividades de vigilância e fiscalização relacionadas com o processo de
licenciamento de captações de água. Foram realizadas ainda um acompanhamento das diversas
atividades que decorreram na envolvente das albufeiras. A EFV realizou, igualmente, trabalhos
pontuais de manutenção e reparação, e realizaram-se ações associadas à gestão dos recursos
naturais, como a recolha de resíduos na área do domínio público hídrico ou o auxílio em ações
de controlo de plantas aquáticas.
39 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Infraestruturas em Construção
Redes Primária e Secundária
O EFMA é constituído por um conjunto de infraestruturas agrupadas, sendo a albufeira de
Alqueva a mãe d‟água do projeto com capacidade para garantir autossuficiência durante 4 anos
consecutivos de seca. As atividades desenvolvidas pela EDIA continuaram assim a privilegiar a
componente de construção do Sistema Global de Abastecimento de Água, com o avanço das
obras das infraestruturas primárias e secundárias do Projeto Alqueva que, prevê-se, beneficiar,
no final de 2015, uma área de cerca de 120.000 hectares.
Em 2013, teve lugar a inauguração do circuito hidráulico de Pedrógão - margem direita e blocos
de rega de Pedrógão e Selmes (17 de abril) e da infraestrutura de rega de Ervidel (05 de junho).
Subsistema Alqueva
Em 2013 e em termos de rede primária, referencie-se a conclusão da construção do circuito
hidráulico de Vale de Gaio no segundo trimestre. Ainda neste trimestre, mas da rede secundária,
foram finalizadas as obras dos blocos de rega de Aljustrel (exceto a componente da rede viária)
e de Ervidel 2 e 3.
Já na segunda metade de 2013, foram consignadas as empreitadas de construção da rede viária
do bloco de Aljustrel, com conclusão prevista para o início de 2014, e os blocos de rega de
Cinco Reis – Trindade.
Ainda da rede secundária, durante 2013, foram igualmente lançados os concursos para a
realização das empreitadas de construção dos blocos de rega de Beringel e Álamo, do bloco de
rega de Beja, do perímetro de Pisão – Beja e ainda dos blocos de rega de Barras, Torrão e
Baronia Baixo e dos blocos de rega de Baronia Alto, Alvito Alto e Alvito Baixo do perímetro de
Vale de Gaio, e por último dos blocos de rega Roxo – Sado do respetivo perímetro.
Subsistema Ardila
No decurso do segundo trimestre do ano, da rede primária, neste subsistema, foram adjudicadas
as empreitadas de construção dos circuitos hidráulicos de Amoreira – Caliços e de Caliços –
Pias.
Na segunda metade do ano lançaram-se os concursos públicos para a contratação da construção
dos circuitos hidráulicos de Caliços – Machados (rede primária), dos blocos de rega de Caliços-
Machados e Pias e dos blocos de rega de Moura Gravítico (rede secundária).
40 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Subsistema Pedrógão
Na rede primária, deste subsistema, em 2013, finalizaram-se as obras do sistema elevatório de
Pedrógão – margem direita e, praticamente a construção do adutor de Pedrógão - margem
direita e da barragem de S. Pedro. Relativamente à rede secundária de rega, no primeiro
semestre de 2013, foram concluídas as empreitadas de construção dos blocos de rega de
Pedrógão 1e 3 e de Selmes.
No decurso do segundo trimestre do ano foram ainda adjudicadas as empreitadas de construção
dos circuitos hidráulicos S. Pedro – Baleizão e Baleizão – Quintos, relativas à rede primária. Já
na segunda metade de 2013, da rede secundária, foram consignadas as obras dos blocos de rega
de São Pedro-Baleizão, dos blocos de rega 1, 2 e 3 de Baleizão-Quintos e blocos de rega 4 e 5
também de Baleizão-Quintos.
Durante 2013 foram igualmente lançados os concursos para a realização das empreitadas de
construção do circuito hidráulico de São Matias (rede primária) e dos blocos de rega 1, 2, 3 e 4
de São Matias (rede secundária).
Em 2013, em simultâneo com as empreitadas de construção das redes primária e secundária dos
três subsistemas, realizaram-se as atividades de acompanhamento ambiental em obra e
respetivos trabalhos arqueológicos de minimização de impactes em diversas ocorrências
patrimoniais de situações desconhecidas identificadas na fase prévia às obras ou no decurso das
mesmas.
Projetos em Curso
Redes Primária e Secundária
Em 2013 iniciaram, continuação e foram validados vários estudos e projetos referentes às
infraestruturas primárias e secundárias, a implementar no âmbito do EFMA, e ainda a
elaboração de alguns estudos relativos a dados de base para o dimensionamento/sistematização
e funcionamento dos circuitos hidráulicos e infraestruturas em equação.
Ao longo do ano procedeu-se à elaboração de estudos de base e do relatório de resposta às
questões colocadas, de âmbito hidráulico e do projeto, relativas ao Estudo de Impacte
Ambiental (EIA) da ligação às Ermidas para reforço do abastecimento ao Polo Industrial de
Sines Morgavél.
Decorreu um estudo e desenvolvimento de soluções de microfiltração da água como alternativa
ao dispositivo de segregação de águas na albufeira do Roxo, que face às cotas elevadas do plano
de água não pode ser executado a curto prazo. Realizou-se o relatório para a apresentação e
fundamentação à APA da alternativa, de modo a permitir a sua aprovação, que consiste na
implementação de uma infraestrutura de tamisação à saída da albufeira do Penedrão,
melhorando assim, a qualidade da água aduzida à albufeira do Roxo. É de destacar, então, a
elaboração do projeto base do tamisador a colocar na tomada de água da albufeira do Penedrão
para a albufeira do Roxo.
41 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Procedeu-se, igualmente, à elaboração do documento, “Contribuição para a definição de áreas e
de necessidades hídricas para o regadio na zona envolvente do EFMA”, enviado à APA e à
DGADR, como contributo relativo aos Planos de Gestão de Bacias.
Teve ainda lugar o desenvolvimento de soluções de captações e de circuitos hidráulicos
expeditos para implementação pelos interessados de modo a assegurar o acesso à água em
tempo útil-algumas delas, foram implementadas no período.
Subsistema Alqueva
No projeto de execução para a instalação grupos 3 e 4 da estação elevatória dos Álamos, no
final do ano, procedeu-se à elaboração do relatório final de análise das propostas apresentadas e
tiveram início os trabalhos.
Relativamente à revisão do projeto de execução do circuito hidráulico Roxo-Sado e respetivo
bloco de rega procedeu-se à execução dos termos de referência para o lançamento do ajuste
direto.
Quanto à ligação ao sistema de adução de Morgavel, e na sequência da receção de resposta da
Secretaria de Estado do Ambiente relativamente ao envio de esclarecimentos à proposta de DIA
remetida pela EDIA em fase de audiência prévia, foram enviados novos esclarecimentos para
esta entidade. Neste âmbito foi ainda rececionada resposta favorável da Câmara Municipal de
Aljustrel à informação enviada pela EDIA relativamente à compatibilização do projeto com as
infraestruturas e servidões sob jurisdição desta entidade. Foi também rececionada resposta da
APA a informar do parecer favorável emitido pela APA/ARH relativamente ao Sistema de
Gestão Ambiental remetido em anexo ao documento enviado pela EDIA sobre os “Elementos a
Apresentar” em sede de licenciamento
Realizou-se o relatório final para a prestação de serviço de revisão do projeto de execução dos
blocos de rega de Vale de Gaio, e procedeu-se à entrega destes aos projetistas. Na componente
ambiental, recebeu-se resposta favorável da APA relativamente ao pedido de prorrogação de
prazo da DIA solicitado pela EDIA.
Quanto ao perímetro de rega de Pisão – Beja, e no que respeita à prestação de serviço de revisão
do projeto de execução dos blocos de rega de Beringel – Beja, foi entregue o relatório final com
a revisão do projeto do bloco de beja, da estação elevatória de Beja e da restante rede viária e de
drenagem.
A EDIA aguarda resposta da APA aos esclarecimentos apresentados para concluir os últimos
três projetos acima mencionados.
Relativamente ao modelo de simulação e otimização do funcionamento do subsistema de
Alqueva (ALWAYS), procedeu-se à instalação da versão final do programa na EDIA e têm sido
desenvolvidos vários cenários para análise dos resultados do modelo.
42 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Subsistema Ardila
No circuito hidráulico de Caliços – Machados foi recebida, da Direção Geral de Agricultura e
Desenvolvimento Rural (DGADR), a aprovação do SGA enviado pela EDIA. Aguarda-se
resposta das Águas Públicas do Alentejo ao ofício enviado pela EDIA relativo ao ponto 5 das
Condicionantes da DIA.
No âmbito da prestação de serviço de revisão do projeto de execução dos blocos de rega de Pias,
tiveram início dos respetivos trabalhos e procedeu-se à entrega dos relatórios finais da revisão
aos projetistas.
Relativamente à revisão do projeto de execução do circuito hidráulico de Caliços – Moura e
respetivo bloco, foram igualmente iniciados os trabalhos de revisão e teve lugar a entrega dos
relatórios finais da revisão aos projetistas.
Quanto à revisão do projeto de execução do bloco de rega de Moura Gravítico, teve lugar a
elaboração do relatório final, o início e desenvolvimento dos trabalhos e a entrega do relatório
final da revisão de projeto aos projetistas.
Os projetos relativos ao circuito hidráulico de Amoreira – Caliços, circuito hidráulico de
Caliços – Machados, blocos de rega de Pias e bloco de rega de Moura Gravítico continuam
pendentes da resposta da APA a informar da conclusão do procedimento de AIA.
No projeto de emparcelamento rural integrado dos Coutos de Moura, procedeu-se à realização
de visitas de campo conjuntamente com a APA, no sentido de se proceder à emissão da DIA,
afim da mesma ser validada pelo Exmo. Sr. Secretário de Estado do Ambiente. Dos aspetos
mais relevantes deste trabalho realce-se a vantagem desde projeto de emparcelamento poder
conduzir-nos a uma futura rede de rega, que evitará as captações de água dos aquíferos que a
cada dia se encontra mais intensificada. Procedeu-se ainda ao acompanhamento da fase de
discussão pública do projeto em causa na Câmara Municipal de Moura. Recebeu-se da APA a
proposta de DIA do projeto do “Emparcelamento dos Coutos de Moura”, encontrando-se a
EDIA a desenvolver o documento de resposta.
Subsistema Pedrógão
Neste subsistema, a EDIA continua a aguardar resposta da APA aos esclarecimentos
apresentados para concluir os projetos dos circuitos hidráulicos de S. Matias, S. Pedro –
Baleizão e Baleizão - Quintos e respetivos blocos de rega.
Procedimentos Expropriativos
Ao longo de 2013, decorreram diversas atividades com a finalidade de assegurar os
procedimentos expropriativos associados aos projetos em curso, em fase de conclusão e em fase
inicial, com intervenções em distintas áreas geográficas do EFMA.
Relativamente aos projetos em fase final do processo expropriativo teve lugar o
acompanhamento de comissões arbitrais e peritagens, a regularização de situações de registo e o
43 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
acompanhamento de situações resultantes das obras. No que respeita aos projetos que se
encontram em curso, salientem-se os trabalhos de levantamentos de campo, avaliações,
negociações, vistorias ad perpetuam rei memoriam, a realização de autos de expropriação
amigável e de registos e o acompanhamento de situações resultantes de obra. Quanto aos
projetos em fase inicial do processo expropriativo teve lugar a verificação/validação do projeto
de expropriações, o envio do pedido de Declarações de Utilidade Pública (DUP), o
reconhecimento das áreas a intervencionar, a elaboração de bases de avaliação e a notificação de
todos os proprietários e interessados do início do projeto.
Em termos de intervenção, e de acordo com a fase que se encontram os respetivos processos
expropriativos, elencam-se igualmente os seguintes projetos, com referência ao final de 2013:
Projetos em fase inicial:
Circuito hidráulico de Caliços-Machados
Circuito hidráulico de S. Matias
Bloco de rega de Beringel-Beja
Bloco de rega de Caliços Machados
Bloco de rega de Moura Gravítico
Bloco de rega de S. Matias
Projetos em curso:
Bloco de rega de Cinco Reis-Trindade
Bloco de rega de S. Pedro-Baleizão
Bloco de rega de Baleizão-Quintos
Circuito hidráulico de S. Pedro-Baleizão
Circuito hidráulico de Baleizão-Quintos
Circuito hidráulico de Amoreira-Caliços e barragem dos Caliços
Circuito hidráulico de Caliços-Pias e barragem de Pias
Blocos de rega de Pias
Blocos de rega de Vale de Gaio
Blocos de rega de Aljustrel (rede viária)
Projetos em fase final:
Circuito hidráulico de Pedrógão - Margem Direita
Blocos de rega de Selmes e Pedrógão
Blocos de rega de Ervidel
Adutor Pisão-Beja
Adutor Pisão-Roxo
Circuito hidráulico de Vale de Gaio
Blocos de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom
44 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Total dos Projetos em Fase de Processo Expropriativo em 2013
Em meados de 2013, terminaram as prestações de serviços com as empresas águas Públicas do
Alentejo, S.A. (AgdA) e a empresa SIMARSUL, S.A.
Património Cultural, Ambiente, Monitorização Ambiental, Sistema de Gestão na Área
Ambiental e Ordenamento do Território
Património Cultural
Ao longo de 2013 decorreu o acompanhamento, no âmbito do protocolo celebrado entre a EDIA
e a Direção Regional de Cultural do Alentejo (DRCALEN), dos trabalhos de arranjo gráfico e
impressão das monografias relativas aos trabalhos arqueológicos realizados no âmbito do
“Plano de Minimização de Impactes Arqueológicos no Regolfo de Alqueva”. Neste âmbito,
procedeu-se à apresentação pública da coleção, com o lançamento de quatro das monografias
previstas (volumes 1, 2, 3 e 6 da coleção). A cerimónia decorreu no auditório da EDIA a 23 de
setembro.
A 23 de setembro decorreu também a inauguração da exposição “Barca do Xerez de Baixo: um
testemunho resgatado à História”, instalada na entrada do edifício sede da EDIA. Com esta
mostra pretendeu-se dar a conhecer o perfil arqueológico removido deste importante sítio pré-
histórico.
ProjetoPrédios Avaliados Prédios Aprovados Prédios Acordados Autos Efetuados Litígios
Total Rede Primária 1 1 10 24 0
Total Rede Secundária 8 3 17 188 0
Total Redes Primária e Secundária 9 4 27 212 0
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Total Rede Secundária
Total Rede Primária
45 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Em termos de atividades pedagógicas teve início em junho um novo ciclo de
exposições/atividades subordinado ao tema “Aprender com a História”. Neste âmbito, foi
desenvolvida a atividade intitulada “Potes e fornos do tempo dos romanos”. Pretendeu-se, com
esta primeira iniciativa, partindo de vestígios concretos de época romana (potes descobertos no
sitio Monte do Bolor – reservatório do Álamo), expor os princípios gerais da atividade
arqueológica, bem como a ocupação da região em época romana. Foi ainda desenvolvida a ação
intitulada “Potes e fornos do tempo dos romanos – Vamos fazer potinhos com o mestre
Velhinho”, com a qual se pretendeu, partindo dos vestígios de época romana do sítio monte do
Bolor (reservatório do Álamo), e da experiência do oleiro Mestre Velhinho, dar a conhecer os
princípios básicos da produção de cerâmica no passado. No término de 2013 decorreu o
planeamento de novas atividades pedagógicas a desenvolver com a comunidade escolar, no
âmbito deste ciclo, prevendo-se que as mesmas tenham início de 2014.
Ao longo de 2013, e no que respeita à implementação de medidas de minimização, tiveram
lugar diversos projetos de minimização prévia à obra.
Ambiente
Atividades Prévias à Obra
De modo a cumprir integralmente as disposições das diferentes DIA´s e pareceres ao Relatório
de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE), procedeu-se à preparação de
Sistemas de Gestão Ambiental (SGA), documentos de implementação obrigatória, e ainda à
preparação e envio de resposta aos elementos condicionantes a apresentar, bem como, pedidos
de alteração de redação de medidas de DIA‟s, nomeadamente:
Elementos Condicionantes do troço de ligação Pisão Roxo, requeridos em sede de
Parecer ao RECAPE; e
Pedido de alteração da medida ECO3 da DIA relativa ao projeto do troço de ligação
Pisão-Roxo e Pisão-Beja.
Documentação enviada às Entidades Competentes (Procedimento de AIA) – Fase de Construção
No decurso de 2013, e por forma a dar cumprimento aos requisitos e exigências da APA, e de
modo a cumprir na íntegra as disposições das medidas de minimização das DIA´s teve lugar, no
âmbito dos processos pós-avaliação previstos na legislação em vigor, a preparação de relatórios
demonstrativos e circunstanciados sobre as medidas da fase de construção das empreitadas.
Procedeu-se igualmente à preparação de vários documentos de resposta relacionados com o
cumprimento de medidas de minimização das DIA‟s e pareceres ao RECAPE (fase de obra) de
diversos projetos, assim como ao envio dos „Elementos a Apresentar‟ solicitados nos diferentes
pareceres da Comissão da Avaliação.
Por forma a cumprir o estipulado no âmbito das medidas de minimização e compensação
decorrentes das DIA‟s dos diferentes projetos, decorreu ainda, no decurso de 2013, a análise e
acompanhamento em obra de Planos de Obra, Planos de Gestão de Origens de Água e
46 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Efluentes, Planos de Recuperação Biofísica e Paisagística e de Planos de Desativação de
Estaleiros, relativos a diversas empreitadas das redes primária e secundária do EFMA.
No que respeita à pós-avaliação ambiental dos projetos, e na sequência do envio dos Planos de
Desativação de Estaleiros para a entidade licenciadora (CCDR-Alentejo) e das visitas efetuadas,
em sede de auditoria às áreas de implantação dos diversos estaleiros (estaleiros sociais e de
frente das empreitadas de construção), a EDIA recebeu parecer positivo por parte daquela
entidade, uma vez que todos os locais auditados evidenciaram o cumprimento das medidas
ambientais a que estiveram sujeitos pelas respetivas DIA‟s, no âmbito do acompanhamento
ambiental das empreitadas. Estas visitas têm por intuito demonstrar à entidade fiscalizadora o
cumprimento de medidas ambientais em obra, para as quais a EDIA é obrigada a evidenciar a
sua correta implementação.
Dando resposta à solicitação da autoridade de AIA referencie-se o envio de uma Nota Técnica
relativa às condições ecológicas verificadas na ribeira do Roxo, a jusante da barragem do Roxo,
como resposta à medida ECO3 da DIA do troço de ligação Pisão-Roxo e Pisão-Beja.
Entre diversos outros projetos, destaque-se ainda a conclusão do processo dos trabalhos de
prospeção de Linaria ricardoi na área do bloco de rega do Pisão e respetiva entrega e validação
do relatório final.
No âmbito do procedimento de AIA do projeto do circuito hidráulico Roxo-Sado e da adução ao
sistema de Morgavel, procedeu-se ao respetivo acompanhamento e foram efetuadas diversas
reuniões e visitas aos locais com a Comissão de Avaliação.
No final de 2013 continuava-se a aguardar a apreciação da APA relativamente ao relatório de
“Cumprimento das Medidas de Minimização da Fase de Obra do Bloco Oeste do Ardila”, bem
como do relatório do relativo ao “Cumprimento das Medidas de Minimização da DIA - Fase de
Construção” do Projeto do Bloco de Rega de Monte Novo.
Ao longo do ano foram ainda analisados e remetidos para a DRCALEN diversos relatórios
(técnicos e finais) de trabalhos arqueológicos (escavações e acompanhamentos) realizados em
fase de obra, referentes a distintos processos.
Documentação enviada à Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental (Fase de Exploração)
Face à relevância do cumprimento das medidas das DIA´s relativas à fase de exploração, de
apresentação obrigatória, dos Projetos já implementados e em curso no terreno, procedeu-se ao
desenvolvimento e preparação de resposta das mesmas.
Para efeitos de evidência do cumprimento das medidas relativas à fase de exploração das DIA´s,
no final de 2013 foi enviado para a APA um ofício no qual de descrevem as diferentes
metodologias de atuação para todos os projetos do EFMA. Decorrentes deste ofício, ao longo de
2014, serão elaborados relatórios específicos para cada projeto nos quais se evidenciará a
implementação das diversas medidas.
Ações de Sensibilização aos Regantes
47 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Em 2013, e de forma a dar resposta a medidas relativas a boas práticas agroambientais, foram
elaborados folhetos - “Brochuras e Boletins de Rega para Agricultores”, onde constam
orientações para a gestão de água, conservação dos solos, gestão da vegetação das margens das
linhas de água e aplicação de fertilizantes e produtos fitofarmacêuticos, entre outras. Ainda
neste contexto, e por forma a dar resposta a algumas das medidas correspondentes à fase de
exploração das DIA dos projetos associados a perímetros de rega procedeu-se, no final do ano, à
realização de reunião na Junta de Freguesia de Monte Trigo, para informação dos agricultores
beneficiários do aproveitamento hidroagrícola de Monte Novo. O objetivo destas sessões passa
igualmente pela explanação de questões relacionadas com a preservação do ecossistema
agrícola, numa ótica de gestão ambientalmente sustentável dos recursos, estando a EDIA
disponível para auxiliar todos os regantes a dar cabal resposta às entidades de tutela, nas
temáticas ambientais e patrimoniais.
Atividades decorrentes da fase de exploração
Para a fase de exploração dos diferentes projetos, torna-se necessário proceder ao
desenvolvimento e implementação de medidas específicas constantes nas DIA´s, que apontam
para a minimização e compensação de impactes ambientais. Para este efeito, encontram-se em
desenvolvimento, e alguns deles já concluídos, os seguintes processos:
“Programa de Medidas Compensatórias para a Ictiofauna Autóctone e Continental da
Bacia Hidrográfica do Sado (PMC Sado)”: na sequência do seu licenciamento junto da
ARH-Alentejo, foi concluída a obra de implementação de um açude relativa à Ação 2 -
Criação de Bypass a obstáculo transversal (que integra o PMC Sado);
“Charcos Temporários Mediterrânicos”: por forma a dar cumprimento ao estabelecido
em medidas de DIA‟s de alguns projetos do EFMA, foi concluído o estudo,
(desenvolvido em colaboração com uma estagiária de biologia da Universidade de
Aveiro) e elaborado o relatório final de monitorização que, posteriormente, será enviado
à Autoridade de AIA;
“Projeto de Recuperação Paisagística para a Albufeira do Pisão”: no final de 2013
realizou-se reunião com a Junta de Freguesia de Beringel no sentido de compatibilizar o
projeto com a situação real no terreno, aguardando-se ainda o parecer da Câmara
Municipal de Beja, para efeitos da sua execução. Este projeto decorre de uma medida
do DIA da barragem do Pisão, como minimização dos impactes a nível da paisagem;
“Projeto de Compensação de Quercíneas”: para efeitos de compensação de exemplares
de quercíneas abatidos no terreno, decorre a elaboração de um documento de resposta
ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), que pretende colocar à
aprovação deste instituto áreas para compensação dos exemplares abatidos, garantindo
assim o cumprimento de várias medidas decorrentes de diversas DIA‟s;
“Projeto de Enquadramento e Recuperação Paisagística das Barragens da Amoreira,
Brinches e Serpa (PERP) e Projetos de Reabilitação de Linhas de Água dos Projetos de
Execução do Bloco de Rega de Serpa e do Bloco de Rega Brinches-Enxoé (PRLA Sul)
e do Bloco de Rega Orada-Amoreira e Bloco de Rega de Brinches (PRLA Oeste)”:
adjudicação do C.P. n.º 17/2013 para a “Prestação de Serviços para a realização de
trabalhos de Reabilitação de Linhas de Água no Subsistema do Ardila do EFMA”, com
celebração do respetivo contrato a 30 de dezembro; e
“Projeto de Melhoria/Requalificação de Linhas de Água dos Blocos de Rega Alvito-
Pisão”: continua a aguardar-se parecer da APA para efeitos da implementação deste
projeto.
48 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Outros
Prosseguiu o apoio à monitorização dos morcegos cavernícolas nos abrigos de Alqueva,
Pedrógão, Mina dos Mociços (Rosário-Alandroal) e Mina da Preguiça (Sobral da Adiça- Serpa),
no seguimento da colaboração entre a EDIA e o ICNF. No final de 2013 foi ainda solicitado à
EDIA a continuidade da colaboração com o ICNF relativamente à „Monitorização de Aves
Aquáticas na Albufeira do Alqueva‟.
Divulgação
Decorreu o II Concurso de Fotografia subordinado ao tema “Água, Sustentabilidade e
Alterações Climáticas”, com a divulgação dos resultados e inauguração da exposição a 21 de
outubro. A exposição ficou patente na sede da EDIA, em Beja, até ao final do ano. Foram
recebidos 165 trabalhos a concurso enviados por 36 concorrentes. Os trabalhos foram ainda
divulgados através da página de internet da EDIA e submetidos a votação online, tendo sido
atribuída uma menção honrosa ao trabalho com maior número de votos.
Dia 21 de outubro de 2013 realizou-se a conferência “Os desafios da Agricultura num contexto
de Alterações Climáticas” com a participação do Prof. Lima Santos, do Dr. Gil Penha-Lopes e
do Eng.º André Vizinho. Esta conferência foi organizada com o intuito de fomentar a discussão
sobre o impacto das alterações climáticas na área de influência do EFMA e de que forma é
possível compatibilizar esse impacto com o desenvolvimento de uma agricultura sustentável de
regadio.
Título: Banho Poluído
Autor: António Falcão
1.º Prémio do Concurso de Fotografia
Monitorização Ambiental
49 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
No domínio da monitorização ambiental, e face ao número de programas de monitorização em
curso, optou-se por sistematizar a informação relativa aos mesmos por Sistema Alqueva-
Pedrógão, rede primária e rede secundária de rega, efetuando um ponto de situação do seu
estado de execução, sem prejuízo de ser apresentada uma descrição mais exaustiva dos trabalhos
que decorreram ao longo do trimestre.
PROGRAMAS DE MONITORIZAÇÃO DO SISTEMA ALQUEVA – PEDRÓGÃO E
REDE PRIMÁRIA
Sistema Alqueva - Pedrógão e Rede Primária
Programas de Monitorização
Estado das Águas de Superfície e Estado das Águas Subterrâneas
Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA (Ano Hidrológico 2010/2012) Concluído
Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA (Ano Hidrológico 2012/2014) Em curso
Potenciais Impactes da Transferência da Água Guadiana-Sado na Ictiofauna (2012) Concluído
Potenciais Impactes da Transferência da Água Guadiana-Sado na Ictiofauna (2014) Em preparação
Recursos Hídricos na Área dos Circuitos Hidráulicos de Amoreira-Caliços e Caliços-Pias para a Fase de Construção Em curso
Fauna, Flora e Vegetação
Inventariação Biológica nas Ilhas de Alqueva Concluído
Eficácia das Medidas de Minimização do Efeito Barreira e do Efeito Armadilha Em curso
Levantamento de Condições de Funcionamento do Dispositivo de Passagem de Peixes de Pedrógão Concluído
Avaliação da Eficácia do Dispositivo de Passagem de Peixes da Barragem de Pedrógão (monitorização) Em curso
Avifauna na Área do Sistema Alqueva-Pedrógão Em curso
Acompanhamento das Caixas para Morcegos na Envolvente das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão Em curso
Ponto de Situação
50 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
PROGRAMAS DE MONITORIZAÇÃO DA REDE SECUNDÁRIA
1
Durante o ano foram assegurados os trabalhos associados à prestação de serviços para
“Manutenção das Estações Automáticas Integradas na Rede Específica de Monitorização do
Sistema Alqueva – Pedrógão (2012/2013)” (Concurso Público N.º 3/2012).
Decorre, ainda, o trabalho de levantamento das estações hidrométricas existentes na bacia
hidrográfica do Guadiana, estando em curso a elaboração do relatório referente à identificação
das necessidades de informação no âmbito da gestão e exploração das albufeiras de Alqueva e
Pedrógão. No mês de março foi elaborado o processo de contratação para execução dos
trabalhos de monitorização dos potenciais impactes da transferência de água Guadiana-Sado
sobre a ictiofauna.
No mês de outubro teve lugar uma reunião com a equipa responsável pela monitorização da
rede primária do EFMA, com o objetivo de analisar o conteúdo do relatório referente ao ano
hidrológico 2012/2013 e realizar um ponto de situação dos trabalhos.
1. A área a monitorizar abrange cerca de 55.000ha e corresponde aos blocos de rega Monte-Novo, Alvito-Pisão, Pisão, Alfundão,
Ferreira-Valbom, Ervidel, Aljustrel, Orada-Amoreira, Brinches e Brinches-Enxoé. 2 A área monitorizada abrange cerca de 60.000ha e corresponde aos blocos de rega: Monte-Novo, Alvito-Pisão, Pisão, Alfundão, Ferreira-Valbom, Ervidel, Orada-Amoreira, Briches, Brinches-Enxoé, Selmes, Pedrógão e S. Pedro Norte.
Rede Secundária de Rega
Programas de Monitorização
Estado das Águas de Superfície e Estado das Águas Subterrâneas
Recursos Hídricos Superficiais e de Qualidade Ecológica na Área dos Blocos de Rega em Fase de Exploração – 2012/2013 [1] Em fase de conclusão
Recursos Hídricos na Área dos Blocos de Rega de Cinco Reis e Trindade – Fase de Construção Em curso
Recursos Hídricos Subterrâneos na Área dos Blocos de Rega em Fase de Exploração – 2012/2013 [2] Em fase de conclusão
Fauna, Flora e Vegetação
Avifauna na Barragem do Pisão (2011/2012) Concluído
Ictiofauna e dos Recursos Hídricos Superficiais no Bloco de Rega do Monte Novo (2010/2011) Concluído
Aves Estepárias e de Rapina nos Blocos de Rega do Monte Novo, Alvito-Pisão e Pisão (2010/2011) Concluído
Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Alfundão e de Ferreira e Valbom (2012/2013) Concluído
Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Selmes, S. Pedro Norte e Pedrógão (2010/2011) Concluído
Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Pias (2011) Concluído
Linaria ricardoi na Rede Secundária de Rega 2013 Adjudicado
Programa Global para Monitorização da Avifauna da Rede Secundária de Rega do EFMA – Fase de Exploração Em curso – procedimento de adjudicação
Caracterização da Situação de Referência da Avifauna da Rede Secundária de Rega (2014) Em curso – procedimento de adjudicação
Solos
Caraterização da Situação de Rferência nos Blocos de Rega de Aljustrel, Ervidel, Beringel-Beja e São Pedro Baleizão Em curso
Ponto de Situação
51 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Sistemas de Gestão na Área Ambiental
Sistemas de Informação de Recursos Hídricos de Alqueva (SIRHAL)
Ao longo de 2013 manteve-se a divulgação diária de um Boletim com informação sobre a
evolução do volume armazenado e a variação diária das cotas das albufeiras de Alqueva e de
Pedrógão, caudais registados a montante e jusante do sistema Alqueva-Pedrógão. O Boletim
atualizado é disponibilizado diariamente no site da EDIA.
Com o objetivo de efetuar o controlo do caudal registado vs o valor de caudal ecológico
necessário a assegurar no Sistema Alqueva-Pedrógão é efetuada a análise diária dos caudais
descarregados e dos valores registados no rio Guadiana. Mensalmente é analisado se o caudal
ecológico mensal foi assegurado e é divulgado o valor do caudal ecológico a cumprir no mês
seguinte pelo Sistema Alqueva-Pedrógão.
Teve ainda lugar a divulgação interna do regime de caudais ecológicos para a rede primária do
EFMA, atualmente em exploração. Esta divulgação tem uma periodicidade mensal.
Com a entrada em exploração das diversas infraestruturas que constituem o EFMA, a EDIA tem
promovido a implementação de um conjunto de programas de monitorização ambiental que
visam, no seu conjunto, recolher os dados de suporte à tomada de decisão, tendo em
consideração as disposições de monitorização resultantes dos diplomas legais em vigor, bem
como as responsabilidades e competências atribuídas à Empresa ao nível da gestão e exploração
do EFMA. Neste contexto, assume cada vez mais relevância a temática da gestão dos dados
recolhidos, bem como a informatização do processo de planeamento das campanhas de
amostragem, recolha e análise de informação.
Na sequência do processo de consulta para a conceção e desenvolvimento do sistema de
informação de suporte à monitorização ambiental do EFMA – componente dos recursos
hídricos (3.º trimestre), procedeu-se à adjudicação, tendo sido iniciados os trabalhos, com a
realização da primeira reunião, a 4 de dezembro. Foi ainda fornecida a informação solicitada
pela equipa, por forma a desenvolver o modelo funcional do sistema e desenvolvimento do
primeiro protótipo. O sistema de informação, em desenvolvimento, permitirá facilitar o
processo de decisão, planeamento, controlo e exploração, gerando valor acrescentado e
vantagens competitivas para a Empresa.
Ordenamento do Território
A EDIA, ao longo do ano, participou em diversas reuniões enquanto membro da comissão de
acompanhamento da revisão dos seguintes instrumentos de gestão territorial, designadamente,
dos planos diretores municipais (PDM) de Alandroal, Aljustrel, Beja, Moura e Serpa.
52 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
A EDIA, no início de 2013, assinou um protocolo de cooperação com a Associação
Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago de Alqueva (ATMTGLA) para a
elaboração de um documento de “Proposta de modificação do Plano de Ordenamento das
Albufeiras de Alqueva e Pedrogão”. Este documento, que foi entregue à APA, estabelece uma
caracterização da situação atual de implementação do mesmo, um conjunto de propostas de
modificação face ao atual Plano, e uma análise de compatibilização entre as propostas
apresentadas e a legislação em vigor. A EDIA continua a aguardar a decisão sobre o
procedimento de modificação a adotar pela APA.
A EDIA assegurou ainda a sua participação na reunião da Comissão Nacional de Coordenação
do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação, no mês de fevereiro. É de
assinalar o parecer sobre o Plano de Pormenor (PP) da Herdade da Cegonha, junto à albufeira de
Alvito, tendo participado na respetiva conferência de serviços a 19 de setembro. Por solicitação
do Município de Beja foi emitido parecer sobre a implementação de estufas na herdade dos
Meloais, no perímetro de rega do EFMA, em Quintos, concelho de Beja.
Projetos Especiais
Consideram-se “Projetos Especiais” o Parque de Natureza de Noudar (PNN), o Museu da Luz e
os Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia.
Parque de Natureza de Noudar
Situado a cerca de 8 km da Vila de Barrancos, o Parque de Natureza de Noudar (PNN) surge na
sequência da aquisição da Herdade da Coitadinha, pela EDIA em 1997, com o objetivo de
desenvolver nesta propriedade um projeto de compensação pela perda de habitats a nível dos
ecossistemas de montado, galerias ripícolas e matagais mediterrânicos induzidos por Alqueva.
Os valores naturais presentes no PNN, nomeadamente o montado de azinho, justificaram a sua
aquisição e são, também, responsáveis pela sua inclusão na Rede Natura 2000.
Constituído como um projeto de desenvolvimento regional que tem como objetivo a
qualificação do território através da promoção da biodiversidade, no PNN tiveram continuidade
as atividades agro-silvo-pastoris, tendo os trabalhos decorrido de acordo com o estipulado no
Plano de Exploração Agro-Florestal 2013. Decorreram igualmente as ações de prevenção e
vigilância contra incêndios, corte de vegetação arbustiva, podas a remoção de árvores mortas.
No que respeita à gestão pecuária, deu-se continuidade ao maneio do efetivo bovino, suprindo
todas as suas necessidades, Referencie-se que o parque, a 31 de dezembro, contava com um
núcleo reprodutor de qualidade de gado bovino, na totalidade eram 127 animais (117 fémeas e
10 machos). Foi instalada uma vedação na Umbria das Boticas e indique-se igualmente o
processo de construção da barragem da Eira dos Queimados, a automatização da distribuição de
água aos parques de gado e a preparação para instalação de culturas para a fauna. Prosseguiu
ainda o acompanhamento das atividades de repovoamento com coelho-bravo.
Quanto à vertente agrícola, teve continuidade a exploração das hortas do Monte, da Senhora, do
Olival e ainda dos pomares de fruteiras e do olival. Eliminaram-se os infestantes se e procedeu-
53 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
se ao corte de algumas aromáticas para que brotem e depois possam ser recolhidas, secas e por
fim embaladas, para venda na loja.
Relativamente à componente cinegética, aguarda-se a alteração da lei da pesca em águas
interiores, que permitirá a elaboração dos processos de concessão da pesca desportiva no rio
Ardila e na ribeira da Múrtega. Continuaram a decorrer as jornadas de caça (espera ao javali) e
adquiriu-se um novo palanque de esperas aos javalis.
Na vertente turística prosseguiram os serviços de refeições e alojamento e foram desenvolvidos
trabalhos no âmbito das “Publicações de Noudar”, designadamente o acompanhamento da
produção de guias de bolso de fauna e flora. Realizaram-se eventos tais como o programa
“Páscoa em Noudar” (de 20 a 23 de março), organização do 2.º campo de férias (14 a 20 de
julho), o evento RUSI (Reunião sobre Ungulados Silvestres Ibéricos) e o Seminário Ibérico
Coelho-Bravo: Associação Iberlinx (23, 24 e 25 outubro, Beja).
No que respeita às atividades de divulgação e promoção levadas a cabo, evidencie-se, a criação
do logotipo do restaurante Pançonas e o projeto Voltas d‟Alqueva, iniciativa que tem como
pano de fundo o grande lago de Alqueva, e que contempla, entre outras, atividades do Museu da
Luz e Parque de Natureza de Noudar, e cujo site foi inaugurado no início do ano.
O PNN participou-se ainda nas diversas ações desenvolvidas no âmbito do Projeto Life +
Iberlinx, de grande relevância à escala europeia.
Museu da Luz
O Museu da Luz é um espaço evocativo de identidade e memória coletivas e, simultaneamente,
potenciador dos tempos futuros. As comunidades do seu território de intervenção assumem um
papel vital nos processos de registo e salvaguarda das realidades desaparecidas. Com a
submersão da aldeia da Luz, motivada pela construção da barragem de Alqueva e a consequente
relocalização da povoação em novo lugar, gerou-se um conceito de aldeia dupla.
Em 2013 comemoraram-se dez anos de existência do Museu da Luz (23 de novembro), a
requalificação do seu património edificado, para melhor servir os seus diversos públicos-alvo,
tem sido uma das principais linhas de atuação seguidas. Continuou a aposta na qualidade,
diversidade e inovação programática dos conteúdos do Museu e eventos museológicos. Em
termos das iniciativas levadas a cabo evidencie-se assim, em 2013, a inauguração do programa
de residências artísticas do Museu, no 2.º trimestre do ano, que consiste em espaços para artistas
(nacionais e internacionais) trabalharem e residirem,
No que concerne ao programa expositivo e intervenções artísticas, o Museu prosseguiu com as
exposições de longa e curta duração. Nas exposições de longa duração temos a referir: “A terra:
ocaso de uma relação milenar”, são evocadas as profundas alterações sociais e patrimoniais
associadas ao processo de construção da barragem de Alqueva e “Sala de Memória – coleção e
vídeo”. Quanto as exposições de curta duração são de destacar ao longo do ano: “É um mundo
novo”, de Carlos Noronha Feio, foi inaugurada a 5 de janeiro. Foi na sala da luz que podemos
ver o tapete de Arraiolos, com 30 metros quadrados. Referencie-se, igualmente, a exposição “
Alqueva paisagem como tema”, Aldeia Dupla: fotografia e vídeo” e “Luz3”, intervenção gráfica
de Pedro Portugal na antiga estrada da Luz. No final do ano, 30 de novembro, destaque para a
exposição “A Natureza Ri da Cultura”, um projeto coletivo dos artistas visuais Inês Botelho,
54 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Susana Gaudêncio, Ramiro Guerreiro, Mattia Denisse e Gustavo Sumpta, do cineasta João
Nicolau e do crítico de design Mário Moura, com a curadoria de Maria do Mar Fazenda.
No âmbito do ciclo expositivo “Dar Voz aos Objetos” prosseguiu a exposição “A Cachamorra”,
pelo pastor Jacinto Suzano: onde é que hoje há os pastores?” e o projeto em torno de novos
objetos (pote do azeite e burra). Esteve igualmente patente, na sede da EDIA, em Beja,
primeiramente a exposição itinerante:” a tarrafa de Francisco Capucho”, a “A lancheira”, de
Domingos Godinho e no final de 2013 “A Cachamorra”.
Ao longo do ano procedeu-se à promoção de atividades para os diversos públicos-alvo do
Museu, com a implementação das ações continuadas, visitas guiadas e programas especiais,
para o público geral. No público escolar destaque para o curso prático “Pequeno Grande C” que
visa promover a criatividade e a ilustração de livros infantis para professores e educadores. Foi
realizado em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian - Educação para a Cultura e
Ciência, em três módulos distintos. Este curso prepara também os professores para participarem
com as suas turmas no concurso “Pequeno Grande C” da Fundação Calouste Gulbenkian.
No que respeita às redes sociais, teve continuidade a promoção dos espaços e experiências do
museu através de imagens fotográficas e textos na conta facebook do Museu da Luz e a
divulgação da exposição temporária do Museu, suas atividades e iniciativas através desta rede
social.
Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia
O Centro de Cartografia da EDIA fornece produtos e serviços inovadores no domínio da
produção de informação geográfica, estando associado a projetos que envolvem a produção de
cartografia, topografia, geodesia e cadastro predial. Com destaque para a execução de altimetria
vetorial à escala 1:10.000 para a área do sistema global de abastecimento de água do EFMA, de
acordo com as necessidades internas da EDIA.
Decorreu, ao longo do ano, a monitorização geodésica das barragens de Amoreira e Álamos I, II
e III, Vale de Carro, Penedrão, Brinches, Serpa, Reservatório de Ferreira, Amoreira, Loureiro,
Reservatório 4 do Monte-Novo, Cinco Reis, Reservatório da Orada e Laje. Procedeu-se,
igualmente, à fiscalização de cartografia e ortofotocartografia à escala 1:2.000 para os
municípios de Aljustrel, Barrancos, Almodôvar, Ourique, Ferreira do Alentejo, Castro Verde e
Mértola e foram concluídos os projetos externos de vectorização do cadastro geométrico da
propriedade rústica do concelho de Ourique, de Beja e Almodôvar.
Dos projetos onde o Centro de Cartografia tem estado envolvido destacam-se a produção da
carta de ocupação/uso do solo de Portugal Continental COS, relativa ao ano de 2007 para a
Direção Geral do Território.
Atualmente o Centro participa por meio de consórcio externo na “Aquisição de Serviços de
Execução do Cadastro Predial para os concelhos de Loulé, São Brás de Alportel e Tavira” no
âmbito do Sistema Nacional de Exploração e Gestão de Informação Cadastral – SiNErGIC, para
a Direção Geral do Território.
55 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
O Centro de Cartografia da EDIA está certificado de acordo com a norma ISO 9001:2008, pela
entidade certificadora Associação Portuguesa de Certificação (APCER), desde janeiro de 2010.
No final do corrente ano foi realizada a auditoria externa pela entidade certificadora. Como
resultado desta auditoria foram evidenciadas documentalmente e nos processos operacionais, as
condições adequadas de conformidade com a NP EN ISO 9001:2008 e os elevados graus de
implementação e de eficácia do sistema de gestão da qualidade do Centro de Cartografia da
EDIA, tendo sido mantida a certificação.
Em termos de informação geográfica prosseguiu a consolidação dos processos de negócio com
forte componente espacial através, designadamente, do apoio prestado às atividades
relacionadas com a exploração (gestão da inscrição de beneficiários), apuramento de faturação e
correção dos erros e reclamações detetados relativos a áreas inscritas e consumos do ano de
2013. Foram igualmente desenvolvidas ou aperfeiçoadas aplicações informáticas para fazer face
às necessidades de informação geográfica da empresa.
Em 2013, e dada a programação prevista para a conclusão das obras do Empreendimento,
registou-se um acréscimo de solicitações de informação relativas a diversas áreas da Empresa.
Para estas atividades foi necessário garantir a conformidade e atualidade da informação
utilizada, assim como a sincronização da informação CAD e SIG, já que são representações
diferentes da mesma realidade, utilizadas para diferentes fins.
Continuou o apoio prestado ao setor das expropriações e cadastro tendo sido efetuados
melhoramentos à aplicação Sistema de Informação de Cadastro e Expropriações (SICE),
designadamente, ao nível da produção de relatórios e respetiva integração com o sistema SAP.
56 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Para suporte à área de Gestão de Ativos desenvolveu-se uma integração entre o SAP e o Sistema
de Informação Geográfica, com o objetivo de permitir a passagem de informação do cadastro de
infraestruturas existente no SIG para o módulo de gestão de ativos no SAP, de forma eficiente e
expedita. Desta forma, a criação em SAP dos ativos nos novos blocos de rega será mais rápida.
Prosseguiu, por outro lado, a migração para a nova base de dados Open Source, iniciada em
2012, e que foi adotada como base do SIG da Empresa. Concluíram-se os desenvolvimentos
relativos aos componentes geográficos das aplicações cujas componentes alfanuméricas tinham
já sido migradas. Na introdução massiva do produto destinado a utilizadores de PC, denominado
Quantum GIS, foi ainda desenvolvido um módulo específico que permite um acesso rápido à
informação geográfica, em tudo similar disponibilizado no software comercial existente na
Empresa.
Em 2013 foram definidos os limites das áreas de potencial benefício de regadio, limítrofes ao
atual sistema global de abastecimento de água de Alqueva, culminando na definição de terrenos
com excelente potencial para agricultura de regadio e onde a ligação ao sistema do EFMA é
preferencial. Procedeu-se ainda à delimitação de áreas de elevado potencial para agricultura de
regadio, para inclusão em futuros estudos de planeamento de utilização de recursos hídricos na
agricultura, sobretudo na bacia do rio Guadiana.
Na área de aplicações e sistemas, destaque-se a colaboração para a elaboração do novo site
institucional da EDIA, com o desenvolvimento da aplicação “Story Map Alqueva” e de
aplicações de apoio ao agricultor. Estas aplicações permitem saber se determinado terreno é
beneficiado pelo empreendimento e obter dados técnicos das infraestruturas.
Ao nível tecnológico modernizaram-se as aplicações usadas pelas diversas equipas da Empresa
que utilizam aplicações SIG no suporte às suas atividades. Esta modernização veio permitir o
uso de tecnologia mais moderna que possibilita uma maior produtividade aos utilizadores
através da disponibilização de novas funcionalidades e do desenho de melhores interfaces
gráficas.
No “Modelo de Monitorização e Gestão da Componente Hidroagrícola de Alqueva”
(ALWAYS) foram desenvolvidos os esforços necessários para que este sistema se possa
sincronizar de forma automática com a base de dados geográfica, sem necessidade de
intervenção humana.
Por solicitação da Associação Iberlinx foi levado a cabo um estudo de quatro pontos
alternativos para colocação de um observatório junto ao cercado para o lince Ibérico, a instalar
no PNN.
57 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Empresas do Grupo
GESTALQUEVA
O período a que se refere o presente Relatório e Contas corresponde fundamentalmente a
questões relacionadas com:
Os Colaboradores;
A alienação do património, especialmente com os 51% do capital da Gescruzeiros.
No que respeita aos dois colaboradores que continuaram em funções em 2013, não foi possível
a sua integração nos quadros de pessoal dos associados da Gestalqueva, pelo que se procedeu ao
respetivo processo de despedimento, por extinção do posto de trabalho, com o pagamento das
respetivas indemnizações. Neste momento estão concluídos os processos de indemnizações.
Em relação ao património, decorreu troca de informação do Ministério das Finanças sobre a
proposta de alienação dos 51% do capital da Gescruzeiros, SA a favor da Nautialqueva, SA.
Foi alienada, por doação, a viatura Volvo 06-32-VP, propriedade da Gestalqueva, SA, a favor
da ATMTGLA.
Em relação à auditoria da IGF, no que respeitou á Gestalqueva, SA, foi dada resposta em fase de
contraditório, assunto que neste momento se considera resolvido.
O Apoio Técnico e Administrativo à Comissão Liquidatária foram garantidos pelos dois
colaboradores em funções, até à extinção do respetivo posto de trabalho. Posteriormente esse
apoio tem sido assegurado pela EDIA e pelas Câmaras Municipais, através da ATMTGLA.
GESCRUZEIROS
A missão da Gescruzeiros é o aproveitamento da atividade marítimo-turística no Grande Lago
do Alqueva, e tem como vocação estratégica o desenvolvimento de passeios marítimo-turísticos.
Para este efeito, foram adquiridas três embarcações. A primeira, denominada “Guadiana Rio”,
foi comprada em 2006/07 e tem uma capacidade de transporte de cento e vinte passageiros. As
outras duas embarcações, “Alcarrache” e “Degebe”, adquiridas à Gestalqueva S.A., com
capacidade para vinte e cinco passageiros cada, destinam-se a passeios de curta duração, em
geral, de cerca de sessenta a noventa minutos.
Até 31 de dezembro de 2013, a Gescruzeiros transportou 15.422 passageiros, menos 3.385
passageiros do que aqueles que transportou, no ano anterior, em igual período.
Importa, no entanto, evidenciar que se trata do pior ano de sempre em termos de número de
passageiros transportados pela Empresa, e o pior ano de sempre em termos de valor absoluto de
vendas.
58 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Apesar da grande aposta no telemarketing, até ao final da época baixa desse mesmo ano, o que
permitiu a divulgação da empresa em novos mercados, não se mostrou suficiente para que a
Gescruzeiros alcançasse novos clientes. Evidencia-se também o facto de o preço médio por
passageiro ter decrescido em relação ao ano transato, o que explica a redução do valor das
vendas.
As embarcações “Alcarrache” e “Degebe” transportaram neste período (de 01 de janeiro de
2013 a 31 de dezembro de 2013) 2.832 passageiros, contra 554, em 2012, 5.344, em 2011,
5.911, em 2010, e 8.424, em 2009. A embarcação “Guadiana” transportou, no mesmo período,
12.590 passageiros, contra 18.253, em 2012, 29.161, em 2011, 21.039, em 2010, e 24.146, em
2009.
Em termos de objetivos e áreas estratégicas referencie-se que, apesar da conjuntura económica
nacional se ter agravado de forma significativa no último ano, a Gescruzeiros definiu o objetivo
de 30.000 passageiros para 2013, reduzindo-o assim pelo segundo ano consecutivo, mas
mantendo-o elevado, dado que só o regresso ao patamar dos 30.000 passageiros permitirá a
sustentabilidade da Empresa.
A estratégia mantém-se na aposta de estabilização dos seus horários e passeios e nas ações de
angariação de mais passageiros, designadamente, através de telemarketing, da participação em
feiras da especialidade e no novo delegado comercial.
A estabilização dos horários e passeios do barco cruzeiro “Guadiana” permitiu a captação de
grupos para passeios semanais (estratégia que remonta ao ano de 2009), facto que permite uma
otimização dos recursos, em especial em termos de recursos humanos.
Por outro lado, e à semelhança do que ocorreu no ano de 2012, também em 2013 se destaca a
presença, no mês de janeiro, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) e na Feira Internacional de
Turismo de Madrid (FITUR). No ano de 2013 manteve-se a estratégia delineada nos anos
anteriores para os barcos de cruzeiro “Alcarrache” e “Degebe”. Nesse sentido, as duas
embarcações permaneceram na Amieira Marina para realizar, preferencialmente, passeios de 90
minutos até à barragem e, a pedido de pequenos grupos, até à aldeia da Estrela. Uma vez que o
resultado obtido junto das agências de viagem foi bastante positivo durante o ano de 2011,
manteve-se a aposta neste segmento de mercado, personalizando-se, cada vez mais os contactos
efetuados.
59 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
ESTRUTURA DE SUPORTE
Recursos Humanos
No decurso de 2013 a EDIA prosseguiu a sua estratégia de promoção e incremento do regadio
de Alqueva, com o objetivo de maximizar o fomento da integração dos proprietários nas
culturas de regadio, de modo a beneficiarem das vantagens competitivas proporcionadas pelo
Projeto Alqueva. Para a concretização dos seus objetivos, a EDIA contou, ao longo do ano, com
o contributo dos seus colaboradores. Atualmente tem 187 colaboradores permanentes,
distribuídos nas várias direções e categorias profissionais. Empresa fortemente ligada ao
Alentejo, a EDIA detém nos seus quadros mais de dois terços de efetivos naturais da região, que
estão divididos pelas áreas técnicas da empresa, tais como, engenharia, economia, gestão,
direito, biologia, ambiente, arqueologia, entre outras. Não obstante a redução do orçamento de
formação para o ano de 2013, a Empresa não deixou de executar um conjunto de ações de
formação para os seus colaboradores, em matérias relevantes para as diferentes áreas e vertentes
que caraterizam a atividade da empresa.
No começo do ano, a EDIA deu início a um processo de revisão dos descritivos funcionais
existentes na Empresa. Este processo integra-se num projeto mais vasto de revisão de diversos
instrumentos de recursos humanos, nomeadamente os relacionados com a Gestão do
Desempenho, com vista à entrada em vigor de um novo modelo no ano de 2014.
Fruto da importância que a EDIA tem no desenvolvimento da região e do muito que pode fazer
foi lançado o Programa EDIA Voluntário. Realce para a 1ª edição do Evento Interno da EDIA
“Partilha de Informação”, o qual tem uma periodicidade quadrimestral e tem como principal
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60 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
objetivo a partilha da informação entre todos os colaboradores relativamente à formação que
cada um frequenta e dos “inputs” que isso pode trazer para a empresa.
No início de 2013, foi assinado um protocolo com o Centro de Paralisia Cerebral de Beja com o
objetivo de acolher um formando do curso de assistente administrativo, por um período de 9
meses. Este protocolo teve como objetivo proporcionar uma formação em contexto real de
trabalho, facilitando a integração na vida ativa através da participação nas diversas atividades
desenvolvidas no departamento, na área funcional em causa e de acordo com as competências
do formando.
Foi também dado apoio aos programas de estágios profissionais e curriculares em curso, com
especial ênfase para o programa de estágios profissionais das aldeias ribeirinhas. Tendo-se
preparado e estruturado a 2.ª fase deste programa de estágios, com vista à implementação dos
Planos de Negócio e arranque das empresas a criar pelos jovens empreendedores.
Com a reorganização de departamentos efetuada no mês de outubro foram introduzidas algumas
alterações no Organograma da Empresa, o que implicou a sua atualização. O novo
Organograma foi aprovado a 18 de outubro de 2013, entrando em vigor nesta data.
Sistemas de Informação
No decurso de 2013, de entre as diversas tarefas desenvolvidas nesta área, destacam-se as
relacionadas com a implementação do portal alqueva.com.pt. A realização do site das
www.voltasdalqueva.pt, que suporta a estratégia da EDIA de valorização do seu património
(PNN, Museu Luz), lançado na BTL de fevereiro deste ano. Procedeu-se ainda à participação na
implementação do site edia.pt, assim como no desenvolvimento do site do CEBAL.
Realcem-se igualmente a reparametrização do software SAP R/3 de forma a refletir as novas
imposições legais ao nível de salários, feriados e retenções, o desenvolvimento do modelo de
gestão de indicadores, e ainda a participação no procedimento de ajuste direto do SISMA
(Sistema de informação de suporte à monitorização ambiental do EFMA).
Destaque-se também, no seguimento do convite endereçado pela empresa TA Cook, a
realização, pela EDIA, de uma apresentação, em novembro, na conferência “SAP Enabled
Enterprise Asset Management Conference”, em Manchester, sobre a sua solução de gestão de
ativos. Este evento contou com a participação de empresas de três continentes distintos na área
das utilities, gás e petróleo. Decorreu igualmente o ajustamento do ERP SAP de forma a
suportar diversas alterações legais (MOE, IVA, duodécimos do subsidio de Natal).
Com o intuito de promover a utilização de documentos digitais assinados eletronicamente e
obter as vantagens daí inerentes, foi difundido pela empresa a utilização de um software gratuito
de assinatura de pdfs, permitindo que ofícios e relatórios de concursos públicos sejam assinados
digitalmente.
61 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Procedeu-se ainda, ao lançamento de um portal interno que permite ao colaborador a colocação
e consulta dos seus pedidos de intervenção, o acesso a uma base de dados de soluções
desenvolvida internamente e o conhecimento dos equipamentos informáticos que lhe estão
afetos.
Neste período destaque-se a implementação do projeto de comunicações unificadas na EDIA
entre a rede de voz fixa e móvel e a rede de dados móvel, permitindo a realização de uma
poupança estimada em cerca de 20%. No Museu da Luz, realizou-se o upgrade do circuito de
internet e a atualização do software POS para sua gestão.
Desenvolvimento, Promoção e Divulgação
Ao longo de 2013 foram acompanhados os trabalhos e iniciativas em curso da constituição da
Reserva Dark Sky, em Alqueva, sendo de salientar a aprovação de candidatura ao
INALENTEJO para dinamização deste projeto. A 15 de outubro, foi distinguido, pela Comissão
Europeia, o programa “Reserva Dark Sky em Alqueva” como caso de inovação e boas práticas
na área do turismo, segundo o documento “Reforçar a competitividade do turismo na UE – uma
abordagem para o estabelecimento de 20 casos de inovação e de boas práticas”. Realce-se que o
sistema de monitorização colocado em prática com este programa se baseia nos princípios do
novo Sistema Europeu Indicador de Turismo - European Tourism Indicators System: for
Sustainable Management at Destination Level (ETIS) e constitui um exemplo de turismo
dinâmico e inclusivo.
Relativamente à coordenação do Projeto “Aldeias Ribeirinhas de Alqueva” (ARA) foram
efetuadas, ao nível da coordenação do projeto, reuniões periódicas e articuladas interações com
outras instituições da região. Neste âmbito, foi assinado um acordo entre a EDIA e o IPB, que
visa a possibilidade de utilização dos laboratórios desta instituição para testes laboratoriais
associados ao desenvolvimento de novos produtos alimentares. Com o objetivo de envolver as
comunidades locais foram realizadas diversas atividades, promovidos pelos 15 jovens, com
destaque para a Feira das Flores e Sabores que decorreu na aldeia da Luz, para o primeiro
Encontro Náutico de Alqueva das ARA, e o lançamento da primeira edição do concurso de
fotografia que, através do trabalho e envolvimento dos concorrentes, procurou alavancar a
dinamização e promoção do projeto. Realce-se a atribuição do selo +e+i ao Projeto ARA, por
parte do Ministério da Economia, assim como a sua seleção para beneficiar do apoio do
programa “EDP Solidária 2013”, atribuído pela Fundação EDP. O projeto foi um dos 51
projetos selecionados a nível nacional, entre mais de 1.211 candidaturas.
62 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
É de salientar o acompanhamento prestado ao nível dos projetos em curso abrangidos pelo
“Passaporte ao Empreendedorismo” e “Coopjovem”, nomeadamente no que respeita ao
acompanhamento da elaboração dos respetivos planos de negócio, bem como da construção do
pitch que os jovens abrangidos pelo programa “Passaporte para o Empreendedorismo” tiveram
de construir, para apresentação perante um júri. Desta apresentação, realizada em dezembro de
2013, observou-se que todos os projetos abrangidos por este programa passaram à fase seguinte.
O acompanhamento referenciado contou com a colaboração da empresa de formação CEGOC, à
qual foi adjudicado o trabalho de acompanhamento e construção dos planos de negócio tendo,
para o efeito, sido realizadas várias sessões de trabalho com os jovens. Esta rúbrica está
abrangida e incluída no prémio EDP solidária.
Relativamente ao Centro de Documentação assegurou-se, neste período, a gestão e manutenção
do acervo documental da empresa, bem como apoio a estudantes, investigadores e potenciais
investidores. Deu-se início ao projeto de recuperação e transferência para formato digital da
informação relativa à Empresa e ao projeto, atualmente registada em formato de vídeo VHS, a
fim de a preservar.
Ao longo de 2013, continuou a ser efetuado o acompanhamento, em reportagem, de diversos
órgãos de comunicação social (OCS), na realização de cliping diário aos vários OCS nacionais,
regionais e online, com registo para a publicação de notícias com referência à EDIA e/ou ao
EFMA, e na produção e distribuição de notas de imprensa. Relativamente à componente de
relações públicas prosseguiu ao longo do ano, a receção personalizada, com explicação
multimédia do EFMA e visionamento das infraestruturas, a vários grupos de visitantes de
proveniência nacional e internacional.
Considerando a estratégia prosseguida pela EDIA de promoção do espaço Alqueva e de
divulgação do Empreendimento assinale-se a participação da Empresa em inúmeros certames
nacionais e internacionais, caso da “AcqualiveExpo” (Lisboa), o SISAB (Lisboa), Feira
Nacional da Agricultura (Santarém),“Fruit Logistica” (Berlim – Alemanha),“Fruit Attraction”
(Madrid, Espanha), Ovibeja (Beja) e “Vinipax” (Beja) e a “A importância do financiamento
para o investimento no setor agroalimentar” (auditório da EDIA).
Em termos institucionais, destaque-se, a visita à EDIA e às infraestruturas do EFMA, da Exma.
Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar, do Sr. Ministro da Agricultura Finlandês, do Sr. Ministro
da Agricultura e Pesca Marítima de Marrocos, da Sr.ª Embaixadora de Marrocos em Portugal,
do Sr. Secretário de Estado da Agricultura, do Sr. Secretário Executivo das Nações Unidas
responsável pelo combate à desertificação, acompanhado pelo Sr. Secretário de Estado das
Florestas e do Desenvolvimento Rural, do Vice Ministro Chinês e respetiva delegação, de uma
comitiva de jornalistas à Infraestruturas de Alqueva aquando da inauguração da Central de
Alqueva II (dia 23 de janeiro).
No que respeita a realizações em destaque ocorridas no decurso de 2013, evidencie-se as
inaugurações da Estação Elevatória de Pedrógão - Margem Direita e blocos de rega de Pedrógão
e Selmes, com presença da Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar (17 de abril); e
Perímetro de Ervidel, com a presença do Ministro da Agricultura e Pesca Marítima de
Marrocos, da Sr.ª Embaixadora de Marrocos em Portugal, e do Sr. Secretário de Estado da
Agricultura (05 de Junho).
63 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Esteve em destaque, igualmente, a “Potenciação de Alqueva enquanto Marca Territorial:
Imagem e Estratégia”, cuja apresentação teve lugar a 22 de maio, no âmbito da Estratégia e
Suportes de Comunicação para a Promoção do Potencial Agrícola de Alqueva. Neste particular,
referencie-se igualmente a organização da sessão pública de apresentação da Marca Alqueva aos
colaboradores da EDIA e às forças vivas da região. A nova assinatura é agora bilingue: em
português “ALQUEVA, UMA NOVA TERRA DE ÁGUA” e, em inglês, “ALQUEVA, A
FRESH NEW LAND”. É neste contexto que surge o novo site www.alqueva.com.pt, online a
partir de 17 de junho. A realização do Seminário Internacional “Investir no Potencial Agrícola
do Alqueva”, em parceria com o BES, AICEP e jornal Expresso, evento realizado dia 24 de
maio no hotel Tivoli, em Lisboa, e que contou com cerca de 350 convidados, nacionais e
estrangeiros. Esta realização implicou ainda uma ação específica para jornalistas estrangeiros
(23 de maio), e outra ação dirigida a potenciais investidores estrangeiros (25 de maio). Foi ainda
produzido o filme “Marca Alqueva”, lançado no supra citado seminário.
No âmbito da efetivação do projeto “Estratégia de Comunicação para a região de Alqueva,
2014/2015”, base de trabalho para o protocolo assinado com o Núcleo Empresarial da Região de
Beja, NERBE/AEBAL, procedeu-se no final de 2013, ao lançamento de três procedimentos de
concurso relacionados com a promoção do EFMA. É de referir o apoio ao BES para a produção
do filme/resumo do Seminário Internacional “Investir no Alqueva” e igualmente, o apoio à
equipa de reportagem da SIC Noticias para a realização da reportagem “sucesso.pt”.
Em 2013 esteve, também, a 12.ª edição da exposição “Arte numa Perspetiva Diferente” (dia 20
novembro), inaugurada pela Exma. Sr.ª Ministra da Agricultura e do Mar, na sede da EDIA.
Mencione-se igualmente o empréstimo da exposição “Alqueva em cartoons” ao Centro de
Ciência Viva de Sintra e o apoio à realização da exposição do II Concurso de Fotografia da
EDIA subordinado ao tema “Água, Sustentabilidade e Alterações Climáticas”.
64 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
65 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO
Investimento do Empreendimento
O total de investimento realizado em 2013, não incluindo as capitalizações de encargos de
estrutura e financeiros, atingiu m€ 51.501,01, o que eleva o total de investimento no EFMA,
desde 1995 até ao final do ano em análise, para m€ 2.017.407,64. Face ao ano de 2012 a
percentagem de execução foi inferior em cerca de 12,38%. A redução dos níveis de
investimento no Empreendimento, comparativamente com os anos mais recentes, deve-se à
necessidade de proceder à sua revisão, às dificuldades económicas e de financiamento sentidas
não só em Portugal, mas também em toda a União Europeia, como consequência da atual
recessão económica, e que tiveram impacto na capacidade de execução por parte dos
fornecedores da EDIA. Simultaneamente, e face ao ponto de situação das empreitadas ainda não
lançadas e aos prazos técnicos para a sua execução física, procedeu-se à reprogramação das
atividades retornando o ano 2015, como meta para a conclusão de construção do
Empreendimento. As necessidades de financiamento terão de ser ajustadas em conformidade.
Em 2013, a maior concentração do investimento verificou-se nas redes primária e secundária de
rega, com valores na ordem m€ 22.847,02 e m€ 26.396,95, respetivamente. O sistema global de
abastecimento de água representa, no essencial, no ano em análise, o esforço mais significativo
do investimento realizado.
Nos programas “Barragem e Central de Pedrógão” e “Estação Elevatória Alqueva – Álamos”
registaram-se um investimento residual.
Até 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Barragem de Alqueva 606.310,00 2.063,54 2.736,08 1.959,15 -11.380,12 2.181,30 603.869,96
Central Hidrolétrcia de Alqueva 130.817,32 52,30 75,00 130.944,62
Barragem e Central de Pedrógão 85.754,17 1.922,04 98,86 3,10 4,74 0,82 87.783,72
Estação Elevatória Alqueva-Álamos 42.614,34 589,12 320,39 2,54 0,34 43.526,74
Rede Primária 286.002,27 112.180,63 64.657,90 49.058,77 31.215,14 22.847,02 565.961,74
Rede Secundária de Rega 266.623,97 139.266,17 59.482,36 43.602,84 38.204,23 26.396,95 573.576,51
Desenvolvimento Regional 13.268,57 511,10 214,46 -2.985,16 660,83 74,57 11.744,36
TOTAL 1.431.390,64 256.584,90 127.510,05 91.641,24 58.779,82 51.501,01 2.017.407,64
Investimento realizado "por Programa" até ao final de 2013
Unidade: Milhares de Euros
PROGRAMAS TotalAnos
66 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Na avaliação “por Sistemas” verificou-se que os investimentos globais incidiram nas
infraestruturas do sistema primário, seguidos, com uma diferença significativa, das
infraestruturas secundárias. Em 2013, o investimento incidiu sobretudo nas infraestruturas
secundárias.
Na análise “por Projetos” verificou-se a continuidade de incidência no projeto do “sistema
global de abastecimento de água”, que corresponde às redes primária e secundária de rega.
Investimento em 2013
Barragem de Alqueva
Central Hidrolétrcia de
Alqueva
Barragem e Central de
Pedrógão
Estação Elevatória
Alqueva-Álamos
Rede Primária
Rede Secundária de Rega
Até 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Infraestruturas do Sistema Primário 1.147.234,66 116.807,30 67.813,05 50.847,22 19.914,76 25.029,49 1.427.646,48
Infraestruturas Secundárias 266.623,99 139.266,15 59.482,36 43.602,84 38.204,23 26.396,95 573.576,51
Promoção e Desenvolvimento Regional 17.532,00 511,44 214,64 -2.808,82 660,83 74,57 16.184,65
TOTAL 1.431.390,64 256.584,90 127.510,05 91.641,23 58.779,82 51.501,01 2.017.407,64
Investimento realizado "por Sistema" até ao final de 2013
Unidade: Milhares de Euros
SISTEMAS Total
Anos
67 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Financiamento do Empreendimento
Em 2013, em linha com os anos anteriores, verificou-se que a estrutura do financiamento obtido
assentou em duas origens: o financiamento comunitário e os empréstimos de curto prazo. Os
valores recebidos de financiamento comunitário incidiram sobretudo nos projetos financiados
pelo POVT e pelo PRODER. Os valores dos empréstimos de curto prazo, dentro do limite de
acréscimo de endividamento de 4%, foram necessários para dar cumprimento aos compromissos
que decorrem da política de financiamento adotada pelo Acionista.
Realça-se ainda para a significativa redução dos montantes recebidos, essencialmente, no
financiamento comunitário. Esta redução está relacionada com o nível dos investimentos em
2013, ano que fica marcado pela conclusão, logo no inicio do ano, de algumas obras que se
encontravam em curso no final de 2012 e pelo deslize no início da construção de novas obras,
do primeiro terço do ano para o segundo semestre, não tendo sido possível recuperar os atrasos
verificados.
Até 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Escalão Hidroelétrico de Alqueva 628.544,57 1.959,69 2.641,88 1.817,88 -11.341,16 2.152,66 625.775,52
Escalão Hidroelétrico de Pedrógão 82.323,20 1.881,26 93,06 3,10 4,74 0,82 84.306,17
Sistema Global de Abastecimento de Água 594.395,78 251.507,07 124.350,61 92.598,45 69.399,37 49.214,49 1.181.465,76
Ambiente e Património 104.781,43 196,93 100,01 3,43 36,05 28,64 105.146,47
Promoção e Desenvolvimento Regional 17.532,00 511,44 214,64 -2.808,82 660,83 74,57 16.184,65
Ações de Apoio 3.813,66 528,51 109,86 27,20 20,00 29,83 4.529,06
TOTAL 1.431.390,65 256.584,90 127.510,05 91.641,23 58.779,82 51.501,01 2.017.407,64
PROJETOS Total
Investimento realizado "por Projeto" até ao final de 2013
Unidade: Milhares de Euros
Anos
Até 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Capital Social 291.508 95.760
Fundos Comunitários 511.018 142.194 111.790 65.328 104.648 21.186
PIDDAC 48.044 43.602 20.305 11.288 13.654 768
Empréstimos de Médio/Longo Prazo 577.748 -37.851 56.498 -37.852 -6.685 -6.685
Obrigacionista 449.680 -31.167 63.183 -31.167
BEI 128.068 -6.685 -6.685 -6.685 -6.685 -6.685
Empréstimos a Curto Prazo 45.000 -15.000 62.685 39.614 34.205
1.473.318 243.705 173.593 101.449 151.231 49.474
Anos
Unidade: Milhares de Euros
Financiamento do Empreendimento
68 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
-10.000
-5.000
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
Capital Social Fundos
Comunitários
PIDDAC Empréstimos
de M/L Prazo
Empréstimos a
Curto Prazo
Financiamento em 2013
69 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
PERSPETIVAS PARA O ANO DE 2014
O Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) tem vindo a afirmar-se como o
principal projeto estruturante do Alentejo, região beneficiária de um conjunto de infraestruturas
que potenciam o seu desenvolvimento de forma integrada, sustentada e multissetorial. Quando
Alqueva foi projetado considerou-se que a sua principal mais-valia deveria ser a reserva
estratégica de água. De facto, a dimensão da albufeira criada pela barragem de Alqueva supera
qualquer albufeira na Europa e permitiu criar um reservatório com 4.150 milhões de metros
cúbicos de água. Esta enorme reserva de água está ligada a todas as principais albufeiras
espalhadas pelo território, criando as condições para o abastecimento e reforço de todas elas,
garantindo a distribuição de água nos períodos mais críticos e assegurando que, mesmo em
períodos de seca que se podem prolongar por 3 anos consecutivos, a água não falte.
Perspetivando-se a conclusão da sua primeira fase, cerca de 120 mil hectares de área regada, no
final do ano de 2015, a estratégia definida pretende dar a conhecer o potencial de
desenvolvimento da região, sobretudo nas vertentes agrícola e agroindustrial, tirando partido de
uma disponibilidade hidráulica única em Portugal.
A complexidade e funcionalidades de Alqueva aconselham a ter uma visão abrangente da sua
missão e objetivos, os quais se podem agrupar em duas grandes vertentes. Por um lado, permitir
mudar o paradigma do Alentejo, transformando-o na principal região de agricultura de regadio
em Portugal e, por outro, desenvolver económica e socialmente uma região deprimida do país.
A região de Alqueva tem o maior potencial agrícola de Portugal. O espaço, a qualidade da terra
e o clima garantem as condições para que o aproveitamento deste benefício se repercuta no
estabelecimento de uma agricultura rentável, baseada no uso sustentado dos recursos naturais da
região.
Como projeto estruturante e potenciador de um novo ordenamento do território, a diversificação
de atividades é aliás um dos seus propósitos fundamentais. Alqueva, mais do que um projeto
hidráulico é também um exemplo de aproveitamento sustentável e otimizado de recursos
hídricos numa região deficitária, com ameaças de desertificação física e humana, e com graves
carências ao nível do abastecimento público.
Responder a estes desafios implica um esforço mobilizador da EDIA tendo como principais
alvos o agricultor, mas também investidores internos e externos de novas culturas, da agro-
indústria, da comercialização e até mesmo de outras alternativas inovadoras de financiamento e
investimento. Pretende-se assim abranger toda a cadeia de valor potenciada por Alqueva.
É este o principal elemento diferenciador, e como tal, o argumento central definido para a
estratégia em curso. De destacar igualmente a consolidação da estratégia da Empresa no
domínio da Sustentabilidade, designadamente com a elaboração interna do Relatório de
Sustentabilidade para o período 2012-2013 e a realização de uma conferência para sua
apresentação, no final do ano.
70 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Por esta razão, a estratégia de comunicação da EDIA estará fundamentalmente suportada na
sustentabilidade e no agricultor, como elemento de desenvolvimento integrado do território,
quer ao nível do mercado interno como externo, designadamente na Europa. Este objetivo surge
reforçado não apenas pelo novo posicionamento estratégico da EDIA que se assume como
empresa promotora do desenvolvimento económico regional através do uso eficiente da água
nos seus diferentes fins, mas também pela existência da marca territorial “Alqueva – Uma nova
Terra de Água”. A EDIA e „Alqueva‟ funcionam como dois pilares estruturantes de um
território marcado pela disponibilidade de água, sol e potencial agrícola, concebido e gerido
numa lógica de sustentabilidade.
Para a concretização destes objetivos e a maximização do impacto do projeto depende
naturalmente da capacidade de evoluir na construção do sistema global de abastecimento de
água. Neste âmbito, destaque-se para o final de 2014, o início da construção da ligação Roxo-
Sado, que inclui as ligações do Roxo a Ermidas e de Ermidas a Morgavel, que permitirá o
reforço do abastecimento ao Pólo de Sines.
Em paralelo, no próximo ano, está previso avançar com diversas empreitadas das redes primária
e secundária, de acordo com o quadro seguinte:
Rede Primária Início Conclusão
Subsistema Alqueva
Canal Roxo-Sado 4.º trim/2014 4.º trim/2015
4.º Troço da Ligação a Vale de Gaio 4.º trim/2014 4.º trim/2015
Tamisação no Circuito Penedrão - Roxo 4.º trim/2014 4.º trim/2015
Subsistema Ardila
Cicuito Hidráulico de Caliços-Pias 3.º trim/2013 4.º trim/2014
Cicuito Hidráulico de Caliços-Machados 2.º trim/2014 4.º trim/2015
Subsistema de Pedrógão
Círcuito Hidráulico de Baleizão-Quintos 3.º trim/2013 3.º trim/2014
Círcuito Hidráulico de São Matias 2.º trim/2014 4.º trim/2015
Rede Secundária de Rega Início Conclusão
Subsistema Alqueva
Bloco de Rega de Beringel-Álamo (Blocos de Rega de Beringel - Beja) 2.º trim/2014 3.º trim/2015
Bloco de Rega de Beja (Blocos de Rega de Beringel - Beja) 2.º trim/2014 4.º trim/2015
Blocos de Rega do Roxo-Sado 4.º trim/2014 4.º trim/2015
2.ª Fase da E.E. do Loureiro-Alvito 3.º trim/2014 1.º trim/2015
Blocos de Rega de Barras, Torrão e Baronia Baixo (Blocos de Rega de Vale de Gaio) 3.º trim/2014 3.º trim/2015
Blocos de Rega da Baronia Alto, Alvito Baixo e Alvito Alto (Blocos de Rega de Vale de Gaio) 3.º trim/2014 4.º trim/2015
Subsistema Ardila
Blocos de Rega de Caliços-Machados 2.º trim/2014 4.º trim/2015
Blocos de Rega de Pias 2.º trim/2014 4.º trim/2015
Blocos de Rega de Moura Gravítico 3.º trim/2014 4.º trim/2015
2.ª Fase da E.E. da Laje 4.º trim/2014 4.º trim/2015
Subsistema de Pedrógão
Blocos de Rega 1, 2 e 3 Baleizão-Quintos 3.º trim/2013 4.º trim/2014
Blocos 1 e 2 de São Matias 3.º trim/2014 4.º trim/2015
Blocos 3 e 4 de São Matias 2.º trim/2014 4.º trim/2015
71 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Em termos de estudos e projetos, está previsto o lançamento de concursos respeitantes a áreas
de benefício para finalização do EFMA, designadamente do bloco de rega de Moura (pressão),
que beneficiará os prédios do emparcelamento dos Coutos de Moura, e das áreas limítrofes de
Reguengos de Monsaraz e Póvoa – Amareleja.
Decorrerá igualmente a manutenção e exploração das redes primária e secundária de rega do
Empreendimento, garantindo o melhor serviço aos nossos clientes, com particular destaque para
os agricultores.
Em termos de gestão e exploração de recursos naturais, prevê-se a manutenção da sinalização de
segurança instalada no sistema Alqueva-Pedrógão e nas restantes albufeiras do EFMA, em
exploração e sob gestão da EDIA. Em 2014 será também assegurada a verificação subaquática
da estrutura de sinalização de segurança da barragem de Alqueva, e a manutenção e
acompanhamento da barreira flutuante para contenção de plantas aquáticas, instalada a montante
da albufeira de Alqueva, no âmbito da gestão do plano de água.
Prosseguirá o apoio aos requerentes na instrução dos pedidos de licença/concessão de captação
de águas superficiais, análise de processos e concomitante emissão de títulos. A Equipa de
Fiscalização e Vigilância (EFV) seguirá as suas atividades de vigilância e fiscalização
relacionadas com o processo de licenciamento de captações de água.
Serão igualmente levadas a cabo ações de manutenção e beneficiação dos povoamentos
instalados, e de arborização de novas áreas, assim como a remoção e abate de árvores mortas
que se encontrem na faixa expropriada e em terrenos sobrantes, com o objetivo de evitar
possíveis focos de poluição e/ou incêndio. Terá continuidade, por outro lado, o arrendamento
dos terrenos da EDIA identificados para esse fim, de forma a proceder à sua rentabilização.
No que respeita às estações automáticas, serão asseguradas as operações de manutenção da
EDIA e do equipamento instalado nas estações do ex-INAG, e a substituição de parte do
equipamento associado a estas estações, de modo a garantir funcionamento do sistema de alerta
e vigilância da EDIA relativo à qualidade água.
Quanto às estações convencionais terá continuidade o programa de monitorização relativo à
avaliação do estado/potencial químico e ecológico das albufeiras da rede primária do EFMA e
das principais linhas de água associadas a estas infraestruturas. Será ainda revisto o „Programa
de Monitorização dos Potenciais Impactes da Transferência de água Guadiana Sado sobre a
Ictiofauna”.
Na rede secundária de rega prosseguirá a monitorização do estado das águas de superfície
associado aos blocos de rega já em exploração e será desenvolvido um programa de
monitorização global que assegure a integração dos vários programas de recursos hídricos
superficiais previstos para os diferentes blocos de rega do EFMA.
Em termos de fauna, flora e vegetação referencie-se, entre outras atividades, a elaboração de um
programa global de monitorização da avifauna na rede secundária de rega para a fase de
exploração, que assegure a integração dos diferentes programas de monitorização da avifauna
implementados no EFMA pela EDIA.
72 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
No domínio dos solos e agro-sistemas continuará a monitorização do descritor solo para os
blocos de rega já em fase de exploração e será desenvolvido um programa global de
monitorização dos solos para os blocos de rega do EFMA.
Simultaneamente, terá lugar o acompanhamento ambiental e arqueológico das empreitadas e
prosseguir-se-ão as ações de levantamento e salvamento do património histórico-cultural
contemplando as medidas de minimização de impactes que se desenvolvem antes e durante a
realização das obras. Tendo em consideração a gestão ambiental de empreitadas já concluídas,
ou em fase de conclusão, está previsto, em simultâneo, o desenvolvimento de vários estudos e
projetos de forma a dar cumprimento às medidas consagradas nas Declaração de Impacte
Ambiental (DIA‟s) de projetos com processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA)
finalizado.
Durante o próximo ano, terá seguimento o trabalho de análise dos custos de água para rega, a
sua tarificação e impacte na rentabilidade das culturas. O programa SISAP será reformulado,
gerando maior valor aos nossos cliente atuais e potenciais, e o „Modelo técnico-económico para
a monitorização e gestão da componente hidroagrícola de Alqueva‟ será operacionalizado,
alargando a sua aplicação aos novos perímetros de rega que já se encontram em funcionamento.
Está igualmente prevista a implementação do portal do regante, o que virá possibilitar uma
gestão mais eficaz dos perímetros de rega e a disponibilização de informação ao agricultor, via
web.
Proceder-se-á à atualização dos inquéritos de 2012/2013 e às áreas regadas nos perímetros de
rega em exploração em 2014. Esta ação de promoção do contacto com potenciais novos
regantes e beneficiários é fundamental para potenciar o fomento e a adesão ao regadio. Especial
preocupação com a dinamização do regadio de pequena propriedade e das Academias de
Alqueva.
No próximo ano pretende-se ainda levar a cabo a identificação de culturas e variedades com
potencialidade agrícola em Alqueva e sua rentabilidade económica, através da realização de um
estudo em parceria com o Ministério da Agricultura e do Mar (MAM).
Continuará também a ser assegurado o trabalho de suporte à captação e fixação de investimento
agrícola e agroindustrial na região, assim como à identificação de terrenos e equipamentos
públicos e privados existentes na zona de influência de Alqueva, com potencial de instalação de
negócios decorrentes do Projeto.
O Museu da Luz prosseguirá, por outro lado, a sua ação através da realização de um leque
variado de atividades, no âmbito das quais se referenciam as iniciativas expositivas e
interpretativas, as ações de divulgação e publicações, os programas educativos para diversos
públicos-alvo, a dinamização junto da comunidade e concelhos da zona de influência de
Alqueva e o estabelecimento de parcerias com diversas instituições. Destaque-se, igualmente, a
promoção das suas atividades através do seu website oficial e da plataforma facebook, o
programa de residências artísticas e investigação, inaugurado em 2013, e a implementação da
manutenção, usos e ocupações de todos os espaços, instalações e equipamentos do Museu.
No Parque de Natureza de Noudar prevê-se a realização de alguns investimentos associados à
estratégia de evolução da exploração pecuária e à diversificação da oferta turística,
nomeadamente, na área do turismo de natureza, necessários nesta fase do projeto. A sua
73 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
concretização permitirá dotar o projeto de uma maior rentabilidade e diversificar a oferta,
possibilitando uma maior eficiência na implementação das várias atividades.
O Centro de Cartografia continuará a dar resposta às necessidades de produção de informação
geográfica, de acordo com as necessidades da Empresa, e prosseguirá a monitorização das
barragens do EFMA e o projeto de cadastro predial SiNERrGIC. Prevê-se ainda a manutenção
dos contatos com a Direção Geral do Território no sentido de elaborar o cadastro predial da
região Alentejo. Em termos de sistemas de informação geográfica, e tendo como pano de fundo
a entrada em exploração de diversas infraestruturas, prosseguirá o trabalho de suporte e
desenvolvimento de instrumentos de apoio, na componente SIG, às diversas áreas operacionais
da Empresa.
Referencie-se, por outro lado, a dinamização e abertura à sociedade civil do Centro de
Documentação da EDIA. No âmbito das novas oportunidades geradas por Alqueva está
programado o lançamento de um concurso de ideias que premeiem o empreendedorismo e a
inovação, com a atribuição de prémios por parte da EDIA junto de instituições de Ensino
Superior do Alentejo.
74 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
75 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS
LEGAIS
Em 2013, o conselho de administração realizou 42 reuniões, de onde resultaram, como mais
relevantes, as seguintes deliberações:
Janeiro de 2013
Foi autorizada a realização da despesa estimada com a execução dos trabalhos
arqueológicos no sítio Monte dos Cotéis 3 (E.E. dos Caliços);
Foi autorizado o lançamento do concurso público para a gestão e fiscalização da
empreitada de construção da rede viária do bloco de Aljustrel;
Foram adjudicados os serviços de monitorização dos recursos hídricos na área dos
blocos de rega de Cinco Reis e Trindade, fase de construção;
Foram adjudicados os serviços de monitorização dos recursos hídricos na área dos
circuitos hidráulicos de Amoreira-Caliços e Caliços-Pias, fase de construção;
Foram aprovadas medidas para redução dos consumos associados aos serviços de
digitalização, cópia, impressão e fax da Empresa;
Foi aprovada a renovação do contrato de manutenção da firewall checkpoint;
Foram adjudicados os serviços de revisão do projeto de execução do circuito hidráulico
de S. Matias e respetivo bloco de rega;
Foi aprovada a reestruturação do site do Museu da Luz;
Foram aprovados os serviços de manutenção do Museu da Luz e dos seus núcleos;
Foi aprovado o tarifário de água para rega para a Campanha de 2013;
Foi aprovada a participação da EDIA no evento “Fruit Logística”;
Foi aprovada a validação de fichas de avaliação por peritos da lista oficial do Tribunal
da Relação, bem como os respetivos encargos associados;
Foi adjudicada a empreitada de construção das linhas de média tensão de alimentação às
infraestruturas do Adutor de Pedrógão – Margem Direita e respetivos postos de
transformação;
Foram aprovadas as „Orientações para análise de requerimentos para alterações da rede
de rega‟;
Foi aprovada a implementação da solução para o aproveitamento de Serpa Norte,
Orada, Cuba - Oeste e Vidigueira (1.ª fase da compensação de energia reativa).
Fevereiro de 2013
Foi aprovada a formalização de cooperação com a Universidade do Algarve na área de
geomática;
Foi aprovada a realização do colóquio e da ação a desenvolver com as escolas, no
âmbito da proposta de divulgação do património cultural do EFMA;
76 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Foi adjudicada a prestação de serviços para a manutenção dos sistemas de telegestão via
rádio instalados na rede secundária de rega do bloco de Orada-Amoreira;
Foi aprovada a adjudicação da prestação de serviços para gestão e fiscalização da
empreitada de construção das infraestruturas de rega e de drenagem do bloco de
Pedrógão 3;
Foram aprovadas as precauções gerais relativas à manutenção das redes de rega do
EFMA;
Foi aprovada a plantação de povoamento florestal na herdade das Piteiras;
Foi adjudicada a monitorização dos recursos hídricos superficiais e de qualidade
ecológica na área dos blocos de rega em fase de exploração;
Foram aprovados os trabalhos de preparação da margem na zona de colocação da
barreira de contenção de plantas aquáticas invasora;
Foram aprovados os editais para a campanha de 2013;
Foram aprovados os trabalhos preparatórios da exposição “Perfil Barca do Xerez de
Baixo”;
Foi aprovada a realização da despesa com a reformulação e aplicação de software das
E.E.´s de Serpa, Brinches Norte e Brinches Sul;
Foi aprovada a programação do Museu da Luz para 2013;
Foi aprovado o programa de residência na aldeia do Museu da Luz;
Foi aprovada a prestação de serviços para inspeção de instalações contendo
equipamentos sob pressão (Reservatórios de Ar Comprimido – RAC‟s) na E.E.
Brinches e mini-hídrica de Serpa;
Foi aprovada a participação na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL);
Foi aprovada a participação da EDIA na Feira Nacional de Agricultura (Santarém);
Foi aprovada a participação no Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas
(SISAB);
Foi aprovada a participação na ACQUALIVEEXPO;
Foi aprovado o procedimento de aquisição de publicações em 2013;
Foi aprovada a adesão do PNN ao operador turístico PT TRIP;
Foi aprovado procedimento para aquisição de publicações no Centro de Documentação
da EDIA;
Foi adjudicada a prestação de serviços para avaliação da eficácia do dispositivo de
passagem para peixes da barragem de Pedrógão.
Março de 2013
Foi adjudicada a monitorização de avifauna na área do sistema Alqueva-Pedrógão;
Foi aprovada a contratação do serviço para montagem do stand promocional da EDIA;
Foi aprovada a elaboração do projeto de execução da telegestão com comunicação por
cabo nos blocos de rega de Beringel-Beja;
Foi aprovada a participação da EDIA na OVIBEJA;
Foi adjudicada a elaboração do Plano de Gestão das Ilhas e Penínsulas de Alqueva;
Foi adjudicada a impressão do Relatório de Sustentabilidade;
Foi aprovada a participação da EDIA na AQUALIVEEXPO;
Foi aprovado o Plano de Investimentos Plurianual do EFMA (período 1995 – 2015);
Foi aprovada a solicitação de fornecimento de água através da rede primária – albufeira
de Cinco Reis;
77 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Foi aprovada a adjudicação dos trabalhos de minimização de impactes sobre o
património cultural decorrentes da execução do C.H. de São. Pedro-Baleizão e bloco de
rega – fase de obra;
Foram aprovados os termos do protocolo, celebrado com a DRACALEN, para
publicação das monografias dos trabalhos arqueológicos efetuados no regolfo da
barragem de Alqueva: Coleção Memórias D‟Odiana – 2.ª fase;
Foi aprovada a revisão do Manual de Procedimentos;
Foi aprovada a ação de divulgação do Museu da Luz: “Um lago, duas aldeias, um
museu” – Edição II – Páscoa 2013.
Abril de 2013
Foi adjudicada a empreitada para fornecimento das instalações e equipamentos
mecânicos de AVAC do Museu da Luz;
Foi aprovada a comparticipação no transporte, no âmbito de visitas de escolas do
Programa de apoio ao transporte_PNN_IBL;
Foi aprovada a constituição da equipa de projeto da EDIA que integrará a Associação
IBERLINX;
Foi aprovado o Regulamento de Assiduidade da EDIA;
Foi adjudicada a prestação de serviços com vista à potenciação de Alqueva enquanto
“Marca Territorial”, imagem e estratégia;
Foi adjudicada a proposta para admissão de serviços SAP em regime de bolsa de horas;
Foi adjudicada a empreitada de construção do circuito hidráulico de Amoreira-Caliços
do EFMA (Concurso Público N.º 19/2012);
Foi adjudicada a empreitada de construção do circuito hidráulico de Caliços-Pias do
EFMA (Concurso Público N.º 20/2012);
Foi adjudicada a empreitada de construção do circuito hidráulico de Baleizão-Quintos
do EFMA (Concurso Público N.º 27/2012);
Foi adjudicada a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de
drenagem dos blocos 4 e 5 de Baleizão-Quintos de Baleizão – Quintos do EFMA
(Concurso Público N.º 24/2012);
Foi adjudicada a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de
drenagem dos blocos 1, 2 e 3 de Baleizão – Quintos do EFMA (Concurso Público N.º
23/2012);
Foi adjudicada a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de
drenagem do bloco de rega de Cinco Reis – Trindade do EFMA (Concurso Público N.º
18/2012);
Foi adjudicada a empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de
drenagem do bloco de rega de São Pedro – Baleizão do EFMA (Concurso Público N.º
17/2012);
Foi aprovado o Relatório e Contas da EDIA e do Grupo – Exercício de 2012;
Foi aprovado o Relatório de Atividades do 4.º Trimestre de 2012;
Foi adjudicada a conceção e impressão da folha informativa INFOALQUEVA;
Foi adjudicada a empreitada de construção do circuito hidráulico de São Pedro-Baleizão
do EFMA (Concurso Público N.º 25/2012);
Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada de
construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de regas 1, 2 e
3 de Baleizão – Quintos (Concurso Público N.º 33/2012);
78 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada de
construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco de rega de Cinco
Reis - Trindade (Concurso Público N.º 35/2012);
Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada de
construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos 4 e 5 de
Baleizão – Quintos (Concurso Público N.º 34/2012);
Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada de
construção das infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco de rega de São
Pedro - Baleizão (Concurso Público N.º 32/2012);
Foi adjudicada a minimização de impactes sobre o património cultural dos blocos de
rega de Cinco Reis – Trindade – fase de obra;
Foi adjudicada a prestação de serviços para gestão e fiscalização da empreitada de
construção da rede viária do bloco de rega de Aljustrel (Concurso Público N.º 01/2013).
Maio de 2013
Foi adjudicada a empreitada de construção da rede viária do bloco de rega de Aljustrel
(Concurso Público N.º 16/2012);
Foi aprovada a adjudicação da prestação de serviços de gestão e fiscalização da
empreitada de construção das infraestruturas de rega e de drenagem do bloco de rega de
Pedrógão 3;
Foram adjudicados os trabalhos de minimização de impactes sobre o património
cultural decorrentes da execução dos circuitos hidráulicos de Amoreira – Caliços e de
Caliços – Pias – fase de obra;
Foi adjudicada a empreitada para a execução da rede de telegestão do adutor de
Pedrógão – Margem Direita e interligação aos subsistemas Alqueva e Ardila do EFMA;
Foram adjudicados os serviços de manutenção dos ascensores da barragem de Alqueva,
da estação elevatória dos Álamos e da estação elevatória de Pedrógão (Concurso
Público);
Foram aprovados os trabalhos adicionais referentes ao “Modelo de Monitorização da
Componente Hidroagrícola de Alqueva”;
Foi adjudicada a gestão e monitorização de espécies invasoras na área de influência do
EFMA;
Foi adjudicada a remodelação do Centro de Informação de Alqueva (CIAL);
Foi aprovada a contratação de vigilantes, no âmbito da vigilância de incêndios – 2013
no PNN;
Foi aprovada a adenda ao contrato do projeto SiNErGIC – Sistema Nacional de
Exploração e Gestão de Informação Cadastral;
Foi adjudicada a gestão e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas
de rega e de drenagem do bloco de rega de Pedrógão 3.
Junho de 2013
Foram adjudicados os trabalhos de reparação da barreira de contenção de plantas
invasoras a montante da albufeira de Alqueva;
Foram adjudicados os trabalhos de minimização de impactes sobre o património
cultural do circuito hidráulico de Baleizão – Quintos e respetivo bloco de rega – fase de
obra (Concurso Público n.º 26/2012);
79 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Foi aprovada a realização do II Concurso de Fotografia – Água, Sustentabilidade e
Alterações Climáticas.
Julho de 2013
Foi aprovada a contratação de monitores para os campos de férias do PNN;
Foi adjudicada a reparação da marina de Alqueva;
Foi aprovada a renovação do protocolo com Myfarm.com;
Foi aprovado o Relatório de Atividades do 1.º Trimestre de 2013;
Foi aprovada a participação da EDIA na VINIPAX;
Foi adjudicada a produção do site Alqueva.com.pt.
Foram aprovados os termos do protocolo a celebrar com a Myfarm.com, realçando-se a
articulação com a Academia de Hortícolas;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a elaboração e implementação do
Portal do Regante de Alqueva;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre
o património cultural dos blocos de rega de Beringel – Beja – fase prévia à obra;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre
o património cultural do circuito hidráulico de São Matias - fase prévia à obra;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a contratação de peritos
avaliadores;
Foi adjudicado o fornecimento de serviços de sinalização de segurança da barragem de
Cinco Reis;
Foi adjudicada a prestação de serviços de auditoria energética à estação elevatória dos
Álamos.
Agosto de 2013
Foram adjudicados os trabalhos especializados de manutenção dos equipamentos nas
infraestruturas do subsistema Alqueva do EFMA (Concurso Público N;º 05/2013);
Foram adjudicados os trabalhos especializados de manutenção dos equipamentos nas
infraestruturas do subsistema Ardila do EFMA (Concurso Público N;º 06/2013);
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das
infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de rega 1 e 2 de São Matias;
Foi adjudicada a prestação de serviços de comunicações fixas e móveis (Concurso
Público N;º 08/2013);
Foi aprovada a realização da despesa com a remodelação do Centro de Interpretação de
Alqueva (CIAL);
Foi adjudicado o fornecimento e montagem de sistemas de compensação de energia
reativa no edifício – sede da EDIA e na estação elevatória dos Álamos;
Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução do sistema de telegestão com
comunicação por cabo para o bloco de rega de Beja;
Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução do sistema de telegestão com
comunicação por cabo para os blocos de rega de Caliços – Machados;
Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução do sistema de telegestão com
comunicação por cabo para os blocos de rega de Pias;
80 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução do sistema de telegestão com
comunicação por cabo para os blocos de rega 3 e 4 do bloco de São Matias;
Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução do sistema de telegestão com
comunicação por cabo para os blocos de rega 1 e 2 do bloco de São Matias.
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das
infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de rega de Beja;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção do
circuito hidráulico de Caliços – Machados;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das
infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos 3 e 4 de São Matias;
Foi aprovado o Relatório e Contas Consolidadas a 30 de junho de 2013;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das
infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco de rega de Caliços – Machados;
Foi ratificada a decisão de aprovação e assinatura do protocolo com o NERBE relativo
ao Plano de Promoção do Alqueva;
Foi aprovada a Agenda de Sustentabilidade da EDIA para o período 2013-2015;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre
o património cultural do circuito hidráulico de São Matias e blocos de rega - fase de
obra;
Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes no sítio
Monte dos Cotéis 3 (Moura, Beja) – estação elevatória dos Caliços (Concurso Público
02/2013);
Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes no circuito
hidráulico de Baleizão – Quintos e respetivos blocos de rega – fase prévia à obra (2.ª
fase) (Concurso Público 07/2013);
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre
o património cultural dos blocos de rega de Beringel - Beja – fase de obra;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre
o património cultural dos blocos de rega de Vale de Gaio – fase prévia à obra;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre
o património cultural do circuito hidráulico de Caliços – Machados e respetivos blocos
de rega – fase prévia à obra.
Setembro de 2013
Foi adjudicada a revisão do projeto de execução do bloco de rega de Moura Gravítico;
Foi adjudicada a elaboração do projeto de execução da telegestão com comunicação por
cabo para o bloco de rega de Moura Gravítico;
Foi adjudicada a revisão do projeto de execução do bloco de rega de Beringel – Beja;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das
infraestruturas de rega, viárias e de drenagem do bloco de rega de Pias;
Foi aprovada a aquisição de prémios para o II Concurso de Fotografia “Água,
Sustentabilidade e Alterações Climáticas”;
Foi adjudicado o fornecimento de energia elétrica às infraestruturas do EFMA;
Foram aprovados os Relatórios de Atividades do 1.º Semestre e do 2.º Trimestre de
2013;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão
e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de
drenagem do bloco de rega de Beja;
81 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão
e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de
drenagem dos blocos de rega 1 e 2 de São Matias;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão
e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de
drenagem dos blocos de Beringel e Álamo;
Foram aprovados os termos da participação conjunta com a Portugal Fresh no evento
Fruit Attraction;
Foi aprovada a revisão do manual de procedimentos da EDIA;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das
infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de rega de Moura Gravítico;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a empreitada de construção das
infraestruturas de rega, viárias e de drenagem dos blocos de Barras, Torrão e Baronia de
Baixo;
Foi adjudicada a revisão do projeto de execução do bloco de rega de Vale de Gaio e
estação elevatória da Baronia;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão
e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de
drenagem dos blocos de rega 3 e 4 de São Matias;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para minimização de impactes sobre o
património cultural dos blocos de rega de pias – fase de obra;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para minimização de impactes sobre o
património cultural do circuito hidráulico de Caliços – Machados e blocos de rega –
fase de obra;
Foi a adjudicação da execução dos procedimentos para operacionalizar o site da EDIA.
Outubro de 2013
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão
e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de
drenagem do bloco de rega de Pias;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a prestação de serviços de gestão
e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de
drenagem dos blocos de rega de Caliços – Machados;
Foi adjudicada a revisão do projeto de execução do circuito hidráulico de Caliços –
Machados e respetivo bloco de rega;
Foi adjudicada a instalação de vedação para gado na Umbria das Boticas – PNN;
Foi adjudicada a construção de marouços e parque de coelhos - PNN;
Foi adjudicada a elaboração do programa global para a “Monitorização dos Recursos
Hídricos Subterrâneos do EFMA”;
Foi aprovada a revisão do projeto de execução do bloco de rega de Pias;
Foi aprovado o novo organograma da EDIA;
Foi autorizado o lançamento de concurso público para a minimização de impactes sobre
o património cultural do circuito hidráulico de São Pedro – Baleizão e respetivo bloco
de rega – fase de obra – 2.ª fase;
Foi adjudicada a contratação de bolsa de peritos avaliadores para prestação de serviços
de validação de avaliações no âmbito do processo de aquisição ou oneração de imóveis
necessários à implementação Do EFMA (Concurso Publico n.º 16/2013);
82 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Foi adjudicada a prestação de serviços de produção de material para a divulgação de
200 exemplares do Relatório e Contas da EDIA e do Grupo – Exercício de 2012;
Foi aprovada uma proposta de parceria com o Instituto Politécnico de Beja -
Desenvolvimento Social;
Foi aprovada a revisão do projeto de execução do bloco de rega de Moura Gravítico;
Foi adjudicada a “Piquetagem dos limites de expropriação e indemnização do circuito
hidráulico de São Matias”;
Foi aprovada a adjudicação do fornecimento de equipamentos a instalar na Orada –
Amoreira, Ferreira, Figueirinha e Valbom e Pisão;
Foi adjudicada a empreitada de execução de alterações no sistema de telegestão de
Ferreira.
Novembro de 2013
Foi aprovada a participação na Feira do Montado (Portel);
Foi autorizado o lançamento do concurso público para a prestação de serviços de gestão
e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de
drenagem dos blocos de Barras, Torrão e Baronia Baixo;
Foi aprovada a realização da exposição e inauguração da exposição “Arte Numa
Perspetiva Diferente” – 12.ª edição;
Foram adjudicados os serviços para a conceção e desenvolvimento do sistema de
informação de suporte à monitorização ambiental do EFMA;
Foram adjudicados os serviços de criação de “Modelo virtual 3D do dispositivo de
passagem de peixes da barragem de Pedrógão”;
Foi autorizado o lançamento do concurso público para a prestação de serviços de gestão
e fiscalização da empreitada de construção das infraestruturas de rega, viárias e de
drenagem do bloco de Moura Gravítico;
Foi adjudicada a prestação de serviços para execução do Projeto de Execução para a
instalação dos grupos 3 e 4 da estação elevatória dos Álamos;
Foi adjudicado o relatório final de auditoria aos sistemas de gestão de riscos, de
informação e de controlo interno;
Foi aprovada a realização de brochura relativa ao Projeto ARA;
Foi adjudicada a correção do fator de potência EE 1 e EE 4; EE Orada e EE Serpa
Norte;
Foram adjudicados os trabalhos de reparação e placares de sinalização de segurança no
bloco de rega do Monto Novo;
Foi aprovado o Relatório de Atividades do 3.º Trimestre de 2013;
Foi autorizado o lançamento do concurso público da empreitada de construção das
infraestruturas de rega e viárias dos blocos de Baronia e Alvito Altos e Alvito Baixo;
Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes do circuito
hidráulico de Caliços – Machados e blocos de rega - fase prévia à obra;
Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes do circuito
hidráulico de São Matias – fase prévia à obra;
Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes nos blocos
de rega de Beringel – Beja – fase prévia à obra;
Foram adjudicados os trabalhos de reabilitação de linhas de água no subsistema de rega
do Ardila do EFMA;
Foi aprovado a intervenção de qualificação e integração paisagística da piscina/tanque
lúdico do Parque de Natureza de Noudar;
83 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Foi autorizado o lançamento do concurso público para a minimização de impactes sobre
o património cultural no circuito hidráulico de Baleizão – Quintos e blocos de rega –
fase de obra – 2.ª fase.
Dezembro de 2013
Foi autorizado o lançamento da empreitada de construção faz infraestruturas de rega,
viárias e de drenagem do bloco Roxo-Sado;
Foram adjudicados os trabalhos arqueológicos de minimização de impactes nos blocos
de rega de Vale de Gaio – fase prévia à obra;
Procedeu-se à aprovação de princípio à candidatura referente à Call Water 1Horizon
2020 – NAIAD RESERVADO;
Foi adjudicada a prestação de serviços de alojamento de servidores virtuais em modelo
de cloud computing;
Foi adjudicada a prestação de serviços referente à “Monitorização da linaria ricardoi na
rede secundária de rega”;
Foi aprovada a colocação de marcos de propriedade para delimitar a área expropriada
no adutor Pisão-Beja.
84 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Poderes de Autoridade
Pelo Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, foram atribuídos à EDIA os seguintes poderes
de autoridade:
Os poderes para, nos termos da lei, nomeadamente, do código das expropriações, agir
como entidade expropriante dos bens imóveis e direitos a eles inerentes a expropriarem
que sejam necessários à prossecução do seu escopo social;
O direito de utilizar e administrar os bens do domínio público do estado que estejam ou
venham a estar afetos ao exercício da sua atividade;
Os poderes e prerrogativas do estado quanto à proteção, desocupação, demolição e
defesa administrativa da posse dos terrenos e instalações que lhe sejam afetos e das
obras por si executadas ou contratadas, podendo ainda, nos termos da lei, ocupar
temporariamente os terrenos particulares de que necessite para estaleiros, depósito de
materiais, alojamento de pessoal operário e instalação de escritórios, sem prejuízo do
direito a indemnização a que houver lugar.
Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de setembro, que aprovou as bases
da concessão outorgada por contrato entre o Estado e a EDIA em 17 de outubro de 2007, a
EDIA detêm, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa do domínio
público hídrico afeto ao EFMA, os poderes de administração do referido domínio público
hídrico no âmbito da sua atividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à
captação de água para rega e para produção de energia elétrica e ainda os poderes de
fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a
instrução e o sancionamento dos processos de contraordenação nesse âmbito.
85 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
ANÁLISE FINANCEIRA
Demonstrações Financeiras Individuais
Conta de Resultados
Nesta análise considera-se apenas os gastos e rendimentos não capitalizados, isto é, foram
retirados os gastos e rendimentos relativos a trabalhos para a própria empresa, bem como ao
investimento da rede secundária, que se anula por meio da variação de produção (investimento
realizado nas obras integrantes da rede secundária de rega do EFMA que são propriedade do
Estado à exceção da Infraestrutura 12 e do perímetro de rega da aldeia da Luz).
Milhares de Euros
2013 2012
Gastos Não Capitalizados 40.875 27.704
Custo Mercadorias Vendidas/Matérias Consumidas 15 11
Fornecimentos e Serviços Externos 7.953 8.064
Gastos com o Pessoal 2.861 2.344
Gastos de Depreciação e de Amortização 5.561 5.829
Imparidades 7.713 132
Provisões Exercicio 1.444 195
Outros Gastos e Perdas 2.244 1.321
Gastos e Perdas de Financiamento 10.148 10.586
Imposto sobre o Rendimento 2.936 -778
Ganhos Não Capitalizados 23.512 36.263
Vendas 90 219
Prestações de Serviços 17.523 14.588
Variações nos Inventários de Produção 0 0
Trabalhos para a Própria Entidade 0 0
Subsídios à Exploração 512 40
Reversões 0 16.443
Outros Rendimentos e Ganhos 5.355 4.948
Juros e Rendimentos Similares 32 26
Resultado Líquido Exercício -17.363 8.559
86 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
O exercício económico de 2013 apresentou um Resultado Líquido negativo de M€ 17,36, com
uma variação de M€ -25,92 face ao resultado de 2012.
No caso particular dos rendimentos verificou-se um decréscimo na ordem dos M€ 12,75, o que
corresponde a menos de 35,16% que no ano anterior. Para essa diferença contribuem as
reversões de imparidades das contas de 2012, no montante de M€ 16,4, bem como os resultados
de vendas e prestações de serviços, que apresentam uma variação positiva de M€ 2,80,
justificada essencialmente pelo aumento da faturação de água.
As diferenças na rubrica gastos não capitalizáveis que, no conjunto, tiveram um acréscimo de
M€ 13,17, mais 47,54% relativamente ao ano anterior, incidem sobretudo nas seguintes
rubricas:
Gastos com o pessoal apresentam uma variação positiva de M€0,52 relativamente ao
ano de 2012, justificado sobretudo pela reposição em 2013, das remunerações ao
pessoal referentes aos 13.º e 14.º meses;
Ao contrário de 2012, em que se reconheceu uma reversão de imparidades, em 2013
contabilizou-se uma imparidade relativa ao negócio água no montante de M€7,47;
Provisões, reconheceu-se um montante de M€1,44 relativamente a grandes reparações e
substituições para dar cumprimento à IFRIC 12 e a processos em litígio;
Os outros gastos e perdas registaram um acréscimo de M€0,92, explicado
essencialmente pelo reconhecimento de M€1,25 que diz respeito a uma atualização de
valor relativamente ao processo litigioso com a Portucel Recicla; e
O decréscimo ocorrido na rubrica gastos e perdas de financiamento justifica-se pela
diminuição dos juros suportados associados aos empréstimos contraídos pela empresa,
dado que a taxa de juro média real foi inferior à taxa de juro média em 2012,
essencialmente em resultado da descida da taxa indexante (euribor).
87 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Balanço
Em 31 de dezembro de 2013, a EDIA atingiu um ativo líquido de M€ 658.560, verificando-se
um decréscimo de cerca de M€ 329.805, face a 2012.
Este decréscimo resultou, essencialmente, das seguintes variações:
Variação Positiva
No ativo corrente a rubrica outras contas a receber apresenta um aumento em M€ 88,55
decorrente da entrega à DGADR das infraestruturas da rede de rega e drenagem já concluídas,
pelo que os respetivos investimentos (antes evidenciados em “Inventários”) e subsídios
associados (antes evidenciados no passivo) foram transferidos para a conta da DGADR nesta
rubrica de “Outras contas a Receber”.
Milhares de euros
Rubricas 31-Dez-13 31-Dez-12
Ativo Não Corrente
Ativos Fixos Tangíveis 15.661 16.028
Ativos Intangíveis 359.192 364.143
Participações Financeiras 276 281
Ativos por Impostos Diferidos 32.620 35.485
Depósitos Cativos 7.281 8.533
415.030 424.470
Ativo Corrente
Inventários 23.197 423.836
Clientes 4.283 1.744
Adiantamentos a Fornecedores 881 1.059
Estado e Outros Entes Públicos 633 542
Acionistas/Sócios 1 1
Outras Contas a Receber 165.257 76.707
Diferimentos 507 496
Caixa e Depósitos Bancários 48.770 59.510
243.530 563.895
TOTAL 658.560 988.365
88 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Variação Negativa
• No ativo corrente: na rubrica de inventários cuja diminuição, de cerca de M€ 400,64
reflete a assinatura do contrato de entrega, entre a EDIA e o Estado Português,
representado pela DGADR, em que a Empresa procede à entrega das infraestruturas
integrantes da rede de rega e de drenagem onde o investimento efetuado nesta
infraestrutura (acrescido dos custos capitalizados) registado na rubrica de “Inventários”,
na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso” foi transferido para “Produtos
Acabados e Intermédios” e posteriormente registado na rubrica de “Outras Contas a
Receber”, em nome da entidade Estado (DGADR), que assume em relação aos bens
descritos, todos os inerentes direitos e obrigações estabelecidos na legislação em vigor.
A variação negativa no montante de M€ 10,74 na rubrica de caixa e depósitos bancários
justifica-se pelo pagamento do investimento a fornecedores.
O capital próprio apresentou uma variação negativa na ordem dos M€ 15,26 decorrente do
resultado líquido de 2013, assim como do reconhecimento de subsídios de investimento na
rubrica outras variações no capital próprio.
Milhares de Euros
CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 2013 2012
CAPITAL PRÓPRIO
Capital 387.268 387.268
Outras Reservas 9.203 9.203
Resultados Transitados -823.839 -832.398
Ajustamentos em Ativos Financeiros 413 414
Outras Variações no Capital Próprio 100.524 98.420
Resultado Líquido do Exercício -17.363 8.559
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO -343.794 -328.535
PASSIVO
Passivo Não Corrente
Financiamentos Obtidos 537.477 543.697
Diferimentos 171.747 515.512
Outros Passivos Não Correntes 57.481 62.918
776.705 1.122.127
Passivo Corrente
Financiamentos Obtidos 181.822 147.940
Fornecedores e Outras Contas a Pagar 39.195 20.054
Outros Passivos Correntes 14.632 14.447
235.649 182.440
TOTAL DO PASSIVO 1.012.354 1.316.900TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO
PASSIVO 668.560 988.365
89 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
O passivo registou as seguintes variações:
Diminuição do Passivo Não Corrente na ordem dos M€ 355,42, essencialmente
justificado:
Pela diminuição dos diferimentos na ordem dos M€ 343,77, justificado
essencialmente pela assinatura dos contratos de entrega e de concessão relativo à
gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas da rede
secundária do empreendimento de fins múltiplos de Alqueva (EFMA), com a
consequente transferência dos subsídios associados às infraestruturas da rede
secundária já concluídas, no montante de € 341,85, para a conta da DGADR, na
rubrica de Outras Contas a Receber.
No Passivo Corrente, verificou-se um aumento de M€ 40,88, resultante essencialmente
das rubricas de:
Financiamentos Obtidos: pela contratação de novos empréstimos de curto prazo em
cerca de M€ 34,2;
Fornecedores e Outras Contas a Pagar apresentam um aumento de M€ 6,81.
Indicadores Financeiros
Volume de Negócios 17.613 14.806
EBITDA 9.210 8.325
EBIT -3.973 18.628
Resultados Financeiros -10.454 -10.847
Resultados Líquidos -17.363 8.559
Meios Libertos Líquidos 705 -2.065
Investimento 31.146 43.263
Indicadores Financeiros 20122013
Milhares de Euros
90 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
No final do ano de 2013, a EDIA apresenta um resultado líquido negativo de cerca de M€ 17,36
enquanto no mesmo período de 2012 o resultado foi de M€ 8,56, este facto deve-se
essencialmente:
O acréscimo do EBITDA em 10,64% justifica-se essencialmente pelos resultados das
vendas e prestações de serviços decorrentes do aumento da faturação de água.
A rubrica Perdas/reversões de Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis
apresenta uma variação negativa de cerca M€ 23,82 em resultado do reconhecimento de
imparidade no montante de M€ 7,47 verificada em 2013 em contraste com a reversão de
imparidade de M€ 16,35 em 2012, traduzindo-se assim num EBIT negativo M€ 3,97
para 2013. No período homólogo, o mesmo indicador apresentava um valor positivo de
M€18,63.
Os Resultados financeiros negativos justificam-se essencialmente pelos encargos
financeiros suportados pela EDIA.
Os Meios Libertos Líquidos, por sua vez, apresentaram um aumento de M€ 2,77, justificado
essencialmente pelo aumento das receitas referentes devido ao acréscimo da faturação.
A EDIA apresenta um investimento M€ 31,15 com variação negativa de M€ 12,12 face ao ano
2012, devido aos atrasos verificados na execução das empreitadas em curso. Estes atrasos
decorrem fundamentalmente das dificuldades dos diversos adjudicatários em cumprir com os
planos de trabalho inicialmente definidos, e dos desvios na adjudicação de novas obras,
resultantes de um acréscimo processual nos novos procedimentos de contratação.
Demonstrações Financeiras Consolidadas
Breve Descrição do Balanço e Indicadores Financeiros
Ativo
91 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Em 31 de dezembro de 2013, verificou-se uma diminuição, face ao final de 2012, dos Ativos
não correntes em cerca de M€ 6,91, justificado essencialmente pelas amortizações e
depreciações do exercício e, dentro destas, nas referentes aos bens afetos ao negócio energia.
Por outro lado, pelo reconhecimento da atualização do montante relativo ao processo em litígio
com a Portucel Recicla na rubrica de depósitos cativos.
Relativamente aos ativos correntes a sua redução no mesmo período é justificada,
essencialmente: (i) na rubrica inventários (M€ -400,64) e outras contas a receber (M€ 88,83),
decorrente da assinatura do contrato de entrega das infraestruturas de rega e drenagem já
concluídas, entre a EDIA e o Estado Português, representado pela DGADR ; e (ii) na rubrica
Caixa e depósitos bancários (M€ -10,73) pelo pagamento do investimento a fornecedores.
Milhares de euros
Rubricas 31-Dez-13 31-Dez-12
Ativo Não Corrente
Ativos Fixos Tangíveis 15.917 16.618
Ativos Intangíveis 359.072 364.023
Participações Financeiras 276 276
Depósitos Cativos 7.281 8.534
382.546 389.451
Ativo Corrente
Inventários 23.198 423.839
Clientes 4.304 1.746
Adiantamentos a Fornecedores 1.088 1.058
Estado e Outros Entes Públicos 684 591
Outras Contas a Receber 165.633 76.804
Diferimentos 510 500
Caixa e Depósitos Bancários 48.726 59.460
244.142 563.998
TOTAL 626.688 953.449
92 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Passivo e Capital Próprio
Durante 2013, verificou-se uma variação negativa dos capitais próprios (M€ 14,87), justificada
essencialmente pelo resultado líquido do exercício.
Neste período, verificou-se uma diminuição dos passivos em cerca de M€ 311,89 (-22,03%),
justificados, essencialmente por uma diminuição dos passivos não correntes em cerca de
M€ 353,43, nomeadamente pela diminuição dos diferimentos na ordem dos M€ 344,52, fruto da
assinatura dos contratos de entrega e de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e
conservação das infraestruturas da rede secundária do empreendimento de fins múltiplos de
Alqueva (EFMA).
No Passivo Corrente, verificou-se um aumento de M€ 41,54, resultante essencialmente das
rubricas de:
Financiamentos Obtidos: pela contratação de novos empréstimos de curto prazo (M€
34,2).
Fornecedores e Outras Contas a Pagar apresentam um aumento de M€ 7,24.
Milhares de euros
Total do Capital Próprio do Grupo -476.984 -462.446
Interesses Minoritários -318 17
Total do Capital Próprio -477.302 -462.430
Passivo Não Corrente
Empréstimos Obtidos 537.477 543.919
Diferimentos 303.096 647.620
Outros 24.972 27.434
865.545 1.218.973
Passivo Corrente
Empréstimos Obtidos 182.097 147.981
Fornecedores e Outras Contas a Pagar 39.884 32.646
Outros 16.464 16.279
238.445 196.906
Total do Passivo 1.103.990 1.415.879
Total do Capital Próprio e do Passivo 626.688 953.449
Rubricas 31-Dez-1231-Dez-13
93 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Indicadores Financeiros
No final do ano de 2013 o grupo EDIA apresenta um resultado líquido negativo de cerca de
M€ 14,92, face ao resultado de 2012 que foi positivo em M€ 7,55. A variação registada deve-se
essencialmente:
O acréscimo do EBITDA em 9,19% justifica-se essencialmente pelos resultados das
vendas e prestações de serviços decorrentes do aumento da faturação de água.
A rubrica Perdas/reversões de Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis
apresenta uma variação negativa de cerca M€ 24,03 em resultado do reconhecimento de
imparidade no montante de M€ 7,72 verificada em 2013 em contraste com a reversão de
imparidade de M€ 16,32 em 2012, traduzindo-se assim num EBIT negativo M€ 4,41
para 2013. No período homólogo, o mesmo indicador apresentava um valor positivo de
M€18,5.
Os Resultados financeiros negativos justificam-se essencialmente pelos encargos
financeiros suportados pela EDIA.
Os Meios Libertos Líquidos, por sua vez, apresentaram um aumento de M€ 2,82 justificado
essencialmente pelo aumento das receitas referentes devido ao acréscimo da faturação.
Milhares de euros
Volume de Negócios 17.793 15.121
EBITDA 9.083 8.318
EBIT -4.410 18.495
Resultados Financeiros -10.440 -10.868
Resultados Líquidos -14.923 7.547
Meios Libertos Líquidos 542 -2.279
Indicadores Financeiros 31-Dez-1231-Dez-13
94 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
95 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE
RESULTADOS
Nos termos previstos na alínea f) do N.º 5 do Artigo 66.º do Código das Sociedades Comerciais,
o Conselho de Administração,
Considerando:
Que no exercício de 2013 foi apurado um Resultado Líquido negativo de € 17.363.194
Propõe:
Que o Resultado Líquido negativo apurado no exercício de 2013 e constante no Balanço a 31 de
dezembro de 2013, no valor de € 17.363.194 seja levado a Resultados Transitados.
Beja, 25 de março de 2014
O Conselho de Administração
Eng.º José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema
(Presidente)
Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo
(Vogal)
Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez
(Vogal)
96 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
97 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
2. GOVERNO DA SOCIEDADE
98 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
99 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
OBJETIVOS DE GESTÃO
Para 2013 não existiram orientações e objetivos de gestão aprovados, em conformidade com o
artigo 38.º do DL n.º 133/2013, de 3 de outubro. Apesar da não existência destes objetivos a
EDIA indica, no entanto, os resultados de gestão alcançados durante o exercício de 2013: área
de regadio, perímetros de rega concluídos, adjudicações, concursos lançados e indicadores
financeiros.
Área de Regadio
No quadro seguinte apresentam-se os dados de adesão e consumos dos perímetros de rega sob
gestão da EDIA nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013.
A adesão e os consumos verificados em 2013 registaram um significativo aumento face a 2012.
Estes dados traduzem as dinâmicas de desenvolvimento e promoção do Emprendimento e
espelham o forte contributo do Alqueva para o desenvolvimento verificado na economia
regional e nacional. São motivo de satisfação para todos os intervenientes visto que, mais uma
vez, se prova que o previsto para o Alqueva se está a concretizar no terreno, alcançando-se os
resultados esperados.
Perímetros de rega concluídos
Em 2013 foram concluídos os blocos de rega de Ervidel 2 e 3 (perímetro de Ervidel), os blocos
de Pedrógão 1 e 3 e o bloco de Selmes (perímetro de Pedrógão – margem direita).
(ha) % (ha) % (ha) % (ha) %
Entrada em exploração até 2010 18.754 6.774 36,12 15.016.224 8.901 47,46 23.705.493 10.372 55,31 37.523.993 11.716 62,47 42.512.578
Monte Novo 7.714 3.078 39,90 8.212.824 3.808 49,36 12.977.774 4.769 61,82 20.420.289 5.310 68,84 21.827.070
Alvito - Pisão 8.452 3.081 36,45 6.157.894 4.410 52,18 8.700.842 4.853 57,42 15.121.665 5.562 65,81 17.795.159
Pisão 2.588 615 23,76 645.506 683 26,39 2.026.877 750 28,98 1.982.039 844 32,61 2.890.349
Entrada em exploração em 2011 26.417 7.172 27,15 11.481.334 12.308 46,59 30.682.316 14.464 54,75 41.220.193
Alfundão 4.216 961 22,79 1.235.862 1.503 35,65 3.972.140 1.887 44,76 3.173.823
Ferreira, Figueirinha e Valbom 5.118 765 14,95 1.474.347 1.787 34,92 3.846.783 2.053 40,11 6.557.951
Orada - Amoreira 2.522 857 33,98 2.285.586 2.442 96,83 4.545.827 2.422 96,03 4.897.710
Brinches 5.463 1.640 30,02 1.962.460 2.424 44,37 4.212.673 2.296 42,03 4.677.634
Brinches - Enxoé 4.698 1.992 42,40 3.159.180 2.343 49,87 8.477.543 3.311 70,48 11.816.637
Serpa 4.400 957 21,75 1.363.899 1.809 41,11 5.627.350 2.495 56,70 10.096.438
Entrada em exploração em 2012 3.964 1.636 41,27 3.274.662 2.308 58,22 6.583.745
Loureiro-Alvito 1.050 205 19,52 818.004 406 38,67 2.053.080
Ervidel 1 2.914 1.431 49,11 2.456.658 1.902 65,27 4.530.665
Entrada em exploração em 2013 9.330 2.573 27,58 6.050.482
Ervidel 2 e 3 5.314 1.464 27,55 4.128.525
Pedrógão - Margem Direita 4.016 1.109 27,61 1.921.957
TOTAL 58.465 6.774 11,59 15.016.224 16.073 27,49 35.186.827 24.316 41,59 71.480.971 31.061 53,13 96.366.998
Perímetros de Rega
sob gestão da EDIA
Área Beneficiada
(ha)
Área Inscrita
(ha)Consumos
m3
2010 2011 2012
Área Inscrita
(ha)Consumos
m3
2013
Consumos
m3
Área Inscrita
(ha)Consumos
m3
Área Inscrita
(ha)
100 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Adjudicações em 2013
Tendo em vista a construção do sistema global de abastecimento de água do EFMA, foram
adjudicados os seguintes concursos respeitantes às empreitadas das redes primária e secundária
do EFMA.
Rede Primária Data Adjudicação
Valor de
Adjudicação
(€)
Subsistema Ardila
Circuito Hidráulico Amoreira - Caliços 2.º Trim/2013 19.730.000,00
Circuito Hidráulico Caliços - Pias 2.º Trim/2013 11.194.670,00
Subsistema Pedrógão
Circuito Hidráulico de S. Pedro - Baleizão 2.º Trim/2013 19.952.550,00
Circuito Hidráulico de Baleizão - Quintos 2.º Trim/2013 17.808.719,79
Rede Secundária Data Adjudicação
Valor de
Adjudicação
(€)
Subsistema Alqueva
Blocos de Rega Cinco Reis - Tridade 2.º Trim/2013 17.497.878,00
Rede Viária do Bloco de Rega de Aljustrel 2.º Trim/2013 1.843.390,40
Subsistema Pedrógão
Blocos de Rega de S. Pedro - Baleizão 2.º Trim/2013 20.391.675,24
Blocos de Rega 1, 2 e 3 de Baleizão - Quintos 2.º Trim/2013 16.887.999,99
Blocos de Rega 4 e 5 de Baleizão - Quintos 2.º Trim/2013 22.498.250,53
101 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Concursos lançados em 2013
Tendo em vista a construção do sistema global de abastecimento de água do EFMA, foram
lançados os seguintes concursos de empreitadas das redes primária e secundária do EFMA.
Rede Primária
Data de
Lançamento
do
Concurso Público
Preço Base
(€)
Subsistema Ardila
Cicuito Hidráulico de Caliços-Machados 3.º Trim/2013 21.200.000,00
Subsistema de Pedrógão
Círcuito Hidráulico de São Matias 3.º Trim/2013 19.000.000,00
Rede Secundária
Data de
Lançamento
do
Concurso Público
Preço Base
(€)
Subsistema Alqueva
Bloco de Rega Beringel - Álamo 3.º Trim/2013 10.200.000,00
Bloco de Rega de Beja 3.º Trim/2013 25.575.000,00
Blocos de Barras, Torrão e Baronia Baixo 4.º Trim/2013 8.000.000,00
Blocos de Baronia Alto, Alvito Baixo e Alvito Alto 4.º Trim/2013 15.150.000,00
Blocos de Rega do Roxo - Sado 4.º Trim/2013 17.950.000,00
Subsistema Ardila
Blocos de Rega de Caliços - Machados 3.º Trim/2013 16.900.000,00
Blocos de Rega de Pias 3.º Trim/2013 27.800.000,00
Blocos de Rega de Moura Gravítico 4.º Trim/2013 6.950.000,00
Subsistema de Pedrógão
Blocos 1 e 2 de São Matias 3.º Trim/2013 12.950.000,00
Blocos 3 e 4 de São Matias 3.º Trim/2013 23.485.500,00
102 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Indicadores Financeiros
De acordo com o disposto na resolução de Conselhos de Ministros N.º 70/2008, os indicadores
financeiros que se aplicam à realidade da EDIA constam do quadro seguinte:
Indicadores Financeiros Ano 2013
Eficiência
Custos Operacionais/EBITDA 160,42%
Custos com o Pessoal/EBITDA 67,18%
Taxa de variação dos Custos com o Pessoal 21,29%
Prazo Médio de Pagamentos
Prazo Médio de Pagamentos 79
Evolução (dias) face ao ano anterior (período homólogo) -6
Rentabilidade e Crescimento
EBITDA/Receitas 52,29%
Taxa de crescimento das receitas 18,96%
Remuneração do Capital Investido
Resultado Líquido/Capital investido -4,48%
103 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO
Gestão de risco financeiro, nos termos do Despacho N.º 101/09-SEFT, de 30 de janeiro.
PROCEDIMENTOS ADOPTADOS EM MATÉRIA DE AVALIAÇÃO DE RISCO E
RESPECTIVAS MEDIDAS DE COBERTURA
Diversificação de instrumentos de financiamento, modalidades de taxa de juro disponíveis
e entidades credoras
A EDIA apresenta um investimento realizado acumulado, desde o ano de 1995 até ao final de
2013, de aproximadamente M€ 2.017. O financiamento deste investimento consubstancia-se não
só com capitais próprios e subsídios de investimento (fundos comunitários e PIDDAC), como
também com capitais alheios, através de contratação de empréstimos bancários.
Até à data de 31-12-2013, a estrutura do financiamento é composta por:
Aumentos de capital social no montante de M€ 387,3
Subsídios de Investimento - Fundos Comunitários no montante de M€ 956
Subsídios de Investimento – PIDDAC no montante de M€ 138
Financiamento Bancário no montante de M€ 720,12
Políticas de Gestão do Risco Financeiro
A EDIA, reconhece as diversas áreas de risco financeiro e que podem alterar de forma
significativa o seu valor patrimonial, esses riscos são o risco de taxa de juro e o risco de
liquidez.
Risco de Taxa de Juro
O risco de taxa de juro é normalmente associado às alterações de spreads e a riscos com a
variação de taxa juro. A EDIA nunca subscreveu qualquer cobertura de taxa juro, todo o
financiamento externo está indexado a taxa variável. Na nossa opinião esta politica tem sido
acertada dado que estando o mercado com taxas relativamente baixas, apresenta-se assim, como
uma vantagem face aos maiores encargos decorrentes deste tipo de operação. Estabelecendo
uma análise comparativa dos encargos financeiros ao longo do período de vida de cada
financiamento, conclui-se que a taxa média em 2013 está próxima dos 2,59%, taxa esta,
manifestamente vantajosa face à contratualização deste tipo de instrumentos financeiros,
nomeadamente fixação das taxas de juro.
104 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Análise de Sensibilidade
A análise de sensibilidade da taxa de juro é baseada nos seguintes pressupostos:
Alterações nas taxas de juro afetam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos
financeiros indexados a taxas variáveis;
A análise teve como base os instrumentos financeiros existentes durante o presente
exercício.
Assim tendo em conta os pressupostos, e uma variação das taxas de juros dos instrumentos
financeiros, em 1%, o seu impacto nos Resultados Financeiros, assim como nos Resultados
Líquidos do Exercício seria de (+/-) M€ 7,01 em 2013 e (+/-) M€ 6.8 em 2012.
Risco de Liquidez
Até ao ano de 2010, todas as operações de financiamento externo (capitais alheios) foram alvo
de uma análise cuidada em resultado de uma consulta efetuada à Banca, considerando as
melhores condições de mercado, quer a nível financeiro, quer a nível fiscal, tendo-se sempre
optado por aquela que apresentava a all-in-cost mais favorável para a empresa.
A partir de meados de 2011 surgiu uma nova realidade para a EDIA, com a conjuntura
económico-financeira a nível mundial a degradar-se, o acesso a novos financiamentos tornava-
se cada vez mais dificultado. O downgrade operado ao Estado Português pelas principais
agências internacionais de rating, levou a um aumento do risco de crédito a todas empresas do
SEE, e consequentemente, as margens (spreads) dos financiamentos aumentaram
significativamente.
A partir 2012 de forma a garantir a liquidez necessária para o normal funcionamento da
empresa, quer para assegurar o investimento realizado a ainda para fazer face aos encargos
financeiros, todas as necessidades de financiamento e refinanciamento da EDIA de foram
asseguradas por 5 Bancos (CGD, BES, BCP, BPI e Santander-Totta), fruto de mediação da
Secretaria de Estado do Tesouro e Finanças e da Direção Geral do Tesouro e Finanças e a
respetiva banca.
Com a entrada em vigor do Decreto-Lei 133/2013, no início de Dezembro de 2013, todas as
operações de financiamento da EDIA requerem aprovação da DGTF e parecer do IGCP.
0,00%
1,00%
2,00%
3,00%
4,00%
5,00%
6,00%
2008 2009 2010 2011 2012 2013
Taxa de juro anual - média
105 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
ADOÇÃO DE POLÍTICA ACTIVA DE REFORÇO DE CAPITAIS PERMANENTES
Consolidação do passivo remunerado através da transformação do passivo, de curto em
médio e longo prazo, em circunstâncias de mercado que resultem favoráveis
Em consequência das condições mais favoráveis do mercado, e sempre que a EDIA não tem
possibilidade de obter financiamento através de aumentos de capital, vê-se obrigada a recorrer a
financiamento de capitais alheios, existindo, nessa altura, a preocupação em consolidar o
passivo remunerado de curto prazo para médio e longo prazo. No entanto, no ano de 2013,
devido à conjuntura económico-financeira que se verificou a nível mundial, com reflexos no
financiamento bancário a nível nacional, a EDIA viu-se forçada a contrair apenas empréstimos
de curto prazo junto da banca nacional, no montante de M€ 34,36 (decorrente das negociações
entre a Secretária de Estado do Tesouro e Finanças e os bancos CGD, BES, BCP, BPI e
Santander-Totta, no âmbito do financiamento das empresas do Sector Empresarial do Estado).
Minimização da prestação de garantias reais e de cláusulas restritivas (covenants)
Considerando que o projeto do EFMA se reveste de grande interesse nacional por representar
uma obra de aproveitamento dos recursos hídricos associados ao rio Guadiana e contribuindo
para a promoção e o desenvolvimento económico e social da região do Alentejo, todo o
financiamento da EDIA tem como premissa a garantia pessoal do Estado e uma identificação
dos recursos financeiros estritamente necessários para fazer face ao investimento em
determinado período, de modo a facilitar a obtenção do crédito às melhores condições de
mercado.
Aquando da contratação das operações de financiamento externo, tanto a EDIA como a DGTF
(esta última enquanto representante do acionista único, o Estado) dedicam especial atenção à
minimização das cláusulas restritivas através da análise das peças documentais.
A partir do ano de 2011, devido à conjuntura económico-financeira, e aos constrangimentos de
financiamento bancário a nível nacional, a EDIA contraiu empréstimos de curto prazo, até ao
final de 2013, junto da banca nacional no montante de M€ 161,5, sem garantia do Estado
Português (decorrente das negociações entre a Secretária de Estado do Tesouro e Finanças e os
bancos CGD, BES, BCP, BPI e Santander-Totta no âmbito do financiamento das empresas do
Sector Empresarial do Estado).
MEDIDAS PROSSEGUIDAS COM VISTA À OPTIMIZAÇÃO DA ESTRUTURA
FINANCEIRA DA EMPRESA
A EDIA tem, desde a sua criação, centrado a sua atividade na execução de um conjunto de
infraestruturas que integram o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, das quais se
destacam, pela sua envergadura, as barragens de Alqueva e Pedrógão e respetivas centrais
hidroelétricas, o sistema adutor primário e ainda os blocos de rega que compõem os cerca de
120.000 ha projetados para o EFMA.
106 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Tanto as decisões de investimento como de financiamento da EDIA estão dependentes de
aprovação do Estado, conforme indicado nos pontos seguintes:
Segundo a alínea c) do ponto 1 do Art.º 3 do DL N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, é
objeto social da EDIA “A conceção, execução e construção das infraestruturas que
integram a rede secundária afeta ao Empreendimento, em representação do Estado e de
acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pela Ministra da Agricultura e do
Mar”. O financiamento deverá ser assegurado tal como está definido nos termos do
ponto 2, isto é, “Através do Ministério da Agricultura e do Mar, o Estado assegura o
financiamento e demais condições relativas à atuação da EDIA, no que respeita à
prossecução do objeto definido na alínea c) do número anterior, sendo as respetivas
obras da propriedade do Estado”.
Relativamente à rede primária, no ponto 3 define-se que “A construção das redes
primária e secundária de rega integradas no Empreendimento está dependente de prévia
aprovação dos projetos por parte da Ministra da Agricultura e do Mar, o qual deve
acompanhar todo o respetivo processo, nos termos do regime jurídico das obras de
aproveitamento hidroagrícola.” Existe também, para a execução da rede primária, o
requisito da necessidade de prévia aprovação do Acionista Estado.
Quanto à contração de financiamento e garantias, no ponto 1 do Art.º 8 do mesmo
Decreto-Lei, indica-se que “A contração de financiamentos de médio e longo prazos
pela EDIA carece de autorização do Ministério das Finanças.”.
Na programação dos investimentos e financiamentos do EFMA, a EDIA tem como único fim o
cumprimento dos objetivos atribuídos à empresa pelo Acionista, assim como, no que respeita ao
financiamento, são sempre considerados os fundos comunitários disponíveis nos diversos
programas operacionais destinados ao EFMA, complementado com o recurso a dotações de
capital do Acionista.
Os projetos do EFMA estão contemplados nos principais programas de financiamento
comunitário em curso no País, como sejam o POVT e o PRODER. Relativamente aos
investimentos elegíveis, no POVT está previsto o apoio dos projetos da rede primária a uma
taxa de 85% de Fundo de Coesão, enquanto no PRODER prevê-se o financiamento dos projetos
da rede secundária a uma taxa de 100% (85% de FEADER e 15% de PIDDAC).
Indica-se ainda que o financiamento do Acionista visa, sobretudo, assegurar a contrapartida
nacional dos projetos comunitários e dos custos de funcionamento que refletem, principalmente,
os custos financeiros resultantes da política de financiamento do EFMA.
As receitas geradas pelas atividades de exploração da EDIA, nomeadamente, a componente
energia, que tem como origem a renda do contrato de subconcessão da exploração das centrais
hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão, e a componente água, resultante da exploração de
perímetros de rega desde 2009, são aplicadas essencialmente nas despesas de funcionamento e
manutenção das diversas infraestruturas e equipamentos das diversas áreas negócio, assim como
nos gastos de estrutura da EDIA.
Por fim indica-se que o Empreendimento de Alqueva é um projeto de Potencial Interesse
Nacional (PIN), conforme está indicado no ponto 1 do Art.º 9 do Decreto-lei N.º 42/2007, de 22
de fevereiro.”
107 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
POLÍTICA DE FINANCIAMENTO
Para o período de 2009-2013, a necessidade de financiar as atividades de investimento do
EFMA implicou o recurso a capitais alheios, através da contratação de empréstimos bancários,
com exceção do ano de 2009. A obtenção de recursos financeiros pela via de empréstimos
bancários, empréstimos obrigacionistas, contas correntes caucionadas, entre outros, traduziu-se
num aumento do Total do Passivo Remunerado na ordem dos 21,16%, o que implica um
aumento gradual dos encargos financeiros.
Este aumento resulta da política financeira definida pelo Acionista, assente na contratação de
empréstimos, em detrimento da disponibilização de dotações de capital suficiente para
acompanhar o ritmo dos investimentos. Neste período, foram realizados aumentos de Capital
Social no montante de M€ 95,76, no ano de 2009, para fazer face a um investimento total de
cerca de M€ 586.
O aumento de capital social referido permitiu uma amortização de M€ 93,5 do empréstimo
obrigacionista junto do BNP e do Caixa-BI.
O financiamento bancário está indexado a taxas de juro variáveis, nomeadamente a Euribor,
pelo que a evolução da taxa média de financiamento está diretamente relacionada com a
variação desta taxa. A diminuição acentuada da taxa Euribor permitiu uma significativa redução
da taxa média anual dos financiamentos da EDIA de 2,27% em 2009 para 1,36% em 2010. Por
força da conjuntura internacional que afetou os mercados financeiros, que a EDIA, desde 2011
recorre a empréstimos bancários de curto prazo. No entanto, em 2013, embora as taxas
indexantes apresentem mínimos históricos, os spreads dos financiamentos de curto prazo
apresentam-se muito superiores, relativamente aos empréstimos de longo prazo (entre 4,75% e
8%) o que justifica a taxa média de 2,59%.
De referir o aumento de financiamento bancário no ano de 2013 em cerca de 4%, face ao ano
anterior, cumprindo assim a EDIA, os limites máximos de acréscimo de endividamento para
2013 (4%) de acordo com o Plano de Estabilidade e Crescimento, aprovado pela resolução da
Assembleia da República N.º 29/2010, de 12 de Abril, e explicitado pelo despacho N.º 510/10-
SEFT, de 1 de Junho.
Anos 2009 2010 2011 2012 2013
Encargos Financeiros (€) 13.482.680,00 8.600.636,80 16.976.555,60 20.240.882,60 18.618.530,90
Taxa Média Financiamento (%) 2,27% 1,36% 2,58% 2,93% 2,59%
108 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
LIMITES MÁXIMOS DE ACRÉSCIMO DE ENDIVIDAMENTO
Limites Máximos de Acréscimo de Endividamento definidos para 2013, no Despacho N.º
155/2011-MEF, de 28 de abril.
Quanto ao limite de variação de endividamento previsto de 4% no PEC, informamos que em
2013 o aumento de endividamento foi de 4%, conforme quadro seguinte:
EVOLUÇÃO DO PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO
Evolução do Prazo Médio de Pagamentos (PMP), em conformidade com a RCM N.º 34/2008,
22 de fevereiro, com as alterações introduzidas pelo Despacho 9870/2009, de 13 de abril,
aprova o Programa “Pagar a Tempo e Horas” que visa reduzir os prazos médios de pagamento
praticados por entidades públicas a fornecedores de bens e serviços. Esta resolução estabelece a
fórmula a usar para o cálculo do Prazo Médio de Pagamento (PMP) registado no final de cada
trimestre, incumbindo à Direção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) efetuar o apuramento do
mesmo e publicitá-lo na sua página eletrónica na internet.
Apresenta-se, de seguida, o PMP da EDIA, S.A (por trimestre) para os anos de 2012 e 2013
(segundo fórmula da DGTF):
Durante o ano de 2013 conseguiu-se uma redução no Prazo Médio de Pagamento, face aos
prazos apresentados em 2012, traduzindo-se numa redução na ordem de 7,06% comparando o 4º
trimestre de 2013 com o 4º trimestre de 2012.
Passivo Remunerado (€) 2012 2013 Var. absol. Var. %
Passivo não corrente
Financiamentos obtidos 543.697.068,00 537.476.687,50 -6.220.380,50 -1,14%
Passivo corrente
Financiamentos obtidos 147.939.502,00 181.821.747,50 33.882.245,50 22,90%
Total Passivo Remunerado 691.636.570,00 719.298.435,00 27.661.865,00 4,00%
1.º T 2.º T 3.º T 4.º T 1.º T 2.º T 3.º T 4.º T
Prazo 89 84 84 85 82 83 84 79
Var. (%) 4.º T
2013/4.º T 2012
-7,06%
2013 2012PMP
109 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
ATRASOS NOS PAGAMENTOS (“ARREARS”)
O ponto 2 do artigo 33.º do Decreto-Lei N.º 29-A/2011 de 01 de março obriga as empresas
públicas, com um prazo médio de pagamento superior a 90 dias, a divulgar, trimestralmente a
lista atualizada das suas dívidas certas, líquida e exigíveis há mais de 60 dias.
Nos termos do art.º 183 da Lei N.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, compete aos órgãos de
gestão das entidades dos sectores público administrativo e empresarial “assegurar a divulgação,
nas respetivas páginas eletrónicas, da situação no final de cada semestre (…) devendo
identificar, designadamente, os montantes em dívida para cada prazo, agrupados segundo a
natureza de bem ou serviço fornecido”.
As dívidas a reportar referem-se aos fornecimentos dos bens e serviços cujo pagamento esteja
em atraso, conforme a definição do Decreto-Lei N.º 65-A/2011, de 17 de maio: “o não
pagamento de fatura correspondente ao fornecimento dos bens e serviços no artigo seguinte
após o decurso de 90 dias, ou mais, sobre a data convencionada para o pagamento de fatura ou,
na sua ausência, sobre a data constante da mesma”.
Em conformidade com o disposto, apresenta-se, a lista final e identificação dos atrasos de
pagamento da EDIA, S.A, a 31 de dezembro de 2013, segundo fórmula da DGTF:
DILIGÊNCIAS TOMADAS E RESULTADOS OBTIDOS NO ÂMBITO DO
CUMPRIMENTO DAS RECOMENDAÇÕES DO ACIONISTA
Tendo em consideração o alinhamento do Setor Empresarial do Estado (SEE) com a
administração pública, designadamente no que concerne à política de redução de custos e
contenção salarial e relativamente ao cumprimento das recomendações do Acionista, no âmbito
das orientações genéricas emitidas na assembleia geral de 11 de julho de 2013, informa-se que:
O Órgão de Administração da EDIA ficou incumbido de diligenciar “(…) no sentido de
proceder à redução remuneratória relativa ao Auditor Externo, nos termos
estabelecidos no artigo 26.º da Lei n.º 64-B/2011 de 30 de dezembro, no sentido de dar
cumprimento integral ao “Principio da Unidade de Tesouraria do Estado”
estabelecido no artigo 124.º da Lei n.º 66-B/2012 de 31 de dezembro”. Neste âmbito,
clarifique-se que a EDIA celebrou em 2012 um contrato por um período de 3 anos, no
valor total de 90.450,00 €, o que perfaz, anualmente, um montante de 30.150,00 € para
o triénio 2012-2014. Esta renegociação representa uma redução relativa face ao ano de
2011, no valor de 3.350 € (33.500,00 € - remuneração anual auferida).
90-120 dias 120-240 dias 240-360 dias > 360 dias
Aquisição de Bens e Serviços 1.589.057,83 81.717,67 24.398,43 43.081,11 38.988,43
Aquisição de Capital
Total 1.589.057,83 81.717,67 24.398,43 43.081,11 38.988,43
Dívidas vencidas de acordo com Art. 1.º DL 65-A/20110-90 diasDividas Vencidas
110 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
O representante do Acionista Estado votou favoravelmente a Declaração sobre Política
de Remuneração dos membros dos Órgão de Administração e Fiscalização da EDIA,
datada de 14 de junho de 2013, e apresentada pela Comissão de Fixação de
Remunerações da Empresa, em cumprimento do disposto no artigo 2.º, da Lei N.º
28/2009, de 19 de junho. De acordo com a mencionada Declaração o cumprimento do
preceituado no artigo 2.º da Lei N.º 28/2009, de 19 de junho. De acordo com a
mencionada declaração, a comissão de vencimentos declara que, em cumprimento do
preceituado no artigo 37.º da Lei n.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, que aprovou o OE
para 2013, durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira a
Portugal (PAEF), não haverá lugar à atribuição de prémios de gestão. Mais declara que
o “pagamento do subsídio de férias será efetuado nos moldes que vieram a ser
definidos no orçamento retificativo e o subsídio de Natal é pago mensalmente por
duodécimos. As remunerações a auferir efetivamente pelos membros do Conselho de
Administração e Órgão de Fiscalização não podem exceder os montantes atribuídos à
data de 01 de março de 2012, data de entrada em vigor da Resolução do Conselho de
Ministros n.º 16/2012.”
Relativamente à política de recursos humanos, e na sequência das orientações transmitidas pela
tutela, a Empresa tem vindo a reduzir o seu número global de colaboradores, optando, quase
sempre, pela redistribuição de tarefas entre os recursos já ao serviço da Empresa, através da
mobilidade interna, sendo o quadro de pessoal da EDIA, em 31 de dezembro de 2013, composto
por 187 colaboradores (no final de janeiro de 2014 irá ser reduzido para 186), sem prejuízo do
desenvolvimento dos trabalhos normais da EDIA. Estas medidas inserem-se num contexto
caracterizado pela particular necessidade de adotar um regime remuneratório que traduza uma
efetiva contenção de custos e moderação salarial, com total transparência no que se refere à
definição das políticas remuneratórias aplicadas, de modo coerente com a estratégia e a natureza
da atividade da Empresa e de forma consistente com uma eficiente gestão dos riscos associados
à sua atividade.
Em 2013 destaque-se ainda, a 18 de outubro, a alteração do organograma da Empresa e a
tomada de posse do novo Presidente do Conselho de Administração da Empresa a 02 de
dezembro.
No que respeita à elaboração das demonstrações e mapas financeiros dos Relatórios de Gestão,
e com objetivo de que as contas da Empresa evidenciem uma imagem atual, completa, objetiva
e apropriada dos seus resultados, posição financeira e situação económico - financeira da EDIA
e do Grupo EDIA, foi dado cumprimento às indicações constantes nas respetivas Certificações
Legais das Contas, elaboradas por Auditor registado na CMVC, tendo-se procedido à
incorporação das orientações nelas constantes, e atendido, designadamente, às recomendações e
ênfases expressas nos referidos documentos, tendo em consideração as orientações definidas
pelo Acionista e a atual fase de desenvolvimento do Empreendimento.
111 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
REMUNERAÇÕES
Órgãos Sociais
(*) O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais foi alterado em
2013, relativamente ao total de remunerações recebidas anualmente, tendo-se mantido no que
respeita ao valor de cada remuneração. No âmbito da aprovação de um conjunto de medidas
adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice
excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade
e Crescimento (PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista
no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho e no Art.º 19.º da Lei 55-A/2010
de 31 de dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos
gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local
e regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% e 10%,
PresidenteSenha de Presença no valor de 645,77 euros (por reunião de Assembleia Geral,
normalmente uma por ano)
SecretárioSenha de Presença no valor de 387,97 euros (por reunião de Assembleia Geral,
normalmente uma por ano)
Honorários - 40.000,00€
Despesas de deslocação (transporte e alojamento), conforme Art.º59 do Estatutos do ROC.
Honorários Presidente - 20% da remuneração fixa do Presidente do Conselho de
Administração
Honorários Vogais - 15% da remuneração fixa do Presidente do Conselho de
Administração
Remuneração com redução de (5% ) - 5.192,16€
Remuneração com redução de (5% +10% ) - 4.672,94€
Viatura de Serviço (limite de aquisição de 40.000,00€); Motorista; Telemóvel (limite mensal de 95,00€) ;
Seguro de Saúde (311,28€ por ano); Seguro de Acidentes Pessoais (264,00€ por ano)
VOGAIS
Remuneração de 4.675,41€ (14 vezes no corrente ano) (*)
Remuneração com redução de (5% ) - 4.441,64€
Remuneração com redução de (5% +10% ) - 3.997,48€
Viatura de Serviço (limite de aquisição de 40.000,00€); Telemóvel (limite mensal de 95,00€) ;
Seguro de Saúde (311,28€ por ano); Seguro de Acidentes Pessoais (264,00€ por ano)
ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO
Revisor Oficial de Contas
Conselho Fiscal
ESTATUTO REMUNERATÓRIO FIXADO
MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
(Administradores Executivos)
PRESIDENTE
Remuneração de 5.465,43€ (14 vezes no corrente ano) (*)
112 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
respetivamente. Posteriormente, e por força do Acórdão nº 187/2013 do Tribunal
Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade do artº. 29º - Suspensão do pagamento dos
subsídios de férias ou equivalente - da Lei nº66-B/2012, de 31 de dezembro, foi também reposto
o pagamento dos subsídios de férias. No entanto, e nos termos do previsto no Artigo 28.º da Lei
N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, foi reposto o pagamento do subsídio de Natal, em
duodécimos. Durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF),
como medida excecional de estabilidade orçamental foi suspenso, em 2012, o pagamento de
subsídios de férias e de Natal ou quaisquer prestações correspondentes aos 13.º e 14.º meses,
conforme determinado pelo OE 2012, nos termos do Art.º 21 da Lei 64-B/2011 de 30 de
dezembro.
Mesa da Assembleia Geral
Conselho de Administração
Mandato
(Início - Fim) Bruta(2) Reduções (Lei
OE)
Bruta após
reduções
(2012 - 2014) Presidente Carlos Alberto Martins Portas 645,77 645,77 0 645,77
(2012 - 2014) Secretário José Pedro da Silva Martins - - - -
(2012 - 2014) Secretária Cristina maria Pereir Freire 387,97 387,97 0 387,97
Legenda:
(1) - Valor da Senha de presença fixada
(2) - Antes de reduções remuneratórias
Cargo Nome
Estatuto
Remuneratório
Fixado (€)(1)
Remuneração Anual (€)
Mandato Cargo Nome
(Início - Fim) Doc. (1)
Data
(2012 - 2014) Presidente João Cláudio Cabral de Oliveira Basto AG 08-03-2012
(2012 - 2014) Presidente José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema DSU 02-12-2013
(2012 - 2014) Vogal Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo AG 08-03-2012
(2012 - 2014) Vogal Jorge Manuel Vazquez Gonzalez AG 08-03-2012
Legenda: (1) Indicar Resolução (R)/AG/DUE/Despacho (D)/Deliberação Social Unânime por escrito (DSU)
Designação
Fixado Classificação VencimentoDespesas
Representação
Identificar
EntidadePagadora
[S/N] [A/B/C] [Identifica/n.a.] [O/D]
João Cláudio Cabral de Oliveira Basto S B 5.465 0 - -
José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema S B 5.465 0 - -
Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo S B 4.675 0 - -
Jorge Manuel Vazquez Gonzalez S B 4.675 0 - -
Nota: EGP - Estatuto do Gestor Público; OPRLO - Opção pela Remuneração do Lugar de Origem; O/D: Origem/Destino
OPRLOEGP
Valor (mensal)
Nome
113 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Variável Fixa** Outra ***Redução Lei
12-A/2010
Redução
(Lei OE)
Redução Anos
Anteriores*
Bruta após
Reduções
João Cláudio Cabral de Oliveira Basto - 70.595 1.487 3.530 5.755 - 61.311
José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema - 5.883 - 294 480 - 5.109
Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo - 56.105 - 2.805 5.330 - 47.970
Jorge Manuel Vazquez Gonzalez - 56.105 - 2.805 5.330 - 47.970
Nota: Redução de anos anteriores: refere a remunerações regularizadas no ano em referencia pertencentes a anos anteriores
* Indicar os motivos subjacentes a este procedimento
** Incluir a remuneração + despesas de representação
*** Valor correspondente a férias não gozadas
Nome
EGP
Identificar Valor Identificar Valor
João Cláudio Cabral de Oliveira Basto 1.718 Seg. Social 15.695 285 - 242 - -
José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema 135 Seg. Social 1.323 26 - 22 - -
Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo 2.186 Seg. Social 13.388 311 - 264 - -
Jorge Manuel Vazquez Gonzalez 2.019 Seg. Social 13.388 311 - 264 - -
Outros
Beneficios Sociais (€)
Nome Sub. RefeiçãoRegime de Proteção Social
Seguro de
Saúde
Seguro de
Vida
Seguro de
Acidentes
Pessoais
Entidade Função Regime BrutaRedução
(Lei OE)
Bruta após
Reduções
João Cláudio Cabral de Oliveira Basto - - - - - -
José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema - - - - - -
Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo - - - - - -
Jorge Manuel Vazquez Gonzalez - - - - - -
Nota: No caso do exercicio de funções ser em regime privado colocar n.a. (não aplicável) nos campos das reduções
Nome
Acumulação de Funções - Valores Anuais (€)
Plafond Mensal
DefinidoValor Anual Observações
João Cláudio Cabral de Oliveira Basto 95 1.141 -
José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema 95 0 -
Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo 95 325 -
Jorge Manuel Vazquez Gonzalez 95 421 -
Nome
Gastos com Comunicações - Móveis (€)
Viatura AtribuidaCelebração do
contrato
Valor de
Referência da
Viatura
Modalidade (1) Ano Início Ano Termo N.º Prestações
Valor da
Renda
Mensal
Valor Anual
João Cláudio Cabral de Oliveira Basto 11-05-2009 33.319 Leasing 2009 2013 48 835 10.017
José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema 11-05-2009 33.319 Leasing 2009 2013 48 835 10.017
Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo 05-03-2007 39.917 Leasing 2007 2011 - - -
Jorge Manuel Vazquez Gonzalez 05-03-2007 39.917 Leasing 2007 2011 - - -
Encargos com Viaturas
114 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Fiscalização
Conselho Fiscal
Combustivel PortagensOutras
ReparaçõesSeguro
João Cláudio Cabral de Oliveira Basto 7.500 5.453 3.531 2.207 2.452 -
José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema 7.500 438 185 160 223 -
Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo 7.500 4.197 774 2.257 1.389 -
Jorge Manuel Vazquez Gonzalez 7.500 4.354 2.800 2.355 1.389 -
Nome
Plafond
Mensal
definido para
Gastos anuais associados a Viaturas (€)
Observações
Identificar Valor
João Cláudio Cabral de Oliveira Basto - 4.978 2.571 - - 8.121
José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema - 453 - - - 453
Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo - 262 3.195 - - 3.457
Jorge Manuel Vazquez Gonzalez - 4.617 3.699 - - 8.316
Nome Gasto Total
com Viagens
(Σ)
Gastos anuais associados a Deslocações em Serviço
Deslocações
em Serviço
OutrasAjudas de
Custo
Custo com
Alojamento
Mandato
(Início - Fim) Doc. (1) Data
(2012 - 2014) Presidente António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves AG 08-03-2012 1.093
(2012 - 2014) Vogal Orlando José Manuel de Castro Borges AG 08-03-2012 820
(2012 - 2014) Vogal Nelson Manuel Costa dos Santos DSU 27-03-2013 820
(2012 - 2014) Vogal Suplente Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio AG 08-03-2012 -
Legenda: (1) Indicar AG/DUE/Despacho/Deliberação Social Unânime por escrito(DSU)
Cargo Nome
Designação Estatuto
Remuneratório
Fixado
(mensal)
BrutaRedução
(Lei OE)
Bruta após
Redução
António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves 14.538 1.125 13.413
Orlando José Manuel de Castro Borges 10.904 844 10.060
Nelson Manuel Costa dos Santos 8.400 591 7.809
Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio - - -
Nome
Remuneração Anual (€)
115 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Revisor Oficial de Contas
Nota:
Celebrou-se um contrato em 2012, por um período de 3 anos, no valor total de € 120.000,00, o que perfaz, anualmente, um montante
de € 40.000,00 para o triénio 2012-2014.
Auditor Externo
Nota:
Em 2012 celebrou-se um contrato por um período de 3 anos, no valor total de € 90.450,00, o que perfaz, anualmente, um montante de € 30.150,00 para o triénio 2012-2014.
Restantes Colaboradores
No âmbito dos recursos humanos, a EDIA manteve em 2013, e por força da aplicação do
número 1 do artigo 27.º da Lei 66-B/2012 de 31 de dezembro (LOE 2013), as reduções salariais
estabelecidas pela Lei do Orçamento de Estado de 2011 e que abrangem, recorde-se, todas as
remunerações de valor superior a € 1.500,00. Por outro lado, e por força da aplicação do artigo
28.º da mesma Lei, em 2013 foi reposto o pagamento do subsídio de natal, em duodécimos. Por
último, e nos termos do Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 187/2013 de 22 de abril de 2013
que declarou inconstitucional o artigo 29.º da LOE 2013, foi também reposto o pagamento do
(Início - Fim)
(2012 - 2014)Revisor Oficial
de Contas
Oliveira, Reis& Associados, Sociedade de
Revisores Oficiais de Contas, Lda.
Representado pelo Dr José Vieira dos Reis
23 329 AG de 2012 04-05-2012 120.000 120.000 1
Legenda: (1) Indicar AG/DUE/Despacho (D)
(2) O Auditor Externo da EDIA junto da CMVM é o ROC.
Notas: Suplente (SROC e ROC) não existe
Remuneração (€) N.º de
Mandatos
exercidos na
Sociedade
Nome NúmeroN.º Registo na
CMVM (2) Doc.
(1) Data Limite fixado Contratada
Mandato
Cargo
Identificação SROC/ROC Designação
BrutaRedução (Lei
OE)
Bruta após
Redução
Oliveira, Reis& Associados, Sociedade de
Revisores Oficiais de Contas, Lda. Representado
pelo Dr José Vieira dos Reis
40.000 - 40.000
Nome
Remuneração Anual (€)
Nome
N.º de
Inscrição na
OROC
N.º Registo
na CMVM (1) Data Período
Valor da
Prestação de
Serviços
Redução
(Lei OE)
Bruta após
Reduções
BDO &
Associados29 - 17-07-2012 2012 - 2014 30.150 - 30.150
Legenda: (1) O Auditor Externo da EDIA junto da CMVM é o ROC.
Identificação do Auditor Externo
(SROC/ROC)Data da Contratação Remuneração Anual (€)
116 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
subsídio de férias, o qual foi processado nos termos do disposto nos artigos 2.º e 6.º Lei 39/2013
de 21 de junho.
ESTATUTO DO GESTOR PÚBLICO
Em consonância com o estipulado no artigo 32.º do Estatuto do Gestor Público (EGP), e
conforme republicado pelo Decreto-Lei N.º 8/2012, de 18 de janeiro, designadamente, no que
respeita à aplicação do disposto nos números 1.º e 2.º do artigo 32.º do antedito decreto-lei, o
Conselho de Administração da EDIA não utiliza cartões de crédito, ou outros instrumentos de
pagamento utilizados pelos gestores públicos, tendo por objeto a realização de despesas ao
serviço da EDIA, nem aufere reembolsos de quaisquer despesas que caiam no âmbito do
conceito de despesas de representação pessoal.
CONTRATAÇÃO PÚBLICA
No que respeita à aplicação das Normas de Contratação Pública, a EDIA está sujeita à aplicação
do Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei N.º 18/2008, de 29 de
janeiro, por força do disposto no respetivo artigo 2.º, N.º 2, alínea a). Na aplicação das normas
da contratação pública, a EDIA norteia-se pelos princípios da igualdade, da não discriminação e
da transparência enunciados no artigo 2.º da Diretiva N.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 31 de março, sem perder de vista outros valores igualmente relevantes como
sejam a economicidade ou boa gestão financeira dos recursos públicos e a seleção da proposta
mais conveniente para o interesse público. As decisões que autorizam a realização de despesa
suportam-se em informações onde é justificada a necessidade de contratar e proposto o
procedimento mais adequado, seguindo a tramitação prevista no CCP e as regras de
procedimento estabelecidas em regulamento interno, tendo presente a necessidade de desagregar
funções e objetivar as peças de cada procedimento, em particular ao nível da definição do
respetivo critério de adjudicação. Foram ainda incorporadas, nos procedimentos de contratação
pública implementados na EDIA, as orientações constantes do Despacho N.º 438/10-SETF, de
10 de maio.
Desde há vários anos a esta parte que a EDIA tem vindo a implementar um conjunto de medidas
que permitiram uma redução significativa do custo de compras médio por colaborador
antecipando-se, desta forma, algumas das medidas agora abordadas. Por outro lado, e na
sequência da implementação destas medidas e concomitante efeito verificado em termos de
redução de custos, tem sido motivo de principal preocupação a sua manutenção, não tendo sido
igualmente descuradas as possibilidades que surgem no âmbito de eventuais reduções adicionais
desses custos. Paralelamente, foi implementada a desmaterialização integral dos procedimentos
adjudicatórios previstos no CCP comummente utilizados na Empresa, ou seja, o concurso
público e o ajuste direto segundo o regime geral ali previsto. O desenvolvimento dos referidos
procedimentos em plataforma eletrónica está agora em sintonia com a desmaterialização já
operada no âmbito da gestão documental interna da Empresa.
No plano mais concreto da realização da despesa com a aquisição de serviços, foi deliberado
pelo Conselho de Administração que, para a realização de despesas cujo valor estimado seja
superior a € 5.000,00, o recurso ao procedimento de ajuste direto implicará sempre o convite a
pelo menos cinco entidades, só se admitindo o convite a um universo inferior de interessados
117 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
em casos excecionais e devidamente fundamentados, sujeitos a autorização pelo Conselho de
Administração.
Ainda no âmbito dos manuais de aquisição de bens ou serviços, e indo de encontro também às
preocupações subjacentes ao ofício-circular N.º 6132, de 06.08.10, da DGTF, já se havia
determinado que, nos contratos de prestação de serviços de valor igual ou superior a €
125.000,00 (s/IVA), a adjudicação deve ser precedida de justificação da necessidade de
contratar, tanto do ponto de vista económico, como da ausência de soluções internas, bem como
da explicitação dos objetivos que se pretende alcançar do ponto de vista de uma análise custo-
benefício.
Neste momento foi já incorporada no respetivo manual de procedimentos interno, a necessidade
de dar cumprimento, logo na preparação da informação que sustenta e propõe determinada
aquisição, o cumprimento do disposto no artigo 127.º do CCP (na redação da Lei N.º 64-
B/2011, de 30 de dezembro, com início de vigência em 1 de janeiro de 2012), nos termos do
qual a publicitação no portal dos contratos públicos, de todos os contratos celebrados por ajuste
direto e com um valor igual ou superior a € 5.000,00, deve conter a fundamentação da
necessidade de recurso ao ajuste direto, em especial sobre a impossibilidade de satisfação da
necessidade por via dos recursos próprios da Administração Pública.
No ano de 2013, a EDIA adjudicou contratos de valores superiores a € 5.000.000,00.
Por outro lado, e no que respeita à justificação da realização de cada despesa, foi dado corpo à
necessidade de recorrer a procedimentos concorrenciais, exigindo-se, nos manuais de aquisição
de bens ou serviços em vigor na empresa, que a opção pelo procedimento de convite a uma
Rede PrimáriaValor de Adjudicação
(€)
Subsistema Ardila
Circuito Hidráulico Amoreira - Caliços 19.730.000,00
Circuito Hidráulico Caliços - Pias 11.194.670,00
Subsistema Pedrógão
Circuito Hidráulico de S. Pedro - Baleizão 19.952.550,00
Circuito Hidráulico de Baleizão - Quintos 17.808.719,79
Rede SecundáriaValor de Adjudicação
(€)
Subsistema Alqueva
Blocos de Rega Cinco Reis - Tridade 17.497.878,00
Subsistema Pedrógão
Blocos de Rega de S. Pedro - Baleizão 20.391.675,24
Blocos de Rega 1, 2 e 3 de Baleizão - Quintos 16.887.999,99
Blocos de Rega 4 e 5 de Baleizão - Quintos 22.498.250,53
118 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
única entidade tenha sempre a acompanhá-la uma justificação técnica, económica, de urgência
ou outra, para que não se alargue o universo de concorrentes.
Definida a orientação para que o fator preço assuma um peso crescente nos critérios de
adjudicação procurou-se, por essa via, a obtenção de ganhos não só de eficiência e
racionalização, mas também de transparência. Foi ainda implementada uma aplicação
informática que facilita, logo aquando da seleção e proposta das entidades a convidar, o controlo
dos limites estabelecidos pelo n.º 2 do artigo 113.º do Código dos Contratos Públicos.
No que respeita à recomendação de incentivar as empresas a auscultar as suas competências
internas, ao longo do presente relatório são efetuadas diversas referências ao esforço
significativo desenvolvido pela EDIA no sentido de desenvolver a sua atividade com os mesmos
ou, se possível, com um menor número de recursos, estratégia que, em 2013, sem por em causa
a prossecução das atividades programadas.
Por último, e considerando o despacho n.º 10754/2011 de 19 de agosto do Ministério da
Agricultura, do Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (MAMAOT), onde se identificam
as medidas de contenção orçamental e de limitação de despesa pública no âmbito deste
Ministério articulado com todas as orientações emanadas da Tutela Financeira relativamente às
medidas de controlo e execução de despesa pública, as competências para a realização de
despesas e matéria de aquisição de bens e serviços encontram-se definidas na Ordem de Serviço
N.º 1/2013, que tem como objetivo estabelecer regras claras e eficazes para a gestão dos
recursos financeiros da Empresa. Este documento define de forma detalhada:
Uma hierarquia escalonada de delegação de competências por níveis de
responsabilidades; e
A forma de aprovação, conferência e validação da despesa realizada.
SISTEMA NACIONAL DE COMPRAS PÚBLICAS
A EDIA, no aprovisionamento dos bens e serviços necessários à sua atividade, cumpre
escrupulosamente a legislação em vigor e as orientações emanadas pelo seu Acionista. A
existência de um modelo de governo claramente conhecido por todos os colaboradores, com
atribuições diversificadas de competências, e de serviços centrais de compras, permitem a
obtenção de economias de escala que se têm vindo a revelar eficientes e vantajosas na gestão da
Empresa. Destacam-se, nesta matéria, os resultados obtidos na área da prestação de serviços de
informática, de comunicações móveis, de gestão do património e de consumíveis.
Referencie-se, de igual modo, que a EDIA já procedeu à desmaterialização de todo o ciclo de
procedimento de contratação pública. A nível interno desde a autorização da despesa, validada
sobre a plataforma de gestão documental e apoiada no SAP e ao nível da relação com os
fornecedores pela utilização de uma plataforma eletrónica de contratação pública, interligada
com o Portal Oficial dos Contratos Públicos.
Por outro lado, com a progressiva entrada da empresa em fase de exploração, e tendo em conta a
necessidade de contribuir para racionalização dos gastos e desburocratização dos processos
públicos de aprovisionamento, a EDIA aderiu ao Sistema Nacional de Compras Públicas
(SNCP), através da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, I.P. (eSPap),
119 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
procedendo à avaliação das vantagens que possam advir desta modalidade de provimento de
bens e serviços.
Por fim, foi definida a orientação para que o fator preço assuma um peso crescente nos critérios
de adjudicação adotados, procurando por essa via ganhos não só de eficiência e racionalização
mas também de transparência.
PARQUE DE VEÍCULOS DO ESTADO
Relativamente ao parque de veículos do Estado, a EDIA possui, atualmente, 62 viaturas,
referencie-se o desenvolvimento de algumas medidas, tais como:
Não permitir o abastecimento utilizando combustíveis aditivados;
Manter o alargamento dos prazos contratuais AOV (Aluguer Operacional de Veículos)
para o prazo máximo de 54 meses, quando possível; e
Manutenção de modelos de viaturas de gama inferior, nos respetivos contratos AOV,
permitindo assim, valores de renda mais baixos.
MEDIDAS DE REDUÇÃO DE GASTOS OPERACIONAIS (Oficio circular n.º 7896, de 8
de outubro, Instrumentos Previsionais de Gestão-2013)
Em 2013, a redução dos custos operacionais promovida pela EDIA foi de 36,88% relativamente
ao valor registado em 2010 o que gerou uma poupança superior aos 15% estipulados pelo Plano
de Redução de Custos Operacionais, por outro lado também se assegurou a redução desses
custos no volume de negócios.
No que diz respeito a deslocações, ajudas de custo e alojamento a EDIA também cumpre com o
estipulado, já nas comunicações ultrapassa-se o definido, embora apresente uma redução de
39,31%, justificado pelo aumento da área de exploração (68.000 ha), tendo como consequência
um aumento das necessidades de comunicações de voz, de dados (telegestão) e gastos postais.
Cumprimento
Absoluta % Identificar [S/N]
CMVMC (m€) 28,50 16,18 11,57 10,68 15,18 -1,00 -6,19%
FSE (m€) 140.090,78 60.896,23 49.744,24 44.588,40 36.257,47 -24.638,76 -40,46%
Deslocações/Estadas 64,21 34,90 36,97 22,69 32,72 -2,18 -6,27% S
Ajudas de custo 182,19 153,29 62,3 31,04 32,58 -120,71 -78,74% S
Comunicações 121,00 188,25 156,99 121,7 114,25 -74,00 -39,31% N
Gastos com o pessoal (m€) 6.486,84 6.357,99 5.555,02 5.101,72 6.187,84 -170,15 -2,68%
Total 146.606,12 67.270,40 55.310,83 49.700,80 42.460,49 -24.809,91 -36,88 S
Volume dee Negócios (m€) 14.084,89 11.714,19 13.244,62 14.806,10 17.613,30 5.899,11 50,36%
Peso dos Gastos no VN (%) 1040,88% 574,28% 417,61% 335,68% 241,07% -333,19% -58,02% S
Variação 2013/2010PRC 2009 2010 2011 2012 2013
120 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Na sequência das orientações transmitidas pela Tutela, a Empresa, apesar de assegurar uma
forte componente da atividade de exploração dos perímetros de rega e de prosseguir a
construção das infraestruturas da rede primária e da rede secundária, conforme a programação
das atividades aprovados pelo acionista, tem vindo a reduzir o seu número global de
colaboradores, privilegiando a redistribuição de tarefas entre os funcionários já ao seu serviço,
através da adoção de políticas de mobilidade interna. De facto, em 31 de dezembro de 2010, o
quadro de pessoal da EDIA era composto por 194 colaboradores, no final de 2011 era de 192
colaboradores, tendo passado para 188 em 2012 e, por último, para 187 colaboradores no final
de 2013.
Em conformidade com os seus objetivos e estatutos, o forte empenho dos recursos humanos da
EDIA demonstrou-se, de forma particularmente expressiva, pelo reforço da valorização e
introdução dos conceitos de flexibilidade e polivalência no interior da organização, facto que
deu origem à transferência de colaboradores entre áreas, reforçando as áreas de exploração e a
nova área comercial, de promoção do regadio. A política prosseguida pela EDIA ao longo do
ano focou-se no redireccionamento de alguns dos seus recursos humanos para novas áreas de
atuação da organização, através da reconversão das tarefas pelos quais os mesmos passaram a
ser responsáveis. Realce-se que este aumento e diversificação das atividades da Empresa se
efetuou com base num quadro de pessoal que se encontra estabilizado, tendo mesmo ocorrido,
em 2013, um decréscimo no número total de colaboradores.
PRINCÍPIO DA UNIDADE DE TESOURARIA DO ESTADO
Para ir de encontro ao cumprimento do princípio de unidade de tesouraria previsto no artigo 28º
do Decreto-Lei nº133/2013, de 3 de outubro, a EDIA procedeu à abertura de contas bancárias
no Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I. P. (IGCP), com o intuito de manter
as suas disponibilidades e aplicações financeiras na referida entidade.
RECOMENDAÇÕES RESULTANTES DE AUDITORIAS DO TRIBUNAL DE CONTAS
Não obstante o Tribunal de Contas não ter procedido a nenhuma auditoria no decurso de 2013 e,
por esse motivo, não terem havido recomendações deste órgão de soberania, referenciam-se, no
entanto, as observações, apresentadas no Relatório de Auditoria do Tribunal de Contas N.º
32/10/2.º S, subordinado ao tema “Despesas de consultoria a entidades do SEE”: que, pelo seu
carácter transversal se aplicam, genericamente, no âmbito de atuação da Empresa, às atividades
levadas a cabo pela EDIA:
Número de R.H. sem Órgãos Sociais (O.S.) 168 166 162 160
Número de cargos dirigentes sem O.S. 26 26 26 27
Número de Órgãos Sociais 7 7 5 6
GastosTotais com pessoal 6.357.987,45 5.555.015,65 5.101.717,02 6.187.838,65
Gastos com Órgãos Sociais 333.583,77 299.074,97 287.446,99 300.828,63
Gastos com Dirigentes sem O.S. 1.444.021,41 1.339.481,14 1.149.713,61 1.570.887,21
Gastos com R.H. sem O.S. e sem Dirigentes 4.580.382,27 3.916.459,54 3.664.556,42 4.316.122,81
Rescisões / Indemnizações (€) 0,00 0,00 0,00 80.000,00
Quadro de Pessoal 2010 2011 2012 2013
121 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Introduzir maior rigor na elaboração dos seus instrumento previsionais de gestão, o que
significa, neste domínio, inscrever e fundamentar nos seus planos estratégicos e/ou de
atividades, as necessidades de recurso a serviços externos de consultadoria evitando
abordagens casuísticas ao processo de adjudicação destes serviços;
Emitir orientações para que se apresente, num documento, a definição das necessidades
a serem suprimidas, os objetivos a atingir, âmbito de cada serviço e a sua exata
transmissão ao consultor, tendo em vista estimular a competição e a obtenção de maior
valor para a Empresa;
Realizar reuniões de briefing com os concorrentes, por forma a melhorar o caderno de
encargos e as propostas apresentadas;
Diligenciar no sentido de elaborarem manuais internos para aquisição de bens e
serviços, que incluam uma matriz custo-benefício, procedimentos e critérios de
adjudicação, minutas de contrato, modelo de avaliação dos consultores externos,
cadastro de consultores com bom desempenho em anteriores contratações e divulgação
das lições aprendidas;
Incentivar as suas empresas, na adjudicação de novos serviços, a auscultar as
competências internas, que inclui a transferência de conhecimentos adquiridos em
anteriores contratações e as avaliações de desempenho de consultores externos
racionalizando, desta forma, o recurso generalizado ao outsourcing na aquisição de
serviços de consultadoria;
Privilegiar, sempre que possível, procedimentos concorrenciais. Não obstante o novo
código da contratação pública, atribuir caráter facultativo à consulta ao mercado para o
ajuste direto, o Tribunal recomenda o seu uso como boa prática de gestão, vindo no
seguimento das diretivas comunitárias de contratação pública que vincam a natureza
excecional dos procedimentos não competitivos, pugnado, assim, pela transparência e
tirando vantagem dos mercados concorrenciais;
Reduzir a quantidade de adjudicações em procedimentos não concorrenciais, que se
situou quase em 70% do valor adjudicado. O seu recurso excecional deve ser sempre
justificado em obediência ao princípio da transparência;
Melhorar a relação contratual entre consultor e entidade contraente através da
disponibilização de informação necessária ao consultor, imprescindível para o seu bom
desempenho, uma vez que o seu sucesso é, também, o da entidade que contrata o
serviço e
Coligir e sistematizar formalmente a informação sobre os processos de adjudicação em
matéria de aquisição de serviços, definindo quem despoletou a necessidade, quem
requereu, quem decidiu a sua contratação, quem acompanhou a sua implementação e
quem a avaliou.
Na sequência das recomendações suprarreferidas, e formuladas no mencionado relatório, foram
implementadas algumas medidas e afinados determinados procedimentos com vista à
introdução de maior economia, eficiência, racionalidade e transparência na aquisição de
serviços, designadamente, de serviços de consultoria.
Assim, a elaboração dos Planos de Atividades e Orçamento da Empresa tem em consideração os
pressupostos macroeconómicos e as linhas de orientação delineadas para as empresas públicas,
observando ainda o estabelecido em termos de medidas de racionalização e redução de custos
definidas pelo Governo. Para tal, após a recolha dos vários contributos de todas as áreas
operacionais da Empresa, os serviços financeiros responsáveis, com vista a uma maior
seletividade no investimento público e, simultaneamente, a uma maior redução no crescimento
dos níveis de endividamento, submete à aprovação do Conselho de Administração e
122 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
posteriormente à Tutela, o Orçamento anual global, adequado aos recursos e fontes de
financiamento disponíveis, não descurando o cumprimento da missão e objetivos, bem como as
estratégias de sustentabilidade do ponto de vista económico, social e ambiental. Mensalmente,
no plano de acompanhamento e controlo financeiro, a EDIA monitoriza as atividades e
respetivos custos e implementa medidas adicionais, caso se justifique.
Referencie-se igualmente, que no âmbito da elaboração dos diversos documentos de report das
atividades da Empresa (caso dos Planos de Atividades e Orçamento e Relatórios de Gestão da
Empresa, por exemplo) são, de igual forma, seguidas e aplicadas as orientações vertidas e os
objetivos definidos nos documentos remetidos, para esse efeito, pela Direção-Geral do Tesouro
e Finanças (DGTF) caso, designadamente, das instruções sobre a elaboração dos instrumentos
previsionais de gestão e dos instrumentos de prestação de contas veiculadas por esta entidade e
que têm de ser observadas aquando da elaboração dos referidos documentos.
Destaque-se ainda, por outro lado, que no âmbito do novo Regime Jurídico do Setor Público
Empresarial (RJSPE) decorrente do Decreto-lei n.º. 133/2013, de 03 de outubro, foram
introduzidas alterações significativas em termos da elaboração dos Planos de Atividades e
Orçamentos Anuais e Plurianuais, Planos de Investimento e fontes de financiamento, assim
como nos documentos de prestação anual de contas e relatórios de execução orçamental das
empresas do Setor Empresarial do Estado (SEE), onde a EDIA se inclui, e a cujas matérias
relacionadas tem também de assegurar a respetiva observância nos termos da lei.
Por outro lado, e no plano mais concreto da realização da despesa com a aquisição de serviços,
foi deliberado pelo Conselho de Administração que, para a realização de despesas cujo valor
estimado seja superior a € 5.000,00, o recurso ao procedimento de ajuste direto implicará
sempre o convite a pelo menos cinco entidades, só se admitindo o convite a um universo
inferior de interessados em casos excecionais e devidamente fundamentados, sujeitos a
autorização pelo Conselho de Administração.
No que respeita à justificação da realização de cada despesa, foi dado corpo à necessidade de
recorrer a procedimentos concorrenciais, exigindo-se, nos manuais de aquisição de bens ou
serviços em vigor na empresa, que a opção pelo procedimento de convite a uma única entidade
tenha sempre a acompanhá-la uma justificação técnica, económica, de urgência ou outra, para
que não se alargue o universo de concorrentes.
Ainda no âmbito dos manuais de aquisição de bens ou serviços, e indo de encontro também às
preocupações subjacentes ao ofício-circular n.º 6132, de 06 de junho de 2010, da DGTF
estabeleceu-se que, nos contratos de prestação de serviços de valor igual ou superior a €
125.000,00 (s/IVA), a adjudicação deve ser precedida de justificação da necessidade de
contratar, tanto do ponto de vista económico, como da ausência de soluções internas, bem como
da explicitação dos objetivos que se pretende alcançar do ponto de vista da análise custo-
benefício.
Definida a orientação para que o fator preço assuma um peso crescente nos critérios de
adjudicação procurando, por essa via, ganhos não só de eficiência e racionalização, mas também
de transparência. Foi ainda implementada uma aplicação informática que facilita, logo aquando
da seleção e proposta das entidades a convidar, o controlo dos limites estabelecidos pelo n.º 2 do
artigo 113.º do Código dos Contratos Públicos.
123 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Por último, e no que respeita à recomendação de incentivar as empresas a auscultar as suas
competências internas, referencie-se o esforço significativo desenvolvido pela EDIA no sentido
de desenvolver a sua atividade com os mesmos, ou mesmo, com um menor número de recursos,
estratégia que resultou não só na realização de diversos concursos de mobilidade interna com
vista à supressão de necessidades entretanto sentidas e que decorrem da nova estratégia
delineada para a Empresa, definida pelo órgão de gestão, e que se traduziu na alteração do seu
organograma empresarial, como também na concretização, pela primeira vez, de trabalhos de
âmbito eminentemente técnico inerentes à normal atividade da Empresa com base apenas na
massa crítica, ou seja, através do “now how” dos seus recursos internos.
124 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
ANEXOS SOLICITADOS PELA DGTF
S N N.A.
Estatutos actualizados (PDF) x
Historial, Visão, Missão e Estratégia x
Ficha sintese da empresa x
Identificação da Empresa:
Missão, objectivos, politicas, obrig. serv. público e modelo de financiamento x
Modelo Governo / Ident. Orgãos Sociais:
Modelo de Governo (identificação dos órgãos sociais) x
Estatuto remuneratório fixado x
Remunerações auferidas e demais regalias x
Regulamentos e Transacções:
Regulamentos Internos e Externos x
Transações Relevantes c/ entidade(s) relacionada(s) x
Outras transacções x
Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental x
Avaliação do cumprimento dos PBG x
Código de Ética x
Informação Financeira histórica e actual x
Esforço Financeiro do Estado x
Informação a constar no Site do SEEDivulgação
Comentários
125 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Apêndice 2 - EPNF
S N N.A.
Objectivos de Gestão / Planos de Atividades e Orçamento:
Objetivo 1 x
Objetivo 2 x
Objetivo 3 x
Gestão do Risco Financeiro x
Limites de Crescimento do Endividamento x 4%
Evolução do PMP a fornecedores x 79
Divulgação dos Atrasos nos Pagamentos ("Arrears ") x 188.185,64 €
Recomendações do acionista na aprovação de contas
Recomendação 1 x
Recomendação 2
Etc.
Remunerações
Não atribuição de prémios de gestão, nos termos art.º 37.º da Lei 66-B/2012 x Não aplicável
Órgãos sociais - redução remuneratória nos termos do art.º 27.º da Lei 66-B/2012 x 19.455,00
Órgãos Sociais - redução de 5% por aplicação artigo 12º da Lei n.º 12-A/2010 x 9.434,00
Auditor Externo - redução remuneratória nos termos do artº 75º da Lei 66-B/2012 x 30.150,00
Restantes trabalhadores - redução remuneratória, nos termos do art.º 27º da Lei 66-B/2012 x 139.950,13
Restantes trabalhadores - proibição de valorizações remuneratórias, nos termos do art.º 35º da Lei 66-B/2012 x Não aplicável
Artigo 32.º do EGP
Utilização de cartões de crédito x
Reembolso de despesas de representação pessoal x
Contratação Pública
Aplicação das Normas de contratação pública pela empresa x pág. 105
Aplicação das Normas de contratação pública pelas participadas x pág. 105
Contratos submetidos a visto prévio do TC x 8 contratos, no valor total de € 145.961.743,55
Auditorias do Tribunal de Contas
Recomendação 1 x pág. 108
Recomendação 2
Etc.
Parque Automóvel x 6,8% Em 2012 a EDIA possuia 58 viaturas e em 2013, 62
Gastos Operacionais das Empresas Públicas (artigo 64.º da Lei n.º 66-B/2012) x quadro anexo 6 Pág. 106
Redução de Trabalhadores (artigo 63.º da Lei n.º 66-B/2012)
N.º de trabalhadores x -1,2% Em 2012 a EDIA possuia 162 trabalhadores e em
N.º de cargos dirigentes x 3,8% Em 2012 a EDIA possuia 26 dirigentes e em 2013, 27
Princípio da Unidade de Tesouraria (artigo 124.º da Lei n.º 66-B/2012) x 69,9%
Justificação/Refeência ao ponto do RelatórioCumprimento das Orientações legais Cumprimento Quantificação/Identificação
126 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
GRELHA REFERENTE ÀS PRÁTICAS DE BOA GESTÃO SOCIETÁRIA ADOTADAS
PELA EDIA EM 2013
Relatório de Governo
Societário
Identificação Divulgação
Página Observações
SIM Não SIM NÃO
I Missão, Objetivos e
Politicas
1. Indicação da missão e da
forma como é prosseguida,
assim como a visão e os
valores que orientam a
empresa.
X X
Pág. 5
2. Políticas e linhas de ação
desencadeadas no âmbito da
estratégia definida
X X
Pág. 6
3. Indicação dos objetivos e do
grau de cumprimento dos
mesmos, assim como a
justificação dos desvios
verificados e as medidas de
correção aplicadas ou a
aplicar.
X X
Pág. 6 - 9
4. Indicação dos fatores chave
de que dependem os
resultados da empresa.
X X Pág. 10
II Estrutura de Capital
1. Estrutura de capital X X Pág. 11
2. Eventuais limitações à
titularidade e/ou
transmissibilidade das
ações.
X X Pág. 11
3. Acordos parassociais. X X Pág. 11
III Participações Sociais e
Obrigações detidas
1. Identificação das pessoas
singulares (órgãos sociais)
e/ou coletivas (Empresa)
X X Pág. 12 - 18
127 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Relatório de Governo
Societário
Identificação Divulgação
Página Observações
SIM Não SIM NÃO
que, direta ou
indiretamente, são titulares
de participações noutras
entidades, com indicação
detalhada da percentagem
de capital e de votos.
2. A aquisição e alienação de
participações sociais, bem
como a participação em
quaisquer entidades de
natureza associativa ou
fundacional.
X X
Pág. 18
3. A prestação de garantias
financeiras ou assunção de
dívidas ou passivos de
outras entidades.
X X
Pág. 18
4. Indicação sobre o número
de ações e obrigações
detidas por membros dos
órgãos de administração e
de fiscalização.
X X
Pág. 19
5. Informação sobre a
existência de relações
significativas de natureza
comercial entre os titulares
de participações e a
sociedade.
X X
Pág. 19
6. Identificação dos
mecanismos adotados para
prevenir a existência de
conflitos de interesses.
X X
Pág. 19
IV Órgãos Sociais e
Comissões
A. Mesa da Assembleia Geral
1. Composição da mesa AG,
mandato e remuneração.
X X Pág. 20
2. Identificação das
deliberações acionistas. X X
Pág. 20 Não se aplica visto
que o Estado,
através da DGTF, é
acionista único da
EDIA. B. Administração e
128 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Relatório de Governo
Societário
Identificação Divulgação
Página Observações
SIM Não SIM NÃO
Supervisão
1. Modelo de governo adotado X X Pág. 21
2. Regras estatutárias sobre
procedimentos aplicáveis à
nomeação e substituição dos
membros.
X X Pág. 21
3. Composição, duração do
mandato, número de
membros efetivos.
X X Pág. 21
4. Identificação dos membros
executivos e não executivos
do CA e identificação dos
membros independentes do
CGS.
X X
Pág. 22
5. Elementos curriculares
relevantes de cada um dos
membros.
X X Pág. 22 - 23
6. Relações familiares,
profissionais ou comerciais,
habituais e significativas,
dos membros, com
acionistas a quem seja
imputável participação
qualificada superior a 2%
dos direitos de voto.
X X
Pág. 23
7. Organogramas relativos à
repartição de competências
entre os vários órgãos
sociais.
X X Pág. 24 - 25
8. Funcionamento do
Conselho de Administração,
do Conselho Geral e de
Supervisão e do Conselho
de Administração
Executivo.
X X
Pág. 25 - 26 As comissões no
seio do Órgão de
Administração ou
supervisão e
Administradores
Delegados não se
aplicam à EDIA.
9. Comissões existentes no
órgão de administração ou
supervisão.
X X Pág. 26 Não aplicável à
EDIA.
C. Fiscalização
129 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Relatório de Governo
Societário
Identificação Divulgação
Página Observações
SIM Não SIM NÃO
1. Identificação do órgão de
fiscalização correspondente
ao modelo adotado e
composição, indicação do
número estatutário mínimo
e máximo de membros,
duração do mandato,
número de membros
efetivos e suplentes.
X X
Pág. 27
2. Identificação dos membros
da Fiscalização
X X Pág. 27
3. Elementos curriculares
relevantes de cada um dos
membros.
X X Pág. 28 - 29
4. Funcionamento da
fiscalização.
X X Pág. 30
D. Revisor Oficial de Contas
1. Identificação do ROC,
SROC.
X X Pág. 30 - 31
2. Indicação das limitações,
legais.
X X Pág. 31
3. Indicação do número de
anos em que a SROC e/ou
ROC exerce funções
consecutivamente junto da
sociedade/grupo.
X X
Pág. 32
4. Descrição de outros
serviços prestados pelo
SROC à sociedade.
X X Pág. 32
E. Auditor Externo
1. Identificação. X X Pág. 32 - 33
2. Política e periodicidade da
rotação.
X X Pág. 33
3. Identificação de trabalhos,
distintos dos de auditoria,
realizados.
X X Pág. 34
4. Indicação do montante da
remuneração anual paga.
X X Pág. 34
V. Organização Interna
A. Estatutos e Comunicações
130 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Relatório de Governo
Societário
Identificação Divulgação
Página Observações
SIM Não SIM NÃO
1. Alteração dos estatutos da
sociedade - Regras
aplicáveis
X X Pág. 35
2. Comunicação de
irregularidades.
X X Pág. 35
3. Indicação das políticas
antifraude.
X X Pág. 35 - 36
B. Controlo interno e gestão
de riscos
1. Informação sobre a
existência de um sistema de
controlo interno (SCI).
X X Pág. 36 - 37
2. Pessoas, órgãos ou
comissões responsáveis pela
auditoria interna e/ou SCI.
X X Pág. 37
3. Principais medidas adotadas
na política de risco.
X X Pág. 37 - 42
4. Relações de dependência
hierárquica e/ou funcional.
X X Pág. 42 - 43
5. Outras áreas funcionais com
competências no controlo
de riscos.
X X Pág. 43
6. Identificação principais
tipos de riscos.
X X Pág. 43 - 45
7. Descrição do processo de
identificação, avaliação,
acompanhamento, controlo,
gestão e mitigação de
riscos.
X X
Pág. 45
8. Elementos do SCI e de
gestão de risco
implementados na
sociedade.
X X Pág. 46
C. Regulamentos e Códigos
1. Regulamentos internos
aplicáveis e regulamentos
externos.
X X Pág. 46 - 50
2. Códigos de conduta e de
Código de Ética.
X X Pág. 50 - 53
D. Sítio de Internet
Indicação do(s) endereço(s)
e divulgação da informação
disponibilizada.
X X Pág. 54
131 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Relatório de Governo
Societário
Identificação Divulgação
Página Observações
SIM Não SIM NÃO
VI Remunerações
A. Competência para a
Determinação
Indicação do órgão
competente para fixar
remuneração.
X X Pág. 55 - 56
B. Comissão de Fixação de
Remunera.
Composição. X X Pág. 56
C. Estrutura das
Remunerações
1. Política de remuneração dos
órgãos de administração e
de fiscalização.
X X Pág. 56
2. Informação sobre o modo
como a remuneração é
estruturada.
X X Pág. 57
3. Componente variável da
remuneração e critérios de
atribuição. X X
Pág. 57 Componente variável
da remuneração e
critérios de atribuição
– Não aplicável.
4. Diferimento do pagamento
da componente variável. X X
Pág. 57 Diferimento do
pagamento da
componente variável
– Não aplicável.
5. Parâmetros e fundamentos
para atribuição de prémio. X X
Pág. 57 Parâmetros e
fundamentos para
atribuição de prémio
– Não aplicável.
6. Regimes complementares
de pensões. X X Pág. 57 Regimes
complementares de
pensões – Não
132 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Relatório de Governo
Societário
Identificação Divulgação
Página Observações
SIM Não SIM NÃO
aplicável.
D. Divulgação das
Remunerações
1. Indicação do montante
anual da remuneração
auferida.
X X Pág. 58
2. Montantes pagos, por outras
sociedades em relação de
domínio ou de grupo. X X
Pág. 58 Montantes pagos, por
outras sociedades em
relação de domínio
ou de grupo – Não
aplicável.
3. Remuneração paga sob a
forma de participação nos
lucros e/ou prémios. X X
Pág. 58 Remuneração paga
sob a forma de
participação nos
lucros e/ou prémios –
Não aplicável.
4. Indemnizações pagas a ex-
administradores executivos.
X X Pág. 59
5. Indicação do montante
anual da remuneração
auferida do órgão de
fiscalização da sociedade.
X X Pág. 59
6. Indicação da remuneração
anual da mesa da
assembleia geral.
X X Pág. 59
VII Transações com partes
Relacionadas e Outras
1. Mecanismos implementados
para controlo de transações
com partes relacionadas.
X X Pág. 60
2. Informação sobre outras
transações.
X X Pág. 60 - 61
VIII Análise de
sustentabilidade da
empresa nos domínios
económicos, social e
ambiental
133 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Relatório de Governo
Societário
Identificação Divulgação
Página Observações
SIM Não SIM NÃO
1. Estratégias adotadas e grau
de cumprimento das metas
fixadas.
X X Pág. 62 - 65
2. Políticas prosseguidas. X X Pág. 62 - 65
3. Forma de cumprimento dos
princípios inerentes a uma
adequada gestão
empresarial:
a) Responsabilidade social
b) Responsabilidade
ambiental
c) Responsabilidade
económica.
X X
Pág. 62 - 65
IX Avaliação do Governo
Societário
1. Cumprimento das
Recomendações
X X Pág. 67 Não aplicável.
2. Outras informações X X Pág. 67 Não aplicável.
134 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
135 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
3. CONTAS INDIVIDUAIS
136 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
137 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE
DEZEMBRO DE 2013 Balanço
A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração
Euros
ATIVO
Ativo Não Corrente
Ativos Fixos Tangíveis 6 15.661.175 16.027.716
Ativos Intangíveis 7 e 17 359.192.029 364.142.735
Participações Financeiras - Método Equivalência Patrimonial 8 - 5.046
Participações Financeiras - Outros Métodos 8 276.001 276.001
Ativos por Impostos Diferidos 9 32.620.372 35.484.643
Depósitos Cativos 10 7.280.745 8.533.529
415.030.321 424.469.670
Ativo Corrente
Inventários 11 23.197.164 423.836.069
Clientes 12 4.282.798 1.743.604
Adiantamentos a Fornecedores 881.493 1.059.248
Estado e Outros Entes Públicos 13 632.909 542.444
Acionistas/Sócios 1.050 1.050
Outras Contas a Receber 14 165.257.080 76.707.085
Diferimentos 15 507.216 496.534
Caixa e Depósitos Bancários 4 48.770.069 59.509.539
243.529.778 563.895.573
Total do Ativo 658.560.098 988.365.243
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital Próprio
Capital Realizado 16 387.267.750 387.267.750
Outras Reservas 16 9.202.700 9.202.700
Resultados Transitados 16 e 17 -823.838.553 -832.397.592
Ajustamentos em Ativos Financeiros 8 413.273 413.817
Outras Variações no Capital Próprio 16 100.524.004 98.419.670
Resultado Líquido do Período -17.363.194 8.559.040
Total do Capital Próprio -343.794.020 -328.534.615
Passivo Não Corrente
Provisões 18 9.343.676 11.915.833
Financiamentos Obtidos 19 537.476.688 543.697.068
Outras Contas a Pagar 20 15.517.311 15.517.311
Passivos por Impostos Diferidos 9 32.620.372 35.484.643
Diferimentos 15 171.746.694 515.512.248
766.704.740 1.122.127.103
Passivo Corrente
Fornecedores 20 12.779.597 7.235.363
Adiantamento de Clientes 37.883 6.512
Estado e Outros Entes Públicos 13 209.980 230.832
Financiamentos Obtidos 19 181.821.748 147.939.502
Outras Contas a Pagar 20 26.415.322 25.151.361
Diferimentos 15 14.384.848 14.209.184
235.649.378 194.772.755
Total do Passivo 1.002.354.118 1.316.899.858
Total do Capital Próprio e do Passivo 658.560.098 988.365.243
Balanço Notas 31-Dez-1231-Dez-13
138 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Demonstração dos Resultados
A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração
Euros
Demonstração dos Resultados Notas 31-Dez-13 31-Dez-12
Vendas e Prestações de Serviços 12 17.613.305 14.806.103
Subsídios à Exploração 511.565 40.255
Ganhos/Perdas Imputados de Subsidiárias, Associadas e Empreendimentos Conjuntos 8 (260.310) (129.988)
Variação nos Inventários da Produção 21 29.431.052 39.816.508
Trabalhos para a Própria Entidade 22 2.719.218 2.387.239
Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (15.176) (10.676)
Fornecimentos e Serviços Externos 23 (36.257.474) (46.964.019)
Gastos com o Pessoal 24 (6.187.839) (5.101.717)
Provisões (Aumentos/Reduções) 18 (1.443.809) (195.400)
Imparidades de Dívidas a Receber (Perdas/Reversões) 17 (244.770) (132.106)
Outros Rendimentos e Ganhos 25 5.354.954 5.043.236
Outros Gastos e Perdas 26 (2.010.319) (1.234.537)
Resultado Antes de Depreciações, Gastos de Financiamento e Impostos 9.210.398 8.324.898
Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 28 (5.714.453) (6.044.158)
Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis (Perdas/Reversões) 17 (7.468.579) 16.346.989
Resultado Operacional (Antes de Gastos de Financiamento e Impostos) (3.972.634) 18.627.729
Juros e Rendimentos Similares Obtidos 27 31.942 26.206
Juros e Gastos Similares Suportados 27 (10.486.140) (10.873.370)
Resultado Antes de Impostos (14.426.832) 7.780.565
Imposto sobre o Rendimento do Período 9 (2.936.362) 778.475
Resultado Líquido do Período (17.363.194) 8.559.040
139 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Demonstração das Alterações no Capital Próprio
Euros
Saldo em 1 de janeiro de 2012 387.191.750 483.391 9.202.700 -809.923.340 96.045.381 -22.474.252 -339.474.370
Alterações no Período
Aplicação do Resultado liquido de 2011 -22.474.252 22.474.252 0
Efeito de Aplicação do Método Equivalência Patrimonial -69.574 -69.574
Subsidios ao Investimento reconhecidos no Capital Próprio 3.230.325 3.230.325
Impostos Diferidos relativos a Subsidios ao Investimento -856.037 -856.037
Aumento/Redução de Capital 76.000 76.000
76.000 -69.574 0 -22.474.252 2.374.288 22.474.252 2.380.715
Resultado Liquído do Período 8.559.040 8.559.040
Resultado Integral 31.033.292 10.939.755
Saldo em 31 de dezembro de 2012 387.267.750 413.817 9.202.700 -832.397.592 98.419.670 8.559.040 -328.534.615
Saldo em 1 de janeiro de 2013 387.267.750 413.817 9.202.700 -832.397.592 98.419.670 8.559.040 -328.534.615
Alterações no Período
Aplicação do Resultado liquido de 2012 8.559.040 -8.559.040 0
Efeito de Aplicação do Método Equivalência Patrimonial -545 -545
Subsidios ao Investimento reconhecidos no Capital Próprio 4.968.604 4.968.604
Impostos Diferidos relativos a Subsidios ao Investimento -2.864.271 -2.864.271
Aumento/Redução de Capital
-545 8.559.040 2.104.334 -8.559.040 2.103.788
Resultado Liquído do Período -17.363.194 -17.363.194
Resultado Integral -25.922.234 -25.922.234
Saldo em 31 de dezembro de 2013 387.267.750 413.273 9.202.700 -823.838.553 100.524.004 -17.363.195 -343.794.020
Resultado
Líquido do
Periodo
TOTALDemonstração das Alterações no Capital PróprioCapital
Realizado
Ajustamentos
em Ativos
Financeiros
Outras
Reservas
Resultados
Transitados
Outras
Variações no
Capital Próprio
140 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Demonstração de Fluxos de Caixa
Euros
Atividades Operacionais:
Recebimentos de Clientes 17.831.425 19.952.197
Pagamentos a Fornecedores -29.074.397 -49.925.332
Pagamentos ao Pessoal -3.125.687 -3.028.544
Caixa Gerada Pelas Operações -14.368.659 -33.001.679
Pagamento/Recebimento de Imposto sobre o Rendimento -73.740 -95.579
Outros Recebimentos/Pagamentos Relativos à Act. Operacional -1.021.265 -738.342
Caixa Gerada Antes das Rubricas Extraordinárias -15.463.664 -33.835.600
Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais -15.463.664 -33.835.600
Atividades de Investimento:
Recebimentos Provenientes de:
Ativos Fixos Tangíveis 19.280
Subsídios ao Investimento 21.582.365 118.301.705
Juros e Rendimentos Similares 31.521 7.582
21.633.166 118.309.287
Pagamentos Respeitantes a:
Ativos Fixos Tangíveis -837.773 -824.874
Ativos Intangíveis -25.657.782 -42.754.732
-26.495.556 -43.579.606
Fluxos de Caixa das Atividades de Investimento -4.862.389 74.729.681
Atividades de Financiamento:
Recebimentos Provenientes de:
Financiamentos Obtidos 640.324.185 436.587.599
640.324.185 436.587.599
Pagamentos Respeitantes a:
Financiamentos Obtidos -609.585.584 -403.658.783
Contratos de Locação Financeira -4.599 -6.727
Juros e Gastos Similares -21.138.621 -20.691.673
-630.728.804 -424.357.183
Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento 9.595.381 12.230.416
Variações de Caixa e seus Equivalentes -10.730.672 53.124.497
Caixa e seus Equivalentes no Início do Período 4 59.455.440 6.330.943
Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período 4 48.724.768 59.455.440
Demonstração de Fluxos de Caixa Notas 31-Dez-1231-Dez-13
141 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Anexo
1. Identificação da Entidade
A EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (adiante “EDIA”,
“Empresa” ou “Entidade”) é uma sociedade anónima, constituída pelo Decreto - Lei N.º 32/95,
de 11 de fevereiro, segundo o qual passou a ser titular de todos os direitos e obrigações que
pertenciam à Comissão Instaladora da Empresa do Alqueva. O seu capital social é integralmente
detido pelo Estado Português, através da Direção - Geral do Tesouro e Finanças (DGTF). A 31
de dezembro de 2013, o Capital encontrava-se subscrito e realizado em 100%.
Nos termos do disposto no artigo 2.º daquele diploma, com a redação que lhe foi dada pelos
Decretos-Lei N.º 232/98, de 22 de julho, N.º 335/01, de 24 de dezembro e N.º 42/07, de 22 de
fevereiro, a EDIA tem atualmente por objeto social:
A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento de Fins Múltiplos de
Alqueva (EFMA) para fins de rega e exploração hidroelétrica, nos termos do contrato
celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e
Desenvolvimento Regional, em representação do Estado;
A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes do sistema primário
de rega do EFMA, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação;
A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede secundária
afeta ao EFMA, em representação do Estado e de acordo com as instruções que lhe
forem dirigidas pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento
do Território; e
A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo
aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos
afetos ao EFMA.
No seguimento da consolidação do potencial de exploração energético, que não exclusivamente
hidroelétrico, que constitui uma importante fonte potencial de receitas bem como um importante
complemento à componente de regadio, foi publicado, em 17 de setembro, o Decreto-Lei N.º
313/2007, que aprovou as bases do contrato de concessão a celebrar entre a EDIA e o Estado
concedente. Este Decreto veio estabelecer a concessão dos direitos de exploração das centrais
hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão, respeitando os direitos adquiridos por terceiros
atribuídos ao abrigo de legislação anterior.
Face à legislação em vigor que regulamenta o sector dos recursos hídricos, a EDIA surge como
a entidade concessionária da gestão e exploração do Empreendimento e também como titular,
em regime de exclusividade, dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico
afeto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroelétrica.
Em 17 de outubro de 2007, a Empresa celebrou o contrato de concessão com o Ministério do
Ambiente, do Ordenamento, do Território e do Desenvolvimento Regional, que regula a
utilização dos recursos hídricos para captação de água destinada à rega e à produção de energia
142 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
elétrica no sistema primário do EFMA. Neste contrato, foi conferido à EDIA a gestão e
exploração do EFMA, bem como a utilização do domínio público hídrico afeto ao
Empreendimento.
Em 24 de outubro de 2007, foi celebrado um contrato entre a EDIA e a EDP – Gestão da
Produção de Energia, S.A (EDP), que atribuiu, durante 35 anos, à EDP, a exploração das
centrais hidroelétricas de Alqueva (260 MW), em regime de mercado, e de Pedrógão (10MW),
em regime especial. Este contrato estabelece ainda, os direitos de utilização privativa do
respetivo domínio hídrico, tendo potenciado a valia elétrica do sistema Alqueva-Pedrógão.
Após aprovação do Plano de Investimentos e Orçamentos para 2013 procedeu-se à
reprogramação plurianual dos investimentos, cuja principal alteração consistiu no ajustamento
do cronograma à capacidade disponível de execução, daí resultando a perspetiva de conclusão
do Empreendimento em 2015. Tendo por base os valores previsionais disponíveis mantiveram-
se os valores globais de cada um dos principais programas de investimentos (barragem de
Alqueva; central de Alqueva; barragem e central de Pedrógão; estação elevatória dos Álamos;
rede primária; rede secundária de rega e desenvolvimento regional). A proposta de
reprogramação do plano plurianual de investimentos do EFMA (exceto capitalizações), no
montante global de M€ 2.479,65, foi aprovada pelo Conselho de Administração na reunião de
14 de março de 2013.
Este investimento inclui os montantes realizados e previstos da rede secundária de rega (M€
841,92), cuja propriedade (com exceção da infraestrutura 12, que tem um regime de concessão
excecional) pertence ao Ministério da Agricultura e do Mar (MAM). Deste valor está previsto
realizar entre 2014 e 2015 um montante de M€ 268,34 cujo financiamento comunitário está
previsto no Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) e no próximo período de
programação.
A principal fonte de financiamento dos investimentos do EFMA tem sido os fundos
comunitários, tendo-se recebido verbas de FEDER, Fundo de Coesão, FEOGA-O, FEADER e
FSE, com origem em três períodos de perspetivas comunitárias (1994-1999, 2000-2006 e 2007-
2013). O FEOGA-O e o FEADER têm apoiado na sua maioria os investimentos da rede
secundária do EFMA; o FEDER e o Fundo de Coesão têm financiado essencialmente as
infraestruturas primárias e de energia.
Indica-se ainda que do investimento total previsto para o EFMA (exceto capitalizações), de M€
2.479,65, até ao final de 2013 tinham-se realizado M€ 2.017,41, aproximadamente 4/5 do total.
No âmbito das candidaturas a financiamentos comunitários a EDIA obteve, até essa data, M€
956 de fundos comunitários, cerca de 47% do investimento realizado. Para fazer face à
contrapartida nacional dos investimentos apoiados pelo FEOGA-O e pelo FEADER, no âmbito
do QCA III e do PRODER, obteve-se M€ 138 de PIDDAC. O financiamento necessário tanto
para a restante contrapartida nacional dos projetos apoiados pelos fundos comunitários, como
para as restantes despesas (funcionamento e encargos financeiros), tiveram origem em dotações
de capital (M€ 387) e empréstimos bancários (M€ 720).
A Empresa tem sede social na Rua Zeca Afonso N.º 2, 7800-522 Beja, e conta em 31 de
dezembro de 2013 com 187 colaboradores.
143 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
2. Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras
2.1. Bases de Apresentação
As presentes demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das
operações da Empresa, a partir dos seus registos contabilísticos, mantidos de acordo com as
normas do Sistema de Normalização Contabilística (SNC), regulado pelos seguintes diplomas
legais:
Decreto-Lei N.º 158/2009, de 13 de julho (Sistema de Normalização Contabilística),
com as retificações da Declaração de Retificação N.º 67-B/2009, de 11 de setembro, e
com as alterações introduzidas pela Lei N.º 20/2010, de 23 de agosto;
Aviso N.º 15652/2009, de 7 de setembro (Estrutura Conceptual);
Aviso N.º 15653/2009, de 7 de setembro (Normas Interpretativas do SNC);
Aviso N.º 15655/2009, de 7 de setembro (Normas Contabilísticas e de Relato
Financeiro); e
Portaria N.º 1011/2009, de 9 de setembro (Código de Contas).
Em todos os aspetos relativos ao reconhecimento, mensuração e divulgação foram utilizadas as
Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) que integram o SNC, as Normas
Internacionais de Contabilidade e de Relato Financeiro (IAS/IFRS) e as respetivas
interpretações (SIC/IFRIC), de forma a colmatar lacunas ou omissões relativas a aspetos de
algumas transações ou situações particulares não previstas no SNC.
As demonstrações financeiras foram elaboradas utilizando os modelos das demonstrações
financeiras previstas no artigo 1.º da Portaria N.º 986/2009, de 7 de setembro, designadamente o
Balanço, a Demonstração dos Resultados, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio, a
Demonstração de Fluxos de Caixa e o Anexo.
O normativo SNC foi utilizado na elaboração das demonstrações financeiras pela primeira vez
em 2010, passando a constituir o referencial de base para os períodos subsequentes.
No período findo, em 31 de dezembro de 2013, a que respeitam as presentes demonstrações
financeiras não foram derrogadas quaisquer disposições do SNC que pudessem ter produzido
efeitos materialmente relevantes pondo em causa a imagem verdadeira e apropriada da
informação divulgada.
Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração formulou
julgamentos, estimativas e pressupostos que afetam a aplicação das politicas contabilísticas e o
valor dos ativos, passivos, rendimentos e gastos incorridos, relativos ao período reportado.
As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros fatores
considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos
sobre os valores dos ativos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes.
Todas as estimativas efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no
seu conhecimento, à data de 31 de dezembro, dos eventos e das transações em curso.
144 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data
de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As
alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras
serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo, e dado o grau de incerteza associado, os
resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas
para emissão no dia 25 de março.
As notas do anexo passam a seguir uma sequência lógica e estruturada com referenciação
cruzada às demais demonstrações financeiras.
As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação destas demonstrações financeiras
estão descritas abaixo e foram consistentemente aplicadas.
3. Principais Políticas Contabilísticas
As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras
anexas são as seguintes:
3.1. Bases de mensuração usadas na preparação das Demonstrações Financeiras
As demonstrações financeiras são expressas em euros, moeda funcional da Empresa.
Os rendimentos e gastos são registados de acordo com o regime do acréscimo, pelo que são
reconhecidos à medida que são gerados ou incorridos, independentemente do momento em que
são recebidos ou pagos.
Os rendimentos e os gastos reconhecidos na Demonstração dos Resultados que ainda não
tenham sido faturados ou cuja fatura de aquisição ainda não tenha sido rececionada são
registados por contrapartida de “Devedores por Acréscimos de Rendimentos” ou de “Credores
por Acréscimos de Gastos” relevados nas rubricas de Balanço de “Outras Contas a Receber” e
“Outras Contas a Pagar”, respetivamente. Os rendimentos recebidos e os gastos pagos
antecipadamente são registados por contrapartida das rubricas de “Diferimentos” do Passivo e
do Ativo, respetivamente.
3.1.a. Ativos Fixos Tangíveis
Ativos Fixos Tangíveis são itens que:
Sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para
arrendamento a outros, ou para fins administrativos; e
Se espera que sejam usados durante mais do que um período.
Os ativos fixos tangíveis da Empresa são inicialmente registados ao custo de aquisição. Após o
reconhecimento inicial os ativos fixos tangíveis são mensurados ao custo deduzido das
respetivas depreciações acumuladas e perdas de imparidade acumuladas, quando aplicável.
145 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
O custo de aquisição inclui:
O preço de compra do ativo;
As despesas diretamente imputáveis à compra; e
Os gastos estimados de desmantelamento e remoção dos ativos e de restauração do
local.
Os custos de empréstimos obtidos que sejam diretamente atribuíveis à construção ou produção
de um ativo elegível para capitalização são capitalizados até ao momento em que os bens
estejam substancialmente concluídos.
Os gastos diretos, relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção de ativos da
Empresa são capitalizados no ativo fixo tangível. Esta capitalização é efetuada em função dos
recursos internos utilizados e dos tempos despendidos, por contrapartida da rubrica de
“Trabalhos para a Própria Entidade”.
Os gastos subsequentes com os ativos fixos tangíveis, grandes reparações que originem
acréscimo de benefícios ou de vida útil esperada, são reconhecidos nesses ativos e depreciados
às taxas correspondentes à vida útil esperada.
Todos os encargos com manutenção e reparações de natureza corrente são reconhecidos como
gastos do período em que são incorridos, de acordo com o regime do acréscimo. As grandes
reparações que originem acréscimo de benefícios ou da vida útil esperada são registadas como
ativos tangíveis e depreciadas às taxas correspondentes à vida útil esperada. A componente
substituída é identificada e abatida. Os ganhos ou perdas decorrentes da alienação de ativos
fixos tangíveis, determinadas pela diferença entre o valor de venda e a respetiva quantia
registada na data da alienação, são contabilizadas em resultados na rubrica “Outros
Rendimentos e Ganhos” ou “Outros Gastos e Perdas”.
No âmbito da IFRIC12 - “Acordos de Concessão de Serviços”, os bens afetos à “concessão”
estão evidenciados na rubrica de “Ativos Intangíveis”.
As depreciações dos bens do “Ativo Fixo Tangível”, isto é, dos bens não afetos à concessão,
deduzidos do seu valor residual, são calculadas de acordo com o método da linha reta (quotas
constantes) e por duodécimos a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização,
durante a vida útil dos ativos, a qual é determinada em função da utilidade esperada. As taxas de
depreciação praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas úteis estimadas para as
diversas classes de ativos:
(Anos)
Terrenos e Recursos Naturais -
Edifícios e Outras Construções 50
Equipamento Básico 2 - 32
Equipamento de Transporte 2 - 8
Equipamento Administrativo 1 - 16
Outros Ativos Fixos Tangíveis 1 - 24
Conta Vida Útil
146 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
A depreciação cessa quando os ativos passam a ser classificados como detidos para venda.
Em cada data de relato, a EDIA avalia se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar
em imparidade e sempre que existam tais indícios, os ativos fixos tangíveis são sujeitos a testes
de imparidade. Quando o montante pelo qual um ativo se encontra reconhecido é superior à sua
quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na Demonstração dos
Resultados na rubrica de “Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis
(perdas/reversões)”. A quantia recuperável corresponde ao valor mais alto entre o preço de
venda líquido (montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação ao alcance das
partes envolvidas, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à alienação) e o valor de uso
(valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso
continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil).
A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando
há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram,
sendo reconhecida na demonstração dos resultados como dedução à rubrica “Imparidade de
investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)”. Contudo, a reversão da perda por
imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de depreciações)
caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em anos anteriores, e é reconhecida como
um rendimento na Demonstração dos resultados.
3.1.b. Ativos Intangíveis
Um ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. Um ativo
intangível é reconhecido se, e apenas se:
For provável que os benefícios económicos futuros esperados que sejam atribuíveis ao
ativo fluam para a Empresa; e
O custo do ativo possa ser fiavelmente mensurado.
Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou produção, deduzido das
amortizações acumuladas e eventuais perdas de imparidade, quando aplicável e só são
reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a
Empresa, se possam mensurar com fiabilidade e se a Empresa possuir o controlo sobre os
mesmos.
A EDIA adotou, no exercício de 2010, a interpretação IFRIC12 - “Acordos de Concessão de
Serviços”, aplicável às atividades de produção de energia e de distribuição de água
desenvolvidas ao abrigo do contrato de concessão celebrado com o Estado. Assim, com efeitos
à data de transição para as NCRF (1 de Janeiro de 2009) e nos exercícios de 2009 (reexpresso) e
de 2010, a Empresa:
Transferiu todo o investimento associado a essas atividades da rubrica de “Ativos Fixos
Tangíveis” para a de “Ativos Intangíveis”;
Ajustou a política de depreciação/amortização desses investimentos e de
reconhecimento em rendimentos dos respetivos subsídios, que passaram todos a ser
147 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
amortizados pelo método das quotas constantes ao longo do período da concessão, isto
é:
As infraestruturas que já se encontravam disponíveis para uso à data do início
da concessão (1 de novembro de 2007) são amortizadas ao longo dos 75 anos
da concessão, ou seja, de novembro de 2007 a outubro de 2082; e
As infraestruturas que ainda não estavam disponíveis para uso em 1 de
novembro de 2007 são amortizadas desde a data em que cada uma delas ficou
ou ficará disponível para uso até ao final do período de concessão (outubro de
2082).
Constituiu e passou a atualizar anualmente uma provisão para fazer face aos encargos
estimados relativos à obrigação contratual de manter/conservar as infraestruturas ao
longo do período da concessão.
A provisão para fazer face à obrigação de manter/conservar as infraestruturas engloba apenas as
grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período
da concessão, não incluindo assim a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as
quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem, ou, caso se verifique uma
reversão da provisão, a referida será registada numa conta de rendimentos.
A EDIA avalia a necessidade de efetuar testes de imparidade aos seus ativos intangíveis no final
de cada ano. Estes testes são efetuados sempre que são identificados eventos ou alterações nas
circunstâncias que indicam que o montante pelo qual um ativo se encontra mensurado, possa
não ser recuperado, sendo ponderada a sua realização, tendo em conta a relação custo-
benefício. Sempre que o montante pelo qual um ativo se encontra reconhecido é superior à sua
quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na Demonstração dos
Resultados na rubrica de “Imparidade de Investimentos Depreciáveis/Amortizáveis
(perdas/reversões)”. Uma vez que, nos termos do contrato de concessão, se tratam de ativos não
alienáveis, a quantia recuperável corresponde ao respetivo valor de uso (valor presente dos
fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do ativo).
Tendo presente as disposições da NCRF12 - “Imparidade de Ativos”, que referem que, “Após o
reconhecimento de uma perda por imparidade, o encargo com a depreciação (amortização) do
ativo deve ser ajustado nos períodos futuros para imputar a quantia escriturada revista do ativo,
menos o seu valor residual (se o houver) numa base sistemática, durante a sua vida útil
remanescente”, cessaram-se as amortizações dos bens afetos ao segmento “água” (e
consequente reversão de perdas de imparidade no mesmo montante), cujo valor líquido
contabilístico é nulo.
A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando
os motivos que provocaram o registo das mesmas deixam de existir e consequentemente o ativo
deixa de estar em imparidade.
Nos exercícios anteriores (2009 a 2012), tendo-se identificado duas unidades geradoras de
caixa, a “distribuição de água” e a “energia”, foram efetuados testes de imparidade aos ativos
intangíveis, calculando-se o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a esses ativos
líquidos sendo que, apenas uma se encontra em imparidade: a “distribuição de água”.
148 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Estando as imparidades relacionadas com ajustamentos periódicos do valor dos ativos
intangíveis, pelo processo de alocação do gasto, via amortização, no sentido da sua valorização,
não sendo neste contexto, tratados os potenciais ganhos e, havendo já evidências objetivas que
existem perdas futuras no investimento e dado que a realização dos testes de imparidade
(anuais) implica um aumento exponencial de encargos, os mesmos não se efetuaram em
dezembro de 2013.
3.1.c. Investimentos em Curso
Os “Investimentos em Curso” representam os ativos fixos tangíveis e intangíveis ainda em fase
de construção/desenvolvimento, encontrando-se registados ao custo de aquisição, deduzido das
perdas por imparidade acumuladas. Estes ativos são depreciados a partir do mês em que se
encontrem em condições de ser utilizados nos fins pretendidos.
Em virtude da EDIA se encontrar ainda numa fase de investimento, têm vindo a ser
capitalizados:
Os gastos financeiros diretamente relacionados com o financiamento do investimento
que ainda se encontra em fase de construção/desenvolvimento, até ao momento em que
cada infraestrutura esteja substancialmente concluída;
Os gastos com o pessoal diretamente relacionado com a atividade de planeamento e
obra; e
Os fornecimentos e serviços externos, que são, pela sua natureza, registados nos centros
de custos diretamente relacionados com a construção das infraestruturas.
3.1.d. Política de Capitalização de Encargos de Estrutura e Financeiros
Os encargos financeiros relacionados com financiamentos obtidos são reconhecidos como gasto
de acordo com o regime do acréscimo, com exceção dos encargos financeiros com
financiamentos obtidos diretamente relacionados com a construção de ativos fixos, ou
associados às concessões, que são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A
capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção
ou desenvolvimento do ativo e termina quando a construção se encontra substancialmente
concluída, sendo interrompida sempre que o projeto em causa se encontre suspenso.
Os gastos de estrutura da Empresa e os gastos financeiros que têm ligação direta com o
Empreendimento em fase de construção têm vindo a ser capitalizados, de forma consistente ao
longo do tempo.
Com a conclusão das obras e a entrada em exploração das barragens e centrais hidroelétricas de
Alqueva (em dezembro de 2005) e Pedrógão (em 2006), também com a entrada em exploração
dos perímetros de rega do: (i) Monte - Novo (1.º semestre de 2009), (ii) Alvito - Pisão e Pisão
(2010), (iii) Orada Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa, Blocos de Ferreira, Figueirinha
e Valbom, Alfundão e Infraestrutura 12 (2011), (iv) Loureiro-Alvito (1.º semestre de 2012), (v)
Ervidel 1 (2.º semestre de 2012) e Ervidel 2 e 3 e o Pedrogão 1 margem direita, no ano de 2013,
os gastos afetos a essas infraestruturas passaram a ser considerados diretamente como gastos do
exercício, e os custos financeiros a eles associados deixaram de ser capitalizados.
149 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Segundo a política de capitalização definida, não são capitalizados os gastos relativos: a) aos
órgãos sociais, secretariado e gabinetes de apoio; b) à Direção de Administração e Finanças,
com exceção do Departamento de Planeamento e Controlo de Investimentos e do Departamento
de Sistemas de Informação; c) à Direção de Gestão do Património, com exceção do
Departamento de Expropriações; d) à Direção de Economia da Água e Promoção do Regadio; e
e) ao Departamento de Manutenção, Exploração e Segurança, que pertence à Direção de
Infraestruturas Primárias e de Energia.
A chave de repartição para os custos de funcionamento imputados ao investimento tem em
conta o seguinte:
Os gastos de funcionamento dos serviços são distribuídos pelas direções capitalizáveis
com base no número de colaboradores;
Os gastos das direções são imputados da seguinte forma:
Direção de Infraestruturas de Rega: 100% para a rede secundária;
Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia: 100% para a rede primária; e
Direção de Engenharia, Ambiente e Planeamento: 50% para a rede primária e 50% para
a rede secundária.
3.1.e. Trabalhos para a própria Entidade
Nesta rubrica são reconhecidos os gastos dos recursos diretamente atribuíveis aos ativos fixos
tangíveis e intangíveis, durante a sua fase de desenvolvimento/construção, quando se conclui
que os mesmos serão recuperados através da realização daqueles ativos.
São mensurados ao custo, sendo portanto reconhecidos sem qualquer margem, com base em
informação interna especialmente preparada para o efeito (custos internos) ou nos custos de
aquisição.
Os “Trabalhos para a Própria Entidade” refletem a capitalização dos encargos de estrutura que
são basicamente os gastos com o pessoal e com trabalhos efetuados por terceiros sob
administração direta da Empresa. As obras de construção, executadas pela própria Empresa,
bem como as reparações de equipamentos que incluem despesas com materiais, mão-de-obra
direta e gastos gerais, estão associados às obras em curso do EFMA.
Este procedimento está de acordo com a política de capitalização de encargos de estrutura
mencionada no ponto anterior.
Tais despesas são objeto de capitalização apenas quando sejam preenchidos os seguintes
requisitos:
Os ativos desenvolvidos são identificáveis;
Existe forte probabilidade de os ativos virem a gerar benefícios económicos futuros; e
Os custos de desenvolvimento são mensuráveis de forma fiável.
150 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
3.1.f. Participações Financeiras
Empresas Subsidiárias
As participações financeiras em empresas nas quais a EDIA exerce um domínio ou influência
significativa são registadas pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP). De acordo com
este método, as participações financeiras são registadas inicialmente pelo seu custo de aquisição
e posteriormente ajustadas em função das alterações verificadas, após a aquisição, na quota-
parte da Empresa, anualmente, nos ativos líquidos das correspondentes empresas do grupo, por
contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. As participações são ainda ajustadas pelo valor
correspondente à participação noutras variações nos capitais próprios dessas empresas por
contrapartida da rubrica “Ajustamentos em Ativos Financeiros”.
É feita uma avaliação dos investimentos financeiros quando existem indícios de que o ativo
possa estar em imparidade, sendo registadas como gastos na Demonstração dos Resultados, as
perdas por imparidade que se conclua existir.
Outras Participações Financeiras
As participações detidas no capital de entidades que não conferem à EDIA uma influência
dominante ou significativa (participações representativas de menos de 20% do respetivo capital)
encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade
acumuladas.
Conforme previsto na NCRF27 - “Instrumentos Financeiros”, à data do relato, a EDIA avalia a
imparidade de todos os ativos financeiros, que não sejam mensurados ao justo valor através de
resultados. Se existir uma evidência objetiva de imparidades, é reconhecida uma perda por
imparidade na Demonstração dos Resultados.
3.1.g. Locações
A classificação das locações como financeiras ou operacionais é feita em função da sua
substância e não da forma legal do contrato, dando cumprimento aos critérios estabelecidos na
NCRF 9 -“Locações”.
As locações são classificadas como financeiras, sempre que nos seus termos ocorra a
transferência substancial para o locatário, de todos os riscos e vantagens associados à
propriedade do bem. Todas as restantes operações são classificadas como locações operacionais.
Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes
responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo os ativos fixos
tangíveis e as depreciações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de
acordo com o plano financeiro contratual.
As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital.
151 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações dos ativos fixos tangíveis são
reconhecidos como gastos na Demonstração dos Resultados do exercício a que respeitam.
Como referido acima, as locações operacionais são aquelas em que não forem transferidos
substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação, para o
locatário.
Nas locações consideradas como operacionais, os pagamentos (rendas) devidos são
reconhecidos como gastos na Demonstração dos Resultados, dos períodos a que dizem respeito,
numa base linear durante o período do contrato de locação.
A Empresa mantém responsabilidades de médio e longo prazo em contratos de locação
operacional de viaturas.
Por seu turno, os bens reconhecidos em regime de locação financeira são equipamentos
administrativos (fotocopiadoras e impressoras) e uma viatura ligeira de passageiros, cujo
contrato terminou em maio de 2013.
Relativamente às divulgações requeridas pela norma NCRF9 - “Locações”, dada a reduzida
expressão dos contratos de locação financeira e operacional em vigor em 2013 e anos anteriores,
não se procedeu à divulgação completa da informação no que respeita à divulgação dos
montantes dos pagamentos mínimos, ou que lhe possam ser exigidos (todos os pagamentos
incluindo eventualmente o valor da opção de compra), em virtude da sua imaterialidade e de se
considerar que não proporciona informação adicional relevante para o conhecimento da posição
financeira e desempenho financeiro da Empresa e para a tomada de decisões dos diversos
utilizadores da informação.
3.1.h. Instrumentos Financeiros - Ativos e Passivos Financeiros
Um instrumento financeiro é um contrato que dá origem a um ativo financeiro numa entidade e
a um passivo financeiro ou instrumento de capital próprio noutra entidade.
Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos no Balanço quando a Empresa se torna parte
das correspondentes disposições contratuais.
Para os ativos financeiros que apresentam indicadores de imparidade é determinado o respetivo
valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados.
Um ativo financeiro é qualquer ativo que seja dinheiro ou um direito contratual de receber
dinheiro.
Um passivo financeiro é qualquer passivo que se consubstancie numa obrigação contratual de
entregar dinheiro.
Os ativos financeiros da Empresa são basicamente os “Clientes”, “Outras Contas a Receber” e
“Caixa e Equivalentes de Caixa”.
Os passivos financeiros são fundamentalmente os “Financiamentos Obtidos”, “Fornecedores” e
“Outras Contas a Pagar”.
152 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Clientes e Outras Contas a Receber
No que respeita aos “Clientes”, as dívidas resultam de serviços prestados pela Empresa no
decurso normal da sua atividade, efetuadas de acordo com as condições normais de crédito de
curto prazo, pelo que são mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a receber,
deduzidos das perdas por imparidade, sendo expectável que a sua cobrança ocorra dentro de um
ano ou menos, registam-se em “Ativo Corrente”.
Não se aplica o critério de mensuração do custo amortizado aos saldos de “Clientes”, em virtude
dos prazos de recebimento definidos, na sua maioria, serem cumpridos e não se perspetivarem
atrasos significativos ou diferimentos no recebimento aquando do seu reconhecimento inicial.
Assim, a aplicação do custo amortizado na mensuração dos ativos financeiros em causa não
seria adequada.
Mas mesmo não sendo um valor significativo, no ano de 2013, a EDIA reconheceu perdas por
imparidade neste tipo de ativos financeiros (NCRF 27- “Instrumentos Financeiros”).
As “Outras Contas a Receber” são registadas pelo seu valor nominal, deduzido de eventuais
perdas de imparidade, pois a EDIA considera que o impacto que o critério do custo amortizado
teria nas suas contas seria nulo.
As perdas de imparidade correspondem à diferença entre a quantia inicialmente registada e o
seu valor recuperável, sendo este o valor presente dos “cash-flows” esperados (descontados à
taxa efetiva sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro for significativo), as quais são
reconhecidas na Demonstração dos Resultados do período em que são estimadas.
Para efeitos de determinação das perdas por imparidade, consideram-se créditos de cobrança
duvidosa aqueles que o risco de incobrabilidade esteja devidamente justificado, o que se verifica
nos casos em que os créditos estejam em mora há mais de doze meses desde a data do respetivo
vencimento e existam provas objetivas de terem sido efetuadas diligências para o seu
recebimento.
O saldo da rubrica de “Outras Contas a Receber”, reflete essencialmente: (i) a dívida da
DGADR (ver Nota 14); (ii) Fundos Comunitários; (iii) Devedores por Acréscimos de
Rendimentos.
Os Fundos Comunitários são recebidos num curto prazo após a data do Balanço pelo que são
mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a receber (não há perdas por
imparidade neste caso, pois só são reconhecidos como dívidas a receber, os subsídios que
satisfazem os critérios de reconhecimento estabelecidos na NCRF 22 - “Contabilização de
subsídios do governo e divulgação de apoios do governo”, ou seja, quando existe segurança de
que a EDIA cumprirá as condições a eles associadas e de que os subsídios serão recebidos).
Quanto aos “Devedores por Acréscimos de Rendimentos”, os mesmos são regularizados no
curto prazo, sendo reconhecidos pelo valor não descontado dos rendimentos reconhecidos no
exercício.
153 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Caixa e Depósitos Bancários
No Balanço, os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e Depósitos Bancários” correspondem
aos valores de caixa e aos depósitos à ordem ou a prazo. Na Demonstração dos Fluxos de Caixa,
a rubrica “Caixa e seus Equivalentes” inclui os valores em caixa e depósitos à ordem, bem como
os investimentos financeiros a curto prazo (incluindo os depósitos a prazo) que possam ser
imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos de Demonstração de Fluxos de Caixa, a rubrica de “Caixa e seus Equivalentes” é
deduzida dos descobertos bancários, que no Balanço são incluídos na rubrica de
“Financiamentos Obtidos”.
Financiamentos Obtidos
Os financiamentos obtidos são registados no Passivo pelo custo amortizado, sendo os
correspondentes encargos financeiros calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e,
registados em resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
São expressos no Passivo Corrente ou não Corrente, dependendo do seu vencimento ocorrer a
menos ou mais de um ano, respetivamente. O seu desreconhecimento só ocorre quando cessam
as obrigações decorrentes dos contratos, designadamente quando tenha havido lugar a
liquidação, cancelamento ou expiração.
Os encargos financeiros, relacionados com os empréstimos obtidos para financiamento do
investimento em curso, são capitalizados até ao momento em que a infraestrutura esteja
substancialmente concluída.
Contas a Pagar
Os saldos de “Fornecedores”, “Fornecedores de Investimento” e “Outros Credores” (não
incluindo portanto os financiamentos obtidos, que tem uma secção autónoma) respeitam à
generalidade das aquisições de bens e serviços contratadas pela Empresa, no decurso normal da
sua atividade e de acordo com as condições normais do mercado, que correspondem a um
crédito de curto prazo.
Assim, estas contas a pagar são mensuradas pelo seu valor nominal, que corresponde ao valor
não descontado dos fluxos de caixa a pagar.
Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos, são classificadas como “Passivo
Corrente”, caso contrário, são classificadas como “Passivo não Corrente”.
3.1.i. Depósitos Cativos
O prazo de resolução dos processos aos quais se encontram afetos os depósitos cativos, pode
abranger vários exercícios, no entanto a Empresa, para o processo cujo montante é
154 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
materialmente relevante, estimou a data de ocorrência dos fluxos de caixa associados e
consequente aplicação do custo amortizado.
3.1.j. Inventários
O valor dos inventários inclui todos os gastos de compra, gastos de conversão e outros gastos
incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição atual, encontrando-se
valorizados ao custo de aquisição.
No âmbito do Contrato de Entrega e respetivo “Contrato de Concessão relativo à Gestão,
Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do EFMA”,
assinado em 8 de abril de 2013, pela EDIA e pelo Estado, representado pela DGADR, a EDIA
entregou ao Estado, as infraestruturas relativas à rede secundária de rega, já concluídas. Assim o
investimento realizado, nestas infraestruturas da rede secundária que já estavam
substancialmente concluídas, antes evidenciado na subconta de “Produtos Acabados e
Intermédios”, deduzido dos respetivos subsídios ao investimento, foram transferidos para a
conta da DGADR na rubrica “Outras Contas a Receber”.
Em novembro de 2013, através de um novo Contrato de Entrega entre a EDIA e a DGADR, à
semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, a EDIA procedeu, em
representação do Estado, à conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da
rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos a ela afetos, do
Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel, cujo investimento se encontrava registado, em
“Produtos e Trabalhos em Curso” e foi transferido para a conta da DGADR, na rubrica de
“Outras Contas a Receber” (ver Nota 14).
Deste modo, a 31 de dezembro de 2013, o saldo da rubrica de “Inventários” traduz o valor da
subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso”, referente aos investimentos afetos aos blocos de
rega ainda em construção.
3.1.k. Reconhecimento de Gastos e Rendimentos
Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu
pagamento ou recebimento, de acordo com o regime contabilístico da especialização dos
exercícios. As diferenças entre os montantes pagos e recebidos e os respetivos gastos e
rendimentos são registados no Passivo e no Ativo, respetivamente.
Rédito (descrição mais pormenorizada na Nota 3.1.n)
O rédito é o influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das
atividades ordinárias da EDIA quando esses influxos resultam em aumentos de capital próprio,
que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no capital próprio.
O rédito é mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber.
O rédito pode ser proveniente das vendas de bens, prestações de serviços e do uso de ativos que
produzam juros, royalties e dividendos.
155 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Encargos com Financiamentos Obtidos
De acordo com o preconizado na NCRF10 - “Custos de Empréstimos Obtidos”, os encargos
financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como um gasto do período
em que sejam incorridos, de acordo com o regime do acréscimo e em conformidade com o
método da taxa de juro efetiva.
Os encargos financeiros com empréstimos obtidos diretamente relacionados com a construção
de ativos fixos, ou associados às concessões são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo.
A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de
construção ou desenvolvimento do ativo e termina quando a construção se encontra
substancialmente concluída, sendo também interrompida sempre que o projeto em causa se
encontre suspenso.
3.1.l. Provisões
São reconhecidas provisões quando: (i) a Empresa tem uma obrigação presente, legal ou
construtiva, resultante dum acontecimento passado, (ii) seja provável que para a liquidação
dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e (iii) o montante da obrigação possa ser
razoavelmente estimado.
O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa (na data
de relato) dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada
considerando os riscos e incertezas associados à obrigação.
Numa base semestral, as provisões são sujeitas a uma revisão, por parte do Gabinete Jurídico da
Empresa, de acordo com a melhor estimativa das respetivas responsabilidades futuras, a essa
data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas.
As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras da EDIA são
continuamente avaliados e aprovados pelo Conselho de Administração, representando à data de
cada relato a melhor estimativa da Empresa, tendo em conta o desempenho histórico, a
experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros, que nas circunstâncias em causa,
se acreditam serem razoáveis.
São constituídas provisões para processos judiciais em curso e para expropriações litigiosas,
bem como de todos os encargos estimados, responsabilidade da Empresa, quando existe uma
estimativa fiável de custos a incorrer decorrentes de ações interpostas por terceiros, com base na
avaliação da efetivação da probabilidade de pagar, tendo por base o parecer de advogados e
peritos dos Tribunais Arbitrais.
Na sequência do contrato de concessão celebrado com o Estado, em outubro de 2007 e na
sequência da entrada em vigor das NCRF e da IFRIC12 - “Acordos de Concessão de Serviços”,
a EDIA constitui, reforça ou reverte semestralmente a provisão, para fazer face aos encargos
estimados relativos à obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da
concessão, as infraestruturas afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de
água, que revertem para o Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba
apenas as grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo
156 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
do período da concessão, não incluindo a manutenção e a conservação correntes desses ativos,
as quais são reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem.
Neste sentido, são constituídas provisões para os gastos com a manutenção e conservação dos
ativos, responsabilidade da EDIA relativos à obrigação contratual de manter/conservar as
infraestruturas da rede secundária ao longo do período da concessão.
3.1.m. Subsídios
Os subsídios são reconhecidos quando existe uma garantia razoável de que irão ser efetivamente
recebidos e que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão.
Os subsídios relacionados com rendimentos são reconhecidos como rendimentos na
Demonstração dos Resultados no mesmo período do que os gastos que os mesmos se destinam a
compensar.
Com exceção dos subsídios referentes à rede secundária de rega e dos associados à atividade de
distribuição de água (cujos ativos se tem vindo a concluir que estão em imparidade total), os
subsídios atribuídos pelo Estado Português e pela União Europeia para financiar investimentos
em ativos fixos são reconhecidos inicialmente no Capital Próprio na rubrica de “Outras
Variações nos Capitais Próprios” e subsequentemente reconhecidos na Demonstração dos
Resultados em “Outros Rendimentos e Ganhos”, numa base sistemática como rendimentos do
período, de forma consistente e proporcional às depreciações dos ativos subsidiados e respetiva
percentagem de comparticipação.
Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega são reconhecidos em
“Diferimentos”, no Passivo, uma vez que, quando estes ativos forem transferidos para outra
entidade, os subsídios que lhes estão associados serão deduzidos ao investimento evidenciado
na rubrica de “Inventários”, correspondendo o valor líquido ao montante que a EDIA pretende
receber, por ter executado estes investimentos com fundos próprios, por conta do Estado.
Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a concluir
que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas
de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração dos
Resultados pelo valor líquido dos respetivos subsídios.
Os subsídios à exploração, nomeadamente para agricultura, turismo, ambiente e para a formação
de colaboradores, são reconhecidos na Demonstração dos Resultados como rendimentos durante
os períodos necessários para os balancear com os gastos incorridos.
3.1.n. Rédito
Venda de Bens e Prestação de Serviços
O reconhecimento de um rédito relativo a vendas e prestação de serviços exige que: (i) o
montante possa ser fiavelmente mensurado, (ii) seja provável que os benefícios económicos
futuros associados com a transação fluam para a Empresa.
157 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
O rédito decorrente da atividade ordinária da Empresa é mensurado pelo justo valor da
contraprestação recebida ou a receber, entendendo-se como tal o que é livremente fixado entre
as partes contratantes numa base de independência, sendo que, relativamente à venda de bens e
prestação de serviços, o justo valor reflete eventuais descontos concedidos e não inclui o
Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
Na atividade de distribuição de água a Empresa apenas reconhece o rédito que resulta da
aplicação das tarifas aprovadas pelo Estado.
A 26 de maio de 2010 foi publicado o Despacho N.º 9000/2010, com efeitos a partir de 01 de
junho, que aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado à rega para uso agrícola
fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de água do EFMA, que refere que:
À saída da rede primária, para fornecimento de água às entidades que tenham a seu
cargo a gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas integradas na
rede secundária adstrita a cada perímetro: € 0,042/m3;
À saída da rede secundária, para fornecimento de água em alta pressão às explorações
agrícolas: € 0,089/m3;
À saída da rede secundária, para fornecimento de água em baixa pressão às explorações
agrícolas: € 0,053/m3; e
Fornecimento de água captada diretamente no sistema primário: € 0,053/m3.
O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a
30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do
ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano.
O rédito é reconhecido com base nos valores do preço da água e nos consumos, ou seja, o rédito
regista-se pelo resultado da multiplicação dos valores do preço da água aprovado pelos
consumos verificados no período.
O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é
calculado de acordo com os preços da água definidos pelo Estado, que por sua vez, na sua
definição, consideram um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos
investimentos realizados.
O preço da água destinado à rega para uso agrícola foi atualizado nas taxas de variação média
anual do índice de preços ao consumidor exceto habitação para Portugal, em 2012, de 2,75%.
Em 2013, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de
€ 53,50/ha/ano para a adução em alta pressão e de € 16,05/ha/ano para a adução em baixa
pressão. No que respeita à componente de exploração os valores aplicados para alta e baixa
pressão são de 0,0735€/m3 e 0,0475€/m3, respetivamente.
158 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Juros
O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável
que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com
fiabilidade.
Estes juros são registados no período a que respeitam, de acordo com o regime do acréscimo.
3.1.o. Imposto Sobre o Rendimento
O imposto sobre o rendimento engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.
O valor do imposto corrente é a quantia a pagar ou a recuperar de imposto sobre o rendimento
respeitante ao lucro ou à perda tributável de um período, ajustado de acordo com a legislação e
regras fiscais.
O imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável, calculado de acordo com os critérios
fiscais vigentes à data do Balanço. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez
que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros
exercícios. O lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou
tributáveis.
Os impostos diferidos decorrem das diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e
passivos e os seus valores nas demonstrações financeiras, utilizando as taxas de imposto
aprovadas à data de Balanço e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças
temporárias reverterem.
Os impostos correntes e diferidos são reconhecidos como um gasto ou como um rendimento e
incluídos no resultado líquido do período, exceto quando o imposto provenha de uma transação
ou acontecimento que seja reconhecido, no mesmo ou num diferente período, diretamente no
capital próprio, caso em que o respetivo imposto é diretamente debitado ou creditado ao capital
próprio.
Porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de
lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos ou quando
existam impostos diferidos passivos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os
impostos diferidos ativos possam ser utilizados. Em cada data de relato é efetuada uma revisão
desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas
quanto à sua utilização futura.
A Empresa não contabiliza ativos por impostos diferidos relacionados com o reporte de
prejuízos fiscais por não haver uma segurança razoável quanto à existência de lucros tributáveis
futuros que permitam a utilização desses prejuízos fiscais. Em relação às diferenças temporárias
dedutíveis geradas pelas perdas de imparidade do segmento “água” registadas na rubrica de
“Ativos Intangíveis”, em 2013 e anos anteriores, as mesmas só dão origem ao registo de ativos
por impostos diferidos na medida em que se considera provável que esteja disponível lucro
tributável contra o qual essas diferenças possam ser utilizadas, o que se verifica somente em
relação a um montante equivalente ao das diferenças temporárias tributáveis associadas aos
159 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
subsídios registados no Capital Próprio (que dão origem ao reconhecimento de um passivo por
imposto diferido associado à tributação futura desses subsídios, que ocorrerá ao longo do
período em que os mesmos serão imputados como rendimentos), que se espera que venham a
reverter nos mesmos períodos (isto é, de forma sistemática e regular ao longo do período da
concessão) em que ocorrerá a reversão das diferenças tributárias dedutíveis.
A Empresa encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à
taxa de 25%, sendo a derrama calculada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável.
Para a mensuração dos impostos diferidos, no encerramento das contas reportadas a 31 de
dezembro de 2013, a taxa aplicada foi de 23%, uma vez que a Lei nº 2/2014 de 16 de janeiro já
se encontrava aprovada pela Assembleia da República desde 20 de dezembro de 2013,
inserindo-se deste modo na norma NCRF 25 - “Imposto sobre o rendimento”, entendimento este
defendido pela Comissão de Normalização Contabilística.
Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC, a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a
tributação autónoma sobre um conjunto de encargos, às taxas previstas no mencionado artigo.
No entanto as taxas de tributação autónoma são elevadas em 10%, uma vez que a EDIA
apresenta prejuízo fiscal no período de tributação (exercício de 2013).
De acordo com a legislação em vigor, as declarações de rendimentos para efeitos fiscais são
passíveis de revisão e correção pela Administração Tributária durante um período de quatro
anos. Contudo, este prazo poderá ser prolongado ou suspenso desde que estejam em curso
inspeções, reclamações ou impugnações, ou se tiver havido prejuízos fiscais, situação em que,
durante um período de seis anos após a sua ocorrência, relativamente a períodos anteriores a
2010 e de quatro anos relativamente aos períodos posteriores, não são suscetíveis de dedução
aos lucros tributáveis que venham a ser gerados.
No âmbito de uma inspeção da Autoridade Tributária à Empresa, com início em outubro de
2012, em sede de IRC, é entendimento deste órgão que as declarações de rendimentos de 2008 a
2013 poderão vir a ser corrigidas, não sendo expectável para a EDIA que das eventuais
correções venha a decorrer um efeito significativo nas suas demonstrações financeiras. É
convicção da Administração, que não ocorrerão liquidações adicionais de valor significativo no
contexto das demonstrações financeiras.
Para efeito de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), a Empresa encontra-se enquadrada
no regime normal, periodicidade mensal, apresentando pedidos de reembolsos sucessivos.
3.1.p. Ativos e Passivos Contingentes
Os ativos e passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, mas
divulgados nas notas anexas. Nos casos em que a possibilidade de um exfluxo de recursos que
incorporem benefícios económicos for remota ou se for pouco provável que ocorra o influxo de
benefícios económicos, os respetivos passivos contingentes ou ativos contingentes não são
divulgados.
160 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
3.1.q. Acontecimentos Subsequentes
Os acontecimentos ocorridos após a data do Balanço mas antes da data de aprovação das
demonstrações financeiras pelo órgão de gestão da Empresa e desde que proporcionem
informação adicional sobre condições que existiam à data do Balanço, dão lugar a ajustamentos,
sendo refletidos nas demonstrações financeiras do período.
Os eventos ocorridos após a data do Balanço que sejam indicativos de condições que surgiram
após a data do Balanço (acontecimentos que não dão lugar a ajustamentos), são divulgados no
anexo às demonstrações financeiras, se forem considerados materialmente relevantes.
3.1.r. Estimativas e Julgamentos
Na preparação das demonstrações financeiras foram utilizados julgamentos e estimativas que
afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de
rendimentos e gastos durante o período de reporte.
As estimativas e pressupostos são determinadas com base no melhor conhecimento existente à
data de preparação das demonstrações financeiras e na experiência de eventos passados e/ou
correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros. No entanto,
poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de
aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas.
As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras
serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os
resultados reais das situações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras são continuamente
avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Administração, tendo em
conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros.
Nas demonstrações financeiras a 31 de dezembro de 2013, as estimativas refletidas mais
significativas, incluem os estudos de imparidade realizados aos ativos intangíveis e
investimentos em curso, impostos diferidos e o registo de provisões.
De uma forma simples, a imparidade constitui uma estimativa de redução do valor escriturado
dos ativos. Neste sentido, serve como um instrumento que proporciona à Empresa mais uma
possibilidade de assegurar que as suas informações contabilísticas representam, em cada
momento, da melhor forma a realidade económica das atividades desenvolvidas e o valor dos
seus elementos patrimoniais. Disto depende toda a utilidade das demonstrações financeiras para
o conjunto dos stakeholders, que procuram as melhores argumentações para as suas tomadas de
decisão.
A Empresa, com base nos testes de imparidade, verifica se os ativos estão em imparidade, de
acordo com a política referida. O cálculo dos valores recuperáveis das unidades geradoras de
caixa envolve julgamento e na avaliação subjacente aos cálculos efetuados são utilizados
pressupostos baseados na informação disponível quer do negócio, quer do enquadramento
macroeconómico, em determinado momento.
161 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
O reconhecimento de impostos diferidos pressupõe a existência de resultados e matéria
coletável futura. Os impostos diferidos, ativos e passivos, foram determinados com base na
legislação fiscal atualmente em vigor ou em legislação já publicada para aplicação futura.
Alterações na legislação fiscal podem influenciar o valor dos impostos diferidos.
A Empresa exerce julgamento considerável na mensuração e reconhecimento de provisões. O
julgamento é necessário de forma a aferir a probabilidade que um contencioso tem de ser bem
sucedido. As provisões são constituídas quando a Empresa espera que processos em curso irão
originar a saída de fluxos, a perda seja provável e possa ser razoavelmente estimada. Devido às
incertezas inerentes ao processo de avaliação, as perdas reais poderão ser diferentes das
originalmente estimadas na provisão.
Estas estimativas estão sujeitas a alterações sempre que nova informação fica disponível.
Revisões às estimativas destas perdas podem afetar os resultados futuros.
3.2. Políticas de Gestão do Risco Financeiro
O Conselho de Administração providencia os princípios gerais para a gestão de riscos bem
como os limites de exposição aos mesmos.
As atividades da Empresa acarretam exposição a riscos financeiros, nomeadamente:
Risco de Mercado - fundamentalmente o das taxas de juro e o das taxas de câmbio, os
quais estão associados, respetivamente, ao risco do impacto da variação das taxas de
juro de mercado nos ativos e passivos financeiros e nos resultados e ao risco de
flutuação do justo valor dos ativos e passivos financeiros em resultado de alterações nas
taxas de câmbio;
Risco de Crédito - risco dos seus devedores não cumprirem com as suas obrigações
financeiras; e
Risco de Liquidez - risco de que se venham a encontrar dificuldades para satisfazer
obrigações associadas a passivos financeiros.
As atividades da EDIA estão expostas fundamentalmente ao risco da taxa de juro que advém
essencialmente da contratação de empréstimos de longo prazo com taxas de juro variáveis
(sendo os indexantes mais utilizados a Euribor a 3 meses e a 6 meses), não sendo utilizados
quaisquer instrumentos financeiros derivados na gestão desses riscos.
Esta situação prende-se com a necessidade da Empresa financiar as atividades de investimento
do EFMA com o recurso a capitais alheios, através da contratação de empréstimos bancários. A
obtenção de recursos financeiros por esta via (empréstimos obrigacionistas, contas correntes
caucionadas e outros) resulta de uma política financeira definida pelo único acionista, assente na
contratação de empréstimos com garantia do Estado, e da não disponibilização de dotações de
capital suficientes para acompanhar o ritmo dos investimentos do EFMA.
Por outro lado, a Empresa não tem gerado os meios necessários, não só para fazer face ao
volume de investimentos que vem realizando, como também não dispõe de liquidez suficiente
para satisfazer os encargos financeiros decorrentes da política de financiamento adotada.
162 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Na Nota 19-Financiamentos Obtidos, encontra-se apresentado o detalhe da dívida bancária
remunerada com a indicação da entidade financiadora e respetivo indexante.
Considera-se que, em virtude de não existirem instrumentos financeiros em moeda estrangeira e
das dívidas de clientes serem reduzidas e recentes, não existem, até à presente data, riscos de
outra natureza considerados relevantes que mereçam uma divulgação mais detalhada com vista
a melhorar a informação e respetiva compreensão dos utilizadores sobre os riscos a que a
Empresa se encontra exposta.
4. Fluxos de Caixa
Para efeitos da Demonstração de Fluxos de Caixa, a “Caixa e seus Equivalentes” engloba o
dinheiro em caixa e em depósitos à ordem e também os investimentos financeiros a curto prazo,
altamente líquidos, que sejam prontamente convertidos para quantias conhecidas de dinheiro e
que estejam sujeitas a um risco insignificante de alterações de valor.
A Demonstração de Fluxos de Caixa é preparada segundo o método direto, através da qual são
divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento
e de financiamento.
Todos os saldos significativos de caixa e seus equivalentes estão disponíveis para uso não
apresentando qualquer restrição à data de Balanço.
As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores,
pagamentos ao pessoal e outros relacionados com a atividade operacional.
As atividades de investimento incluem, nomeadamente os pagamentos e recebimentos
decorrentes da compra e da venda de ativos e recebimentos de juros.
As atividades de financiamento incluem os pagamentos e recebimentos referentes a
empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e juros pagos.
Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica de “Caixa e Depósitos
Bancários” que inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis e outros
equivalentes, detalha-se como segue:
Euros
Depósitos a Prazo 22.000.000 28.240.000
Depósitos à Ordem 26.762.171 31.231.394
Numerário 7.898 38.145
48.770.069 59.509.539
Caixa e Depósitos Bancários 31-Dez-1231-Dez-13
163 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
A diferença do valor apresentado em Balanço nesta rubrica (€ 48.770.069) e o valor de “Caixa e
seus Equivalentes” no fim do período (€ 48.724.768) na Demonstração de Fluxos de Caixa
(método direto), deve-se ao saldo credor no montante de € 45.301, essencialmente da conta de
depósitos à ordem do BCP, de juros devedores do financiamento associado ao depósito caução,
que no Balanço se reflete na conta de “Financiamentos Obtidos”.
Todas as contas de depósitos à ordem foram reconciliadas, com referência a 31 de dezembro de
2013 e 31 de dezembro de 2012.
5. Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros
As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor
conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e
transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes.
Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data
de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As
alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras
serão corrigidas de forma prospetiva.
Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em
questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
Em 2013, ocorreram alterações de políticas contabilísticas face às consideradas na preparação
da informação financeira relativa ao período homólogo, apresentada para efeitos comparativos.
Atendendo que se trata de alterações com alguma relevância no Balanço, a EDIA efetuou as
seguintes reexpressões dos valores comparativos de 2012, também no sentido de permitir a
comparabilidade entre rubricas:
164 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
(i) O valor registado na conta de “Outras Contas a Receber” no Ativo Corrente foi
reclassificado na sua maioria para uma conta de “Depósitos Cativos” no Ativo não Corrente,
uma vez que só é expectável que os processos associados fiquem solucionados a médio e longo
Euros
ATIVO
Ativo Não Corrente
Ativos Fixos Tangíveis 6 16.027.716 16.027.716
Ativos Intangíveis 7 e 17 364.142.735 364.142.735
Participações Financeiras - Método Equivalência Patrimonial 8 5.046 5.046
Participações Financeiras - Outros Métodos 8 276.001 276.001
Ativos por Impostos Diferidos 9 35.484.643 35.484.643
Depósitos Cativos 10 8.533.529 8.533.529 (i)
415.936.141 8.533.529 424.469.670
Ativo Corrente
Inventários 11 423.836.069 423.836.069
Clientes 12 1.743.604 1.743.604
Adiantamentos a Fornecedores 1.059.248 1.059.248
Estado e Outros Entes Públicos 13 542.444 542.444
Acionistas/Sócios 1.050 1.050
Outras Contas a Receber 14 85.240.614 -8.533.529 76.707.085 (i)
Diferimentos 15 496.534 496.534
Caixa e Depósitos Bancários 4 59.509.539 59.509.539
572.429.102 -8.533.529 563.895.573
Total do Ativo 988.365.243 988.365.243
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital Próprio
Capital Realizado 16 387.267.750 387.267.750
Outras Reservas 16 9.202.700 9.202.700
Resultados Transitados 16 e 17 -832.397.592 -832.397.592
Ajustamentos em Ativos Financeiros 8 413.817 413.817
Outras Variações no Capital Próprio 16 98.419.670 98.419.670
Resultado Líquido do Período 8.559.040 8.559.040
Total do Capital Próprio -328.534.615 -328.534.615
Passivo Não Corrente
Provisões 18 11.915.833 11.915.833
Financiamentos Obtidos 19 543.697.068 543.697.068
Outras Contas a Pagar 20 15.517.311 15.517.311 (iii)
Passivos por Impostos Diferidos 9 35.484.643 35.484.643
Diferimentos 15 543.362.278 -27.850.030 515.512.248 (ii)+(iii)
1.134.459.822 -12.332.719 1.122.127.103
Passivo Corrente
Fornecedores 20 7.235.363 7.235.363
Adiantamento de Clientes 6.512 6.512
Estado e Outros Entes Públicos 13 230.832 230.832
Financiamentos Obtidos 19 147.939.502 147.939.502
Outras Contas a Pagar 20 12.818.642 12.332.719 25.151.361 (ii)
Diferimentos 15 14.209.184 14.209.184
182.440.036 12.332.719 194.772.755
Total do Passivo 1.316.899.858 1.316.899.858
Total do Capital Próprio e do Passivo 988.365.243 988.365.243
Impacto da
reexpressãoBalanço Notas
31/12/2012
(Aprovado)
31/12/2012
(Reexpresso)
165 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
prazo. Espera-se que os montantes dos depósitos cativos só sejam realizados num período
superior a doze meses após a data do Balanço para liquidar um passivo, tendo em conta a
habitual morosidade do desenvolvimento dos processos judiciais em curso.
(ii) Foram transferidos da conta de “Diferimentos” no Passivo não Corrente para “Outras
Contas a Pagar” no Passivo Corrente, os fundos já recebidos, a título de adiantamentos, afetos à
rede secundária, em que a despesa ainda não está realizada, prevendo-se a sua concretização até
final do ano de 2014, dado que existe uma probabilidade efetiva de serem reembolsados.
(iii) Foram transferidos da conta de “Diferimentos” no Passivo não Corrente para “Outras
Contas a Pagar” no Passivo não Corrente, os adiantamentos recebidos de financiamentos
comunitários no âmbito do PRODER, em que só é expectável a sua utilização por dedução da
despesa a realizar, a mais de doze meses. Estas candidaturas foram aprovadas no final de 2012,
e o seu encerramento está previsto para o final de 2015.
6. Ativos Fixos Tangíveis
Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, os
movimentos ocorridos na rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis”, bem como nas respetivas
depreciações e nas perdas de imparidade acumuladas foram os seguintes:
6.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico
Os principais investimentos que se encontram registados como ativos fixos tangíveis na
Empresa são os terrenos sobrantes de expropriações, o edifício da sede da Empresa, o Museu da
Luz, o Parque de Natureza de Noudar e o Centro de Cartografia, os quais não se encontram
afetos à concessão, pelo que não revertem para o Estado no final do período de concessão do
contrato.
À semelhança de anos anteriores, foi efetuada a transferência desses investimentos, de em curso
para a devida rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis” e iniciado o processo de depreciação, bem
como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são depreciados) dos
subsídios que lhes estão associados.
Euros
Terrenos e
Recursos Naturais
Edifícios e
Outras
Construções
Equipamento
Básico
Equipamento de
Transporte
Equipamento
Administrativo
Outros Ativos
Fixos Tangíveis
Ativos Fixos
Tangíveis
em Curso
Adiantamentos
por Conta de
Investimentos
Total
Ativo Bruto
Saldo Inicial 4.759.366 11.822.703 1.307.104 766.944 2.331.040 458.907 436.116 (23.072) 21.859.108
Adições 3.980 1.899 3.158 5.618 108.303 122.958
Outras Transferências/Abates 70.858 (19.280) 3.713 (71.197) (15.907)
Saldo Final 4.759.366 11.897.541 1.309.003 747.664 2.337.911 464.525 436.116 14.034 21.966.160
Depreciações Acumuladas
Saldo Inicial 5 2.160.851 538.175 734.481 2.140.931 256.949 5.831.392
Adições 2 270.365 121.394 11.855 53.674 35.585 492.874
Outros Movimentos de Depreciações Acumuladas (19.281) (19.281)
Saldo Final 7 2.431.216 659.569 727.055 2.194.605 292.534 6.304.985
Valor Liquido 4.759.359 9.466.324 649.434 20.609 143.306 171.992 436.116 14.034 15.661.175
Ativos Fixos Tangíveis
31-Dez-13
Euros
Terrenos e
Recursos Naturais
Edifícios e
Outras
Construções
Equipamento
Básico
Equipamento de
Transporte
Equipamento
Administrativo
Outros Ativos
Fixos Tangíveis
Ativos Fixos
Tangíveis
em Curso
Adiantamentos
por Conta de
Investimentos
Total
Ativo Bruto
Saldo Inicial 4.759.366 11.419.482 1.232.022 775.095 2.377.119 395.512 253.405 55.200 21.267.200
Adições 186 25.555 28.464 63.395 660.828 100.331 878.759
Outras Transferências/Abates 403.221 74.896 (33.706) (74.543) (478.117) (178.602) (286.851)
Saldo Final 4.759.366 11.822.703 1.307.104 766.944 2.331.040 458.907 436.116 (23.072) 21.859.108
Depreciações Acumuladas
Saldo Inicial 3 1.893.491 417.368 738.433 2.096.220 209.311 5.354.826
Adições 2 267.360 120.807 29.754 119.043 47.638 584.604
Outros Movimentos de Depreciações Acumuladas (33.706) (74.332) (108.038)
Saldo Final 5 2.160.851 538.175 734.481 2.140.931 256.949 - - 5.831.392
Valor Liquido 4.759.361 9.661.852 768.929 32.463 190.108 201.958 436.116 (23.072) 16.027.716
Ativos Fixos Tangíveis
31-Dez-12
166 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Nas rubricas de “Edifícios e Outras Construções” e “Equipamento Básico”, as adições e as
outras transferências, traduzem as obras efetuadas em imóveis próprios, concretamente
benfeitorias e aquisição de equipamento hoteleiro para o Parque de Natureza de Noudar, bem
como de outros equipamentos a afetar às infraestruturas do EFMA, concretamente ao Museu da
Luz, que já se encontram em exploração.
7. Ativos Intangíveis
Os movimentos ocorridos nas principais classes de “Ativos Intangíveis”, registados ao custo de
aquisição deduzido das respetivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, tiveram a
seguinte evolução em 2013 e 2012:
7.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico
Em resultado da entrada em funcionamento pleno da barragem e da central hidroelétrica de
Alqueva em Dezembro de 2005, e da barragem e central hidroelétrica de Pedrógão no início de
2006, foi iniciado nessas datas o respetivo processo de depreciação (incluindo a parte das
barragens afeta à produção de energia, que se estima em 35,1% do investimento total das
barragens), bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são
amortizados) dos subsídios que lhes estão associados.
Euros
Terrenos e
Recursos
Naturais
Edifícios e Outras
Construções
Equipamento
Básico
Projetos de
Desenvolvimento
Programas de
ComputadorOutros Direitos
Ativos
Intangíveis em
Curso
Adiantamentos
por conta de
Investimentos
Total
Ativo Bruto
Saldo Inicial 217.160.922 1.036.789.272 136.928.293 116.949 2.741.430 195.000.100 156.879.502 368.543 1.745.985.011
Adições 2.460 31.030.923 3.735.747,89 34.769.131
Outras Transferências/Abates 9.344.764 38.707.080 (66.984) (47.984.860) (3.749.270) (3.749.271)
Saldo Final 226.505.686 1.075.496.352 136.863.769 116.949 2.741.430 195.000.100 139.925.565 355.021 1.777.004.871
Amortizações Acumuladas
Saldo Inicial 5.805.442 20.192.982 9.648.130 116.949 2.732.931 100 38.496.534
Adições 851.120 3.080.545 1.281.414 8.500 5.221.579
Saldo Final 6.656.562 23.273.527 10.929.544 116.949 2.741.430 100 43.718.113
Perdas de Imparidade Acumuladas
Saldo Inicial 152.011.341 801.399.366 37.824.834 195.000.000 156.741.659 368.543 1.343.345.743
Perdas Imparidade Reconhecidas 9.268.223 38.445.420 2.805 47.716.448
Perdas Imparidade Revertidas (16.953.936) (13.522) (16.967.459)
Saldo Final 161.279.564 839.844.786 37.827.639 195.000.000 139.787.723 355.021 1.374.094.732
Saldo Final 58.569.561 212.378.038 88.106.586 137.842 359.192.029
Ativos Intangíveis
31-Dez-13
Euros
Terrenos e
Recursos
Naturais
Edifícios e Outras
Construções
Equipamento
Básico
Projetos de
Desenvolvimento
Programas de
ComputadorOutros Direitos
Ativos
Intangíveis em
Curso
Adiantamentos
por conta de
Investimentos
Total
Ativo Bruto
Saldo Inicial 217.005.848 1.005.200.922 136.929.571 116.949 2.741.430 195.000.100 145.574.298 371.745 1.702.940.864
Adições 41.336.453 1.708.194,00 43.044.647
Outras Transferências/Abates 155.074 31.588.350 (1.278) (30.031.249) (1.711.396) (499)
Saldo Final 217.160.922 1.036.789.272 136.928.293 116.949 2.741.430 195.000.100 156.879.502 368.543 1.745.985.012
Amortizações Acumuladas
Saldo Inicial 4.955.438 17.110.168 8.365.743 116.949 2.488.582 100 33.036.979
Adições 850.004 3.082.814 1.282.387 244.349 5.459.554
Saldo Final 5.805.442 20.192.982 9.648.130 116.949 2.732.931 100 38.496.533
Perdas de Imparidade Acumuladas
Saldo Inicial 151.885.390 769.913.228 37.825.663 195.000.000 145.436.455 272.244 1.300.332.980
Perdas Imparidade Reconhecidas 125.950 31.486.138 11.305.204 96.299 43.013.591
Perdas Imparidade Revertidas (829) (829)
Saldo Final 152.011.340 801.399.366 37.824.834 195.000.000 156.741.659 368.543 1.343.345.743
Saldo Final 59.344.140 215.196.924 89.455.329 0 8.499 0 137.843 0 364.142.735
Ativos Intangíveis
31-Dez-12
167 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
A partir de 1 de novembro de 2007 (com a entrada em vigor do contrato de concessão), essas
infraestruturas, tal como os restantes bens afetos à concessão, passaram a ser amortizadas pelo
método das quotas constantes ao longo do período de 75 anos da concessão, que termina em
outubro de 2082.
Nos exercícios de 2009 a 2013 ficaram substancialmente concluídas e entraram em exploração
vários perímetros de rega, podendo as percentagens de afetação das infraestruturas primárias a
cada um dos perímetros de rega em exploração, ser resumidas da seguinte forma:
Data de Entrada em exploração /áreas/ Infraestruturas da
rede primária
Área
Beneficiada
(hectares)
Perímetro
Monte Novo
Perímetro
Alvito-Pisão
Perímetro
do Pisão
Blocos de
Ferreira,
Figueirinha e
Valbom
(Perímetro Pisão-
Roxo)
Perímetro
de Alfundão
Infra-
estrutura
12
Perímetro
Loureiro-Alvito
Bloco de Ervidel
1 (Perímetro
Pisão-Roxo)
Bloco de Ervidel
2 e 3 (Perímetro
Pisão-Roxo)
Bloco de Aljustrel
(Perímetro Roxo
Sado)
Perímetro Pisão
Beja
2.ºBlocos Roxo
Sado
Perímetro de
Vale de Gaio
Área Beneficiada (hectares) - 7.714 10.058 2.588 5.118 4.216 5.980 470 2.914 3.508 1.300 10.585 1.949 3.290 59.690
Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 7,00% 9,13% 2,35% 4,64% 3,83% 5,43% 0,43% 2,64% 3,18% 1,18% 9,61% 1,77% 2,99% 54,16%
Estação Elevatória dos Álamos 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%
Barragens dos Álamos 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%
Ligação Álamos - Loureiro 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%
Barragem do Loureiro 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%
Ligação Loureiro - Monte Novo 7.714 100,00% - - - - - - - - - - - - 100,00%
Túnel Loureiro-Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%
Tomada de Água do Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%
Segregação de Água do Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%
Ligação Alvito-Pisão 42.236 - 23,81% 6,13% 12,12% 9,98% - - 6,90% 8,31% 3,08% 25,06% 4,61% - 100,00%
Derivação a Odivelas 9.270 - - - - - 64,51% - - - - - - 35,49% 100,00%
Ligação Pisão-Beja 10.585 - - - - - - - - - - 100,00% - - 100,00%
Ligação Pisão-Roxo 14.789 - - - 34,61% - - - 19,70% 23,72% 8,79% - 13,18% - 100,00%
Ligação Roxo Sado 1.949 - - - - - - - - - - - 100,00% - 100,00%
Barragem do Pisão 6.804 - - 38,04% - 61,96% - - - - - - - 100,00%
Perímetros em exploração Outros Perímetros
TOTAL
Subsistema Alqueva
Su
bsis
tem
a A
lqu
ev
a
Data de Entrada em exploração /áreas/Infraestruturas da
rede primária
Área
Beneficiada
(hectares)
Perímetro
Orada
Amoreira
Perímetro
de Brinches
Perímetro
de Brinches-
Enxoé
Perímetro
de Serpa
Perímetro
Caliços
Machados
Perimetro
Caliços
Moura
Perímetro
de Pias
Perímetro
de Brenhas
Subsistema Ardila
Área Beneficiada (hectares) - 2.522 5.463 4.698 4.400 5.000 2.136 4.614 745 29.578
Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 2,29% 4,96% 4,26% 3,99% 4,54% 1,94% 4,19% 0,68% 26,84%
Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão 29.578 8,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00%
Barragem da Amoreira e Brinches 29.578 8,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00%
CH Amoreira-Caliços 12.495 - - - - 40,02% 17,09% 36,93% 5,96% 100,00%
CH Caliços-Pias 4.614 - - - - - - 100,00% - 100,00%
CH Caliços-Machados 5.000 - - - - 100,00% - - - 100,00%
Estação Elevatória de Brinches 14.561 - 37,52% 32,26% 30,22% - - - - 100,00%
Adutor Brinches Enxoé 14.561 - 37,52% 32,26% 30,22% - - - - 100,00%
Barragem de Serpa 4.400 - - - 100,00% - - - - 100,00%
Est.Elev.Torre Lóbio, Adutor Serpa e Res. Serpa Norte 4.400 - - - 100,00% - - - - 100,00%
Perímetros em exploração Outros Perímetros
TOTAL
Su
bsi
stem
a A
rdil
a
168 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afetas ao EFMA, objeto do
respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do
sistema primário (barragens, centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento,
enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária.
No termo da concessão, os bens referidos anteriormente revertem, sem qualquer indemnização,
para o Estado, livres de quaisquer ónus ou encargos e em perfeitas condições de
operacionalidade, utilização e manutenção.
Uma vez que estas infraestruturas se encontram afetas ao segmento “água” e como tal, já foram
objeto de ajustamento por perdas por imparidade, sendo o seu valor líquido contabilístico nulo
(ver Nota 7.3), não se efetua qualquer amortização destes investimentos.
Assim, o cálculo do valor das amortizações que seriam refletidas nas demonstrações financeiras
se não tivessem reconhecidas anteriormente as perdas por imparidade, serve apenas para
determinar qual a parte das perdas por imparidade que é aceite como gasto fiscal de cada
período, nos termos do artigo 35.º do Código do IRC.
7.2. Outros Direitos
O montante da rubrica “Outros Direitos” corresponde, essencialmente, à compensação
financeira inicial paga pela EDIA ao Estado, no montante de € 195.000.000, resultante do
“Contrato de Concessão da Utilização do Domínio Público Hídrico afeto ao EFMA”, de 17 de
outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, com a duração de 75 anos. Este Contrato
concretiza os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária,
precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as
regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico.
Estando esta verba diretamente relacionada com a atividade de distribuição de água (e não com
a atividade de produção de energia subconcessionada à EDP), que se encontra em imparidade
total, os referidos € 195.000.000 encontram-se cobertos por perdas por imparidades acumuladas
de igual montante (ver Nota 7.3. adiante).
Perímetros
em exploração
Data de Entrada em exploração /áreas/Infraestruturas da rede primária
Área
Beneficiada
(hectares)
Perímetro
Pedrógão-MD
Perímetro
S.Pedro Baleizão
Quintos
Perímetro
S.Matias
Subsistema Pedrógão
Área Beneficiada (hectares) - 4.800 11.270 4.865 20.935
Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 4,36% 10,23% 4,41% 19,00%
Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão-Margem Direita 20.935 22,93% 53,83% 23,24% 100,00%
CH S. Pedro Baleizão Quintos 11.270 - 100,00% - 100,00%
CH S. Matias 4.865 - - 100,00% 100,00%
Outros Perímetros
TOTAL
Su
bsi
stem
a
Ped
róg
ão
169 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
7.3. Perdas por Imparidade
Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água a partir do sistema
primário, a EDIA estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento “água” através da
determinação do respetivo valor de uso, tendo concluído, em 2013 e anos anteriores (2009 a
2012), que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este segmento é negativo,
pelo que a perda por imparidade nas referidas datas corresponde ao valor total dos ativos
(líquido dos passivos indissociáveis - subsídios) afetos a este segmento.
Assim, os ativos líquidos de amortizações, afetos a este segmento registados em “Ativos
Intangíveis”, com valor bruto € 1.374.094.732 em 31 de dezembro de 2013 (€ 1.343.345.743 em
31 de dezembro de 2012) encontram-se totalmente compensados por perdas de imparidade
acumuladas de igual montante.
Os montantes afetos a cada um dos segmentos (água, energia, outros) nas rubricas do “Ativo
Intangível” (valores brutos) foram os seguintes:
De igual modo, os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem
vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados ao longo dos anos) que estão em
imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de
imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração dos
Resultados pelo valor líquido dos respetivos subsídios.
À data de relato, os subsídios que estavam diretamente associados a despesas que foram
reconhecidas nos ativos intangíveis da EDIA em 2013, incluídas em pedidos de pagamento aos
fundos comunitários apresentados após 31dezembro, mas também todas as outras despesas no
ano em análise, que ainda não tinham sido incluídas em pedidos de pagamento até à data de
encerramento de contas, mas que já se sabia que o viriam a ser e em que as hipóteses de não
serem aceites pela entidade financiadora era diminuta e que estavam a dar origem ao
reconhecimento de perdas de imparidade em 2013, foram especializados.
Tratando-se de subsídios que cumprem os requisitos de contabilização estabelecidos na NCRF
22, isto é, em que existe uma segurança razoável de que a entidade cumprirá as condições a ele
associadas e de que o subsídio será recebido, não faz sentido reconhecer perdas de imparidade
para valores que já se sabe que vão ser compensados por subsídios, pelo que só procedendo à
especialização destes subsídios se consegue assegurar, na melhor medida possível, que as perdas
de imparidade são corretamente reconhecidas.
Euros
Ativo Intangivel Segmento Água Segmento Energia Outros Segmento Água Segmento Energia Outros
Projetos Desenvolvimento 116.949 116.949
Programas de Computador 1.805.861 935.569 1.805.861 935.569
Outros Direitos 195.000.000 0 100 195.000.000 0 100
Terrenos e Recursos Naturais 161.279.564 65.226.144 152.011.340 65.149.603
Edificios e Outras Construções 839.844.786 235.906.860 801.399.366 235.390.254
Equipamento Básico 37.827.639 99.036.773 37.824.834 99.104.102
Ativo Intangivel em Curso 139.787.723 137.843 156.741.659 137.843
Adiantamentos por conta de Investimentos 355.021 368.543
Total 1.374.094.732 401.975.638 1.190.461 1.343.345.743 401.449.819 1.190.461
31-Dez-13 31-Dez-12
170 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
8. Partes Relacionadas
Todas as empresas que fazem parte do Grupo EDIA foram consideradas como partes
relacionadas da Empresa.
O conceito de partes relacionadas inclui não apenas as entidades subsidiárias e associadas, mas
também outras empresas detidas pela EDIA. As partes relacionadas englobam igualmente os
quadro-chave da Empresa.
8.1. Participações Financeiras-Método da Equivalência Patrimonial
O saldo desta rubrica corresponde à valorização, pelo Método da Equivalência Patrimonial
(MEP), da participação de 51% detida pela EDIA no capital da Gestalqueva - Sociedade para o
Aproveitamento do Potencial das Albufeiras de Alqueva e de Pedrogão, S.A..
A Gestalqueva é uma sociedade anónima criada por escritura pública, lavrada em 07 de março
de 2003, com sede social em Beja, na Rua Zeca Afonso N.º 2, com um capital social de €
500.000, maioritariamente subscrito pela EDIA (51%), sendo o restante valor assumido em
partes iguais pelos municípios das áreas do regolfo das albufeiras de Alqueva e do Pedrógão, a
saber: Alandroal, Moura, Mourão, Serpa, Portel, Reguengos de Monsaraz e Vidigueira.
Tratando-se de uma sociedade constituída nos termos da lei comercial, na qual o Estado pode
exercer uma influência dominante, ainda que de forma indireta via participação maioritária
detida pela EDIA, a Gestalqueva, S.A. é considerada empresa pública, nos termos do disposto
no regime jurídico do setor empresarial do Estado.
No atual contexto, e seguindo orientação superior que vinha sendo assumida em diversos
momentos pelo Estado, até mas não só, na qualidade de acionista da EDIA, em 15 de junho de
2012 foi deliberada por unanimidade em Assembleia Geral da Gestalqueva, S.A. a dissolução
da sociedade, sem prejuízo dos sócios considerarem fundamental a concertação de ações por
forma a garantir a gestão integrada do Grande Lago Alqueva e a promoção do desenvolvimento
económico e social deste território.
Na mesma Assembleia Geral foi eleita, nos termos legalmente previstos, a respetiva Comissão
Liquidatária.
Em 13 de agosto de 2012, e cumprindo com o disposto no artigo 149.º, N.ºs 1 e 2 do CSC,
foram aprovadas as contas da Gestalqueva, S.A. à data da dissolução (15 de junho de 2012).
Em 12 de outubro de 2012, e no âmbito do processo de liquidação em curso, foi equacionada a
alienação da participação social de 51% detida pela Gestalqueva, S.A. na empresa Gescruzeiros,
Euros
Gestalqueva -Sociedade de Aproveitamento das
Potencialidades Albufeiras de Alqueva e de Pedrógão, S.A.500.000 51 51.000A 5 5.046 5.046 -
Valor da
participação
em 31
Dezembro
2013
Denominação Social Capital Social % ParticN.º Acções/
Un. Particip.
Valor
Nominal
Equivalência
Patrimonial
Valor da
participação
em 31
Dezembro
2012
171 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
S.A. Na referida Assembleia Geral da Gestalqueva, S.A., de 12 de outubro, ficou deliberada a
alienação da referida participação social, e assumida a opção pela alienação através de concurso
público.
Estando em causa a alienação de uma participação social por uma entidade pública, a EDIA
levou ao conhecimento da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, a intenção de proceder à
alienação da participação detida pela Gestalqueva, S.A. na Gescruzeiros, S.A., no âmbito do
processo de liquidação daquela.
Em janeiro de 2013, foi dado à EDIA conhecimento do despacho exarado pela Exmª Senhora
Ministra da Agricultura e do Mar, de que nada há a opor a que se confira autorização à
alienação da participação da Gestalqueva, S.A. na Gescruzeiros, S.A., desde que seja
concretizada por valor igual ou superior ao valor da avaliação apresentado num estudo
elaborado por uma entidade externa e independente.
Conforme Assembleia Geral realizada em 07 de maio de 2013, em relação ao património da
Gestalqueva, S.A, concluiu-se a alienação dos bens de equipamento e iniciou-se o processo de
concurso público para alienação dos 51% do capital social da Gescruzeiros, S.A. Este processo
não foi concluído porque o concurso ficou deserto e houve necessidade de recorrer à negociação
direta com a Nautialqueva, S.A, na qualidade de sócio da Gescruzeiros, S.A, com direito de
opção, para a aquisição dos 51% do capital da empresa. Este procedimento ainda não foi
concluído, prolongando-se para além das previsões iniciais, que apontavam para a resolução
definitiva até dezembro de 2013.
Em outubro de 2013, nos termos previstos no nº3 do Artº.11 do DL nº.133/2013 de 3 de outubro
e conforme solicitação da Direção - Geral do Tesouro e Finanças, a EDIA elaborou um estudo
demonstrativo do interesse e viabilidade da alienação da participação social detida pela
Gestalqueva, S.A, na Gescruzeiros, S.A..
Nesse estudo concluiu-se que a proposta de alienação desta participação é mais vantajosa para o
Acionista, face à atual situação da Empresa e aos seus resultados económicos e financeiros
expectáveis para os próximos anos, passa pelo pagamento de uma verba, libertando o Acionista
de todos os compromissos atuais e futuros nessa Empresa.
A EDIA, S.A. face ao estudo elaborado e considerando que existe interesse em se concluir
rapidamente esta alienação, de forma a não ficar sujeita a outros compromissos entretanto
resultantes da gestão corrente, solicitou autorização ao Acionista para realizar a operação em
causa através da assunção pela Gestalqueva, S.A. dos compromissos associados aos 51% da
Gescruzeiros, S.A.
Em janeiro de 2014, a Direção - Geral do Tesouro e Finanças solicitou à EDIA uma atualização
do respetivo estudo, alterando os valores previsionais utilizados, para os valores reais, de 2013.
À data deste relato não existe nenhuma informação adicional.
A 31 de dezembro de 2013 as contas desta empresa (registada já como uma empresa em
liquidação), refletidas nas demonstrações financeiras da EDIA, pelo Método da Equivalência
Patrimonial (MEP), apresentam um resultado líquido do exercício negativo de € 270.604.
172 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Uma vez que a quantia escriturada do investimento na subsidiária, de acordo com o MEP, foi
reduzida a zero e a EDIA já tinha incorrido em obrigações legais e construtivas e feito
pagamentos a favor da subsidiária, registou perdas por imparidade pelo valor das contas a
receber e constituiu uma provisão pelo montante ainda em falta das perdas reconhecidas.
8.2. Participações Financeiras – Outros Métodos
A 31 de dezembro de 2013, a EDIA detém as mesmas participações financeiras do que em 31 de
dezembro de 2012. Estas participações encontram-se registadas ao custo de aquisição, pois a
Empresa não detém uma participação dominante ou significativa em nenhuma das sociedades
abaixo identificadas.
Sempre que existam indícios de que o ativo possa estar em imparidade, é efetuada uma
avaliação destes investimentos e registada a perda por imparidade que se revele existir.
8.3. Transações e Saldos com Partes Relacionadas
A 31 de dezembro de 2013, existem os seguintes saldos (contas a receber correntes (clientes) e
de outros devedores) com partes relacionadas, totalmente cobertos por perdas por imparidade já
reconhecidas:
Euros
Centro Operativo e de Tecnologia do Regadio 62.500 8,8 11 UP 500 5.500 5.500 5.500
Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A. 499.000 4,11 4 110 A 4,99 20.501 20.501 20.501
Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, S.A. 4.000.000 1,25 50 000 A 1 50.000 (50.000) 0 0
Águas do Centro Alentejo, S.A. 5.000.000 5,00 50 000 A 5 250.000 250.000 250.000
Lusofuel - Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A. 500.000 10,00 10 000 A 5 50.000 (50.000) 0 0
376.001 (100.000) 276.001 276.001
Valor da
Participação
em 31
dezembro
2013
Valor da
Participação
em 31
dezembro
2012
Denominação Social Capital Social % ParticN.º Ações/
Un. Particip.Valor Nominal
Custo de
Aquisição
Perdas por
Imparidade
Euros
Empresas Subsidiárias 12.687 73.055 12.687 73.055 85.742
12.687 73.055 12.687 73.055 85.742
Contas a
Receber
Correntes
Contas a
Receber
Outros
Devedores
Serviços
PrestadosEmpréstimos Total
173 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
8.4. Remuneração do Pessoal Chave da Gestão
(*) O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais foi alterado em
2013, relativamente ao total de remunerações recebidas anualmente, tendo-se mantido no que
respeita ao valor de cada remuneração. No âmbito da aprovação de um conjunto de medidas
adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice
excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade
e Crescimento (PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista
no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho e no Art.º 19.º da Lei 55-A/2010
de 31 de dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos
gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local
e regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% e 10%,
respetivamente. Posteriormente, e por força do Acórdão nº 187/2013 do Tribunal
Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade do artº. 29º - Suspensão do pagamento dos
subsídios de férias ou equivalente - da Lei nº66-B/2012, de 31 de dezembro, foi também reposto
o pagamento dos subsídios de férias. No entanto, e nos termos do previsto no Artigo 28.º da Lei
N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, foi reposto o pagamento do subsídio de Natal, em
duodécimos. Durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF),
como medida excecional de estabilidade orçamental foi suspenso, em 2012, o pagamento de
subsídios de férias e de Natal ou quaisquer prestações correspondentes aos 13.º e 14.º meses,
conforme determinado pelo OE 2012, nos termos do Art.º 21 da Lei 64-B/2011 de 30 de
dezembro.
Viatura de Serviço; Motorista; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
(Administradores Executivos)
PRESIDENTE
Remuneração de 5.465,43€ (14 vezes no corrente ano) (*)
Remuneração com redução de (5% ) - 5.192,16€
Remuneração com redução de (5% +10% ) - 4.672,94€
VOGAIS
Remuneração de 4.675,41€, (14 vezes no corrente ano) (*)
Remuneração com redução de (5% ) - 4.441,64€
Remuneração com redução de (5% +10% ) - 3.997,48€
Viatura de Serviço; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais
174 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
9. Imposto Sobre o Rendimento
Nesta nota são apresentadas as divulgações exigidas pela NCRF 25 - “Imposto sobre o
rendimento”.
A Empresa encontra-se sujeita a imposto sobre os lucros em sede de Imposto sobre o
Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa normal de 25% em 2013 (23% a partir de
2014), sendo a derrama fixada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável.
Para a mensuração dos impostos diferidos, no encerramento das contas reportadas a 31 de
dezembro de 2013, a taxa aplicada foi de 23%, uma vez que a Lei nº 2/2014 de 16 de janeiro já
se encontrava aprovada pela Assembleia da República desde 20 de dezembro de 2013,
inserindo-se deste modo na norma anteriormente referida, entendimento este defendido pela
Comissão de Normalização Contabilística.
O gasto (rendimento) com impostos sobre o rendimento em 31 de dezembro de 2013 e 31 de
dezembro de 2012 tem a seguinte composição:
O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos de
2013 e 2012 foi o seguinte:
Os passivos por impostos diferidos decorrem unicamente da contabilização em capitais próprios
dos subsídios recebidos para os investimentos, com exceção dos subsídios referentes à rede
Euros
2013 2012
Impostos Correntes
Tributação Autónoma 72.091 77.561
72.091 77.561
Impostos Diferidos 2.864.271 (856.036)
Total 2.936.362 (778.475)
Euros
Saldo em 1 de janeiro 35.484.643 (35.484.643) 34.628.607 (34.628.607)
Efeitos na Demonstração dos Resultados
Ativos por Impostos Diferidos referentes a Perdas de Imparidade de Ativos Intangíveis 2.864.271 856.036
Total de efeitos na Demonstração dos Resultados 2.864.271 856.036
Efeitos no Capital Próprio
Passivos por Impostos Diferidos associados a Subsídios ao Investimento (2.864.271) (856.036)
Total de efeitos no Capital Próprio (2.864.271) (856.036)
Saldo em 31 de dezembro 32.620.372 (32.620.372) 35.484.643 (35.484.643)
2013 2012
Ativos por
Impostos
Diferidos
Passivos por
Impostos
Diferidos
Ativos por
Impostos
Diferidos
Passivos por
Impostos
Diferidos
175 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
secundária de rega (a transferir para entidade pública a indicar pelo MAM, sendo nessa altura os
subsídios deduzidos ao investimento atualmente evidenciado na rubrica de “Inventários”) e dos
associados à atividade de distribuição de água (cujos ativos se tem vindo a concluir que estão
em imparidade total, pelo que os correspondentes subsídios são desreconhecidos no âmbito do
registo das perdas de imparidade dos ativos).
A 31 de dezembro de 2013, o montante de subsídios evidenciado nos capitais próprios ascende
a € 133.144.377 (€ 133.904.313 em 31 de dezembro de 2012), pelo que o correspondente
montante de passivos por impostos diferidos, registado por contrapartida de capitais próprios,
ascende a € 32.620.372 (24,5% de € 133.144.377).
Dos gastos com Impostos Diferidos (€ 2.864.271), o montante de € 2.662.888 decorre da
redução da taxa de IRC (incluindo derrama) de 26,5% para 24,5% e os restantes € 201.383 da
diminuição de € 759.937 nos subsídios evidenciados nos Capitais Próprios.
Por existirem diferenças temporárias tributáveis que originaram o reconhecimento de passivos
por impostos diferidos, a EDIA registou também ativos por impostos diferidos no mesmo
montante, relacionados com as perdas de imparidade dos ativos intangíveis, uma vez que,
quando as diferenças temporárias tributáveis reverterem (isto é, à medida que os subsídios
evidenciados nos capitais próprios forem sendo reconhecidos como rendimentos na mesma
proporção dos gastos com as amortizações dos ativos subsidiados) haverá também uma reversão
de diferenças temporárias dedutíveis, decorrente da aceitação fiscal das perdas de imparidade,
em partes iguais, ao longo do período de amortização que teria sido utilizado se as perdas por
imparidade não tivessem sido registadas.
Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012 existiam diferenças temporárias
dedutíveis e prejuízos fiscais reportados relativamente aos quais não foi reconhecido qualquer
ativo por imposto diferido por não existir expectativas razoáveis quanto à geração de lucros
fiscais futuros suficientes para a sua utilização:
Os ativos e passivos por impostos diferidos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de
2012, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, têm a seguinte composição:
Euros
Diferenças Temporárias Dedutíveis
- Perdas de Imparidade nos Ativos Intangíveis 716.489.115 708.454.689
- Perdas de Imparidade em Investimentos não Depreciáveis/Amortizáveis 100.000 100.000
- Provisões não dedutíveis em IRC (IFRIC 12) 2.126.787 1.173.396
-Gastos de Financiamento não dedutiveis 4.038.861
722.754.763 709.728.085
Prejuízos Fiscais reportados ainda não utilizados
- Exercício de 2011 10.612.823 31-dez-15 10.612.823 31-dez-15
- Exercício de 2012 13.934.121 31-dez-16 13.934.121 31-dez-16
- Exercício de 2013 (estimativa) 8.536.770 31-dez-17
33.083.714 24.546.944
Total 755.838.477 734.275.029
31-Dez-13 31-Dez-12
QuantiaData de
ExtinçãoQuantia
Data de
Extinção
176 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
10. Depósitos Cativos
A rubrica de “Depósitos Cativos”, no Ativo não Corrente, corresponde aos depósitos de caução
constituídos pela EDIA, a médio e longo prazo, em instituições bancárias, concretamente a
favor dos Tribunais Judiciais, no âmbito de processos judiciais e de expropriação litigiosos e da
Autoridade Tributária e Aduaneira, apresentando, a 31 de dezembro de 2013 e a 31 de
dezembro de 2012, os valores de € 7.280.745 e € 8.533.529, respetivamente.
Os depósitos cativos no Millennium BCP e no Banco Espírito Santo, nos montantes de €
8.280.914 e € 161.870 respetivamente, foram constituídos através da contração de empréstimos
de igual montante, registados em “Financiamentos Obtidos”.
O valor mais significativo desta rubrica (€ 8.280.914) resulta do processo judicial a decorrer
com a Portucel Recicla, no âmbito do desmantelamento da fábrica, iniciado em outubro de 2003
e o montante de € 161.870 refere-se a um processo de expropriação litigiosa ainda em curso.
Não é de esperar a conclusão definitiva desta ação judicial com a Portucel Recicla antes do final
de 2016. Face a esta previsão, a EDIA mensurou e registou este ativo ao custo amortizado,
ascendendo o valor presente a € 7.028.130. Sendo este montante inferior ao valor pelo qual o
depósito cativo estava anteriormente mensurado, o diferencial (€ 1.252.784) foi registado na
rubrica de “Outros Gastos e Perdas”.
11. Inventários
Em 31 de dezembro 2013 e 31 de dezembro de 2012, os “Inventários” da Empresa apresentam o
seguinte detalhe:
Euros
Subsídios ao Investimento reconhecidos no Capital Próprio (32.620.372) (35.484.643)
Perdas de Imparidade em Ativos Intangíveis 32.620.372 35.484.643
Saldo em 31 de dezembro 32.620.372 (32.620.372) 35.484.643 (35.484.643)
31-Dez-13 31-Dez-12
Ativos por
Impostos
Diferidos
Passivos por
Impostos
Diferidos
Ativos por
Impostos
Diferidos
Passivos por
Impostos
Diferidos
Euros
Inventários 31-Dez-13 31-Dez-12
Inventários (Balanço)
Produtos Acabados e Intermédios 0 355.001.498
Produtos e Trabalhos em Curso 23.117.597 68.758.146
Mercadorias 48.051 46.358
Matérias Subsidiárias 31.516 30.067
23.197.164 423.836.069
177 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com
exceção da Infraestrutura 12, previa a transferência para o Estado das infraestruturas integrantes
da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA, a partir do exercício de 2002, passou a
evidenciar o custo das obras com as infraestruturas da rede secundária de rega na rubrica de
“Inventários”.
Até 31 de dezembro de 2012, o saldo de “Inventários” correspondia essencialmente aos
investimentos da rede secundária, concluídos e em curso, registados nas rubricas de “Produtos
Acabados e Intermédios” e “ Produtos e Trabalhos em Curso” respetivamente.
Em 8 de abril de 2013, foi celebrado o “Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração,
Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins
Múltiplos de Alqueva”, entre a EDIA e a DGADR, que vigorará até 31 de dezembro de 2020,
em que a EDIA (entidade concessionária) procede à entrega ao Estado (entidade concedente),
aqui representado pela DGADR, das infraestruturas relativas à rede secundária de rega,
drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e equipamentos necessários à sua operação e
exploração, bem como das áreas adquiridas e expropriadas para a implementação das
infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do EFMA.
Como consequência do Contrato de Entrega inicial e respetivo Contrato de Concessão, foram
transferidos da subconta de “Produtos Acabados e Intermédios” os investimentos: (i) no
perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009; (ii) nos
perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; (iii)
nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-
Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos perímetros de rega do Loureiro-Alvito e
Ervidel 1, concluídos em 2012, e (v) nos perímetros de rega do Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1
margem direita, que ficaram substancialmente concluídos no primeiro semestre de 2013.
A junho de 2013, a estes investimentos no valor de € 401.264.950, foram adicionados os custos
capitalizados dessas infraestruturas (€ 16.149.078) que foram transferidos para a rubrica de
“Outras Contas a Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas
as infraestruturas da rede secundária, construídas pela EDIA em sua representação, sendo
também transferidos para esta conta todos os subsídios que lhes estavam associados no
montante de € 329.910.214, adotando-se assim, um tratamento similar ao que foi adotado em
anos anteriores para a Infraestrutura 12. Esta conta passa a refletir o valor que a EDIA espera vir
a receber do Estado, a título de ressarcimento da parte não subsidiada do investimento na rede
secundária.
Em novembro de 2013, através de um novo Contrato de Entrega entre a EDIA e o Estado
Português, representado pela DGADR, a Empresa procedeu à entrega das infraestruturas
integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos
necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel.
À semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, também o
investimento efetuado nesta infraestrutura (acrescido dos custos capitalizados) registado na
rubrica de “Inventários”, na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso” foi transferido para
“Produtos Acabados e Intermédios” e posteriormente registado na rubrica de “Outras Contas a
Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas as infraestruturas
da rede secundária.
178 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
O valor de € 23.117.597, na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso” reflete os
investimentos em projetos afetos a blocos de rega ainda em construção.
12. Clientes, Vendas e Prestações de Serviços
O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber.
12.1. Clientes
O saldo de “Clientes” traduz na sua maioria, o valor a receber da renda anual periódica faturada
à EDP, no âmbito do contrato celebrado e os valores a receber pelos serviços de distribuição de
água prestados, que resultam do cumprimento do Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, que
fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de
águas do EFMA.
Os créditos que sejam considerados de cobrança duvidosa após avaliação por parte da Empresa
são objeto de reconhecimento contabilístico das respetivas imparidades. Não o fazer seria
comprometer uma das características qualitativas do nosso normativo contabilístico, a saber, a
representação fidedigna da realidade da Empresa.
É considerado crédito em mora quando o pagamento não respeita o prazo contratualizado entre
a Empresa e o adquirente e quando seja resultante da atividade normal da Empresa.
12.2. Vendas e Prestações de Serviços
12.2.1. Vendas
O valor de € 90.258 registado em vendas, em 2013, traduz essencialmente, o montante das
vendas da energia emitida para a rede: (i) pelas centrais mini-hídricas de Alvito, Odivelas,
Pisão, Roxo e Serpa (€ 54.866), (ii) pela central fotovoltaica de Alqueva (€ 20.283) e com as
vendas dos bens de merchandising do Parque de Natureza de Noudar (€ 15.109).
Euros
Vendas e Prestações de Serviços 2013 2012
Produção de Energia 12.500.670 11.749.060
Distribuição de Água 4.973.654 2.842.916
Cartografia 95.071 140.230
Parque de Natureza de Noudar 43.909 73.898
Total 17.613.305 14.806.103
179 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
12.2.2. Prestações de Serviços
Produção de Energia
Na conta de “Produção de Energia” foi reconhecido o montante de € 12.280.357, no âmbito do
“Contrato de Concessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão”, por
35 anos, celebrado entre a Empresa-Mãe e a EDP. Neste Contrato, a EDP obriga-se a
proporcionar à EDIA uma compensação financeira nos seguintes termos:
Um montante inicial no valor de € 195.000.000, acrescido de IVA à taxa legal e pago na
data de entrada em vigor do presente contrato; e
Ao longo do período de vigência do contrato (35 anos), um montante anual periódico de
€ 12.380.000 (valor atualizado em 2012) acrescido de IVA à taxa legal e pago
anualmente no mesmo dia e mês da entrada em vigor do contrato, sendo a primeira
prestação devida no ano de 2008.
No âmbito do Contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do
domínio hídrico público, e de acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, foi faturado
também à EDP, em 2013, em resultado da alteração dos volumes de retiradas de água das
albufeiras de Alqueva e Pedrógão, o montante de €484.042, referente a 2012 (sendo que o valor
de rendimentos especializados nas contas em 31 de dezembro de 2012, que correspondia à
melhor estimativa disponível à data de encerramento de contas de 2012, foi de € 393.530).
A 31 de dezembro de 2013, a EDIA, segundo o regime do acréscimo, tem especializado o
montante de € 1.255.504, que representa o valor estimado da compensação financeira para o ano
de 2013, e que resulta da revisibilidade decorrente da alteração dos volumes anuais das retiradas
de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão.
O saldo desta conta inclui ainda o valor de € 145.164 da componente de TRH, relativa à
utilização de água na produção de energia da central hidroelétrica de Alqueva em 2013
(aplicação do Decreto - Lei N.º 97/2008), que à data de 31 de dezembro ainda não tinha sido
faturado à empresa do Grupo EDP.
Distribuição de Água
A transposição da Diretiva Quadro da Água foi operada pela Lei N.º 58/2005, de 29 de
dezembro, e desenvolvida pelo Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio, e pelo Decreto-Lei
N.º 97/2008, de 1 de junho, tendo consagrado o princípio do valor económico da água, por força
do qual se consagra o reconhecimento da escassez atual ou potencial deste recurso e a
necessidade de garantir a sua utilização economicamente eficiente, com a recuperação dos
custos dos serviços de águas, mesmo em termos ambientais e de recursos.
Em cumprimento do Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água
destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA, a EDIA no
2.º semestre de 2010 iniciou o processo de faturação, cuja desagregação legalmente prevista
(Art.º 23, N.º 2 do Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho) obedece aos seguintes termos:
180 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Os valores do preço da água aprovados pelo Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, €
0,089/m3 e € 0,053/m3 já refletem a repercussão, legalmente exigida, sobre o utilizador
final, do encargo económico representado pela taxa de recursos hídricos (TRH) e as
componentes de conservação e exploração, e são reduzidos em 70% no 1.º ano,
aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e
até ao 8.º ano, perfazendo nesse ano os valores indicados.
Os valores fixados para a componente de conservação são de € 50,00/ha/ano para a
adução em alta pressão e de € 15,00/ha/ano para a adução em baixa pressão. Estes
valores sofrem reduções conforme indicado no parágrafo anterior.
O valor unitário do m3 de consumo de água faturado resulta das tarifas fixadas
deduzidas da componente relativa à conservação. A componente de conservação
unitária considera um consumo médio anual de 3.000 m3/por hectare.
O preço da água destinado à rega para uso agrícola foi atualizado com os índices de preços ao
consumidor exceto habitação para Portugal em 2012 (taxa de variação média anual) de 2.75%.
Em 2013, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de
€ 53,50/ha/ano para a adução em alta pressão e de € 16,05/ha/ano para a adução em baixa
pressão.
Para base de cálculo é considerada a área beneficiada pelas infraestruturas de rega e o volume
de água fornecido.
Em relação ao montante da prestação de serviços no âmbito da “distribuição de água”,
aplicando a tarifa reduzida aos valores a faturar de 70% para o 1.º ano de funcionamento de
cada perímetro de rega, diminuindo anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano
subsequente e até 8.º ano, no ano de 2013 foram registados os seguintes valores relativos à
distribuição de água aos perímetros de rega e a captações diretas, tendo em conta as diversas
componentes (taxa de recursos hídricos, exploração, conservação e recargas de albufeira):
Foram especializados os rendimentos das componentes, TRH e exploração, do período de
outubro a dezembro de 2013 dos vários perímetros de rega em exploração (€ 251.359) e das
captações diretas, (€ 244.320) e anulada a especialização referente ao exercício de 2012 (€
95.111), pelo que o total da conta de “distribuição de água” é de € 4.973.654.
A faturação emitida referente à prestação de serviços no âmbito da “distribuição de água”, é
feita em dois momentos:
Início de abril:
Faturação da componente de conservação do ano em curso; e
Euros
Albufeira do
Monte-Novo
Albufeira do
EnxoéPisão Monte - Novo Alvito - Pisão
Ferreira,
Figueirinha e
Valbom
BrinchesBrinches -
Enxoé
Orada -
AmoreiraSerpa Alfundão Ervidel
Loureiro-
AlvitoExploração Total
TRH 5.655 46.209 36.473 11.482 8.190 20.718 8.046 14.051 4.304 12.986 4.999 17.762 190.875
Exploração 88.426 763.933 697.968 208.226 164.461 386.053 164.402 273.601 58.983 54.649 27.106 217.302 3.105.110
Conservação 50.031 148.609 246.613 101.788 125.044 107.548 67.685 80.948 40.479 12.158 5.435 986.338
Recarga de Albufeira 288.435 2.328 290.763
Total 288.435 2.328 144.112 958.751 981.054 321.496 297.695 514.319 240.133 368.600 103.766 79.793 37.540 235.064 4.573.086
181 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Faturação da componente de exploração e Taxa de Recursos Hídricos (TRH) referente
ao 4.º trimestre do ano anterior.
Início de outubro:
Faturação da exploração e TRH referente aos 1.º, 2.º e 3.º trimestres do ano em curso.
As faturas são emitidas com base nas contagens reais de consumo. Os rendimentos respeitantes
à componente da “distribuição de água” a faturar, por consumos ocorridos, lidos e validados à
data do Balanço, foram registados por estimativa. O valor estimado das componentes, TRH e
exploração, do período de outubro a dezembro de 2013, ascende a € 251.359.
Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 313/2007 de 17 de setembro, que aprovou as bases de
concessão, a EDIA detém, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa
do domínio público hídrico afeto ao EFMA, os poderes de administração do referido domínio
no âmbito da sua atividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à captação
de água para rega e para a produção de energia elétrica e ainda os poderes de fiscalização da sua
utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o
sancionamento dos processos de contra ordenação nesse âmbito (artigo 7.º). Conjugando o N.º 3
do artigo 5.º do mesmo Diploma, a TRH é repercutida nos respetivos utilizadores finais.
Conforme o exposto, com base nos títulos emitidos para captações diretas e de acordo com os
consumos de água indicados, a EDIA, segundo o princípio do acréscimo, registou em dezembro
de 2013, por estimativa, o valor de € 244.320 desta componente, que será integralmente faturada
em 2014.
Outras Prestações de Serviços
O valor remanescente (€ 123.871) na rubrica de “Prestações de Serviços”, reflete: (i) os serviços
prestados pela EDIA no âmbito da cartografia e das expropriações (€ 95.071) e (ii) os serviços
prestados no Parque de Natureza de Noudar (€ 28.800).
13. Estado e Outros Entes Públicos
Esta rubrica inclui, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, os seguintes saldos:
182 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
No “Ativo Corrente”, o saldo da conta de “Imposto sobre o Valor Acrescentado - IVA” inclui os
montantes de reembolsos pedidos dos meses de outubro e novembro de 2013 (€ 328.062)
decorrente da fase de investimento em que a EDIA ainda se encontra. Considerou-se também o
montante a recuperar de € 193.947 referente a dezembro de 2013, embora este valor, à data de
31 de dezembro, ainda não tinha sido objeto de pedido de reembolso.
O saldo da rubrica de “Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas - IRC” (€ 110.900),
apresentado no “Ativo Corrente”, refere-se aos Pagamentos Especiais por Conta de IRC (PEC)
dos anos de 2010 a 2013.
Atendendo ao limite temporal do imposto para a sua dedução (até ao quarto período de
tributação seguinte) e de acordo com o disposto no artigo 93.º do Código do IRC e aos prejuízos
fiscais a reportar, a Empresa procedeu ao correspondente reconhecimento, como gasto no
exercício de 2013, do valor do PEC do ano de 2009, que ascende a € 29.023.
Nos termos do disposto do Código da Contribuição Autárquica e nos termos do disposto do
Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, o Estado está isento do pagamento de impostos
sobre os imóveis integrados no seu património. Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 21-
A/98, de 6 de fevereiro, os bens imóveis expropriados pela EDIA para implementação do
EFMA são imediatamente integrados no domínio público do Estado após a sua adjudicação à
entidade expropriante.
No que respeita à isenção de SISA, esta vinha sendo requerida pela EDIA ao abrigo do artigo
11.º n.º 26.º do Código do Imposto Municipal de SISA e do Imposto sobre Sucessões e Doações
e foi concedida em diversos processos. O fundamento para a isenção resulta do facto de se tratar
de aquisições de bens situados em regiões economicamente mais desfavorecidas efetuadas por
sociedade comercial que os destina ao exercício, naquelas regiões, de atividades agrícolas ou
industriais consideradas de superior interesse económico e social. A essa data, a lei não exigia
qualquer formalismo adicional para a concessão da isenção.
Euros
31-Dez-13 31-Dez-12
Ativo Corrente
IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado 522.009 432.934
IRC - Imposto sobre o Rendimento 110.900 109.510
Restantes Impostos - 1.293.750
632.909 1.836.194
Ajustamento de Imparidade - (1.293.750)
632.909 542.444
Passivo Corrente
Retenções de Impostos sobre o Rendimento 23.599 49.386
Contribuições para a Segurança Social 114.289 107.475
IRC - Imposto sobre o Rendimento 72.091 73.970
209.980 230.832
183 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Em 1 de Janeiro de 2004 entrou em vigor o Código do IMT e foi revogado o Código da SISA,
pelo Decreto-Lei nº 287/2003, de 12 de Novembro.
O artigo 6.º alínea h) do Código do IMT manteve a isenção nos termos referidos, no entanto, o
artigo 10.º n.º 3 do Código do IMT veio introduzir uma nova condição formal para a concessão
da isenção. Dispõe este disposto normativo que a isenção só será reconhecida se a Câmara
Municipal competente comprovar previamente que se encontram preenchidos os requisitos para
a sua atribuição. Para este efeito, a Direcção-Geral dos Impostos solicita à Câmara Municipal
competente a emissão do parecer vinculativo. Esta alteração teve como consequência que, sendo
os Municípios os beneficiários da receita fiscal em causa, os pareceres das Câmaras Municipais
passaram a ser sistematicamente negativos e, em resultado disso, a isenção sucessivamente
negada. A EDIA ainda reclamou perante a Administração Fiscal alegando falta de fundamento
dos pareceres camarários, mas foi respondido que essa mesma Administração Fiscal não tem
competência para apreciar o teor dos pareceres das Câmaras, limitando-se a verificar se são
favoráveis ou não e, assim, limitando-se a validar se está ou não reunido esse pressuposto legal,
indispensável para a concessão da isenção. Em face do que, e após análise, a EDIA
desreconheceu a conta a receber do Estado e o respetivo ajustamento de imparidade, ambos de
€ 1.293.750.
Os saldos do “Passivo Corrente” (€ 209.980) incluem essencialmente os montantes em dívida à
Segurança Social (€ 114.289), a pagar até ao dia 20 de janeiro, bem como o valor de IRC
estimado das tributações autónomas a suportar (€ 72.091).
14. Outras Contas a Receber
Esta rubrica tem o seguinte detalhe, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012:
DGADR – IE 12
Em fevereiro de 2007, através do Decreto-Lei nº 42/2007 concretizou-se a recentralização dos
objetivos da EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA, sendo revogado entre outros, o
Decreto-Lei N.º 335/01, de 24 de dezembro, mantendo-se no entanto, um dos objetos sociais da
EDIA, a conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária
afeta ao empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções que lhe
sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura e do Mar (MAM).
Euros
Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes
DGADR_CC_RS 88.218.356 -
DGADR_IE12 70.843.022 72.130.845
Fundos Comunitários 4.355.004 3.078.852
Devedores por Acréscimo de Rendimentos 1.896.455 499.557
Outros Devedores Diversos 40.242 997.831
Perdas por Imparidade Outros Devedores (95.998)
165.257.080 76.707.085
Outras Contas a Receber31-Dez-13 31-Dez-12
184 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Exceciona-se a Infraestrutura 12, que se mantém propriedade da EDIA sob o regime de
concessão ao MAM, na sequência da formalização com o Instituto de Desenvolvimento Rural e
Hidráulica (atualmente Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional - DGADR),
em abril de 2006, do contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação da
Infraestrutura 12 por um prazo de 30 anos, este investimento deduzido dos subsídios associados
tem vindo a ser registado, desde 2006, em “Outras Contas a Receber”, pois a EDIA aguarda o
ressarcimento do valor líquido do investimento efetuado nesta infraestrutura, por parte da
DGADR.
É de salientar que o Tribunal de Contas, no seu relatório de fevereiro de 2005 intitulado
“Auditoria de follow-up à EDIA - Projeto EFMA”, recomenda que o Estado, mais propriamente
o MAM, “assegure o financiamento das infraestruturas integrantes da rede secundária e
reembolse anualmente a EDIA pela transferência (de propriedade) da Infraestrutura 12”.
Assim, no caso do saldo da conta “DGADR_IE 12” (€ 70.843.022), o Conselho de
Administração tem vindo sempre a concluir, no encerramento de contas de cada exercício, que
espera que o ativo seja realizado num período inferior a doze meses após a data de Balanço, isto
é, no exercício seguinte, pelo que tem vindo a considerar que esta dívida se encontra
corretamente refletida no Ativo Corrente e, por outro lado, que não se justifica o
reconhecimento de perdas de imparidade para fazer face a uma eventual incobrabilidade desse
valor.
Em abril de 2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o consórcio
Edifer/Obrecol/Opway, decorrente do litígio emergente do contrato da “Empreitada de
Construção da Totalidade do Canal de Adução da IE12, Reabilitação da Barragem do Monte do
Marmelo, Estação Elevatória do Monte do Marmelo e Rede Secundária do 1º Bloco de Rega da
mesma infraestrutura”, que se traduz na anulação da provisão constituída deste processo arbitral,
no valor de € 1.321.324 e consequentemente o montante da dívida da “DGADR_IE
12”diminuiu proporcionalmente.
DGADR - CC – Rede Secundária
Em 8 de abril de 2013 foram assinados, o Contrato de Entrega e o “Contrato de Concessão
relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede
Secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva” (EFMA), pelo Presidente do
Conselho de Administração da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A
(EDIA) e pelo Diretor-Geral da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
(DGADR), que vigorará até 31 de dezembro de 2020, em que a EDIA (entidade concessionária)
procede à entrega ao Estado (entidade concedente), aqui representado pela DGADR, das
infraestruturas relativas à rede secundária de rega, drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e
equipamentos necessários à sua operação e exploração, bem como das áreas adquiridas e
expropriadas para a implementação das infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do
EFMA, estando por clarificar e concretizar o estipulado no n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º
Euros
DGADR_CC_RS 412.807.145 17.265.945 341.854.734 88.218.356
412.807.145 17.265.945 341.854.734 88.218.356
Outras Contas a Receber Investimento Capitalizações Subsidios Total
185 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
42/2007, de 22 de fevereiro, conjugado com o disposto na alínea c) do n.º 1 deste mesmo artigo,
no que se refere ao Estado assegurar o financiamento e demais condições relativas à conceção,
execução e construção destas infraestruturas.
Segundo o Acionista, "só depois da conclusão de todas as infraestruturas", prevista para 2015, e
"subsequente período de consolidação do seu funcionamento, de cinco anos, estará disponível o
quadro de indicadores necessários para aferir do melhor modelo para prosseguir com a gestão, a
exploração, a manutenção e a conservação do empreendimento. A concessão pelo prazo de sete
anos, isto é, até 2020, garantirá um período de consolidação adequado, fundamental para a
gestão da garantia das obras, a estabilização tendencial do tarifário e a perceção e otimização do
funcionamento do empreendimento na sua plenitude, visando a sua efetiva contribuição e
integração das diversas valências no desenvolvimento sustentado da região".
Estando as seguintes infraestruturas terminadas, contempladas no Contrato de Entrega, foram
transferidos da subconta de “Produtos Acabados e Intermédios” os respetivos investimentos: (i)
no perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009; (ii) nos
perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; (iii)
nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-
Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos perímetros de rega do Loureiro-Alvito e
Ervidel 1, que ficaram substancialmente concluídos em 2012 e (v) nos perímetros de rega do
Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1 margem direita, que ficaram concluídos no primeiro semestre de
2013.
A junho de 2013, ao valor do investimento foram adicionados os custos capitalizados nestas
infraestruturas, valores estes transferidos para a rubrica de “Outras Contas a Receber- Estado
(DGADR)”, que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária, construídas
pela EDIA em sua representação, sendo também transferidos para esta conta, todos os subsídios
que lhes estavam associados provenientes do Orçamento do Estado e da União Europeia que se
encontram registados na rubrica de “Diferimentos”, adotando assim um tratamento similar ao
que foi adotado em anos anteriores para a Infraestrutura 12, passando esta conta a refletir o
valor que a EDIA espera vir a receber do Estado, a título de ressarcimento da parte não
subsidiada do investimento na rede secundária.
Em novembro de 2013, foi assinado um novo Contrato de Entrega, entre a EDIA e o Estado
Português, representado pela DGADR, em que a Empresa procede à entrega das infraestruturas
integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos
necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel.
À semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, também o
investimento efetuado nesta infraestrutura (acrescido dos custos capitalizados) registado na
rubrica de “Inventários”, na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso” foi transferido para
“Produtos Acabados e Intermédios” e posteriormente registado na rubrica de “Outras Contas a
Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que assume em relação aos bens descritos, todos
os inerentes direitos e obrigações estabelecidos na legislação em vigor.
No âmbito deste Contrato de Concessão, não foi constituída nenhuma provisão para fazer face
aos encargos com as infraestruturas, objeto dos respetivos Contratos de Entrega, relativos à
obrigação contratual de as manter/conservar, ao longo do período da concessão.
186 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
A não constituição da provisão, teve como pressuposto que, ao longo do período da concessão
(7 anos), não ocorrerão grandes reparações e substituições nas respetivas infraestruturas e
equipamentos, sendo a manutenção e a conservação correntes desses ativos, reconhecidas como
gastos, nos exercícios em que ocorrem.
Fundos Comunitários
O montante de € 4.355.004 corresponde aos valores de pedidos de pagamento de financiamento
comunitário, ainda não liquidados, mas que a EDIA estima com um grau elevado de certeza vir
a receber.
Devedores por Acréscimo de Rendimentos
O saldo desta conta “Devedores por Acréscimo de Rendimentos” reflete essencialmente o valor
da estimativa, para o ano de 2013, da compensação financeira resultante da revisibilidade da
alteração dos volumes anuais das retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, de
acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, do “Contrato de exploração das centrais de
Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico”( € 1.255.504).
Este saldo traduz também os montantes estimados e especializados referentes a: (i) consumos
dos perímetros de rega em exploração (€ 251.359), (ii) consumos das captações diretas do
sistema primário da EFMA (€ 244.320) e (iii) volumes de água utilizados na produção de
energia hidroelétrica a faturar a uma empresa do grupo EDP (€ 145.164).
Perdas por Imparidade - Outros Devedores
O valor de € 95.998 registado em “Perdas por Imparidade-Outros Devedores” respeita
essencialmente ao adiantamento concedido pela EDIA à Gestalqueva, S.A., de modo a que esta
pudesse assegurar compromissos mais urgentes (encargos com pessoal) até à resolução
definitiva do seu processo de liquidação (€ 73.055).
15. Diferimentos
15.1. Diferimentos (Ativo Corrente)
Os diferimentos apresentados no “Ativo Corrente” (gastos a reconhecer) incluem,
essencialmente: (i) os prémios dos seguros pagos até 31 de dezembro de 2013 mas
correspondentes a períodos de vigência posteriores (€ 308.114), sendo que os prémios de
seguros com valor mais significativo se referem aos ramos “All Risks Industrial”,
“Responsabilidade Civil Geral e de Exploração” das infraestruturas do EFMA e também “Saúde
Grupo” e (ii) montantes pagos em comissões e imposto de selo referentes a 2014 (€ 129.357).
187 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
15.2. Diferimentos (Passivo Corrente e não Corrente)
Esta rubrica (rendimentos a reconhecer) apresenta a seguinte repartição entre “Passivo
Corrente” e “Passivo não Corrente”:
15.2.1. Subsídios do Estado
Em 31 de dezembro de 2012 o valor dos subsídios ao investimento reconhecido no “Passivo
Não Corrente” incluía todos os subsídios relativos à rede secundária de rega (€ 343.776.184),
por um valor que se previa que correspondesse à diferença entre o respetivo custo de construção
evidenciado na rubrica “Inventários” e o valor dos subsídios relativos a estas infraestruturas.
A dezembro de 2013, o valor total destes subsídios ascende a € 369.814.206 mas na sequência
da assinatura dos Contratos de Entrega e de Concessão relativo à Gestão, Exploração,
Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins
Múltiplos de Alqueva (EFMA), os subsídios associados às infraestruturas da rede secundária já
concluídas, no montante de € 341.854.735, foram transferidos para a conta a receber da
DGADR, na rubrica de “Outras Contas a Receber” (ver Notas 11 e 14). Esta transferência
justifica a significativa redução no valor da rubrica de “Diferimentos – Subsídios do Estado” no
ano de 2013.
Os subsídios do Estado apenas são reconhecidos quando existe uma certeza razoável de que a
Empresa irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser
recebidos.
15.2.2. Outros Diferimentos
O valor de rendimentos diferidos do “Contrato de Concessão da Exploração das Centrais
Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão” com a EDP, evidenciado em 31 de dezembro de 2013 no
“Passivo não Corrente” (€ 169.731.216) e no “Passivo Corrente” (€ 14.384.848), decorre do
recebimento de € 195.000.000, em 1 de novembro de 2007, nos termos da alínea a) do N.º 1 da
cláusula 6.ª do “Contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e de
subconcessão do domínio público hídrico”, celebrado com a EDP. Os montantes recebidos e a
receber da EDP no âmbito deste contrato serão reconhecidos como rendimentos ao longo do
período de duração do contrato (35 anos), com início de 1 de novembro de 2007.
Euros
Correntes Não correntes Correntes Não correntes
Diferimentos - Subsídios do Estado 2.015.478 343.776.184
Outros Diferimentos 14.384.848 169.731.216 14.209.184 171.736.064
14.384.848 171.746.694 14.209.184 515.512.248
31-Dez-13 31-Dez-12
188 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Assim, as referidas contas de rendimentos a reconhecer traduzem: (i) parte dos € 195.000.000
que ainda não foi reconhecida em rendimentos; e (ii) o diferencial entre os valores recebidos
anualmente da EDP e o valor do rédito já reconhecido da atualização dos fluxos de caixa futuros
à taxa efetiva de 5,5%.
A 31 de dezembro de 2013, foram reconhecidos € 14.209.184 de rendimentos, referentes a
2013, dos quais € 11.015.287 se referem a prestação de serviços e € 3.193.897 a juros.
16. Capital Próprio
No período compreendido entre 31 de dezembro de 2012 e 31 dezembro de 2013, os capitais
próprios da EDIA apresentaram a seguinte evolução:
16.1. Capital Realizado
A EDIA é uma Sociedade Anónima em que o capital social é detido na sua totalidade pelo
acionista Estado Português, através da DGTF.
O Capital inicial da EDIA (€ 2.493.990) foi sucessivamente aumentado, no período de 1996 a
2009.
Em 31 de dezembro de 2013, o capital social da Empresa, integralmente subscrito e realizado,
de € 387.267.750 é composto por 77.453.550 ações com o valor nominal de € 5 cada.
16.2. Outras Reservas
A rubrica “Outras Reservas” inclui, essencialmente:
€ 8.479.554 de subsídios recebidos em 1995, no âmbito da transferência para a EDIA
das verbas incluídas no Orçamento de Estado para a extinta Comissão Instaladora do
Alqueva;
€ 592.267 relativos à transferência para a EDIA do ativo da referida Comissão;
€ 9.975 referentes à doação de um mural para o edifício da sede da EDIA; e
€ 120.904 de subsídios afetos às áreas sobrantes (que não configuram investimentos
amortizáveis).
Euros
Capital Realizado 387.267.750 387.267.750
Outras Reservas 9.202.700 9.202.700
Resultados Transitados -832.397.592 8.559.040 -823.838.553
Ajustamentos em Ativos Financeiros 413.817 545 413.273
Outras Variações no Capital Próprio 98.419.670 4.968.604 2.864.271 100.524.004
Resultado Líquido do Período 8.559.040 25.922.234 -17.363.194
-328.534.615 4.968.604 37.346.089 -343.794.020
Capital Próprio Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final
189 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Estas reservas não foram impostas pela lei ou pelos estatutos, nem constituídas de acordo com
contratos firmados pela Empresa.
16.3. Resultados Transitados
O resultado desta rubrica em 31 de dezembro de 2013 (€ 823.838.553 negativos) está
essencialmente influenciado com o reconhecimento de perdas por imparidade nos “Ativos
Intangíveis” do segmento “água”, cujo valor acumulado (líquido dos respetivos subsídios que
têm vindo a ser desreconhecidos) ascende a € 849.633.492.
16.4. Outras Variações no Capital Próprio
A Empresa reconhece em “Outras Variações no Capital Próprio” os subsídios associados à
aquisição de ativos não correntes (subsídios ao investimento), os quais foram integralmente
recebidos e não são reembolsáveis.
O saldo desta rubrica corresponde aos subsídios atribuídos pelo Estado Português e pela União
Europeia para financiar investimentos em ativos fixos, com exceção dos subsídios referentes à
rede secundária de rega (evidenciados na rubrica “Diferimentos” do Passivo, a deduzir ao
investimento evidenciado em “Inventários” aquando da transferência destes ativos para uma
entidade pública a indicar pelo MAM) e dos associados à atividade de distribuição de água (que
têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos
ativos).
Estes subsídios evidenciados em “Outras Variações no Capital Próprio” são subsequentemente
imputados numa base sistemática como rendimento do período durante as vidas úteis dos ativos
com os quais se relacionam. São reconhecidos como “Outros Rendimentos e Ganhos” na
mesma proporção dos gastos com as depreciações dos bens subsidiados e respetiva percentagem
de comparticipação.
O saldo desta rubrica a 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, era conforme segue:
190 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
17. Imparidade de Ativos Intangíveis
Na sequência da cedência à EDP, pelo período de 35 anos, da exploração das centrais
hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e dos direitos de utilização privativa do respetivo
domínio público hídrico, encontravam-se já definidas, desde outubro de 2007, a generalidade
das receitas de exploração associadas à componente hidroelétrica do EFMA até ao ano de 2042.
No entanto, à data do encerramento das contas de 2009 e das de anos anteriores, ainda não havia
sido definido, pelo MAM, o tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário do
Empreendimento, o qual iria influenciar de forma determinante as receitas de exploração
esperadas da Empresa e permitiria avaliar em que medida as receitas totais de exploração
esperadas com a utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA (as associadas ao
fornecimento de água para rega e abastecimento humano, e as decorrentes da exploração
hidroelétrica) permitiriam recuperar o investimento global previsto no âmbito do
Empreendimento.
No entanto, seria já possível, à data de encerramento das contas, quer de 2009 quer de anos
anteriores, prever que os investimentos realizados no EFMA implicariam a necessidade de
reconhecimento de perdas de imparidade.
No entanto, é importante ter presente que o EFMA foi concebido como um instrumento de
desenvolvimento regional de uma zona deprimida do interior do país, com especial enfoque na
conversão do sector agrícola de sequeiro para regadio.
O EFMA representa uma obra de aproveitamento de recursos hídricos associados ao Rio
Guadiana e que garante uma reserva estratégica de água, contribuindo para inverter as
tendências de declínio populacional e económico de uma vasta região do Alentejo, revestindo-
se, assim, de um enorme interesse nacional, com os consequentes benefícios que advêm da sua
concretização, ao nível da melhoria da qualidade de vida da população da região do Alentejo,
bem como à promoção económica, social e ambiental.
Este investimento destinou-se, desde sempre, a suprimir enormes carências existentes na região
relacionadas com a disponibilidade de água para fins de abastecimento humano, agrícolas e
Euros
Subsídios já recebidos
QCA II 1994-1999 184.523.978 184.523.978
QCA III 2000-2006 434.600.145 434.600.145
QREN-PRODER
POVT 2007-2013 179.600.988 161.345.088
PRODER 2007-2013 155.861.627 153.556.160
Outros 2007-2013 2.258.539 2.147.316
PIDDAC (QCA III e PRODER) 2000-2013 137.684.568 136.916.079
Subsídios por Receber 4.355.004 3.078.852
1.098.884.849 1.076.167.618
Rendimentos Já reconhecidos (valor acumulado) (27.261.826) (23.020.871)
1.071.623.023 1.053.146.747
Subsídios p/ rede secundária de rega e segmento "água" (938.478.647) (919.242.434)
Total de Subsidios registados no Capital Próprio 133.144.376 133.904.313
Imposto Diferido (32.620.372) (35.484.643)
100.524.004 98.419.670
Outras Variações no Capital Próprio Período 31-Dez-13 31-Dez-12
191 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
industriais. Nesse sentido, e considerando também as externalidades positivas geradas para a
económica nacional, nunca esteve em causa o retorno financeiro dos ativos do EFMA,
exclusivamente decorrente das receitas geradas pela atividade da EDIA. O pressuposto
fundamental consistia em garantir que os benefícios económicos futuros tivessem capacidade de
cobrir os custos de exploração das atividades (sem considerar a amortização dos investimentos),
gerando expetavelmente resultados de exploração positivos.
O Estado Português assumiu desde a sua génese o caráter de fins múltiplos deste
Empreendimento, cuja concretização decorreria da utilização plena e eficiente da enorme
“reserva estratégica de água” a armazenar nas albufeiras de Alqueva e Pedrógão. Sendo detentor
único do capital da EDIA, o Estado Português sempre assumiu, como consequência, a
necessidade de assegurar a dotação dos fundos necessários à prossecução do seu objeto, criando
as condições para a Empresa honrar os compromissos assumidos no decorrer da execução do
projeto.
O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é
calculado de acordo com a tarifa definida pelo Estado, que por sua vez, no seu cálculo,
considera um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos
investimentos realizados.
Existindo (desde anos anteriores) indícios de que os ativos do segmento “água” estariam em
imparidade, mas não sendo possível calcular a quantia recuperável de ativos individuais afetos a
este segmento, dada a forte interligação dos influxos de caixa dos vários ativos ou grupos de
ativos do segmento, a EDIA determinou a quantia recuperável da unidade geradora de caixa
(“mais pequeno grupo identificável de ativos que seja gerador de influxos de caixa e que seja
em larga medida independente dos influxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos”) que
corresponde a todo o segmento “água”.
Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água do sistema primário,
a EDIA estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento “água” através da determinação
do respetivo valor de uso, tendo-se concluído que o valor presente dos fluxos de caixa futuros
associados a este segmento é negativo, pelo que a perda de imparidade nas referidas datas
corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis) afetos a este
segmento.
Para este efeito, foram considerados fluxos de caixa até o ano de 2082, ano em que termina
contrato de concessão à EDIA que contempla a gestão, exploração e utilização privativa do
domínio público hídrico afeto ao EFMA, ao abrigo do disposto no Decreto - Lei N.º 313/2007.
Para a atualização dos fluxos de caixa futuros foi utilizada uma taxa de desconto de 5,49%
baseada no custo médio ponderado do capital (Weighted Average Cost of Capital – WACC), por
forma a refletir: (i) o valor temporal do dinheiro para os períodos até 2082; (ii) as expectativas
acerca das variações possíveis na quantia ou tempestividade dos fluxos de caixa; (iii) o preço de
suportar a incerteza inerente ao ativo; e (iv) outros fatores que os participantes no mercado
refletiriam ao apreçar os fluxos de caixa futuros que a Empresa espera obter dos ativos.
Tendo presente que todas as projeções futuras foram elaboradas com base em pressupostos
considerados razoáveis e suportáveis, tendo em conta o mercado presente e futuro e que as
decisões tomadas nas últimas projeções/estudos foram aprovadas por parte da administração da
EDIA, os principais pressupostos adotados são os seguintes:
192 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Taxa de adesão ao recurso água crescente em 10 anos;
Consumo médio de água de 4.000 m3/ha, em 80% da área coberta;
Preço unitário de referência para fornecimento de água destinada a rega para fins
agrícolas, à saída da rede primária, de 0,042€/m3, sendo que os valores no 1.º ano
correspondem a 30% desse valor, aumentando anual, automática, progressiva e
linearmente até atingirem o mencionado valor de referência no 8.º ano (conforme
Despacho N.º 9000/2010, de 26 de Maio); e
Taxa de atualização de preços de 2%.
Na medida em que as condições e pressupostos contemplados nos estudos de imparidade
reportados a 31 de dezembro de 2009 já existiam ou eram previsíveis à data do encerramento
das contas do exercício de 2008, no âmbito da reexpressão das demonstrações financeiras do
exercício de 2009, foram imputadas a Resultados Transitados as perdas de imparidade
correspondentes à totalidade dos ativos afetos ao segmento “água”, à data de 31 de dezembro de
2008.
Os ativos e passivos do segmento “água”, assim como as perdas de imparidade reconhecidas
com referência a 31 de dezembro de 2013 e a 31 de dezembro de 2012, podem ser apresentadas
da seguinte forma:
No Subsistema de Alqueva encontram-se integradas e em exploração as centrais mini-hídricas
de Alvito, Pisão, Roxo, Odivelas e no Subsistema do Ardila a central mini-hídrica de Serpa.
Estas infraestruturas tendo sido transferidas de “Ativos Intangíveis em Curso” para firme e
consideradas unidades geradoras de caixa ao abrigo da NCRF12 - “Imparidade de Ativos”,
foram alvo de testes de imparidade que permitissem concluir sobre qual a parte do investimento
que foi efetuado, está em imparidade ou não, especificamente para as componentes “elétrica” e
“rega”.
Este estudo, como todos os estudos de índole prospetiva, tem os seus resultados estritamente
ligados à validade das diferentes hipóteses de evolução que nele se consideram,
designadamente, e entre outros pressupostos, no que concerne aos volumes efetivamente
turbinados e aos custos unitários da energia, no horizonte de projeto.
A subdivisão destes custos pelas componentes “elétrica” e “rega” foi obtida pela separação dos
valores correspondentes aos investimentos diretamente afetos à produção de energia do restante,
tendo em consideração os valores das quantidades de obra e do equipamento existentes nestas
Euros
Segmento "água" 2013 2012
Ativos Intangíveis 1.374.094.732 1.343.345.743
Adiantamentos a Fornecedores de Ativos Intangíveis 194.089 0
Subsídios ao Investimento (524.461.241) (500.986.741)
Imparidade Acumulada 849.827.581 842.359.002
Perdas por Imparidade Reconhecidas no Período 7.468.579 -16.346.989
193 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
infraestruturas e que se encontram diretamente relacionadas com as funções “produção de
eletricidade” e “rega”.
Tendo presente estes pressupostos e o objetivo do estudo, face ao conjunto de análises
efetuadas, a conclusão foi de que estas unidades geradoras de caixa originam benefícios
económicos futuros suficientes para assegurar o retorno do investimento, isto é, não se
encontram em imparidade.
De salientar que, de igual modo, de acordo com os estudos e melhores projeções da EDIA, não
existe qualquer imparidade ao nível dos ativos do segmento “energia”.
17.2. Imparidade de Dívidas a Receber
O valor de € 244.770 registado na rubrica de “Imparidades de Dívidas a Receber” reflete as
imparidades que resultam dos indícios de incobrabilidade, isto é, dos créditos em mora pelos
serviços de distribuição de água prestados pela EDIA, quando os clientes não respeitam o prazo
contratualizado entre a Empresa e o adquirente.
Os créditos que sejam considerados de cobrança duvidosa após avaliação por parte da Empresa
são objeto de reconhecimento contabilístico das respetivas imparidades.
18. Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
A EDIA analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e
que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação.
São reconhecidas provisões apenas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou
construtiva) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa
obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente
estimado.
A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de efluxo de recursos
necessário para a liquidação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer
por variação daquele pressuposto, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente
divulgadas como passivos contingentes.
A mensuração das provisões é efetuada de acordo com a NCRF12 - “Imparidade de Ativos”.
A EDIA considerou, com base no julgamento do Conselho de Administração e na análise
aprofundada de cada um dos processos por parte do Gabinete Jurídico interno e de advogados
externos, que estavam cumpridas as condições para o reconhecimento das provisões, referidas
no parágrafo 13 da NCRF 21 - “Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes”.
Em particular no que respeita à condição de que “seja provável que um exfluxo de recursos que
incorporem benefícios económicos será necessário para liquidar a obrigação”, foi utilizado o
critério definido no parágrafo 22 da referida NCRF 21 - “ Provisões, Passivos Contingentes e
Ativos Contingentes”, considerando como provável o exfluxo “se o acontecimento for mais
194 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
propenso do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o acontecimento ocorrerá for
maior do que a probabilidade de isso não acontecer”.
Esta estimativa baseia-se numa análise técnica aprofundada do Gabinete Jurídico que emite,
para o efeito, um documento em que determina qual a melhor estimativa dos valores a
provisionar, com base na experiência da EDIA quanto ao desfecho de processos semelhantes e
com base nas informações dos advogados externos que colaboram com a Empresa.
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, para fazer face aos
processos judiciais e outras obrigações presentes decorrentes de acontecimentos passados, a
EDIA constituiu provisões mas também fez reversões por as quantias provisionadas se
revelarem desnecessárias ou porque os processos findaram.
18.1. Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas
Em 31 de dezembro de 2013 são conhecidos vários processos litigiosos, resultantes, quer de
processos judiciais em curso, quer de expropriações, associados ao investimento do EFMA, que
poderão resultar em encargos e responsabilidades adicionais para a EDIA, tendo a Empresa
constituído provisões para cobrir estas responsabilidades, com base na sua melhor estimativa do
valor dos encargos futuros a suportar.
O montante (€ 9.343.676) refletido na rubrica de “Provisões” a 31 de dezembro de 2013,
decorre essencialmente dos seguintes processos judiciais em curso e processos a decorrer no
âmbito de expropriações litigiosas:
Euros
Utilizações Reversões
Provisões
Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas 10.742.437 490.418 300.000 3.863.090 7.069.765
Provisão IFRIC 12 1.173.396 953.391 2.126.787
Outras Provisões_Gestalqueva 147.124 147.124
11.915.833 1.590.932 300.000 3.863.090 9.343.676
Provisões (Balanço)
2013
ReduçõesSaldo Inicial Aumentos Saldo Final
Euros
Utilizações Reversões
Provisões
Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas 10.363.061 386.553 7.177 - 10.742.437
Provisão IFRIC 12 1.269.089 95.693 1.269.089
11.632.150 386.553 7.177 95.693 11.915.833
Provisões (Balanço)
2012
Saldo Inicial AumentosReduções
Saldo Final
195 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
A Portucel Recicla intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a
forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de € 8.280.914 (correspondendo ao
valor já faturado de € 7.832.833 acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação
com “embargos de executado”, alegando que nada deve à Portucel Recicla por se terem alterado
os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Para fazer face às eventuais
responsabilidades decorrentes deste processo, a EDIA constituiu, em anos anteriores, uma
provisão de € 4.140.457, que foi estimada em metade do valor reclamado pela Portucel Recicla.
Em dezembro de 2011 a EDIA reforçou esta provisão pelo valor de € 1.388.625 (50% do
montante de € 2.777.250), valor este, que corresponde à melhor estimativa do dispêndio a
efetuar e é destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca
de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A. Em dezembro de 2013,
a EDIA reforçou, uma vez mais, esta provisão pelo valor de € 490.418, que corresponde à
atualização dos juros vencidos sobre o capital, à data de dezembro de 2013, destinado a garantir
o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz,
em que é exequente a Portucel Recicla S.A. e que se mantém provisionado à data deste relato.
A EDIA interpôs uma ação contra o consórcio Edifer/Obrecol/Sopol, reclamando o pagamento
de € 4.233.022, acrescido de juros de mora, a título de ressarcimento pelas verbas despendidas
na reparação do canal da Infraestrutura 12 e ainda indemnização por danos na imagem. O
consórcio, em sede de reconvenção, reclama o pagamento de € 2.642.648 a título de juros de
mora por atrasos nos pagamentos e na libertação da caução. Constituiu-se, em 2010, uma
provisão no montante de € 1.321.324 que corresponde a 50% do pedido formulado pelo
consórcio (valor este que corresponde à melhor estimativa do dispêndio a efetuar). Em abril de
2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o consórcio
Euros
Processos Judiciais 31-Dez-13 31-Dez-12
Portucel Recicla (Empreitada de Desmantelamento) 6.019.500 5.529.082
Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL (Empreitada IE12) - 1.321.324
Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL (Empreitada Equip.Colectivos nova Aldeia da Luz) - 917.117
Processo Arbitral EDIA/Tecnasol FGE 726.343
Processo Arbitral EDIA/Alexandre Barbosa Borges SA 604.005 604.005
Processo Arbitral EDIA/Teixeira Duarte SA/EPOS SA - 490.430
Geraldo Magela Assis 488.852
Municípios de Reguengos de Monsaraz, Mourão,Portel,Moura e Alandroal190.000 190.000
Monte Adriano SA185.155 185.155
Herdeiros de Luís Soares da Cunha Florim - 150.000
Império Bonança - 65.748
Outros 6.995 10.270
7.005.654 10.678.326
Processos de Expropriação Litigiosas
Herdade dos Bacelos 55.068 55.068
Joaquim Conceição Rato 4.737 4.737
Outros 4.306 4.306
64.111 64.111
7.069.765 10.742.437
196 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Edifer/Obrecol/Opway, decorrente do litígio emergente do contrato da “Empreitada de
Construção da Totalidade do Canal de Adução da IE12, Reabilitação da Barragem do Monte do
Marmelo, Estação Elevatória do Monte do Marmelo e Rede Secundária do 1º Bloco de Rega da
mesma infraestrutura”, que se traduz na anulação da provisão constituída, no valor de €
1.321.324, deste processo arbitral.
Em relação ao processo interposto pelo consórcio Edifer/Obrecol/Sopol, relativo à Empreitada
das habitações e comércios da construção da Nova Aldeia da Luz (provisão de € 917.117), é de
salientar que, nos termos de sentença proferida pelo Tribunal Arbitral em setembro de 2006,
ratificada em reunião de 24 de abril de 2007, a EDIA foi condenada a pagar € 710.015 mais
revisões de preços e juros, e paralelamente, o consórcio foi condenado ao pagamento de €
85.894. A EDIA impugnou o acórdão proferido, junto do Tribunal Administrativo. Ainda no
âmbito do acordo atrás referido, mas relativo à Empreitada das habitações e comércios da
construção da nova aldeia da Luz decorrente do litígio a título de trabalhos adicionais e custos
de estaleiro e correspondentes revisões de preços e juros de mora, foi também anulada a
provisão inicialmente constituída deste processo arbitral, no valor total de € 917.117.
No que concerne ao processo intentado pela Tecnasol FGE à EDIA, referente à Empreitada de
tratamento de fundações e de implementação do plano de observação do aproveitamento de
Pedrógão, a autora reclama, a título de trabalhos a mais e indemnização de maior onerosidade
na realização dos trabalhos, a quantia de € 1.198.090 acrescida de juros no montante de €
254.596. A EDIA, em anos anteriores, tinha uma provisão constituída (€ 726.343) que
correspondia a 50% dos valores reclamados (valor este que corresponde à melhor estimativa do
dispêndio a efetuar). Na sequência de audiência preliminar em 17 de janeiro de 2013, o Tribunal
não aceitou a ação, dando razão à tese da EDIA. A Autora recorreu entretanto para o Tribunal
Central Administrativo Sul, tendo a EDIA apresentado contra-alegações e recorrido
subordinadamente em relação a uma outra exceção que havia invocado e que o Tribunal não
julgou procedente. No entanto é convicção da EDIA que o recurso interposto pela Autora não
vai merecer provimento mas que o recurso por ela interposto irá. Defendendo a EDIA que a
probabilidade de sucesso é superior a 50% e que o valor esperado da responsabilidade é nulo,
desreconheceu nas suas contas, em 2013, a respetiva provisão.
Em 2011, na sequência da ação de condenação (ainda na fase dos articulados), intentada pela
empresa Alexandre Barbosa Borges SA, contratada pela EDIA para a execução da “Empreitada
de construção das centrais mini-hídricas do Alvito e de Odivelas do EFMA”, a Autora peticiona
o pagamento de € 1.208.009. Este montante é a título de trabalhos a mais titulados em contrato
adicional, acrescido de juros vencidos, custos indiretos de produção e juros de mora sobre a
faturação paga em atraso. A provisão constituída (€ 604.005) corresponde a 50% do pedido
formulado pelo Consórcio, que a EDIA considera a melhor estimativa do dispêndio a efetuar.
Em 2010 a EDIA foi citada para contestar uma ação judicial interposta pelas empresas Teixeira
Duarte, SA e EPOS, SA onde é reclamado o pagamento de € 671.983 a título de juros de mora
por atraso no pagamento de faturas vencidas no âmbito da Empreitada de Construção do Túnel
Loureiro - Alvito. A EDIA contestou por exceção e impugnação e atendendo à matéria em
discussão, constituiu uma provisão no valor de € 490.430, correspondente ao valor mínimo que
a EDIA teria que pagar se não vingasse a defesa por exceção. A 9 de dezembro de 2013
realizou-se uma audiência preliminar, no sentido de se alcançar uma solução extrajudicial. A
EDIA formulou à Teixeira Duarte uma proposta de pagamento no valor de € 300.000,
considerando as datas de vencimento a partir da data de receção efetiva das faturas na Empresa,
bem como aceitar os juros de mora associados a um atraso superior a 60 dias. A Teixeira Duarte
197 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
contrapôs a verba de € 400.000 que não foi aceite pela EDIA.O processo terminou entretanto
por transação, nos termos da qual, a Teixeira Duarte reduziu o pedido para € 300.000, que
atendendo ao risco judicial associado, a EDIA entendeu ser um bom acordo. Concordou, pagou
e anulou a respetiva provisão.
Em 2012, cinco municípios da área do regolfo de Alqueva (Reguengos de Monsaraz, Mourão,
Portel, Moura e Alandroal) interpuseram uma ação que respeita ao pagamento de rendas
alegadamente em dívida pela EDIA àqueles municípios, nos termos do disposto no Decreto-Lei
N.º 424/83, de 6 de dezembro, que obriga a EDP, enquanto titular de centros electroprodutores,
ao pagamento de determinadas verbas anuais aos municípios afetados. Não é formulado pedido
exato por alegada falta de elementos para aplicar a fórmula de cálculo do valor das rendas
legalmente previstas. A EDIA vai contestar, mas a sua direção operacional de infraestruturas
primárias e de energia estimou um valor de rendas na ordem dos € 190.000, valor pelo qual foi
constituída a provisão para este processo.
No ano de 2012, foi interposta uma ação pela empresa de construção Monte Adriano S.A., no
âmbito da Empreitada de construção do 3.º troço do adutor Pisão-Roxo (Penedrão-Roxo) e da
barragem do Penedrão. O empreiteiro reclama o pagamento de trabalhos no valor de € 370.310,
alegando que esse montante não lhe foi pago por incorreta interpretação da EDIA a respeito do
âmbito de trabalho de determinada rubrica do mapa de quantidades. A EDIA contestou e
provisionou 50% (€ 185.155) do montante pedido pelo empreiteiro, que se considera como a
melhor estimativa do dispêndio a efetuar.
Numa ação de condenação decorrente de um acidente que vitimou um particular, ocorrido em
Alqueva, foi interposto um recurso para o Tribunal da Relação. O Acórdão foi proferido, a
EDIA foi absolvida, mas ainda sem trânsito em julgado, que não altera a decisão relativamente à
EDIA. Face ao exposto foi entendimento interno do Gabinete Jurídico, a anulação da respetiva
provisão no valor de € 150.000.
O processo referente a uma ação de condenação, em que é reclamada uma indemnização
decorrente de um acidente numa obra de Alqueva (Instância suspensa), mas em que a
probabilidade de “exfluxo de recursos” é inferior a 50%, foi entendimento da EDIA, não
provisionar mas divulgar apenas no Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados, pois
está perante passivos contingentes.
A constituição de provisões no âmbito de processos de expropriação litigiosos conduzidos pela
EDIA obedece a um conjunto de pressupostos que, em função da fase de desenvolvimento do
processo e dos valores provisoriamente estabelecidos em cada uma delas (proposta da EDIA,
arbitragem, peritagem, sentença e eventuais recursos), vão determinando a variação do valor de
cada provisão constituída.
Relativamente a estes processos, apenas um merece referência, conforme enunciado abaixo. Os
demais processos, além de envolverem montantes de baixo valor, estão em juízo por razões que
não se prendem com a existência de litígio, mas sim com o desconhecimento dos proprietários,
litígio entre herdeiros, entre outros.
De salientar que o facto das provisões para vários dos processos judiciais em curso terem sido
quantificadas em 50% dos valores reclamados pelos autores dos processos, decorre do processo
de mensuração da provisão, ou seja, foi considerado que 50% do valor reclamado seria a melhor
estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação no fim do período de relato, nos
198 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
termos do parágrafo 35 da NCRF 21 - “Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
Contingentes”.
18.2. Provisão IFRIC 12
As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afeto ao EFMA, objeto do
respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do
sistema primário (barragens; centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento,
enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária.
A rubrica “Provisão - IFRIC 12” reflete o valor presente da estimativa de encargos relativos à
obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as infraestruturas
afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que revertem para o
Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as grandes reparações e
substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não
incluindo, assim, a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são
reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem.
Esta provisão foi reconhecida e mensurada, com base nos pressupostos do estudo de viabilidade
económico e financeiro utilizado:
Valor total dos investimentos em exploração, nomeadamente os equipamentos e a
construção civil, sem considerar o valor dos terrenos submersos e sobrantes;
Aplicação de uma taxa estimada de 0,2% aos investimentos da atividade de distribuição
de água, para apuramento do custo médio das grandes reparações anuais;
Não se consideram custos de grandes reparações para a atividade produção de energia
uma vez que ao abrigo do contrato de subconcessão celebrado com a EDP, estes custos
são da sua responsabilidade;
Prazo estimado para fazer face a grandes reparações, nos equipamentos e na construção
civil, de 20 e 30 anos respetivamente;
Taxa média de financiamento para o período de 2013-2082; e
A previsão da Euribor é feita com base nas taxas spot da Bloomberg.
Em 2013, no âmbito da aplicação da IFRIC12- “Acordos de Concessão de Serviços”, foi feito
um reforço da provisão, em relação às infraestruturas que já se encontram em exploração, no
montante de € 953.391, ficando a mesma registada por um valor total de € 2.126.787.
18.3. Outras Provisões
Uma vez que a quantia escriturada do investimento na associada Gestalqueva S.A., de acordo
com o MEP, foi reduzida a zero e a EDIA já tinha incorrido em obrigações legais e construtivas
e feito pagamentos a favor da associada, registou perdas por imparidade pelo valor das contas a
receber e constituiu uma provisão pelo montante ainda em falta das perdas reconhecidas no
valor de € 47.766 (NCRF 13 - “ Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em
Associadas”).
Para além do referido, a EDIA, como sócia maioritária da Gestalqueva, S.A., para fazer face a
futuras responsabilidades que possam vir a ocorrer e que poderão não ser assumidas pelos
restantes acionistas (autarquias), constituiu outra provisão no valor de € 99.358.
199 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
19. Financiamentos Obtidos
O financiamento dos investimentos realizados nas várias infraestruturas do EFMA envolveu, até
à presente data, a contratação de vários empréstimos por obrigações, de um empréstimo do
Banco Europeu de Investimento (BEI) e de diversos empréstimos bancários de curto prazo. Em
31 de dezembro de 2013, estão em vigor os seguintes financiamentos obtidos:
BEI - € 135 000 000
Data de início do contrato: 1999
Prazo: 20 anos
Período de carência: 7 anos
O montante de € 135.000.000,00, refletido na conta de empréstimos, resulta da
utilização total das tranches A, B, C e D
O reembolso deste empréstimo será efetuado da seguinte forma:
€ 35.000.000 - Tranche A - 18 amortizações anuais e consecutivas com início
em setembro de 2007
€ 35.000.000 - Tranche B - 23 amortizações anuais e consecutivas com início
em setembro de 2007
€ 32.500.000 - Tranche C - 18 amortizações anuais e consecutivas com início
em março de 2009
€ 32.500.000 - Tranche D - 23 amortizações anuais e consecutivas com início
em março de 2009
Taxa Juro: taxa determinada pelo BEI em conformidade com os procedimentos
estabelecidos pelo seu Conselho de Administração e que não poderá exceder a taxa
Euribor 3 meses acrescida de 0,15%
Reembolsos até 31-12-2013 - € 40 356 280
Montante em Dívida: € 94 643 720
Empréstimo Obrigacionista - € 300 000 000
Data de início do contrato: 2003
Prazo: 15 anos
Reembolso: total no final do contrato (2018)
Este empréstimo obrigacionista, foi celebrado junto do BNP Paribas e do Caixa-Banco
de Investimento, S.A.
Os cupões são trimestrais e o seu reembolso é “bullet”
Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,10%
Euros
Correntes Não correntes Correntes Não correntes
Empréstimos por Obrigações 109.555 449.517.750 449.627.305 449.053.348 449.053.348
Empréstimos Bancários 100.786.010 87.958.938 188.744.948 127.299.000 94.643.720 221.942.720
Contas Correntes Caucionadas 80.850.000 80.850.000 20.550.923 20.550.923
Locações Financeiras 30.882 30.882 35.481 35.481
Depósitos à Ordem-Saldos Credores 45.301 45.301 54.099 54.099
181.821.748 537.476.688 719.298.436 147.939.502 543.697.068 691.636.571
Financiamentos Obtidos31-Dez-13
Total31-Dez-12
Total
200 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Empréstimo Obrigacionista - € 56 180 000
Data de início do contrato: 2007
Prazo: 20 anos
Reembolso: total no final do contrato (2027)
Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Millennium BCP e do BPI
Os cupões são semestrais e o seu reembolso é “bullet”
Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,005%
Empréstimo Obrigacionista - € 94 350 000
Data de início do contrato: 2010
Prazo: 20 anos
Reembolso: a partir de fevereiro de 2017, inclusive, 28 prestações semestrais, iguais e
sucessivas
Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Sindicato Bancário constituído
por Banco Infrastrutture Innovazione e Sviluppo, SpA (BIIS); Banco BPI, S.A. (BPI);
Banco Santander Totta, S.A. (Santander); Caixa - Banco de Investimento, S.A.
(CaixaBI); Dexia Sabadell, S.A. – Sucursal em Portugal (Dexia)
Taxa Juro: Euribor 6 meses + Spread 2,65%
Conta Corrente Caucionada Santander-Totta - € 5 000 000
Data de início do contrato: 02/11/2013
Data do fim do contrato: 02/05/2014
Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 6,75%
Conta Corrente Caucionada BES – € 45 000 000
Data de início do contrato: 20/11/2013
Data do fim do contrato: 19/02/2014
Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 8%
Conta Corrente Caucionada BES – € 30 850 000
Data de início do contrato: 20/11/2013
Data do fim do contrato: 19/02/2014
Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 8%
Empréstimo Bancário (Curto Prazo) Millennium BCP – € 41 429 785
Data de início do contrato: 27/12/2013
Data do fim do contrato: 30/01/2014
Taxa fixa: 3,985%
Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BPI – € 7 925 000
Data de início do contrato: 16/12/2013
Data do fim do contrato: 14/03/2014
Euribor a 3 meses + Spread 7%
Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 1 900 000
Data de início do contrato: 09/10/2013
Data do fim do contrato: 13/01/2014
Euribor a 3 meses + Spread 5,75%
201 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 31 069 000
Data de início do contrato: 16/12/2013
Data do fim do contrato: 17/03/2014
Euribor a 3 meses + Spread 5,75%
Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 3 300 000
Data de início do contrato: 16/12/2013
Data do fim do contrato: 17/03/2014
Euribor a 3 meses + Spread 5,75%
Os financiamentos obtidos no Millennium BCP (€ 8.280.914) e no Banco Espírito Santo (€
166.528) correspondem a empréstimos destinados a financiar a constituição de depósitos
caução, ambos à ordem do Tribunal de Reguengos de Monsaraz, no âmbito do processo judicial
a decorrer com a Portucel Recicla e de processos litigiosos de expropriação, respetivamente.
O escalonamento das dívidas constantes no Balanço em 31 de dezembro de 2013 e em 31 de
dezembro de 2012, com vencimento a mais de 5 anos, ascende a:
Para cumprimento do definido na NCRF 10 - “Custos de Empréstimos Obtidos”, nomeadamente
quanto ao dever da entidade divulgar a quantia de gastos com os empréstimos obtidos,
capitalizada durante o período e a taxa de capitalização usada para determinar a quantia dos
gastos dos empréstimos obtidos elegíveis para capitalização, indica-se que, no ano de 2013,
foram capitalizados os gastos a uma taxa média de 43,68% perfazendo o valor de € 8.132.391.
Euros
31-Dez-13 31-Dez-12
Empréstimos por Obrigações Não Convertiveis
Empréstimo Obrigacionista de 2003 (300 M€) - 300.000.000
Empréstimo Obrigacionista de 2007 (56,18 M€) 56.180.000 56.180.000
Empréstimo Obrigacionista de 2010 (94,35 M€) 80.871.429 87.610.714
Dívidas a Instituições de Crédito
Banco Europeu de Investimento (135M€) 61.219.807 67.904.589
Total 198.271.235 511.695.303
202 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
20. Fornecedores e Outras Contas a Pagar
20.1. Fornecedores c/c e Fornecedores de Investimento
Os saldos dos fornecedores associados aos investimentos na rede secundária, evidenciados na
rubrica de “Inventários”, são registados na rubrica “Fornecedores C/C”, em vez de
“Fornecedores de Investimento”, pois não decorrem de investimentos em ativos fixos tangíveis
ou intangíveis mas de trabalhos de construção relevados na rubrica de “Fornecimentos e
Serviços Externos”.
20.2. Fundos Comunitários
Esta conta inclui: (i) no Passivo Corrente, os fundos já recebidos, afetos à rede secundária, em
que a despesa ainda não foi realizada, mas que se prevê que seja realizada até final do ano de
2014, (ii) no Passivo não Corrente, os adiantamentos recebidos de financiamentos comunitários,
no âmbito do PRODER, em que só é expectável a sua utilização, por dedução a despesa a
realizar, a mais de doze meses. Estas candidaturas foram aprovadas no fim do ano de 2012 e o
seu encerramento está previsto para o final de 2015.
20.3. Credores por Acréscimos de Gastos
A conta de “Credores por Acréscimos de Gastos” reflete essencialmente o valor especializado
dos gastos com os juros de financiamentos obtidos e comissões de garantia (essencialmente
empréstimos obrigacionistas e contas correntes caucionadas) no montante total de € 3.597.693.
Esta conta inclui também outros valores especializados, nomeadamente: (i) € 1.404.837
relativos ao investimento realizado numa empreitada em curso da rede secundária de rega (auto
do mês de dezembro de 2013), cuja fatura deu entrada na empresa em janeiro de 2014 e (ii)
gastos com eletricidade no montante de €114.618 faturados no mês seguinte (janeiro 2014)
àquele a que os consumos se referiam.
Euros
Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes
Fornecedores
Fornecedores C/C 12.779.597 7.235.363
12.779.597 7.235.363
Outras Contas a Pagar
Fundos Comunitários 11.883.649 15.517.311 12.332.719 15.517.311
Fornecedores de Investimento 8.141.346 7.589.443
Credores por Acréscimos de Gastos 6.206.541 4.092.955
Pessoal 15.137 28.433
Outros Credores 168.648 1.107.810
26.415.322 15.517.311 25.151.361 15.517.311
Fornecedores e Outras Contas a Pagar31-Dez-13 31-Dez-12
203 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Esta conta traduz também o montante estimado de gastos com férias e subsídio de férias dos
funcionários da EDIA, referentes a 2013 (a pagar em 2014) nos montantes de € 376.343 e
€ 373.924 respetivamente.
21. Variação nos Inventários da Produção
A variação nos inventários da produção a 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012
discrimina-se da seguinte forma:
Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com
exceção da Infraestrutura 12 e do Perímetro de Rega da Luz, prevê a transferência para o Estado
(MAM) das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA
passou, a partir do exercício de 2002, a evidenciar o gasto das obras com as infraestruturas da
rede secundária de rega na rubrica de “ Inventários”. Em 2013, com a entrada em exploração de
mais dois perímetros de rega, Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1-margem direita, e conforme tratamento
dado em anos anteriores a outras infraestruturas da mesma natureza, procedeu-se à transferência
dos investimentos que estão associados a essas infraestruturas, que se encontravam na conta
“Produtos e Trabalhos em Curso” para a conta “Produtos Acabados e Intermédios”.
Na sequência dos contratos de entrega celebrados com o Estado (DGADR), em abril e
novembro de 2013, o saldo à data do relato, da conta de “Produtos Acabados e Intermédios”,
relacionado com a rede secundária, investimentos nos perímetros de rega substancialmente
concluídos e já em exploração, foi transferido para a rubrica de “Outras Contas a Receber”
(conta da DGADR), tendo presente que é o Estado que tem a propriedade de todas as
infraestruturas da rede secundária que a EDIA construiu, em sua representação.
Euros
Produtos Acabados e Intermédios 31-Dez-13 31-Dez-12
Inventário Final - 355.001.498
Inventário Inicial -355.001.498 -332.850.998
Variação nos Inventários da Produção-355.001.498 22.150.500
Produtos e Trabalhos em Curso 31-Dez-13 31-Dez-12
Inventário Final 23.117.597 68.758.146
Transferências 430.073.099 -
Inventário Inicial -68.758.146 -51.092.138
Variação nos Inventários da Produção 384.432.550 17.666.008
29.431.052 39.816.508
204 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Os investimentos em curso das infraestruturas da rede secundária de rega, que correspondem
essencialmente a projetos afetos aos blocos de rega ainda em construção, continuam a ser
registados na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso”.
A variação verificada na rubrica “Variação nos Inventários da Produção”, face ao período
homólogo, resulta essencialmente pela baixa taxa de realização de investimentos na rede
secundária no ano de 2013.
22. Trabalhos para a própria Entidade
Os trabalhos para a própria entidade registam a imputação ao investimento em curso (rubricas
de “Ativos Fixos Tangíveis” e “Ativos Intangíveis”) dos gastos afetos às áreas operacionais da
Empresa ligadas diretamente à construção das infraestruturas do EFMA. Estes gastos estão
diretamente afetos à rede primária e ao centro de cartografia, efetuados sob administração direta
da Empresa.
23. Fornecimentos e Serviços Externos
A rubrica de “Fornecimentos e Serviços Externos” apresenta uma variação negativa
significativa, em termos homólogos, resultado do decréscimo da conta de “Subcontratos”,
consequência de um menor volume de investimento na rede secundária de rega (evidenciado na
Euros
Subcontratos 27.951.748 37.948.956
Electricidade 4.357.009 4.997.381
Conservação e Reparação 1.053.154 940.944
Trabalhos Especializados 1.005.142 939.122
Seguros 443.046 457.273
Rendas e Alugueres 249.947 256.885
Vigilância e Segurança 218.373 247.676
Honorários 208.981 212.275
Combustíveis 203.591 199.106
Comunicação 114.248 127.194
Limpeza e Higiene 108.309 114.478
Publicidade e Propaganda 96.795 126.422
Ferramentas e Utensílios 44.430 51.378
Contencioso 33.519 164.990
Deslocações e Estadas 32.715 22.877
Portagens e estacionamentos 22.875 24.381
Despesas de Representação 20.842 18.943
Material Escritório 17.206 15.825
Outros Fluídos 16.137 14.350
Água 7.316 10.195
Livros e Documentação Técnica 5.237 5.970
Outros 46.851 67.399
Total 36.257.474 46.964.019
Fornecimentos e Serviços Externos 31-Dez-13 31-Dez-12
205 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
rubrica “Inventários”), sendo esta diminuição de gastos compensada por uma redução de
montante similar na conta de “Variação dos Inventários da Produção”.
Os aumentos mais significativos ocorreram nas rubricas de “Conservação e Reparação” e
“Trabalhos Especializados”, uma vez que o número de infraestruturas em exploração aumentou,
pelo que os gastos com pessoal técnico especializado na manutenção preventiva dos
equipamentos nessas infraestruturas, dos perímetros de rega, também subiram. A consequente
cessação de capitalização dos gastos inerentes às infraestruturas da rede primária a montante é
também um dos fatores decisivos para este acréscimo de gastos.
24. Gastos com o Pessoal
O número de trabalhadores da EDIA em 2013 e 2012 foi de 187 e 188, respetivamente.
Os “Gastos com o Pessoal” da Empresa tiveram a seguinte composição:
Face ao período homólogo, apesar de se ter verificado uma redução dos gastos mensais com os
órgãos sociais, uma vez que o número de membros do Conselho de Administração da Empresa
passou de quatro para três, esta rubrica apresenta um aumento significativo, que resulta
sobretudo da reposição em 2013, das remunerações ao pessoal referente aos 13.º e 14.º meses,
não pagas em 2012, mas também da reposição do subsídio de férias de 2012 na sequência do
Acórdão do Tribunal Constitucional de 5 de abril 2013.
Em 2013, as demonstrações financeiras refletem não só os duodécimos do subsídio de férias de
2013 (a pagar em 2014) e do subsídio de Natal (que tem vindo a ser processado e pago em
duodécimos em 2013-Artigo 28.º da Lei N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro), mas também o
subsídio de férias de 2012 pago no segundo semestre de 2013, na sequência do Acórdão n.º
187/2013, de 5 de abril, do Tribunal Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade de
alguns artigos da Lei do Orçamento do Estado para 2013, nomeadamente o artigo 29.º da Lei n.º
66-B/2012 de 31 de dezembro, referente à suspensão do pagamento do subsídio de férias ou
equivalente.
Em 2013 mantiveram-se em vigor algumas das medidas de redução de custos do Sector
Empresarial do Estado (SEE) aprovadas nos anos anteriores.
Isenção de redução remuneratória para os trabalhadores que auferem uma remuneração
total ilíquida igual ou inferior a € 1.500 mensais;
Euros
Gastos com o Pessoal 31-Dez-13 31-Dez-12
Remunerações 4.791.711 4.000.895
Encargos Sociais 1.064.200 868.026
Outros Gastos com o Pessoal 331.928 232.796
6.187.839 5.101.717
206 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Manutenção da redução efetiva de remuneração para todos os trabalhadores que
auferem uma remuneração total ilíquida calculada nos termos do N.º 1 do Art.º 20 da
Lei N.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, superior a € 1.500 mensais;
Proibição de atribuição de prémios de desempenho ou outras prestações pecuniárias de
natureza afim;
Progressividade da redução remuneratória, de modo a assegurar maior redução por parte
e quem aufira uma redução total ilíquida mais elevada; e
Proibição de atribuição de quaisquer benefícios geradores de encargos, designadamente
subsídios, ajudas de custo ou quaisquer outros suplementos pecuniários com a
finalidade de compensar, direta ou indiretamente, as reduções remuneratórias.
Foram atribuídas, no decorrer dos anos de 2013 e 2012, aos membros dos órgãos sociais da
Empresa, as seguintes remunerações relacionadas com o exercício das suas funções:
25. Outros Rendimentos e Ganhos
25.1. Juros
No âmbito do “Contrato de Concessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva
(CHA) e Pedrógão (CHP)” celebrado com a EDP, a EDIA recebeu um montante inicial de €
195.000.000 e irá receber, por um período de 35 anos, um montante anual periódico de €
12.380.000 (valor atualizado em 2012).
O montante de € 3.193.897 evidenciado na conta “Juros concessão exploração da CHA e CHP”
corresponde à parcela da remuneração (estabelecida no contrato com a EDP) que traduz a
atualização do capital (justo valor da subconcessão calculado à data da celebração do contrato),
com base numa taxa implícita de 5,5%.
Euros
31-Dez-13 31-Dez-12
Conselho de Administração 238.535 225.344
Revisor Oficial de Contas 40.000 40.000
Conselho Fiscal 29.143 27.355
Mesa da Assembleia Geral 2.067 388
Euros
Outros Rendimentos e Ganhos 31-Dez-13 31-Dez-12
Juros concessão exploração da CHA e CHP 3.193.897 3.027.391
Imputação de Subsídios ao Investimento 1.816.051 1.830.820
Outros 345.006 185.025
5.354.954 5.043.236
207 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
25.2. Imputação de Subsídios ao Investimento
A rubrica “Imputação de Subsídios ao Investimento” reflete o reconhecimento em rendimentos
dos subsídios associados aos investimentos, na medida em que estes últimos são depreciados.
Não inclui:
Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega, que estão
evidenciados em “Diferimentos”, no Passivo não Corrente, uma vez que os ativos
correspondentes são propriedade do Estado. Estes subsídios foram, na sua maior parte,
deduzidos ao investimento, evidenciado na rubrica de “Inventários”, por a EDIA ter
executado estes investimentos com fundos próprios, em representação do Estado,
resultante do Contrato de Concessão celebrado em abril de 2013, com a DGADR; e
Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a
concluir que estão em imparidade total, pelo que têm vindo a ser desreconhecidos no
âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas
são reconhecidas na Demonstração dos Resultados pelo valor líquido dos respetivos
subsídios.
26. Outros Gastos e Perdas
Em 2013 esta rubrica inclui € 1.252.784 decorrentes da mensuração de um depósito cativo de
€ 8.280.914 que não vence juros pelo seu custo amortizado (ver Nota 10), uma vez que se prevê
que a conclusão do respetivo processo judicial (Portucel Recicla) só venha a ocorrer no final de
2016.
Do restante valor apresentado na rubrica de “Outros Gastos e Perdas” é de salientar: (i) €
680.282 relativos ao pagamento de taxas, pelas utilizações dos recursos hídricos em várias
infraestruturas da EDIA, tais como Alqueva, Pedrógão, Cais da Barragem de Alqueva, furo da
Herdade da Coitadinha, (ii) € 29.023 referentes ao desreconhecimento do valor do PEC por
conta do IRC de 2009, (iii) € 27.674 de quotizações e (iv) € 14.663 de gastos incorridos com
impostos diretos (Imposto Municipal de Imóveis).
27. Juros e Rendimentos Similares Obtidos e Juros e Gastos Similares Suportados
Euros
Rendimentos e Gastos Financeiros 31-Dez-13 31-Dez-12
Rendimentos e Ganhos Financeiros
Outros juros obtidos 31.942 26.206
31.942 26.206
Gastos e Perdas Financeiros
Juros e gastos similares suportados 7.957.144 8.887.278
Outros gastos e perdas financeiros 2.528.997 1.986.092
10.486.140 10.873.370
208 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
27.1. Rendimentos e Ganhos Financeiros
A conta “Outros Juros Obtidos” traduz, fundamentalmente, os juros de depósitos a prazo e à
ordem.
27.2. Gastos e Perdas Financeiros
O decréscimo ocorrido na conta “Juros e gastos similares suportados” deveu-se à diminuição
dos juros suportados associados aos empréstimos contraídos pela Empresa, dado que a taxa de
juro média real foi inferior à taxa de juro média em 2012, essencialmente em resultado da
descida da Euribor.
Os “Outros gastos e perdas financeiros” incluem essencialmente serviços bancários e comissões
de garantia dos empréstimos obrigacionistas e bancários.
28. Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização
Os gastos/reversões de depreciação e amortização, em 2013 e 2012, discriminam-se da seguinte
forma:
Euros
Ativos Fixos Tangíveis
Terrenos e Recursos Naturais 2 2
Edifícios e Outras Construções 270.365 267.360
Equipamento Básico 121.394 120.807
Equipamento de Transporte 11.855 29.754
Equipamento Administrativo 53.674 119.460
Outros Ativos Tangíveis 35.585 47.221
492.874 584.604
Ativos Fixos Intangíveis
Terrenos e Recursos Naturais 851.120 850.004
Edifícios e Outras Construções 3.080.545 3.082.814
Equipamento Básico 1.281.414 1.282.387
Outros Ativos Intangíveis
Programas de Computador 8.500 244.349
5.221.579 5.459.554
5.714.453 6.044.158
Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização 31-Dez-13 31-Dez-12
209 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
29. Segmentos Operacionais
A atividade da EDIA está centrada em dois segmentos de negócio (Água e Energia). As
restantes áreas de negócio tais como o turismo, o ambiente, a cultura e a produção cartográfica,
devido à sua dimensão, foram agrupadas num único segmento (Projetos Especiais).
O segmento Água está relacionado com a gestão da utilização do domínio público hídrico afeto
ao EFMA com vista a garantir a sua distribuição através de critérios de rigor e sustentabilidade,
sendo constituído por duas vertentes: a do Armazenamento de Água, onde se destacam os
grandes reservatórios (albufeiras de Alqueva e de Pedrógão), e a da Adução de Água, traduzida
pelos diversos subsistemas de abastecimento de água (Alqueva, Pedrógão e Ardila).
A atividade de Armazenamento de Água tem como fim o fornecimento de água, quer para fins
agrícolas, industriais ou abastecimento populacional, quer para produção hidroelétrica. Esta
“subatividade” apresenta réditos, essencialmente, internos.
Após a entrada em exploração de diversos perímetros de rega e da resolução administrativa por
parte do Estado, através do Despacho n.º 9000/2010 dos Ministérios das Finanças e da
Administração Pública, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente
e do Ordenamento do Território, sobre o preço a aplicar à distribuição da água, o grupo EDIA
iniciou verdadeiramente a atividade de exploração da componente Adução de Água, prevendo-
se a breve prazo, um aumento gradual dos ganhos devido à entrada em exploração de novos
perímetros, ao aumento de adesão ao regadio agrícola e à utilização da água para fins industriais
e turísticos.
O segmento Energia é constituído pela produção de eletricidade através das centrais
hidroelétrica de Alqueva e Pedrógão, Mini-hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa e
pela Central Fotovoltaica de Alqueva. O volume de negócio resulta, essencialmente do
recebimento da renda relativa ao contrato de concessão das centrais hidroelétricas de Alqueva e
Pedrógão à EDP, por um período de 35 anos. No entanto, refere-se também a exploração neste
período de todas as centrais mini-hídricas e da central fotovoltaica, sendo essa atividade
remunerada pelo fornecimento da eletricidade entregue na rede elétrica nacional.
O segmento Projetos Especiais, como referido anteriormente, abrange diversas áreas das quais
se destacam:
Centro de Cartografia, projeto originalmente criado como um apoio ao investimento
realizado pela EDIA, quer a nível cartográfico quer a nível topográfico, e que surge
como uma oportunidade de negócio;
O PNN que surgiu como um projeto de minimização ambiental em consequência da
construção da albufeira Alqueva, mas que se complementa com as áreas agrícolas e
turísticas;
O Museu da Luz consubstancia-se num espaço de memória e de interpretação de todos
os inéditos processos da recolocação da Aldeia da Luz e aparece como um projeto
cultural crescente na nova aldeia.
Os resultados de exploração por segmentos no final de 2013 e de 2012 são os seguintes:
210 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Os principais indicadores da posição financeira por segmentos no final do ano de 2013 e de
2012 são os seguintes:
RUBRICAS Água Energia Projetos especiais Não alocados Total
Réditos Externos 5.250.176 12.491.103 374.023 9.567 18.124.869
Gastos Operacionais de Exploração (8.469.800) (88.747) (1.103.570) (1.166.303) (10.828.420)
Réditos / Gastos Intersegmentos 1.267.570 (1.352.931) 85.360 - 0
Margem Bruta (1.952.054) 11.049.425 (644.187) (1.156.736) 7.296.449
Outros Rendimentos e Ganhos 64.723 4.947.347 553.317 (132.514) 5.432.873
Outros Gastos e Perdas (3.644.634) (632) (6.257) (20.924) (3.672.447)
Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros (5.531.965) 15.996.140 (97.127) (1.310.174) 9.056.875
Depreciações e Amortizações (30.871) (5.234.824) (309.562) 14.326 (5.560.930)
Perdas por Imparidade (7.468.579) - - - (7.468.579)
Resultado Operacional (13.031.414) 10.761.317 (406.689) (1.295.848) (3.972.634)
Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos 37 - - 31.905 31.942
Juros e Gastos Financeiros Suportados (10.184.017) (301.505) (618) (0) (10.486.140)
Resultado por Segmento de Negócio (23.215.394) 10.459.811 (407.307) (1.263.943) (14.426.832)
(2.936.362)
(17.363.194)
Euros
2013
Imposto Sobre o Rendimento
Resultado Liquído Exercicio
RUBRICAS Água Energia Projetos especiais Não alocados Total
Réditos Externos 2.842.916 11.742.900 254.382 (34.094) 14.806.103
Gastos Operacionais de Exploração (8.378.851) (137.138) (991.326) (1.136.742) (10.644.057)
Réditos / Gastos Intersegmentos 412.629 (692.063) 279.433 - 0
Margem Bruta (5.123.306) 10.913.699 (457.511) (1.170.836) 4.162.046
Outros Rendimentos e Ganhos 19.669 4.795.610 386.526 161.531 5.363.336
Outros Gastos e Perdas (1.407.614) (195.500) (15.646) (33.315) (1.652.076)
Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros (6.511.251) 15.513.809 (86.631) (1.042.620) 7.873.306
Depreciações e Amortizações (29.958) (5.433.476) (351.012) (65.432) (5.879.878)
Imputação Sub. Investimento - - -
Perdas por Imparidade 16.346.989 - - - 16.346.989
Resultado Operacional 9.805.780 10.080.333 (437.643) (1.108.052) 18.340.418
Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos 17.008 9.198 - 0 26.206
Juros e Gastos Financeiros Suportados (10.077.152) (505.541) (3.151) (215) (10.586.060)
Resultado por Segmento de Negócio (254.364) 9.583.990 (440.794) (1.108.267) 7.780.565
778.475
8.559.040
Imposto Sobre o Rendimento
Resultado Liquído Exercicio
Euros
2012
RUBRICAS Água Energia Projetos Especiais Não alocados Total
Ativos 270.100.052 361.288.064 8.903.472 18.268.510 658.560.098
Passivos 767.095.130 235.011.125 - 247.863 1.002.354.118
Euros
2013
211 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
30. Outras Informações Relevantes
Esta nota, contemplada no modelo geral de anexo proposto pela Portaria N.º 986/2009, foi
utilizada na divulgação de outras informações não previstas nas notas anteriores e que se
consideram necessárias para melhor compreender a posição financeira e os resultados da EDIA.
Inspeção Tributária
De acordo com a legislação em vigor, as declarações de rendimentos para efeitos fiscais são
passíveis de revisão e correção pela Administração Tributária durante um período de quatro
anos. Com base neste pressuposto, as declarações fiscais da Empresa do ano de 2008 até 2011
foram sujeitas a revisão por parte da Autoridade Tributária (AT).
Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a AT uma
correção aos exercícios de 2008 a 2011, ao montante das amortizações efetuadas de terrenos
submersos, uma vez que considera que nem todos os investimentos efetuados pela EDIA são
passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal, pelo que exclui a possibilidade de depreciar
fiscalmente o valor dos terrenos submersos, por entender que os mesmos não sofrem de
qualquer perecimento.
A generalidade dos bens atualmente registados nos “Ativos Intangíveis” encontravam-se, até à
data da entrada em vigor do Sistema de Normalização Contabilística, em 1 de janeiro de 2010,
evidenciados na rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis”, sendo então reclassificados para “Ativos
Intangíveis”, conforme previsto na IFRIC 12 - “Acordos de Concessão de Serviços”, aplicável
ao contrato de concessão celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do
Território e do Desenvolvimento Regional, conforme expressamente reconhecido pela
Comissão de Normalização Contabilística em 20 de janeiro de 2011.
Sucede que os terrenos submersos em questão, e que foram amortizados pela EDIA, estão
incluídos no EFMA e são objeto do contrato de concessão, celebrado em 17 de outubro de 2007
entre a EDIA e o Estado Português, designado por “Contrato de Concessão relativo à utilização
dos recursos hídricos para captação de água destinada a rega e à produção de energia elétrica no
sistema primário do EFMA”, com a duração de 75 anos.
Nos termos das Cláusulas 8.ª e 9.ª deste contrato, todos os bens incluídos no EFMA, incluindo
os terrenos submersos objeto de amortização, reverterão para o Estado Português no termo do
respetivo contrato de concessão.
Pelo exposto, nos termos: (i) do artigo 13.º do Decreto Regulamentar N.º 2/90, de 12 de janeiro,
em vigor no período a que se refere a inspeção tributária “Os elementos do ativo imobilizado
adquiridos ou produzidos por entidades concessionárias e que nos termos das cláusulas do
RUBRICAS Água Energia Projetos Especiais Não alocados Total
Ativos 237.479.680 393.908.436 8.903.472 18.268.510 658.560.098
- - - - -
Passivos 1.040.742.791 275.919.722 - 237.344 1.316.899.858
Euros
2012
212 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
contrato de concessão sejam revertíveis no final desta podem ser reintegrados ou amortizados
em função do número de anos que restem do período de concessão quando aquele for inferior ao
seu período mínimo de vida útil” e (ii) das Cláusulas 8.ª e 9.ª do contrato de concessão,
considerando que os terrenos amortizados, bem como todos os bens integrados no EFMA
reverterão para o Estado no final do Contrato, estão cumpridos todos os requisitos legais para a
aceitação da amortização como custo fiscal, não devendo pois, ser efetuada qualquer correção
em sede de IRC, sendo esta a posição defendida pela Empresa.
Em maio de 2013, a EDIA apresenta Impugnação Judicial da decisão de indeferimento da
Reclamação Graciosa da demonstração de liquidação de IRC referente aos exercícios de 2008,
2009, 2010 e 2011, e, desta forma, requer ao Exmo. Sr. Juiz de Direito do Tribunal Tributário
de Beja a anulação total das demonstrações de liquidação de IRC e de juros, assim como a
reposição dos prejuízos fiscais prejudicados com esta correção efetuada em sede de inspeção
tributária, para os quatro exercícios.
Em janeiro de 2014, à semelhança das Reclamações Graciosas e Impugnações Judiciais
apresentadas, relativas aos anos anteriores (de 2008 a 2011), a EDIA apresentou Reclamação
Graciosa relativa ao exercício de 2012. Em fevereiro, a AT comunicou o seu indeferimento,
invocando, com os mesmos fundamentos, que as amortizações consideradas eram indevidas,
pelo que se impunha a correção técnica, uma vez que a causa de pedir é exatamente igual à
daqueles processos de IRC dos anos anteriores.
Face ao exposto, a EDIA apresentou Impugnação Judicial da correção efetuada pela inspeção,
referente ao exercício de 2012.
Matérias Ambientais
Nesta nota são apresentadas as divulgações exigidas no anexo pela NCRF 26 - “Matérias
Ambientais”, que também exige divulgações no relatório de gestão.
As matérias ambientais devem ser objeto de divulgação na medida em que sejam materialmente
relevantes para avaliação do desempenho financeiro ou para a posição financeira da entidade.
O contrato de concessão da utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, de 17 de
outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, concretizou os termos e condições a que
obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à
exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de
utilização privativa do domínio púbico hídrico.
A atividade da Empresa é de natureza essencialmente “não industrial”, sendo relativamente
reduzida a incorporação de inputs materiais nos seus processos. O peso dos impactes ambientais
da atividade da Empresa é, em termos relativos, bastante inferior ao seu contributo para geração
de valor no tecido económico e social da região.
No entanto, para além de garantir a implementação das medidas de minimização definidas no
Plano de Gestão Ambiental, a concessionária obriga-se a implementar, durante a fase de
construção, um conjunto de medidas, que após a execução das intervenções nas áreas afetadas,
eliminem quaisquer sinais de intervenção, repondo a situação original.
213 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Em termos de política ambiental, a Empresa pretende ter cobertos e dominados todos os aspetos
da conformidade legal, tendo assumido compromissos em termos da melhoria continuada do
desempenho ambiental em que se destaca o cumprimento da legislação, a análise dos impactes
ambientais derivados da atividade da Empresa e a formação e sensibilização dos trabalhadores.
As despesas de carácter ambiental são as identificadas e incorridas para evitar, reduzir ou
reparar danos de carácter ambiental, que decorram da atividade ambiental normal da Empresa.
Neste sentido, tendo em conta (i) a natureza e a dimensão da atividade da Empresa e os tipos de
problemas ambientais associados à sua atividade, e (ii) informações sobre o seu desempenho
ambiental, tais como, redução das emissões atmosféricas, remoção de resíduos; não existe
qualquer responsabilidade de carácter ambiental que deva dar origem à constituição de
provisões, uma vez que não o entendemos como materialmente relevante.
Dívidas à Administração Fiscal e ao Instituto de Solidariedade e Segurança Social
Das informações legalmente exigidas noutros diplomas, designadamente nos artigos 66.º, 324.º,
397.º, 447.º e 448.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), das disposições legais
decorrentes do Decreto-Lei N.º 534/80, de 7 de novembro emanado pelo Ministério das
Finanças e do Plano e das disposições referidas na Lei N.º 110/2009, de 16 de setembro
emanado pelo Ministério do Emprego e da Segurança Social, importa referir que a EDIA,
através dos documentos de prestação de contas, vem divulgar que não está em incumprimento
das suas obrigações, nem perante o sector estatal nem perante a Segurança Social.
Garantias Prestadas
A Portucel Recicla S.A. intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia
certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de € 8.280.914
(correspondendo ao valor já faturado de € 7.832.833 acrescido de juros de mora). A
EDIA respondeu a esta ação com “embargos de executado”, alegando que nada deve à
Portucel Recicla por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto
de expropriação. Em dezembro de 2011, a EDIA prestou uma garantia bancária no
montante de € 2.777.250, valor este destinado a garantir o reforço da quantia exequenda
no processo judicial de execução ordinária que corre termos pelo Tribunal Judicial da
Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A..À
data do relato financeiro esta garantia ainda se encontra vigente.
No âmbito das empreitadas das redes, primária e secundária, a EDIA realiza perfurações
horizontais nas estradas. Para isso, tem que fazer pedidos de licenciamento à empresa
Estradas de Portugal, S.A. a qual exige que a EDIA, por cada atravessamento, preste
uma garantia bancária a seu favor (Estradas de Portugal, SA), pelo prazo de cinco anos.
A 31 de dezembro de 2013 o montante constituído ascende a € 182.671.
No âmbito da adjudicação do Concurso Público Internacional CP008/DSIC/2009
“Aquisição de Serviços de Execução do Cadastro Predial” ao consórcio
CME/EDIA/RZMAPA/GEOGLOBAL/SIGMAGEO, definiu-se a emissão de uma
Garantia Bancária conjunta, em que, cada um dos consorciados é responsável pela sua
214 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
proporção. A participação da EDIA, através do seu Centro de Cartografia, resultou na
prestação de uma garantia bancária no valor de € 163.910.
Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a
Autoridade Tributária (AT) uma correção, nos exercícios de 2008 a 2011, ao montante
das amortizações efetuadas de terrenos submersos, uma vez que considera que nem
todos os investimentos efetuados pela EDIA são passíveis de depreciação ao abrigo da
lei fiscal, pelo que exclui a possibilidade de depreciar fiscalmente o valor dos terrenos
submersos, por entender que os mesmos não sofrem de qualquer perecimento. A EDIA
contestou e teve que prestar a favor da AT, garantias bancárias no valor de € 20.138,
destinadas a caucionar a suspensão dos processos de execução fiscal que correm termos
nos Serviços de Finanças.
No âmbito do contrato celebrado com a Galp Energia, Petróleos de Portugal-Petrogal,
S.A., a EDIA prestou uma garantia bancária destinada a “caucionar o bom pagamento
dos consumos relativos ao cartão GALP frota.” A 31 de dezembro de 2013, o montante
constituído ascende a € 1.746.
Ativos e Passivos Contingentes
O Reforço de Potência de Alqueva entrou em serviço industrial em dezembro de 2012.
Ao abrigo do Anexo VII do Contrato de Exploração das Centrais de Alqueva e
Pedrógão e do Contrato de Subconcessão do Domínio Público Hídrico, a compensação
financeira anual a pagar pela EDP à EDIA poderá ser ajustada, designadamente, por
alteração do valor do investimento previsto no mesmo Anexo para aquele Reforço de
Potência, no montante de M€145, a preços de 2006.
Havendo desacordo, entre a EDIA e a EDP, entre os termos dessa revisão, a via a seguir
deverá ser o recurso aos mecanismos contratualmente previstos para a resolução de
diferendos e nunca uma tomada de posição unilateral por uma das partes, em especial
quando tal se traduza na retenção por parte da EDP, de parte da referida compensação
anual.
Além do mais, do contrato decorre, inequivocamente, que qualquer investimento,
eventualmente necessário à construção de qualquer reforço de potência que não tenha
sido incluído no âmbito da respetiva empreitada de construção ou no âmbito do
respetivo fornecimento do equipamento, não poderá ser considerado para efeitos do
cálculo do investimento a realizar com a construção desse reforço de potência.
A EDIA concorda com a revisibilidade deste contrato cujos cálculos apontam para um
montante de M€3,6 a favor da Empresa. Este montante resulta da aplicação dos termos
previstos no contrato de concessão, sendo que a sua alteração deve ser efetuada sob a
forma de aditamento ao contrato, não podendo a EDP proceder às suas alterações
unilateralmente.
A EDIA não considera devida a fatura da EDP (acerto na compensação financeira por
alteração do valor do investimento previsto para o reforço de potência) no montante de
M€1,5, nem que o seu pagamento tenha sido efetuado através da compensação da sua
215 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
fatura relativa à prestação anual de 2013, referente ao pagamento estabelecido na
cláusula 6.ª do contrato.
No que respeita aos argumentos expendidos pela EDP sobre os temas que constituem
motivo de diferendo com a EDIA, esta reitera naturalmente a sua posição que já
anteriormente e por diversas vias teve oportunidade de transmitir à EDP.
Neste contexto, a EDIA considera que a posição manifestada pela EDP visou apenas
expor o seu entendimento sobre os termos da revisão da compensação financeira anual e
que em caso algum quis pôr em causa o escrupuloso cumprimento das cláusulas do
Contrato de Cessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e
de Subconcessão do Domínio Público Hídrico (contrato).
Assim, para que se possa proceder a um trabalho conjunto, e porque parece ser comum
o empenho no cumprimento pontual dos termos acordados, será necessário repor as
condições de normalidade contratual, por via da reposição da verba indevidamente
retida pela EDP do valor da renda anual relativa a 2013, sendo certo, que a revisão dessa
compensação só pode operar por uma de duas vias: ou por acordo entre as partes ou em
resultado de decisão obtida por via dos mecanismos contratualmente previstos para a
resolução de litígios entre as partes.
Logo que a EDP proceda à reposição do valor em falta, estarão reunidas as condições de
consenso, para que as partes reúnam com vista à obtenção de uma solução concertada
para as divergências apontadas para o diferendo.
São compromissos assumidos pela EDIA, que não figuram no Balanço em 31 de
dezembro de 2013, as garantias prestadas nos termos do disposto no N.º 2 do artigo 56.º
do Regulamento (CE) N.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de dezembro.
A competência para a prestação de garantias pela Empresa cabe nas competências do
Conselho de Administração, quer por via do disposto no artigo 15.º dos estatutos da
EDIA, em particular por via da alínea c) do N.º 1 e, em especial, pelo disposto na alínea
f) do artigo 406.º do Código das Sociedades Comerciais, aplicável por via do disposto
no artigo 7.º do Decreto-Lei Nº 558/99, de 17 de dezembro.
No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PRODER), e nos
termos e ao abrigo do disposto no n.º 4 do Art.º 18º da Portaria N.º 820/2008, de 8 de
agosto, a EDIA formulou vários pedidos de pagamento a título de adiantamento dentro
do montante permitido pelos referidos normativos:
Perímetro de Pedrógão-Margem Direita: 30% do valor do investimento elegível
aprovado - € 7.777.661,89;
Blocos de Ervidel: 30% do valor do investimento elegível aprovado - €
12.527.548,98;
Perímetro de São Pedro-Baleizão-Quintos: 15% do valor do investimento
elegível aprovado - € 13.333.000,00; e
Perímetro de Cinco Reis Trindade: 7% do valor do investimento elegível
aprovado - €2.184.310,82.
216 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Nestes casos, e conforme disposto no Artº 56º do Regulamento (CE) n.º 1974/2006 da
Comissão, de 15 de dezembro, o Conselho de Administração (através de garantia escrita emitida
ao organismo pagador competente do PRODER - Instituto de Financiamento da Agricultura e
Pescas, IP) garantiu o ressarcimento num montante correspondente a 110% do valor do
adiantamento, caso não se prove o direito ao montante adiantado.
Esta faculdade é permitida à EDIA por se tratar de um beneficiário público, nos termos da
legislação comunitária.
217 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS
AUDITORES E CONSELHO FISCAL Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria Elaborado por Auditor
Registado na CMVM
218 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
219 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
220 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
221 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
222 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
223 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
224 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
225 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Relatório de Auditoria Elaborado por Auditor Externo
226 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
I BJ: Te[: +351 217 990 420 Av. da Repúb[ica, 50- 100
Fax: +351 217990439 1069-211 Lisboawww. bdo. pt
RELATÓRIO DE AUDITORIA
Introdução
1. Examinámos as demonstrações financeiras da EDIA - Empresa de Desenvolvimento eInfra-estruturas do Alqueva, SA (adiante também designada por EDIA ou Empresa), asquais compreendem o Balanço em 31 de dezembro de 2013 (que evidencia um total de658 560 098 euros e um total de capital próprio negativo de 343 794 020 euros,incluindo um resultado líquido negativo de 17 363 194 euros), a Demonstração dosresultados por naturezas, a Demonstração das alterações no capital próprio, aDemonstração dos fluxos de caixa, do exercício findo naquela data, e o correspondenteAnexo.
Responsabi (idades
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstraçõesfinanceiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira daEmpresa, o resultado das suas operações, as alterações no capital próprio e os fluxos decaixa, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e amanutenção de um sistema de controlo interno apropriado.
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional eindependente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.
Âmbito
4. Exceto quanto à limitação descrita no parágrafo 7 abaixo, o exame a que procedemosfoi realizado de acordo com as Normas Técnicas e Diretrizes de Revisão/Auditoria daOrdem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o exame seja planeado eexecutado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se asdemonstrações financeiras contêm ou não distorções materialmente relevantes. Paratanto, o nosso exame incluiu: (i) a verificação, numa base de amostragem, do suportedas quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação dasestimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração,utilizadas na sua preparação; (ii) a apreciação sobre se são adequadas as políticascontabilísticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iii) averificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e (iv) a apreciação sobre se éadequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras.
5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informaçãoconstante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras.
6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressãoda nossa opinião.
BDO & Associados, SROC, Lda., Sociedade por quotas, Sede Av. da República, 50- 10, 1069-211 Lisboa, Registada na Conservatória do Registo Comercial deLisboa, NIPC 501 340 467, Capital 100 000 euros. sociedade de Revisores Oficiais de Contas inscrita na OROC sob o número 29 e na CMVM sob o numero 1122.
A BL3O & Associados, SROC, Lda, sociedade por quotas registada em Portugal, é membro da BDO International Limited, sociedade inglesa limitada porgarantia, e faz parte da rede internacional BDO de firmas independentes.
jBDO
Reserva
7. Ás “Outras contas a receber” integram 159,1 milhões de euros a receber da DireçãoGeral de Agricultura e Desenvolvimento Regional (DGADR). Este montante inclui: (i) 70,8milhões de euros referentes à denominada “lnfraestrutura 12”, relativamente à qual aEDIA formalizou com a DGADR, em abril de 2006, um contrato de cessão da gestão,exploração, manutenção e conservação por um prazo de 30 anos; e (ii) 88,2 milhões deeuros correspondentes ao valor dos investimentos efetuados pela EDIA nasinfraestruturas da rede secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva(EFMA) que já se encontram concluídas, líquidas dos subsídios associados a essesinvestimentos, na sequência da entrega formal dessas infraestruturas à DGADR e docontrato celebrado em 8 de abril. de 201 3, que atribui à EDIA a concessão da gestão,exploração, manutenção e conservação destas infraestruturas até 31 de dezembro de2020. Não está ainda esclarecida qual a forma de ressarcimento da EDIA pela parte doinvestimento que não foi subsidiada, que está dependente de decisão do Estadoportuguês, subsistindo assim uma importante incerteza quanto à forma e ao valor derealização dos referidos 159,1 milhões de euros, bem como dos 23,1 milhões de euros deativos (“Inventários”) e dos 27,8 milhões de euros de passivos (“Outras contas a pagar” e“Diferimentos”) associados às infraestruturas da rede secundária ainda por executar ouconcluir.
Opinião
8. Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessários caso não existisse a limitação descrita no parágrafo anterior, asdemonstrações financeiras antes referidas apresentam adequada e apropriadamente,em todos os aspectos materialmente relevantes, a situação financeira da EDIA - Empresade Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, SÃ, em 31 de dezembro de 2013, oresultado das suas operações, as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa, noexercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticosgeralmente aceites em Portugal.
Ênfase
9. Sem afetar a opinião expressa no parágrafo anterior, salientamos que doinvestimento total previsto no EFMÃ (de acordo com Plano de Investimento aprovado emmarço de 2013 - sem custos de estrutura e financeiros capitalizáveis) ainda faltarealizar, em 31 de Dezembro de 2013, um total. de 462,3 milhões de euros, estando asua concretização dependente dos financiamentos que a Empresa venha a obter juntoda União Europeia, do acionista Estado e/ou de outros fundos. Nesse âmbito, é desalientar que, em 31 de dezembro de 2013, o total do capital próprio se apresentanegativo em 343,8 milhões de euros, pelo que são aplicáveis as disposições do Códigodas Sociedades Comerciais sobre a recomposição dos capitais e sobre a necessidade dedivulgação externa do montante do capital próprio segundo o último balanço aprovado.
2
IBDO
Relato sobre outros requisitos legais
10. É também nossa opinião que a informação constante do reLatório de gestão éconcordante com as demonstrações financeiras do exercício.
Lisboa, 10 de abril de 2014
3
230 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
231 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
232 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
233 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
234 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
235 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
236 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
237 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
238 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
239 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
240 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
241 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
242 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
243 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
4. CONTAS CONSOLIDADAS
244 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
245 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS EM 31 DEZEMBRO DE 2013 Demonstração Consolidada da Posição Financeira
A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração
Euros
ATIVO
Ativo Não Corrente
Ativos Fixos Tangíveis 6 15.916.874 16.618.164
Ativos Intangíveis 7 e 17 359.072.570 364.023.276
Participações Financeiras 8 276.001 276.001
Depósitos Cativos 10 7.280.745 8.533.529
382.546.190 389.450.970
Ativo Corrente
Inventários 11 23.198.014 423.838.551
Clientes 12 4.303.512 1.745.517
Adiantamentos a Fornecedores 1.088.090 1.058.345
Estado e Outros Entes Públicos 13 683.576 591.471
Outras Contas a Receber 14 165.632.660 76.804.002
Diferimentos 15 509.887 500.100
Caixa e Depósitos Bancários 4 48.726.380 59.460.257
244.142.119 563.998.243
Total do Ativo 626.688.309 953.449.213
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital Próprio
Capital Realizado 16 387.267.750 387.267.750
Outras Reservas 16 9.202.700 9.202.700
Resultados Transitados 16 e 17 -858.911.262 -866.619.849
Resultado Líquido do Exercício Atribuível aos Acionistas da Empresa - Mãe -14.543.455 7.703.003
Total do Capital Próprio do Grupo -476.984.267 -462.446.396
Interesses Minoritários 29 -317.958 16.763
Total do Capital Próprio -477.302.225 -462.429.633
Passivo Não Corrente
Provisões 18 9.449.769 11.915.833
Financiamentos Obtidos 19 537.476.688 543.919.376
Passivos por Impostos Diferidos 9 5.814 -
Outras Contas a Pagar 20 15.517.311 15.517.311
Diferimentos - Subsídios do Estado 15 133.364.587 475.883.853
Outros Diferimentos 15 169.731.216 171.736.064
865.545.385 1.218.972.437
Passivo Corrente
Fornecedores 20 13.024.804 7.288.553
Adiantamento de Clientes 37.939 8.290
Estado e Outros Entes Públicos 13 226.496 245.339
Financiamentos Obtidos 19 182.097.258 147.980.818
Outras Contas a Pagar 20 26.859.128 25.357.920
Diferimentos - Subsídios do Estado 15 1.814.675 1.816.051
Outros Diferimentos 15 14.384.848 14.209.439
238.445.148 196.906.409
Total do Passivo 1.103.990.533 1.415.878.846
Total do Capital Próprio e do Passivo 626.688.309 953.449.213
Demonstração da Posição Financeira Notas 31-Dez-13 31-Dez-12
246 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Demonstração Consolidada do Rendimento Integral
A Técnica Oficial de Contas O Conselho de Administração
Euros
Demonstração do Rendimento Integral Notas 31-Dez-13 31-Dez-12
Vendas 12 91 024 225.272
Prestações de Serviços 12 17.701.595 14.895.668
Subsídios à Exploração 512 926 92.385
Trabalhos para a Própria Entidade 22 2.719.218 2.387.239
Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (19.611) (19.110)
Variação nos Inventários da Produção 21 29.431.052 39.816.508
Fornecimentos e Serviços Externos 23 (36.338.202) (47.029.111)
Gastos com o Pessoal 24 (6.326.876) (5.378.396)
Imparidade de Dívidas a Receber(Perdas/Reversões) 17 (275.864) (119.766)
Provisões (Aumentos/Reduções) 18 (1.697.026) (195.400)
Imparidade de Ativos Não Depreciáveis - (35.874)
Outros Rendimentos e Ganhos 25 5.365.417 5.101.794
Outros Gastos e Perdas 26 (2.080.977) (1.423.585)
Resultado antes de Depreciações, Gastos de Finan. e Impostos 9.082.676 8.317.624
Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 28 (5.777.488) (6.144.080)
Imparidade de Activos Fixos Tangíveis e Activos Intangíveis 17 (7.715.344) 16.321.285
Resultado Operacional (antes Gastos de Finan. e Impostos) (4.410.156) 18.494.830
Juros e Rendimentos Similares Obtidos 27 67.817 26.206
Juros e Gastos Similares Suportados 27 (10.508.192) (10.894.178)
Resultado antes de Impostos (14.850.531) 7.626.858
Imposto sobre o Rendimento do Período 9 (71.981) (79.403)
Resultado Liquido do Período (14.922.512) 7.547.455
Outros Rendimentos e Gastos reconhecidos em Capital Próprio
Outro Rendimento Integral do Período
Rendimento Consolidado Integral do Período (14.922.512) 7.547.455
Resultado Líquido do Período atribuível a:
Detentores do Capital da Empresa-Mãe (14.543.455) 7.703.003
Interesses Minoritários 29 (379.057) (155.548)
(14.922.512) 7.547.455
Rendimento Consolidado Integral do Período atribuível a:
Detentores do Capital da Empresa-Mãe (14.543.455) 7.703.003
Interesses Minoritários 29 (379.057) (155.548)
(14.922.512) 7.547.455
Resultado Líquido por Acção:
Básico (em euros) (0,193) 0,097
Diluído (em euros) (0,193) 0,097
247 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Demonstração de Alterações no Capital Próprio
Euros
Saldo em 1 de janeiro de 2012 387.191.750 9.202.700 -844.139.367 -22.650.195 -470.395.112 -335 -470.395.447
Aplicação do Resultado Líquido Consolidado de 2011 -22.650.195 22.650.195 0
Outras alterações reconhecidas no Capital Próprio 169.713 169.713 172.646 342.359
Aumento de Capital Próprio 76.000 76.000 76.000
Resultado Líquido Consolidado 7.703.003 7.703.003 -155.548 7.547.455
Saldo em 31 de dezembro de 2012 387.267.750 9.202.700 -866.619.849 7.703.003 -462.446.396 16.763 -462.429.633
Saldo em 1 de janeiro de 2013 387.267.750 9.202.700 -866.619.849 7.703.003 -462.446.396 16.763 -462.429.633
Aplicação do Resultado Líquido Consolidado de 2012 7.703.003 -7.703.003 0
Outras alterações reconhecidas no Capital Próprio 5.584 5.584 44.336 49.920
Resultado Líquido Consolidado -14.543.455 -14.543.455 -379.057 -14.922.512
Saldo em 31 de dezembro de 2013 387.267.750 9.202.700 -858.911.262 -14.543.455 -476.984.267 -317.958 -477.302.225
Interesses
MinoritáriosTOTALDemonstração das Alterações no Capital Próprio
Capital
Realizado
Outras
ReservasResultados Transitados
Resultado
Líquido do
Periodo
Capital Próprio
atribuível aos
Acionistas da
Empresa-Mãe
248 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Euros
Atividades Operacionais:
Recebimentos de Clientes 18.034.984 20.206.047
Pagamentos a Fornecedores -29.185.289 -50.006.513
Pagamentos ao Pessoal -3.302.183 -3.278.598
Caixa Gerada pelas Operações -14.452.488 -33.079.065
Pagamento/Recebimento de Imposto sobre o Rendimento -77.875 -97.850
Outros Recebimentos /Pagamentos relativos à Atividade Operacional -912.951 -665.255
Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais -15.443.314 -33.842.170
Atividades de Investimento:
Recebimentos Provenientes de:
Ativos Fixos Tangíveis 19.392 30.111
Subsídios ao Investimento 21.582.365 118.301.705
Juros e Proveitos Similares 31.521 7.582
21.633.278 118.339.398
Pagamentos respeitantes a:
Ativos Fixos Tangíveis -838.287 824.874
Ativos Intangíveis -25.657.782 42.754.732
-26.496.070 43.579.606
Fluxos de Caixa das Atividades de Investimento -4.862.791 74.759.791
Atividades de Financiamento:
Recebimentos Provenientes de:
Financiamentos Obtidos 637.175.873 436.637.599
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos Obtidos -606.438.917 -403.738.159
Contratos de Locação Financeira -4.599 -6.727
Juros e Custos Similares -21.160.130 -20.709.789
-627.603.646 -424.454.675
Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento 9.572.228 12.182.923
Variações de Caixa e seus Equivalentes -10.733.877 53.100.544
Efeito das Diferenças de Câmbio
Caixa e seus Equivalentes no Início do Período 4 59.460.257 6.359.713
Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período 4 48.726.380 59.460.257
Demonstração dos Fluxos de Caixa Notas 31-Dez-1231-Dez-13
249 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Anexo
1. Identificação do Grupo
O Grupo tem as atividades principais relacionadas com o EFMA designadamente na conceção,
execução e construção das infraestruturas e a promoção, desenvolvimento e prossecução de
outras atividades económicas com elas conexas, que contribuam para a melhoria das condições
de utilização dos recursos afetos ao Empreendimento.
A descrição mais detalhada das atividades do negócio do Grupo consta no anexo na Nota 30 -
Segmentos Operacionais.
As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em Euros por ser a moeda
principal das operações do Grupo.
Os saldos apresentados nas demonstrações financeiras do Grupo refletem, na sua maioria, os
movimentos registados e mensurados da Empresa-Mãe, o que justifica que, algumas notas do
Anexo, explicam somente as variações ocorridas na EDIA.
EDIA - Empresa-Mãe
A EDIA-Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (adiante “EDIA”,
“Empresa” ou “Empresa-Mãe”) é uma sociedade anónima, constituída pelo Decreto - Lei N.º
32/95, de 11 de fevereiro, segundo o qual passou a ser titular de todos os direitos e obrigações
que pertenciam à Comissão Instaladora da Empresa do Alqueva. O seu capital social é
integralmente detido pelo Estado Português, através da Direção - Geral do Tesouro e Finanças
(DGTF). A 31 de dezembro de 2013, o Capital encontrava-se subscrito e realizado em 100%.
Nos termos do disposto no artigo 2.º daquele diploma, com a redação que lhe foi dada pelos
Decretos-Lei N.º 232/98, de 22 de julho, N.º 335/01, de 24 de dezembro e N.º 42/07, de 22 de
fevereiro, a EDIA tem atualmente por objeto social:
A utilização do domínio público hídrico afeto ao Empreendimento de Fins Múltiplos de
Alqueva (EFMA) para fins de rega e exploração hidroelétrica, nos termos do contrato
celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e
Desenvolvimento Regional, em representação do Estado;
A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes do sistema primário
de rega do EFMA, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação;
A conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da rede secundária
afeta ao EFMA, em representação do Estado e de acordo com as instruções que lhe
forem dirigidas pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento
do Território; e
A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo
aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos
afetos ao EFMA.
250 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
GESTALQUEVA - Subsidiária
A GESTALQUEVA-Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de
Alqueva e Pedrógão S.A., com um capital social de € 500.000, maioritariamente subscrito pela
EDIA (51%), sendo o restante valor assumido em partes iguais pelos municípios das áreas do
regolfo das albufeiras de Alqueva e do Pedrógão (Alandroal, Moura, Mourão, Serpa, Portel,
Reguengos de Monsaraz e Vidigueira), foi constituída a 7 de março de 2003 e tem por objeto
social:
A conceção, promoção e execução de projetos de desenvolvimento e valorização das
potencialidades das albufeiras de Alqueva e Pedrógão e das respetivas envolventes;
A gestão de utilizações dos planos de água;
A prestação de serviços nos domínios do planeamento, ordenamento, monitorização e
gestão de equipamentos e infraestruturas de natureza ambiental na área compreendida
pelas albufeiras de Alqueva e Pedrógão e dos concelhos do regolfo daquelas albufeiras;
e
A exploração de empreendimentos turísticos e de empreendimentos de turismo no
espaço rural e de turismo da natureza.
GESCRUZEIROS - Subsidiária
A GESCRUZEIROS – Sociedade de Aproveitamento da Atividade Marítimo - Turística no
Grande Lago Alqueva S.A., nasceu das sinergias entre as empresas Gestalqueva, S.A. e
Nautialqueva – Serviços Náuticos, Lda. O capital social da Gescruzeiros, S.A., constituída a 16
de março de 2006, é detido em 51% pela Gestalqueva, S.A. e tem como objeto social:
Desenvolvimento de atividades Marítimo - Turísticas;
Operador Marítimo – Turístico; e
Animação turística nas albufeiras de Alqueva e de Pedrógão e na área correspondente
aos municípios envolventes.
Relativamente ao resultado do Grupo refere-se que as contas da Gestalqueva, S.A., refletidas
nas demonstrações financeiras consolidadas da EDIA, foram preparadas numa ótica de
liquidação.
Tratando-se a Gestalqueva, S.A. de uma sociedade constituída nos termos da lei comercial, na
qual o Estado pode exercer uma influência dominante, ainda que de forma indireta via
participação maioritária detida pela EDIA, a Gestalqueva, S.A. é considerada empresa pública,
nos termos do disposto no regime jurídico do setor empresarial do Estado.
No atual contexto, e seguindo orientação superior que vinha sendo assumida em diversos
momentos pelo Estado, até, mas não só na qualidade de acionista da EDIA, em 15 de junho de
2012 foi deliberada por unanimidade, em Assembleia Geral da Gestalqueva, S.A., a dissolução
da sociedade, sem prejuízo dos sócios considerarem fundamental a concertação de ações por
251 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
forma a garantir a gestão integrada do Grande Lago Alqueva e a promoção do desenvolvimento
económico e social deste território.
Na mesma Assembleia Geral foi eleita, nos termos legalmente previstos, a respetiva Comissão
Liquidatária e foi considerado fundamental a existência de uma ação concertada entre os
diversos intervenientes no desenvolvimento desta zona, por forma a garantir a Gestão Integrada
do Grande Lago Alqueva e promover o seu desenvolvimento económico e social através da
concretização de algumas condições:
Aumentar a parceria para o aproveitamento das potencialidades associadas aos regolfos
de Alqueva e Pedrógão, especialmente junto da EDP para que a sua ação em Alqueva
seja, pelo menos, semelhante à desenvolvida noutras zonas onde têm barragens
instaladas;
Apresentar uma proposta de Programa de Ação para o Desenvolvimento das Terras do
Grande Lago Alqueva, no qual estejam previstos os projetos e ações consideradas
estruturantes para o futuro da zona, no contexto do EFMA.
Em 13 de agosto de 2012, e cumprindo com o disposto no artigo 149.º, N.ºs 1 e 2 do Código das
Sociedades Comerciais (CSC), foram aprovadas as contas da Gestalqueva, S.A à data da
dissolução (15 de junho de 2012).
Em 12 de outubro, e no âmbito do processo de liquidação em curso, foi equacionada a alienação
da participação social de 51% detida pela Gestalqueva, S.A. na empresa Gescruzeiros, S.A.
Nesta Assembleia Geral da Gestalqueva, S.A. ficou deliberada a alienação da referida
participação social e assumida a opção pela alienação através de concurso público.
Estando em causa a alienação de uma participação social por uma entidade pública, a EDIA
levou ao conhecimento da Direção-Geral do Tesouro e Finanças a intenção de proceder à
alienação da participação detida pela Gestalqueva, S.A. na Gescruzeiros, S.A., no âmbito do
processo de liquidação daquela.
Em janeiro de 2013, foi dado à EDIA conhecimento do despacho exarado pela Exmª Senhora
Ministra da Agricultura e do Mar, de que nada há a opor a que se confira autorização à
alienação da participação da Gestalqueva, S.A. na Gescruzeiros, S.A., desde que seja
concretizada por valor igual ou superior ao valor da avaliação apresentado num estudo
elaborado por uma entidade externa e independente.
Conforme Assembleia Geral realizada em 07 de maio de 2013, em relação ao património da
Gestalqueva, S.A, concluiu-se a alienação dos bens de equipamento e iniciou-se o processo de
concurso público para alienação dos 51% do capital social da Gescruzeiros, S.A. Este processo
não foi concluído porque o concurso ficou deserto e houve necessidade de recorrer à negociação
direta com a Nautialqueva, S.A, na qualidade de sócio da Gescruzeiros, S.A, com direito de
opção, para a aquisição dos 51% do capital da empresa. Este procedimento ainda não foi
concluído, prolongando-se para além das previsões iniciais, que apontavam para a resolução
definitiva até dezembro de 2013.
Em outubro de 2013, nos termos previstos no nº3 do Artº.11 do DLnº.133/2013 de 3 de outubro
e conforme solicitação da Direção - Geral do Tesouro e Finanças, a EDIA elaborou um estudo
252 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
demonstrativo do interesse e viabilidade da alienação da participação social detida pela
Gestalqueva, S.A, na Gescruzeiros, S.A..
Nesse estudo concluiu-se que a proposta de alienação desta participação é mais vantajosa para o
Acionista, face à atual situação da Empresa e aos seus resultados económicos e financeiros
expectáveis para os próximos anos, passa pelo pagamento de uma verba, libertando o Acionista
de todos os compromissos atuais e futuros nessa Empresa.
A EDIA, S.A. face ao estudo elaborado e considerando que existe interesse em se concluir
rapidamente esta alienação, de forma a não ficar sujeita a outros compromissos entretanto
resultantes da gestão corrente, solicitou autorização ao Acionista para realizar a operação em
causa através da assunção pela Gestalqueva, S.A. dos compromissos associados aos 51% da
Gescruzeiros, S.A.
Em janeiro de 2014, a Direção - Geral do Tesouro e Finanças solicitou à EDIA uma atualização
do respetivo estudo, alterando os valores previsionais utilizados, para os valores reais, de 2013.
À data deste relato não existe nenhuma informação adicional.
2. Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras
As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo são preparadas de acordo com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), tal como adotadas pela União Europeia. As
IAS/IFRS incluem as normas (standards) emitidas pelo International Accounting Standards
Board (IASB) e as respetivas interpretações emitidas pelo International Financial Reporting
Interpretations Committee (IFRIC) e pelos respetivos órgãos antecessores.
Na sua globalidade, as políticas contabilísticas e critérios de mensuração adotados são
consistentes com os seguidos na preparação das demonstrações financeiras anuais do exercício
de 2012.
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade e
tomando por base o custo histórico, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa e
das empresas incluídas na consolidação.
À data da aprovação destas demonstrações financeiras, encontram-se emitidas e adotadas pela
União Europeia as seguintes novas normas e interpretações ou suas alterações, com aplicação
obrigatória em exercícios futuros, que se prevê que não tenham impacto relevante nas
demonstrações financeiras consolidadas da EDIA:
IAS 27 (revista em 2011) – “Demonstrações financeiras separadas” – Revista após a
emissão da IFRS 10, contém os requisitos de contabilização e divulgação para
investimentos em participações financeiras, quando as Entidades apresentam
demonstrações financeiras separadas;
IAS 28 (revista em 2011) – “Investimentos em associadas e empreendimentos
conjuntos” - prescreve o tratamento contabilístico dos investimentos em associadas,
estabelecendo ainda os princípios da aplicação do método da equivalência patrimonial
para esta natureza de investimentos;
253 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Alterações à IAS 32 – “Instrumentos Financeiros-Apresentação” - compensação de
ativos e passivos financeiros‟- clarifica que o direito legal de compensação, para ser
efetivo, tem de ser atual e tem de ser imputável a todas as partes no decurso normal do
negócio, e elucida em que circunstâncias alguns sistemas de regularização pelos
montantes brutos (câmaras de compensação) satisfazem os requisitos de compensação
exigidos pela IAS 32;
IFRS 10 – “Demonstrações financeiras Consolidadas” - substitui todos os princípios
associados ao controlo e consolidação incluídos na IAS 27 e SIC 12, alterando a
definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo (o princípio
base de que as demonstrações financeiras consolidadas apresentam a empresa mãe e as
subsidiárias como uma entidade única mantém-se inalterado);
IFRS 11 – “Acordos Conjuntos” centra-se na identificação e classificação dos acordos
conjuntos com base nos direitos e obrigações inerentes aos acordos estabelecidos, em
vez da sua forma legal. A consolidação proporcional de empreendimentos conjuntos
deixa de ser permitida;
IFRS 12 – “Divulgação de interesses em outras entidades” – contempla os requisitos de
divulgação para todos os tipos de interesses em outras entidades (incluindo-se
associadas e entidades estruturadas), de forma a avaliar a natureza, os riscos e os
impactos financeiros associados aos interesses de cada Entidade sobre estes
investimentos;
Alterações às IFRS 10, 11 e 12 – “Regime de transição” - estas alterações clarificam os
procedimentos de transição da IFRS 10 - "Demonstrações financeiras consolidadas" e
proporcionam uma redução das exigências nos procedimentos de transição, para as
normas IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12, limitando as exigências de prestar informação
comparativa ajustada, apenas para o período anual imediatamente anterior à data da
aplicação inicial destas normas.
Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração da EDIA adotou
pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos reportados, bem como os
rendimentos e gastos incorridos relativos ao período reportado, os quais estão descritos na nota
seguinte “Principais Políticas Contabilísticas”.
3. Principais Políticas Contabilísticas
Não foram reconhecidos erros materiais relativos a estimativas efetuadas na preparação das
demonstrações financeiras de exercícios anteriores.
As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor
conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e
transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo,
poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de
aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As
alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras
serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo, e dado o grau de incerteza associado, os
resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
254 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
As principais políticas contabilísticas adotadas pelo Grupo na preparação das demonstrações
financeiras consolidadas são as abaixo mencionadas:
3.1. Princípios de Consolidação
As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo são apresentadas como as de uma única
entidade económica.
As demonstrações financeiras consolidadas refletem os ativos, passivos e resultados da EDIA e
de todas as suas subsidiárias, tendo sido preparadas usando políticas contabilísticas uniformes
para as transações e para os outros acontecimentos idênticos em circunstâncias semelhantes.
As demonstrações financeiras da EDIA e das suas subsidiárias, usadas na preparação das
presentes demonstrações financeiras consolidadas, foram preparadas a partir das mesmas datas
de relato.
Concentrações de Atividades Empresariais
As demonstrações financeiras consolidadas incorporam os resultados de concentrações de
atividades empresariais usando o método de compra. Os resultados das operações das adquiridas
são incluídos na demonstração consolidada dos resultados a partir da data em que o controlo é
obtido.
Subsidiárias
Foram consideradas subsidiárias todas as entidades controladas pelo Grupo.
A EDIA consolida integralmente as demonstrações financeiras das empresas subsidiárias em
que o Grupo exerce o controlo. Presume-se a existência de controlo quando o Grupo detém mais
de metade dos direitos de voto.
Existe também controlo quando o Grupo detém o poder, de direta ou indiretamente, gerir a
política financeira e operacional de determinada empresa.
As entidades incluídas na consolidação pelo método integral, que incluem a Empresa-Mãe e
todas as entidades que se qualificam como subsidiárias, são as seguintes:
As demonstrações financeiras da Empresa-Mãe do Grupo e das suas subsidiárias foram
combinadas linha a linha. De acordo com o método da consolidação integral são consolidados
os ativos, passivos, rendimentos, gastos e fluxos de caixa das empresas do Grupo, sendo as
% do Capital
Detido
% do Capital
Detido
2013 2012
EDIA
Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A.Beja Estado Português 100% 100%
GESTALQUEVA
Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão, S.A.Beja EDIA, S.A. 51% 51%
GESCRUZEIROS
Sociedade para o Aproveitamento da Actividade Marítimo - Turística no Grande Lago Alqueva, S.A.Portel Gestalqueva, S.A. 51% 51%
SubsidiáriasDetentores
de Capital
255 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
transações, saldos e fluxos significativos entre essas empresas eliminados no processo de
consolidação. As mais e menos valias decorrentes das transações entre empresas do Grupo são
igualmente anuladas. Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações
financeiras das empresas subsidiárias, tendo em vista a uniformização das respetivas políticas
contabilísticas com as do Grupo.
A participação de terceiros no capital próprio e no resultado líquido das empresas incluídas na
consolidação é apresentada na rubrica ”Interesses minoritários” na Demonstração da Posição
Financeira Consolidada, identificada separadamente do capital próprio e na Demonstração do
Rendimento Integral.
Os excessos de perdas aplicáveis às partes minoritárias sobre os respetivos interesses são
imputados, sempre que aplicável, ao interesse maioritário. Se estas subsidiárias
subsequentemente relatarem lucros, esses lucros são imputados ao interesse maioritário até que
as partes minoritárias das perdas, previamente absorvidas pela maioria, tenham sido
recuperadas.
Associadas
Uma empresa associada é uma entidade na qual o Grupo exerce influência significativa, através
da participação nas decisões relativas às suas políticas financeiras e operacionais, mas não
detém controlo ou controlo conjunto, o que em geral acontece quando a participação financeira
se situa entre os 20% e os 50%.
Presume-se que existe influência significativa quando a EDIA detém, direta ou indiretamente,
20% ou mais do poder de voto da investida. Nesse sentido, e tendo em consideração que não
existe qualquer entidade (para além das subsidiárias que integram a consolidação pelo Método
Integral) em que a EDIA detenha, direta ou indiretamente, 20% ou mais do respetivo poder de
voto, não existe qualquer entidade que se qualifique como associada.
Entidades Conjuntamente Controladas
As participações financeiras em entidades conjuntamente controladas são consolidadas pelo
método de consolidação proporcional, desde a data em que o controlo conjunto é adquirido. De
acordo com este método, os ativos, passivos, rendimentos e gastos destas empresas são
integrados e ou eliminados, nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica, na
proporção do controlo atribuível ao Grupo.
A classificação dos investimentos financeiros em entidades conjuntamente controladas é
determinada com base na existência de acordo contratual que demonstre e regule o controlo
conjunto.
De acordo com a definição acima apresentada, não existe atualmente, no Grupo, qualquer
empreendimento conjunto ou entidade conjuntamente controlada.
3.1.a. Ativos Fixos Tangíveis
256 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
“Ativos Fixos Tangíveis” são itens que:
Sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para
arrendamento a outros, ou para fins administrativos; e
Se espera que sejam usados durante mais do que um período.
Os ativos fixos tangíveis do Grupo encontram-se valorizados ao custo de aquisição deduzido
das respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas, quando aplicável.
No reconhecimento inicial de um ativo, o Grupo considera no respetivo custo de aquisição:
O preço de compra do ativo;
As despesas diretamente imputáveis à compra; e
Os gastos estimados de desmantelamento e remoção dos ativos e de restauração do
local.
Os custos de empréstimos obtidos que sejam diretamente atribuíveis à construção ou produção
de um ativo elegível para capitalização são capitalizados até ao momento em que os bens
estejam substancialmente concluídos.
Os gastos diretos, relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção de ativos do
Grupo são capitalizados no ativo fixo tangível. Esta capitalização é efetuada em função dos
recursos internos utilizados e dos tempos despendidos, por contrapartida da rubrica de
“Trabalhos para a Própria Entidade”.
Os gastos subsequentes com os ativos fixos tangíveis, grandes reparações que originem
acréscimo de benefícios ou de vida útil esperada, são reconhecidos nesses ativos e depreciados
às taxas correspondentes à vida útil esperada.
Todos os encargos com manutenção e reparações de natureza corrente são reconhecidos como
gastos do período em que são incorridos, de acordo com o regime do acréscimo. As grandes
reparações que originem acréscimo de benefícios ou da vida útil esperada são registadas como
ativos tangíveis e depreciadas às taxas correspondentes à vida útil esperada. A componente
substituída é identificada e abatida. Os ganhos ou perdas decorrentes da alienação de ativos
fixos tangíveis, determinadas pela diferença entre o valor de venda e a respetiva quantia
registada na data da alienação, são contabilizadas em resultados na rubrica “Outros
Rendimentos e Ganhos” ou “Outros Gastos e Perdas”.
No âmbito da IFRIC12 - “Acordos de Concessão de Serviços”, os bens afetos à “concessão”
estão evidenciados na rubrica de “Ativos Intangíveis”.
257 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Política de Depreciação
As depreciações dos bens do “Ativo Fixo Tangível”, isto é, dos bens não afetos à concessão,
deduzidos do seu valor residual, são calculadas de acordo com o método da linha reta (quotas
constantes) e por duodécimos a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização,
durante a vida útil dos ativos, a qual é determinada em função da utilidade esperada. As taxas de
depreciação praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas úteis estimadas para as
diversas classes de ativos:
A depreciação cessa quando os ativos passam a ser classificados como detidos para venda.
Em cada data de relato, o Grupo EDIA avalia se existe qualquer indicação de que um ativo
possa estar em imparidade e sempre que existam tais indícios, os ativos fixos tangíveis são
sujeitos a testes de imparidade. Quando o montante pelo qual um ativo se encontra reconhecido
é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na
Demonstração do Rendimento Integral na rubrica de “Imparidade de Investimentos
Depreciáveis/Amortizáveis (perdas/reversões)”. A quantia recuperável corresponde ao valor
mais alto entre o preço de venda líquido (montante que se obteria com a alienação do ativo
numa transação ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à
alienação) e o valor de uso (valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera
que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil).
A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando
há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram,
sendo reconhecida na Demonstração do Rendimento Integral como dedução à rubrica
“Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)”. Contudo, a
reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida
(líquida de depreciações) caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em anos
anteriores, e é reconhecida como um rendimento na Demonstração do Rendimento Integral.
3.1.b. Ativos Intangíveis
Um ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. Um ativo
intangível é reconhecido se, e apenas se:
(Anos)
Terrenos e Recursos Naturais -
Edifícios e Outras Construções 50
Equipamento Básico 2 - 32
Equipamento de Transporte 2 - 8
Equipamento Administrativo 1 - 16
Outros Ativos Fixos Tangíveis 1 - 24
Conta Vida Útil
258 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
For provável que os benefícios económicos futuros esperados que sejam atribuíveis ao
ativo fluam para o Grupo; e
O custo do ativo possa ser fiavelmente mensurado.
Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou produção, deduzido das
amortizações acumuladas e eventuais perdas de imparidade, quando aplicável e só são
reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo,
se possam mensurar com fiabilidade e se o Grupo possuir o controlo sobre os mesmos.
Bens Afetos à Concessão
A generalidade dos bens registados nos “Ativos Intangíveis” pertencem à EDIA e estão afetos
ao Contrato de concessão do EFMA que entrou em vigor em 1 de novembro de 2007,
revertendo para o Estado no final do período da concessão (75 anos). Os bens que, estando
afetos à concessão, entraram em funcionamento até 1 de novembro de 2007, foram depreciados
com base em critérios diferentes até 31 de outubro de 2007 e a partir de 1 de novembro 2007,
uma vez que o referido contrato de concessão alterou de forma significativa a forma esperada de
utilização desses bens.
Em 1 de novembro de 2007, entraram em vigor:
O Contrato de concessão relativo à utilização dos recursos hídricos para captação de
água destinada a rega e à produção de energia elétrica no sistema primário do
Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, celebrado em 17 de outubro de 2007
entre a EDIA e o Estado; e
O Contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e de
subconcessão do domínio público hídrico, celebrado a 24 de outubro de 2007 entre a
EDIA e a EDP – Gestão da Produção de Energia, SA, que atribui a esta última a
exploração, pelo período de 35 anos, das centrais hidroelétricas de Alqueva (260 MW),
em regime de mercado, e de Pedrógão (10MW), em regime especial, assim como todos
os direitos de utilização privativa do respetivo domínio hídrico.
Estes dois contratos alteraram decisivamente o modelo pelo qual se espera que os benefícios
económicos futuros dos bens afetos à concessão (e nomeadamente os afetos à produção de
energia elétrica, que já estão a ser depreciados) serão obtidos pela EDIA, o que motivou a
revisão do modelo de depreciações adotado, nos termos definidos na IAS 16 -“Ativos Fixos
Tangíveis”. Assim, a Empresa-Mãe recalculou todas as amortizações dos ativos que revertem
para o Estado no final do período da concessão (75 anos), tendo esses ativos passado a ser
depreciados pelo método das quotas constantes, ao longo do período de concessão.
As despesas subsequentes de substituição de componentes de ativos incorridas pela Empresa
são adicionadas aos respetivos ativos. As despesas de conservação e reparação que não
aumentem a vida útil nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos
dos ativos fixos tangíveis são registadas como gasto do exercício em que ocorrem.
Bens Não Afetos à Concessão
259 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Os ativos intangíveis não afetos à concessão são constituídos, basicamente, por licenças de
exploração de concessões, as quais são amortizadas pelo método das quotas constantes durante
o período de vigência das mesmas, e por “software”, o qual é amortizado pelo método das
quotas constantes durante um período entre três e seis anos.
Eventuais despesas de investigação são reconhecidas como gasto do exercício em que são
incorridas, enquanto as despesas com aumentos de capital são deduzidas ao capital próprio.
3.1.c. Imparidades de Ativos Tangíveis e Intangíveis
Uma perda por imparidade é a quantia pela qual o valor escriturado de um ativo excede a sua
quantia recuperável.
A avaliação da existência de indícios de imparidade e a quantificação de eventuais
perdas de imparidade seguem os termos da IAS 36 -“Imparidade de Ativos”, sendo
efetuado um estudo de imparidade para todos os ativos individuais relevantes e/ou
unidades geradoras de caixa relativamente aos quais existam indicações de que a sua
quantia recuperável (determinada, neste caso, pelo seu valor de uso) pode ser inferior à
respetiva quantia escriturada.
Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade, a IAS 36 -“Imparidade de
Ativos” exige que o seu valor recuperável seja estimado, sendo reconhecida uma perda por
imparidade sempre que o valor líquido de um ativo exceda o seu valor recuperável. O Grupo
EDIA reconhece as perdas por imparidade em resultados do período.
A reversão de eventuais perdas é igualmente registada nos resultados do período.
A quantia recuperável é o valor mais elevado entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O
preço de venda líquido é a quantia a obter da venda de um ativo ou unidade geradora de caixa
numa transação entre partes conhecedoras e dispostas a isso, sem qualquer relacionamento entre
elas, menos os custos de alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros
que se espera que sejam derivados de um ativo ou unidade geradora de caixa. A quantia
recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a
unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence.
A quantia escriturada de um item dos ativos fixos tangíveis e intangíveis é desreconhecida pelo
Grupo EDIA nas seguintes situações:
No momento da alienação; e
Quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação.
O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do ativo tangível ou intangível:
É incluído nos resultados quando o item é desreconhecido; e
É determinado como a diferença entre os réditos líquidos da alienação, se os houver, e a
quantia escriturada do item.
260 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
O Grupo avalia a necessidade de efetuar os testes de imparidade aos seus ativos fixos tangíveis e
intangíveis sempre que haja indícios, isto é, que ocorra algum evento ou alteração nas
circunstâncias que indique que o montante pelo qual um ativo se encontra mensurado possa não
ser recuperado. Em caso da existência de tais indícios, o Grupo procede à determinação do valor
recuperável do ativo, de modo a determinar a extensão da perda por imparidade. Quando não é
possível determinar a quantia recuperável de um ativo individualmente é estimada a quantia
recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence.
Sempre que a quantia pelo qual um ativo se encontra reconhecido ou da unidade geradora de
caixa é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na
Demonstração do Rendimento Integral na rubrica de “Imparidade de Ativos Fixos Tangíveis e
Intangíveis”.
A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando
há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram,
sendo a reversão das perdas de imparidade reconhecida na Demonstração do Rendimento
Integral como resultados operacionais, dedução à rubrica “Imparidade de Ativos Fixos
Tangíveis e Intangíveis”. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite
da quantia que estaria reconhecida (líquida de depreciações ou amortizações) caso a perda por
imparidade não tivesse sido registada em anos anteriores.
Nos exercícios anteriores (2009 a 2012), tendo-se identificado duas unidades geradoras de
caixa, a “distribuição de água” e a “energia”, foram efetuados testes de imparidade aos ativos
intangíveis, calculando-se o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a esses ativos
líquidos sendo que, apenas uma se encontra em imparidade: a “distribuição de água”. Em 2013
as imparidades nos ativos intangíveis mante-se.
Desreconhecimento
Os ativos intangíveis do Grupo são desreconhecidos nas seguintes situações:
Quando ocorram alienações;
Quando não se esperam benefícios económicos futuros do seu uso ou alienação; e
O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do ativo intangível.
O valor do ativo cujo item é desreconhecido é determinado pela diferença entre os proveitos
líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada do item e é incluído nos resultados.
3.1.d. Investimentos em Curso
Os “Investimentos em Curso” representam os ativos fixos tangíveis e intangíveis ainda em fase
de construção/desenvolvimento, encontrando-se registados ao custo de aquisição, deduzido das
perdas por imparidade acumuladas. Estes ativos são depreciados a partir do mês em que se
encontrem em condições de ser utilizados nos fins pretendidos.
Em virtude da EDIA se encontrar ainda numa fase de investimento, têm vindo a ser
capitalizados:
261 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Os gastos financeiros diretamente relacionados com o financiamento do investimento
que ainda se encontra em fase de construção/desenvolvimento, até ao momento em que
cada infraestrutura esteja substancialmente concluída;
Os gastos com o pessoal diretamente relacionado com a atividade de planeamento e
obra; e
Os fornecimentos e serviços externos, que são, pela sua natureza, registados nos centros
de custos diretamente relacionados com a construção das infraestruturas.
3.1.e. Política de Capitalização de Encargos de Estrutura e Financeiros
Os encargos financeiros relacionados com financiamentos obtidos são reconhecidos como gasto
de acordo com o regime do acréscimo, com exceção dos encargos financeiros com
financiamentos obtidos diretamente relacionados com a construção de ativos fixos, ou
associados às concessões, que são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A
capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção
ou desenvolvimento do ativo e termina quando a construção se encontra substancialmente
concluída, sendo interrompida sempre que o projeto em causa se encontre suspenso.
Os gastos de estrutura da Empresa e os gastos financeiros que têm ligação direta com o
Empreendimento em fase de construção têm vindo a ser capitalizados, de forma consistente ao
longo do tempo.
Com a conclusão das obras e a entrada em exploração das barragens e centrais hidroelétricas de
Alqueva (em dezembro de 2005) e Pedrógão (em 2006), também com a entrada em exploração
dos perímetros de rega do: (i) Monte - Novo (1.º semestre de 2009), (ii) Alvito - Pisão e Pisão
(2010), (iii) Orada Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa, Blocos de Ferreira, Figueirinha
e Valbom, Alfundão e Infraestrutura 12 (2011), (iv) Loureiro-Alvito (1.º semestre de 2012), (v)
Ervidel 1 (2.º semestre de 2012) e Ervidel 2 e 3 e o Pedrogão 1 margem direita, no ano de 2013,
os gastos afetos a essas infraestruturas passaram a ser considerados diretamente como gastos do
exercício e os custos financeiros a eles associados deixaram de ser capitalizados.
Segundo a política de capitalização definida, não são capitalizados os gastos relativos: a) aos
órgãos sociais, secretariado e gabinetes de apoio; b) à Direção de Administração e Finanças,
com exceção do Departamento de Planeamento e Controlo de Investimentos e do Departamento
de Sistemas de Informação; c) à Direção de Gestão do Património, com exceção do
Departamento de Expropriações; d) à Direção de Economia da Água e Promoção do Regadio; e
e) ao Departamento de Manutenção, Exploração e Segurança, que pertence à Direção de
Infraestruturas Primárias e de Energia.
A chave de repartição para os custos de funcionamento imputados ao investimento tem em
conta o seguinte:
Os gastos de funcionamento dos serviços são distribuídos pelas direções capitalizáveis
com base no número de colaboradores;
Os gastos das direções são imputados da seguinte forma:
Direção de Infraestruturas de Rega: 100% para a rede secundária;
Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia: 100% para a rede primária; e
Direção de Engenharia, Ambiente e Planeamento: 50% para a rede primária e 50% para
a rede secundária.
262 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
3.1.f. Participações Financeiras
As participações detidas no capital de entidades que não conferem à EDIA uma influência
dominante ou significativa (participações participativas de menos de 20% do respetivo capital)
encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade
acumuladas.
Conforme previsto nas IAS 32 - “Instrumentos Financeiros-Apresentação” e IAS 39 -
“Instrumentos Financeiros-Reconhecimento”, à data do relato, a EDIA avalia a imparidade de
todos os ativos financeiros que não sejam mensurados ao justo valor através de resultados. Se
existir uma evidência objetiva de imparidades, é reconhecida uma perda por imparidade na
Demonstração do Rendimento Integral.
3.1.g. Locações
A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato, dando
cumprimento ao estabelecido na IAS 17 - “ Locações”.
As locações são classificadas como financeiras sempre que nos seus termos ocorra a
transferência substancial, para o locatário, de todos os riscos e vantagens associados à
propriedade do bem.
As locações operacionais são aquelas em que não forem transferidos substancialmente todos os
riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação, para o locatário.
Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes
responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo os ativos fixos
tangíveis e as depreciações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de
acordo com o plano financeiro contratual.
Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da
responsabilidade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da
responsabilidade.
Os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações dos ativos fixos tangíveis são
reconhecidos como gastos na Demonstração do Rendimento Integral do exercício a que
respeitam.
Nas locações consideradas como operacionais, os pagamentos (rendas) devidos são
reconhecidos como gasto na Demonstração do Rendimento Integral numa base linear durante o
período do contrato de locação.
A Empresa-Mãe mantém responsabilidades de médio e longo prazo em contratos de locação
operacional de viaturas.
263 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Por seu turno, os bens reconhecidos em regime de locação financeira são equipamentos
administrativos (fotocopiadoras e impressoras) e uma viatura ligeira de passageiros, cujo
contrato terminou em maio de 2013.
Relativamente às divulgações requeridas pela IAS 17-“ Locações”, dada a reduzida expressão
dos contratos de locação financeira e operacional em vigor em 2013 e anos anteriores, não se
procedeu à divulgação completa da informação no que respeita à divulgação dos montantes dos
pagamentos mínimos, ou que lhe possam ser exigidos (todos os pagamentos, incluindo
eventualmente o valor da opção de compra), em virtude da sua imaterialidade e de se considerar
que não proporciona informação adicional relevante, para o conhecimento da posição financeira
e desempenho financeiro da Empresa e para a tomada de decisões dos diversos utilizadores da
informação.
3.1.h. Instrumentos Financeiros - Ativos e Passivos Financeiros
Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na Demonstração da Posição Financeira
quando o Grupo se torna parte das correspondentes disposições contratuais do respetivo
instrumento financeiro.
Os ativos financeiros do Grupo são basicamente os “Clientes”, “Outras Contas a Receber” e
“Caixa e Equivalentes de Caixa”.
Os passivos financeiros do Grupo são fundamentalmente os “Financiamentos Obtidos”,
“Fornecedores” e “Outras Contas a Pagar”.
Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos, são classificadas como “Passivo
Corrente”, caso contrário, são classificadas como “Passivo não Corrente”.
Conforme a IAS 32 -“Instrumentos Financeiros-Apresentação” e IAS 39 -“Instrumentos
Financeiros-Reconhecimento”, salientamos que no ano de 2013, foram reconhecidas perdas por
imparidade para os ativos financeiros (Clientes) tal como aconteceu em 2012. A EDIA
considerou que, para todas as classes de ativos financeiros, não é necessário divulgar o justo
valor pois a quantia escriturada é uma aproximação razoável do justo valor.
Ativos Financeiros que estão vencidos ou com imparidades:
A 31 de dezembro de 2013, os ativos financeiros vencidos, com exceção da dívida da
DGADR, que está devidamente divulgada (Nota 14 - Outras Contas a Receber), não
tinham qualquer materialidade, sendo considerada irrelevante a sua divulgação para a
melhoria da informação financeira; e
Divulgação efetuada na Nota 17 - Imparidade de Ativos.
Clientes e Outras Contas a Receber
No que respeita aos “Clientes”, as dívidas resultam de serviços prestados pela Empresa no
decurso normal da sua atividade, efetuadas de acordo com as condições normais de crédito de
curto prazo, pelo que são mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a receber,
264 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
deduzidos das perdas por imparidade, sendo expectável que a sua cobrança ocorra dentro de um
ano ou menos, registam-se em “Ativo Corrente”.
Não se aplica o critério de mensuração do custo amortizado aos saldos de “Clientes”, em virtude
dos prazos de recebimento definidos, na sua maioria, serem cumpridos e não se perspetivarem
atrasos significativos ou diferimentos no recebimento aquando do seu reconhecimento inicial.
Assim, a aplicação do custo amortizado na mensuração dos ativos financeiros em causa não
seria adequada. Mas mesmo não sendo um valor significativo, no ano de 2013, a EDIA
reconheceu perdas por imparidade neste tipo de ativos financeiros (IAS 32-“Instrumentos
Financeiros-Apresentação” e IAS 39 - “Instrumentos Financeiros-Reconhecimento”).
As “Outras Contas a Receber” são registadas pelo seu valor nominal, deduzido de eventuais
perdas de imparidade, pois a EDIA considera que o impacto que o critério do custo amortizado
teria nas suas contas seria nulo.
As perdas de imparidade correspondem à diferença entre a quantia inicialmente registada e o
seu valor recuperável, sendo este o valor presente dos “cash-flows” esperados (descontados à
taxa efetiva sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro for significativo), as quais são
reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral do período em que são estimadas.
Para efeitos de determinação das perdas por imparidade, consideram-se créditos de cobrança
duvidosa aqueles que o risco de incobrabilidade esteja devidamente justificado, o que se verifica
nos casos em que os créditos estejam em mora há mais de doze meses desde a data do respetivo
vencimento e existam provas objetivas de terem sido efetuadas diligências para o seu
recebimento.
O saldo da rubrica de “Outras Contas a Receber” (ver Nota 14), reflete essencialmente: (i) a
dívida da DGADR; (ii) Fundos Comunitários; (iii) Devedores por Acréscimos de Rendimentos.
Os Fundos Comunitários são recebidos num curto prazo após a data da Demonstração da
Posição Financeira pelo que são mensuradas pelo valor não descontado dos fluxos de caixa a
receber (não há perdas por imparidade neste caso, pois só são reconhecidos como dívidas a
receber, os subsídios que satisfazem os critérios de reconhecimento estabelecidos na IAS 20-
“Contabilização de subsídios do governo e divulgação de apoios do governo”, ou seja, quando
existe segurança de que a EDIA cumprirá as condições a eles associadas e de que os subsídios
serão recebidos).
Quanto aos “Devedores por Acréscimos de Rendimentos”, os mesmos são regularizados no
curto prazo, sendo reconhecidos pelo valor não descontado dos rendimentos reconhecidos no
exercício.
Assim, a EDIA considera que o impacto que o critério do custo amortizado teria nas suas contas
seria nulo.
265 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Caixa e Depósitos Bancários
Na Demonstração da Posição Financeira, os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e
Depósitos Bancários” correspondem aos valores de caixa e aos depósitos à ordem ou a prazo.
Na Demonstração dos Fluxos de Caixa, a rubrica “Caixa e seus Equivalentes” inclui os valores
em caixa e depósitos à ordem, bem como os investimentos financeiros a curto prazo (incluindo
os depósitos a prazo) que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de
alteração de valor.
Para efeitos de Demonstração de Fluxos de Caixa, a rubrica de “Caixa e seus Equivalentes” é
deduzida dos descobertos bancários, que na Demonstração da Posição Financeira, são incluídos
na rubrica de “Financiamentos Obtidos”.
Financiamentos Obtidos
Os financiamentos obtidos são registados no Passivo pelo custo amortizado, sendo os
correspondentes encargos financeiros calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e,
registados em resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
São expressos no Passivo Corrente ou não Corrente, dependendo do seu vencimento ocorrer a
menos ou mais de um ano, respetivamente. O seu desreconhecimento só ocorre quando cessam
as obrigações decorrentes dos contratos, designadamente quando tenha havido lugar a
liquidação, cancelamento ou expiração.
Os encargos financeiros, relacionados com os empréstimos obtidos para financiamento do
investimento em curso, são capitalizados até ao momento em que a infraestrutura esteja
substancialmente concluída.
Contas a Pagar
Os saldos de “Fornecedores”, “Fornecedores de Investimento” e “Outros Credores” (não
incluindo portanto os financiamentos obtidos, que tem uma secção autónoma) respeitam à
generalidade das aquisições de bens e serviços contratadas pela Empresa, no decurso normal da
sua atividade e de acordo com as condições normais do mercado, que correspondem a um
crédito de curto prazo.
Assim, estas contas a pagar são mensuradas pelo seu valor nominal, que corresponde ao valor
não descontado dos fluxos de caixa a pagar.
Acresce referir que as condições normais de mercado correspondem a um crédito de curto prazo
(prazo médio de pagamento 79 dias), pelo que não se justifica proceder ao respetivo desconto.
Pelo enquadramento no âmbito do disposto na IAS 8 - “Politicas Contabilísticas, Alterações nas
Estimativas Contabilísticas e Erros”, a política do custo amortizado não precisa de ser aplicada
uma vez que o efeito da sua aplicação é imaterial.
Se o pagamento for devido dentro de um ano ou menos, são classificadas como “Passivo
Corrente”, caso contrário, são classificadas como “Passivo não Corrente”.
266 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
3.1.i. Depósitos Cativos
O prazo de resolução dos processos aos quais se encontram afetos os depósitos cativos, pode
abranger vários exercícios, no entanto a Empresa, para o processo cujo montante é
materialmente relevante, estimou a data de ocorrência dos fluxos de caixa associados e
consequente aplicação do custo amortizado.
3.1.j. Inventários
O valor dos inventários inclui todos os gastos de compra, gastos de conversão e outros gastos
incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição atual, encontrando-se
valorizados ao custo de aquisição.
No âmbito do Contrato de Entrega e respetivo “Contrato de Concessão relativo à Gestão,
Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do EFMA”,
assinado em 8 de abril de 2013, pela EDIA e pelo Estado, representado pela DGADR, a EDIA
entregou ao Estado, as infraestruturas relativas à rede secundária de rega, já concluídas. Assim o
investimento realizado, nestas infraestruturas da rede secundária que já estavam
substancialmente concluídas, antes evidenciado na subconta de “Produtos Acabados e
Intermédios”, deduzido dos respetivos subsídios ao investimento, foram transferidos para a
conta da DGADR na rubrica “Outras Contas a Receber”.
Em novembro de 2013, através de um novo Contrato de Entrega entre a EDIA e a DGADR, à
semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, a EDIA procedeu, em
representação do Estado, à conceção, execução e construção das infraestruturas integrantes da
rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos a ela afetos, do
Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel, cujo investimento se encontrava registado, em
“Produtos e Trabalhos em Curso” e foi transferido para a conta da DGADR, na rubrica de
“Outras Contas a Receber” (ver Nota 14).
Deste modo, a 31 de dezembro de 2013, o saldo da rubrica de “Inventários” traduz o valor da
subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso”, referente aos investimentos afetos aos blocos de
rega ainda em construção.
3.1.k. Reconhecimento de Gastos e Rendimentos
Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu
pagamento ou recebimento, de acordo com o regime contabilístico da especialização dos
exercícios. As diferenças entre os montantes pagos e recebidos e os respetivos gastos e
rendimentos são registados no Passivo e no Ativo, respetivamente.
267 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
3.1.l. Provisões
São reconhecidas provisões quando: (i) o Grupo tem uma obrigação presente, legal ou
construtiva, resultante dum acontecimento passado, (ii) seja provável que para a liquidação
dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e (iii) o montante da obrigação possa ser
razoavelmente estimado.
O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa (na data
de relato) dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada
considerando os riscos e incertezas associados à obrigação.
Na Empresa-Mãe, numa base semestral, as provisões são sujeitas a uma revisão, por parte do
Gabinete Jurídico da Empresa, de acordo com a melhor estimativa das respetivas
responsabilidades futuras, a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a
tais estimativas.
As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras da EDIA são
continuamente avaliados e aprovados pelo Conselho de Administração, representando à data de
cada Demonstração da Posição Financeira a melhor estimativa da Empresa, tendo em conta o
desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros, que nas
circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis.
São constituídas provisões para processos judiciais em curso e para expropriações litigiosas,
bem como de todos os encargos estimados, responsabilidade da Empresa, quando existe uma
estimativa fiável de custos a incorrer decorrentes de ações interpostas por terceiros, com base na
avaliação da efetivação da probabilidade de pagar, tendo por base o parecer de advogados e
peritos dos Tribunais Arbitrais.
Na sequência do contrato de concessão celebrado com o Estado, em outubro de 2007 e na
sequência da entrada em vigor da IFRIC12 - “Acordos de Concessão de Serviços”, a EDIA
constitui, reforça ou reverte semestralmente a provisão, para fazer face aos encargos estimados
relativos à obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as
infraestruturas afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que
revertem para o Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as
grandes reparações e substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período
da concessão, não incluindo a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são
reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem.
Neste sentido, são constituídas provisões para os gastos com a manutenção e conservação dos
ativos, responsabilidade da EDIA relativos à obrigação contratual de manter/conservar as
infraestruturas da rede secundária ao longo do período da concessão.
3.1.m. Subsídios
Os subsídios são reconhecidos quando existe uma garantia razoável de que irão ser efetivamente
recebidos e que o Grupo irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão.
268 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Os subsídios à exploração, nomeadamente para agricultura, turismo, ambiente e para a formação
de colaboradores, são reconhecidos na Demonstração do Rendimento Integral como
rendimentos durante os períodos necessários para os balancear com os gastos incorridos.
Os subsídios ao investimento, atribuídos pelo Estado Português e pela União Europeia, a fundo
perdido, para financiar projetos apresentados pelo Grupo, são reconhecidos numa rubrica do
Passivo (Diferimentos - Subsídios do Estado) e subsequentemente reconhecidos como “Outros
Rendimentos e Ganhos”, numa base sistemática como rendimentos do período, de forma
consistente e proporcional às depreciações dos ativos subsidiados e respetiva percentagem de
comparticipação.
Na EDIA, os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega são reconhecidos em
“Diferimentos”, no Passivo, uma vez que, quando estes ativos forem transferidos para outra
entidade, os subsídios que lhes estão associados serão deduzidos ao investimento evidenciado
na rubrica de “Inventários”, correspondendo o valor líquido ao montante que a Empresa-Mãe
pretende receber, por ter executado estes investimentos com fundos próprios, por conta do
Estado.
Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, na EDIA, cujos ativos se tem vindo
a concluir que estão em imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo
das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na
Demonstração do Rendimento Integral pelo valor líquido dos respetivos subsídios.
3.1.n. Rédito
O rédito é o influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das
atividades ordinárias do Grupo EDIA quando esses influxos resultam em aumentos de capital
próprio, que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no capital
próprio.
Venda de Bens e Prestação de Serviços
O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber.
O reconhecimento de um rédito relativo a vendas e prestação de serviços exige que: (i) o
montante possa ser fiavelmente mensurado, (ii) seja provável que os benefícios económicos
futuros associados com a transação fluam para o Grupo EDIA.
O rédito decorrente da atividade ordinária da Empresa é mensurado pelo justo valor da
contraprestação recebida ou a receber, entendendo-se como tal o que é livremente fixado entre
as partes contratantes numa base de independência, sendo que, relativamente à venda de bens e
prestação de serviços, o justo valor reflete eventuais descontos concedidos e não inclui o
Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
Na atividade de “distribuição de água” a Empresa-Mãe apenas reconhece o rédito que resulta da
aplicação das tarifas aprovadas pelo Estado.
269 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
A 26 de maio de 2010 foi publicado o Despacho N.º 9000/2010, com efeitos a partir de 01 de
junho, que aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado à rega para uso agrícola
fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de água do EFMA, que refere que:
À saída da rede primária, para fornecimento de água às entidades que tenham a seu
cargo a gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas integradas na
rede secundária adstrita a cada perímetro: € 0,042/m3;
À saída da rede secundária, para fornecimento de água em alta pressão às explorações
agrícolas: € 0,089/m3;
À saída da rede secundária, para fornecimento de água em baixa pressão às explorações
agrícolas: € 0,053/m3; e
Fornecimento de água captada diretamente no sistema primário: € 0,053/m3.
O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a
30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do
ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano.
O rédito é reconhecido com base nos valores do preço da água e nos consumos, ou seja, o rédito
regista-se pelo resultado da multiplicação dos valores do preço da água aprovado pelos
consumos verificados no período.
O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é
calculado de acordo com os preços da água definidos pelo Estado, que por sua vez, na sua
definição, consideram um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos
investimentos realizados.
O preço da água destinado à rega para uso agrícola foi atualizado nas taxas de variação média
anual do índice de preços ao consumidor exceto habitação para Portugal, em 2012, de 2,75%.
Em 2013, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de
€ 53,50/ha/ano para a adução em alta pressão e de € 16,05/ha/ano para a adução em baixa
pressão. No que respeita à componente de exploração os valores aplicados para alta e baixa
pressão são de 0,0735€/m3 e 0,0475€/m3, respetivamente.
Juros
O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável
que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com
fiabilidade.
Estes juros são registados no período a que respeitam, de acordo com o regime do acréscimo.
270 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
3.1.o. Imposto Sobre o Rendimento
As empresas do Grupo estão sedeadas em Portugal e encontram-se sujeitas a imposto sobre os
lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa normal de
25%, sendo a derrama fixada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável.
O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos
diferidos.
O imposto corrente é a quantia a pagar ou a recuperar de impostos sobre o rendimento
respeitante ao lucro ou à perda tributável de um período, ajustado de acordo com a legislação e
as regras fiscais. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui
diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros exercícios. O
lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis.
Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base na
Demonstração da Posição Financeira, sobre as diferenças temporárias entre os valores
contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto
aprovadas ou substancialmente aprovadas à data da Demonstração da Posição Financeira em
Portugal e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se
reverterem.
Diferenças temporárias são diferenças entre os montantes registados dos ativos e passivos para
efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação.
Ativos por Impostos Diferidos
Ativos por impostos diferidos são as quantias de impostos sobre o rendimento recuperáveis em
períodos futuros respeitantes a:
Diferenças temporárias dedutíveis;
O reporte de perdas fiscais não utilizadas; e
O reporte de créditos tributáveis não utilizados.
Um ativo por impostos diferidos é reconhecido para todas as diferenças temporárias dedutíveis
até ao ponto em que seja provável que exista um lucro tributável ao qual a diferença temporária
dedutível possa ser usada, a não ser que o ativo por impostos diferidos resulte do
reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que:
Não seja uma concentração de atividades empresariais; e
No momento da transação, não afete o lucro contabilístico nem o lucro tributável.
Passivos por Impostos Diferidos
São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças
temporárias tributáveis, exceto quando esse imposto diferido resultar de:
271 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Reconhecimento inicial do goodwill; ou
Reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que não seja uma
concentração de atividades empresariais e não afete, no momento dessa transação, nem
o lucro contabilístico nem o lucro tributável.
Os ativos e passivos por impostos correntes dos períodos correntes e anteriores são mensurados
pela quantia que se espera que seja recuperada ou paga às autoridades fiscais, usando as taxas
fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data da Demonstração da
Posição Financeira.
Os ativos e passivos por impostos diferidos são mensurados pelas taxas fiscais que se espera que
se apliquem no período em que seja realizado o ativo ou em que seja liquidado o passivo, tendo
como base as taxas fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data da
Demonstração da Posição Financeira.
Os impostos correntes e diferidos são reconhecidos como um rendimento ou como um gasto e
incluídos no resultado líquido do período, exceto quando o imposto provenha de uma transação
ou acontecimento que seja reconhecido, no mesmo ou num diferente período, diretamente no
capital próprio, caso em que o respetivo imposto é diretamente debitado ou creditado ao capital
próprio.
Os ativos por impostos correntes são compensados com passivos por impostos correntes apenas
quando:
O Grupo tiver um direito legalmente executável para compensar as quantias
reconhecidas; e
Pretenda liquidar numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar simultaneamente o
passivo.
Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos são compensados apenas
quando:
O Grupo tiver um direito legalmente executável de compensar ativos por impostos correntes
contra passivos por impostos correntes; e
Os ativos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos se relacionarem
com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal sobre:
A mesma entidade tributável; ou
Diferentes entidades tributáveis que pretendam ou liquidar passivos e ativos por
impostos correntes numa base líquida, ou realizar os ativos e liquidar os passivos
simultaneamente, em cada período futuro em que as quantias significativas de
passivos ou ativos por impostos diferidos se esperem que sejam liquidadas ou
recuperadas.
272 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
3.1.p. Resultado por Ação
Os resultados por ação básicos, são calculados dividindo o lucro atribuível aos detentores de
capital próprio ordinário da Entidade-Mãe do Grupo pelo número médio ponderado de ações
ordinárias em circulação durante o período.
O resultado por ação diluído, em que o número médio de ações ordinárias emitidas é ajustado
para assumir a conversão de todas as potenciais ações ordinárias tratadas como diluidoras, é
idêntico ao resultado por ação básico uma vez que a Empresa-Mãe não possui ações diluidoras.
3.1.q. Operações Descontinuadas
Sempre que operações e fluxos de caixa que sejam claramente individualizáveis dentro do
Grupo sejam alienadas ou sejam classificadas como ativos disponíveis para venda ou grupos
para alienação são consideradas “Operações Descontinuadas” desde que:
Representem uma linha de negócio relevante ou uma área geográfica separada;
Façam parte de um plano global para a alienação de uma linha de negócio relevante ou
uma área geográfica separada; ou
Sejam uma subsidiária adquirida exclusivamente com vista à revenda. O impacto na
Demonstração do Rendimento Integral consolidados dos ativos e passivos classificados
como “Operações Descontinuadas” são apresentados numa única linha, pelo seu
montante líquido de impostos.
3.1.r. Ativos e Passivos Contingentes
Os ativos e passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, mas
divulgados nas notas anexas. Nos casos em que a possibilidade de um exfluxo de recursos que
incorporem benefícios económicos for remota ou se for pouco provável que ocorra o influxo de
benefícios económicos, os respetivos passivos contingentes ou ativos contingentes não são
divulgados.
3.1.s. Acontecimentos Subsequentes
Os acontecimentos subsequentes são aqueles que ocorrem entre a data das demonstrações
financeiras e a data de autorização da sua emissão.
Os acontecimentos ocorridos após a data da Demonstração da Posição Financeira, mas antes da
data de aprovação das demonstrações financeiras pelos órgãos de gestão das empresas do Grupo
e desde que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da
Demonstração da Posição Financeira, dão lugar a ajustamentos, sendo refletidos nas
demonstrações financeiras do período.
Os eventos ocorridos após a data da Demonstração da Posição Financeira que sejam indicativos
de condições que surgiram após a data do Demonstração da Posição Financeira (acontecimentos
273 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
que não dão lugar a ajustamentos), são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se
forem considerados materialmente relevantes.
3.1.t. Estimativas e Julgamentos
Na preparação das demonstrações financeiras foram utilizados julgamentos e estimativas que
afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de
rendimentos e gastos durante o período de reporte.
As estimativas e pressupostos são determinadas com base no melhor conhecimento existente à
data de preparação das demonstrações financeiras e na experiência de eventos passados e/ou
correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros. No entanto,
poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de
aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas.
As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras
serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os
resultados reais das situações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras são continuamente
avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Administração da
Empresa-Mãe, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as
expectativas sobre eventos futuros.
Nas demonstrações financeiras consolidadas, a 31 de dezembro de 2013, as estimativas
refletidas mais significativas, incluem os estudos de imparidade realizados aos ativos
intangíveis e investimentos em curso e o registo de provisões.
3.2. Políticas de Gestão do Risco Financeiro
O Conselho de Administração da Empresa-Mãe providencia os princípios gerais para a gestão
de riscos bem como os limites de exposição aos mesmos.
As atividades da Empresa acarretam exposição a riscos financeiros, nomeadamente:
Risco de Mercado - fundamentalmente o das taxas de juro e o das taxas de câmbio, os
quais estão associados, respetivamente, ao risco do impacto da variação das taxas de
juro de mercado nos ativos e passivos financeiros e nos resultados e ao risco de
flutuação do justo valor dos ativos e passivos financeiros em resultado de alterações nas
taxas de câmbio;
Risco de Crédito - risco dos seus devedores não cumprirem com as suas obrigações
financeiras; e
Risco de Liquidez - risco de que se venham a encontrar dificuldades para satisfazer
obrigações associadas a passivos financeiros.
As atividades da EDIA estão expostas fundamentalmente ao risco da taxa de juro que advém
essencialmente da contratação de empréstimos de longo prazo com taxas de juro variáveis
274 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
(sendo os indexantes mais utilizados a Euribor a 3 meses e a 6 meses), não sendo utilizados
quaisquer instrumentos financeiros derivados na gestão desses riscos.
Esta situação prende-se com a necessidade da Empresa financiar as atividades de investimento
do EFMA com o recurso a capitais alheios, através da contratação de empréstimos bancários. A
obtenção de recursos financeiros por esta via (empréstimos obrigacionistas, contas correntes
caucionadas e outros) resulta de uma política financeira definida pelo único acionista, assente na
contratação de empréstimos com garantia do Estado, e da não disponibilização de dotações de
capitais suficientes para acompanhar o ritmo dos investimentos do EFMA.
Por outro lado, a Empresa não tem gerado os meios necessários, não só para fazer face ao
volume de investimentos que vem realizando, como também não dispõe de liquidez suficiente
para satisfazer os encargos financeiros decorrentes da política de financiamento adotada.
Na Nota 19-Financiamentos Obtidos, encontra-se apresentado o detalhe da dívida bancária
remunerada com a indicação da entidade financiadora e respetivo indexante.
Considera-se que, em virtude de não existirem instrumentos financeiros em moeda estrangeira e
das dívidas de clientes serem reduzidas e recentes, não existem, até à presente data, riscos de
outra natureza considerados relevantes que mereçam uma divulgação mais detalhada com vista
a melhorar a informação e respetiva compreensão dos utilizadores sobre os riscos a que a
Empresa se encontra exposta.
4. Fluxos de Caixa
Para efeitos da Demonstração dos Fluxos de Caixa, a “Caixa e seus Equivalentes” engloba o
dinheiro em caixa e em depósitos à ordem e também os investimentos financeiros a curto prazo,
altamente líquidos, que sejam prontamente convertidos para quantias conhecidas de dinheiro e
que estejam sujeitas a um risco insignificante de alterações de valor.
A Demonstração dos Fluxos de Caixa é preparada segundo o método direto, através da qual são
divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento
e de financiamento.
Todos os saldos significativos de caixa e seus equivalentes estão disponíveis para uso não
apresentando qualquer restrição à data da Demonstração da Posição Financeira.
As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores,
pagamentos ao pessoal e outros relacionados com a atividade operacional.
As atividades de investimento incluem, nomeadamente os pagamentos e recebimentos
decorrentes da compra e da venda de ativos e recebimentos de juros.
As atividades de financiamento incluem os pagamentos e recebimentos referentes a
empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e juros pagos.
Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica de “Caixa e Depósitos
Bancários” que inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis e outros
equivalentes, detalha-se como segue:
275 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Todas as contas de depósitos à ordem foram reconciliadas, com referência a 31 de dezembro de
2013 e 31 de dezembro de 2012.
5. Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros
As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor
conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e
transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes.
Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data
de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As
alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras
serão corrigidas de forma prospetiva.
Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em
questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
Em 2013, houve alterações de políticas contabilísticas face às consideradas na preparação da
informação financeira relativa ao período homólogo, apresentada para efeitos comparativos.
Atendendo que se trata de alterações com alguma relevância na Demonstração da Posição
Financeira, a EDIA efetuou as seguintes reexpressões dos valores comparativos de 2012,
também no sentido de permitir a comparabilidade entre rubricas:
Euros
Depósitos a Prazo 22.000.000 28.240.000
Depósitos à Ordem 26.710.787 31.180.637
Numerário 15.593 39.620
48.726.380 59.460.257
Caixa e Depósitos Bancários 31-Dez-1231-Dez-13
276 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
(i) Valor registado na conta de “Outras Contas a Receber” no Ativo Corrente que foi
reclassificado para uma conta de “Depósitos Cativos” no Ativo não Corrente, uma vez que só é
expectável que os processos associados fiquem solucionados a médio e longo prazo. Espera-se
que os montantes dos depósitos cativos só sejam realizados num período superior a doze meses
após a data do Demonstração da Posição Financeira para liquidar um passivo, tendo em conta a
habitual morosidade do desenvolvimento dos processos judiciais em curso.
(ii) Foram transferidos da conta de “Diferimentos” no Passivo não Corrente para “Outras
Contas a Pagar” no Passivo Corrente, os fundos já recebidos, a título de adiantamentos, afetos à
rede secundária, em que a despesa ainda não está realizada, prevendo-se a sua concretização até
final do ano de 2014, dado que existe uma probabilidade efetiva de serem reembolsados.
Euros
ATIVO
Ativo Não Corrente
Ativos Fixos Tangíveis 6 16.618.164 16.618.164
Ativos Intangíveis 7 e 17 364.023.276 364.023.276
Participações Financeiras 8 276.001 276.001
Depósitos Cativos 10 8.533.529 8.533.529 (i)
380.917.441 8.533.529 389.450.970
Ativo Corrente
Inventários 11 423.838.551 423.838.551
Clientes 12 1.745.517 1.745.517
Adiantamentos a Fornecedores 1.058.345 1.058.345
Estado e Outros Entes Públicos 13 591.471 591.471
Outras Contas a Receber 14 85.337.531 -8.533.529 76.804.002 (i)
Diferimentos 15 500.100 500.100
Caixa e Depósitos Bancários 4 59.460.257 59.460.257
572.531.772 -8.533.529 563.998.243
Total do Ativo 953.449.213 953.449.213
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital Próprio
Capital Realizado 16 387.267.750 387.267.750
Outras Reservas 16 9.202.700 9.202.700
Resultados Transitados 16 e 17 -866.619.849 -866.619.849
Resultado Líquido do Exercício Atribuível aos Acionistas da Empresa - Mãe 7.703.003 7.703.003
Total do Capital Próprio do Grupo -462.446.396 -462.446.396
Interesses Minoritários 29 16.763 16.763
Total do Capital Próprio -462.429.633 -462.429.633
Passivo Não Corrente
Provisões 18 11.915.833 11.915.833
Financiamentos Obtidos 19 543.919.376 543.919.376
Outras Contas a Pagar 20 15.517.311 15.517.311 (iii)
Diferimentos - Subsídios do Estado 15 503.733.883 -27.850.030 475.883.853 (ii)+(iii)
Outros Diferimentos 15 171.736.064 171.736.064
1.231.305.156 -12.332.719 1.218.972.437
Passivo Corrente
Fornecedores 20 7.288.553 7.288.553
Adiantamento de Clientes 8.290 8.290
Estado e Outros Entes Públicos 13 245.339 245.339
Financiamentos Obtidos 19 147.980.818 147.980.818
Outras Contas a Pagar 20 13.025.201 12.332.719 25.357.920 (ii)
Diferimentos - Subsídios do Estado 15 1.816.051 1.816.051
Outros Diferimentos 15 14.209.439 14.209.439
184.573.690 12.332.719 196.906.409
Total do Passivo 1.415.878.846 1.415.878.846
Total do Capital Próprio e do Passivo 953.449.213 953.449.213
31/12/2012
(Aprovado)
Impacto da
reexpressão
31/12/2012
(Reexpresso)Demonstração da Posição Financeira Notas
277 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
(iii) Foram transferidos da conta de “Diferimentos” no Passivo não Corrente para “Outras
Contas a Pagar” no Passivo não Corrente, os adiantamentos recebidos de financiamentos
comunitários no âmbito do PRODER, em que só é expectável a sua utilização por dedução da
despesa a realizar, a mais de doze meses. Estas candidaturas foram aprovadas no final de 2012,
e o seu encerramento está previsto para o final de 2015.
6. Ativos Fixos Tangíveis
Durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, os
movimentos ocorridos na rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis”, bem como nas respetivas
depreciações e nas perdas de imparidade acumuladas foram os seguintes:
6.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico
Os principais investimentos que se encontram registados como ativos fixos tangíveis na
Empresa- Mãe são os terrenos sobrantes de expropriações, o edifício da sede da Empresa-Mãe,
o Museu da Luz, o Parque de Natureza de Noudar e o Centro de Cartografia, os quais não se
encontram afetos à concessão, pelo que não revertem para o Estado no final do período de
concessão do contrato.
Euros
Terrenos e
Recursos
Naturais
Edifícios e
Outras
Construções
Equipamento
Básico
Equipamento
de Transporte
Equipamento
Administrativo
Outros
Ativos Fixos
Tangíveis
Ativos Fixos
Tangíveis
em Curso
Adiantamentos
por conta de
Investimentos
Total
Ativo Bruto
Saldo Inicial 4.759.366 11.840.483 2.278.149 809.865 2.351.855 512.558 573.960 (23.409) 23.102.826
Adições 3.980 1.899 3.158 6.036 2.132.106 2.147.179
Outras Transferências/Abates 70.858 (107.778) (52.702) 3.713 -2.094.663 -2.180.572
Saldo Final 4.759.366 11.915.321 2.172.270 757.163 2.358.726 518.594 573.960 14.034 23.069.433
Depreciações Acumuladas
Saldo Inicial 5 2.165.074 1.071.273 774.624 2.160.676 287.307 6.458.958
Adições 2 271.254 177.533 13.042 54.271 39.806 555.908
Alienações/Abates/Transferências (82.074) (52.702) (134.776)
Saldo Final 7 2.436.328 1.166.732 734.964 2.214.947 327.113 6.880.090
Perdas de Imparidade Acumuladas
Saldo Inicial 25.704 25.704
Perdas Imparidade Reconhecidas 12.668 238.609 1.591 473 19.128 272.469
Perdas Imparidade Revertidas (25.704) -25.704
Saldo Final 12.668 238.609 1.591 473 19.128 272.469
Valor Líquido 4.759.360 9.466.325 766.930 20.608 143.306 172.353 573.960 14.034 15.916.874
Ativos Fixos Tangíveis
31-Dez-13
Euros
Terrenos e
Recursos
Naturais
Edifícios e
Outras
Construções
Equipamento
Básico
Equipamento
de Transporte
Equipamento
Administrativo
Outros
Activos
Fixos
Activos Fixos
Tangíveis
em Curso
Adiantamentos
por Conta de
Investimentos
Total
Activo Bruto
Saldo Inicial 4.759.366 11.670.652 2.290.919 890.051 2.450.656 451.972 496.183 55.200 23.064.999
Adições 186 25.555 28.481 63.395 660.828 100.331 878.776
Alienações (87.852) (102.379) -52.738 -2.810 -245.778
Outras Transferências/Abates 169.831 74.896 -3.362 -74.543 -583.052 -178.940 -595.171
Saldo Final 4759366,33 11.840.483 2.278.149 809.865 2.351.855 512.558 573.960 (23.409) 23.102.826
Depreciações Acumuladas
Saldo Inicial 3 2.056.308 971.264 849.423 2.160.237 238.099 6.275.334
Variação do perímetro de consolidação
Adições 2 278.946 183.021 30.942 121.215 52.017 666.142
Alienações/Abates/Transferências -170.180 -83.012 -102.379 -46.443 -2.810 -404.824
Outras Transferências/ abates -3.362 -74.332 -77.694
Saldo Final 5 2.165.074 1.071.273 774.624 2.160.676 287.307 6.458.958
Perdas de Imparidade Acumuladas
Saldo Inicial 0
Perdas Imparidade Reconhecidas 25.704 25.704
Saldo Final 25.704 25.704
Valor Líquido 4.759.362 9.675.409 1.181.173 35.241 191.179 225.251 573.960 -23.409 16.618.164
Activos Fixos Tangíveis
31-Dez-12
278 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
À semelhança de anos anteriores, foi efetuada a transferência desses investimentos, de em curso
para a devida rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis” e iniciado o processo de depreciação, bem
como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são depreciados) dos
subsídios que lhes estão associados.
7. Ativos Intangíveis
Nesta nota são apresentadas as divulgações exigidas pela IAS 38 -“Ativos Intangíveis”, não
contemplando as divulgações de ativos intangíveis que se encontrem no âmbito de outras
normas, como por exemplo, os ativos por impostos diferidos.
O saldo desta rubrica reflete na sua globalidade os ativos intangíveis registados na Empresa-
Mãe.
Os movimentos ocorridos nas principais classes de “Ativos Intangíveis”, registados ao custo de
aquisição deduzido das respetivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, tiveram a
seguinte evolução em 2013 e 2012:
7.1. Terrenos e Recursos Naturais, Edifícios e Outras Construções e Equipamento Básico
Em resultado da entrada em funcionamento pleno da barragem e da central hidroelétrica de
Alqueva em Dezembro de 2005, e da barragem e central hidroelétrica de Pedrógão no início de
2006, foi iniciado nessas datas o respetivo processo de depreciação (incluindo a parte das
Euros
Terrenos e
Recursos
Naturais
Edifícios e
Outras
Construções
Equipamento
Básico
Projectos de
Desenvolvimento
Programas de
Computador
Outros
Direitos
Ativos Intangíveis
em Curso
Adiantamentos
por conta de
Investimentos
Total
Ativo Bruto
Saldo Inicial 217.160.922 1.036.789.271 136.928.293 230.058 2.748.653 195.007.459 156.741.659 368.543 1.745.974.860
Adições 2.460 31.030.923 3.735.748 34.769.131
Outras Transferências/Abates 9.344.764 38.707.080 (66.984) (47.984.860) (3.749.270) (3.749.270)
Saldo Final 226.505.686 1.075.496.351 136.863.769 230.058 2.748.653 195.007.459 139.787.723 355.021 1.776.994.720
Depreciações Acumuladas
Saldo Inicial 5.805.441 20.192.982 9.648.130 212.777 2.739.050 7.459 38.605.840
Adições 851.120 3.080.545 1.281.414 8.500 5.221.579
Outras Transferências/Abates
Saldo Final 6.656.561 23.273.527 10.929.544 212.777 2.747.550 7.459 43.827.419
Perdas de Imparidade Acumuladas
Saldo Inicial 152.011.341 801.399.366 37.824.834 195.000.000 156.741.659 368.543 1.343.345.743
Perdas Imparidade Reconhecidas 9.268.223 38.445.420 2.805 47.716.448
Perdas Imparidade Revertidas -16.953.936 -13.522 -16.967.458
Saldo Final 161.279.564 839.844.786 37.827.639 195.000.000 139.787.723 355.021 1.374.094.732
Saldo Final 58.569.561 212.378.038 88.106.586 17.281 1.103 359.072.570
Ativos Intangíveis
31-Dez-13
Euros
Terrenos e
Recursos
Naturais
Edifícios e
Outras
Construções
Equipamento
Básico
Projectos de
Desenvolvimento
Programas de
Computador
Outros
Direitos
Activos
Intangíveis em
Curso
Adiantamentos
por conta de
Investimentos
Total
Activo Bruto
Saldo Inicial 217.005.848 1.005.200.922 136.929.571 230.058 2.748.653 195.007.459 145.436.455 371.745 1.702.930.712
Adições 41.336.453 1.708.195 43.044.648
Outras Transferências/Abates 155.074 31.588.350 (1.278) (30.031.249) (1.711.396) (499)
Saldo Final 217.160.922 1.036.789.271 136.928.293 230.058 2.748.653 195.007.459 156.741.659 368.543 1.745.974.860
Amortizações Acumuladas
Saldo Inicial 4.955.438 17.110.168 8.365.743 195.497 2.493.598 7.459 33.127.902
Adições 850.003 3.082.814 1.282.387 17.281 245.452 5.477.937
Saldo Final 5.805.441 20.192.982 9.648.130 212.777 2.739.050 7.459 38.605.840
Perdas de Imparidade Acumuladas
Saldo Inicial 151.885.390 769.913.228 37.825.663 195.000.000 145.436.455 272.244 1.300.332.981
Perdas Imparidade Reconhecidas 125.950 31.486.138 11.305.204 96.299 43.013.592
Perdas Imparidade Revertidas (829) (829)
Saldo Final 152.011.341 801.399.366 37.824.834 195.000.000 156.741.659 368.543 1.343.345.743
Saldo Final 59.344.140 215.196.923 89.455.329 17.281 9.603 - - - 364.023.276
Activos Intangíveis
31-Dez-12
279 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
barragens afeta à produção de energia, que se estima em 35,1% do investimento total das
barragens), bem como o reconhecimento como rendimentos (na mesma proporção em que são
amortizados) dos subsídios que lhes estão associados.
A partir de 1 de novembro de 2007 (com a entrada em vigor do contrato de concessão), essas
infraestruturas, tal como os restantes bens afetos à concessão, passaram a ser amortizadas pelo
método das quotas constantes ao longo do período de 75 anos da concessão, que termina em
outubro de 2082.
Nos exercícios de 2009 a 2013 ficaram substancialmente concluídas e entraram em exploração
vários perímetros de rega, podendo as percentagens de afetação das infraestruturas primárias a
cada um dos perímetros de rega em exploração, ser resumida da seguinte forma:
Data de Entrada em exploração /áreas/ Infraestruturas da
rede primária
Área
Beneficiada
(hectares)
Perímetro
Monte Novo
Perímetro
Alvito-Pisão
Perímetro
do Pisão
Blocos de
Ferreira,
Figueirinha
e Valbom
(Perímetro
Pisão-Roxo)
Perímetro
de Alfundão
Infra-
estrutura 12
Perímetro
Loureiro-
Alvito
Bloco de
Ervidel 1
(Perímetro
Pisão-Roxo)
Bloco de
Ervidel 2 e 3
(Perímetro
Pisão-Roxo)
Bloco de
Aljustrel
(Perímetro
Roxo Sado)
Perímetro
Pisão Beja
2.ºBlocos
Roxo Sado
Perímetro
de Vale de
Gaio
Área Beneficiada (hectares) - 7.714 10.058 2.588 5.118 4.216 5.980 470 2.914 3.508 1.300 10.585 1.949 3.290 59.690
Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 7,00% 9,13% 2,35% 4,64% 3,83% 5,43% 0,43% 2,64% 3,18% 1,18% 9,61% 1,77% 2,99% 54,16%
Estação Elevatória dos Álamos 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%
Barragens dos Álamos 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%
Ligação Álamos - Loureiro 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%
Barragem do Loureiro 59.690 12,92% 16,85% 4,34% 8,57% 7,06% 10,02% 0,79% 4,88% 5,88% 2,18% 17,73% 3,27% 5,51% 100,00%
Ligação Loureiro - Monte Novo 7.714 100,00% - - - - - - - - - - - - 100,00%
Túnel Loureiro-Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%
Tomada de Água do Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%
Segregação de Água do Alvito 51.976 - 19,35% 4,98% 9,85% 8,11% 11,51% 0,90% 5,61% 6,75% 2,50% 20,37% 3,75% 6,33% 100,00%
Ligação Alvito-Pisão 42.236 - 23,81% 6,13% 12,12% 9,98% - - 6,90% 8,31% 3,08% 25,06% 4,61% - 100,00%
Derivação a Odivelas 9.270 - - - - - 64,51% - - - - - - 35,49% 100,00%
Ligação Pisão-Beja 10.585 - - - - - - - - - - 100,00% - - 100,00%
Ligação Pisão-Roxo 14.789 - - - 34,61% - - - 19,70% 23,72% 8,79% - 13,18% - 100,00%
Ligação Roxo Sado 1.949 - - - - - - - - - - 100,00% - 100,00%
Barragem do Pisão 6.804 - - 38,04% - 61,96% - - - - - - - 100,00%
Perímetros em exploração Outros Perímetros
TOTAL
Subsistema Alqueva
Su
bsis
tem
a A
lqu
ev
a
Data de Entrada em exploração /áreas/Infraestruturas da
rede primária
Área
Beneficiada
(hectares)
Perímetro
Orada
Amoreira
Perímetro
de Brinches
Perímetro
de Brinches-
Enxoé
Perímetro
de Serpa
Perímetro
Caliços
Machados
Perimetro
Caliços
Moura
Perímetro
de Pias
Perímetro
de Brenhas
Subsistema Ardila
Área Beneficiada (hectares) - 2.522 5.463 4.698 4.400 5.000 2.136 4.614 745 29.578
Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 2,29% 4,96% 4,26% 3,99% 4,54% 1,94% 4,19% 0,68% 26,84%
Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão 29.578 8,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00%
Barragem da Amoreira e Brinches 29.578 8,53% 18,47% 15,88% 14,88% 16,90% 7,22% 15,60% 2,52% 100,00%
CH Amoreira-Caliços 12.495 - - - - 40,02% 17,09% 36,93% 5,96% 100,00%
CH Caliços-Pias 4.614 - - - - - - 100,00% - 100,00%
CH Caliços-Machados 5.000 - - - - 100,00% - - - 100,00%
Estação Elevatória de Brinches 14.561 - 37,52% 32,26% 30,22% - - - - 100,00%
Adutor Brinches Enxoé 14.561 - 37,52% 32,26% 30,22% - - - - 100,00%
Barragem de Serpa 4.400 - - - 100,00% - - - - 100,00%
Est.Elev.Torre Lóbio, Adutor Serpa e Res. Serpa Norte 4.400 - - - 100,00% - - - - 100,00%
Perímetros em exploração Outros Perímetros
TOTAL
Su
bsi
stem
a A
rdil
a
280 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afetas ao EFMA, objeto do
respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do
sistema primário (barragens, centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento,
enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária.
No termo da concessão, os bens referidos anteriormente revertem, sem qualquer indemnização,
para o Estado, livres de quaisquer ónus ou encargos e em perfeitas condições de
operacionalidade, utilização e manutenção.
Uma vez que estas infraestruturas se encontram afetas ao segmento “água” e como tal, já foram
objeto de ajustamento por perdas por imparidade, sendo o seu valor líquido contabilístico nulo
(ver Nota 7.3), não se efetua qualquer amortização destes investimentos.
Assim, o cálculo do valor das amortizações que seriam refletidas nas demonstrações financeiras
se não tivessem reconhecidas anteriormente as perdas por imparidade, serve apenas para
determinar qual a parte das perdas por imparidade que é aceite como gasto fiscal de cada
período, nos termos do artigo 35.º do Código do IRC.
7.2. Outros Direitos
O montante da rubrica “Outros Direitos” corresponde, essencialmente, à compensação
financeira inicial paga pela EDIA ao Estado, no montante de € 195.000.000, resultante do
“Contrato de Concessão da Utilização do Domínio Público Hídrico afeto ao EFMA”, de 17 de
outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, com a duração de 75 anos. Este Contrato
concretiza os termos e condições a que obedecerá a relação concedente - concessionária,
precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as
regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico.
Estando esta verba diretamente relacionada com a atividade de distribuição de água (e não com
a atividade de produção de energia subconcessionada à EDP), que se encontra em imparidade
total, os referidos € 195.000.000 encontram-se cobertos por perdas por imparidades acumuladas
de igual montante (ver Nota 7.3. adiante).
Perímetros
em
exploração
Data de Entrada em exploração /áreas/Infraestruturas da rede primária
Área
Beneficiada
(hectares)
Perímetro
Pedrógão-MD
Perímetro
S.Pedro
Baleizão
Quintos
Perímetro
S.Matias
Subsistema Pedrógão
Área Beneficiada (hectares) - 4.800 11.270 4.865 20.935
Barragens de Alqueva e Pedrógão (64,9%) 110.203 4,36% 10,23% 4,41% 19,00%
Estação Elevatória de Pedrógão e Adutor de Pedrógão-Margem Direita 20.935 22,93% 53,83% 23,24% 100,00%
CH S. Pedro Baleizão Quintos 11.270 - 100,00% - 100,00%
CH S. Matias 4.865 - - 100,00% 100,00%
Outros Perímetros
TOTAL
Su
bsi
stem
a
Ped
róg
ão
281 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
7.3. Perdas por Imparidade
Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água a partir do sistema
primário, a Empresa-Mãe estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento “água” através
da determinação do respetivo valor de uso, tendo concluído, em dezembro de 2013 e anos
anteriores (2009 a 2012), que o valor presente dos fluxos de caixa futuros associados a este
segmento é negativo, pelo que a perda por imparidade nas referidas datas corresponde ao valor
total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis - subsídios) afetos a este segmento.
Assim, os ativos líquidos de amortizações, afetos a este segmento registados em “Ativos
Intangíveis”, com valor bruto € 1.374.094.732 em 31 de dezembro de 2013 (€ 1.343.345.743 em
31 de dezembro de 2012) encontram-se totalmente compensados por perdas de imparidade
acumuladas de igual montante.
Os montantes afetos a cada um dos segmentos (água, energia, outros) nas rubricas do “Ativo
Intangível” (valores brutos) foram os seguintes:
De igual modo, os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem
vindo a concluir (nos testes de imparidade efetuados ao longo dos anos) que estão em
imparidade total, têm vindo a ser desreconhecidos no âmbito do registo das perdas de
imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas são reconhecidas na Demonstração do
Rendimento Integral pelo valor líquido dos respetivos subsídios.
À data do relato, os subsídios que estavam diretamente associados a despesas que foram
reconhecidas nos ativos intangíveis da Empresa-Mãe, em 2013, incluídas em pedidos de
pagamento aos fundos comunitários apresentados após 31 dezembro, mas também todas as
outras despesas no ano em análise, que ainda não tinham sido incluídas em pedidos de
pagamento até à data de encerramento de contas, mas que já se sabia que o viriam a ser e em
que as hipóteses de não serem aceites pela entidade financiadora era diminuta e que estavam a
dar origem ao reconhecimento de perdas de imparidade em 2013, foram especializados.
Tratando-se de subsídios que cumprem os requisitos de contabilização estabelecidos na IAS 20-
“Contabilização de subsídios do governo e divulgação de apoios do governo”, isto é, em que
existe uma segurança razoável de que a entidade cumprirá as condições a ele associadas e de
que o subsídio será recebido, não faz sentido reconhecer perdas de imparidade para valores que
já se sabe que vão ser compensados por subsídios, pelo que só procedendo à especialização
destes subsídios se consegue assegurar, na melhor medida possível, que as perdas de imparidade
são corretamente reconhecidas.
Euros
Ativo Intangivel Segmento Água Segmento Energia Outros Segmento Água Segmento Energia Outros
Projetos Desenvolvimento 116.949 116.949
Programas de Computador 1.805.861 935.569 1.805.861 935.569
Outros Direitos 195.000.000 0 100 195.000.000 0 100
Terrenos e Recursos Naturais 161.279.564 65.226.144 152.011.340 65.149.603
Edificios e Outras Construções 839.844.786 235.906.860 801.399.366 235.390.254
Equipamento Básico 37.827.639 99.036.773 37.824.834 99.104.102
Ativo Intangivel em Curso 139.787.723 137.843 156.741.659 137.843
Adiantamentos por conta de Investimentos 355.021 368.543
Total 1.374.094.732 401.975.638 1.190.461 1.343.345.743 401.449.819 1.190.461
31-Dez-13 31-Dez-12
282 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
8. Partes Relacionadas
8.1. Participações Financeiras
Todas as empresas que fazem parte do Grupo EDIA foram consideradas como partes
relacionadas da Empresa.
O conceito de partes relacionadas inclui não apenas as entidades subsidiárias e associadas, mas
também outras empresas detidas pela EDIA. As partes relacionadas englobam igualmente os
quadro-chave da Empresa.
A 31 de dezembro de 2013, a Empresa-Mãe detém as mesmas participações financeiras do que
em 31 de dezembro de 2012. Estas participações encontram-se registadas ao custo de aquisição,
pois a EDIA não detém uma participação dominante ou significativa em nenhuma das
sociedades abaixo identificadas.
Sempre que existam indícios de que o ativo possa estar em imparidade, é efetuada uma
avaliação destes investimentos e registada a perda por imparidade que se revele existir.
8.2. Remuneração do Pessoal Chave da Gestão da Empresa – Mãe
Euros
Centro Operativo e de Tecnologia do Regadio 62.500 8,8 11 UP 500 5.500 5.500 5.500
Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A. 499.000 4,11 4 110 A 4,99 20.501 20.501 20.501
Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, S.A. 4.000.000 1,25 50 000 A 1 50.000 (50.000) 0 0
Águas do Centro Alentejo, S.A. 5.000.000 5,00 50 000 A 5 250.000 250.000 250.000
Lusofuel - Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A. 500.000 10,00 10 000 A 5 50.000 (50.000) 0 0
376.001 (100.000) 276.001 276.001
Valor da
Participação
em 31
dezembro
2013
Valor da
Participação
em 31
dezembro
2012
Denominação Social Capital Social % ParticN.º Ações/
Un. Particip.Valor Nominal
Custo de
Aquisição
Perdas por
Imparidade
Viatura de Serviço; Motorista; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
(Administradores Executivos)
PRESIDENTE
Remuneração de 5.465,43€ (14 vezes no corrente ano) (*)
Remuneração com redução de (5% ) - 5.192,16€
Remuneração com redução de (5% +10% ) - 4.672,94€
VOGAIS
Remuneração de 4.675,41€, (14 vezes no corrente ano) (*)
Remuneração com redução de (5% ) - 4.441,64€
Remuneração com redução de (5% +10% ) - 3.997,48€
Viatura de Serviço; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais
283 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
(*) O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais foi alterado em
2013, relativamente ao total de remunerações recebidas anualmente, tendo-se mantido no que
respeita ao valor de cada remuneração. No âmbito da aprovação de um conjunto de medidas
adicionais de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice
excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade
e Crescimento (PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista
no N.º 1, do Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho e no Art.º 19.º da Lei 55-A/2010
de 31 de dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos
gestores públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local
e regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% e 10%,
respetivamente. Posteriormente, e por força do Acórdão nº 187/2013 do Tribunal
Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade do artº. 29º - Suspensão do pagamento dos
subsídios de férias ou equivalente - da Lei nº66-B/2012, de 31 de dezembro, foi também reposto
o pagamento dos subsídios de férias. No entanto, e nos termos do previsto no Artigo 28.º da Lei
N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, foi reposto o pagamento do subsídio de Natal, em
duodécimos. Durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF),
como medida excecional de estabilidade orçamental foi suspenso, em 2012, o pagamento de
subsídios de férias e de Natal ou quaisquer prestações correspondentes aos 13.º e 14.º meses,
conforme determinado pelo OE 2012, nos termos do Art.º 21 da Lei 64-B/2011 de 30 de
dezembro.
9. Imposto Sobre o Rendimento
Nesta nota são apresentadas as divulgações exigidas pela IAS 12 - “Imposto sobre o
rendimento”.
A Empresa encontra-se sujeita a imposto sobre os lucros em sede de Imposto sobre o
Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa normal de 25% em 2013 (23% a partir de
2014), sendo a derrama fixada a uma taxa máxima de 1,5% do lucro tributável.
Para a mensuração dos impostos diferidos, no encerramento das contas reportadas a 31 de
dezembro de 2013, a taxa aplicada foi de 23%, uma vez que a Lei nº 2/2014 de 16 de janeiro já
se encontrava aprovada pela Assembleia da República desde 20 de dezembro de 2013,
inserindo-se deste modo na norma anteriormente referida, entendimento este defendido pela
Comissão de Normalização Contabilística.
O gasto (rendimento) com impostos sobre o rendimento em 31 de dezembro de 2013 e 31 de
dezembro de 2012, da EDIA, tem a seguinte composição:
Euros
2013 2012
Impostos Correntes
Tributação Autónoma 71.981 79.403
71.981 79.403
Total 71.981 79.403
284 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Na Empresa-Mãe, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, existiam diferenças
temporárias dedutíveis e prejuízos fiscais reportados relativamente aos quais não foi
reconhecido qualquer ativo por imposto diferido por não existir expectativas razoáveis quanto à
geração de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização:
10. Depósitos Cativos
A rubrica de “Depósitos Cativos”, no Ativo não Corrente, corresponde aos depósitos de caução
constituídos, pela EDIA, a médio e longo prazo, em instituições bancárias, concretamente a
favor dos Tribunais Judiciais e da Autoridade Tributária, apresentando, a 31 de dezembro de
2013 e a 31 de dezembro de 2012, os valores de € 7.280.745 e € 8.533.529, respetivamente.
Os depósitos cativos no Millennium BCP e no Banco Espírito Santo, nos montantes de €
8.280.914 e € 161.870 respetivamente, foram constituídos através da contração de empréstimos
de igual montante, registados em “Financiamentos Obtidos”.
O valor mais significativo desta rubrica (€ 8.280.914) resulta do processo judicial a decorrer
com a Portucel Recicla, no âmbito do desmantelamento da fábrica, iniciado em outubro de 2003
e o montante de € 161.870 refere-se a um processo de expropriação litigiosa ainda em curso.
Não é de esperar a conclusão definitiva desta ação judicial com a Portucel Recicla antes do final
de 2016. Face a esta previsão, a EDIA mensurou e registou este ativo ao custo amortizado,
ascendendo o valor presente a € 7.028.130. Sendo este montante inferior ao valor pelo qual o
depósito cativo estava anteriormente mensurado, o diferencial (€ 1.252.784) foi registado na
rubrica de “Outros Gastos e Perdas”.
11. Inventários
A composição da rubrica de “Inventários” do Grupo, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de
dezembro de 2012, apresenta o seguinte detalhe:
Euros
Diferenças Temporárias Dedutíveis
- Perdas de Imparidade nos Ativos Intangíveis 716.489.115 708.454.689
- Perdas de Imparidade em Investimentos não Depreciáveis/Amortizáveis 100.000 100.000
- Provisões não dedutíveis em IRC (IFRIC 12) 2.126.787 1.173.396
-Gastos de Financiamento não dedutiveis 4.038.861
722.754.763 709.728.085
Prejuízos Fiscais reportados ainda não utilizados
- Exercício de 2011 10.612.823 31-dez-15 10.612.823 31-dez-15
- Exercício de 2012 13.934.121 31-dez-16 13.934.121 31-dez-16
- Exercício de 2013 (estimativa) 8.536.770 31-dez-17
33.083.714 24.546.944
Total 755.838.477 734.275.029
31-Dez-13 31-Dez-12
QuantiaData de
ExtinçãoQuantia
Data de
Extinção
285 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com
exceção da Infraestrutura 12, previa a transferência para o Estado das infraestruturas integrantes
da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA, a partir do exercício de 2002, passou a
evidenciar o custo das obras com as infraestruturas da rede secundária de rega na rubrica de
“Inventários”.
Até 31 de dezembro de 2012, o saldo de “Inventários” correspondia essencialmente aos
investimentos da rede secundária, concluídos e em curso, registados nas rubricas de “Produtos
Acabados e Intermédios” e “ Produtos e Trabalhos em Curso” respetivamente.
Em 8 de abril de 2013, foi celebrado o “Contrato de Concessão relativo à Gestão, Exploração,
Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins
Múltiplos de Alqueva”, entre a EDIA e a DGADR, que vigorará até 31 de dezembro de 2020,
em que a EDIA (entidade concessionária) procede à entrega ao Estado (entidade concedente),
aqui representado pela DGADR, das infraestruturas relativas à rede secundária de rega,
drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e equipamentos necessários à sua operação e
exploração, bem como das áreas adquiridas e expropriadas para a implementação das
infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do EFMA.
Como consequência do Contrato de Entrega inicial e respetivo Contrato de Concessão, foram
transferidos da subconta de “Produtos Acabados e Intermédios” os investimentos: (i) no
perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009; (ii) nos
perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; (iii)
nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-
Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos perímetros de rega do Loureiro-Alvito e
Ervidel 1, concluídos em 2012, e (v) nos perímetros de rega do Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1
margem direita, que ficaram substancialmente concluídos no primeiro semestre de 2013.
A junho de 2013, a estes investimentos no valor de € 401.264.950, foram adicionados os custos
capitalizados dessas infraestruturas (€ 16.149.078) que foram transferidos para a rubrica de
“Outras Contas a Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas
as infraestruturas da rede secundária, construídas pela EDIA em sua representação, sendo
também transferidos para esta conta todos os subsídios que lhes estavam associados no
montante de € 329.910.214, adotando-se assim, um tratamento similar ao que foi adotado em
anos anteriores para a Infraestrutura 12. Esta conta passa a refletir o valor que a EDIA espera vir
Euros
Inventários 31-Dez-13 31-Dez-12
Inventários (DCPF)
Produtos Acabados e Intermédios - 355.001.498
Produtos e Trabalhos em Curso 23.117.597 68.758.146
Mercadorias 48.488 46.597
Matérias Subsidiárias 31.929 32.310
23.198.014 423.838.551
286 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
a receber do Estado, a título de ressarcimento da parte não subsidiada do investimento na rede
secundária.
Em novembro de 2013, através de um novo Contrato de Entrega entre a EDIA e o Estado
Português, representado pela DGADR, a Empresa procedeu à entrega das infraestruturas
integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos
necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel.
À semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, também o
investimento efetuado nesta infraestrutura (acrescido dos custos capitalizados) registado na
rubrica de “Inventários”, na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso” foi transferido para
“Produtos Acabados e Intermédios” e posteriormente registado na rubrica de “Outras Contas a
Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que tem a propriedade de todas as infraestruturas
da rede secundária.
O valor de € 23.117.597, na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso” reflete os
investimentos em projetos afetos a blocos de rega ainda em construção.
12. Clientes, Vendas e Prestações de Serviços
O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber.
12.1. Clientes
O saldo de “Clientes” traduz na sua maioria, o valor a receber, pela EDIA, da renda anual
periódica faturada à EDP, no âmbito do contrato celebrado e os valores a receber pelos serviços
de distribuição de água prestados, que resultam do cumprimento do Despacho N.º 9000/2010,
de 27 de abril, que fixou os preços da água destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do
serviço público de águas do EFMA.
Os créditos que sejam considerados de cobrança duvidosa após avaliação por parte da Empresa
são objeto de reconhecimento contabilístico das respetivas imparidades. Não o fazer seria
comprometer uma das características qualitativas do nosso normativo contabilístico, a saber, a
representação fidedigna da realidade da Empresa.
É considerado crédito em mora quando o pagamento não respeita o prazo contratualizado entre
a Empresa e o adquirente e quando seja resultante da atividade normal da Empresa.
12.2. Vendas e Prestações de Serviços
12.2.1. Vendas
O valor de € 91.024 registado em vendas, em 2013, traduz essencialmente, o montante das
vendas da energia emitida para a rede: (i) pelas centrais mini-hídricas de Alvito, Odivelas,
Pisão, Roxo e Serpa (€ 54.866), (ii) pela central fotovoltaica de Alqueva (€ 20.283) e com as
vendas dos bens de merchandising do Parque de Natureza de Noudar (€ 15.109).O valor
287 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
remanescente (€766) corresponde à venda de artigos de merchandising das empresas
Gescruzeiros, S.A e Gestalqueva S.A..
12.2.2. Prestações de Serviços
Produção de Energia
Na conta de “Produção de Energia” foi reconhecido o montante de € 12.280.357, no âmbito do
“Contrato de Concessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão”, por
35 anos, celebrado entre a Empresa-Mãe e a EDP. Neste Contrato, a EDP obriga-se a
proporcionar à EDIA uma compensação financeira nos seguintes termos:
Um montante inicial no valor de € 195.000.000, acrescido de IVA à taxa legal e pago na
data de entrada em vigor do presente contrato; e
Ao longo do período de vigência do contrato (35 anos), um montante anual periódico de
€ 12.380.000 (valor atualizado em 2012) acrescido de IVA à taxa legal e pago
anualmente no mesmo dia e mês da entrada em vigor do contrato, sendo a primeira
prestação devida no ano de 2008.
No âmbito do Contrato de exploração das centrais de Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do
domínio hídrico público, e de acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, foi faturado
também à EDP, em 2013, em resultado da alteração dos volumes de retiradas de água das
albufeiras de Alqueva e Pedrógão, o montante de €484.042, referente a 20122012 (sendo que o
valor de rendimentos especializados nas contas em 31 de dezembro de 2012, que correspondia à
melhor estimativa disponível à data de encerramento de contas de 2012, foi de € 393.530).
A 31 de dezembro de 2013, a EDIA, segundo o regime do acréscimo, tem especializado o
montante de € 1.255.504, que representa o valor estimado da compensação financeira para o ano
de 2013, e que resulta da revisibilidade decorrente da alteração dos volumes anuais das retiradas
de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão.
Euros
Prestações de Serviços 2013 2012
Produção de Energia 12.425.521 11.573.403
Distribuição de Água 4.973.654 2.842.916
Passeios turísticos 178.549 223.668
Cartografia 95.071 140.230
Parque de Natureza de Noudar 28.800 30.964
Outras Prestações de Serviços - 84.488
Total 17.701.595 14.895.668
288 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
O saldo desta conta inclui ainda o valor de € 145.164 da componente de TRH, relativa à
utilização de água na produção de energia da central hidroelétrica de Alqueva em 2013
(aplicação do Decreto - Lei N.º 97/2008), que à data de 31 de dezembro ainda não tinha sido
faturado à empresa do Grupo EDP.
Distribuição de Água
A transposição da Diretiva Quadro da Água foi operada pela Lei N.º 58/2005, de 29 de
dezembro, e desenvolvida pelo Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio, e pelo Decreto-Lei
N.º 97/2008, de 1 de junho, tendo consagrado o princípio do valor económico da água, por força
do qual se consagra o reconhecimento da escassez atual ou potencial deste recurso e a
necessidade de garantir a sua utilização economicamente eficiente, com a recuperação dos
custos dos serviços de águas, mesmo em termos ambientais e de recursos.
Em cumprimento do Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, que fixou os preços da água
destinada a rega para uso agrícola, no âmbito do serviço público de águas do EFMA, a EDIA no
2.º semestre de 2010 iniciou o processo de faturação, cuja desagregação legalmente prevista
(Art.º 23, N.º 2 do Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho) obedece aos seguintes termos:
Os valores do preço da água aprovados pelo Despacho N.º 9000/2010, de 27 de abril, €
0,089/m3 e € 0,053/m3 já refletem a repercussão, legalmente exigida, sobre o utilizador
final, do encargo económico representado pela taxa de recursos hídricos (TRH) e as
componentes de conservação e exploração, e são reduzidos em 70% no 1.º ano,
aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e
até ao 8.º ano, perfazendo nesse ano os valores indicados.
Os valores fixados para a componente de conservação são de € 50,00/ha/ano para a
adução em alta pressão e de € 15,00/ha/ano para a adução em baixa pressão. Estes
valores sofrem reduções conforme indicado no parágrafo anterior.
O valor unitário do m3 de consumo de água faturado resulta das tarifas fixadas
deduzidas da componente relativa à conservação. A componente de conservação
unitária considera um consumo médio anual de 3.000 m3/por hectare.
O preço da água destinado à rega para uso agrícola foi atualizado com os índices de preços ao
consumidor exceto habitação para Portugal em 2012 (taxa de variação média anual) de 2.75%.
Em 2013, face a esta atualização, os valores aplicados para a componente de conservação são de
€ 53,50/ha/ano para a adução em alta pressão e de € 16,05/ha/ano para a adução em baixa
pressão.
Para base de cálculo é considerada a área beneficiada pelas infraestruturas de rega e o volume
de água fornecido.
Em relação ao montante da prestação de serviços no âmbito da “distribuição de água”,
aplicando a tarifa reduzida aos valores a faturar de 70% para o 1.º ano de funcionamento de
cada perímetro de rega, diminuindo anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano
subsequente e até 8.º ano, no ano de 2013 foram registados os seguintes valores relativos à
289 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
distribuição de água aos perímetros de rega e a captações diretas, tendo em conta as diversas
componentes (taxa de recursos hídricos, exploração, conservação e recargas de albufeira):
Foram especializados os rendimentos das componentes, TRH e exploração, do período de
outubro a dezembro de 2013 dos vários perímetros de rega em exploração (€ 251.359) e das
captações diretas, (€ 244.320) e anulada a especialização referente ao exercício de 2012 (€
95.111), pelo que o total da conta de “distribuição de água” é de € 4.973.654.
A faturação emitida referente à prestação de serviços no âmbito da “distribuição de água”, é
feita em dois momentos:
Início de abril:
Faturação da componente de conservação do ano em curso; e
Faturação da componente de exploração e Taxa de Recursos Hídricos (TRH) referente
ao 4.º trimestre do ano anterior.
Início de outubro:
Faturação da exploração e TRH referente aos 1.º, 2.º e 3.º trimestres do ano em curso.
As faturas são emitidas com base nas contagens reais de consumo. Os rendimentos respeitantes
à componente da “distribuição de água” a faturar, por consumos ocorridos, lidos e validados à
data da Demonstração da Posição Financeira, foram registados por estimativa. O valor estimado
das componentes, TRH e exploração, do período de outubro a dezembro de 2013, ascende a €
251.359.
Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 313/2007 de 17 de setembro, que aprovou as bases de
concessão, a EDIA detém, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa
do domínio público hídrico afeto ao EFMA, os poderes de administração do referido domínio
no âmbito da sua atividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à captação
de água para rega e para a produção de energia elétrica e ainda os poderes de fiscalização da sua
utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o
sancionamento dos processos de contra ordenação nesse âmbito (artigo 7.º). Conjugando o N.º 3
do artigo 5.º do mesmo Diploma, a TRH é repercutida nos respetivos utilizadores finais.
Conforme o exposto, com base nos títulos emitidos para captações diretas e de acordo com os
consumos de água indicados, a EDIA, segundo o princípio do acréscimo, registou em dezembro
de 2013, por estimativa, o valor de € 244.320 desta componente, que será integralmente faturada
em 2014.
Euros
Albufeira
do Monte-
Novo
Albufeira
do EnxoéPisão
Monte -
Novo
Alvito -
Pisão
Ferreira,
Figueirinha
e Valbom
BrinchesBrinches -
Enxoé
Orada -
AmoreiraSerpa Alfundão Ervidel
Loureiro-
AlvitoExploração Total
TRH 5.655 46.209 36.473 11.482 8.190 20.718 8.046 14.051 4.304 12.986 4.999 17.762 190.875
Exploração 88.426 763.933 697.968 208.226 164.461 386.053 164.402 273.601 58.983 54.649 27.106 217.302 3.105.110
Conservação 50.031 148.609 246.613 101.788 125.044 107.548 67.685 80.948 40.479 12.158 5.435 986.338
Recarga de Albufeira 288.435 2.328 290.763
Total 288.435 2.328 144.112 958.751 981.054 321.496 297.695 514.319 240.133 368.600 103.766 79.793 37.540 235.064 4.573.086
290 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Outras Prestações de Serviços
O valor remanescente (€ 599.622) na rubrica de “Prestações de Serviços”, reflete
essencialmente: (i) os serviços prestados da empresa Gescruzeiros, no âmbito dos passeios
turísticos (€ 178.549), (ii) os serviços prestados pela EDIA no âmbito da cartografia e das
expropriações (€ 95.071) e (iii) os serviços prestados no Parque de Natureza de Noudar (€
28.800).
13. Estado e Outros Entes Públicos
Esta rubrica inclui, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, os seguintes saldos:
No “Ativo Corrente”, o saldo da conta de “Imposto sobre o Valor Acrescentado - IVA”
corresponde na sua maioria aos montantes de reembolsos pedidos dos meses de outubro e
novembro de 2013 (€ 328.062) decorrente da fase de investimento em que a EDIA ainda se
encontra, bem como ao montante a recuperar de € 193.947, referente a dezembro de 2013,
embora este valor, à data de 31 de dezembro, ainda não tinha sido objeto de pedido de
reembolso.
O saldo da rubrica de “Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas - IRC” (€ 130.163),
apresentado no “Ativo Corrente”, refere-se essencialmente aos Pagamentos Especiais por Conta
de IRC (PEC) dos anos de 2010 a 2013, da Empresa-Mãe.
Atendendo ao limite temporal do imposto para a sua dedução (até ao quarto período de
tributação seguinte) e de acordo com o disposto no artigo 93.º do Código do IRC e aos prejuízos
fiscais a reportar, a Empresa procedeu ao correspondente reconhecimento, como gasto no
exercício de 2013, do valor do PEC do ano de 2009, que ascende a € 29.023.
Euros
31-Dez-13 31-Dez-12
Ativo Corrente
IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado 553 413 468 473
IRC - Imposto sobre o Rendimento 130 163 122 998
Restantes Impostos - 1 293 750
683 576 1 885 221
Ajustamento de Imparidade - (1 293 750)
683 576 591 471
Passivo Corrente
Retenções de Impostos sobre o Rendimento 35 662 51 102
Contribuições para a Segurança Social 117 908 112 749
IRC - Imposto sobre o Rendimento 72 926 79 664
IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado 1 824
226 496 245 339
291 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Nos termos do disposto do Código da Contribuição Autárquica e nos termos do disposto do
Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, o Estado está isento do pagamento de impostos
sobre os imóveis integrados no seu património. Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 21-
A/98, de 6 de fevereiro, os bens imóveis expropriados pela EDIA para implementação do
EFMA são imediatamente integrados no domínio público do Estado após a sua adjudicação à
entidade expropriante.
No que respeita à isenção de SISA, esta vinha sendo requerida pela EDIA ao abrigo do artigo
11.º n.º 26.º do Código do Imposto Municipal de SISA e do Imposto sobre Sucessões e Doações
e foi concedida em diversos processos. O fundamento para a isenção resulta do facto de se tratar
de aquisições de bens situados em regiões economicamente mais desfavorecidas efetuadas por
sociedade comercial que os destina ao exercício, naquelas regiões, de atividades agrícolas ou
industriais consideradas de superior interesse económico e social. A essa data, a lei não exigia
qualquer formalismo adicional para a concessão da isenção.
Em 1 de Janeiro de 2004 entrou em vigor o Código do IMT e foi revogado o Código da SISA,
pelo Decreto-Lei nº 287/2003, de 12 de Novembro.
O artigo 6.º alínea h) do Código do IMT manteve a isenção nos termos referidos, no entanto, o
artigo 10.º n.º 3 do Código do IMT veio introduzir uma nova condição formal para a concessão
da isenção. Dispõe este disposto normativo que a isenção só será reconhecida se a Câmara
Municipal competente comprovar previamente que se encontram preenchidos os requisitos para
a sua atribuição. Para este efeito, a Direcção-Geral dos Impostos solicita à Câmara Municipal
competente a emissão do parecer vinculativo. Esta alteração teve como consequência que, sendo
os Municípios os beneficiários da receita fiscal em causa, os pareceres das Câmaras Municipais
passaram a ser sistematicamente negativos e, em resultado disso, a isenção sucessivamente
negada. A EDIA ainda reclamou perante a Administração Fiscal alegando falta de fundamento
dos pareceres camarários, mas foi respondido que essa mesma Administração Fiscal não tem
competência para apreciar o teor dos pareceres das Câmaras, limitando-se a verificar se são
favoráveis ou não e, assim, limitando-se a validar se está ou não reunido esse pressuposto legal,
indispensável para a concessão da isenção. Em face do que, e após análise, a EDIA
desreconheceu a conta a receber do Estado e o respetivo ajustamento de imparidade, ambos de
€ 1.293.750.
Os saldos do “Passivo Corrente” (€ 226.496) incluem essencialmente os montantes em dívida à
Segurança Social (€ 117.908), a pagar até ao dia 20 de janeiro, bem como o valor de IRC
estimado das tributações autónomas a suportar (€ 72.926).
14. Outras Contas a Receber
Esta rubrica tem o seguinte detalhe, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012:
292 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
DGADR – IE 12
Em fevereiro de 2007, através do Decreto-Lei nº 42/2007 concretizou-se a recentralização dos
objetivos da EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA, sendo revogado entre outros, o
Decreto-Lei N.º 335/01, de 24 de dezembro, mantendo-se no entanto, um dos objetos sociais da
EDIA, a conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária
afeta ao empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções que lhe
sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura e do Mar (MAM).
Exceciona-se a Infraestrutura 12, que se mantém propriedade da EDIA sob o regime de
concessão ao MAM, na sequência da formalização com o Instituto de Desenvolvimento Rural e
Hidráulica (atualmente Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional - DGADR),
em abril de 2006, do contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação da
Infraestrutura 12 por um prazo de 30 anos, este investimento deduzido dos subsídios associados
tem vindo a ser registado, desde 2006, em “Outras Contas a Receber”, pois a EDIA aguarda o
ressarcimento do valor líquido do investimento efetuado nesta infraestrutura, por parte da
DGADR.
É de salientar que o Tribunal de Contas, no seu relatório de fevereiro de 2005 intitulado
“Auditoria de follow-up à EDIA - Projeto EFMA”, recomenda que o Estado, mais propriamente
o MAM, “assegure o financiamento das infraestruturas integrantes da rede secundária e
reembolse anualmente a EDIA pela transferência (de propriedade) da Infraestrutura 12”.
Assim, no caso do saldo da conta “DGADR_IE 12” (€ 70.843.022), o Conselho de
Administração tem vindo sempre a concluir, no encerramento de contas de cada exercício, que
espera que o ativo seja realizado num período inferior a doze meses após a data de
Demonstração da Posição Financeira, isto é, no exercício seguinte, pelo que tem vindo a
considerar que esta dívida se encontra corretamente refletida no Ativo Corrente e, por outro
lado, que não se justifica o reconhecimento de perdas de imparidade para fazer face a uma
eventual incobrabilidade desse valor.
Em abril de 2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o consórcio
Edifer/Obrecol/Opway, decorrente do litígio emergente do contrato da “Empreitada de
Construção da Totalidade do Canal de Adução da IE12, Reabilitação da Barragem do Monte do
Marmelo, Estação Elevatória do Monte do Marmelo e Rede Secundária do 1º Bloco de Rega da
mesma infraestrutura”, que se traduz na anulação da provisão constituída deste processo arbitral,
no valor de € 1.321.324 e consequentemente o montante da dívida da “DGADR_IE
12”diminuiu proporcionalmente.
Euros
Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes
DGADR_CC_RS 88.218.356 -
DGADR_IE12 70.843.022 72.130.845
Fundos Comunitários 4.355.004 3.078.852
Devedores por Acréscimo de Rendimentos 1.896.455 589.785
Outros Devedores Diversos 350.917 1.004.520
Perdas por Imparidade Outros Devedores (31.094) -
165.632.660 76.804.002
Outras Contas a Receber31-Dez-13 31-Dez-12
293 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
DGADR - CC – Rede Secundária
Em 8 de abril de 2013 foram assinados, o Contrato de Entrega e o “Contrato de Concessão
relativo à Gestão, Exploração, Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede
Secundária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva” (EFMA), pelo Presidente do
Conselho de Administração da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A
(EDIA) e pelo Diretor-Geral da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
(DGADR), que vigorará até 31 de dezembro de 2020, em que a EDIA (entidade concessionária)
procede à entrega ao Estado (entidade concedente), aqui representado pela DGADR, das
infraestruturas relativas à rede secundária de rega, drenagem e caminhos agrícolas, dos bens e
equipamentos necessários à sua operação e exploração, bem como das áreas adquiridas e
expropriadas para a implementação das infraestruturas dos aproveitamentos hidroagrícolas do
EFMA, estando por clarificar e concretizar o estipulado no n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º
42/2007, de 22 de fevereiro, conjugado com o disposto na alínea c) do n.º 1 deste mesmo artigo,
no que se refere ao Estado assegurar o financiamento e demais condições relativas à conceção,
execução e construção destas infraestruturas.
Segundo o Acionista, "só depois da conclusão de todas as infraestruturas", prevista para 2015, e
"subsequente período de consolidação do seu funcionamento, de cinco anos, estará disponível o
quadro de indicadores necessários para aferir do melhor modelo para prosseguir com a gestão, a
exploração, a manutenção e a conservação do empreendimento. A concessão pelo prazo de sete
anos, isto é, até 2020, garantirá um período de consolidação adequado, fundamental para a
gestão da garantia das obras, a estabilização tendencial do tarifário e a perceção e otimização do
funcionamento do empreendimento na sua plenitude, visando a sua efetiva contribuição e
integração das diversas valências no desenvolvimento sustentado da região".
Estando as seguintes infraestruturas terminadas, contempladas no Contrato de Entrega, foram
transferidos da subconta de “Produtos Acabados e Intermédios” os respetivos investimentos: (i)
no perímetro de rega do Monte Novo, que entrou em exploração no início de 2009; (ii) nos
perímetros de rega do Alvito-Pisão e Pisão, que entraram em exploração no início de 2010; (iii)
nos perímetros de rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom, Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-
Enxoé, Serpa e Alfundão, concluídos em 2011; (iv) nos perímetros de rega do Loureiro-Alvito e
Ervidel 1, que ficaram substancialmente concluídos em 2012 e (v) nos perímetros de rega do
Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1 margem direita, que ficaram concluídos no primeiro semestre de
2013.
A junho de 2013, ao valor do investimento foram adicionados os custos capitalizados nestas
infraestruturas, valores estes transferidos para a rubrica de “Outras Contas a Receber- Estado
(DGADR)”, que tem a propriedade de todas as infraestruturas da rede secundária, construídas
pela EDIA em sua representação, sendo também transferidos para esta conta, todos os subsídios
Euros
DGADR_CC_RS 412.807.145 17.265.945 341.854.734 88.218.356
412.807.145 17.265.945 341.854.734 88.218.356
TotalOutras Contas a Receber InvestimentoCapitalizaçõe
sSubsidios
294 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
que lhes estavam associados provenientes do Orçamento do Estado e da União Europeia que se
encontram registados na rubrica de “Diferimentos”, adotando assim um tratamento similar ao
que foi adotado em anos anteriores para a Infraestrutura 12, passando esta conta a refletir o
valor que a EDIA espera vir a receber do Estado, a título de ressarcimento da parte não
subsidiada do investimento na rede secundária.
Em novembro de 2013, foi assinado um novo Contrato de Entrega, entre a EDIA e o Estado
Português, representado pela DGADR, em que a Empresa procede à entrega das infraestruturas
integrantes da rede de rega e de drenagem, bem como de todos os bens e equipamentos
necessários à sua operação e exploração, do Aproveitamento Hidroagrícola de Aljustrel.
À semelhança do efetuado com outras infraestruturas da rede secundária, também o
investimento efetuado nesta infraestrutura (acrescido dos custos capitalizados) registado na
rubrica de “Inventários”, na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso” foi transferido para
“Produtos Acabados e Intermédios” e posteriormente registado na rubrica de “Outras Contas a
Receber”, para a entidade Estado (DGADR), que assume em relação aos bens descritos, todos
os inerentes direitos e obrigações estabelecidos na legislação em vigor.
No âmbito deste Contrato de Concessão, não foi constituída nenhuma provisão para fazer face
aos encargos com as infraestruturas, objeto dos respetivos Contratos de Entrega, relativos à
obrigação contratual de as manter/conservar, ao longo do período da concessão.
A não constituição da provisão, teve como pressuposto que, ao longo do período da concessão
(7 anos), não ocorrerão grandes reparações e substituições nas respetivas infraestruturas e
equipamentos, sendo a manutenção e a conservação correntes desses ativos, reconhecidas como
gastos, nos exercícios em que ocorrem.
Fundos Comunitários
O montante de € 4.355.004 corresponde aos valores de pedidos de pagamento de financiamento
comunitário, ainda não liquidados, mas que a EDIA estima com um grau elevado de certeza vir
a receber.
Devedores por Acréscimo de Rendimentos
O saldo desta conta “Devedores por Acréscimo de Rendimentos” reflete essencialmente o valor
da estimativa, para o ano de 2013, da compensação financeira resultante da revisibilidade da
alteração dos volumes anuais das retiradas de água das albufeiras de Alqueva e Pedrógão, de
acordo com o estabelecido no N.º 2 do Anexo VII, do “Contrato de exploração das centrais de
Alqueva e Pedrógão e de subconcessão do domínio público hídrico”( € 1.255.504).
Este saldo traduz também os montantes estimados e especializados referentes a: (i) consumos
dos perímetros de rega em exploração (€ 251.359), (ii) consumos das captações diretas do
sistema primário da EFMA (€ 244.320) e (iii) volumes de água utilizados na produção de
energia hidroelétrica a faturar a uma empresa do grupo EDP (€ 145.164).
295 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Perdas por Imparidade - Outros Devedores
Na empresa Gescruzeiros, S.A, foi deliberado efetuar, com o objetivo de reforçar os capitais
próprios, uma cobertura parcial dos prejuízos transitados, a ser efetuada na proporção das ações
de cada acionista. Atendendo a que a Gestalqueva, S.A detém créditos sobre a Gescruzeiros,
S.A, foi ainda deliberado que a cobertura dos referidos prejuízos transitados seria efetuada por
compensação pelos créditos detidos. Assim, considerando a respetiva participação (51%), deixa
de ser considerado valor por regularizar o montante de €31.094, que persistia nas contas há
vários anos como divida à Gestalqueva, S.A., ficando este montante registado em “Perdas por
Imparidade-Outros Devedores”.
As contas a receber evidenciadas nesta rubrica estão registadas pelo seu valor nominal.
15. Diferimentos
15.1. Diferimentos (Ativo Corrente)
Os diferimentos apresentados no “Ativo Corrente” (gastos a reconhecer) incluem,
essencialmente: (i) os prémios dos seguros pagos até 31 de dezembro de 2013 mas
correspondentes a períodos de vigência posteriores (€ 308.114), sendo que os prémios de
seguros com valor mais significativo se referem aos ramos “All Risks Industrial”,
“Responsabilidade Civil Geral e de Exploração” das infraestruturas do EFMA e também “Saúde
Grupo” e (ii) montantes pagos em comissões e imposto de selo referentes a 2014 (€ 129.357).
15.2. Diferimentos (Passivo Corrente e não Corrente)
Esta rubrica (rendimentos a reconhecer) apresenta a seguinte repartição entre “Passivo
Corrente” e “Passivo não Corrente”:
15.2.1. Subsídios do Estado
A conta de “Subsídios do Estado”, evidenciada na rubrica de “Diferimentos” no Passivo
correspondem aos subsídios ao investimento, atribuídos a fundo perdido.
Euros
Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes
Diferimentos - Subsídios do Estado 1.814.675 133.364.587 1.816.051 475.883.853
Outros Diferimentos 14.384.848 169.731.216 14.209.439 171.736.064
16.199.523 303.095.803 16.025.490 647.619.917
31-Dez-1231-Dez-13
296 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Os investimentos obtiveram financiamentos comunitários, sobretudo, no âmbito do QCA II
(FEDER, FEOGA e Fundo de Coesão), QCAIII (FEDER e FEOGA-O), QREN (FEDER e
Fundo de Coesão) e PRODER (FEADER).
Alguns desses investimentos foram também financiados pelo PIDDAC para fazer face à
contrapartida nacional dos projetos apoiados pelo FEOGA no QCA III, e pelo FEADER no
PRODER.
Os subsídios do Estado apenas são reconhecidos quando existe uma certeza razoável de que a
Empresa irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser
recebidos.
Em 31 de dezembro de 2012 o valor dos subsídios ao investimento reconhecido no “Passivo
Não Corrente” incluía todos os subsídios relativos à rede secundária de rega (€ 343.776.184),
por um valor que se previa que correspondesse à diferença entre o respetivo custo de construção
evidenciado na rubrica “Inventários” e o valor dos subsídios relativos a estas infraestruturas.
A dezembro de 2013, o valor total destes subsídios ascende a € 369.814.206 mas na sequência
da assinatura dos Contratos de Entrega e de Concessão relativo à Gestão, Exploração,
Manutenção e Conservação das Infraestruturas da Rede Secundária do Empreendimento de Fins
Múltiplos de Alqueva (EFMA), os subsídios associados às infraestruturas da rede secundária já
concluídas, no montante de € 341.854.735, foram transferidos para a conta a receber da
DGADR, na rubrica de “Outras Contas a Receber” (ver Notas 11 e 14). Esta transferência
justifica a significativa redução no valor da rubrica de “Diferimentos – Subsídios do Estado” no
ano de 2013.
15.2.2. Outros Diferimentos
O valor de rendimentos diferidos do “Contrato de Concessão da Exploração das Centrais
Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão” com a EDP, evidenciado em 31 de dezembro de 2013 no
“Passivo não Corrente” (€ 169.731.216) e no “Passivo Corrente” (€ 14.384.848), decorre do
recebimento de € 195.000.000, em 1 de novembro de 2007, nos termos da alínea a) do n.º 1 da
cláusula 6.ª do “Contrato de exploração das centrais hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e de
subconcessão do domínio público hídrico”, celebrado com a EDP. Os montantes recebidos e a
receber da EDP no âmbito deste contrato serão reconhecidos como rendimentos ao longo do
período de duração do contrato (35 anos), com início de 1 de novembro de 2007.
Assim, as referidas contas de rendimentos a reconhecer traduzem: (i) parte dos € 195.000.000
que ainda não foi reconhecida em rendimentos; e (ii) o diferencial entre os valores recebidos
anualmente da EDP e o valor do rédito já reconhecido da atualização dos fluxos de caixa futuros
à taxa efetiva de 5,5%.
A 31 de dezembro de 2013, foram reconhecidos € 14.209.184 de rendimentos, referentes a
2013, dos quais € 11.015.287 se referem a prestação de serviços e € 3.193.897 a juros.
297 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
16. Capital Próprio
No período compreendido entre 31 de dezembro de 2012 e 31 dezembro de 2013, os capitais
próprios da EDIA apresentaram a seguinte evolução:
16.1. Capital Realizado
A EDIA é uma Sociedade Anónima em que o capital social é detido na sua totalidade pelo
acionista Estado Português, através da DGTF.
O Capital inicial da EDIA (€ 2.493.990) foi sucessivamente aumentado, no período de 1996 a
2009.
Em 31 de dezembro de 2013, o capital social da Empresa, integralmente subscrito e realizado,
de € 387.267.750 é composto por 77.453.550 ações com o valor nominal de € 5 cada.
16.2. Outras Reservas
A rubrica “Outras Reservas” inclui, essencialmente:
€ 8.479.554 de subsídios recebidos em 1995, no âmbito da transferência para a EDIA
das verbas incluídas no Orçamento de Estado para a extinta Comissão Instaladora do
Alqueva;
€ 592.267 relativos à transferência para a EDIA do ativo da referida Comissão;
€ 9.975 referentes à doação de um mural para o edifício da sede da EDIA; e
€ 120.904 de subsídios afetos às áreas sobrantes (que não configuram investimentos
amortizáveis).
Estas reservas não foram impostas pela lei ou pelos estatutos, nem constituídas de acordo com
contratos firmados pela Empresa.
Euros
Capital Realizado 387.267.750 387.267.750
Outras Reservas 9.202.700 9.202.700
Resultados Transitados -866.619.849 7.708.587 -858.911.262
Resultado Líquido do Período 7.703.003 22.246.458 -14.543.455
Interesses Minoritários 16.763 334.721 -317.958
-462.429.633 7.708.587 22.581.179 -477.302.225
Capital Próprio Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final
298 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
16.3. Resultados Transitados
O resultado desta rubrica em 31 de dezembro de 2013 (€ 858.911.262 negativos) está
essencialmente influenciado com o reconhecimento de perdas por imparidade nos “Ativos
Intangíveis” do segmento “água”, cujo valor acumulado (líquido dos respetivos subsídios que
têm vindo a ser desreconhecidos) ascende a € 849.633.492.
17. Imparidade de Ativos
17.1. Imparidade de Ativos Intangíveis
Na sequência da cedência à EDP, pelo período de 35 anos, da exploração das centrais
hidroelétricas de Alqueva e de Pedrógão e dos direitos de utilização privativa do respetivo
domínio público hídrico, encontravam-se já definidas, desde outubro de 2007, a generalidade
das receitas de exploração associadas à componente hidroelétrica do EFMA até ao ano de 2042.
No entanto, à data do encerramento das contas de 2009 e das de anos anteriores, ainda não havia
sido definido, pelo MAM, o tarifário de fornecimento de água a partir do sistema primário do
Empreendimento, o qual iria influenciar de forma determinante as receitas de exploração
esperadas da Empresa e permitiria avaliar em que medida as receitas totais de exploração
esperadas com a utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA (as associadas ao
fornecimento de água para rega e abastecimento humano, e as decorrentes da exploração
hidroelétrica) permitiriam recuperar o investimento global previsto no âmbito do
Empreendimento.
No entanto, seria já possível, à data de encerramento das contas, quer de 2009 quer de anos
anteriores, prever que os investimentos realizados no EFMA implicariam a necessidade de
reconhecimento de perdas de imparidade.
No entanto, é importante ter presente que o EFMA foi concebido como um instrumento de
desenvolvimento regional de uma zona deprimida do interior do país, com especial enfoque na
conversão do sector agrícola de sequeiro para regadio.
O EFMA representa uma obra de aproveitamento de recursos hídricos associados ao Rio
Guadiana e que garante uma reserva estratégica de água, contribuindo para inverter as
tendências de declínio populacional e económico de uma vasta região do Alentejo, revestindo-
se, assim, de um enorme interesse nacional, com os consequentes benefícios que advêm da sua
concretização, ao nível da melhoria da qualidade de vida da população da região do Alentejo,
bem como à promoção económica, social e ambiental.
Este investimento destinou-se, desde sempre, a suprimir enormes carências existentes na região
relacionadas com a disponibilidade de água para fins de abastecimento humano, agrícolas e
industriais. Nesse sentido, e considerando também as externalidades positivas geradas para a
económica nacional, nunca esteve em causa o retorno financeiro dos ativos do EFMA,
exclusivamente decorrente das receitas geradas pela atividade da EDIA. O pressuposto
fundamental consistia em garantir que os benefícios económicos futuros tivessem capacidade de
cobrir os custos de exploração das atividades (sem considerar a amortização dos investimentos),
gerando expetavelmente resultados de exploração positivos.
299 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
O Estado Português assumiu desde a sua génese o caráter de fins múltiplos deste
Empreendimento, cuja concretização decorreria da utilização plena e eficiente da enorme
“reserva estratégica de água” a armazenar nas albufeiras de Alqueva e Pedrógão. Sendo detentor
único do capital da EDIA, o Estado Português sempre assumiu, como consequência, a
necessidade de assegurar a dotação dos fundos necessários à prossecução do seu objeto, criando
as condições para a Empresa honrar os compromissos assumidos no decorrer da execução do
projeto.
O rédito do serviço disponibilizado pela EDIA relacionado com a distribuição de água é
calculado de acordo com a tarifa definida pelo Estado, que por sua vez, no seu cálculo,
considera um conjunto de pressupostos que extravasam o interesse económico dos
investimentos realizados.
Existindo (desde anos anteriores) indícios de que os ativos do segmento “água” estariam em
imparidade, mas não sendo possível calcular a quantia recuperável de ativos individuais afetos a
este segmento, dada a forte interligação dos influxos de caixa dos vários ativos ou grupos de
ativos do segmento, a EDIA determinou a quantia recuperável da unidade geradora de caixa
(“mais pequeno grupo identificável de ativos que seja gerador de influxos de caixa e que seja
em larga medida independente dos influxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos”) que
corresponde a todo o segmento “água”.
Na sequência da definição, em 2010, do tarifário de fornecimento de água do sistema primário,
a EDIA estimou a quantia recuperável dos ativos do segmento “água” através da determinação
do respetivo valor de uso, tendo-se concluído que o valor presente dos fluxos de caixa futuros
associados a este segmento é negativo, pelo que a perda de imparidade nas referidas datas
corresponde ao valor total dos ativos (líquido dos passivos indissociáveis) afetos a este
segmento.
Para este efeito, foram considerados fluxos de caixa até o ano de 2082, ano em que termina
contrato de concessão à EDIA que contempla a gestão, exploração e utilização privativa do
domínio público hídrico afeto ao EFMA, ao abrigo do disposto no Decreto - Lei N.º 313/2007.
Para a atualização dos fluxos de caixa futuros foi utilizada uma taxa de desconto de 5,49%
baseada no custo médio ponderado do capital (Weighted Average Cost of Capital – WACC), por
forma a refletir: (i) o valor temporal do dinheiro para os períodos até 2082; (ii) as expectativas
acerca das variações possíveis na quantia ou tempestividade dos fluxos de caixa; (iii) o preço de
suportar a incerteza inerente ao ativo; e (iv) outros fatores que os participantes no mercado
refletiriam ao apreçar os fluxos de caixa futuros que a Empresa espera obter dos ativos.
Tendo presente que todas as projeções futuras foram elaboradas com base em pressupostos
considerados razoáveis e suportáveis, tendo em conta o mercado presente e futuro e que as
decisões tomadas nas últimas projeções/estudos foram aprovadas por parte da administração da
EDIA, os principais pressupostos adotados são os seguintes:
Taxa de adesão ao recurso água crescente em 10 anos;
Consumo médio de água de 4.000 m3/ha, em 80% da área coberta;
Preço unitário de referência para fornecimento de água destinada a rega para fins
agrícolas, à saída da rede primária, de 0,042€/m3, sendo que os valores no 1.º ano
correspondem a 30% desse valor, aumentando anual, automática, progressiva e
300 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
linearmente até atingirem o mencionado valor de referência no 8.º ano (conforme
Despacho N.º 9000/2010, de 26 de Maio); e
Taxa de atualização de preços de 2%.
Na medida em que as condições e pressupostos contemplados nos estudos de imparidade
reportados a 31 de dezembro de 2009 já existiam ou eram previsíveis à data do encerramento
das contas do exercício de 2008, no âmbito da reexpressão das demonstrações financeiras do
exercício de 2009, foram imputadas a Resultados Transitados as perdas de imparidade
correspondentes à totalidade dos ativos afetos ao segmento “água”, à data de 31 de dezembro de
2008.
Os ativos e passivos do segmento “água”, assim como as perdas de imparidade reconhecidas
com referência a 31 de dezembro de 2013 e a 31 de dezembro de 2012, podem ser apresentadas
da seguinte forma:
No Subsistema de Alqueva encontram-se integradas e em exploração as centrais mini-hídricas
de Alvito, Pisão, Roxo, Odivelas e no Subsistema do Ardila a central mini-hídrica de Serpa.
Estas infraestruturas tendo sido transferidas de “Ativos Intangíveis em Curso” para firme e
consideradas unidades geradoras de caixa ao abrigo da IAS 36 - “Imparidade de Ativos”, foram
alvo de testes de imparidade que permitissem concluir sobre qual a parte do investimento que
foi efetuado, está em imparidade ou não, especificamente para as componentes “elétrica” e
“rega”.
Este estudo, como todos os estudos de índole prospetiva, tem os seus resultados estritamente
ligados à validade das diferentes hipóteses de evolução que nele se consideram,
designadamente, e entre outros pressupostos, no que concerne aos volumes efetivamente
turbinados e aos custos unitários da energia, no horizonte de projeto.
A subdivisão destes custos pelas componentes “elétrica” e “rega” foi obtida pela separação dos
valores correspondentes aos investimentos diretamente afetos à produção de energia do restante,
tendo em consideração os valores das quantidades de obra e do equipamento existentes nestas
infraestruturas e que se encontram diretamente relacionadas com as funções “produção de
eletricidade” e “rega”.
Tendo presente estes pressupostos e o objetivo do estudo, face ao conjunto de análises
efetuadas, a conclusão foi de que estas unidades geradoras de caixa originam benefícios
económicos futuros suficientes para assegurar o retorno do investimento, isto é, não se
encontram em imparidade.
Euros
Segmento "água" 2013 2012
Ativos Intangíveis 1.374.094.732 1.343.345.743
Adiantamentos a Fornecedores de Ativos Intangíveis 194.089 0
Subsídios ao Investimento (524.461.241) (500.986.741)
Imparidade Acumulada 849.827.581 842.359.002
Perdas por Imparidade Reconhecidas no Período 7.468.579 -16.346.989
301 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
De salientar que, de igual modo, de acordo com os estudos e melhores projeções da EDIA, não
existe qualquer imparidade ao nível dos ativos do segmento “energia”. As restantes perdas por
imparidade reconhecidas em 2013 (valor líquido de € 246.765) referem-se fundamentalmente ao
equipamento básico (barcos) da Gescruzeiros (€ 238.609).
17.2. Imparidade de Dívidas a Receber
O valor de € 275.864 registado na rubrica de “Imparidades de Dívidas a Receber” reflete na sua
maioria (€ 244.770) as imparidades da EDIA, que resultam dos indícios de incobrabilidade, isto
é, dos créditos em mora pelos serviços de distribuição de água, quando os clientes não respeitam
o prazo contratualizado entre a Empresa e o adquirente.
Os créditos que sejam considerados de cobrança duvidosa após avaliação por parte do Grupo
são objeto de reconhecimento contabilístico das respetivas imparidades.
18. Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
O Grupo analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e
que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação.
São reconhecidas provisões apenas quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou
construtiva) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa
obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente
estimado.
A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de efluxo de recursos
necessário para a liquidação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer
por variação daquele pressuposto, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente
divulgadas como passivos contingentes.
A mensuração das provisões é efetuada de acordo com a IAS 37 -“Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes”.
A EDIA considerou, com base no julgamento do Conselho de Administração e na análise
aprofundada de cada um dos processos por parte do Gabinete Jurídico interno e de advogados
externos, que estavam cumpridas as condições para o reconhecimento das provisões, referidas
no parágrafo 14 da IAS 37- “Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes”.
Em particular no que respeita à condição de que “seja provável que um exfluxo de recursos que
incorporem benefícios económicos será necessário para liquidar a obrigação”, foi utilizado o
critério definido no parágrafo 23 da referida IAS 37 – “Provisões, Passivos Contingentes e
Ativos Contingentes”, considerando como provável o exfluxo “se o acontecimento for mais
propenso do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o acontecimento ocorrerá for
maior do que a probabilidade de isso não acontecer”.
Esta estimativa baseia-se numa análise técnica aprofundada do Gabinete Jurídico que emite,
para o efeito, um documento em que determina qual a melhor estimativa dos valores a
302 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
provisionar, com base na experiência da EDIA quanto ao desfecho de processos semelhantes e
com base nas informações dos advogados externos que colaboram com a Empresa.
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, para fazer face aos
processos judiciais e outras obrigações presentes decorrentes de acontecimentos passados, o
Grupo constituiu provisões mas também fez reversões por as quantias provisionadas se
revelarem desnecessárias ou porque os processos findaram.
18.1. Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas
Em 31 de dezembro de 2013 são conhecidos vários processos litigiosos, resultantes, quer de
processos judiciais em curso, quer de expropriações, associados ao investimento do EFMA, que
poderão resultar em encargos e responsabilidades adicionais para a EDIA, tendo a Empresa
constituído provisões para cobrir estas responsabilidades, com base na sua melhor estimativa do
valor dos encargos futuros a suportar.
O montante (€ 7.069.765) refletido na rubrica de “Provisões” a 31 de dezembro de 2013,
decorre essencialmente dos seguintes processos judiciais em curso e processos a decorrer no
âmbito de expropriações litigiosas:
Euros
Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final
Provisões
Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas 10.742.437 490.418 4.163.090 7.069.765
Provisão IFRIC 12 1.173.396 953.391 2.126.787
Outras Provisões 253.217 253.217
11.915.833 1.697.026 4.163.090 9.449.769
Provisões (DCPF)2013
Euros
Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final
Provisões
Provisão para Processos Judiciais em Curso e Expropriações Litigiosas 10.363.061 386.553 7.177 10.742.437
Provisão IFRIC 12 1.269.089 95.693 1.173.396
11.632.150 386.553 102.870 11.915.833
Provisões (DCPF)2012
303 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
A Portucel Recicla intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia certa, sob a
forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de € 8.280.914 (correspondendo ao
valor já faturado de € 7.832.833 acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta ação
com “embargos de executado”, alegando que nada deve à Portucel Recicla por se terem alterado
os pressupostos que presidiram à outorga do auto de expropriação. Para fazer face às eventuais
responsabilidades decorrentes deste processo, a EDIA constituiu, em anos anteriores, uma
provisão de € 4.140.457, que foi estimada em metade do valor reclamado pela Portucel Recicla.
Em dezembro de 2011 a EDIA reforçou esta provisão pelo valor de € 1.388.625 (50% do
montante de € 2.777.250), valor este, que corresponde à melhor estimativa do dispêndio a
efetuar e é destinado a garantir o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca
de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A. Em dezembro de 2013,
a EDIA reforçou, uma vez mais, esta provisão pelo valor de € 490.418, que corresponde à
atualização dos juros vencidos sobre o capital, à data de dezembro de 2013, destinado a garantir
o reforço da quantia exequenda no processo judicial da Comarca de Reguengos de Monsaraz,
em que é exequente a Portucel Recicla S.A. e que se mantém provisionado à data deste relato.
A EDIA interpôs uma ação contra o consórcio Edifer/Obrecol/Sopol, reclamando o pagamento
de € 4.233.022, acrescido de juros de mora, a título de ressarcimento pelas verbas despendidas
na reparação do canal da Infraestrutura 12 e ainda indemnização por danos na imagem. O
consórcio, em sede de reconvenção, reclama o pagamento de € 2.642.648 a título de juros de
mora por atrasos nos pagamentos e na libertação da caução. Constituiu-se, em 2010, uma
provisão no montante de € 1.321.324 que corresponde a 50% do pedido formulado pelo
consórcio. Em abril de 2013, é acordado e reciprocamente aceite um acordo entre a EDIA e o
consórcio Edifer/Obrecol/Opway, decorrente do litígio emergente do contrato da “Empreitada
de Construção da Totalidade do Canal de Adução da IE12, Reabilitação da Barragem do Monte
do Marmelo, Estação Elevatória do Monte do Marmelo e Rede Secundária do 1º Bloco de Rega
Euros
Processos Judiciais 31-Dez-13 31-Dez-12
Portucel Recicla (Empreitada de Desmantelamento) 6.019.500 5.529.082
Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL (Empreitada IE12) - 1.321.324
Processo Arbitral EDIA/Consórcio EDIFER/OBRECOL/SOPOL (Empreitada Equip.Colectivos nova Aldeia da Luz) - 917.117
Processo Arbitral EDIA/Tecnasol FGE 726.343
Processo Arbitral EDIA/Alexandre Barbosa Borges SA 604.005 604.005
Processo Arbitral EDIA/Teixeira Duarte SA/EPOS SA - 490.430
Geraldo Magela Assis 488.852
Municípios de Reguengos de Monsaraz, Mourão,Portel,Moura e Alandroal190.000 190.000
Monte Adriano SA185.155 185.155
Herdeiros de Luís Soares da Cunha Florim - 150.000
Império Bonança - 65.748
Outros 6.995 10.270
7.005.654 10.678.326
Processos de Expropriação Litigiosas
Herdade dos Bacelos 55.068 55.068
Joaquim Conceição Rato 4.737 4.737
Outros 4.306 4.306
64.111 64.111
7.069.765 10.742.437
304 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
da mesma infraestrutura”, que se traduz na anulação da provisão constituída, no valor de €
1.321.324, deste processo arbitral.
Em relação ao processo interposto pelo consórcio Edifer/Obrecol/Sopol, relativo à Empreitada
das habitações e comércios da construção da Nova Aldeia da Luz (provisão de € 917.117), é de
salientar que, nos termos de sentença proferida pelo Tribunal Arbitral em setembro de 2006,
ratificada em reunião de 24 de abril de 2007, a EDIA foi condenada a pagar € 710.015 mais
revisões de preços e juros, e paralelamente, o consórcio foi condenado ao pagamento de €
85.894. A EDIA impugnou o acórdão proferido, junto do Tribunal Administrativo. Ainda no
âmbito do acordo atrás referido, mas relativo à Empreitada das habitações e comércios da
construção da nova aldeia da Luz decorrente do litígio a título de trabalhos adicionais e custos
de estaleiro e correspondentes revisões de preços e juros de mora, foi também anulada a
provisão inicialmente constituída deste processo arbitral, no valor total de € 917.117.
No que concerne ao processo intentado pela Tecnasol FGE à EDIA, referente à Empreitada de
tratamento de fundações e de implementação do plano de observação do aproveitamento de
Pedrógão, a autora reclama, a título de trabalhos a mais e indemnização de maior onerosidade
na realização dos trabalhos, a quantia de € 1.198.090 acrescida de juros no montante de €
254.596. A EDIA, em anos anteriores, tinha uma provisão constituída (€ 726.343) que
correspondia a 50% dos valores reclamados (valor este que corresponde à melhor estimativa do
dispêndio a efetuar). Na sequência de audiência preliminar em 17 de janeiro de 2013, o Tribunal
não aceitou a ação, dando razão à tese da EDIA. A Autora recorreu entretanto para o Tribunal
Central Administrativo Sul, tendo a EDIA apresentado contra-alegações e recorrido
subordinadamente em relação a uma outra exceção que havia invocado e que o Tribunal não
julgou procedente. No entanto é convicção da EDIA que o recurso interposto pela Autora não
vai merecer provimento mas que o recurso por ela interposto irá. Defendendo a EDIA que a
probabilidade de sucesso é superior a 50% e que o valor esperado da responsabilidade é nulo,
desreconheceu nas suas contas, em 2013, a respetiva provisão.
Em 2011, na sequência da ação de condenação (ainda na fase dos articulados), intentada pela
empresa Alexandre Barbosa Borges SA, contratada pela EDIA para a execução da “Empreitada
de construção das centrais mini-hídricas do Alvito e de Odivelas do EFMA”, a Autora peticiona
o pagamento de € 1.208.009. Este montante é a título de trabalhos a mais titulados em contrato
adicional, acrescido de juros vencidos, custos indiretos de produção e juros de mora sobre a
faturação paga em atraso. A provisão constituída (€ 604.005) corresponde a 50% do pedido
formulado pelo Consórcio, que a EDIA considera a melhor estimativa do dispêndio a efetuar.
Em 2010 a EDIA foi citada para contestar uma ação judicial interposta pelas empresas Teixeira
Duarte, SA e EPOS, SA onde é reclamado o pagamento de € 671.983 a título de juros de mora
por atraso no pagamento de faturas vencidas no âmbito da Empreitada de Construção do Túnel
Loureiro - Alvito. A EDIA contestou por exceção e impugnação e atendendo à matéria em
discussão, constituiu uma provisão no valor de € 490.430, correspondente ao valor mínimo que
a EDIA teria que pagar se não vingasse a defesa por exceção. A 9 de dezembro de 2013
realizou-se uma audiência preliminar, no sentido de se alcançar uma solução extrajudicial. A
EDIA formulou à Teixeira Duarte uma proposta de pagamento no valor de € 300.000,
considerando as datas de vencimento a partir da data de receção efetiva das faturas na Empresa,
bem como aceitar os juros de mora associados a um atraso superior a 60 dias. A Teixeira Duarte
contrapôs a verba de € 400.000 que não foi aceite pela EDIA.O processo terminou entretanto
por transação, nos termos da qual, a Teixeira Duarte reduziu o pedido para € 300.000, que
305 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
atendendo ao risco judicial associado, a EDIA entendeu ser um bom acordo. Concordou, pagou
e anulou a respectiva provisão.
Em 2012, cinco municípios da área do regolfo de Alqueva (Reguengos de Monsaraz, Mourão,
Portel, Moura e Alandroal) interpuseram uma ação que respeita ao pagamento de rendas
alegadamente em dívida pela EDIA àqueles municípios, nos termos do disposto no Decreto-Lei
N.º 424/83, de 6 de dezembro, que obriga a EDP, enquanto titular de centros electroprodutores,
ao pagamento de determinadas verbas anuais aos municípios afetados. Não é formulado pedido
exato por alegada falta de elementos para aplicar a fórmula de cálculo do valor das rendas
legalmente previstas. A EDIA vai contestar, mas a sua direção operacional de infraestruturas
primárias e de energia estimou um valor de rendas na ordem dos € 190.000, valor pelo qual foi
constituída a provisão para este processo.
No ano de 2012, foi interposta uma ação pela empresa de construção Monte Adriano S.A., no
âmbito da Empreitada de construção do 3.º troço do adutor Pisão-Roxo (Penedrão-Roxo) e da
barragem do Penedrão. O empreiteiro reclama o pagamento de trabalhos no valor de € 370.310,
alegando que esse montante não lhe foi pago por incorreta interpretação da EDIA a respeito do
âmbito de trabalho de determinada rubrica do mapa de quantidades. A EDIA contestou e
provisionou 50% (€ 185.155) do montante pedido pelo empreiteiro, que se considera como a
melhor estimativa do dispêndio a efetuar.
Numa ação de condenação decorrente de um acidente que vitimou um particular, ocorrido em
Alqueva, foi interposto um recurso para o Tribunal da Relação. O Acórdão foi proferido, a
EDIA foi absolvida, mas ainda sem trânsito em julgado, que não altera a decisão relativamente à
EDIA. Face ao exposto foi entendimento interno do Gabinete Jurídico, a anulação da respetiva
provisão no valor de € 150.000.
O processo referente a uma ação de condenação, em que é reclamada uma indemnização
decorrente de um acidente numa obra de Alqueva (Instância suspensa), mas em que a
probabilidade de “exfluxo de recursos” é inferior a 50%, foi entendimento da EDIA, não
provisionar mas divulgar apenas no Anexo à Demonstração da Posição Financeira e à
Demonstração do Rendimento Integral, pois está perante passivos contingentes.
A constituição de provisões no âmbito de processos de expropriação litigiosos conduzidos pela
EDIA obedece a um conjunto de pressupostos que, em função da fase de desenvolvimento do
processo e dos valores provisoriamente estabelecidos em cada uma delas (proposta da EDIA,
arbitragem, peritagem, sentença e eventuais recursos), vão determinando a variação do valor de
cada provisão constituída.
Relativamente a estes processos, apenas um merece referência, conforme enunciado abaixo. Os
demais processos, além de envolverem montantes de baixo valor, estão em juízo por razões que
não se prendem com a existência de litígio, mas sim com o desconhecimento dos proprietários,
litígio entre herdeiros, entre outros.
De salientar que o facto das provisões para vários dos processos judiciais em curso terem sido
quantificadas em 50% dos valores reclamados pelos autores dos processos, decorre do processo
de mensuração da provisão, ou seja, foi considerado que 50% do valor reclamado seria a melhor
estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação no fim do período de relato, nos
termos do parágrafo 36 da IAS 37 - “Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes”.
306 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
18.2. Provisão IFRIC 12
As infraestruturas relativas às utilizações do domínio público hídrico afeto ao EFMA, objeto do
respetivo contrato de concessão, celebrado entre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do
sistema primário (barragens; centrais hidroelétricas e rede primária) do Empreendimento,
enquanto durar a concessão, são propriedade da concessionária.
A rubrica “Provisão - IFRIC 12” reflete o valor presente da estimativa de encargos relativos à
obrigação contratual de manter/conservar, ao longo do período da concessão, as infraestruturas
afetas às atividades de produção de energia e de distribuição de água, que revertem para o
Estado no final do período da concessão. Esta provisão engloba apenas as grandes reparações e
substituições que se prevê que venham a ser efetuadas ao longo do período da concessão, não
incluindo, assim, a manutenção e a conservação correntes desses ativos, as quais são
reconhecidas como gastos nos exercícios em que ocorrem.
Esta provisão foi reconhecida e mensurada, com base nos pressupostos do estudo de viabilidade
económico e financeiro utilizado:
Valor total dos investimentos em exploração, nomeadamente os equipamentos e a
construção civil, sem considerar o valor dos terrenos submersos e sobrantes;
Aplicação de uma taxa estimada de 0,2% aos investimentos da atividade de distribuição
de água, para apuramento do custo médio das grandes reparações anuais;
Não se consideram custos de grandes reparações para a atividade produção de energia
uma vez que ao abrigo do contrato de subconcessão celebrado com a EDP, estes custos
são da sua responsabilidade;
Prazo estimado para fazer face a grandes reparações, nos equipamentos e na construção
civil, de 20 e 30 anos respetivamente;
Taxa média de financiamento para o período de 2013-2082; e
A previsão da Euribor é feita com base nas taxas spot da Bloomberg.
Em 2013, no âmbito da aplicação da IFRIC12- “Acordos de Concessão de Serviços”, foi feito
um reforço da provisão, em relação às infraestruturas que já se encontram em exploração, no
montante de €953.391, ficando a mesma registada por um valor total de €2.126.787.
18.3. Outras Provisões
Em 2007, a empresa Gestalqueva, S.A. (em liquidação à data de 31 dezembro de 2013) prestou
uma fiança no Banco Português de Investimento (BPI), sobre um contrato de abertura de crédito
até ao montante de € 600.000. Prevendo-se um exercício de 2013 difícil, sabendo da
indisponibilidade da Comissão Liquidatária da Gestalqueva, S.A. para proceder a suprimentos
financeiros à Gescruzeiros, S.A. o Conselho de Administração negociou no início do ano, com o
BPI, a carência de capital durante o ano de 2013, até ao previsível desfecho da alienação do
capital da Gescruzeiros, S.A. pela Comissão Liquidatária da Gestalqueva, S.A..
À data de 31 de dezembro de 2013, o valor do financiamento ascende a € 301.684, tendo a
Gestalqueva, S.A constituído uma provisão, na proporção dos 51% que detém na Gescruzeiros,
S.A., no valor de € 153.859.
307 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Para o saldo desta conta concorre também o montante de € 99.358, resultante da provisão
constituída pela EDIA, como sócia maioritária da Gestalqueva, S.A., para fazer face a futuras
responsabilidades que possam vir a ocorrer e que poderão não ser assumidas pelos restantes
acionistas (autarquias).
19. Financiamentos Obtidos
O financiamento dos investimentos realizados nas várias infraestruturas do EFMA envolveu, até
à presente data, a contratação de vários empréstimos por obrigações, de um empréstimo do
Banco Europeu de Investimento (BEI) e de diversos empréstimos bancários de curto prazo. Em
31 de dezembro de 2013, estão em vigor os seguintes financiamentos obtidos:
BEI - € 135 000 000
Data de início do contrato: 1999
Prazo: 20 anos
Período de carência: 7 anos
O montante de € 135.000.000,00, refletido na conta de empréstimos, resulta da
utilização total das tranches A, B, C e D
O reembolso deste empréstimo será efetuado da seguinte forma:
€ 35.000.000 - Tranche A - 18 amortizações anuais e consecutivas com início
em Setembro de 2007
€ 35.000.000 - Tranche B - 23 amortizações anuais e consecutivas com início
em Setembro de 2007
€ 32.500.000 - Tranche C - 18 amortizações anuais e consecutivas com início
em Março de 2009
€ 32.500.000 - Tranche D - 23 amortizações anuais e consecutivas com início
em Março de 2009
Taxa Juro: taxa determinada pelo BEI em conformidade com os procedimentos
estabelecidos pelo seu Conselho de Administração e que não poderá exceder a taxa
Euribor 3 meses acrescida de 0,15%
Reembolsos até 31-12-2013 - € 40 356 280
Montante em Dívida: € 94 643 720
Empréstimo Obrigacionista - € 300 000 000
Data de início do contrato: 2003
Prazo: 15 anos
Reembolso: total no final do contrato (2018)
Este empréstimo obrigacionista, foi celebrado junto do BNP Paribas e do Caixa-Banco
de Investimento, S.A.
Euros
Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes
Empréstimos por Obrigações 109.555 449.517.750 449.627.305 418.698 449.053.348 449.472.046
Empréstimos Bancários 101.061.520 87.958.938 189.020.458 69.872.540 94.866.028 164.738.567
Contas Correntes Caucionadas 80.850.000 80.850.000 77.600.000 77.600.000
Locações Financeiras 30.882 30.882 35.481 35.481
Depósitos à Ordem-Saldos Credores 45.301 45.301 54.099 54.099
182.097.258 537.476.688 719.573.946 147.980.818 543.919.376 691.900.193
Financiamentos Obtidos31-Dez-13
Total31-Dez-12
Total
308 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Os cupões são trimestrais e o seu reembolso é “bullet”
Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,10%
Empréstimo Obrigacionista - € 56 180 000
Data de início do contrato: 2007
Prazo: 20 anos
Reembolso: total no final do contrato (2027)
Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Millennium BCP e do BPI
Os cupões são semestrais e o seu reembolso é “bullet”
Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread 0,005%
Empréstimo Obrigacionista - € 94 350 000
Data de início do contrato: 2010
Prazo: 20 anos
Reembolso: a partir de fevereiro de 2017, inclusive, 28 prestações semestrais, iguais e
sucessivas
Este empréstimo obrigacionista foi contraído junto do Sindicato Bancário constituído
por Banco Infrastrutture Innovazione e Sviluppo, SpA (BIIS); Banco BPI, S.A. (BPI);
Banco Santander Totta, S.A. (Santander); Caixa - Banco de Investimento, S.A.
(CaixaBI); Dexia Sabadell, S.A. – Sucursal em Portugal (Dexia)
Taxa Juro: Euribor 6 meses + Spread 2,65%
Conta Corrente Caucionada Santander-Totta - € 5 000 000
Data de início do contrato: 02/11/2013
Data do fim do contrato: 02/05/2014
Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 6,75%
Conta Corrente Caucionada BES – € 45 000 000
Data de início do contrato: 20/11/2013
Data do fim do contrato: 19/02/2014
Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 8%
Conta Corrente Caucionada BES – € 30 850 000
Data de início do contrato: 20/11/2013
Data do fim do contrato: 19/02/2014
Taxa de juro: Euribor a 3 meses + Spread 8%
Empréstimo Bancário (Curto Prazo) Millennium BCP – € 41 429 785
Data de início do contrato: 27/12/2013
Data do fim do contrato: 30/01/2014
Taxa fixa: 3,985%
Empréstimo Bancário (Curto Prazo) BPI – € 7 925 000
Data de início do contrato: 16/12/2013
Data do fim do contrato: 14/03/2014
Euribor a 3 meses + Spread 7%
Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 1 900 000
Data de início do contrato: 09/10/2013
309 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Data do fim do contrato: 13/01/2014
Euribor a 3 meses + Spread 5,75%
Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 31 069 000
Data de início do contrato: 16/12/2013
Data do fim do contrato: 17/03/2014
Euribor a 3 meses + Spread 5,75%
Empréstimo Bancário (Curto Prazo) CGD – € 3 300 000
Data de início do contrato: 16/12/2013
Data do fim do contrato: 17/03/2014
Euribor a 3 meses + Spread 5,75%
Os financiamentos obtidos no Millennium BCP (€ 8.280.914) e no Banco Espírito Santo (€
166.528) correspondem a empréstimos destinados a financiar a constituição de depósitos
caução, ambos à ordem do Tribunal de Reguengos de Monsaraz, no âmbito do processo judicial
a decorrer com a Portucel Recicla e de processos litigiosos de expropriação, respetivamente.
O escalonamento das dívidas constantes na Demonstração da Posição Financeira em 31 de
dezembro de 2013 e em 31 de dezembro de 2012, com vencimento a mais de 5 anos, ascende a:
Para cumprimento do definido na IAS 23 - “Custos de Empréstimos Obtidos”, nomeadamente
quanto ao dever da entidade divulgar a quantia de gastos com os empréstimos obtidos,
capitalizada durante o período e a taxa de capitalização usada para determinar a quantia dos
gastos dos empréstimos obtidos elegíveis para capitalização, indica-se que, no ano de 2013,
foram capitalizados os gastos a uma taxa média de 43,68% perfazendo o valor de € 8.132.391.
Euros
31-Dez-13 31-Dez-12
Empréstimos por Obrigações Não Convertiveis
Empréstimo Obrigacionista de 2003 (300 M€) - 300.000.000
Empréstimo Obrigacionista de 2007 (56,18 M€) 56.180.000 56.180.000
Empréstimo Obrigacionista de 2010 (94,35 M€) 80.871.429 87.610.714
Dívidas a Instituições de Crédito
Banco Europeu de Investimento (135M€) 61.219.807 67.904.589
Total 198.271.235 511.695.303
310 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
20. Fornecedores e Outras Contas a Pagar
20.1. Fornecedores c/c e Fornecedores de Investimento
Os saldos dos fornecedores associados aos investimentos na rede secundária, evidenciados na
rubrica de “Inventários”, são registados na rubrica “Fornecedores C/C”, em vez de
“Fornecedores de Investimento”, pois não decorrem de investimentos em ativos fixos tangíveis
ou intangíveis mas de trabalhos de construção relevados na rubrica de “Fornecimentos e
Serviços Externos”.
20.2. Fundos Comunitários
Esta conta inclui: (i) no Passivo Corrente, os fundos já recebidos, afetos à rede secundária, em
que a despesa ainda não foi realizada, mas que se prevê que seja realizada até final do ano de
2014, dado que existe uma probabilidade efetiva de serem reembolsados (ii) no Passivo não
Corrente, os adiantamentos recebidos de financiamentos comunitários, no âmbito do PRODER,
em que só é expectável a sua utilização, por dedução a despesa a realizar, a mais de doze meses.
Estas candidaturas foram aprovadas no fim do ano de 2012 e o seu encerramento está previsto
para o final de 2015.
20.3. Credores por Acréscimos de Gastos
A conta de “Credores por Acréscimos de Gastos” reflete essencialmente o valor especializado
dos gastos com os juros de financiamentos obtidos e comissões de garantia (essencialmente
empréstimos obrigacionistas e contas correntes caucionadas) no montante total de € 3.597.693.
Esta conta inclui também outros valores especializados, nomeadamente: (i) € 1.404.837
relativos ao investimento realizado numa empreitada em curso da rede secundária de rega (auto
do mês de dezembro de 2013), cuja fatura deu entrada na Empresa em janeiro de 2014 e (ii)
gastos com eletricidade no montante de €114.618 faturados no mês seguinte (janeiro 2014)
àquele a que os consumos se referiam.
Euros
Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes
Fornecedores
Fornecedores C/C 13.024.804 7.288.553
13.024.804 7.288.553
Outras Contas a Pagar
Fundos Comunitários 12.332.719 15.517.311 12.332.719 15.517.311
Fornecedores de Investimento 8.024.387 7.589.443
Credores por Acréscimos de Gastos 6.221.489 4.138.982
Pessoal 2.098 21.866
Outros Credores 278.435 1.274.910
26.859.128 15.517.311 25.357.920 15.517.311
Fornecedores e Outras Contas a Pagar31-Dez-13 31-Dez-12
311 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Esta conta traduz também o montante estimado de gastos com férias e subsídio de férias, dos
funcionários da EDIA, referentes a 2013 (a pagar em 2014) nos montantes de € 376.343 e
€ 373.924 respetivamente.
21. Variação nos Inventários da Produção
A variação nos inventários da produção a 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012
discrimina-se da seguinte forma:
Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de dezembro, que, com
exceção da Infraestrutura 12 e do Perímetro de Rega da Luz, prevê a transferência para o Estado
(MAM) das infraestruturas integrantes da rede secundária de rega afeta ao EFMA, a EDIA
passou, a partir do exercício de 2002, a evidenciar o gasto das obras com as infraestruturas da
rede secundária de rega na rubrica de “ Inventários”. Em 2013, com a entrada em exploração de
mais dois perímetros de rega, Ervidel 2 e 3 e Pedrogão 1-margem direita, e conforme tratamento
dado em anos anteriores a outras infraestruturas da mesma natureza, procedeu-se à transferência
dos investimentos que estão associados a essas infraestruturas, que se encontravam na conta
“Produtos e Trabalhos em Curso” para a conta “Produtos Acabados e Intermédios”.
Na sequência dos dois contratos de entrega celebrados com o Estado (DGADR), em abril e
novembro de 2013, o saldo à data do relato, da conta de “Produtos Acabados e Intermédios”,
relacionado com a rede secundária, investimentos nos perímetros de rega substancialmente
concluídos e já em exploração, foi transferido para a rubrica de “Outras Contas a Receber”
(conta da DGADR), tendo presente que é o Estado que tem a propriedade de todas as
infraestruturas da rede secundária que a EDIA construiu, em sua representação.
Euros
Produtos Acabados e Intermédios 31-Dez-13 31-Dez-12
Inventário Final - 355.001.498
Inventário Inicial -355.001.498 -332.850.998
Variação nos Inventários da Produção-355.001.498 22.150.500
Produtos e Trabalhos em Curso 31-Dez-13 31-Dez-12
Inventário Final 23.117.597 68.758.146
Transferências 430.073.099 -
Inventário Inicial -68.758.146 -51.092.138
Variação nos Inventários da Produção 384.432.550 17.666.008
29.431.052 39.816.508
312 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Os investimentos em curso das infraestruturas da rede secundária de rega, que correspondem
essencialmente a projetos afetos aos blocos de rega ainda em construção, continuam a ser
registados na subconta de “Produtos e Trabalhos em Curso”.
A variação verificada na rubrica “Variação nos Inventários da Produção”, face ao período
homólogo, resulta essencialmente pela baixa taxa de realização de investimentos na rede
secundária no ano de 2013.
22. Trabalhos para a própria Entidade
Os trabalhos para a própria entidade registam a imputação ao investimento em curso (rubricas
de “Ativos Fixos Tangíveis” e “Ativos Intangíveis”) dos gastos afetos às áreas operacionais da
Empresa ligadas diretamente à construção das infraestruturas do EFMA. Estes gastos estão
diretamente afetos à rede primária e ao centro de cartografia, efetuados sob administração direta
da Empresa.
23. Fornecimentos e Serviços Externos
A rubrica de “Fornecimentos e Serviços Externos” apresenta uma variação negativa
significativa, em termos homólogos, resultado do decréscimo da conta de “Subcontratos”,
consequência de um menor volume de investimento na rede secundária de rega (evidenciado na
Euros
Subcontratos 27.951.748 37.948.956
Electricidade 4.357.009 4.997.381
Conservação e Reparação 1.073.861 953.410
Trabalhos Especializados 1.026.716 926.734
Seguros 451.567 463.607
Rendas e Alugueres 249.947 256.885
Combustíveis 222.225 229.774
Vigilância e Segurança 218.531 247.985
Honorários 209.138 228.455
Comunicação 119.469 134.542
Limpeza e Higiene 108.334 105.137
Publicidade e Propaganda 100.823 131.234
Ferramentas e Utensílios 44.629 52.934
Contencioso 33.519 164.990
Deslocações e Estadas 33.233 23.636
Despesas de Representação 20.842 18.993
Material Escritório 17.247 16.952
Outros 99.364 127.506
Total 36.338.202 47.029.111
Fornecimentos e Serviços Externos 31-Dez-1231-Dez-13
313 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
rubrica “Inventários”), sendo esta diminuição de gastos compensada por uma redução de
montante similar na conta de “Variação dos Inventários da Produção”.
Os aumentos mais significativos ocorreram nas rubricas de “Conservação e Reparação” e
“Trabalhos Especializados”, uma vez que o número de infraestruturas em exploração aumentou,
pelo que os gastos com pessoal técnico especializado na manutenção preventiva dos
equipamentos nessas infraestruturas, dos perímetros de rega, também subiram. A consequente
cessação de capitalização dos gastos inerentes às infraestruturas da rede primária a montante é
também um dos fatores decisivos para este acréscimo de gastos.
24. Gastos com o Pessoal
O número de trabalhadores do Grupo em 2013 e 2012 foi de 189 e 195, respetivamente.
Os “Gastos com o Pessoal” do Grupo EDIA tiveram a seguinte composição:
Face ao período homólogo, apesar de se ter verificado uma redução dos gastos mensais com os
órgãos sociais, uma vez que o número de membros do Conselho de Administração da Empresa
passou de quatro para três, esta rubrica apresenta um aumento significativo, que resulta
sobretudo da reposição em 2013, das remunerações ao pessoal referente aos 13.º e 14.º meses,
não pagas em 2012, mas também da reposição do subsídio de férias de 2012 na sequência do
Acórdão do Tribunal Constitucional de 5 de abril 2013.
Em 2013, as demonstrações financeiras refletem não só os duodécimos do subsídio de férias de
2013 (a pagar em 2014) e do subsídio de Natal (que tem vindo a ser processado e pago em
duodécimos em 2013-Artigo 28.º da Lei N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro), mas também o
subsídio de férias de 2012 pago no segundo semestre de 2013, na sequência do Acórdão n.º
187/2013, de 5 de abril, do Tribunal Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade de
alguns artigos da Lei do Orçamento do Estado para 2013, nomeadamente o artigo 29.º da Lei n.º
66-B/2012 de 31 de dezembro, referente à suspensão do pagamento do subsídio de férias ou
equivalente.
Em 2013 mantiveram-se em vigor algumas das medidas de redução de custos do Sector
Empresarial do Estado (SEE) aprovadas nos anos anteriores:
Isenção de redução remuneratória para os trabalhadores que auferem uma remuneração
total ilíquida igual ou inferior a € 1.500 mensais;
Euros
Gastos com o Pessoal 31-Dez-13 31-Dez-12
Remunerações 4.903.547 4.200.675
Encargos Sociais 1.088.189 905.877
Outros Gastos com o Pessoal 335.140 271.844
6.326.876 5.378.396
314 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Manutenção da redução efetiva de remuneração para todos os trabalhadores que
auferem uma remuneração total ilíquida calculada nos termos do N.º 1 do Art.º 20 da
Lei N.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, superior a € 1.500 mensais;
Proibição de atribuição de prémios de desempenho ou outras prestações pecuniárias de
natureza afim;
Progressividade da redução remuneratória, de modo a assegurar maior redução por parte
e quem aufira uma redução total ilíquida mais elevada; e
Proibição de atribuição de quaisquer benefícios geradores de encargos, designadamente
subsídios, ajudas de custo ou quaisquer outros suplementos pecuniários com a
finalidade de compensar, direta ou indiretamente, as reduções remuneratórias.
Dado que, no decorrer do ano de 2013, não se registaram gastos com os órgãos sociais da
Gestalqueva, S.A., o valor das remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais da
Empresa-Mãe, relacionadas com o exercício das suas funções foi o seguinte:
25. Outros Rendimentos e Ganhos
25.1. Juros
No âmbito do “Contrato de Concessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva
(CHA) e Pedrógão (CHP)” celebrado com a EDP, a EDIA recebeu um montante inicial de €
195.000.000 e irá receber, por um período de 35 anos, um montante anual periódico de €
12.380.000 (valor atualizado em 2012).
Euros
31-Dez-13 31-Dez-12
Conselho de Administração 238.535 261.794
Revisor Oficial de Contas 40.000 45.781
Conselho Fiscal 29.143 27.355
Mesa da Assembleia Geral 2.067 388
Euros
Outros Rendimentos e Ganhos 31-Dez-13 31-Dez-12
Juros Concessão Exploração da CHA e CHP 3.193.897 3.027.391
Imputação de Subsídios ao Investimento 1.931.940 1.985.303
Outros Rendimentos Suplementares 239.580 89.100
5.365.417 5.101.794
315 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
O montante de € 3.193.897 evidenciado na conta “Juros concessão exploração da CHA e CHP”
corresponde à parcela da remuneração (estabelecida no contrato com a EDP) que traduz a
atualização do capital (justo valor da subconcessão calculado à data da celebração do contrato),
com base numa taxa implícita de 5,5%.
25.2. Imputação de Subsídios ao Investimento
A rubrica “Imputação de Subsídios ao Investimento” reflete o reconhecimento em rendimentos
dos subsídios associados aos investimentos, na medida em que estes últimos são depreciados.
Não inclui:
Os subsídios destinados à construção da rede secundária de rega, que estão
evidenciados em “Diferimentos”, no Passivo não Corrente, uma vez que os ativos
correspondentes são propriedade do Estado. Estes subsídios foram, na sua maior parte,
deduzidos ao investimento, evidenciado na rubrica de “Inventários”, por a EDIA ter
executado estes investimentos com fundos próprios, em representação do Estado,
resultante do Contrato de Concessão celebrado em abril de 2013, com a DGADR; e
Os subsídios associados à atividade de distribuição de água, cujos ativos se tem vindo a
concluir que estão em imparidade total, pelo que têm vindo a ser desreconhecidos no
âmbito do registo das perdas de imparidade dos respetivos ativos, isto é, estas perdas
são reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral pelo valor líquido dos
respetivos subsídios.
26. Outros Gastos e Perdas
Em 2013 esta rubrica inclui € 1.252.784 decorrentes da mensuração de um depósito cativo de
€ 8.280.914 que não vence juros pelo seu custo amortizado (ver Nota 10), uma vez que se prevê
que a conclusão do respetivo processo judicial (Portucel Recicla) só venha a ocorrer no final de
2016.
Do restante valor apresentado na rubrica de “Outros Gastos e Perdas” é de salientar: (i) €
680.282 relativos ao pagamento de taxas, pelas utilizações dos recursos hídricos em várias
infraestruturas da EDIA, tais como Alqueva, Pedrógão, Cais da Barragem de Alqueva, furo da
Herdade da Coitadinha, (ii) € 29.023 referentes ao desreconhecimento do valor do PEC por
conta do IRC de 2009, (iii) € 27.674 de quotizações e (iv) € 14.663 de gastos incorridos com
impostos diretos (Imposto Municipal de Imóveis).
316 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
27. Juros e Rendimentos Similares Obtidos e Juros e Gastos Similares Suportados
27.1. Rendimentos e Ganhos Financeiros
A conta “Outros Juros Obtidos” traduz, fundamentalmente, os juros de depósitos a prazo e à
ordem.
27.2. Gastos e Perdas Financeiros
O decréscimo ocorrido na conta “Juros e gastos similares suportados” deveu-se à diminuição
dos juros suportados associados aos empréstimos contraídos pela Empresa, dado que a taxa de
juro média real foi inferior à taxa de juro média em 2012, essencialmente em resultado da
descida da Euribor.
Os “Outros gastos e perdas financeiros” incluem essencialmente serviços bancários e comissões
de garantia dos empréstimos obrigacionistas e bancários.
28. Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização
Os gastos/reversões de depreciação e amortização, em 2013 e 2012, discriminam-se da seguinte
forma:
Euros
Rendimentos e Gastos Financeiros 31-Dez-13 31-Dez-12
Rendimentos e Ganhos Financeiros
Outros Juros Obtidos 67.817 26.206
67.817 26.206
Gastos e Perdas Financeiros
Juros e Gastos Similares Suportados 10.508.192 10.894.178
10.508.192 10.894.178
317 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
29. Interesses Minoritários
Os interesses minoritários na Demonstração da Posição Financeira discriminam-se como segue:
Os interesses minoritários na Demonstração do Rendimento Integral têm a seguinte
composição:
Euros
Ativos Fixos Tangíveis
Terrenos e Recursos Naturais 2 2
Edifícios e Outras Construções 271.254 278.946
Equipamento Básico 177.533 183.021
Equipamento de Transporte 13.042 30.942
Ferramentas e Utensílios 597 948
Equipamento Administrativo 53.674 120.685
Outros Ativos Tangíveis 39.807 51.600
555.909 666.144
Ativos Intangíveis
Terrenos e Recursos Naturais 851.120 850.004
Edifícios e Outras Construções 3.080.545 3.082.812
Equipamento Básico 1.281.414 1.282.387
Outros Ativos Intangíveis
Projetos de Desenvolvimento - 17.281
Programas de Computador 8.500 245.452
5.221.579 5.477.936
5.777.488 6.144.080
Gastos/Reversões de Depreciação e de Amortização 31-Dez-1231-Dez-13
Euros
Interesses Minoritários de Capital Próprio
Gestalqueva, S.A. (94.195) 10.597
Gescruzeiros, S.A. (223.763) 6.166
(317.958) 16.763
Interesses Minoritários - Demonstração da Posição
Financeira31-Dez-1231-Dez-13
318 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
30. Segmentos Operacionais
A atividade do grupo EDIA está centrada em dois segmentos de negócio (Água e Energia). As
restantes áreas de negócio tais como o turismo, o ambiente, a cultura e a produção cartográfica,
devido à sua dimensão, foram agrupadas num único segmento (Projetos Especiais).
O segmento Água está relacionado com a gestão da utilização do domínio público hídrico afeto
ao EFMA com vista a garantir a sua distribuição através de critérios de rigor e sustentabilidade,
sendo constituído por duas vertentes: a do Armazenamento de Água, onde se destacam os
grandes reservatórios (albufeiras de Alqueva e de Pedrógão), e a da Adução de Água, traduzida
pelos diversos subsistemas de abastecimento de água (Alqueva, Pedrógão e Ardila).
A atividade de Armazenamento de Água tem como fim o fornecimento de água, quer para fins
agrícolas, industriais ou abastecimento populacional, quer para produção hidroelétrica. Esta
“subatividade” apresenta réditos, essencialmente, internos.
Após a entrada em exploração de diversos perímetros de rega e da resolução administrativa por
parte do Estado, através do Despacho nº 9000/2010 dos Ministérios das Finanças e da
Administração Pública, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente
e do Ordenamento do Território, sobre o preço a aplicar à distribuição da água, o grupo EDIA
iniciou verdadeiramente a atividade de exploração da componente Adução de Água, prevendo-
se a breve prazo, um aumento gradual dos ganhos devido à entrada em exploração de novos
perímetros, ao aumento de adesão ao regadio agrícola e à utilização da água para fins industriais
e turísticos.
O segmento Energia é constituído pela produção de eletricidade através das centrais
hidroelétrica de Alqueva e Pedrógão, Mini-hídricas de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa e
pela Central Fotovoltaica de Alqueva. O volume de negócio resulta, essencialmente do
recebimento da renda relativa ao contrato de concessão das centrais hidroelétricas de Alqueva e
Pedrógão à EDP, por um período de 35 anos. No entanto, refere-se também a exploração neste
período de todas as centrais mini-hídricas e da central fotovoltaica, sendo essa atividade
remunerada pelo fornecimento da eletricidade entregue na rede elétrica nacional.
O segmento Projetos Especiais, como referido anteriormente, abrange diversas áreas das quais
se destacam:
Centro de Cartografia, projeto originalmente criado como um apoio ao investimento
realizado pelo grupo EDIA, quer a nível cartográfico quer a nível topográfico, e que
surge como uma oportunidade de negócio;
Euros
Interesses Minoritários de Resultado Líquido
Gestalqueva, S.A. (104.792) (109.255)
Gescruzeiros,S.A. (274.265) (46.293)
(379.057) (155.548)
Interesses Minoritários -Demonstração do
Rendimento Integral31-Dez-1231-Dez-13
319 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
O PNN que surgiu como um projeto de minimização ambiental em consequência da
construção da albufeira Alqueva, mas que se complementa com as áreas agrícolas e
turísticas;
O Museu da Luz consubstancia-se num espaço de memória e de interpretação de todos
os inéditos processos da recolocação da Aldeia da Luz e aparece como um projeto
cultural crescente na nova aldeia.
Os resultados de exploração por segmentos no final do ano de 2013 e de 2012 são os seguintes:
RUBRICAS Água Energia Projectos especiais Não Alocados Total
Réditos Externos 5.250.176 12.491.103 374.023 190.243 18.305.546
Gastos Operacionais de Exploração (8.551.109) (88.747) (1.103.570) (1.309.195) (11.052.621)
Réditos / Gastos Intersegmentos 1.267.570 (1.352.931) 85.360 - 0
Margem Bruta (2.033.363) 11.049.425 (644.187) (1.118.952) 7.252.924
Outros Rendimentos e Ganhos 64.723 4.947.347 553.317 138.259 5.703.646
Outros Gastos e Perdas (3.973.464) (632) (6.257) (47.063) (4.027.416)
Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros (5.942.104) 15.996.140 (97.127) (1.027.755) 8.929.155
Depreciações e Amortizações (30.871) (5.234.824) (309.562) (48.709) (5.623.965)
Imputação Sub. Investimento
Perdas por Imparidade (7.468.579) - - (246.765) (7.715.344)
Resultado Operacional (13.441.553) 10.761.317 (406.689) (1.323.229) (4.410.154)
Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos 37 - - 67.780 67.817
Juros e Gastos Financeiros Suportados (10.198.328) (309.245) (618) (0) (10.508.192)
Resultado Antes de Impostos por Segmento de Negócio
(23.639.844) 10.452.071 (407.307) (1.255.449) (14.850.529)
(71.982)
(14.922.511)
Euros
2013
Imposto Sobre o Rendimento
Resultado Liquído Exercicio
RUBRICAS Água Energia Projetos especiais Não alocados Total
Réditos Externos 2.842.916 11.742.900 254.382 280.742 15.120.940
Gastos Operacionais de Exploração (8.510.064) (137.138) (991.326) (1.355.733) (10.994.261)
Réditos / Gastos Intersegmentos 412.629 (692.063) 279.433 - 0
Margem Bruta (5.254.520) 10.913.699 (457.511) (1.074.990) 4.126.679
Outros Rendimentos e Ganhos 19.669 3.027.391 325.301 272.221 3.644.582
Outros Gastos e Perdas (1.486.797) (195.500) (15.646) (49.067) (1.747.011)
Resultado Antes de Depreciações e Gastos Financeiros (6.721.647) 13.745.589 (147.856) (851.837) 6.024.250
Depreciações e Amortizações (29.958) (5.433.476) (351.012) (165.353) (5.979.800)
Imputação Sub. Investimento - 1.768.219 61.225 - 1.829.444
Perdas por Imparidade 16.346.989 - - (13.363) 16.333.626
Resultado Operacional 9.595.384 10.080.333 (437.643) (1.030.553) 18.207.520
Juros e Rendimentos Financeiros Obtidos - - - 26.206 26.206
Juros e Gastos Financeiros Suportados (10.090.797) (512.921) (3.151) 0 (10.606.869)
Resultado por Segmento de Negócio 577.205 9.574.791 (440.794) (2.084.344) 7.626.857
(79.403)
7.547.455
Imposto Sobre o Rendimento
Resultado Liquído Exercicio
Euros
2012
320 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Os principais indicadores da posição financeira por segmentos no final do ano de 2013 e de
2012 são os seguintes:
31. Outras Informações Relevantes
Esta nota, contemplada no modelo geral de anexo proposto pela Portaria N.º 986/2009, foi
utilizada na divulgação de outras informações não previstas nas notas anteriores e que se
consideram necessárias para melhor compreender a posição financeira e os resultados da EDIA.
Inspeção Tributária
De acordo com a legislação em vigor, as declarações de rendimentos para efeitos fiscais são
passíveis de revisão e correção pela Administração Tributária (AT) durante um período de
quatro anos. Com base neste pressuposto, as declarações fiscais da Empresa do ano de 2008 até
2011 foram sujeitas a revisão por parte da AT.
Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a AT uma
correção aos exercícios de 2008 a 2011, ao montante das amortizações efetuadas de terrenos
submersos, uma vez que considera que nem todos os investimentos efetuados pela EDIA são
passíveis de depreciação ao abrigo da lei fiscal, pelo que exclui a possibilidade de depreciar
fiscalmente o valor dos terrenos submersos, por entender que os mesmos não sofrem de
qualquer perecimento.
A generalidade dos bens atualmente registados nos “Ativos Intangíveis”, encontravam-se, até à
data da entrada em vigor do Sistema de Normalização Contabilística, em 1 de janeiro de 2010,
evidenciados na rubrica de “Ativos Fixos Tangíveis”, sendo então reclassificados para “Ativos
Intangíveis”, conforme previsto na IFRIC 12 - “Acordos de Concessão de Serviços”, aplicável
ao contrato de concessão celebrado com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do
Território e do Desenvolvimento Regional, conforme expressamente reconhecido pela
Comissão de Normalização Contabilística em 20 de janeiro de 2011.
Sucede que os terrenos submersos em questão, e que foram amortizados pela EDIA, estão
incluídos no EFMA e são objeto do contrato de concessão, celebrado em 17 de outubro de 2007
entre a EDIA e o Estado Português, designado por “Contrato de Concessão relativo à utilização
dos recursos hídricos para captação de água destinada a rega e à produção de energia elétrica no
sistema primário do EFMA”, com a duração de 75 anos.
RUBRICAS Água Energia Projectos Especiais Não Alocados Total
Ativos 237.707.841 361.288.064 8.903.472 18.788.931 626.688.307
Passivos 733.529.897 370.190.387 - 270.248 1.103.990.532
Euros
2013
RUBRICAS Água Energia Projetos Especiais Não alocados Total
Ativos 561.908.845 364.375.053 15.159.289 12.006.027 953.449.213
Passivos 1.175.189.884 240.435.334 - 253.628 1.415.878.846
Euros
2012
321 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Nos termos das Cláusulas 8.ª e 9.ª deste contrato, todos os bens incluídos no EFMA, incluindo
os terrenos submersos objeto de amortização, reverterão para o Estado Português no termo do
respetivo contrato de concessão.
Pelo exposto, nos termos: (i) do artigo 13.º do Decreto Regulamentar N.º 2/90, de 12 de janeiro,
em vigor no período a que se refere a inspeção tributária “Os elementos do ativo imobilizado
adquiridos ou produzidos por entidades concessionárias e que nos termos das cláusulas do
contrato de concessão sejam revertíveis no final desta podem ser reintegrados ou amortizados
em função do número de anos que restem do período de concessão quando aquele for inferior ao
seu período mínimo de vida útil” e (ii) das Cláusulas 8.ª e 9.ª do contrato de concessão,
considerando que os terrenos amortizados, bem como todos os bens integrados no EFMA
reverterão para o Estado no final do Contrato, estão cumpridos todos os requisitos legais para a
aceitação da amortização como custo fiscal, não devendo pois, ser efetuada qualquer correção
em sede de IRC, sendo esta a posição defendida pela Empresa.
Em maio de 2013, a EDIA apresenta Impugnação Judicial da decisão de indeferimento da
Reclamação Graciosa da demonstração de liquidação de IRC referente aos exercícios de 2008,
2009, 2010 e 2011, e, desta forma, requer ao Exmo. Sr. Juiz de Direito do Tribunal Tributário
de Beja a anulação total das demonstrações de liquidação de IRC e de juros, assim como a
reposição dos prejuízos fiscais prejudicados com esta correção efetuada em sede de inspeção
tributária, para os quatro exercícios.
Em janeiro de 2014, à semelhança das Reclamações Graciosas e Impugnações Judiciais
apresentadas, relativas aos anos anteriores (de 2008 a 2011), a EDIA apresentou Reclamação
Graciosa relativa ao exercício de 2012. Em fevereiro, a AT comunicou o seu indeferimento,
invocando, com os mesmos fundamentos, que as amortizações consideradas eram indevidas,
pelo que se impunha a correção técnica, uma vez que a causa de pedir é exatamente igual à
daqueles processos de IRC dos anos anteriores.
Face ao exposto, a EDIA apresentou Impugnação Judicial, da correção efetuada pela inspeção,
relativa ao exercício de 2012.
Matérias Ambientais
O contrato de concessão da utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, de 17 de
outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, concretizou os termos e condições a que
obedecerá a relação concedente - concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à
exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de
utilização privativa do domínio púbico hídrico.
A atividade da Empresa é de natureza essencialmente “não industrial”, sendo relativamente
reduzida a incorporação de inputs materiais nos seus processos. O peso dos impactes ambientais
da atividade da Empresa é, em termos relativos, bastante inferior ao seu contributo para geração
de valor no tecido económico e social da região.
No entanto, para além de garantir a implementação das medidas de minimização definidas no
Plano de Gestão Ambiental, a concessionária obriga-se a implementar, durante a fase de
322 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
construção, um conjunto de medidas, que após a execução das intervenções nas áreas afetadas,
eliminem quaisquer sinais de intervenção, repondo a situação original.
Em termos de política ambiental, a Empresa pretende ter cobertos e dominados todos os aspetos
da conformidade legal, tendo assumido compromissos em termos da melhoria continuada do
desempenho ambiental em que se destaca o cumprimento da legislação, a análise dos impactes
ambientais derivados da atividade da Empresa e a formação e sensibilização dos trabalhadores.
As despesas de carácter ambiental são as identificadas e incorridas para evitar, reduzir ou
reparar danos de carácter ambiental, que decorram da atividade ambiental normal da Empresa.
Neste sentido, tendo em conta (i) a natureza e a dimensão da atividade da Empresa e os tipos de
problemas ambientais associados à sua atividade, e (ii) informações sobre o seu desempenho
ambiental, tais como, redução das emissões atmosféricas, remoção de resíduos; não existe
qualquer responsabilidade de carácter ambiental que deva dar origem à constituição de
provisões, uma vez que não o entendemos como materialmente relevante.
Dívidas à Administração Fiscal e ao Instituto de Solidariedade e Segurança Social
Das informações legalmente exigidas noutros diplomas, designadamente nos artigos 66.º, 324.º,
397.º, 447.º e 448.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), das disposições legais
decorrentes do Decreto-Lei N.º 534/80, de 7 de novembro emanado pelo Ministério das
Finanças e do Plano e das disposições referidas no Decreto-Lei N.º 411/91, de 17 de outubro
emanado pelo Ministério do Emprego e da Segurança Social, importa referir que a EDIA,
através dos documentos de prestação de contas, vem divulgar que não está em incumprimento
das suas obrigações, nem perante o sector estatal nem perante a Segurança Social.
Garantias Prestadas
A Portucel Recicla S.A. intentou contra a EDIA uma ação para pagamento de quantia
certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamento de € 8.280.914
(correspondendo ao valor já faturado de € 7.832.833 acrescido de juros de mora). A
EDIA respondeu a esta ação com “embargos de executado”, alegando que nada deve à
Portucel Recicla por se terem alterado os pressupostos que presidiram à outorga do auto
de expropriação. Em dezembro de 2011, a EDIA prestou uma garantia bancária no
montante de € 2.777.250, valor este destinado a garantir o reforço da quantia exequenda
no processo judicial de execução ordinária que corre termos pelo Tribunal Judicial da
Comarca de Reguengos de Monsaraz, em que é exequente a Portucel Recicla S.A..À
data do relato financeiro esta garantia ainda se encontra vigente.
No âmbito das empreitadas das redes, primária e secundária, a EDIA realiza perfurações
horizontais nas estradas. Para isso, tem que fazer pedidos de licenciamento à empresa
Estradas de Portugal, S.A. a qual exige que a EDIA, por cada atravessamento, preste
uma garantia bancária a seu favor (Estradas de Portugal, SA), pelo prazo de cinco anos.
A 31 de dezembro de 2013 o montante constituído ascende a € 182.671.
No âmbito da adjudicação do Concurso Público Internacional CP008/DSIC/2009
“Aquisição de Serviços de Execução do Cadastro Predial” ao consórcio
323 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
CME/EDIA/RZMAPA/GEOGLOBAL/SIGMAGEO, definiu-se a emissão de uma
Garantia Bancária conjunta, em que, cada um dos consorciados é responsável pela sua
proporção. A participação da EDIA, através do seu Centro de Cartografia, resultou na
prestação de uma garantia bancária no valor de € 163.910.
Em outubro de 2012, no âmbito de uma inspeção tributária em sede de IRC, propõe a
Autoridade Tributária (AT) uma correção, nos exercícios de 2008 a 2011, ao montante
das amortizações efetuadas de terrenos submersos, uma vez que considera que nem
todos os investimentos efetuados pela EDIA são passíveis de depreciação ao abrigo da
lei fiscal, pelo que exclui a possibilidade de depreciar fiscalmente o valor dos terrenos
submersos, por entender que os mesmos não sofrem de qualquer perecimento. A EDIA
contestou e teve que prestar a favor da AT, garantias bancárias no valor de € 20.138,
destinadas a caucionar a suspensão dos processos de execução fiscal que correm termos
nos Serviços de Finanças.
No âmbito do contrato celebrado com a Galp Energia, Petróleos de Portugal-Petrogal,
S.A., a EDIA prestou uma garantia bancária destinada a “caucionar o bom pagamento
dos consumos relativos ao cartão GALP frota.” A 31 de dezembro de 2013, o montante
constituído ascende a € 1.746.
Ativos e Passivos Contingentes
O Reforço de Potência de Alqueva entrou em serviço industrial em dezembro de 2012.
Ao abrigo do Anexo VII do Contrato de Exploração das Centrais de Alqueva e
Pedrógão e do Contrato de Subconcessão do Domínio Público Hídrico, a compensação
financeira anual a pagar pela EDP à EDIA poderá ser ajustada, designadamente, por
alteração do valor do investimento previsto no mesmo Anexo para aquele Reforço de
Potência, no montante de M€145, a preços de 2006.
Havendo desacordo, entre a EDIA e a EDP, entre os termos dessa revisão, a via a seguir
deverá ser o recurso aos mecanismos contratualmente previstos para a resolução de
diferendos e nunca uma tomada de posição unilateral por uma das partes, em especial
quando tal se traduza na retenção por parte da EDP, de parte da referida compensação
anual.
Além do mais, do contrato decorre, inequivocamente, que qualquer investimento,
eventualmente necessário à construção de qualquer reforço de potência que não tenha
sido incluído no âmbito da respetiva empreitada de construção ou no âmbito do
respetivo fornecimento do equipamento, não poderá ser considerado para efeitos do
cálculo do investimento a realizar com a construção desse reforço de potência.
A EDIA concorda com a revisibilidade deste contrato cujos cálculos apontam para um
montante de M€3,6 a favor da Empresa. Este montante resulta da aplicação dos termos
previstos no contrato de concessão, sendo que a sua alteração deve ser efetuada sob a
forma de aditamento ao contrato, não podendo a EDP proceder às suas alterações
unilateralmente.
A EDIA não considera devida a fatura da EDP (acerto na compensação financeira por
alteração do valor do investimento previsto para o reforço de potência) no montante de
324 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
M€1,5, nem que o seu pagamento tenha sido efetuado através da compensação da sua
fatura relativa à prestação anual de 2013, referente ao pagamento estabelecido na
cláusula 6.ª do contrato.
No que respeita aos argumentos expendidos pela EDP sobre os temas que constituem
motivo de diferendo com a EDIA, esta reitera naturalmente a sua posição que já
anteriormente e por diversas vias teve oportunidade de transmitir à EDP.
Neste contexto, a EDIA considera que a posição manifestada pela EDP visou apenas
expor o seu entendimento sobre os termos da revisão da compensação financeira anual e
que em caso algum quis pôr em causa o escrupuloso cumprimento das cláusulas do
Contrato de Cessão de Exploração das Centrais Hidroelétricas de Alqueva e Pedrógão e
de Subconcessão do Domínio Público Hídrico (contrato).
Assim, para que se possa proceder a um trabalho conjunto, e porque parece ser comum
o empenho no cumprimento pontual dos termos acordados, será necessário repor as
condições de normalidade contratual, por via da reposição da verba indevidamente
retida pela EDP do valor da renda anual relativa a 2013, sendo certo, que a revisão
dessa compensação só pode operar por uma de duas vias: ou por acordo entre as partes
ou em resultado de decisão obtida por via dos mecanismos contratualmente previstos
para a resolução de litígios entre as partes.
Logo que a EDP proceda à reposição do valor em falta, estarão reunidas as condições de
consenso, para que as partes reúnam com vista à obtenção de uma solução concertada
para as divergências apontadas para o diferendo.
São compromissos assumidos pela EDIA, que não figuram na Demonstração da Posição
Financeira em 31 de dezembro de 2013, as garantias prestadas nos termos do disposto
no N.º 2 do artigo 56.º do Regulamento (CE) N.º 1974/2006 da Comissão, de 15 de
dezembro.
A competência para a prestação de garantias pela Empresa cabe nas competências do
Conselho de Administração, quer por via do disposto no artigo 15.º dos estatutos da
EDIA, em particular por via da alínea c) do N.º 1 e, em especial, pelo disposto na alínea
f) do artigo 406.º do Código das Sociedades Comerciais, aplicável por via do disposto
no artigo 7.º do Decreto-Lei Nº 558/99, de 17 de dezembro.
No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PRODER), e nos
termos e ao abrigo do disposto no n.º 4 do Art.º 18º da Portaria N.º 820/2008, de 8 de
agosto, a EDIA formulou vários pedidos de pagamento a título de adiantamento dentro
do montante permitido pelos referidos normativos:
Perímetro de Pedrógão-Margem Direita: 30% do valor do investimento elegível
aprovado - € 7.777.661,89;
Blocos de Ervidel: 30% do valor do investimento elegível aprovado - €
12.527.548,98;
Perímetro de São Pedro-Baleizão-Quintos: 15% do valor do investimento
elegível aprovado - € 13.333.000,00; e
Perímetro de Cinco Reis Trindade: 7% do valor do investimento elegível
aprovado - €2.184.310,82.
325 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Nestes casos, e conforme disposto no Artº 56º do Regulamento (CE) n.º 1974/2006 da
Comissão, de 15 de dezembro, o Conselho de Administração (através de garantia escrita emitida
ao organismo pagador competente do PRODER - Instituto de Financiamento da Agricultura e
Pescas, IP) garantiu o ressarcimento num montante correspondente a 110% do valor do
adiantamento, caso não se prove o direito ao montante adiantado.
Esta faculdade é permitida à EDIA por se tratar de um beneficiário público, nos termos da
legislação comunitária.
326 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
327 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE Declaração de Conformidade de Conselho de Administração
328 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Declaração de Conformidade de Conselho de Administração
Senhores Acionistas
Nos termos previstos na alínea c) do n.º 1 do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários
informamos que, tanto quanto é do nosso conhecimento:
I. A informação constante no relatório de gestão expõe fielmente os acontecimentos
importantes ocorridos no ano de 2013 e o impacto nas respetivas demonstrações
financeiras, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se
defrontam; e
II. A informação constante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas,
assim como nos seus anexos, foi elaborada em conformidade com as normas
contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do
passivo, da situação financeira e dos resultados da EDIA – Empresa de
Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. e das empresas incluídas no
perímetro da consolidação.
Beja, 25 de março de 2014
O Conselho de Administração
Eng.º José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema
(Presidente)
Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo
(Vogal)
Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez
(Vogal)
329 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
CERTIFICAÇÕES E RELATÓRIOS DOS
AUDITORES E CONSELHO FISCAL Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria das Contas Consolidadas
Elaborado por Auditor Registado na CMVM
330 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
331 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
332 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
333 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
334 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
335 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
336 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
337 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Relatório de Auditora sobre as Contas Consolidadas Elaborado por Auditor
Externo
338 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
I_Bt1Tel: +351 217 990 420 Av. da República, 50 - 100
Fax: ÷351 217990439 1069-211 Lisboawww. bdo. pt
RELATÓRIO DE AUDITORIA ÀS CONTAS CONSOLIDADAS
Introdução
1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas da EDIA - Empresa deDesenvolvimento e Infra-estruturas do ALqueva, SA (adiante também designada porEDIA ou Empresa), as quais compreendem: as Demonstrações consolidadas da posiçãofinanceira em 31 de dezembro de 2013 (que evidencia um total de 626 688 309 eurose um capital próprio negativo de 477 302 225 euros, incluindo um resultado líquidonegativo atribuível aos acionistas da Empresa-mãe de 14 543 455 euros), aDemonstração consolidada do rendimento integral, a Demonstração consoLidada dasaLterações no capital próprio e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa, doexercício findo naquela data, e as correspondentes Notas.
Responsabilidades
2. É da responsabilidade do ConseLho de Administração: (i) a preparação dedemonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira eapropriada, a posição financeira do conjunto das empresas incl.uídas na consolidação,o resultado consolidado das suas operações, as alterações no capital próprioconsolidado e os fluxos de caixa consolidados; (ii) a informação financeira histórica,que seja preparada de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro talcomo adotadas na União Europeia; (iii) a adoção de políticas e critérioscontabilísticos adequados; (iv) a manutenção de um sistema de controlo internoapropriado; e (v) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado aatividade do conjunto das empresas incl.uídas na consolidação, a sua posiçãofinanceira ou resultados.
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional eindependente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.
Âmbito
4. Exceto quanto à Limitação descrita no parágrafo 7 abaixo, o exame a queprocedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e Directrizes deRevisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que omesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurançaaceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas dedistorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:
(1) a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incLuídas naconsolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativosem que não o tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte dasquantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas emjuízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na suapreparação;
BDO b Associados, SROC, Lda., Sociedade por quotas, Sede Av. da República, 50 - 1 0, 1069-211 Lisboa, Regïstada na Conservatoria do Registo Comercial deLisboa, NIPC 501 340 467, Capital 100 000 euros. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas inscrita na OROC sob o número 29 e na CMVM sob o número 1122.
A 500 ft Associados, SROC, Lda:, sociedade por quotas registada em Portugal, é membro da BDO International Limited, sociedade inglesa limitada porgarantia, e faz parte da rede internacional BDO de firmas independentes.
jBDO
(ii) a verificação das operações de consoLidação;
(iii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adotadas e a suadivulgação, tendo em conta as circunstâncias;
(iv) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;
(v) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação dasdemonstrações financeiras consolidadas.
5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informaçãoconsolidada constante do relatório de gestão com os restantes documentos deprestação de contas.
6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para aexpressão da nossa opinião.
Reserva
7. As “Outras contas a receber” integram 159,1 milhões de euros a receber daDireção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional (DGADR). Este montanteinclui: (i) 70,8 milhões de euros referentes à denominada “Infraestrutura 12”,relativamente à qual a EDIA formaLizou com a DGADR, em abril de 2006, um contratode cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação por um prazo de 30anos; e (ii) 88,2 milhões de euros correspondentes ao valor dos investimentosefetuados pela EDIA nas infraestruturas da rede secundária do Empreendimento deFins Múltiplos de Alqueva (EFMA) que já se encontram concluídas, líquidas dossubsídios associados a esses investimentos, na sequência da entrega formaL dessasinfraestruturas à DGADR e do contrato celebrado em 8 de abril de 2013, que atribui àEDIA a concessão da gestão, expLoração, manutenção e conservação destasinfraestruturas até 31 de dezembro de 2020. Não está ainda esclarecida qual a formade ressarcimento da EDIA peLa parte do investimento que não foi subsidiada, queestá dependente de decisão do Estado português, subsistindo assim uma importanteincerteza quanto à forma e ao vaLor de realização dos referidos 159,1 milhões deeuros, bem como dos 23,1 milhões de euros de ativos (“Inventários”) e dos 27,8milhões de euros de passivos (“Outras contas a pagar” e “Diferimentos”) associadosàs infraestruturas da rede secundária ainda por executar ou concluir.
Opinião
8. Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiamrevelar-se necessários caso não existisse a limitação descrita no parágrafo anterior,as referidas demonstrações financeiras consoLidadas apresentam de forma verdadeirae apropriada, em todos os aspectos materialmente reLevantes, a posição financeiraconsoLidada da EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do ALqueva, SÃ,em 31 de dezembro de 2013, o resultado consoLidado das suas operações e os fluxosconsoLidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com asNormas Internacionais de ReLato Financeiro taL como adotadas na União Europeia.
2
IBDO
Ênfase
9. Sem afetar a opinião expressa no parágrafo anterior, saLientamos que doinvestimento total previsto no EFMÁ (de acordo com Plano de Investimento aprovadoem março de 2013 - sem custos de estrutura e financeiros capitaLizáveis) ainda faltarealizar, em 31 de Dezembro de 2013, um total de 462,3 milhões de euros, estando asua concretização dependente dos financiamentos que a Empresa venha a obterjunto da União Europeia, do acionista Estado e/ou de outros fundos. Nesse âmbito, éde salientar que, em 31 de dezembro de 2013, o total do capital próprio se apresentanegativo em 477,3 milhões de euros.
Relato sobre outros requisitos legais
10. É também nossa opinião que a informação constante do relatório de gestão éconcordante com as demonstrações financeiras consolidadas do exercício.
Lisboa, 10 de abril de 2014
3
342 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
343 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
344 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
345 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
346 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
347 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
348 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
349 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
350 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
351 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Declaração sobre Política de
Remuneração dos Membros dos Órgãos
de Administração e de Fiscalização da
EDIA, S.A. prevista na Lei 28/2009
352 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
353 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
354 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
355 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
SIGLAS E ABREVIATURAS
356 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
ADLA - Ações para o Desenvolvimento das Terras do Grande Lago Alqueva
ADPM – Associação de Defesa do Património de Mértola
ADRAL – Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo
AgdA – Águas Públicas do Alentejo, S.A.
AGROGLOBAL - Feira do Milho e das Grandes Culturas
AIA – Avaliação de Impacte Ambiental
ANCP – Autoridade Nacional de Proteção Civil
AOV - Aluguer Operacional de Veículos
APA – Associação Portuguesa do Ambiente
APCER - Associação Portuguesa de Certificação
ARH - Administração da Região Hidrográfica
AT – Autoridade Tributária e Aduaneira
ATMTGLA - Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago
Alqueva
BCC – Betão Compactado por Cilindro
BCP – Banco Comercial Português
BE – Boletim Económico
BES – Banco Espírito Santo
BEI – Banco Europeu de Investimentos
BPI – Banco Português de Investimentos
BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa
C/C – Conta Corrente
CADC – Comissão para a Aplicação e o Desenvolvimento da Convenção sobre a
Cooperação para a Proteção e o Aproveitamento Sustentável das Águas das Bacias
Hidrográficas Luso – Espanholas
CCAM – Caixa de Crédito Agrícola de Mértola
CCP – Código dos Contratos Públicos
CCDR – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional
CE – Comunidade Europeia
CERCIBEJA – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados
CGD – Caixa Geral de Depósitos
CHA – Central Hidroelétrica de Alqueva
CHP - Central Hidroelétrica de Pedrógão
CIAL - Centro de Informação de Alqueva
CIEFMA - Aplicação web para consulta do Cadastro de Infraestruturas do EFMA e
Gestão de Regantes
CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários
CO (SAP) – Controlling/Contabilidade Analítica
COTR - Centro Operativo de Tecnologias do Regadio
CPC – Conselho de Prevenção de Corrupção
CRHA – Conselho de Região Hidrográfica do Alentejo
CSC – Código das Sociedades Comerciais
DAF – Direção de Administração e Finanças
DEAP – Direção de Engenharia, Ambiente e Património
DEAPR – Direção de Economia da água e Promoção do Regadio
357 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
DGADR – Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
DGERT – Direção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho
DGP – Direção de Gestão do Património
DGPC – Direção Geral do Património Cultural
DGT – Direção Geral do Tesouro
DGTF – Direção Geral do Tesouro e Finanças
DIA – Declaração de Impacte Ambiental
DIPE – Direção de Infraestruturas Primárias e de Energia
DIR – Direção de Infraestruturas de Rega
DR – Diário da República
DRACALEN – Direção Regional de Cultura do Alentejo
DUP – Declaração de Utilidade Pública
DVD - Digital Versatile Disc
EBITDA - Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization
EDAB – Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja
EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A.
EDP – Energias de Portugal
EFMA - Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva
EFV - Equipa de Fiscalização e Vigilância
EGP – Estatuto do Gestor Público
EIA – Estudo de Impacte Ambiental
ERP (SAP) – Programas de Gestão Integrada da SAP
ETA – Estação de Tratamento de Águas
EURIBOR - Euro Interbank Offered Rate
EUROSTAT – Estatísticas da Comissão Europeia
FBCF – Formação Bruta de Capital Fixo
FEADER - Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural
FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional
FEHISPOR – Feira Hispano - Portuguesa
FEOGA – Fundo Europeu de Orientação e de Garantia Agrícola
FI (SAP) - Contabilidade
FIPA – Federação das Industrias Portuguesas Agroalimentares
FITUR – Feira Internacional de Turismo de Madrid
FMI – Fundo Monetário Internacional
FSC - Forest Stewardship Council
FSE – Fornecimentos e Serviços Externos
GAJ – Gabinete de Apoio Jurídico
GEOP – Entidade Gestora Operacional
GESCRUZEIROS – Sociedade para Aproveitamento da Atividade Marítimo-Turística
no Grande Lago Alqueva S.A.
GESTALQUEVA - Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades das Albufeiras
de Alqueva e de Pedrógão S.A.
GRI – Global Iniciative Reporting
GRPC – Gabinete de Relações Públicas e Comunicação
h - Hora
ha - Hectare
358 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
hm3 – Hectómetro cúbico
IAS - International Accounting Standard
IASB - International Accounting Standard Board
ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas
IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional
IFAP - Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas
IFDR - Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional
IPC - Índice de Preços do Consumidor
IFRIC – International Financial Reporting Interpretations Committee
IFRS – International Financial Reporting Standards
IGESPAR – Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico
IGCP – Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I.P.
IM/PS – Controlo e Gestão Orçamental de Investimentos
IMT - Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis
INAG – Instituto da Água, I.P.
INE – Instituto Nacional de Estatística
IPC – Índice de Preços no Consumidor
IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera
IRC – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
IRS – Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares
IS – Imposto de Selo
ISSO – International Organization for Standartization
IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado
Km - Quilómetro
Km2 - Quilómetros quadrados
kWh - Kilo Watt Hora
LGT – Lei Geral Tributária
LIFE + INVASEP – Lucha contra espécies invasoras en las cuencas hidrográficas del
Tajo y Guadiana en la Península Ibérica
LO (SAP) – Controlo de Contratos de Empreitadas, Fornecimento de Equipamentos e
Prestação de Serviços
LOE – Lei do Orçamento de Estado
LUSOFUEL – Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A.
m3 – Metros cúbicos
MAM – Ministério da Agricultura e do Mar
MAMAOT – Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do
Território
MEP – Método da Equivalência Patrimonial
mm - Milímetro
MW/h - MEGA WATT hora
NCRF – Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro
OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
OCS – Órgãos de Comunicação Social
OE – Orçamento de Estado
359 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
OIT – Organização Internacional do Trabalho
OMT – Organização Mundial de Turismo
OTALEX – Observatório Territorial e Ambiental do Alentejo e Extremadura
PAEF - Programa de Ajustamento Económico e Financeiro
PCP – Partido Comunista Português
PDM – Plano Diretor Municipal
PDSI – Palmer Droght Severity Index
PEC – Programa de Estabilidade e Crescimento
PEGLA – Projeto Estruturante para o Desenvolvimento das Terras do Grande Lago de
Alqueva
PERP – Projeto de Enquadramento e Recuperação Paisagística
PGBH – Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas
PIB – Produto Interno Bruto
PIDDAC - Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da
Administração Central
PIN – Potencial Interesse Nacional
PMCSado – Programa de Medidas Compensatórias para a Ictiofauna Autóctone e
Continental da Bacia Hidrográfica do Sado
PMP – Prazo Médio de Pagamentos
PNN – Parque de Natureza de Noudar
POC – Plano Oficial de Contabilidade
POCTEP – Programa de Cooperação Transfronteiriça Portugal - Espanha
POVT – Programa Operacional Temático de Valorização do Território
PRC – Plano de Redução de Custos
PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural
QCA – Quadro Comunitário de Apoio
QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional
RCM – Resolução de Conselho de Ministros
RH (SAP) – Gestão de Recursos Humanos
ROC – Revisor Oficial de Contas
S.A. – Sociedade Anónima
SAP - Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados
SAU – Superfície Agrícola Utilizada
SD (SAP) - Vendas
SEE – Sector Empresarial do Estado
SGA - Sistema de Gestão Ambiental
SIG – Sistema de Informação Geográfica
SIMARSUL – Sistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de
Setúbal
SIRHAL – Sistema de Informação de Recursos Hídricos de Alqueva
SISAP – Elaboração de Cartas de Aptidão Cultural para o Perímetro de Rega do
Alqueva
SLA’s – Service Level Agréments
SNC - Sistema de Normalização Contabilística
SNCP - Sistema Nacional de Compras Públicas
SROC – Sociedade de Revisores Oficias de Contas
SUSTAIN – Sistema Europeu de Indicadores para Gestão de Destinos
360 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
TRH – Taxa de Recursos Hídricos
tva – Taxa de Variação Anual
VAB – Valor Acrescentado Bruto
VAB cf – Valor Acrescentado Bruto a Custo de Fatores
vma – Valor Médio Anual
WACC – Weighted Average Cost of Capital
361 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
362 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
363 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
EDIA
Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A.
Capital Social 387.267.750,00 €
Capital Próprio Negativo 343.794.020,00 €
Número de Pessoa Coletiva 503 450 189
Matrícula 01 084/950316 da Conservatória do Registo Comercial de Beja
Sede Social Rua Zeca Afonso, N.º 2 - 7800 - 522 - BEJA
Delegação de Lisboa Rua do Campo Grande, N.º 46-D, 2.º Dto - 1700-093 Lisboa
Delegação de Alqueva Apartado 126 - 7860 - MOURA
Delegação de Pedrógão Apartado 126 - 7860 - MOURA
Delegação de Mourão Rua Marcos Gomes V. Rosado, 15 - 7240 - MOURÃO
Parque de Natureza de Noudar Apartado 5 - 7230 - BARRANCOS
Museu da Luz Largo da Igreja Nossa Sr.ª da Luz - 7240 - 100 - LUZ - MOURÃO
Site: www.edia.pt
Fotografias António Cunha/EDIA
364 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 2013
EDIA
Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A.
Capital Social 387.267.750,00 €
Capital Próprio Negativo 343.794.020,00 €
Número de Pessoa Coletiva 503 450 189
Matrícula 01 084/950316 da Conservatória do Registo Comercial de Beja
Sede Social Rua Zeca Afonso, N.º 2 - 7800 - 522 - BEJA
Delegação de Lisboa Rua do Campo Grande, N.º 46-D, 2.º Dto - 1700-093 Lisboa
Delegação de Alqueva Apartado 126 - 7860 - MOURA
Delegação de Pedrógão Apartado 126 - 7860 - MOURA
Delegação de Mourão Rua Marcos Gomes V. Rosado, 15 - 7240 - MOURÃO
Parque de Natureza de Noudar Apartado 5 - 7230 - BARRANCOS
Museu da Luz Largo da Igreja Nossa Sr.ª da Luz - 7240 - 100 - LUZ - MOURÃO
Site: www.edia.pt
3 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
ÍNDICE
I. MISSÃO, OBJETIVOS E POLÍTICAS ........................................................................................ 5
II. ESTRUTURA DE CAPITAL ................................................................................................. 11
III. PARTICIPAÇÕES SOCIAIS E OBRIGAÇÕES DETIDAS .................................................. 12
IV. ÓRGAOS SOCIAIS E COMISSÕES ..................................................................................... 20
A. MESA DA ASSEMBLEIA GERAL ................................................................................... 20
B. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO ............................................................................... 21
C. FISCALIZAÇÃO ................................................................................................................ 27
D. REVISOR OFICIAL DE CONTAS (ROC) ........................................................................ 30
E. AUDITOR EXTERNO ........................................................................................................ 32
V. ORGANIZAÇÃO INTERNA ................................................................................................. 35
A. ESTATUTOS E COMISSÕES ............................................................................................ 35
B. CONTROLO INTERNO E GESTÃO DE RISCOS ............................................................ 36
C. REGULAMENTOS E CÓDIGOS ....................................................................................... 46
D. SÍTIO DE INTERNET ......................................................................................................... 53
VI. REMUNERAÇÕES ................................................................................................................ 55
A. COMPETÊNCIAS PARA A DETERMINAÇÃO .............................................................. 55
B. COMISSÃO DE FIXAÇÃO DE REMUNERAÇÕES ........................................................ 56
C. ESTRUTURA DE REMUNERAÇÕES .............................................................................. 56
D. DIVULGAÇÃO DE REMUNERAÇÕES ........................................................................... 58
VII. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS E OUTRAS ..................................... 60
1. Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações com
partes relacionadas e indicação das transações que foram sujeitas a controlo em 2013 ................. 60
2. Informação sobre Outras Transações ................................................................................... 60
VIII. ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE DA EMPRESA NOS DOMÍNIOS
ECONÓMICOS, SOCIAL E AMBIENTAL ...................................................................................... 62
IX. AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO ..................................................................... 67
X. GRELHA REFERENTE ÀS PRÁTICAS DE BOA GESTÃO SOCIETÁRIA ADOTADAS
PELA EDIA EM 2013 ........................................................................................................................ 68
4 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
5 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
I. MISSÃO, OBJETIVOS E POLÍTICAS
I.1. Missão, Visão e Valores
Missão
A EDIA tem como principal “Missão”:
A conceção, execução, construção, gestão, exploração, manutenção e conservação das
infraestruturas que integram o sistema primário do EFMA;
A conceção, execução e construção, em representação do Estado, das infraestruturas
que integram a rede secundária do EFMA; e
A promoção, desenvolvimento e prossecução de outras atividades económicas cujo
aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos
afetos ao EFMA.
Visão
Consolidar a empresa no contexto regional e nacional.
Valores
A EDIA tem como principais “Valores”:
A sustentabilidade: porque a atividade da EDIA se rege pela procura de sistemas,
serviços e produtos que potenciam a sustentabilidade da zona do Alqueva;
O dinamismo: porque a EDIA procura sempre as melhores soluções de gestão de
recursos hídricos de forma a assegurar o dinamismo da região e de quem nela investe;
O humanismo: porque, apesar da sua vertente tecnológica, a EDIA procura sempre
acompanhar de perto os seus clientes, potenciando as oportunidades e o investimento;
A inovação: porque a EDIA é uma empresa pioneira na sua área, demonstrando uma
preocupação constante em inovar, não só no fornecimento de água, mas também nos
serviços que a complementam; e
A responsabilidade: para com os seus clientes, o meio-ambiente e para com toda a
região impactada pelo trabalho da EDIA.
6 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
I.2. Políticas e Linhas de Ação
Políticas da Empresa
Cumprir a missão e os objetivos determinados, de forma económica, financeira, social e
ambientalmente eficiente;
Cumprir a legislação e regulamentação em vigor;
Salvaguardar os bens ativos;
Cumprir o princípio da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres;
Tratar com respeito e integridade os seus trabalhadores, contribuindo ativamente para a
sua valorização profissional;
Tratar com equidade todos os clientes e fornecedores; e
Informar e divulgar as atividades de acordo com a legislação e outras orientações do
Acionista.
I.3. Objetivos e Grau de Cumprimento
Objetivos
Conceção, execução e construção das infraestruturas que integram o sistema primário
do Empreendimento, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação;
Operar no sector do domínio público hídrico de captação, adução e distribuição de água
em “alta”, rega e exploração hidroelétrica;
Conceção, execução e construção das infraestruturas que integram a rede secundária
afeta ao Empreendimento, em representação do Estado e de acordo com as instruções
que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das
Pescas, bem como, a gestão, exploração, manutenção e conservação da rede secundária
afeta ao Empreendimento, mediante contrato de concessão;
Potenciar o desenvolvimento económico e social sustentável na área de intervenção da
Empresa; e
Desenvolver uma estratégia empresarial que assegure a sustentabilidade da atividade da
Empresa.
A EDIA assumiu como compromissos fundamentais assegurar o elevado grau de desempenho
ambiental consubstanciado na adoção de práticas de gestão ambiental, gestão e monitorização
da água, valorização de áreas de interesse para a conservação da natureza e a valorização
profissional dos seus trabalhadores.
Relativamente à definição dos objetivos de gestão previstos no âmbito do artigo 11.º do
Decreto-Lei N.º 300/2007, de 23 de agosto, na Assembleia Geral de 11 de julho de 2013 não
foram abordados nem definidos objetivos de gestão para o triénio 2012 – 2014. Contudo, apesar
de não existirem orientações e objetivos de gestão aprovados para o presente ano, indicam-se os
resultados de gestão alcançados durante o exercício de 2013, designadamente ao nível da área
de regadio; perímetros de rega concluídos; adjudicações e concursos lançados em 2013 e
indicadores financeiros.
7 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Área de Regadio
No quadro seguinte apresentam-se os dados de adesão e consumos dos perímetros de rega sob
gestão da EDIA nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013.
A adesão e os consumos verificados em 2013 registaram um significativo aumento face a 2012.
Estes dados traduzem as dinâmicas de desenvolvimento e promoção do Emprendimento e
espelham o forte contributo do Alqueva para o crescimento verificado na economia regional e
nacional. São motivo de satisfação para todos os intervenientes visto que, mais uma vez, se
prova que o previsto para o Alqueva se está a concretizar no terreno, alcançando-se os
resultados esperados.
Perímetros de rega concluídos
Em 2013 foram concluídos os blocos de rega de Ervidel 2 e 3 (perímetro de Ervidel), os blocos
de Pedrógão 1 e 3 e o bloco de Selmes (perímetro de Pedrógão – margem direita).
(ha) % (ha) % (ha) % (ha) %
Entrada em exploração até 2010 18.754 6.774 36,12 15.016.224 8.901 47,46 23.705.493 10.372 55,31 37.523.993 11.716 62,47 42.512.578
Monte Novo 7.714 3.078 39,90 8.212.824 3.808 49,36 12.977.774 4.769 61,82 20.420.289 5.310 68,84 21.827.070
Alvito - Pisão 8.452 3.081 36,45 6.157.894 4.410 52,18 8.700.842 4.853 57,42 15.121.665 5.562 65,81 17.795.159
Pisão 2.588 615 23,76 645.506 683 26,39 2.026.877 750 28,98 1.982.039 844 32,61 2.890.349
Entrada em exploração em 2011 26.417 7.172 27,15 11.481.334 12.308 46,59 30.682.316 14.464 54,75 41.220.193
Alfundão 4.216 961 22,79 1.235.862 1.503 35,65 3.972.140 1.887 44,76 3.173.823
Ferreira, Figueirinha e Valbom 5.118 765 14,95 1.474.347 1.787 34,92 3.846.783 2.053 40,11 6.557.951
Orada - Amoreira 2.522 857 33,98 2.285.586 2.442 96,83 4.545.827 2.422 96,03 4.897.710
Brinches 5.463 1.640 30,02 1.962.460 2.424 44,37 4.212.673 2.296 42,03 4.677.634
Brinches - Enxoé 4.698 1.992 42,40 3.159.180 2.343 49,87 8.477.543 3.311 70,48 11.816.637
Serpa 4.400 957 21,75 1.363.899 1.809 41,11 5.627.350 2.495 56,70 10.096.438
Entrada em exploração em 2012 3.964 1.636 41,27 3.274.662 2.308 58,22 6.583.745
Loureiro-Alvito 1.050 205 19,52 818.004 406 38,67 2.053.080
Ervidel 1 2.914 1.431 49,11 2.456.658 1.902 65,27 4.530.665
Entrada em exploração em 2013 9.330 2.573 27,58 6.050.482
Ervidel 2 e 3 5.314 1.464 27,55 4.128.525
Pedrógão - Margem Direita 4.016 1.109 27,61 1.921.957
TOTAL 58.465 6.774 11,59 15.016.224 16.073 27,49 35.186.827 24.316 41,59 71.480.971 31.061 53,13 96.366.998
Perímetros de Rega
sob gestão da EDIA
Área Beneficiada
(ha)
Área Inscrita
(ha)Consumos
m3
2010 2011 2012
Área Inscrita
(ha)Consumos
m3
2013
Consumos
m3
Área Inscrita
(ha)Consumos
m3
Área Inscrita
(ha)
8 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
Adjudicações em 2013
Em 2013, conforme estava previsto, procedeu-se à adjudicação das seguintes obras:
Concursos lançados em 2013
Tendo em vista a construção do sistema global de abastecimento de água do EFMA, foram
lançados os seguintes concursos de empreitadas das redes primária e secundária do EFMA.
Rede Primária Data Adjudicação
Valor de
Adjudicação
(€)
Subsistema Ardila
Circuito Hidráulico Amoreira - Caliços 2.º Trim/2013 19.730.000,00
Circuito Hidráulico Caliços - Pias 2.º Trim/2013 11.194.670,00
Subsistema Pedrógão
Circuito Hidráulico de S. Pedro - Baleizão 2.º Trim/2013 19.952.550,00
Circuito Hidráulico de Baleizão - Quintos 2.º Trim/2013 17.808.719,79
Rede Secundária Data Adjudicação
Valor de
Adjudicação
(€)
Subsistema Alqueva
Blocos de Rega Cinco Reis - Tridade 2.º Trim/2013 17.497.878,00
Rede Viária do Bloco de Rega de Aljustrel 2.º Trim/2013 1.843.390,40
Subsistema Pedrógão
Blocos de Rega de S. Pedro - Baleizão 2.º Trim/2013 20.391.675,24
Blocos de Rega 1, 2 e 3 de Baleizão - Quintos 2.º Trim/2013 16.887.999,99
Blocos de Rega 4 e 5 de Baleizão - Quintos 2.º Trim/2013 22.498.250,53
Rede Primária
Data de
Lançamento
do
Concurso Público
Preço Base
(€)
Subsistema Ardila
Cicuito Hidráulico de Caliços-Machados 3.º Trim/2013 21.200.000,00
Subsistema de Pedrógão
Círcuito Hidráulico de São Matias 3.º Trim/2013 19.000.000,00
9 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Indicadores Financeiros
De acordo com o disposto na resolução de Conselhos de Ministros N.º 70/2008, os indicadores
financeiros que se aplicam à realidade da EDIA constam do quadro seguinte:
Rede Secundária
Data de
Lançamento
do
Concurso Público
Preço Base
(€)
Subsistema Alqueva
Bloco de Rega Beringel - Álamo 3.º Trim/2013 10.200.000,00
Bloco de Rega de Beja 3.º Trim/2013 25.575.000,00
Blocos de Barras, Torrão e Baronia Baixo 4.º Trim/2013 8.000.000,00
Blocos de Baronia Alto, Alvito Baixo e Alvito Alto 4.º Trim/2013 15.150.000,00
Blocos de Rega do Roxo - Sado 4.º Trim/2013 17.950.000,00
Subsistema Ardila
Blocos de Rega de Caliços - Machados 3.º Trim/2013 16.900.000,00
Blocos de Rega de Pias 3.º Trim/2013 27.800.000,00
Blocos de Rega de Moura Gravítico 4.º Trim/2013 6.950.000,00
Subsistema de Pedrógão
Blocos 1 e 2 de São Matias 3.º Trim/2013 12.950.000,00
Blocos 3 e 4 de São Matias 3.º Trim/2013 23.485.500,00
Indicadores Financeiros Ano 2013
Eficiência
Custos Operacionais/EBITDA 160,42%
Custos com o Pessoal/EBITDA 67,18%
Taxa de variação dos Custos com o Pessoal 21,29%
Prazo Médio de Pagamentos
Prazo Médio de Pagamentos 79
Evolução (dias) face ao ano anterior (período homólogo) -6
Rentabilidade e Crescimento
EBITDA/Receitas 52,29%
Taxa de crescimento das receitas 18,96%
Remuneração do Capital Investido
Resultado Líquido/Capital investido -4,48%
10 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
I.4. Fatores-Chave para os resultados da Empresa
A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. (EDIA) é uma entidade de
capitais exclusivamente públicos que está mandatada pelo Estado para conceber, executar,
construir e explorar o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA). Tendo em
consideração o âmbito alargado de intervenção do Empreendimento, os fatores-chave para os
resultados da Empresa têm uma abrangência e carácter transversal, compreendendo uma
vertente pluridisciplinar, que envolve diversos domínios de atividade e que têm subjacente,
entre outras, especificidades de cariz estratégico, operacional e financeiro. Neste contexto,
identificam-se assim os seguintes fatores-chave para os resultados da Empresa:
Promover o desenvolvimento económico da área de regadio de Alqueva, assim como a
qualificação e o desenvolvimento regional;
Aumentar a taxa de adesão ao regadio e os níveis de investimento em produção agrícola
e agroalimentar na região e promover o envolvimento das partes interessadas nas
diferentes áreas de Alqueva;
Contribuir para a gestão integrada racional e otimizada dos recursos hídricos da área de
influência do EFMA e aumentar a eficiência da distribuição de água;
Promover a utilização responsável dos recursos naturais com especial destaque para a
água e solo e sensibilizar as comunidades na região de influência do EFMA para as
questões associadas à gestão responsável da água e à sustentabilidade deste recurso;
Contribuir para o aumento dos níveis da qualidade da água que distribui;
Aumentar os níveis de serviço das infraestruturas afetas ao EFMA;
Aumentar os índices de biodiversidade na região de influência do EFMA;
Reduzir o consumo energético e emissões da operação;
Promover e requalificar o corpo técnico da Empresa em todas as suas valências; e
Mitigar os principais riscos associados à atividade da EDIA e garantir a sua
sustentabilidade financeira.
11 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
II. ESTRUTURA DE CAPITAL
II.1. Estrutura de Capital
O Capital Social da EDIA está definido no artigo 4.º do Decreto-lei n.º 42/2007, de 22 de
fevereiro e estabelece que:
1. As ações representativas do capital social da EDIA realizado pelo Estado são detidas pela
Direcção-Geral do Tesouro, sem prejuízo de a sua gestão poder ser cometida, em conformidade
com as orientações de gestão, por despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da
Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, a uma pessoa coletiva de direito público
ou a sociedades anónimas de capitais exclusivamente públicos.
2. Os direitos do Estado como acionista são exercidos através de representante designado por
despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e
das Pescas, salvo quando a gestão das ações seja cometida a outra entidade nos termos do
número anterior.
O Capital Social da EDIA ascende a € 387.267.750,00, e é detido a 100% pelo Estado
Português, através da DGTF. As ações são nominativas, com o valor nominal de 5€/cada,
dividido em 77.453.550 ações.
II.2. Limitações à titularidade e/ou transmissibilidade das Ações
Estatutariamente não existem limitações à titularidade e/ou transmissibilidade das ações da
Empresa.
II.3. Acordos Parassociais
Não se aplica uma vez que o Capital Social da EDIA é detido a 100% pelo Estado Português,
através da DGTF.
12 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
III. PARTICIPAÇÕES SOCIAIS E OBRIGAÇÕES
DETIDAS
III.1. Identificação das Pessoas Singulares (Órgãos Sociais) e/ou Coletivas
(Empresas) Titulares de Participações noutras Entidades
A EDIA é titular de participações nas seguintes entidades (empresas participadas):
GESTALQUEVA; LUSOFUEL; COTR; Águas do Centro Alentejo; ADRAL e EDAB. As
percentagens de capitais detidas nessas entidades são as que de seguida se elencam:
Gestalqueva* – 51%;
LUSOFUEL** – 10%;
COTR – 8,8%;
Águas do Centro Alentejo – 5%;
ADRAL – 4,11%; e
EDAB** – 1,25%.
*Em dissolução
** Em liquidação
GESTALQUEVA
Mesa da Assembleia Geral
Presidente
EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A.
Representada pelo Presidente do Conselho de Administração, José Pedro Mendes
Barbosa da Costa Salema
Data de Eleição: 15/06/2012
Vice-presidente
Município do Alandroal
Representado pela Presidente Mariana Rosa Gomes Chilra
Data de Eleição: 15/06/2012
Secretário
Município de Serpa
Representado pelo Vereador Carlos Alberto Martins Bule Alves
13 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Data de Eleição: 15/06/2012
Comissão Liquidatária
Presidente
Manuel Bento Rosado
Data de Eleição: 15/06/2012
Vogal
Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo
Data de Eleição: 15/06/2012
Vogal
João Emanuel Pereira Martins
Data de Eleição: 15/06/2012
Vogal
Ana Maria Charrama Farinho
Data de Eleição: 15/06/2012
CENTRO OPERATIVO E DE TECNOLOGIA DO REGADIO (COTR)
Direção
Presidente da Direção
António Manuel Faria Camarate de Campos
Vogal da Direção
Rui Manuel Inácio Garrido
Vogal da Direção
José Filipe Guerreiro Santos
Vogal da Direção
Francisco Calheiros Lopes de Seixas Palma
14 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
Vogal da Direção
Manuel António Canilhas Reis
Assembleia Geral
Presidente
Shakib Shahidian - Universidade de Évora
Vice-Presidente
João Campelo
Secretário
Arístides Pires Chinita
ÁGUAS DO CENTRO ALENTEJO
Mesa da Assembleia Geral
Presidente
Ângelo João Guarda Verdades Sá
Presidente da Câmara Municipal de Borba
Data de Eleição: 10/05/2012
Vice-Presidente
EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, S.A.
Representada por Jorge Manuel Vazquez Gonzalez
Data de Eleição: 10/05/2012
Secretário
Paulo Manuel Marques Fernandes
Data de Eleição: 10/05/2012
Conselho de Administração
Presidente
Artur Pato Mendes de Magalhães
15 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Data de Eleição: 10/05/2012
Vogal
António Manuel Vinagreiro dos Santos Ventura
Data de Eleição: 10/05/2012
Vogal
José Gabriel Paixão Calixto
Em representação do Município de Reguengos de Monsaraz
Data de Eleição: 10/05/2012
Fiscalização
Fiscal Único
Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A.
Data de Eleição: 10/05/2012
Comissão de Vencimentos
Presidente
Afonso Lobato de Faria
Data de Eleição: 10/05/2012
Vogal
Maria de Fátima Ferreira Pica Ferreira Borges
Data de Eleição: 10/05/2012
Vogal
Alfredo Falamino Barroso
Representante do Munício do Redondo
Data de Eleição: 10/05/2012
16 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO ALENTEJO (ADRAL)
Mesa da Assembleia Geral
Presidente
Universidade de Évora
Representada por Manuel D´Orey Cancela D´Abreu
Secretários
Associação Comercial de Beja
Representada por João Venâncio Jacinto Rosa
BES – Banco Espírito Santo
Representada por José Cunha
Conselho de Administração
Presidente
Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC)
Representada por Alfredo Falamino Barroso
Vice-presidente
NERBE – Núcleo Empresarial da Região de Beja
Representada por Filipe Jorge M. Piçarra Fialho Pombeiro
Vogais
AICEP – Global Parques, S.A.
Representada por Miguel Gulliver Borralho
Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral
Representada por Pedro Manuel Igrejas da Cunha Paredes
Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo
Representada por Armando Jorge Mendonça Varela
Associação de Agricultores do Distrito de Évora
Representada por Francisco Manuel Ramalho Carolino
EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva
Representada por Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo
Rota do Guadiana – Associação de Desenvolvimento Integrado
Representada por David Henrique Machado
17 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
FENACAM - Federação Nacional da Caixas de Crédito Agrícola Mútuo
Representada por Josué Cândido Ferreira dos Santos
Instituto Politécnico de Beja
Representado por Isidro Lourenço Rodrigues Gois Féria
NOVADELTA – Comércio e Industria de Cafés, Lda.
Representada por Maria Cristina Cordeiro Batista
Turismo do Alentejo, ERT
Representada por Domingos Fernando Cordeiro
SOMINCOR – Sociedade Mineira de Neves-Corvo
Representada por Maria Lígia Câmara Garcia Várzea de Araújo
Terras Dentro – Associação para o Desenvolvimento Integrado
Representada por Elsa Conceição Branco
União de Sindicatos do Distrito de Évora
Representada por Ricardo Manuel Cabeça Galhardo
Comissão Executiva do Conselho de Administração
Presidente
Alfredo Falamino Barroso
Representante da CIMAC
Vice-presidente
Filipe Jorge M. Piçarra Fialho Pombeiro (NERBE)
Vogais
Armando Jorge Mendonça Varela (CIMAA)
Maria Cristina Cordeiro Batista (NOVADELTA)
Elsa Conceição Branco (Terras Dentro)
Conselho Fiscal
Presidente
NERPOR – Núcleo Empresarial da Região de Portalegre
Representado pelo Sr. Dr. Jorge Firmino Rebocho Pais
Vogais
Fundação Eugénio de Almeida
Representada por Maria do Céu Baptista Ramos
Revisor Oficial Contas
L. Graça, R. Carvalho & M. Borges, SROC, LDA
18 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
Representada por Maria do Rosário Carvalho/ROC n.º 658
Revisor Oficial Contas Suplente
Manuel Fernando Andrade Borges/ROC n.º 1067
Ao nível da identificação das pessoas singulares titulares de participações noutras entidades
refira-se, no que respeita ao Conselho de Administração da EDIA, que, quer o Presidente do
Conselho de Administração da EDIA, Eng.º José Pedro Mendes da Costa Salema, quer os
vogais do Conselho de Administração: Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo e Eng.º
Jorge Manuel Vazquez Gonzalez, não são titulares de participações noutras entidades.
Por outro lado, referencie-se que o presidente do Conselho Fiscal (António Lorena de Sèves)
possui uma quota em Abalada Matos, Lorena de Sèves & Associados – Sociedade de
Advogados, R.L. e quota em Notas Verbais Unipessoal, Lda.. Os vogais do Conselho Fiscal
(Orlando de Castro Borges e Nelson Manuel Costa Santos) não são titulares de participações
qualificadas noutras entidades.
III.2. Aquisição e Alienação de Participações Sociais/Participação em Entidades de
Natureza Associativa ou Fundacional
A EDIA não adquiriu ou alienou, no exercício, participações sociais/participações em entidades
de natureza associativa ou fundacional.
O Conselho de Administração da EDIA não é igualmente titular de participações
sociais/participações em entidades de natureza associativa ou fundacional.
Ao nível do Conselho Fiscal esta questão não é aplicável.
III.3. Prestação de Garantias Financeiras ou assunção de Dívidas ou Passivos de
Outras Entidades (mesmos nos casos em que assumam organização de grupo)
A EDIA, no exercício, não prestou garantias financeiras ou assumiu dívidas ou provisões de
outras Entidades.
A empresa Gestalqueva, S.A. (em liquidação à data de 31 dezembro de 2013), em 2007 prestou
uma fiança no Banco Português de Investimento (BPI), sobre um contrato de abertura de crédito
até ao montante de € 600.000. Prevendo-se um exercício de 2013 difícil, sabendo da
indisponibilidade da Comissão Liquidatária da Gestalqueva, S.A. para proceder a suprimentos
financeiros à Gescruzeiros, S.A. o Conselho de Administração negociou no início do ano, com o
BPI, a carência de capital durante o ano de 2013, até ao previsível desfecho da alienação do
capital da Gescruzeiros, S.A. pela Comissão Liquidatária da Gestalqueva, S.A..
19 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
III.4. Indicação sobre o número de Ações e Obrigações detidas por Membros dos
Órgãos de Administração e de Fiscalização
Os membros dos Órgãos de Administração (Presidente do Conselho de Administração e os dois
vogais do Conselho de Administração) não são titulares de ações e obrigações.
Ao nível do Conselho Fiscal o Presidente e o vogal Orlando de Castro Borges do Conselho
Fiscal não são titulares de ações e obrigações, enquanto o vogal Nelson Manuel Costa Santos
não é titular de ações e obrigações que confiram uma participação qualificada.
III.5. Informação sobre a existência de relações significativas de natureza
comercial entre os titulares de participações e a sociedade
Não existem relações de natureza comercial entre os titulares de participações e a sociedade.
III.6. Identificação dos mecanismos adotados para prevenir a existência de
conflitos de interesses/Declaração dos Membros do Órgão de Administração de
que se abstêm de interferir nas decisões que envolvam os seus próprios interesses
No âmbito da prevenção de conflitos de interesses, importa ter presente, numa primeira linha, as
determinações do Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexa em vigor e o
quadro de medidas aí previstas, bem como os princípios e regras do Código de Ética da
Empresa, tais como a declaração de interesses subscrita por cada colaborador da EDIA, em
2012, arquivada no seu processo individual.
No que respeita aos Órgãos Sociais, em especial ao nível do Conselho de Administração, não
existem conflitos de interesses no exercício da sua atividade. Acresce ainda que, para além do
cumprimento escrupuloso das obrigações de comunicação de rendimentos e património se
procede à monitorização regular e sistemática de todas as despesas realizadas, que são objeto de
apreciação desagregada ao nível do controlo periódico dos custos de funcionamento da
Empresa, com base em relatórios internos, divulgados e apreciados em reuniões, com todas a
chefias da Empresa.
Como tipologia de medidas especificamente vocacionadas para a prevenção de conflitos de
interesses importa considerar a segregação de funções, a concentração do poder de adjudicação
no Conselho de Administração e não no administrador do pelouro cuja margem de decisão é,
nesse aspeto, reservada a patamares de despesa pouco elevados, de que é exemplo a Ordem de
Serviço N.º 1/2013, em vigor desde o início de 2013.
Merece ainda referência o estabelecimento de regras claras e transparentes no manual de
procedimentos da Empresa.
20 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
IV. ÓRGAOS SOCIAIS E COMISSÕES
A. MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
IV.A.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral
MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
Presidente
Professor Doutor Carlos Alberto Martins Portas
Secretários
Dr. José Pedro da Silva Martins
Dr.ª Cristina Maria Pereira Freire
IV.A.2. Identificação das Deliberações Acionistas que, por imposição estatutária,
só podem ser tomadas com maioria qualificada, para além das legalmente
previstas, e indicação dessas maiorias
Não se aplica visto que o Estado, através da DGTF, é acionista único da EDIA.
Mandato
(Início - Fim) Fixada(€)(1)
Bruta Pago(2)
(2012 - 2014) Presidente Carlos Alberto Martins Portas 645,77 645,77
(2012 - 2014) Secretário José Pedro da Silva Martins - -
(2012 - 2014) Secretária Cristina Maria Pereira Freire 387,97 387,97
Legenda:
(1) - Valor da Senha de presença fixada
(2) - Antes de reduções remuneratórias
Cargo
Remuneração Anual
Nome
21 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
B. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO
IV.B.1. Modelo de Governo Adotado
O modelo de governo da EDIA, S.A., o modelo latino – reforçado visa a transparência e a
eficácia da sua gestão, sendo um dos seus objetivos principais a separação clara de poderes entre
os diversos órgãos sociais da empresa. São órgãos da sociedade:
Assembleia Geral
Conselho de Administração
Conselho Fiscal
Revisor Oficial de Contas
IV.B.2. Regras Estatutárias sobre procedimentos aplicáveis à nomeação e
substituição do Conselho de Administração
Os membros do Conselho de Administração da EDIA são designados em Assembleia Geral pelo
Acionista único, ou seja o Estado. Os estatutos da EDIA, aprovados pelo Decreto-Lei n.º
42/2007, de 22 de fevereiro, não contêm especificidades relativamente à nomeação e
substituição do Conselho de Administração.
As regras sobre procedimentos aplicáveis à nomeação e substituição do Conselho de
Administração encontram-se previstas no Código das Sociedades Comerciais, aplicáveis por via
do disposto no artigo 14.º do Regime Jurídico do Setor Público Empresarial, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro. Deste último diploma destacam-se as normas dos
artigos 21.º (Gestor Público), 31.º (Estrutura de Administração e de Fiscalização) e 32.º (Órgão
de Administração). Com relevo ainda para a nomeação e substituição do Conselho de
Administração importa referir ainda as disposições dos artigos 12.º e seguintes do Estatuto do
Gestor Público.
IV.B.3. Composição do Conselho de Administração
Mandato
(Início - Fim)
(2012 - 2014) Presidente João Cláudio Cabral de Oliveira Basto AG (08/03/2012) 1 *
(2012 - 2014) Presidente José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema DSU (02/12/2013) 1 -
(2012 - 2014) Vogal Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo AG (08/03/2012) 2 -
(2012 - 2014) Vogal Jorge Manuel Vazquez Gonzalez AG (08/03/2012) 1 -
Notas:
AG - Assembleia Geral
* Renunciou em 25 de outubro de 2013, exercendo funções até 30 de novembro de 2013.
Observações
DSU - Deliberação Social Unânime por escrito
Cargo Nome
Designação Legal
da atual
Nomeação
N.º de mandatos
exercidos na
Sociedade
22 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
IV.B.4. Distinção dos Membros Executivos e Não Executivos do Conselho de
Administração
O Conselho de Administração da EDIA é constituído por três membros executivos, não
possuindo nenhum membro não executivo na sua composição.
IV.B.5. Elementos Curriculares relevantes dos Membros do Conselho de
Administração
José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema *
Presidente do Conselho de Administração
* Nomeado em 02 de dezembro de 2013.
Data de Nascimento: 02 de outubro de 1973
Habilitações Académicas
Licenciatura em Engenharia Agronómica, Ramo de Economia Agrária e Sociologia
Rural
Master in Business Administration (MBA) com especialização em Gestão da
Informação
Mestrado em Gestão de Empresas
Atividade Profissional
Presidente do Conselho de Administração da EDIA (desde dezembro/2013)
Sócio-Gerente - FZ Agrogestão, Consultoria em Meio Rural, Lda (Gestão Geral de
Empresa; Gestão Financeira; Gestão de Informação)
Consultor de várias empresas e associações do meio rural em Portugal e Angola
Formador Externo - Ações de formação na temática da Gestão da Empresa Agrícola e
das Tecnologias da Informação para a Agricultura - Ministério da Agricultura e IDRHa
Responsável pelas aulas práticas da disciplina de Contabilidade da Empresa Agrícola -
Instituto Superior de Agronomia
Responsável pelas aulas práticas da disciplina de Economia - Instituto Superior de
Agronomia
Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo
Vogal do Conselho de Administração
Data de Nascimento: 25 de fevereiro de 1972
Habilitações Académicas
Licenciatura em Gestão de Empresas na Universidade de Évora
Curso de Especialização em Contabilidade Financeira Avançada no Instituto para o
Desenvolvimento da Gestão Empresarial do ISCTE
23 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Programa de Direção de Empresas na Escola de Direção e Negócios – AESE
Atividade Profissional
Vogal do Conselho de Administração da EDIA (desde Abril/2010)
Diretora Coordenadora da Direção de Administração e Finanças da Empresa de
Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva - EDIA, S.A. (1999-2010)
Vogal Não Executivo do Conselho de Administração da Gestalqueva, S.A. (2009-2010)
Vogal Não Executivo do Conselho de Administração da Merturis – Empresa Municipal
de Turismo da Câmara Municipal de Mértola (2003-2010)
Responsável pelo Projeto de modernização administrativa de 18 Serviços Públicos e 12
Empresas Públicas da Loja do Cidadão das Laranjeiras – Lisboa (Instituto de Gestão das
Lojas do Cidadão) (1998-1999)
Admissão na EDIA, S.A. exercendo funções no âmbito da Direção Administrativa e
Financeira; a partir de 1996 nomeada Coordenadora do Núcleo de Gestão Financeira
(1995-1998)
Formadora de contabilidade e gestão financeira no curso de formação Dinamizadores de
Empresas, desenvolvida no âmbito do Programa Now (Novas Oportunidades para
Mulheres) do IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional (1993)
Jorge Manuel Vazquez Gonzalez
Vogal do Conselho de Administração
Data de Nascimento: 22 de julho de 1951
Habilitações Académicas
Licenciatura em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico
Mestrado em Mecânica dos Solos e Fundações pela Universidade Nova de Lisboa
Atividade Profissional
Vogal do Conselho de Administração da EDIA (desde março/2012)
Diretor-Coordenador de Engenharia, Ambiente e Ordenamento do Território na EDIA
(2005-2012)
Administrador da COBA (Consultores Obras, Barragens e Planeamento, S.A.) (2000-
2004)
Diretor do Serviço de Geotecnia na COBA (1988-2004)
Diretor do Serviço de Barragens na COBA (1983-1988)
IV.B.6. Relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas,
dos membros do Conselho de Administração com acionistas a quem seja imputável
participação qualificada superior a 2% dos direitos de voto
Não existem relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas.
24 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
IV.B.7. Mapas Funcionais relativos à repartição de competências entre os vários
Órgãos Sociais
As competências dos diversos órgãos sociais da EDIA, S.A. são as seguintes:
Assembleia Geral
Compete à Assembleia Geral:
Deliberar sobre o relatório de gestão e as contas do exercício;
Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados;
Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade;
Eleger o revisor oficial de contas e o conselho fiscal;
Deliberar sobre alterações dos estatutos; e
Deliberar sobre qualquer outro assunto para que tenha sido convocada.
As deliberações são tomadas por maioria de votos dos acionistas presentes ou representados na
assembleia geral, sempre que a lei não disponha de forma diversa.
Conselho de Administração
De acordo com o artigo 15.º do Decreto-Lei N.º 42/2007, compete ao Conselho de
Administração da EDIA assegurar a gestão dos negócios da sociedade, sendo-lhe atribuídos os
mais amplos poderes e cabendo-lhe, designadamente:
Aprovar o plano de atividades, anual e plurianual;
Aprovar o orçamento e acompanhar a sua execução;
Gerir os negócios sociais e praticar todos os atos relativos ao objeto social que não
caibam na competência de outro órgão da sociedade;
Adquirir, alienar ou onerar participações no capital de outras sociedades, bem como
obrigações e outros títulos semelhantes;
Representar a sociedade, em juízo e fora dele, ativa e passivamente, propor e
acompanhar ações, confessar, desistir, transigir e aceitar compromissos arbitrais;
Adquirir, alienar ou onerar bens imóveis até ao limite de metade do valor do capital
social, mas nunca superior a € 2.500.000;
Deliberar sobre a emissão de empréstimos obrigacionistas e contrair empréstimos não
obrigacionistas no mercado financeiro, ressalvados os limites legais e a necessidade de
autorização do Ministro das Finanças;
Estabelecer a organização técnico-administrativa da sociedade;
Decidir sobre a admissão de pessoal e sua remuneração;
Constituir procuradores e mandatários da sociedade, nos termos que julgue conveniente;
e
Exercer as demais competências que lhe caibam por lei, independentemente e sem
prejuízo das que lhe sejam delegadas pela assembleia geral.
25 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Conselho Fiscal
Compete ao Conselho Fiscal:
Assistir às reuniões do conselho de administração sempre que o entenda conveniente;
Emitir pareceres sobre qualquer matéria que lhe seja apresentada pelo conselho de
administração;
Colocar ao conselho de administração qualquer assunto que por ele deva ser ponderado;
Aprovar o plano de atividades e orçamentos; e
Emitir pareceres sobre os relatórios de atividade da Empresa
Sem prejuízo do que se encontra disposto no Decreto-lei n.º 133/2013, de 03 de outubro, e em
consonância com o disposto no Artigo 60.º da referida lei, os órgãos de fiscalização da
sociedade têm as competências genéricas previstas na lei comercial.
O Decreto-lei n.º 133/2013 vem, no entanto, através do artigo 33.º, alargar o âmbito de atuação
do órgão de fiscalização na medida em que define, no seu n.º 4. que “Sem prejuízo do disposto
sobre a matéria nos respetivos estatutos, o conselho de administração das empresas públicas
obtém parecer prévio favorável do conselho fiscal para a realização de operações de
financiamento ou para a celebração de atos ou negócios jurídicos dos quais resultem
obrigações para a empresa superiores a 5% do ativo líquido, salvo nos casos em que os
mesmos tenham sido aprovados nos planos de atividades e orçamento.”
IV.B.8. Funcionamento do Conselho de Administração
a) Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade de cada membro
às reuniões realizadas
O Conselho de Administração (CA) da EDIA é composto por três (3) membros: o Presidente do
Conselho de Administração e dois (2) vogais. Ao longo do ano de 2013 o CA da EDIA realizou
42 reuniões tendo contado, em todas elas, com a presença da totalidade dos seus membros.
b) Indicação dos cargos exercidos em simultâneo noutras empresas,
dentro e fora do grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos
membros daqueles órgãos no decurso do exercício
Presidente do Conselho de Administração
José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema
O Presidente do Conselho de Administração (PCA) da EDIA preside à Mesa da Assembleia
Geral da comissão liquidatária da GESTALQUEVA, e representa a EDIA na Entidade Regional
de Turismo do Alentejo.
26 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
Vogal
Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo
A Dr.ª Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo, é vogal da Comissão Liquidatária da
Gestalqueva e representa a EDIA na Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo
(ADRAL) e no Núcleo Empresarial da região de Beja (NERBE).
Vogal
Jorge Manuel Vazquez Gonzalez
O Eng.º Jorge Manuel Vazquez Gonzalez é vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral da
empresa Águas do Centro Alentejo.
c) Indicação dos Órgãos da Sociedade competentes para realizar a
avaliação de desempenho dos administradores executivos e critérios
pré-determinados para a avaliação de desempenho dos mesmos
O Decreto-lei n.º 133/2013, de 03 de outubro, que fixa o regime jurídico do setor público
empresarial, introduz alterações importantes ao exercício da função acionista no âmbito do
Setor Empresarial do Estado (SEE). Neste âmbito, o artigo 38.º do referido decreto-lei define,
no seu n.º 2 que o “O exercício da função acionista processa-se por via de deliberação em
assembleia geral ou, tratando-se de entidades públicas empresariais, por resolução do
Conselho de Ministros ou por despacho do titular da função acionista.”
No caso da EDIA, anualmente, em Assembleia Geral, o representante do Acionista - Estado,
avalia o desempenho dos administradores executivos. Em 2013, e nos termos do definido no
artigo 455.º do Código das Sociedades Comerciais, em Assembleia Geral realizada a 11 de julho
de 2013 (ponto 4 da ata da referida Assembleia Geral (n.º 25), foi proposto e efetuada, por parte
do representante do acionista – Estado, a votação favorável dos Órgãos de Administração
sociedade e de cada um dos seus membros.
d) Comissões no seio do Órgão de Administração ou supervisão e
Administradores Delegados
Não aplicável.
IV.B.9. Comissões existentes no Órgão de Administração
Não aplicável.
27 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
C. FISCALIZAÇÃO
IV.C.1. Órgão de Fiscalização
Na EDIA, o Conselho Fiscal é composto por um (1) presidente, dois (2) vogais e um (1)
suplente, estando em vigor um mandato de três (3) anos – 2012/2014.
IV.C.2. Identificação dos membros do Conselho Fiscal, nos termos do 414.º, n.º do
Código das Sociedades Comerciais (CSC)
Conselho Fiscal
Presidente
António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves
Vogais
Orlando José Manuel de Castro Borges
Nelson Manuel Costa dos Santos **
Vogal Suplente
Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio
** Nomeado em 27 de março de 2013
Mandato
(Início - Fim)
(2012 - 2014) Presidente António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves AG (08/03/2012) 2 -
(2012 - 2014) Vogal Orlando José Manuel de Castro Borges AG (08/03/2012) 1 -
(2012 - 2014) Vogal Nelson Manuel Costa dos Santos DSU (27/03/2013) 1 -
(2012 - 2014) Vogal Suplente Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio AG (08/03/2012) 2 -
Notas:
AG - Assembleia Geral
DSU - Deliberação Social Unânime por escrito
ObservaçõesCargo Nome
Designação
Legal da atual
Nomeação
N.º de mandatos
exercidos na
Sociedade
Mandato
(Início - Fim) Fixada(€)(1)
Bruta Pago(2)
(2012 - 2014) Presidente António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves 15.302 14.538
(2012 - 2014) Vogal Orlando José Manuel de Castro Borges 11.480 10.904
(2012 - 2014) Vogal Nelson Manuel Costa dos Santos 9.020 8.400
(2012 - 2014) Vogal Suplente Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio - -
Legenda:
(1) - Valor Bruto Anual fixado
(2) - Antes de Reduções remuneratórias
Cargo NomeRemuneração Anual
28 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
IV.C.3. Elementos curriculares relevantes de cada um dos membros do Conselho
Fiscal
Conselho Fiscal
António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves
Presidente do Conselho Fiscal
Data de Nascimento: 11 de março de 1966
Habilitações Académicas
Mestre em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa
Atividade Profissional
Advogado, Sócio da Sociedade de Advogados Abalada Matos, Lorena de Sèves, Cunhal
Sendim & Associados.
Assistente Universitário no Departamento de Direito da Universidade Autónoma de
Lisboa (1994-2006)
Assessor do Ministro das Finanças (2001-2002)
Assessor do Primeiro-Ministro (2000-2001)
Orlando José Manuel de Castro Borges
Vogal
Data de Nascimento: 05 de abril de 1960
Habilitações Académicas
Licenciado em Geografia pela Universidade de Lisboa
Mestrado Planeamento Regional e Urbano, Instituto Superior Técnico (parte escolar)
Atividade Profissional
Presidente do Instituto da Água (2001-2012), acumulou funções com a Presidência da
Comissão de Acompanhamento das Infra-estruturas de Alqueva.
Vice-Presidente do Instituto da Água (1999-2000)
Chefe de Divisão de Ordenamento e Proteção na Direção Geral dos Recursos Naturais
(1993-1999)
Técnico Superior na Direção Geral dos Recursos Naturais (1987-1993)
Técnico Superior na Direção Geral de Recursos e Aproveitamentos Hidráulicos (1985-
1986)
Técnico Superior na Direção Geral de Ordenamento
Nelson Manuel Costa dos Santos *
Vogal
* Nomeado em 27 de março de 2013
29 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Data de Nascimento: 19 de maio de 1973
Habilitações Académicas
Licenciatura em Contabilidade e Auditoria, ISCAA – Universidade de Aveiro
Curso de Estudos Especializados em Auditoria Contabilística, ISCAA - Universidade de
Aveiro
Bacharelato em Contabilidade e Administração, ISCAA – Universidade de Aveiro
Atividade Profissional
Membro do Grupo de Trabalho, em representação da DGTF, sobre o controlo dos
impactos financeiros do PPTH e do PREDE nos municípios
Vogal do Conselho Fiscal da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do
Alqueva, S.A., desde marços de 2013
Membro do Conselho Geral da Comissão de Normalização Contabilística (CNC), desde
fevereiro de 2013
Técnico Superior da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, na área da concessão de
garantias e empréstimos, desde março de 2009
Técnico analista de risco de crédito e de controlo financeiro na Agência de Gestão da
Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, E.P.E., de março de 2007 a março de 2009
Técnico Superior da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, na área da Tesouraria
Central do Estado, de maio de 2000 a março de 2007
Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio
Vogal Suplente
Data de Nascimento: 18 de Novembro de 1958
Habilitações Académicas
Licenciatura em Gestão e Administração de Empresas pela Universidade Católica
Portuguesa (UCP) em 1983
Atividade Profissional
Diretora da Direção de Serviços de Regularizações Financeiras da Direção-Geral do
Tesouro e Finanças, desde Junho de 2007; Diretora da Direção de Recuperação de
Créditos da Direcção-Geral do Tesouro (DGT) entre Junho de 1999 e Junho de 2007;
chefe da divisão de Cooperação Bilateral da Direção de Serviços de Cooperação
Internacional da DGT entre Fevereiro de 1994 e Junho de 1999; técnica superior da
DGT de Janeiro de 1985 a Fevereiro de 1994.
Outras Atividades Profissionais
Assegura atualmente os cargos de secretária da mesa da Assembleia-Geral da APA e de
presidente do Conselho Fiscal da Parque Expo 98, S.A.. Assegurou os cargos de
segunda secretária da mesa da Assembleia Geral da Hidroelétrica de Cahora-Bassa,
S.A.R.L. (2004-2007), de presidente da mesa da Assembleia Geral do Hospital Distrital
da Figueira da Foz, SA (2004-2005), de secretária da mesa da Assembleia Geral do
Hospital Nossa Senhora do Rosário, SA (2004-2005) e de presidente do Conselho de
Administração da Gestínsua - Aquisições e Alienações de Património Imobiliário e
Mobiliário, S.A., Sociedade constituída no quadro do processo de recuperação da
empresa da Oliva (2000-2004).
30 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
IV.C.4. Funcionamento do Conselho Fiscal
a) Número de reuniões realizadas e respetivo grau de assiduidade de cada
membro
O Conselho Fiscal realizou 9 reuniões em 2013 nas seguintes datas: 28 de janeiro; 12 de março;
22 de março; 26 de abril; 7 de maio; 10 de maio, 21 de maio, 4 de outubro e 11 de dezembro.
Todos os membros estiveram presentes em todas as reuniões efetuadas.
b) Indicação dos cargos exercidos em simultâneo noutras empresas,
dentro e fora do grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos
membros daqueles órgãos no decurso do exercício
Quanto aos cargos exercidos em simultâneo noutras empresas, dentro e fora do grupo, e outras
atividades relevantes exercidas pelos membros daqueles órgãos no decurso do exercício, ao
nível do Conselho Fiscal informa-se o seguinte:
António Lorena de Sèves (Presidente do Conselho Fiscal): Vice-presidente da mesa da
assembleia-geral da TAP e da TAP, SGPS; gerente da Notas Verbais Unipessoal, Lda.;
Advogado.
Orlando Castro e Borges (Vogal do Conselho Fiscal): Técnico superior da Agência
Portuguesa do Ambiente.
Nelson Manuel Costa Santos (Vogal do Conselho Fiscal): Técnico superior da Direção-
Geral do Tesouro; Vogal suplente do Conselho Fiscal da CP, EPE.
c) Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do
Órgão de Fiscalização para efeitos de contratação de serviços adicionais
ao Auditor Externo
Os procedimentos são os previstos no Código dos Contratos Públicos. No exercício teve lugar
um procedimento de ajuste direto com consulta prévia a 10 auditores.
d) Outras funções dos Órgãos de Fiscalização e, se aplicável, da Comissão
para as Matérias Financeira
Não existem, no exercício, outras funções.
D. REVISOR OFICIAL DE CONTAS (ROC)
IV.D.1. Revisor Oficial de Contas (ROC)
31 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Revisor Oficial de Contas
Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.
Representado pelo Dr. José Vieira dos Reis
O mandato do Revisor Oficial de Contas (ROC) efetivo para o triénio de 2012-2014 teve início
em 04 de maio de 2012, sendo titular do cargo a sociedade Oliveira, Reis & Associados,
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, representada pelo Dr. José Vieira dos Reis,
Revisor Oficial de Contas.
A Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda
(representado pelo Dr. José Vieira dos Reis) exerce assim funções junto da EDIA e do Grupo
desde 2012, estando mandatada para o triénio 2012-2014. O número de inscrição da Sociedade
Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda (ROC: José
Vieira dos Reis, ROC 359) na CMVM, é o 329 e OROC 23. A figura de ROC suplente não se
aplica à EDIA.
O mandato do Revisor Oficial de Contas (ROC), efetivo para o triénio de 2012-2014, teve início
em 04 de maio de 2012, sendo titular do cargo a sociedade Oliveira, Reis & Associados,
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, representada pelo Dr. José Vieira dos Reis,
Revisor Oficial de Contas. O SROC/ROC está mandatado para o triénio 2012-2014, exercendo
funções consecutivas junto da EDIA e do Grupo desde 2012.
No desempenho das suas competências foi atestada a independência do ROC e avaliada
positivamente o trabalho por este desenvolvido ao longo do exercício de 2013.
IV.D.2. Limitações, legais e outras, relativamente ao número de anos em que o
ROC presta contas à sociedade
A Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda
(representado pelo Dr. José Vieira dos Reis) foi designada pela EDIA para o mandato que cobre
os exercícios de 2012 a 2014, ou seja, para o triénio 2012-2014.
Neste sentido, o SROC obriga-se a prestar os seus serviços, em regime de completa
independência funcional e hierárquica da EDIA, com observância dos estatutos deste (SROC),
das normas constantes do Estatuto da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, das leis da
fiscalização das sociedades, dos princípios de ética deontológica profissional e das normas
técnicas e das diretrizes de revisão/auditoria aprovadas ou reconhecidas da Ordem. As referidas
funções são ainda exercidas nos termos do disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 413.º do
Código das Sociedades Comerciais (CSC) e incluem o desempenho das funções de Auditor
Externo, para efeitos previstos no artigo 8.º do Código de Mercado de Valores Mobiliários.
Tratando-se da primeira vez que a Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de
Revisores Oficiais de Contas, Lda desempenha funções para a EDIA, não se verificam,
portanto, limitações, legais ou outras, relativamente ao número de anos em que o SROC/ROC
presta contas à sociedade.
32 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
IV.D.3. Indicação do número de anos em que o SROC e/ou ROC exerce funções
consecutivamente junto da sociedade/grupo, bem como indicação do número de
anos em que o ROC presta serviços nesta sociedade, incluindo o ano a que se
refere o presente relatório
A Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda
(representado pelo Dr. José Vieira dos Reis) exerce funções junto da EDIA há dois (2) anos
consecutivos: 2012 e 2013.
IV.D.4. Descrição de outros serviços prestados pelo SROC à sociedade e/ou
prestados pelo ROC que representa o SROC, caso aplicável
Os serviços da Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de
Contas, Lda (SROC/ROC) à EDIA consistem unicamente na revisão de contas, isto é, expressa
uma opinião profissional e independente relativamente às contas individuais e consolidadas
anuais, revisão limitada para as contas intercalares a 30 de junho e à revisão da posição
financeira trimestral (março e setembro).
E. AUDITOR EXTERNO
IV.E.1. Auditor Externo
Mandato
(Início - Fim)
(2012 - 2014) Revisor Oficial de Contas
Oliveira, Reis& Associados, Sociedade de Revisores
Oficiais de Contas, Lda. Representado pelo Dr José
Vieira dos Reis
AG (4/05/2012) 1 -
ObservaçõesCargo Nome
Designação
Legal da atual
Nomeação
N.º de mandatos
exercidos na
Sociedade
Mandato
(Início - Fim) Fixada (€)(1)
Bruta Pago(2)
(2012 - 2014) Revisor Oficial de Contas
Oliveira, Reis& Associados, Sociedade de Revisores
Oficiais de Contas, Lda. Representado pelo Dr José
Vieira dos Reis
40.000 40.000
Legenda:
(1) - Valor Bruto fixado
(2) - Antes de reduções remuneratórias
Cargo NomeRemuneração Anual
33 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Auditor Externo
O exercício de funções de auditoria externa às contas da EDIA é realizado pela empresa BDO
bdc & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, sendo o auditor externo da
EDIA junto da CMVM a Sociedade Oliveira, Reis & Associados, Sociedade de Revisores
Oficiais de Contas, Lda (SROC/ROC), que exerce quer as funções de ROC estatutário
(assegurando assim a revisão legal das contas), quer as funções de auditor registado na CMVM
para efeitos do Código dos Valores Mobiliários.
A BDO bdc & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda (inscrita na OROC
sob o número 29) presta serviços para a EDIA, assegurando a auditoria às contas anuais
individuais e consolidadas, desde 2006.
IV.E.2. Política e periodicidade da rotação do Auditor Externo e do respetivo sócio
ROC que o representa no cumprimento dessas funções, bem como indicação do
órgão responsável pela avaliação do Auditor Externo e periodicidade com que essa
avaliação é feita
A EDIA tem vindo a adotar, desde há vários anos, um modelo que é também seguido por muitas
outras entidades públicas, que contempla para além dos órgãos de fiscalização (ROC e Conselho
Fiscal) a existência de um auditor externo, sendo que a revisão/auditoria às contas por mais do
que uma firma de auditoria contribui para uma maior credibilização das contas, nomeadamente,
junto de instâncias internacionais, já que a EDIA tem obrigações admitidas à cotação em
mercados de valores mobiliários estrangeiros.
Reforce-se que o auditor externo da EDIA desempenha um papel significativo ao esclarecer
regularmente dúvidas e efetuar aconselhamentos, designadamente, sobre procedimentos
contabilísticos e demais documentos de report de informação emitidos pela EDIA: relatórios de
gestão e as demonstrações financeiras, sendo efetuada uma revisão muito detalhada dos
mesmos, não se atendendo apenas às questões materialmente relevantes.
Refira-se ainda que a revisão de auditoria às contas por mais do que uma firma de auditoria é
um modelo encorajado e recomendado pela Comissão Europeia para as entidades de interesse
público, conceito que integra a EDIA.
O ROC é mandatado por períodos de três (3) anos pelo Acionista único da Empresa (Estado
Português), e a sua eleição é formalizada em sede de Assembleia Geral da Empresa, através de
um representante do Acionista Estado designado para esse efeito.
O Auditor Externo está a desempenhar as suas funções ao abrigo de um contrato trianual que
abrange os exercícios de 2012, 2013 e 2014.
O órgão da EDIA responsável pela avaliação do Auditor Externo é o Conselho de
Administração da EDIA. Essa avaliação é feita anualmente e coincide com dois momentos
específicos: a elaboração do Relatório de Gestão da EDIA e do Grupo, a 31 de dezembro e a
elaboração do Relatório e Contas Consolidadas da EDIA e do Grupo, a 30 de junho de 2013.
34 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
IV.E.3. Identificação de trabalhos, distintos dos de auditoria, realizados pelo
Auditor Externo para a sociedade e/ou para sociedades que com ela se encontrem
em relação de domínio, bem como indicação dos procedimentos internos para
efeitos de aprovação da contratação de tais serviços e indicação das razões para a
sua contratação
O auditor externo (BDO bdc & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda)
desenvolveu ainda para a EDIA trabalhos de assessoria fiscal. Esta avença tem vindo a ser
renovada anualmente.
IV.E.4. Auditor Externo
Nota: deverá indicar-se o valor dos honorários envolvidos recebidos pelos trabalhos e a percentagem sobre os
honorários totais faturados pela empresa à sociedade/grupo.
(€) (%)
30.150 87,16%
4.440 12,84%
- -
34.590 100%
(€) (%)
- -
- -
- -
- -
Valor dos serviços de revisão de contas
Remunerações paga à SROC (inclui contas e consolidadas)
Valor de outros serviços que não revisão de contas
Total pago pelas entidades do Grupo à SROC
Valor dos serviços de consultoria fiscal
Valor de outros serviços que não revisão de contas
Total pago pela empresa à SROC
Por entidades que integram o grupo (inclui contas individuais e consolidadas)
Valor dos serviços de revisão de contas
Valor dos serviços de consultoria fiscal
35 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
V. ORGANIZAÇÃO INTERNA
A. ESTATUTOS E COMISSÕES
V.A.1. Alteração dos Estatutos da Sociedade – Regras Aplicáveis
As regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade encontram-se definidas no artigo 36.º
do Decreto-lei n.º 133/2013, de 03 de outubro, que define que “A alteração dos estatutos de
empresas públicas é realizada através de decreto-lei ou nos termos do Código das Sociedades
Comerciais, consoante se trate de entidade pública empresarial ou sociedade comercial,
devendo os projetos de alteração ser devidamente fundamentados e aprovados pelo titular da
função acionista.”
V.A.2. Comunicação de Irregularidades – Meios e política de comunicação de
irregularidades ocorridas na sociedade
As atividades da Empresa são controladas pelos órgãos de fiscalização respetivos que produzem
relatórios de certificação que são publicados no Relatório e Contas da Empresa, bem como
Relatórios Trimestrais que são enviados para o Acionista-Estado.
V.A.3. Indicação das políticas antifraude adotadas e identificação de ferramentas
existentes com vista à mitigação e prevenção da fraude organizacional. Referência
à existência de Planos de Ação para prevenir fraudes internas e externas, assim
como a identificação das ocorrências e as medidas tomadas para a sua mitigação.
Indicar se a empresa cumpre com a legislação e a regulamentação em vigor
relativas à prevenção da corrupção e se elabora anualmente um Relatório
Identificativo das Ocorrências, ou Risco de Ocorrências, dos factos mencionados
na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º da Lei n.º 54/2008, de 4 de setembro. Indicação do
local no site da empresa onde se encontra publicitado o respetivo relatório (Artigo
46.º DL 133/2013)
A EDIA dispõe de um sistema de controlo interno, tendo-se inclusive, adjudicado no final do
ano de 2013, encontrando-se em curso, uma prestação de serviços de auditoria aos sistemas de
gestão de riscos, de informação e de controlo interno.
A EDIA adquiriu, para o efeito, software de qualidade, que se consubstancia num dos melhores
ERP’s (Programas de Gestão Integrada) existentes no mercado – ERP da SAP.
Este sistema informático procura contemplar a empresa como um todo e encontra-se dividido
em diversos módulos, cada um correspondendo a uma área específica:
36 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
FI – Contabilidade
CO – Controlling/Contabilidade Analítica
SD – Vendas
IM /PS – Controlo e Gestão Orçamental de Investimentos
LO – Controlo de Contratos de Empreitadas, Fornecimento de Equipamentos e Prestação de
Serviços
RH – Gestão de Recursos Humanos
A EDIA está a aguardar a conclusão da prestação de serviços referida antes de tomar mais
medidas sobre esta matéria.
O Relatório Final sobre a execução do Plano Anti Corrupção e Infrações Conexas foi elaborado,
e encontra-se disponível no site da Empresa no separador “Quem Somos” » “EDIA” »
”Princípios de Bom Governo” » “Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações
Conexas”.
B. CONTROLO INTERNO E GESTÃO DE RISCOS
V.B.1. Informação sobre a existência de um Sistema de Controlo Interno (SCI)
compatível com a dimensão e complexidade da empresa, de modo a proteger os
investimentos e os seus ativos
O sistema de controlo interno é o plano de organização dos métodos e procedimentos definidos
pela administração de uma entidade, para auxiliar a atingir o objetivo de gestão de assegurar,
tanto quanto for praticável, a metódica e eficiente conduta dos seus negócios, incluindo a
aderência às políticas da administração, a salvaguarda dos ativos, a prevenção e deteção de
fraudes e erros, a precisão e plenitude dos registos contabilísticos e a atempada preparação de
informação financeira fidedigna. Neste âmbito, e conforme referido num ponto anterior, a
empresa está sujeita a vários Regulamentos Internos e Externos.
De forma a garantir uma maior eficiência dos recursos necessários aos investimentos da
Empresa, torna-se essencial um controlo eficiente na execução financeira traduzindo-se esta
atuação numa maior transparência de procedimentos.
No caso particular do controlo orçamental, definiram-se regras claras e eficazes para a gestão
dos recursos financeiros, sem prejuízo das competências estatutárias atribuídas ao Conselho de
Administração, que têm por objetivo definir a forma de aprovação, conferência e validação da
despesa realizada e que passa pelo estabelecimento de uma hierarquia escalonada de delegação
de competências por níveis de responsabilidade e por montantes.
Saliente-se ainda que todo o investimento é baseado num orçamento anual e a respetiva
realização é devidamente cabimentada, existindo um acompanhamento constante desta
execução e uma identificação sistemática dos desvios verificados.
A EDIA adquiriu, para o efeito, software de qualidade, que se consubstancia num dos melhores
ERP’s (Programas de Gestão Integrada) existentes no mercado – ERP da SAP.
37 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Este sistema informático procura contemplar a empresa como um todo e encontra-se dividido
em diversos módulos, cada um correspondendo a uma área específica:
FI – Contabilidade
CO – Controlling/Contabilidade Analítica
SD – Vendas
IM /PS – Controlo e Gestão Orçamental de Investimentos
LO – Controlo de Contratos de Empreitadas, Fornecimento de Equipamentos e
Prestação de Serviços
RH – Gestão de Recursos Humanos
V.B.2. Pessoas, órgãos ou comissões responsáveis pela auditoria interna e/ou pela
implementação de sistema de gestão e controlo de risco que permita antecipar e
minimizar os riscos inerentes à atividade desenvolvida
O Conselho de Administração da EDIA é, em última instância, o órgão responsável pela
auditoria interna e/ou pela implementação de sistema de gestão e controlo de risco tendo em
vista a minimização dos riscos inerentes à atividade desenvolvida pela Empresa. Neste
particular, e tendo em consideração a necessidade de avaliar o sistema de controlo interno,
assim como o reconhecimento da gestão de risco enquanto área estratégica para a organização,
bem como a importância da informação e as especificidades da atividade da EDIA, destaque-se
a auditoria ao sistema de controlo interno, adjudicada em 2013, recomendada pelo Conselho
Fiscal da EDIA e aprovada pelo Conselho de Administração da Empresa.
V.B.3. Plano Estratégico e de Política de Risco da Sociedade (deve incluir a
definição de níveis de risco considerados aceitáveis e identificar as principais
medidas adotadas)
No âmbito da gestão de conflitos de interesses, e tendo em consideração a necessidade de dar
cumprimento à Recomendação do Conselho de Prevenção da Corrupção, de 7 de novembro de
2012, nos termos da qual a Empresa deverá dispor de mecanismos de acompanhamento e de
gestão de conflito de interesses, procedeu-se à elaboração do Plano de Prevenção de Riscos de
Corrupção e Infrações Conexas da EDIA. Através deste documento, a Sociedade assumiu e
definiu como seu compromisso proceder a rigoroso controlo de validação, no sentido de
verificar a conformidade factual entre as normas do Plano e a aplicação das mesmas.
Este Plano pressupõe igualmente a criação de métodos e a definição de procedimentos pelos
responsáveis, que contribuam para assegurar o desenvolvimento e controlo das atividades de
forma adequada e eficiente, de modo a permitir a salvaguarda dos ativos, a prevenção e deteção
de situações de ilegalidade, fraude e erro, garantindo a exatidão dos registos contabilísticos e os
procedimentos de controlo a utilizar para atingir os objetivos definidos.
Por outro lado, e no âmbito do aprofundamento dos processos do controlo sistemático do
desenvolvimento operacional, temporal e financeiro das diversas tarefas intrínsecas à atividade,
ou Missão da Empresa, procura-se, de forma sistematizada, garantir o cumprimento do
planeamento estabelecido, ou o seu ajustamento atempado, caso necessário.
38 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
Refira-se ainda que o Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas se aplica
aos membros dos órgãos sociais, ao pessoal com funções de chefia e a todos os trabalhadores e
colaboradores da EDIA. A responsabilidade pela implementação, execução e avaliação do Plano
cabe ao Conselho de Administração e a todo o pessoal com funções de chefia.
Tendo em consideração a avaliação do conteúdo funcional desenvolvido por cada unidade
orgânica da EDIA foram definidos as seguintes tipologias de risco no âmbito das atividades
desenvolvidas pela Empresa: baixo, moderado e elevado.
Não obstante, e tendo em consideração as medidas adotadas e os mecanismos de controlo
interno tem subjacente a gestão de risco enquanto um comportamento integrado com o processo
de planeamento estratégico e operacional da Empresa observe-se que as medidas enunciadas no
referido Plano constituem, per si, a assunção da responsabilidade máxima pela respetiva
implementação das medidas enunciadas no mesmo por parte do Conselho de Administração da
Empresa, no âmbito das competências que lhe foram atribuídas para assegurar a gestão dos
negócios da sociedade, tendo-lhe sido atribuídos os mais amplos poderes para exercer as demais
competências que lhe caibam por lei, e sem prejuízo das que lhe sejam delegadas pela
assembleia geral.
Neste âmbito, destaque-se ainda, por outro lado, a auditoria aos sistemas de gestão de riscos, de
informação e de controlo interno pedida pelo Conselho Fiscal em 2013, em conformidade com
as orientações estratégicas emanadas pelo Setor Empresarial do Estado e de modo a monitorizar
os riscos relevantes assumidos pela Empresa, e que visa proceder:
À avaliação dos sistemas de informação e de controlo interno, tendo como base a
análise crítica aos procedimentos em vigor na EDIA e conformidade com a dimensão e
complexidade da organização;
À determinação do risco de controlo;
E elaboração de recomendações que considerem a relação custo de implementação vs
diminuição do risco associado;
A elaboração de um Relatório Final que consolidará os pontos atrás referidos.
Em termos das medidas adotadas e dos vários mecanismos de controlo interno das diversas
unidades orgânicas que integram a Empresa, com destaque para a segregação de funções e a
promoção das diligências necessárias para a prossecução das tarefas que lhe são intrínsecas,
elencam-se, complementarmente, as seguintes:
Montagem de base de dados com informação relevante sobre aquisições anteriores;
Aprovação de instruções/procedimentos escritos que regulem os procedimentos de
planeamento, com todas as fases do concurso e seus possíveis incidentes;
Definição prévia das responsabilidades de cada um dos intervenientes, nos processos de
aquisição de bens e serviços e nas empreitadas;
Implementação da segregação de funções;
Obtenção de declarações de interesses privados dos trabalhadores ou colaboradores;
Implementação de procedimentos de análise da informação recolhida para identificar
eventuais lacunas ou vulnerabilidades;
Disponibilização, através das novas tecnologias, de toda a informação de carácter
administrativo, nos termos do estabelecido na Lei de Acesso aos Documentos
Administrativos;
Elenco objetivo de critérios de seleção de candidatos que permita que a fundamentação
das decisões de contratar seja facilmente percetível e sindicável;
39 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
As decisões tomadas sem intervenção de órgão colegial devem ser devidamente
fundamentadas;
Elaboração de um relatório anual das reclamações apresentadas por tipo, frequência e
resultado da decisão;
Exigência de entrega de uma declaração de impedimento, que deverá ser expressa, sob a
forma escrita, e apensa ao procedimento em causa;
Sensibilização dos intervenientes decisores no âmbito dos procedimentos de
recrutamento e seleção, de avaliação, ou outros atos de gestão de pessoal, para a
necessidade de fundamentação das suas decisões;
Aprovação de regulamento que estabeleça os procedimentos e os critérios de atribuição
de patrocínios e apoios e respetiva publicitação, nomeadamente no sítio da EDIA na
internet;
Exigência de declarações de interesses;
Uniformização e consolidação da informação relativa a todas as pessoas e a todas as
entidades beneficiárias;
Publicitação da atribuição dos benefícios, nomeadamente no sítio da EDIA na internet,
bem como de toda a informação dobre as entidades beneficiárias;
Publicitação dos documentos com os resultados das análises levadas a efeito;
Implementação de um sistema estruturado de avaliação das necessidades;
Consagração de critérios internos que determinem e delimitem a realização e dimensão
dos estudos necessários;
Assunção do procedimento do concurso público como procedimento regra para a
contratação de especialistas externos;
Não designação dos mesmos elementos, de forma reiterada, para os júris;
Implementação de um sistema de controlo interno que garanta:
Que a entidade que autorizou a abertura do procedimento dispõe de competência
para o efeito;
Que o procedimento escolhido se encontra em conformidade com os preceitos
legais;
Que no caso em que se adote o ajuste direto com base em critérios materiais os
mesmos são rigorosamente justificados baseando-se em dados objetivos e
devidamente documentados;
Que as especificações técnicas fixadas no caderno de encargos se adequam à
natureza das prestações objeto do contrato a celebrar;
Que os requisitos fixados não determinam o afastamento de grande parte dos
potenciais concorrentes, mediante a imposição de condições inusuais ou demasiado
exigentes e/ou restritivas;
Que as cláusulas técnicas fixadas no caderno de encargos são claras, completas e
não discriminatórias;
Que é garantida a prestação atempada dos esclarecimentos, tidos por pertinentes,
aos potenciais concorrentes que os solicitem, assegurando-se que tais respostas são
amplamente divulgadas e partilhadas por todos os interessados;
Que o modelo de avaliação das propostas tem um carácter objetivo e baseiam-se em
dados quantificáveis e comparáveis;
Que os critérios de adjudicação, fatores e subfactores de avaliação das propostas
vêm enunciados de uma forma clara e suficientemente pormenorizada no respetivo
programa do procedimento ou do convite;
Que a escolha dos critérios, fatores e subfactores de avaliação das propostas, assim
como a sua ponderação relativa, adequam-se à natureza e aos objetivos específicos
de cada aquisição em concreto;
40 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
Que os referidos critérios e o modelo de avaliação são definidos no caderno de
encargos e portanto delimitados antes de conhecidos os concorrentes;
Que não se verificam situações de impedimento na composição dos “júris de
procedimento”;
Que existe uma correspondência entre as cláusulas contratuais e o estabelecido nas
peças do respetivo concurso;
Que o seu clausulado é claro e rigoroso, não existindo erros, ambiguidades, lacunas
ou omissões que possam implicar, designadamente, o agravamento dos custos
contratuais ou o adiamento dos prazos de execução;
Que prevejam e regulem com rigor as situações de eventual falta de licenças ou
autorizações fundamentais para a execução do contrato;
Que prevejam e regulem com o devido rigor o eventual suprimento de erros e
omissões;
Que o preço das propostas é avaliado por referência a parâmetros objetivos, os quais
permitem aferir da respetiva razoabilidade;
Nas empreitadas, no caso da existência de “trabalhos a mais”:
Verificação da circunstância de que tais trabalhos respeitam a “obras novas” e
foram observados os pressupostos legalmente previstos para a sua existência,
designadamente a “natureza imprevista”;
Que esses trabalhos não podem ser técnica ou economicamente separáveis do objeto
do contrato sem inconveniente grave para o dono da obra ou, embora separáveis,
sejam estritamente necessários à conclusão da obra;
Exigência de comprovação da circunstância, juntando a respetiva documentação;
No caso das aquisições de serviços, e caso existam “serviços a mais”:
Verificação da condição dos serviços a mais ser justificada pela ocorrência de uma
“circunstância imprevista”;
Que esses “serviços a mais” não podem ser técnica ou economicamente separáveis
do objeto do contrato sem inconvenientes graves para a entidade adjudicante, ou
ainda que sejam separáveis são necessários à conclusão do objeto contratual;
Exigência de comprovação da circunstância, juntando a respetiva documentação.
Verificação da garantia, no caso das empreitadas, de que a execução de trabalhos de
suprimento de erros e omissões não excede os limites quantitativos estabelecidos na
lei;
Implementação de normas internas que garantam a boa e atempada execução dos
contratos por parte dos fornecedores/prestadores de serviços/empreiteiros, mediante:
Fiscalização regular do desempenho do contratante, de acordo com os níveis de
quantidade e/ou qualidade estabelecidos nos contratos e documentos anexos;
Controlo rigoroso dos custos do contrato, garantindo a sua concordância com os
valores orçamentados;
Calendarização sistemática;
Envio de advertências, em devido tempo, ao fornecedor/prestador de
serviços/empreiteiro, logo que se detetem situações irregulares e/ou derrapagem de
custos e de prazos contratuais.
Atos prévios de inspeção e certificação da quantidade e da qualidade dos bens e
serviços adquiridos, assim como a medição dos trabalhos e a vistoria da obra,
relativamente à emissão da ordem de pagamento;
Exigência da presença de dois trabalhadores na inspeção e/ou avaliação da quantidade e
da qualidade dos bens e serviços adquiridos;
Obtenção de declarações de interesses privados dos funcionários;
41 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Identificação das necessidades de formação e implementação das respetivas ações;
Avaliação “à posteriori” do nível de qualidade e do preço dos bens e serviços
adquiridos e das empreitadas realizadas aos diversos fornecedores/prestadores de
serviços/empreiteiros;
Publicitação dos documentos com os resultados das análises levadas a efeito;
Implementação de procedimentos de análise da informação recolhida para identificar
eventuais lacunas ou vulnerabilidades;
Disponibilização, através das novas tecnologias de informação, de toda a informação de
carácter administrativo, nos termos do estabelecido na Lei de Acesso aos Documentos
Administrativo;
Definição prévia de bases de avaliação preferencialmente validadas por perito
independente;
Tarefas de caracterização e avaliação realizadas pelo menos por dois técnicos;
Estabelecimento de patamares de validação e autorização em função dos valores em
causa;
Implementação da segregação de funções;
Montagem de base de dados com informação relevante;
Definição prévia das responsabilidades de cada um dos intervenientes, nos processos de
expropriação ou indemnização;
Obtenção de declarações de interesses privados dos trabalhadores ou colaboradores;
Implementação de procedimentos de análise da informação recolhida para identificar
eventuais lacunas ou vulnerabilidades;
Informatização integrada dos procedimentos de controlo interno e contabilidade;
Contabilidade Interna com imputação por centros de custos correspondentes à unidade
orgânica de menor grau, se possível;
Maior responsabilização pelo cumprimento das normas financeiras;
Arquitetar procedimentos com normas e regulamentos bem definidos;
Procedimentos efetivos e documentados;
Limites de responsabilidade bem definidos;
Registo metódico dos factos, sendo que todas as operações devem ser relevadas de uma
forma sistémica e sequencial e todas as passagens dos documentos pelos diversos
sectores devem ficar documentadas;
Implementação de procedimentos de análise da informação recolhida para identificar
eventuais lacunas ou vulnerabilidades;
Informatização integrada dos procedimentos;
Arquitetura de procedimentos com normas e regulamentos bem definidos;
Inventariação de equipamentos atualizada;
Divulgação e formação a todos os trabalhadores e colaboradores no âmbito da política
de segurança;
Utilização de sistemas transacionais que permitem o registo de quem, quê e quando;
Utilização do cartão do cidadão para assinatura de documentos eletrónicos, garantido
que a informação não é adulterada;
Configuração nos equipamentos ativos para garantir Virtual Private Networks;
Auditoria periódica a todas as máquinas;
Definição de políticas de retenção backups e logs;
Utilização de antivírus, firewall e outros softwares de deteção de intrusões.
Procedimentos efetivos e documentados;
Limites de responsabilidade bem definidos;
42 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
Registo metódico dos factos, sendo que todas as operações devem ser relevadas de uma
forma sistémica e sequencial e todas as passagens dos documentos pelos diversos
sectores devem ficar documentadas;
Implementação de procedimentos de análise da informação recolhida para identificar
eventuais lacunas ou vulnerabilidades;
Publicitação dos documentos com os resultados das análises levadas a efeito.
V.B.4. Organograma com as relações de dependência hierárquica e/ou funcional
face a outros órgãos ou comissões da sociedade
O controlo interno e a gestão de riscos existentes através do sistema de controlo interno
compatível com a dimensão e complexidade da Empresa é assegurado pelo Conselho de
Administração da EDIA que, responde ao Acionista estado através do Ministério da Agricultura
e do Mar e Ministério da Finanças.
V.B.5. Existência de outras áreas funcionais com competência no controlo de riscos
A Direção Administrativa e o Gabinete de Apoio Jurídico são outras áreas funcionais com
competências no controlo de riscos.
V.B.6. Identificação e descrição dos principais tipos de riscos (económicos,
financeiros, operacionais e jurídicos) a que a sociedade se expõe no exercício da
atividade
Identificam-se como principais riscos para o sucesso da Empresa o financiamento das
infraestruturas públicas; o investimento do acionista na sociedade; os custos de investimento; o
preço da água; as receitas de produção de energia hidroelétrica e de distribuição de água; os
custos de exploração (sobretudo de energia); a adesão dos agricultores ao regadio; o acréscimo
no VABcf agrícola e a capacidade financeira das empresas contratadas.
Apresenta-se, seguidamente, uma breve descrição dos mesmos, com indicação sucinta dos seus
impactos na atividade da EDIA.
Financiamento das Infraestruturas Públicas
Os investimentos do EFMA encontram-se projetados para serem implementados em vários
anos, obtendo-se o financiamento necessário via dotações de capital do acionista, financiamento
comunitário e capital alheio (financiamentos bancários). A ausência ou redução de qualquer
uma destas dotações de capital compromete a boa execução das obras dentro dos prazos
previstos e, por sua vez, a não execução das obras nos prazos previstos compromete todos os
investimentos já realizados.
Investimento do Acionista na Sociedade
O investimento do acionista assume uma importância fundamental para a concretização das
atividades programadas pela Empresa. A EDIA só conseguirá fazer face aos compromissos
43 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
assumidos tendo em vista a concretização de todos os investimentos, com a obtenção de fundos
comunitários.
Custos de Investimento
O investimento efetuado na Empresa é programado para um determinado número de anos e
efetuado em função das orientações estratégicas superiormente definidas, assim como do capital
existente para fazer face a estes investimentos. Desta feita, qualquer modificação significativa
ao nível dos investimentos previstos poderá constituir um fator de risco para a Empresa e tornar
necessária a agilização de um conjunto de medidas, designadamente, ao nível do Plano de
Investimentos e das dotações de capital necessário para fazer face a eventuais alterações.
Preço da Água
Através do Despacho N.º 9000/2010, de 26 de maio, foram fixados os valores do tarifário
aplicável ao abastecimento de água, para uso agrícola, fornecido pela EDIA:
Rede Primária: €0,042/m3
Rede Secundária para fornecimento de água em alta pressão às explorações agrícolas:
€0,089/m3
Rede Secundária para fornecimento de água em baixa pressão às explorações agrícolas:
€0,053/m3
Fornecimento de água captada diretamente no Sistema Primário: €0,053/m3
O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola em 2013 foi atualizado com
base no IPC (2,75%). Os valores do tarifário atualizado pelo fornecimento da água para uso
agrícola no 1.º ano são reduzidos a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática,
progressiva e linearmente a partir do ano subsequente e até ao 8.º ano, devendo perfazer, nesse
ano, os valores acima indicados, atualizados. O preço da água, que tem a particularidade de se
aplicar de igual forma e com os mesmos valores em toda a área servida por Alqueva, apesar dos
custos reais de transporte de água serem diferenciados em cada caso continuará, no entanto, a
determinar a adesão do número de agricultores ao regadio. Está situação condicionará, de
alguma forma, a Empresa tendo em consideração a necessidade de assegurar as despesas de
funcionamento inerentes à exploração das infraestruturas do Empreendimento, bem como a sua
atividade.
Receitas de Produção de Energia Hidroelétrica e de Distribuição de Água
Estes fatores são fundamentais para a atividade da Empresa, na medida em que a entrada de
capital em maior ou menor montante poderá determinar a conduta a adotar, por parte da
Empresa, face a determinadas situações, tais como a capacidade de assunção de novos
compromissos.
Custos de Exploração (sobretudo de energia)
Estes custos são inerentes à atividade de exploração das infraestruturas do Empreendimento já
em exploração devendo, por este motivo, ser otimizados, de modo a não comprometer a
sustentabilidade futura da Empresa.
Adesão dos Agricultores ao Regadio
A adesão dos agricultores ao regadio constitui um fator de risco incontornável para o futuro da
Empresa pois irá condicionar a entrada de receitas na Empresa e, consequentemente, a sua
sustentabilidade futura. Daí que, nos últimos anos, a EDIA se tenha empenhado ativamente na
criação de condições para garantir, com sucesso, a adesão dos agricultores às novas práticas
44 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
agrícolas preconizadas por Alqueva, de modo a incrementar a adesão ao regadio e minimizar os
impactos decorrentes do subaproveitamento das infraestruturas.
Acréscimo no VABcf agrícola
Um dos impactos esperados com a implementação do Projeto Alqueva é o aumento do Valor
Acrescentado Bruto a custo de fatores (VABcf) da atividade agrícola. O VAB agrícola não
depende apenas, porém, do fator de produção “água”, mas também de uma série de outros
fatores, de entre os quais se destacam os sistemas de preços dos produtos e os fatores de
produção. Caso a conjuntura venha a ser desfavorável neste domínio, existirá uma diminuição
no VAB agrícola e, consequentemente, uma menor apetência por parte dos agricultores para o
regadio, facto desvantajoso para o sucesso do Projeto de Alqueva.
Capacidade Financeira das Empresas Contratadas
Devido à atual conjuntura de crise económica, durante a execução dos contratos formalizados
no âmbito da implementação do Empreendimento, pode verificar-se o agravamento da
capacidade financeira das entidades adjudicatárias que trabalham para a EDIA, o que
condiciona a execução dos objetos contratuais. Os objetivos da Empresa são colocados em risco
na medida em que a sua boa execução depende da manutenção da estabilidade financeira dessas
entidades, de forma a assegurar a realização dos contratos em causa nos prazos e nas condições
previstas.
A EDIA possui a base de trabalho adequada para atingir os seus objetivos, dando corpo à visão
e missão que estão subjacentes à sua criação e encontra-se dotada das ferramentas que lhe
permitem lidar com os desafios inerentes à sua atividade, designadamente, a conclusão das
infraestruturas dos sistemas primário e secundário do EFMA e a gestão integrada, transversal e
sinérgica dos seus serviços. A Empresa desempenha ainda, um papel incontornável no
desenvolvimento económico e social dos vinte concelhos beneficiados pelo EFMA (área de
influência do projeto), através dos seus contínuos esforços com vista à captação de investimento
para a região de implantação do Projeto, contribuindo assim, ativamente, para a criação de
emprego e riqueza na região.
V.B.7. Descrição do processo de identificação, avaliação, acompanhamento,
controlo, gestão e mitigação de riscos
No âmbito do cumprimento do disposto no Despacho N.º 14277/2008, de 23 de maio,
referencie-se que os procedimentos adotados pela EDIA cumprem as medidas de reforço dos
mecanismos de controlo financeiro e dos deveres especiais de informação das Empresas
Públicas, por estes estabelecidos, com a finalidade de asseverar a contenção da despesa pública
e o rigor na gestão dos recursos disponíveis. Tendo em consideração a necessidade de proceder
à identificação, avaliação, acompanhamento, controlo e mitigação de riscos, saliente-se ainda
que a EDIA, anualmente, elabora e procede ao reporte dos seguintes documentos:
Planos de Atividades Anuais;
Orçamentos anuais, incluindo a estimativa das operações financeiras com o Estado;
Planos de Investimento Anuais e plurianuais e respetivas fontes de financiamento
Documentos de prestação anual de contas individuais e consolidadas, acompanhados
dos relatórios produzidos pelos auditores externos e relatório anual de fiscalização do
ROC
45 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Relatórios trimestrais e semestral de atividades e de execução orçamental,
acompanhados dos respetivos relatórios do Órgão de Fiscalização
Auditoria ao Sistema de gestão de riscos, de informação e de controlo interno.
A EDIA procede ainda ao envio de informação no portal das empresas do SEE, reportando
previamente essa informação e a sua atualização à DGTF. Referencie-se, neste particular, a
auditoria financeira à EDIA, realizada em 2012, e levada a cabo pela Inspeção Geral de
Finanças (IGF).
46 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
V.B.8. Principais elementos do SCI e de gestão de risco implementados na
sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira
A informação financeira divulgada pela Empresa é elaborada pelo Departamento de
Contabilidade, validada pelo Departamento de Gestão Administrativa e Financeira e validada e
auditada pelo ROC e Auditor Externo. A EDIA igualmente procede conforme normas e
procedimentos à submissão de informação no Sistema de informação SIRIEF, conforme
calendário definido pela DGT/IGF.
C. REGULAMENTOS E CÓDIGOS
V.C.1. Regulamentos Interno e Externos a que a entidade está legalmente obrigada
Os regulamentos internos e externos a que a entidade se encontra legalmente obrigada
encontram-se disponíveis no sítio próprio da EDIA na internet (www. edia.pt), no separador
“Princípios do Bom Governo”.
REGULAMENTOS EXTERNOS
Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro
Define o regime jurídico aplicável à gestão, exploração, manutenção e conservação das
infraestruturas que integram o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, altera os
estatutos da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A., e revoga os
Decretos-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro; N.º 33/95, de 11 de fevereiro e N.º 335/2001, de 24
de dezembro. O Decreto-Lei N.º 36/2010, de 16 de abril, altera o Decreto-Lei N.º 42/2007, de
22 de fevereiro, e aclara aspetos da envolvente económica e financeira do Empreendimento,
adequando ainda o enquadramento legal do EFMA ao novo quadro legal da gestão e utilização
dos recursos hídricos plasmado na Lei da Água, no regime de utilização dos recursos hídricos
(Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio) e no regime económico e financeiro dos recursos
hídricos (Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho).
Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de setembro
Desenvolve o regime jurídico aplicável à gestão, exploração, manutenção e conservação das
infraestruturas que integram o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva e aprova as bases
do respetivo contrato de concessão.
Despacho N.º 9000/2010, de 26 de maio
Com efeitos a partir de 01 de junho de 2010, fixa os valores do tarifário aplicável ao preço da
água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de
águas do EFMA e veio permitir à EDIA cobrar pela água destinada à rega. Em 2013, o tarifário
de rega para Alqueva foi atualizado com base no índice de preços ao consumidor em 2,75%,
numa percentagem acumulada de 7%, desde 2010.
47 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Lei N.º 58/2005, de 29 de dezembro
Aprova a lei da água, transpondo para a ordem jurídica nacional a Diretiva N.º 2000/60/CE, do
parlamento europeu e do conselho, de 23 de outubro, e estabelece as bases e o quadro
institucional para a gestão sustentável das águas.
Decreto-Lei N.º 21 - A/98, de 6 de fevereiro
Visa proceder a uma adequação do regime geral das expropriações, de modo a permitir a rápida
disponibilidade dos terrenos situados na zona reservada das albufeiras do Alqueva e de
Pedrógão e a concretização urgente dos processos de reinstalação da aldeia da Luz e
realojamento das populações. Deste modo, é declarada a utilidade pública, com carácter de
urgência, das expropriações dos imóveis e direitos a eles relativos necessários à realização do
Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva. É ainda declarada a utilidade pública das
expropriações dos imóveis e direitos a eles relativos necessários à reinstalação da aldeia da Luz.
Nos mesmos termos é também declarada a utilidade pública das expropriações para a
construção das infraestruturas viárias. É conferida à EDIA, sem dependência de prazo e de
outras formalidades, a posse administrativa imediata dos bens a expropriar.
Decreto-Lei N.º 230/2006, de 24 de novembro
É alterado o mapa anexo ao Decreto-Lei N.º 21-A/98, de 6 de fevereiro.
Código dos Contratos Públicos aprovado pelo Decreto – Lei N.º 18/2008, de 29 de janeiro
Estabelece a disciplina aplicável à contratação pública e o regime substantivo dos contratos
públicos.
Código de Expropriações – Lei N.º 56/2008, de 04 de setembro
Aprova o código das expropriações que regula todo o procedimento expropriativo.
Princípios do Bom Governo – Resolução do Conselho de Ministros N.º 49/2007, de 01 de
fevereiro
Aprova os princípios de bom governo das empresas do sector empresarial do estado.
Resolução da Assembleia da República N.º 53/2011, D.R. N.º 57, Série I, de 22 de março
Alteração do regulamento de gestão e utilização das viaturas.
Norma ISO 9001:2008 – Sistemas de Gestão da Qualidade
O Centro de Cartografia está certificado no âmbito da produção e fiscalização cartográfica,
topografia e cadastro. A norma ISO 9001 constitui uma referência internacional para a
certificação de sistemas de gestão da qualidade. A certificação de acordo com esta norma
reconhece o esforço da organização em assegurar a conformidade dos seus produtos e/ou
serviços, a satisfação dos seus clientes e a melhoria contínua. A certificação do sistema de
gestão da qualidade é dirigida a qualquer organização, pública ou privada, independentemente
da sua dimensão e sector de atividade.
Decreto-Lei N.º 133/2013, de 03 de outubro
Estabelece os princípios e regras aplicáveis ao sector público empresarial, incluindo as bases
gerais do estatuto das empresas públicas. Com vista a promover a melhoria do desempenho da
atividade pública empresarial. Com o presente decreto-lei foi criada a Unidade Técnica de
Acompanhamento e Monitorização do Sector Público Empresarial (Unidade Técnica).
48 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
REGULAMENTOS INTERNOS
Regulamento da Avaliação de Desempenho dos Colaboradores da EDIA
A avaliação de desempenho é um instrumento de desenvolvimento da estratégia da EDIA, que
tem como objetivo a melhoria dos resultados, ajudando os colaboradores a atingir níveis de
desempenho elevados.
Regulamento do Centro de Documentação
Neste regulamento estão definidos, entre outros assuntos, a natureza e principais funções do
centro de documentação.
Manual de Procedimentos
O manual de procedimentos da EDIA operacionaliza a sua missão, estratégia e objetivos finais,
servindo de fundamento a todas as tarefas executadas, identificando "quem as deve fazer",
"como as deve fazer" e que "riscos e controlos estão associados. (Em 2013 houve uma revisão e
atualização ao processo de empreitadas do manual de procedimentos da EDIA).
Manual de Gestão de Documentos
O manual de gestão de documentos é um documento normativo no qual vêm designados os
procedimentos relacionados com a organização, funcionamento e implantação do arquivo da
EDIA.
Manual de Normas Gráficas – EDIA
O manual de normas gráficas – A Marca EDIA, estabelece as normas básicas para a utilização
do logotipo da EDIA, segundo regras que ajudem a estabilizar, normalizar e uniformizar a sua
identificação visual.
Manual de Normas Gráficas - Estacionário
O manual de normas gráficas – Normas e Modelos, estabelece as normas básicas para a
utilização dos modelos de documentos existentes.
Manual de Normas Gráficas da Marca Territorial Alqueva
O manual de normas gráficas da marca territorial Alqueva, estabelece algumas regras para que a
marca Alqueva seja bem implementada. Só assim é possível criar uma imagem clara e
reconhecida da marca.
Política de Computação Pessoal
A política de computação pessoal apresenta as normas de conduta que devem ser respeitadas
pelos colaboradores da EDIA e a descrição de alguns dos mecanismos automáticos
implementados pelo gabinete de sistemas de informação para proteger os seus sistemas de
informação.
Regulamento para Cedência de Equipamento Informático
O regulamento de cedência de equipamento informático estabelece as normas de requisição e
cedência de equipamento informático não adequado para o uso profissional da EDIA.
49 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Regulamento para Cedência de Equipamento Informático e de Comunicação para Motivos de
Serviços
O presente regulamento estabelece as normas de cedência de equipamento informático e de
telecomunicações propriedade da EDIA por motivos de serviço.
Regulamento de Gestão de Viaturas
O regulamento de gestão de viaturas define um conjunto de princípios que tem como objetivo a
otimização da frota existente, a uniformização de critérios e a responsabilidade dos utilizadores
das viaturas da EDIA (O manual de utilização de viaturas foi alvo de alteração no ano de 2012,
por forma a implementar as orientações resultantes da nova legislação em vigor).
Regulamento de Utilização do Auditório
O auditório do edifício sede da EDIA é um espaço ao qual podem ter acesso, além dos serviços
desta empresa, entidades externas, usufruindo deste equipamento vocacionado para colóquios,
debates, seminários, conferências, encontros e mesmo manifestações de carácter
artístico/cultural. Este regulamento define, entre outros aspetos, as regras de utilização deste
espaço.
Regulamento Interno do Museu da Luz
O regulamento interno do Museu da Luz define um conjunto de normas e procedimentos
inerentes ao funcionamento do mesmo.
Regulamento da Política de Incorporação do Museu da Luz
O regulamento da política de incorporação do Museu da Luz constitui a política de incorporação
do Museu da Luz definida segundo a vocação e consubstanciada no seu programa de atuação.
Regulamento das Normas e Procedimentos de Conservação Preventiva do Museu da Luz
Estabelece normas e procedimentos de conservação preventiva tendo em vista o cumprimento
de uma função museológica de maior importância para os museus.
Regulamento Geral de Formação dos Colaboradores da EDIA
O regulamento geral de formação dos colaboradores da EDIA estabelece as linhas estratégicas e
os princípios orientadores e normalizadores associados ao plano de formação da Empresa. Em
2012 este regulamento foi alterado, designadamente, no que respeita à frequência, por parte dos
colaboradores, de cursos de pós-graduação e mestrados.
Regulamento de Estágios da EDIA
O presente regulamento tem por objetivo estabelecer a política global de funcionamento dos
estágios na EDIA (profissionais comparticipados, profissionais não comparticipados e
curriculares).
Regulamento da Contratação de Prestação de Serviços
Descrevendo de forma objetiva quais os motivos que levam à existência da necessidade de
contratação de um prestador de serviços, devendo ainda ser claramente identificados quais os
serviços a prestar a qual a duração dos mesmos.
Regulamento de Admissão de Colaboradores em Regime de Contrato de Trabalho
O presente regulamento é aplicável à contratação de colaboradores para a EDIA em regime de
contrato de trabalho.
50 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas
Este plano contém, nomeadamente, os seguintes elementos:
Identificação, relativamente a cada área ou departamento, dos riscos de corrupção e
infrações conexas;
Com base na identificação dos riscos, identificação das medidas adotadas que previnam
a sua ocorrência (por exemplo, mecanismos de controlo interno, segregação de funções,
definição prévia de critérios gerais e abstratos, designadamente na concessão de
benefícios públicos e no recurso a especialistas externos, nomeação de júris
diferenciados para cada concurso, programação de ações de formação adequada, etc);
Definição e identificação dos vários responsáveis, envolvidos na gestão do plano, sob a
direção do órgão dirigente máximo; e
Elaboração anual de um relatório sobre a execução do plano.
Ordem de Serviço N.º 1/2013
Com esta ordem de serviço torna-se necessário definir:
Uma hierarquia escalonada de delegação de competências por níveis de
responsabilidades; e
A forma de aprovação, conferência e validação da despesa realizada.
Com o objetivo de estabelecer regras claras e eficazes para a gestão dos recursos financeiros da
Empresa.
V.C.2. Código de Ética
O Código de Ética pode ser considerado como a “Lei Maior da Empresa”, a sua “Constituição”,
através da qual se sistematizam, indicam e esclarecem as suas responsabilidades enquanto
organização. Tem ainda a função de ligar a Empresa aos vários grupos e indivíduos que com ela
interagem direta ou indiretamente (stakeholders).
O Código de Ética é pois o instrumento que permite a todos os stakeholders conhecer a
Empresa, suas formas de atuação e normas de conduta e dos seus funcionários, daí a
importância da sua divulgação no seu site oficial, o que denota e torna público o compromisso
da organização com os diversos agentes com os quais se relaciona, conforme o estipulado no
artigo 47.º do Decreto-lei n.º 133/2013, de 03 de outubro.
A monitorização da necessidade de atualização do Código de Ética da EDIA tem vindo a ser
assegurada não tendo, no entanto, ocorrido fatos relevantes que determinem a sua atualização.
O Código de Ética contempla exigentes comportamentos éticos e deontológicos e está
disponível no sítio próprio da EDIA na internet (www. edia.pt), no separador “Princípios do
Bom Governo”, de modo a assegurar a sua divulgação junto dos seus colaboradores, clientes,
fornecedores e público em geral.
1. Âmbito de Aplicação
As normas gerais de conduta do Código de Ética aplicam-se a todos os colaboradores da EDIA,
entendendo-se como tais todos os membros dos órgãos sociais, dirigentes e demais
colaboradores da Empresa. A EDIA garante a disponibilização do Código de Ética a todos os
colaboradores, bem como a existência de um canal de comunicação e de resolução de dúvidas.
51 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
A EDIA assume este Código como instrumento privilegiado na resolução de questões éticas,
garantindo a conformidade deste com as práticas legais a que está sujeita.
2. Princípios e Normas
2.1. Cumprimento da Legalidade
A EDIA e todos os seus colaboradores comprometem-se a garantir em todas as suas atividades a
total conformidade com as legislações nacionais e internacionais vigentes. Os colaboradores
nunca deverão executar, em nome da EDIA, qualquer ação que viole as legislações e os
regulamentos aplicáveis à sua atividade.
2.2. Salvaguarda dos Bens Patrimoniais
Os colaboradores devem assegurar a proteção e conservação do património físico, financeiro,
intelectual e da informação da EDIA. Os recursos da Empresa devem ser utilizados de forma
eficiente, com vista à prossecução dos seus objetivos e não deverão ser utilizados pelos
colaboradores para fins pessoais.
2.3. Lealdade
Os colaboradores devem assumir um comportamento de lealdade para com a EDIA,
empenhando-se em salvaguardar a sua credibilidade e boa imagem em todas as situações, bem
como em garantir o seu prestígio.
2.4. Confidencialidade e Sigilo Profissional
Os colaboradores, mesmo depois do termo das suas funções, estão sujeitos ao sigilo
profissional, em particular nas matérias que, pela sua efetiva importância, por virtude de decisão
da EDIA ou por força da legislação em vigor, não devam ser do conhecimento geral. Os
colaboradores, seja no interior da EDIA, seja no exterior da mesma, devem usar de reserva e
discrição em relação a factos e informações de que tenham conhecimento por via do exercício
das suas funções, bem como respeitar as regras instituídas quanto à confidencialidade da
informação. As informações pessoais sobre os colaboradores estão sujeitas ao princípio da
confidencialidade, apenas podendo a elas ter acesso o próprio ou quem tenha como
responsabilidade específica a sua guarda, manutenção ou tratamento.
2.5. Governo da Sociedade
A Administração da EDIA e o exercício de funções de alta direção devem ser desenvolvidos
com rigor, zelo e transparência, estimulando a criação de condições de diálogo no seio do órgão
de administração e dos dirigentes, nomeadamente no que respeita a estratégias, objetivos,
análise de risco e avaliação de desempenho, em observância dos padrões de bom governo das
sociedades.
2.6. Responsabilidade
Os colaboradores devem pautar a sua atuação pelo rigoroso cumprimento dos limites de
responsabilidade que lhe estão atribuídos, com especial relevo quanto aos limites e tolerância ao
risco e aos objetivos orçamentais definidos para a EDIA. Os colaboradores devem usar o poder
que lhes tenha sido delegado de forma não abusiva, orientado para a concretização dos objetivos
da EDIA e não para a obtenção de vantagens pessoais sendo responsáveis perante a Empresa
pela forma como exercem as suas funções.
52 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
2.7. Relações Institucionais com Outras Entidades
Nas relações com outras entidades ou organizações, nacionais e internacionais, públicas ou
privadas, a EDIA deve manter uma postura de participação e cooperação, apoiando iniciativas
que se enquadrem no âmbito das suas atividades e possam traduzir-se em valorização da EDIA
e dos seus colaboradores.
2.8. Divulgação e Fiabilidade da Informação
A informação produzida e divulgada pela EDIA deve cumprir as leis e regulamentos aplicáveis,
ser exata, completa, realizada atempadamente e representar com fiabilidade a situação
financeira e os resultados das operações em todos os aspetos materialmente relevantes para o
adequado conhecimento sobre a sua condição e performance financeira.
2.9. Conflito de Interesses
Em todos os casos em que no exercício da sua atividade profissional os colaboradores sejam
chamados a intervir em processos de decisão que envolvem direta ou indiretamente entidades
com que colaborem ou tenham colaborado, ou pessoas singulares a que estejam ou tenham
estado ligados por laços de parentesco ou afinidade de qualquer natureza, devem comunicar às
chefias respetivas a existência dessas relações. Os colaboradores devem abster-se de exercer
quaisquer funções fora da EDIA, sempre que tais atividades ponham em causa o cumprimento
dos seus deveres enquanto colaboradores da Empresa, ou em organizações cujos objetivos
possam colidir ou interferir com os objetivos da EDIA.
2.10. Integridade
É interdita toda a prática de corrupção, em todas as suas formas ativas e passivas, quer através
de atos e omissões quer por via da criação e manutenção de situações de favor ou irregulares. A
EDIA e os seus colaboradores recusarão quaisquer ofertas que possam ser consideradas ou
interpretadas como uma tentativa de influenciar a EDIA ou o colaborador. Em caso de dúvida, o
colaborador deverá comunicar, por escrito, a situação à respetiva hierarquia. Os colaboradores
não podem negociar nem efetuar quaisquer acordos relativamente a preços, partilha de
mercados ou de clientes, em qualquer atividade suscetível de restringir ou falsear a
concorrência.
2.11. Relações Interpessoais e Ambiente de Trabalho
Os colaboradores devem contribuir para a criação e a manutenção de um bom clima de trabalho,
cimentando a unidade, mormente através da colaboração e cooperação mútuas. A EDIA
promoverá a correção, cordialidade, afabilidade e brio profissional nas relações entre
colaboradores, bem como o respeito pelos respetivos direitos, sensibilidades e diversidade.
Todos os colaboradores deverão conhecer, cumprir e fazer cumprir as normas de higiene e
segurança no trabalho, bem como reportar quaisquer não conformidades verificadas. Os
colaboradores pautarão as suas relações recíprocas por um tratamento cordial, respeitoso e
profissional, devendo apresentar-se condignamente no seu local de trabalho e desenvolver a sua
atividade com zelo, espírito de iniciativa e integridade.
2.12. Igualdade de Oportunidades e Não Discriminação
A EDIA respeita o princípio da igualdade de oportunidades e promove a implementação de
instrumentos que permitam avaliar o desempenho dos seus colaboradores com base no mérito
individual efetivamente demonstrado, procurando valorizar as respetivas carreiras de acordo
com estes critérios. A EDIA deve promover a valorização profissional dos seus colaboradores
ao longo da sua vida laboral. Os colaboradores devem procurar, de forma permanente, o
aperfeiçoamento e atualização dos seus conhecimentos, tendo em vista a manutenção, o
53 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
desenvolvimento e a melhoria das suas capacidades profissionais e a prestação de melhor
serviço público. São inadmissíveis quaisquer formas de discriminação individual incompatíveis
com a dignidade da pessoa humana, nomeadamente em razão da origem, etnia, sexo, confissão
política e confissão religiosa. O direito à reserva da intimidade da vida privada deve ser
respeitado escrupulosamente.
2.13. Relações com os Fornecedores e os Parceiros
Os colaboradores da EDIA devem negociar na observância do princípio da boa fé e honrar
integralmente os seus compromissos com os fornecedores e os parceiros, bem como verificar o
integral cumprimento por aqueles das normas definidas contratualmente. Os contratos devem
ser claramente redigidos, sem ambiguidades ou omissões e no respeito pela Lei e pelas
disposições normativas internas que na EDIA vigorem sobre a matéria. A seleção de
fornecedores ou prestadores de serviços deve processar-se em conformidade com as condições
de mercado, devendo ser considerados não apenas os indicadores económicos e financeiros,
condições comerciais e qualidade dos bens ou serviços propostos, mas também o
comportamento ético do fornecedor ou prestador de serviços percebido pelo público em geral.
Os colaboradores devem chamar a atenção dos seus fornecedores, prestadores de serviços e
parceiros para o cumprimento dos valores éticos da EDIA, nomeadamente no que se refere à
confidencialidade da informação relativa à empresa.
2.14. Relações com a Comunicação Social
As informações prestadas aos meios de comunicação social através de publicidade devem
possuir carácter informativo e verdadeiro, respeitar os parâmetros culturais e éticos da
comunidade e a dignidade da pessoa humana, contribuir para a imagem da EDIA e para a
criação de valor e dignificação da Empresa. A oportunidade das informações deve ser validada
pela linha hierárquica relevante, quando prestadas por colaborador não mandatado para agir na
qualidade de representante ou porta-voz da EDIA para o exterior.
2.15. Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável
A EDIA assume a sua responsabilidade social junto das comunidades onde desenvolve as suas
atividades empresariais de forma a contribuir para o seu progresso e bem-estar. A
responsabilidade social da EDIA é entendida como a contribuição dos negócios para o
desenvolvimento sustentável por via de uma gestão proactiva dos impactes ambientais, sociais e
económicos das respetivas atividades. A EDIA e os seus colaboradores devem participar
ativamente em políticas de meio ambiente e separação de resíduos, de eficiência energética,
cuidando da gestão de bens escassos e dando preferência à utilização de materiais
biodegradáveis/recicláveis. Os colaboradores, em especial os dirigentes, da EDIA devem
garantir que, do exercício das suas atividades não resulta direta ou indiretamente qualquer
agressão ou prejuízo para o património das comunidades, cuidando da sua imagem externa no
respeito do património arqueológico, arquitetónico, ambiental e linguístico e melhorando a
qualidade de vida dos cidadãos. A EDIA considera o desenvolvimento sustentável um objetivo
estratégico para alcançar o crescimento económico e contribuir para uma sociedade mais
evoluída, preservando o meio ambiente e os recursos não regeneráveis para as próximas
gerações.
D. SÍTIO DE INTERNET
Indicação dos endereços e divulgação da informação disponibilizada, designadamente:
54 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
a) Sede e demais elementos mencionados no artigo 171.º do CSC
A identificação da sede e demais elementos mencionados no artigo 171.º do CSC encontra-se
disponível no website oficial da Empresa (www. edia.pt), no separador “Quem Somos” »
“EDIA” » ”Princípios de Bom Governo”.
b) Estatutos dos Órgãos Sociais
Os estatutos dos Órgãos Sociais da EDIA estão definidos no Decreto-lei n.º 42/2007, de 22 de
fevereiro, diploma que define ainda o regime jurídico aplicável à gestão, exploração,
manutenção e conservação das infraestruturas que integram o Empreendimento de Fins
Múltiplos de Alqueva (EFMA), e encontram-se disponíveis no website oficial da Empresa
(www. edia.pt), no separador “Quem Somos” » “EDIA” » ”Princípios de Bom Governo”.
c) Identificação dos titulares dos órgãos sociais e outros órgãos
estatutários
A identificação dos titulares dos órgãos sociais encontra-se disponível no website oficial da
Empresa (www. edia.pt) no separador “Quem Somos” » “EDIA” » ”Princípios de Bom
Governo” » “Corpos Sociais”.
d) Documentos de prestação de contas anuais e, caso aplicável, as
semestrais
Os documentos de prestação de contas anuais encontram-se disponíveis no website oficial da
Empresa (www. edia.pt) no separador “Quem Somos” » “EDIA” » ”Informação Financeira”. Os
documentos de prestação de contas semestrais encontram-se disponíveis no website oficial da
Empresa (www. edia.pt) no separador “Quem Somos” » “EDIA” » ”Relatórios de Atividades”.
55 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
VI. REMUNERAÇÕES
A. COMPETÊNCIAS PARA A DETERMINAÇÃO
O Estatuto Remuneratório Fixado para os Membros dos Órgãos Sociais foi alterado em 2013,
relativamente ao total de remunerações recebidas anualmente, tendo-se mantido no que respeita
ao valor de cada remuneração. No âmbito da aprovação de um conjunto de medidas adicionais
de consolidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução de défice excessivo e o
controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento
(PEC), a redução dos vencimentos dos gestores públicos e equiparados, prevista no N.º 1, do
Artigo 12.º, da Lei N.º 12-A/2010, de 30 de junho e no Art.º 19.º da Lei 55-A/2010 de 31 de
dezembro de 2010, veio estabelecer que a remuneração fixa mensal ilíquida dos gestores
públicos executivos e não executivos, incluindo os pertencentes ao sector público local e
regional, e dos equiparados a gestores públicos, é reduzida, a título excecional, em 5% e 10%,
respetivamente. Posteriormente, e por força do Acórdão nº 187/2013 do Tribunal
56 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
Constitucional, que declarou a inconstitucionalidade do art.º. 29.º - Suspensão do pagamento
dos subsídios de férias ou equivalente - da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, foi também
reposto o pagamento dos subsídios de férias. No entanto, e nos termos do previsto no Artigo
28.º da Lei N.º 66-B/2012 de 31 de dezembro, foi reposto o pagamento do subsídio de Natal, em
duodécimos. Durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF),
como medida excecional de estabilidade orçamental foi suspenso, em 2012, o pagamento de
subsídios de férias e de Natal ou quaisquer prestações correspondentes aos 13.º e 14.º meses,
conforme determinado pelo OE 2012, nos termos do Art.º 21 da Lei 64-B/2011 de 30 de
dezembro.
B. COMISSÃO DE FIXAÇÃO DE REMUNERAÇÕES
Composição da Comissão de Fixação de Remunerações, incluindo identificação
das pessoas singulares ou coletivas contratadas para lhe prestar apoio.
A Comissão de Fixação de Remunerações da EDIA, nomeada para o triénio 2012-2014, e
aprovada em Assembleia Geral da EDIA de 8 de março de 2012, é a seguinte: Presidente:
Filomena Maria Amaro Vieira Martinho Bacelar; Vogal: Rita Maria Pereira da Silva e Vogal:
Maria Onilda Maia Condeças Oliveira Sousa. Nunca houve quaisquer pessoas singulares ou
coletivas contratadas para prestarem apoio à Comissão.
C. ESTRUTURA DE REMUNERAÇÕES
VI.C.1. Descrição da política de remuneração dos Órgãos de Administração e de
Fiscalização
As remunerações dos membros dos Órgãos Socias das empresas públicas devem ser fixadas em
função da complexidade, exigência e responsabilidade inerentes às respetivas funções e
atendendo às práticas normais no respetivo setor de atividade, tendo em conta, de igual forma,
os princípios e orientações estabelecidos pelos acionistas e a situação do mercado. As
remunerações a auferir efetivamente pelos membros do Conselho de Administração e Órgão de
Fiscalização não podem exceder os montantes atribuídos à data de 01 de março de 2012, data de
entrada em vigor da Resolução do Conselho de Ministros n.º 16/2012.
Honorários - 40.000,00€
Despesas de deslocação (transporte e alojamento), conforme Art.º 59 do Estatutos do ROC.
Honorários Presidente - 20% da remuneração fixa do Presidente do Conselho de
Administração
Honorários Vogais - 15% da remuneração fixa do Presidente do Conselho de
Administração
ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO
Revisor Oficial de Contas
Conselho Fiscal
57 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
VI.C.2. Informação sobre o modo como a remuneração é estruturada de forma a
permitir o alinhamento dos interesses dos membros do Órgão de Administração
com os interesses de longo prazo da sociedade
A remuneração dos Órgãos de Administração da EDIA consiste unicamente no vencimento
base, não havendo lugar ao pagamento de despesas de representação, prémios ou quaisquer
outra remuneração variável.
VI.C.3. Referência, se aplicável, à existência de uma componente variável da
remuneração, critérios de atribuição e informação sobre eventual impacto da
avaliação de desempenho nesta componente
Não aplicável.
VI.C.4. Diferimento do pagamento da componente variável da remuneração, com
menção do período de diferimento
Não aplicável.
VI.C.5. Parâmetros e fundamentos definidos no contrato de gestão para efeitos de
atribuição de prémio
Não aplicável.
VI.C.6. Regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os
administradores e data em que foram aprovados em assembleia geral, em termos
individuais
Não aplicável.
58 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
D. DIVULGAÇÃO DE REMUNERAÇÕES
VI.D.1. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma
agregada e individual, pelos membros do órgão de administração da sociedade,
proveniente da sociedade, incluindo remuneração fixa e variável e, relativamente a
esta, menção às diferentes componentes que lhe deram origem, podendo ser
remetida para ponto do relatório onde já conste esta informação
VI.D.2. Montantes pagos, por outras sociedades em relação de domínio ou de
grupo ou que se encontrem sujeita a um domínio comum
Não aplicável.
VI.D.3. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou de
pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e/ou participação nos
lucros foram concedidos
Não aplicável.
Fixado Classificação VencimentoDespesas
Representação
Identificar
EntidadePagadora
[S/N] [A/B/C] [Identifica/n.a.] [O/D]
João Cláudio Cabral de Oliveira Basto S B 5.465 0 - -
José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema S B 5.465 0 - -
Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo S B 4.675 0 - -
Jorge Manuel Vazquez Gonzalez S B 4.675 0 - -
Nota: EGP - Estatuto do Gestor Público; OPRLO - Opção pela Remuneração do Lugar de Origem; O/D: Origem/Destino
OPRLOEGP
Valor (mensal)
Nome
Variável Fixa** Outra ***Redução Lei
12-A/2010
Redução
(Lei OE)
Redução Anos
Anteriores*
Bruta após
Reduções
João Cláudio Cabral de Oliveira Basto - 70.595 1.487 3.530 5.755 - 61.311
José Pedro Mendes Barbosa da Costa Salema - 5.883 - 294 480 - 5.109
Augusta Manuel Pereira de Jesus Cachoupo - 56.105 - 2.805 5.330 - 47.970
Jorge Manuel Vazquez Gonzalez - 56.105 - 2.805 5.330 - 47.970
Nota: Redução de anos anteriores: refere a remunerações regularizadas no ano em referencia pertencentes a anos anteriores
* Indicar os motivos subjacentes a este procedimento
** Incluir a remuneração + despesas de representação
*** Valor correspondente a férias não gozadas
Nome
EGP
59 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
VI.D.4. Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos
relativamente à cessação das suas funções durantes o exercício
Nenhum ex-membro do Conselho de Administração recebeu da EDIA, até à data, quaisquer
indemnizações.
VI.D.5. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma
agregada e individual, pelos membros do órgão de fiscalização da sociedade
Revisor Oficial de Contas
Conselho Fiscal
VI.D.6. Indicação da remuneração no ano de referência dos membros da mesa da
assembleia geral
Mesa da Assembleia Geral
BrutaRedução (Lei
OE)
Bruta após
Redução
Oliveira, Reis& Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de
Contas, Lda. Representado pelo Dr José Vieira dos Reis40.000 - 40.000
Nome
Remuneração Anual (€)
BrutaRedução
(Lei OE)
Bruta após
Redução
António Bernardo de Menezes e Lorena de Sèves 14.538 1.125 13.413
Orlando José Manuel de Castro Borges 10.904 844 10.060
Nelson Manuel Costa dos Santos 8.400 591 7.809
Cristina Maria Pereira Mascarenhas Vieira Sampaio - - -
Nome
Remuneração Anual (€)
Mandato
(Início - Fim) Bruta(2) Reduções
(Lei OE)
Bruta após
Eeduções
(2012 - 2014) Presidente Carlos Alberto Martins Portas 645,77 645,77 0 645,77
(2012 - 2014) Secretário José Pedro da Silva Martins - - - -
(2012 - 2014) Secretária Cristina Maria Pereira Freire 387,97 387,97 0 387,97
Legenda:
(1) - Valor da senha de presença fixada
(2) - Antes de Reduções remuneratórias
Cargo Nome
Estatuto
Remuneratóri
o Fixado (€)(1)
Remuneração Anual (€)
60 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
VII. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
E OUTRAS
1. Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações
com partes relacionadas e indicação das transações que foram sujeitas a controlo
em 2013
O Capital Social da EDIA é detido a 100% pelo Estado Português, através da DGTF.
Em 31 de dezembro de 2013, o capital social realizado, ascende a € 387.267.750,00;
O Capital Próprio da Empresa, a 31 de dezembro de 2013, era de € -343.794.020;
Para fazer face aos investimentos, em 2013, a EDIA obteve financiamento através de
diversas origens de fundos (Empréstimo Bancário, Fundos Comunitários e PIDDAC);
O Financiamento Comunitário e de PIDDAC em 2013 foi de € 21.954.019; e
O Financiamento Comunitário considera os montantes recebidos de FEDER, Fundo de
Coesão e FEADER.
2. Informação sobre Outras Transações
a) Identificação dos procedimentos adotados em matéria de aquisição de
bens e serviços
A EDIA procede às suas contratações em conformidade com o disposto no Código dos
Contratos Públicos (CCP) e está sujeita à sua aplicação, nos termos aprovados pelo Decreto-Lei
N.º 18/2008, de 29 de janeiro, por força do disposto no respetivo artigo 2.º, N.º 2, alínea a). Na
aplicação das normas da contratação pública, a EDIA norteia-se pelos princípios da igualdade,
da não discriminação e da transparência enunciados no artigo 2.º da Diretiva N.º 2004/18/CE,
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de março, sem perder de vista outros valores
igualmente relevantes como sejam a economicidade ou boa gestão financeira dos recursos
públicos e a seleção da proposta mais conveniente para o interesse público. As decisões que
autorizam a realização de despesa suportam-se em informações onde é justificada a necessidade
de contratar e proposto o procedimento mais adequado, seguindo a tramitação prevista no CCP
e as regras de procedimento estabelecidas em regulamento interno, tendo presente a necessidade
de desagregar funções e objetivar as peças de cada procedimento, em particular ao nível da
definição do respetivo critério de adjudicação. Foram ainda incorporadas, nos procedimentos de
contratação pública implementados na EDIA, as orientações constantes do Despacho N.º
438/10-SETF, de 10 de maio.
Neste âmbito, a EDIA norteia ainda a sua atividade pelo seguinte conjunto de princípios de
referência:
Os bens e serviços que integram o ativo intangível e tangível estão valorizados ao valor
presente, que inclui o valor de fatura e ainda todos os gastos adicionais necessários à
sua entrada em funcionamento;
61 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
As amortizações dos bens são calculadas conforme a política de amortizações descrita
nas notas “Ativo Intangível” e “Ativo Tangível”, do Anexo ao Balanço e à
Demonstração dos Resultados;
As reparações e gastos de manutenção de natureza corrente são reconhecidos como
gastos do exercício em que ocorrem;
A partir de 01 de janeiro de 2013, as competências para a realização de despesas em
matéria de aquisição de bens e serviços encontram-se definidas na Ordem de Serviço
N.º 1/2013; e
Para despesas cujo valor estimado seja superior a € 5.000,00, o recurso ao procedimento
de ajuste direto implicará sempre o convite a pelo menos cinco entidades, só se
admitindo o convite a um universo inferior de interessados em casos excecionais e
devidamente fundamentadas, sujeito a autorização pelo Conselho de Administração.
b) Universo das transações que não tenham ocorrido em condições de
mercado
A EDIA não efetuou transações fora das condições de mercado.
c) Lista de fornecedores que representem mais de 5% dos Fornecimentos
e Serviços Externos
O total de FSE foi m€ 36.257. A EDP Comercial foi o único fornecedor que representou mais
de 5% da dos FSE (m€ 1.813) faturou cerca de m€ 5.724.
62 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
VIII. ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE DA
EMPRESA NOS DOMÍNIOS ECONÓMICOS,
SOCIAL E AMBIENTAL
ESTRATÉGIAS ADOTADAS
As práticas de gestão sustentável são intrínsecas ao posicionamento da EDIA e a forma como
operacionaliza o dia-a-dia da Organização, reflete-se no propósito da sua criação, enquanto
catalisador do desenvolvimento regional, numa das regiões mais carenciadas de Portugal.
A água é o principal ativo do Projeto Alqueva, existindo assim uma assunção plena por parte da
EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA, que o sucesso dos objetivos a que se propõe, está
diretamente correlacionado com a sua capacidade de o preservar e proteger. Para atingir este
objetivo, a EDIA procura desenvolver uma relação de proximidade com todas as comunidades
abrangidas pela sua atividade, fomentando a criação de sinergias entre as diferentes entidades
competentes para a promoção económica e conservação ambiental.
Ao implementar a sua atividade de uma forma sustentável e adotando as práticas de uma gestão
responsável, está assim a contribuir para o desenvolvimento da região onde se encontra inserida
e onde o projeto está alicerçado.
Assim, procura centrar o esforço da sua atividade na promoção da boa utilização dos recursos
hídricos disponíveis, através da construção e exploração das melhores infraestruturas para a sua
reserva e transporte, minimizando perdas e promovendo a sua eficiência, criando as condições
necessárias que permitam potenciar a produção de energia hidroelétrica, o desenvolvimento da
agricultura e das agroindústrias e garantir o abastecimento público na área de influência do
projeto.
A EDIA considera que ao contribuir para o desenvolvimento destas fileiras, está a contribuir,
não apenas para o desenvolvimento de uma das regiões com maior potencial agrícola do País,
como também a dar o contributo necessário para que Portugal reverta a situação económico-
financeira delicada em que se encontra, ajudando os atuais empresários da região, bem como
procurando atrair novos que reconheçam o elevado potencial desta região do Alentejo.
A Agenda de Sustentabilidade para o período 2013 – 2015, constitui um instrumento
fundamental para a EDIA, permitindo consolidar a estratégia da empresa do ponto de vista da
sustentabilidade empresarial e assenta em quatro áreas estratégicas:
Gestão da água
Gestão da infraestrutura
Promoção do regadio
Desenvolvimento regional
63 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
No âmbito da Agenda, foram apresentados os compromissos para cada uma destas áreas, as
ações a desenvolver, os indicadores associados, bem como as áreas da Empresa responsáveis
pela sua implementação e o respetivo grau de dificuldade, com um cronograma associado.
A Agenda Estratégica para a Sustentabilidade constitui uma ferramenta de trabalho importante
para a consolidação da Empresa, enquanto entidade responsável pela conceção, construção,
exploração e potenciação do Empreendimento de Fins Múltiplos, nas suas diferentes valências e
cujo desempenho se quer sustentável do ponto de vista económico, social e ambiental.
Dando corpo a esta estratégia integrativa, foi criado o Departamento de Sustentabilidade com a
missão de contribuir para a implementação da Agenda e promover a incorporação dos princípios
do desenvolvimento sustentável e o espirito da responsabilidade corporativa da empresa.
Através da publicação do Relatório de Sustentabilidade, iniciada em 2012, a EDIA comunica às
partes interessadas, o seu desempenho em termos de boas práticas de sustentabilidade a nível
ambiental, social e económico.
Grau de cumprimento de metas fixadas/Políticas prosseguidas com vista a garantir a eficiência
económica, financeira, social e ambiental e salvaguarda das normas de qualidade
A Agenda Estratégica para a Sustentabilidade 2013-2015, aprovada pelo Conselho de
Administração em agosto de 2013, prevê momentos anuais de avaliação do grau de
cumprimento dos compromissos estabelecidos, estando claramente ligada aos objetivos gerais
anuais da empresa, nas vertentes ambiental, económica e social.
Desta forma, os grandes compromissos da Agenda são os compromissos da EDIA para este
triénio e assumindo mais uma vez a água como principal “ativo” de toda a sua estratégia. A
contribuição da EDIA para a gestão integrada racional e otimizada dos recursos hídricos da área
de influência do EFMA, é uma das principais metas fixadas para a qual toda a Empresa
proativamente contribui.
Tendo entrado em fase de implementação no último trimestre de 2013, A Agenda Estratégica
para Sustentabilidade constitui o principal instrumento da politica de sustentabilidade da
Empresa, contemplando para as diferentes áreas estratégicas já referidas, os compromissos
assumidos pela EDIA, as ações para dar cumprimento aos mesmos, indicadores para o esforço
de monitorização e de implementação e as unidades internas responsáveis pela sua
concretização.
Na Gestão da Água, a EDIA assume contribuir para o aumento dos níveis da qualidade da água
que distribui, além do contributo imprescindível para a gestão integrada, racional e otimizada
deste recurso, que tem como origem um Rio Internacional, o Guadiana, através da promoção do
uso eficiente da água nas explorações agrícolas e da definição de um plano que permita
converter o consumo descentralizado de água para o consumo centralizado, através das
infraestruturas do EFMA.
Implementar um programa de monitorização anual para os recursos hídricos superficiais e
promover o respetivo reporte com uma periodicidade anual são outras duas ações que a EDIA
assume com essenciais para aumentar os níveis de qualidade da água que distribui.
64 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
A sensibilização das comunidades na região de influência do EFMA para as questões associadas
à gestão responsável da água e à sustentabilidade deste recurso é outro dos compromissos
assumidos como muito importante, implicando o planeamento para 2014-2015 de uma
estratégia de responsabilidade social corporativa com enfoque na gestão responsável da água.
Aqui o COTR, Centro Operativo e de Tecnologias do Regadio, de cuja Direção a EDIA faz
parte ativamente, constitui-se também como um braço armado de toda esta estratégia de
promoção do uso eficiente da água e da otimização dos recursos afetos a todas as atividades
económicas de regadio que se encontram a jusante do recurso água.
A gestão da infraestrutura é outra área estratégica da EDIA, comprometendo-se a Empresa a
aumentar os níveis de serviço das infraestruturas afetas ao EFMA, a reduzir o consumo
energético e emissões da operação, a aumentar a eficiência da distribuição de água e a garantir a
sustentabilidade financeira da operação.
As ações definidas neste âmbito passam pela definição de um plano de otimização do consumo
elétrico da infraestrutura, pela redução das perdas na rede, pela mitigação dos riscos que
potenciem a quebra de fornecimento de água e pelo desenvolvimento de atividades de operação
e manutenção da rede que garantam margens positivas para a EDIA.
O acompanhamento de todas as questões correlacionadas com os tarifários do serviço de
distribuição de água, que promovam a competitividade das atividades económicas a jusante da
distribuição de água, mas que preservem os ativos da empresa, promovendo simultaneamente o
uso eficiente da água para rega, são questões da máxima importância e que a EDIA tem vindo a
trabalhar de forma intensa.
A promoção do regadio assume-se claramente neste triénio como uma área de fundamental
importância para o planeamento global do EFMA, numa ótica de pleno aproveitamento dos
recursos hídricos disponibilizados à região. Considerando que a maior fatia dos recursos
hídricos afetos ao projeto se destinam a atividades agrícolas ou a elas relacionadas, só
promovendo todas estas fileiras e a sua rentabilização se consegue a utilização plena dos níveis
de serviço afetos ao projeto.
A promoção de soluções associadas à maximização do negócio de distribuição de água, à
captação de investimentos nas áreas agrícola e agroindustrial, o desenvolvimento de pacotes
comerciais e novos modelos de agro-negócio, constitui o grande instrumento para consolidar o
desenvolvimento socioeconómico e ambiental do EFMA.
Os compromissos assumidos nesta área para o triénio 2013-2015 passam por aumentar a taxa de
adesão ao regadio da forma mais rápida e sustentada possível, aumentar os níveis de
investimento em produção agrícola e agroalimentar na região, promover a utilização
responsável dos recursos naturais com especial destaque para a água e solo, contribuindo no seu
conjunto para o desenvolvimento económico da área beneficiada pelo regadio do EFMA.
As ações definidas para a sua concretização são diversificadas e incluem a caracterização das
áreas beneficiadas que não regam atualmente, o acompanhamento de potenciais investidores
agrícolas e agroindustriais, a monitorização anual da evolução das taxas de adesão ao regadio, a
promoção da diversificação cultural, a sensibilização ativa dos produtores agrícolas e
agroalimentares para a utilização de práticas de produção mais responsáveis, a dinamização de
miniprojectos de emparcelamento natural nas áreas de pequena propriedade, a criação de
Academias demonstrativas de novas tendências culturais, entre outras. Uma ação importante e
65 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
que servirá como instrumento de medição do impacto das ações anteriores passará por estimar o
impacto económico indireto do regadio promovido pela EDIA através da implementação de um
mecanismo anual de recolha de informação junto dos principais clientes da Empresa.
Todos os compromissos assumidos pela EDIA no âmbito da sua Agenda Estratégica para o
triénio 2013-2015 confluem no objetivo último de promover a qualificação e o desenvolvimento
do território na zona de influência do EFMA, dando um contributo decisivo para o
desenvolvimento regional e para a economia nacional.
Transversalmente a todas as áreas de intervenção serão igualmente desenvolvidas ações que
contribuirão para a mitigação dos principais riscos associados à atividade da EDIA, para a
promoção e requalificação do corpo técnico da Empresa em todas as suas valências, para o
aumento dos índices de biodiversidade na região de influência do EFMA e para o crescente
envolvimento das partes interessadas nas diferentes áreas de Alqueva.
Entre estas ações, destacam-se a gestão dos principais riscos que afetam a atividade da EDIA
(financeiros, ambientais e práticas de contratação pública) com a identificação dos riscos e sua
classificação numa matriz de probabilidade de ocorrência versus impacto financeiro e a
definição de medidas de mitigação para os riscos mais críticos identificados, o desenvolvimento
de um plano de formação que contemple as necessidades de desenvolvimento de competências
dos trabalhadores, alinhado com as necessidades do novo ciclo de gestão da Empresa, a
monitorização da biodiversidade na área de influência do EFMA e implementação das
correspondentes medidas de gestão e a implementação de uma estratégia de relacionamento com
as diversas partes interessadas.
Princípio da Igualdade de Género (Resolução do Conselho de Ministros N.º 19/2012, de 23 de
fevereiro)
A atual estrutura orgânica da EDIA tem em conta as especiais responsabilidades da Empresa no
âmbito da gestão e construção do EFMA, visando atingir os objetivos definidos na lei e em
conformidade com os seus estatutos. O equilíbrio da sua estrutura de recursos humanos tem
vindo a ser conseguido através de um forte empenhamento dos seus colaboradores (originários,
na sua grande maioria, da região), que passa também pela sua valorização (aposta forte na
formação, o que permite um aumento das competências, quer verticais quer transversais), e pela
introdução dos conceitos de flexibilidade e polivalência (o que tem permitido a conversão
gradual de colaboradores das áreas de construção para as áreas de exploração, e a transferência
de colaboradores entre departamentos consoante as necessidades específicas da empresa).
Por outro lado, e tendo em consideração a determinação de adoção, em todas as entidades do
SEE, dos planos para a igualdade previstos na Resolução do Conselho de Ministros N.º
70/2008, de 22 de abril, que visa alcançar uma efetiva equidade de tratamento e de
oportunidades entre homens e mulheres e promover a eliminação das discriminações e a
conciliação da vida pessoal, familiar e profissional dos seus profissionais, a EDIA possui, num
quadro de pessoal composto por 187 colaboradores (a 31 de dezembro de 2013), 96
colaboradoras do sexo feminino, que ocupam 12 cargos de chefia na estrutura organizacional da
Empresa.
Este facto denota o esforço levado a cabo pela organização no sentido de promover o alcance de
uma presença plural de mulheres e de homens para a ocupação de cargos de chefia no seio da
66 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
Empresa, com a adoção de políticas de promoção da igualdade de género entre os seus
colaboradores, e no respeito dos princípios emanados pelas mesmas. A EDIA promove ainda a
implementação de instrumentos que permitam avaliar o desempenho dos seus recursos humanos
com base no mérito individual efetivamente demonstrado, procurando valorizar as respetivas
carreiras de acordo com estes critérios.
Fruto das boas práticas seguidas e implementadas pela empresa neste domínio é o resultado
obtido na Avaliação efetuada quanto à Igualdade de Género nas Empresas que classifica a EDIA
como uma empresa que “além de cumprir a legislação no domínio da igualdade de género,
evidencia princípios e práticas significativas neste domínio”.
67 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
IX. AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO
IX.1. Cumprimento das Recomendações
Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos
a) Informação que permita aferir o cumprimento da recomendação ou
remissão para o ponto do relatório onde a questão é desenvolvidamente
tratada (capítulo, título, ponto, página)
Não aplicável.
b) Justificação para o eventual não cumprimento ou cumprimento parcial
Não aplicável.
c) Em caso de não cumprimento ou cumprimento parcial, identificação de
eventual mecanismo alternativo adotado pela sociedade para efeitos de
prossecução do mesmo objetivo da recomendação
Não aplicável.
IX.2. Outras Informações
A sociedade deverá fornecer quaisquer elementos ou informações adicionais que,
não se encontrando vertidas nos pontos anteriores, sejam relevantes para a
compreensão do modelo e das práticas de governo adotadas
Não aplicável.
68 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
X. GRELHA REFERENTE ÀS PRÁTICAS DE BOA
GESTÃO SOCIETÁRIA ADOTADAS PELA EDIA
EM 2013
Relatório de Governo
Societário
Identificação Divulgação
Página Observações
SIM Não SIM NÃO
I Missão, Objetivos e
Politicas
1. Indicação da missão e da
forma como é prosseguida,
assim como a visão e os
valores que orientam a
empresa.
X X
Pág. 5
2. Políticas e linhas de ação
desencadeadas no âmbito da
estratégia definida
X X
Pág. 6
3. Indicação dos objetivos e do
grau de cumprimento dos
mesmos, assim como a
justificação dos desvios
verificados e as medidas de
correção aplicadas ou a
aplicar.
X X
Pág. 6 - 9
4. Indicação dos fatores chave
de que dependem os
resultados da empresa.
X X Pág. 10
II Estrutura de Capital
1. Estrutura de capital X X Pág. 11
2. Eventuais limitações à
titularidade e/ou
transmissibilidade das
ações.
X X Pág. 11
3. Acordos parassociais. X X Pág. 11
III Participações Sociais e
Obrigações detidas
69 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Relatório de Governo
Societário
Identificação Divulgação
Página Observações
SIM Não SIM NÃO
1. Identificação das pessoas
singulares (órgãos sociais)
e/ou coletivas (Empresa)
que, direta ou
indiretamente, são titulares
de participações noutras
entidades, com indicação
detalhada da percentagem
de capital e de votos.
X X
Pág. 12 - 18
2. A aquisição e alienação de
participações sociais, bem
como a participação em
quaisquer entidades de
natureza associativa ou
fundacional.
X X
Pág. 18
3. A prestação de garantias
financeiras ou assunção de
dívidas ou passivos de
outras entidades.
X X
Pág. 18
4. Indicação sobre o número
de ações e obrigações
detidas por membros dos
órgãos de administração e
de fiscalização.
X X
Pág. 19
5. Informação sobre a
existência de relações
significativas de natureza
comercial entre os titulares
de participações e a
sociedade.
X X
Pág. 19
6. Identificação dos
mecanismos adotados para
prevenir a existência de
conflitos de interesses.
X X
Pág. 19
IV Órgãos Sociais e
Comissões
A. Mesa da Assembleia Geral
1. Composição da mesa AG,
mandato e remuneração.
X X Pág. 20
2. Identificação das
deliberações acionistas. X X
Pág. 20 Não se aplica visto
que o Estado,
através da DGTF, é
acionista único da
70 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
Relatório de Governo
Societário
Identificação Divulgação
Página Observações
SIM Não SIM NÃO
EDIA. B. Administração e
Supervisão
1. Modelo de governo adotado X X Pág. 21
2. Regras estatutárias sobre
procedimentos aplicáveis à
nomeação e substituição dos
membros.
X X Pág. 21
3. Composição, duração do
mandato, número de
membros efetivos.
X X Pág. 21
4. Identificação dos membros
executivos e não executivos
do CA e identificação dos
membros independentes do
CGS.
X X
Pág. 22
5. Elementos curriculares
relevantes de cada um dos
membros.
X X Pág. 22 - 23
6. Relações familiares,
profissionais ou comerciais,
habituais e significativas,
dos membros, com
acionistas a quem seja
imputável participação
qualificada superior a 2%
dos direitos de voto.
X X
Pág. 23
7. Organogramas relativos à
repartição de competências
entre os vários órgãos
sociais.
X X Pág. 24 - 25
8. Funcionamento do
Conselho de Administração,
do Conselho Geral e de
Supervisão e do Conselho
de Administração
Executivo.
X X
Pág. 25 - 26 As comissões no seio
do Órgão de
Administração ou
supervisão e
Administradores
Delegados não se
aplicam à EDIA.
9. Comissões existentes no
órgão de administração ou
supervisão.
X X Pág. 26 Não aplicável à
EDIA.
71 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Relatório de Governo
Societário
Identificação Divulgação
Página Observações
SIM Não SIM NÃO
C. Fiscalização
1. Identificação do órgão de
fiscalização correspondente
ao modelo adotado e
composição, indicação do
número estatutário mínimo
e máximo de membros,
duração do mandato,
número de membros
efetivos e suplentes.
X X
Pág. 27
2. Identificação dos membros
da Fiscalização
X X Pág. 27
3. Elementos curriculares
relevantes de cada um dos
membros.
X X Pág. 28 - 29
4. Funcionamento da
fiscalização.
X X Pág. 30
D. Revisor Oficial de Contas
1. Identificação do ROC,
SROC.
X X Pág. 30 - 31
2. Indicação das limitações,
legais.
X X Pág. 31
3. Indicação do número de
anos em que a SROC e/ou
ROC exerce funções
consecutivamente junto da
sociedade/grupo.
X X
Pág. 32
4. Descrição de outros
serviços prestados pelo
SROC à sociedade.
X X Pág. 32
E. Auditor Externo
1. Identificação. X X Pág. 32 - 33
2. Política e periodicidade da
rotação.
X X Pág. 33
3. Identificação de trabalhos,
distintos dos de auditoria,
realizados.
X X Pág. 34
4. Indicação do montante da
remuneração anual paga.
X X Pág. 34
V. Organização Interna
72 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
Relatório de Governo
Societário
Identificação Divulgação
Página Observações
SIM Não SIM NÃO
A. Estatutos e Comunicações
1. Alteração dos estatutos da
sociedade - Regras
aplicáveis
X X Pág. 35
2. Comunicação de
irregularidades.
X X Pág. 35
3. Indicação das políticas
antifraude.
X X Pág. 35 - 36
B. Controlo interno e gestão
de riscos
1. Informação sobre a
existência de um sistema de
controlo interno (SCI).
X X Pág. 36 - 37
2. Pessoas, órgãos ou
comissões responsáveis pela
auditoria interna e/ou SCI.
X X Pág. 37
3. Principais medidas adotadas
na política de risco.
X X Pág. 37 - 42
4. Relações de dependência
hierárquica e/ou funcional.
X X Pág. 42 - 43
5. Outras áreas funcionais com
competências no controlo
de riscos.
X X Pág. 43
6. Identificação principais
tipos de riscos.
X X Pág. 43 - 45
7. Descrição do processo de
identificação, avaliação,
acompanhamento, controlo,
gestão e mitigação de
riscos.
X X
Pág. 45
8. Elementos do SCI e de
gestão de risco
implementados na
sociedade.
X X Pág. 46
C. Regulamentos e Códigos
1. Regulamentos internos
aplicáveis e regulamentos
externos.
X X Pág. 46 - 50
2. Códigos de conduta e de
Código de Ética.
X X Pág. 50 - 53
D. Sítio de Internet
73 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Relatório de Governo
Societário
Identificação Divulgação
Página Observações
SIM Não SIM NÃO
Indicação do(s) endereço(s)
e divulgação da informação
disponibilizada.
X X Pág. 54
VI Remunerações
A. Competência para a
Determinação
Indicação do órgão
competente para fixar
remuneração.
X X Pág. 55 - 56
B. Comissão de Fixação de
Remunera.
Composição. X X Pág. 56
C. Estrutura das
Remunerações
1. Política de remuneração dos
órgãos de administração e
de fiscalização.
X X Pág. 56
2. Informação sobre o modo
como a remuneração é
estruturada.
X X Pág. 57
3. Componente variável da
remuneração e critérios de
atribuição. X X
Pág. 57 Componente variável
da remuneração e
critérios de atribuição
– Não aplicável.
4. Diferimento do pagamento
da componente variável. X X
Pág. 57 Diferimento do
pagamento da
componente variável
– Não aplicável.
5. Parâmetros e fundamentos
para atribuição de prémio. X X
Pág. 57 Parâmetros e
fundamentos para
atribuição de prémio
– Não aplicável.
6. Regimes complementares
de pensões. X X Pág. 57 Regimes
complementares de
74 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
Relatório de Governo
Societário
Identificação Divulgação
Página Observações
SIM Não SIM NÃO
pensões – Não
aplicável.
D. Divulgação das
Remunerações
1. Indicação do montante
anual da remuneração
auferida.
X X Pág. 58
2. Montantes pagos, por outras
sociedades em relação de
domínio ou de grupo. X X
Pág. 58 Montantes pagos, por
outras sociedades em
relação de domínio
ou de grupo – Não
aplicável.
3. Remuneração paga sob a
forma de participação nos
lucros e/ou prémios. X X
Pág. 58 Remuneração paga
sob a forma de
participação nos
lucros e/ou prémios –
Não aplicável.
4. Indemnizações pagas a ex-
administradores executivos.
X X Pág. 59
5. Indicação do montante
anual da remuneração
auferida do órgão de
fiscalização da sociedade.
X X Pág. 59
6. Indicação da remuneração
anual da mesa da
assembleia geral.
X X Pág. 59
VII Transações com partes
Relacionadas e Outras
1. Mecanismos implementados
para controlo de transações
com partes relacionadas.
X X Pág. 60
2. Informação sobre outras
transações.
X X Pág. 60 - 61
VIII Análise de
sustentabilidade da
empresa nos domínios
económicos, social e
75 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
Relatório de Governo
Societário
Identificação Divulgação
Página Observações
SIM Não SIM NÃO
ambiental
1. Estratégias adotadas e grau
de cumprimento das metas
fixadas.
X X Pág. 62 - 65
2. Políticas prosseguidas. X X Pág. 62 - 65
3. Forma de cumprimento dos
princípios inerentes a uma
adequada gestão
empresarial:
a) Responsabilidade social
b) Responsabilidade
ambiental
c) Responsabilidade
económica.
X X
Pág. 62 - 65
IX Avaliação do Governo
Societário
1. Cumprimento das
Recomendações
X X Pág. 67 Não aplicável.
2. Outras informações X X Pág. 67 Não aplicável.
76 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
77 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013 RELATÓRIO E CONTAS - EXERCICIO 2013
78 Relatório de Boas Práticas de Governo Societário adotadas em 2013
EDIA
Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A.
Capital Social 387.267.750,00 €
Capital Próprio Negativo 343.794.020,00 €
Número de Pessoa Coletiva 503 450 189
Matrícula 01 084/950316 da Conservatória do Registo Comercial de Beja
Sede Social Rua Zeca Afonso, N.º 2 - 7800 - 522 - BEJA
Delegação de Lisboa Rua do Campo Grande, N.º 46-D, 2.º Dto - 1700-093 Lisboa
Delegação de Alqueva Apartado 126 - 7860 - MOURA
Delegação de Pedrógão Apartado 126 - 7860 - MOURA
Delegação de Mourão Rua Marcos Gomes V. Rosado, 15 - 7240 - MOURÃO
Parque de Natureza de Noudar Apartado 5 - 7230 - BARRANCOS
Museu da Luz Largo da Igreja Nossa Sr.ª da Luz - 7240 - 100 - LUZ - MOURÃO
Site: www.edia.pt