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Relatório final

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

CURSO DE ENGENHARIA AGRCOLA

SANDRO LUIS DA COSTA ALVESSeropdica, RJ Agosto de 2007

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

CURSO DE ENGENHARIA AGRCOLA

Relatrio Final do Estgio Supervisionado realizado na Embrapa Mandioca e Fruticultura TropicalCruz das Almas BA

Orientador interno da UFRRJ

Dr. Leonardo Duarte Batista da Silva

Engenheiro Agrcola - Professor Adjunto da UFRRJ

Orientador externo:

Dr. Eugnio Ferreira CoelhoEngenheiro Agrcola Pesquisador da EmbrapaEstagirio:

Sandro Luis da Costa AlvesGraduando em Engenharia Agrcola da UFRRJ

AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer:

Primeiramente a Deus, por me dar fora todos os dias.

A minha Me pelo amor e apoio moral durante toda a minha graduao.

A minha namorada pelo amor, ateno e compreenso durante este tempo distante.

A UFRRJ, por me conceder estudo de qualidade e gratuito, alojamento e alimentao durante toda minha graduao.

A todos meus colegas da UFRRJ, em especial, aos meus amigos Alexandre Alcantra Costa e Ana Carolina Dornellas Rodrigues.

Ao meu orientador e dolo como profissional Prof. Dr. Leonardo Duarte Batista da Silva pela ateno prestada.

Ao Prof. Dr. Roberto Precci, pela ateno e preocupao com a minha formao profissional e pessoa.

Aos Professores Marcos Gervsio e Alexandre Ravelli pelos conhecimentos passados durante meu perodo de monitor de fsica do solo.

Ao meu orientador externo, Dr. Eugnio Ferreira Coelho, pela oportunidade concedida no grupo de pesquisa da Embrapa Mandioca e Fruticultura.

SUMRIO

I. INTRODUO....................................................................................5II. OBJETIVOS........................................................................................7III. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTGIO................................81. Fertirrigao.................................................................................82. Coleta de Dados.........................................................................103. Determinao de pH e Condutividade Eltrica........................114. Construo de um Permemetro de Carga Constante...........135. Determinao das Caractersticas Fsica do Solo..................15IV. AVALIAO.....................................................................................17V. CONCLUSO....................................................................................19VI. REFERENCIA BIBLIOGRFICA......................................................20VII. ANEXO..............................................................................................21

I. INTRODUO

Criada em 1973, com o objetivo de executar e coordenar a pesquisa agropecuria no Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria - Embrapa, em cooperao com outras instituies de pesquisa no mbito federal e estadual, privado ou de carter no governamental, vem desenvolvendo tecnologias para tornar mais eficiente o sistema produtivo do setor agropecurio e do agronegcio, aumentando a oferta de alimentos no Pas e preservando o meio ambiente.

O Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fruticultura Tropical uma Unidade Descentralizada da Embrapa, na categoria de Centro de Referncia de Produtos, diretamente subordinado ao Presidente da mesma. O Centro foi criado pela Deliberao n 24, de 13 de junho de 1975, da Diretoria Executiva da Embrapa, com o objetivo de executar e coordenar pesquisas que aumentem a produo e a produtividade, promover melhorias na qualidade dos produtos, de modo que reduzam os custos de produo e viabilizem o aproveitamento de reas ainda subutilizadas para mandioca, citros, banana, abacaxi, manga, mamo, maracuj e acerola.A Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical localiza-se na cidade de Cruz das Almas, situada no Recncavo Baiano, a 1240'19" de latitude Sul e 3906'22" de longitude W.Gr. A altitude de 220 metros acima do nvel do mar, precipitao anual mdia de 1.240mm e umidade relativa do ar anual de 80%. Ocupa uma rea 261,36 hectares do antigo campus e instalaes reformadas do extinto Instituto de Pesquisas Agropecurias do Leste (IPEAL).So 13.554 metros quadrados de rea construda, coberta, onde esto os escritrios administrativos e de pesquisadores, auditrio, galpes de apoio, 11 laboratrios, biblioteca, hospedaria, biofbrica, residncias, centro de treinamento e transferncia de tecnologia, carpintaria e os setores de patrimnio e material, veculos e transporte e campos experimentais. Possui 04 casas de vegetao totalizando 1.220 metros quadrados e 12 telados totalizando 5.051 metros quadrados.

O laboratrio de Irrigao e Fertirrigao da Embrapa Mandioca e Fruticultura foi construdo no ano de 2004 com recursos de um projeto de Infra-Estrutura da FAPESB. O mesmo possui uma estrutura fsica de 70 m2 (Sala de estudo, banheiro, laboratrio de anlises, dispensa e rea para acondicionamento de solos).

O laboratrio de irrigao e fertirrigao, que associado aos laboratrios de fsica de solos de qumica e fertilidade de solos, permite o desenvolvimento de pesquisas em linhas de Manejo de irrigao e fertirrigao, alm de iniciar os trabalhos voltados ao atendimento do agricultor, que poder solicitar recomendaes bsicas de manejo de irrigao de fruteiras.

No que se refere gerao de tecnologias, o grupo de irrigao da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical vem contribuindo para o desenvolvimento da fruticultura irrigada do Nordeste, por meio de pesquisas que priorizam as linhas de manejo de irrigao, sistemas de irrigao para fruticultura e reduo de lminas de irrigao pela regulao do dficit de irrigao em fruteiras nas condies de Semi-rido, que visam o aumento da produtividade e qualidade de frutos de fruteiras tropicais e minimizao do uso de gua. As metas vm sendo alcanadas mediante a utilizao de metodologias que determinam em campo a distribuio do sistema radicular de fruteiras, determinao da rea foliar, determinao da evapotranspirao da cultura e do fluxo de seiva (transpirao). Alm das recomendaes de irrigao e fertirrigao, o laboratrio j vem construindo guias de onda contnuas para o mtodo da reflectometria no domnio do tempo (TDR), dando suporte s pesquisas desenvolvidas pelo grupo. Para o correto uso desse mtodo so realizadas calibraes especficas para o solo do local estudado.

Em mais uma linha de pesquisa, o laboratrio est se especializando na construo e calibrao de sensores Granier (sondas de dissipao trmica) para determinao do fluxo de seiva em fruteiras tropicais. A lisimetria est sendo usada como referncia para as calibraes.

II. OBJETIVOSO estgio realizado teve o principal objetivo de capacitar o estagirio nas atividades relacionadas na rea de recursos hdricos, alm de acompanhar as atividades cientificas desenvolvidas pelo grupo de pesquisa da rea de irrigao da instituio, assim mostrando a atual realidade das pesquisas nesta rea.

III. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTGIO

1. FertirrigaoNa primeira semana acompanhou-se os experimentos que estavam em andamento na rea experimental do grupo de pesquisa. Posteriormente, ocorreu participao em uma atividade de fertirrigao, sendo que essa atividade ficou sendo realizada durante o perodo de estgio, de modo que eram realizadas duas fertirrigao por semana em um experimento de banana ma (Figura 1), atividade realizada nas segundas e quartas feiras.A rea do experimento era divida em 10 setores, onde cada setor recebia diferentes doses de aplicao de N e K. O sistema de irrigao da rea era de microasperso e gotejamento. A aplicao de adubos via irrigao era feita com uma bomba injetora TMB como mostrado na Figura 2, em mdia a fertirrigao da rea durava todo turno da manh. Vale ressaltar que antes de toda fertirrigao de cada setor, era avaliado todo seu sistema de irrigao, para que se verificasse se todos emissores estavam em perfeito funcionamento para no haver m distribuio da gua e por conseqncia do adubo tambm, assim podendo mascarar os resultados do experimento. Durante o turno da tarde foram escaneadas razes de banana de um outro experimento, que analisava o desenvolvimento do sistema radicular, sob diferentes lminas de gua, aplicada por diferentes mtodos de irrigao.

Figura 1 - Experimento de Banana Ma.

Figura 2 Bomba Injetora TMB de fertilizantes.2. Coleta de DadosAlm do monitoramento da fertirrigao durante o mesmo experimento de banana ma foi realizado coleta de dados de umidade e condutividade eltrica com o uso do TDR 100, sendo que a interface equipamento e usurio era realizada por meio de um display (Figura 3). Em toda rea do experimento foram instalados antenas de TDR (Figura 4) em trs profundidades: 10, 30 e 50 cm. Figura 3 Painel (Display) do TDR 100

A coleta de dados era feita uma vez por semana e durava todo o dia. Em seguida os dados eram transferidos para a planilha no computador.

Figura 4 - Antena do TDR 100

3. Determinao de pH e Condutividade EltricaEm um outro experimento com banana grandnaine foram retirados no campo, amostras de solo para determinao de pH e condutividade eltrica. As amostras foram retiradas em tudo de PVC de 150 mm, em seguida foram instalados extratores de soluo de solo (Figura 5) em cada tudo de PVC e depois era coletada a soluo do solo, para que, em seguida fossem encaminhadas para o laboratrio e como o auxlio de um pHmetro Tec 3 MP e condutivmetro Tec 4 MP , permitissem a obteno do pH e da condutividade eltrica da soluo do solo, respectivamente.

Os extratores eram imersos em gua durante 24 horas para limpar e testar sua cpsula porosa. Com o auxilio de uma bomba de suco realizava-se uma presso negativa na amostras de solo, assim retirando das amostras parte da soluo do solo (Figura 6).

Figura 5 - Extratores instalados nas amostras.

Figura 6 - Coletas da Soluo do Solo, nos extratores.

4. Construo de um Permemetro de Carga ConstanteA partir da terceira semana todos os horrios de estgios foram destinados a um nico experimento, que avaliava o efeito de diferentes doses de aplicao de manipueira (resduo produzido durante o processo de fabricao da farinha e fcula de mandioca) nas caractersticas do solo.Primeiramente foi feito uma reviso bibliogrfica e em seguida com o auxilio do pesquisador Dr. Eugnio foi construdo passo a passo um permemetro de carga constante para futuras realizaes de condutividade hidrulica das amostras da rea cultivada com banana ma, na qual eram aplicados diferentes nveis de manipueira.

O permemetro de carga constante um dos mtodos utilizados para estimar a condutividade hidrulica em laboratrio, bastante recomendado para solos com alta permeabilidade, ou seja, solos arenosos.Na Figura 7, observa-se o permemetro de carga constante que inicialmente teria capacidade para analisar sete amostras simultaneamente, porm conforme observa-se na Figura.8, foram instalados apenas cinco suporte para as amostras, esse fato se deve ao reservatrio do permemetro ser de apenas 20 litros, o que inviabilizaria um maior numero de repeties para boa representatividade das analises de solos arenosos, estes que possui maiores valores de condutividade hidrulica.

Figura 7 Inicio da construo do Permemetro de Carga Constante.

Figura 8 - Permemetro de Carga Constante funcionando.

O permemetro foi construdo especialmente para esse experimento e atualmente faz parte do laboratrio de irrigao da Embrapa Mandioca e Fruticultura.5. Determinao das Caractersticas Fsica do SoloNesse experimento de banana ma avaliou-se a influncia do uso da manipueira nas seguintes caractersticas fsica do solo: densidade do solo, densidade das partculas, porosidade e condutividade hidrulica.Segundo Ponte (1999) a utilizao da manipueira pode servir como nematicida, inseticida, fungicida, acaricida e bactericida, e conforme resultados obtidos verificou-se a presena de micro e macro nutrientes como, ferro, zinco, cobre, fsforo, potssio e clcio. Pesquisas realizadas na UNESP, no campus de Botucatu, comprovam que todos os micro e macro nutrientes, com exceo do molibidnio no encontrado na sua composio qumica, porm seu uso indiscriminado pode provocar a disperso e lixiviao da argila, assim fazendo com que ocorra um rearranjo das fraes slidas do solo e por conseqncia aumentando a densidade do solo.Na ultima semana de estgio foram realizadas a determinao das caractersticas do solo de 72 amostras da rea em estudo, para tal determinao utilizou-se os seguintes mtodos: o do anel volumtrico, o do balo volumtrico e o do permemetro de carga constante, para densidade do solo, da partcula e da condutividade hidrulica respectivamente. Para determinao da porosidade utilizou-se a seguinte equao.

P = 1 - (Ds/ Dp)

em que:P Porosidade total do solo, cm3/ cm3;Ds - Densidade do Solo; g/ cm3 eDp Densidade das Partculas; g/ cm3.As amostra de solos analisadas, foram na medida do possvel, indeformada, pois estamos extrapolando, nvel de campo, uma determinao executada em laboratrio, e quanto mais prximo estivermos da condio real, menores sero as distores e os resultados tero maior representatividade. A estimativa da condutividade hidrulica feita por meio da equao

em que:

k = condutividade hidrulica do solo [mm h-1];

Q = vazo coletada [mm3 h-1];

L = altura da amostra de solo no permemetro [mm];

h = lmina de gua sobre a amostra (carga hidrulica) [mm]; e,

A = seo transversal do cilindro contendo a amostra [mm2].

Com os dados obtidos desse experimento, observou-se o seguinte comportamento da condutividade hidrulica no solo, em cada tratamento:

Sendo a srie 1, o tratamento sem aplicao de manipueira, a srie 2, com aplicao de 2 L de manipueira por planta com adubao mineral, a srie 3, com aplicao de 4 L de manipueira por planta com adubao mineral e a srie 4 com aplicao de 6 L de manipueira por planta sem adubao mineral. IV. AVALIAODurante todo o perodo do estgio observou-se que a Embrapa Mandioca e Fruticultura tem uma grande preocupao com o manejo de irrigao, uma vez que toda gua utilizada na irrigao dos experimentos escassa. Sendo assim, todos experimentos so monitorados com tensimetros (Figura 9) no manejo da irrigao.

Figura 9 - Tensimetro com vacumetro.

Em especial, os pesquisadores do laboratrio de irrigao, tm grande preocupao na formao de seus estagirios, uma vez que ao final de toda semana, os estagirios devem entregar relatrios sobre todas as atividades desenvolvidas, aos pesquisadores orientadores, estes que esto sempre disposio para esclarecer qualquer duvida. Vale ainda ressaltar a oportunidade de participao na publicao de trabalhos cientficos, assim ampliando o nvel de conhecimento e participao do estagirio em atividades acadmicas, auxiliando tambm nos custos dos estagirios nas participaes de cursos e congressos. Segue em anexo ao relatrio, o trabalho desenvolvido durante o estgio e publicado no Congresso Brasileiro de Cincia do Solo, intitulado: Propriedades Fsicas de um Latossolo Amarelo distrofico com uso de Manipueira.O timo relacionamento entre os funcionrios do laboratrio de irrigao, o organograma e o fluxograma de atividades a serem desenvolvidas durante a semana fez com que todas as atividades fossem realizadas com sucesso e cada um sabendo qual seria sua funo durante toda semana.V. CONCLUSO

A realizao desse estgio em uma empresa de pesquisa, como a Embrapa Mandioca e Fruticultura foi uma experincia mpar, pois permitiu a identificao da rea de concentrao de interesse, alm de participar de estudos desenvolvidos pelo grupo, no qual posteriormente poder ser alvo de um programa de ps-graduao, sob a orientao do Dr. Eugnio, no mestrado em Cincias Agrrias (rea de concentrao: manejo de irrigao) na UFRB Com base em todos os trabalhos realizados no laboratrio de irrigao desta instituio, conclui-se que foi possvel adquirir novos conhecimentos na rea de irrigao, drenagem e fsica do solo, tais como a fertirrigao, determinao de condutividade eltrica por meio de TDR e construo de um permemetro de carga constante. Alm de realizar anlises fsicas do solo, assim colocando em prtica todos os conhecimentos adquiridos na disciplina Fsica do Solo.

No que diz respeito formao de engenharia agrcola para atuao na rea de irrigao, pode-se afirmar que o curso fornece uma base slida para acompanhamento e desenvolvimento de qualquer atividade relacionada com o tema. Esse estgio foi de muita importncia para a complementao e a vivncia de temas que foram debatidos em sala de aula.VI. REVISO BIBLIOGRFICA:ARAJO, R.L Trmites of the Neotripical Region. In: KRISMA, K. & WEESNER, F.M. Biology of termites. New York: Academic Press, 1979. p.165-178.

MELLO, R.F. de; FERREIRA, P.A; MATOS, A.T. de; RUIZ, H.A & OLIVEIRA, L.B. de. Deslocamento miscvel de ctions bsicos provenientes da gua residuria de mandioca em colunas de solo. Revista Brasileira de Engenharia Agrcola e Ambiental, Campina Grande PB, v.10, n.2, 2006. p.456 465.

PONTE, J.J. da. Cartilha da manipueira, uso do composto como insumo agrcola. Fortaleza, Secretaria de Cincia e Tecnologia, 1999, 53p.

REICHARDT, K e TIMM, L. C. SOLO, PLANTA E ATMOSFERA, Conceitos, processos e aplicaes. Barueri, SP: Manole, 2004, 478p.

REIS, G.G.dos & REIS, M.das.F. Reflexo do cultivo mnimo no Ambiente e na fisiologia da rvore. In: Anais do 1 Seminrio sobre cultivo mnimo do solo em florestas, p.148-162

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RELATRIO FINAL DO ESTGIO SUPERVISIONADO

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