relatório final de estágio
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Autoria: Ana Fílipa ChíxaroES 2014 | ESESTRANSCRIPT
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RELATRIO FINAL
Instituto Politcnico de Santarm
Escola Superior de Educao de Santarm
Licenciatura em Educao Social 3. Ano 2. Semestre
Unidade Curricular: Estgio IV
Relatrio Final
Projeto de Interveno: Oficina Social
Docentes:
Leonor Teixeira
Lia Pappamikail
Marta Tagarro
Discente:
Ana Chxaro, n.110243017
Santarm, 17 de junho de 2014
Fonte: http://portaldoenvelhecimento.org.br/uploads/images/Junho2013/pesquisa-propoe-recursos-para-
ajudar-adultos-e-idosos-a-usarem-a-internet-fotodestaque.jpg.
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RELATRIO FINAL i
Agradecimentos
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer Dr.
Maria Alice Rodrigues e ao Sr. Provedor Manuel
Joo Frazo pela ajuda e disponibilidade que
sempre demonstraram ao longo do estgio
curricular.
Agradeo tambm a toda a restante equipa
multidisciplinar aos e utentes da Santa Casa da
Misericrdia de Pernes por todo o apoio e
colaborao prestada.
Por ltimo, e no menos importante, agradeo s
docentes responsveis pelos estgios,
nomeadamente Leonor Teixeira, Lia Pappamikail
e Marta Tagarro e equipa do Projeto Cidadania
Ativa Avs 2.0 da Escola Superior de Educao
de Santarm.
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RELATRIO FINAL ii
Pensamento
Promover o envelhecimento activo significa
criar melhores oportunidades para que as
mulheres e os homens mais velhos desempenhem
o seu papel no mercado de trabalho, combater a
pobreza, sobretudo das mulheres, e a excluso
social, encorajar o voluntariado e a participao
activa na vida familiar e na sociedade, e
incentivar o envelhecimento com dignidade.
Governo de Portugal (2012, p.9).
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RELATRIO FINAL iii
ndice Geral
Agradecimentos ........................................................................................................................... i
Pensamento ................................................................................................................................. ii
ndice Geral ............................................................................................................................... iii
ndice de Tabelas ....................................................................................................................... iv
ndice de Anexos ........................................................................................................................ v
Introduo ................................................................................................................................... 1
Captulo I .................................................................................................................................... 2
1.1.Breve apresentao do contexto de estgio ...................................................................... 2
1.2.Apresentao do projeto Oficina Social ......................................................................... 2
1.3.O isolamento social, quebra nas relaes familiares como problema de interveno ...... 4
1.3.1.O envelhecimento ...................................................................................................... 5
1.3.2.O isolamento social e a solido na velhice ................................................................ 6
1.3.3. As novas tecnologias como combate ao isolamento social e solido .................... 7
Captulo II ................................................................................................................................ 10
2.1.Plano de avaliao do projeto Oficina Social ............................................................. 10
2.2.Processo de implementao e avaliao das atividades e do projeto ............................. 11
2.3.Apreciao global do projeto Oficina Social .............................................................. 17
2.3.1.Apreciao da participao ...................................................................................... 17
2.3.2.Apreciao da satisfao dos beneficirios .............................................................. 18
2.3.3.Apreciao da adequao do projeto ....................................................................... 18
2.3.5.Apreciao da eficincia das atividades .................................................................. 20
2.3.6.Apreciao da eficincia do projeto ......................................................................... 20
2.3.7. Apreciao da equidade do projeto ......................................................................... 21
2.3.8. Apreciao do impacto do projeto .......................................................................... 21
2.4.Apresentao terica e discusso crtica dos resultados obtidos .................................... 22
Captulo III ............................................................................................................................... 26
3.1. Percurso formativo do processo de estgio ................................................................... 26
Concluso ................................................................................................................................. 30
Bibliografia ............................................................................................................................... 31
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RELATRIO FINAL iv
ndice de Tabelas
Tabela 1.1: Apresentao do Projeto..4
Tabela 2.1: Apreciao da Pertinncia do Projeto Oficina Social.19
Tabela 2.2: Apreciao da Pertinncia do Projeto Oficina Social.20
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RELATRIO FINAL v
ndice de Anexos
Anexo 1: Tabela de Indicadores de Avaliao..35
Anexo 2: Grelha de Anlise de Contedo dos Dirios de Bordo e das Grelhas de
Observao38
Anexo 2: Grelha de Anlise de Contedo da Tcnica de Debrifing realizada aos
utentes...47
Anexo 4: Grelha de Anlise de Contedo da Entrevista Realizada Diretora
Tcnica..52
Anexo 5: Grelha de Anlise de Contedo da Gelha de
Autoavaliao....56
Anexo 6: Fotografias do Cartaz de Divulgao63
Anexo 7: Fichas Tcnicas das Atividades.65
Anexo 8: Fotografias da Atividade Oficina Social71
Anexo 9: Fotografias da Atividade Juntos, Ontem, Hoje e Amanh73
Anexo 10: Fotografias da Atividade Fotografias com Rotas e Razes .75
Anexo 11: Fotografias da Atividade Espao @vs na Net...78
Anexo 12: E-mail da Equipa do Snior +..80
Anexo 13: E-mail do Projeto Cidadania Ativa | Avs da ESES...82
Anexo 14: Fotografias da Atividade Snior +...84
Anexo 15: Recursos Utilizados na Implementao do Projeto.86
Anexo 16: Oramento do Projeto..88
Anexo 17: Cronograma do Projeto...91
Anexo 18: Autorizao e Cedncia de Imagem e Som.94
Anexo 19: Vdeo da Atividade Snior +...96
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RELATRIO FINAL 1
Introduo
O presente documento denominado por relatrio final pretende apresentar a execuo,
a implementao e os resultados de avaliao do projeto de interveno socioeducativa
Oficina Social, desenvolvido no mbito da unidade curricular de estgio IV, lecionada no
3. ano da licenciatura de Educao Social.
O relatrio final de estgio tem como objetivo dar a conhecer o processo de
implementao e avaliao do projeto interveno socioeducativa que teve como finalidade
responder a uma necessidade do pblico-alvo onde decorreu o processo de estgio III, na
Valncia Lar de Idosos da Santa Casa da Misericrdia de Pernes/ Fundao Comendador Jos
Gonalves Pereira (SCMP/FCJGP), o projeto foi implementado no presente semestre na
instituio j mencionada, no perodo de 20 de maro de 2014 a 8 de abril de 2014 com a
durao total de 140 horas.
Este documento est estruturado em vrios captulos sendo o que primeiro rene uma
breve apresentao do contexto de estgio e do projeto de interveno socioeducativa
Oficina Social e seguidamente a apresentao do problema de interveno, o isolamento
social, nomeadamente a quebra nos laos familiares.
O segundo captulo apresenta o plano de avaliao do projeto, o processo de
implementao e avaliao das atividades e do projeto, a apreciao global do projeto e
posteriormente a apresentao e discusso terica dos resultados obtidos face aos objetivos e
s metodologias adotadas.
Seguidamente surge o ltimo captulo que apresenta o percurso formativo do processo
de estgio apontado as dificuldades, as oportunidades e as aprendizagens que resultaram
deste. Por ltimo, apresentado uma breve concluso e um conjunto de anexos pertinentes
que apresentam detalhadamente alguns aspetos da execuo, implementao e avaliao
projeto de interveno socioeducativa.
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RELATRIO FINAL 2
Captulo I
No presente captulo apresentada uma breve caraterizao do contexto de estgio e
do projeto de interveno socioeducativo denominado por Oficina Social. Seguidamente
demonstrado e justificado teoricamente e empiricamente o problema de interveno, o
isolamento social, nomeadamente a quebra nas relaes familiares.
1.1.Breve apresentao do contexto de estgio
O contexto de interveno incidiu sobre o envelhecimento, particularmente a
institucionalizao de idosos. O processo de estgio decorreu na Valncia Lar de Idosos da
SCMP/FCJGP, esta uma Instituio Particular de Solidariedade Social e segundo o
Regulamento Interno do Lar de Idosos (1998), destina-se a uma populao alvo com 65 e
mais anos cuja situao social, familiar, econmica e/ou de sade no lhes permite
permanecer no seu meio habitual de vida, e a pessoas de idade inferior a 65 anos em
condies excecionais a considerar caso a caso. O Lar de idosos uma residncia que
responde globalmente s necessidades dos idosos que no tem possibilidade de se manter no
seu meio familiar ou social em situao definitiva. E cabe ao lar de idosos garantir ao idoso
um conjunto de servios que respondam as suas necessidades.
De acordo com o Relatrio Anual de Actividades da SCMP/ FCJGP (2010), esta
valncia tem como finalidade proporcionar serenidade, descanso e bem-estar a todos os seus
utentes nesta sua etapa de vida.
O principal objetivo/misso desta valncia passa por incutir aos seus utentes o
sentimento de apoio, proteo, sade e bem-estar de que todos necessitam e tm direito.
1.2.Apresentao do projeto Oficina Social
O projeto Oficina Social surgiu aps a anlise do diagnstico de necessidades que
foi realizado no processo de Estgio III juntamente com a colega de grupo, neste processo
verificamos que era fundamental intervir no isolamento social, nomeadamente na quebra das
relaes familiares do utente.
No processo estgio foi possvel verificar que apesar de os utentes estarem em grupo e
terem todos os cuidados inerente a satisfao das suas necessidades e at muitos deles
participarem nas atividades realizadas na valncia alguns revelam sentimentos de solido,
desmotivao e uma fraca autoestima. Pois muitos dos utentes sentem a falta dos familiares,
como referido por um elemento da direo tcnica diversos familiares de utentes encontram-
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RELATRIO FINAL 3
se emigrados e a ausncia do carinho das famlias agravam os sentimentos que anteriormente
foram mencionados. possvel constar este facto com uma afirmao referida numa
entrevista com um utente () no ns falta nada, temos roupa, comer, divertimentos, mas
faz falta o carinho das famlias (). Esta necessidade encontra-se inerente ao problema do
isolamento social do idoso, assim foi fundamental que o presente projeto oferecesse
populao alvo um conjunto de ferramentas, de modo, a que o utente possa desenvolver as
suas competncias sociais e pessoais.
Para dar resposta a esta necessidade diagnosticada na populao alvo foi necessrio
recorrer as tecnologias de informao e comunicao para elaborar e implementar um
conjunto de atividades. Recorri a atividades deste mbito para promover um envelhecimento
ativo e desenvolver as competncias sociais e pessoais dos utentes, pois a incluso digital ir
proporcionar aos utentes formas de aceder informao e outras formas de comunicar,
principalmente atravs da internet, desta forma possvel ainda colmatar o isolamento social,
ou seja, minorar as distncias fsicas que separam o utente dos seus familiares.
O recurso s tecnologias de informao e comunicao, nomeadamente o vdeo e a
fotografia digital permite que o utente visualize o seu familiar como ainda ser o prprio a tirar
e publicar fotografias permitindo, assim a sua integrao social na famlia. Desta forma, o
presente projeto de interveno socioeducativa tinha como finalidade contribuir para a
melhoria da qualidade de vida e integrao social dos utentes da Valncia Lar de Idosos da
SCMP/FCJGP.
Um outro aspeto que contribui para a concretizao do presente projeto foi o apoio do
Departamento de Tecnologia Educativa e do Curso de Educao Social do Instituto
Politcnico de Santarm, Escola Superior de Educao que atualmente esta a desenvolver o
projeto Cidadania Ativa | Avs 2.0, este pretende dotar os cidados seniores com
competncias ao nvel da literacia digital, principalmente utilizao de redes sociais e
ferramentas de comunicao online. Foi proposto pelo presente projeto trabalhar em parceria
revelando, assim uma mais-valia porque apesar de disponibilizar alguns recursos foi possvel
trocar e adquirir conhecimentos com uma equipa que trabalha no mbito das novas
tecnologias de informao e comunicao.
O presente projeto reuniu as seguintes estratgias: desenvolver as atividades em
pequeno grupo devido s caractersticas dos utentes e tendo em conta que nunca antes
contactaram com um computador, envolver ativamente os idosos em todo o processo
recolhendo ideias e questionando sempre a sua opinio sobre o projeto, elaborar as atividades
no mbito da educao no formal, integrar a equipa da valncia nas atividades do projeto
para que posteriormente o presente projeto tenha continuidade, recorrer a diversas parcerias
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RELATRIO FINAL 4
para reduzir custos e manter conversas informais com os utentes, colaboradores e familiares a
fim de avaliar as atividades e projeto.
A tabela apresentada seguidamente demonstra uma breve apresentao do projeto
Oficina Social, nomeadamente os objetivos gerais e especficos, as atividades propostas e
implementadas e o objetivo de cada atividade.
Objetivos Gerais Objetivos especficos Atividades Objetivos das atividades
- Promover o
envelhecimento
ativo.
- Fomentar a incluso
digital do idoso;
Atividade 1: Oficina Social
Permitir que os utentes
beneficiem de um espao onde
possam utilizar o computador e
explorar a ligao internet.
Atividade 3: Fotografias com rotas e razes
Garantir que o utente realize um
primeiro contacto com
ferramentas tecnolgicas
(computador e mquina
fotogrfica digital).
Atividade 4: Espao @vs n@ net
Possibilitar que os utentes
explorem os diversos servios
da internet.
- Combater o
isolamento social,
nomeadamente, a
quebra das relaes
sociais entre os
utentes e os
familiares.
- Dinamizar a
sociabilidade do utente
entre familiares e
amigos;
- Promover a
intergeracionalidade.
Atividade 2: Juntos ontem, hoje e amanh
Estabelecer um primeiro
contacto com internet e as redes
sociais.
Atividade 5: Snior +
Divulgar e dar a conhecer um
tablet para idosos, desenvolvido
pela identidade do Snior + (objetivo alterado, dar a dar a
conhecer a evoluo dos meios
de comunicao e quais os
benefcios destes para esta faixa
etria).
Tabela 1.1: Apresentao do projeto.
Fonte: Autoria da aluna.
Na presente tabela podemos observar uma breve apresentao do projeto de
interveno socioeducativa, no entanto, importante referir que os principais beneficirios do
presente projeto foram os familiares e os utentes da Valncia Lar de Idosos da SCMP/FCJGP,
estes ltimos tinham uma idade a partir dos 75 anos. A avaliao do presente projeto incidiu
numa forma mista de avaliao, que consiste numa avaliao de acompanhamento (on going)
e uma avaliao final (ex- post) e como modelos de avaliao para o projeto Oficina Social
utilizou-se a avaliao por objetivos e a avaliao orientada para a deciso.
1.3.O isolamento social, quebra nas relaes familiares como problema de
interveno
Como mencionado anteriormente no processo de diagnstico na Valncia Lar de
Idosos da SCMP/FCJGP foi diagnosticado como problema principal o isolamento social,
nomeadamente a quebra nas relaes familiares do utente, desta forma, torna-se
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RELATRIO FINAL 5
imprescindvel a caraterizao terica e emprica deste fenmeno que afeta em particular a
populao idosa e como que o recurso s novas tecnologias pode combater este problema.
Anteriormente j foi possvel constatar este problema com alguns dados empricos do
processo de Estgio III.
1.3.1.O envelhecimento
O processo de envelhecimento habitualmente designado por um conjunto de
transformaes que de acordo com Martins (n.d.), ocorrem ao nvel fisiolgico e psicolgico e
consequentemente afeta a vida social do idoso fica mais limitada tende este de recorrer
maioritariamente ajuda da famlia. Segundo o Instituto Nacional de Estatstica (2002, citado
por Faria, Oliveira & Simes, 2012), consideraram-se idosos todos os homens e mulheres
com idade igual ou superior a 65 anos.
Segundo Figueiredo (2007, citado por Teixeira, 2010), o processo de envelhecimento
determina-se pela modificao de papis que o idoso desempenhava e por diversas perdas
como, por exemplo, a perda do estatuto profissional e mudanas nas relaes familiares.
Neste processo as mudanas so inevitveis uma fase muito intensa de perdas afetivas, a
perda de papis, os filhos que saem de casa, a reforma, a viuvez e por vezes o processo de
institucionalizao. Ao longo do processo de estgio foi possvel verificar que
maioritariamente dos utentes passaram por perdas muito significativas, nomeadamente o
afastamento da famlia e algumas perdas a nvel de competncias sociais.
As sociedades modernas desvalorizam os indivduos inativos nomeadamente, os
idosos seguindo o pensamento de Martins (n.d., p.126), este grupo vulnervel rapidamente
excludo do trabalho, das funes de aquisio de produo, manuteno e transmisso de
conhecimentos originando, assim, situaes de isolamento e dependncia. Capucha (n.d.)
afirma que maioritariamente so as mulheres as mais afetadas pelo isolamento devido sua
longevidade. Na Valncia Lar de Idosos da SCMP/FCJGP possvel constatar que
maioritariamente existe mais mulheres e por norma so estas que participam mais ativamente
nas atividades da instituio.
Segundo Martins e Santos (n.d.), parte da populao idosa tem uma representao
insignificante na sociedade devido ao decrscimo das suas funes e fica maioritariamente
sujeito a reformas e penses muito baixas, viver muitas vezes em habitaes degradadas e ter
grandes despesas com sade deste modo, o idoso fica numa situao de fragilidade
socioeconmica. Para alm de enfrentarem o obstculo de comunicao entre as geraes
mais novas ou at mesmo com a prpria famlia, a perda da autonomia fsica e funcional
ainda enfrentam o problema de adaptao s novas tecnologias. Como foi possvel verificar
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RELATRIO FINAL 6
no processo de Estgio III para alm de perderem algumas capacidades biopsicossoais,
encontram-se longe dos familiares e enfrentam ainda o obstculo de adaptao s novas
tecnologias.
Capucha (n.d.), acrescenta que nesta fase que se coloca com maior relevncia o
problema de autonomia na concretizao das tarefas quotidianas, pois muitos idosos tem a
famlia ausente ou apenas podem contar com o companheiro/a tambm idoso/a. De acordo
com Martins e Santos (n.d.) e Capucha (n.d.), todas as caractersticas mencionadas
anteriormente podem levar a populao idosa a usufruir de condies minimamente
satisfatrias o que pode dificultar o acesso a alguns direitos sociais bsicos.
De acordo com Costa (1993, citado por Faria, Oliveira & Simes, 2012), a maioria da
populao idosa rural. Ao longo dos ltimos anos as condies de vida alteraram-se
claramente, a grande maioria das pessoas tem empregos que as obrigam a ficar muitas horas
fora de casa e outras encontram-se emigradas, desta forma a famlia dos idosos no tem
disponibilidade para assegurar as suas necessidades visto que o idoso j no tem autonomia
para realizar as suas tarefas, logo as famlias tem de recorrer a respostas sociais que garantam
os cuidados dos seus idosos, neste caso a Valncia Lar de Idosos da SCMP/FCJGP, e
imprescindvel iniciavas que fomentem a sua sociabilidade com famlia para os idosos
sentirem que ainda fazem parte daquela famlia, apesar de estarem institucionalizados.
1.3.2.O isolamento social e a solido na velhice
De acordo com Teixeira (2010), o sentimento de solido aparece associado
diminuio das redes sociais e para Sousa (2004, citado por Teixeira, 2010), a solido
encontra-se fortemente relacionado com o isolamento social o que desencadeia algumas
perturbaes na autoestima e qualidade de vida dos idosos. Para Freitas (2011) a solido e o
isolamento no so sinnimos, no entanto, o isolamento poder influenciar o aparecimento da
solido, embora esta se relacione mais com aspetos qualitativos. Na perspetiva de Weiss
(1973, citado por Freitas, 2011, p.22), a solido refere-se a sentimento que consiste no
isolamento emocional que resulta da perda ou inexistncia de laos ntimos e do isolamento
social, com a consequente ausncia de uma rede social com os seus pares, no entanto os
idosos podem ter uma rede social vasta mas sentirem-se ss porque esta pode no adequar-se
s suas necessidades.
Segundo Berger e Mailloux-Poirier (1995), o isolamento social consiste numa situao
em que o indivduo revela a necessidade e o desejo em contactar com outras pessoas, de modo
a no ser capaz de o fazer. No entanto, esta deve-se dificuldade que o idoso tem em
controlar e incluir os impulsos nervosos provenientes das modificaes sensoriais, estas criam
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RELATRIO FINAL 7
ansiedade no idoso e imobiliza-os, e o isolamento social resultante, intensifica a privao
sensorial. Na perspetiva de Maia (2002, citado por Freitas, 2011), o isolamento remete para o
afastamento, este pode fsico, em que idoso vive afastado de algum ou de algo e ainda pode
ser psicolgico, neste tipo de afastamento o idoso sente-se moralmente s ou perdido.
O problema da solido que ameaa os idosos pode ser um dos fatores que desencadeei
o isolamento social, Neto (2000, citado por Pinhel, 2011, p. 8) menciona que a solido
consiste na ausncia percepcionada de relaes sociais satisfatrias, acompanhada de
sintomas de mal-estar psicolgico e que ocorre quando uma pessoa sente a falta de pertencer
comunidade ou de fundar laos sociais e permanece ainda na pessoa sentimentos de
rejeio, aborrecimento e no-aceitao. Freitas (2011, p.20) garante que a solido consiste
num sentimento subjectivo, relacionado com a qualidade da interaco social e no com a
quantidade dos contactos estabelecidos.
O envelhecimento saudvel para Chau, Soares, Fialho e Sacadura (2012), encontra-se
direcionado para promoo da autonomia e refere-se a duas premissas, a preveno do
isolamento social e a solido nas pessoas idosas, de forma, a que estas se sintam diretamente
ligadas sociabilidade, atividade familiar e se sintam teis. No entanto a Direo Geral de
Sade (n.d.) defende que a sociabilidade nos idosos fundamental para a preveno de
diversos problemas das pessoas idosas e para a promoo do envelhecimento saudvel. Todas
as estratgias que sejam possveis de desenvolver e que promovam o convvio e a
sociabilidade so de grande importncia para as pessoas idosas pois contribui para a sua
sade, qualidade de vida e bem-estar.
1.3.3. As novas tecnologias como combate ao isolamento social e solido
Para Jantsch, Machado, Behar e Lima (2012), as tecnologias de informao e
comunicao tem sido uma mais-valia para a difuso do conhecimento atravs de diversas
ferramentas digitais. Estas para alm de permitirem a realizao de pesquisas tambm
asseguram servios para que o indivduo pode utilizar para socializar, deste modo, permite
que as pessoas idosas consigam utilizar as tecnologias com o intuito de diminuir o isolamento
social e a solido contribuindo para a possibilidade de os idosos manterem contacto com os
seus familiares e amigos incluindo a sua prpria participao em redes sociais colaborando
desta forma para um envelhecimento saudvel.
Segundo Dias (2012), a participao dos idosos nas redes sociais remete para a criao
de novas sociabilidades, atravs de formaes possvel o idoso obter informao que lhes
permita aceder as redes sociais e desenvolver novas relaes sociais, os grupos de discusso,
e-mail e chats so servios que permitem assegurar o contacto com amigos e familiares.
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RELATRIO FINAL 8
De acordo com Doll, Pasqualotti e Barone (2007, citado por Dias, 2012), os passeios
virtuais pelos museus, livrarias e centros comerciais tambm so um dos servios mais
procurados pelos idosos. E Jantsch et al. (2012) acrescenta que os idosos para alm de
enviarem correio eletrnico, procuram ainda reunir informaes sobre hobbies, notcias,
informaes sobre sade e atualizaes sobre a meteorologia.
Para Jantsch et al. (2012), a interao disponibilizada pela internet permite adotar
meios de comunicao que asseguram a aproximao com amigos e familiares, mas permite
ao idoso no s receber notcias destes como ainda podem v-los e ouvi-los, desta forma, o
idoso sente que faz parte da vida daquelas pessoas mesmo estando longe.
Os autores anteriormente mencionados referem que o facto de os idosos verem o
computador como algo longe das suas condies e habilidades, mas frente a um problema
como a distncia de algum especial, acabam por tentar compreender- lo e quais as vantagens
que pode retirar do seu uso. O idoso a partir de um ambiente informal e descontrado pode
comunicar, partilhar e interagir com o objetivo de melhorar sua participao social, de modo a
quebrar o seu isolamento e interagir de uma forma ativa com os outros.
Dias (2012) menciona quando o idoso est excludo digitalmente representa no ter
acesso e no poder executar um conjunto de diversas aes bsicas para garantir as suas
necessidades dirias, desta forma torna-se imprescindvel a incluso digital do idoso. A
incluso digital para Dias (2012, p.59) consiste em incluir, tecnologicamente, significa
apreender o discurso da tecnologia, no apenas na tica de execuo e de qualificao, mas
tambm na perspetiva de os sujeitos serem capazes de influir sobre a importncia e
finalidades da prpria tecnologia digital, atravs deste conceito procura-se que os idosos
consigam obter uma maior autonomia, conhecimentos, participao social, desenvolvimento
pessoal e fomentar aptides que permitam o relacionamento com os outros.
Para Dias (2012), o contacto com as novas tecnologias permite ao idoso redefinir a sua
insero na famlia, estimula interaes entre geraes, ou seja, promove as relaes
intergeracionais. O uso da internet e do computador permite criar espaos de comunicao e
interao, quer como uma forma de o idoso resolver uma situao-problema, como por
exemplo o acesso a servios.
Torna-se imprescindvel a interveno do educador social no presente problema, de
acordo com Estatuto Legal da Carreira Tcnicos Superiores de Educao Social (2007, citado
por Azevedo, 2011), este tcnico baseia a sua interveno no princpio de igualdade tem um
compromisso no desenvolvimento pessoal e social do seu educando com o intuito de melhorar
as suas condies de vida.
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RELATRIO FINAL 9
O educador social desempenha um papel preponderante na interveno
socioeducativa, segundo Petrus, Romans e Trilla (2003), este tem como funo informar e
orientar os indivduos e as suas famlias sobre determinados recursos ou servios sociais que
se encontram sua disponibilidade, com este projeto pretendi melhorar a qualidade de vida e
integrao social da populao alvo fornecendo-lhe ferramentas para que estes possam
desenvolver as suas competncias sociais e pessoais. Estas ferramentas do mbito das novas
tecnologias de informao e comunicao iro permitir que o idoso no s adquira novos
conhecimentos atravs de atividades do mbito da educao no formal como permite ainda,
combater o isolamento social a que muitas das vezes se encontram e sobretudo que
estabeleam uma relao de proximidade com os familiares, promovendo desta forma um
envelhecimento ativo.
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RELATRIO FINAL 10
Captulo II
O presente captulo apresenta o plano de avaliao do projeto Oficina Social,
seguidamente o processo de implementao e avaliao das atividades e do projeto, a
apreciao geral do projeto resultados e por ltimo, a discusso terica dos resultados obtidos
face aos objetivos e s metodologias adotadas.
2.1.Plano de avaliao do projeto Oficina Social
A avaliao do presente projeto incidiu numa forma mista de avaliao, que consistiu
numa avaliao de acompanhamento (on-going) e uma avaliao final (ex-post). Como
modelos de avaliao para o projeto Oficina Social utilizou-se a avaliao orientada pela
utilizao e avaliao por objetivos, este ltimo modelo de avaliao, permitiu avaliar se os
objetivos foram atingidos no decorrer da interveno, para cada um dos objetivos especficos
foi ainda necessrio definir um conjunto de indicadores (ver anexo 1). A avaliao orientada
para a deciso permitiu avaliar as decises quando ocorreu obstculos sendo necessrio
posteriormente melhorar a adequao das decises realidade.
A avaliao de acompanhamento (on-going) consistiu numa autoavaliao e
heteroavaliao durante e no final de cada atividade. A autoavaliao realizada pela aluna
consistiu em registar toda a informao revelante sobre a implementao do projeto, esta foi
realizada atravs da observao direta e participante e conversas informais, no final de cada
atividade era preenchida uma grelha de autoavaliao (no anexo 5 possvel ver anlise
dessas mesmas grelhas). Relativamente heteroavaliao utilizou-se a tcnica de debrifing
que se realizou no final de cada atividade com os participantes do projeto, os utentes a fim de
recolher diversas informaes, esta procedeu-se atravs de conversas informais,
posteriormente estas informaes foram registadas numa grelha de observao (no anexo 3
possvel ver anlise desta tcnica realizada aos utentes), ainda relativamente heteroavaliao
procedeu-se a conversas informais com os colaboradores. Optei pela tcnica de debrifing,
porque pareceu-me a forma mais descontrada para os utentes responderem s questes
colocados e por vezes os utentes no gostam de escrever ou j tem pouca agilidade para
escrever e posteriormente registava as respostas destes numa grelha. Posteriormente, atravs
de alguns instrumentos como o dirio de campo e a grelha de observao sistematizou-se toda
a informao recolhida de todo o processo (no anexo 2 possvel ver anlise dos dirios de
campo e das grelhas de observao).
A avaliao interna e a avaliao final (ex-post) realizou-se no final da implementao
do projeto e teve como base uma entrevista semidiretiva realizada diretora tcnica (no anexo
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RELATRIO FINAL 11
4 possvel ver a anlise da mesma), ainda estava planeado realizar uma entrevista
semidiretiva assistente ocupacional, no entanto, esta no se realizou porque esta no assistiu
de perto implementao das atividades.
O presente projeto comtemplou ainda a avaliao dos diversos critrios de avaliao,
nomeadamente a participao, a satisfao, a adequao, a pertinncia, a eficcia, a eficincia,
a equidade e o impacto.
2.2.Processo de implementao e avaliao das atividades e do projeto
Tendo em conta as caratersticas especficas do grupo-alvo, o espao fsico da
instituio e os recursos disponveis, foi necessrio definir algumas estratgias de divulgao.
A divulgao deste projeto consistiu na construo de um cartaz (anexo 6), que foi colocada
na entrada entrava da Valncia Lar de Idosos da SCMP/FCJGP, no cantinho da leitura tendo
como intuito principal de divulgar o projeto de interveno socioeducativo designado por
Oficina Social. Foi possvel constatar que este foi colocado num local propcio, uma vez
que muitos utentes e familiares passam diversas vezes por este local e por vezes deslocam-se
para ver o que h de novo no cantinho da leitura.
Durante a implementao do projeto Oficina Social foram concretizadas cinco
atividades, no entanto, possvel verificar a ficha tcnica de cada atividade no anexo 7. A
concretizao da primeira atividade, Oficina Social representou um grande desafio ao
incio, pois na instituio ainda no existia nenhum espao com tecnologias de informao e
comunicao, embora houvesse uma sensibilizao e uma solicitao previamente aos
colaboradores da necessidade de alguns recursos tcnicos estes no foram disponibilizados
logo no incio do estgio o que levou alterao do cronograma inicialmente definido.
Existiu ainda a necessidade de alterar algumas estratgias definidas para a atividade,
nomeadamente alterar o espao fsico da atividade pois esta iria ter lugar num pequeno ateli
junto direo tcnica mas devido dinmica da intuio esta atividade teve lugar na sala de
atividades e tambm no foi possvel envolver os colaboradores na construo da Oficina
Social devido s tarefas que estes tinham para realizar na instituio. No entanto, a alterao
do espao fsico da atividade trouxe diversos benefcios e oportunidades pois o facto da
Oficina Social estar na sala de atividades consistiu numa mais-valia porque o local onde
os utentes passam mais tempo e como existe sempre colaboradores na sala mais fcil
envolver os colaboradores e as respetivas famlias.
Relativamente heteroavaliao da atividade, realizada atravs da tcnica de debrifing
(anexo 3) importa referir que ao incio os utentes encontravam-se um pouco reticentes
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RELATRIO FINAL 12
presena do computador. E alguns utentes afirmavam que devido sua idade avanada j no
lhes interessava muito aprender a mexer nestas ferramentas foi necessrio sensibilizar o utente
que estas poderiam ter benefcios, como por exemplo, atravs desta ferramenta podiam passar
os dias de uma maneira diferente e que sobretudo podiam comunicar com os seus familiares
atravs das novas tecnologias. S depois desta sensibilizao que os utentes comearam a
aderir mais positivamente construo do espao e em participar nas atividades seguintes.
Posteriormente afirmaram ainda que esta ferramenta seria muito para ocupar os dias, pois para
alm de falarem com os familiares poderiam ainda ouvir msicas, ver notcias, realizar
pesquisas etc.
Como possvel verificar na autoavaliao da atividade (anexo 5), existiu diversas
dificuldades inclusive em motivar os utentes a estarem recetivos e a utilizarem as novas
tecnologias, pois como referido anteriormente pelos prprios devido idade avanada j
pouco lhes interessava aprender, uma outra dificuldade consistiu em envolver os
colaboradores na construo do espao, apesar de estarem recetivos atividade no tinham
tempo para se dedicarem mesma.
Foi possvel atingir objetivo da atividade, construir um espao com as novas
tecnologias de informao e comunicao e o utente reconhecer que estas so primordiais
nesta etapa de vida no s para ocupar os tempos livres como para estabelecer contacto com
os familiares e amigos atravs das redes sociais. No anexo 8 possvel visualizar algumas
fotografias da atividade, nomeadamente a construo da Oficina Social.
A implementao da atividade Juntos Ontem, Hoje e Amanh, decorreu como
planeado, embora no tivesse decorrido nas datas previstas, no entanto, teve um resultado
final bastante positivo e gratificante para os utentes e para as respetivas famlias. Houve a
necessidade de alterar as estratgias da presente atividade inicialmente estava definido
trabalhar com dois utentes de cada vez, no entanto, devido s caractersticas dos beneficirios
foi definido apenas trabalhar com um utente de cada vez. O facto de esta atividade ter
decorrido na sala de atividades foi uma oportunidade para cativar a ateno de outros
familiares que por vezes pediam informaes e incentivam os prprios utentes a utilizarem o
computador. A presente atividade desencadeou uma outra oportunidade, ou seja, a
socializao em grande grupo pois o utente depois de participar na atividade fazia questo de
partilhar no grupo, o que sentiu e como se sentiu na concretizao da atividade, o que tambm
contribui para despertar interesse noutros utentes. No entanto, existiu um obstculo, a
concretizao desta no horrio laboral das famlias dos utentes e encontrar alguns familiares
dos utentes nas redes sociais.
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RELATRIO FINAL 13
Nesta atividade existiu ainda a oportunidade de trabalhar em parceria com o ATL da
instituio, foi realizada uma videoconferncia entre os utentes da Valncia Lar de Idosos e as
crianas do ATL, o grupo de utentes tiveram oportunidade de atravs da videoconferncia
assistirem realizao de uma atividade do ATL, esta atividade permitiu incluir diversos
utentes que estavam interessados em participar mas no tinham familiares para interagir nas
redes sociais.
Relativamente heteroavaliao da atividade, realizada atravs da tcnica de debrifing
(anexo 3) os utentes sugeriram algumas alteraes ao nvel material (por exemplo um teclado
com letras maiores entre outras) mencionaram que gostariam que atividade continuasse e que
para eles era uma mais-valia porque podiam contactar com as famlias apesarem de estarem
longe das mesmas e que nada lhes dava tanta alegria como v-los ou simplesmente ouvir a
voz de um entre querido como se pode verificar atravs dos seguintes excertos, Muito bem
organizada, gosto bastante, enche-me as medidas porque gosto muito de conviver, em
particular com a famlia e amigos e desta forma ainda posso encontrar velhos conhecidos,
Muito bem, no podia estar mais satisfeita no h nada melhor do que ver algum que nos
especial e tudo muito bem organizado estou maravilha e encantada, fico contente e feliz de
ver o meu filho e o meu neto mais ainda.
No que concerne na autoavaliao da atividade (anexo 5), existiu diversas dificuldades
na execuo da atividade principalmente em transmitir ao utente a informao de como que
deveria ser utilizado o computador, a internet, o Facebook e o Skype, a construo de diversas
redes sociais e encontrar alguns dos familiares dos utentes nas redes sociais. importante
ainda referir que adeso das famlias foi muito positiva. Esta atividade permitiu englobar
todos os objetivos especficos do projeto e o objetivo da atividade foi alcanado, ou seja, o
utente estabeleceu contacto com as redes socias e atravs destas conseguiu comunicar com a
famlia e amigos. Com a implementao desta atividade foi possvel verificar que alguns
utentes tiveram uma relao mais estreita com os seus familiares o que permitiu ao utente
sentir-se que faz parte daquela famlia, deste modo, foi possvel favorecer a sua integrao
social.
A intencionalidade da atividade foi alcanada pois atravs das redes sociais os utentes
conseguiram ter uma relao mais estreita como os familiares, reconhecerem importncia que
estas fazem nesta etapa das suas vidas e que atravs das mesmas podem sentir que esto
prximos dos seus familiares, apesarem de estarem institucionalizados. No anexo 9 possvel
visualizar algumas fotografias da atividade, principalmente os utentes a interagirem com os
familiares nas redes sociais.
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RELATRIO FINAL 14
Relativamente atividade Fotografias com Rotas e Razes, apesar dos utentes
sentiram algum receio em contactar com a mquina fotogrfica digital foi bem-sucedida e
participaram mais dois utentes do que inicialmente estava planeado. Esta atividade teve
algumas alteraes, nomeadamente o cronograma no se concretizou na data de definida.
Foi necessrio readaptar uma das estratgias, ou seja, trabalhar com um utente de cada
vez devido existncia dos recursos e para explicar todo o processo, deste tirar a fotografia
at impresso da mesma. A segunda parte da atividade foi alterada, a exposio das
fotografias no decorreu no ptio penduradas numa rvore como inicialmente estava previsto,
mas teve lugar no parapeito da janela da sala de atividades junto Oficina Social. O facto
de a exposio das fotografias se realizar junto Oficina Social foi uma grande
oportunidade, pois chamava mais ateno dos familiares e facilitava o utente na visualizao
das mesmas (devido altura que se encontram). Estas fotografias tambm no foram
partilhadas na pgina do Facebook da instituio como inicialmente estava previsto devido ao
facto de o tcnico responsvel pelo mesmo nem sempre estar na instituio, alguns dos
utentes utilizaram as fotografias que tiram para partilhar com as famlias nas redes sociais.
Atravs da tcnica de debrifing (anexo 3) os utentes realaram que esta atividade os
transportou at as suas memrias, concretamente s velhinhas mquinas fotogrficas como se
pode verificar no seguinte excerto fascinante s me faz lembrar a minha velhinha mquina
de fotografias que tinha rolo e ainda tinha o trip na minha altura j era uma inovao. Estes
mencionaram que se encontravam muito motivados, satisfeitos, expectantes e curiosos no
decorrer da atividade e a que a principal dificuldade sentida foi em ter agilidade suficiente
para carregar no boto para tirar a fotografia.
Existiu algumas dificuldades nesta atividade como se pode verificar na autoavaliao
(anexo 5), na concretizao da atividade a principal dificuldade consistiu essencialmente em
explicar a alguns utentes como funcionava as ferramentas (mquina fotogrfica digital) e todo
o processo at a fotografia ser impressa, foi necessrio repetir diversas vezes e por palavras
diferentes para que a mensagem fosse clara, ou seja, adaptar a linguagem a cada um dos
participantes. No entanto, foi possvel observar que estes demonstraram muito interesse pela
atividade pois faziam diversas perguntas e alguns utentes recordavam as histrias das suas
velhinhas mquinas fotogrficas. Os utentes demonstram muita motivao em participar, pois
assim, que tiravam a primeira fotografia queriam fotografar miais e alguns dos utentes que
no partilharam as fotos nas redes sociais pediam as fotografias empresas para dar aos
familiares, pois como mencionado pelos colaboradores eles tm orgulho em demonstrarem o
que fazem s famlias, desta forma, demonstram que ainda servem para algo e atravs deste
gesto no ficam esquecidos.
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RELATRIO FINAL 15
O objetivo da presente atividade foi alcanado uma vez que os utentes estabelecerem
contacto com a mquina fotogrfica digital, fotografaram livremente e puderam partilhar as
mesmas com os amigos e familiares nas redes sociais, desta forma, demonstraram que esto
recetivos a novas atividades deste mbito, que ainda tem utilidade e so capazes de fazer algo
apesar da idade. No anexo 10 possvel visualizar algumas fotografias da implementao
desta atividade.
A concretizao da atividade Espao @vs na Net, o desenvolvimento da mesma
foi surpreendente porque se inicialmente estava planeado demonstrar apenas jornais e revistas
online aos utentes, estes solicitaram, msicas, pesquisas sobre monumentos e cidades, traduzir
frases entre outros. No entanto, foi necessrio alterar as estratgias porque inicialmente estava
definido trabalhar em pequeno grupo mas devido ateno que o utente necessitava para
explicar todo o processo inerente pesquisa realizada nas diversas pginas foi apenas possvel
trabalhar com um utente de cada vez. Existiu um obstculo que, por vezes, condicionava o
desenvolvimento da atividade, o rudo existente na sala incomodava o utente na realizao da
atividade.
Relativamente heteroavaliao da atividade (anexo 3) os utentes referiram que
sentiram-se muito bem, motivados, expectantes e curiosos no decorrer da atividade como se
pode verificar nos seguintes excertos: a procura de informao fascina-me, Estou desejosa
de ver o que vai aparecer e Sinto-me encantada com esta procura de conhecimento, no
entanto, os beneficirios da atividade mencionaram que tiveram sobretudo dificuldade em ler
as letras no ecr e teclado mexer no rato.
No que concerne autoavaliao da atividade (anexo 5) importante referir que a
principal dificuldade sentida na concretizao da atividade consistiu em transmitir ao utente a
informao referente como que deveria ser utilizado o computador e deveria realizar a
pesquisa. Foi necessrio adaptar a linguagem a cada um dos participantes para que mensagem
fosse clara e objetiva. Como referido por alguns utentes e familiares dos mesmos esta
atividade tem vrias oportunidades, ou seja, permite o utente ocupar o seu dia de maneira
diferente e permite ao utente a procura de informao.
A intencionalidade da presente atividade foi alcanada pois os utentes estabeleceram
contacto com a plataforma Google, podendo assim realizarem diversas pesquisas do seu
interesse, ou seja, a procura de conhecimento e ocuparem o seu tempo livre. No anexo 10
possvel visualizar algumas fotografias da atividade, nomeadamente os utentes a interagirem
na plataforma do Google.
Por ltimo, a atividade Snior +, teve de ser reformulada na ntegra, o objetivo
inicial da atividade consistia em divulgar e dar a conhecer um tablet desenvolvido para
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RELATRIO FINAL 16
idosos. Esta atividade iria ser desenvolvida pela equipa do Snior +, no entanto, mencionou
que s poderia realizar a partir do ms de maio, desta forma, foi necessrio reconstruir a
atividade. Foi definido que em grande grupo se iria realizar um pequeno workshop para
divulgar as novas tecnologias e quais os benefcios que estas poderiam trazer para o seu
quotidiano, nomeadamente que atravs destas podiam comunicar com a famlia. Este pequeno
workshop teve lugar na sala de atividades e inicialmente houve uma breve apresentao dos
meios de comunicao e a visualizao de pequeno e simples vdeo como possvel ver no
anexo 19, seguidamente foi dada a possibilidade de o utente escrever num pequeno quadro de
ardosia o seu nome e posteriormente interagir num tablet. Esta comparao permitiu os
utentes relembrarem os tempos de antigamente e posteriormente observar se estavam
recetivos e curiosos em interagir com as novas tecnologias de comunicao e informao.
Existiu diversas alteraes na atividade como j mencionado anteriormente,
nomeadamente o objetivo da atividade foi alterado pelo seguinte: dar a conhecer a evoluo
dos meios de comunicao e benefcios destes.
A indisponibilidade da equipa do Snior + foi um obstculo para a concretizao da
presente atividade (ver no anexo 12, e-mail da equipa do Snior + a mencionar que no estava
disponvel para realizar a atividade), no entanto, o facto de trabalhar em parceria com o
projeto Cidadania Ativa | Avs 2.0 da ESES permitiu arranjar uma alternativa quando foi
mencionado pela equipa do Snior + que no podia realizar atividade, a coordenadora do
projeto sugeriu pedir emprestado um tablet para os utentes terem a oportunidade de
conhecerem e contactarem como o mesmo (ver no anexo 13, e-mail do projeto Cidadania
Ativa | Avs 2.0 da ESES).
Nesta atividade Snior +foi utilizada uma tcnica informal para os utentes em
grande grupo avaliarem toda a atividade foi pedido aos utentes que de 0 a 5 a fim de
avaliarem a atividade, todos os utentes avaliaram a atividade com 5 valores. Relativamente
heteroavaliao (anexo 3) os utentes referiram que sentiram-se muito expectantes, curiosos e
com interesse e recordaram algumas memrias e vivncias, como por exemplo os tempos de
escola a escrever na ardosia, as cartas que escreviam, telegramas que enviavam at aos dias de
hoje o telemvel, computador e o tablet. Como se pode ver pelas seguintes citaes: em
pouco tempo parece que fizemos uma viagem no tempo ate aos tempos de hoje e Podemos
adquirir muitos valores ao longo da via, bem-haja inovao.
No que concerne autoavaliao (anexo 5) as principais dificuldades sentidas na
concretizao desta atividade foi em expressar juntos dos utentes os conceitos inerentes
evoluo dos meios de comunicao, foi necessrio repetir vrias vezes por diferentes
palavras para estes entenderem a mensagem que estava a ser transmitida e o facto de esta
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RELATRIO FINAL 17
atividade ser realizada em grande grupo por vezes perdia-se o contedo que estava a ser
transmitido. Esta atividade foi a primeira a ser implementada e consistiu numa mais-valia
porque foi utilizada como um quebra-gelo sobre a temtica e fez a ligao com as atividades
seguintes.
A intencionalidade da atividade foi alcanada uma vez que os utentes reconheceram a
importncia dos meios de comunicao e que atualmente existem diversos que comtemplam o
vdeo e a voz, e que atravs destes recursos podem comunicar com os familiares e amigos. No
anexo 14 possvel visualizar algumas fotografias da implementao da atividade,
nomeadamente um idoso a interagir num tablet.
Na implementao das vrias atividades houve diversas alteraes, nomeadamente ao
nvel dos recursos utilizados (anexo 15), o oramento inicial tambm sofreu diversas
alteraes (anexo 16), assim como, o cronograma do projeto (anexo 17). Para tirar diversas
fotografias implementao das atividades foi necessrio pedir uma autorizao de cedncia
de imagem e som (anexo 18).
2.3.Apreciao global do projeto Oficina Social
Depois da implementao do presente projeto torna-se imprescindvel realizar uma
avaliao final do presente projeto que contempla os seguintes critrios de avaliao a
participao, a satisfao, a adequao, a pertinncia, a eficcia, a eficincia, a equidade e o
impacto.
2.3.1.Apreciao da participao
Os utentes e os familiares destes participaram ativamente nas atividades propostas
pelo projeto e apelaram realizao e concretizao de mais atividades deste mbito e ainda
a continuao das mesmas atividades a fim de poderem manter contacto com os seus
familiares e amigos. No entanto, como possvel verificar na anlise dos dirios de bordo e
das grelhas de observao ao incio os utentes estavam um pouco reticentes em participar nas
atividades pois viam o computador com algo fora das suas capacidades e que devido idade
avanada j pouco interessava aprender. Posteriormente apelaram continuao do projeto
como se pode verificar na anlise da tcnica de debrifing realizada aos utentes (anexo 3)
estas atividades deveriam ter continuidade nada nos da tanta alegria do que ver as pessoas de
quem mais gostamos.
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RELATRIO FINAL 18
2.3.2.Apreciao da satisfao dos beneficirios
Relativamente satisfao dos utentes foi muito positiva, no entanto, mencionaram
alguns aspetos que poderiam ser alterados no projeto, nomeadamente mais horas disponveis
para a atividade, menos rudo no espao e um computador com um ecr maior e um teclado
com letras maiores devido aos problemas de viso que afeta em particular este grupo alvo.
Como se pode verificar atravs da anlise da tcnica de debrifing realizada aos utentes (anexo
3) pode-se verificar que os utentes ficaram satisfeitos com a implementao das atividades,
Muito bem, no podia estar mais satisfeita. A satisfao dos familiares dos utentes tambm
foi bastante positiva, por vezes, eram os prprios que pediam informao sobre o projeto,
sugeriam alteraes e motivavam os utentes neste processo.
2.3.3.Apreciao da adequao do projeto
Aps a anlise dos dados que permitem avaliar a adequao do projeto de interveno
socioeducativo, parece ser possvel afirmar que o projeto Oficina Social se adequou ao
contexto do problema de interveno, porque a situao inicial foi modificada, atravs dos
objetivos propostos no projeto e das atividades realizadas, com o fim de atingir esses mesmos
objetivos.
Todos os objetivos do projeto foram atingidos, embora alguns objetivos foram
atingidos mais satisfatoriamente do que outros, atravs atividade Juntos Ontem, Hoje e
Amanh foi possvel alcanar todos os objetivos especficos do projeto, embora as outras
atividades tambm contriburam para os alcanar. Em projetos desta rea requer-se algum
tempo, prtica e continuidade de algumas atividades. No entanto, os beneficirios
demonstraram-se sempre participativos e motivados e aps o final do projeto houve diversos
utentes a solicitar a continuidade do mesmo o que pode demonstrar que estas atividades foram
ao encontro das necessidades e dos interesses dos utentes da Valncia Lar de Idosos da
SCMP/FCJGP.
Quanto realizao do inqurito por entrevista diretora tcnica (anexo 4), esta
afirmou que foi muito positiva a adeso e a participao dos utentes e dos familiares, visto
que neste perodo de tempo da implementao do projeto existiu uma relao mais estreita
entre utentes e familiares que beneficiaram do presente projeto e que desta forma foi possvel
minorar o isolamento social, nomeadamente a quebra nas relaes familiares. Desta forma
possvel constar que o projeto Oficina Social foi adequado s necessidades dos utentes e foi
possvel colmatar essas mesmas necessidades.
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RELATRIO FINAL 19
2.3.4.Apreciao da pertinncia do projeto
Na apreciao da pertinncia do projeto de interveno socioeducativo pretende-se
avaliar se o projeto Oficina Social justificvel e pertinente no contexto das polticas, ou
seja, nas estratgias e nos objetivos da Valncia Lar de Idosos da SCMP/FCJGP.
Deste modo, pode-se verificar na tabela seguinte uma anlise comparativa entre os
objetivos da instituio, o problema verificado inicialmente e os objetivos do projeto Oficina
Social.
Objetivos da Valncia Problema de
interveno Objetivos Gerais
Objetivos
Especficos
Dar uma resposta global, em
condies dignas e humanas as
necessidades dos idosos que no se
possam manter-se, definitivamente ou
transitoriamente, no seu meio familiar
ou social. Para a concretizao dos
seus fins dever assegurar: - O
convvio entre os utentes e destes com
outros grupos, favorecendo e
estimulando uma participao afetiva
na vida da comunidade.
- A concretizao de atividades
individuais e de grupo, em
consonncia com os seus interesses.
- A adoo de regras de
funcionamento que contribuam para a
manuteno de uma saudvel vida
afetiva dos utentes, designadamente
estimulando a manuteno e, se
possvel, o reforo dos laos existentes
entre estes e os seus familiares e
amigos.
- Isolamento social,
nomeadamente quebra
nas relaes
familiares.
- Promover o
envelhecimento ativo.
- Fomentar a
incluso digital do
idoso.
- Combater o
isolamento social,
nomeadamente a
quebra nas relaes
familiares entre os
utentes e os
familiares.
- Dinamizar a
sociabilidade do
utente entre
familiares e amigos.
- Promover a
intergeracionalidade
.
Tabela 2.1: Apreciao da Pertinncia do Projeto Oficina Social. Fonte: Autoria da aluna e informao adaptada do Regulamento Interno do Lar de Idosos, (1998).
A confrontao entre os objetivos da Valncia Lar de Idosos da SCMP/FCJGP e os
objetivos gerais e especficos do projeto de interveno socioeducativo implementado
demonstra que o projeto foi pertinente s polticas existentes e s estratgias da valncia
porque todos os objetivos do projeto Oficina Social eram correspondentes e semelhantes
aos da Valncia Lar de Idosos.
Deste modo, pode-se concluir que o presente projeto foi pertinente, justificvel e
satisfatrio, porque revelou estar de acordo com os objetivos da Valncia Lar de Idosos e
tambm, porque tentou colmatar uma necessidade sentida no pblico-alvo.
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RELATRIO FINAL 20
2.3.5.Apreciao da eficincia das atividades
Relativamente, eficcia das atividades do projeto Oficina Social, foi necessrio
analisar se os objetivos propostos foram atingidos e se as atividades foram realizadas. Na
tabela seguinte possvel visualizar uma comparao entre as atividades programadas e as
atividades implementadas.
Atividades Programadas Atividades Implementadas
Atividade 1: Oficina Social Esta atividade foi realizada.
Atividade 2: Juntos ontem, hoje e amanh Esta atividade foi realizada com 6 utentes.
Atividade 3: Fotografias com rotas e razes Esta atividade foi realizada com 8 utentes.
Atividade 4: Espao @vs na net Esta atividade foi realizada com 5 utentes
Atividade 5: Snior + Esta atividade foi reformulada e participaram 41
utentes, 3 diretoras tcnicas, 1 familiar, 2
colaboradores e 1 animadora.
Tabela 2.2: Apreciao da Eficincia do Projeto Oficina Social. Fonte: Autoria da aluna.
Confrontando as atividades programadas com as atividades realizadas, pode-se afirmar
que o projeto Oficina Social foi eficaz, pois todas, todas as atividades propostas foram
realizadas, embora com a adaptao e alterao de diversas estratgias que inicialmente
estavam delineadas. As atividades tiveram os resultados esperados, os meios para
implementar as mesmas formaram adequados e suficientes, no entanto, se o projeto tivesse
continuidade haveria a necessidade de ter mais meios.
No que concerne aos objetivos gerais e especficos, como foi mencionado
anteriormente, todos os objetivos do presente projeto de interveno foram realizados e
atingidos. Assim, pode-se afirmar que o projeto Oficina Social parece ter sido eficaz.
2.3.6.Apreciao da eficincia do projeto
Relativamente eficincia, com esta pretende-se analisar se o projeto de interveno
socioeducativo implementado foi eficiente ou no, desta forma, necessrio comparar se os
recursos utilizados correspondem sua perspetiva econmica, utilizando como indicadores de
referncia os objetivos atingidos, as atividades concretizadas e os recursos previstos e aqueles
que realmente foram utilizados.
No projeto Oficina social foram realizados cinco atividades no mbito das novas
tecnologias de comunicao e informao, com o objetivo de combater a necessidade
diagnosticada. Na atividade Oficina Social, foram utilizados recursos existentes na
instituio, nomeadamente 1 computador, 1 pen de internet, 1 mesa, 2 cadeiras, algumas
impresses, cola de gel e papel cenrio, esta atividade teve um custo de 3,90. Na
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RELATRIO FINAL 21
implementao das atividades Juntos, Ontem, Hoje e Amanh e Espao @vs na net
foram utilizados os recursos existentes na Oficina Social, desta forma as atividades no
tiveram quais queres custos, apenas algumas impresses tiveram um custo de 0,74. Na
atividade Fotografias com Rotas e Razes foram utilizados os recursos tcnicos existentes
na instituio, foi ainda necessrio algumas impresses e cola de gel, esta atividade teve um
custo de 3,60 . Por fim, a atividade Snior + teve como principais recursos, 1 computador,
1 plasma, 1 tablet e um quadro de ardsia estes dois ltimos foram disponibilizados por um
colaborador, esta atividade no teve quais queres custos. Os recursos que foram necessrios
comprar, foram adquiridos pela instituio, assim como as impresses foram suportadas por
esta.
Inicialmente estavam previstos mais recursos para a implementao das atividades, no
entanto, os que foram necessrios adquirir foram de baixo custo. Inicialmente tinha previsto
que o projeto na sua totalidade teria um custo de 19,60, mas afinal teve apenas um custo de
12,74. Desta forma, pode-se afirmar que o projeto Oficina Social teve um grau de
eficincia muito satisfatrio, porque com a utilizao de poucos recursos e de baixo custo,
realizou todas as atividades que estavam delineadas, atingindo os objetivos que estavam
definidos. No anexo 15 e 16 possvel ver detalhamento os respetivos recursos utilizado e o
oramento do projeto.
2.3.7. Apreciao da equidade do projeto
A equidade do projeto Oficina Social consiste em analisar se atividades foram
inclusivas e se houve a preocupao de promover e a igualdade de oportunidades entre todos
os beneficirios do presente projeto. As atividades do presente projeto foram inclusivas,
porque as mesmas tentaram responder s necessidades dos utentes e importa ainda referir que
as mesmas tinham tambm o intuito de incluir e fomentar a incluso digital nos idosos. Ao
longo de toda a implementao tive sempre o cuidado e a preocupao de promover a
igualdade de oportunidades entre todos os utentes, todo o contedo das atividades que era
fornecido e a conversa utilizada sempre foi semelhante para todos os idosos e familiares sem
que houvesse preferncias.
2.3.8. Apreciao do impacto do projeto
Relativamente ao impacto do presente projeto no possvel avaliar o mesmo devido
ao curto prazo em que este foi implementado, possvel referir que a instituio pensa
assegurar as atividades do projeto mas encontra-se com falta de colaboradores para assegurar
as mesmas.
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RELATRIO FINAL 22
Aps a anlise de todos os dados e critrios de avaliao foi possvel aferir que o
projeto Oficina Social contribui para a melhoria da qualidade de vida e integrao social do
utente, permitiu ainda fomentar a sua incluso digital, dinamizar a sociabilidade do utente
entre amigos e familiares e promover relaes intergeracionais, contribuindo, assim para o
bem-estar e nimo dos utentes da Valncia Lar de Idosos da SCMP/FCJGP.
possvel ainda afirmar que atravs desta avaliao foi possvel recolher ideias para
futuras atividades na instituio inerentes ao presente projeto, como por exemplo, as
atividades do presente projeto fazerem parte do plano de atividades da instituio ou este ser
assegurado por voluntrios.
2.4.Apresentao terica e discusso crtica dos resultados obtidos
Com o projeto Oficina Social pretendeu-se responder ao problema diagnosticado, o
isolamento social, nomeadamente a quebra das relaes sociais entre os utentes e os
familiares da Valncia Lar de Idosos da SCMP/FCJGP. Como possvel observar na anlise
da entrevista realizada diretora tcnica (anexo 4) o problema diagnosticado muito amplo
s com o presente projeto no seria possvel eliminar o problema e que para atingir na
totalidade a finalidade do projeto seria necessrio muitos outros vetores de enumeras reas.
Relativamente aos objetivos especficos estes foram atingidos atravs da realizao
das atividades de mbito no formal atravs, foi possvel fomentar a incluso digital do idoso,
dinamizar a sociabilidade do utente entre familiares e amigos e promover a
intergeracionalidade. Como mencionado no inqurito por entrevista realizado diretora
tcnica os objetivos responderam ao problema diagnosticado e que atravs das atividades
implementadas foi possvel contribuir em muito para eliminar o problema.
No que concerne ao objetivo especfico, fomentar a incluso digital este foi alcanado,
pois desde logo existiu uma preocupao em comunicar, sensibilizar, envolver e aproximar os
utentes das tecnologias de informao e das redes sociais. Atravs das atividades do projeto
Oficina Social foi possvel verificar que estes passeios virtuais tambm tem muita
importncia para os idosos como se pode verificar no seguinte excerto da grelha de anlise da
tcnica de debrifing (anexo3), () Sinto-me encantada com esta procura de conhecimento
() e ainda com excerto da anlise dos dirios de campo e das grelhas de observao
(anexo2), () esta utente teve sobretudo a ouvir uma msica e a ver um catlogo de moda
online. Esta estava muito entusiasmada a ver o catlogo de moda pois costuma realizar
compras atravs deste em formato papel e quando viu uma blusa que tinha adquirido em
formato digital ficou fascinada. Os seguintes autores, Doll, Pasqualotti e Barone (2007,
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RELATRIO FINAL 23
citado por Dias, 2012) afirmam que os passeios virtuais pelos museus, livrarias e centros
comerciais tambm so um dos servios mais procurados pelos idosos.
Relativamente ao objetivo especfico, dinamizar a sociabilidade do utente entre
familiares e amigos este s foi possvel alcanar devido ao recurso s redes sociais, como
Dias (2012) refere a participao dos idosos nas redes sociais remete para a criao de novas
sociabilidades e desenvolver novas relaes sociais. Com as atividades implementadas,
nomeadamente Juntos Ontem, Hoje e Amanh foi possvel os utentes reforarem os laos
com os seus familiares, como se pode verificar na respetiva anlise dos dirios de campo e
das grelhas de observao (anexo 2) atravs do seguinte excerto, () Ol padrinho! Fiquei
muito contente em saber que j tem Facebook. A partir de agora j podemos comear a falar.
() A partir de agora quero que comesse a dizer-me o que almoou todos os dias. Vou passar
esta novidade aos primos para que tambm eles possam conversar consigo. ().
E ainda, atravs do seguinte excerto da anlise da tcnica de debrifing (anexo 3)
possvel constatar que atravs das atividades implementadas foi possvel dinamizar a
sociabilidade do utente, enche-me as medidas porque gosto muito de conviver, em particular
com a famlia e amigos e desta forma ainda posso encontrar velhos conhecidos.
A adeso e a colaborao das famlias dos utentes nas atividades foi bastante positiva
apesar de no incio ser um pouco difcil, pois no estavam devidamente informados da
concretizao do projeto, mas assim, que conheceram a iniciativa colaboraram e mencionaram
que era uma mais-valia atividades deste mbito pois seria mais fcil de comunicar com os
utentes atravs das novas tecnologias de informao e comunicao e que, desta forma, estas
atividades iriam ajudar os utentes no processo de institucionalizao e que tambm promovia
a sua integrao na famlia. Como refere Dias (2012), o contacto com as novas tecnologias de
comunicao e informao permite ao idoso redefinir a sua insero na famlia e sentir que
faz parte da mesma apesar de estar institucionalizado.
possvel verificar na anlise do inqurito por entrevista realizado diretora tcnica
(anexo 4) que a participao dos utentes e das famlias superou as expectativas iniciais e que o
interesse dos utentes foi bastante e at alguns deles ficaram fascinados com a internet e o
facto de poderem utilizar esta para comunicar com a famlia, pois como mencionado por
diversos utentes no existe nada melhor do que ver ou ouvir os nossos entre queridos. E a
diretora tcnica referiu ainda com a seguinte citao na entrevista (anexo 4) () A relao
dos utentes e das famlias foi mais estreita com este projeto para alguns dos utentes que
participaram nele (), desta forma, foi ainda possvel promover as competncias sociais dos
utentes que participaram no projeto.
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RELATRIO FINAL 24
A Direo Geral de Sade (n.d.) defende que a sociabilidade nos idosos fundamental
para a preveno de diversos problemas das pessoas idosas e para a promoo do
envelhecimento saudvel. Todas as estratgias que sejam possveis de desenvolver e que
promovam o convvio e a sociabilidade so de grande importncia para as pessoas idosas pois
contribui para a sua sade, qualidade de vida e bem-estar. A sociabilidade no utente
primordial como possvel constatar atravs da anlise da entrevista diretora tcnica (anexo
4), () Cuidar tambm proporcionar estas coisas s pessoas (). Isto da socializao e
dos afetos to ou mais importante que alimentao, a higiene (). Desta forma, o projeto
de interveno Oficina Social para alm de combater o isolamento social, nomeadamente a
quebra nas relaes sociais, atravs da sociabilidade promove ainda um envelhecimento ativo.
No que concerne ao objetivo especifico, promover a intergeracionalidade, este foi
possvel alcanar atravs da implementao das atividades do projeto, pois as novas
tecnologias no utente conseguem redefinir o seu papel na famlia e desenvolver relaes
intergeracionais, como se pode verificar na anlise dos dirios de campo e das grelhas de
observao (anexo 2), () depois desta tarefa a utente adicionou familiares (filhos, netos,
sobrinhos e noras) e amigos e ainda trocou mensagens e comentrios com um neto e com uma
filha, onde esta realou que foi uma tima ideia implementada no lar e de enorme interesse.
Ao longo de todo o projeto procurou-se desenvolver uma metodologia participativa,
pois existiu uma preocupao de envolver os utentes na construo de todas as atividades,
embora algumas das atividades se realizassem em pequeno grupo, foi fcil envolver os utentes
nas atividades uma vez que estes estavam permanentemente na instituio e demonstravam
interesse e motivao em participar nas atividades a fim de falarem com as famlias, nem que
para isso tivessem de ultrapassar as suas dificuldades perante um computador. No final, das
atividades os utentes sentiam-se satisfeitos e reconheciam a importncia das novas
tecnologias de comunicao e informao e as diversas oportunidades que estas lhe
ofereciam. Como refere Jantsch et al. (2012), o facto de os idosos verem o computador como
algo longe das suas condies e habilidades, mas frente a um problema como a distncia de
algum especial, acaba por tentar compreender- lo e quais as vantagens que pode retirar do
seu uso.
Existiu ainda a preocupao de envolver os colaboradores neste projeto para que
posteriormente assegurassem a continuidade do mesmo, esta estratgia no foi fcil de atingir
e como possvel observar na anlise da entrevista realizada diretora tcnica (anexo 4) foi
possvel constatar que os recursos humanos da instituio se no se encontram disponveis
para participar no mesmo quanto gostaria devido s tarefas que tem para realizar.
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RELATRIO FINAL 25
Foi ainda, mencionado que presente projeto deveria ter continuidade e poderia ter
muitos benefcios para os utentes como se pode verificar atravs da anlise da entrevista
diretora tcnica (anexo 4), uma pena que ele morra () poderia fazer parte do plano de
atividades, ser mais uma atividade () nvel de ocupao, entretimento, de educao, de
formao, contacto com as famlias, a socializao deles com a famlia pode ajudar em muito
a adaptao na instituio.
Atravs do projeto Oficina Social pretendeu-se promover junto da populao alvo a
igualdade, a incluso, a participao social de todos, a qualidade de vida dos idosos da
Valncia Lar de Idosos da SCMP/FCJGP, existiu ainda a necessidade de ajudar o idoso a
transformar-se num ser socivel, de modo a que desenvolve-se atitudes, laos afetivos, que
contribuam para o seu bem-estar biopsicossocial.
Ao longo do percurso de estgio procurei estabelecer uma relao de proximidade com
os utentes e com as respetivas famlias dos utentes tendo em conta que, de acordo com
Azevedo (2011, p.49), que o educador social deve criar relaes pessoais e interpessoais entre
os seus educandos e que estes so um factor importante para motivar processos de
mudana, uma vez que so tcnicos de proximidade.
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RELATRIO FINAL 26
Captulo III
O presente captulo apresenta o percurso formativo de estgio apontado as diversas
dificuldades, oportunidades e aprendizagens que resultaram deste.
3.1. Percurso formativo do processo de estgio
Terminado a implementao do projeto de interveno socioeducativo Oficina
Social torna-se imprescindvel em refletir sobre todo o percurso, nomeadamente o que foi
feito, o que ficou por fazer, quais as dificuldades, os obstculos, as oportunidades e
aprendizagens significativas.
Relativamente aos objetivos propostos inicialmente no projeto de interveno
socioeducativo e s atividades previstas e implementadas possvel mencionar que os
objetivos foram alcanados, ou seja, cumpridos e as atividades foram realizadas com sucesso,
embora umas mais que outras.
No que concerne implementao do presente projeto surgiu algumas dificuldades e
contratempos, uma das principais dificuldades sentida foi o facto dos beneficirios do projeto,
utentes e familiares da Valncia Lar de Idosos da SCMP/FCJGP, se encontrarem pouco
motivados em participar em atividades inerentes s novas tecnologias de informao e
comunicao, muitos dos utentes referiam que devido sua idade avanada j pouco lhes
interessava aprender a mexer nestas novas ferramentas, foi necessrio explicar aos utentes que
a principal funo das atividades com aquelas ferramentas era para estabelecerem contactos
com familiares e amigos e que iriam ter ajuda. Posteriormente viram uma primeira utente a
contactar com os familiares e todos os outros utentes ficaram entusiasmados e as atividades
acabaram por se divulgar no grande grupo obtendo, posteriormente existiu uma participao
muito positiva das famlias e dos utentes.
O facto de os utentes se encontrarem muito abatidos desde o perodo em que foi
realizado o diagnstico, atualmente enfrentarem o processo de luto de uma utente e o ainda o
perodo de estgio coincidir com o tempo da quaresma condicionou e dificultou a motivao
destes nas diversas atividades. Uma outra dificuldade sentida foi em passar ao utente toda a
informao relativa s atividades, por exemplo explicar como se realizava todo o processo no
Skype no Facebook, pois foi necessrio adaptar o vocabulrio a cada utente e por vezes
explicar de maneira diferente para me certificar que a mensagem chegava corretamente ao
beneficirio.
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RELATRIO FINAL 27
Relativamente os recursos materiais serem disponibilizados posteriormente data
prevista tambm condicionou o desenvolvimento das atividades, levou a que os utentes no
beneficiassem de tanto tempo para usufrurem das atividades, mas com a ajuda dos
colaboradores e em concordncia com a dinmica da instituio foi fundamental redefinir um
cronograma para que estes no fossem prejudicados.
Existiu ainda, uma outra dificuldade, reorganizar a atividade designada por Snior +,
pois inicialmente iria ser realizada por uma parceria, uma identidade que desenvolve
tecnologias de informao e comunicao especficas para idosos, mas devido ao facto de
essa se encontrar em face de testes dos seus equipamentos no foi possvel concretizar, mas
em sintonia com o Projeto Cidadania Ativa Avs 2.0 da Escola Superior de Educao de
Santarm foi possvel arranjar uma soluo, ou seja, arranjar um tablet e demonstrar ao utente
que era uma outra ferramenta que podia ser utilizada para comunicar com a famlia, embora
este no fosse adaptado para a terceira idade os utentes tiveram a oportunidade de contactar
com esta ferramenta e maioritariamente dos utentes nunca antes tinhas visto um tablet nem
sabiam para que servia.
O facto de as atividades decorrerem na sala de atividade, por vezes, consistia num
constrangimento porque existia um grande rudo na sala o que no proporcionava um
ambiente harmonioso para utente poder usufruir da atividade nem tinha qualquer privacidade
quando estava a falar com os familiares, na minha perspetiva se projeto tivesse continuidade o
espao fsico onde se encontra a Oficina Social teria de ser alterado para um stio mais
reservado para o utente se sentir mais vontade e confiante.
Foi ainda, sugerido pela instituio fazer uma parceria com uma outra valncia da
instituio o ATL, o que foi bastante gratificante porque permitiu alargar a atividade Juntos,
Ontem, Hoje e Amanh e envolver alguns utentes que no tinham familiares que utilizassem
as novas tecnologias, esta ideia ajudou bastante em incluir utentes que estavam muito
motivados em participar mas como no tinham familiares era um pouco difcil envolver os
mesmos na atividade, desta forma, este constrangimento foi ultrapassado. Esta atividade foi
muito gratificante para idosos pois estavam bastante motivados em perceber como funcionava
uma videoconferncia e sobretudo estavam interessados em ver a atividade das crianas
atravs da mesma, desta forma, foi possvel proporcionar um encontro intergeracional.
No entanto, devido escassez de tempo no foi possvel concretizar algumas ideias,
nomeadamente realizar uma videoconferncia entre as duas salas de atividades a fim de
incluir o grande grupo numa videoconferncia para que todos tivessem a oportunidade de
entenderem que as novas tecnologias so fundamentais para comunicar com os outros, famlia
e amigos.
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RELATRIO FINAL 28
Uma outra ideia que surgiu posteriormente implementao do projeto foi o facto de
realizar online um questionrio, utilizando o Google Docs, assim as famlias que participaram
na atividade Juntos Ontem, Hoje e Amanh podiam avaliar a mesma e sugerirem algumas
alteraes ou algum aspeto que gostariam de incluir na atividade.
Teria tambm sido interessante trabalhar com um grupo, no apenas com um idoso
isoladamente, mas como estes revelavam grandes dificuldades e o perodo de tempo era
escasso no foi possvel, e para trabalhar com um grupo poderia ter solicitado os recursos do
Projeto Cidadania Ativa Avs 2.0 da Escola Superior de Educao de Santarm. E se
processo de implementao do projeto socioeducativo no fosse num perodo tempo to curto
podia-se ter desenvolvido outros aspetos, nomeadamente pedir patrocnios para o
financiamento de computadores, mquinas fotogrficas digitais e tablets e ainda pedir s
empresas de telecomunicaes que assegurassem o acesso internet para implementar o
projeto.
Uma outra ideia que se poderia ter desenvolvido, era utilizar os recursos do museu da
instituio e realizar uma outra atividade. O museu da instituio tm uma rea reservada a
meios de comunicao antigos, podia-se ter realizado uma parceria com a escola local e um
grupo de utentes da Valncia Lar de Idosos SCMP/FCJGP, estes iriam apresentar os meios de
comunicao de antigamente s crianas e estas demonstrarem aos utentes os meios de
comunicao que hoje so utilizados e que so uma mais-valia para comunicar com familiares
e amigos.
Relativamente s estratgias de divulgao para divulgar as atividades, estas
corresponderam aos objetivos propostos, no entanto, a divulgao do projeto poderia ter
passado pelos meios de comunicao institucionais, nomeadamente o site, pgina do
Facebook e jornal, atravs destes teria sido mais fcil divulgar o projeto perante as famlias
uma vez que muitas no se dirigem instituio com regularidade.
A implementao do presente projeto permitiu ainda diversas oportunidades, como por
exemplo, as atividades do presente fazerem parte do plano de atividades da instituio. E foi
ainda proposto aluna assegurar o projeto voluntariamente na instituio individualmente ou
com colaborao da voluntaria da instituio.
Foi muito importante no final do estgio ver alguns utentes e familiares a
mencionarem e a reconhecerem que as atividades propostas eram uma mais-valia para ambos,
utentes e familiares, porque assim podiam contactar diariamente e os utentes podiam ainda
sentir-se que fazem parte da sua famlia.
Deste percurso surgiram diversas aprendizagens significativas, como por exemplo,
atravs das diversas pesquisas aprendi diversos conceitos inerentes s novas tecnologias de
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RELATRIO FINAL 29
informao e comunicao, como lidar com um idoso numa atividade e como comunicar com
este. Como reorganizar uma atividade e redefinir um cronograma de acordo com a dinmica
da instituio. O facto de a instituio deixar participar em todas as atividades e em todos os
processos da rotina diria contribui imenso para retirar conhecimentos prodigiosos para poder
intervir no futuro nesta rea de interveno como educadora social.
Com esta experincia pr-profissional julgo que consegui afirmar qual seria o papel de
um educador social naquela instituio especfica, tive a preocupao de mencionar que o
nosso papel sobretudo trabalhar com os indivduos, o